356: A Formação da Enfermagem na Produção do Cuidado em Saúde na APS
Debatedor: Ida Oliveira de Almeida
Data: 28/10/2020    Local: Sala 02 - Rodas de Conversa    Horário: 16:00 - 18:00
ID Título do Trabalho/Autores
7586 ACOLHIMENTO NA PERSPECTIVA DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Millena Mayra Ferreira, Marcia Matos Sá Ottoni Letro, Ana Carolina Pereira Garajau, Amanda Anne de Abreu Vieira, Rodolfo Gonçalves de Melo, Sara Ferreira Oliveira Ramos, Luana Vieira Toledo, Camila Santana Domingos

ACOLHIMENTO NA PERSPECTIVA DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Millena Mayra Ferreira, Marcia Matos Sá Ottoni Letro, Ana Carolina Pereira Garajau, Amanda Anne de Abreu Vieira, Rodolfo Gonçalves de Melo, Sara Ferreira Oliveira Ramos, Luana Vieira Toledo, Camila Santana Domingos

Apresentação: A Política Nacional de Humanização (PNH), tem por finalidade materializar os princípios do Sistema Único de Saúde no cotidiano dos serviços de saúde. Além de humanizar o cuidado, por meio do acolhimento, a PNH também vem produzindo mudanças no modo de gerir, o que permite melhora na comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários. A criação de vínculo estabelecida durante o acolhimento permite reorganizar o processo de trabalho, tornando-o mais resolutivo e acessível. Um bom acolhimento pode amenizar diversas situações trazidas pelos pacientes, como medo, insegurança e ansiedade. Nesse sentido, o acolhimento apresenta-se como estratégia fundamental para o processo de cuidado de enfermagem. Visando promover uma educação permanente dos técnicos de enfermagem, o curso de enfermagem da Universidade Federal de Viçosa (UFV) realiza o projeto de extensão intitulado “A voz e a vez dos técnicos de Enfermagem: construindo espaços de diálogo e qualificação profissional no contexto da Atenção Primária à Saúde” (PEP Técnicos de Enfermagem), registrado na Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFV, desde 2014 (PRJ 311/2014). Possui como objetivo relatar a experiência da oficina intitulada “Acolhimento de enfermagem ao paciente na atenção básica”, realizada no dia 25 de outubro de 2019 no Departamento de Medicina e Enfermagem. Como metodologia utilizou-se a simulação realística. As atividades foram divididas em cinco momentos: simulação de um acolhimento desorganizado; entrega e discussão acerca de um instrumento de coleta de dados; simulação de um acolhimento organizado; simulação realizada pelos técnicos demonstrando o cotidiano de atendimento e avaliação da oficina. A oficina contou a participação de 11 técnicos de enfermagem inseridos no cotidiano da atenção primária do município de Viçosa (MG). O primeiro momento foi marcado pela simulação de uma cena que continha falhas no processo de acolhimento ao paciente. Após a cena, os participantes relacionaram com vivências do cotidiano, debatendo quais elementos não deveriam faltar para um bom acolhimento. Em seguida, visando facilitar e auxiliar a assistência prestada pelos técnicos de enfermagem, foi entregue um instrumento de coleta de dados, seguindo de discussão sobre os itens, sua importância e quais deveriam ser acrescentados/excluídos/modificados. No terceiro momento uma nova simulação foi realizada utilizando o instrumento de coleta de dados, com a presença dos elementos citados anteriormente para um bom atendimento ao usuário. Enfatizou-se a importância da criação de vínculo com o paciente e como a sistematização da assistência promove um atendimento mais completo e rápido. Adiante, os técnicos se reuniram para construir uma cena que demonstrasse como seria o acolhimento feito por eles. Por fim, o encontro foi avaliado  sendo considerado satisfatório. O PEP-Técnicos de Enfermagem, busca influenciar as práticas de maneira positiva e promover a qualificação dos profissionais, pois insere os técnicos no próprio processo de ensino-aprendizagem além de, permitir a vinculação do aprendizado com o dia a dia profissional. Ademais, as oficinas estão rompendo com as barreiras da verticalidade do ensino tradicional visto que, os conhecimentos são construídos em conjunto permitindo a horizontalidade e uma múltipla troca de saberes entre profissionais e graduandos.  

7607 A PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA E SUA REPERCUSSÃO NA PRÁTICA DO CUIDADO EM SAÚDE DO ENFERMEIRO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
WALLACE BRUNO NUNES DE ALMEIDA

A PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA E SUA REPERCUSSÃO NA PRÁTICA DO CUIDADO EM SAÚDE DO ENFERMEIRO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

Autores: WALLACE BRUNO NUNES DE ALMEIDA

Apresentação: O presente projeto de dissertação de mestrado busca fazer uma análise acerca da repercussão que a qualificação profissional lato sensu possa ter sobre o cuidado em saúde, objeto da prática do Enfermeiro na Estratégia de Saúde da Família (ESF). O contexto deste estudo é o da reestruturação produtiva do trabalho, tendência mundial, que vem afetando a Atenção Primária à Saúde (APS), ou Atenção Básica, chamada assim no Brasil como forma de se contrapor a alguns pontos do ideário neoliberal. Entendo que esta reestruturação faz parte da globalização das práticas e políticas neoliberais, tomando como ponto de partida a década de 1970. Considera-se neste estudo que este movimento “reestruturante” impacta na forma como a prática suscitada é reproduzida pelo Enfermeiro da ESF. A ideia de realizar este estudo foi concebida em meio às reflexões e críticas que pude realizar acerca da expansão da ESF no município do Rio de Janeiro durante meus dez anos de experiência neste campo. Foram duas gestões municipais diferentes ao longo deste período, sendo marcado por um aumento da cobertura de saúde da família na primeira e um recrudescimento desta na segunda. É importante ressaltar que este município se fez valer da possibilidade do uso de empresas privadas para prestar serviços de saúde que, além de público, é direito constituído. Portanto, busco compreender o papel da educação profissional lato sensu em ESF na prática do cuidado em saúde prestada pelo Enfermeiro. Onde este, na busca de um emprego, ou por afinidade profissional, no presente campo, nesta realidade que se faz concreta, almeja com essa formação produzir saúde para uma população que tem na lei o direito a um serviço público. Para dar conta da expansão causada pela inauguração de várias Clínicas os processos seletivos permitiram a entrada de Enfermeiros das mais diversas áreas de atuação. Esta consideração se pauta em uma breve busca dos editais dos processos seletivos a partir de 2009 até a data de conclusão deste estudo. Levando em consideração que a forma de gestão dos recursos humanos e materiais foi sob terceirização, a busca dos editais destas seleções restringiu-se às Organizações Sociais: IABAS, VIVA RIO (antigamente chamada de VIVA COMUNIDADE), FIOTEC e SPDM. Estas se dividiam entre as áreas programáticas do município do Rio de Janeiro e cada uma produziu o seu edital para seleção dos profissionais, sob o regime da CLT. A busca ocorreu nos principais sites de concursos encontrados na internet. Percebeu-se que estes processos não exigiam a pós-graduação em Saúde da Família para Enfermeiros, fato que passou a ser requisito a partir de 2016, conforme os editais das Organizações Sociais citadas. Diante desta exigência para ingressar neste campo, há, nesta pesquisa, outro entendimento acerca da existência da possibilidade de que os profissionais que já atuam na área vêm buscando o título de especialista em saúde da família para se manter em seus postos de trabalho. A escolha desta forma de qualificação profissional para o estudo nesta dissertação de mestrado se dá pelos seguintes fatores: grande número de instituições, faculdades e universidades que ofertam este tipo de curso, nas mais diversas modalidades de ensino, que podem facilitar o acesso de alguns profissionais que trabalham sob o regime de 40 horas ou mais; curta duração quando comparada à Residência e cursos de Mestrado na área; e por ter se tornado exigência nos Processos Seletivos no município do Rio de Janeiro. Compreendendo que a forma de gestão da saúde adotada pelo município do Rio de Janeiro, terceirizada, além da reestruturação produtiva prescrita sob a égide neoliberal, gera afastamento sobre o que é preconizado pelo SUS, o Enfermeiro que buscou qualificar-se pela Especialização lato sensu consegue pôr em prática o que foi aprendido? Como o saber apreendido na pós-graduação citada impacta na sua prática profissional, enquanto gestor e promotor do cuidado em saúde? Levando em consideração que o Contrato de Gestão Municipal com as Organizações Sociais prevê metas a serem cumpridas, de que forma esta prática é afetada? Como qualificação exigida, houve alguma adaptação dos cursos de pós-graduação para que o Enfermeiro pudesse atender às demandas do Contrato de Gestão? Objetivo: Analisar a relação entre formação e prática do Enfermeiro de equipe de Estratégia de Saúde da Família no Município do Rio de Janeiro diante da atual reestruturação produtiva da Atenção Básica. Objetivo: específicos Compreender em que medida a qualificação realizada para atuar em equipe de ESF influencia a percepção/atuação da prática profissional; Compreender em que medida a qualificação profissional atende aos cuidados “públicos” em saúde frente às exigências produtivas impostas pelos contratos de gestão. Metodologia Para atingir a proposta deste estudo, pretende-se aplicar uma abordagem qualitativa, levando em consideração que a fala dos sujeitos desta pesquisa precisam ser priorizadas. E é sob o ponto de vista de Minayo (1994, p.22), onde a mesma refere que a “abordagem qualitativa aprofunda-se no mundo dos significados das ações e relações humanas, um lado não perceptível e não captável em equações, médias e estatísticas” que se justifica a escolha deste método. O campo de investigação abrangerá as Clinicas da Família da Área Programática 5.3 e para obter os sujeitos da pesquisa traçaram-se os seguintes critérios de inclusão: os Enfermeiros deverão pertencer a uma Equipe de Saúde da Família, devidamente registrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), estar inseridos na ESF há pelo menos dois anos de atividade assistencial, ter concluído a pós-graduação lato sensu em Estratégia de Saúde da Família, Saúde Coletiva ou Saúde Pública há pelo menos um ano. E como critérios de exclusão, além do que não preencher o critério anterior: enfermeiros em período de férias ou licença médica durante o período de inquirição. A estes será explicado todo o conteúdo do estudo, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e posterior entrevista. A escolha da entrevista nos moldes da história de vida, como Queiroz (1988) afirma, visa coletar um “material bruto que precisa ser analisado” (1988, p.15) e que no relato do entrevistado, o “pesquisador colhe dados que indicam como se formou a personalidade de um indivíduo, através de sequencias de experiências no decorrer do tempo” (1988, p.21). Para o tratamento das falas colhidas, será utilizada a análise de conteúdo pautada nos conceitos de Bardin. Sendo esta entendida como: um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por procedimentos, sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens. As comunicações, referidas por Bardin (1) são adaptáveis a um campo de aplicação muito vasto, sendo considerado um instrumento marcado por uma variedade de formas. Esta técnica organiza-se em três polos cronológicos: Pré-análise; a exploração do material e o tratamento dos resultados, a inferência e a interpretação. Referências: (1) BARDIN, 1977, p.95

7623 A PERSPECTIVA DO ACADÊMICO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA CONSULTA DE ENFERMAGEM NO DESENVOLVIMENTO DE VINCULO ENTRE O ENFERMEIRO E USUÁRIO EM UMA ESF
Rebeca Prata Meireles, Ana Júlia Góes Maués, Fernanda Tainá Oliveira da Cruz, Fernanda Cristina Silva da Silva, Rosália Cardoso da Silva, Sabrina de Lucas Ramos Necy, Zayra Elizandra Santos Sena, Lidiane Assunção de Vasconcelos

A PERSPECTIVA DO ACADÊMICO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA CONSULTA DE ENFERMAGEM NO DESENVOLVIMENTO DE VINCULO ENTRE O ENFERMEIRO E USUÁRIO EM UMA ESF

Autores: Rebeca Prata Meireles, Ana Júlia Góes Maués, Fernanda Tainá Oliveira da Cruz, Fernanda Cristina Silva da Silva, Rosália Cardoso da Silva, Sabrina de Lucas Ramos Necy, Zayra Elizandra Santos Sena, Lidiane Assunção de Vasconcelos

Apresentação: Sabe-se que o vínculo entre profissional e o usuário facilita a efetivação de uma boa adesão de tratamentos e a sensibilização quanto a promoção da saúde e prevenção de doenças, já que este, construído ao longo do tempo, permite o aprofundamento do processo de corresponsabilização do profissional e do usuário pela saúde, garantindo assim a longitudinalidade do cuidado através do acompanhamento dos efeitos das intervenções em saúde e de outros elementos na vida dos usuários. Desta forma com fortalecimento do vínculo haverá uma maior participação da população nas ações de saúde desenvolvidas pela equipe de saúde, assim como uma maior confiança dos usuários nos profissionais, o que facilita a abertura deste com o profissional. Se o vínculo aumenta, a população passa a aderir ao tratamento de forma mais eficaz, realizando mudanças no estilo de vida, levando, assim, a menos agravos à saúde. Uma das formas de se desenvolver o vínculo é através de tecnologias educativas como o acolhimento e a consulta de enfermagem. O acolhimento além de reorganizar o serviço, garante o acesso dos usuários, através da escuta e resolução de seus problemas, desde os mais simples aos complexos que podem necessitar referências, proporcionando também um atendimento humanizado. Além disto, o acolhimento deve favorecer a construção de uma ética de diversidade, da tolerância e respeito com os diferentes, assim como a inclusão social e a escuta clínica solidaria, percebendo o usuário como sujeito e participante ativo na produção de saúde. A consulta de enfermagem, uma ação privativa do enfermeiro segundo a lei 7.498/86, se define como a prestação de assistência realizada pelo profissional enfermeiro através da utilização do processo de enfermagem ao indivíduo, família, e a comunidade, com a coleta de dados, o diagnostico de enfermagem, planejamento, implementação e avaliação. Durante a execução dessas etapas é importante articular o acolhimento de forma que o usuário se sinta ouvido e tenha suas demandas resolvidas, pois em muitos casos a consulta é o primeiro contato do usuário com o serviço de saúde, sendo importante para o estabelecimento do vínculo a fim de que ele retorne ao serviço. Assim este trabalho tem como objetivo relatar a percepção do acadêmico sobre a importância do acolhimento e da consulta de enfermagem para a criação do vínculo profissional-usuário. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por alunos do 4º semestre de 2018 do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará durante a prática da disciplina de Enfermagem comunitária que se desenvolveu em uma Estratégia de Saúde da Família em um bairro periférico do município de Belém no período de 14 de novembro a 20 de dezembro. Durante a prática, os acadêmicos vivenciaram o funcionamento de uma ESF e os serviços ofertados nela, observaram as relações de trabalho entre as equipes para entender como era organizada a divisão das microrregiões e como isto afetava o atendimento aos usuários. Por se tratar de uma prática mais observacional do sistema, os alunos foram divididos dentro do serviço, e acompanharam a rotina das enfermeiras da ESF, podendo assim presenciar diversas consultas de enfermagem com indivíduos e famílias. As consultas poderiam ser agendadas ou de demanda espontânea e cada enfermeira era responsável por atender os usuários cadastrados na sua área. Os alunos perceberam que cada usuário possuía uma demanda especifica, necessitando assim de um atendimento individualizado e holístico e a enfermeira se mostrava preparada para atender esse indivíduo em sua totalidade, instruindo, informando, encaminhando-o para outros serviços e confortando-o quando necessário. Vale ressaltar que a área estava sendo remapeada, passando a assim a atender famílias que antes estavam descobertos pelo serviço, de modo que os acadêmicos tiveram a oportunidade de presenciar a primeira consulta de uma família, que inicialmente foi apresentada a estratégia de saúde da família, visto que aquela era a primeira vez deles dentro de uma. Foi interessante observar a postura inicial dos usuários que se mostravam desconfiados, não acreditando que seriam acompanhados por uma equipe de saúde a partir daquele dia, tendo suas demandas resolvidas em sua maioria no próprio bairro, contudo com o passar da consulta, a enfermeira ia fazendo a coleta de dados e se mostrando receptiva e preocupada com as dúvidas e anseios da família, além de explicar sobre o que eles poderiam ter acesso e que esse se daria principalmente através da ACS, dar dicas sobre onde eles poderiam encontrar melhores preços de produtos, o que fez com que os usuários se mostrassem cada vez mais à vontade para fazer perguntas que por considerarem “bobas” não tinham sido feitas antes, além de relatar acontecimentos mais íntimos livremente. Foi uma consulta mais demorada, contudo foi possível perceber sua efetividade devido a sensação de gratidão e entrosamento demonstrado pela família e a nítida postura de prazer da enfermeira em receber uma nova família. Resultado: Nota-se que o acolhimento e a consulta de enfermagem devem estar aliadas, visto que essas duas ferramentas são essenciais para a criação e fortalecimento do vínculo entre o profissional e seus usuários o que favorece a melhoria do cuidado, de modo que o usuário passa a confiar no profissional o que facilita a adesão de tratamentos de doenças crônicas e agudas, ou aos programas como HIPERDIA, as ações educativas de prevenção de doenças e promoção da saúde, as campanhas de imunização, e principalmente auxilia na melhora da capacidade do usuário de desenvolver sua autonomia, fazendo-o perceber que é responsável por seu bem-estar e da comunidade. Considerações finais: Assim é importante que o acadêmico perceba que o enfermeiro pode se apropriar destas tecnologias a fim de proporcionar um ambiente seguro para o usuário, pois é através da boa relação entre esses que ocorre a melhoria do serviço. E para isto ele deve se preparar desde a academia, a fim de desenvolver as melhores formas de acolhimento ao usuário, já que posteriormente ele deverá aplicar estes conhecimentos em prol do indivíduo e comunidade. Vale destacar também a importância do vínculo não só na atenção básica, mas em todos os níveis de atenção, pois só através de uma boa escuta e resolubilidade de suas demandas que o usuário se sente disposto a voltar e utilizar o serviço de forma contínua e integral.

8141 EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE COMO DISPOSITIVO DO TRABALHO EM SAÚDE: ENCONTRO SOCIOCLÍNICO INSTITUCIONAL
Adicéa de Souza Ferreira, Ana Lúcia Abrahão

EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE COMO DISPOSITIVO DO TRABALHO EM SAÚDE: ENCONTRO SOCIOCLÍNICO INSTITUCIONAL

Autores: Adicéa de Souza Ferreira, Ana Lúcia Abrahão

Apresentação: Trata-se de uma reflexão acerca da Educação Permanente em Saúde como dispositivo de trabalho dos enfermeiros. Objetivo: Discutir a Educação Permanente como dispositivo do processo de trabalho do Enfermeiro atuante na Estratégia Saúde da Família no encontro Socioclínico Institucional. Método: Estudo reflexivo com emprego do desenho Socioclínico Institucional, que opera na lógica de transformar a realidade investigada para compreender a pesquisa. Utiliza-se da produção coletiva do conhecimento e troca de saberes e aprenderes entre participantes e pesquisadores. Considerações finais: A Educação Permanente em Saúde é um dispositivo de mobilização para o processo de trabalho ao se discutir as ações de saúde. A Educação Permanente em Saúde, como uma política, começa a ser difundida pelas Portarias nº 198/2004 e nº 1.996/2007. Este movimento político, se sustenta nas diferentes formas que as equipes de saúde, principalmente as vinculadas à Estratégia Saúde da Família. Passam a construir internamente como forma de análise das práticas das ações de saúde. Assim sendo a Educação Permanente como estratégia de qualificação de aprendizagem das equipes da Estratégia Saúde da Família devem conceder com as reflexões, habilidades, conhecimentos e atitudes para a tomada de decisões dos problemas identificados nos territórios de abrangência. Nessa perspectiva preconiza-se o processo educativo no coletivo das equipes. A Educação Permanente em Saúde no âmbito da Estratégia Saúde da Família tem se desenvolvido na prática de transformação, de partilhamento de ideias com o processo de criação e recriação de reflexões críticas sobre a prática do trabalho das equipes. A transformação e a produção de conhecimentos em saúde tende de ser participativo já que, a Estratégia Saúde da Família representa o modelo de reorganização da Atenção Básica. Para tanto a reorganização da Atenção Básica faz-se necessário a discussão das práticas dos processos de trabalhos das equipes da Saúde da Família, que tem a Educação Permanente em Saúde como uma ferramenta de atualização, capacitação e qualificação dos profissionais dessas equipes. A discussão fortalece o espaço das ações de saúde promovida nos territórios pelos profissionais das equipes. A Educação Permanente em Saúde como aprendizagem no trabalho ocorre pelos desencadeamentos de problemas enfrentados na realidade das equipes de saúde da família. Neste sentido, é importante a construção de modelagens, que tenham como foco as ações em equipe. O referencial da Socioclínica Institucional, apresenta ferramentas interessantes que possui potencial para provocar a equipe na direção de um processo de análise de suas práticas. A Socioclínica Institucional ao transforma a realidade, tem a produção coletiva de conhecimentos, a troca de saberes e aprenderes a qual implica no movimento da Educação Permanente em Saúde. Nesse contexto evidencia o papel do Enfermeiro na contribuição para o atributo das ações de saúde refletindo sobre a qualidade da assistência e modificação da realidade como forma de análise das práticas das transformações das ações de saúde. Método Trata-se de uma reflexão de abordagem Socioclínica Institucional modalidade desenvolvida por Gilles Monceau nos anos 2000, que se apoia na Análise Institucional, que consiste em uma construção teórico metodológica composta por diversos saberes e práticas, que teve sua origem em torno dos anos de 1960, na França. No Brasil, o institucionalismo foi introduzido a partir de 1970. A Socioclínica Institucional possui oito características: análise da encomenda e das demandas, análise das transformações à medida em que o trabalho avança, análise dos contextos e as interferências institucionais, aplicação da intervenção e a participação dos sujeitos no dispositivo, intenção de produzir conhecimentos, aplicação da modalidade de restituição, trabalho dos analisadores, trabalho das implicações primárias e secundárias. O dispositivo disparador para a produção dos dados da pesquisa foram encontros com enfermeiros das Unidades de Saúde da Família na construção de discussões e intervenções no processo de trabalho quanto a Educação Permanente. O emprego da Socioclínica, exige um dispositivo, inicial que são elementos como a escrita, o discurso, vídeos, dentre outros, criados para em situações de intervenção, que podem desestabilizar os modos instituídos de funcionamento das instituições, podendo também se tornar um analisador caso consigam colocar alguma situação em análise, revelando a estrutura da instituição, provocando-a e forçando-a à fala. Considerações finais A Educação Permanente em Saúde é um dispositivo de mobilização para o processo de trabalho ao se discutir as ações de saúde territórios dos Enfermeiros atuantes na Estratégia Saúde da Família ao produzir troca de experiência, aprendizado e reflexão em grupo no qual o processo de trabalho está sempre em movimento. Dentro da pesquisa Socioclínica buscamos promover a interação dos participantes dentro do grupo no sentido de partilhar questionamentos, problematização do cotidiano, compartilhamentos de ideias, angustias e dificuldade. Neste sentido a Educação Permanente em Saúde como dispositivo direcionador do processo de trabalho proporcionar diferentes olhares entre os enfermeiros ao incrementar suas vivências fortalecendo a construção e produção de pensar e fazer no trabalho.

8416 PERCEPÇÃO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM FRENTE AOS DESAFIOS E AÇÕES DE ENFRENTAMENTO NA PERSPECTIVA GERENCIAL E CULTURAL NO PROCESSO DE VACINAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS A PARTIR DE UMA RODA DE CONVERSA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Rayanne Rammily Rodrigues Pamplona, Perla Katheleen Valente Correa, Ariane Salim do Nascimento, Leilane Almeida de Moraes, Solino Ansberto Coutinho Junior, Milena Moura Moreira da Costa, Nicole Pinheiro Lobato, Alessandra De Cássia Lobato Dias

PERCEPÇÃO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM FRENTE AOS DESAFIOS E AÇÕES DE ENFRENTAMENTO NA PERSPECTIVA GERENCIAL E CULTURAL NO PROCESSO DE VACINAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS A PARTIR DE UMA RODA DE CONVERSA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Rayanne Rammily Rodrigues Pamplona, Perla Katheleen Valente Correa, Ariane Salim do Nascimento, Leilane Almeida de Moraes, Solino Ansberto Coutinho Junior, Milena Moura Moreira da Costa, Nicole Pinheiro Lobato, Alessandra De Cássia Lobato Dias

Apresentação: A diversidade cultural dos povos indígenas brasileiros é um fator importante para a construção do simbolismo espiritualidade, organização social de suas comunidades, dentre outros elementos que formam a compreensão sobre temas cotidianos, como: morte, vida, saúde, doença, infância, velhice, gêneros. Nesse sentido, a imunização indígena deve ser encarada como um grande desafio, uma vez que compreende diversos aspectos como: áreas de difícil acesso, variantes culturais, dispersão geográfica, diversidade étnica e linguística, assim como, as questões técnicas relacionadas a conservação e armazenamento dos imunobiológicos. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo enfatizar a relevância da discussão, conhecimento e reflexão de futuros profissionais de enfermagem, no que diz respeito à defrontação com tais obstáculos e desafios, a serem norteados pelas políticas de saúde e princípios do Sistema Único de Saúde, sendo um mecanismo metodológico para prestação de serviços qualificados aos povos indígenas. Desenvolvimento: Esta pesquisa se trata de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, a partir da vivência de acadêmicos de Enfermagem de instituição de ensino público e privado, durante as práticas do componente curricular de Enfermagem e as Populações Tradicionais da Amazônia. Nesse contexto, foi realizada uma roda de conversa acerca dos desafios que envolvem a imunização dos povos indígenas a partir de um diálogo com profissionais enfermeiros especialistas em saúde dos povos indígenas e docentes do curso de graduação. Resultado: Foram elencados os principais desafios que envolvem o processo de assistência à vacinação nos povos indígenas. Assim, foi levantada uma rica discussão sobre a superação de tais obstáculos, como: o primeiro contato, acolhimento, interculturalidade, linguística, acesso e logística de serviço. Nesse contexto, além de um resumo crítico sobre os principais obstáculos elencados, foi elaborado um plano contemplando os problemas ativos e as intervenções adequadas a cada um deles, o qual poderá ser aprimorado a partir das futuras experiências dos profissionais, sendo uma ferramenta para auxílio na assistência aos povos indígenas, principalmente no que diz respeito à imunização destes. Considerações finais: Ao analisar todos os pontos críticos, tornam-se evidentes os entraves que estão no caminho do desenvolvimento do planejamento de gestão e gerenciamento adequado, para cumprir com eficácia a imunização dos povos indígenas, de forma que sejam atendidas conforme suas características singulares. Dessa forma, é relevante que esse processo de superação de desafios seja constante, uma verdadeira luta social para garantir a esses povos o acesso à saúde de qualidade, cumprindo os princípios e diretrizes do SUS. Dessa maneira, o papel dos futuros enfermeiros, que irão compor a equipe multiprofissional é dar continuidade nesse processo, através do desenvolvimento de pesquisas e do enfrentamento dos obstáculos. Assim, fortalecendo a formação de profissionais competentes, capazes de visualizar todos os usuários, independente de cor, raça, religião e etnia, de forma holística e com capacidade resolutiva.

8492 ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM E O CONHECIMENTO SOBRE O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL
Francisco Willian Melo de Sousa, Layse Fernandes Queiroz Vasconcelos, Luiza Jocymara Lima Freire Dias, Paulo César de Almeida, Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes Neto

ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM E O CONHECIMENTO SOBRE O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL

Autores: Francisco Willian Melo de Sousa, Layse Fernandes Queiroz Vasconcelos, Luiza Jocymara Lima Freire Dias, Paulo César de Almeida, Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes Neto

Apresentação: O conhecimento acerca do código de ética é a base para o empoderamento da profissão na área da saúde. Nesta perspectiva, conhecer as responsabilidades éticas, civil e penal, bem como os direitos e deveres de atuação e ações do enfermeiro é imprescindível, para o exercício profissional pautado na qualidade da assistência e no trabalho em equipe. Diante disso, fomentar reflexões, no âmbito acadêmico diante dessa temática, é fundamental para valorização e construção da identidade profissional, sobretudo, na formação de profissionais competentes, conscientes e humanizados. Objetivo: Avaliar o conhecimento dos acadêmicos de enfermagem acerca do código de ética. Método: Estudo exploratório-descritivo, desenvolvido durante o período de novembro de 2015 a setembro de 2017, com 276 acadêmicos de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). As informações foram coletadas por meio de um questionário eletrônico da plataforma Google Forms®. O questionário desta pesquisa foi adaptado do utilizado na pesquisa “Perfil da Enfermagem no Brasil” da FIOCRUZ/COFEn. Resultado: A partir da análise dos dados, constatou-se que: 85,15% dos estudantes afirmaram possuir conhecimento sobre o código de ética profissional. Quando analisado este dado por semestre, evidenciou-se que os acadêmicos matriculados no 4° ao 6° período do curso são os que mais apresentaram saberes sobre a temática (90,9%). Este achado é justificado, haja vista que nos primeiros semestres, o projeto político pedagógico do curso, visa o estudo dos fundamentos e bases históricas da profissão. O sexo feminino foi o mais expressivo na resposta (86,6%). No tocante a faixa etária, observou-se que os discentes com idade entre 20 a 24 anos (86,5%) detêm maiores informações e a respeito do estado civil, a categoria de estudantes solteiros representou (84,9%) dos entrevistados. Considerações finais: Diante do exposto, evidencia-se que maioria dos acadêmicos de enfermagem desta instituição de ensino superior possuem conhecimento sobre o código de ética, dado que corrobora para construção/formação de profissionais éticos, humanizados, e cientes dos princípios e valores que norteiam a profissão. Referência: Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Conselho Federal de Enfermagem (COFEn). Perfil da Enfermagem no Brasil: Questionário. Rio de Janeiro: FIOCRUZ; 2013.

8494 REFLETINDO SOBRE A COMUNICAÇÃO NA SALA DE VACINAÇÃO
Ana lúcia Naves Alves, Julia Gonçalves Oliveira, Gustavo Nunes de Mesquita, Luiz Henrique dos Santos Ribeiro, Juliana Vidal de Melo, Katia Regina Motta

REFLETINDO SOBRE A COMUNICAÇÃO NA SALA DE VACINAÇÃO

Autores: Ana lúcia Naves Alves, Julia Gonçalves Oliveira, Gustavo Nunes de Mesquita, Luiz Henrique dos Santos Ribeiro, Juliana Vidal de Melo, Katia Regina Motta

Apresentação: O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é considerado uma das principais e mais relevantes intervenções em saúde pública no Brasil, em especial pelo importante impacto obtido na redução de doenças nas últimas décadas. O enfermeiro da sala de vacinação deverá estar apto utilizar a comunicação como fator contribuinte na captação de mães para a imunização de seus filhos. O objetivo geral desse estudo foi compreender a utilização de métodos de comunicação por enfermeiros que colaborem no esclarecimento de dúvidas e anseios das mães sobre o período de imunização e as possíveis reações em seus filhos. Trata-se de uma pesquisa de campo de com abordagem qualitativa, sendo realizada em uma Clínica da Família no município de Nova Iguaçu no Estado do Rio de Janeiro que atende aos usuários do SUS. Foram entrevistadas o quantitativo de 10 mães acolhidas na referida Clínica da Família. Foi observado em nosso estudo que a maioria das participantes sabia para qual doença seu filho estava sendo imunizado e entendia a importância da mesma. Entretanto, nenhuma delas demonstrou ter um conhecimento sólido. No que diz respeito as dúvidas das mães, foi possível observar em nosso estudo que a maioria das tinham suas dúvidas sanadas quando perguntavam. Na fala das mães foi possível observar que todas elas entendiam a importância da vacinação, contudo, apresentavam um conhecimento muito generalista a respeito do assunto. Concluiu-se, então, que a comunicação na sala de vacina é fundamental para que as mães possam desenvolver seu conhecimento sobre quais patologias seus filhos estão sendo imunizados, as possíveis reações, como revertê-las, bem como a importância da vacinação para o desenvolvimento da saúde da criança.  

8622 ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: Capacitação com os profissionais de um centro de saúde
Dayane Vilhena Figueiró, Karoline Costa Silva, Brenda Almeida da Cruz, Erielson Pinto Machado, Ingridy Lobato Carvalho, Amanda Ouriques de Gouveia, Tania de Sousa Pinheiro Medeiros

ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: Capacitação com os profissionais de um centro de saúde

Autores: Dayane Vilhena Figueiró, Karoline Costa Silva, Brenda Almeida da Cruz, Erielson Pinto Machado, Ingridy Lobato Carvalho, Amanda Ouriques de Gouveia, Tania de Sousa Pinheiro Medeiros

Apresentação: A Estratégia de Saúde da Família (ESF) foi instituída pelo Ministério da Saúde (MS), com o objetivo de reorganizar a atenção básica (AB), além de ser referência como porta de entrada para a população, é responsável por assistir um território definido e as famílias que o compõe. Existe também a demanda espontânea, que se configura como sendo qualquer atendimento não programado na unidade de saúde que representa uma necessidade momentânea do usuário, o que exige um acolhimento qualificado. Diante disso, a equipe da unidade enfrenta em recorrência à demanda espontânea, situações e problemas de saúde de grande variabilidade, o que exige a utilização da estratégia de acolhimento e classificação de risco. Outrora, a realização de um atendimento de qualidade e eficaz é definido pela Política Nacional de Humanização (PNH), destacando a humanização como um conjunto de estratégias capaz de viabilizar a qualificação da atenção e da gestão no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo a lógica e fluxo correto dos pacientes em uma unidade de saúde, um dos passos do atendimento humanizado. Neste cenário, o acolhimento pode ser considerado como uma tecnologia de encontro entre os profissionais e usuários, de modo a criar redes de conversações e confiança durante o atendimento, além de melhorar a ação técnico-assistencial para reorganizar o processo de trabalho. É necessário ainda, a construção coletiva de novos fluxos de atenção e instrumentos auxiliares para a classificação de risco, para que estes sejam empregados, de modo a qualificar o serviço segundo os princípios do SUS. Além da realização do acolhimento é essencial a prática da classificação de risco, pois é uma ferramenta que garante atendimento imediato do usuário com grau de risco elevado, propicia informações aos usuários sobre sua condição de saúde e o tempo de espera adequado. O acolhimento e a classificação de risco precisam ser vistos como prioritários, sendo essencial aos indivíduos que realizam o primeiro contato com o cliente, visto que ainda existem equipes que não estão treinadas para a correta orientação e acolhimento das queixas e demandas dos usuários. Diante o exposto acima, o presente estudo tem por objetivo capacitar/treinar a equipe multiprofissional de um centro de saúde (CS) no município de Tucuruí-Pa. Desenvolvimento: O estudo foi realizado por alunos de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará- Campus XIII, Tucuruí-Pa. O presente estudo foi realizado com base na metodologia da problematização do Arco de Maguerez. A primeira etapa, observação da realidade, ocorreu no Centro de Saúde (CS) Dr. Liler Leão Creão. Durante a prática notou-se que havia uma falha no acolhimento e que a unidade não possuía na rotina de serviço a classificação de risco, o que gerava uma insatisfação nos usuários, uma vez que estes acabavam esperando por um serviço um período maior que o necessário. Na segunda etapa, foi o levantamento dos pontos-chaves: a falta de um acolhimento qualificado e da classificação de risco. Na terceira etapa, a teorização, foi feito um levantamento bibliográfico nas bases de dados Google Acadêmico, Scielo e ainda em livros didáticos a respeito da temática com o intuito de interligar o conhecimento científico à realidade e embasar a futura intervenção. No quarto momento, a hipótese de solução desenvolvida foi a realização de uma capacitação os profissionais do CS sobre o assunto já discutido, com a finalidade de aperfeiçoar e organizar o serviço de saúde. Os materiais utilizados para a intervenção foram confeccionados pelos autores que compreenderam os testes pré e pós intervenção, o fluxograma e o certificado de participação. A aplicação da realidade contou com a participação dos técnicos-administrativos, dos agentes comunitários de saúde (ACS), dos técnicos de enfermagem e dos enfermeiros, uma vez que, o acolhimento todos os profissionais podem realizar. Inicialmente os alunos se apresentaram à equipe e expuseram a finalidade da capacitação. Em seguida, foi entregue aos participantes um teste com 4 questões de múltipla escolha sobre acolhimento e classificação de risco, para que os participantes respondessem antes da palestra e sem a necessidade de identificação com o objetivo de avaliar a eficácia da intervenção. Durante a exposição da temática os envolvidos demonstraram interesse e participação. Após a explanação do tema ocorreu a apresentação do fluxograma criado pelos acadêmicos com o propósito de efetivar o acolhimento e a classificação de risco na unidade. O fluxograma foi anexado na estrutura física da unidade de fácil acesso a todos, foi deixado também alguns clipes de papel, com as cores azul, amarelo, verde e vermelho, para que a equipe utilizasse no prontuário de modo que fique evidente a classificação do indivíduo e o seu tempo de espera. Resultado: Dada a evolução metodológica, a experiência permitiu aos acadêmicos considerar os aspectos de acolhimento com escuta qualificada e classificação de risco existentes na PNH do SUS e sua aplicabilidade na AB como forma de organizar e otimizar o serviço prestado à coletividade. O aprendizado adquirido a partir desse feito possibilitou a reprodução desse conhecimento para a equipe multiprofissional do CS e a importância de se realizar tal prática para melhorar o atendimento aos usuários. Contudo, mesmo que o acolhimento seja um papel fundamental de toda a equipe de saúde, o enfermeiro ainda tem sido o profissional indicado para avaliar e classificar o risco dos usuários que procuram os serviços de saúde por possuir habilidades em promover escuta qualificada, avaliar, registrar as queixas, o trabalho em equipe, o raciocínio clínico, a agilidade mental para a tomada de decisões, assim como ter a capacidade para fazer o devido encaminhamento na rede assistencial para a continuidade do cuidado. Além disso, ao analisar as respostas obtidas dos participantes antes e após a palestra foi satisfatória, uma vez que, o desconhecimento diante da classificação era perceptível na observação da realidade e ficou evidente ao coletar as respostas mediante os casos clínicos. Diante disso, a repercussão posterior obtida através do pós-teste foi positiva, os integrantes mostravam-se interessados em responder os questionamentos e aproveitaram o momento para sanarem dúvidas restantes. Os acadêmicos ainda tiveram como resultado da experiência a confecção e aplicação de um pôster, este tratava-se do fluxograma de acolhimento e classificação de risco da AB e foi detalhado durante a palestra. O pôster possibilitou o conhecimento mais exemplificado sobre o assunto e funcionou como retaguarda no auxílio para os profissionais que precisarão fazer esse reconhecimento diante das situações corriqueiras do oficio. Considerações finais: Constata-se então que, o acolhimento é o primeiro contato do usuário com o serviço, sendo este de suma importância para a realização da escuta qualificada. A classificação de risco, por sua vez é o método aplicado para promover mudanças no ambiente de trabalho e por consequente o processo de saúde, uma vez que irá promover um cuidado horizontalizado, permitindo que o usuário seja atendido com equidade e de forma integral levando em conta o grau de risco em que está exposto. O trabalho em equipe e a educação permanente se apresentam então indispensáveis nessas práticas, para que dessa forma sejam aplicadas com excelência, proporcionando uma ampliação dos serviços de cuidado, refletindo dessa forma, na qualidade de vida do paciente e do serviço.

8659 TESTAGEM RÁPIDA E ACONSELHAMENTO EM HIV, HEPATITES B/C, SÍFILIS: EXPERIÊNCIA EM CONSULTÓRIO DE ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA FEDERAL
Marcela de abreu Moniz, Fernanda Maria Vieira Pereira, Jane Baptista Quitete, Bruno Lessa Saldanha Xavier, Brenda Lucas Campos, Sarah Garcia Naslausky, Sthéfany Suzana Dantas da Silveira, Rafaela Lima de Moraes

TESTAGEM RÁPIDA E ACONSELHAMENTO EM HIV, HEPATITES B/C, SÍFILIS: EXPERIÊNCIA EM CONSULTÓRIO DE ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA FEDERAL

Autores: Marcela de abreu Moniz, Fernanda Maria Vieira Pereira, Jane Baptista Quitete, Bruno Lessa Saldanha Xavier, Brenda Lucas Campos, Sarah Garcia Naslausky, Sthéfany Suzana Dantas da Silveira, Rafaela Lima de Moraes

Apresentação: A testagem rápida e o aconselhamento em HIV, hepatites B/C e sífilis caracterizam-se em ações de prevenção em nível secundário indispensáveis para redução da transmissão destas infecções. O objetivo é relatar a experiência sobre a realização de atendimentos de testagem rápida e aconselhamento em HIV, hepatites B/C e sífilis em um consultório de enfermagem de uma universidade pública federal. Desenvolvimento: A realização de testes rápidos e aconselhamento pré-teste e pó-teste para diagnóstico de HIV, sífilis e hepatite B/C é medida simples e rápida, mas que exige ambiente reservado, recursos materiais disponíveis, recursos humanos qualificados, referência para serviço especializado e acompanhamento dos casos reagentes. O Consultório de Enfermagem Professor Érick Igor dos Santos está localizado no Instituto de Humanidades e Saúde da Universidade Federal Fluminense, campus Rio das Ostras e constitui-se em um laboratório de ensino, pesquisa e extensão, que foi inaugurado em 16 de maio de 2017, durante o evento comemorativo da Semana Brasileira de Enfermagem. Desde o ano de 2017, as práticas de testagem rápida e aconselhamento em Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) vêm sendo ofertadas por professores do Departamento de Enfermagem e alunos do curso de graduação em enfermagem à comunidade acadêmica local e à população do município de Rio das Ostras e regiões adjacentes. O tempo médio de atendimento é de 40 minutos. Os casos reagentes são encaminhados para o Serviço de Atenção Especializada (SAE) em IST do município de Rio de Ostras. Em todos os atendimentos, são distribuídos folders com orientações educativas sobre prevenção combinada das ISTs, preservativos masculinos e gel lubrificante, quando disponível no serviço. As datas de atendimento para testagem e aconselhamento em IST são informadas previamente ao público-alvo no próprio consultório, por meio de cartazes espalhados pelo campus universitário, por meio digital e em redes sociais. Os kits de testes rápidos e os insumos para prevenção (gel e preservativos) são disponibilizados pelo SAE/ IST do município. Resultado: Nos anos de 2017, 2018 e 2019, ocorreram, respectivamente, 78, 94 e 62 atendimentos de testagem e aconselhamento em IST no consultório de enfermagem. A parceria interinstitucional possibilitou a continuidade e a integralidade do cuidado em saúde dos indivíduos com resultados reagentes. O serviço, assim, tem alcançado o público jovem e os servidores da universidade, buscado sensibilizá-los acerca da importância da prevenção da AIDS, hepatites B/ C e sífilis e oportunizar o acesso aos testes rápidos, visando ao diagnóstico e tratamento precoce para a redução de complicações, riscos e agravos à saúde e do estigma social destas infecções. Considerações finais: As práticas de testagem e aconselhamento em IST no consultório de enfermagem de uma universidade pública têm produzido impacto social relevante, a partir da ampliação da oferta deste tipo de serviço e de medidas preventivas em IST à população e da elevação da qualidade do ensino, uma vez que têm tornado visível a autonomia e o importante protagonismo do enfermeiro em ações de prevenção, diagnóstico e tratamento de infecções sexualmente transmissíveis em articulação com os serviços de atenção primária e secundária à saúde.

9465 DESAFIOS PARA A IMUNIZAÇÃO DA POPULAÇÃO RIBEIRINHA DO ARQUIPÉLAGO DO COMBÚ - BELÉM DO PARÁ
Eliza Paixão da Silva, Alessandra de Cássia Lobato Dias, Flávio Araújo Pereira, Geovana Brito Nascimento, Leilane Almeida de Morais, Nicole Pinheiro Lobato, Thamires Pinto Santos, William Dias Borges

DESAFIOS PARA A IMUNIZAÇÃO DA POPULAÇÃO RIBEIRINHA DO ARQUIPÉLAGO DO COMBÚ - BELÉM DO PARÁ

Autores: Eliza Paixão da Silva, Alessandra de Cássia Lobato Dias, Flávio Araújo Pereira, Geovana Brito Nascimento, Leilane Almeida de Morais, Nicole Pinheiro Lobato, Thamires Pinto Santos, William Dias Borges

Apresentação: A cobertura e desempenho do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Brasil é assemelhado ao de países desenvolvidos, pois sua complexidade cresceu em pouco tempo, introduziu numerosas vacinas no calendário de rotina, inclui vacinas combinadas e ampliou a oferta das vacinas já fornecidas, até mesmo, abrangendo grupos populacionais não contemplados pelo programa. Esses avanços trazem benefícios incontestáveis, mas também evidencia desafios peculiares ao desenvolvimento e sucesso do PNI, que envolvem questões financeiras, logísticas, de recursos humanos, culturais e até mesmo linguísticas dentro de uma sociedade diversa como o Brasil. Se tratando da saúde da população ribeirinha, enfrenta-se também outros desafios específicos dentro da logística, como a infraestrutura da Unidade Básica de Saúde (UBS), principalmente no que concerne à escassez de energia elétrica, a qual limita determinados serviços (sala de vacinação, por exemplo) e, além disso, o acesso à unidade que apresenta dificuldades devido à geografia local, na qual as Unidades são cercadas por rios e afluentes, acarretando um obstáculo na adesão dos serviços por parte da população e na dificuldade de implantação das políticas específicas para os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que encontram dificuldades para realizarem seus trabalhos pela carência da condução fluvial. Segundo os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), o acesso e acessibilidade aos serviços devem ser integrais e universais, ou seja, todo cidadão, comunidade ou grupo social deve ter, por direito, atendimento em saúde. Com isto, a presença da Equipe de Saúde da Família Ribeirinha é uma clara demonstração de equidade, observando-se as necessidades de uma população específica e agindo sobre isso, já quanto a questão da imunização, representa o princípio da Integralidade em oferecer todos os níveis de atenção, incluindo o nível primário com a prevenção de doenças. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência, realizado durante as aulas práticas do componente curricular “Atenção de Enfermagem aos Povos e Populações Tradicionais da Amazônia” do curso de graduação em enfermagem de uma universidade localizada no estado do Pará. Os acadêmicos do curso de graduação em enfermagem do oitavo semestre de 2019 encontraram o docente da disciplina em um porto da região continental de Belém, de onde partiram em uma embarcação de pequeno porte à caminho da UBS localizada no arquipélago do Combu, o qual está localizado a 1,5 km das margens da cidade de Belém, banhada pelo rio guamá e abriga aproximadamente 200 famílias, na qual realizaram uma visita técnica objetivando observar a unidade e identificar se esta encontrava-se de acordo com as normas definidas em legislação. Os serviços ofertados na Unidade são os mesmos de uma UBS comum, acrescidos das especificidades fluviais, além disso, esta fica localizada ao lado da Escola Primária da região. Ao visitar a sala de vacinas da Unidade, observou-se que dentro desta existe uma câmara fria para o armazenamento de imunobiológicos, além disso, conta com uma maca e uma mesa para organização dos atendimentos, os quais não são tão frequentes, visto que as famílias preferem realizar a imunização em suas próprias residências. Resultado: e Resultado: A UBS possui um gerador de energia para casos de queda na corrente elétrica, que são bem constantes na localidade, a enfermeira do setor relatou casos em que o gerador não estava funcionando e a equipe da unidade não conseguiu transportar as vacinas para Belém, em uma dessas quedas na corrente elétrica, o que resultou na perda de mais de 100 doses de vacinas diversas, gerando um prejuízo para o município. A câmara Fria funciona 24 horas por dia e 5 dias por semana, para que o acondicionamento da vacina seja eficaz, porém, durante os finais de semana e feriados prolongados quando a unidade não está em funcionamento, a vacina precisa ser transportada para a cidade de Belém, sendo assim acondicionada em caixas térmicas e/ou isopores, onde ficará armazenada durante a viagem sobre controle de temperatura, e posteriormente irá para outra câmara fria em uma UBS da parte continental de Belém. No dia em que a visita foi realizada, os ACS’s estavam fora da unidade, realizando imunização nas famílias da localidade com o apoio de transporte de um dos profissionais da UBS. A vacinação é feita na UBS, mas, também, nas residências e os ACS’s se locomovem por meio de embarcações emprestadas. A UBS não é cadastrada como USFR, logo não possuem barcos próprios da unidade, as embarcações utilizadas são dos ACS’s, ou dos moradores do arquipélago. Nesse sentido, pode-se verificar que há uma grande dificuldade no que diz respeito à permanência do material imunobiológico na unidade evidenciado pelas constantes quedas de energia, gerando risco de contaminação e perda do material, além de grande dificuldade com relação à locomoção em razão da falta de embarcação própria. Isso demonstra a necessidade constante de apoio da gestão do município para garantir que as políticas públicas sejam efetivadas, sem o cadastramento correto a UBS ainda conta com um financiamento inadequado para os serviços que são ofertados, impossibilitando que esta cumpra atividades básicas como visitas domiciliares e como imunização adequada. Uma questão a ser identificada como positiva é o fato da Unidade funcionar ao lado da escola primária, permitindo que as crianças possam realizar a vacinação em um dia específico, marcado pelos profissionais e se utilizar do transporte da escola para tal, facilitando a logística da vacinação. Além disso, nota-se que a equipe da Unidade está comprometida com a questão da imunização e compreende a importância das vacinas na prevenção de doenças, evidenciado pelo seu empenho em estar realizando as visitas domiciliares que objetivam realizar a imunização nas residências dos ususários. Considerações finais: Em suma, faz-se necessário frisar os diversos impasses que ocorrem durante a prática da vacinação da população ribeirinha, como a questão geográfica, conservação das vacinas, entre outras. Logo, é indispensável um planejamento ímpar, além de articulação com a gestão municipal na implementação deste planejamento. Assim, o enfermeiro como gestor dessas atividades deve planejar toda a ação necessária para a atividade, pois qualquer fase do processo que não tenha um gerenciamento eficaz pode comprometer os imunobiológicos, causando desperdício de material, reduzindo a quantidade disponível para a população.

10052 O ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENFERMAGEM COMO INSTRUMENTO DE PRÁTICAS MODIFICADORAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM EM PROL DA COMUNIDADE
João Antônio Brito Porto, Luís Rogério Cosme Silva Santos, Natália Flores Viana, Kaue Batista Andrade, Renata Sampaio Mattos

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENFERMAGEM COMO INSTRUMENTO DE PRÁTICAS MODIFICADORAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM EM PROL DA COMUNIDADE

Autores: João Antônio Brito Porto, Luís Rogério Cosme Silva Santos, Natália Flores Viana, Kaue Batista Andrade, Renata Sampaio Mattos

Apresentação: As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) surgem num contexto de reformulação de como se estruturaria o Ensino Superior no Brasil, se pautando em princípios basilares como liberdade de aprender, ensinar, pesquisar, divulgar o pensamento, a arte e o saber, bem como valorizando o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições de ensino. Dentro do curso de Enfermagem as DCNs visam formar um enfermeiro generalista, apto a desenvolver suas habilidades com base no rigor científico, mas também que seja um sujeito crítico-reflexivo, com capacidade de discutir políticas no âmbito da saúde coletiva e individual a fim de ser resolutivo na sua comunidade que atua, se alicerçando nas habilidades e competências gerais e específicas. Nesse contexto, o estágio supervisionado surge como momento de potencializar em práticas os ensinamentos obtidos de maneira fragmentada durante o curso. Objetivo: Relatar a experiência de discentes do componente curricular Estágio Supervisionado 1, em um curso de enfermagem numa Universidade Federal do interior do Estado da Bahia. Desenvolvimento: Dentro do componente Estágio Supervisionado 1, os discentes são inseridos no contexto da Atenção Primária à Saúde(APS), por meio de uma Unidade de Saúde da Família (USF), sob a supervisão do docente da universidade, e da enfermeira da Equipe de Saúde da Família. Durante um semestre, foram desenvolvidas atividades pelos discentes de atendimento dentro dos programas de saúde da mulher, saúde da criança, e cuidado a hipertensos e diabéticos, entre outros e ações de educação em saúde, monitoramento e bloqueio vacinal, que foi de extrema importância uma vez que gerou uma celeridade no processo de cuidado, suprindo lacunas assistenciais que existiam, pela grande demanda, por se tratar de uma USF alocada em bairro periférico. As ações dos discentes matriculados no componente seguiram a semana típica instituída pela enfermeira da unidade. Resultado: As atividades que ali foram desenvolvidas tiveram impacto positivo, refletido nos relatos dos usuários dos serviços que sentiram confortáveis no atendimento. Os servidores da USF também se mostraram satisfeitos, uma vez que os grupos de estagiários que passam por lá não criam vínculo, pois ficam pouco tempo, diferente desses discentes que acompanharam a rotina de processo de cuidado, durante quatro meses. Considerações finais: Sabe-se da importância da competência científica que o enfermeiro deve desenvolver, mas observa-se também que há espaços em que são potencializadores de discussões que superem o modelo de cuidado tradicional e biomédico, e a enfermeira preceptora da referida unidade e o docente supervisor, propiciaram momentos de debate, reflexões entre usuários e os servidores, assim sendo o estágio supervisionado pode se colocar como uma ferramenta transformadora, tanto de modo de se produzir cuidado, bem como de propor ações que sejam resolutivas aos usuários que sofrem com inúmeras barreiras no acesso quer seja elas simbólicas e/ou físicas.

10063 AÇÕES DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E CONTROLE DA TUBERCULOSE: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Thayana de Oliveira vieira, Fabiana Ferreira Koopmans, Helena Portes Sava de Farias, Bianca Ghirlinzoni dos Santos

AÇÕES DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E CONTROLE DA TUBERCULOSE: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Thayana de Oliveira vieira, Fabiana Ferreira Koopmans, Helena Portes Sava de Farias, Bianca Ghirlinzoni dos Santos

Apresentação: Tuberculose é um problema de saúde pública mundial, da qual mata milhares de pessoas por ano, podendo ser prevenida e curada com um acompanhamento terapêutico eficiente, fornecido gratuito pelo Estado. Com o papel principal na assistência da atenção básica, o enfermeiro planeja e executa ações de prevenção e promoção, na qual é crucial para a permanência do usuário no tratamento. Tendo isso, a presente pesquisa faz parte do projeto de extensão universitária, da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que aborda a prevenção e controle da tuberculose, articulando com estudantes de enfermagem, docentes, usuários do sistema único de saúde e população em geral, fortalecendo e auxiliando a implementação dos cuidados com as atividades como consultas de Enfermagem, leitura de PPD, coleta de exame de escarro, levantamento estatístico das pessoas cadastradas, busca de faltosos no Programa de Tuberculose e análise de dados. O objetivo do projeto é desenvolver a educação em saúde em salas de esperas das clinicas da família, visitas domiciliares, feiras de saúde e escolas do município do Rio de Janeiro conscientizando e proporcionando conhecimento popular e cientifico para a sociedade sobre o controle da tuberculose. Método: Como metodologia utilizamos consulta de enfermagem e grupos educativos, visitas domiciliares e cadastramentos de usuários. As avaliações periódicas são realizadas por meio de instrumentos criados pelo Coordenador, bolsista e alunos envolvidos no Projeto. Aplicamos a técnica de discussão reflexiva sobre o processo do trabalho em saúde como meio para atingir a redução do número de casos de tuberculose. Utilizada a análise epidemiológica no registro/controle de casos de tratamento. Resultado: Em 2018, realizamos 4 salas de espera na clínica de família, educação em saúde na escola municipal Madri, acompanhamento de 14 pacientes com diagnóstico de tuberculose nas Consultas de Enfermagem, visita domiciliar para coleta de escarro em família cadastrada na CF Pedro Ernesto.  Em 2019, analisamos os dados de todos os pacientes que foram diagnosticados com tuberculose na CF Pedro Ernesto; Participação na feira de ciências da Escola Municipal Madri; Realização de atividades de educação em saúde em 12 escolas da Ilha do Governador, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, como acadêmico bolsista e com ações para serem realizadas, como a elaboração de um curso de capacitação com Agentes Comunitários de Saúde (ACS) da unidade em que atuamos. Considerações finais: A atenção primária é a principal porta de entrada, onde se tem o primeiro contato com o usuário, fazendo com que seja de suma importância na prevenção de doenças. O método mais ativo e eficaz, é educar a população, com isso, havendo um impacto na adesão e vínculo com os cuidados e serviços de saúde. O projeto de extensão articulado com a equipe multidisciplinar, efetiva a promoção integral do cuidado e auxilia no desenvolvimento de pesquisa cientifica, fortalecendo a formação acadêmica e continuidade da assistência.

10563 PRÉ – ESCOLAR COM DIABETES MELLITUS: CONDUTAS DE ENFERMAGEM.
Daiana Barbosa Fernades

PRÉ – ESCOLAR COM DIABETES MELLITUS: CONDUTAS DE ENFERMAGEM.

Autores: Daiana Barbosa Fernades

Apresentação: Diabetes Mellitus (DM) é uma patologia metabólica, multifatorial, ocasionada por déficit de produção ou absorção da insulina. Estudos apontam que nos últimos anos a incidência de diabetes mellitus em crianças menores que 5 anos vem aumentado; Podendo ser classificada em Tipo 1 (autodestruição das células de produção) comum em infanto-juvenis, Tipo 2 (resistência do organismo no processo de absorção) e a Gestacional. A motivação para a escolha do tema surgiu, através de uma visita do Estágio Supervisionado em Saúde da Criança e do Adolescente, em uma unidade de saúde privada do Estado do Rio do Janeiro, onde presenciamos um caso de hiperglicemia em uma criança. no qual vivenciamos o atendimento a uma criança na idade de 2 anos com hiperglicemia (472mg/dl) Problema da pesquisa? Diante disto emergiu a seguinte questão norteadora: Qual a conduta do enfermeiro ao assistir criança pré-escolar com hiperglicemia na Emergência Pediátrica? Por consequinte, foi traçado como Objetivo: Descrever a conduta do enfermeiro na assistência de enfermagem na criança pré-escolar com quadro de hiperglicemia. A metodologia deste estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura,  descritiva e qualitativa, realizada nas bases de dados BDENF e LILACS, que obteve como critérios de inclusão documentos em português; limite Criança e Criança, pré-escolar e nos últimos nove anos, resultando 6.831 documentos, sendo utilizados apenas 3 para a análise final. Resultado: DM tipo1 é uma doença crônica mais comum na infância, por ser tratar de uma doença crônica, exige  mudanças no estilo de vida da criança e família. Cabe ao enfermeiro elucidar dúvidas pertinente aos cuidados contínuos que essa família adotará, visando promover autonomia, prevenir agravos e melhor enfrentamento da doença. Buscando compreender o quão penoso isso pode ser para o cliente. A patologia tem fácil fator de progressão para sequelas como: cegueira, amputação, nefropatia, evidenciando a importância de se realizar exame físico detalhado a fim de avaliar as manifestações clínicas e fisiopatológicas apresentadas para adotar medidas que previnam agravos. Em situação de hiperglicemia cabe ao enfermeiro: monitorar sinais vitais, parámetros hemodinâmicos e níveis glicêmicos; verificar estado neurológico, sinais de desidratação, turgor cutâneo, perfusão periférica, averiguar apresença e acompanhar a regressão dos sinais e sintomas que caracterizam cetoacidose e outras complicações. Consideramos que a má alimentação é um fator principal para esse quadro. Com isso, o enfermeiro deve identificar precocemente a sintomatologia atípica, afim de promover uma conduta eficiente, além de estimular a promoção em saúde. A educação em diabetes é uma das melhores forma de aprendizado infantil e realizar uma orientação didatica com teatro de fantoches, no material impresso conter informações com linguagem de fácil compreensão. No processo de educação deve  entrosar a  criança, com os pais ou parentes próximos alimentação das crianças.

10572 OS DESAFIOS ENFRENTADOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM NO INSTITUTO MAHATMA GANDHI DE TECNOLOGIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Camila de Oliveira Santos, BÁRBARA PEREIRA DOS PASSOS, SARAH MARIA DE SOUZA MATTOS, SILDNEY GOMES COSTA

OS DESAFIOS ENFRENTADOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM NO INSTITUTO MAHATMA GANDHI DE TECNOLOGIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Camila de Oliveira Santos, BÁRBARA PEREIRA DOS PASSOS, SARAH MARIA DE SOUZA MATTOS, SILDNEY GOMES COSTA

Apresentação: O Instituto Técnico de Saúde Mahatma Gandhi (IMGTEC) é uma instituição de ensino privada, especializada em cursos técnicos da área da saúde. Localizado em Nilópolis, região metropolitana do Rio de Janeiro, apresenta cursos técnicos em enfermagem, análises clínicas, farmácia e saúde bucal. Obtendo a autorização da Secretaria de Educação, o instituto foi inaugurado em 2019. O presente estudo é um relato de experiência. Objetiva descrever os trâmites legais para a abertura de um processo na Secretaria de Educação para o funcionamento de uma escola; demonstrar a elaboração de Projeto Político Pedagógico (PPP), Plano de curso, seus passos e conteúdos necessários ; e apontar os desafios e experiências que tivemos nessa construção/elaboração. Os resultados mostram os procedimentos que devem ser seguidos para realizar a abertura de um curso em uma unidade escolar, assim como a elaboração de um PPP; e narra a história do IMGTEC para ter o curso aprovado pela Secretaria de Educação para iniciar seu funcionamento e abrir sua primeira turma de curso técnico em enfermagem. Conclui-se que as etapas para a abertura de um curso é um processo de médio, a longo prazo. Relatamos nossas experiências e vivências em prol de disseminar esse conhecimento e nortear essa prática; assim, colaborando com a atualização de diretores, coordenadores, donos de escolas que desejam ter em sua unidade cursos profissionalizantes, em especial o curso técnico em enfermagem com adequada matriz curricular, pois apresenta um panorama que poderá favorecer novas formas de pensar e conduzir a implementação de cursos técnicos em enfermagem junto a Secretaria de Educação, privilegiando o ensino desse segmento.

10773 ARCO DE MAGUEREZ: ANÁLISE DA TÉCNICA DE VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
Dannielle Cristhian Fernandes de Alvarenga, Adma Fernandes Gonçalves, Taisa Alves de Ávila, Thamara de Souza Campos Assis

ARCO DE MAGUEREZ: ANÁLISE DA TÉCNICA DE VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

Autores: Dannielle Cristhian Fernandes de Alvarenga, Adma Fernandes Gonçalves, Taisa Alves de Ávila, Thamara de Souza Campos Assis

Apresentação: A técnica de verificação da pressão arterial é um procedimento de extrema importância, pois permite detectar alterações nos níveis pressóricos e assim evitar e/ou minimizar danos à saúde do paciente, danos estes que acometem principalmente o sistema cardiovascular. Utilizando o Arco de Maguerez, um tipo de metodologia ativa que após observação da realidade permite identificar problemas, analisá-los, estudá-los e propor medidas de solução, foi realizada uma visita técnica em uma Unidade Básica de Saúde - UBS em Abril de 2017, na cidade de Ipatinga, Minas Gerais. Através de uma pesquisa descritiva e observacional foi possível identificar alguns erros durante a aferição da pressão arterial que podem impactar diretamente na saúde do paciente. Dentre os erros, estão: a aferição imediata da pressão após a chegada do paciente, desconsiderando o fato de que alguns vieram caminhando até à unidade de saúde, inflação excessiva do manguito e a não deflação do mesmo após a estimativa inicial da pressão arterial sistólica. Também houve arredondamento dos valores obtidos e o paciente não foi orientado após a verificação da pressão arterial. A partir do exposto, destaca-se a importância da aplicação do Arco de Maguerez na análise dos procedimentos de enfermagem para a educação continuada em saúde, pois através da problematização é possível elaborar medidas que visem restabelecer a situação problema. Como última etapa do Arco, que é a aplicação das medidas propostas à realidade, foi elaborado um Procedimento Operacional Padrão - POP, instrumento norteador para as práticas de Enfermagem, facilitando a padronização da técnica de aferição da pressão arterial e minimizando as possibilidades de erros. Visto que o POP descreve o passo a passo do método, instruindo o profissional a como agir desde o momento em que o usuário chega na UBS, durante a realização do procedimento e por fim, instrui a como orientar o paciente de acordo com o valor da pressão arterial obtido. Diante dessa análise, salienta-se também a importância da educação continuada ou permanente na Enfermagem, através dela são realizadas reciclagens no aprendizado do profissional, novas instruções são dadas, mediante às mudanças constantes na ciência do cuidado, e são elaborados e aplicados instrumentos para correções de erros nas técnicas. Intentando sempre melhorias na prestação de serviço ao usuário do sistema de saúde.

5945 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA SAÚDE DO TRABALHADOR: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Antonia Almeida Araújo, Gabriela Oliveira Parentes Costa, Maria Clara Evangelista Ferreira

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA SAÚDE DO TRABALHADOR: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Autores: Antonia Almeida Araújo, Gabriela Oliveira Parentes Costa, Maria Clara Evangelista Ferreira

Apresentação: O presente estudo teve como objetivo analisar a produção científica acerca da atuação do enfermeiro na saúde do trabalhador. Atualmente, no contexto globalizado da sociedade, muito tem se investido na consolidação e crescimento das organizações, sob a perspectiva de sua total relevância para o desenvolvimento da economia. Um desenvolvimento que depende significativamente da mão de obra e do empenho de trabalhadores vinculados a ela. Com o passar dos anos, a sociedade tem compreendido que o cuidado com o trabalhador é uma necessidade, uma vez que é por meio de sua ação direta que se dá o crescimento e fortalecimento das organizações que se utilizam de sua mão de obra. Ressalta-se que o cuidado com a saúde e segurança nos contextos do trabalho implica numa atuação interdisciplinar/multiprofissional das áreas de engenharia e segurança no trabalho, medicina e enfermagem do trabalho. De acordo com a Norma Regulamentadora 32 (NR-32) que abrange situações de exposições a riscos à saúde do trabalhador, a saber: riscos biológicos, riscos químicos e radiação ionizante. A diminuição ou eliminação dos agravos à saúde do trabalhador estão em diretamente ligados a capacidade dos indivíduos de entender a importância dos cuidados e medidas de proteção as quais deverão ser seguidas no ambiente de trabalho. Nessa perspectiva sob a qual atua o enfermeiro do trabalho e a de que o trabalhador satisfeito e saudável contribui muito mais para a organização. Diante de tal constatação, tornou-se imprescindível a análise de estudos sobre a atuação do enfermeiro na saúde do trabalhador.  Dessa forma, o presente estudo objetivou analisar a produção científica acerca da atuação do enfermeiro na saúde do trabalhador. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. A pergunta que norteou a revisão de literatura foi: Como estão dispostas as produções científicas acerca da atuação do enfermeiro na saúde do trabalhador? A coleta de dados foi realizada de maio a agosto de 2019 e a busca foi conduzida na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), na qual foram pesquisadas as seguintes bases de dados: Literatura latino-americana e do Caribe em Ciências Da Saúde (LILACS), National Library of Medicine (NLM- PubMed) e Scientific Electronic Library OnLine (SciELO ). Para a procura dos artigos indexados foram utilizados os descritores: enfermagem do Trabalho/ Competências e habilidades do enfermeiro e Prevenção de acidentes. Encontrou-se nas bases de dados um somatório de 231 artigos (86 LILACS, 48 MEDLINE, 97 SciELO ). Os critérios de inclusão foram artigos publicados no recorte temporal de 2010 a 2018; redigidos em língua portuguesa ou inglesa; e disponibilizados na íntegra na base de dados. Os critérios de exclusão foram artigos repetidos, resenhas, anais de congresso, artigos de opinião, artigos de reflexão, editoriais, teses e artigos que não abordaram diretamente o tema deste estudo. Após o levantamento das publicações, os resumos foram lidos e analisados segundo os critérios de inclusão e exclusão preestabelecidos. Após isso, fez-se uma triagem quanto à relevância e à propriedade que responderam ao objetivo deste estudo chegando a uma amostra final de 11 artigos, os quais foram lidos e analisados na íntegra. A análise dos artigos procedeu-se de modo descritivo e os resultados foram apresentados em categorias analíticas: “enfermeiro do trabalho e suas principais atribuições” e “o papel do enfermeiro do trabalho na prevenção de riscos”. Resultado: O conteúdo dos artigos foi dividido em duas categorias analíticas: “enfermeiro do trabalho e suas principais atribuições” e “competências e habilidades do enfermeiro do trabalho na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais”. (55% dos artigos), “o enfermeiro do trabalho e suas principais atribuições” e (44%) “o papel do enfermeiro do trabalho na prevenção de riscos”. A pesquisa pôde constatar que profissionais em ambiente de trabalho onde não se cultiva a promoção e prevenção de riscos ocupacionais estão mais expostos ao adoecimento. Foi possível observar que quanto ao delineamento metodológico, as pesquisas mostram desenhos observacionais e analíticos buscando uma maior compreensão sobre a atuação do enfermeiro na saúde do trabalhador e a assistência de enfermagem. Acredita -se que a função do enfermeiro do trabalho tenha total relevância no crescimento e fortalecimento das organizações, pois está intimamente ligada à qualidade de vida do trabalhador. Foi possível observar que quanto ao delineamento metodológico, as pesquisas mostram desenhos observacionais e analíticos buscando uma maior compreensão sobre a atuação do enfermeiro na saúde do trabalhador e a assistência de enfermagem. Acredita -se que a função do enfermeiro do trabalho tenha total relevância no crescimento e fortalecimento das organizações, pois está intimamente ligada à qualidade de vida do trabalhador. Considerações finais: A revisão integrativa da literatura, por sua vez, possibilitou a síntese dos resultados de pesquisas relevantes, facilitando a incorporação de evidências e transferindo o conhecimento para a prática. A pesquisa pôde constatar que diante da complexidade da atuação do enfermeiro do trabalho, os profissionais da equipe de enfermagem devem dispor de conhecimento e sensibilidade para atuarem na resolução de problemas com tal dimensão, buscando sempre estarem atualizados sobre o tema e aptos no desenvolvimento do trabalho no cotidiano. De acordo com os resultados apresentados, percebeu-se que profissionais em ambiente de trabalho onde não se cultiva a promoção e prevenção de riscos ocupacionais estão mais expostos ao adoecimento. Cabendo à equipe de enfermagem promover a construção de uma cultura de avaliação e promoção orientada por um paradigma educativo que preconiza um olhar contínuo para a melhoria do serviço prestado. O presente estudo demonstrou que para qualidade do cuidado em enfermagem do trabalho é necessário a realização de educação em serviço e discussões acerca da temática de saúde do trabalhador, para que os profissionais sejam capacitados e minimizem as lacunas na atuação nos diversos âmbitos de avaliação, prevenção e promoção da saúde do trabalhador, corroborando deste modo, com a redução da incidência de acidentes no ambiente do trabalho. No entanto, ainda são necessárias novas pesquisas que continuem avaliando a atuação do enfermeiro do trabalho, a fim de proporcionar conhecimento que possa melhorar a realidade atual sobre essa problemática.

6597 ENCONTROS SOCIOCLÍNICOS INSTITUCIONAIS NOS CUIDADOS PALIATIVOS PEDIÁTRICOS ONCOLÓGICOS: CONTRIBUIÇÕES PARA PRÁTICA DE ENSINO EM ENFERMAGEM
SAMARA MESSIAS DE AMORIM, LUCIA CARDOSO MOURÃO, ANA CLEMENTINA VIEIRA DE ALMEIDA, MILLER ALVARENGA OLIVEIRA, RONYE DE LOURDES PINHEIRO DE SOUZA FARACO

ENCONTROS SOCIOCLÍNICOS INSTITUCIONAIS NOS CUIDADOS PALIATIVOS PEDIÁTRICOS ONCOLÓGICOS: CONTRIBUIÇÕES PARA PRÁTICA DE ENSINO EM ENFERMAGEM

Autores: SAMARA MESSIAS DE AMORIM, LUCIA CARDOSO MOURÃO, ANA CLEMENTINA VIEIRA DE ALMEIDA, MILLER ALVARENGA OLIVEIRA, RONYE DE LOURDES PINHEIRO DE SOUZA FARACO

Apresentação: Cuidados paliativos ainda não se configura como disciplina obrigatória em diversas universidades, gerando posteriormente à formação, uma lacuna assistencial importante que compromete a qualidade da atenção de enfermagem. Objetivo: Analisar os desafios vivenciados por preceptores de enfermagem e residentes de um hospital de referência em oncologia para a realização dos cuidados paliativos pediátricos oncológicos, considerando a formação profissional adquirida. Realizar encontros socioclínicos, a fim de auxiliar preceptores e residentes a refletirem em sua prática clínica e de ensino. Desenvolvimento: Através de uma pesquisa intervenção no setor de pediatria de um hospital de referência em oncologia localizado no Estado do Rio de Janeiro com a participação de preceptores e residentes de enfermagem, produziremos os dados por meio de um dispositivo socioclínico institucional considerando os conceitos de implicação, instituição, analisador e restituição da Análise Institucional. A pesquisa será submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa das instituições envolvidas. Resultado: esperados: Espera-se ampliar a discussão sobre os desafios enfrentados pelos órgãos formadores e profissionais de enfermagem relacionados aos cuidados paliativos oncológicos em pediatria, tanto na formação profissional inicial, quanto na educação permanente da enfermagem. Pretende-se com este estudo produzir encontros permanentes a fim de auxiliar estes profissionais a aprimorar a sua prática clínica e de ensino. Considerações finais: A análise e discussão dos resultados será elaborada a partir do referencial teórico metodológico escolhido, com foco nas análises das implicações do pesquisador e dos participantes. Este estudo tem a intenção de contribuir com as recomendações que resultarem dos encontros socioclínicos, para ampliação dos debates dos órgãos formadores e demais profissionais de enfermagem dos serviços relacionados aos cuidados paliativos em oncologia pediátrica, tanto na formação profissional inicial, quanto na educação permanente em enfermagem.

7416 A VOZ E A VEZ DOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Millena Mayra Ferreira, Sara Ferreira Oliveira Ramos, Márcia Matos Sá Ottoni Letro, Ana Carolina Nunes Almeida, Jéssica Gonçalves da Cruz, Lucas Raony Campos Fialho, Luana Vieira Toledo, Camila Santana Domingos

A VOZ E A VEZ DOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Millena Mayra Ferreira, Sara Ferreira Oliveira Ramos, Márcia Matos Sá Ottoni Letro, Ana Carolina Nunes Almeida, Jéssica Gonçalves da Cruz, Lucas Raony Campos Fialho, Luana Vieira Toledo, Camila Santana Domingos

Apresentação: Este é um trabalho correspondente a um relato de experiência realizado por acadêmicos do curso de enfermagem da Universidade do Estado do Pará, em uma Este é um trabalho correspondente a um relato de experiência realizado por acadêmicos do curso de enfermagem da Universidade do Estado do Pará, em uma A educação permanente em saúde possui por finalidade a qualificação e transformação da atenção à saúde, melhoria dos processos formativos, expansão das práticas de educação em saúde, bem como a realização de ações e serviços numa perspectiva intersetorial. Consiste em um processo dinâmico e contínuo, relacionando-se com as necessidades coletivas da prática profissional. Nesse sentido, o Projeto de Educação Permanente intitulado “A voz e a vez dos técnicos de enfermagem: construindo espaços de diálogo e qualificação profissional no contexto da Atenção Primária à Saúde”, iniciado em 2014 na Universidade Federal de Viçosa, tem como finalidade desenvolver momentos de ressignificação de práticas junto aos técnicos de enfermagem inseridos na Atenção Primaria à Saúde do município. Possui como objetivo relatar as experiências vivenciadas pelo referido projeto de extensão no período de março a dezembro de 2019. Trata-se de um relato de experiência das seis oficinas realizadas pelo projeto. Os encontros tiveram como temas: Eletrocardiograma; Calendário vacinal e suas atualizações; Punção venosa periférica; Úlceras venosas e arteriais; Acolhimento ao paciente e Cuidando do técnico de enfermagem. Destaca-se que as reflexões e aprendizados proporcionados pelas oficinas estão intimamente ligados à prática cotidiana dos técnicos de enfermagem, sendo os temas sugeridos pelos mesmos. Dessa forma, há uma construção e reconstrução de estratégias e ações para a prática profissional. As metodologias e atividades aplicadas foram a exposição teórica, problematização, construção de material, simulação realística, atividade de dispersão/relaxamento, nomeação do profissional destaque e avaliação do encontro. A avaliação individual das oficinas demonstra uma satisfação dos participantes com os encontros. O espaço de relaxamento contribui para uma imersão em si, proporcionando maior concentração na troca de saberes. As metodologias ativas adotadas favorecem o aprendizado de forma lúdica e motivadora permitindo que os aprendizados gerados no ambiente acadêmico sejam transpostos para os cenários de prática. Considera-se que a realização das oficinas é de grande relevância para a qualificação dos técnicos de enfermagem que trabalham no contexto da Atenção Primária, no município de Viçosa, uma vez que permite aos envolvidos desenvolver estratégias para mudanças através do diálogo e do conhecimento teórico sobre os temas; resultando em uma aprendizagem significativa. Além do mais, para os acadêmicos envolvidos, o projeto permite o desenvolvimento científico e o contato com a prática profissional.  

8037 ELABORAÇÃO DA CARTILHA DE ORIENTAÇÕES DE ENFERMAGEM PARA O AUTOCUIDADO DO PACIENTE NO PÓS-OPERATÓRIO DE ARTROPLASTIAS DE QUADRIL E JOELHO.
Brasil Silva Brasil, Maria Célia Teixeira Barbosa, Wiliam César Alves Machado, Gisele Adão dos Santos

ELABORAÇÃO DA CARTILHA DE ORIENTAÇÕES DE ENFERMAGEM PARA O AUTOCUIDADO DO PACIENTE NO PÓS-OPERATÓRIO DE ARTROPLASTIAS DE QUADRIL E JOELHO.

Autores: Brasil Silva Brasil, Maria Célia Teixeira Barbosa, Wiliam César Alves Machado, Gisele Adão dos Santos

Apresentação: A cirurgia de artroplastia de quadril e joelho atua na reconstrução cirúrgica da articulação, onde ocorre a substituição desta articulação por uma prótese promovendo o bem estar do paciente, a diminuição das dores e a melhora da locomoção dos pacientes. A assistência de enfermagem é fundamental para o restabelecimento do paciente no pós-operatório imediato e mediato. Objetivo: do estudo foi a elaboração de uma cartilha de orientações de enfermagem para o autocuidado com o paciente no pós-operatório de artroplastia de quadril e joelho em um hospital especializado em cirurgias ortopédicas no Estado do Rio de Janeiro. Método: A cartilha foi desenvolvida pela equipe de enfermagem de um hospital referenciado em trauma e ortopedia no Estado do Rio de Janeiro, visando principalmente a redução de retornos ocasionados por luxação de prótese de quadril e joelho e infecções cirúrgicas nestas especialidades. A cartilha continha informações referentes aos cuidados do paciente em seu autocuidado sobre curativo, banho e quais os tipos de movimentos podiam ser realizados nos primeiros três meses de pós-operatório. A cartilha era distribuída pelos enfermeiros no momento da alta e explicando a importância do autocuidado e reintegração as suas atividades de vida diárias (AVD) o mais precocemente possível. Critérios de inclusão: pacientes internados que foram submetidos a cirurgia de artroplastia de quadril e joelho com previsão de alta hospitalar. Critérios de exclusão: não há. Cartilha de intervenções de enfermagem para o autocuidado do paciente em pós-operatório de quadril e joelho. A cartilha foi desenvolvida com o grupo de educação permanente do hospital, qualidade e segurança do paciente e demais lideranças de enfermagem e elaborado um passo a passo de autocuidados para paciente em seu domicilio quanto ao banho, locomoção e curativos. A confecção da cartilha ocorreu entre março e abril de 2019 e implantada a partir de maio. Resultado: Após a implantação da cartilha pudemos notar a diminuição de reinternações por luxação de próteses e redução das infecções cirúrgicas destas duas especialidades. Além de estabelecer a família e ao paciente mais segurança no cuidado e autocuidado pós cirúrgicos em seu domicilio. Considerações finais: A necessidade de orientar o paciente e ao familiar quanto a promoção do autocuidado é de suma importância para reintegração a sociedade mais precocemente e evitar complicações cirúrgicas. Portanto, se faz necessário a enfermagem neste papel de orientador, traçando o plano de cuidados assistencial eficaz no domicilio e tantas outras estratégias que vão promover o bem-estar do paciente, auxiliando neste processo fundamental da reabilitação física do paciente.

8198 ENFERMEIRO DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL E A CONTINUIDADE DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Maria Aparecida Bonelli, Ana Izaura Basso de Oliveira, Gabriele Petruccelli, Bárbara de Souza Coelho Legnaro, Larissa Fernandes Franco, Maria Izabel Sartori Claus, Patrícia Luciana Moreira Dias, Monika Wernet

ENFERMEIRO DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL E A CONTINUIDADE DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Autores: Maria Aparecida Bonelli, Ana Izaura Basso de Oliveira, Gabriele Petruccelli, Bárbara de Souza Coelho Legnaro, Larissa Fernandes Franco, Maria Izabel Sartori Claus, Patrícia Luciana Moreira Dias, Monika Wernet

Apresentação: O processo de formação vivenciado pelos profissionais de saúde trouxe grande avanço cientifico e tecnológico na área de neonatologia, bem como melhoria das condições de vida e prevenção de agravos à saúde, tornando-se fundamental para o desenvolvimento de boas práticas assistenciais, abrangendo, não somente a redução da mortalidade, mas sim, assegurando transformações ao processo de cuidar. Assim, o cuidado como uma inter-relação traz benefícios simultâneos para o recém nascido crítico, à família e aos profissionais de saúde, fomentando-o através do envolvimento de todos os agentes desta atenção.  Objetivo: Analisar a motivação de enfermeiros de Terapia Intensiva Neonatal para a continuidade da formação profissional. Método: Estudo qualitativo, desenvolvido entre agosto e dezembro de 2018, a partir de entrevistas com 16 enfermeiras atuantes em Terapia Intensiva Neonatal em cidades de sete Regionais de Saúde do Estado de São Paulo. A Teoria da Autodeterminação e Análise de Narrativa sustentaram este estudo. Resultado: Tem-se como enredo a busca por especialização e qualificação do cuidado, estando a motivação para formação, inicialmente, assentada na especialização e qualificação do cuidado. Com o tempo, revisita entendimentos portados acerca do cuidado, fazendo ponderações sobre a formação, fatores que influenciam na motivação. Considerações finais: A motivação expressa pelo enfermeiro na busca por formação mostra-se através de movimentos marcados pela limitação apreendida na prática sobre o cuidado ao neonato de risco e a aquisição de conhecimento à atuação com qualidade neste cenário específico de saúde.