Anais

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida
Revista Saúde em Redes, v. 4, supl. 1 (2018) - Editora Rede Unida
ISSN 2446-4813 DOI 10.18310/2446-48132018
 
 
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Trabalho - 961
APLICAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM NEONATO PREMATURO

Autores: Isabela Maria da Costa Buchalle, Andreza Dantas Ribeiro, Brenda dos Santos Coutinho, Renan Fróis Santana, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício, Mariane Santos Ferreira

Apresentação: Os neonatos convivem com diversas transformações no momento que nascem, dentre esses os recém-nascidos (RN) de alto risco são os que necessitam de cuidados complexos ao qual a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é responsável por oferecê-los, tendo por finalidade a estabilização destes para que seu crescimento e desenvolvimento se façam adequadamente, demandando o uso técnicas de oxigenoterapia, alimentação, aquecimento, higienização, administração de medicamentos, exame físico e o uso de relações afetivas. A partir disso, o estudo objetiva avaliar o caso de um neonato internado em uma unidade de terapia intensiva, no município de Santarém-PA, embasado na sistematização da assistência de enfermagem (SAE). Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência. A coleta foi realizada em uma instituição hospitalar de média e alta complexidade no município de Santarém-PA, no setor de UTI neonatal, durante as aulas práticas da disciplina de Enfermagem em UTI neonatal e pediátrica com os acadêmicos de bacharelado de enfermagem do 7º período, correspondendo ao período de junho de 2017. A análise ocorreu a partir da observação direta ao cliente e implementação da sistematização da assistência de enfermagem, seguindo a taxonomia North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), após prévia autorização de acesso ao prontuário. Foram obedecidos os aspectos éticos da pesquisa, de acordo com a resolução 466/12. Resultados e/ou impactos: V. M. M., 2 meses de idade, procedente de um hospital público do município de Santarém - Pará, apresentava as queixas principais de prematuridade, sepse, crise convulsiva, hemorragia pulmonar e hemorragia digestiva alta. Conforme a História do parto: nasceu no dia 27 de março de 2017, de parto via vaginal, pré-termo, muito baixo peso, Apgar 04 e 09, sexo feminino, líquido amniótico com fisiometria, estatura: 36 cm, peso: 980g, perímetro cefálico: 27 cm, perímetro torácico: 23cm, tipo sanguíneo A positivo, mãe de 20 anos, solteira, tipo sanguíneo O positivo, sorologias para sífilis e HIV negativas, fez somente uma consulta no pré-natal e vacinação atualizada. Possuía Data da Última Menstruação (DUM): 12-11-16, Data Provável do Parto (DPP) a partir da DUM: 20-08-17 e DPP por meio da Ultrassonografia Obstétrica: 19-06-17. A realização ineficiente do programa de pré-natal é um predisponente que pode estar associado à causa do agravo, pois o Ministério da Saúde (MS) preconiza no mínimo 6 consultas para gestantes sem fatores de risco, acompanhada principalmente pelos profissionais médico e enfermeiro. Houve também, o relato da mãe sobre infecção do trato urinária não tratada no período do parto, bolsa rota, líquido amniótico de coloração amarelada e odor fétido. Pode-se apontar a infecção urinária como a patologia mais comum durante a gestação, classificando-a como de risco, no qual quadro clínico varia de bacteriúria assintomática à pielonefrite que quando não tratadas podem desenvolver complicações como a hemólise, a anemia, o choque séptico, a ruptura prévia das membranas e o trabalho de parto prematuro. Segundo o Histórico da doença atual, o neonato ficou em ar ambiente, evoluiu com disfunção respiratória, sendo colocado em dispositivo de Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP), depois capacete Oxi Hood e intubação orotraqueal (IOT), no qual foi relatada hemorragia digestiva e pulmonar, bem como crise convulsiva e uso de cateter umbilical desde o nascimento. Utilizou dos fármacos Gentamicina, oxaciclina, ceftazidima, cefepime, meropenem e vancomicina. O diagnóstico não foi concluído, porém se tinham por hipóteses diagnósticas: prematuridade, muito baixo peso (MPB), anóxia neonatal, risco infeccioso, sepse precoce, insuficiência respiratória, hemorragia pulmonar e hemorragia digestiva alta (HDA). A prematuridade está entre as principais causas de mortalidade infantil com maior incidência em mães jovens, que tiveram infecções maternas e se encontram na primeira gestação. Sabe-se que a imaturidade desencadeia aglomeradas disfunções em órgãos ou sistemas, que demanda a oferta de cuidados de elevado nível de complexidade. A equipe propôs as metas terapêuticas referentes à vigilância infecciosa, controle de função renal, correção de distúrbios hidroeletrolíticos e acido-básico, suporte ventilatório e nutricional.  De acordo com o NANDA, os Diagnósticos de Enfermagem (DE) aplicados ao caso são: 1. Risco para pele prejudicada relacionada à incapacidade da mobilidade no leito, oximetria de pulso e procedimentos invasivos, aplicando-se a observação das áreas avermelhadas e irritadas, ainda, reduzir o tamanho das fraldas convencionais, evitar ou diminuir o uso de fitas adesivas, removendo-as com óleo mineral ou agua, observar a numeração ideal das prongas para CPAP nasal, umidificar o ambiente da incubadora, evitar banhos rotineiros e frequentes, trocar o local do sensor de monitorização transcutânea de oxigênio com frequência, fazer higiene oral com gaze umedecida em agua destilada. 2. Padrão de sono prejudicado relacionado ao barulho evidenciado pelo nível de ruídos, no qual foi registrado e monitorado o padrão do sono e quantidade de horas dormidas; proporcionado um ambiente calmo e seguro, incluindo diminuição da luminosidade e ruídos; auxiliando nas situações estressantes antes do horário de dormir e a observar as circunstâncias físicas como via aérea obstruída, dor/desconforto. 3. Risco para queda relacionado à manipulação e movimentação do RN no leito, o qual as intervenções constaram em educar acompanhante para cuidados pós-alta da UTI neonatal sobre o risco de queda; manter elevadas as grades de proteção do berço e manter o berço em altura adequada para prevenção de quedas. 4. O Risco para broncoaspiração relacionado à idade, como cuidado promoveu-se o plano de monitorar o nível de consciência, reflexo de tosse, náusea e capacidade de deglutir; manter a cabeça do paciente lateralizada, quando recomendado e manter aspirador disponível. 5. O Risco para infecção relacionado exposição à microorganismos em relação ao grande número de porta de entrada, os cuidados constaram em observar sinais de infecção, hipotonia e hipertemia, letargia, taquipnéia, apnéia, cianose, petéquias, distensão abdominal, resíduo alimentar, diminuição do ganho ponderal; utilizar antissepsia com álcool à 70% ao realizar procedimentos invasivos; empregar técnica asséptica e materiais estéreis e descartáveis; substituir material utilizado para oxigenoterapia a cada 48 horas; realizar limpeza diária de incubadora e berços e adotar medidas de controle de infecção universal. 6. O Risco para padrão ineficiente da respiração relacionado à imaturidade pulmonar, seguiu as prescrições de observar sintomas de respiração com dificuldade como, taquipnéia (fr>60 rpm), gemência, retrações intercostais e ruídos adventícios; cianose, utilizar oxímetro de pulso, realizar aspiração das Vias Aéreas Superiores (VAS) e orofaringe quando necessário, verificar os valores dos gases arteriais; manter o bom funcionamento da ventilação mecânica, CPAP e Oxi- Hood; monitorizar a temperatura; providenciar coxim subescapular; providenciar estímulo tátil, quando ocorrer apneia; umidificar e aquecer os gases. Considerações finais: É de conhecimento que os cuidados desenvolvidos no neonato requerem maior compromisso de toda a equipe, pois o cliente nessa fase é totalmente dependente dos profissionais para que suas necessidades orgânicas sejam supridas e, ainda se acentua quando se refere a RN prematuros. Desse modo, a prática de enfermagem guiada pela SAE proporciona a realização de uma assistência mais organizada e singular, observando o cliente em sua integralidade de acordo com as características definidoras do quadro.


Trabalho - 962
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM UM MENOR COM SÍNDROME DE ARNOLD CHIARI TIPO II

Autores: Isabela Maria da Costa Buchalle, Andreza Dantas Ribeiro, Brenda dos Santos Coutinho, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício, Mariane Santos Ferreira, Renan Fróis Santana

Apresentação: A malformação de Chiari é uma anomalia pouco comum, de origem congênita que se caracteriza por herniações cerebelares associados à espinha bífida cística e hidrocefalia causada por uma possível falha no processo de neurulação, podendo ser apresentada sob a forma assintomática ou sintomática, nesta última se ressaltam as características como a paralisia dos membros inferiores, instabilidade da marcha, cefaleia, parestesias, disfagia, cervicalgia, rinolalia, disfunção visual e vertigem. A Malformação de Chiari tipo II é a responsável pela maioria dos óbitos em portadores de mielomeningocele e pode se manifestar em qualquer idade, sendo mais severa em recém-nascidos e lactentes com idade inferior a 1 ano, no qual ocorre a herniação das amígdalas, verme cerebelar, quarto ventrículo e porção inferior do bulbo, através do forame occipital. O diagnóstico padrão-ouro é realizado através da ressonância magnética, porém exames complementares como raio-X de crânio e coluna, mielografía, pneumoencefalografía, ventrículografia, angiografia podem ser solicitados. O tratamento é cirúrgico, feito pela descompressão crânio-vertebral, no entanto possui uma alta letalidade e quando não consegue reverter o quadro resulta em diversas complicações e diminuição da qualidade de vida do cliente. Dessa forma, o estudo objetiva avaliar o caso de um menor com diagnóstico de Arnold chiari tipo II, de acordo com a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) em uma unidade de terapia intensiva (UTI), no município de Santarém-PA. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de uma pesquisa descritiva, do tipo relato de caso, no qual a coleta dos dados foi realizada em um hospital de referência do município de Santarém-Pará, no setor de UTI pediátrica, durante as aulas práticas da disciplina de Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva neonatal e pediátrica, ofertada no do 7º período do curso de enfermagem da Universidade do Estado do Pará (Uepa), no período de maio de 2017. A análise ocorreu a partir da observação sistemática e dirigida do cliente e elaboração da SAE, seguindo a taxonomia North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), após prévia autorização de acesso ao prontuário.  Resultados e/ou impactos: J.L.N.S., 3 anos de idade, sexo masculino, nascido de parto vaginal em 02/10/2013, proveniente do município Itaituba, com histórico de pré-natal incompleto, diagnóstico inicial de mielomeningocele rota e icterícia, no dia 04/10/2013 realizou correção para mielomeningocele, ao exame de imagem mostrou Síndrome de Arnold Chiari com evolução de hidrocefalia, sendo realizada a derivação ventrículo-peritoneal (DVP) em 16/12/2013, após a correção evoluiu para quadro convulsivo, apresentou pneumonia e infecção do trato urinário, sendo realizado o tratamento das intercorrências de forma eficaz. Foi submetido à correção cirúrgica para a Síndrome de Arnold Chiari em 09/04/2014. O diagnóstico atual compreendeu a Síndrome de Arnold Chiari tipo II. Ao exame físico observou-se que o menor apresentava regular estado geral, sono e repouso adequados, taquicardico, hidratado, acianótico, anictérico, com movimentos ativos dos membros superiores, mantendo ventilação mecânica invasiva através de traqueostomia e apresentando abdome globoso flácido sem visceromegalia. Quanto às eliminações vesico intestinais, a diurese e evacuação estavam presentes. Permaneceu em isolamento de contato, devido a urocultura mostrar resultado positivo para Klebisiella pneumoniae em coleta do dia 06/04/2017. Ainda, manteve suporte nutricional em gastrostomia fechada e suporte medicamentoso, sob supervisão da equipe multiprofissional. Com base no caso, os diagnósticos de enfermagem pontuados foram: 1. Risco de queda relacionado à ausência dos pais, no qual se interviu de modo a acomoda-lo mais próximos do posto de enfermagem; auxilia-lo durante a deambulação; realizar transporte na cadeira de rodas com cinto de segurança; manter o leito em posição mais baixa, com as rodas travadas e as grades elevadas. 2. Risco de infecção relacionada a procedimento invasivo de uso gastrostomia, procedeu-se em verificar a presença de sinais flogísticos; atentar para sangramentos, hipertermia e aparecimento de lesões cutâneas; efetuar cuidados com sondas, drenos e cateteres obedecendo aos princípios assépticos e supervisionar estado da pele. 3. Risco para desenvolver integridade tissular prejudicada relacionado à imobilidade física, a aplicação de compressas frias ou mornas; realizar mudança de decúbito a cada 2 horas; supervisionar a pele; passar óleo ou creme após o banho; dispor coxins em proeminências ósseas; instalar colchão piramidal; hidratar região perianal com dermoprotetor após troca de fraldas; observar e anotar áreas hiperemiadas e edemaciadas. 4. Risco de aspiração relacionado ao uso de traqueostomia foi outro diagnóstico apontado, no qual se procedeu com a monitoração nível de consciência e capacidade de deglutir; posicionamento em decúbito no ângulo de 45º, no mínimo, manter a cabeça do paciente lateralizada, quando recomendado e manter aspirador disponível. 5. A Mobilidade no leito prejudicada relacionada à incapacidade de deambular evidenciado pela paraplegia mostra que as ações devem ter o objetivo de prevenir complicações e a dor pelo posicionamento incorreto, no qual deve ser realizado o alinhamento do corpo do paciente; manutenção da cama limpa, seca e sem dobras; avaliar diariamente a pele do paciente e realizar massagem de conforto. 6. Dor crônica relacionado à incapacidade física crônica evidenciada por dor, no qual foram aplicadas as intervenções de avaliar a dor quanto à localização, frequência e duração; avaliar a eficácia das medidas de controle da dor; favorecer repouso/sono adequados para o alívio da dor; investigar a experiência de dor expressada pelo menor; prepara-lo para o procedimento de administração de medicamento; ensina-lo quanto o uso de técnicas não farmacológicas (relaxamento, imagem orientada, musicoterapia, diversão, aplicação de compressas frias/quentes, aplicação de massagem) antes, após e se possível durante a atividade dolorosa. Considerações finais: O prognóstico do cliente com malformação de Chiari tipo II é ruim, pois muitos artifícios invasivos de manutenção são utilizados para alimentação, respiração e infusão de fármacos, como a gastrostomia, a traqueostomia, acesso venoso periférico, dentre outros, que torna suscetível o indivíduo a infecção e outras patologias. Assim, a aplicação da sistematização da assistência de enfermagem se faz indispensável na estabilidade do quadro clínico, com a melhora do conforto e promoção de qualidade de vida ao cliente, pois através das intervenções realizadas são utilizadas técnicas com enfoque as particularidades do cliente, que diz respeito às necessidades física, mental e social, buscando empregá-las de forma integral, bem como a prevenção de complicações e detectar precocemente falhas na terapêutica de controle. Ademais, a partir do planejamento das intervenções é possível atuar na vigilância contra fatores de risco ambientais que podem levar ao agravamento do quadro clinico.  


Trabalho - 1540
VERIFICAÇÃO DE EVIDÊNCIAS DO DIABETES MELLITUS EM ESTUDANTES DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO INTERIOR DO PARÁ

Autores: Andreza Cavalcante de Almeida Lopes, Cristiano Gonçalves Morais, Antonia Irisley da Silva Blandes, Renan Fróis Santana, Tatiane Lima da Silva, Mariane Santos Ferreira, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

Apresentação: O diabetes mellitus do tipo 2 é uma doença grave que mantem estreita relação com estilo de vida adotado pelo indivíduo, tendo como um dos seus fatores de risco o sedentarismo e excesso de peso. Objetivo: Investigar os possíveis fatores de risco para o diabetes mellitus do tipo 2 presentes em estudantes de uma instituição pública de Santarém. Desenvolvimento: Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal de cunho quantitativo, realizada no mês de maio de 2017, em uma instituição pública de ensino localizada na zona rural de Santarém, em meio as ações educativas na prevenção de agravos a saúde, realizada por acadêmicos e professores do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará Campus XII. Os dados coletados abrangeram teste de glicemia, índice de massa corpórea, pressão arterial, informações sobre o histórico familiar e prática de atividade física. Estas informações foram analisadas no software Excel 2016. Resultados e/ou impactos: Dos participantes avaliados 100% apresentaram glicemia normal, 27% apresentaram excesso de peso com índice de massa corpórea superior a 25 kg/m², 23% apresentaram valores de pressão arterial diastólica ≥ 140 mmHg, 27% afirmaram possuir no histórico familiar de 1° grau com diagnostico de diabetes e 50% informaram possuir parentesco de 2° grau com diagnóstico de diabetes, em relação a prática  de atividade física 59% informaram faze-la, porém  com duração de trinta minutos ao dia ou totalizando quatro horas em uma semana. Considerações finais: A principal ferramenta de combate e redução dos casos de diabetes mellitus do tipo 2, continua sendo a prevenção dos seus fatores de risco. A troca e aquisição de experiência na execução destas ações em saúde evidenciam a importância da Enfermagem na educação em saúde.


Trabalho - 3233
COMPLICAÇÕES MAIS FREQUENTES EM NEONATOS ACOMETIDOS POR GASTROSQUISE EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE REFERÊNCIA NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PARÁ.

Autores: Paolla Sabrina Rodrigues de Souza, Vaneska Tainá Pinto Barbosa, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício, Mariane Santos Ferreira

Apresentação: Gastrosquise é uma malformação congênita evidenciada pelo fechamento incompleto do abdome do neonato durante o período de gestação, associado principalmente à exteriorização do intestino, além do estômago, bexiga, útero e raramente o fígado. A sobrevivência de recém-nascidos prematuros com gastrosquise tem aumentado muito nas últimas décadas, porém o dano intestinal causado pela malformação congênita, ainda é responsável pela elevada morbidade e eventual mortalidade dos neonatos prematuros. O objetivo deste trabalho é identificar as principais complicações de recém-nascidos prematuros internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI-N) com diagnóstico de gastrosquise e relacionar os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Desenvolvimento do trabalho: Pesquisa documental, descritiva com abordagem qualitativa realizada no mês de junho de 2017, em uma UTI-Neonatal de um Hospital Público de referência de Santarém-Pará. Os dados foram coletados através do livro de registros de neonatos admitidos com diagnóstico de gastrosquise associado à prematuridade, entre o mês de janeiro de 2013 a junho de 2017. Resultados e/ou impactos: As complicações evidenciadas nesse estudo estão relacionadas principalmente a fatores que contribuem para o agravamento da doença nesses neonatos, como ressecção do intestino grosso, anomalias congênitas circulatórias, pulmonares e sepse. Entre os anos pesquisados foram quantificados vinte e quatro recém-nascidos prematuros internados com malformação congênita por gastrosquise na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Pesquisas relatam que o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença está relacionado a idade materna jovem cuja mãe não realizou pré-natal, consumo de álcool excessivo, baixo índice de massa corporal materna, uso de drogas, infecções genito-urinário dentre outros. Considerações finais: A prematuridade contribui muito para o agravamento de muitas doenças, pois o recém-nascido não está totalmente amadurecido fisiologicamente. Partindo deste princípio, a realização de um pré-natal de qualidade e bem assistido é de suma importância para detecção precoce da gastrosquise e outras má formações, além de uma assistência de qualidade e intervenções cirúrgicas precoce, pois, podem contribuir minimizando o problema e ajudando o neonato a manter a integridade da vida de maneira saudável.


Trabalho - 1868
APLICAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTE ONCOPEDIÁTRICO DIAGNOSTICADO COM LINFOMA DE HODGKIN

Autores: Renan Fróis Santana, Andreza Dantas Ribeiro, Brenda dos Santos Coutinho, Mariane Santos Ferreira, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

Apresentação: O Linfoma de Hodgkin trata-se de uma neoplasia desenvolvida nos linfonodos, onde os linfócitos B sofrem alteração maligna, comprometendo o sistema linfático, alterando também o estado imunológico do indivíduo. Nesse contexto, a assistência de enfermagem prestada ao cliente pediátrico oncológico na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exige atenção especializada, visando promover além de tratamentos específicos, qualidade de vida em um contexto humanizado. A evolução da doença pode exigir intervenções na UTI Pediátrica, a qual promove suporte de vida avançado com monitoramento hemodinâmico e respiratório constante por profissionais especializados, atendendo as necessidades biológica, psicológica, social e emocional do grupo desta faixa etária no ambiente terapêutico. Considerando os efeitos positivos da sistematização da assistência de enfermagem (SAE) para a evolução clínica favorável dos clientes, o estudo buscou apresentar a SAE aplicada a um paciente oncológico pediátrico no ambiente de UTI. Desenvolvimento do trabalho: Estudo descritivo do tipo estudo de caso, realizado na UTI Pediátrica de um hospital de média e alta complexidade do Município de Santarém, estado do Pará. A pesquisa foi realizada por acadêmicos do 7º período do curso de bacharelado de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Campus XII, durante as aulas práticas da disciplina de Assistência de Enfermagem na UTI neonatal e pediátrica, no período de junho de 2017. A pesquisa foi desenvolvida a partir do acesso ao prontuário, bem como pela observação direta da rotina do paciente pediátrico, onde houve à aplicação da SAE, de acordo com a taxonomia NANDA - North American Nursing Diagnosis Association (2017). Resultados e/ou impactos: W.S.R., cliente pediátrico oncológico do sexo masculino, 11 anos de idade, diagnosticado com Linfoma de Hodgkin, variante esclerose nodular estádio 4, apresentava adenomegalia cervical esquerda, insuficiência e infecção respiratória, mucosite, lise tumoral e quadros convulsivos. Deu entrada na UTI pediátrica respirando com auxílio de cateter nasal com 3l/min e saturação a 98%, seus parâmetros vitais demonstravam: dextro 117 mg/dl; pressão arterial (PA) 93/70; frequência cardíaca (FC) de 113 bpm; frequência respiratória (FR) de 28 irpm; temperatura axilar de 34,9ºC e saturação de oxigênio de 98%. A linfadenomegalia na região cervical é geralmente a sintomatologia mais comum observada nos casos da apresentação na patologia, conforme observado no cliente em estudo. O genitor do cliente referiu que o mesmo apresentou quadros de tosse, dor torácica, inapetência e febre por aproximadamente 3 semanas, sendo administrado sem avaliação e prescrição médica xarope expectorante. O linfoma de Hodgkin envolve neoplasia de células especificas do sistema imunológico, consequentemente comprometendo de maneira direta o funcionamento deste, também é valido ressaltar neste processo que há redução da citotoxidade de outros grupos de células no organismo, tornando necessária intervenção especifica para este déficit, o qual suscita maior probabilidade de casos de infecções, conforme observado no caso em questão, sendo empregada administração de dieta para imunossuprimidos. Com um dia de internação no setor, o cliente apresentou quadro de derrame pleural, sendo realizado punção torácica com drenagem de secreção cítrica. Estas complicações assistidas referentes ao sistema respiratório, como infecção e insuficiência respiratória são achados clínicos típicos da fisiopatologia já descrita antes em casos de linfoma de Hodgkin com indicação de prescrição e avaliação de exames de imagens, como radiografia e tomografia computadorizada de tórax e emprego do sistema de estadiamento Ann Arbor, os quais geram subsídios essenciais para a avaliação do envolvimento de outras estruturas linfoides ou mesmo áreas nodais com complicações em outras estruturas anatômicas como o diafragma. O cliente estava em seguimento ambulatorial na oncopediatria, após encerramento de quimioterapia de 8 ciclos. Durante a internação na UTI Pediátrica a equipe de enfermagem aplicou a sistematização da assistência de enfermagem, de acordo com o NANDA (2017) e os diagnósticos de Enfermagem estabelecidos, foram: 1) Risco para infecção relacionado a desnutrição, procedimentos invasivos, exposição a patógenos e enfermidade; 2) Risco de integridade da pele prejudicada relacionada a radioterapia, imunodeficiência, nutrição inadequada e circulação prejudicada; 3) Padrão de sono prejudicado relacionado ao barulho evidenciado pelo nível de ruídos; 4) Dor crônica relacionado ao processo patológico evidenciado por expressão facial de dor e autorrelato; 5) Troca de gases prejudicada relacionada a mudanças na membrana alveolocapilar evidenciado por padrão respiratório anormal; 6) Motilidade gastrointestinal disfuncional relacionado a imobilidade evidenciado por dificuldade para defecar; 7) Risco de síndrome de estresse por mudança relacionado à internação no setor de UTI. Frente a esses diagnósticos, foram realizadas as seguintes prescrições de enfermagem: 1) Realizar assepsia de materiais necessários para assistência, preferindo estéreis e descartáveis; 2) Realizar curativo, conforme técnica correta no curativo da incisão torácica; 3) Verificar sinais vitais de três em três horas devido ao quadro de pneumonia instalado; 4) Observar áreas avermelhadas e irritadas; 5) evitar ou diminuir o uso de fitas adesivas e de outros materiais que possam provocar lesão tecidual; 6) Avaliar e registrar o padrão do sono e promover ambiente calmo e confortável; 7) Diminuir a luminosidade e ruídos dos aparelhos; 8) Evitar situações estressantes antes do horário usual do cliente de dormir; 9) Incentivar junto ao genitor/acompanhante a ingesta de líquidos; 10) Promover cuidados com a pele promovendo higiene e hidratação; 11) Realizar posicionamento do cliente de forma que adenomegalia não sofra atrito; 12) Avaliar eficácia dos medicamentos empregados para dor; 13) Avaliar padrão respiratório e sinais como hipóxia, cianose e tosse; 14) Avaliar eficácia da terapia respiratória prescrita; 15)  registrar a frequência de eliminações intestinais e aspecto das fezes; 16) Verificar aceitação da dieta proposta e administrar emolientes fecais conforme prescrição; 17) Avaliar sinais de desidratação, administrar medicamentos antieméticos, conforme prescrição; 18) Posicionar cliente em posição adequada e prover recipiente para eliminação durante os episódios eméticos; 19) orientar sobre a importância da dieta para a manutenção da terapêutica e 20) Proporcionar atividades recreativas como brincadeiras, passatempos e desenhos animados e educativos. Considerações finais: A SAE demonstrou-se uma ferramenta eficaz para a terapêutica do cliente oncopediátrico, no contexto da UTI, suprindo as necessidades desde o contexto orgânico até as necessidades psicológicas, espirituais e emocionais, observadas durante o tratamento junto à equipe multiprofissional. No entanto, este estudo de caso apontou a necessidade de efetivação de uma importante ferramenta, isto é, a educação em saúde, visto que à atitude adotada pelos genitores no quadro de tosse não foi à correta, o que pode ter contribuído para o agravamento do caso. Tal aspecto destaca o papel da equipe de enfermagem como constantes educadores. Ademais, o cliente seguiu aos cuidados da equipe multiprofissional na unidade, com a continuidade da prestação da SAE.


Trabalho - 3150
Papel da assistência de enfermagem dentro da classificação dos cuidados ao paciente de alta complexidade

Autores: Antonia Irisley da Silva Blandes, Cristiano Gonçalves Morais, Géssica Rodrigues Silveira, Gisele Ferreira de Sousa, Monica Karla Vojta Miranda, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício, JOCILÉIA DA SILVA BEZERRA, Mariane Santos Ferreira

Apresentação: O atendimento de alta complexidade é considerado aquele que envolve um grande aparato tecnológico, assim como uma equipe multiprofissional cujo intuito é desenvolver meios para que o paciente recupere sua saúde no menor tempo possível, sem danos que possam interferir na sua vida no momento que receber alta hospitalar. A hospitalização e uma experiência nada agradável ao paciente. O paciente internado na unidade de terapia intensiva pode apresentar vários distúrbios devido ao estado que se encontra dos quais podemos citar: a perda da autonomia, desequilíbrio emocional e do sono, estresse, ansiedade entre outros. A longa duração de um cliente internado pode gerar vários inconvenientes, em função do período de internação, do risco de infecção hospitalar e do aumento dos custos para a instituição. A eficácia da assistência é um componente determinante para assegurar a redução e controle dos distúrbios a que o paciente estará exposto enquanto estiver internado. Diante disso, é essencial ações conjuntas, que visem o controle e regulamentação das atividades em saúde que são importantes para identificar antecipadamente as eventualidades que afetam o paciente e dessa forma evitar outros problemas de saúde.É importante destacar que a equipe de multidisciplinar, especialmente, a equipe de enfermagem deve identificar os problemas que o paciente possa apresentar, tanto físicos quanto emocionais, intervindo de forma terapêutica, possibilitando um período de internação com as mínimas complicações possíveis. Dentre as funções do enfermeiro na unidade de atendimento de alta complexidade, destaca-se a admissão, a avaliação por meio da anamnese, exame físico e história pregressa, além de elaborar intervenções e planos de cuidado através da SAE, bem como também gerenciar a unidade. Considerando isso a assistência de enfermagem é crucial no atendimento intra-hospitalar, pois realizar a manutenção de recursos humanos, para que os cuidados feitos ao pacientes tenham qualidade. Visando a melhoria da assistência, a equipe de enfermagem passou a contar com instrumentos que permitem a classificação da complexidade dos cuidados com o pacientes, favorecendo assim a divisão dos profissionais para efetivar os cuidados ao cliente sem sobrecarregar os profissionais que trabalham na unidade de internação. A adoção de medidas desse tipo permite uma melhor gestão de recurso humanos, ponderando que a demanda de pacientes que precisam de cuidados é superior ao número de profissionais preconizado pelo ministério da saúde para realizar assistência. No Brasil, a escala de Fugulin ou sistema de classificação do paciente (SCP) é uma das classificações adotadas por alguns hospitais e visa a categorizar o grau de complexidade dos pacientes, considerando os cuidados assistências como cuidados mínimos, intermediários, de alta dependência, semi-intensivos e cuidados intensivos. Ademais considera parâmetro como a integridade cutâneo-mucosa, comprometimento tissular, curativo e tempo de utilização dos curativos. Desse modo este estudo tem por objetivo avaliar o nível de complexidade dos cuidados assistenciais em pacientes de uma unidade de terapia intensiva. Desenvolvimento: Este estudo de campo, descritivo, transversal de cunho quantitativo. O período em que ocorreu o estudo foi entre novembro e dezembro de 2017 durante o estágio supervisionado de UTI dos acadêmicos do ultimo semestre do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará. O campo de estudo foi a unidade de terapia intensiva para adultos, de um hospital considerado referência para o tratamento de problemas de saúde com alta complexidade, localizado no município de Santarém-Pará. A unidade de terapia intensiva é composta por vinte leitos, sendo dois isolamentos e dezoito leitos normais. A unidade de internação é dividida em duas alas, compreendendo dez leitos cada uma delas. Fizeram parte deste estudo apenas os pacientes internados na ala A desta unidade de internação, totalizando dez participantes. Os dados foram obtidos através de uma ficha estruturada, elaborada e preenchida pelos próprios acadêmicos, composta por seis variáveis sendo: idade, sexo, tempo de internação, patologia, cidade de domicílio e o score de Fugulin ( sistema de classificação do paciente).Optou-se por utilizar essa ficha de classificação pois tem como finalidade avaliar cada um dos pacientes considerando parâmetros importantes que permite   traçar o plano de cuidado destinados a cada paciente através do grau de complexidade do mesmo.A analise se deu atraves da estatística descritiva, os coletados foram tabulados e analisados no software Excel 2016. Resultados e/ou impactos: Observou-se que a média de idade dos participantes foi de 59 anos, quanto ao sexo 60% são do sexo feminino, em relação à cidade de domicílio 60% não eram de Santarém, quanto ao período de internação varia entre 5 dias e 149 dias, sendo que 70% dos pacientes apresentavam tempo de internação superior a 30 dias.Diante disso, é sabido que o fato de está em outra cidade interfere no bem estar psíquico do paciente, principalmente para pacientes do sexo feminino, tendo em vista que devido a continuidade tratamento se viu forçada a deixar sua casa, família e filhos em outra cidade. Ademais, isto influência diretamente na resposta do organismo deste paciente, considerando que a família é um dos principais pilares no que diz respeito ao apoio emocional e amparo psicológico na luta contra o seu estado patológico.Em relação à doença 100% dos pacientes estavam acometidos por mais de duas patologias graves, sendo que 60% apresentavam insuficiência renal aguda e 40% insuficiência cardíaca, e isso demonstra o quanto se faz necessário a assistência da equipe de enfermagem,haja vista que são doencas que requerem do profissional enfermeiro uma atenção maior e cuidado mais especifico, uma vez que qualquer falha pode causar danos irreversíveis ou até o óbito do paciente.Quanto a classificação de complexidade 70% foram classificados em cuidados intensivos e 30% em cuidados semi-intensivos isso demonstra o quanto é fundamental o dimensionamento da equipe de enfermagem dentro da unidade de terapia intensiva,para manter o equilíbrio entre os profissionais da equipe de enfermagem e uma assistência eficaz.    Considerações finais: Os dados são contundentes em relação ao tipo de cuidado que deve ser realizado ao paciente, considerando que a maioria foi classificada como cuidados intensivos, isto se deve ao grau de comprometimento da saúde do paciente e quanto ele esta debilitado. Diante disso, torna-se fundamental a assistência de enfermagem para a melhora do paciente, tendo em vista que são estes profissionais os responsáveis de elabora um plano terapêutico cuja a finalidade é melhorar a saúde deste paciente.Em relação ao tempo de internação é fundamental o papel da família para a recuperação do paciente através de visitas e o apoio emocional , uma vez que pacientes que encontram-se a mais de um mês internados estão mais suscetíveis a desenvolver problemas psicológicos,infecção hospitalar,além da piora do quadro patológico.Outro ponto a ser considerando está relacionado a escala de Fugulin ou sistema de classificação do paciente (SCP), uma vez que este instrumento viabiliza uma melhor distribuição de insumos e recursos humanos dentro da unidade,oportunizando ao cliente uma melhor assistência e a equipe enfermagem o equilíbrio evitando a sobrecarga de alguns profissionais. No entanto é essencial que em pesquisas futuras procure associar a classificação do paciente com contingente de enfermeiros assistencialistas da unidade, tendo em vista que apesar da escala de Fugulin ser um instrumento muito bom por ajuda a gerenciar os cuidados na unidade de nada adianta se o número de trabalhadores for muito inferior ao preconizado pelo ministério da saúde e pelo COFEN.


Trabalho - 3728
A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE LESÃO POR PRESSÃO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA.

Autores: Erika Fonseca de sousa, Antônia aline de Oliveira Alves, Vanessa Cordeiro da Silva, Mariane Santos Ferreira, Railany Pereira Silva Benoá, Juliana Silva Araújo, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

Apresentação: A Lesão por pressão é um dano localizado na pele ou em tecidos moles subjacentes, que se desenvolvem geralmente sobre uma proeminência óssea, podendo estar relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outros artefatos. A incidência de Lesão Por Pressão (LPP) nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) tem aumentado consideravelmente com o passar dos anos, apresentando índices que variam entre 25, 8% a 62,5%. Essa grande incidência ocorre devido a alguns fatores de risco que aumentam proporcionalmente o índice de LPP, dentre eles a idade avançada, imobilidade física, uso de ventilação mecânica, alteração no estado neurológico, que inclui sua percepção sensorial, má nutrição, pacientes diabéticos e hipertensos, além, da má perfusão tecidual, imunodeficiência, extremos de peso, necessidade prolongada de permanência no leito devido à patologia e instabilidade hemodinâmica entre outros. Contudo, esses fatores de risco devem ser reconhecidos pelos profissionais da enfermagem logo na admissão do paciente na UTI, através da escala de Braden que, possibilita a enfermagem avaliar o paciente de modo geral direcionando os cuidados adequados conforme o escore da escala referida. Para tanto, é papel fundamental da enfermagem saber classificar e identificar o estágio da LPP, a fim de implementar medidas prevenir e tratativas de forma efetiva, e consequentemente promover uma melhor recuperação do paciente. O  objetivo do trabalho é relatar a importância da assistência de enfermagem na prevenção e tratamento de Lesão por Pressão na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital público de Santarém-Pa. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura de caráter descritivo com abordagem do método qualitativo. Foram seguidas as seis etapas inerentes a este método, sendo elas, respectivamente: busca na literatura, categorização dos estudos, avaliação dos estudos incluídos, interpretação dos resultados e apresentação da revisão. Os critérios de inclusão adotados para orientar a busca e seleção das publicações foram: Artigos publicados em periódicos científicos nacionais e internacionais revisados por pares que abordem a temática constante no banco de dados Scielo e Google acadêmico; divulgados em língua portuguesa e inglesa; publicados entre operíodo de 2010 a 2017, ou seja, nos últimos 07 anos; artigos que retratam procedimentos, intervenções ou diretrizes na prevenção e tratamento de lesão por pressão; a estratégia utilizada para localizar os artigos foi por intermédio da palavrachave "Lesão Por Pressão" ou da combinação dos seguintes descritores: “UTI”, “assistência de enfermagem”, “prevenção”, “tratamento”, “fatores de risco”. Os critérios de exclusão foram: publicações que não se encontravam disponíveis em texto completo; publicações que apresentavam disponibilidade de texto completo, mascujo o link apresentava erro mediante a tentativa de acessá-lo. A coleta de dados se deu entre os meses de maio a novembro de 2017 e foi utilizada uma listagem dos artigos encontrados com título do artigo, autores e ano de publicação. A amostra final desta revisão integrativa foi constituída por onze artigos. Resultados: Os resultados foram classificados em quatro categorias: fator de risco, prevenção, tratamento e importância da enfermagem na prevenção e tratamento da LPP. Na categoria fator de risco foram incluídos três artigos que evidenciaram como principais fatores predisponentes ao surgimento de LPP os agentes farmacológicos tais como: sedativos, analgésicos, drogas vasoativas, antibióticos, imunossupressores, suporte nutricional inadequado, escore de risco na escala de Braden, tempo de internação prolongado e pacientes em pós-operatório. Além disso, a percepção sensorial, umidade, mobilidade, fricção e cisalhamento, morbidades respiratórias, déficit neurológico e sepse são considerados fatores de risco relevantes para o desenvolvimento de LPP. Na categoria prevenção, foram incluídos dois artigos que adotavam mais de uma medida de prevenção de LPP por paciente, sendo que, as mais utilizadas são os coxins de proteção, placas de hidrocolóide e o colchão caixa de ovo, além dessas, são usadas soluções hidratantes, como o aminoácido essencial e óleo de amêndoas. Outros protocolos de prevenção incluem a aplicação da Escala de Braden durante a internação, inspeção da pele com atenção especial às proeminências ósseas, acréscimo da utilização do lençol móvel para facilitar a movimentação do paciente e uso de travesseiros sobre proeminências ósseas. Diante da categoria tratamento foram selecionados três artigos que evidenciaram como tratamento as terapias tópicas, como os ácidos graxos essenciais (AGE), ácido linoleico e o ácido linolênico são os ácidos graxos mais importantes para o tratamento de feridas e, em geral, são aplicados em feridas com tecido de granulação; a papaína pode ser aplicada como desbridante e possui ação anti-inflamatória, atuando na contração e junção de bordas de feridas de cicatrização por segunda intenção. A sulfadiazina de prata constitui um fármaco de ação antibacteriana e antifúngica eficiente contra Pseudomonas aeruginosa. Para a realização da escolha do curativo, cobertura e/ou desbridamento os enfermeiros realizam uma avaliação inicial, que consiste em mensurar o tamanho, profundidade e aspecto da ferida, para que possam escolher a cobertura adequada de acordo com a disponibilidade de recursos na instituição. Quanto a categoria importância da assistência de enfermagem foram abordados três atigos que reconhece que o êxito na prevenção da LPP é amplamente condicionado aos conhecimentos e habilidades dos profissionais de saúde sobre o assunto, torna-se mandatória a compreensão dos fatores individuais e institucionais que influenciam o conhecimento e o uso das evidencias cientificas. A enfermagem desempenha função fundamental no processo de prevenção, pois está diretamente ligada ao paciente, podendo proporcionar diferentes intervenções ao paciente em situação de risco, além de possuir a responsabilidade de promover medidas de segurança ao cliente e gerenciar recursos necessários para evitar o aparecimento desse agravo, além de avaliar lesões prevalentes de forma correta para a escolha da terapêutica adequada promovendo melhor qualidade da assistência. Considerações finais: No que tange as evidências expostas neste trabalho, as lesões por pressão ainda continuam sendo um grande problema de saúde pública mundial, este fato está relacionado principalmente a fatores de riscos que predispõem o surgimento das LPP na Unidade Terapia Intensiva, visto que, são muitos os riscos que os pacientes estão expostos e como cuidadores, a equipe de enfermagem deve estar sempre atenta e atualizada quanto aos protocolos e estratégias eficazes para evitar o surgimento dessa complicação, bem como, métodos terapêuticos adequados de acordo com a necessidade de cada paciente. Dessa forma, pode-se afirmar que para nortear os cuidados preventivos é de fundamental importância a aplicação diária da escala de Braden pela equipe de enfermagem, uma vez que, a mesma atua na identificação do grau de risco que o paciente está exposto, e a partir daí promover estratégias de prevenções eficazes contra o aparecimento das LPP. Partindo desse princípio, a equipe de enfermagem mantém um papel fundamental na prevenção e tratamento de lesão por pressão, pois estes profissionais avaliam os pacientes continuamente desde sua admissão de forma sistematizada e individual. Porém, vale ressaltar que a enfermagem precisa apresentar embasamento teórico e prático para aplicar a tomada de decisão baseada em evidencias, com intuito de prevenir e tratar adequadamente as LPP de forma correta e eficiente.


Trabalho - 3025
POTENCIALIDADES E DIFICULDADES NA CONSULTA DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM TRANSTORNOS MENTAIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Erika Fonseca De Sousa, Mariane Santos Ferreira, Mariane Santos Ferreira, Irinéia de oliveira Simplicio, Irinéia de oliveira Simplicio

Apresentação: A reforma psiquiátrica brasileira foi um movimento histórico de caráter político, social e econômico, influenciado pela ideologia de grupos dominantes, que permitiu um olhar diferenciado aos pacientes psiquiátricos e a construção de um novo modelo de assistência à saúde mental seguida na atualidade. Esse novo modelo, passou a ser constituído por meio da criação de uma rede de serviços territoriais de atenção psicossocial de base comunitária, dentro deste cenário de atenção psicossocial temos os centros de atenção psicossocial (CAPS), que é um serviço ofertado para desenvolver a desospitalização do paciente, e realizar atividades que estão de acordo com os princípios da reforma psiquiátrica. A partir dessa nova politica, a assistência realizada nos CAPS parece seguir novos caminhos, não seguindo apenas normas e rotinas, mas, construindo novos cenários, tornando-se o campo mais real a ser conquistado. Logo, o convívio diário, o diálogo e a escuta têm sido importantes na assistência realizada pela enfermagem, porquanto ouvir é um acontecimento fisiológico e escutar requer uma disposição interna de abrigar.  A consulta de enfermagem em saúde mental é uma grande ferramenta para a execução do cuidar, além de proporcionar subsídios históricos, compartilhamentos de saberes e um relacionamento interpessoal com a pessoa que está em sofrimento e a sua família. De acordo com a Teoria de Peplau, a consulta de enfermagem deve ser composta por 4 fases que são: orientação, identificação, exploração e resolução. Esta teoria tem por objetivo promover à inclusão social e o resgate da cidadania as pessoas com transtorno mental, reinserindo esses indivíduos em suas famílias e na sociedade através da atuação do profissional de enfermagem. A partir da criação de novos campos de trabalho, nos CAPS, o enfermeiro se viu responsável por uma assistência holística, inovadora, promissora e humanizada em suas praticas diárias requerendo responsabilidade e compromisso efetivo com o paciente e a família, evocando sempre o modelo de atenção psicossocial.  Diante dessa temática o objetivo do trabalho é relatar a experiência de  UMA acadêmica de enfermagem do nono semestre de enfermagem de uma instituição Pública de Ensino Superior sobre a observação da consulta de enfermagem em saúde mental no que tange as potencialidades e dificuldades encontradas. Desenvolvimento do trabalho: Trata- se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência, realizada pela acadêmica do nono semestre de enfermagem a partir da observação da consulta de enfermagem ocorrida no período de 10/ 04/ 2017 a 08/ 05/ 2017 em um centro de atenção psicossocial (CAPS) do município de Santarém-PA. Resultados e/ou impactos: No dia 10/04/2017 a acadêmica de enfermagem foi convidada pela preceptora para a sala de atendimento de enfermagem, para que a mesma pudesse corroborar ensinando como deveria ser realizada a consulta de enfermagem em saúde mental. No entanto, a acadêmica demonstrou insegurança por se tratar de pacientes psiquiátricos, pois esses pacientes podem simpatizar ou não com o profissional colaborador. Por outro lado, a acadêmica começou a conhecer primeiramente a realidade dos pacientes com transtorno mental através da consulta de enfermagem direcionada pela preceptora, com intuito de familiarizar a acadêmica com a rotina do setor, sabendo que são diversificadas as consultas relacionadas aos transtornos mentais. A partir de então, a acadêmica teve a oportunidade de realizar a tão esperada consulta, que a princípio apresentava-se complexa e insegura, pois cada paciente pode reagir de forma diferente, alguns tranquilos e outros agressivos, e isto dificultava a consulta, pois, não se sabe qual seria o comportamento do paciente naquele determinado momento. No dia 19/04/2017 foi realizada uma consulta com uma paciente esquizofrênica que estava em crise, chegou ao CAPS muito mal e batendo em todos que se aproximavam. Porém, quando uma integrante da equipe dos acadêmicos  que estavam naquele local se aproximou da paciente, a mesma se manteve calma sem esboçar nenhum sinal de agressão, então se pode afirmar a paciente que a acadêmica só queria ajuda-la, partir daí, conversamos em um espaço reservado a respeito do que tinha ocorrido, pois a mesma se apresentava machucada com escoriações e hematomas espalhados em seu rosto e em alguns locais do seu corpo, após a realização da escuta terapêutica, foi realizada administração de medicamentos, limpeza dos ferimentos, e encaminhamos a mesma para realização do banho de aspersão, em seguida oferecemos alimentação e repouso no setor do CAPS, já que a mesma estava apresentando episódios de delírios e alucinação. Após recuperação da crise, essa paciente foi levada para sua residência a qual ficou sobre os cuidados de sua mãe e da equipe. Diante do exposto, percebeu-se que as principais dificuldades encontradas durante a consulta de enfermagem foi a falta de medicamento específicos para cada transtorno, ausência de capacitação da equipe atuante nessa área da saúde mental, bem como, a carência da participação da família no tratamento dos pacientes psiquiátricos, além da não colaboração do paciente em aderir corretamente o tratamento. CONCLUSÃO: A experiência vivenciada com pacientes portadores de doenças mentais foi de grande valia para o desenvolvimento da vida profissional da acadêmica do curso de enfermagem, pois, o acompanhamento e a realização da consulta de enfermagem a esses pacientes, proporcionou a reflexão das dificuldades e potencialidades nas consultas de enfermagem em saúde mental, além de favorecer a aprendizagem de técnicas ou condutas necessárias para pacientes psiquiátricos em crise ou não. Contudo, para realizar uma assistência de qualidade a esses pacientes, é necessário que haja, comprometimento da equipe profissional e familiares com o bem-estar físico, mental e espiritual do paciente. Para isso, tem-se a necessidade de conscientização por parte, tanto da família quanto do paciente em aderir o tratamento de forma correta, uma vez que, o tratamento é um fator determinante e fundamental para o êxito ou falência da terapêutica aplicada. Vale ressaltar que uma equipe de profissionais de saúde qualificada inserida no programa faz a diferença, visto que, esses profissionais estariam comprometidos com a saúde mental e capacitados para fornecer subsídios e orientações necessárias para o sucesso da atuação da família no tratamento e reabilitação psicossocial do portador de transtorno mental. Pois a família é um dos pontos fundamentais para o êxito do tratamento.


Trabalho - 3186
OS RISCOS OCUPACIONAIS NO SETOR DE RADIOTERAPIA DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO OESTE DO PARÁ: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Paolla Sabrina Rodrigues de Souza, Alice Pinheiro Moura, Brenda Caroline Andrade Mileo, Vaneska Tainá Pinto Barbosa, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício, Mariane Santos Ferreira

Apresentação: A radioterapia é um método utilizado para o tratamento de tumores malignos que tem como objetivo a destruição de células tumorais malignas. O agente terapêutico da radioterapia é a radiação ionizante, que age no interior da estrutura celular levando-a a sua destruição. Devido ao contato frequente com os agentes ionizantes da radiação, os profissionais que atuam nesta área estão diariamente expostos aos riscos ocupacionais inerente as atividades realizadas. O objetivo desse relato é descrever a experiência vivida por acadêmicas de enfermagem no setor de radioterapia e analisar os riscos ocupacionais aos profissionais que atuam neste setor. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, vivenciado por acadêmicas do sétimo semestre do Curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará –UEPA, Campus XII, durante uma visita técnica ao setor de radioterapia de um hospital público de referência no Oeste do Pará, cujo o projeto político pedagógico prevê o uso da problematização como metodologia, oportunizando ao aluno um aprendizado dinâmico a partir da ação-reflexão-ação. Utilizou-se da técnica de observação participativa e da análise crítica reflexiva. Resultados e/ou impactos: Durante a visita obteve-se a oportunidade de vivenciar a integração ensino e serviço, estratégia que se apresenta como uma importante ferramenta para aquisição de competências e habilidade necessária ao exercício laboral. Foi realizado o reconhecimento da estrutura física, os equipamento radioterápicos, normas e rotinas do setor, tipos de tratamento ofertado aos usuário, fluxo de gestão, impressos utilizados, dinâmica do serviço, medidas preventivas, bem como os equipamentos de proteção individual - EPI e equipamento de proteção coletiva - EPC. De posse dessas informações pôde-se fazer relação com as normas técnicas preconizadas pelo Ministério do Trabalho para essa atividade profissional e das normas de segurança descrita pela D.O.U.30 de março de 1990. Por fim, identificação da presença de possíveis riscos ocupacionais descritos no mapa de riscos do setor, cujos principais riscos analisados são a possível exposição à radiações ionizantes em caso de acidente, riscos ergonômicos e sobrecarga de trabalho. Considerações finais: Os riscos ocupacionais encontrados no setor de radioterapia são inerentes às especificidades do tratamento radioterápico e ao recurso terapêutico utilizado. Nesse sentido torna-se imprescindível a implementação de medidas preventivas, educação continuada e diálogo diário em serviço sobre radioproteção, biossegurança, uso completo e correto de EPI e EPC, a fim de extinguir ou minimizar os riscos de acidentes e doenças ocupacionais. Uma agradável constatação foi perceber o envolvimento da gestão do hospital em questão, em manter um ambiente salubre, favorável à saúde do trabalhador.


Trabalho - 2935
ASSISTÊNCIA HUMANIZADA REALIZADA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE SANTARÉM-PARÁ.

Autores: Erika Fonseca De Sousa, Irinéia De oliveira Simplicio, Mariane Santos Ferreira

Apresentação:: A humanização da assistência é uma questão interpessoal de profissionais constantemente discutida e remetida à legislação, especificamente pelo Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar do Sistema Único de Saúde (PNHAH/SUS). O processo de humanização frisam características de benevolência, fraternidade, respeito, apatia e valorização da subjetividade particular de cada indivíduo, características indispensáveis para atuação na Unidade de Terapia IntensivaPediatrica (UTIP), setor responsável por clientes em estados críticos assistidos e monitorados constantemente. Diante da temática exposta o objetivo é relatar o processo de humanização da assistência prestada pela equipe de enfermagem no setor de UTIP com as crianças internadas e familiares acompanhantes em um hospital de referência segundo o proposto pelo PNHAH. Desenvolvimento do Trabalho: Trata-se de uma pesquisa do tipo relato de experiência de abordagem qualitativa descritiva, observacional realizada na UTIP em um hospital público do município de Santarém-Pará, feita por acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará, durante aula prática no período de três dias do mês de outubro de 2017. Resultados: As observações da ambientação do setor permitiram melhor esclarecimento do relacionamento entre profissionais, crianças e seu familiar acompanhante. Ao que concerne em assistência humanizada prestada pelos profissionais, destacou-se um bom relacionamento entre estes e as crianças e seus familiares, onde empregava-se nomes especiais de tratamento, além de conversas atrativas visando o bem-estar, preocupação com a dores e incômodos durante os procedimentos. Observou- se também o desenvolvimento de um afeto entre profissional, paciente e família, haja vista que, quase todos os dias essas pessoa estão juntas, o que estreita os laços entre ambas as partes. Por outro lado, percebe- se que não são todos os profissionais da enfermagem que são tolerantes e carinhosos com as crianças, muitos ainda deixam a desejar no que tange os diálogos entre a equipe do setor e familiares visitantes e até mesmo com o paciente. Além disso destaca- se o estresse de algumas crianças por estarem consciente em um ambiente estranho o que  implica em desconforto, choro continuo e consequentemente o estrese do familiar acompanhante e do profissional cuidador. Considerações finais: O estudo mostrou ainda que o despreparo profissional para lidar com a clínica ampliada de seus clientes é o principal desafio para o processo de humanização, pois a assistência de uma patologia não remete apenas a aspectos biológicos, esta deve amparar também condições psicológicas, sociais e espirituais. Uma vez que, os menores estão em lugares desconhecidos o que ocasiona em estresse tanto para criança quanto para o familiar que esta acompanhando, como também para o profissional que muitas das vezes não sabe lidar com situações especificas de cada criança, demonstrando assim, intolerância para com os familiares e as crianças. Enfim, a assistência humanizada requer profissionais capacitados que se comprometa com bem estar físico, mental, espiritual e social da criança. 


Trabalho - 2328
VISITA MULTIPROFISSIONAL NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ADULTA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Lays Oliveira Bezerra, Jéssica Samara dos Santos Oliveira, Cristiano Gonçalves Morais, Mariane Santos Ferreira

Apresentação: A unidade de terapia intensiva atende pacientes gravemente enfermos, que necessitam de cuidados complexos e, portanto, de maior atenção dos profissionais atuantes na equipe multidisciplinar. Com os avanços provenientes do novo modelo de atenção, busca-se constantemente a produção do cuidado tendo em vista a integralidade e humanização, incluindo metodologias assistenciais inovadoras, tais como a visita multiprofissional, esta proporciona uma visão mais ampla do estado do paciente, expandindo a comunicação entre a equipe da UTI e otimizando o serviço. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo de campo, descritivo, transversal, do tipo relato de experiência, vivenciado por docente e discentes de enfermagem, durante as atividades supervisionadas no setor da UTI – adulta de um hospital público, do município de Santarém, Pará, no período de dezembro, do ano de 2017. Resultados e/ou Impactos: A equipe multidisciplinar que se fez presente durante a visita dos leitos era composta por: médico, fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista, enfermeiros, farmacêutico, assistente social e técnicos de enfermagem. Foi possível observar que a atuação destes diferentes profissionais oportuniza meios para o alcance dos objetivos propostos no início da terapêutica do cliente, nos diferentes contextos de atuação de cada um destes trabalhadores como na avaliação clínica, observação de indícios sintomatológicos de melhora ou piora do quadro clínico, acompanhamento da evolução clínica, modificação da medicação conforme as necessidades, respostas e satisfação do paciente ao esquema medicamentoso e da dieta utilizada. Por se tratar de um dos setores hospitalares mais críticos com a presença frequente de pacientes graves e possível óbito, foi observado o cuidado com a avaliação de sinais de ansiedade e depressão nos pacientes, além de possíveis meios para intervenção seja através da prescrição de medicamentos ou através de intervenções não-farmacológicas. A interação entre os diferentes profissionais oportunizou o planejamento de ações e intervenções mais rápidas e especificas para cada paciente, além disso, notou-se que a interação destes diferentes profissionais com os clientes facilitou o entendimento e a adesão dos pacientes ao tratamento sugerido. Considerações Finais: A avaliação holística e integral do paciente é uma das principais metas a serem alcançadas no ambiente hospitalar, principalmente no setor da UTI. Assim, diante deste contexto e sob a experiência supramencionada acima notou-se que a visita diária multiprofissional é um fator que contribuí para a promoção da saúde do enfermo bem como da diminuição da mortalidade em UTI, além da minimização do tempo de permanência do indivíduo neste setor. Concomitantemente, outro fator observado e de extrema importância para a integralidade do cuidado, e está relacionado ao protagonismo que cada profissional exerce durante a realização deste procedimento, haja a vista, que cada um menciona sua opinião, discute e analisa os fatos, e as medidas aplicadas a cada paciente, facilitando desta maneira, a comunicação, a relação e o fortalecimento da equipe multiprofissional com o paciente.


Trabalho - 2588
REFLEXÕES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM

Autores: Jéssica Samara dos Santos Oliveira, Lays Oliveira Bezerra, Antônia Irisley da Silva Blandes, Gisele Ferreira de Sousa, Géssica Rodrigues Silveira, Cristiano Gonçalves Morais, Mariane Santos Ferreira

Apresentação: A unidade de terapia intensiva é um dos setores do ambiente hospitalar que atendem pessoas com os maiores e mais diferentes graus de complexidade e com grandes chances de óbito, em vista disso requerem suporte, insumos e profissionais de saúde qualificados. Um destes profissionais é o enfermeiro que assim como os demais atua no monitoramento e intervindo caso necessário. Assim, diante desta premissa, esse estudo buscou relatar a experiência do estágio supervisionado dos acadêmicos de Enfermagem na unidade de terapia intensiva. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo de campo descritivo de cunho quantitativo, do tipo de relato de experiência. Este estudo foi desenvolvido pelos discentes e docentes do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará em meio ao estágio supervisionado na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital público de Santarém, Pará nos meados de dezembro de 2017. Resultados e/ou impactos: Durante o período deste estudo foi possível observar a dinâmica de cuidados presentes na unidade de terapia intensiva que requerem ao máximo dos profissionais atuantes, seja de atenção, ou comprometimento na assistência prestada aos pacientes em tarefas diárias como higiene oral e corporal até tarefas complexas realizadas pelas condições destes pacientes como a aplicação de medicamentos e monitoramento do quadro clínico. O constante clima de alerta e a presença de complicações como parada cardíaca e óbito foram observadas durante o período deste estudo. Interações sociais empregadas pelos profissionais de Enfermagem como conversas no leito e aproximação junto aos pacientes exerceram efeitos positivos no humor e na aceitação de condutas terapêuticas. Notou-se a necessidade da equipe multiprofissional atuante e dos efeitos da sua atuação na melhora dos pacientes atendidos no setor. Considerações Finais: O setor de UTI é um dos setores que mais demonstraram exigir e impor grande quantidade de cargas de esforço e emoções dos profissionais atuantes, vivenciar esta realidade serve para fornecer parâmetros para a atuação dos futuros profissionais de saúde, isto só serve para enfatizar a importância do estágio supervisionado na promoção de experiência para estudantes da área da saúde em ambientes hospitalares possíveis locais de atuação profissional.


Trabalho - 958
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A RECÉM-NASCIDO COM GASTROSQUISE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL

Autores: Herman Ascenção Silva Nunes, Andreza Dantas Ribeiro, Brenda dos Santos Coutinho, Renan Fróis Santana, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício, Mariane Santos Ferreira

Apresentação: A gastrosquise é uma patologia de caráter congênito, que consiste clinicamente na evisceração das estruturas internas do abdome (estômago, intestino delgado, intestino grosso e bexiga), geralmente na região paraumbilical. Caracteriza-se como uma malformação grave e com o risco de sérias complicações, a exemplo da enterocolite necrosante. O diagnóstico é realizado por meio da ultrassonografia fetal ou em alguns casos, onde não há acompanhamento pelo serviço de pré-natal, durante o parto. Com relação à via de parto nos casos de gestantes com fetos com gastrosquise, há uma controversa, no que se refere ao risco e beneficio dos partos vaginais ou cesarianos, entretanto o parto vaginal não afeta o tratamento pós-natal. No que se refere ao tratamento da doença, este consiste em reparações cirúrgicas, cuidados rigorosos com a alimentação do recém-nascido (RN) e cuidados intensivos. O grau de mortalidade e morbidade desta anomalia em associação com seu aumento de incidência a tornam um problema de saúde pública preocupante. Mediante este contexto, o estudo visou retratar a evolução do quadro de um neonato com gastrosquise gigante grave sob os embasamentos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de uma pesquisa descritiva, do tipo relato de caso, realizada na UTI Neonatal de um hospital que oferece atendimentos de média e alta complexidade, no município de Santarém, estado do Pará. O estudo foi efetuado durante as atividades práticas em UTI neonatal dos acadêmicos de enfermagem do 7º semestre da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Campus XII, Santarém – Pará, no período de junho de 2017, sendo desenvolvido através das informações colhidas do prontuário e pela observação direta do neonato, com o uso da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), de acordo com a taxonomia da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA). Resultados: Neonato do sexo feminino, nascida de parto via vaginal em hospital da rede pública do município de Santarém-Pará, apgar 5/6, estatura de 48 cm, perímetro torácico de 34 cm, pesou 2740 gramas, diagnosticada com gastrosquise gigante. Genitora de 19 anos de idade sem acompanhamento de pré-natal durante o período gestacional apresentou quadro de pré-eclâmpsia e não tinha conhecimento da má formação do RN. Os fatores de risco para o desenvolvimento da gastrosquise ainda não estão totalmente esclarecidos, no entanto, fatores potenciais aceitos é o tabagismo, o uso de drogas ilícitas, medicamentos vasoativos como pseudoefedrina e baixa idade materna (inferior a 20 anos), sendo este último, constatado na genitora. Após o parto, o neonato foi transportado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para o hospital de média e alta complexidade do município respectivo em incubadora de transporte, respirando ar ambiente, acompanhado pelo profissional médico e enfermeiro, sem apresentar intercorrências. No hospital de referência recebeu tratamento operatório, transfusão sanguínea e cuidados multiprofissionais na UTI neonatal. Durante sua internação foi realizada a SAE, obtendo-se os seguintes diagnósticos de enfermagem: 1) Risco para pele prejudicada relacionada à mobilidade reduzida no leito, uso de oxímetro de pulso e submissão a procedimentos invasivos; 2) Padrão de sono prejudicado relacionado aos ruídos dos equipamentos do setor, evidenciado por agitação do RN; 3) Risco de quedas relacionado a manipulação e movimentação do RN; 4) Risco para aspiração relacionado ao nível de consciência reduzida, 5) Risco de infecção relacionado a procedimentos invasivos. As intervenções propostas e realizadas consistiram em: 1) Verificar áreas com aspecto eritematoso; 2) Evitar ou diminuir o uso de fitas adesivas, utilizando óleo mineral ou água para facilitar sua remoção; 3) Evitar banhos rotineiros e frequentes; 4) Trocar com maior frequência o local do sensor de monitorização transcutânea de oxigênio; 5) realizar curativo conforme a técnica, retirando secreções da borda da gastrosquise na região abdominal; 6) Avaliar e registrar o padrão de sono, promovendo um ambiente calmo e confortável, através da diminuição da luminosidade e ruídos dos aparelhos, bem como evitar situações estressantes antes do horário usual de sono do neonato; 7) Manter elevadas as grades de proteção do berço e em altura adequada para prevenção de quedas; 8) educar a genitora e/ou acompanhante sobre os cuidados para manipulação do RN; 9) monitorar o nível de consciência, observando reflexo de tosse, movimentos de deglutição e providenciar aspirador, caso haja necessidade de sua utilização; 10) Realizar a lavagem correta das mãos antes e após entrar em contato com o RN ou realizar procedimentos, conforme princípios; 11) Realizar curativo de forma asséptica, utilizando de preferência materiais estéreis e descartáveis, retirando o máximo de secreção possível e atentar para os sinais de infecção como hipertermia, letargia, taquipneia, cianose e petéquias; 12) Substituir o material utilizado na oxigenoterapia a cada 48 horas; 13) Realizar limpeza diária de incubadora. Portanto, as ações de enfermagem além de serem voltadas para o bem-estar do RN em si, devem abranger os genitores do neonato, ofertando apoio e informações sobre o modo correto dos cuidados a serem executados com o RN, prática fundamental no âmbito da neonatologia, em especial, na UTI. Considerações finais: A assistência prestada seguiu os princípios da sistematização de enfermagem. Contudo, o quadro assistido agravou-se progressivamente, evoluindo para óbito, tal infortúnio destaca a letalidade das anomalias congênitas, em especial, quando não ocorre a busca pelo atendimento pré-natal ou há falhas nesse atendimento, sendo este essencial para o diagnóstico precoce de qualquer alteração que esteja presente no binômio mãe-feto, fazendo uso da clínica e de exames complementares, possibilitando um cuidado referenciado a essa gestante, bem como o preparo antecipado de uma equipe especializada para o atendimento do RN portador de alguma malformação congênita, a exemplo da gastrosquise, sendo esta uma patologia que requer cirurgias corretivas e uma série de precauções para que não haja um agravamento do quadro, impossibilitando a recuperação do neonato. Dessa forma, destaca-se que os profissionais envolvidos com a assistência pré-natal, em especial, os atuantes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Estratégias de Saúde da Família (ESF) estejam conscientes e sensíveis quanto à importância de investigação de anomalias congênitas durante sua assistência, atentando para a presença de fatores de risco nessa gestante que poderiam favorecer a ocorrência de alguma malformação, salientando uma busca mais acurada.