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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7755 Título do Trabalho: PANORAMA DO PERFIL DOS INDIVÍDUOS PORTADORES DE HEPATITE C NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Autores: Natália Cavalleiro Coelho Cavalleiro dos Santos, Biana Ramos Ramos Marins, Luciane Souza de Souza Velasque |
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Apresentação: Esta pesquisa possui como objetivo conhecer o perfil da população acometida pelo vírus da hepatite C (HCV), do estado no Rio de Janeiro nos últimos 5 anos, através da revisão de literatura. Visto que a infecção pelo vírus da hepatite C possui importantes atribuições na saúde pública, devido a sua característica crônica e de infectividade. A manifestação do HCV geralmente não apresenta sintomas, contribuindo para uma evolução crônica, levando a cirrose hepática ou câncer de fígado. Ademais, o HCV faz parte das Doenças e Agravos de Notificação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Desenvolvimento: Para a busca dos artigos foi utilizada a base online BVS e na sua seleção, consideradas as palavras chave: Hepatite C e Rio de Janeiro. Foram encontrados 13 artigos, porém somente três publicados no ano de 2015, 2017 e 2018, continham a temática de interesse. Resultado: São considerados como grupo de risco de transmissão do vírus; usuários de drogas injetáveis, indivíduos que realizam hemodiálise, transfusão de sangue e hemoderivados, e outros procedimentos médicos invasivos. Embora, a maioria dos casos sejam do sexo feminino, apresentando a faixa etária superior a 50 anos, devido aos procedimentos cirúrgicos e transfusão de sangue, indivíduos do sexo masculino apresentam maior exposição aos fatores de risco relativos ao uso de drogas e a atividade sexual. Também, a inclusão da triagem para HCV no pré-natal provocou a diminuição nos casos de transmissão vertical do vírus. Considerações finais: Através da análise dos artigos pesquisados foi possível observar que o vírus da hepatite C causa alta morbimortalidade. Além disso, ainda não há vacina para o HCV. O aumento dos casos de indivíduos com HCV ser associado a faixa etária (45 anos) pode ser correlacionada ao fato do rastreamento do vírus na transfusão de sangue só ter começado a vigorar no pais a partir de 1992. Desta forma, é inegável a importância de refletir e discutir sobre a hepatite C, pois o número de portadores da doença e as consequências por ela gerada aumenta a cada ano no Estado do Rio de Janeiro. Palavra-chave: Hepatite C e Rio de Janeiro. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 11163 Título do Trabalho: HEPATITE C: O DESAFIO DO DESCONHECIDO Autores: Simone Wünsch, Suzana Pinto Dal'berto, Sérgio Davi Jaskulski |
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Apresentação: A hepatite C constitui-se em uma infecção causada pelo VHC. Sua transmissão pode ocorrer via sangue contaminado, contato sexual e transmissão perinatal. Trata-se de uma doença de evolução lenta, sendo seu diagnóstico e tratamento, frequentemente tardio, resultando, desse modo, na cronicidade e, com isso, evolução para lesões graves no fígado como cirrose hepática, carcinoma hepatocelular, e descompensação hepática. Conforme dados epidemiológicos, da Organização Mundial da Saúde (OMS), mundialmente, estima-se que cerca de 71 milhões de pessoas estejam infectadas pelo HCV e, que cerca de 400 mil por ano vão a óbito devido as complicações. Conforme, os boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde (MS), a hepatite C vem apresentando tendência de aumento desde o ano de 2015. Ainda, segundo MS, a hepatite C é responsável pela maior parte dos óbitos por hepatites virais em nosso país e, representa a terceira maior causa de transplantes hepáticos. A OMS, em 2016, elaborou um documento intitulado “Global Health Sector Strategy on Viral Hepatitis 2016–2021: Towards Ending Viral Hepatitis”. Trata-se de um documento que visa estabelecer estratégias e linhas de ações, para eliminação das hepatites virais como um problema de saúde pública até 2030, mediante redução de novos casos em 90% e, em 65% a mortalidade a ela associada. Frente a essa realidade, os profissionais de um serviço de atendimento especializado (SAE), reuniram-se com gestores locais e sugeriram implantar, vinculado ao ambulatório do SAE, um serviço municipal para atendimento das hepatites virais, visando desse modo, ampliar o acesso ao diagnóstico e tratamento da hepatite C. Objetivo: apresentar a prevalência de casos de hepatite C, em um muncípio da Macrorregião Missioneira do Estado do Rio Grande do Sul. Desenvolvimento: Trata-se um relato de experiência, oriundo de um estudo descritivo quantitativo, realizado entre abril a dezembro de 2019, junto ao serviço municipal de hepatites virais, vinculado ao ambulatório SAE em um muncípio da Macrorregião Missioneira do Estado do Rio Grande do Sul. Resultado: O município, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) possui uma população´geral de n: 33.468 pessoas, configurando-se um município de pequeno porte. De sua população geral, 0,17% (n=59), encontra-se vinculada ao ambulatório para tratamento e acompanhamento da hepatite C. Desse total de pacientes vinculados, a prevalência de diagnósticos e tratamento consistem em 36% (n=21); 27% (n=16) encontram-se em abandono; 17% (n=10) em resposta viral sustentada (RVS). O ambulatório, ainda, para o primeiro trimestre do ano de 2020, apresenta uma prevalência de 20% (n=12) casos, aguardando exames carga viral e genotipagem. Considerações finais: Os presentes resultados, consistem no primeiro levantamento realizado pelo municípios, o que dificulta, neste momento, uma análise aprofundada. Salienta-se a necessidade de intensificar as ações de sensibilização junto aos trabalhadores, usuários e gestores locais acerca da importância da testagem e diagnóstico precoce da doença, realizar, também, ações de orientação, para população geral, sobre a transmissibilidade e os riscos de ser portador do vírus da hepatite C sem o conhecimento de sua sorologia. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 6094 Título do Trabalho: HEPATITE C: ACESSO AO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO PACIENTE NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. Autores: Camila Correia Sampaio, Joyce Cristina Meireles da Silva, Carmem Lúcia Pereira Lopes, Juliana Domênico Queiroz |
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Apresentação: A Hepatite C é uma doença causada pelo vírus C (HCV) que provoca uma inflamação aguda ou crônica no fígado. Por ser uma doença silenciosa e de evolução lenta, o diagnóstico é feito tardiamente, o que eleva os riscos da infecção progredir para formas mais graves, ocasionando cirrose hepática e câncer. No município do Rio de Janeiro, o processo de diagnóstico inclui a realização de teste rápido – Anti-HCV - que pode ser executado em todas as unidades de saúde do município, e caso seja reagente, será complementado com o exame de quantificação da carga viral – PCR quantitativo do HCV-RNA, que confirmará ou não a infecção pelo vírus C. Uma vez identificado um quantitativo de carga viral, o paciente deve ser regulado para outros níveis de atenção para que possa iniciar o tratamento. Durante todo esse processo, o acolhimento desse usuário é de extrema importância para que ele possa ter uma terapêutica humanizada e eficaz. Todo esse processo de diagnóstico e referenciamento para os demais níveis de atenção são de extrema importância, de forma que o tratamento seja realizado em tempo hábil, minimizando outras complicações como a cirrose hepática, o câncer, bem como a evolução para o óbito. Objetivo: Descrever o processo de referência dos usuários com teste rápido Anti-HCV reagente nas unidades de saúde das Áreas Programáticas 5 (5.1, 5.2, e 5.3), confirmados com HCV-RNA para o serviço secundário e/ou terciário em saúde e avaliar o cumprimento do fluxo de atendimento do usuário a partir da testagem rápida na atenção primária, segundo o preconizado na Linha de Cuidados em Hepatites Virais da SMS (RJ). Método: Estudo de coorte retrospectivo com análise exploratória, onde foram descritas as características dos pacientes que realizaram o teste de confirmação para o diagnóstico da Hepatite C, bem como a análise dos pacientes que foram regulados para o serviço especializado no Rio de Janeiro, durante os 06 primeiros meses de 2019. A partir dos bancos de dados secundários envolvidos no processo de diagnóstico e tratamento da Hepatite C, (Sistema de Controle Logístico de insumos Laboratoriais - SISLOGLAB, Gerenciador de Ambiente laboratorial – GAL e o Sistema de Regulação - SISREG) os pacientes foram identificados e tiveram seus caminhos avaliados de acordo com o esperado pela linha de cuidado do município. Resultado: Nas APs 5, nos seis primeiros meses de 2019, foram realizados 42.519 testes rápidos para Hepatite C, sendo 84 reagentes. Do total de 129 exames de carga viral detectável, 68 eram de pacientes já em acompanhamento médico, com diagnóstico prévio ao período da pesquisa. Portanto, dos 129 exames cuja carga era detectável, 61 (47,3%) eram casos novos. Tais análises foram possíveis através do cruzamento de dados com o SISREG. Após avaliação dos dados do SISREG, verificou-se que dos 61 casos novos, apenas 29 foram regulados para atendimento com especialista. Os outros 32 (52,4%) pacientes sequer foram inseridos no sistema. Após investigação, foram levantadas algumas hipóteses para tentar explicar a discrepância encontrada entre o número de testes rápidos reagentes e o número de casos novos. A primeira delas é que pacientes sabidamente com diagnóstico prévio de Hepatite C submeteram-se a realização de teste rápido. O paciente com diagnóstico de Hepatite C, mesmo com resposta virológica sustentada após o tratamento, permanecerá com o teste rápido reagente, pois ele detecta a presença de anticorpos para o vírus da Hepatite C (anti-HCV). Concluiu-se, portanto, que, nesse caso, houve uma falha no acolhimento desses pacientes. É importante ressaltar que, na suspeita de reinfecção, o paciente deve ser encaminhado para realização de carga viral. A segunda hipótese é de que os pacientes com teste rápido reagente que tiveram exame de PCR-RNA não detectável (seja por cura espontânea ou por TR falso reagente), não foram inseridos no SISREG, visto não necessitarem de avaliação do especialista. A terceira e última hipótese, é que esses pacientes com Anti- HCV reagente não tenham realizado exame HCV-RNA. Isto mostra uma falha grave na condução do diagnóstico da doença, pois é essencial que o paciente realize o exame de carga viral confirmatória. É função da equipe de referência desse paciente acompanhá-lo desde o diagnóstico, encaminhando-o ao especialista e o acompanhando durante o tratamento específico, uma vez que a atenção primária é ordenadora do cuidado e este deve ser compartilhado com a atenção especializada. O estudo também apontou falhas no que diz respeito ao processo de referenciamento desses pacientes para o especialista. Dos 61 casos novos encontrados no GAL, apenas 29 foram inseridos no SISREG, mostrando assim uma lacuna nessa fase do diagnóstico e início do tratamento. A análise do SISREG mostra que todos os pacientes inseridos no sistema foram regulados com uma média de 54 dias de espera, desde a data da solicitação da vaga até a data da primeira consulta com o especialista. Esses dados mostraram uma falha das equipes de referência no monitoramento desses 32 pacientes que não tiveram pedido de consulta com especialista inserido no SISREG. É importante que as equipes estejam atentas a não complementação do diagnóstico do paciente e realize a busca ativa desses casos a fim de compreender quais os motivos que levaram esses pacientes a não terem sido inseridos no SISREG. Existem algumas possibilidades a serem consideradas como, por exemplo, mudança de município de residência e/ou tratamento, óbito, ter iniciado tratamento na rede privada, entre outros. Ou na pior das hipóteses, esses pacientes estão sem tratamento, o que indica uma falha gravíssima no acolhimento desses pacientes por parte de sua equipe de atenção primária. Resultado: Conclui-se que ainda existem aspectos do acesso ao diagnóstico e tratamento da Hepatite C que precisam ser melhorados, principalmente no que diz respeito aos serviços de atenção primária à saúde, uma vez que foi identificado neste nível de atenção o maior número de possíveis falhas. É fundamental que tanto gestores quanto profissionais da assistência reúnam esforços para promover um acolhimento de forma humanizada e eficaz, de modo que os pacientes sejam encaminhados de forma adequada para o tratamento da Hepatite C, buscando assim, a cura desses indivíduos e reduzindo agravos decorrentes do não tratamento. |