Anais

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida
Revista Saúde em Redes, v. 4, supl. 1 (2018) - Editora Rede Unida
ISSN 2446-4813 DOI 10.18310/2446-48132018
 
 
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Trabalho - 2569
SER MONITOR EM DISCIPLINA SEMIPRESENCIAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Carlos Rafael Azevedo, Maria Eduarda Leão de Farias, Camila Carlos Bezerra

INTRODUÇÃO: Nas últimas duas décadas, debates acerca da avaliação da educação superior adquiriram grande relevância, envolvendo profissionais e pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento. No entanto, no âmbito da emergente modalidade de ensino semipresencial, estudos e trabalhos de avaliação ainda são incipientes. Quando abordada no âmbito da modalidade à distância, a avaliação da qualidade da educação adquire maior complexidade e importância visto que as diferenças de espaço e tempo entre professor e aluno podem impactar qualitativamente o processo de aprendizagem em relação ao tempo e ao espaço. As novas tecnologias de estudo permitem diferentes interações no ambiente educacional entre aluno, professor e o monitor, permitindo uma percepção de como pode ser construtivo o modo como às instituições de ensino adotam programas de educação semipresencial. Nessa perspectiva, a oferta de disciplinas semipresenciais em um curso de graduação pode possibilitar a complementação da formação do aluno pelo aprimoramento do perfil comportamental e das habilidades no uso de ferramentas tecnológicas importantes para o profissional contemporâneo. OBJETIVO: Relatar as experiências como monitor da disciplina Gestão em Saúde e Enfermagem I, ofertada na modalidade de ensino semipresencial. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Trata – se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência que foi vivenciada através do Programa de Monitoria da Escola de Enfermagem de Manaus da Universidade Federal do Amazonas, que tem por objetivo introduzir discentes do curso de enfermagem nas diversas tarefas que compõem a docência de nível superior. As atividades realizadas foram: orientações acadêmicas, orientação de exercícios escolares com supervisão docente, e a participação em fóruns na plataforma de educação semipresencial. RESULTADOS: A modalidade semipresencial incentiva o desenvolvimento de novas competências digitais, como a autonomia, a automotivação, a reflexão crítica, a capacidade de análise e a tomada de decisões diante de situações-problema, o trabalho em equipe, o uso de diferentes linguagens e o fazer colaborativo. Nesse aspecto, entende-se a importância das disciplinas semipresenciais para acadêmicos de enfermagem, haja vista que essas características são fundamentais para um enfermeiro e estão extremamente relacionadas com a disciplina de gestão em enfermagem.  Além disso, permite uma maior flexibilidade ao acadêmico, permitindo acesso à plataforma de educação semipresencial em um horário mais conveniente. Foi notória a falta de pontualidade nas postagens na plataforma, nesse sentido destacam-se a presença dos monitores que puderam alertar sobre a data limite para as postagens. A ligação entre os monitores e os acadêmicos se faz necessária para que ocorra uma melhor comunicação na disciplina. No ponto de vista dos monitores, destacou-se a experiência da docência como um ponto positivo, o que abre uma nova perspectiva a respeito da futura área de atuação profissional. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim como as demais modalidades educacionais, a disciplina Gestão em Saúde e Enfermagem em modalidade semipresencial agregou ganhos na formação profissional para os alunos como a melhoria na qualidade de ensino, trazendo novas experiências no âmbito educacional. Por meio da internet foi possível oferecer outros métodos de ensino, fazendo com que o aluno tivesse mais liberdade para ter o acesso à plataforma e assim ter um maior aproveitamento do conteúdo. Para o monitor, a diferença de uma disciplina presencial para a semipresencial é que o contato com o aluno não se restringe na sala de aula, mas é ampliado por meio digital. Esse tipo de modalidade se constitui em um grande desafio ao frente à necessidade desse modelo de ensino para maior aproveitamento do aluno, visto que, o curso de graduação em Enfermagem na universidade é integral, e esse tipo de modalidade faz parte do projeto pedagógico do curso, com o intuito de ocorrer uma maior articulação entre o aluno e docente sobre os conteúdos que constam na plataforma e nas aulas presenciais.


Trabalho - 1354
USO DE METODOLOGIAS ATIVAS NO EDUCAR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM UM CENTRO COMUNITÁRIO NA CIDADE DE MANAUS

Autores: Maria Eduarda Leão de Farias, Bianca Albuquerque Castro, Gisele Reis Dias, Rebeca Arce Guilherme, Ellen Cristine de Oliveira Silveira

INTRODUÇÃO: A prática da educação em saúde proporciona um vínculo com a comunidade na qual se trabalha e quebra a relação vertical que comumente existe entre o profissional da saúde e o usuário, sendo possível desenvolver a troca de conhecimento. O uso de metodologias ativas na educação em saúde, baseiam-se em formas de desenvolver o processo de aprender, utilizando a problematização como estratégia de ensino/aprendizagem, objetivando alcançar e motivar o público alvo, visando às condições de solucionar os desafios das atividades essenciais da prática social, em diferentes situações. Nesse contexto, a criança e o adolescente são vistos como indivíduos em desenvolvimento fisiológico e funcional, expostos a situações de risco na medida em que interagem constantemente com situações e organismos até então desconhecidos. Dessa forma, o uso de estratégias de ensino que tenham caráter recreativo pode ser mais eficaz, por levar em conta as características do desenvolvimento infantil. OBJETIVO: Descrever as práticas educativas vivenciadas com estudantes em um centro comunitário da cidade de Manaus. METODOLOGIA: As atividades foram desenvolvidas por acadêmicos de enfermagem em um centro de ensino religioso localizado no bairro Petrópolis, tendo como público-alvo, crianças e adolescentes que frequentavam o mesmo. O tema trabalhado foi: cuidados com a higiene corporal. As metodologias de ensino-aprendizado foram por meio de vídeos educativos os quais mostraram a importância dos hábitos de higiene para promoção de saúde e prevenção de doenças, dinâmicas e musicoterapia. O processo avaliativo deu-se através da observação direta, aplicação de jogos, e gincana de perguntas e respostas. RESULTADOS: Com o decorrer das apresentações foi possível notar que os assuntos ministrados estavam sendo absorvidos pelo público-alvo através da participação e empenho dos mesmos durante as atividades, os alunos participaram de forma colaborativa e se mostraram interessados no assunto, tirando dúvidas sobre higiene e doenças relacionadas. Este método de ensino faz parte de um processo do desenvolvimento, sendo capaz de contribuir para a aquisição de competências, permitindo que os alunos possam se confrontar positivamente entre si, sabendo a importância dos cuidados pessoais para promoção de saúde e prevenção de doenças. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A prática educativa proporcionou uma visão ampliada do conceito de saúde, bem como possibilitou um maior conhecimento sobre a atuação da enfermagem em promover saúde considerando o individual e a coletividade.  Dessa forma, as práticas educativas em saúde são componentes essenciais do processo de aprendizagem, e, quando usadas de maneira participativa e interativa, podem facilitar a produção de conhecimentos para crianças em idade escolar.


Trabalho - 2546
RISCOS DE CONTÁGIO DE TUBERCULOSE OCUPACIONAL NO AMBIENTE HOSPITALAR: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA

Autores: Rebeca Arce Guilherme, Leandro Michel Afonso, Leandro Michel Afonso, Ellen Cristine de Oliveira Silveira, Ellen Cristine de Oliveira Silveira, Maria Eduarda Leão de Farias, Maria Eduarda Leão de Farias, Bianca Albuquerque Castro, Bianca Albuquerque Castro, Ana Carolina Scarpel Moncaio, Ana Carolina Scarpel Moncaio

APRESENTAÇÃO: A tuberculose é um problema de ordem mundial, atingindo principalmente os países em desenvolvimento, levando de 1,2 a 1,5 milhões de mortes ao ano. Mesmo sendo uma doença que requer de um diagnóstico, tratamento e acompanhamento na Atenção Primária à Saúde, a Atenção Terciária ainda acaba sendo a porta de entrada de muitos pacientes bacilíferos ou sintomáticos respiratórios, ou seja, em plena fase de transmissão da doença. A existência da tuberculose nosocomial não é algo novo, este assunto vem sendo levantado desde a década de 80 e, vem se tornando preocupante a cada ano, principalmente com o aumento das coinfecções por HIV, aparecimento da tuberculose multirresistente e, observa-se que a falta de estudos direcionados ao assunto é alarmante, visto que, comprovadamente os profissionais de saúde mais especificamente da área de enfermagem estão 20 vezes mais suscetíveis a desenvolver a doença do que o restante da população, principalmente em países que apresentam altos índices epidemiológicos da tuberculose, como o Brasil. Outro fator contribuinte do cenário epidemiológico da tuberculose ocupacional é o atraso no diagnóstico da doença ou mesmo na hipótese diagnóstica da mesma, principalmente no ambiente hospitalar, atrasando as iniciativas de medidas preventivas e biossegurança, aumentando assim, o risco e tempo de exposição dos trabalhadores ao agente causador da doença. Componentes de ordem estrutural também são elementos de agravação do cenário e, é comum a inexistência de exaustores específicos para o manejo correto dos pacientes em isolamento em tratamento intra-hospitalar. OBJETIVO: Revisar a literatura científica nacional e internacional sobre a tuberculose ocupacional intra-hospitalar e a existência de medidas preventivas na Atenção Terciária. DESENVOLVIMENTO: Tratou-se de uma Revisão Integrativa da Literatura com a seguinte questão norteadora: “Qual a produção científica sobre a tuberculose ocupacional em âmbito hospitalar e qual a existência de recomendações de prevenção dentro dos hospitais?”. Utilizou-se a base de dados LILACS e, para a seleção dos artigos consultou-se os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS), sendo utilizados: tuberculose pulmonar, risco ocupacional, prevenção e controle e, seus correspondentes no idioma inglês, com operador boleano “and”. Os critérios de inclusão foram artigos que abordassem a temática da tuberculose pulmonar, riscos ocupacionais na área da saúde, prevenção e controle da TB em âmbito hospitalar, nacionais e internacionais, nos idiomas português, inglês e espanhol, dos últimos cinco anos, e os de exclusão foram artigos referentes à TB extra pulmonar e com enfoque nos pacientes, além dos artigos não disponíveis na íntegra e publicações secundárias. RESULTADOS: A amostra final resultou em oito artigos originais, sendo todos correspondentes à base de dados LILACS. Os artigos foram divididos em duas categorias temáticas: “contágio por tuberculose ocupacional em unidades de atendimento hospitalar” e “recomendações de prevenção da tuberculose adotadas por unidades hospitalares”. Destaca-se a escassez de produções científicas atuais quando se fala em perfil epidemiológico dos profissionais afetados, visto que a tuberculose continua sendo uma doença negligenciada, em especial quando acomete os trabalhadores de saúde. Em um estudo descritivo e retrospectivo de 2002 a 2006, foram notificados 25 casos de TB nosocomial em um Hospital Universitário, sendo 32% técnicos de enfermagem, 16% médicos e 12% enfermeiros. Dos casos reportados, 96% foram constatados como sendo casos novos e apenas 4% como reincidência. O teste de sorologia para HIV foi realizado apenas em 84% dos trabalhadores, sendo 9,5% positivos para o vírus. Foi afirmado por 33% dos profissionais o contato prévio com pacientes sintomáticos respiratórios em ambiente hospitalar e apenas 1,5% tendo contatos na comunidade. A partir da análise das produções, pode-se observar a maior prevalência da transmissão entre os profissionais de enfermagem e medicina, respectivamente e diversos aspectos podem ser considerados com estes achados, tais como o maior tempo de exposição ao agente devido a uma maior aproximação com os pacientes em unidades hospitalares, o manejo correto dos pacientes e principalmente, o uso ativo ou não das medidas de biossegurança. Um estudo realizado em 2014 com 13 instituições de diversos estados brasileiros observou que apenas 46,2% das unidades realizavam capacitação dos profissionais acerca das medidas de prevenção da tuberculose. Em 53% das instituições foi afirmada a existência de exaustores HEPA em locais adequados. Com relação a precauções por aerossóis, 100% das instituições afirmaram disponibilizar máscaras N95 para seus funcionários, em contrapartida, 92,3% confirmaram fazer uso da reutilização das mesmas. Com relação a exames periódicos de teste tuberculínico em seus profissionais, 62,9% das instituições afirmaram não o realizar. Uma pesquisa quase-experimental realizada em um hospital brasileiro observou que há lacunas relacionadas aos conhecimentos acerca da tuberculose em todas as categorias profissionais, principalmente em tomadas de decisão na prática hospitalar e concluiu, após intervenções educativas, que medidas simples como distribuição de panfletos informativos e discussão de caso-problema se tornam muito efetivas na disseminação do conhecimento e obtiveram interesse significativo pela população alvo do estudo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Observou-se que as ações de prevenção e controle tomadas por algumas instituições brasileiras estão caminhando para uma maior preocupação com a disseminação da tuberculose ocupacional, mas essas medidas ainda não são suficientes e possuem pontos a serem trabalhados, como a capacitação dos profissionais que não é realizada na maioria das unidades pesquisada bem como no melhoramento de estratégias já implantadas, visto que quase 70% das unidades afirmaram possuir projetos relacionados à tuberculose. Ainda assim, a maior fragilidade é relacionada à questão da infraestrutura da unidade, algo que requer mais tempo e investimento. Além disso, é necessário mais do que uma comoção somente institucional, como também ações individuais ativas por parte de todos os profissionais de saúde. O índice que contágio por tuberculose intra-hospitalar, como se pode observar, é multifatorial e pode sofrer mudanças devido ao cenário epidemiológico de cada região. Quando consideramos o Brasil como uma área endêmica, observamos a necessidade de ações conjuntas pessoais, institucionais e governamentais, visto que mesmo sendo preconizada a formação de comissões de biossegurança relacionadas à tuberculose em todos as instituições que prestam serviços de saúde, ainda não existem normas regulamentadas que orientem e direcionem os gestores quanto a esta temática na Atenção Terciária.  


Trabalho - 478
SÍNDROMES FEBRIS ICTÉRICAS HEMORRÁGICAS AGUDAS - CONSTRUÇÃO DE UM INSTRUMENTO PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

Autores: Maria Eduarda Leão de Farias, David Lopes Neto

INTRODUÇÃO: As doenças infecciosas são um grave problema de saúde pública no país, e a realidade epidemiológica brasileira tem mostrado a magnitude das Síndromes Febris Ictéricas Hemorrágicas Agudas e, por conseguinte, a necessidade da realização de estudos e pesquisas científicas que abordem essa temática, com resultado que causem impactos positivos na saúde pública. OBJETIVOS: Realizar uma revisão integrativa de literatura para construção do material teórico sobre as Síndromes Febris Ictéricas Hemorrágicas Agudas. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo do tipo Revisão Integrativa de Literatura sobre Síndromes Febris Ictéricas Hemorrágicas Agudas, que teve por finalidade proporcionar a síntese do conhecimento e a incorporação da aplicabilidade das evidências científicas provenientes de estudos significativos na prática. O desenvolvimento deste estudo ocorreu em duas etapas: Revisão Integrativa de Literatura e Composição do instrumento que foi dividido em módulos. RESULTADOS: Obteve-se uma amostra final de 16 artigos originais, sendo respectivamente oito artigos da base Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), e oito da base Medical Literature Analysis and Retrieval System on-line (Medline)/PubMED. Os dados mostram que a precocidade no diagnóstico das doenças e na detecção de sinais de alarme indicam evolução desfavorável do quadro, assim as instituições de tratamento adequado ou referencias, são imprescindíveis. CONCLUSÃO: A revisão integrativa de literatura mostrou que a eficiência nas medidas de prevenção e no controle são primordiais para redução do número de casos de qualquer doença, e a partir dos dados analisados se constatou que a dengue continua sendo uma das doenças mais relevantes no mundo, sendo as condições socioeconômicas desfavoráveis um dos fatores que mais afetam na proliferação das doenças sindrômicas. Portanto, a prevenção dessas síndromes constitui-se em uma atividade na redução do número de casos resultando no controle através do combate aos vetores transmissores e prevenção das demais doenças com uma diversidade de cuidados em suas formas de desenvolvimento com o intuito de promover a saúde, sendo fundamental a vigilância epidemiológica sobre os possíveis focos das doenças.