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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 12290 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA DIETA DASH PARA PACIENTES HIPERTENSOS EM UMA UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Maryanna Santos Bezerra, Nayara Lourenço Rocha, Maria Caroline Silva Barreira, Larissa Rodrigues Silva, Lucas Silva Alves, Pedro Henrique do Vale Alves, Lidia Jamille da Costa Silva, Mayenne Myrcea Quintino Pereira Valente |
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Apresentação: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença caracterizada pelo aumento da pressão arterial. É uma das doenças crônicas não transmissíveis de maior prevalência no mundo e traz graves consequências a saúde da população. Sua etiologia é multifatorial podendo ter como causa fatores genéticos, obesidade, sedentarismo, o estresse, o consumo de álcool e do tabaco. De grande relevância no desencadeamento desta doença são os maus hábitos alimentares podendo ser destacado o alto consumo de alimentos ricos em gordura saturada e sódio. A dieta DASH - Dietary Aproaches to Stop Hipertension é uma dieta que visa diminuir os níveis de pressão sanguínea e minimizar os efeitos que a HAS pode ter na saúde dos indivíduos. Seu padrão dietético já é recomendado pelas organizações nacionais e internacionais para o tratamento de pacientes portadores de hipertensão. Este estudo teve como objetivo relatar a experiência de uma atividade educativa com pacientes hipertensos em uma Unidade de Atenção Primária a Saúde (UAPS). Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência, com ênfase em demonstrar a importância da dieta DASH para pacientes hipertensos acompanhados em uma UAPS no município de Fortaleza-Ceará. O estudo foi desenvolvido no período de maio de 2019. Participaram 20 pacientes hipertensos. Utilizou-se como recursos para educação em saúde banner ilustrativo, papéis para elaboração das perguntas e distribuição de brindes. Resultado: A atividade foi desenvolvida em uma sala da UAPS com pacientes hipertensos. Inicialmente foi realizada uma palestra sobre o que é hipertensão e a importância da dieta DASH no controle da hipertensão. Incialmente foi abordado sobre o que é a dieta DASH, quais alimentos compões a dieta e em seguida realizou-se um jogo de perguntas sobre o conteúdo ministrado. Neste momento foram retiradas as dúvidas e realizado orientações, sempre de uma linguagem clara e de fácil entendimento para os participantes. Observou-se que a maioria dos participantes não conheciam e não realizavam a dieta DASH. Para motivar os participantes a se envolverem na atividade educativa, foram sorteados brindes com itens alusivos à dieta e no final foi oferecido um lanche saudável correlacionando a dieta abordada na palestra. Considerações finais: Após a atividade educativa, observou-se a grande valia de compartilharmos informações sobre a importância da prática da dieta DASH para o controle da hipertensão. Com a atividade, observou-se que os participantes se conscientizaram mais sobre o que é a hipertensão e a importância da manutenção eficaz da saúde com estratégias de minimizar os efeitos que a HAS pode ter na vida desses pacientes, como a utilização da dieta DASH. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 10757 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA AUTONOMIA DO ENFERMEIRO NEFROLOGISTA NA HEMODIALISE INTRA-HOSPITALAR A BEIRA LEITO: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Karine Higino Ferreira, Beatriz de Lima Bessa Ballesteros, Elaine Antunes Cortez, Gabryella Vencionek Barbosa Rodrigues, Elida Gabriela Serra Valença Abrantes, Jessica do Nascimento Rezende, Vanessa Teles Luz Stephan Galvão, Simone Costa da Matta Xavier |
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Apresentação: A importância da autonomia do enfermeiro nefrologista na hemodialise intra-hospitalar a beira leito: Relato de ExperiênciaApresentação: A autonomia do profissinal enfermeiro na assistência a beira do leito é um assunto complexo, visto que atuamos em um ambiente que foge de nossa governabilidade, em comparação a assistência em uma clínica de hemodiálise. Contudo, temos que prestar assistência de acordo com os protocolos e rotinas da unidade, levando-se em conta as questões socioculturais, psicossociais e ambientais. O objetivo deste relato é introduzir na prática assistencial a autonomia do enfermeiro nefrologista durante a hemodiálise intra hospitalar.Apresentação: O profissional de enfermagem do serviço de hemodiálise intra-hospitalar costuma ser o que mais participa e atua no tratamento a beira do leito. Uma vez que o médico faz a avaliação diária, é o enfermeiro que atua junto com a equipe técnica nas intercorrências pré, trans e pós hemodiálise, bem como na orientação, capacitação, supervisão e coordenação de equipe, sendo fundamental a comunicação efetiva entre as partes. O enfermeiro diante da escasses de normas e legislação vigentes faz uma dupla jornada em sua atuação tendo que retirar da normas e rotinas da hemodiálise ambulatorial para adequar na intra-hospitalar. Sendo assim, fica claro que sua atuação e autonomia é essencial na qualidade da assistência prestada no serviço de nefrologia a beira do leito. Método Relato de experiência realizado nas unidades hospitalares de hemodiálise intra-hospitalar na beira do leito, fora da unidade de diálise. Resultado: Os profissionais enfermeiros do serviços de hemodiálise a beira do leito em unidades intra-hospitalar devem estar sempre se atualizando para enfrentar os obstáculos diários vivenciados na assistência, uma vez que lidamos com fatores como falta de apoio das instituições, desde de falta de equipamentos internos a falta de depósito adequado para o armazenamento dos equipamentos de acordo com a legislação vigente. Considerações finais: A autonomia do enfermeiro nefrologista, pode trazer uma ação em conjunto com as equipes como a importância da comunicaçao efetiva, mostrando uma perspectiva na transformação das equipes, nos setores e até mesmo para os gestores dentro das unidades, mostrando cada vez mais a importância da relação interpessoal no cuidado prestado ao paciente agudizado. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 6150 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO CLÍNICO COM CRIANÇAS: A ESCUTA PSICANALÍTICA EM UMA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR Autores: Walan Pereira Cardoso, Helena Carollyne da Silva Souza, Roseane Freitas Nicolau |
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Apresentação: O trabalho cujo recorte será apresentado é fruto da prática na brinquedoteca do Ambulatório de Desenvolvimento do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza. Este projeto visa oferecer acolhimento e escuta para as crianças e seus cuidadores, através de atividades clínicas em grupo, como o grupo de pais, onde são trabalhadas questões referentes às angústias suscitadas nos pais frente ao diagnóstico e tratamento da criança. Simultaneamente a escuta dos pais acontece o grupo de crianças na brinquedoteca, atividade em que a criança permanece até o momento em que é chamada para o atendimento. As produções lúdicas das crianças são acolhidas e escutadas como produções do sujeito, abrindo a possibilidade para o tratamento de suas dificuldades. É suposto à criança que ela tenha algo a dizer, atribuindo a ela um lugar como sujeito, a partir do momento em que são escutadas suas angústias e questões. Isso é favorecido pela posição dos estagiários, que se colocam disponíveis para escutá-las por meio do brincar, visto que, o brincar é o modo de expressão da criança. A brinquedoteca é aberta para todas as crianças atendidas pelo serviço Caminhar. Vale ressaltar que estas, ao começarem a frequentar o grupo, poucas vezes são percebidas exatamente como descrevem os seus cuidadores e, assim, são trabalhadas sem se levar à priori seus diagnósticos. Quando chegam, inicialmente costumam explorar o local e, conforme a abertura dada por elas, vamos pouco a pouco nos inserindo em suas brincadeiras sempre respeitando seu tempo, o que possibilita um laço inicial muito importante para nós como estagiários, tanto para o manejo dos atendimentos quanto para começarmos a supor um certo saber sobre aquela criança como sujeito único, possibilitando a manutenção da aposta em seus processos de constituição subjetiva. Foi possível notar que a partir do estabelecimento de um laço particularizado com cada criança, as barreiras de resistência tornaram-se cada vez menores, permitindo a abertura de um espaço para que elas possam se expressar livremente pelo brincar e/ou pela fala, pois encontram na brinquedoteca um espaço de acolhimento e de escuta, já que são colocadas no lugar de um sujeito que tem algo a dizer. |
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Trabalho nº 7176 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PUÉRPERAS E SEUS ACOMPANHANTES NO HOSPITAL REGIONAL MATERNO INFANTIL DE IMPERATRIZ (MA): UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: ANNE APINAGES, FLORIACY STABNOW, EMILLY CANELAS |
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Apresentação: Este trabalho se trata de um relato de experiência, sobre ações de educação em saúde realizadas por alunos da Universidade do Maranhão em ações do projeto de extensão Estratégias de incentivo a doação de leite materno ao banco de leite humano do Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz, como palestras as gestantes, puérperas e as doadoras de leite humano em enfermarias do Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz (MA), com objetivo de incentivar a doação de leite materno ao banco de leite humano, além de apresentar a importância de uma boa assistência prestada as pacientes, assim como aos acompanhantes. A fase puerperal é de fundamental importância para a saúde da mulher, por este motivo, ela deve ser muito bem assistida, visto que é nessa fase que costumam acontecer complicações como mastites, causadas também por uma amamentação feita de maneira incorreta. Nas ações feitas nas enfermarias, diariamente, foi possível notar que existem muitas dúvidas a respeito da amamentação e cuidados com o recém nascido, dessa forma os discentes realizaram ações de educação em saúde que tiveram o objetivo de informar essas mães e seus acompanhantes quanto a pega correta para a amamentação, posição adequada, além da higienização da boca do bebê que é extremamente importantes, mas muitos não se dão conta deste ato. Nessas visitas foi notório observar a satisfação das pacientes quando elas conseguem amamentar de maneira correta, sem os incômodos presentes na amamentação feita de maneira inadequada. Além disso, foi feito também o incentivo para essas mães serem doadoras de leite materno ao banco de leite, que por sua vez disponibilizam esse leite aos recém nascidos da UTI neonatal, por isso a importância das doações. Sendo assim, a educação em saúde se torna uma ferramenta fundamental nesse período, possibilitando a mulher mais autonomia nos seus atos, além dos cuidados com o recém nascido, desmistificando os possíveis mitos culturais que muitas vezes impõe, como a necessidade do recém nascido consumir alimentos processados, leites artificiais, como o mingau, na crença de que o leite seja fraco. Ademais, com as palestras realizadas nas enfermarias foi possível ver uma mobilização e conscientização maior quanto as doações de leite humano ao banco de leite do hospital. |
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Trabalho nº 7852 Título do Trabalho: ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: A IMPORTÂNCIA DA DETECÇÃO DOS FATORES DE RISCO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO. Autores: Laviny Moraes Barros, Ângelo Antônio Zanetti, Mariana Dallanezi Nunes |
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Apresentação: O acidente vascular cerebral (AVC) caracteriza-se pela obstrução ou rompimento de vasos que carregam sangue até o cérebro, acarretando distúrbio na circulação cerebral. Manifesta-se nas formas hemorrágica, isquêmica e transitória e tem como principais fatores de risco: hipertensão, dislipidemia, tabagismo, etilismo, idade e sexo. Método: Trata-se de estudo de caso clinico de um homem, 52 anos, casado, três filhos, procedente de Bofete, hospitalizado no Hospital das Clínicas de Botucatu, com hipótese de AVCi indeterminado, segundo a classificação etiológica da doença TOAST. Utilizou-se de etapas do processo de enfermagem com histórico, adaptado NANDA, NOC e NIC. Resultado: Levantou-se 10 diagnósticos de enfermagem, esses foram analisados por meio de domínios, segundo as necessidades do cliente propostos pela NANDA-I, sendo: promoção de saúde, nutrição, atividade/repouso e segurança/proteção. Dentre os 10 diagnósticos, foram identificados três principais: Controle ineficaz da saúde relacionado à dificuldade de controlar um regime de tratamento complexo caracterizado por dificuldade com regime prescrito; Comportamento de saúde propenso a risco relacionado a atitude negativa em relação aos cuidados de saúde caracterizado por falha em alcançar um ótimo senso de controle; Risco de síndrome do desequilíbrio metabólico relacionado a história familiar de hipertensão caracterizado por comportamento de saúde propenso a risco. Foram elaborados intervenções e resultados para todos os diagnósticos, utilizando-se NIC e NOC respectivamente. Realizaram-se os exames físicos: neurológico, vascular, pulmonar, cardíaco e abdominal, bem como os sinais vitais. Considerações finais: O objetivo foi alcançado por meio da implementação do processo de enfermagem, além disso percebeu-se a extensa relação entre os hábitos dos indivíduos versus doenças cardiovasculares e o quão importante são as ações de promoção da saúde e prevenção de doenças para mudança do contexto da saúde das novas gerações. |
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Trabalho nº 8202 Título do Trabalho: ACEITABILIDADE DA GESTAÇÃO E A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO FAMILIAR E REPRODUTIVO Autores: Ana Luiza Dorneles, Sarah Cristine da Silva Alves, Luciana Rodrigues da Silva, Ana Letícia Monteiro Gomes, Maria Estela Diniz Machado, Marialda Moreira Christoffel, Ana Maria Linares |
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Apresentação: As mudanças que ocorrem na mulher durante uma gestação são umas das mais expressivas e importantes que um ser humano pode passar. Ao descobrir-se grávida, a mulher se depara com misturas de sentimentos como o de querer e o não querer ter filhos no determinado momento. O desejo e a intenção de engravidar são elementos que compõem o planejamento de uma gravidez, principalmente porque o desejo é considerado um sentimento que não necessariamente conduz a uma ação e, por sua vez, a intenção está intimamente relacionada ao contexto pessoal, como o apoio do parceiro e a inserção no trabalho, podendo desencadear uma ou mais iniciativas para engravidar. Já o planejamento situa-se no âmbito comportamental, pois inclui a adoção de medidas centradas na concepção e só pode existir na medida em que há o desejo e/ou a intenção, não importa em qual intensidade. O objetivo foi analisar os possíveis fatores relacionados a aceitabilidade da gestação pela gestante. Estudo descritivo em que 19 gestantes que realizaram o pré-natal de risco habitual em unidades básicas de saúde e programa médico de família no município de Niterói (RJ), foram entrevistadas com base em dois instrumentos, Informações Sociodemográficas e Aceitabilidade da Gestação. A análise foi feita por meio de estatística descritiva. O perfil das mulheres encontra-se em maior concentração entre 18 a 20 e 26 a 30 anos, com predominância da cor parda (57,9%), solteiras (78,9%), que moram com parceiros (73,7%), escolaridade entre ensino fundamental e médio, ambos com 26,3% e gravidez não planejada (78,9%). Concluiu-se que uma gravidez não planejada em geral, pode trazer principalmente sentimentos de rejeição, porém a reação inicial não perdura até o final da gestação, dando lugar a aceitação. O planejamento reprodutivo na atenção básica é uma ação que garante os direitos sexuais e reprodutivos de homens e mulheres, sendo assim de suma importância ter um olhar mais atento a esse dispositivo e principalmente aos usuários, para que haja uniformidade da assistência e maior eficiência da mesma |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 9739 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DO HORÁRIO ESTENDIDO NO ATENDIMENTO DA SAÚDE DO HOMEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Patricia Ribeiro da Silva Maia Teixeira, Mirian da Silva Cunha, Alba Valéria de Souza Wandermur |
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Apresentação: Este trabalho trata-se do relato de experiência ocorrida em um módulo do Programa Médico de Família de Niterói, em 30 de novembro de 2019. Tem como objetivo mostrar a relevância dos atendimentos no horário estendido, em especial para a saúde da população masculina cadastrada. Existe uma dificuldade de captação do usuário trabalhador para o seu cuidado, vinculado às ações da Atenção Básica. A possibilidade do comprometimento das suas relações trabalhistas, o medo de não ser bem visto no local de trabalho e o risco de ser advertido são fatores relevantes nessa situação. A oportunização de eventos voltados para a educação em saúde e assistência fora do horário convencional permite a sua chegada à unidade básica de saúde. Neste sábado foi realizado o “Novembro Azul” em nossa unidade, com abertura local às 08:00h e encerramento às 17:00h. Realizamos medidas antropométricas, verificação da pressão arterial, glicemia capilar, avaliação da situação vacinal, testes rápidos e consultas médica e de enfermagem direcionados a essa população. Além disso tivemos atividades de educação em saúde, ferramenta de tecnologia leve, integrante da atenção primária, imprescindível na prevenção de doenças e promoção à saúde, com salas de espera realizadas pelos diversos profissionais envolvidos (agentes comunitários de saúde (ACS), técnico de enfermagem, médico e enfermeiro) abordando a prevenção e detecção precoce do câncer de próstata e de Infecções Sexualmente Transmissíveis, além de hábitos saudáveis de vida, através de diferentes dinâmicas. Método: Inicialmente foram feitos levantamentos na nossa base de cadastro para identificar os usuários masculinos com idade maior ou igual a 40 anos – totalizando 383 homens. Dentre eles separamos aqueles que não tiveram contato com a unidade de saúde nos últimos doze meses (190 homens), apesar das buscas domiciliares feitas pelos ACS e abordagens dos familiares acessíveis feitas pela equipe. Ocorreu ampla divulgação do evento na comunidade e convites específicos para esses usuários de difícil captação foram deixados nos seus domicílios. A equipe ofertou durante todo o período de funcionamento as atividades citadas e a abertura de agendamento para o atendimento na unidade nas semanas subsequentes. Resultado: Compareceram 31 homens (8,09% do total da população masculina desta faixa etária). Destes, 19 indivíduos (61,29% dos que compareceram) não estavam sendo acompanhados nos últimos 12 meses, sendo eles três com o último atendimento em 2016 (15,79%), seis em 2017 (31,58%) e dez em 2018 (52,63%). Todos apontaram como dificuldade comum o horário de atendimento do módulo ocorrer simultâneo ao horário do trabalho. A declaração de comparecimento muitas vezes não é aceita ou é mal vista pelo empregador. Nos trinta e um usuários foi feita a antropometria, aferida a pressão arterial e glicemia capilar, além de atualização vacinal. Vinte e três usuários tiveram consulta médica, 25 realizaram testes rápidos e 16 foram vacinados. Detectamos um usuário portador de HIV sem contato com a unidade de saúde desde 2017. Considerações finais: A utilização do horário diferenciado, não comercial, facilita a captação e acompanhamento do usuário pela unidade de saúde, permitindo sua interação com a equipe, construção de vínculo e sensibilização para seu cuidado |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7182 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DAS REDES DE APOIO NO DIA A DIA DA PRODUÇÃO DE CUIDADO DO CUIDADOR DA PESSOA COM DOENÇA CRÍTICA CRÔNICA Autores: Ana Lúcia De Grandi, Helena dos Santos Colares, Regina Melchior |
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Apresentação: A doença crônica é uma condição que se instala na vida de um indivíduo a partir de uma patologia de etiologia multifatorial ou não, fazendo-o passar por uma experiência de mudança de estilo de vida e de rotina, diminuição da perspectiva de vida e a provável impossibilidade da cura. A descoberta da doença crônica na vida desse indivíduo afeta tanto a ele em suas subjetividades, como por vezes mobiliza todo o seu âmbito familiar para que lhe possa ser proporcionado um ambiente confortável e um cuidado apropriado, de acordo com as suas necessidades presentes e futuras. Assim, cada família desenvolve sua maneira de produzir o cuidado conforme suas possibilidades, com a configuração familiar, com a situação financeira e com a rotina. Geralmente, elege-se alguém que tenha maior vínculo afetivo com o indivíduo doente para ser encarregada do cuidado diário e contínuo a ser realizado. Grande parcela dessas pessoas é composta por mulheres, sendo elas cônjuges ou filhas de quem recebe o cuidado. Muitos indivíduos que se dispõem a serem cuidadores abdicam de suas vidas sociais, seus empregos e até mesmo suas moradias para estarem à disposição da pessoa debilitada, gerando sobrecarga de funções e obrigações que limitam o seu autocuidado. Nesse contexto, evidencia-se a importância da formação de redes de apoio pelo cuidador. De modo especial, as redes formadas ao longo da vida do cuidador possuem um grande potencial em serem efetivas no auxílio à produção de cuidado, pois, muitas vezes, são os vínculos de maior confiança deste. Este trabalho teve o objetivo dar visibilidade ao papel das redes de apoio como auxílio ao cuidador e a relação dessas com a equipe de saúde que o acompanha no dia a dia da produção do cuidado. O presente estudo qualitativo, cartográfico, foi desenvolvido em um município do interior do Estado do Paraná. Foram realizadas visitas a famílias com indivíduos acometidos por alguma doença crítica crônica, assistidas pelo Serviço de Atenção Domiciliar. O caminho cartográfico se faz por pistas que orientam o percurso da pesquisa sempre considerando os efeitos do processo do pesquisar sobre o objeto da pesquisa, o pesquisador e seus resultados. Tal método prioriza o caminho que vai sendo traçado sem determinações ou prescrições preestabelecidas. Foi utilizada a estratégia do usuário-guia no trabalho de campo, que visa escolher um caso específico dentre os que foram visitados e assim construir uma narrativa do encontro com o usuário, valorizando as subjetividades e afetos que foram produzidos e compartilhados. Foi realizado um acompanhamento às visitas das equipes do SAD de outubro de 2016 a maio de 2018 com o objetivo de conhecer a realidade dos cuidadores do serviço em suas diversas formas de produzir o cuidado. Dentre todos esses cuidadores, foi escolhido um com o qual a pesquisadora mais se interessou pelo contexto de vida e de produção de cuidado para ser o usuário-guia deste trabalho, que foi acompanhado de fevereiro a julho de 2018. Foram utilizadas como fontes de relatos anotações do prontuário da pessoa que revelaram informações simples, porém de grande importância para a compreensão do curso do processo do adoecer; a memória, tanto da família do usuário, da equipe de saúde que o acompanha e, em especial do seu cuidador; e o diário de campo do pesquisador, que, como um novo elemento que acompanhou o caso, trouxe novas perspectivas diante das já formadas em torno da situação a ser discutida. A análise foi feita a partir dos referenciais da Micropolítica do Trabalho e o Cuidado em Saúde, que visa observar atentamente as relações entre a organização dos espaços de gestão em saúde e o campo da subjetividade. O usuário-guia escolhido para ser a base deste trabalho é na verdade um “cuidador-guia”, pois a usuária do serviço é sua esposa. A partir dos encontros vivenciados junto ao cuidador-guia no intuito de conhecer suas formas e estratégias de produção de cuidado, ressaltou-se a importância da existência de redes de apoio que o auxiliavam, cada qual com um papel fundamental para que o cuidador pudesse desempenhar sua responsabilidade em promover uma boa qualidade de vida para sua esposa, na medida do possível. Ao olhar para a complexidade do ser cuidador, é importante perceber que as redes pelas quais ele se desloca não são redes estagnadas, mas são vivas e em constante produção. O cuidador produz e é protagonista de suas redes em seu processo de cuidado e acaba caminhando por territórios muitas vezes desconhecidos pela equipe de saúde. As redes de maior expressão relatadas foram: a família; os amigos das comunidades religiosas nas quais ele e a esposa auxiliaram; uma senhora cuidadora que vai à residência duas vezes por semana auxiliar nos cuidados; e a equipe do SAD que acompanha o caso. A maneira como ele enxerga tais redes e como elas relacionam-se com ele mudou durante sua vida e, principalmente, ao longo do processo de adoecimento da esposa. Embora as redes fossem as mesmas, elas assumiram formas e importâncias diferentes ao longo do tempo, e, ainda hoje continuam se metamorfoseando no curso da produção de cuidado. Um elemento essencial estabelecido na relação entre o cuidador e a equipe é o vínculo. Assumindo uma postura de abertura ao “diferente”, acolhendo o saber e as vivências do outro, a equipe de saúde pode perceber que ela própria é uma rede dentre tantas estabelecidas por aquele cuidador. Porém, isso não deve impedir que os profissionais deixem de investir na formação e intensificação de vínculo. Apesar de ser “uma dentre tantas” a rede formada pela equipe de saúde é uma importante ferramenta na capacitação do cuidador para lidar com as necessidades físicas de seu familiar doente. Ao se lidar com o cuidador familiar da pessoa com doença crítica crônica, é necessário que a equipe de saúde olhe também para a realidade que o cerca. Ao conhecer as redes de apoio deste indivíduo, a produção de cuidado ganha novas potências. Valorizando a figura do cuidador e seus meios de cuidar, a equipe o torna um grande aliado na produção de cuidado ao usuário do serviço de saúde. Conhecer as redes de apoio do cuidador também auxilia na produção de cuidado a ele mesmo. Saber com quem ele pode contar e qual o grau de importância que cada rede tem em sua vida, possibilita aos profissionais da saúde saber como melhor assistir a esse cuidador. É importante também salientar que conhecer as redes é enxergar que elas estão em constante produção e movimento. Muitas das redes de apoio do cuidador são criadas ao longo de sua vida, e adquirem diferentes significados ao longo de sua trajetória. Ao tornar-se cuidador, é importante que esse indivíduo lance mão desses meios de suporte para fazer com que sua produção de cuidado não seja motivo de intensa sobrecarga. Diante disso, este estudo evidenciou a importância de olhar para o cuidador familiar e para a sua dinâmica de cuidado. No movimento de adentrar novos territórios existenciais, os profissionais da saúde que lidam com a atenção domiciliar se permitem experimentar novas formas de cuidar e de enxergar o cuidado. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7741 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE AOS CUIDADORES DE PESSOAS COM ALZHEIMER Autores: Grayce Daynara Castro de Andrade, Letícia Santos do Monte, Joyce Taynara Sousa de Miranda, Victor Hugo Oliveira Brito, Viviane de Souza Bezerra, Izabele Grazielle da Silva Pojo, Marlucilena Pinheiro da Silva |
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Apresentação: A doença de Alzheimer (DA) apresenta manifestações lentas e evolução deteriorante, prejudicando o paciente nas atividades de vida diária e no desempenho social, tornando cada vez mais dependente de cuidados. As demandas por cuidados nesta patologia comprometem não só a qualidade de vida do idoso doente como também a de seus cuidadores. O objetivo foi relatar a experiência dos acadêmicos de enfermagem sobre a importância da educação e saúde aos cuidadores de pessoas com Alzheimer. Desenvolvimento: realizou-se roda de conversa como recurso metodológico, com cuidadores participantes do projeto de extensão REVIVER, juntamente com acadêmicos e docentes de enfermagem da Universidade Federal do Amapá – UNIFAP, que são responsáveis pelo grupo de cuidadores. Resultado: O componente educativo procurou: a) dar informação sobre a doença (etiologia, sintomas, prevenção) e os cuidados a ter em casa, de forma a permitir à família antecipar mudanças na sua organização causadas pela doença e aumentar a sua capacidade para lidar funcionalmente com essas transições; fornecer conhecimento através de palestra e discussões em grupo sobre uma temática b) facilitar o enquadramento da doença, desenvolvendo sentimentos de competência e controle. Tal entendimento faz com que todos encontrem confiança e acolhimento entre si, externando e compartilhando a experiência vivida de cuidado. A partir das atividades de educação e saúde, observou-se que a maioria dos cuidadores não recebe atenção de saúde e é perceptível que os mesmos acabam doentes junto com o paciente, como bem foi relatado em diversas falas durante os encontros do grupo. Considerações finais: Cuidar de uma pessoa com DA não é algo simples nem imediato para os cuidadores que a escolhem, considerando os encargos dessa jornada. É necessário que se intensifique as realizações de programas de extensão a saúde voltados para a atenção do próprio cuidador. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 10784 Título do Trabalho: ABORDAGEM ACERCA DA IMPORTÂNCIA DO TRABALHO EM EQUIPE PARA ATUAÇÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE Autores: Kaio Sena, Aline Freitas, Dandara Reis, João Borges, Jean Filho, Mariane Queiróz, Thais Leite, Rosângela Lessa |
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Apresentação: A Estratégia de Saúde da Família (ESF), atuante por meio de equipes multiprofissionais, visa promover a qualidade de vida da população de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), constituindo-se, no Brasil, como a principal porta de acesso dos usuários aos serviços público de saúde. No entanto, no cotidiano de trabalho as equipes se deparam com situações que exigem mudanças e aprimoramento de novas práticas no processo de gestão em saúde e no trabalho em equipe, assim como a capacitação dos trabalhadores para enfrentar as dificuldades relatadas e vivenciadas pela população. Tendo o estudo como objetivo descrever os resultados obtidos após ação realizada com os profissionais atuantes em uma ESF, com intuito de potencializar a integração entre eles, considerando suas dificuldades e potencialidades. Desenvolvimento: Baseia-se em um relato de experiência com abordagem qualitativa e modalidade de campo desenvolvido por discentes do curso de Medicina. Realizou-se uma intervenção com os profissionais de uma equipe de saúde, em Vitória da Conquista – Bahia. Esse estudo foi realizado em outubro de 2019 e teve como finalidade o desenvolvimento das atividades prévias propostas no Planejamento e Programação Local em Saúde (PPLS), com ênfase no processo de gestão em saúde e educação permanente, como componente teórico do módulo de Integração Ensino/Serviço/Comunidade (IESC). Resultado: A ação contou com a participação de 16 profissionais, entre eles, a enfermeira, Agentes Comunitários de Saúde, agente patrimonial e funcionários do Serviço de Arquivo Médico e Estatístico da ESF, sete discentes e uma docente supervisora. O assunto foi abordado de forma lúdica, por meio de vídeos educativos, dinâmicas, sendo uma delas a do “montando com Fósforos’’ onde foi dividido os profissionais em três equipes, e cada equipe elegeu um líder, o qual tinha o papel de ver uma imagem e dar dicas, sem tocar nos palitos, para que sua equipe tentasse reproduzir a imagem montando com fósforos, além de uma discussão final. Verificou-se a importância da integração, comunicação e liderança para o desenvolvimento eficiente do trabalho em equipe, no qual todos devem ter o seu potencial valorizado para assim conseguir proporcionar uma atenção integral e satisfatória frente as necessidades da população. Ademais, foi observado a diferença entre o trabalho em equipe e o trabalho em grupo, no qual o primeiro atua de forma articulada, respeitando as particularidades e potencialidades de cada integrante para que se alcance o objetivo comum, sendo, portanto, o almejado para as equipes atuantes na ESF. Assim, por meio de depoimentos colhidos no final da ação, foi possível observar uma avaliação positiva dos profissionais participantes frente as relações de trabalho e a sua realização de forma conjunta. Considerações finais: Tais atividades mostram-se muito eficazes no que diz respeito aos procedimentos e ações necessários para uma boa relação entre os profissionais de saúde ao proporcionar um momento propício para a troca de experiências e obtenção de novos conhecimentos. Assim, nota-se a importância do reconhecimento do trabalho em equipe para o desenvolvimento de boas práticas de atenção e gestão no SUS. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 11812 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA NOTIFICAÇÃO PARA SEGURANÇA DO PACIENTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Autores: Rodrigo Torres, Juliane Corga, Joice Ribeiro, Danielle Silva, Anna Carolina Castro, Veronica Souza |
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Apresentação: A Organização Mundial da Saúde (OMS) define segurança do paciente como a redução do risco de danos desnecessários a um mínimo aceitável, considerado componente constante e intimamente relacionado com o atendimento ao paciente. A segurança do paciente é influenciada, apesar dos avanços na área de saúde, pelas iatrogenias cometidas pelos profissionais, as quais refletem diretamente na qualidade de vida dos clientes, provocando consequências desagradáveis tanto para os pacientes como para os profissionais e para a organização hospitalar. Objetivo: Apresentar um instrumento chamado “Ficha de notificação” como prática na segurança do paciente Método: Trata-se de um relato de experiência, narrado por um enfermeiro da rede privada de um hospital de médio porta da zona norte do Rio de janeiro ao qual utiliza a ficha de notificação ao núcleo de segurança do paciente a fim de minimizar eventos adversos causadores de danos ao paciente. Discussão: A ferramenta utilizada no hospital em questão é a denominada “Ficha de notificação e ocorrência”, endereçada ao núcleo de segurança do paciente, ao qual envolve toda a equipe multiprofissional, com o intuito de notificar quando acorrerem eventos adversos, causando prejuízos ou danos ao paciente no momento da assistência. Esta ficha está disponível em vários setores do hospital, e todo componente da equipe pode manuseá-la. É de fácil entendimento, separada por categorias em múltipla escolha, com opções de marcações de acordo com evento ocorrido. Eventos como troca de medicamento, erro na administração do medicamento, remoção acidental de dispositivos e até mesmo quebra de precaução estão presentes neste instrumento. Após preencher a ficha de acordo com os dados do paciente e descrição do evento ocorrido, esta ficha é direcionada a uma caixa, ao qual é aberta mensalmente na reunião do núcleo de segurança do paciente, ao qual estarão presente os coordenadores dos setores, representando cada qual sua categoria. Considerações finais: Concluímos que, a utilização da ficha de notificação é de suma importância e funcionalidade do sistema, uma vez que, ao receber a notificação, o notificado tem a oportunidade de rever os meios para evitar danos e riscos ao paciente, conseguindo assim, gerencia-los, e evita-los sempre que possível. Ressaltamos que o intuito da notificação não é de caráter expositivo nem punitivo para o membro da equipe, uma vez que este relato pode ser anônimo, descrevendo somente a categoria profissional do componente da equipe, entretanto, é de caráter corretivo, pois envolve o que chamamos de educação permanente, que tem a capacidade de modificar processo em serviço. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8229 Título do Trabalho: A LIGA ACADÊMICA DE SAÚDE MENTAL COMO EXPERIÊNCIA INOVADORA PARA A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE E SUA IMPORTÂNCIA PARA A COMUNIDADE Autores: Vanessa Ayres Tibiriçá, Bianca de Freitas Moraes, Alexandre Coutinho de Melo, Eduarda Pampolin Miessi Luchini, Victor Gabriel Souza Faria, Isabelle Agostini Presti, Marla Ariana Silva, Camila Souza de Almeida |
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Apresentação: A Liga Acadêmica de Saúde Mental – Insanos, criada em 2016, tem como base o pilar acadêmico de ensino, pesquisa e extensão, seu objetivo é aperfeiçoar o conhecimento de saúde mental dos universitários a fim de formar profissionais mais bem preparados na área. Além de ligar o estudante com a temática a Insanos realiza projetos de pesquisa e extensão na comunidade, e auxilia na implementação da interdisciplinaridade. A liga realiza grupos de estudo quinzenais com duração de uma hora, além de efetuar eventos acessíveis à comunidade. Atualmente ela é composta por nove graduandos de psicologia e enfermagem; e uma docente que a coordena, e as reuniões são abertas para estudantes de Psicologia, Serviço Social, Enfermagem, Fisioterapia e Medicina. Até o momento foram estudos oito temáticas dentro dos grupos de estudo: A História da Loucura; Psicopatologias; Acolhimento e Técnicas de intervenção ao portador de sofrimento mental; O funcionamento da RAPS; Estudo dos textos de pensadores importantes à saúde mental; Estudos de projetos inovadores em saúde mental; Estudo dos projetos de extensão e pesquisa realizados pela liga. Quanto aos eventos a liga já realizou vários dentro da universidade e fora dela como, por exemplo, a Aula Aberta sobre a História da Loucura e o Seminário de Saúde Mental e Gênero; além disso a liga também participa de outros eventos regionais e locais como convidada. No total a liga já realizou sete projetos, sendo três de pesquisa e quatro de extensão, como exemplo temos o projeto: “Caminhando com imigrantes”, no qual se cartografou a rede de cuidados em saúde de uma usuária de saúde mental, além também do projeto de extensão “Grupo Ouvidores de Vozes: Possibilidade de Protagonização” no qual fundou-se um Grupo de Ouvidores de Vozes em Itaúna (MG), a fim de proporcionar um espaço de acolhimento e compartilhamento da experiência. Esses dois projetos mostram como o liga acadêmica auxilia o serviço de saúde e principalmente os seus usuários, todo projeto e evento realizado pela Insanos buscou e busca ajudar a promover a autonomia do usuário do serviço além de informar e trocar experiências com os funcionários. A criação da Insanos também promove um maior comprometimento dos estudantes para com a universidade, além de aumentar o interesse sobre a temática, levando a uma maior reflexão sobre seus papeis como graduandos e futuros profissionais na área. Através dela, permitiu-se um olhar próximo dos serviços existentes no Sistema Único de Saúde. Desta forma, portando-se como um mediador entre a comunidade cientifica e a população, a liga está alcançando seus objetivos de aperfeiçoar o aprendizado da área, o que possibilita uma educação crítica e uma construção de profissionais críticos e proativos que poderão incrementar o conhecimento de saúde mental e, por meio da prática social, incorpora-la em um contexto social mais amplo, desmistificando preconceitos sociais e promovendo uma saúde mental que respeita e defende os direitos dos indivíduos. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 10793 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA UNIVERSALIDADE NO ATENDIMENTO À IMIGRANTES NO SERVIÇO DE ONCOLOGIA EM MANAUS- AMAZONAS Autores: Adriel dos Santos Menezes, Ellen Albuquerque De Freitas, Theodora Maria de Paiva dos Santos, Italo Jose Freire Fidelis |
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Apresentação: Um dos princípios constitucionais e doutrinários do SUS (Sistema Único de Saúde) é a Universalidade do acesso à saúde, conceito que explícita que toda pessoa, sendo imigrante ou brasileira, tem direito a atenção à saúde de maneira humanizada e qualificada. Considerando-se que nos últimos anos o Brasil foi um dos principais países a acolher os imigrantes venezuelanos, se tornando um refúgio para sobreviver à crise enfrentada em seu país e um novo lar, a Universalidade necessita se estender a esta população, especialmente em estados como Amazonas e Roraima, que tem recebido um enorme quantitativo de imigrantes. Pacientes com diagnóstico de neoplasia maligna (câncer) no Brasil tem direito, pelo SUS, de diversas opções de tratamento, incluindo cirurgia, quimioterapia e radioterapia em até 60 dias a partir da data que foi emitido o laudo do exame que comprova sua doença, assim como acesso gratuito a medicamentos, exames e procedimentos necessários à recuperação de sua saúde. Objetivo: Relatar a importância da universalidade direcionada aos imigrantes em relação ao tratamento em um serviço de Oncologia da Região Norte. Método: Trata-se de um relato de experiência de um estágio de pesquisa no setor da radioterapia de uma instituição de referência em oncologia na região norte, no período de dezembro de 2019 a janeiro de 2020. Resultado: Percebeu-se que a barreira linguística pode ser um fator limitador no entendimento e auxílio no tratamento, dificultando a formação de vínculo e estabelecimento de confiança entre paciente e equipe de saúde (enfermeiro, médico, técnico de radioterapia). Observou-se que ocasionalmente ocorreram interpretações equivocadas em relação ao tratamento por parte dos pacientes, devido à dificuldade na comunicação entre o enfermeiro e o paciente estrangeiro, fazendo com que ocorressem retornos cotidianos para sanar dúvidas ou problemáticas já respondidas anteriormente e ocasionando em filas de atendimento por parte da Enfermeira, considerando que na instituição, as consultas ocorrem através de demanda espontânea. Entretanto, apesar da demora em serem atendidos, constatou-se que os pacientes não só receberam um tratamento humanizado, mas foram educados em relação aos procedimentos que realizariam, ações preventivas de eventos adversos do tratamento (agudos e tardios), tanto antes quanto após o tratamento, visando uma vida mais prazerosa e saudável durante e após o tratamento. Considerações finais: Acredita-se que novas estratégias podem ser implementadas pela equipe de enfermagem para melhor comunicação com os pacientes imigrantes, tais como folhetins informativos impressos transcritos para língua nativa (espanhol), informando sobre cuidados antes, durante e após as sessões de radioterapia e o tratamento radioterápico propriamente dito, como por exemplo, a maneira correta de aplicação das pomadas, cuidados sobre a exposição solar, alimentação e ingestão hídrica, para que assim ocorra um melhor entendimento e compreensão da terapêutica, visando a melhor qualidade do tratamento do paciente usuário do SUS. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7210 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA ASSISTÊNCIA DOS INDIVÍDUOS COM HIV Autores: Atilio Rodrigues Brito, José Antônio Cavallero de Macedo Fonteles Júnior, Nathasha Caroline Souza Gimenes, Sabrina de Lucas Ramos Necy, Suzana Elyse Araújo Mac-Culloch, Rosália Cardoso da Silva, Jéssica Maria Lins da Silva, Danielle Cristinne Azevedo Feio |
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Apresentação: Este trabalho teve como objetivo ressaltar a integralidade da assistência a saúde destinada a pacientes com HIV/AIDS, onde foi feito uma pesquisa qualitativa no intuito de analisar e compreender a integralidade da assistência a saúde destinadas a pacientes com HIV/AIDS, examinar a função dos diferentes profissionais em suas respectivas áreas e constatar o paralelismo de suas atividades para o melhor atendimento dos pacientes frente a sistematização do atendimento da equipe multiprofissional. Desenvolvimento: Foi utilizada a metodologia da problematização abordada em conjunto do arco de Charlez Maguerez. O arco é composto de 5 etapas, a primeira é a observação da realidade onde foi feita uma visita observacional a instituição que é um departamento de vigilância, prevenção e controle das ISTs, no qual foi aplicado um questionário dividido em três eixos, o primeiro sobre o perfil socioeconômico e cultural, o segundo é sobre perfil descritivo do agravo, e o terceiro é sobre os serviços e acesso da instituição. A segunda, o levantamento dos pontos chaves, foi realizado um debate entre os acadêmicos com auxílio do orientador onde foram expostas as distintas percepções sobre a realidade investigada, as questões correspondentes a realidade encontrada e suas demandas. Na teorização, foi feita pesquisa na literatura com enfoque na multidisciplinaridade dos profissionais dos centros de aconselhamento e tratamento das ISTs, foi pesquisado nos seguintes banco de dados: BVS(Biblioteca Virtual da Saúde), BIREME (Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde), periódico capes e SciELO (Scientific Electronic Library Online). A última etapa é a volta a realidade e como proposta de intervenção foi realizado no primeiro momento para socialização, um “coffee break” e uma roda de conversa abordando os temas: A importância do uso dos preservativos para casais soropositivos; a importância da equipe multidisciplinar; Coinfecções; o não abandono ao tratamento e sobre os direitos das pessoas com HIV. Resultado: Constatou-se a partir da observação da realidade, na pesquisa qualitativa com 23 pacientes entrevistados, a necessidade do esclarecimento a respeito da integralidade. Nos questionários foi observado que uma grande parcela dos pacientes não faz uso de todos os serviços ofertados pela instituição, que culminou na discussão acerca de saúde mental, não abandono do tratamento, e dos possíveis motivos que propiciam essa ausência de motivação. Depreende-se dos questionários e da roda de conversa os motivos que norteiam a falta de motivação dos pacientes, foi destacado a localização da instituição, visto que se situa em um bairro com índice de criminalidade e violência elevados, a desinformação a respeito da importância de cada profissional e os estigmas e preconceitos que inviabilizam a adesão ao tratamento multiprofissional. Considerações finais: Compreende-se a partir do aporte teórico e da observação da realidade que há necessidade dos múltiplos tratamentos para atender as demandas especificas da doença, visto que a concepção contemporânea de saúde se estabelece na harmonia dos aspectos biológicos, psíquicos e sociais, sendo de extrema importância para a assistência ao paciente com HIV/AIDS de forma adequada e integral. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8237 Título do Trabalho: MULHERES NEGRAS NA MEDICINA: A IMPORTÂNCIA DO LUGAR DE FALA NA MICROPOLÍTICA DO CUIDAR Autores: Gilglécia dos Santos Mendes, Marcio Costa de Souza, Evelin Duarte Serpa |
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Apresentação: Historicamente, a medicina é ocupada por pessoas brancas, sobretudo homens e de classe econômica média alta. Com o desenvolvimento de políticas públicas que objetivavam o ingresso nas universidades públicas por meio das cotas raciais, esse cenário vem aos poucos mudando: mulheres negras, aquelas que ocupam a base da pirâmide social em um mundo marcado por racismo institucional, vêm quebrando ciclos de exclusão histórica ao ingressarem na Medicina, não poucas vezes sendo a primeira pessoa de suas famílias a ingressarem no ensino público superior. Por sua vez, o lugar de fala da mulher negra na medicina inserida na micropolítica do cuidar permeia pela problematização da seguinte questão: nos espaços de debate do processo de cuidar fala-se muito sobre populações que vivenciam situações de precariedade, população esta muitas vezes negra e pobre, sem no entanto protagonizar a perspectiva e interseccionalidade social daquela que possui, de forma geral, realidades comuns com a população abordada: a mulher negra. Objetivo: Descrever a importância e evidenciar o impacto do lugar de fala da mulher negra na medicina no grupo de pesquisa Micropolítica do Cuidado e Formação em Saúde da Universidade Estadual da Bahia. Método: Análise do discurso das estudantes de medicina negras presentes nas rodas de conversa quinzenais do segundo semestre de 2019 no grupo de pesquisa supracitado. Resultado: No semestre analisado, as discussões no grupo de pesquisa permearam sobre temas de projetos desenvolvidos no grupo, tais como “Entrelaçamento de saúde e justiça: Produção do cuidado à pessoas em situação de rua sob contexto de audiência de custódia”, “Processo de produção do cuidado em saúde ao portador de Doença Falciforme” e “Uso do DIU como método contraceptivo: capacitação de profissionais médicos de unidades básicas de saúde”. Nesse sentido, a presença da mulher negra nessas discussões ressaltaram, sobretudo, um viés da fragilidade das redes de cuidado dos grupos populacionais abordados, passado por vezes despercebido no olhar geral: tendo em vista que cerca de 80% da população atendida no SUS autodeclara-se negra, esse cenário pode ser denúncia do motivo para existirem tantas lacunas a serem melhoradas no processo de cuidar voltado para esse grupo. Além disso, as pontuações acerca dos trabalhos ressaltaram pontos como: 1) Enxergar a etnia negra como fator de vulnerabilidade para estar em situação de morador de rua naturaliza essa realidade como pertencente de qualquer pessoa negra, ferindo a dignidade dessa população; 2) Quando comparado com a distância da pesquisa e assistência para o tratamento da AIDS, a Doença Falciforme, a qual atinge majoritariamente a população negra, surge como mais um braço do racismo institucional já que essa distância teve quase um século comparado a trinta da AIDS, doença que inicialmente atingiu várias pessoas brancas. 3) Sendo o DIU tão eficaz como método contraceptivo, seu baixo uso de aplicação no SUS denuncia um descaso ao cuidado integral da saúde da mulher negra. Considerações finais: Foi observado que as pontuações realizadas sob a ótica das estudantes de medicina negras apresentaram-se como ampliadores positivos do campo de visão de problematização do conteúdo discutidos no grupo de pesquisa. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 10803 Título do Trabalho: IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DO TERRITÓRIO E DA VISITA DOMICILIAR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: UMA EXPERIÊNCIA NA ILHA DO COMBU-PA. Autores: Leidiana de Jesus Silva Lopes, Francisco Cezar Aquino de Moraes, Ellen Sabrinna dos Remédios Passos, Lidiane Assunção de Vasconcelos |
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Apresentação: O trabalho apresenta análise da experiência de estudantes e professores do curso de medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA), no território de atuação da Estratégia Saúde da Família (ESF) do Combu, região ribeirinha localizada na Ilha do Combu, município de Belém estado do Pará. A visita domiciliar é uma ferramenta que possibilita às equipes de saúde maior aproximação com o território e as famílias e o reconhecimento dos determinantes sociais da saúde, bem como contribui para o acompanhamento e orientação dos indivíduos e da comunidade, e o planejamento de ações de promoção da saúde e prevenção de doenças. Nesse contexto, objetivou-se relatar a importância do reconhecimento do território e da visita domiciliar realizada pela equipe da ESF Combu em parceria com alunos e docentes da UFPA, bem como destacar aspectos peculiares da realidade do local. Desenvolvimento: A experiência na ilha do Combu, teve seu início com as aulas práticas da disciplina de Atenção Integral a Saúde, onde alunos e professores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará, se inseriram às atividades da ESF para o acompanhamento das visitas domiciliares. As visitas foram mediadas pelos Agentes Comunitários de Saúde e programadas a partir das demandas da comunidade, utilizando-se o principal meio de transporte da região: o barco. Durante o trajeto para as visitas, os estudantes foram orientados a reconhecer os determinantes sociais relacionados à vida no campo, na floresta e nas águas e suas implicações para a saúde e nas visitas domiciliares a reconhecer os vínculos familiares; situação socioeconômico e cultural; autonomia dos sujeitos; condições higiênicas e de saúde, situação de risco, entre outros aspectos. Apesar do empenho da equipe as visitas nem sempre ocorreram como planejado, visto as particularidades climáticas da região, que por influência do clima quente e úmido tem implicação direta na regularidade das marés. Ademais, outro impasse influenciador da periodicidade das visitas domiciliares é manutenção dos barcos, que, não raro, estavam inoperantes devido à falta de recursos da ESF. Resultado: A vivência possibilitou visualizar o território da ESF Combu, identificando os macro e micro determinantes da saúde, tais como as condições de vida e ambiente, além de possibilitar a aproximação dos alunos e professores de forma humanizada com as famílias e oportunizar o planejamento de ações em saúde para a comunidade. O conhecimento do território proporcionou aos envolvidos compreender as especificidades que abarcam a população residente das comunidades inseridas na Ilha do Combu, para a eficiente prestação de serviço por parte da ESF, alunos e professores e a devida adequação dos serviços prestados a realidade local. Considerações finais: O aprendizado sobre o território e a visita domiciliar está relacionado a uma visão holística acerca do processo que envolve o cenário em que a população ribeirinha vive, haja visto que o conhecimento é base para a caracterização da população, das famílias e dos indivíduos e de seus problemas de saúde e para o planejamento das ações em saúde. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7222 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA Autores: Marta Santos |
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Apresentação: O presente trabalho apresenta a importância da educação em saúde na atenção primária (APS) no município de Niterói (RJ), pois a referida cidade foi uma das pioneiras na implantação da APS no país na década de 1990. A trajetória histórica da atenção primária inscreve interpretações que são eixos de debate, pois define a APS tanto como nível seletivo, como nível primário e como estratégia de organização dos sistemas de saúde. No entanto, o caráter inovador desse tipo de programa consiste em adotá-lo como estratégia para reorganização dos serviços de saúde no Brasil, principalmente, no âmbito municipal. No Brasil, a Estratégia Saúde da Família (ESF) abarca um modelo de atenção primária que inscreve a educação em saúde como uma das ações que confrontam com modelo de educar focalizado na doença. Existem formas alternativas de trabalhar a educação em saúde que a apontam como instrumento de produção de conhecimento enquanto um processo de construção crítico e coletivo na saúde. A educação em saúde não se operacionaliza em transferência de informação centralizada na prevenção de doença, mas, enfatiza a participação social, a produção de conhecimento crítico da realidade. Torna-se fundamental que o profissional de saúde priorize ações coletivas que democratizem informações a partir de uma prática educativa, crítica que fortaleça a autonomia construída por dois sujeitos sociais: profissionais e usuários. A partir desse prisma a pesquisa foi elaborada com entrevistas realizadas com profissionais da atenção básica que trabalham no município supracitado. O resultado apresentou que a concepção de educação em saúde mescla-se entre o tradicional e as alternativas mais críticas da realidade. As práticas educativas realizadas no município, mesclam-se características tradicionais focadas na prevenção de doenças com mecanismos de dinâmicas que possibilitam abertura de novos formatos para a educação em saúde como o posicionamento em círculos dos usuários, problematização de algumas demandas, práticas diferenciadas como abordagem na rua e realização das tendas. No entanto, trabalhar nesse rumo mais inovador significa encarar desafios constantes que se apresentam no cotidiano profissional. Significa apostar e defender a atualização profissional permanente, acompanhando todas as dinâmicas societárias, tomando como referência a concepção ampliada de saúde, os princípios da reforma sanitária e as diretrizes do SUS que apresentam a atenção integral com prioridades a ações preventivas como eixo fundamental para real efetivação do Sistema Único de Saúde. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 10301 Título do Trabalho: A importância da atuação da equipe de enfermagem assegurando as boas práticas no procedimento endoscópico digestivo em paciente internado Autores: SONIA CRISTINA CHAGAS PECANHA, BARBARA POMPEU CHRISTOVAM |
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Apresentação: A endoscopia digestiva consiste em um procedimento invasivo para inspeção de órgãos e cavidades do corpo, por meio de um endoscópio, capaz de gerar um grau de incômodo, de acordo com a tolerância da pessoa1. Este tipo de exame médico, independente de ter finalidade diagnóstica ou terapêutica, demanda atenção e atuação de enfermagem de cuidados diretos (realização de procedimentos de cuidado direto) e indiretos (atividades, procedimentos e necessidades para implementar o cuidado direto)2, desde o momento do preparo de materiais, instrumentais, equipamentos e ambiente, perpassando pelo acolhimento do usuário e seu acompanhante, até o momento da realização do exame e das práticas de educação em saúde e em serviço3. O procedimento quando realizado no paciente internado implica em realização de cuidados pela equipe de enfermagem do setor de internação e do setor de métodos especiais. Assim, delineou-se como Objetivo: Analisar a importância da atuação da equipe de enfermagem assegurando as boas práticas no procedimento endoscópico digestivo em paciente internado. Método: Trata-se de um estudo qualitativo do tipo estudo de caso. O cenário estudado foi o serviço de métodos especiais (SME) da gastroenterologia de um Hospital Universitário localizado no município do Rio de Janeiro. A coleta de dados ocorreu entre janeiro a dezembro de 2019, a partir de observação participante da equipe de enfermagem, utilizando-se o protocolo assistencial do setor que descreve o trabalho da equipe e sua relação com pacientes e acompanhantes. O registro das informações oriundas das observações foi realizado em um diário de campo. Para análise do material empírico, utilizou-se a técnica de análise de conteúdo temática4. Resultado: A boa prática em enfermagem significa realizar os cuidados dentro das suas certezas a fim de obter os melhores resultados possíveis na prática que se exerce5. Os princípios que fundamentam a qualidade da assistência e direcionam a prática, quando o paciente internado será submetido a procedimento endoscópio, devem ser rigorosamente observados e praticados nas fases pré, intra e pós procedimento, pois auxiliam na segurança do paciente internado. Na véspera do exame, o enfermeiro do SME telefona para o enfermeiro do setor de internação checando se o agendamento é do conhecimento da equipe e orienta quanto ao preparo e necessidade do termo de consentimento e presença de familiar. Lê o prontuário on line checando o histórico, evolução e medicações prescritas. No dia do procedimento, o enfermeiro novamente telefona para o setor de internação conferindo se o paciente está realmente preparado. Em caso positivo, solicita que o maqueiro transporte o paciente para o SME de preferência, em maca. No SME, ele e seu acompanhante são orientados quanto ao procedimento, checando jejum e preparo intestinal, quando necessário. O acompanhante é encaminhado a sala de recepção. Na sala de exames, o técnico/auxiliar de enfermagem checa a permeabilidade do acesso venoso, instalada monitorização cardíaca e oximetria de pulso digital, posiciona o paciente, fixa o bocal (em caso de endoscopia digestiva alta); caso necessário, instala oxigenoterapia por meio de cateter nasal; administra medicação conforme solicitação médica; auxilia durante a realização do exame, observando a monitorização e as condições do paciente; identifica os frascos de amostras para biopsia (se forem coletados); terminado o procedimento o paciente é recomposto, sendo retirados os acessórios instalados, higienizando cavidade oral ou íntima, ajeitando ou vestindo a roupa hospitalar; faz a arrumação e reposição da sala de exame. O enfermeiro circula entre as salas supervisionando o trabalho da equipe, faz a evolução e encaminha o paciente ao setor de origem e os frascos de biopsia ao laboratório de patologia. O endoscopista transporta o endoscópio para a sala de reuso onde testa o aparelho entrega-o ao profissional (técnico ou auxiliar de enfermagem) que fará a limpeza, desinfecção e guarda. As causas associadas aos erros noticiados foram relacionadas à força de trabalho (deficit de profissionais e capacitação, rotatividade, sobrecarga, falta de informação, imprudência, negligência e distração); aos instrumentos de trabalho (semelhança de rótulos/embalagens, armazenamento, falta de identificação e informação de produtos e prescrição médica) e ao objeto de trabalho (particularidades dos pacientes e superlotação)6. A organização dos procedimentos de enfermagem foi a medida adotada para reduzir os riscos no atendimento com relação a identificação do paciente, uso da medicação sedativa e queda da mesa de exame havendo reforço no conhecimento e incentivo na conferência dos dados do paciente, da medicação e permanência ao lado do paciente durante todo o período do exame, principalmente, após administração da medicação até recuperação dos sentidos. Foi adotada a política de prevenção, onde todos os profissionais se dedicam a calcular os riscos e principalmente a evitá-los de maneira ativa. Incentiva-se o bom entrosamento, a comunicação efetiva e uma postura proativa da equipe onde o erro deve ser dito e corrigido e se necessário, acompanhado até a estabilização do caso. Relacionado diretamente ao material e muito importante, são as pistolas do reuso que permitem a lavagem e secagem interna dos endoscópios de forma eletrônica. Apresentaram vários problemas de mal funcionamento obrigando a equipe a fazer a higienização de forma manual com o auxílio de seringa, havendo muitas inquietações pois a quantidade de exames realizados associado ao porte físico e idade da maioria dos funcionários causou reclamações, desgaste e licença médica de profissionais, apesar do rodízio que já era preconizado. A solução foi dada por meio da substituição das pistolas, das instalações elétricas e do encanamento posicionado de maneira a permitir melhor fluxo da água. Uma outra situação que às vezes acontece é a dificuldade quanto ao preparo do cólon do paciente internado. Este, muitas vezes já debilitado, não consegue concluir o preparo prescrito pelo médico do setor de internação e chega no SME sem condições de visualização tendo que ser remarcado o exame. Noutros casos, o paciente internado em precaução de contato precisa realizar um procedimento. Com nosso espaço limitado, tentamos manter o paciente em precaução de contato dentro do SME no tempo necessário para fazer o exame e retornar para sua enfermaria a fim de evitarmos contato dele com outros pacientes num espaço tão pequeno. Assim, confeccionamos uma sinalização em EVA de cor vermelha em forma de mão para ser pendurada na cadeira de rodas ou na maca a fim de evitarmos constrangimentos com outros pacientes, mas deixarmos a equipe alerta quando a necessidade de precaução de contato. Considerações finais: Ao analisar a atuação da equipe de enfermagem no procedimento endoscópico digestivo em paciente internado verificamos que existe articulação entre as dimensões gerencial e assistencial do trabalho do enfermeiro, por meio do planejamento do cuidado, da previsão e provisão de recursos e da supervisão. Implicações para gestão em enfermagem: Espera-se que haja a conscientização e o entendimento da importância da atuação da equipe de enfermagem assegurando as boas práticas no procedimento endoscópico digestivo em paciente internado e que o enfermeiro tenha habilidade para fazer uso das afirmativas de diagnósticos, dos resultados e das intervenções de enfermagem no atendimento ao paciente proporcionando uma melhoria na qualidade da assistência. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 6721 Título do Trabalho: A PERCEPÇÃO DO PACIENTE COM TUBERCULOSE PULMONAR FRENTE A SUA DOENÇA, E A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O CONTROLE DA INFECÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Autores: Nayara Pontes Mateus Cavalcante, Maria Antônia Aleixo de Carvalho, Lúcia Maria Pereira de Oliveira |
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Apresentação: A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que acomete diversos locus do corpo humano, sendo a tuberculose pulmonar a de maior importância epidemiológica pelo acentuado risco de transmissão que possui. Calcula-se que, durante um ano, em uma comunidade, um indivíduo que tenha baciloscopia positiva pode infectar, em média, de 10 a 15 pessoas. Em 2018, na população mundial registrou-se 10 milhões de casos de tuberculose e 1,3 milhão de óbitos pela doença. No Município do Rio de Janeiro, foram registrados em 2018, um total de 6.014 novos casos, uma taxa de 12% de abandono do tratamento e 4,2 mil óbitos em decorrência da doença. Embora se conheçam os principais mecanismos para o controle da doença, a tuberculose persiste como um problema de Saúde Pública mundial, sendo ainda apontada como a primeira causa de morte por agente etiológico único. Como padrão assistencial, cabe à Atenção Primária de Saúde a oferta do tratamento gratuito e o uso de diversas estratégias aos pacientes com tuberculose, como as visitas domiciliares consideradas um espaço propício ao diálogo integrador entre profissionais de saúde, o paciente e seus familiares. Ademais, tem-se o tratamento diretamente observado, que consiste na tomada diária da medicação observada por um profissional de saúde. Nesse processo, os Agentes Comunitários de Saúde têm papel importante, já que residem na localidade e fazem parte da comunidade, o que possibilita a criação de vínculos mais fortes e favorece a longitudinalidade considerados como fatores essenciais ao tratamento. Os agentes de saúde integram a equipe de saúde atuante nas clínicas de família, sendo o membro da equipe responsável pelo monitoramento da medicação, recomendado como estratégia de adesão pela Organização Mundial de Saúde. Nesse contexto, favorável a conversação, o presente trabalho objetiva conhecer a demanda dos pacientes em tratamento para tuberculose, orientá-los mediante as dúvidas surgidas, incentivando a adesão ao tratamento. Desenvolvimento: Este relato de experiência integra um projeto de Extensão que foi aprovado pelos Comitês de ética em pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e que vem sendo desenvolvido por professores e alunos em campo assistencial de uma clínica de família da área programática 3.1 desse município. O estudo de cunho qualitativo usou um questionário para coleta de dados que foi aplicado durante visitas domiciliares. Esse instrumento investigativo padrão constituído por questões abertas e fechadas, foi adaptado às especificidades da população de estudo. Participaram desta prática assistencial uma acadêmica do Curso de Medicina e uma Agente Comunitária de Saúde que integra o grupo de profissionais da clínica de família localizada no bairro da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro. As visitas domiciliares aconteceram em duas residências do território da equipe Souza Neto caracterizado pelo contínuo processo de favelização. Nesta ação foram entrevistados dois pacientes distintos, ambos em tratamento para tuberculose pulmonar. Resultado: Após a tomada da medicação e conversação com a Agente Comunitária de Saúde, iniciamos nossa apresentação pessoal e o convite de participação. Durante o preenchimento do questionário pela estudante de medicina, foi observado que os pacientes, um homem e uma adolescente, mãe de uma criança de dois anos (que também está em tratamento para tuberculose pulmonar), tinham muitas dúvidas sobre a doença. Em relação a transmissão da tuberculose, ela acreditava que sua filha adquiriu a doença pelo leite materno, ele que a doença vinha pelo uso compartilhado de cigarro entre colegas. Ambos relataram equívocos sobre o tratamento. Ele vivenciava o seu primeiro episódio da doença e demonstrava o desejo de abandono mediante a melhoria de seus sinais e sintomas da doença. Ela, já com histórias sucessivas de abandono do tratamento, dizia não entender porque não conseguia livrar-se da doença. Ademais, não sabiam como prevenirem-se da doença. Percebemos que ambos não realizavam o tratamento de forma adequada, por não saberem a necessidade de ser diário e contínuo, nem tão pouco que isso traria complicações, como a evolução para uma modalidade mais grave de doença, a tuberculose resistente. Desconheciam a infecção latente por tuberculose, a necessidade do seu controle e de tratá-la em seus contatos, como medida preventiva contra a tuberculose ativa. Percebemos ainda, que cada paciente tinha uma convicção própria sobre sua doença bem como a sua relação com o ambiente no qual estavam inseridos. Os determinantes sociais de saúde e doença também foram identificados ao longo do desenvolvimento desse trabalho, uma vez que corroboram a problemática da tuberculose vivenciada atualmente por esses pacientes. Observamos que ambos os pacientes viviam em casas simples, abafadas, com pouca luminosidade e sem adoção das medidas de prevenção. Cientes da realidade de vida predominante na área territorial da equipe Souza Neto e mediante contatos momentâneos, porém, próximos com pacientes que nos proporcionou esta constatação, as individualidades foram respeitadas e as dúvidas conversadas, com a preocupação de uso da linguagem simples e objetiva, almejando um diálogo esclarecedor sobre a doença. Posteriormente, orientações foram feias frente as demandas especificas e identificadas em cada paciente. A ação culminou com a reflexão dos pacientes sobre a doença, o papel e o real compromisso que possuem com o seu tratamento. Considerações finais: Durante as visitas domiciliares foram observadas muitas dúvidas e questionamentos por parte dos pacientes em relação a forma de transmissão, a prevenção e o tratamento. A falta de entendimento sobre a doença leva os pacientes a interromper o tratamento ou mesmo abandoná-lo de vez, tornando-os propagadores do bacilo e mantenedores do ciclo de transmissão da tuberculose. Portanto, é necessário que se ampliem as ações de educação em saúde, orientando os pacientes, seus contatos e toda a população, a fim de aumentar a taxa de adesão ao tratamento, reduzir o número de abandonos e implementar medidas de prevenção e controle da infecção. Os profissionais da saúde são fundamentais nesse sentido, e devem ser comprometidos com a orientação e acompanhamento desses indivíduos. A comunicação direta e o uso de uma linguagem simples pode contribuir para uma melhor compreensão da doença e da necessidade de tratamento. Para tanto, as ações de visitas domiciliares direcionadas a esses propósitos devem ser intensificadas, a fim de que o paciente se conscientize dos benefícios pessoais e coletivos da cura da doença. A associação entre visitas domiciliares/diálogo esclarecedor podem, a longo prazo, atuar como importante veículo de prevenção e de promoção da saúde e até contribuir para minorar o cenário atual da tuberculose no Rio de Janeiro. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8263 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM EM AÇÕES DE SAÚDE EM COMUNIDADES RIBEIRINHAS DURANTE A GRADUAÇÃO Autores: Paula Andreza Viana Lima, Rodrigo Damasceno Costa, Tainan Fabrício da Silva, Mariana Paula da Silva, Vanessa de Oliveira Gomes, Esmael Marinho da Silva, Yasmim de Souza Gomes, Abel Santiago Muri Gama |
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Apresentação: O Amazonas é um estado com grande extensão territorial conhecida mundialmente por suas riquezas naturais e culturais. Dentre os povos que o habitam destacam-se as populações ribeirinhas que vivem as margens dos rios e florestas, do qual retiram o seu sustento. Estes indivíduos, devido às condições geográficas, políticas e econômicas, possuem limitações quanto ao acesso à educação, informação e serviços de saúde estando expostos às iniquidades sociais. Sobre a saúde, levando em consideração as dificuldades de acesso por esta população, ações de saúde voluntárias em comunidades ribeirinhas são realizadas com intuito de levar assistência e educação em saúde para este público. Em Coari, várias ações de saúde voluntárias são realizadas nas comunidades ribeirinhas do Médio Solimões através do apoio da Secretária Municipal de Saúde de Coari e a participação voluntária de estudantes e professores dos cursos da saúde da Universidade Federal do Amazonas presente no município. A respeito do voluntariado esta é uma iniciativa que provê grandes benefícios aos estudantes, onde é possível conhecer um pouco da realidade da futura área de trabalho e conseguir experiências para o currículo profissional. Partindo desse contexto este trabalho apresenta as experiências de acadêmicos de enfermagem e contribuições das participações voluntárias em ações de saúde realizadas em comunidades ribeirinhas de Coari - Amazonas para sua formação. Dessa forma este trabalho tem como objetivo descrever as vivências e percepções de estudantes de enfermagem sobre a relevância da participação voluntária em ações de saúde realizadas em comunidades ribeirinhas de Coari- Amazonas durante a graduação. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por discentes de enfermagem, entre 2017 e 2019, durante as ações de saúde do Projeto “Clínica de Atendimento Multidisciplinar ao Ribeirinho” (CAMURI) e “CINE RIBEIRINHO” realizadas nas comunidades São Pedro da Vila Lira, Esperança I e São Pedro do Tauana localizadas no interior do município de Coari no Estado do Amazonas. As ações eram realizadas nas escolas ou centros comunitários das respectivas comunidades, no qual pelo projeto CAMURI foram feitas atividades recreativas, triagem, consulta médica, atendimentos fisioterápicos, coleta de Papanicolau e administração de medicamentos e pelo CINE RIBEIRINHO foram executadas as atividades educativas durante a noite através da exibição de filmes do cinema mundial, intercalados com vídeos de educação em saúde, confeccionados por enfermeiros e acadêmicos do curso de graduação em enfermagem. Nas ações os discentes e professores de enfermagem ficaram responsáveis pelo setor da triagem, coleta de Papanicolau, administração de medicamentos e educações em saúde. O relato foi baseado conforme as observações diretas e anotações dos discentes de enfermagem feitas durante as ações nas comunidades ribeirinhas. O estudo não foi submetido à apreciação em Comitê de Ética em Pesquisa, por se tratar de um relato de experiência, porém foram assegurados e respeitados os preceitos éticos na apresentação dos dados. Resultado: A participação voluntária dos discentes de enfermagem nas ações de saúde realizadas nas comunidades ribeirinhas foi vista pelos mesmos como uma iniciativa enriquecedora na sua formação, uma vez, que elas possibilitaram aos alunos conhecer a realidade local dos ribeirinhos e prestar assistência de enfermagem para essa população ainda na graduação. A colaboração dos estudantes desde o planejamento das viagens até a execução das ações, foram consideradas pelos alunos como atividades complementares somativas à sua formação, pois auxiliaram estes a compreender a complexidade, os desafios e os custos de prestar serviços de saúde a estas populações pelo Sistema Único de Saúde (SUS), bem como, oportunizou que estes pudessem adquirir experiências de organizar e executar atividades deste porte para esse público específico da região Amazônica. O voluntariado nas ações de saúde nas comunidades ribeirinhas foi percebido pelos estudantes como uma forma de crescimento pessoal e profissional, já que os alunos podem auxiliar o próximo e aperfeiçoar habilidades valiosas a sua futura atuação, como trabalhar em equipe, utilizar a comunicação adequada com os pacientes, tornar os discentes mais autoconfiantes para prestar os seus serviços de enfermagem e a serem criativos ao promoverem as atividades de educação em saúde fora do padrão e enfrentarem as limitações de infraestrutura ou pessoal que pudessem comprometer a assistência aos ribeirinhos. O aprendizado e o aprimoramento das técnicas nos setores da triagem, coleta de Papanicolau, administração de medicamentos e educações em saúde foram elegidos pelos alunos como um dos principais benefícios obtidos nestas participações voluntárias para sua formação, tendo em vista, que os discentes de enfermagem adquiriram novos conhecimentos nas ações e colocaram em prática os conteúdos teóricos adquiridos em sala de aulas, onde vale ressaltar que estas vivências tornaram melhor a assimilação das informações adquiridas no âmbito universitário ao conciliar a teoria e a prática. As novas experiências em cada viagem e o reconhecimento do trabalho pelos comunitários tornaram-se as motivações para que os alunos permanecessem ou entrassem nos projetos já que as atividades não são parte obrigatória da grade curricular do curso de enfermagem. Além disso, para alguns estudantes de enfermagem o voluntariado despertou o interesse nestes em seguir linhas de pesquisas que trabalhassem com esse grupo, como também tornou a atenção primária voltada a esta população como um dos campos de atuação profissional almejado pelos alunos. Dessa forma, as ações de saúde voluntárias voltadas para populações ribeirinhas de Coari, foram percebidas pelos estudantes de enfermagem como um importante complemento a sua formação, onde através das vivências foi possível se aproximar da realidade de uma das áreas de sua futura prática profissional. Considerações finais: A partir desse relato, evidenciam-se as contribuições e a relevância que o voluntariado em ações de saúde nas comunidades ribeirinhas tem para a formação profissional dos estudantes de enfermagem de Coari – Amazonas, no qual este além de prepararem estes futuros profissionais a atuarem de acordo com as especificidades regionais, também trazem benefícios aos moradores das comunidades ribeirinhas ao levar saúde aos indivíduos que necessitam desses serviços. Portanto, através desse relato espera-se que os estudantes de graduação leiam e conheçam a importância do voluntariado durante sua a formação e com isso, seja despertado entre estes o interesse e o apoio por esse tipo de iniciativa para que as ações tenham continuidades nas comunidades e que os alunos possam se beneficiar das vantagens dessa experiência. |
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Trabalho nº 7754 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA INTERPROFISSIONAL FRENTE AO PACIENTE COM DIABETES MELLITUS Autores: LARESSA BARBOSA DA SILVA PEREIRA, DAIANE da Silva Rocha, AGNES BUENOS |
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Apresentação: A discussão do cuidado em saúde, contemporaneamente, aponta para a interprofissionalidade pautada na melhoria da qualidade no cuidado ao paciente. A priorização da integração entre as diferentes áreas deve ser alcançada com respeito às especificidades de cada profissão e incorporada na prática diária. O perfil epidemiológico da população brasileira atual aponta o incremento nas taxas de incidência do diabetes mellitus (DM), sendo uma das prioridades no crescimento de doenças crônicas. Em 2015, havia 14,3 milhões de pessoas com diabetes no Brasil, tal quadro justifica a reflexão sobre as intervenções de forma interdisciplinar na promoção da aderência ao tratamento não farmacológico. O DM é um distúrbio metabólico causado pelo excesso de concentração de glicose no sangue resultante da pouca produção de insulina, podendo ter várias classificações clínicas. O presente estudo aborda a do tipo dois, em função do seu crescimento expressivo na população. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, 83,8% dos casos ainda sem diagnóstico estão localizados em países em desenvolvimento, sendo a terceira maior causa de morte prematura. A finalidade de manter níveis equilibrados de glicose é essencial e a integralidade no cuidado, visa à reeducação de hábitos saudáveis através da modificação do estilo de vida resultando em um bom controle metabólico. A assistência nutricional propõe ao paciente planejar suas refeições, cumprir os horários e o plano alimentar. O enfermeiro precisa estar consciente de que o processo que se estabelece no cuidado está pautado ao de educar. No entanto, diante das necessidades dos usuários do Sistema Único de Saúde- SUS, que na maioria das vezes são de difícil enfrentamento, exige a permanente articulação dos diferentes saberes e das práticas profissionais. É essa interação que nos aproxima de um modelo de atenção à saúde mais integral. Objetivo: O estudo propõe uma reflexão sobre a importância da integralidade do atendimento do nutricionista e enfermeiro frente ao paciente com diabetes para eficácia no tratamento. A metodologia utilizada foi à abordagem qualitativa do tipo exploratória, utilizando a base de dados PubMed. Resultado: Os artigos científicos já consultados apontam para um número expressivo de pacientes que relatam terem grande dificuldade em manter a glicemia controlada, em função da não adesão ou mesmo entendimento da orientação nutricional que visa à mudança de estilo de vida e principalmente dos hábitos alimentares em sua rotina. Considerações finais: Uma assistência integral proporciona melhor adesão ao tratamento, sendo um dos instrumentos para que possamos avançar na luta por um SUS cada vez mais forte e coerente com seus princípios. |
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Trabalho nº 6222 Título do Trabalho: SÍNDROME DE BURNOUT: O IMPACTO NA VIDA DOS PROFISSIONAIS ATUANTES EM SETORES DE ALTO RISCO DE REDE HOSPITALAR E A IMPORTÂNCIA DAS AÇÕES DE PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO PARA SEU QUADRO Autores: Mariana da Costa Oliveira, Andreza Gonçalves Vieira Amaro, Sandra Aparecida Souza Azevedo |
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Apresentação: A Síndrome de Burnout (SB), é um termo inglês que traduzido significa “queimar por inteiro”. Essa nomenclatura é utilizada para descrever um estado psicológico de esgotamento físico e mental prolongado, estresse excessivo e crônico que geram perda do interesse laboral; sendo apontada como um distúrbio comum no meio profissional contemporâneo, diretamente relacionado ao local de trabalho e as funções profissionais nele exercidas. As falhas no processo de trabalho são definidas a partir da sobrecarga de trabalho, condições de trabalho insalubres, podendo acarretar na baixa qualidade na assistência prestada. Todos estes fatores acarretam comprometimento da segurança do paciente, podendo resultar em incidentes e falhas no cuidado. Sua ocorrência é comumente vista em pessoas com grande dedicação a vida profissional, que por não visualizarem o devido reconhecimento e valorização pelo seu esforço, sentem-se frustradas. Os sinais característicos desta síndrome podem ser físicos e emocionais, envolvendo assim: a fadiga crônica, insônia, esquecimento, dificuldade de concentração e atenção, dores físicas, perda de prazer de um modo geral, pessimismo, isolamento, sentimento de apatia, irritabilidade aumentada, ansiedade, depressão e, entre outras coisas, a baixa do sistema imunológico com probabilidade do aparecimento de infecções e resfriados. Esse estudo se desenvolveu com o objetivo de identificar as ações que possibilitem a prevenção e a recuperação dos profissionais que atuam no setor hospitalar de alto risco diagnosticados com essa síndrome. Desenvolvimento: Através de um estudo qualitativo, explicativo baseado na conexão de ideias e fatores, passíveis de identificação e compreensão de causas e efeitos, e se utilizando da coleta de dados bibliográficos; buscou-se caracterizar o setor de alto risco que mais agrega fatores condicionantes ao adoecimento operacional do profissional assistencial, levando em consideração as funções laborais ali realizadas, carga horária de trabalho excessivos, contato com cenários restritivos, grandes níveis de tensão e demais riscos ergonômicos. Isso porque, entendemos que uma profissão que envolve cuidados assistenciais humanizados de forma direta ao paciente, que apresenta uma notável taxa de incidência de Síndrome de Burnout, precisa ser mais estudada e divulgada. Resultado: Os setores que mais se enquadram nas características próprias de trabalho, antes apontadas, localizam-se, em sua maioria, dentro de ambientes hospitalares, são elas as: unidades de terapia intensiva (UTI), centros cirúrgicos e emergências. A unidade de terapia intensiva, é evidenciada por um complexo sistema de monitorização hemodinâmica permanente, onde pacientes potencialmente graves precisam de observação, suporte e tratamento intensivos para que aja possibilidade de recuperação, e isso acarreta no profissional ali presente, um panorama exaustivo e muitas vezes de desapontamento, somados a uma forte carga emocional, onde a vida e a morte estão constantemente presente. Já o centro cirúrgico, é um local de acesso limitado interdependente, subdividido em área restrita, semirrestrita e interna, alinhada em seus procedimentos, em que ocorrem intervenções cirúrgicas de tratamento, onde há possibilidade constante de riscos à saúde dos enfermos e presença permanente de controle e estresse profissional. A emergência, um dos setores de maior movimentação hospitalar, por ter acesso não restrito, é uma unidade onde situações críticas e iminentes, ocasionadas por incidentes e imprevistos ocorrem em constância, tendo entre a função profissional ali prestada, o atendimento rotativo de pacientes, com quadros variáveis que exigem diversos tipos de procedimentos, que vão dos mais simples como: aplicação de medicação, curativos, drenagens e pequenos procedimentos cirúrgicos; aos mais complexos, como uma parada cardíaca, politraumas, ou a vítimas de acidentes graves. Esses quadros expõem o profissional ali presente, a altas cargas emocionais, que levam a riscos físicos, psicológicos e de trabalho. Em todos esses setores, podem ser encontrados pacientes graves ao lado de pacientes estáveis, situações não previsíveis, repartição de tarefas indevidamente, falta de insumos, carga excessiva de trabalho, prevalência de profissionais jovens e com pouca experiência, cansaço extremo, supervisão inadequada, interrupção da qualidade do cuidado e a pouca valorização dos profissionais atuantes. As situações vividas nestes locais podem acarretar instabilidade física e emocional, alteração na alimentação e descontentamento profissional; isso porque o profissional encarregado de muitas responsabilidades apresenta uma somatização de sinais e sintomas, entre eles: a fadiga, o estresse, a perda auditiva e a insônia advinda dos ruídos emitidos pelas bombas infusoras, alarmes e ventiladores mecânicos. Deve-se levar em consideração os profissionais de saúde que sofrem do burnout, pois a tristeza profunda, desânimo, cansaço exagerado e as fobias que surgem, levam este profissional ao fracasso gradativo que regularmente ocorre em silêncio, comprometendo suas vidas individual e coletivamente. Para trabalhar nestes setores é imprescindível que o profissional tenha uma boa estabilidade mental, rapidez de pensamento, para execução correta dos procedimentos. Além disso, as pessoas com síndrome de burnout precisam reconhecer os sinais e sintomas, para tomar medidas de precaução e terapêuticas que possam ser realizadas individual e institucionalmente, de modo a gerar satisfação no ambiente de trabalho e possivelmente a diminuição do estresse. Entender o fenômeno Burnout implica em entender a importância da medicalização e realização de atividades psicoterapêuticas, em que os métodos redutores do estresse devem ser focados no indivíduo e na instituição, fortalecendo atividades e capacidade em produzir soluções para os problemas enfrentados, manuseio do estresse enfocado na organização do trabalho e as intervenções organizacionais, como condições laborais, autonomia e relações interpessoais no trabalho. A estratégia individual consiste no fortalecimento da rede de apoio do indivíduo, orientação sobre ações que ajudem a lidar com situações rotineiras, práticas de técnicas de relaxamento físico e mental, nutrição equilibrada, atividades físicas, melhora na qualidade de sono, atividades de lazer e hobbies, medidas essas que permitem a prevenção e a reabilitação desta síndrome. Considerações finais: Acreditamos ser de grande relevância salientar que as condições de trabalho dos profissionais atuantes em setor de alto risco, precisam ser continuamente avaliadas, pois são locais que oferecem riscos direto a saúde destes profissionais e para os pacientes para os quais prestam cuidados. Tendo em mente que as ações de prevenção não são tarefas fáceis, essas devem visar a busca de alternativas para possíveis modificações de quadro, tanto no ciclo de trabalho e relações interpessoais, quanto nos aspectos constituintes da cultura organizacional e social a qual o sujeito está inserido e exercendo sua atividade profissional. No entanto, para que isso ocorra, é preciso que os envolvidos no processo de identificação das dificuldades existentes, dos agentes estressores e dos fatores impactadores na saúde do profissional ali atuante. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 10831 Título do Trabalho: PERSPECTIVAS DE DOCENTES UNIVERSITÁRIOS E AS IMPLICAÇÕES PARA A SUA SAÚDE: A IMPORTÂNCIA DO RECONHECIMENTO E DA VALORIZAÇÃO Autores: Deyvyd Manoel Condé Andrade, Ariane da Silva Pires, Norma Valéria Dantas de Oliveira Souza |
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Apresentação: O objeto desta pesquisa trata do reconhecimento e da valorização do trabalho docente universitário, bem como as situações de prazer e de sofrimento decorrentes da vivência laboral. Os objetivos foram: I) identificar as situações geradoras de prazer e/ou de sofrimento no trabalho docente; II) analisar a percepção dos docentes sobre o reconhecimento e a valorização de sua atividade laboral; III) discutir as repercussões do trabalho docente no processo saúde-doença deste coletivo profissional; e IV) elencar os fatores limitadores e as situações potencializadoras para o reconhecimento do trabalho docente universitário. O pressuposto foi que apesar de todos os profissionais serem docentes universitários da área da saúde e atuarem em contextos muito parecidos, as percepções de reconhecimento e de valorização do trabalho são heterogêneas, considerando o contexto social, histórico e político das profissões e a conjuntura contemporânea do mundo do trabalho e seus efeitos sob tais profissões. A partir desse pressuposto, elencou-se a seguinte tese: considera-se que os profissionais da Medicina e da Odontologia apresentam uma melhor percepção acerca do reconhecimento e da valorização do trabalho docente universitário. Tais profissões, diferentemente da Biologia, Enfermagem e Nutrição, --elas-- são profissões de caráter autônomo, detentoras do domínio sobre o seu processo de trabalho no contexto da saúde e são carreiras mais antigas, com tradições e status consolidado na sociedade. Desenvolvimento: trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo, descritivo e exploratório. O cenário do estudo foi o Centro Biomédico de uma universidade pública no Estado do Rio de Janeiro. Ressalta-se que foram respeitados os aspectos éticos e a pesquisa foi cadastrada na Plataforma Brasil e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob o número 2.842.807. Os participantes foram 30 docentes universitários, sendo 06 de cada curso do Centro Biomédico, a saber: Biologia, Enfermagem, Medicina, Nutrição e Odontologia. A coleta de dados ocorreu de agosto a outubro de 2018 através da entrevista semiestruturada. Os dados foram examinados por meio da análise temática de conteúdo, que fez emergir quatro categorias empíricas intituladas: “Dialética do mundo do trabalho: prazer e sofrimento na prática laboral de docentes universitários; Concepções de docentes universitários acerca do reconhecimento e da valorização do trabalho; Dinamicidade e complexidade do mundo do trabalho e as implicações na saúde de docentes universitários; e Facilidades e adversidades no cotidiano laboral: dilemas e desafios. Resultado: Em síntese, constatou-se através das características sociodemográficas, que a maioria dos participantes é de mulheres adultas, na faixa etária de 33 a 40 anos e casadas. No que concerne as características laborais, os professores investigados ocupam o cargo de Professor Adjunto e possuem mais de 30 anos de experiência na docência universitária, sendo os cursos de maior atuação profissional o de Enfermagem e de Nutrição. E os docentes de outras áreas como Biologia e Medicina também ministram aulas nesses cursos. Além disso, a carga horária semanal de trabalho é de 40 horas e esses profissionais estão, em sua maioria, sob o regime de dedicação exclusiva. Sobre a questão socioeconômica, a maioria dos participantes recebe mais de 10 salários mínimos e são os principais mantenedores do núcleo familiar. No tocante a percepção dos docentes sobre as situações geradoras de prazer e/ou de sofrimento no trabalho, evidenciou-se que as situações que remetem ao prazer estão vinculadas ao desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão; as relações interpessoais positivas com o corpo discente e os colegas de trabalho; a questão da formação enquanto instrumento de mobilização e transformações tanto pessoais quanto sociais; e a produção do conhecimento materializado na forma de livros, artigos e trabalhos científicos. Já as situações identificadas como geradoras de sofrimento e de dificuldades no cotidiano laboral docente foram a falta de investimentos públicos na educação e consequentemente na universidade; a sobrecarga de trabalho e de atividades devido à grande demanda de trabalho; a competitividade existente no trabalho docente universitário; a infraestrutura precária; as condições de trabalho inadequadas; e a instabilidade salarial a partir do ano de 2016 com a crise político-econômica no Estado do Rio de Janeiro. Já as perspectivas dos docentes acerca do reconhecimento e da valorização de seu trabalho, verificou-se que há reconhecimento tanto pelos discentes quanto pelos usuários do SUS, além de considerarem que a docência universitária detém status de destaque na sociedade e, portanto, há valorização social deste trabalho. Em contrapartida, os docentes se sentiram desvalorizados em relação à sociedade, à gestão pública da educação e às agências de fomento de pesquisa. No âmbito das repercussões do trabalho docente no processo saúde-doença desses profissionais, houve implicações para a saúde física, mental e subjetividade, destacando-se os sentimentos de desmotivação e frustação; a percepção de que o trabalho repercute negativamente na saúde mental e no aparecimento de doenças psicossomáticas e somáticas. Sobre as situações potencializadoras e os fatores limitadores para o reconhecimento do trabalho docente universitário, considerou-se potencializadoras a produção do conhecimento por meio das publicações científicas; a visibilidade do trabalho docente pela sociedade através das atividades extensionistas; a necessidade de adequação da infraestrutura da universidade; o recebimento de verbas e investimentos públicos na universidade; e a educação e informação da sociedade acerca do papel do docente universitário. Os fatores elencados como limitadores pelos docentes universitários foram: a falta de investimentos públicos na área da educação e consequentemente na universidade; escassez de fomento financeiro para pesquisas devido à atual conjuntura política e econômica; inadequação de infraestrutura e estrutura administrativa inapropriada; carência de recursos materiais e equipamentos obsoletos; e a insuficiência de recursos humanos. Ressalta-se que o pressuposto elencado inicialmente era de que os docentes universitários da saúde apresentariam percepções heterogêneas acerca do reconhecimento e da valorização do trabalho, o que foi comprovado. Já em relação a tese a ser defendida, a qual considerava que os docentes da Medicina e da Odontologia apresentariam uma melhor percepção acerca do reconhecimento e da valorização do trabalho, houve divergência. Diferentemente do imaginado, parte dos docentes da Medicina tiveram uma percepção de desprestígio profissional e desvalorização ao longo dos anos. Além disso, esses docentes e os da Biologia e parte dos docentes da Enfermagem não se consideraram reconhecidos e valorizados pela sociedade. Em contrapartida, os docentes da Nutrição referiram o aumento do reconhecimento e da valorização da profissão ao longo dos anos. Considerações finais: Dentre as limitações do estudo que merecem ser destacadas cita-se o quantitativo de participantes pela natureza da pesquisa qualitativa e a investigação sucedida em apenas um cenário, portanto, não se pretende generalizar seus resultados. Considera-se que os objetivos e as questões norteadoras foram respondidas. Outra limitação, ainda em relação ao quantitativo de participantes, foi em relação a divisão equânime de seis docentes por curso investigado. Como o número de professores é diferente em cada curso, p. ex. a Faculdade de Nutrição tem um quantitativo bem menor de docentes se comparada ao Curso de Medicina, então, para se manter a representatividade, o número de participantes deveria ser proporcional ao número total de docentes por curso. Ademais, devido à relevância e à atualidade do tema, a presente pesquisa pode despertar o interesse de professores e estudantes (de graduação e pós-graduação) e outros pesquisadores para investigar temáticas afins que venham alargar o entendimento desse fenômeno e de suas inúmeras facetas. |
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Trabalho nº 6741 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM NA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Autores: Amanda Beatriz Gomes Furtado, Ingrid Cristina Siraides dos Anjos, Jainara de Souza Araujo, Ana Paula Ribeiro Batista, Carolina Pereira Rodrigues, Vera Lúcia de Azevedo Lima, Nathália Cantuária Rodrigues, Alessandra Silva Pantoja |
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Apresentação: A violência de gênero é uma problemática mundial da saúde pública, está interligada com os vestígios das estruturas culturais e sociais patriarcais e as ideologias machistas, inserida na sociedade durante anos. Sabe-se que a violência sexista têm muitas formas de manifestação como física, sexual, moral, psicológica, ou feminícidio e a importunação sexual, podendo acometer qualquer mulher de todas as idades, etnia, classes sociais, religiões ou qualquer outra condição. Cabe ressaltar que a violência é resultado das relações de poderes desiguais entre mulheres e homens, da expressão de dominação, e não somente uma questão da vida privada, perpetuando uma hierarquia e a desigualdade entre os gêneros. Além disso, o contexto de dominação do gênero masculino vem de um comportamento naturalizado de um fenômeno, frutos das relações histórico-sócio-politico anteriores da sociedade e os atuais surgindo um plano da origem da violência, denominada do modelo ecológico da violência. O modelo ecológico da violência, é um esquema simplificado de quatros planos de interação (individuais, relacional, comunitário e o social) que reforçar ou evitar os riscos aos atos violentos. Além disso, mostra a complexidade e os diversos fatores de intervenção para o fenômeno na comunidade. A sociedade contemporânea demonstra uma estrutura de uma constituição de principio da dignidade humana e a igualdade de direitos a todos (plano social) corroboram para a desnaturalização da opressão sobre as mulheres. A partir das declarações, lutas, protestos, manifestações e os outros (plano comunitário) ajudam para a reformulação de estruturas sexistas. Contudo, as heranças de fatores históricos, pessoais, biológicos, abusos sofridos na infância e a socialização primária (plano individual), mas também a interação de suporte familiar e das amizades (plano relacional) reforçar a permanência e as condições do ciclo da violência contra a mulher para a existência dos casos de crimes, relacionados ao descumprimento da Lei Maria da Penha e a Constituição Federativa Brasileira. A evidencia da interferência de diversos fatores sobre o ciclo de violência para a persistência da violência domestica e intrafamiliar contra mulheres, apesar da estrutura de desnaturalização e a criminalização das ações no Brasil, mostra necessário a intervenção de ações sobre os outros planos da violência para a quebrar da desigualdade de gênero. A reflexão sobre as atitudes e a visão da sociedade brasileira sobre a violência de gênero, estimulando a necessidade do respeito e a importância da mudança dos comportamentos misóginos, praticados nas esferas individuais, sociais e os culturais para a construção de uma sociedade onde haja o predomínio da igualdade. Como também, sensibilizar para as modificações das ideologias, interligadas aos pressupostos justificativos socioculturais e econômicos, alicerçados pela culpabilidade feminina a violência sofrida. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência, realizado por graduandos do curso de Enfermagem do Programa de Extensão: Empoderamento e o fortalecimento da mulher amazônica frente à violência doméstica, da Faculdade de Enfermagem do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará. A atividade aconteceu em uma escola pública de ensino fundamental, localizada em um bairro periférico de Belém do Pará, para 15 alunos do nono ano, durante o segundo semestre letivo de 2018. A ação educativa dividiu-se três momentos: acolhimento, síntese e a intervenção. O primeiro, denominado de Acolhimento, tem como característica a apresentação dos acadêmicos, mas também, a explicação da temática a ser abordada e a criação de vínculo com os participantes, com uma dinâmica denominada A RODA. A dinâmica desenvolveu-se com o uso de uma caixa de som, papéis cortados de forma retangular com frases machistas ditas no dia-dia. Sendo assim, os alunos foram dispostos na forma de círculo, fazendo uma analogia a brincadeira infantil Ciranda. Assim para o inicio da dinâmica os alunos ficavam sentados em uma roda, com a utilização de músicas com temáticas sobre o empoderamento feminino, enquanto o sonoridade tocava, passava uma caixa de mão em mão com doze perguntas dentro, as quais seriam retiradas aleatoriamente e respondidas a quem parasse a música naquele momento, assim os alunos se apresentavam, e falavam o que achavam sobre a pergunta sorteada. As interrogações feitas foram as seguintes: O namorado pode deixar a namorada sair sozinha com as amigas?, O que você acha de mulheres que usam roupas curtas?, Quem é mais inteligente homem ou mulher?, Quais as profissões você acha que é de mulher?, Qual a função de uma esposa?. A partir das próprias respostas, os adolescentes refletiam e desconstruíam as concepções machistas ou preconceituosas, por meio do debate entre os alunos, principalmente com as interferências das meninas das posições de desigualdades de gênero mostraram a tendência para o empoderamento feminino do século XXI. Logo, o primeiro momento, os graduandos permitiram a construção de vínculos entre os participantes e a ativa participação ao desenvolvimento da reflexão da opressão das mulheres feitas, por conta da dinâmica de característica informal apresentaram receptivo para o debate e comunicativo para as indagações sobre o assunto em questão. O momento da síntese foi disponibilizado lápis de cores e cartazes para os alunos que já tinham respondido a pergunta. Dividiu-se os alunos em três grupos de cinco para desenhar sobre atitudes do cotidiano que eles entendiam como agentes promotores do respeito, sensibilização e denúncia sobre a violência contra a mulher. Nesta fase, o objetivo de fortalecer a compreensão e a importância da erradicação da violência na sociedade. Os três grupos alunos foram dispostos com um acadêmico, como auxiliador passivo da criação dos cartazes, contribuindo para frases de protesto, desenhos sem estereótipos típicos do patriarcalismo e o reconhecimento dos tipos de violência e a explicação do termos do movimento feminista, como empoderamento, equidade, diferença de sexo e gênero e a lei Maria da Penha. O último momento, a intervenção iniciou-se com o direcionamento dos alunos para proliferar os ideias pelas escolas conversando com amigos na produção, mas também a exposição dos cartazes no espaço da escola para divulgação dos conhecimentos passados serem alcançados por todos. Resultado: Os acadêmicos de Enfermagem puderam constatar a importância da ação educativa como promotora da conscientização referente ao tema sobre a violência contra a mulher, ressaltando a necessidade de sensibilizar os alunos sobre a temática e compartilhar informações desde a educação básica para que comportamentos misóginos sejam amenizados. Foi notória pela fala dos alunos, a presença de concepções historicamente machistas, disseminadas principalmente no ambiente familiar. Entretanto, após a dinâmica podemos perceber que muitos haviam mudado algumas concepções que haviam dito no início da dinâmica, percebendo a importância da denúncia de casos de violência verbal, física e psicológica, respeito às mulheres e a necessidade de igualdade social. Considerações finais: Portanto, torna-se claro à relevância das ações educativas no ambiente escolar, principalmente aos grupos de adolescente mostrou a formação de cidadãos e a possibilidade de quebrar do ciclo de violência contra mulheres, a partir das modificações da hierarquia do masculino sobre o feminino imposta no meio social de raízes históricas e culturais constituídos em séculos anteriores, com as expressões, ações e comportamentos machistas dirigidos pelos indivíduos para as mulheres. Dessa forma, os temas expostos desde o ensino básico promovem o pensamento crítico-reflexivo, a respeito de temáticas sociais e a compreensão da dinâmica dos direitos e os deveres, como promotores de mudanças ativas e passivas, amenizando assim um processo sócio-excludente, vivenciado pelas mulheres diariamente que limitar os seus direitos como cidadã e humana no país. |
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Trabalho nº 11023 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DO CONTATO COM A SAÚDE INDÍGENA NA GRADUAÇÃO PARA A FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO – RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Danielle Freire de Andrade Carvalho, Gabriela Almeida Kaippert, Pamela de Oliveira França |
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Apresentação: Este trabalho tem a pretensão de relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem durante o contato com a temática de saúde indígena na graduação e, a partir disto, destacar a importância da inclusão de mais disciplinas voltadas para os diferentes grupos étnico-culturais brasileiros na graduação do curso de Enfermagem. Objetivo: Demonstrar a importância da aproximação do graduando em Enfermagem com diferentes especificidades em saúde ainda na graduação. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência acerca das vivências de graduandos do curso de Enfermagem (licenciatura e bacharelado) da Universidade Federal Fluminense (UFF), durante a disciplina optativa intitulada Educação Indígena. Resultado: Sabe-se que a população indígena, assim como diversas outras populações brasileiras, tem suas especificidades no que diz respeito a questões culturais, educacionais e de saúde e, para tentar tornar o atendimento em saúde igualitário para estas populações, o Ministério da Saúde criou a Política Nacional da Atenção à Saúde dos Povos Indígenas. O contato com a saúde indígena na graduação se deu a partir da disciplina Educação Indígena, que trata das peculiaridades da construção a educação para índios no Brasil. Muito além disto, a disciplina incentiva os alunos a busca pelo conhecimento da cultura e saberes indígenas, como uma forma de aproximação com estes povos. Através desta aproximação, os alunos puderam conhecer mais a fundo quais os principais problemas de saúde das comunidades indígenas, suas causas e consequências, além das políticas públicas de saúde que estão em vigor para amparar população indígena. Considerações finais: Apesar de ser uma temática de extrema importância e relevância para a formação do Enfermeiro, esta é uma disciplina é apenas optativa, não oportunizando que todos os acadêmicos de enfermagem tenham as mesmas experiências. Deve-se considerar que a disciplina é ofertada pelo curso de Letras, não existindo na grade curricular de Enfermagem da UFF nenhuma disciplina que trate da temática indígena. Além disto, a disciplina é ofertada para os alunos de licenciatura, ou seja, com a atual mudança do currículo e retirada da licenciatura o quadro se torna ainda pior. O Brasil é um país de múltiplas etnias e extremamente multicultural e, no que tange o aspecto saúde, cada povo tem suas prioridades; portanto, os enfermeiros devem ser preparados ainda na Academia para atender as mais diversas demandas vindas da sociedade. |
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Trabalho nº 11869 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESTIMULAÇÃO DE PRÁTICAS DE ATIVIDADE FÍSICA PARA O MELHOR Desenvolvimento: PSICOMOTOR E COGNITIVO DO PRÉ- ADOLESCENTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Alannys Bianca Pinheiro de Queiroz, Fabiana da Silva Mendes, Thaíssa Caroline dos Santos da Costa, Thanaira Aicha Fernandes Maciel, Armando Sequeira Penela |
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Apresentação: Diversos fatores contribuem para o alto índice de pré-adolescentes sedentários no Brasil, como a falta de incentivo das escolas para práticas habituais de atividades físicas e a ideia errônea de que uma vida física ativa deve estar sempre interligada a academias, que muitas vezes não é possível por conta da realidade financeira da maioria. Esses fatores contribuem para uma vida sedentária, deixando-os suscetíveis ao surgimento de patologias. Desse modo, o SUS é essencial pois atua não só no tratamento, mas também na prevenção e promoção da saúde dos usuários e através da educação em saúde é possível estimular a prática regular de exercícios físicos para os jovens, não só para controle percentual de gordura e forma física, mas também para desenvolver as habilidades psicomotoras e intelectuais indispensáveis nessa fase da vida, contribuindo com ideias de práticas de atividades físicas alternativas, de baixo custo que se encaixem na realidade de cada indivíduo, tornando-o mais autônomo com seus cuidados de saúde, aderindo um saber coletivo de suma importância. Tem-se como objetivo relatar a vivência de acadêmicas de enfermagem na realização de educação em saúde, sobre a importância da adoção a práticas de atividades físicas contínuas para o melhor desenvolvimento físico e mental de pré-adolescentes. Desenvolvimento: Este é um relato de experiência, trabalho descritivo, acerca da realização de uma ação feita em uma escola estadual periférica de Belém do Pará, por acadêmicas do Curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará. Contou-se com 4 discentes e 30 alunos do 7ª ano, na faixa etária de 11 a 14 anos. Realizou-se um circuito com bambolês, cones, corda e cabos de vassoura representando obstáculos a serem executados pelos alunos. Após, explicou-se sobre o desenvolvimento muscular e cerebral quando se é praticado atividades físicas regularmente e que se é possível ter uma rotina física de forma acessível. Resultado: Os resultados percebidos pelas acadêmicas tiveram como contrapartida a falta de conhecimento dos alunos acerca de atividades alternativas e seus benefícios na fisiologia humana. Salienta-se que a prática de exercícios melhora a saúde e a sensação de bem-estar, importante para o desenvolvimento no âmbito escolar, devido a melhora fisiológica e na prevenção de doenças, além de importante para a interação social e o desenvolvimento individual. Considerações finais: Necessita-se de uma grande luta juntamente ao SUS para saciar as dificuldades existentes na assistência prestada, muitas vezes por conta do sucateamento que a saúde pública enfrenta. Através dessa resistência, o profissional da saúde deve se apropriar do olhar holístico sob o cliente e incentiva-lo a buscar uma vida saudável, haja vista que o sedentarismo causa um impacto maléfico na saúde, acometendo patologias e causando comprometimentos no desenvolvimento físico e mental infantojuvenil. |
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Trabalho nº 9310 Título do Trabalho: A PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS POR JOVENS UNIVERSITÁRIOS DE DUAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR – IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE Autores: Raquel Ramos Woodtli, Thelma Spindola, Claudia Silvia Rocha Oliveira, Catarina Valentim Vieira da Motta, Barbara Galvão dos Santos Soares, Thuany de Oliveira Abreu, Nathalia Trindade Moerbeck |
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Apresentação: As infecções sexualmente transmissíveis (IST) atingem a população a nível mundial, estando entre os principais problemas de saúde pública, sendo recorrente especialmente entre os jovens. São ocasionadas principalmente por contato sexual, sem o uso do preservativo, com uma pessoa que esteja infectada. O uso dos preservativos masculino ou feminino são os únicos métodos que oferecem dupla proteção, ou seja, protegem, ao mesmo tempo, de IST/HIV e de uma gravidez não planejada. Estudos sinalizam que o inicio da vida sexual dos jovens tem ocorrido cada vez mais precocemente, o que pode acarretar transtornos para a sua saúde como a ocorrência de uma gravidez não planejada e das ISTs, sendo imprescindível o conhecimento dos jovens sobre esse assunto. No Brasil, a crescente incidência de infecções sexualmente transmissíveis na população jovem estimula a realização de estudos com este contingente populacional. Há uma maior exposição dos jovens a esses agravos em decorrência de suas práticas sexuais, como início precoce das atividades sexuais, uso descontínuo (ou não uso) de preservativos, multiplicidade de parceiros e baixa percepção do risco para IST. Esse processo de transição para uma vida adulta futura é caracterizado por um período de experimentação, vivência da sexualidade e definição de identidade. O conhecimento, o comportamento, a atitude e as práticas dos estudantes podem ou não colocá-los em situação de risco para adquirir IST, bem como uma gravidez não planejada. Diante disso, os enfermeiros possuem um papel importante no desenvolvimento de ações voltadas à promoção da saúde dos jovens, utilizando estratégias para informa- los sobre os riscos que uma relação sexual desprotegida pode ocasionar, fazendo com que reflitam sobre os seus relacionamentos íntimos e possam adotar um comportamento sexual saudável. A educação em saúde é baseada no diálogo, com a troca de saberes, entre o saber científico e o saber popular. É importante tornar os jovens mais responsáveis e atentos aos cuidados com sua saúde sexual e de seus parceiros. Sabe-se que eles são multiplicadores de informações relacionadas aos cuidados com a saúde, e ao repassa-las podem favorecer a redução da exposição dos jovens aos riscos que prejudiquem sua saúde. Em relação às medidas de controle das IST, os serviços de saúde costumam realizar o aconselhamento, que são orientações aos usuários na autoavaliação de suas práticas sexuais e a importância do comportamento preventivo. Realizam, ainda, práticas de educação em saúde, com estimulo para o uso de preservativos considerado o método mais eficiente para a prevenção da transmissão de IST/HIV. Objetivo: Analisar as práticas sexuais e as práticas para prevenção de infecções sexualmente transmissíveis adotadas por jovens universitários; Comparar as práticas sexuais e as práticas para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis de estudantes de duas universidades. Método: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, quantitativo, realizado em duas instituições de ensino superior do município do Rio de Janeiro, sendo uma universidade pública (A) e uma universidade privada (B). Os participantes do estudo foram estudantes universitários regularmente matriculados e presentes nas universidades na ocasião da coleta dos dados. A amostra selecionada foi intencional e estratificada por sexo, num total de 1255 estudantes sexualmente ativos, do sexo masculino e feminino, na faixa etária de 18 a 29 anos. Os jovens responderam a um questionário autoaplicado, estruturado com 60 questões. Os dados foram tabulados e organizados no software Excel, e analisados com emprego da estatística descritiva. Foram respeitados todos os aspectos éticos de pesquisa envolvendo seres humanos. Resultado: Dentre os estudantes investigados, a maioria tem idades entre 18 e 24 anos (A-78,03%) e (B-87,30%); são do sexo feminino (A-45,92%) e (B-48,62%); e masculino (A-54,07%) e (B-51,37%); solteiros (A-48,58%) e (B-54,89%); possuem companheiro fixo (A-44,25%) e (B-40,51%). Entre os participantes a maioria teve a primeira relação sexual com idades entre 15 e 19 anos, (A-78,03%) e (B-81,49%); o preservativo foi adotado na primeira relação sexual (A-73,21%) e (B -73,54%), entretanto não utilizam preservativos em todos os intercursos sexuais (A-57,23%) e (B-62,53%). Informaram ter relações sexuais com parcerias fixas (A-82,41%); (B-84,83%) e parcerias casuais (A-47,80%) e (B-52,16%). Fizeram uso de preservativos nos relacionamentos com parcerias fixas, (A-53,77%) e (B-44,00%); e com parcerias casuais (A-73,56%) e (B-63,14%). Os estudantes informaram a presença de mais de um parceiro sexual no mesmo período (A-28,61%) e (B-29,20%), e no que concerne a negociação do uso do preservativo nos relacionamentos nota-se ser uma prática pouco frequente (A-28,95%) e (B-25,38%), especialmente no grupo feminino. Embora os estudantes não usem o preservativo de modo continuado regularmente, acreditam ser pouco possível adquirir IST (A-55,74%) e (B-47,09%). Considerações finais: O comportamento sexual pode contribuir para a exposição aos agravos de saúde. Os achados evidenciam que a maioria dos universitários usaram preservativo na primeira relação sexual, mas o uso deste recurso é descontinuado nos demais intercursos sexuais. O preservativo é adotado com maior frequência nos relacionamentos com parceiros eventuais, em comparação aos estudantes que informaram parcerias fixas e costumam empregar outros métodos contraceptivos, ou usam preservativos de modo descontinuado. Um reduzido número de universitários usam preservativos em todas as relações sexuais, e ficam expostos aos agravos de saúde que uma relação sexual desprotegida pode acarretar. Nota-se, também, a baixa negociação do preservativo entre as parcerias sexuais, especialmente entre as mulheres. Embora os universitários tenham mais acesso às informações, continuam assumindo um comportamento sexual de risco que favorece a vulnerabilidade as IST. Não houve diferença significativa das práticas sexuais e de prevenção entre os estudantes das instituições de ensino superior pública e privada. Nesse contexto, as ações de educação em saúde com o grupo jovem realizada por profissionais de saúde e educadores são extremamente relevantes, esclarecendo sobre a importância de prevenir esses agravos. É necessário, ainda, salientar a importância do uso contínuo de preservativos para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, e estimular a busca pelos serviços de saúde pública para realizar testes de sorologia para IST e orientações em saúde. Acrescenta-se que o público masculino, em geral, procura menos os serviços de saúde que as mulheres, sendo necessário que os serviços adotem novas estratégias para atingir esse grupo. Algumas IST se apresentam de forma assintomática, o que retarda o diagnóstico e o tratamento, facilitando o contágio e a propagação dessas infecções. O papel dos profissionais de saúde nas unidades de atenção primária é imprescindível, com ações de sensibilização desse contingente populacional, ressaltando a importância do autocuidado, das práticas de prevenção e cuidados com a saúde sexual para a prevenção de agravos à saúde, como as infecções sexualmente transmissíveis. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8288 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO FAMILIAR NO PUERPÉRIO, COM INCENTIVO À DUPLA PROTEÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Rayssa Raquel Araújo Barbosa, Thatiane Cristina da Anunciação Athaide, Raphaella Monike Teixeira de Sousa, Leticia dos Santos Cruz, Samara Machado Castilho, Bianca Oliveira de Sousa, Renata Valentim Abreu, Carla Patrícia Santos dos Santos |
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Apresentação: O planejamento reprodutivo, também chamado de planejamento familiar, designa um conjunto de ações de regulação da fecundidade, as quais podem auxiliar as pessoas a prever e controlar a geração e o nascimento de filhos, e englobam adultos, jovens e adolescentes, com vida sexual com ou sem parcerias estáveis, bem como aqueles e aquelas que se preparam para iniciar sua vida sexual. Em 12 de junho de 1996, foi publicada a Lei nº 9.263, que rege sobre o planejamento familiar. Segundo a legislação, o tema orienta-se por ações preventivas e educativas, bem como a garantia de acesso igualitário a informações, meios, métodos e técnicas disponíveis para a regulação da fecundidade, sendo dever do Estado, através do Sistema Único de Saúde promover a capacitação dos profissionais envolvidos. Diante disso, torna-se importante a atenção qualificada durante a fase puerperal. A prestação de aconselhamento sobre planejamento familiar como parte de assistência ao parto aumenta a sensibilização acerca da importância do espaçamento dos nascimentos e das opções contraceptivas no pós-parto. Por estas razões, medidas de planejamento familiar representam uma estratégia de extrema importância para preservação do bem-estar materno-fetal, prevenindo uma gestação não planejada e suas consequentes complicações, ainda no puerpério. A partir disto, este estudo tem como objetivo principal descrever experiência acadêmica de uma roda de conversa que foi realizada para expor a importância do planejamento familiar e os benefícios da realização da dupla proteção e contracepção no puerpério para gestantes, como estratégia para promover a adesão ao planejamento familiar na atenção primária a saúde. Desenvolvimento: Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa do tipo relato de experiência, para descrever atividade realizada em uma Estratégia Saúde da Família (ESF), localizada na rodovia Augusto Montenegro no município de Belém, no estado do Pará, realizada no auditório da unidade em 2019. Resultado: Analisando as demandas dos usuários, observamos que o número de mulheres que iniciam o pré-natal semanalmente é elevado e o número de gestantes atendidas já chega aproximadamente em 100 mulheres, em concomitância observou-se que durante as consultas de enfermagem no pré-natal, que o tempo mínimo de intervalo interpartal das usuárias na área de abrangência é baixo e demonstraram déficit elevado no que tange ao conhecimento sobre planejamento familiar no puerpério e métodos contraceptivos, em especial o método da dupla proteção. Diante do exposto, buscou-se com esta atividade contribuir para a promoção da saúde de famílias e provocar mudanças sociais e econômicas através do planejamento familiar, diminuindo o número de gravidez não planejada, abortos e Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Para o desenvolvimento da ação foram envolvidas duas enfermeiras, sendo uma gerente da unidade e uma enfermeira que realiza o atendimento das consultas do pré-natal, para priorizar a familiaridade das gestantes com a atividade e poder manter uma relação mais estreita com as gestantes na atividade, além disto, participaram da atividade sete acadêmicas do curso de enfermagem. No que se refere ao público alvo da atividade, participaram mulheres gestantes matriculadas na unidade e que estavam realizando consultas de pré-natal na faixa etária entre 18 e 35 anos, sendo contatadas por contato telefônico e/ou através de convite pessoal realizado durante a consulta do pré-natal para participar de uma palestra educativa e informativa relacionada ao tema. Compareceram no local 30 mulheres, que foram convidadas a sentar-se em cadeiras que formavam um grande círculo, para realizarmos uma grande roda de conversa, para isto, foi iniciada a apresentação das enfermeiras e das estagiárias, e em seguida as gestantes, foram convidadas a se apresentarem individualmente para o grupo, proferindo seu nome, idade, idade gestacional, se a gestação foi ou não planejada, e explicar para o grupo um pouco sobre a sua história e de como está se sentindo no atual momento da gestação, neste momento, ficou evidenciado que muitas das gestantes presentes tinham pontos em comum, principalmente no que se refere a gravidez não planejada, outros pontos de destaque foi a sensação de inutilidade verbalizada pelas mulheres, visto que muitas pararam de estudar e/ou trabalhar para gerar e cuidar da prole, ainda neste momento, ficou evidenciado o desconhecimento sobre métodos contraceptivos acessíveis para evitar gestações indesejáveis, porém, houve disposição melhorada para a busca por conhecimento sobre métodos contraceptivos. Em seguida, foram apresentados os preservativos disponíveis para uso no coito, com enfoque nas orientações sobre o uso correto do preservativo feminino, e do uso responsável de anticoncepcionais injetáveis e orais, para promover a autonomia e o protagonismo da mulher no planejamento familiar, neste momento também foram orientadas ao reconhecimento das ISTs e o impacto de uma dessas infecções na vida do usuário, para estimular a adesão do uso do preservativo, enfatizando que tais produtos ficam disponíveis na unidade, assim como a realização de testes rápido para HIV, Sífilis, Hepatite B e C. Em seguida, foram orientadas no que se refere a dupla proteção, como é realizada, e a sua importância para o controle de ISTs, para o controle de natalidade, e ainda, para o planejamento familiar, respeitando direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal, neste momento foi utilizado tecnologia leve em forma de folheto para viabilizar o entendimento das gestantes, com imagens explicativas, pequenos textos que detalhavam de forma simples e sucinta os procedimentos da dupla proteção. Considerações finais: Diante do exposto, ficou evidenciado a necessidade de atividades educativas constantes para possibilitar a adesão de planejamento familiar estratégico e viabilizar a gestação planejada, além de diminuir a incidência de infecções sexualmente transmissíveis, visto que, quando em relacionamentos estáveis o casal habitualmente descarta o uso de preservativo, porém existe a possibilidades de relações extraconjugais eventuais desprotegidas, constituindo-se um importante fator de risco para estas infecções, para isto, ações para adesão de dupla proteção são indicadas pois contribuem para a proteção dos atores familiares. Destacamos ainda, o trabalho do profissional enfermeiro que atua como educador no âmbito da saúde, desempenhando papeis importantes em ações preventivas, em especial na atenção primária a saúde, pois neste nível de atenção proporciona uma autonomia elevada para a atuação deste profissional, principalmente no que diz respeito a prevenção de agravos a saúde. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 9826 Título do Trabalho: SURTO DE SARAMPO NO BRASIL E A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO Autores: Amanda Ferreira Rodrigues, Carla Sena Cunha, Ana Carla Vilhena Barbosa, Yasmin Martins de Sousa |
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Apresentação: O sarampo é uma doença infecciosa aguda, grave, transmissível e altamente contagiosa, que costuma ser muito comum na infância. É causada pelo vírus do sarampo, um virús RNA que pertence ao gênero Morbillivirus da família Paramoxyviridae. A viremia causada pela infecção provoca uma vasculite generalizada, responsável pelo aparecimento das diversas manifestações clínicas, como febre, coriza e conjuntivite. Pode evoluir com gravidade, causando complicações como pneumonia e encefalite. Essas complicações contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade, em que infecções bacterianas secundárias ocorrem com maior frequência. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. O vírus pode ser transmitido de quatro a seis dias antes, até quatro dias após o aparecimento do exantema, sendo o período de maior transmissibilidade dois dias antes e dois dias após o início do exantema. No Brasil, o sarampo é uma doença de notificação compulsória desde 1968, até o final dos anos 70, essa virose era uma das principais causas de óbito, dentre as doenças infecto-contagiosas, sobretudo em menores de cinco anos, em decorrência de complicações, especialmente a pneumonia. Dessa forma, a vacina tríplice viral é a única medida de prevenção eficaz contra o sarampo, protegendo também contra a rubéola e a caxumba. A vacina contra o sarampo é disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Nos serviços de saúde, a vacinação de rotina deve ser realizada em conformidade com as normas do PNI, segundo o calendário de vacinação estabelecido pelo Ministério da Saúde: uma dose da vacina tríplice viral aos 12 meses de idade, uma dose da tetraviral aos 15 meses de idade, duas doses da tríplice viral entre dois e 29 anos de idade, e uma dose da tríplice viral dos 30 aos 49 anos de idade, de acordo com a situação vacinal encontrada. Apesar da disponibilidade desta vacina, que é barata, segura e eficaz, há mais de 40 anos, o sarampo é umas das principais causas de morte infantil em algumas áreas do mundo. Entre as diversas estratégias de vacinação ultilizadas temos: vacinação de rotina; monitoramento rápido das coberturas vacinais (MRC); vacinação de bloqueio; varredura; e intensificação da vacinação. Devido o controle nacional da doença, em 2016 foi entregue ao Brasil pela OMS o certificado de eliminação da circulação do vírus no país, porém, no ano de 2019, essa condecoração foi perdida, devido ao fato de haver vários casos confirmados em território nacional, principalmente na Região Norte brasileira em um período extenso, e por não apresentar um controle vacinal no solo brasileiro em 2017 nas rotinas de vacinação, coberturas da administração das doses da vacina tríplice viral, tanto na dose 1(D1) quanto na dose 2 (D2). O Ministério da Saúde a fim de reverter o declínio de coberturas de vacinas no Brasil, lançou o Movimento Vacina Brasil, em 9 de abril de 2019, durante a XXII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, como parte da agenda dos primeiros 100 dias de governo. A iniciativa tem como objetivo mobilizar os três níveis de gestão e diversos setores da sociedade brasileira e alertar sobre a importância da vacinação como principal medida de controle das doenças imunopreveníveis, é a única capaz de evitar a reemergência de doenças eliminadas no país. Objetivo: Identificar as principais causas relacionadas ao surto do sarampo no Brasil e a importância da vacinação. Desenvolvimento: Trata-se de uma revisão de literatura, a partir de coleta de artigos científicos das bases de dados: MEDLINE, LILACS, SciELO , do tipo qualitativa e descritiva entre os anos de 2015 a 2019. Resultado: O surto de sarampo atual decorre da presença de indivíduos suscetíveis a doença, seja pela não vacinação ou pelo esquema vacinal incompleto. Evidencia-se que o surto atual está relacionado a importação, uma vez que o genótipo viral identificado é o mesmo do circulante na Venezuela, Líbano e Europa, e que a cobertura vacinal está abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde favorecendo o reemergência da doença no país. O vírus do sarampo apresenta oito classes (A-H), que pode ser subdividida em 24 genótipos. Muitos países, como é o caso do Brasil, conseguiram controlar a incidência dessa doença utilizando a vacina, entretanto, enquanto os casos não forem completamente erradicados e uma grande parcela da população global não for devidamente imunizada, essa doença continuará circulando e gerando surto. Diante dos novos casos de sarampo, é extremamente importante que os profissionais de saúde do Brasil e do mundo coloquem essa doença nos diagnósticos diferenciais de doenças exantemáticas, e atuem ativamente na prevenção, estimulando a vacinação. Assim, é importante e indispensável a atenção para a notificação do sarampo, para que se tenha a real noção do número de casos e um adequado estudo e análise epidemiológicas. Apenas com a investigação epidemiológica se poderá chegar aos planos de ações eficazes para erradicar de uma vez por todas o sarampo. Consideraçães finais: Diante da ocorrência do surto de sarampo, as principais ações para contenção de casos ao longo dos 15 meses, foram ações de imunização, seguidas de campanhas de vacinação para faixa etária de 6 meses até 4 anos e a vacinação indiscriminada para pessoas entre 5 e 29 anos, além das crianças de 6 meses a 1 ano. Dessa forma, é importante a manutenção do sistema de vigilância epidemiológica da doença, com o objetivo de detectar oportunamente todo caso de sarampo importado, bem como adotar todas as medidas de controle ao caso. Estes surtos podem ser úteis para identificar lacunas nos programas de imunização, que podem não ser evidentes através do controle da cobertura vacinal. Diante do exposto, recomenda-se tornar a vigilância epidemiológica sensível, realizar busca ativa de casos suspeitos ou confirmados de sarampo em municípios e unidades silenciosas, sensibilizar profissionais de saúde da rede pública e privada quanto à obrigatoriedade da notificação imediata de sarampo. Todos têm uma parcela de responsabilidade nisso, cabe às autoridades gestoras de saúde atuar para que surtos não aconteçam, fortalecendo as ações em imunizações, estímulo à pesquisa de imunobiológicos cada vez mais seguros e livres de possíveis reações. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 10086 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DE AÇÕES EDUCATIVAS SOBRE A CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA COMO UM DOCUMENTO Autores: Marley Valéria de Andrade Barata, Aline Carolina Castro Mota, Thalia Karoline Santos Gomes, Camila de Cássia da Silva de França |
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Apresentação: A caderneta de saúde da criança, segundo o Ministério da Saúde, é um documento o qual é distribuído em maternidades, públicas e privadas, durante o nascimento e toda criança, nascida em território nacional, tem o direito de a receber de forma gratuita. Esse documento é dividido em duas partes: a primeira, direcionada à pais/cuidadores, contém informações e orientações diversas a respeito de condições de saúde, importância e benefícios da amamentação e vacinação, direitos da criança, como prevenir e reconhecer sinais de violência, entre outros; a segunda, direcionada aos profissionais de saúde, contém espaços e gráficos para registros e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança, condições de saúde adversas, vacinas administradas e etc. Esse instrumento deve ser devidamente preenchido por todos os profissionais de saúde, pois configura-se como ferramenta importante para o acompanhamento da condição de saúde, crescimento e desenvolvimento da criança de forma longitudinal, de 0 a 09 anos de idade. Contudo, nota-se certa dificuldade, seja por questões como desconhecimento ou falta de tempo, em preencher de forma adequada a caderneta e instruir pais e responsáveis quanto à importância do registro de tudo o que acontece com a criança neste documento, corroborando, assim, para a perda de informações importantes sobre, por exemplo, a primeira infância (de 0 a 06 anos de idade) e para negligencia de um direito da criança. Com isto, fazem-se necessárias ações educativas em saúde, por parte de todos os profissionais da área, visando dialogar com pais e responsáveis sobre a importância deste documento e de seu preenchimento, a fim de empoderá-los como cidadãos e diminuir a perda de registros importantes sobre a infância no país. Objetivo: Orientar pais, responsáveis e a população em geral sobre a importância do preenchimento adequado da caderneta de saúde da criança. Desenvolvimento: As ações educativas foram idealizadas e executadas em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada no município de Belém (PA) por uma equipe multidisciplinar, formada pela preceptora do grupo e enfermeira da UBS em questão e três acadêmicas da Universidade Federal do Pará dos cursos de enfermagem, medicina e serviço social. Como tema norteador, teve “A Caderneta de Saúde da Criança: um documento de acompanhamento longitudinal” e seu público-alvo eram pais, responsáveis e a população em geral. Foi realizada no período de janeiro de 2020 em duas salas de esperas da Unidade ― uma para o atendimento pediátrico e outra para o atendimento odontológico ―, tendo duração média de 30min em cada, totalizando 1h de atividade. Participaram, no total, 14 pessoas, sendo destas, 07 responsáveis que acompanhavam crianças em suas consultas e, por isso, estavam com a caderneta em mãos. As ações foram executadas por meio de perguntas norteadoras aos participantes, a fim de conhecer sobre o que sabiam a respeito da caderneta da criança, sendo estas “vocês acham que a caderneta de saúde da criança é importante? Caso sim, por quê?” e “quais profissionais devem preencher esse documento?”. Conforme as perguntas iam sendo respondidas, explanava-se sobre a importância da caderneta para o acompanhamento em saúde longitudinal da criança, demonstrando que este é divido em duas partes e debatendo sobre o que cada uma delas trata, como amamentação; introdução alimentar; desidratação; gráficos de peso, altura e IMC para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento; tabela de vacinas; área destinada ao acompanhamento odontológico; anotações importantes observadas por pais e responsáveis; entre outros. Adendo a isto, foi discutida a importância do preenchimento adequado, em todas as consultas, por todos os profissionais, da caderneta de saúde da criança, reforçando que ela é o principal documento de saúde de um indivíduo até os 09 anos de idade. Após a explanação, foram analisadas individualmente as cadernetas disponíveis e apontados pontos que precisavam melhorar ― como o preenchimento dos gráficos de crescimento e desenvolvimento ― e pontos positivos ― como a tabela de vacinação ―, tirando todas as dúvidas restantes sobre o documento. Resultado: Notou-se que, entre os participantes das ações, poucas pessoas sabiam a importância da caderneta de saúde da criança com um documento que garante direitos e, por isso, não atentavam para o preenchimento correto e contínuo dos gráficos, tabelas e demais espaços destinados para o acompanhamento completo, perdendo informações importantes sobre esta etapa da vida. Os pais e responsáveis das crianças que esperavam para serem consultadas pelo pediatra tiraram algumas dúvidas sobre a necessidade do uso constante da caderneta e relataram que muitos dados foram anotados apenas no prontuário da criança, não sendo registrados, também, em sua caderneta, o que foi notório ao observar, individualmente, as cadernetas de saúde da criança, pois percebeu-se que nenhuma estava preenchida em sua totalidade, estando muitas informações parcialmente anotadas, como os gráficos de crescimentos e os marcos de desenvolvimento. Os participantes relataram não saber que todos os profissionais de saúde deveriam preencher a caderneta, mas que a partir daquele momento iriam se atentar mais sobre esse acompanhamento. A área para controle da vacinação foi a mais bem preenchida em todas as cadernetas, pois a maioria dos pais entendia a importância do documento apenas para acompanhar as vacinas. De forma geral, ambas as salas de espera se mostraram bastante receptivas e atentas para aprenderem com as orientações dadas, respondendo às indagações e questionando sobre suas dúvidas. Considerações finais: é essencial a realização de ações de educação em saúde, conduzidas pelas equipes multidisciplinares dos níveis de atenção em saúde, destinadas a instruir e orientar a população, desde o planejamento reprodutivo, sobre a importância da caderneta de saúde da criança como um documento de acompanhamento longitudinal, pois é por meio deste instrumento que se é possível detectar se há desvios do padrão de normalidade no crescimento e desenvolvimento, prevenir doenças da primeira infância, diminuir a mortalidade infantil, dar autonomia a pais e responsáveis por meio das instruções nela presentes, além de garantir os direitos das crianças e entender como essa etapa da vida vem se desenvolvendo no país. Além disso, são necessárias, também, ações de educação permanente e continuada com profissionais dos serviços de saúde para ratificar a importância do preenchimento adequado deste documento, independentemente do nível de atenção no qual a criança está sendo atendida ou do profissional que está prestando assistência. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 9320 Título do Trabalho: PRECEPTORIA ATIVA: A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO EXTRACURRICULAR NA FORMAÇÃO DO EU PROFISSIONAL EM ENFERMAGEM Autores: Maíza Silva de Sousa, Alda Maria Lagoia Valente, José Henrique Santos Silva, Luciana Duarte Rodrigues Nascimento, Poliana dos Santos Alves, Fernanda Lima de Almeida, Armando Sequeira Penela |
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Apresentação: Durante a graduação os acadêmicos de enfermagem são apresentados a uma série de disciplinas que se complementam, visando uma formação holística e humanizada. Entretanto, geralmente é feita uma abordagem teórica que por vezes se distancia da realidade vivenciada na prática. Em decorrência disso, quando o acadêmico chega no estágio sente-se inseguro e com medo de realizar algumas das atividades propostas. Um exemplo é a punção venosa periférica, algo rotineiro dentro de uma unidade de saúde, no entanto, treinar na universidade entre os seus colegas de classe não é a mesma coisa que realizar o procedimento em um paciente debilitado, com várias comorbidades e redes venosas de difícil acesso. Além disso, há fragilidades no desenvolvimento do cuidado como um todo, desde a admissão do paciente até sua alta, pois tal execução requer segurança e prática, algo que o acadêmico geralmente não tem. Nesse momento, ter ao lado a figura do preceptor como alguém experiente, seguro e motivador faz toda a diferença. Ainda assim, apenas os estágios da universidade são insuficientes para desenvolver as competências e habilidades que o futuro enfermeiro necessita. Dentro desse contexto, os estágios extracurriculares compreendem uma estratégia e ferramenta de suma importância para a formação de um eu-profissional seguro, crítico-reflexivo, responsável e com competências e habilidades necessárias para o desenvolvimento de uma assistência de qualidade e humanizada. Assim, o objetivo desse estudo é relatar a experiência de uma acadêmica de enfermagem sobre o estágio extracurricular voluntário realizado em uma clínica de referência em tratamento oncológico e a importância do preceptor ativo na formação do eu-profissional, como membro da equipe multiprofissional. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência vivenciado no estágio de uma clínica oncológica em Belém do Pará, iniciado em dezembro de 2019, com carga horária semanal de 12 horas (sendo 8 horas dedicadas ao ensino prático e 4 horas ao desenvolvimento de pesquisa científica). O estágio busca aliar, prática junto ao ensino, a pesquisa e a extensão de forma integrada e inovadora. Inicialmente nos foi apresentado o relatório parcial e final dos estagiários (turma 2019) a fim de nos familiarizar com as atividades desenvolvidas. Em seguida, nós da turma 2020 tivemos a primeira semana de estágio no ambulatório, que consistiu na observação da rotina, de alguns procedimentos e o contato com o sistema de registro dos pacientes. Na segunda semana já foi possível realizar visitas diárias com os pacientes, investigando o estado geral de saúde e as possíveis reações à quimioterapia, como hipersensibilidade, algo que precisa ser monitorado constantemente; realizou-se preparação de suporte (solução fisiológica 0,9% + vitamina B + vitamina C), punção venosa periférica, curativo de cateter central de inserção periférica (PICC), e a tentativa de punção de Port-a-cath (cateter totalmente implantado). Na terceira semana, a punção de Port-a-cath saiu da tentativa para a execução exitosa. O PICC e Port-a-cath são cateteres de longa permanência que podem ser utilizados na administração de dietas parenterais, medicamentos e outras soluções, sendo extremamente importantes no tratamento de pacientes oncológicos, uma vez que ajudam a preservar as redes venosas periféricas da ação irritante dos quimioterápicos antineoplásicos. Todas as atividades foram realizadas sob supervisão e intervenção (quando necessária) dos preceptores. Vale ressaltar que o enfermeiro oncológico é responsável por todas as atividades de enfermagem no que tange ao tratamento com quimioterápicos antineoplásicos, bem como o manejo dos seus efeitos colaterais. Assim, o estágio tem proporcionado muito aprendizado e espero conhecer ainda mais sobre os protocolos de quimioterapia, o manejo de suas possíveis reações e construir um eu-profissional crítico-reflexivo, responsável com o cuidado dispensado aos pacientes. Resultado: O estágio realizado se diferencia dos demais pelo fato do estagiário ser realmente notado como um profissional em formação que necessita de subsídios para adequar os conhecimentos teóricos à realidade vivenciada na prática de forma crítica-reflexiva. E uma peça chave desse cenário é a participação ativa dos preceptores que se comprometem com a formação dos estagiários. Assim, desde o início do estágio os preceptores nos repassaram a rotina do local, as atividades desenvolvidas, desde os processos gerenciais (do registro de pacientes, relatório diário) até os procedimentos práticos realizados. Na segunda semana a preceptora já nos ensinou a realizar a visita diária, destacando a importância de investigarmos a presença de sinais e sintomas como alopécia, inapetência, diarréia, obstipação e insônia associados ao tratamento, visto que são efeitos colaterais comuns no perfil de pacientes atendidos no ambulatório, sendo de extrema relevância o registro dessas informações. Quanto a realização de procedimentos, ela explicou detalhadamente quais os materiais necessários, bem como a finalidade de cada um, quando desconhecidos. Em seguida, explicou o passo a passo dos mesmos, o que nos repassou muita segurança, autocontrole e confiança, nos permitindo realizar os procedimentos satisfatoriamente. Um deles me chamou bastante a atenção para a importância do papel do preceptor ativo na construção de um eu-profissional qualificado e responsável – a tentativa de puncionar um Port-a-cath. O fato de não ter conseguido realizar a punção na primeira tentativa me deixou frustrada e sem vontade de realizá-la novamente. Porém, os preceptores me instigaram a treinar o procedimento em uma peça anatômica, o que fiz no restante da manhã. No dia seguinte, ao chegar no estágio a preceptora informou que tinha várias punções para realizar e perguntou se eu queria tentar. Respondi que não sabia e ela insistiu que eu precisava tentar, pois só assim poderia aprender. Um outro preceptor me acompanhou e eu consgui realizar o procedimento com sucesso. Isso me deixou muito feliz e mudou totalmente minha perspectiva anterior quanto a realização do procedimento. Agora consigo realizar esse e outros com segurança, destreza e autocontrole e destaco a importância desses preceptores na minha formação. Além das atividades desenvolvidas no ambulatório, o estágio conta com a atividade de pesquisa e esse método de aliar o ensino-serviço à pesquisa (teoria) é extremamente importante, porque temos a oportunidade de fazer o processo inverso do que é realizado na universidade. E isso ajuda a consolidar e inovar o conhecimento, pois nem sempre observamos na teoria o que encontramos na prática, o que gera um confronto de ideias e permite criar o novo. No que se refere a extensão, o estágio desenvolve atividades em datas alusivas ao câncer, destacando-se medidas de prevenção, controle e combate à doença. Considerações finais: A experiência vivenciada no estágio vai de encontro a alguns estudos da literatura, como o de Souza et al. (2017) que colocam o preceptor num papel passivo e as vezes até omisso quanto a formação dos seus educandos. Tal fato despertou o interesse de relatar essa experiência para mostrar o quão importante é o preceptor ativo na vida de um estagiário e como ele pode fazer a diferença na sua formação. Além disso, a estratégia utilizada de integrar ensino-serviço e pesquisa, nessa ordem, modifica a perspectiva do estagiário, despertando seu interesse em se aprofundar no que é encontrado na prática, tornando-o mais experiente, seguro, autoconfiante e inovador nas atividades que desenvolve. Referência: SOUZA, D.J.; FARIA, M. F.; CARDOSO, R.J.; CONTIM, D. Estágio curricular supervisionado sob a ótica dos enfermeiros supervisores. Revista de Enfermagem e Atenção à Saúde; v. 6, n. 1, pp. 39-51, 2017. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7612 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO ATRAVÉS DO ENSINO SERVIÇO E A PERSPECTIVA DO ACADÊMICO DE ENFERMAGEM NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE. Autores: SAMILY GUIMARAES ROCHA, Victória Caroliny do Nascimento Lea, Thalissa Thaina Santos de Souza, Priscila Bentes Rodrigues, Maicon de Araujo Nogueira |
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Apresentação: A nova concepção de saúde trazida junto a implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) trouxe à tona questões no campo da formação superior, exigindo das universidades uma reestruturação de currículos de forma a aproximar a academia com os cenários de práticas, permitindo um perfil de egressos capazes de romper as bases do modelo médico assistencial. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, configurou-se em um novo paradigma para a formação. Na Enfermagem, mais especificamente, tem-se as Diretrizes Curriculares Nacionais para a graduação em enfermagem (DCN/ENF), cujo ideal básico é a flexibilização curricular, com vistas a possibilitar uma sólida formação de acordo com o estágio do conhecimento desenvolvido em cada área, permitindo ao graduado enfrentar as rápidas mudanças na área da saúde e seus reflexos no mundo do trabalho A integração Ensino-Serviço mostra-se quanto fundamental para o estudante da área de saúde, inserindo-o mais previamente possível na realidade, permitindo-lhe a coprodução de conhecimentos, habilidades e cuidados. Nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e nas políticas indutoras da reorientação da formação em saúde, os estágios supervisionados e as atividades complementares servem para enriquecer a formação dos futuros profissionais, por meio de vivências práticas e da realização de atividades diversas fora da sala de aula. A importância do preceptor, como mediador desse processo, é indiscutível, a partir da perspectiva de valorização dos saberes advindos da experiência do trabalho, na formação de outros profissionais, sendo, portanto, uma obrigatoriedade a qualificação dos profissionais que atuam na preceptoria, como parte indissociável da reordenação da formação superior em saúde. No curso de Enfermagem da Universidade da Amazônia, a matriz curricular permite a vivência de projetos e/ou estágios desde o quarto até o último ano de curso, nos diversos níveis de atenção de saúde, proporcionando ao aluno o desenvolvimento de habilidades humanizadas, críticas e relacionais frente à necessidade de tomada de decisões, como também, a aproximação da realidade de vida do usuário e os recursos do meio disponível para elaboração dos Projetos Terapêuticos Singulares (PTSs) e encaminhamentos/resoluções em situações-problema, promovendo o crescimento em amplos aspectos no processo formativo. Objetivo: A importância da atuação do enfermeiro através do ensino-serviço e a perspectiva do acadêmico de enfermagem no processo de aprendizagem da educação em saúde. Método: Trata-se de um estudo de caráter descritivo e exploratório de percepção acadêmica, com bases em reflexão teórica no período de agosto de 2019, após vivências em estágios obrigatórios em unidades de saúde conforme requisito obrigatório do curso de enfermagem da Universidade da Amazônia – UNAMA. Buscou-se compreender e traçar o perfil de competências e habilidades dos estudantes do curso de enfermagem que atuam nos serviços públicos de atenção primária à saúde quanto ao exercício da preceptoria e dos alunos sobre os estágios. Observou-se que as enfermeiras executam ações de educação em saúde relacionadas ao pré-natal, ao cuidado com o Recém-Nascido, calendário vacinal; também são realizadas orientações gerais sobre as DST, é feita a busca ativa de tuberculose e hanseníase, é desenvolvido um controle do diabetes e hipertensão, através do programa Hiperdia, preconizado pelo Ministério da Saúde. Ocorrem reuniões e palestras em grupos, onde são discutidos vários assuntos de saúde, são organizadas atividades físicas diárias para os idosos, e em todas as práticas executadas sempre há o incentivo do autocuidado. Os profissionais apontaram a importância da inserção dos alunos no serviço, porém relataram dificuldades para o exercício da preceptoria, principalmente, a falta de insumos e programas de capacitação, bem como, ausência de incentivo financeiro. As unidades de saúde não preparadas para o estagiário, às condições de precarização vividas no ambiente de trabalho, a demanda excessiva, desconforto do preceptor com o papel de professor, curta experiência na função de preceptoria são dificuldades apontadas e que fortalecem, inclusive, alguns argumentos daqueles que não se interessam pela inserção dos estudantes no serviço. Adicionalmente, a pesquisa buscou avaliar as percepções dos acadêmicos de enfermagem em relação às experiências de estágio no serviço e avaliação dos preceptores em que se observou a afirmação da importância dos estágios para a formação, mostrando tais experiências como positivas em sua maioria e uma avaliação favorável quanto aos profissionais preceptores. Resultado: A inclusão ensino-serviço foi fortalecida pelas iniciativas no âmbito da saúde, o que passou por fortalecer a corresponsabilização das instituições envolvidas no processo: a universidade na prestação e potencialização do cuidado e os serviços na atuação junto à formação e envolvimento dos preceptores. Dessa forma, entende-se que o estágio é um fator fundamental na efetividade do contato entre o estudante e a comunidade, mostrando amplos e relevantes benefícios no processo ensino-aprendizagem, oportunizando o desenvolvimento de relações, aguçando a percepção do indivíduo, que inserido no meio social terá experiências que resultarão numa formação mais humanizada em saúde. De acordo com as constatações e percepções presentes nesta experiência de pesquisa, destacou se a extrema necessidade da efetiva articulação entre universidades e cenários de prática, de forma a permitir a criação de programas de capacitação e iniciativas de educação permanente que alcancem um genuíno desenvolvimento dos processos de aprendizagem, pactuados a partir das necessidades e expectativas dos estudantes e profissionais, bem como, proporcionar ambientes de aprendizagem relevantes e impactantes para a evolução intelectual e humana dos trabalhadores e gestores do SUS. Considerações finais: A inclusão ensino-serviço é de extrema importância para a formação do futuro profissional. Merece destaque o fato dos profissionais que acolhem esses estudantes no serviço não receberem uma formação adicional específica, voltada para o exercício da preceptoria. Considera-se que para haver uma efetividade na evolução dos processos de aprendizagem, pactuados a partir das necessidades e expectativas, haja uma contínua consolidação na realização dos estágios, bem como o desenvolvimento de programas de educação permanente para os profissionais a fim de prepará-los para maximizar os processos de aprendizagem dentro dos serviços de saúde. Dessa forma, justifica-se o investimento na formação contínua dos enfermeiros, pois esses profissionais devem ser capazes de transformar a realidade social de uma comunidade, contribuindo para a solução dos problemas que afetam os usuários e atuando juntamente com a população. Assim, o enfermeiro passa a ser reconhecido e respeitado pela comunidade na qual desenvolve suas atividades. Portanto, acreditamos que o conteúdo deste estudo é de grande importância para os profissionais de saúde, pois permite uma reflexão sobre como tem sido sua atuação e seu vínculo com os usuários, deixando evidenciada a necessidade de capacitações que visem à qualificação contínua do profissional para atuar de maneira efetiva com a população. DESCRITORES: Educação em saúde. Enfermeiro-atuação. Saúde-prevenção. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7276 Título do Trabalho: IMPORTÂNCIA DO AUTOCUIDADO NA DIABETES NO CONTEXTO DA ATENÇÃO BÁSICA Autores: VANESSA KLIMKOWSKI ARGOUD, DANIELY Casagrande Borges, ANNA CAROLINE SOLKA, GREYCE FREITAS AYRES, NÚBIA IVANIRA BORBA |
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Apresentação: A Atenção Básica é considerada o espaço de práticas em saúde responsável por desenvolver estratégias de promoção, prevenção e recuperação da saúde do indivíduo. As condições crônicas de saúde são aquelas de início lento e permanente, que demandam um cuidado contínuo, proativo e integrado do Sistema de Saúde. O Diabetes Mellitus é uma das doenças crônicas de maior prevalência mundial, apresentando-se como um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia, resultante de defeitos na secreção ou ação da insulina, ou em ambos os processos. Diante desse crescente número de diabéticos, a Atenção Básica torna-se responsável pelo diagnóstico, acompanhamento e prevenção de agravos desses indivíduos. Dessa forma o trabalho tem como objetivo descrever um relato de experiência abordando questões relacionadas à promoção do autocuidado num grupo de diabéticos. Primeiramente foi observado que a maioria dos participantes não reconheciam o espaço do grupo como um local de educação e promoção em saúde. Para os usuários aquele era um lugar visto como de convivência, ou simplesmente para renovação de receitas médicas. A partir desse reconhecimento das fragilidades, o grupo passou a mudar a metodologia de trabalho. O espaço para convivência entre os participantes foi mantido, mas se teve um enfoque maior em relação ao autocuidado no diabetes. Foi construído um cronograma, ao qual abordava atividades relacionadas a alimentação saudável, uso correto de medicamentos e insulina, exercícios físicos, sinais de alerta, complicações do diabetes e pé diabético. Pode-se concluir que a reformulação do grupo, trabalhando as questões de autocuidado apresentou resultados positivos: os usuários entenderam melhor sua condição crônica e perceberam a importância de atentar-se para o seu cuidado. |
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Trabalho nº 7437 Título do Trabalho: EDUCAÇÃO EM SAÚDE: IMPORTÂNCIA VITAL DA AMAMENTAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DE UMA SAÚDE COM BASE SÓLIDA Autores: Viviane de Souza Bezerra, Izabele Grazielle da Silva Pojo, Dheise Ellen Correa Pedroso, Sarah Bianca Trindade, Marcia Eduarda Dias Conceição, Rafael de Jesus Brito Mendes, Nely Dayse Santos da Mata, Luzilena de Sousa Prudêncio Rohde |
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Apresentação: O aleitamento materno (AM) é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e é a estratégia que mais contribui para a prevenção de mortes infantis, além de ser econômica. Os profissionais de saúde exercem um papel importante de educador e incentivador da amamentação, e para realizar educação em saúde sobre a temática ele precisa entender que tipo de apoio, informação e interação as mães desejam, precisam ou esperam dele. Portanto é necessário que os profissionais de saúde disponham de estratégias efetivas e acessíveis a população, e que despertem o interesse das gestantes sobre a importância de adotar uma prática saudável de aleitamento materno. O trabalho tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem sobre a importância vital da amamentação como base sólida à saúde, com adolescentes grávidas e seus acompanhantes. Desenvolvimento: A experiência teve como cenário o Parque do Forte que é um complexo turístico histórico, localizado na chamada frente da cidade que envolve a área externa da Fortaleza de São José e ocorreu no dia 17 de agosto de 2019 durante a tarde, por ser o mês dedicado à intensificação das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno foi abordado a temática chamando a atenção para importância vital da amamentação na construção de uma saúde com base sólida. A estratégia utilizada para a promoção da saúde foi uma roda de conversa abordando os benefícios a longo e médio prazo da amamentação, os riscos do desmame precoce, os tipos de amamentação, a posição e pega correta de amamentar, que foram demonstradas por uma acadêmica com o auxílio de uma prótese e um boneco. Participaram da roda de conversa doze acadêmicos de enfermagem, duas residentes de saúde coletiva, duas discentes enfermeiras obstetras, uma educadora física, cinco gestantes e dois acompanhantes. Resultado: Mesmo todas as gestantes presentes estarem sendo acompanhadas no pré-natal, as informações básicas sobre a importância do aleitamento materno eram escassas, comprovando a falta de qualidade de algumas consultas de pré-natal. Então percebeu-se a importância e a vantagem da participação em grupos de apoio que realizam esses tipos de atividades, como as rodas de conversas que são benéficas principalmente por causar interação dos participantes e de reforçar o vínculo entre discentes, docentes e gestantes, pois as mesmas conversavam não só com o pesquisador mas também entre elas. Além de proporcionar às gestantes um momento de aprendizagem, observou-se que as mesmas se sentiram à vontade, uma vez que a maioria relatou diversas dúvidas em relação ao tema, suas dúvidas foram completamente sanadas pelos acadêmicos presentes, com auxílio das professoras. As principais dúvidas eram sobre a posição correta de amamentar tanto da mãe quanto do bebê. Considerações finais: O objetivo de se relatar a importância da amamentação foi bem esclarecido. Atividades como essas são de extrema necessidade, pois traz benefícios para o binômio mãe-bebê e acompanhante, por fornecer conhecimentos que contribuirão para o sucesso da amamentação e para saúde da puérpera e recém nascido. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 9850 Título do Trabalho: AULAS DE PSICOLOGIA E SUA IMPORTÂNCIA PARA A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Lara Lelis Dias, Renata Oliveira Caetano, Thais Bitencourt Faria, Daniel Reis Correia, Laís Sousa Silva, Débora Mol Mendes, Henrique Pinto Gomide |
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Apresentação: Os transtornos mentais são definidos como uma disfunção de ordem psicológica que afeta a manifestação comportamental de um indivíduo, e estima-se que o número de pessoas, mundialmente, afetadas por um desses transtornos aumenta substancialmente. Logo, é inegável a importância dos estudantes e profissionais da saúde conhecerem e se aprofundarem a respeito dos distúrbios psíquicos, tanto para a identificação desses pacientes quanto para optarem pela melhor conduta ao abordá-los, sem intimidar, constranger ou causar outros danos. Dessa forma, aulas da disciplina de Psicologia ministradas aos estudantes do segundo período de enfermagem da Universidade Federal de Viçosa foram direcionadas ao estudo e debates sobre as doenças mentais, com o objetivo de que, desde o início do curso, os alunos conheçam e entendam a necessidade de não se negligenciar esses distúrbios. Desenvolvimento: O presente trabalho trata-se de uma análise e um relato de experiência de discentes de enfermagem a respeito das aulas sobre “Doenças Mentais” na disciplina Psicologia. Durante todo o período acadêmico, os alunos, além de estudarem e relacionarem as principais teorias da Psicologia com a atuação da enfermagem, obtiveram, também, aulas dedicadas, exclusivamente, ao conhecimento dos distúrbios psiquiátricos, ou seja, sua perspectiva histórica, fatores de influência, etiologia e sistemas de diagnóstico, visando otimizar a ação dos alunos, como futuros profissionais, com os pacientes psiquiátricos. Além do momento teórico, as aulas eram abertas a debates, para ampliação e aprofundamento dos temas discutidos, visto que cada estudante possui aprendizados baseados em suas vivências além da universidade. Resultado: Com a conclusão da disciplina, os alunos, em sua totalidade, conseguiram retirar dúvidas e mitos, adquiridos socialmente, sobre as doenças mentais, como os que consideram a origem desses transtornos uma expressão espiritual ou castigo, por exemplo, e defendem outros tratamentos, não clínicos e psicológicos para o paciente. Além de desenvolverem habilidades de reconhecerem, não apenas uma doença, mas a realidade do paciente além da clínica, como ele é afetado pelos fatores biológicos e psicossociais, e as diferentes formas de abordagem e diagnóstico, uma vez que a enfermagem, desde os primórdios da profissão, age sobre a integralidade do indivíduo, considerando todos os fatores que aturam sobre ele. Considerações finais: Foi notória a percepção construída pelos alunos a respeito da importância da Psicologia e seus vastos estudos a respeito dos distúrbios mentais, tanto para o estudo teórico quanto para a atuação dos estudantes e profissionais da saúde, considerando que, infelizmente, parte dos pacientes psiquiátricos são negligenciados ou não possuem o tratamento concluído de forma eficaz, assim, os graduandos em formação são um dos meios para o fim desse problema e para a construção de melhores diagnósticos a otimização dos tratamentos dos pacientes com algum tipo de transtorno mental. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8315 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DAS VISITAS DOMICILIARES MULTIDISCIPLINARES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA A PARTIR DO PROJETO MULTICAMPI. Autores: Luana Amorim, Rafael Leite, Anderson Oliveira, Károl Cabral |
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Apresentação: O presente trabalho foi pensado a partir da vivência no Projeto Multicampi Saúde, um projeto da Universidade Federal do Pará cujo objetivo é capacitar alunos da graduação, que podem atuar na área saúde, através de uma experiência na atenção primária com enfoque na saúde da criança. Durante o projeto os alunos passam um mês alocados em unidades básicas de saúde, acompanhando o trabalho da unidade e desenvolvendo atividades propostas nos planos de ação do projeto. Uma das atividades propostas para cada aluno é traçar um plano de ação para uma criança indicada pela equipe da unidade, para alcançar tal objetivo são feitos atendimentos na unidade, encaminhamentos e visitas domiciliares. Além disso, a experiência proporciona aos alunos uma vivência diferente da sala de aula, um momento em que é possível compreender na prática conteúdos aprendidos ao longo da graduação, deparar-se com as possibilidades e desafios do serviço, trabalhar em equipe multidisciplinar, bem como conseguir ter noção da atuação do profissional de determinada área no âmbito da atenção primária. A partir dessas atividades realizadas, o presente trabalho tem como objetivo fazer um relato de experiência de uma estudante de psicologia sobre as visitas domiciliares multidisciplinares realizadas durante o período de dezembro, em uma unidade básica de saúde do município de Abaetetuba, no estado do Pará. Durante a imersão em campo, constatou-se a necessidade de fazer duas visitas a duas crianças da unidade e suas famílias, a fim de conhecer um pouco mais sobre a dinâmica familiar, condições de moradia, além de prestar atendimento multidisciplinar a família e fazer possíveis encaminhamentos dentro da rede de atenção a saúde. As visitas foram coordenadas por mim, estudante de psicologia, uma estudante de enfermagem, um estudante de nutrição e uma agente comunitária de saúde da unidade. Fomos recepcionados pelas famílias em suas casas, onde pudemos conduzir o atendimento de forma dinâmica. Inicialmente nos apresentávamos e explicávamos o projeto, em seguida um de nós três dava início ao atendimento. Quando iniciado pela estudante de enfermagem, ela tentava avaliar aspectos do bem estar físico dos pacientes, perguntava se tinham alguma queixa, se possuíam alguma doença crônica e tentava compreender a dinâmica da casa em relação ao hábitos higiênicos, medicamentosos etc. Dava orientações em relação ao tratamento da água e como em ambas as casas haviam bebês que eram amamentados, ela também fazia orientações sobre o aleitamento materno. No momento das orientações sobre a amamentação, eu ressaltava alguns pontos que estão descritos na caderneta da criança sobre a importância do vínculo afetivo que é criado na hora da amamentação do bebê, e como esse momento é importante e crucial para um desenvolvimento adequado, destacando a importância de olhar nos olhos do bebê, conversar, interagir e trocar afetos, para que seja um momento de acolhimento e prazeroso tanto para mãe quanto para a criança. No atendimento do estudante de nutrição tentei entender e tive a oportunidade de aprender como o aspecto nutricional pode interferir no comportamento das pessoas como, por exemplo, quando a falta de vitaminas pode causar desânimo e apatia, características que podem ser consideradas de ordem psicológica apenas. Durante a visita, percebi a necessidade de enfatizar para as famílias a importância de interagir com os filhos e criar momentos de convívio prazeroso entre os membros, seja através de brincadeiras, leituras de livros, assistindo filmes, na hora das refeições ou alguma atividade que gostem de realizar juntos. Em uma das famílias havia uma criança diagnosticada com transtorno do espectro autista e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, onde observou-se a necessidade de falar sobre o assunto a fim de esclarecer algumas dúvidas em relação a como lidar cotidianamente com essa criança e como buscar a rede de apoio. A outra família era composta por vários membros com diagnóstico de diabetes e todos relataram dificuldades em seguir a dieta, que consideravam muito restrita, como consequência estavam com a taxa glicêmica acima do esperado para uma pessoa com diabetes. Nesse sentido, eu dei algumas orientações sobre como melhorar a adesão ao tratamento, enquanto o estudante de nutrição tentava adequar a dieta às condições econômicas e aos hábitos alimentares dos pacientes. Durante a visita pôde-se perceber que o atendimento multidisciplinar foi de extrema importância para entender as demandas dos indivíduos em um sentido amplo, permitindo que cada membro familiar pudesse ser compreendido desde o aspecto psicológico até o nutricional, por exemplo, dando mais subsídios e embasamento para a compreensão de uma queixa. A visita domiciliar multidisciplinar para nós, estudantes de graduações diferentes, permitiu entender um pouco sobre as possibilidades de atuação um do outro, o que é de extrema importância na medida em que nos permitiu fazer encaminhamentos corretos. Quando cheguei na unidade, pude perceber que a minha equipe não sabia ao certo quais as contribuições da psicologia durante a visita, nem mesmo a equipe da unidade compreendia, no entanto, ao longo do projeto, eu já era solicitada mais vezes durante o atendimento e após as visitas quando ocorriam as discussões sobre os casos, eu já recebia mais demandas e questionamentos. Pude observar que a visita domiciliar tem também um caráter acolhedor diferente da unidade, onde o paciente fica mais próximo da equipe, parece ser uma relação mais íntima, onde o vínculo e a confiabilidade para relatar certas situações é diferente, além de o paciente encontrar nestes profissionais confiança e de certa forma um apoio e suporte para lidar com alguns contextos. A partir do projeto Multicampi Saúde da UFPA, pode-se observar a necessidade que existe de momentos e projetos que proporcionem trocas entre estudantes da área da saúde. É importante que além do suporte teórico em sala possamos também ter mais momentos em que estejamos inseridos no dia a dia, na prática, principalmente no que se refere a práticas voltadas para a saúde pública. Quando comparado aos demais cursos que participaram do projeto em Abaetetuba, como enfermagem, nutrição, odontologia, pude perceber como nós, estudantes de psicologia, estamos alheios a assuntos relacionados à atenção primária durante a graduação, e que o papel da psicologia nessa área ainda está sendo construído, desmistificado. O papel da psicóloga atendendo em um consultório não pode ser o único a nos definir, principalmente quando o assunto é atenção primária, não que o atendimento individual não seja importante, mas pude perceber que é possível uma psicologia articulada com outras áreas, um atendimento multidisciplinar, um olhar integral para o usuário na tentativa de o compreender como um todo, em vários aspectos de sua vida. Além disso, o projeto Multicampi me permitiu entender a importância de uma universidade pública de qualidade, que promove e incentiva projetos de extensão e pesquisa, criando para os alunos espaços para o diálogo entre saúde pública, multidisciplinariedade e atenção primária a fim de nos capacitar para desenvolver habilidades e proporcionar um atendimento de qualidade a população que busca o serviço público de saúde. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 11908 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO EM SAÚDE DO PROFESSOR DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA: UMA ANÁLISE DO CURRÍCULO Autores: Carolina Nascimento Spiegel, Caio Cesar de Souza Ferreira |
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Apresentação: Apesar de não ser a única responsável, a escola tem um grande potencial para protagonizar a educação em saúde, contribuindo para a formação integral dos alunos. No entanto, a implementação de atividades de Educação em Saúde com abordagens que extrapolam as concepções tradicionais, não é trivial e, requer docentes que possuam conhecimento e interesse necessários para fazê-la. Dessa forma, a inserção desta temática nos currículos de licenciatura se torna fundamental sobretudo na área de Ciências/Biologia que em geral se apresenta como um importante mediador, especialmente sobre assuntos relacionados à saúde. Este trabalho teve como finalidade analisar a grade curricular do curso de licenciatura em Ciências Biológicas na Universidade Federal Fluminense a fim de entender se, e como este tema tem sido trabalhado no currículo formal. DesenvolvimentoForam analisadas as ementas da grade curricular do curso de graduação de Licenciatura de Ciências Biológicas da UFF. Ao todo foram analisadas 260 disciplinas, sendo 44 obrigatórias e 216 optativas. Avaliou-se as ementas da grade curricular da licenciatura por meio das seguintes palavras-chave: “educação em saúde”, “políticas públicas”, “saúde coletiva” e “saúde pública”, a fim de averiguar quantas disciplinas tinham como objetivo a discussão sobre saúde. Deve-se destacar que este estudo apresenta as seguintes limitações: algumas ementas apresentavam o conteúdo incompleto ou oculto, logo o tema pode estar sendo contemplado em algumas disciplinas cujas ementas não especificam o objetivo. A outra limitação é que não estar presente na ementa não significa que este tema não esteja sendo abordado de forma transversal ao longo da formação do estudante. De toda forma, esta análise permite um panorama geral da formação do licenciando em Ciências Biológicas. Resultado: As análises mostraram que menos de 5% das 260 disciplinas têm relação com Educação em Saúde. No entanto, a maioria das disciplinas relacionadas à saúde parece apresentar um enfoque mais biomédico, sem instigar discussões e reflexões da saúde além do aspecto biológico, englobando os aspectos, humanos, sociais econômicos e políticos. Apenas as disciplinas “Saúde pública e ambiental”, “Educação, saúde e sociedade”, “Bioética”, “Saúde coletiva, produção e ambiente”, “Avaliação de impactos ambientais”, “Epidemiologia” e “Iniciação à docência para licenciatura” parecem contemplar esta abordagem, sendo a última a única disciplina obrigatória para a licenciatura. Portanto, dependendo das optativas escolhidas pelo profissional, é possível que tenha pouco domínio sobre o tema de Educação em Saúde e Saúde Pública. Considerações finais: O presente estudo condiz com várias pesquisas que revelam a lacuna na formação dos professores de Ciências/Biologia como importantes mediadores em Educação em Saúde nas escolas. Para continuar a análise e discussão a respeito dessa temática na proposta curricular desse curso de graduação serão necessárias entrevistas com os licenciandos para avaliar se de fato não estão sendo contemplados estes temas de forma oculta no currículo e, caso sim, discutir a importância deste tema estar explícito nas ementas das disciplinas. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 6791 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE NA FORMAÇÃO DO ESTUDANTE DE ODONTOLOGIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UMA ILHA RIBEIRINHA Autores: leonardo louzardo, Maira da Costa, suzanne camila ferreira, fernanda ruthyelly pereira, flavia alves, daiane fernandes |
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Apresentação: Em contato com a Atenção Primária de Saúde, os estudantes têm a chance de aprender na prática os conceitos de universalidade, acessibilidade e humanização, além de compreender a participação social e trabalho em equipe, que são as bases da Unidade Saúde da Família (USF). Nesse contexto, atividades de promoção e humanização da saúde; onde ocorrem vários fenômenos culturais, singulares e coletivos, no qual os profissionais envolvidos, de diversas áreas de atuação, e pacientes podem interagir produtivamente na construção de produtos e novos valores dentro da unidade de serviço. Com base nisso, o Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-Saúde) Interprofissionalidade, objetiva o aprimoramento da educação e prática interprofissional (EIP e PIP), entre os agentes promotores de saúde, desconstruindo o modelo tradicional de educação e prática uniprofissional. Assim, programas de extensão universitária desvelam a importância de sua existência na relação estabelecida entre instituição e sociedade, consolidando-se por meio da aproximação, troca de conhecimentos e experiências entre professores, alunos e população, pela possibilidade de desenvolvimento de processos de ensino-aprendizagem a partir de práticas cotidianas. A participação em atividades práticas tem como objetivo preparar o aluno para a formação profissional, sendo estas de suma importância para o seu desenvolvimento acadêmico. De acordo com Ikeda, Coelho e Spinelli, a participação dos acadêmicos em atividades práticas irá beneficiar não apenas o aluno, como também a instituição de ensino, as conveniadas que possibilitaram as atividades práticas e a sociedade em geral. Segundo Loch Neckel et al (2009), o saber interdisciplinar dá condições ao profissional de saúde de perceber o homem como um todo, necessitando, assim, de uma visão mais ampla, que ultrapasse a sua especificidade profissional, e que caminhe na direção da compreensão das implicações sociais decorrentes de sua prática. Logo, nas USF’s existem espaços que se estabelecem uma prática dinâmica em potencial para o desenvolvimento de atividades multiprofissionais de promoção e humanização da saúde; onde ocorrem vários fenômenos psíquicos, culturais, singulares e coletivos, nos quais os profissionais envolvidos, de diversas áreas de atuação, e pacientes podem interagir produtivamente na construção de novos valores dentro do Sistema único de Saúde (SUS). Este relato tem como objetivo apresentar as experiências por acadêmicos de odontologia da Universidade Federal do Pará que fazem parte do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde). Desenvolvimento: Primeiramente, as atividades extensionistas são realizadas dentro da Unidade Saúde da Família, da ilha do combu, região pertencente ao município de Belém do Pará. Diante disso, fez-se uso da educação em saúde para promover diálogos de prevenção acerca das morbidades que acometem a comunidade local. As atividades executadas tiveram como público alvo: idosos e pacientes do grupo de hiperdia, crianças, homens, mulheres grávidas ou não. Os quais são organizados em grupos e atendidos separadamente em cada dia da semana, viabilizando assim o cuidado integral e o princípio da equidade. Sendo assim, foram feitas atividades na sala de espera da unidade que abordaram doenças como: gengivite, câncer bucal, diabetes, hanseníase, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), além de orientações de higiene bucal com instrumentos da própria unidade e utilizando folders do Ministério da Saúde (MS) para uma melhor dinâmica de entendimento da população, sendo todas as ações supervisionadas pela dentista e enfermeira da USF, com duração média de 10 minutos. No final da atividade, as cartilhas foram entregues ao público participante, sendo disponibilizadas para relembrarem as informações repassadas e também, para que pudessem compartilhar os saberes adquiridos com a família e demais conhecidos. Ademais, em grande parte das atividades foram notificadas dúvidas acerca dos temas abordados. Mediante isso, os usuários foram orientados e observaram-se as possíveis necessidades de saúde dos assistidos a partir do acolhimento e escuta ativa, proporcionando uma abordagem preventiva, por meio do diálogo e exame clínico, possibilitando evitar sérias consequências. É importante salientar que tais atividades também seguem o calendário criado pelo MS, ou seja, em cada mês do ano foi possível estar expondo conhecimento e orientando os usuários do serviço sobre temas, como: ansiedade, depressão, amamentação, câncer de mama e de próstata, doenças cardiovasculares, hepatites e HIV. Mediante tal inserção, os acadêmicos acompanharam as visitas domiciliares, experiência pouco comum da rotina de um profissional da área da odontologia, mas que permitiu apresentar para estes atuantes a realidade de acompanhar os pacientes da unidade, conhecendo sua vivência e moradia. Resultado: Com isso, percebeu-se que houve uma melhor sedimentação do conhecimento acerca do funcionamento do serviço de saúde para o acadêmico, bem como para a sua adequada atuação como profissional e o exercício da higiene bucal e cuidados com a higiene em geral, sendo meio de um processo dinâmico que necessita de aprendizado prático; promovendo enriquecimento tanto para o discente, como também para a unidade de saúde e os profissionais que nela estão inseridos. Para tanto, o esclarecimento de aspectos importantes acerca das doenças, dúvidas pertinentes e frequentes relacionadas à elas, obtivemos como conclusão, a concretização de efeito positivo na comunidade, trazendo maior facilidade para o reconhecimento dos sinais e sintomas de doenças, os quais auxiliam para um início mais rápido de tratamento para os pacientes dessa USF. De acordo com as Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal, a equipe deve interagir com profissionais de outras áreas, além de suas funções específicas, de forma a ampliar seu conhecimento, permitindo a abordagem do indivíduo como um todo, sempre atento ao contexto socioeconômico-cultural no qual ele está inserido. Seguindo esse pensamento, o compartilhar de informações aos usuários bem como a inserção a termo nas Unidades Básicas de Saúde têm permitido aos acadêmicos a possibilidade de identificar as necessidades de saúde do coletivo em conjunto com a equipe de saúde em que estão integrados, para identificar os problemas de saúde local, e, partindo desse raciocínio, executar e avaliar planos de intervenção, priorizando as ações de promoção e prevenção à saúde. Considerações finais: As experiências de inserção inicial no campo da atenção básica de saúde possibilitaram um olhar mais refinado em relação ao funcionamento do sistema de saúde e principalmente na atuação da equipe multiprofissional. Além disso, o público envolvido foi beneficiado com as atividades, adquirindo informações para o autocuidado e à prevenção de diversas doenças. Para os alunos, pode-se destacar a importância do compartilhamento de saberes e a atuação como promotores de saúde, responsáveis no cuidado da população. As atividades realizadas estimularam a aprendizagem de trabalho com um grupo prioritário e com as discussões de temas variados, buscando a melhora da autoestima e qualidade de vida da população. Dessa forma, espera-se que haja uma formação de profissionais humanizados, com visão crítica em relação à atenção integral à saúde, e mais preparados para atuar no SUS. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 10898 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM EM EDUCAÇÃO EM SAÚDE Autores: Dafhne Aquino, Nayla Castro |
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Apresentação: O Programa Saúde da família surgiu da indignação pela circunstância de que, no Brasil, o acesso aos serviços de saúde era precário, ainda em 1993, cerca de 1000 municípios brasileiros não tinham nenhum profissional médico nessa época Em 1994 foi implantado no Brasil pelo Ministério da Saúde (MS) o Programa Saúde da família, mais conhecido como a Estratégia Saúde da Família (ESF), surgiu como propósito para alterar o modelo de atenção à saúde. Desde então, é utilizada como estratégia prioritária para efetivação e organização segundo os princípios e diretrizes do sus. (PAIVA; ET AL 2016) A Atenção Primária deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de comunicação com toda a rede de atenção à saúde e se qualifica por um conjunto de ações de saúde, no contexto individual e coletivo, que engloba a promoção, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, manutenção da saúde em diferentes características e gênero. A ESF é formada por uma equipe multidisciplinar e composta por, no mínimo: Um médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade; Dois enfermeiros generalista ou especialista em Saúde da Família; Três auxiliares ou técnico de enfermagem; e seis agentes comunitários de saúde. Podem ser acrescentados a essa equipe os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal. Devido a ações proposta pela ESF, enfermeiro é um profissional que conjunto a equipe de saúde da família, elabora prática de ações educativas, que são executadas em vários espaços dentro da comunidade. O profissional da atenção básica, principalmente o enfermeiro, deve ser capacitado para gerenciar, supervisionar, planejar, organizar, desenvolver e avaliar ações que correspondam as necessidades da comunidade. Nessa perspectiva, a ESF tem como objetivo fazer práticas educativas com intuito de oferecer adoção de novos hábitos e condutas de atenção à saúde que busca promover à saúde e prevenir doenças nos diferentes níveis de complexidade do processo saúde-doença. (RAMOS; ET AL, 2018) Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, a qual se qualifica como: compilar, examinar e fundir as pesquisas sobre um tema estabelecido. De maneira metodológica, com a finalidade de argumentar e aprofundar o entendimento a respeito da temática. Em consequência ao aumento da demanda e da complexidade de informações, considera-se indispensável o desenvolvimento de estudo científico. Os artigos selecionados para a construção do trabalho foram encontrados nas bases de dados da: BVS, LILACS, MEDLINE. Os critérios de inclusão foram: Texto completo, assunto principal, nas línguas português, espanhol nos últimos 05 anos, com os descritores: Educação em saúde; Enfermagem; Saúde da família Para a estruturação da revisão integrativa foram percorridos os seguintes processos: Pesquisa nas plataformas a respeito da temática, objetivo da pesquisa, foi estabelecido o critério de inclusão e exclusão, foi determinada os artigos quais seriam utilizados e a conjuntura do estudo. Foram encontrados 124 artigos relacionados aos descritores, após os critérios de inclusão encontrou-se 56 artigos restringindo-se no final em 23 artigos. No Brasil os problemas incluindo educação em saúde tomam uma ampla proporção, principalmente devido às condições socioeconômicas à falta de saneamento básico, educação sanitária e hábitos culturais. Para que ocorra uma diminuição da prevalência das doenças parasitárias, seria necessário que as autoridades governamentais não apenas disponibilizassem o tratamento medicamentoso, porém investisse na profilaxia, através da conscientização da população para os bons hábitos de higiene e através da disponibilização do saneamento básico para as comunidades mais carentes. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 9875 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA EXTENSÃO COMO VÍNCULO ENTRE OS DISCENTES E AS PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SÁUDE Autores: laura almeida matos, kethleen lima ramos, kamille lima antony, Geovana Faba da Silva, Igor de Oliveira Reis, déborah olenka silva travassos |
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Apresentação: A indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão é de suma importância e compõe as três vertentes do contexto universitário. Mas no que se refere a extensão, há uma ampla oportunidade em conhecimentos e práticas que vão além da sala de aula. Ademais, o projeto foi criado pelo núcleo de extensão de uma faculdade do Amazonas, com a finalidade de levar acesso à informação, conscientização e educação para a população nas comunidades e empresas, por meio de oficinas, palestras e rodas de conversa. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem na participação de práticas educacionais em saúde na cidade de Manaus (AM). Método: O projeto foi desenvolvido durante todo o ano de 2019. Composto por acadêmicos dos cursos de enfermagem, biomedicina, nutrição, fisioterapia e educação física. Dentre as atividades realizadas, houve palestra sobre câncer de mama, útero, próstata e ISTs, além da parte assistencial como aferição de pressão arterial, teste glicêmico, avaliação nutricional, incluso ainda atividades transversais, operacionais e interdisciplinares. Ao finalizar das ações, os alunos tem a função de inventariar suas experiências em uma planilha, que em seguida são analisadas pelo docente responsável do projeto, com o objetivo de aprimorar e proporcionar enriquecimento para os alunos, qualidade nas práticas assistenciais, domínio em procedimentos e desenvolvimento de suas habilidades, além de adquirir uma postura profissional. Resultado: É essencial a relação entre os acadêmicos e o contexto externo a sala de aula, uma vez que permite compartilhar conhecimento e experiências, e contribuir para o crescimento pessoal e profissional de cada um, e levar em consideração que a socialização permite uma visão crítica reflexiva. O projeto leva os discentes para diferentes cenários, para que se faça o contato assim faz-se o processo de educação continuada e proporciona ao estudante experiências ainda como acadêmico, a fim de que ele possa correlacionar teoria e prática. Considerações finais: A extensão é extremamente relevante para o aprendizado dos discentes, pois apresenta vários obstáculos e busca a formação de uma identidade, profissional, pessoal e social. Apesar do mesmo está em processo de aprimoramento, o programa só tem a crescer e agregar à comunidade, seus resultados vêm se mostrando cada vez mais positivo em conta todos os amparos que recebe da instituição vigente. |
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Trabalho nº 6813 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO DOMICILIAR EM UMA COMUNIDADE DE VITÓRIA – ES Autores: Rafaela Guio Suzana, Alaércia de Melo Recla |
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Apresentação: A saúde e a funcionalidade física são importantes para o bem estar de qualquer indivíduo, entretanto, alguns fatores podem dificultar essas condições. As limitações em vários âmbitos da saúde populacional são visíveis e, em grande parte, por falta de orientação ou conhecimento do indivíduo são exacerbadas e podem desencadear a piora do quadro clínico. Sendo assim, o estágio supervisionado na comunidade tem o intuito de avaliar e atender a população que reside em Itararé, bairro de Vitória – ES, oferecendo visitas domiciliares às pessoas que por motivos de limitação funcional, difícil deslocamento, entre outros, não conseguem comparecer à unidade de saúde para obter o serviço de fisioterapia. O objetivo deste trabalho é descrever a experiência de alunas do curso de fisioterapia em um estágio supervisionado realizado com a população residente da comunidade de Itararé em Vitória (ES). Desenvolvimento: O estágio supervisionado foi composto por discentes do curso de fisioterapia e teve como parte da disciplina o atendimento domiciliar à população que reside na comunidade de Itararé em Vitória (ES), onde os alunos realizam visitas domiciliares e fazem uma pré-avaliação, coleta de dados para preenchimento do prontuário, atendimento em fisioterapia e orientações para os pacientes e seus familiares, visando a promoção de saúde. O atendimento foi feito a partir da detecção da necessidade individual do paciente, portanto, de uma forma geral, foram feitos exercícios de mobilidade, exercícios com elástico e de fortalecimento muscular, orientações para evitar o risco de quedas, principalmente para os idosos, orientações sobre uso de muletas, entre outros. Resultado: A participação nesta disciplina permitiu a inserção das acadêmicas na realidade da população de uma comunidade, buscando melhorar a qualidade vida e entendendo suas necessidades e dificuldades, não apenas a partir do atendimento fisioterápico, mas também ao escutar suas insatisfações com o cotidiano, ao ouvir suas histórias e relatos de vida e, dessa forma, perceber o quanto essa população necessita de uma atenção especial, qualificada e direcionada para suas necessidades individuais e coletivas. Considerações finais: Com o atendimento fisioterapêutico ficou claro o quanto essas pessoas precisam de orientações de várias áreas profissionais que se proponham a recuperar não apenas a saúde física, mas também a mental. Sendo assim, a inserção precoce no serviço a partir de visitas domiciliares permitiu as acadêmicas uma vivência significante para a formação profissional, porque concede a oportunidade de conhecer este campo de trabalho que vai além da atenção fisioterapêutica convencional. Sendo assim, é indispensável o aconselhamento regular, coletivo e aprimorado de todos com o intuito de participar ativamente de problemas, limitações e possibilidades encontradas no cotidiano dessa população e, dessa forma, promover e contribuir de forma mais eficaz, com a qualidade de vida e saúde dessas pessoas. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 9886 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DO FERRO E A FORTE RESISTÊNCIA DAS GESTANTES NA ADESÃO A SUPLEMENTAÇÃO FRENTE A QUESTÕES CULTURAIS E SOCIAIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Adriana da Silva Zurra, Maria Adriana Moreira, Joel de Fátimo Chagas dos Santos |
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Apresentação: A anemia por carência de ferro é a deficiência nutricional mais prevalente em gestantes, principalmente nas localidades com vulnerabilidade socioeconômica, onde manter uma dieta rica deste mineral não é tarefa fácil. Sabe-se que durante a gravidez, ocorre um aumento significativo na demanda metabólica pelo ferro, decorrente da necessidade de uma maior produção de hemácias nas gestantes, além de ser essencial para a formação do Sistema Nervoso Central (SNC), do feto, mediante síntese de enzimas envolvidas no metabolismo cerebral. Objetivo: O presente trabalho procura relatar a experiência de uma enfermeira que atua na Atenção Básica de Saúde (ABS), no município de Tefé, interior do Amazonas, frente a essa problemática e a dificuldade das gestantes em aderir a suplementação de ferro durante o período gestacional. Desenvolvimento: Estudos apontam que gestantes apresentam queda na absorção do ferro no primeiro trimestre. Visto isso, ao receber mulheres para inscrição de pré-natal nas primeiras doze semanas gestacional é comum os níveis de hemoglobina encontrar-se abaixo do referencial. Diante do exposto, de imediato é orientado que as mesmas procurem aumentar a ingestão de alimentos ricos em ferro, como: carne vermelha, vegetais verde-escuro e leguminosas e também iniciarem suplementação de 40 mg/dia mediante ingestão de medicamento alopático. Resultado: No entanto, é notável a forte resistência de grande maioria das gestantes em iniciar e dar continuidade a suplementação de ferro mesmo apresentando-lhes os resultados dos exames laboratoriais conferindo tal deficiência e acompanhado de sintomas, como: icterícia, fadiga, tontura e apatia. Apesar de buscar explicar os benefícios para a mãe e para o feto, ainda existe culturalmente a ideia de que o medicamento deixará a criança "escurinha", que a boca fica amarga e "afeta" o fígado, principalmente quando o medicamento se apresenta na forma de soluções. Considerações finais: Buscando assim, maximizar a adesão a suplementação de ferro e diminuir os efeitos negativos dessa deficiência tanto para a mãe quanto para o feto, é importante intensificar os cuidados com o objetivo de sensibilizá-las sobre a importância desse mineral na dieta, realizando as orientações nas consultas de pré-natal e educação em saúde nas rodas de gestantes. Outra abordagem é orientar que as mesmas venham a ingerir o medicamento na forma farmacêutica de comprimidos revestidos, junto as principais refeições, afim de desmistificar a ideia cultural de que a suplementação venha interferir na cor da pele do bebê e também ocasionar problemas no fígado. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7327 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DOS INDICADORES SOCIAIS PARA ELABORAÇÃO, MONITORAMENTO DE AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS: UM OLHAR SOBRE A QUESTÃO DA EFETIVAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM Autores: kamila Santibanez de Sousa Torres, Ruth Léa da Gama Cristo |
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Apresentação: O presente trabalho discorre a respeito da relevância dos Indicadores Sociais na elaboração, monitoramento e avaliação das políticas de saúde, especificamente da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem – PNAISH (MS, 2009).Indicador Social refere-se a uma medida, em geral, qualitativa, que possui significado social e operacionaliza conceitos abstratos, podendo ser utilizado para subsidiar atividades de planejamento público, possibilitando o monitoramento das condições de vida e bem estar da população. Desde a sua origem os indicadores sociais estão inseridos em contextos socioeconômicos complexos e contraditórios, e esta dinamicidade deve ser levada em conta, pois os indicadores devem ir além de uma mera mensuração quantitativa, e aproximar-se dos conflitos da realidade próprios do sistema econômico vigente, visando qualificar análises para otimização de lutas em prol da garantia de direitos da população, os indicadores sociais vêm se tornando cada vez mais importantes à medida que são acessíveis aos governos e população em geral servindo para sinalizar diversos aspectos da sociedade. No que concerne às políticas de saúde os indicadores sociais são essenciais para a operacionalização e vigilância dos serviços, pois colaboram para a instrumentalização dos elaboradores e operacionalizadores da referida política. Portanto, a questão da qualificação dos dados é primordial à consolidação do conceito ampliado de saúde, que compreende a mesma enquanto produto social, que deriva das relações presentes no contexto societário envolvendo aspectos econômicos, culturais e políticos, em suma não é possível compreender e atuar de forma propositiva se analisar a saúde da população por uma perspectiva unilateral. Os indicadores sociais, conforme mencionado, permitem a elaboração, monitoramento e avaliação de políticas, mediante o levantamento de dados capazes de expressar as necessidades da população. Um exemplo de constituição de política a partir da leitura da realidade, é a constituição de políticas de saúde que levam em conta as vulnerabilidades de grupos específicos, tais como a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) e a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), sendo esta última a que será analisada neste trabalho. A PNAISH foi instituída pelo Ministério da Saúde em 2009 pela Portaria Nº 1.944, pois, foi observado através dos indicadores a realidade de suscetibilidade dos homens com relação às doenças graves e crônicas. Esta política trouxe à tona discussões acerca de assuntos como a masculinidade e a perspectiva relacional de gênero, a fim de se buscar compreensões dos motivos que levam a população masculina a não cuidar de sua própria saúde. Para tanto os homens precisam ser vistos além da biomedicina e da assistência, passando a ser considerados como atores principais no que diz respeito a sua própria saúde. Segundo o Sistema de Informações de Mortalidade – SIM, do Departamento de Informática do SUS – DATASUS/MS - nos cinco anos anteriores à promulgação da política, tomando como exemplo uma doença crônica, especificamente as neoplasias, o índice de mortalidade de homens era bem mais alto se comparado ao de mortes femininas, no entanto 5 anos posteriores à promulgação da política, o mesmo sistema mostra que permanece a realidade de aumento da mortalidade por neoplasias tanto para homens quanto para as mulheres, e no que concerne especificamente a realidade masculina, percebe-se que permanece a considerável elevação da quantidade de mortes masculinas, mesmo após a promulgação da política. A última atualização do SIM ocorreu no ano de 2017, que demonstrou que no referido ano, 105.193 mulheres foram a óbito por alguma neoplasia, enquanto que entre os homens este número sobe para 116.619. Os dados permitem a discussão em torno da efetivação da política, de maneira ampla pode-se perceber que é expoente a diferença de mortes entre homens e mulheres. No entanto, ratificando o que foi exposto a respeito da importância de qualificar os indicadores sociais, é necessário considerar outros fatores que impactam nesses resultados, como o desenvolvimento de cada região brasileira. Os dados demonstram uma realidade que só é possível de conhecer porque foram resultados de estudos, não só dos números, mas também dos princípios e diretrizes que permeiam a PNAISH, que ao serem trabalhados juntos podem dar um diagnóstico mais próximo da realidade a respeito da ação e da efetividade da Política em prol da população masculina no Brasil, contribuindo assim para a conquista da redução da morbimortalidade destes sujeitos. Embora os dados coletado apresentem limitações como por exemplo os de mortalidade, que mostram somente os número de óbitos notificados, deixando de fora as estimativas de subnotificações, eles são válidos, uma vez que demonstram que apesar de todo aparato de Legislação e Normas instituídos para que os homens brasileiros tenham uma vida mais saudável e, consequentemente, uma maior longevidade, o cenário de antes de depois da PNAISH são praticamente os mesmos, ou seja, a população masculina continua padecendo de uma morbimortalidade numericamente alta. E, se fizer a comparação entre os dois momentos, o quinquênio anterior e o posterior da Política Nacional da Saúde do Homem, verifica-se que os homens ainda estão em desvantagens em relação às mulheres no quesito saúde, portando, é imprescindível a leitura crítica destes dados, para que, de forma qualificada, se tornem ferramentas gerenciais na efetivação da PNAISH, para não correrem o risco de se tornarem simplesmente números entre tantos outros, como parece que vem acontecendo até hoje, uma vez que o panorama da saúde do homem no Brasil vem perdurando, onde, conforme os dados, a mortalidade masculina vem aumentando ano após ano. É importante que haja questionamentos sobre o que de fato tem sido feito para mudar este panorama, como: porque a mortalidade masculina é maior que a feminina? e, principalmente, porque estes números não sofreram decréscimo nos anos posteriores à implantação da PNAISH?. Ressaltando que, o aumento da mortalidade não é exclusivo dos homens, pois a mortalidade das mulheres também tem sofrido acréscimo nas mesmas séries históricas apresentadas, mostrando o quanto a saúde no Brasil encontra-se fragilizada. Assim considera-se a relevância da utilização propositiva de indicadores sociais, que foram criados para subsidiar, dar incremento à avaliação e monitoramento das Políticas Sociais por parte dos gestores das esferas Federal, Estaduais e Municipais, alterando-as e redirecionando-as se for o caso, com o intuito de minimizar os resultados negativos de uma oferta de saúde precária à população, e que estas Políticas sejam efetivadas de forma a não haver distinção de sexo, raça, classe ou posicionamento político, e sim, de forma integral. |
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Trabalho nº 6312 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DE UM PROJETO MULTIPROFISSIONAL BASEADO EM PRÁTICAS E VIVÊNCIAS NO SUS (VER- SUS) PARA A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Ingrid da Silva Souza, James Berson Lalane, Matheus Carvalho Mendes, Kelly Gabriela Machado, Gabriele da Silva Santos, Rodrigo Cesar de Almeida, Gabriela Zanotto Della Giustina, GABRIEL PERDIGÃO WALCHER |
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Apresentação: Desde 1988, através da constituição brasileira vigente, em seu artigo 196 196, traz que a saúde é um direito de todos e um dever do estado. Além disso, através da lei nº 8080 de 1990, várias diretrizes de um novo sistema de saúde, garantiram benefícios para toda a população brasileira como a universidade e equidade. Sabe- se que o Sistema Único de Saúde (SUS) está inserido nos mais diversos aspectos da vida do cidadão brasileiro e nas diferentes camadas econômicas, onde 70% da população nacional depende única e exclusivamente do mesmo. Diante disso, é necessário que os profissionais de saúde que atuam nesse contexto sejam capacitados desde a sua graduação para compreenderem seus princípios e atendam as demandas da população de forma holística. Para tal, o Projeto de Vivências e Estágios na Realidade do SUS (VER-SUS) é pensado pela Associação Brasileira da Rede Unida com o apoio do Ministério da Saúde, inserindo jovens das diversas áreas de graduação e universidades na rede de atenção à saúde de um município possibilitando, assim, o contato com o SUS e sua realidade em um ótica micro e macroestrutural. Outrora, esse projeto faz com que o graduando possa debater conceitos e ideias através de suas vivências como futuro profissional de saúde, na finalidade de contribuir com suas graduações. Com base no que foi exposto, esse trabalho objetiva relatar a experiência dos participantes do VER-SUS UBERABA 2018, explanando sobre o impacto desse programa para o desenvolvimento multiprofissional e a qualificação da formação do profissional de saúde. Desenvolvimento: A vivência ocorreu no município de Uberaba – Minas Gerais, durante 05 a 14 de janeiro de 2018 e contou com a presença de trinta discentes das áreas de: Arquitetura e Urbanismo, Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Gestão de Serviços de Saúde, Medicina, Odontologia, Psicologia, Saúde Coletiva, Serviço Social e Terapia Ocupacional. Os participantes ficaram instalados em uma chácara durante todo o período, isolados do centro da cidade, com horários determinados para a realização de atividades programadas. Durante as manhãs, os participantes realizavam estudos e discussões de temas pertinentes à saúde pública, tais como humanização do cuidar, reforma sanitária, diversidades de gênero, níveis de atenção à saúde, combate ao estresse universitário entre outros assuntos recorrentes. No período vespertino, eram feitas visitas às unidades do SUS do município de Uberaba, como Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), Unidades Básicas de Saúde (UBS), Hospitais públicos e privados, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Unidade de Especialização e Reabilitação (UER), Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), Unidade Regional de Saúde (URS), além de um passeio histórico pela própria cidade. À noite, eram explanadas e debatidas as experiências e vivências práticas do dia, correlacionando-se com as leituras e vivências observadas em outros locais do país, além de dinâmicas que potencializavam os resultados obtidos nas explanações. Resultado: As vivências e estágios na realidade do SUS, oportunizadas pelo VER-SUS, favorecem a interlocução entre a teoria e a realidade do SUS. Isso proporciona aos discentes e aos profissionais a troca de saberes, o desenvolvimento de competências voltadas ao aprimoramento da saúde pública, o planejamento e execução de ações interdisciplinares e principalmente de educação permanente. Esse conjunto de fatores fornecem o aperfeiçoamento de habilidades essenciais como: trabalho em equipe, comunicação, empatia, resiliência e humanização. Além disso, vale ressaltar as questões estruturais do grupo, as quais pode-se apontar a diversidade de pessoas que compõem a equipe: indivíduos de diferentes territórios, áreas e realidades, buscando entender, debater e vivenciar a realidade do Sistema Único de Saúde, possibilitando criar um espaço de conhecimento mais integral e pertinente a realidade federal, não somente local. Pensando através da prerrogativa que o ser humano é complexo e necessita de diversos olhares para quando se fala em cuidado, é essencial que o profissional tenha entendimento e acesso às outras áreas que constituem essa esfera. Infelizmente, a formação acadêmica na saúde brasileira apresenta lacunas em relação a esse aspecto, assim, uma vivência que proporcione esse contato multidisciplinar é fundamental, principalmente para aqueles que serão parte da rede futuramente enquanto profissionais. Além disso, elas trazem um estreitamento da relação teoria/ prática, uma vez que faz parte dele a discussão de legislação e referenciais teóricos sobre o SUS junto com debates sobre as aproximações e distanciamentos entre o ideal e o real e a partir disso, pontuar o que funciona e o que pode ser melhorado. Somam- se a esse fato também os debates sobre aspectos sociais e políticos do Brasil acabam desafiando e estimulando os graduandos a criticidade, aspecto fundamental para a formação de um profissional comprometido com a transformação da realidade do país. Considerações finais: O VER-SUS permitiu compreender e entender a rede pública de atenção à saúde, a importância da atenção primária, secundária e terciária e também do processo de educação permanente na saúde. Ademais, foi possível entender o SUS na sua integralidade, por meio de diversos olhares e perspectivas, este expandiu e aprimorou os conhecimentos sobre o processo de saúde e doença e sua resolução nas unidades de saúde. Conclui- se portanto, que o VER-SUS possibilitou uma maior vivência e compreensão prática acerca dos vários componentes curriculares presentes na saúde pública do Brasil, gerando uma contribuição interprofissional aos participantes, pois além de conhecerem as disciplinas gerais em saúde, aprendem na prática a expertise profissional de cada atuação e de como uma categoria pode contribuir com a outra diariamente. Sendo assim, o projeto leva o graduando a refletir a sua formação e, consequentemente, a sua atuação voltada à coletividade, pautada nas reais necessidades de reabilitação da saúde da comunidade, na compreensão de atuação mediante a recursos limitados, trabalhando sempre em equipe, além disso, novos programas microestruturais foram criados para serem trabalhados em algumas instituições de ensino do país. Entretanto, são necessárias reflexões e discussões sobre a permanência do VER-SUS enquanto programa de educação permanente em saúde no que tange ao incentivo e valorização para maior alcance nacional na atual gestão governamental, uma vez que este projeto é uma das raras oportunidades que os graduandos e suas respectivas universidades tem de expor suas ideias, conceitos e práticas em prol da melhoria da qualidade da formação em saúde do país. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 9927 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DO NUTRICIONISTA NA ATENÇÃO BÁSICA - RELATO DE EXPERIÊNCIA DA INTEGRAÇÃO DO ENSINO-APRENDIZAGEM E USUÁRIOS NUMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO INTERIOR DO AMAZONAS Autores: Stephany Martins de Almeida França, Evelyne Marie Therese Mainbourg |
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Apresentação: O estágio supervisionado em nutrição social (ESNS) na Atenção Básica à Saúde é uma etapa essencial para o desenvolvimento de habilidades na formação dos estudantes de Nutrição. Além da prática de ensino-aprendizagem na AB de saúde, o ESNS permite contato com usuários dos serviços de saúde, possibilitando aos alunos percepções sobre o aspecto nutricional da localidade, este contato é permitido por meio da Estratégia de Saúde da Família, implantada pelo Ministério da Saúde. Demonstrar as atividades realizadas pela equipe de estágio do Curso de Nutrição do Instituto de Saúde e Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas, numa Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de Coari-Amazonas, analisando a importância do profissional nutricionista na AB. Desenvolvimento: A Instituição de Ensino supracitada possui parceria com as UBS’s de Coari, disponibilizando periodicamente estudantes de Nutrição. O Estágio ocorreu no segundo semestre de 2018. Equipe composta por estudantes de nutrição e uma docente supervisora. Foram distribuídas aos estudantes dois blocos de tarefas, o primeiro com análises observacionais dos serviços de saúde no eixo nutricional, o segundo consta da elaboração e execução de atividades de intervenção junto a equipe multidisciplinar de saúde. Para etapa observacional, os estudantes acompanhavam juntamente com a supervisora e a técnica a rotina de trabalho dos profissionais, fazendo anotações sobre as necessidades dos serviços no âmbito da Nutrição. Após análises observacionais, o grupo reuniu-se para sistematizar, propostas de Educação Nutricional para Promoção à Saúde. Elaborou-se palestras, rodas de conversa e oficinas. Foram ofertados atendimento nutricional ao grupo do Hiperdia e orientações nos programas de Suplementação, utilizando recursos midiáticos. Resultado: Constatou-se escassez de ações promotoras de saúde referentes à nutrição, associada à ausência do nutricionista na UBS. Verificou-se a existência de demandas nutricionais específicas dos usuários, além de queixas sobre a falta de assistência nutricional contínua. Em contrapartida, as ações desenvolvidas foram bem aceitas pelos grupos, havendo participação e interação, que foi expressa através do maior número de indivíduos a cada atividade realizada, mais o debate sobre hábitos e tabus alimentares. As palestras com temáticas sobre Composição dos Alimentos, Preparação de refeições para diferentes patologias e Segurança Alimentar, obtiveram maior aderência pelo público, sendo relatado pedidos de reprise aos Agentes Comunitário de Saúde. Os planos dietéticos e dietoterápicos foram recebidos com satisfação pelo grupo de gestantes e enfermos. Além dos usuários, os profissionais da UBS também valorizaram a equipe do estágio, apontando a importância da multidisciplinariedade na equipe de saúde, possibilitando melhor atendimento na AB. Considerações finais: O presente Estágio pode proporcionar aos estudantes e a equipe multidisciplinar de saúde um contato mais direto entre o Ensino e uma parte prática do SUS, além disso, possibilitou uma reflexão crítica sobre a importância do nutricionista na Estratégia da Saúde da Família, para que através desse profissional sejam articuladas ações de promoção da saúde e qualidade de vida na esfera nutricional. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8364 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DO CUIDADO INTEGRAL REALIZADO POR ACADÊMICOS DE MEDICINA JUNTO À ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Luisa Sousa Machado, Natã Silva dos Santos, Laís Débora Roque Silva, Marcelo Henrique Sousa Nunes, Lucas Alves Freires, Fernando Holanda Vasconcelos |
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Apresentação: Constitucionalmente cabe ao Estado elaborar ações voltadas à proteção a vida, promoção da saúde, prevenção e organização da prestação de cuidados às pessoas. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) vem se fortalecendo como um dos principais instrumentos governamentais de proteção à vida dos cidadãos, desempenhando duas funções básicas: saúde pública e assistência aos doentes. Nessa perspectiva, a Política Nacional da Atenção Básica (PNAB), conforme a portaria do Ministério da Saúde deliberada no ano de 2017 estabeleceu diretrizes que contemplem os princípios da Lei orgânica 8080/90 e que dinamizem o cuidado com os pacientes na atenção primária, dentre eles a integralidade do cuidado e a resolutividade, princípios relacionados aos serviços prestados pela equipe de saúde a fim de suprir as necessidades da população adscrita por meio da articulação de diversos meios - de cunho individual ou coletivo - objetivando a resolução dos problemas de saúde dessa população. Outrossim, vinculado ao SUS, vigora o Programa Nacional de Imunizações (PNI) instituído em 1973 e regulamentado pelo Decreto N° 78.231 de 1976 que preconiza uma concepção de caráter preventivo pautada no controle e na erradicação de doenças através da vacinação. Sua relevância se dá, por exemplo, em risco de meningite a qual pode gerar transtornos significativos à saúde do acometido, como déficit cognitivo ou motor e atrofia muscular severa; prevenindo o assistido de tais sequelas ao impedir a infecção. Logo, o intuito deste estudo figura no relato de experiências associadas às intervenções realizadas no caso de uma família contendo dois pacientes com sequelas decorrentes de uma meningite bacteriana visando contribuir com uma melhoria na qualidade de vida desses. Ademais promover o cumprimento dos princípios dispostos na PNAB de 2017 quanto à integralidade e à resolutividades das complicações enfrentadas por esses usuários. Método: Trata-se de um relato de experiência fundamentado em atividades de educação em saúde sobre a importância do cuidado integral, englobando ainda atividades assistenciais que atendem aos princípios da resolutividade e da integralidade, com uma família atendida por ações da Estratégia Saúde da Família na Unidade Básica de Saúde Manoel Maria Dias de Brito, município de Araguaína, Tocantins no contexto da disciplina Práticas em Saúde I ministrada aos acadêmicos do primeiro período do curso de Medicina da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Para o desenvolvimento do presente trabalho adotou-se como recurso metodológico o Arco de Maguerez, uma estratégia de ensino/aprendizagem para o desenvolvimento da problematização, que consta de cinco etapas decorridas a partir da realidade social: observação da realidade, definição dos pontos-chave, teorização, hipóteses de solução e aplicação à realidade. Iniciando pela observação da realidade durante um estágio dia 28 de outubro de 2019 no território da UBS em questão, onde se observou as condições da família, bem como dos dois pacientes com sequelas de meningite. Os pontos-chave foram definidos logo após a observação da realidade. Em uma segunda visita domiciliar solicitou-se verbalmente a autorização para relatar o caso destes pacientes no dia 11 de novembro de 2019. A partir da teorização chegou-se a algumas hipóteses de solução para a aplicação à realidade no dia 27 de novembro de 2019; com prévia apresentação de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para os familiares explicando seus direitos, o modo de uso das informações, os objetivos dessa pesquisa, a garantia de sigilo e a autorização da família para desenvolver a pesquisa com os pacientes. Resultado: Após observação ativa da realidade vivida pela família, através de visitas domiciliares acompanhadas pela Agente Comunitária de Saúde (ACS) da região, os estudantes constataram dois pacientes com sequelas de meningite bacteriana ocorridas na infância, o Caso 1 e o Caso 2. Notou-se em ambos um déficit referente à resolução das adversidades concernentes às sequelas de meningite, onde o Caso 1 tem total dependência da família apresentando incapacidade de verbalização, com episódios de epilepsia e espasmos musculares que resultam em colisões com as paredes e com a proteção da cama, gerando lesões; apresenta também atrofia nos membros inferiores e superiores, enquanto o Caso 2 possui apenas o membro superior direito atrofiado, sem alterações cognitivas. A infecção bacteriana primária, gerou maiores esforços em relação à assiduidade de neurologistas e de fisioterapeutas e da atualização do receituário – dificuldade relatada pela família devido à realização do acompanhamento com médicos especialistas tendo custos arcados de modo particular, além da falta de acompanhamento fisioterápico há anos. Seguindo a metodologia proposta pelo Arco, alguns pontos cruciais foram traçados para que as intervenções fossem incisivas para a conveniência tanto da família quanto dos acadêmicos. Dentre eles a atrofia dos membros, a falta de acompanhamento especializado e a atualização do receituário foram pontos notados pelos discentes como essenciais para integralização e resolutividade do cuidado. Como o Arco de Maguerez consiste em cinco etapas, também foi elaborado uma teorização em relação às patologias apresentadas pelos pacientes, uma vez que esse aprendizado gera intervenções mais específicas. Para isso as intervenções envolveram orientações quanto ao leito do paciente (acerca da altitude da cama e da estrutura de proteção no entorno), aos procedimentos requeridos para acesso às medicações prescritas, ao encaminhamento a um fisioterapeuta e a um neurologista, a doação de um colchão pneumático, a visita de um fisioterapeuta ao pacientes na residência da família em questão e a um terapeuta ocupacional. Dessa forma, a realização do Arco gerou impactos circunstanciais tanto na família, que teve atendimento domiciliar com uma equipe multiprofissional e instruções quanto a melhoria e o conforto de vida do paciente, quanto para os discentes, uma vez que essas ações teórica/práticas aproximam a comunidade acadêmica da civil, além disso essa ferramenta, corrobora no cumprimento dos princípios da integralidade e resolutividade propostos na PNAB. Considerações finais: Ao se comparar os pontos-chave definidos e as hipóteses de solução propostas valida-se um resultado satisfatório quanto à melhoria na qualidade de vida de ambos os alvos desta pesquisa, uma vez que as orientações consoantes ao leito foram atendidas, bem como as receitas foram atualizadas e os encaminhamentos feitos. Apesar da espera pelas sessões de fisioterapia, o impacto provocado pela perspectiva de melhora no quadro do Caso 2 foi notório nas lágrimas da mãe. Não obstante, os empecilhos encarados no processo de aquisição do colchão e na procura por redução do atrito do jovem acamado com as estruturas de proteção do leito durante suas convulsões cooperaram com o aperfeiçoamento da capacidade de contornar situações desfavoráveis e de trabalhar em equipe ao permitir resoluções mais viáveis em virtude do alto custo requerido para executar o acolchoamento destas estruturas (hipótese inicialmente pensada), somado ao recurso financeiro demandado pelo colchão; fato resolvido com a sugestão de reforma da cama como um todo aceita pelos familiares e com a doação do último. Tais intervenções contribuíram, ainda, na formação acadêmica, profissional e pessoal dos discentes envolvidos tendo em vista a concretização do disposto na legislação regulamentadora das ações em saúde e a repercussão positiva desse feito no cotidiano dos usuários assistidos, além da evidente articulação entre a comunidade acadêmica e os profissionais atuantes nesta unidade básica de saúde com a finalidade de amparar estes jovens. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7197 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DE SE ENSINAR BONS HÁBITOS EM SAÚDE BUCAL INFANTIL PARA MÃES, EM UMA ESF DO INTERIOR DE SP. O OLHAR DO ESTUDANTE DE MEDICINA Autores: Julianne Silva Neves, Alex Wander Nenartavis |
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Apresentação: Estudantes do 1º ao 5º termo do Curso de Medicina da Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) estão inseridos em oito Estratégias Saúde da Família nos municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado. Existe uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde de Presidente Prudente e a Faculdade de Medicina da UNOESTE. A Supervisão de Saúde Bucal da Prefeitura de Presidente Prudente promoveu uma campanha com o tema: Promovendo a Saúde Bucal do Bebê. Atualmente o programa Estratégia Saúde da Família (ESF) e conta com 24 Equipes, sendo que 6 delas recebem estudantes do Programa de Aproximação Progressiva à Prática (PAPP). Esse Programa insere os acadêmicos do Curso Médico desde o 1º termo, como membros das ESFs, com foco nos eixos da Atenção Individual, Coletiva, dos Processos de Trabalho e da Educação em Saúde. Os facilitadores utilizam o Arco de Maguerez (Ação-Reflexão-Nova Ação) para envolver os membros da Equipe da ESF nos resultados esperados, com foco nas Necessidades de Saúde da população adscrita aos territórios das ESFs. Estudantes participam da Programação de Novos Planos de Ação, que emergem, de acordo com a Epidemiologia local, nos Ciclos Pedagógicos. O programa "Saúde Bucal do Bebê" é pautado em alguns aspectos principais: o primeiro é a alimentação da criança com enfoque na importância do aleitamento materno. Na ação de educação em Saúde, os Acadêmicos Médicos explicaram às mães presentes para darem preferência à utilização de copo ou colher ao invés da mamadeira. Estimularam adoção de cuidados na inserção de outros alimentos, além do leite materno, até os 6 meses de idade, a exemplo de sucos, chás, leite de vaca ou leite industrializado, devendo evitar alimentos com adição de açúcar, pois se o bebê não conhecer este produto, não sentirá a sua falta. Acadêmicos, supervisionados pelos docentes do PAPP, explicaram que, além da mamadeira, constituem-se como hábitos bucais nocivos, o uso de chuquinhas e chupetas. Em um segundo momento, estudantes explicaram para as mães, sobre a necessidade de levar os bebês ao Odontologista da ESF, para acompanhar o desenvolvimento dos dentes decíduos das crianças, esclarecendo para as progenitoras que existe uma cronologia. Acadêmicos salientaram que nessa fase da vida é recorrente o aparecimento de doenças periodontais, além de cárie e placa bacteriana, ambas associadas a má higienização e a carência de acompanhamento odontológico. Explicaram sobre a importância da primeira consulta odontológica, que deve ocorrer nos primeiros meses de vida, visando a adaptação da criança às visitas periódicas ao profissional dentista, visando à manutenção dos dentes saudáveis, atendendo a regras básicas de limpeza, com uso de fio dental e escovação, realizada por um adulto. Após a realização da ação, os Professores do Curso Médico utilizaram o Arco de Maguerez para estimular reflexão na ação. Acadêmicos entenderam que cabe ao profissional da área médica ficar atento à saúde bucal da criança durante as consultas, pois os cuidados odontológicos e a adequada educação em saúde, realizada pelas equipes das ESFs, podem contribuir para a melhoria da qualidade da saúde das crianças, em todas as fases da infância. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 11125 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA HUMANIZAÇÃO NO ACOLHIMENTO MULTIPROFISSIONAL AO INTERIORANO DO AMAZONAS Autores: Andreina Maciel de Sena dos Santos, Priscilla Mendes Cordeiro, Ana Luiza Coelho Procópio, Giovanni de Souza Mota |
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Apresentação: As instituições de saúde são o cenário primário de atenção ao paciente, de forma a ser um espaço de acolhimento, no qual o indivíduo dirige-se em momentos vulneráveis na sua integralidade. Além do conhecimento teórico e técnico, também é importante que os profissionais saibam aplicar a empatia nos seus trabalhos práticos diários, atendendo as peculiaridades do seu cliente em múltiplos vieses. Objetivo: Este relato de experiência visa expor a importância da abordagem humanizada e multiprofissional ao cidadão do interior do Amazonas, de forma a compreender as ações de saúde em sua perspectiva. Desenvolvimento: A humanização tem suma importância na área da saúde. Prova disso que em 2003 foi lançado o Humanizasses, o qual representa a Política Nacional de Humanização (PNH), que tem como objetivo melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS). Adentrando a temática no município de Coari, localizado na região central do Estado do Amazonas, e distante 363 km da capital Manaus, tem-se o hospital Dr. Odair Carlos Geraldo como destino principal no que diz respeito a atendimento médico. Sendo assim, a referência da humanização no sistema presente nessa cidade é superficialmente de nível terciário, porém suas raízes ainda provêm da atenção básica (de cunho primário) ao paciente. O corpo profissional do município é composto por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, além dos que não são propriamente ditos da área, mas que cooperam na fluência do SUS, como administradores, recepcionistas e etc. Todos contam com a ajuda de estagiários da Universidade Federal do Amazonas, os quais são pontuais na inserção do olhar holístico na saúde contemporânea, o qual constrói as relações de confiança, compromisso e vínculo com os usuários.Tal processo é o diferencial na elaboração do plano de cuidado eficaz, o qual faz da comunicação entre os profissionais envolvidos e o cliente, a fundamentalidade da humanização do atendimento. Resultado: Problemas na administração da saúde, como cargas horárias longas, excesso de trabalho, falta de material, medicamentos, cooperou na consolidação de atendimentos mecanizados, sem aplicação da holística. Sendo assim, o processo de reeducação dos mesmos é o que será válido para a possível adequação da visão holística ao sistema. Considerações finais: A experiência do projeto feito a partir da análise do comportamento dos profissionais remete à perspectiva da necessidade da humanização do atendimento aos pacientes do SUS. Consoante a isso, faz-se crucial a inserção dos acadêmicos no meio hospitalar e da atenção básica, no intuito de tornar a temática cada vez mais usual e intrínseca ao sistema. Palavras-chave: Humanização. Saúde. Conhecimento. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8224 Título do Trabalho: PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA: A IMPORTÂNCIA DO DEBATE SOBRE SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA NAS COMUNIDADES RURAIS DE ITACOATIARA (AM). Autores: Francileny Rodrigues |
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Apresentação: O Programa Saúde na Escola (PSE) já ocorre há dois anos e possui extrema importância nos debates nas escolas das comunidades da zona rural na estrada AM 010 de Itacoatiara (AM). Com intuito de diminuir casos de gravidez na adolescência, a equipe multiprofissional da UBS Maria da Paz Litaiff se descola para as comunidades rurais e realiza ações nas escolas com promoção de Educação em Saúde, Vacinação, Atendimento Médico e de Enfermagem, objetivando proporcionar cuidado continuado aos alunos das comunidades. Objetivo: Proporcionar através do PSE debate sobre saúde sexual e reprodutiva para os alunos e profissionais das escolas municipais da zona rural. Desenvolvimento: O programa atende alunos e profissionais das escolas municipais da zona rural de Itacoatiara, tendo como principal base a promoção da saúde inclusa nas atividades escolares. Para minimizar casos de gravidez precoce, pensou-se em levar educação em saúde com temas sobre saúde sexual e reprodutiva para que através do conhecimento, adolescentes na faixa de 12 a 17 anos obtivessem entendimentos sobre gravidez na adolescência, ISTs, contraceptivos e abuso sexual. Esses temas são discorridos na presença dos professores e dos gestores. Resultado: O acompanhamento multiprofissional dos alunos nas comunidades resultou com a diminuição de 80% de adolescentes grávidas durante a avaliação trimestral nas comunidades da zona rural da estrada AM 010. Além de aumentar em cerca de 90% o número de adolescentes pela procura nos serviços de atendimento médico, de enfermagem, social e psicológico na unidade. Considerações finais: O Programa Saúde na Escola nas comunidades rurais proporcionou uma aproximação relevante da atenção básica com a escola e proporcionou uma redução significativa dos casos de gravidez na adolescência. As orientações nas escolas possibilitaram debates para aprendizado sobre gravidez na adolescência, prevenção de ISTs, métodos contraceptivos, abuso sexual. A motivação sobre o assunto tanto para os alunos quanto para os profissionais da escola foram de grande interesse e de assimilação para diminuir as ocorrências de evasão escolar e de adolescentes grávidas das escolas. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8388 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL ODONTOLÓGICO PELA PERSPECTIVA DA GESTANTE Autores: ANA CAROLINA SOUZA TORRES, Lívia Karynne Martins Mesquita |
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Apresentação: O presente estudo aborda uma temática que sinaliza uma necessidade de desenvolver estratégias de educação em saúde bucal com gestantes. Dessa forma a assistência odontológica no pré-natal se fortalecerá enquanto parte do tratamento odontológico que suscitará motivação e adoção de novos hábitos nas pacientes, o que contribuirá na promoção de saúde bucal da mulher e de seus filhos, bem como a desmitificação de crenças populares que menosprezam o atendimento odontológico durante a gestação. A pesquisa investigará o nível de conhecimento das gestantes da UBS Maratoan sobre a importância da assistência odontológica durante o pré-natal, buscando identificar de que forma as gestantes recebem informação sobre o pré-natal odontológico na UBS, caracterizando o fluxo de atendimento a gestante, bem como a frequência das mesmas às consultas de pré-natal. Trata-se de uma pesquisa do tipo qualitativa, que será realizada com as usuárias gestantes acompanhadas durante o pré-natal na unidade básica de saúde Maratoan, no período de março a junho de 2020. Serão incluídos na pesquisa os participantes que sejam gestantes, em qualquer período gestacional, e busque atendimento na unidade de saúde Maratoan e aceitem participar da pesquisa segundo o termo de consentimento livre e esclarecido. Serão excluídas do estudo as gestantes que não aceitem participar da pesquisa, as que não estejam dentro do território adscrito da UBS Maratoan, bem como as que interrompam o tratamento no período da coleta de dados. A coleta de dados será realizada por meio de uma entrevista semiestruturada. Os dados coletados nas entrevistas serão transcritos e, posteriormente, analisados pela técnica de análise temática de Minayo. O estudo estará de acordo com o preconizado nas Resoluções Nº 510 de 07 de abril de 2016 e Nº 466 de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde (CNS). O estudo pode coletar subsídios que propiciem traçar uma linha de cuidado odontológico que respeite a individualidade de cada gestante permitindo a criação de vínculo entre o cirurgião-dentista e as gestantes possibilitando educação, promoção de saúde e quando necessário a realização de procedimento odontológicos durante o pré-natal. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7367 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PESSOAS COM TUBERCULOSE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Ricardo Luiz Saldanha da Silva, Ana Flávia Teles Lobato, Vitória Cristiane Leandro da Silva, Joici Carvalho Barata, Pamela Farias Santos, Thanaira Aicha Fernandes Maciel, Kawê Guilhermy Andrade Cardoso, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento |
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Apresentação: A Atenção Primária à Saúde (APS), apresenta-se como um mecanismo de mudanças de práticas de atenção à saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), não utilizando o modelo assistencial centrado na clínica e na cura, mas sim na integralidade do cuidado, na intervenção frente aos fatores de risco, na prevenção de doenças e na promoção e proteção da saúde, além de priorizar a qualidade de vida dos usuários. É nessa perspectiva, que se nota a importância da utilização da educação em saúde para pessoas com tuberculose (TB), tendo em vista que a TB é um grave problema de saúde pública mundial e milhares de pessoas, ainda, adoecem e morrem devido à doença e suas complicações, principalmente pelo fato de que o número de pessoas que não concluem e/ou abandonam o tratamento, ainda, é grande. Nesse contexto, o uso da educação em saúde, é uma estratégia para que os usuários visualizem a importância de concluir o tratamento. Desse modo, o objetivo desse trabalho é relatar a vivência de acadêmicos de enfermagem na realização de educação em saúde para usuários com TB. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência com abordagem qualitativa acerca da realização de educação em saúde em um Centro de Saúde Escola (CSE) de Belém - PA. A ação contou a participação de 3 acadêmicos e 12 usuários com TB. A ação foi dividida em conversas individuais com os usuários, onde foi abordada questões referentes a TB, a importância do SUS, principalmente no diagnóstico e tratamento de TB, além de apresentar o tratamento multiprofissional oferecido para esses usuários e, por fim, foi entregue um folder para os participantes da ação. Resultado: Por meio da ação realizada os acadêmicos puderam perceber que os usuários desconheciam o acompanhamento de profissionais de outras áreas além da enfermagem. Dessa forma, foi elucidado sobre a importância do tratamento multiprofissional e os profissionais presentes dentro do CSE que poderiam assisti-los. Além disso, verificou-se que alguns usuários iriam iniciar o tratamento naquele momento, e com a realização da ação foi possível sanar dúvidas referentes ao tratamento e as formas de transmissão da TB. Ademais, notou-se que um dos usuários apresentou problemas psicológicos após ser diagnóstico com TB, mas não procurou ajuda profissional, e ação possibilitou que os acadêmicos orientassem esse usuário a procurar apoio com a psicóloga da unidade. Considerações finais: O trabalho desenvolvido possibilitou uma aproximação da comunidade acadêmica com a população, ampliando a visão dos usuários sobre a TB e a importância de continuidade do tratamento. Outrossim, percebe-se que ações de educação em saúde são de extrema importância para a transformação da realidade em que ela é aplicada. Além disso, possibilita a disseminação de informações, principalmente no ambiente social em que os participantes da ação estão inseridos e para a construção do conhecimento tanto para os acadêmicos como para os usuários. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8906 Título do Trabalho: CONTROLE SOCIAL: A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DA COMUNIDADE PARA UM MELHOR EXERCÍCIO DA CIDADANIA E CONTROLE SOCIAL NO SUS Autores: Adailton de Jesus Gomes Costa, Rui Massato Harayama |
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Apresentação: A participação da população no controle do Sistema Único de Saúde-SUS é um direito de todos, foi conquistada e garantida pelos movimentos sociais no conhecido movimento pela Reforma Sanitária Brasileira. Eles conseguiram por meio da Lei 8142/1990 garantir a participação da população nas decisões do SUS. A Lei prevê que essa participação se dará nas conferências e conselhos de saúde. Este trabalho descreve minha participação em algumas pré-conferências e na 15ª conferência municipal de saúde de Santarém no oeste paraense. Nas pré-conferências contribui como apoio, como acadêmico do curso Bacharelado Interdisciplinar em Saúde da Universidade Federal do Oeste do Pará. Na Conferência participei como delegado pelo seguimento trabalhador. Participei de uma pré-conferência, na zona urbana da cidade, uma em região quilombola e outra na região ribeirinha do município. Foram três realidades bem distintas, sobretudo, quando estamos na Amazônia. Alguns pontos chamam atenção nessas etapas, um deles, é que o tempo de debate foi de maneira geral curto, e a maioria das propostas levantadas eram inexequíveis considerando a realidade em que estávamos. Da etapa que reuniu diversas comunidades ribeirinhas, uma das propostas defendidas foi a construção de uma UPA 24h para atender uma população de aproximadamente 500 pessoas, outra incluía a construção de um centro de imagens e diagnóstico para uma população inferior a um mil habitantes. A etapa da zona urbana, reuniu cerca de 7 bairros, a população estimada dos mesmos é de 50 mil habitantes, dentre as propostas levantadas, predominou a construção de UPA 24h para atendimento da população da grande área. As propostas mais condizentes com a realidade vieram da região quilombola, onde os participantes pediram por exemplo a implantação de ESF ribeirinha, para atender as comunidades ribeirinhas que estavam lá, bem como melhorias na UBS que atende a população. Por fim a Conferência Municipal de saúde foi realizada nos dias 27 e 28 de junho de 2019, Muitos delegados durante os debates das propostas, se posicionavam contra modificações ou supressões em respeito as propostas que tinham vindo das pré-conferências, ora, a conferência é justamente o espaço para amadurecimento das propostas, seleção das mais viáveis e que tragam mais benefícios para a população, uma conferência de saúde, não deve ser vista como mecanismo para aprovação automática do que vem das etapas anteriores, se não qual seria o sentido de se fazer uma conferência. Os dados das pré-conferências e da conferência, mostram que a população não está sendo (in)formada dos seus direitos, o consolidado de propostas mostra que o modelo hospitalocêntrico, muito criticado pelos estudantes e profissionais de saúde ainda é querido pela população. Os resultados dessa observação, mostram que as universidades que formam profissionais de saúde ainda estão sendo pouco eficientes em contribuir com reflexões extra muros que ajudem a população no exercício da cidadania. Por outro lado, os movimentos sociais, muitos dos quais possuem representantes “perpétuos” no conselho de saúde, também não tem conseguindo contribuir para outras formas de pensar saúde, ou mesmo dentro dos movimentos realizar formações que contribuam para outros jeitos de pensar saúde. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 11293 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UNIDADES BÁSICAS PARA A PROMOÇÃO À SAÚDE DOS USUÁRIOS Autores: Rayane Franklin Mourão Cardoso, Clícia Marina Damasceno Santana, Evelyn Rafaela de Almeida dos Santos |
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Apresentação: A educação possui importância inegável para a promoção da saúde, sendo utilizada como veículo transformador de práticas e comportamentos individuais, e no desenvolvimento da autonomia e da qualidade de vida. Além disso, a educação em Saúde contribui para o desenvolvimento da consciência crítica e reflexiva do indivíduo, estimula a busca de soluções e a organização para a ação coletiva. Na atual conjuntura, há uma enorme necessidade da promoção da saúde para a melhoria da qualidade de vida e é notório a crescente preocupação dos profissionais que buscam a realização de ações que contribuam nesse aspeto, proporcionando meios de educação em saúde para os usuários. A promoção da saúde consiste em uma nova modalidade conceitual e prática de políticas públicas, visando ao indivíduo e ao coletivo, através da busca de qualidade de vida, autonomia e estímulo ao autocuidado. Percebe-se que a promoção da saúde se expressa fundamentalmente nas unidades básicas através da educação em saúde, presente nas práticas desenvolvidas pelos profissionais envolvidos. Método: Utilizou-se para realização deste estudo, pesquisas em meios digitais, como revistas e artigos digitalizados e, revisões integrativas de literaturas. Resultado: A educação em saúde, embora possua métodos e segmentos distintos, não se limita apenas a transmitir conhecimento para a comunidade, mas estabelece laços entre usuários e profissionais, e promove a ativa participação da comunidade, a inclusão social e constantes remodelagens conceituais destes indivíduos, quanto a hábitos que comprometam a saúde e a qualidade de vida daquela população. No entanto, ainda existem fortes obstáculos às práticas educativas e de promoção da saúde, como, por exemplo, aa questões de gênero, que necessitam de uma reorganização de práticas a fim de minimizar as assimetrias. Considerações finais: No âmbito da atenção básica, as ações de educação em saúde são utilizadas como meios essenciais e efetivos para incentivar os usuários a promoverem a sua autoestima e o autocuidado, a partir de reflexões que levem à mudança de comportamento. Esta estratégia reflete-se de forma promissora na conscientização e participação social, como método para se atingir os fins de promoção da saúde numa visão geral e não apenas na prevenção ou meramente na cura das enfermidades, baseando-se na confiança entre o profissional de saúde que atende e o usuário que é atendido. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 6861 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE PARA A MANUTENÇÃO DA SAÚDE BUCAL Autores: Raquel Gomes da Silva, Aluísio Ferreira Celestino Junior, Ana Carolina Almeida Pimentel Pinto, Camila Andresa Monte Bezerra, Fernanda Gomes Gatinho, Paulo Elias Gotardelo Audebert Delage, Weslley Matheus Ferreira |
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Apresentação: O presente trabalho refere-se a um relato de experiência em uma ação de educação em saúde. Tal ação foi realizada por acadêmicos do segundo semestre do curso de enfermagem da Universidade Estadual do Pará. Essa ação é o resultado das Atividades Integradas em Saúde (AIS) que compõe a estratégia dentro da metodologia estruturante do curso, que é a metodologia da problematização e propicia o contato dos acadêmicos com a realidade social e desenvolvimento de atividade práticas. As AIS tem como base a metodologia do Arco de Maguerez. O arco possui 5 etapas sendo elas: Observação da realidade, que é o contato com uma realidade específica e busca por identificar problemas a serem resolvidos; levantamento dos pontos chaves, quando são elencados e discutidos os problemas identificados anteriormente; teorização, estudo dos problemas definidos como foco na etapa anterior; hipóteses de solução, discussão da forma que os problemas abordados podem ser minimizados ou até mesmo solucionados; e aplicação à realidade, quando se retorna à realidade inicial, desta feita para intervir na realidade, de modo a transforma-la positivamente. Este trabalho específico, foi realizado em uma escola pública e o tema elencado foi a saúde bucal dos estudantes. A saúde bucal é muito importante para o convívio em sociedade e influencia em diversos aspectos biopsicossociais na vida dos adolescentes. Pode-se afirmar que em mais da metade dos adolescentes que tem uma dieta rica em carboidratos fermentáveis, há lesões de cárie dental. Além disso, a ação de microrganismos, principalmente da bactéria de Estreptococos do Grupo Mutans mediante a formação de glicano que é formado na presença de dissacarídeo sacarose substância encontrada principalmente em doces, resultam na formação de cárie na superfície dos dentes. O tártaro é formado por um biofilme dental que se solidifica na parte inferior dos dentes, sendo de difícil remoção após 72 horas. Este biofilme pode ser formado por variadas bactérias, predominando as Gram negativas que ocasionam doenças gengivais como gengivite e periodontite. Assim, levando em consideração todas as mudanças e descobertas que ocorrem nessa fase da vida, a higiene e cuidado com a saúde bucal muitas vezes não são priorizadas e passam a ser desprezadas. Este relato de experiência tem como finalidade apresentar a ação desenvolvida pelos pesquisadores, evidenciando o método utilizado, resultado obtido e suas contribuições para a vida acadêmica dos pesquisadores. Desenvolvimento: A ação foi realizada em uma escola estadual localizada na periferia de Belém. Com base na primeira etapa do arco de Maguerez, observação da realidade, foi feita uma visita no segundo semestre de 2018. No primeiro semestre de 2019, com o auxílio de professores, foram levantados os pontos chaves, incluindo uma nova visita à escola, para sistematização da problemática escolhida: saúde e higiene bucal. A partir da observação e levantamento de pontos chaves, foi realizada a reflexão acerca do tema que poderia ser abordado: Saúde e higiene bucal. Posteriormente, foi realizada uma nova visita mais sistematizada aplicada a 40 alunos do 7º ano do ensino fundamental. Com auxílio de um questionário estruturado, foi feita uma entrevista com intuito de anamnese, a fim de conhecer melhor a realidade desses alunos no que concerne à saúde bucal. Após a definição do tema, foram solicitados aos orientadores, como parte de terceira etapa do Arco de Maguerez, materiais relacionados ao tema. Além disso, foram realizadas pesquisas nas plataformas Google Acadêmico e na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Dessa forma, foi elaborado um plano de ação e apresentado aos professores o qual foi discutido antes de colocá-lo em prática. Completando a última etapa do arco — foi feita a aplicação à realidade, por meio de uma ação que se iniciou com uma apresentação informal entre os pesquisadores e os alunos do 7º ano da escola. Posteriormente, foi organizada uma roda de conversa na qual foram abordados e explicados os temas pesquisados. O primeiro pesquisador indagou os alunos a respeito da cárie e sua formação, explicando com o auxílio de imagem e um macromodelo. Em seguida, com o intuito de estimular a participação dos alunos, foram feitos questionamentos a respeito da importância do flúor e foi feita uma demonstração utilizando ovos, vinagre e flúor. Tal demonstração consistia em submergir os dois ovos no vinagre, sendo um tratado previamente com flúor e o outro sem, a fim de demonstrar a diferença da presença e ausência deste componente perante o ácido representado pelo vinagre. O terceiro pesquisador, abriu a reflexão com os alunos acerca do cálculo dental (tártaro), utilizando uma imagem, explicando sobre a sua formação e consequências. Posteriormente, o quarto pesquisador explicou as consequências do tártaro de forma mais aprofundada que se trata de gengivite e periodontite, utilizando também de imagem e 4 macromodelos. Por fim, foi demonstrada de maneira prática com macromodelo de boca e escova, a forma de higienização correta. A última atividade realizada foi uma disputa entre os alunos que formaram quatro grupos. A cada grupo foi entregue um cartaz, uma cola e um conjunto de silabas para formar palavras mencionadas na roda de conversa, as quais iriam compor grupos de dentes sadios e dentes não sadios. Foi cronometrado um tempo de 15 minutos para a realização da dinâmica e quem terminasse primeiro seria o vencedor e ganhava uma premiação. Por fim, no encerramento da ação foram distribuídos kits para higiene bucal, como brindes, para todos os alunos. Resultado: Na primeira visita observou-se várias problemáticas relacionadas à infraestrutura da escola como falta de abastecimento de água, falta de merenda escolar e precário esgotamento sanitário. Pode-se afirmar que estas problemáticas influenciam na qualidade de ensino-aprendizagem desses alunos. Na segunda visita realizada após o levantamento dos pontos chaves e uma ideia do que seria abordado, levou-se um questionário estruturado acerca da saúde e higiene bucal no qual foram obtidos resultados que possibilitaram a escolha definitiva deste tema. Segundo o resultado obtido na visita sistematizada, notou-se que havia um déficit no conhecimento acerca do tema o que resultaria em risco de adoecimento. Com base no estudo realizado, foi possível perceber a necessidade de abordar os respectivos temas: cárie, gengivite e periodontite, além de suas consequências. A ação foi realizada com 35 alunos que durante a roda de conversa participaram e interagiram com os pesquisadores, respondendo às perguntas propostas no início de cada tema abordado e interesse em aprender com as demonstrações realizadas. Durante a disputa, todos manifestaram interesse na participação do jogo e esforço para ganhar a competição. Na entrega dos brindes, os alunos apresentaram satisfação ao receber os kits de higiene bucal. Considerações finais: A ação em saúde tinha finalidade orientar acerca da saúde bucal dos estudantes. Tal objetivo foi alcançado por conta do interesse demonstrado pelos alunos, a partir das dinâmicas propostas. Foi possível perceber que a ação contribuiu de imediato com os alunos, uma vez que eles aprenderam a correta higienização dos dentes e gengivas. Dessa forma, em longo prazo, se as ações aprendidas forem colocadas em prática poderão prevenir doenças bucais. Nesse contexto, essa ação em saúde contribuiu para a formação acadêmica dos pesquisadores, pois demonstra que a enfermagem está integrada com outras áreas da saúde. Para mais, a enfermagem está preocupada em orientar a comunidade acerca dos cuidados com sua saúde. Como também, contribuiu para a construção de um senso crítico sobre como lidar diante de situações problemas. |
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Trabalho nº 9427 Título do Trabalho: EQUIPE INTERDISCIPLINAR - A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO DE UM GRANDE QUEIMADO EM CENTRO ESPECIALIZADO Autores: Lívia Machado de Mello Andrade, Luana Schroeder Damico Nascimento Schroeder Damico Nascimento Macedo, Renatta Karoline Bekman Vogas, Bruno Bianco Gall de Carvalho, Fernanda Brandão Coelho, Maria Cristina do Valle Freitas Serra |
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Apresentação: No Brasil, as agressões configuram as principais causas externas de morte em crianças e adolescentes. Dentre elas, a queimadura é uma das que mais requerem um tratamento interdisciplinar para garantir qualidade na assistência durante a internação e após a alta hospitalar, de modo a praticar um dos princípios do Sistema Único de Saúde. Diante disso, objetiva-se relatar caso de adolescente com queimadura grave, destacando-se a participação da equipe interdisciplinar. Desenvolvimento: Estudo observacional descritivo, com dados coletados do prontuário em agosto de 2019. A partir de tais dados, obteve-se o relato. A.Y, 13 anos, moradora do Complexo do Alemão, feminina, analfabeta funcional, vítima de queimadura por chama causada por violência de sua progenitora, que é portadora de transtorno bipolar. Foi internada em um Centro de Tratamento de Queimados para tratamento de queimadura de 2º grau profundo e 3º grau, em face, pescoço, tórax anterior e abdome, com 20% de superfície corporal queimada. Foi admitida intubada, com síndrome edemigênica, herpes e candidíase genitais. Iniciou-se antibioticoterapia, balneoterapia diária, analgesia, auto-enxertia, terapia nutricional e fisioterápica adequadas para grande queimado, além de acompanhamento por psicóloga e assistente social. Resultado: Destaca-se a abordagem não farmacológica da dor, realizada em conjunto pela equipe interdisciplinar, que é composta também pelos acadêmicos (estudantes de medicina e enfermagem), por meio de atividades recreativas, que atenuaram o aspecto emocional da dor e permitiram um cuidado integral, humanizado e centrado no indivíduo. Após 90 dias de internação, permaneceu no ambiente hospitalar por razões sociais, para planejamento de inserção em família adotante, retorno às atividades escolares e garantia de atendimento médico e psicossocial pelo Sistema Único de Saúde. Considerações finais: A realização de uma assistência interdisciplinar, com a participação dos acadêmicos, além do tratamento medicamentoso e cirúrgico foram fundamentais para a recuperação integral da paciente e para o retorno à sua vida diária. |
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Trabalho nº 10458 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NO PROCESSO DE CONTINUIDADE DO TRATAMENTO DE TUBERCULOSE PULMONAR Autores: Lucas Almeida Campos, Marcela de Barros Justino, Gabriel Moura Alves, Antonio da Silva Ribeiro |
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Apresentação: Tuberculose (TB) é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por uma bactéria, o Mycobacterium Tuberculosis, também denominado de Bacilo de Koch (BK). O termo tuberculose se origina no fato da doença causar lesões chamadas tubérculos. A propagação do bacilo da tuberculose está associada principalmente às condições de vida da população, este prolifera-se em áreas de grande concentração humana, com precários serviços de infraestrutura urbana, como saneamento e habitação, onde coexistem a fome e a miséria. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que a doença será responsável por 35 milhões de mortes no período entre 2000 e 2020 e mostra que 22 países concentram cerca de 80% dos casos de TB no mundo. Objetivo: Conscientizar e orientar o profissional enfermeiro sobre a educação continuada em saúde para a promoção, prevenção e tratamento da Tuberculose Pulmonar na população. Método: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, do tipo revisão integrativa, que teve como base de dados a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Foram adotados os seguintes critérios de inclusão de artigos: materiais completos, em língua portuguesa, no formato de artigo e com recorte temporal de nove anos (2011 – 2019). Os critérios para 6exclusão foram: materiais duplicados e que não atendiam a temática. Ao fim da aplicação dos critérios anteriormente descritos, emergiram 10 artigos. Resultado: A partir da análise criteriosa dos artigos, percebe-se que um dos maiores desafios para o tratamento da TB está nos casos de retratamento, para isso dá-se a justificativa de que o tratamento torna-se mais complicado, não só devido a resistência às drogas. Portanto, para solucionar as questões de reinfecções e coinfecção (tuberculose /HIV e tuberculose/Diabetes), é preciso profissionais qualificados a ponto de saber instruir os portadores de tuberculose e seus familiares sobre como tratar a doença atendendo cada caso com sua particularidade afim de eliminar preconceitos e estigmas criados pelo próprio doente e por seus familiares bem como a sociedade em si, assim, diminuindo os casos de abandono do recurso terapêutico, as possíveis novas infecções na comunidade, extinguindo o sentimento de exclusão durante a intervenção e ampliando o acesso ao tratamento por meio das visitas com agente comunitários de saúde (ACS ) facilitando assim o processo de prevenção e cura da Tuberculose. Considerações finais: Um dos maiores desafios nos dias de hoje, para o controle da tuberculose no Brasil, são os casos de retratamento. Esse grupo, formado pelos casos de recidiva e reingressos, apresenta maior chance de desenvolver um desfecho desfavorável para a doença, como óbito, novo abandono e resistência às drogas de tratamento, representando uma ameaça adicional ao controle da tuberculose, implicando em tratamento mais oneroso e mais complicado. Os profissionais da saúde, especialmente os da atenção primária, possuem um papel fundamental na busca por ações de saúde que contemplem o manejo, estabelecendo, de forma multiprofissional, atividades educativas de orientação a pacientes e familiares, na realização de educação permanente, no rastreamento dos pacientes, oportunizando um diagnóstico prévio ou realizando intervenções imediatas. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 12001 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DO PLANTÃO PSICOLÓGICO NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO E SAÚDE Autores: Ana Cláudia Soares Silva, André Amorim Martins, Vitória Silva Martins |
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Apresentação: O presente artigo teve o intuito de abordar a importância do oferecimento de plantão psicológico nas instituições de ensino e de saúde, apresentando o plantão psicológico como um importante recurso para atendimentos psicológicos emergenciais e de acolhimento inicial de demandas relacionadas à saúde mental nesses contextos. Sabe-se que existem altos índices de pessoas acometidas por conflitos emocionais, expostas à fatores estressantes e outros problemas em que um profissional “psi” pode oferecer contribuições significativas, por essa razão, é importante que o sujeito procure um apoio profissional e que o encontre de forma acessível, especialmente em locais no qual convive rotineiramente. O presente trabalho visa, através do relato de experiência de estágio em Estratégia de Saúde da Família na Rede SUS em Divinópolis (MG), realçar o valor do plantão psicológico tanto para o atendimento de demandas nas instituições de ensino como também no serviço público de saúde. Essa forma de serviço permite ao indivíduo não enfrentar o seu problema sozinho oferecendo o serviço da psicologia para auxiliar os alunos e cidadãos no desenvolvimento de competências e habilidades, bem como no trato de demandas ligadas à saúde mental, com uma escuta qualificada. Além disso, o atendimento psicológico através de plantões oferece campo de estágio para a formação de acadêmicos em psicologia, o que contribui significativamente para a formação profissional dos estudantes do curso e complementam o trabalho desenvolvido em serviços da rede de saúde pública, de suma importância para a ampliação dos serviços de saúde mental e formação de profissionais comprometidos com a construção do cuidado. Assim, o plantão aparece como uma ferramenta de suma importância para o acolhimento do sujeito. |
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Trabalho nº 8938 Título do Trabalho: ASSISTÊNCIA À PESSOA IDOSA: A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) Autores: Ronilda Bordó de Freitas Garcia, Flávia Cristina Silveira Lemos, Helena Carollyne da Silva Souza, José Augusto Lopes da Silva, Edilene Silva Tenório, Érika Amorim da Silva |
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Apresentação: O aumento da expectativa de vida é uma realidade brasileira, a população de idosos cresce nos últimos anos. concomitantemente, observa-se a necessidade de proporcionar qualidade de vida para essas pessoas. No que se refere ao contexto da saúde é imprescindível que aspectos humanizadores sejam presentes nestes serviços, respeitando os idosos e tendo ética nos atendimentos entre outros fatores, sabe-se que o sistema único de Saúde (SUS) possui diretrizes e estratégias que destacam a importância da atenção básica e integral, no trabalho em questão buscamos destacar a importância da(o) Psicóloga(o) nesse processo. O trabalho em questão é uma pesquisa de iniciação científica sem bolsa, o método utilizado foi uma revisão bibliográfica e exploratória de publicações referentes ao papel do psicólogo no âmbito da assistência à pessoa idosa. O psicólogo hospitalar, integrante da equipe multidisciplinar, deve exercer sua profissão sinalizando que a partir de determinado diagnóstico que a pessoa idosa venha apresentar, deve-se oferecer uma assistência que respeite suas subjetividades e proporcione além de saúde física, processos que envolvam fortalecimento de qualidades e vínculos com familiares, visto a necessidade da saúde mental no processo de envelhecimento para que o sujeito tenha uma melhor qualidade de vida. No atendimento ao paciente idoso, na atenção básica à saúde, no NASF e nas UBS, observa-se que deve ser realizado estratégias que integrem este sujeito de forma a levar em consideração a sua subjetividade. Dessa forma, tratar o idoso(a) como indivíduo inválido, inviabiliza o processo de qualidade de vida, além de não respeitar direitos básicos de qualquer sujeito, como a dignidade moral. Além disso, é importante também a inserção de atividades que deem enfoque também para prevenir a saúde do idoso, é importante que o psicólogo juntamente com a equipe multidisciplinar desenvolvam tais atividades. Levando-se em consideração esses aspectos apresentados, sobre as qualidades de vida e saúde do idoso, frente a psicologia e o SUS, observa-se que o conselho federal de psicologia (CFP) juntamente com políticas públicas elaboradas para pessoas no processo de envelhecimento ressaltam a necessidade de acompanhamento voltado para a integralidade do sujeito idoso, saindo de aspectos puramente patologizantes e limitantes, visto que em casos em que possui determinada fragilidade física é papel do psicólogo, olhar este sujeito como alguém com uma história de vida ampla mais ainda em construção, e também com potencialidades e habilidade. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 11047 Título do Trabalho: O EXERCÍCIO DO CONTROLE SOCIAL PELA SOCIEDADE CIVIL E SUA IMPORTÂNCIA PARA A EFETIVIDADE DA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL: A EXPERIÊNCIA DA COMISSÃO INTERSETORIAL DE SAÚDE MENTAL DO CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE – CISM/CES-RJ Autores: Francinete Conceição Amorim do Carmo |
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Apresentação: Os Conselhos de Direitos possuem atribuições precípuas de deliberação das e sobre as políticas públicas, bem como no controle e fiscalização das ações e orçamento, além do seu papel intrínseco de promoção e defesa dos direitos, tornando-se importantes espaços democráticos de participação da sociedade civil no exercício do controle social. Contudo, as discussões sobre saúde mental, ainda, ocupam um pequeno espaço neste universo. Tal percepção foi possível a partir da minha experiência no Conselho Estadual de Saúde do Estado do Rio de Janeiro – CES (RJ), em particular na Comissão Intersetorial de Saúde Mental – CISM. Esse lugar que ocupo como conselheira representante da sociedade civil, segmento profissionais de saúde através da representação do Sindicato dos Assistentes Sociais do Estado do Rio de Janeiro. E, deste lugar, compartilho meu relato de experiência. Ao assumir em 2012, substituindo uma companheira, existia no CES (RJ) a Comissão de Saúde Mental com a perspectiva setorial voltada para a temática em questão, algo que permaneceu até o mandato seguinte, 2014-2016, quando a comissão foi suspensa. Representantes da sociedade civil, usuários e trabalhadores, iniciaram o fomento de retorno da comissão, trazendo como elemento principal a perspectiva da intersetorialidade e sua relevância para o dimensionamento das discussões no enfrentamento ao desmonte da Política de Saúde Mental. Houve êxito na ação coletiva e a conquista de assegurá-la como comissão intersetorial na estrutura organizacional do CES. A participação da sociedade civil foi fundamental para a estruturação desse lugar, porém, não se trata de um lugar estático ou garantidor das pautas de saúde mental. A CISM surge como um espaço importante dentro do CES (RJ), mas não se distancia do momento crítico da sociedade quanto a disputa dos valores do Sistema Único de Saúde e, também, da Reforma Psiquiátrica. Por isso emerge a necessidade de identificar e observar os caminhos e as nuances dos discursos e táticas para que ocorra a resistência necessária para suplantar as intenções contrárias ao cuidado público, gratuito e universal de cuidado em saúde no Brasil. A participação social se insere no contexto constitucional, como importante avanço na gestão da saúde, expressa em seu Artigo 198 e materializada através das Leis 8.080/1990 e 8.142/1990, no que tange sua integração no controle social, por meio dos Conselhos de Direitos, institucionalizando-os como mecanismos de participação nas políticas públicas (Silva, Ferreira e Barros, 2008). Encontramos no momento atual, onde presenciamos as diversas tentativas de desconstrução da Lei nº 10.216/2001, a chamada Lei da Reforma Psiquiátrica, fruto de uma árdua luta dos movimentos sociais ao longo dos anos, “um processo social complexo” (Amarante, 1995), que não visava somente à mudança de/no local de tratamento, mas, sobretudo, na necessidade de transformação da sociedade no modo de lidar com a loucura (Heidrich, 2007). A discussão sobre a política de saúde mental nos Conselhos de Direitos na Saúde, ainda é um enorme desafio, no que tange a conquista desse espaço legítimo e assegurado nas legislações. Os sucessivos ataques privatistas à saúde, não deixam de enveredar na saúde mental, muitas vezes, para o retorno ao modelo higienista e manicomial, configurando-se sob o aspecto econômico, desvinculando os sujeitos do direito ao cuidado no território vinculado a convivência familiar e comunitária. Diante do contexto atual, com os sequentes ataques às políticas públicas, a desmobilização do controle social em seu caráter efetivo de fiscalizar os recursos destinados ao cumprimento do dever do Estado e em assegurar a saúde pública de qualidade para a população na implementação das políticas públicas de interesse do coletivo, vemos que as prerrogativas do Conselho de Saúde são, em alguns momentos, diluídas para um lugar burocratizado e beirando a destituição do exercício legal a ele atribuído. Deste modo, cabe a resistência de um coletivo que possibilite ecoar as necessidades da sociedade, encontrada, na maioria das vezes, naqueles que representam o segmento da sociedade civil, usuários e trabalhadores do Sistema Único de Saúde – SUS. A saúde mental tem um lugar na nossa sociedade não restrito, não fragmentado, não esfacelado. Esse lugar é inteiro, ele é integral. Precisa ser falado, garantido e defendido por todos, cabendo ao controle social nas três esferas de organização da República Brasileira, por meio dos Conselhos de Direitos em saúde, criarem a Comissão Intersetorial de Saúde Mental – CISM, com vistas a provocar gestores, trabalhadores e usuários, membros dessas instâncias colegiadas, a mudança nos paradigmas burocráticos e excludentes dos usuários da saúde mental, visando contribuir na organização da Rede de Atenção Psicossocial nos diversos territórios onde devem ser realizados os cuidados em saúde e a vida dos sujeitos. A existência da Comissão Intersetorial de Saúde Mental nos Conselhos de Direitos em saúde se constitui como um espaço importante, mas não se distancia do momento crítico da sociedade quanto à disputa dos valores do Sistema Único de Saúde e, também, da Reforma Psiquiátrica. A comissão se reúne a cada 15 dias em uma das salas do CES, sua composição é paritária com 04 usuários, 02 profissionais e 02 representantes da gestão. Nesses 11 meses de exercício, os membros da CISM vêm buscando garantir a participação nos espaços de discussões de saúde mental no Estado do Rio de Janeiro, tanto no nível de gestão, como os grupos condutores, e fóruns. Contudo, essa intersetorialidade ainda não foi efetiva, pois, os membros da comissão estão finalizando a construção do regimento interno da comissão para a convocação dos representantes das demais políticas públicas e segmentos da sociedade. Através da nossa luta, vimos insurgir, por meio da participação popular, a resistência em tentativas de barrar esse desmonte e frear as arbitrariedades constituídas por gestões que concebem a economicidade como veículo condutor das políticas públicas. A busca de unidade entre trabalhadores e usuários se constitui como o principal viés condutor de iniciativas construtivas dessas barreiras e emergem das vivências coletivas nos territórios e dispositivos existentes. Palavras Chaves: Controle Social, Saúde Mental, Reforma Psiquiátrica. Bibliografia AMARANTE, Paulo. Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. Rio de Janeiro, FIOCRUZ, 1995. 143p. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 18.ed. Brasília, DF: Senado, 1988. _______. Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União,Brasília, DF, 19 set. 1990a. Seção 1. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm. Acesso em: 20 Nov.2018. _______. Lei 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 dez. 1990b. Seção 1. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/legislacao/lei8142_281290.htm gt;. Acesso em 20 Nov. 2018. HEIDRICH, A. V. Reforma Psiquiátrica à Brasileira: análises sob a perspectiva da desinstitucionalização (tese de doutorado) Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007. SILVA, Heloísa Helena Corrêa da; FERREIRA, Luciana Paes Barreto; BARROS, Maria Lúcia. Estado/Sociedade e o Controle Social. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/diver/article/view/34037/21198. Acesso em 16 Nov. 2018. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 9453 Título do Trabalho: USO IRRACIONAL DE MEDICAMENTOS E A IMPORTÂNCIA DO EXERCÍCIO DA ATENÇÃO FARMACÊUTICO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) Autores: Joel de Fátimo Chagas dos Santos, Maria Adriana Moreira, Adriana da Silva Zurra |
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Apresentação: Os medicamentos vêm assumindo múltiplas funções na sociedade, que extrapolam seu caráter farmacoterapêutico, devido à questão cultural e a mudança da visão da população frente à doença. Assim, a eficácia clínica e a segurança dos medicamentos podem ser afetada por diversos fatores, como alimentos, outros medicamentos, presença de patologias, entre outros, levando ao risco de intoxicações e ingestão acidental por banalização da utilização da farmácia domiciliar. O presente relato de experiência, busca descrever a vivência de um profissional farmacêutico do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica – NASF-ab, em Tefé (AM), frente ao uso irracional de medicamentos e as condutas aplicadas diante desse problema de saúde pública. Desenvolvimento: Considera-se Uso Racional de Medicamentos (URM) a situação em que os pacientes recebem medicamentos apropriados à sua condição clínica, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um determinado período de tempo e ao menor custo possível para si e para a comunidade. Porém, é comum presenciar em visitas realizadas pela equipe multidisciplinar do NASF-ab a prática da automedicação, que consiste no uso de medicamentos sem prescrição médica, pois o próprio paciente decide qual fármaco utilizar ou recebe indicação de medicamentos por pessoas não habilitadas, como amigos e familiares. Diante desse panorama, fica evidente que os idosos são provavelmente o grupo mais suscetível à polifarmacoterapia e a automedicação em nosso município e, por isso, consequentemente, podem se tornar às maiores vítimas dos efeitos negativos dessa prática. Resultado: Os medicamentos usualmente identificados no exercício da atenção farmacêutica são anti-inflamatórios não esteróidais, como diclofenaco sódico e ibuprofeno, relaxantes musculares em associação, como carisoprodol e ciclobenzaprina, e em casos mais graves, antimicrobianos, como azitromicina e cefalexina. As principais queixas que levam a automedicação são dores em geral, principalmente nas costas e articulações, inflamações no trato respiratório superior e acidez gástrica. Quando perguntados sobre a administração desses medicamentos, os cidadãos relatam que são “medicamentos para emergências”, que sempre fazem efeito, independente da indicação terapêutica e período de tratamento, e que, na grande maioria, não foram profissionais de saúde habilitados que receitaram, não sabendo responder ou ter qualquer receituário que indique a posologia a ser seguida. Considerações finais: Portanto, buscando minimizar os agravos e possíveis intoxicações advindas dessa prática, é primordial intensificar o exercício da atenção farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) como importante ferramenta frente a esse problema social centrando o cuidado ao cidadão. Outra estratégia é continuar fortalecendo às práticas de educação em saúde nas rodas de hipertensos e diabéticos (HIPERDIA) sendo, o profissional farmacêutico, mais um agente incumbido de garantir que o paciente venha aderir aos esquemas farmacoterápicos e seguir o plano de assistência, de forma a alcançar o sucesso terapêutico. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8431 Título do Trabalho: MULHERES MARAVILHA: IMPORTÂNCIA DE GRUPO DE APOIO PARA MULHERES MASTECTOMIZADAS Autores: Tatiana de Gouvêa Martins, Mayara Santos Medeiros da Silva Campos, Kyvia Raissa Bezerra Teixeira, Luiz Henrique Da Silva Inácio, Adrielle Santana Marques Bahiano, Thamires Nunes Da Silva Lima, Ana Paula Daltro Leal de Paiva |
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Apresentação: O câncer de mama possui na maioria dos grupos sociais uma conotação moral/religiosa como doença punitiva e fatal, principalmente por continuar a ser o tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil. Diante desse cenário os grupos de apoio caracterizam-se com importante ferramenta de suporte social a medida em que funcionam como sustentáculo na continuidade do processo de recuperação e adaptação à nova condição de vida. Objetivo: Conscientizar sobre a importância de grupo de apoios diante de situações difíceis como o diagnóstico de câncer de mama. Desenvolvimento: A atividade foi desenvolvida por Residentes de Enfermagem em conjunto com as Enfermeiras do Serviço de Educação Permanente Multidisciplinar de um hospital público do Estado do Rio de Janeiro, em abril de 2019, com um grupo de apoio a mulheres mastectomizadas e seus familiares por meio de uma dinâmica denominada “eu sou um super-herói”. A execução se deu por meio da distribuição de braceletes da personagem mulher maravilha, seguido da pergunta: se você fosse um super-herói, que poder gostaria de ter para ajudar o próximo? Resultado: Todos os integrantes do grupo se envolveram na dinâmica, que contou com 40 participantes. As falas versaram em sua maioria e principalmente sobre empatia, igualdade e amor ao próximo. Outras respostas disseram respeito à melhora no acesso a saúde, medicamentos, saúde para todos e aumento de salário. O preconceito foi outro ponto destacado. Considerações finais: A dinâmica possibilitou a reflexão sobre cada indivíduo ter o poder de ajudar ao próximo. Pôde-se perceber a preocupação dos participantes com as dificuldades do outro, demonstrando a influência e a importância de grupos de apoio que podem potencializar competências e habilidades de mulheres que vivenciam essa situação à medida que permite a troca de experiências, o distanciamento da exclusão social, além da troca de informações acerca da doença, tratamento e processo de recuperação. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 9512 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DO FEEDBACK NA FORMAÇÃO DE UM RESIDENTE EM MFC, UMA REFLEXÃO TEÓRICA Autores: GARCIA VERGARA |
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Apresentação: A formação de recursos humanos que realmente atende às necessidades de pessoas, famílias e comunidades é um desafio para todos que dedicam tempo e energia ao longo de suas vidas acadêmicas. Frequentemente, esses profissionais de ensino sacrificam suas vidas pessoais para enfrentar esse desafio. Este trabalho tem como objetivo qualificar de maneira mais objetiva o que pode ser feito diariamente no enfrentamento do desafio de ensinar para médicos residentes em um Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade de uma renomada Universidade Pública. Ao longo dos anos, os professores e preceptores deste programa se esforçam ao máximo para desenvolver e aplicar metodologias ativas de ensino-aprendizagem nos quais o aprendiz é responsável pelo seu processo de aprendizado. Das muitas metodologias ativas, podemos destacar a avaliação formativa e, a partir dela, destacamos o mecanismo de feedback como a principal estratégia metodológica para o ensino centrado no adulto. O feedback é um mecanismo comumente usados na prática da preceptoria nos mais diversos contextos de aprendizagem. No entanto, esse mecanismo geralmente é subutilizado devido às circunstâncias desfavorável em que a aprendizagem pode ocorrer e possa se desenvolver completamente. Os cenários em que a prática da preceptoria ocorre são múltiplos, os desafios são constantes, as pessoas precisam aprender porque a maioria quer se tornar um profissional realmente atento às necessidades das pessoas que procuram os serviços de saúde. Para atender a esta necessidade, este trabalho baseia-se em no estudo da literatura com foco no poder de feedback na educação médica dos residentes em MFC, para que, de maneira prática, possa atender às necessidades de construção de um Sistema de Saúde Pública forte e próximo das necessidades da população. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 5874 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DO ENSINO APRENDIZAGEM PARA PRESTAÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS Autores: Juliana Farias Vieira, Raiane Cristina Mourão do Nascimento, Nathaly Silva Freitas, Rafaela de Souza Santos Carvalho, Zaline de Nazaré Oliveira de Oliveira, Samaroni Brelaz Feitosa |
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Apresentação: Primeiros socorros são cuidados imediatos prestados a vítima de mal súbito ou acidente, utilizando medidas e procedimentos com a finalidade de manter as funções vitais e prevenir danos maiores à vítima, até a chegada de atendimento especializado. Segundo Nardino et al (2012), a educação é um dos importantes recursos na prevenção de acidentes, tanto em escolas como em locais de trabalho, esses espaços são ideais para iniciar a prevenção em relação aos acidentes, de tal forma que haja grande relevância no cotidiano da população. Devido ao número de casos e a suscetibilidade de ocorrências no âmbito escolar, foi sancionada a Lei nº 13.722, de 04 de outubro de 2018, a qual torna obrigatória a capacitação de professores e funcionários em primeiros socorros. Além disso, o processo de ensino-aprendizagem surge como metodologia ativa, ou seja, abandona o ensino tradicional (protagonismo do professor), e coloca o aluno como protagonista levando-o também a refletir sobre sua atitude com o auxílio do professor. Objetivo: Descrever a experiência do Ensino-Aprendizagem sobre primeiros socorros prestados em situação de obstrução de vias aéreas por corpo estranho, vertigem, desmaio, convulsão e parada cardiorrespiratória para alunos de uma escola pública de SANTARÉM (PA). Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência vivenciado por discentes do 7° semestre do Curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará, Campus XI durante uma ação realizada em uma escola estadual do município de SANTARÉM (PA) no mês de março de 2019, com finalidade de instruir os alunos frente a situações que necessitem da realização de primeiros socorros. Resultado: Foram selecionados pelos colaboradores da escola os principais assuntos a serem abordados, de acordos com as descrições de situações já vivenciadas no ambiente. Na chegada os acadêmicos, a equipe da instituição demonstrava-se receptivos, reconhecendo a importância dos conhecimentos sobre primeiros socorros. Os acadêmicos se direcionaram as salas, sendo aplicado no início das apresentações um questionário contendo conhecimentos básicos sobre primeiros socorros. As apresentações buscavam sempre a interação com a teoria e a prática, e os alunos eram estimulados a simular as técnicas, após a orientação e apresentação do tema. Em dupla, eles deveriam realizar a demonstração da técnica correta, de acordo com a situação exposta, gerando interesse e atenção dos alunos durante a explicação teórica. Após a exposição e simulação das técnicas descritas, o questionário foi aplicado novamente. Desse modo, o ensino na prática tem se destacado, pois diferente de outras metodologias de ensino, a prática promove a aprendizagem experiencial, levando o aluno a refletir sobre sua atitude, com auxílio do professor (ROSA, 2017). Considerações finais: A partir da experiência vivida foi possível identificar a importância do Ensino-Aprendizagem envolvendo primeiros socorros básicos que podem ser necessários em situações dentro de instituições de ensino, mostrando que tanto o aluno quanto os profissionais atuantes nesses locais poderão ofertar um atendimento prévio obtendo assim bons resultados. Pois sabendo proceder de maneira eficaz em uma situação de risco, a autonomia e eficácia no atendimento irão gerar bons resultados nas situações envolvidas. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 10483 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA INTERPROFISSIONALIDADE NA PERSPECTIVA DE ALUNOS DO PET-SAÚDE/INTERPROFISSIONALIDADE EM MACAÉ Autores: Victoria Guitton Renaud Baptista de Oliveira, Juliana Lourenço Barbosa, Elenice Sales da Costa, Naiara Sperandio, Beatriz Guitton Renaud Baptista de Oliveira, Isabela Barbosa da Silva Tavares Amaral |
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Apresentação: A Educação interprofissional começou a ser discutida na década de 1980, porém, sua gênese aconteceu em 1860 no Reino Unido quando professores chamaram atenção para necessidade de mudar o pensamento dos profissionais de saúde. Propondo um primeiro contato com outras profissões precocemente, ainda na academia, modernizando-a com a aproximação entre estudantes de diferentes cursos da área da saúde no aprendizado do cuidado em equipe. Objetivo: relatar experiência vivenciada por alunos do grupo PET Saúde/Interprofissionalidade, abordando a formação interprofissional na academia e as ações interprofissionais da rede de serviços públicos de saúde de um município do RJ. Objetivo: específicos: apontar as possibilidades e os desafios percebidos na universidade e no serviço de saúde ao desenvolvimento de atividade interprofissional; propor estratégias para favorecer a interprofissionalidade durante a formação acadêmica e o exercício profissional. Desenvolvimento: O PET Saúde/Interprofissionalidade compõe um conjunto de ações do plano de educação interprofissional, para realização de iniciativas que poderão promover o desenvolvimento de práticas colaborativas. O trabalho desenvolvido pelo grupo abarca duas etapas: uma refere-se ao diagnóstico local da Rede de Atenção à Saúde através de visitas guiadas a serviços da atenção primária, secundária, terciária, da gestão e reuniões do Conselho Municipal de Saúde. As visitas guiadas são as principais responsáveis pela imersão dos alunos na Rede sob um olhar singular. Além da perspectiva do gestor ou coordenador da unidade, que relata o funcionamento e entraves da unidade. A outra refere-se às reuniões para discussão das questões envolvendo o trabalho interprofissional e a rede observadas pelos alunos, levantando as facilidades e os desafios a serem enfrentados para surgimento de métodos interprofissionais. Resultado: A partir da imersão na Rede em Macaé, os alunos conheceram desde a atenção primária como a Estratégia Saúde da Família, até a atenção terciária ao visitar o Hospital Público Municipal de Macaé. Após acompanhar o funcionamento desses setores, o primeiro desafio foi observar a realidade sob a perspectiva do gestor ou profissional de saúde em busca de melhorias ao Sistema e, consequentemente, ao usuário. Dentre as possibilidades/facilidades destaca-se a otimização da assistência oferecida, troca de informações, o compartilhamento do conhecimento científico e a percepção de que a Rede só funciona plenamente quando existe uma conexão sem barreiras entre as diversas categorias profissionais. As fragilidades relacionadas à academia referem-se aos diferentes horários dos cursos da área da saúde e a distância física entre os campus. Além disso, sabe-se que educação interprofissional não é realidade em grande parte das graduações. Nesse âmbito, as estratégias para favorecer a interprofissionalidade devem atender os aspectos macros envolvendo políticas públicas e os micros envolvendo a participação direta dos profissionais. Considerações finais: A imersão nos campos de prática sob a perspectiva do trabalho interprofissional possibilita a identificação dos pontos que fortalecem o trabalho e aprendizado interprofissional e aqueles que limitam sua prática, buscando soluções que promovam a universalidade e equidade na saúde defendida pela Constituição e sustentada pelo Sistema Único de Saúde. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 10488 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA REDE DE APOIO FAMILIAR PARA CRIANÇAS INTERNADAS Autores: Natalie Kesle Costa Tavares, Zilmar Augusto de Souza Filho, Beatriz Kevinn Freire da Costa, Paula Andreza Viana Lima, Tainan Fabrício da Silva, Mariana Paula da Silva, Joice de Souza Ribeiro, Rebeca Moreira Gomes |
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Apresentação: A internação hospitalar costumar ser um fator desencadeante de estresse e sofrimento tanto para a criança, quanto para seus familiares, que terão seus cotidianos alterados, necessitando adaptar-se a uma nova situação, o que nem sempre é algo fácil, já que muitas famílias não recebem o apoio do qual necessitam em um momento como esse. Nesta ocasião, um misto de sentimentos é experimentado pelos familiares envolvidos e que podem ter interferência direta na fase de tratamento e de recuperação da criança internada, já que são as famílias que costumam lidar como as questões imediatas dos problemas infantis, servindo como mediadoras entre a criança e o profissional da saúde. Para as crianças, a experiência da doença, a internação hospitalar e à mudança de ambiente e/ou situação, é visto como um gerador de sofrimento, uma vez que a mesma é afastada do ambiente ao qual ela está habituada, do seu seio familiar e é constantemente submetida a procedimentos, até então por elas desconhecidos, que lhes podem causar dor e medo. Além disso, a internação hospitalar da criança pode servir como um elo de união e fortalecimento ou ainda provocar conflitos e separações, o que irá dependendo da estrutura que a família apresenta. Quando a família não possui uma rede de apoio fortalecida, os problemas advindos da internação hospitalar, podem somar-se aos existentes no cotidiano, tornando o contexto vivenciado ainda mais penoso para todos os envolvidos. A equipe de saúde das unidades de internação infantil, em especial aos enfermeiros, cabe a busca pela compreensão das situações vivenciadas pela criança e seus familiares, para de melhorar a assistência prestada, auxiliando os familiares acompanhantes com orientações a cerca de suas principais dúvidas como estes podem desenvolver a situação de uma maneira mais adequada. Situações que apresentam características como as que foram contextualizadas acima, são comumente percebidas nas unidades de internação dos hospitais infantis, e exige que o profissional saiba mediar sem interferir ativamente no seio familiar. Nesse contexto o trabalho apresentando tem como objetivo descrever as vivências e percepções da equipe de enfermagem a cerca das redes de apoio familiar das crianças internadas em um hospital infantil localizado na cidade de Manaus no Amazonas. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por enfermeiros plantonistas alocados nas unidades de internação de um hospital infantil da cidade de Manaus no Estado do Amazonas. Diariamente, o hospital recebe internações de crianças para tratar os mais diversas de patologias. Em sua maioria, as crianças são acompanhadas pela genitora, que revezam ou não com o pai, outros parentes e algumas vezes vizinhos que se dispõe a ajudar. Em alguns casos, acompanhados mais de perto, foi possível verificar a importância da rede de apoio familiar para a criança internada e seus familiares. Alguns fatores, relatados pelos próprios acompanhantes surgiram como principais geradores de estresse como, por exemplo, o tempo de permanência do acompanhante no ambiente hospitalar por não ter uma pessoa para revezar, acentuado pelo padrão de sono prejudicado e alimentação insatisfatória. Outro fator relatado foi a atividade laboral do acompanhante ou do cônjuge, onde em sua maioria precisa se ausentar do trabalho que pode ser sua principal e/ou única fonte de renda acaba causando uma apreensão ainda maior. Também foi observado e relatado a preocupação diante da existência de outros filhos que precisaram ficar em casa, sob o cuidado de outras pessoas, causando certa ansiedade e em relação ao tempo de tratamento e permanência no hospital. Algumas vezes, os familiares deixam transparecer as preocupações e angústias e acabam afetando diretamente o tratamento da criança. Já ocorreram casos como o pedido de alta hospitalar antes do fim do tratamento, a evasão do ambiente hospitalar, o mau relacionamento com os profissionais de saúde que prestam atendimento, bem como agressões verbais e algumas vezes físicas proferidas contra os próprios pacientes aos quais estes estão acompanhando. O relato foi baseado nas observações diretas e nas anotações dos enfermeiros durante ou após a visita de enfermagem, quando entram em contato direto e por mais tempo com os pacientes e acompanhantes. E geralmente é neste momento que surgem as dúvidas e as principais queixas relatadas, as quais equipe tenta mediar da melhor maneira. O estudo não foi submetido à apreciação em Comitê de Ética em Pesquisa, por se tratar de um relato de experiência, porém foram assegurados e respeitados os preceitos éticos na apresentação dos dados. Resultado: A equipe de enfermagem observou que apoio da família durante a internação hospitalar infantil se torna imprescindível diante das dificuldades que surgem nesse momento e que se somam às preexistentes no cotidiano. A equipe do hospital infantil buscou mediar situações na medida em que foi possível, esclarecendo dúvidas acerca do tratamento prescrito à criança, dos horários de troca de acompanhantes e de visita, permitindo, em alguns casos, horários diferenciados junto ao Serviço Social, para aqueles pais cujo horário de visita ou troca de acompanhante coincidia com o horário da atividade laboral, além do incentivo ao uso da área de lazer oferecida no recinto, bem como diálogos que os permitiam compreender as angústias e problemas vivenciados pela família, em alguns casos foram acionados serviços de apoio como a Psicologia e o Serviço Social, de modo a ofertar um conforto e/ou auxílio adequado, ou ainda resolução de problemas que estivessem ao alcance destes. Dessa forma a equipe observou que as famílias que possuíam uma rede familiar mais bem estruturada, situações como as citadas anteriormente foram menos frequentes do que naquelas famílias que careciam de um apoio maior, e que era necessário prestar uma atenção especial às necessidades individuais de cada família, e assim sendo, às famílias que se aceitaram a ajuda apresentaram uma melhor desenvoltura na resolução dos seus problemas. Considerações finais: Assim conclui-se que quando uma criança adoece e é internada, a rotina da família dessa criança sofre mudanças em que precisam ser encontrados mecanismos para sua reorganização, neste momento a rede de apoio familiar desempenha papel fundamental, como principal mecanismo, uma vez que os problemas apresentados podem interferir diretamente no processo de tratamento e recuperação da criança internada, e que a escuta pelos profissionais de enfermagem é uma ferramenta de grande importância nesse processo, uma vez que é possível identificar e sanar os problemas apresentados, evitando danos à integridade física e psíquica da criança e de sua família, bem como dos profissionais da equipe de saúde em geral. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8966 Título do Trabalho: VIVÊNCIA DA LIBRAS EM SAÚDE: REFLEXÃO DE UM ACADÊMICO DE ENFERMAGEM SOBRE A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Autores: Elisson Gonçalves da silva, Rodrigo Silva Marcelino, Yasmim de Souza Gomes, Fernanda Gonçalves da silva, Daniela Gomes de Souza, Elrineia Sobrinho Cordovil, Maria Aparecida Silva Furtado |
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Apresentação: A linguagem e a comunicação fundamentam-se como meio de interações sociais no processo de troca de informações entre pessoas com finalidade de relacionarem-se uns com os outros. Na área da saúde, em especial, na Enfermagem, não é diferente e, para o empreendimento da saúde, a comunicação é um elemento necessário e de grande importância na promoção do cuidado que visa manter a saúde e a dignidade humana. Quando se trata de interações entre enfermeiros e pacientes com necessidades especiais, a questão comunicacional merece ainda mais atenção. É o caso, por exemplo, da comunicação com o paciente surdo em que o melhor a se fazer é o uso da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Nota-se, entretanto, a existência de carência de instrumentação humana adequada, seja por ausência de políticas públicas ou gestões locais, que favoreça aos indivíduos com deficiência, os quais necessitam de amparo. Uma forma de solucionar a problemática seria a capacitação dos próprios enfermeiros para tal tipo de comunicação. A inserção da disciplina de LIBRAS nos cursos de Graduação em Enfermagem é uma medida que visa estimular os futuros enfermeiros a terem conhecimento sobre esta forma de comunicação. Objetivo: Relatar a experiência de um acadêmico do curso de Enfermagem sobre a importância do ensino da Língua Brasileira de Sinais. Método: Trata-se de um relato de experiência de natureza descritiva com abordagem qualitativa. A imersão vivencial do acadêmico ocorreu durante a aula prática da disciplina de Língua Brasileira de Sinais do Curso de Enfermagem do Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), e o período da atividade prática aconteceu no período letivo de 2019/2. Resultado: Durante a vivência acadêmica, constatou-se da importância das aulas de LIBRAS para a abordagem dos cuidados de enfermagem, tendo em vista que, durante a atuação enquanto futuro enfermeiro, não se sabe qual é o público que se vá encontrar ou atender. Diante disso, torna-se necessário ao estudante de Enfermagem aprender LIBRAS para dar uma boa assistência a pacientes durante o atendimento de enfermagem. Sabe-se que são desafiadoras as necessidades em saúde da comunidade surda em virtude da comunicação que é a maior barreira enfrentada por estes usuários em serviços de saúde. Em se tratando do Curso de Enfermagem do ISB/UFAM, LIBRAS é uma disciplina apenas optativa na grade curricular do curso e poucos alunos se interessam em se matricular e assistir as aulas para o próprio crescimento intelectual e profissional. Acredita-se que não obrigatoriedade da disciplina no curso possa gerar um déficit de conhecimento por parte dos futuros profissionais. Considerações finais: Ao decorrer das aulas de LIBRAS, houve várias experiências enriquecedoras que evidenciaram a necessidade de os enfermeiros conhecerem a grandeza desta língua de sinais para um diálogo eficiente e interação sobre a qual se compartilham mensagens, ideias, sentimentos e emoções. Na assistência de enfermagem, somente a partir de uma boa comunicação estabelecida poder-se-á identificar e resolver as necessidades dos pacientes de forma humanizada e integral. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8970 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA UBS FLUVIAL NO ATENDIMENTO À POPULAÇÃO RIBEIRINHA NO MUNICÍPIO DE ABAETETUBA-PARÁ: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Autores: SIMONE GOMES DA SILVA, Daiane Rodrigues Gomes, Elisângela da Silva Ferreira, Neuza Gabriella Valle Medeiros, Jessica Valente Barbosa, Isabela Pantoja da Cruz, Paula Regina Barbosa Almeida, Kelem Bianca Costa Barros |
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Apresentação: No campo da saúde, a Política Nacional da Atenção Básica (PNAB) tem o cuidado de denominar de Saúde Ribeirinha aquelas ações voltadas especificamente para o contexto amazônico e pantaneiro, entendendo que a “ruralidade” nesse espaço é peculiar. A revisão da PNAB feita em 2012 configurou a prática cotidiana dos serviços, tais como: Equipes de Consultórios na Rua e das Equipes de Saúde Ribeirinha e Fluvial. O atendimento das Unidades Básicas Fluviais é direcionado à população ribeirinha de lugares como a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão) e Pantanal Sul Mato-Grossense. Elas buscam responder às especificidades dessas regiões, garantindo o cuidado às suas populações como previsto PNAB. No Pará, existem poucos municípios que contam com a unidade básica fluvial para atender as populações que vivem às margens dos rios. A Unidade Básica Fluvial (UBSF) de Abaetetuba, Dr. Augusto Nery, atente 12 localidades ribeirinhas, localizadas nos principais rios do município, permanecendo por três dias em cada uma delas, sendo um total de vinte dias, passado esses dias retornam ao meio urbano para manutenção e descanso dos profissionais. São ofertados serviços como: consulta médica e de enfermagem, odontologia, pré-natal, vacinas, exame preventivo do câncer de colo uterino (PCCU), aferição de pressão arterial, teste de glicemia, testes rápidos (HIV, Hepatite B e C, Sífilis), entrega de medicamentos, curativos, suturas em lesões e educação em saúde. A equipe é composta por médico, enfermeiros, técnicos de enfermagem, dentista, auxiliar de saúde bucal, agente administrativo, equipe de apoio e náutica. O presente estudo tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicos de graduação da Universidade Federal do Pará (UFPA) em visita realizada à UBS fluvial Dr. Jair Nery. Descrição da Experiência: Estudo descritivo, observacional do tipo relato de experiência elaborado no contexto do Programa de capacitação e Saúde à Criança – Estágio Multicampi Saúde 2019/2020. Este programa tem como objetivo qualificar a formação profissional dos estudantes de graduação da UFPA e profissionais da Atenção Básica de acordo com a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança do Sistema único de Saúde (SUS), a fim de reduzir a mortalidade infantil através da integração ensino e serviço. Foi realizado durante uma visita à UBS fluvial por um grupo multiprofissional de acadêmicos (Enfermagem, Medicina, Fisioterapia e Terapia Ocupacional). No qual foi possível conhecer a dinâmica de funcionamento da unidade e os profissionais que realizam atendimento. Compõe também o quadro outros profissionais que dão suporte para o funcionamento adequado da unidade como: comandante, copeira, auxiliar de serviços geral e agente administrativo. Os vinte e três Agentes Comunitários de Saúde (ACS) que também integram a equipe são fundamentais no acompanhamento das famílias. Vale ressaltar que os ACS são moradores das comunidades que assistem, logo mais facilidade de acompanhar as famílias. A unidade é dividida em dois andares, no primeiro andar encontram-se 3 consultórios (odontológico, enfermagem e médico), farmácia básica, expurgo, sala de vacina, sala de acolhimento/procedimentos, sala de espera e recepção. Já no segundo andar ficam cabine de comando, banheiros, copa, camarotes da equipe. A preparação e planejamento da viagem acontecem com a chegada da unidade no município, é nesse momento que cada profissional identifica os materiais que devem ser repostos para a próxima viagem. No intervalo de uma viagem e outra a unidade fica atracada em um porto do Corpo de Bombeiros da cidade realizando atendimentos de pacientes que moram em localidades mais próximas do centro urbano. Esses pacientes utilizam embarcações de pequeno porte para fazer o transporte. Observamos a chegada de uma família inteira para atendimento, que foram recepcionadas pela enfermeira responsável. Resultado: A partir da visita foi possível observar que das setenta e duas ilhas existentes no município apenas doze estão dentro do território de cobertura da UBS fluvial, essa restrição na cobertura pode está diretamente ligada a características do território, o tempo de viagem entre as ilhas, necessidade de manutenção periódica e abastecimento de medicamentos e insumos. Observaram-se inúmeros entraves que podem está influenciando diretamente o processo de trabalho da equipe, entre os quais temos a jornada de trabalho, na qual o número de atendimentos ultrapassa o limite previsto uma vez que não é viável reagendar o paciente ou deixar de atender as urgências que surgem, ou seja, a equipe permanece em sobreaviso constante; ausência cobertura de internet o que dificulta a atualização dos dados no Sistema de Informação da Atenção Básica; períodos longos longe da família e amigos; falta de revezamento dos profissionais, e isso está diretamente ligada a falta de profissionais com perfil, nesse sentido, a Secretaria de Saúde encontra dificuldade em contratar novos profissionais. Outro ponto que talvez influencie no atendimento é às falhas nos equipamento de navegação, o que deixa a unidade à deriva por dias a espera de manutenção. Apesar de todas as dificuldades percebidas, a unidade consegue na maioria das vezes realizar a visita às ilhas que estão dentro do cronograma mensal. Vale ressaltar nesse contexto, a importância do papel do ACS que são responsáveis por captar os pacientes e identificar as principais demandas. Considerações finais: Não há dúvida que a Unidade Básica de Saúde Fluvial representa um avanço na assistência aos povos ribeirinhos, pois amplia o acesso ao SUS, uma vez que promove a universalidade às populações ribeirinhas. O município é um exemplo a ser seguido, apesar de ainda não alcançar as suas setenta e duas ilhas, vem desenvolvendo estratégias que garantem atendimento a pelo menos doze dessas ilhas. Apesar dos avanços mais investimentos e estudos precisam ser feitos, somado a isso há necessidade de investir mais na educação permanente em saúde, o que irá possibilitar o recrutamento de profissionais dispostos a assumir os desafios de saúde da região, haja vista que hoje encontrar esse profissional é o grande desafio dos gestores do município. Ademais, embora inúmeros fatores prejudiquem o processo de trabalho, a equipe consegue se adaptar às situações adversas e mantém uma excelente interação que objetiva assegurar a atenção à saúde de maneira integral e universal à população ribeirinha que tem na dificuldade de transporte o principal entrave ao acesso à saúde. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 10114 Título do Trabalho: SAÚDE DO TRABALHADOR NA MINERAÇÃO E A IMPORTÂNCIA DA VIGILÂNCIA AMBIENTAL Autores: Júlia Salles, Camila Rocha, Sarah Borges, Fabíola Villela, Karynne Ávila |
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Apresentação: Este trabalho visa realizar uma análise sobre a saúde do trabalhador na mineração e a importância de garanti-la por meio da vigilância ambiental. Para isso, utilizamos como base a visita à mineradora Usiminas, localizada no município de Itatiaiuçu, em que observamos aspectos relacionados ao atendimento em saúde e a medidas de segurança adotadas no local. Esse é um tema de extrema relevância no contexto atual, marcado por desastres ligados à atividade mineradora, como em Mariana (2015) e Brumadinho (2019), e a crescente fragilização das leis ambientais no Brasil. Segundo o auditor fiscal Mário Parreiras de Faria, o setor da mineração possui hoje a maior taxa de mortalidade por acidentes de trabalho no país. Ao buscarmos na literatura, podemos observar que a lógica capitalista de produção e lucro é um dos principais entraves no que diz respeito à promoção de uma vigilância ambiental efetiva e consequente promoção da saúde dos trabalhadores. Desenvolvimento: A Constituição cidadã de 1988 representou um importante pacto governamental com a promoção do direito universal à saúde e a um ambiente ecologicamente equilibrado. Na prática, porém, esse contrato não é efetivado. Os desastres recentes da mineração exaltam a necessidade de fortalecimento das instituições de proteção ambiental para maior controle, fiscalização e aplicação das leis. Em contrapartida, no cenário político atual o discurso que se fortalece é o de flexibilização das leis ambientais, a fim de permitir, por exemplo, o “autolicenciamento” de empresas para agilizar os processos. Esse tipo de mentalidade tem foco exclusivamente no lucro advindo da exploração ambiental e não leva em conta o prejuízo social dessa atitude predatória. Tal possibilidade de flexibilização tende a agravar ainda mais os impactos sobre o meio ambiente e sobre a saúde da população. A partir de meados do século XX, com o crescimento do movimento ambientalista, houve um diálogo entre diferentes áreas do conhecimento para interligar saberes relacionados à saúde e ao meio ambiente. Essa abordagem interdisciplinar é muito benéfica para o entendimento de processos nos quais o ambiente pode ser colocado como fator prejudicial à saúde de determinada população. Nesse contexto, é necessário ressaltar a importância de indicadores de vigilância ambiental em saúde. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é papel da vigilância ambiental: monitorar as condições de saúde e ambiente, assegurando a descentralização das ações e as prioridades locais, formular políticas de vigilância ambiental em saúde em parceria com setores afins e promover a ênfase nas questões de saúde e ambiente. A partir dessa coleta de informações e da análise de dados que correlacionam saúde e meio ambiente é possível traçar diretrizes para realização de programas de proteção e saúde do trabalhador. A visita à mineradora da Usiminas em Itatiaiuçu nos permitiu um contato mais próximo com questões relacionadas à segurança ambiental e à promoção de saúde do trabalho. No que tange à segurança ambiental, foi possível perceber que a empresa está revendo o manejo dos resíduos da mineração. Na mineradora de Itatiaiuçu já foram desativadas duas barragens construídas pela técnica “à montante”, mais simples e barata, mas também mais perigosa. Na instalação encontra-se em atividade apenas uma barragem construída no modelo “à jusante”, uma técnica mais segura, que a empresa ainda pretende substituir pelo sistema de filtragens com empilhamentos de rejeitos a seco, a fim de eliminar os riscos de rompimento e vazamento. Sobre os cuidados com saúde do trabalhador, tivemos a oportunidade de conhecer o Sistema Integrado de Saúde Usiminas (Sisu), que conta com uma série de programas voltados para promoção e assistência em saúde, divididas nas seguintes áreas: saúde ocupacional, assistência médicoodontológica, assistência social e promoção de saúde e prevenção de doenças. Tais programas visam à interface entre saúde e a segurança do trabalhador. Os funcionários devem fazer exames de rotina duas vezes ao ano, a fim de avaliar tanto a saúde física quanto a psicológica, e realizar intervenções se necessário. A partir da realização de exames toxicológicos, a empresa consegue oferecer estratégias de ajuda e recuperação para seus funcionários, visando trabalhar aspectos do alcoolismo e da drogadição, extremamente prejudiciais à saúde. Esses procedimentos também possuem uma função de triagem, ao pesquisar por trabalhadores que não estão aptos para realizar as atividades pelas quais são responsáveis. Um exemplo clássico nesse sentido é o de realizar exames toxicológicos para os trabalhadores que operam máquinas ou veículos de transporte dentro da mineradora, visto o risco de realizar esses procedimentos com estado de consciência e atenção alterados. Foi possível perceber que a empresa preza pela segurança no ambiente de trabalho. Além disso, o SIUS (indicador único de saúde), também é uma importante ferramenta na promoção da saúde, a partir do levantamento e da análise dos riscos pessoais de cada funcionário, já que é um programa que classifica o risco e/ou o nível de adoecimento do empregado avaliado, tendo como variáveis: risco psicossocial, doenças crônicas, absenteísmo (afastamento por circunstância de acidentes de trabalho), alcoolismo e autoavaliação da saúde. Ou seja, de acordo com o risco do trabalhador, a empresa consegue realizar as devidas intervenções. Ademais, todos os trabalhadores e colaboradores devem circular utilizando equipamentos de proteção individual e as imediações da mineradora são bem sinalizadas com a finalidade de se prevenir acidentes. Resultado: A partir da visita à mineradora e do estudo na literatura sobre a correlação saúde do trabalhador e meio ambiente percebemos a extrema importância do diálogo intersetorial para que essa relação seja benéfica. Em virtude dos fatos mencionados, podemos observar que, diante da problemática dos últimos acidentes nas mineradoras, a unidade da Usiminas em Itatiaiuçu buscou rever seus antigos métodos de produção, como a migração para novos sistemas de barragem, visando uma maior proteção ambiental. Além disso, atua de forma eficaz na promoção de saúde de seus trabalhadores, por meio dos programas de saúde citados, e com a obrigatoriedade do uso de equipamentos de segurança em todas os setores e para todos os funcionários. Considerações finais: A partir de nossos estudos sobre o tema e da visita à mineradora Usiminas podemos entender o conceito de “saúde ambiental”, que compreende a relação entre o ambiente e o padrão de saúde de uma população. Tal termo também se refere à teoria e à prática de valorar, corrigir, controlar e evitar fatores do meio ambiente que possam prejudicar a saúde de gerações atuais e futuras. Nesse sentido, é fundamental exigir que as mineradoras busquem cada vez mais por sistemas e programas que consigam realizar a vigilância ambiental aliada à saúde de seus trabalhadores, e que a sociedade como um todo repense sobre o padrão de exploração que visa o lucro em detrimento da proteção ambiental e social. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 9487 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL NO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO NA ATENÇÃO BÁSICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE RESIDENTES EM SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO Autores: Larissa Borlin Ladeira Ontiveros, Mariana Espinola Robin |
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Apresentação: Os primeiros modelos assistenciais em saúde bucal no Brasil tiveram enfoque reparador-curativo, no âmbito individual. A saúde bucal, na esfera pública, era restrita aos escolares, geralmente de 6 a 14 anos e, posteriormente, aos trabalhadores com vínculo formal de trabalho. Estas condicionalidades de acesso associadas ao enfoque da prática odontológica, à precariedade das políticas públicas de saúde e ao distanciamento da saúde bucal dos demais serviços de saúde resultaram em um expressivo aumento da incidência e prevalência da doença cárie, de caráter biossocial e multifatorial, e da doença periodontal, ocasionando muitas perdas dentárias. Nesta perspectiva, associada à expansão da Atenção Básica, por meio da Estratégia Saúde da Família, foi criada a Política Nacional de Saúde Bucal – Brasil Sorridente, em 2004, com a reorientação do modelo assistencial, articulação da Rede de Atenção à Saúde (RAS) e ações interdisciplinares e intersetoriais, buscando a integralidade do cuidado. Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência de um atendimento interdisciplinar entre residentes multiprofissionais em saúde da família das categorias de nutrição e odontologia. Usuária do sexo feminino, 69 anos, insulino-dependente se apresentou por demanda espontânea ao serviço de Odontologia da Clínica da Família Anthídio Dias da Silveira, no Rio de Janeiro. À anamnese, foi relatada hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo II, compensados. Ao exame clínico, foi indicada exodontia total em mandíbula, em função de doença periodontal. É amplamente difundida na literatura a relação bidirecional entre doença periodontal e o diabetes e, para além desta relação, há um maior risco de infecção pós-operatória e dificuldade cicatricial em pacientes descompensados. Como protocolo para atendimento cirúrgico, é necessária aferição da pressão arterial sistêmica e da glicemia antes do procedimento. A glicemia estava acima dos valores de referência, impossibilitando a realização do procedimento. Desta forma, a usuária foi orientada a participar do Grupo Bem Viver, voltado para questões ampliadas de nutrição e saúde. Após algumas semanas, ainda com a glicemia fora dos valores de referência, com as orientações do Grupo e impossibilidade de agendamento de consulta com médica de sua equipe, por ausência da mesma, optou-se por realizar interconsulta entre dentista, enfermeiro e nutricionista. Foi realizado, em conjunto com a usuária, um planejamento de mudança de hábitos alimentares e orientações quanto ao uso de seus medicamentos. Após cerca de três meses de atividades coletivas e individuais interdisciplinares, a glicemia se manteve dentro dos valores de referência, o que possibilitou início e conclusão do tratamento odontológico, de forma adequada. Esta experiência ratifica a importância da atuação multiprofissional e interdisciplinar na Atenção Básica. A residência multiprofissional potencializa, enquanto espaço de formação e posterior atuação destes profissionais na ponta do serviço, a transição do modelo biomédico, fragmentado e especializado para o conceito ampliado de saúde, considerando a integralidade do sujeito, os determinantes sociais de saúde e a convergência com os princípios e diretrizes da Atenção Básica. |
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Trabalho nº 11538 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE BUCAL NA ATENÇÃO BÁSICA Autores: BARBARA RIBEIRO, BARBARA RIBEIRO |
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Apresentação: O Programa de Saúde da Família foi criado em 1994 com o principal objetivo de priorizar as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde e alcançar a integralidade e universalidade da atenção. A odontologia foi incluída nesse programa em 2000. Mas sua atuação não deve ser vista somente como tratamento restaurador. Mas também na importância do vínculo entre profissionais da equipe de saúde da família e população. Tendo como objetivo não somente a recuperação em saúde, mas também a avaliação do indivíduo como um todo, avaliando sua saúde e sinalizando aos colegas da equipe, através de ações em saúde como grupos, possíveis doenças ainda não diagnosticadas, promovendo saúde e maior qualidade de vida para esse indivíduo. E assim, diminuindo possíveis encaminhamentos para esferas de maior complexidade. A parceria da saúde bucal nos grupos na unidade de atenção básica, por exemplo, é demonstrada no grupo de gestão da dor, o qual foi premiado na 1ª edição do prêmio SMS- Rio de melhores práticas, na categoria práticas em saúde de 2019. Esse trabalho em parceria com o educador físico e a fisioterapeuta, tem como objetivo reduzir o tempo de espera ao inicio do tratamento, facilitando o acesso, controlando o uso de medicamentos e diminuindo os encaminhamentos via SisREG. Tendo como resultados diminuição de focos de infecção dentária; uma melhora em lesões musculares; diminuição dos encaminhamentos pelo SisREG; boa aceitação no território; inclusão social, promovendo melhoria na qualidade de vida dos usuários. Com isso, a saúde bucal fortalece a equipe de saúde da família, e facilita o acesso do usuário a atenção básica, olhando o indivíduo como um todo, ajudando no diagnóstico dos pacientes de alta complexidade e seu encaminhamento, e facilitando o atendimento aos de menor complexidade. |
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Trabalho nº 11028 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DE ATIVIDADES INTERATIVAS EM ABRIGO PARA IDOSOS EM VULNERABILIDADE SOCIAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Joice de Souza Ribeiro, Camila Carlos Bezerra, Natalie Kesle Costa Tavares, Márcia Helena Costa Pontes, Débora Nery Oliveira |
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Apresentação: Este trabalho visa relatar a experiência vivenciada no Programa de Atenção à Saúde do Idoso (PROASI). Trata-se de um projeto de extensão da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) que realiza atividades semanalmente em um abrigo para idosos em vulnerabilidade social. O abrigo acolhe 10 idosos, sendo que 9 são portadores de distúrbios neurológicos e 4 apresentam também distúrbios psiquiátricos, todos com acompanhamento pelo Centro de Atenção Psicossocial – CAPS. Os sintomas são controlados por meio de cuidados e medicação prescrita pelos médicos. A finalidade das atividades foi contribuir realizando cuidados que dão suporte ao funcionamento psicossocial e facilitam mudanças no estilo de vida. Desenvolvimento: A equipe do PROASI é composta pelos coordenadores e por discentes de enfermagem, fisioterapia, nutrição, educação física, psicologia e medicina. Ao iniciar as atividades foi realizada uma avaliação com os idosos com o objetivo conhecer e coletar informações sobre o histórico de saúde de cada idoso e afim de elaborar um plano de intervenções. Semanalmente a equipe se revezava na visita ao abrigo para desenvolver atividades de reestruturação cognitiva, estimulação cognitiva, treinamento da memória e terapia de recordações. As atividades compreenderam o entretenimento e o desenvolvimento neuropsicomotor dos idosos, desenvolvidas através de jogos, dinâmicas e oficinas. Em uma das atividades, a oficina da memória, os idosos de olhos vendados recebiam frutas e eram estimulados associar o cheiro, o formato, o sabor, ao nome das frutas, buscando assim resgatar a memória olfativa, tátil e gustativa. Outras atividades como: jogos de quebra cabeça,, argolas, pintura, colagem, música, dominó, brincadeiras com bola e leituras também foram realizadas. Além disso, foram desenvolvidas e incentivadas a roda de conversa entre os idosos, cuidadores, acadêmicos para distração e bom convívio entre eles. Resultado: Através dessa equipe, em 2019, foi possível presenciar grande envolvimento e entusiasmo dos idosos nas atividades desenvolvidas. Eles contribuíram de forma eficaz às propostas do programa. Além disso, foi capaz de provocar mudanças e reduzir a monotonia do cotidiano do abrigo. Tendo em vista que os idosos abrigados não possuem vínculo com familiares e não recebem. Aos graduandos foi proporcionado aprendizado, somando à prática na humanização no cuidado de enfermagem e outras áreas da saúde. Isso contribuiu de forma significativa para várias questões. A primeira delas é na experiência profissional. Atrelado a isso, têm-se as reflexões sociais de forma mais intensificada. Por fim é possível constatar quebra de pré-conceitos a respeito de estigmas diante de doenças neurológicas e psíquicas. Considerações finais: O PROASI foi fundamental para a compreensão das implicações que o processo de envelhecimento causa. A enfermagem atrelada a outros cursos da saúde conseguiu proporcionar, cuidado, entretenimento e melhoria na qualidade de vida dos idosos abrigados. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8472 Título do Trabalho: ESTRATÉGIA DO ATELIÊ NA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO: A IMPORTÂNCIA DA DOCÊNCIA EM METODOLOGIA CIENTÍFICA Autores: Francisco Jadson Franco Moreira, Leidy Dayane Paiva de Abreu, Alba Maria Pinto Silva, Francivânia Brito de Matos, Fabíola Monteiro de Castro, Maria Lourdes dos Santos, Juliana Vieira Sampaio |
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Apresentação: Cada vez mais tem-se percebido que para ingressar na universidade e faculdade as exigências aumentam e se apresentam como uma das grandes dificuldades para os alunos, pois se busca mais conhecimento, competências e habilidades como, por exemplo, uma linguagem atualizada, escrita correta, organizada e outras. Essas condições provocam impactos em diversos sentidos, porque o aluno que vem de escola que não oferece uma educação de qualidade, quase sempre desconhece a disciplina Metodologia Científica, que requer aprendizagens específicas, ou seja, os saberes necessários para elaboração e estruturação de um texto científico, provocando angústia e medo, em muitos, logo nesses primeiros contatos com a academia, além de outras dificuldades para cursar o Ensino Superior, o que poderá ocorrer durante todo o seu percurso, com destaque para o campo da pesquisa e produção científica. Com o intuito de dilucidar tais empecilhos, a pesquisa acadêmica tem seus propósitos na metodologia científica e em normas devidamente inflexíveis e equilibradas, que norteiam os critérios de observação, interpretação de conceitos e opiniões, além da produção de textos acadêmicos, necessários ao desenvolvendo da capacidade de argumentação favorável ou contrária às situações e ideias expostas, de cada um. Por Metodologia compreende-se a trajetória do pensamento e a prática realizada para atingir a realidade. Ou seja, o passo a passo caminhado durante sua realização, minuciosamente observado e avaliado, para maior precisão dos resultados que se busca. Sendo assim, a metodologia é a essência da produção científica, é uma disciplina a serviço da Ciência. Por meio da metodologia científica se produz ciência ou algo que dela se aproxima quando as regras para tal são devidamente aplicadas. De outra forma, acredita-se que por meio da metodologia se materializa o fazer da ciência, tendo como partida a pesquisa e o tratamento que lhe é dispensado nos resultados. Mas, não é só isso. Cabe lembrar que a metodologia se torna imprescindível e, objetivamente, proporciona ao aluno os meios para produzir projetos, desenvolver trabalhos monográficos, artigos científicos dentre outros, de maneira inteligível, coerente, bem fundamentado, quando as regras obrigatórias da produção científica são devidamente utilizadas. Nessa perspectiva, a Metodologia Científica é uma ferramenta segura que permite uma postura ilibada quanto aos obstáculos postos no âmbito da ciência, da tecnologia, além dos campos filosófico, político, econômico, como objetivo intrínseco do ensino e da aprendizagem acadêmica. Diante da afirmativa sinalizada percebe-se a necessidade de sistematização do conhecimento científico. Com base nisso a metodologia começa a ser estabelecida e conjuga a pesquisa o seu completo desenvolvimento. Vale ressaltar que, nesse contexto, a pesquisa se destaca por apresentar um papel de grande relevância, porque o docente e discente deverão realizar pesquisa para buscar novos conhecimentos, aperfeiçoar os existentes, exercitar e produzir mais conhecimento cada vez mais expressivos. Deste modo, este trabalha objetiva apresentar o universo da metodologia científica e sua importância para o ensino/aprendizagem nas pós-graduações, residências, ensinos técnicos, cursos básicos de atualizações e aperfeiçoamentos da Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues, por se tratar do exercício necessário à ciência, por meio do estudo dos métodos ou da forma, ou dos instrumentos necessários para a construção de uma pesquisa científica. Desenvolvimento: Face ao que foi dito e trazendo para nossa realidade observa-se que, no cotidiano as práticas, em sala de aula, a falta de conhecimento da metodologia científica tem revelado que a grande maioria dos cursistas/alunos se angustia no momento da elaboração do trabalho de final do curso (TCC), por desconhecimento das regras necessárias à produção científica. O desafio que prevalece é a distância entre o saber e o fazer, pois ao projetar uma produção acadêmica o aluno é capaz de formalizar aquilo que deseja, mas, não consegue organizar SUS ideias, sistematizar e explorar o conhecimento, lapidar o objeto de pesquisa e formatar, atendendo as regras estabelecidas, um trabalho acadêmico. Para contribuir com o aluno, no sentido de levá-lo a pensar a produção científica de maneira prazerosa, tranquila e de relevância tem-se procurado fazê-lo entender que é preciso ler, escrever, fazer uma leitura cuidadosa, uma interpretação precisa, despindo-se de juízo de valor e noções pré concebidas do texto, identificando as ideias do autor, com destaque para aquelas mais expressivas. Imagina-se que, o hábito da leitura despertará no aluno a criatividade e curiosidade, além do gosto pela pesquisa, pela investigação e, consequentemente, esse exercício lhe trará conhecimento e o interesse pela produção desse novo conhecimento, por meio de artigo, relatórios etc. Afinal, o conhecimento deve ser edificado por meio das experiências do estudante que, não aceita ser assimilado passivamente e, por acreditar nas suas potencialidades, procura empenhar-se para que possa gerar uma aprendizagem considerada significativa. Neste sentido, se compreende como aprendizagem significativa aquela que fornece as orientações e instruções úteis ao ato de ensinar e à compreensão da aprendizagem, a partir de uma nova visão. Esses novos conhecimentos significam muito para o aluno, ao sentir-se capaz de formular e explicar, com suas próprias palavras, suas ideias. Cabe ao professor, acompanhar, instruir, orientar esse aluno, que agora está condicionado a vivenciar uma nova rotina de estudos, diferente daquela vivida no ensino médio e fundamental. Esse é um período também de apreensão para esse aluno, ao perceber que a dinâmica da academia exige mais, inclusive de sua atitude e comportamento. Portanto, este trabalho trata-se de um relato de experiência desenvolvido a partir de uma atividade teórico-prática, realizada em sala de aula na ESP-CE. Resultado: Os resultados começaram a aparecer quando se constatou que, aos poucos os alunos foram se mostrando menos apreensivos na apresentação de seus trabalhos, seguros em relação ao objeto escolhido para conclusão de curso, maturidade na escolha de temáticas relevantes, muitos trazendo experiências de seus territórios. Na qualificação ao trouxeram textos bem elaborados, com destaque para fundamentação teórico-metodológica, devidamente referenciados e formatação em conformidade com as exigências das normas técnicas que os norteiam. A utilização da pedagogia ativa, dialógica e interativa fomentou maior empenho no sentido da aprendizagem, favorecidos pelas discussões em aulas. Assim, instigar o conhecimento, uma formação crítica e reflexiva, a partir das teorias e ensinamentos da disciplina, do senso crítico, da interação e do diálogo com diferentes saberes foram fatores que contribuíram para a conclusão esperada e desejada. Considerações finais: A proposta metodológica de ensino adotada em alguns cursos sintetiza o desejo docente de promover a aprendizagem significativa, em virtude ultrapassar os espaços tradicionais da sala de aula. No percurso do processo de ensino-aprendizagem da disciplina de Metodologia Científica partiu-se da premissa de que os mecanismos pedagógicos foram suficientes para estimular uma aprendizagem significativa, uma vez que favoreceu aos alunos uma aproximação dinâmica desse componente curricular. O resultado foi palpável e constatado na apresentação dos trabalhos conclusivos, de maneira satisfatória. Os alunos deram o primeiro passo na direção da exploração do mundo acadêmico e científico. Portanto, conclui-se que os cursistas compreenderam a importância que essa disciplina exerce em sua vida acadêmica e profissional, confirmando, assim, que a aprendizagem desenvolvida foi de suma relevância. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8836 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO MANEJO DE PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA Autores: Eloiza Toledo Bauduina, Maria Alice Toledo da Silva Bauduina, Amelia Toledo da Silva Bauduina, João Vitor Nascimento Palaoro, Caroline Nascimento de Souza, Ana Paula de Araújo Machado, Italla Maria Pinheiro Bezerra, Laís Lopes Gonçalves |
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Apresentação: No Brasil, o índice de Pessoas em Situação de Rua (PSR) frequentadoras do ambiente de atenção à saúde, seja ela primária, secundária ou terciária, vem aumentando nos últimos anos. A saúde desta população é rodeada de limitações e desafios. Mesmo com a implementação da Política Nacional Para a Pessoa em Situação de Rua (PNPR) e de programas como o consultório na rua, essa população não tem qualidade de vida, pois existem dificuldades de territorialização na hora de desenvolver ações de prevenção e promoção da saúde, outra dificuldade presente é o despreparo dos profissionais de saúde no atendimento prestado a esses pacientes. Com base nisso, as pessoas em situação de rua acabam não possuindo vínculo com as instituições de saúde, sobretudo na atenção primária, que é a porta de entrada para a garantia de uma assistência integral, universal e humanizada conforme preconizado pelas diretrizes do Sistema Único de Saúde. Diante disso, o estudo tem como objetivo descrever a necessidade da capacitação dos profissionais nas Redes de Atenção à Saúde (RAS), no manejo da população em situação de rua. Desenvolvimento: Trata-se de uma revisão integrativa realizada na base de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) durante o mês de janeiro de 2020. Para busca, utilizou-se o descritor baseado no Decs: Pessoas em Situação de Rua. Os critérios de inclusão foram: Artigos completos, em português e escrito no período de 2015 a 2019. Resultado: Foram encontrados 42 estudos, que após aplicação dos critérios de inclusão e leitura de títulos e resumos, posteriormente realizando-a de forma completa, resultou-se em um total de 14 artigos. Grande parte dos artigos analisados foi escritos por profissionais que atuam no consultório de rua, e reforçam a necessidade da capacitação e preparo dos profissionais de apoio na rede de atenção, para a assistência as PNPR. Considerações finais: A partir da realização deste estudo, evidenciou-se que a assistência à pessoa em situação de rua é reconhecidamente importante e embora existam políticas públicas que garantem a integralidade na assistência a esse público alvo, é perceptível uma grande dificuldade na abordagem e cuidado dessa população, com isso, salienta-se a importância da capacitação dos profissionais de saúde com conhecimento técnico e científico, a fim de proporcionar uma assistência de qualidade às pessoas em situação de rua. Além disto, ressalta-se a necessidade da adequação das políticas públicas existentes, para que não apenas diminuam os problemas desse meio, como também formem vínculos entre a PNPR e os serviços de saúde, e assim se desenvolva estratégias para garantir a esta população uma melhor qualidade de vida. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 10010 Título do Trabalho: EDUCAÇÃO PERMANENTE NA ATEÇÃO BÁSICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A IMPORTÂNCIA DA HUMANIZAÇÃO NO CUIDADO EM SAÚDE. Autores: Ana Paula Cavalcante Ferreira, Fernanda Letícia dos Santos Ferreira, Felipe Guimarães Tavares, Beatriz de Barros Lima, Debora Mota dos Santos, Regina Maria Cotti da Rocha de Moraes, Hildegard Soares Barrozo de Lima, Priscila Oliveira dos Passos |
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Apresentação: A Educação Permanente em Saúde (EPS) visa direcionar a formação e qualificar os profissionais atuantes dos serviços públicos de saúde, com o objetivo de transformar as práticas profissionais e a organização do trabalho com base nas necessidades e dificuldades do sistema, desta forma, a atuação do Agente comunitário de Saúde, que é o principal elo entre a comunidade e os serviços de saúde, requer constantes qualificações e aprimoramentos, até porque, este, atua como importante educador em saúde em sua comunidade. Diante disso, esse trabalho objetiva relatar a experiência vivenciada durante um processo de capacitação do cuidado em saúde com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de suas respectivas clinicas da família. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência, desenvolvido por duas enfermeiras residentes em Saúde Coletiva e suas respectivas preceptoras, ocorrido no ano de 2020, em uma Estratégia de Saúde da Família, localizada na região central do Rio de Janeiro, e atende a população do Bairro Santo Cristo. A unidade conta com cerca de 10 Agentes comunitários de saúde. Resultado: A capacitação ocorreu por meio de uma dinâmica expositiva, através de slides, que durou cerca de 3 horas durante o período da manhã, estavam presentes na capacitação cerca de 8 ACS, além de enfermeiros também. A atividade teve como objetivo capacitar os ACS sobre a importância da humanização frente ao cuidado em saúde, onde foram abordados os principais pontos da política do PNH (Política Nacional de Humanização) e a sua importância na Atenção Primária da Saúde, sobretudo neste momento de incertezas e instabilidade das Clinicas da Família, especialmente no Rio de Janeiro, onde as demandas e a sobrecarga profissional têm sido frequentemente questionadas, além de atrasos salariais, equipes incompletas e desgaste profissional, todos esses fatores inegavelmente contribuem muitas vezes para um cuidado em saúde ineficaz, e com base nisso, a capacitação reforçou a importância da Humanização em saúde em todas as dimensões do cuidado, uma vez que, por mais em que existam inconsistências, o atendimento ao usuário de forma integral e universal, no Sistema Unido de Saúde (SUS) sempre será prioridade, e, portanto, tratando-se do ACS, este atendimento para com o usuário deve ocorrer da forma mais humana e eficaz possível, uma vez que é a figura que reforça os laços entre a comunidade e às clinicas da família. Considerações finais: Por fim, percebeu-se o impacto do significado da capacitação aos ACS da clinica neste atual momento, e como eles entendem o papel deles diante do atendimento ao usuário, todos foram muito participativos e cada um presente resumiu em uma palavra o significado da palavra “humanização” em seu trabalho, foram diversas as respostas, mas ambas muito ricas e significativas, além de resgatar pontos importantes da PNH. Reforça-se a importância da Educação permanente aos profissionais de saúde, diante do atual cenário, uma vez que têm sofrido constantes modificações. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7963 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA INSERÇÃO DO ENFERMEIRO NO ÂMBITO ESCOLAR: REVISÃO DE LITERATURA Autores: Tereza Monique Côrtes Gomes, André Luiz de Jesus Morais, Juscilene Santos do Nascimento, Tatyane Souza da Silva, Átila Caled Dantas Oliveira |
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Apresentação: A educação em saúde na escolar é uma das práticas de cuidado dos enfermeiros. No entanto inserção do enfermeiro no âmbito escolar faz-se de suma importância para promoção, prevenção e manutenção da saúde e uma melhor qualidade de vida, não apenas das crianças, mas de seus familiares e professores. Objetivo se analisar na literatura a presença do enfermeiro no âmbito escolar para suporte familiar e assistência para as crianças com a manutenção e obtenção da saúde. Desenvolvimento: Trata-se de uma revisão integrativa, descritiva bibliográfica. A pesquisa sucedeu no período de março a novembro de 2019, a coleta de dados da análise de periódicos escritos e eletrônicos que foram selecionados nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Base de Dados de Enfermagem, biblioteca eletrônica Scientific Electronic Library Online. Utilizaram-se como critérios de inclusão, artigos originais, obedecendo o recorte temporal de cinco anos de publicação, nos idiomas português e espanhol, analisados para seleção daqueles que atendam aos critérios delimitados posteriormente. Resultado: No estudo foram encontrados 385 artigos, destes apenas 18 atenderam aos critérios de inclusão. Os artigos evidenciaram que a escola é um local onde adquirimos conhecimentos importantes para todos os âmbitos da nossa vida, pois é uma etapa congruente para a construção e desenvolvimento de planos e projetos de saúde. A inclusão do enfermeiro dentro desse ambiente pode colaborar substancialmente para a detecção prévia das patologias, promovendo assim adoção de medidas para uma boa educação em saúde através de dinâmicas lúdicas, recreativas e pedagógicas, participação ativa dos alunos nas atividades favorecendo grande interação das crianças e adolescentes com todos os profissionais, onde as crianças assumirão comportamentos saudáveis que beneficiarão o seu desenvolvimento, criando conhecimento e uma forma de autocuidado, resultando em gerações mais sadias e uma redução significativa de enfermidades. Considerações finais: O profissional enfermeiro inserido nesse âmbito torna-se indispensável no que atinge a saúde escolar, com intenção de buscar a prevenção de doenças e principalmente promover bem-estar, pois trata-se de um local onde crianças está em desenvolvimento do seu senso crítico, moral, ético e hábitos básicos para com a manutenção da sua saúde e do ambiente em que vivem. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8988 Título do Trabalho: A IMPORTANCIA DO FISIOTERAPEUTA NA UTI NEONATAL Autores: Eugenia Franco Rosa Gama, Gabriel Gama de Sousa, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco, Giselle Móser Jorge Saad Ferreira, Alice Damasceno Abreu |
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Apresentação: A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades. Quando falamos em saúde temos uma visão onde todos tenham acesso igual a saúde e a todos os serviços prestados. Infelizmente podemos encontrar o sucateamento e a extinção de alguns setores e/ou serviços, em alguns hospitais da rede pública de saúde, mesmo os serviços essências para determinados tratamentos e vitais para o restabelecimento da saúde do paciente. Quando falamos do serviço de fisioterapia em rede pública, logo se pensa na questão ambulatorial. Porém uma área de grande atuação da Fisioterapia e de extrema importância, é dentro das UTI’s neonatais. Esses pacientes necessitam de atendimento e condutas fisiterapeuticas para melhor eficácia no tratamento e na reabilitação do paciente. Muitos recém natos que necessitam de internação em unidade de tratamento intensivo são em sua grande maioria prematuros, e esses paciente necessitam de olhar mais atencioso do fisioterapeuta devido a sua prematuridade onde a assistência fisioterapêutica é fundamental e nitidamente eficiente para o desenvolvimento da criança. Este estudo relata a importância do fisioterapeuta na saúde do recém nato que necessita de unidade de tratamento intensivo para estabilização de quadros graves após seu nascimento. Desenvolvimento: A figura do profissional de Fisioterapia dentro da unidade de tratamento intensivo é de extrema importância pois auxilia na reabilitação do paciente seja ele respiratório, motor ou neurológico. A Fisioterapia trabalha diretamente na realização da manutenção e estabilização dos padrões motores, na estimulação e acompanhamento do desenvolvimento Neuropsicomotor desses prematuros, e na orientação acerca da importância do acompanhamento após alta. Esses profissionais prescrevem, quando necessário, a oxigenioterapia e atua diretamente na avaliação e no desmame do oxigênio, favorecendo um maior sucesso no processo de extubação, podendo proporcionar um maior conforto para o paciente e favorece a um número menor de possíveis sequelas geradas pelo quadro patológico. A atuação do fisioterapeuta nessas áreas é mais ampla, com necessidade da elaboração continuada de outras recomendações para orientação de sua prática clínica com a finalidade de melhorar a segurança ao usuário. Resultado: Os resultados da atuação da fisioterapia nesse ambiente são notórios, pois auxilia o processo de maturação dos recém natos, proporcionando a prevenção e a diminuição das alterações respiratórias durante a hospitalização. Os pacientes recém natos que recebem tratamento de uma equipe multidisciplinar, tem um desenvolvimento respiratório e motor melhor e mais rápido. A fisioterapia em conjunto com outras especialidades, tende a fazer com que os pacientes das UTI’s Neonatais, tenham um melhor prognóstico, diminuindo o tempo de internação hospitalar. Considerações finais: O atendimento aos pacientes internados em UTI Neonatal, principalmente o prematuro, é bem diferente do prestado a um adulto, visto que eles possuem algumas peculiaridades fisiológicas e diferenças anatômicas inerentes a idade e que favorecem ao desenvolvimento de problemas motores e respiratórios. Com isso, é notório a necessidade da presença do fisioterapeuta nesse setor, e que o atendimento fisioterápico não é um tratamento paliativo, mas uma necessidade na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 11994 Título do Trabalho: KIYAARI WAKÎ ESEERU: “A IMPORTÂNCIA DE ALIMENTO SAUDÁVEL: CASAI/LESTE –RR” Autores: Rosilda simeão gobamete, Josué barbosa andrade, hosana carolina santos |
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Apresentação: Este é um relato de experiência da atividade de ação educativa sobre “A importância do alimento saudável: Casai/Leste – RR” realizada na Casa de saúde indígena- CASAI do Distrito Sanitário Especial Indígena – DSEI LESTE de Roraima, localizada na BR-174 na capital Boa Vista. A ação contou com o auxílio da nutricionista Michelane e a psicóloga Airla Regina que mobilizou os pacientes das Casai-Leste para participarem na discussão da alimentação, juntamente com as acadêmicas do curso bacharelado gestão em saúde coletiva indígena. Para o público presente que são pacientes internados CASAI de diversas etnias como Macuxi, Ingaricó, Wapixana, Wai Wai, Patamona, Taurepang e Sapará, foi realizado uma palestra da temática, abordando os benefícios e malefícios de certos alimentos que consumimos no dia a dia da família indígena e nas comunidades Indígenas. Houve uma interação com as acadêmicas e o público alvo, relacionando as características e benefícios das frutas naturais para a saúde do ser humano. A intervenção mobilizou por volta de 30 participantes no local, trazendo a importância das escolhas alimentares nos dias atuais, para não desencadear possíveis agravos na saúde. No 1° momento, a palestra contou com as apresentações dos envolvidos da atividade, falando um pouco da sua etnia para os participantes, e em seguida com o auxílio do slide, retomando a temática com as amostras de alimentos naturais encontrados na roça da família indígena e dos alimentos industrializados que vem causando alto número de doenças não transmissíveis (DCNT) como o diabetes mellitus e a hipertensão arterial e entre outros malefícios. Em seguida, no 2° momento foi realizado uma discussão pôs apresentação, abordando os hábitos alimentares da sociedade, que vem influenciando na opção alimentar indígena. Finalizando, as palestrantes interagiram com os participantes, trazendo os privilégios da alimentação correta disputando com a alimentação que pode causar mal-estar, ou seja, os alimentos industrializados. Portanto, estimular nas escolhas alimentares é essencial tanto para o aspecto físico como mental. Há diversas doenças que podem ser evitadas através de uma boa alimentação, e na saúde indígena, é de grande importância a promoção da alimentação saudável. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7968 Título do Trabalho: RELATO DE EXPERIÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL DO ESTUDANTE DE MEDICINA COMO INSTRUMENTO PARA O FORTALECIMENTO DA LUTA EM DEFESA DO SUS Autores: Mahéli Giovanna Amaro dos Santos Galvão, Carlos Gabriel de Souza Soares, Sônia Maria Lemos, Eduardo Jorge Sant´ana Honorato |
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Apresentação: A participação popular se tornou um instrumento fundamental para o controle social das políticas públicas de saúde, que durante a 8ª Conferência Nacional de Saúde de 1986 contribuiu para a inclusão do capítulo de saúde na Constituição Federal, que garantia que o sistema de saúde seria universal, integral e equânime, garantido pelo Estado e um direito do cidadão. A participação e o controle social são a garantia de que a população, através de entidades representativas, possui voz ativa nos espaços de formulação, efetivação e controle das políticas públicas de saúde nos níveis, municipal, estadual e federal. Essa participação pressupõe a democratização da compreensão das determinações sociais do processo saúde-doença e da organização dos serviços, estimulando a comunidade para o efetivo exercício do controle social na gestão do SUS, bem como a corresponsabilidade advinda de suas ações e impactos sobre a saúde pública. O presente trabalho constitui-se de uma narrativa da experiência vivenciada por 02 estudantes de medicina da Universidade do Estado do Amazonas, durante a participação na 16ª Conferência Nacional de Saúde e buscou refletir sobre a sua importância e impactos na formação dos futuros profissionais. Desenvolvimento: Entre os dias 04 a 07 de agosto de 2019 ocorreu em Brasília/DF a 16ª Conferência Nacional de Saúde, que trouxe como proposta o resgate histórico da 8ª CNS, que deu origem ao Sistema Único de Saúde (SUS), vigente no país. Diante da convocação para a conferência nacional, em fevereiro do mesmo ano iniciaram as etapas municipais e estaduais de preparação e eleição dos delegados que levariam as demandas e propostas regionais para a plenária nacional. A 16ª CNS reuniu mais de 5.000 pessoas na defesa do SUS. O evento foi grandioso e fez discussões sobre o caminho do SUS e as políticas públicas de saúde para os próximos anos. Os estudantes de medicina atuaram nos grupos de trabalho de acordo com os eixos debatidos em cada ambiente, se posicionando fortemente defendendo propostas para a região Norte, ressaltando suas particularidades geográficas, e argumentando a respeito de propostas nacionais que melhorem as políticas públicas de saúde em todo território brasileiro. Durante as etapas que levaram os participantes até a nacional, foi perceptível a importância da participação social para a construção do SUS e principalmente de estimular a atuação dos estudantes de medicina nesses espaços. As intercorrências na organização das conferências, conflitos com outros participantes e a falta de auxílio governamental no tocante a viabilização da ida dos delegados para Brasília, no caso a emissão de algumas passagens em data pós início da conferência. São fatores que servem para alertar da necessidade de transformações sociais e melhorias estruturais nas entidades que gerenciam o evento de maior importância para o controle social na saúde. Resultado: A partir da vivência, é possível afirmar que a universidade pública tem um papel fundamental na formação crítico-social de graduandos dos cursos da área da saúde. É necessário formar profissionais comprometidos com o exercício da cidadania, que se apropriem de seu dever social frente à defesa do SUS, ocupando espaços de discussões e se construindo atores sociais. A formação para o SUS está prevista na Lei 8080/1990, é regimentada pelo Conselho Nacional de Saúde, por meio das Resoluções 350/2005 e 569/2017, que estabelecem as diretrizes para a formação na área da saúde no Brasil. Na compreensão de que, o indivíduo deve ser sujeito social ativo, torna-se, imprescindível que o estudante de medicina se posicione nos espaços de participação popular e controle social de modo a compreender o compromisso social que lhe compete ao acessar a universidade. Nesse contexto, deve-se discutir a formação de estudantes de Medicina onde o ensino precisa estar associado às discussões sociais, implicada com a promoção da saúde pública. Na prática, nos parece que a graduação afasta-os de seu papel social, voltando suas atenções para o crescimento profissional baseado em especializações técnicas. A graduação de medicina deve desenvolver no acadêmico um olhar ampliado de saúde, que possibilite compreender as problemáticas da visão biomédica da doença e perceber que há uma construção histórica que determina condicionantes que refletem no processo saúde-doença das pessoas de acordo com classes sociais. Foi possível perceber uma falha importante dos Conselhos de Saúde quanto à propagação de informações sobre sua atuação, atividades desenvolvidas e espaços de construção social, que dificultam o acesso de mais pessoas a estes dispositivos, em específico, aos estudantes da área da saúde que visivelmente possuem baixo índice de participação e envolvimento nas Conferências. Os estudantes de medicina que vivenciaram a conferência de 2019 lidaram constantemente com uma visível banalização e desrespeito, críticas e juízo de valor em relação à veracidade de suas idades, por serem muito jovens. O que nos leva a pensar sobre a importância dada aos jovens como atores sociais. Aponta-se ainda, uma necessidade de reavaliar e reformular o mecanismo de votação para eleição dos delegados, que ocorre por meio do voto aberto e fere o livre arbítrio individual de escolha de representantes. Existiu arbitrariamente uma articulação “política” para conseguir votos que resultassem na eleição dos delegados, com isso há uma pressão de “grupos articulados” para a consolidação de envio dos delegados “escolhidos” a partir dos seus interesses. Durante os intervalos houve a socialização dos presentes nas conferências e, neste momento além da articulação “política”, os indivíduos conversam sobre suas trajetórias em cada etapa, sua história na defesa do sistema único de saúde e as perspectivas de chegar até a fase da conferência nacional e aqui, muitos confessam que utilizam a viagem também para “turismo” desviando o caminho do objetivo principal de sua presença em Brasília. A competitividade entre representantes que residem na capital e no interior do Amazonas tornou a plenária de eleição de delegados na Conferência Estadual um campo de batalha, onde o popular “voto de cabresto” predominava no ambiente de maneira normalizada e aquele que recusasse contribuir com o grupo, era classificado como desleal. Considerações: A universidade tem papel fundamental no desenvolvimento do pensamento crítico do estudante da área da saúde, nesse caso, trata-se do acadêmico de medicina, que no decorrer de sua formação precisa compreender o processo histórico da determinação social do processo saúde-doença para fazer uma leitura da sociedade em que vive e ter condições de compreender o seu papel no processo de transformação social. Por meio da experiência vivenciada, verificou-se a necessidade de ampliar os espaços de discussão nos Cursos de Saúde, tendo em vista, a não participação dos estudantes no processo de luta pela saúde pública e falta de engajamento dos mesmos. Uma vez que, uma formação comprometida com o exercício da cidadania oferece subsídios para a compreensão das necessidades e demandas das políticas públicas para a saúde no Brasil. Exercer o papel social, por meio da participação na 16ª CNS, possibilitou aos estudantes de medicina, vivências e questionamentos que se materializam diretamente em sua construção social, pessoal e profissional. Enriqueceram a compreensão sobre a importância de defender e lutar pelo SUS através da participação nos conselhos, conferências, entidades e movimentos sociais ou, enquanto profissionais dos serviços, além da ampliação de suas atividades agora, difundindo as informações e multiplicando a semente de luta a comunidade acadêmica. |
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Trabalho nº 11556 Título do Trabalho: A IMPORTANCIA DO USO DE METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO DE INFECTOLOGIA COM ENFASE EM ENFERMAGEM Autores: Gian Nascimento, Jessyka Ferro, Alicia Alves, Danieli Torquato, Murilo França, Audrey Moura |
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Apresentação: Existe, no Brasil, uma grande dificuldade acerca do ensino e desenvolvimento de pesquisas de infectologia, o que reflete um cenário desmotivador para estudantes e professores. Embora essa disciplina seja fundamental à formação da enfermagem, o distanciamento entre o seu ensino e o das demais disciplinas clínicas leva ao não reconhecimento, por parte dos estudantes, da importância da infectologia para a formação profissional. O presente trabalho tem por objetivo relatar a experiência dos estudantes de Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Alagoas no desenvolvimento de metodologias ativas e seu impacto no processo ensino-aprendizagem na área de infectologia. Desenvolvimento: A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e as diretrizes curriculares do curso de graduação em Enfermagem contemplam essas mudanças paradigmáticas ao determinarem que as universidades estimulem a articulação entre ensino, pesquisa e assistência, solicitando a inovação e a qualidade do projeto político-pedagógico. Essas diretrizes sugerem investimentos em estratégias didáticas que incentivem o aluno a refletir sobre a sociedade, transformando seu contexto. Para isso, é importante a adoção de concepções pedagógicas que aproximem a teoria da prática e problematizam situações cotidianas do trabalho na enfermagem. Corroborando a ideia de que a busca do saber em enfermagem deve aproximar a prática assistencial da educacional, já que o enfermeiro utiliza o processo ensino-aprendizagem em todas as suas ações de cuidado. Isso requer dos profissionais constantes reflexões sobre suas ações e planejamento baseado na realidade, sendo necessário incentivar e adequar as práticas educativas. Ressalta-se que, nesse processo ativo, a atuação do educador não é o único determinante para o sucesso de tais metodologias: os estudantes também devem se tornar autônomos e responsáveis pela aprendizagem. Resultado: Os resultados mostraram a problematização como a principal metodologia ativa utilizada, a partir dela surgiu a demanda da construção de mapas mentais para materialização de toda discussão. Desse modo, fica perceptível a necessidade da revisão e implementação de novas tecnologias para facilitar a assimilação acerca da problemática. Considerações finais: Conclui-se que a implementação das metodologias inovadoras ainda carece de mais estudos e necessita de maior investimento em pesquisa e divulgação sobre o assunto. |
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Trabalho nº 11637 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA DO ESTUDO DE CASO NO DESENVOLVIMENTO DE NOVAS HABILIDADES DURANTE A FORMAÇÃO ACADÊMICA EM ENFERMAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Karen Ribeiro Maciel, Diego Henrique Silveira Ramos |
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Apresentação: Trata-se de um relato de experiência e tem por objetivo relatar a vivência de discentes de enfermagem na realização de um estudo de caso (EC), atrelado a uma revisão de literatura, com uma temática fornecida por docentes responsáveis pela disciplina de “Enfermagem na Saúde da Criança, do Adolescente e da Mulher I”. Ao final da disciplina, no primeiro semestre de 2019, foi proposto, para um grupo de discentes de enfermagem, que cursavam a disciplina supracitada, a realização de um EC. O EC consistiu na reunião e sistematização de informações sobre um determinado fenômeno e este por sua vez foi sustentado por um referencial teórico que permitiu a discussão e reflexão sobre as informações encontradas. Sendo assim, foram utilizados dados levantados por meio de pesquisas em bases como Google Acadêmico, Scielo, BVS e Portal CAPES. Também foram utilizados, livros para a formulação dos diagnósticos e dos cuidados em enfermagem. A forma de apresentação se deu por meio de uma encenação do caso clínico sugerido, onde foram retratadas: as particularidades do caso, os diagnósticos de enfermagem e as intervenções e condutas em enfermagem pertinentes. Para a finalização do EC foram necessários 6 encontros, onde eram tomadas decisões importantes, em equipe, referente ao andamento do trabalho. Foi possível perceber que os participantes da elaboração e apresentação do EC desenvolveram habilidades de pensamento crítico, clínico e de pesquisa em bases de dados científicos. Além de despertar o interesse em pesquisas científicas o EC estimulou o trabalho em equipe e a apresentação auxiliou no fortalecimento da auto percepção dos discentes, agindo positivamente na forma como se colocam em campo diante das pessoas. Por fim, torna-se evidente que a realização de todas as etapas do estudo de caso favoreceu o desenvolvimento de habilidades importantes e muito valorizadas em enfermeiros, como por exemplo o diálogo, a liderança, a inquietação diante do desconhecido e consolidação da auto imagem profissional (por meio da encenação). Além disso, a partir da realização do EC foi possível observar a importância deste tipo de metodologia na formação acadêmica em enfermagem. |
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Trabalho nº 6952 Título do Trabalho: AMAMENTAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO EDUCADOR PARA A SAÚDE DAS PUÉRPERAS E GESTANTES. Autores: Luiz O O Alves co-autoria: Jovina de Fátima Rocha da Silva |
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Apresentação: A amamentação é um ato vital para a saúde da puérpera que deve ser feita de maneira correta, o enfermeiro atua diretamente na promoção desse fenômeno principalmente na parte que envolve educação, buscando informar a lactante sobre a importância de amamentar sua prole e como fazer de maneira adequada, tirando dúvidas e descartando falsas informações como mitos que podem prejudicar a saúde. O objetivo do trabalho é promover a educação à saúde às gestantes e puérperas no âmbito da amamentação e demonstrar como o enfermeiro utiliza a educação como instrumento de promoção da saúde. Desenvolvimento: O presente resumo foi feito a partir de revisão de literatura integrativa onde foram estudados dois artigos na língua portuguesa buscados na plataforma Google acadêmico e o caderno 23 do consultado no acervo da biblioteca online do Ministério da saúde. Resultado: Os efeitos percebidos decorrentes da experiência ou resultados encontrados na pesquisa; O ato de amamentar afeta diretamente na saúde da mãe, prevenindo alguns tipos de câncer como o de mama, útero e ovário. Doenças relacionadas a nutrição também são evitadas como colesterol alto, obesidade e hipertensão, além da criação e fortalecimento do vínculo afetivo da mãe com o bebe através de hormônios liberados caindo a chance de surgir a depressão pós-parto entre outras doenças. A maneira correta de amamentar é de suma importância, a forma da pegada errada pode causar lesão no mamilo da puérpera, podendo acarretar em situações especiais para a realização do procedimento. Há uma melhora significativa da saúde das lactantes ao serem apresentadas o conhecimento dos benefícios binômios da amamentação. Considerações finais: O profissional graduado em enfermagem possui conhecimento cientifico tanto na área da saúde da mulher quanto na parte da educação para utilizar de estratégias educacionais como mediar a interação dialógica com a participação das gestantes de diferentes etapas da gravidez e as puérperas, afim, de haver troca de experiências para construir o conhecimento, promovendo assim a saúde de forma adequada. |
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Trabalho nº 11050 Título do Trabalho: IMPORTÂNCIA DA LIBRAS NO ATENDIMENTO À SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE SURDOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Danielle Freire de Andrade Carvalho, Gabriela Almeida Kaippert, Laís Marcelle Rufino Guimarães, Natália Kaiser Resende Ortega de Barros, Pamela de Oliveira França |
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Apresentação: A Língua Brasileira de Sinais – Libras, permite a pessoa surda uma comunicação acessível com os ouvintes. É essencial que os profissionais da área da saúde saibam se comunicar em libras, afim de proporcionar um cuidado universal, com equidade e integralidade, princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Deste modo. O objetivo tem-se como objetivo demonstrar como a língua de sinais possui fundamental importância na prática do enfermeiro em exercício no ambiente de atendimento à saúde da criança e do adolescente. Desenvolvimento: Trata-se de um Relato de experiência vivenciada em uma policlínica do município de Niterói (Policlínica Regional Dr. Sérgio Arouca), durante o ensino teórico-prático da disciplina de Saúde da Criança e do Adolescente I e disciplina Libras I. A atividade envolveu atendimento a uma família surda que buscava vacinação à sua filha de 6 meses de idade. Por surgir de uma situação não planejada, onde não houve objetivos prévios, não foi necessária aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Questões referentes à privacidade e confidencialidade dos usuários e instituição envolvida foram preservadas e mantidas. Resultado: A comunicação entre a equipe de saúde e os usuários se mostrou dificultosa, pois nenhum profissional possuía conhecimento da língua de sinais. Como tentativa de comunicação, um familiar utilizou como recurso a escrita da língua portuguesa em smartphone, ainda que precária e por meio de alguns sinais isolados, onde a equipe realizava a leitura e respondia também por meio da escrita. Considerações finais: Percebe-se a existência de um déficit de profissionais bilíngues da saúde que são fluentes em libras, o que mostra a suma importância do ensino desta língua nas instituições de ensino e nos setores públicos de saúde. No curso de Enfermagem da Universidade Federal Fluminense, após alteração da matriz curricular, a disciplina de Libras deixou de ser ofertada como obrigatória, constituindo um grande desfalque na formação profissional dos acadêmicos. Identificar e amenizar barreiras linguísticas na comunicação ao usuário, reflete a importância de estímulo de treinamentos de equipe e educação permanente dos profissionais além de fomento do ensino de libras desde a graduação. |
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Trabalho nº 7980 Título do Trabalho: CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS E DE SAÚDE EM ADOLESCENTES DE ESCOLAS DA REGIÃO NORTE DO BRASIL: IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NAS ESCOLAS Autores: Mayara Suelirta Costa, Bruno Mendes Tavares, Jayne Cardoso Barros, Clara Cabral Fernandes Vieira, Rosiele Neves Felix, Mileide Silva Santana, Karen Palmeira Figueiredo, Taísa Gomes de Andrade Oliveira |
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Apresentação: As escolas são importantes espaços sociais que possibilitam o desenvolvimento e aprendizagem de crianças, jovens, adultos e idosos, imprescindíveis para o bem-estar das pessoas e das sociedades. É especialmente na faixa etária escolar que ocorre grande parte do desenvolvimento integral humano, que influencia diretamente o estado de saúde das populações, tornando-se fundamental a presença do Sistema Único de Saúde (SUS) e da educação em saúde nesse espaço. Com isso, o objetivo do presente trabalho foi verificar as características sociodemográficas e de saúde de adolescentes escolares da Região Norte do Brasil, para assim refletir sobre a importância da educação em saúde nas escolas. Desenvolvimento: Este trabalho faz parte de um estudo maior denominado “Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes” (ERICA), estudo multicêntrico seccional nacional de base escolar, realizado entre 2013 e 2014. A amostra foi composta por 7.041 adolescentes de 12 a 17 anos que frequentavam escolas públicas e privadas de 10 cidades da Região Norte do Brasil com mais de 100 mil habitantes, a amostra do ERICA é complexa e representativa para municípios de médio e grande porte (100 mil habitantes) em âmbito nacional, regional e para as capitais brasileiras. Foram coletadas informações sociodemográficas, hábitos de vida, medidas antropométricas, pressão arterial e exames bioquímicos. Nas análises descritivas, variáveis quantitativas foram descritas em prevalência com intervalo de confiança, e qualitativas em frequências, a comparação entre escolares de rede pública e privada foi feita pelo teste Qui-quadrado, considerando o valor de p 0,05 para significância estatística. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do IESC/UFRJ em 2008 (processo/protocolo nº 45/2008) e pelo CEP da UFAM em 2013 (CAAE: 05185212.2.2002.5020) Resultado: Foram avaliados 7.041 adolescentes escolares da Região Norte do Brasil, 55,8% entre 12 a 14 anos e 44,2% entre 15 a 17 anos, no que refere-se ao tipo de escola, 86,4% estudavam em escolas públicas e 13,6% em escolas privadas, quanto as características sociodemográficas a maioria dos adolescentes eram da cor parda (64,1%), ao compararmos a cor da pele quanto o tipo de escola, em escolas públicas eram mais prevalentes a cor parda (65,5% versus 55,0%) e preta (6,8% versus 2,6%), enquanto em escolas privadas a cor branca (37,0% versus 20,3%). Com relação a escolaridade da mãe, 25% tinham ensino médio completo, sendo que os adolescentes das escolas públicas tinham maiores prevalências de mães com menor escolaridade, enquanto adolescentes das escolas privadas tinham maiores prevalências de mães com maior escolaridade. Ao verificarmos a classe econômica, 46,4% encontravam-se na classe B, enquanto 2,4% na D, sendo que mais adolescentes de escolas privadas eram das classes A e B (43,9% versus 4,0%; 49,4% versus 45,1%, respectivamente), enquanto mais adolescentes de escolas públicas eram das classes C e D (47,4% versus 6,5%; 2,8% versus 0,1%, respectivamente). As características sociodemográficas mostram grandes diferenças entre os adolescentes escolares da rede pública e os da rede privada, enfatizando diferenças sociais existentes entre os dois grupos, que podem afetar diretamente a saúde. Assim, é importante destacar que a abordagem realizada pela educação em saúde nas escolas deve levar em consideração essas diferenças sociodemográficas existentes. Em relação a hábitos de vida, apenas 1,4% dos adolescentes fumavam, porém, 11,9% faziam uso de bebida alcoólica, sendo que a prevalência de consumo era quase duas vezes maior pelos adolescentes da rede privada, quando comparados com os da rede pública (19,9% versus 10,6%). O consumo de bebida alcoólica, principalmente na adolescência é preocupante, sendo um assunto importante a ser tratado pela educação em saúde nas escolas. Verificou-se também que os adolescentes de escolas públicas eram mais ativos fisicamente (50,9% versus 46,7%), quando comparados a adolescentes de escolas privadas. A atividade física é fundamental para saúde e deve ser incentivada tanto em escolas públicas, quanto em escolas privadas, atividades de educação em saúde nas escolas de forma multiprofissional podem trazer resultados positivos, assim também como é importante que essas atividades sejam realizadas de forma atraente para o público alvo, para assim gerar mais efeito. Ao analisarmos as variáveis relacionadas a saúde, 16,0% dos adolescentes escolares da Região Norte do Brasil encontravam-se com sobrepeso e 7,0% com obesidade, sendo que as escolas públicas tinham maiores prevalências de adolescentes com baixo peso e peso adequado (2,9% versus 1,4%; 75,8% versus 64,2%, respectivamente) e nas escolas privadas maiores prevalências de adolescentes com sobrepeso e obesidade (22,9% % versus 14,9%; 11,4% versus 6,4%, respectivamente). O excesso de peso no Brasil é uma realidade alarmante, e na fase da adolescência é preocupante, o fato dos adolescentes de escolas privadas possuírem maior poder aquisitivo do que os de escolas públicas pode facilitar o acesso dos mesmos a alimentos não saudáveis, como industrializados, fast foods e guloseimas, assim como permite a alimentação em cantinas terceirizadas em escolas, que, visando o lucro vendem todo tipo de alimento, afetando assim diretamente a saúde dos mesmos. Esses dados enfatizam mais ainda a importância da educação em saúde nas escolas, de forma ativa para que as escolas se tornem também espaços de promoção de saúde e prevenção de doenças. Com relação à hemoglobina glicosilada, a prevalência de níveis elevados foi maior em adolescentes de escolas privadas (0,7% versus 0,1%). Ao analisar o perfil lipídico, adolescentes de escolas privadas também apresentaram maiores prevalências de colesterol total elevado (23,9% versus 15,0%) e colesterol LDL elevado (5,0% versus 2,3%), contudo, apresentavam maior prevalência de colesterol HDL desejável (5,0% versus 2,3%) quando comparados a adolescentes de escolas públicas, diante desses resultados, a prevalência de síndrome metabólica também foi maior em adolescentes escolares da rede de ensino privada (3,6% versus 2,1%), nos mostrando que adolescentes escolares da rede privada apresentam um pior perfil de saúde do que os adolescentes da rede pública, evidências que devem ser levada em consideração nas atividades de educação em saúde nas escolas, assim como também a necessidade de discutir saúde em escolas da rede privada também. Considerações finais: O presente trabalho apresenta as características sociodemográficas, de hábitos de vida e saúde de adolescentes escolares da Região Norte do Brasil e mostra diferenças significativas entre escolares da rede privada e da rede pública, evidenciando um pior perfil de saúde em adolescentes da rede privada. Os dados mostram também que de forma geral é fundamental fazer da escola um lugar para educação em saúde, com atividades de promoção e prevenção, sendo um espaço importante que deve ser ocupado pelo SUS. |
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Trabalho nº 8496 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DAS VACINAS: EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PAIS E CRIANÇAS EM UMA ENFERMARIA PEDIÁTRICA Autores: Jéssica Eloy Cunha Gonzalez, Cristiane Pache Amorim, Jaqueline Silveira Coene, Ingrid Cristhine da Silva Santos, Marisa Rufino Ferreira Luizari |
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Apresentação: O corpo humano quando afetado por infecções de qualquer etiologia, responde com dois mecanismos, um de imunidade natural/inata e outra de imunidade adquirida/adaptativa. A imunidade inata são os mecanismos que o organismo disponibiliza imediatamente, na tentativa de cessar a infecção ou impedir que a mesma se desenvolva. Já a imunidade adquirida que acontece ao longo de um tempo, é a produção de anticorpos contra algum tipo de infecção específica, essa imunidade pode ser gerada a partir de uma exposição do organismo ao ambiente, mas também pode acontecer por meio dos imunobiológicos, conhecidos como vacinas. As vacinas no Brasil são utilizadas para prevenir doenças desde o século XIX, o Ministério da Saúde formulou o Programa Nacional de Imunizações (PNI), que foi regulamentado em 1975, e o país atualmente busca reforçar os investimentos em inovação tecnológica e manter as políticas públicas em saúde, para continuar introduzindo novos tipos de vacinas. O PNI disponibiliza o calendário vacinal que permite a prevenção da população contra alguns tipos de doenças/infecções e realiza a divulgação de informações. Quando falamos em crianças, são os pais/responsáveis os que precisam dessas informações, para que essa prevenção em saúde seja efetiva. As vacinas disponíveis para o calendário da criança de 2018 são: BCG, Hepatite B, Pentavalente, Pneumocócica 10 valente, VIP (Vacina Inativada da Poliomielite), VOP (Vacina Oral da Poliomielite), Meningocócica C, VORH (Vacina oral de Rotavírus humano), Febre Amarela, Tríplice viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola), DTP (Difteria, tétano e coqueluche), Hepatite A e Tetra viral (ou tríplice viral + Varicela). Observa-se ainda hoje, na prática de saúde, o pouco conhecimento dos pais/responsáveis sobre o processo de vacinação e o receio pelos mitos que permeiam essa temática. A compreensão do calendário vacinal é imprescindível para a adesão ao esquema vacinal, por isso, os profissionais de enfermagem devem ser educadores em saúde no momento da vacinação, transmitir informações fundamentais referentes a prevenção de doenças e efeitos adversos, bem como a realização de ações dinâmicas e lúdicas para educação em saúde e contribuir para a percepção das famílias sobre a importância da imunização. Objetivo: Sensibilizar sobre a importância da vacinação infantil por meio de educação em saúde para pais e crianças em uma enfermaria pediátrica de um hospital de grande porte. Orientar sobre as precauções, contraindicações, eventos adversos, informar sobre o calendário básico de vacinação e as complicações pelo não cumprimento deste. Método: Realizou-se uma educação em saúde por acadêmicas de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). A atividade ocorreu em outubro de 2018, em um hospital de grande porte em Campo Grande (MS). No primeiro momento, houve a captação das crianças e responsáveis para participação da dinâmica, no qual, passamos em cada enfermaria comunicando o início da ação na brinquedoteca da pediatria do hospital. Em um segundo momento ocorreu o acolhimento, em que cada integrante do grupo se apresentou para os participantes e conhecemos as crianças e responsáveis que participaram da ação. Explicamos qual a intenção da dinâmica e de que forma cada um poderia participar. No terceiro momento, os participantes receberam denominações em placas de folha sulfite, que foram grudadas em suas roupas, sendo estes rótulos dos integrantes do processo de imunização. Foram estas as denominações: anticorpos; os mecanismos de estímulo para defesa; organismos que causam doenças e vacina. Os responsáveis e as crianças então, deram vida ao processo de imunização. No quarto momento, explicamos e perguntamos aos participantes o que eles conheciam sobre as vacinas e as doenças. Em um quinto momento ocorreu a dinâmica de finalização, onde as crianças e responsáveis avaliaram a ação realizada através de depoimentos. Algumas crianças precisavam receber medicação ou tomar banho, portanto, dispensamos os participantes. Por último, fomos até os leitos e realizamos a distribuição de folhetos contendo o calendário vacinal de 2018, em que nestes continham os itens: nome da vacina, doenças preveníveis e a idade para receber as doses e seus reforços. Conferimos a carteirinha de vacinação das crianças, aproveitando para alertar os profissionais do setor a respeito de doses próximas ou atrasadas, e realizar a orientação individualmente para os responsáveis que não puderam participar da dinâmica por conta de algumas condições das crianças. Os recursos materiais utilizados foram: placas de folha sulfite, cartolinas, canetinhas, cartazes impressos e o calendário vacinal de 2018 do Ministério da Saúde. Resultado: Observou-se a curiosidade e interesse por parte das crianças e dos responsáveis. A condução da dinâmica foi realizada com efetiva participação das crianças, responsáveis e das integrantes do grupo, no qual simularam o mecanismo de ação da vacina, desde o momento da aplicação até adquirir a imunidade. Alguns disseram que o assunto foi importante e outros se mostraram alerta por terem aprendido o quanto a vacina pode prevenir doenças graves. No início, as crianças demonstraram medo e não queriam receber a denominação “vacina” para participar da dinâmica, entretanto, posteriormente percebemos que as crianças começaram a participar mais, dando importância à atividade e consequente à vacinação, o que pode minimizar a resistência a aplicação. Os pais perceberam que o propósito da vacina é benéfico e que, a dor da aplicação é um incômodo necessário comparando às várias vantagens desta forma de prevenção. Alguns participantes relataram experiências negativas em relação a vacina e outros descreveram o momento de forma positiva, o diálogo compartilhado enriqueceu a atividade, por permitir que cada participante falasse sobre seus conhecimentos e experiência prévia do assunto. Resultado: Conseguimos sensibilizar as crianças e seus pais sobre a importância das vacinas, por meio da atividade lúdica e dinâmica, a qual permitiu melhor compreensão do assunto. Percebemos que a atividade além de muito atrativa, foi de suma importância para agregar informações atualizadas às famílias presentes. Ações de educação em saúde como a desenvolvida, conseguem mostrar o avanço dos programas de vacinação em todo o território e que salvam vidas de milhares de crianças, evitando doenças imunopreveníveis. A atividade realizada obteve relevância, por mostrar que a vacina é a estratégia de intervenção com o melhor custo-benefício até hoje aplicada em saúde pública, demonstrando a necessidade de mais ações educativas com esse enfoque. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7986 Título do Trabalho: COMPONDO UM RELATO DE EXPERIÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DO PET- SAÚDE PARA A PRÁXIS DA INTERPROFISSIONALIDADE NA FORMAÇÃO ACADÊMICA, EM MACAÉ (RJ) Autores: RAIANE OLIVEIRA ROSA, ANDRESSA AMBROSINO PINTO, KARLA SANTA CRUZ |
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Apresentação: A saúde pública no Brasil vem se constituindo desde 1988 com o Sistema Único de Saúde (SUS) e sua regularização em 1990 pelas Leis nº 8.080 e 8.142. Desde então, ações entre diversos setores e níveis de atenção à saúde vem se constituindo, para o fortalecimento do SUS. Uma dessas ações se constitui no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) que foi instituído pelas Portarias n° 421 e n° 422, de 03 de março de 2010 e assim, esse Programa vem trabalhando com variadas temáticas nucleares, com o objetivo de promover uma formação para o trabalho na área da saúde, a partir dos seguintes atores-chave: coordenadores, graduandos, preceptores, tutores. O PET-Saúde de 2018 foi estruturado, a partir da temática Interprofissionalidade, e têm como objetivo despertar a práxis da Interprofissionalidade e de práticas colaborativas, para que futuramente, os acadêmicos bolsistas e voluntários do PET - Saúde, possam difundir, multiplicar essas práticas nos ambientes de trabalho. Com a premissa de promover o cuidado integral aos usuários e famílias, facilitando a promoção de saúde. Objetivo: Tem-se como objetivo apresentar algumas experiências vivenciadas no projeto PET- Saúde Interprofissionalidade, que vem colaborando ativamente para a formação acadêmica dos alunos coparticipantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Macaé (RJ). Desenvolvimento Desde a implementação do PET - Saúde na UFRJ-Macaé os acadêmicos puderam participar mais ativamente de atividades multiprofissionais, com perspectivas interprofissionais, dentro e fora do polo universitário. Nesse sentido, desenvolvem práticas entre si, trocando conhecimentos, saberes e práticas, entre as seguintes áreas da saúde, que estão em processo de formação: medicina, enfermagem, farmácia e nutrição. Método: Relato de experiência, que apresenta a importância do PET - Saúde, na formação acadêmica do alunadoco-participante. Resultado: Dentre o leque de ações e práticas já realizadas, pelo PET- Saúde, em parceria da UFRJ – Macaé e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS–Macaé), destaca-se: participação em campanhas (Sífilis e Hanseníase), peças teatrais, paródias, educação em saúde com a comunidade, visitas às unidades de saúde de Macaé, interconsultas com preceptores, participação e colaboração em um Curso de Extensão, apreensão de algumas fortalezas e fragilidades de se trabalhar em equipe. Além da feitura de relatórios e desenvolvimento de pesquisas. Logo, apreende-se a conexão de saberes e práticas, com perspectiva interprofissional. Foi realizado um curso de extensão sobre metodologias da pesquisa e interprofissionalidade com trabalhadores da saúde do município, usuários, docentes e discentes. Os membros do grupo do PET participaram de todas as etapas de elaboração do curso, com apoio técnico durante as aulas, além disso, as aulas foram gravadas e disponibilizadas no Youtube. Considerações finais: A integralidade se constitui como um dos princípios do SUS e os acadêmicos ao exercitarem as práticas interprofissionais e colaborativas em sua formação, podem vir a perpetuar esse princípio, pois os mesmos vêm exercitando o trabalho em equipe, a partir do PET Saúde, com o intuito de proporcionar a saúde aos usuários e famílias de modo integral e resolutivo. |
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Trabalho nº 6966 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DAS AÇÕES EDUCATIVAS LÚDICAS PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES DOMÉSTICOS INFANTIS Autores: Manuela Almeida Seidel, Marley Valéria de Andrade Barata, Sarah da Silva e Silva, Edficher Margotti |
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Apresentação: A Organização Mundial de Saúde define acidentes como “um acontecimento independente da vontade humana, desencadeado pela ação repentina e rápida de uma causa externa, produtora ou não de lesão corporal e/ou mental”. Dentre os diversos tipos de acidentes, existem os domésticos, os quais ocorrem no ambiente domiciliar e possuem vários níveis de gravidade, o que pode acarretar sequelas físicas, psicológicas e sociais. Com crianças, os acidentes domésticos, além de estarem relacionados ao fator idade, relacionam-se também com o desenvolvimento psicomotor, os fatores ambientais, educacionais, socioeconômicos e culturais, os quais estão associados com o comportamento e estilo de vida. Ademais, podem ser considerados como uma das principais causas de mortalidade infantil, principalmente na faixa etária de 1 a 9 anos, além de responsáveis pelos altos índices de hospitalização infantil, porém, por meio de uma orientação adequada, grande parte dos acidentes e fatalidades na infância podem ser evitados. Frente a esta problemática, as ações de prevenção tornam-se primordiais para orientação dos pais e cuidadores responsáveis, a fim de reduzir índices supracitados e garantir a proteção destas crianças. Desta forma, a educação em saúde, tanto coletiva quanto individual, é uma ferramenta que profissionais de saúde ― sendo uma das atribuições do enfermeiro, mas não somente deste ― podem utilizar a fim de trabalhar a promoção e prevenção desses eventos, atuando em todos os níveis de atenção à saúde de forma a orientar e garantir o bem-estar de crianças e seus respectivos cuidadores. Objetivo: orientar crianças e responsáveis, por meio de ação lúdica, acerca do manuseio e armazenamento de utensílios domésticos do cotidiano. Desenvolvimento: A ação educativa foi idealizada e executada por acadêmicas de enfermagem do 6º semestre da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Pará e teve como tema norteador “Acidentes Domésticos com Crianças”. Foi realizada em uma ala pediátrica de um Hospital Universitário de Belém, no período de outubro de 2019, em parceria com o projeto de extensão “Acidentes Domésticos na Infância Não é Brincadeira”, o qual é coordenado pela Prof.ª Dr.ª Edficher Margotti, com duração média de 1 hora e 30 minutos. Participaram deste momento 06 crianças, na faixa etária entre 4 – 6 anos, que se encontravam hospitalizadas nas enfermarias pediátricas do hospital e seus respectivos acompanhantes, totalizando uma média de 12 pessoas presentes. Foi utilizada pelas acadêmicas a estratégia da caracterização, incorporando personagens infantis, a fim de tornar a ação lúdica para as crianças e estabelecer um vínculo de confiança, pois isto permite uma aproximação que não cause ansiedade ou medo no público-alvo, facilitando a execução da atividade com êxito e o alcance do objetivo, além de proporcionar um momento diferenciado durante a hospitalização onde poderão se divertir e brincar. Para realização da ação foram utilizados os recursos audiovisuais cartolina e modelos e objetos ― com figuras que pudessem ser reconhecidas como utensílios de uso diário em casa e potencialmente perigosos se deixados ao fácil alcance e manipulação infantil sem supervisão. Iniciou com o convite aos presentes para participarem da atividade, seguido de uma breve apresentação dos membros da equipe, das crianças e responsáveis, a fim de passar confiabilidade e explicar como seguiria a ação. Em seguida, eram mostradas figuras às crianças ― como tesoura, fogão, agulha, materiais de limpeza etc. ― e questionado se elas as reconheciam, possuíam em casa, onde se encontravam e se sabiam quais eram os riscos que aqueles objetos ali representados poderiam apresentar, caso manipulados inadequadamente. A partir da identificação dos objetos ― as vezes, com o auxílio de pais e responsáveis ―, as figuras mostradas eram coladas na cartolina por uma discente, sendo a mesma responsável por abordar sobre o objeto e seus perigos e riscos ao manuseio das crianças. Durou cerca de 3 minutos por figura apresentada, sendo, no total, 28 imagens mostradas e discutidas, divididas por ambientes: cozinha, sala, quarto, área de serviço e aleatórios, podendo estas últimas estar em quaisquer cômodos da casa. Cada informação foi apresentada individualmente e de forma dialogada, oferecendo-se abertura para discussão sobre dúvidas ou sugestões dos acompanhantes. Por fim, foram entregues brindes às crianças pela participação na dinâmica, como revistas de colorir, massas de modelar, giz de cera e outros. Resultado: Um dos pontos relevantes a serem destacados da ação foi que esta mostrou bom potencial informativo pela elevação do percentual de respostas corretas ― apenas uma, dentre as 28 figuras, não foi reconhecida pelas crianças, necessitando do auxílio de pais e responsáveis presentes ― em todos os aspectos propostos, ou seja, o público-alvo principal reconhecia os utensílios domésticos assim que entravam em contato com estes, indicando sua utilidade, em qual local se encontrava no domicílio e quais os possíveis perigos ao manusear, atendendo, assim, às expectativas do grupo. Um fator que notoriamente contribuiu para o sucesso da atividade foi a caracterização das executoras da atividade, pois a ludicidade garantiu o interesse e atenção dos participantes durante todo o período proposto para execução da atividade. Além disto, a entrega de brindes, como recompensa pela participação, foi um grande atrativo para o início e decorrer da atividade. Em um aspecto geral, o objetivo da ação foi alcançado, visto que todas as crianças da ala pediátrica participaram, junto aos responsáveis, de forma ativa, conforme esperado, demonstrando significativos conhecimentos prévios acerca do assunto que estava sendo abordado na situação, não havendo desistências de participação no transcorrer da atividade. Considerações finais: Para o arcabouço de conhecimentos das executoras, o momento foi de grande aprendizado, uma vez que possibilitou uma situação diferenciada no ambiente hospitalar, onde puderam utilizar dentro da ação educativa, o lúdico, diminuindo o clima de tensão que encontraram ao chegar. Para a enfermagem, ressaltamos a importância do papel de educador, planejando e executando ações, as quais visem o cuidado dos clientes, utilizando da ferramenta lúdica e desmistificando a dificuldade do estabelecimento de vínculos no cuidado pediátrico. Além disso, a ação demonstra de forma positiva que a realização de práticas de educação em saúde deve ser aplicada em todos níveis de atenção, pois traz bons resultados no que diz respeito à interação e construção de vínculos com usuários. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7991 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DO ENTENDIMENTO DE SAÚDE MENTAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE Autores: Sandra Aparecida Souza Azevedo, Andreza Gonçalves Vieira Amaro, Claudete Da Silva de Oliveira, Esther Damaceno Soares, Juliana Medina Gomes, Kamila Rosa da Costa, Mariana da Costa Oliveira |
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Apresentação: Ainda realizada através do modelo biomédico, a assistência direcionada a saúde mental tem sido desenvolvida com base em tratamento e/ou cura da doença previamente instalada, não tendo um olhar holístico, voltado também para a subjetividade do indivíduo. No entanto, é de interesse da sociedade em geral, que a conceituação da saúde mental não trabalha apenas sobre a patologia, mas no equilíbrio das situações vivenciadas no cotidiano da pessoa, o que envolve a capacidade do indivíduo de gerenciar suas impressões, ações e emoções. A importância desse entendimento, é oferecer serviços efetivos e eficientes para a manutenção da qualidade de vida do outro, levando em consideração diversos fatores sociais, econômicos, ambientais e biológicos. O profissional deve estar atento a individualidade e integralidade do cuidado, ao realizar o acolhimento, escuta ativa, direcionamento de cuidado e criação de vínculo entre profissional e cliente, promovendo assim uma assistência humanizada. O saber reconhecer fatores mais extensos que afetam a saúde mental de um indivíduo é essencial para que possa obter o devido conhecimento do que lhe afeta, sendo uma importante ferramenta para o desenvolvimento de ações para a promoção da saúde. Com o objetivo de reestruturação da assistência de saúde mental no País, a Segunda Conferência Nacional de Saúde Mental (II CNSM) ocorrida em 1992 trouxe como proposta uma rede de atenção substitutiva ao modelo hospitalocêntrico, constituída de serviços que devem se transformar em laboratórios de produção de saúde e de vida, nos quais são apontadas a importância do resgate histórico e de cidadania dos indivíduos. Quando pesquisado o conceito de saúde mental, nota-se que o entendimento é de difícil definição, aja visto, que deve ser levado em consideração o contexto de vida diário da pessoa. Seguindo esse precedente, temos o objetivo de identificar a importância diferenciação entre saúde e doença mental para o desenvolvimento de ações de promoção da saúde. Desenvolvimento: Esta pesquisa foi desenvolvida através do estudo qualitativo, descritivo, bibliográfico, de modo que a análise e interpretação dos registros, permitiram identificar informações que contribuíram para um novo olhar sobre a realidade existente. Resultado: Considerando que a visão sobre o que é ter saúde mental tem impacto com base na cultura, meio social, classe econômica, entre outros fatores relacionados de quem a interpreta, nem sempre é fácil obter uma definição, e entendimento único, dificultando assim a identificação do que a prejudica. Diferente da saúde física, que é facilmente compreendida como um estado de completo bem-estar geral e não apenas a ausência de uma enfermidade. Dentre os fatores sociais e econômicos que influenciam a saúde mental, observa-se alguns determinantes característicos como violação de direitos, confinamento, abandono e outros com consequências ainda mais diretas, como o emprego, a moradia e a educação. O emprego, estabilidade laboral, carga horária, exigências envolvidas, reconhecimento e a satisfação no ambiente de trabalho, estão comumente relacionadas aos melhores níveis de saúde e bem-estar; de maneira oposta, o desemprego, a insegurança no ambiente de trabalho, associados ao medo de perder o emprego, os sentimentos de humilhação e a baixa autoestima, impactam na falta de recursos, dificuldade na manutenção de moradias e alimentação saudável, estando assim diretamente ligadas ao aumento dos níveis de doença e mortalidade precoce. Através das leituras, é possível perceber que este é um cenário regularmente ligado a crises agudas de ansiedade, depressão, e até de tentativa de autoextermínio. Entre os fatores determinantes da educação, diversos estudos têm constatado uma forte conexão inversa entre o nível educacional e a ocorrência de doença mental; nomeadamente perturbações mentais comuns, de modo que, quanto maior o nível educacional, menor a incidência desses casos. Além disso, o fator educação muitas vezes influencia no acesso ao emprego melhor remunerado, melhor condição habitacional e inclusão social satisfatória, por outro lado, a baixa escolaridade, tende a influenciar de modo adverso, produzindo prejuízo na infância, e em alguns casos, a exclusão socioeconômica. Outro fator importante para a saúde mental é a moradia, que quando apropriada, proporciona a pessoa um abrigo físico e psíquico, de proteção contra elementos de seu ambiente, suprindo as necessidades do homem conforme suas condições específicas. Embora uma habitação apropriada, não dê garantias sobre ter saúde mental, a exposição e o risco de adoecimento é diminuída, pois a ligação pode ser entendida por inúmeros fatores de stress e circunstâncias adversas, particularmente o enfraquecimento dos laços familiares, o aumento da população local, dificuldade no acesso aos bens essenciais, estilo de vida menos saudáveis e menor apoio social. Todos esses fatores antes mencionados são circunstanciais e oferecem impacto direto na saúde da pessoa, entretanto, é preciso também levar em consideração os acontecimentos estressantes e adoecedores, como o abuso infantil, violência (familiar, conjugal, em situações de guerra, entre outras), doenças crônicas ou lesões incapacitantes e exposição a situações de catástrofe natural; isso porque, estes estabelecem experiências traumáticas que impactam negativamente na saúde mental de qualquer indivíduo, adoecendo-os diretamente. O conhecimento sobre os aspectos condicionantes e determinantes, sociais e econômicos alusivos à saúde mental é de extrema importância, estando associado na formulação das políticas de saúde, numa perspectiva de Saúde Pública. E é nesse sentido que a promoção da qualidade de vida, remete-se a alteração do estilo de vida da pessoa, visão ampla sobre possibilidades de manutenção e melhorias da saúde, diminuição dos fatores de risco, que possam causar perturbações mentais e comportamentais, tornando-se metas profissionais para criação de intervenções norteadas pelo conhecimento dos determinantes da saúde mental. Uma vez que as ações de promoção a saúde estão conectadas ao comportamento e as circunstâncias vividas pela pessoa, o fortalecimento do conhecimento da população atendida possibilita o papel mais ativo, com tomada de decisão assertiva sobre a manutenção da saúde. Um profissional que reconhece a importância de promover a saúde mental, oferece orientações que levam a alteração no estilo de vida, individual e coletivo, com a realização de atividades que proponham prazer, como criação de hortas comunitárias, desenvolvimento sustentável através de reciclagem, caminhadas matinais, exercícios físicos regulares, alimentação saudável, atividades de socialização, entre outras. Consideração Final: Entende-se que há um vasto caminho para a compreensão real da saúde mental, sendo este, um assunto com carência de assertivas sobre a diferenciação e separação no que diz respeito ao significado de saúde e doença, o que resulta num entendimento comum, não qualificável, onde o indivíduo só é visto quando está adoecido mentalmente. Todavia, é preciso considerar que mesmo através de uma avaliação subjetiva, a saúde mental pode estar desajustada mesmo que não se tenha um diagnóstico de transtorno mental associado. Desse modo, é imprescindível que se desenvolvam estratégias de organização assistencial e capacitação profissional, para que mesmo em momentos de sofrimento mental ou de usual situação de vulnerabilidades, a população tenha qualidade de vida cognitiva e ausência de doenças. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 5946 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DE AÇÕES EM SAÚDE PARA REFUGIADOS VENEZUELANOS DA ETNIA WARAO NO INTERIOR DA AMAZÔNIA Autores: Vanessa Kemilly Gomes Lima, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho |
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Apresentação: Refugiar-se é o ato de se abrigar, e este é um direito dos estrangeiros garantido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Isso porque, se um imigrante tiver seus direitos humanos violados, bem como se sentir perseguido em relação a sua religião, nacionalidade, opinião pública ou opção sexual, este pode requerer abrigo. Em Santarém-Pará, os imigrantes venezuelanos chegaram na cidade no final de 2017. Isso aconteceu na época em que mais de 30 mil venezuelanos saíram de seu país como fuga da repressão governamental, assim como das manifestações violentas e da fome. Atualmente, em Santarém os refugiados venezuelanos estão na comunidade Cambuquira, onde mantém residência. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, de uma ação em saúde, ocorrida em dezembro de 2019, em Santarém-Pará. De início, os participantes passavam por atendimentos de triagem que consistiram em: medidas antropométricas, pressão arterial e glicemia. Por conseguinte, foram realizadas aplicação de flúor, e em seguida os venezuelanos eram encaminhados para consulta médica. Houve também um momento de descontração para crianças e adultos, assim como distribuição de materiais de limpeza bucal, bem como educação em saúde sobre este tema. Participaram desta ação profissionais, residentes e acadêmicos da área da saúde. Resultado: Verificou-se que as ações em saúde para esse público propiciam também a efetividade dos princípios do Sistema Único de Saúde. Além disso, promove a acessibilidade de serviços de saúde a esses venezuelanos de acordo com as suas especificidades. Concomitante a isso, notou-se que esses refugiados necessitam de atendimentos de enfermagem, bem como odontológico e médico, devido a sua mudança de hábitos alimentares e falta de cuidados pessoais. Considerações finais: As ações de saúde para os refugiados venezuelanos são imprescindíveis. Realizar esses atendimentos é não só estratégico, mas também uma forma de promover equidade, integralidade, participação social e manutenção da vida. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 11589 Título do Trabalho: OS DIFERENTES TIPOS DE ACOLHIMENTO E A IMPORTÂNCIA DO FLUXOGRAMA COMO FERRAMENTA DE TRABALHO NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Autores: Aline Gomes Donato, Murilo Martins Caçador, Ludimila Andrade Torres, Emanuelle Pereira Correa |
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Apresentação: O acolhimento ao usuário não tem local, hora e nem profissional específico, a escuta deve acontecer na Unidade de atenção primária, por qualquer profissional, aos usuários que buscam que buscam o serviço de saúde. Apesar disso, vivenciamos nos últimos 10 anos, no município do Rio de Janeiro, os mais variados modelos de acolhimento. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência, de três profissionais de saúde, sobre os diversos formatos de acolhimento e a criação de um instrumento para dinamizar o processo de trabalho. A motivação para a criação desse instrumento partiu da vontade de proporcionar maior satisfação aos usuários que procuravam a unidade, seja em demanda espontânea, seja em demanda programada. Em ambas as situações o usuário seguia o mesmo fluxo, que gerava o retrabalho, longas esperas e consequentemente insatisfação. Resultado: A partir de um ponto de entrada com o uso do fluxograma como ordenamento do serviço, foi possível observar maior organização e melhoria do acesso, coordenação do cuidado, redução no tempo de espera ao atendimento, minimização dos riscos quanto às demandas de maiores urgências, garantia de equidade ao paciente, apoio aos agentes comunitários de saúde, resposta rápida e eficaz aos usuários. Como consequência, os utentes do serviço demonstraram mais satisfação e maior vínculo com o profissional de saúde. Considerações finais: A criação de protocolos e fluxogramas próprios desde que pautados nas orientações do Ministério da Saúde, tem impacto positivo na assistência e satisfação usuários. Além disso, o novo modelo permitiu que os usuários que mais necessitavam fossem avaliados com prioridade, descaracterizando o antigo modelo onde o atendimento funcionava por ordem de chegada e liberação de senhas de atendimento. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8503 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO INTERPROFISSIONAL NA ATENÇÃO BÁSICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Yuri Henrique Andrade de Oliveira, Ianny Ferreira Raiol, Giovanna Christine Cordeiro de Sousa, Thales Roberto de Souza Sodré |
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Apresentação: A atenção básica (AB) é definida como porta de entrada devido a facilidade de acesso da população, ou seja, é o primeiro nível de contato da população com o sistema de saúde, essa facilidade de acesso com AB é devido a localização da Estratégia Saúde da Família (ESF), e Unidade municipal de saúde (UMS) que são localizadas em regiões periféricas aproximando-se da população com baixas condições socioeconômicas. Nesse contexto, há uma crescente complexidade dos problemas de saúde e além disso, uma fragmentação da atenção à saúde prestada, tornando-se necessário a inserção da prática colaborativa interprofissional que é cada vez mais requerida para tornar a atenção à saúde mais efetiva, segura e integral. A ação profissional parece ser marcada por uma lógica caracterizada pela delimitação estreita de territórios de cada categoria, conformando um quadro de disputa entre as lógicas contraditórias da profissionalização e da interprofissionalidade. A partir disso, surge a necessidade de se enfatizar e analisar a importância desta prática interprofissional na AB, que é fundamental para a orientação da equipe multiprofissional no processo de trabalho da atenção primária. A atuação interprofissional remete ao trabalho em equipe por parte de diferentes profissionais da área da sáude, sendo isso uma construção, um processo dinâmico no qual os profissionais se conhecem e aprendem a trabalhar juntos para reconhecer o trabalho, conhecimentos e papéis de cada profissão, conhecer o perfil da população adscrita, ou seja, as características, demandas a definir de forma compartilhada, objetivos comuns da equipe e planejamento das ações e dos cuidados de saúde. Objetivo: Identificar e ressaltar a importância do trabalho interprofissional na atenção primária em saúde. Desenvolvimento: Trata-se de uma pesquisa do tipo relato de experiencia realizado pelas vivência no programa de educação tutorial (PET) em uma Estratégia Saúde da Família do bairro do mangueirão, Belém (PA). O relato foi realizado por meio de 4 momentos. Para melhor operacionalização da pesquisa foi realizada uma leitura interativa entre os participantes com artigos indexados na integra. Resultado: No primeiro momento foi realizado o reconhecimento da unidade, bem como os serviços prestados à população, número de profissionais e território. No segundo momento foi ressaltado pela preceptora por meio de artigos a importância do trabalho interdisciplinar para promoção, prevenção, recuperação e reabilitação dos usuários. No terceiro momento foi realizado um novo encontro para discussão das competências e habilidades de cada um na unidade utilizando como base a portaria da PNAB. No quarto momento foi marcado um novo encontro para realizar o atendimento de uma transexual portadora de tuberculose para melhor entendimento da operacionalização do trabalho interprofissional. Considerações finais: Dentre várias habilidades e competências adquiridas na graduação para médicos, enfermeiros e biomédicos é de fundamental importância destacar a interprofissionalidade, principalmente quando se trata de atenção primária, pois essa perspectiva junto com os princípios e diretrizes do SUS acaba se tornando um antagonista para que o usuário venha sofrer um agravo, trazendo então satisfação para o usuário e para a equipe da unidade. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 12108 Título do Trabalho: PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA NA CONSTRUÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE SAÚDE PARA OS DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE ENCONTRADOS NO TERRITÓRIO Autores: Ana Beatriz de Oliveira Fernandes |
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Apresentação: Esse é um relato de experiência da construção do processo de territorialização por discente e docente do curso de enfermagem da Faculdade Nova Esperança de Mossoró – FACENE/RN, que estavam cursando o quarto período do referido curso e matriculados no componente curricular Atenção Integral de Enfermagem em Saúde Coletiva I. O objetivo dessa atividade foi fazer com que os discentes conhecessem uma microárea do território de uma Unidade Básica de Saúde do município, através da visita à área e microárea, e pudessem construir a territorialização, bem como estratégias de saúde para os Determinantes Sociais de Saúde encontrados no território, ou seja, agir enquanto discentes e futuros enfermeiros frente às fragilidades e potencialidades encontradas. Esse momento aconteceu por meio de uma visita técnica, parte do componente prático da disciplina supracitada, onde os discentes acompanhados da docente da disciplina e de uma Agente Comunitária de Saúde da área pudessem caminhar, conhecer o território, e descobrir quais desafios aqueles moradores e usuários da Unidade enfrentam no seu cotidiano. Após a realização da visita, conversa com alguns profissionais da Unidade, entre ele: enfermeiro, ACS e residentes multiprofissionais, os discentes retornaram a Instituição e sob orientação da docente construíram materiais que pudessem descrever a realidade da microárea visitada, além de identificarem pontos para possíveis intervenções e/ou estratégias de enfrentamento. Divididos em grupos, os discentes produziram um maquete com a caracterização da microárea e também a apresentação em sala de aula sobre os pontos frágeis identificados, como foi o caso do aumento dos casos de sífilis na gestação e da “população flutuante” (visto que o bairro é prioritariamente habitado por residenciais de aluguel). Com isso, foi possível perceber que a partir da prática e da vivência, os alunos puderam perceber a grande importância do processo de territorialização para a Atenção Primária, bem como mantê-lo atualizado frente as constantes mudanças do modo de viver e levar a vida da população. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 10064 Título do Trabalho: QUALIFICAÇÃO DAS INFORMAÇÕES ASSISTENCIAIS HOSPITALARES: A IMPORTÂNCIA DO FATURAMENTO HOSPITALAR Autores: RENATA PASCOAL FREIRE, RENATO DOS SANTOS ABADE PINTO, FERNANDA DOS SANTOS MOREIRA, LILIAN FERREIRA FREITAS PORTELA, GILMA SOARES PINHEIRO DA SILVA, STELLA REGINA CARLETTI, ANTONIO LUIZ GONÇALVES ALBERNAZ, LETICIA BATISTA DA SILVA |
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Apresentação: A Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) reafirma a necessidade da qualificação das informações visando maior transparência na produção de serviços e utilização de recursos. A qualificação das informações assistenciais favorece a consolidação de indicadores fidedignos, contribuindo para o monitoramento e avaliação. Esse trabalho apresenta o processo de reestruturação do faturamento hospitalar e a implementação da metodologia DRG no Instituto Fernandes Figueiras IFF/FIOCRUZ. Iniciado em 2017 a reestruturação da lógica de faturamento hospitalar passa por um conjunto de estratégias implementadas: rodas de conversa com profissionais de saúde, revisão de processos assistenciais e fluxos no registro e produção assistencial, capacitação da equipe e revisão do processo de trabalho do setor de faturamento, implementação da codificação de comorbidades, metodologia DRG. As ações implementadas contribuíram não apenas para um melhor registro da produção, mas para o monitoramento de informações essenciais para o cuidado, principalmente para os pacientes crônicos que demandam um acompanhamento especializado e longitudinal, contribuindo também para uma melhor compreensão do perfil dos pacientes atendidos. A reestruturação do setor de faturamento permitiu a demonstração da produção real das internações realizadas, aumentando os valores de internação informados aos sistemas nacionais de informação, demonstrando a complexidade da assistência prestada, contribuindo para a consolidação do IFF/Fiocruz como Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente. Como desafios para manutenção e seguimento desse processo destacam-se a educação permanente dos profissionais, a revisão de outros processos assistenciais, sobretudo a construção de estratégias para qualificação do registro assistencial no prontuário do paciente e a implementação do prontuário eletrônico do paciente, buscando qualificar ainda mais os registros assistenciais. QUALIFICAÇÃO DAS INFORMAÇÕES ASSISTENCIAIS HOSPITALARES: A IMPORTÂNCIA DO FATURAMENTO HOSPITALAR |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7507 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Autores: Neiva Maria dos Santos Soares, Kamille Giovanna Gomes Henriques, Vitória Yasmin Sousa Correia, Emilly Canelas de Souza, Larissa Ribeiro de Souza, Bruna Larissa Pinto Rodrigues, Gleivison Cunha Teles, Regiana Loureiro Medeiros |
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Apresentação: A educação em saúde são todas as práticas desenvolvidas em prol da prevenção e promoção de saúde, é o processo educativo em que a população constrói o conhecimento em saúde, estimulando a possibilidade de aumento do autocuidado e a praticidade do debate entre profissionais da saúde e população. Nesse cenário, as ações sócias em saúde são estratégias voltadas para as comunidades, que incentivam a busca da população aos atendimentos primários de saúde e a outros serviços. Com isso, o trabalho busca relatar a experiência vivenciada em uma ação de educação em saúde, descrevendo os serviços oferecidos a população e pontuando os procedimentos que foram realizados pela equipe multidisciplinar. Método: Trata-se de um estudo descritivo de natureza relato de experiência, realizado por acadêmicos do curso de enfermagem do 6º semestre da Universidade da Amazônia (UNAMA), e do 5º semestre da Universidade Estadual do Pará (UEPA), sendo a ação organizada por uma Igreja de estilo neoclássica barroca localizada no bairro da cidade velha em Belém (PA), em parceria com a Universidade da Amazônia (UNAMA) e a Associação de Renais Crônicos e Transplantados do Pará (ARCT-PA), a ação foi realizada no dia 23 de novembro de 2019, no turno da manhã, das 08 ás 13 horas. Resultado: No decorrer da realização da ação social, foram ofertados a comunidade serviços, como orientações medicas de cardiologista e oftalmologista, nutricionista, e odontólogos, além da realização de exames como eletrocardiograma, a enfermagem ficou responsável pela atendimentos primários, verificação de pressão arterial, glicemia, uroanálise, testes rápidos (Hepatites virais, HIV, Sífilis), e orientações sobre a relevância da busca pela atenção primaria como prevenção de enfermidades e promoção a saúde, totalizou-se aproximadamente 1.600 atendimentos sendo que 70% foram destinados a equipe de saúde. Durante a ação foram preenchidas fichas para a análise de hipertensos e diabéticos onde 61,5% apresentaram alteração de pressão arterial e 54,3% da glicemia, nesse ínterim 60% revelaram desconhecer alterações desses parâmetros por não buscarem atendimento na atenção primaria. Considerações finais: A experiência desta construção evidenciou a relevância da educação em saúde, norteando o papel do enfermeiro como educador possibilitando a criação de vínculo entre profissionais e a comunidade. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 12117 Título do Trabalho: SÍFILIS NA GESTAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO NO PRÉ-NATAL Autores: Daiana do Nascimento Pereira, Camila Mendonça de Almeida Senna, Laressa Barbosa da Silva Pereira,, Emilene Pereira. de Almeida. |
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Apresentação: A sífilis na gestação é um grave problema de saúde pública que pode acometer toda populaçao inclusive gestantes. É causada pela bactéria Treponema pallidum, transmitido por meio de relações sexuais desprotegidas com indivíduos infectados, além de verticalmente, de mãe para filho durante a gestação, uma vez que a bactéria ultrapassa a barreira placentária ou trabalho de parto. Desenvolvimento: O Ministério da Saúde oferece teste de detecção da sífilis para todas as gestantes durante as primeiras consultas do pré-natal. Os testes são por sorologia Treponêmica Fluorescent Treponemal Antibody Absorption (FTA-ABS) e não treponêmica Venereal Disease Research Laboratory (VDRL). O tratamento é feito com uso da Penincilina G Benzatina preferencialmente. Manifesta-se em três fases: sífilis primária, secundária e terciária. A vigilância da sífilis em gestantes é essencial de modo que sua notificação compulsória é obrigatória. A vigilância epidemiológica, objetiva controlar a transmissão vertical, avaliação de medidas, tratamento, prevenção e controle. Gestantes com sífilis são referenciadas ao pré-natal de alto risco. A metodologia utilizada foi abordagem qualitativa do tipo descritiva, exploratória utilizando dados obtidos por protocolos do Ministério da Saúde e diretrizes para controle da sífilis. Resultado: Este trabalho buscou enfatizar a importância do acompanhamento no pré-natal a gestante portadora de sífilis com o intuito de prevenir suas principais complicações. Neste cenário, o enfermeiro surge como protagonista e é capacitado para orientar a gestante sobre o uso correto da medicação visando prevenir possíveis consequências para mãe e filho, dentre outras condutas. O enfermeiro na atenção básica torna se, portanto, fundamental para garantir a integralidade do cuidado desde a detecção, diagnóstico e tratamento da sífilis. Diante disso, observa-se que o não acompanhamento pré-natal é considerado fator de risco principal para a sífilis congênita. Considerações finais: O pré-natal é reconhecidamente um espaço de suma importância para a realização da prevenção e tratamento da transmissão vertical da sífilis, quanto aos aspectos que dificultam a eficácia do tratamento, a difícil adesão do parceiro ao recurso terapêutico e interrupção do tratamento por parte de algumas gestantes. Sobre as implicações é importância frisar as políticas públicas de saúde voltadas para a prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis ISTs. Dessa maneira, é de extrema importância que o profissional acolha esta gestante considerando todos os aspectos biopsicossociais que implicam no tratamento da doença. Sendo assim, educar a gestante sobre os benefícios do tratamento é uma maneira eficaz de assistência de qualidade. |
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Trabalho nº 10582 Título do Trabalho: AUTOESTIMA: A IMPORTÂNCIA DE COMPARTILHAR SENTIMENTOS Autores: Maíra Boeno da Maia, Suzete Marchetto Claus, Daiane Oliveira Pereira Vergani, Letícia Boeira Rodrigues, Tainá dos Santos Pires, Thainá Benderovicz Tavares, Cássio De Oliveira, Jocilene Galvan |
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Apresentação: A crise das relações presente na contemporaneidade, marcada por uma sociedade de risco, provoca a falsa sensação de ser superficial a discussão sobre a imagem de si. Todavia, tomada a partir da reflexão de como o sujeito pensa, sente e se comporta diante das demandas socioculturais contemporâneas, a imagem de si apresenta grande relevância em estudos feitos em lugares que há convivência com a vulnerabilidade social. Neste contexto, a escola pode ser um espaço privilegiado para produzir estas reflexões. O objetivo foi desenvolver ações educativas voltadas ao tema autoestima para alunos do ensino fundamental de uma escola pública municipal. Desenvolvimento: A atividade foi realizada por acadêmicos e docentes da Universidade de Caxias do Sul vinculados ao PET Saúde Interprofissionalidade em parceria com a UBS São Leopoldo, na Escola Estadual Maria Luiza Rosa de Caxias do Sul- RS, para 94 alunos do 6º ao 9º ano no mês de Setembro de 2019. A atividade foi iniciada com a explicação de alguns conceitos através de slides, após foi apresentado um vídeo retratando a necessidade em demonstrar felicidade e sucesso nas redes sociais. Foi feita uma reflexão sobre o impacto do “mundo virtual” em nossas vidas, por meio de roda de conversa. Após, foi organizada uma dinâmica onde os alunos deveriam escrever os três valores mais importantes das suas vidas. Ao final a equipe socializou as respostas escrevendo no quadro e enfatizando a importância das amizades, interação com a família, professores e não somente bens materiais. Resultado: Os alunos interagiram e demonstraram interesse pelo assunto. Após o vídeo ilustrativo, alguns alunos compartilharam situações pessoais, indo de encontro com o esperado para a atividade. Devido ao retorno positivo da atividade, sugerimos ao professor conselheiro da turma, a criação de uma caixa para que os alunos pudessem compartilhar de forma anônima, se assim desejassem, seus sentimentos para que pudessem receber apoio da escola. Considerações finais: A atividade se mostrou potente no que se refere ao esclarecimento sobre o que é autoestima para adolescentes, no sentido de estimular a capacidade de gostar de si baseado no conhecimento que se tem de si próprio, e possibilitando a identificação dos pontos positivos e negativos advindo desta reflexão e do apoio que pode ser buscado na escola. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8536 Título do Trabalho: MORTE ENCEFÁLICA: A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO DO POTENCIAL DOADOR DE ÓRGÃOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM SANTARÉM (PA)RÁ Autores: Ana Eduarda Bastos da Costa, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Mariane Santos Ferreira |
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Apresentação: A morte encefálica (ME) é definida como a não capacidade do cérebro em preservar as funções básicas do corpo humano. Isso ocorre quando há uma perda total e irreversível da atividade cerebral, se tornando então incompatível à vida. O paciente diagnosticado com ME, só conseguirá manter suas funções respiratórias e cardíacas através de aparelhos, e é de fundamental importância que estes sejam mantidos e a manutenção do paciente ocorra satisfatoriamente. Diante de um diagnóstico positivo, devem se iniciar alguns cuidados, que vão desde a identificação do paciente como potencial doador até a liberação do corpo pós capitação. A equipe de Enfermagem atua diretamente nesse processo, principalmente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), na qual o paciente está em estado crítico e necessita de um atendimento mais individual e focalizado. Assim, este resumo tem como o objetivo de descrever os cuidados de enfermagem na manutenção do potencial doador de órgãos. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, ocorrido durante a aula prática da disciplina de Unidade de Terapia Intensiva em um hospital público, no interior da Amazônia. Resultado: Verificou-se que é imprescindível que a equipe multiprofissional da UTI tenha um vasto conhecimento a respeito das mudanças fisiológicas que ocorrem em um paciente diagnosticado com ME, pois só assim será possível manter este como possível doador de órgãos. Diante disso, é de responsabilidade do enfermeiro controlar todos os dados hemodinâmicos desse paciente e, assim, com posse dessas informações será possível definir se a doação será viável ou não. Logo, será função da equipe de enfermagem realizar um controle hídrico, cauteloso e eficaz. E, a partir da resposta hemodinâmica, a administração de drogas vasoativas conforme prescrição médica, rigorosamente realizada. Levando-se em consideração a manutenção de um potencial doador de órgãos com ME, percebeu-se que há um protocolo do hospital na qual os profissionais enfermeiros e médicos podem estar utilizando caso a ME seja diagnosticada. Considerações finais: Portanto, a utilização dos conhecimentos científicos para a manutenção de possíveis doadores está diretamente ligada a quantidade de transplantes realizados e a qualidade desses. Assim, destaca-se a importância do trabalho da equipe multiprofissional para o crescimento de transplantes bem sucedidos, haja vista que se a manutenção satisfatória não ocorrer na UTI, todo o resto do processo pode não ser bem sucedido. Ademais, um grupo de profissionais bem articulados podem tornar a efetivação da doação de fato realizável. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8537 Título do Trabalho: VIGILÂNCIA DA SÍFILIS CONGÊNITA EM NITERÓI: A IMPORTÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO DOS CASOS Autores: FÁBIA LISBOA DE SOUZA, ANA LÚCIA FONTES EPPINGHAUS, MARCELLA MARTINS ALVES TEOFILO, YASMIN NASCIMENTO FARIAS, MÁRCIA SANTANA |
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Apresentação: Em Niterói (RJ), também tem ocorrido uma incidência elevada de sífilis congênita da mesma forma que no Estado do Rio de Janeiro e no país. Observou-se uma queda na taxa de incidência de 2015 para 2018, o que pode ser atribuído, em parte, à descentralização do teste rápido para todas as unidades de saúde da rede básica de Niterói, à aplicação de penicilina benzatina em todas as unidades da rede básica e à mudança no critério de definição de casos de sífilis congênita ocorrida em 2017. Houve impacto com a Nota Informativa nº 2 – SEI/2017 do MS, publicada em outubro de 2017, que alterou os critérios de definição de casos de sífilis adquirida, sífilis em gestantes e sífilis congênita. Buscou-se neste trabalho apresentar o processo de trabalho de vigilância e as estratégias de investigação dos casos de sífilis congênita, o que qualifica o cuidado e controle do agravo. Na Coordenação de Vigilância em Saúde (COVIG) do município, um profissional da Assessoria de IST/AIDS e Hepatites Virais realiza a revisão e análise das fichas de notificação do SINAN, buscando corrigir e/ou complementar informações através de contato telefônico, por documento impresso ou e-mail com as unidades de saúde, para garantir a qualidade da informação. Como estratégias de investigação dos casos de sífilis congênita, o município utiliza um questionário, desde 2004, sobre o pré-natal, respondido pelas unidades da rede básica do território de residência da criança com sífilis congênita. E conta com um Comitê de Investigação da Transmissão Vertical da Sífilis, HIV e Hepatites, desde 2016, que teve origem num grupo de trabalho sobre Sífilis Congênita, iniciado em 2009. A partir das notificações de sífilis congênita, é enviado o questionário de investigação do pré-natal para a unidade do território de residência e após preenchimento, o mesmo é devolvido para análise com vistas à educação permanente, planejamento e tomada de decisões. Os casos de sífilis congênita em residentes de Niterói relativos a 2018 foram revisados uma segunda vez, com aprofundamento da análise das investigações. Como resultados, identificou-se que foram enviadas à COVIG 124 fichas de notificação de sífilis congênita de residentes em Niterói. Analisando as fichas, 26 já não preenchiam critério de definição de caso; 31 casos foram digitados e posteriormente, excluídos do sistema; e 12 casos foram identificados como sendo de outro município. Dentre os 55 casos que constam no sistema, para 15 não houve resposta da investigação pela unidade de saúde. A investigação dos casos tem como objetivos a qualificação da ficha de notificação; educação permanente junto às equipes; e decisões e ações estruturais e de processo de trabalho. Tais estratégias permitem discutir a transmissão vertical e orientar investigações complementares e encaminhamentos junto aos serviços e profissionais. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 6490 Título do Trabalho: MONITORIA EM CLÍNICA AMPLIADA DE ODONTOLOGIA: A IMPORTÂNCIA DA EXPERIÊNCIA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM PARA OS ESTUDANTES Autores: Andreas Rucks Varvaki Rados, Luiza Dietrich Loch, Maurício Fernando Nunes Teixeira |
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Apresentação: A monitoria em clínica odontológica objetiva contribuir com o processo de ensino e aprendizagem do estudante, estimulando a busca de novas experiências, além da possibilidade de auxiliar professores e colegas. No curso de Odontologia da Univates, o estudante interessado em realizar monitoria deve demonstrar sua disposição em participar das atividades por meio de uma carta de motivação. Desenvolvimento: Este trabalho se propõe a ser um relato de experiências de monitorias realizadas por estudantes junto à Clínica de Odontologia Ampliada (COAm). Durante as atividades do curso, os estudantes têm contato com a utilização de metodologias ativas no processo de ensino e aprendizagem, além de participar em atividades de promoção e cuidado em Saúde Bucal. Resultado: A partir do 4º módulo os estudantes têm a oportunidade de participar de Monitoria Voluntária na COAm sendo orientados pelos seus professores e podem usufruir da experiência clínica da qual estão inseridas. Os usuários chegam na COAm referenciados por diversas formas sendo feitos atendimentos inclusive de Pessoas com Deficiência (PcD). Esta é uma experiência desafiadora, pois existe uma abordagem diferente no momento do tratamento, desde a chegada do usuário no ambiente de clínica até o momento do “estar na cadeira do dentista” que demanda cuidado especial. O atendimento vai desde crianças portadoras de Síndrome de Down até usuários com deficiências mentais e físicas assim como cadeirantes, iniciando sempre com acolhimento em espaço específico da clínica. A demanda de PcD’s é bastante considerável, pois, na maioria das vezes, estes usuários são referenciados para a COAm pois o seu município de origem não consegue realizar o tratamento e encaminham para a Univates através do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Taquari (CONSISA). É importante ressaltar que os responsáveis por estes usuários têm altas expectativas sobre a resolução da queixa trazida e a eficácia do tratamento por parte dos estudantes e professores. Atendimentos especializados de Estomatologia também são realizados na COAm acredito que, como estudante, estar próxima de casos que envolvam a estomatologia e patologia agregam muita experiência, principalmente no que tange à identificação de alterações bucais e relação entre a teoria e a prática. Quando há suspeita de alguma lesão, pode ser feita uma biópsia e a amostra é encaminhada para análise laboratorial, depois retorna até a clínica e o resultado é discutido entre estudante e professor e apresentado ao usuário. Após isso, verificamos as possibilidades de tratamento, respeitando sempre as limitações e desejos do usuário. A monitoria abre a oportunidade de auxiliar em atendimentos e procedimentos; cirurgias estéticas também são realizadas na clínica, como aumento de Coroa Clínica com gengivoplastia. Por meio da utilização do prontuário eletrônico conseguimos descrever suas demandas, como receitas de medicamentos, orientação de tratamento, exames de laboratório, consultas médicas e ter os registros e histórico do usuário no sistema. Considerações finais: A partir do exposto anteriormente, é possível salientar que a monitoria abre a oportunidade de auxiliar em atendimentos e procedimentos singulares e especiais, com os quais o estudante, provavelmente, nunca teria contato. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 10554 Título do Trabalho: IMPORTÂNCIA DO ENTENDIMENTO PELOS USUÁRIOS SOBRE O FLUXO DE ATENDIMENTO E SOBRE OS SERVIÇOS PRESTADOS POR UM UAPS/ESF DE UM MUNICÍPIO DO LESTE DE MINAS GERAIS: EXPERIÊNCIA DA EQUIPE TUTORIAL DO PET-SAÚDE/INTERPROFISSIONALIDADE. Autores: Larissa de Freitas Bonomo, Danielly Nunes Bastos Fernandes, Daniela Geber de Melo, Ananda Carvalho Martins, Daiane Alves Froeder, Erika Guerrieri Barbosa, Janaina Cristina Gomes, Nizia Araújo Vieira Almeida |
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Apresentação: O programa PET-Saúde/Interprofissionalidade tem como objetivo qualificar os processos de integração entre o ensino, o serviço e a comunidade, promover mudanças curriculares alinhadas às Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os cursos de graduação da área da saúde, envolver atores do SUS e da comunidade acadêmica em ações cujo foco principal seja o fortalecimento da educação e do trabalho interprofissional em saúde com o intuito de gerar mudanças na dinâmica do trabalho em saúde, fortalecendo o conceito de humanização do cuidado e o princípio da integralidade da assistência no contexto do SUS. Este trabalho, trata-se de um estudo descritivo na modalidade relato de experiência que relatará as atividades vivenciadas por uma equipe tutorial do PET-Saúde/Interprofissionalidade da UFJF-GV/SMS-GV na Unidade de Atenção Primária à Saúde/Estratégia Saúde da Família (UAPS/ESF) Santa Rita II, localizada no município de Governador Valadares-MG. Desenvolvimento: As atividades vivenciadas por essa equipe tutorial do PET-Saúde/Interprofissionalidade tiveram como cenário de prática a UAPS/ESF Santa Rita II. A ESF Santa Rita II está em funcionamento há 10 anos no bairro Santa Rita no município de Governador Valadares, Minas Gerais. O local é considerado de fácil acesso, apresenta rua asfaltada e encontra-se em bairro residencial, porém também com área comercial. No mesmo endereço são realizados os atendimentos pelas equipes da Unidade Básica de Saúde (UBS) e da Estratégia Saúde da Família (ESF) Santa Rita II. A área de abrangência da ESF Santa Rita II é formada por 6 microáreas constituídas por cerca de 2500 a 3000 pessoas. Os primeiros seis meses de vivência na ESF SR II, englobou o período de abril a setembro de 2019, e as atividades basearam-se na territorialização, diagnóstico situacional e Planejamento Estratégico Situacional (PES) para a identificação e priorização dos problemas enfrentados pela unidade, e que se concretizaram por meio de visitas domiciliares, conversas com os profissionais de saúde, observação da rotina do local, entrevista com os usuários e oficinas de planejamento. A primeira oficina elaborada pela equipe referiu-se ao momento explicativa do PES, em que participaram profissionais de saúde, usuários e representantes da Instituição de Ensino Superior (IES), dentre discentes e docentes da UFJF/GV, para elencarem os principais problemas observados na unidade, priorizarem aquele considerado mais relevante pelos participantes da oficina e então, descreverem o problema priorizado, com o objetivo de elaborarem ações de intervenção que poderiam auxiliar em sua resolutividade e na melhoria dos serviços prestados na unidade de saúde em questão. Os problemas levantados foram pontuados de acordo com um instrumento de trabalho em uma escala de 0 a 4 (sendo 0 para a inexistência do critério analisado; 1 para pouco; 2 para médio; 3 para alto e 4 para muito alto) quanto à magnitude, transcendência, vulnerabilidade, urgência e factibilidade. O problema priorizado foi a “falta de compreensão da população adscrita sobre os serviços prestados pela ESF Santa Rita II”. Em seguida, deu-se continuidade à construção de uma matriz explicativa por meio da elaboração da “espinha de peixe”. Neste momento, foram definidos os principais descritores do problema priorizado, as causas e consequências relacionadas ao problema e a imagem-objetivo a ser alcançada para a resolução do problema. Os descritores elaborados na oficina foram: usuário não permite as visitas domiciliares realizadas pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), percebe-se, em alguns momentos, falta de comunicação e respeito entre os profissionais de saúde da ESF e os usuários, entendimento equivocado da população sobre o conceito de direito à saúde e falta de orientação da população sobre o fluxo de atendimento da ESF. A causa e a consequência convergentes foram respectivamente, “falta de conhecimento pelos usuários acerca dos serviços ofertados pelo SUS” e “redução da efetividade e da qualidade dos serviços prestados pela ESF”. Posteriormente, a equipe do PET-Saúde/Interprofissionalidade realizou oficinas para debater os demais momentos de organização do PES, sendo estes o normativo, o estratégico e o táticooperacional, com o intuito de elaborar um projeto de intervenção que contemplasse ações e operações visando ao entendimento pelos usuários sobre o fluxo de atendimento e sobre os serviços prestados pela ESF SR II. O objetivo geral do projeto de intervenção foi subdividido em objetivos específicos que contemplaram ações planejadas e específicas. A equipe definiu os seguintes objetivos específicos: informar à população sobre o papel dos ACS, conscientizar a população sobre seus deveres enquanto usuários do SUS e promover a participação dos usuários nas atividades realizadas na ESF. Para efetivar e concretizar os objetivos citados a equipe tutorial pensou de maneira colaborativa com os demais atores presentes na oficina as ações que vêm sendo executadas nos próximos seis meses seguintes, dentro do período de outubro de 2019 a março de 2020: elaborar panfletos com informações sobre a ESF, seu funcionamento, os serviços prestados, o fluxo de atendimento, os profissionais que compõem a equipe e a importância de cada um para o cuidado em saúde, além da disponibilização dos panfletos na recepção e nas igrejas e escolas do bairro; incluir o debate sobre essa temática no Programa Saúde na Escola, abordando a importância do SUS, o funcionamento do serviço e os direitos e deveres do usuário; elaborar convites com informações sobre as datas e horários das atividades e grupos da ESF e entregar para os usuários/pacientes que são alvo das ações desses grupos em visitas domiciliares; confeccionar cartazes para serem afixados na ESF, que contenham a agenda de atividades na unidade de saúde; criar uma página para a ESF nas redes sociais, divulgando as informações da rotina da unidade de saúde; promover capacitação sobre metodologias ativas para os profissionais de saúde da ESF. Resultado: Dentre os impactos esperados com o desenvolvimento das ações acima têm-se: compreensão dos usuários sobre o papel da ESF, com a visão de uma equipe organizada e empenhada em levar com clareza as informações aos usuários; melhorária na adesão dos usuários aos serviços oferecidos pela ESF; redução do número de faltas dos usuários nas atividades e aumento da procura por participação; atualização dos usuários em tempo real sobre as atividades da ESF, como os grupos operativos; incentivo aos profissionais a serem instrumentos para o funcionamento do SUS, tornando-os além de incentivadores, também propulsores do SUS de maneira mais clara e efetiva, já que ambos, profissionais e usuários são corresponsáveis pelo cuidado em saúde. Considerações finais: Uma vez que as equipes tutoriais são organizadas de maneira a integrar estudantes, preceptores e tutores de diferentes cursos, realizando atividades centradas no usuário, na família e na comunidade, com a participação representativa destes no debate de ações de saúde para a melhoria dos serviços prestados, observa-se que os participantes tiveram a oportunidade de desenvolver competências colaborativas para o trabalho em equipe interprofissional, além de criarem espaços no serviço e na academia para discussões acerca do trabalho e da formação em saúde pautadas nos princípios teóricos e metodológicos da educação e do trabalho interprofissional. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8030 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO COM OS USUÁRIOS FORA DO AMBIENTE HOSPITALAR PARA A FORMAÇÃO MÉDICA Autores: Eva Rita Ribeiro Medeiro Maia, Ana Francisca Ferreira da Silva, Marcus Vinícius Souza e Silva, Rômulo Geisel Santos Medeiros, Andreza Aguiar Ximenes, Thiago Bentes de Souza |
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Apresentação: No hospital, observa-se um contato breve com o usuário devido ao tempo limitado de atendimento, fato que dificulta a percepção da realidade local do mesmo. Visando a construção da capacidade de análise dos diversos fatores territoriais capazes de interferir na condição física e mental do indivíduo, alunos da disciplina Saúde Coletiva I realizaram visitas semanais a um núcleo de apoio a idosos da região de Manaus, Tereza Tupinambá. A residência geriátrica possibilita a socialização aos habitantes regionais, ao passo que permite a promoção de atividades educativas. A inclusão dos discentes nessa realidade foi fundamental à compreensão da perspectiva e da qualidade de vida dos usuários. Com a experiência exposta buscou-se estimular o contato dos acadêmicos com a população, especificamente em seu território, tendo em vista a influência dessa vivência na edificação de uma das principais funções do profissional de saúde: criar um planejamento baseado nas condições sociais do indivíduo. Desenvolvimento: A cada ida ao núcleo, os alunos formulavam atividades que prezassem pela máxima interação com os idosos. Ocorreram rodas de conversa, jogos de perguntas e de tabuleiros, danças e palestras associadas ao compartilhamento de experiências familiares, de opiniões, de dúvidas e de expectativas acerca da atuação médica no Sistema Único de Saúde (SUS). Além da temática saúde, teve-se foco em aspectos positivos e negativos do bairro, bem como da moradia. Ao fim de cada dinâmica, um debate sobre o seu intuito acontecia; apontou-se, também, se os exercícios foram úteis e proveitosos. Houve, ainda, um trajeto no núcleo acompanhado de um dos voluntários do lugar, de modo que a estrutura pôde ser totalmente conhecida. Avaliaram-se diversos aspectos: quantidade de banheiros, áreas de lazer e acesso a saneamento básico e à energia. Resultado: Os idosos foram expressamente receptivos às atividades trazidas, mostrando-se interessados no que lhes foi preparado durante toda a vivência. Ademais, destacou-se o zelo à saúde física e mental de cada um, visto que havia uma equipe de cuidado contendo uma enfermeira, uma psicóloga e voluntários ao longo da semana. Outrossim, gozam de conforto e de áreas para o lazer e a comunicação entre si, importantes pontos no que tange a saúde emocional do grupo. Porém, notou-se que, nas calçadas do bairro, não há a acessibilidade adequada aos idosos cadeirantes. Também, destacou-se a preocupação do grupo com o expressivo nível de violência da região, principalmente envolvendo assaltos. Por fim, desenvolveu-se um importante vínculo entre os idosos e os estudantes, o que estimulou a tendência à simpatia acerca da realidade enfrentada por cada um. Considerações finais: A capacidade percepção ao usuário do SUS pôde ser alcançada, tendo em conta as diversas conversas em relação à influência dos determinantes sociais ao longo da vida dos idosos, através das experiências relatadas por esses. A construção desse princípio deve ser valorizada, objetivando a formação de profissionais médicos capazes de enxergar, durante a consulta, os fatores que podem levar ao estado de doença. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 12127 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DE CORRELAÇÕES CLINICAS POR MEIO DE SESSÕES AVALIATIVAS COMO METODOLOGIA DE APRENDIZAGEM DE ANATOMIA HUMANA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DOS ALUNOS DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS Autores: Bruna Guido do Nascimento Barros, Anna Luisa Oliveira Santos, Thiago Bentes De Souza, Marcus Vinicius Souza Silva, Thaísa Ferreira Liu, Marcos Vinicius Alves Souza, Sara Cavalcante Queiroz |
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Apresentação: A sessão anatomoclínica tem como finalidade proporcionar uma maior eficiência no aprendizado do aluno e aprimorar suas habilidades, no intuito de obter a sua máxima performance e, assim, estimular o desenvolvimento de um raciocínio clínico desde o início da sua formação acadêmica. Desse modo, objetiva-se descrever a experiência de discentes do segundo período de Medicina na Universidade Federal do Amazonas acerca da Sessão Anatomoclínica, utilizada como método de avaliação dos alunos. Desenvolvimento: Em síntese, cada apresentação era organizada com base em um artigo sorteado com antecedência e estipulado um prazo máximo de apresentação, de 15 a 20 minutos. Dentre os critérios da sessão, eram sorteados dois ou três alunos, exigia-se a apresentação de forma clara sobre a anatomia envolvida e a correlação com o caso clínico do artigo. Além disso, cada apresentação era julgada por uma banca avaliadora que, após o término do caso, expunha os pontos negativos e positivos, concomitante com a elaboração de perguntas para avaliar o conhecimento dos discentes. Resultado: Por meio dessa metodologia, os alunos, no primeiro ano do curso, além do conhecimento teórico adquirido, aprendem também a como se portar durante uma apresentação científica - controle do tempo, vocabulário, vestimenta - a como montar um slide para ser utilizado em futuros congressos e a constantemente questionar o conhecimento que estão adquirindo, tentando prever as possíveis perguntas que serão feitas pela banca durante a arguição. Ademais, a oportunidade de observar a aplicação clínica dos assuntos estudados em anatomia deixa os discentes mais entusiasmados e motivados a estudar durante o ciclo básico do curso, período em que as disciplinas, à primeira vista, não têm uma relação direta com a atuação do médico no dia a dia, sendo as sessões anatomoclínicas o primeiro contato do discente com um caso clínico. Considerações finais: Para os alunos, a experiência foi fundamental pois pode proporcionar um crescimento acadêmico necessário por meio da estimulação de um novo pensar clínico, além de aperfeiçoar as técnicas essenciais para a formação durante o curso de medicina e, dessa forma, forjar futuros médicos qualificados. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7526 Título do Trabalho: O DIAGNÓSTICO PRECOCE COMO IMPORTANTE FERRAMENTA NA REDUÇÃO DO ÍNDICE DE TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV Autores: Mariana Braga Salgueiro, Lucas de Almeida Figueiredo, Kevin Guimarães Guerra, Alice Damasceno Abreu, Eduardo Felipe Barbosa de Oliveira, Maria Laura Duas Granito Marques, Mônica Martins Guimarães Guerra, Claudia Cristina Dias Granito |
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Apresentação: No Brasil, no período de 2000 até junho de 2019, foram notificadas 125.144 gestantes infectadas com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Verificou-se que 38,1% das gestantes eram residentes na região Sudeste, com faixa etária entre 20 e 24 anos, ademais observou-se que a maioria das gestantes infectadas possuem ensino fundamental incompleto, configurando-se como um grande desafio na saúde pública que necessita ser enfrentado por políticas públicas de saúde. Levando em consideração os distintos níveis de conhecimento das gestantes sobre transmissão, prevenção e viver com HIV, o presente estudo possui como objetivo analisar na literatura existente a importância do diagnóstico precoce no cuidado integral à gestante HIV positivo para a prevenção da transmissão vertical. Desenvolvimento: Trata-se de uma revisão de literatura, a qual busca analisar estratégias de diagnóstico precoce para reduzir a transmissão vertical do HIV, desenvolvida no mês de janeiro de 2020, utilizando os seguintes descritores: HIV, Diagnóstico Precoce e Educação em Saúde. A solicitação do teste Anti-HIV, realizado rotineiramente no acompanhamento pré-natal no primeiro e terceiro trimestres da gravidez deve ocorrer acompanhada de aconselhamento pré-teste e pós-teste. Caso a paciente seja identificada como portadora do vírus, a informação deve ser compartilhada em face de um atendimento humanizado e acolhedor, considerando os aspectos éticos e bioéticos pertinentes a ocasião. É preciso identificar as fragilidades singulares das gestantes, pois ao serem diagnosticadas estas podem enfrentar desafios pessoais, familiares e sociais gerados pela estigmatização da infecção. Resultado: Estima-se que 12.456 recém nascidos sejam expostos ao HIV por ano, número que poderia ser reduzido caso a atenção básica disponibilizasse de cobertura adequada de testagem HIV em gestantes. Com o diagnóstico da infecção sendo realizado no acompanhamento pré-natal, aumentaria o tempo hábil para o início do tratamento e diminuiria drasticamente a possibilidade de transmissão mãe-filho. Pois, A transmissão vertical do HIV, quando não são realizadas intervenções necessárias, ocorre em cerca de 25% das gestações das mulheres infectadas. O uso de zidovudina na gestação, no parto e no recém nascido reduz a taxa de transmissão vertical para 8,3%. Considerações finais: O impacto do resultado positivo tende a ser complexo. Portanto, é essencial que o profissional esteja qualificado para prestar a assistência de forma adequada, respeitando o tempo da mulher, bem como sua reação ao resultado. A paciência ativa é necessária durante toda a consulta, de modo que a escuta e atendimento sejam realizadas de forma individualizada com intervenções somente quando for necessário ou solicitado. A partir do exposto torna-se imprescindível a qualificação dos profissionais de saúde desde a graduação com o intuito de fomentar a necessidade de fortalecer as estratégias de diagnóstico precoce, como a busca ativa de gestantes, realizando as intervenções necessárias para a prevenção de agravos como a transmissão vertical. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 6505 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA CRIAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE O PACIENTE E SUA FAMÍLIA COM OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE PARA ÊXITO DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM Autores: jayme renato cordeiro, Jessica Soares Barbosa, Franciane Socorro Gomes |
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Apresentação: A endogamia, pode ser conceituada de forma breve como sendo a reprodução de indivíduos que possuem o mesmo parentesco, nesse sentido uma carga genética semelhante, como por exemplo o casamento entre irmãos ou primos. Tal forma de reprodução pode ter grande influência no surgimento de indivíduos homozigotos, onde os alelos desse que codificam uma determinada característica são iguais, além de genes recessivos. Por resultar em proles com genes, em sua maioria, de cunho recessivo, a endogamia também tem grande influência no surgimento de doenças relacionadas a genes recessivos, sendo encontrado no ano de 2013 o percentual de 25% dos casais consanguíneos com pelo menos um filho com alguma deficiência que tenha envolvimento com genes recessivos. A Microcefalia pode ser diagnosticada em um indivíduo quando a medida de seu perímetro cefálio apresenta três desvios padrões abaixo da média nacional adequada referente para sua idade e sexo. Essa tem como efeito no recém nascido um atraso no desenvolvimento intelectual e físico desse, além do surgimento de crises convulsivas, podendo também apresentar deficiência auditiva e visual. Tal anomalia possui como uma de suas características principais o fato de ser multifatorial, podendo ser desencadeada por fatores externos / ambientais como a exposição da gestante a soluções químicas e acidentes mecânicos, além de infecções durante a gestação como rubéola e toxoplasmose. Não obstante, a Microcefalia também pode ser desencadeada por fatores genéticos, esses que podem ser anomalias em determinados cromossomos, alterações monogênicas ou distúrbios multifatoriais, sendo a Microcefalia Primaria Recessiva (MCPR) um exemplo de Microcefalia genética em que os genitores da criança possuem o gene recessivo e o passaram para sua prole, tal fato que pode ser potencializado quando o casal é consanguíneo. Diante desse fato, torna-se imprescindível que o profissional de enfermagem saiba compreender quais os cuidados são necessários para garantir o bem-estar da criança e de sua família, bem como entender o contexto social em que a criança e seu genitores estão inseridos para atuar da melhor forma possível. Objetivo: Compreender a importância dos cuidados de Enfermagem a uma criança com microcefalia da ala pediátrica de um hospital de referência materno e infantil localizado em Belém, no estado do Pará. Método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência dos discentes do Semi-internato em Enfermagem Obstétrica e Pediátrica da Universidade Federal do Pará (UFPA). A atividade curricular ocorreu sobre supervisão docente no mês de junho de 2019 em um hospital de referência materno e infantil localizado em Belém no estado do Pará. Resultado: Ao realizar a visita, percebeu-se a carência da família quanto ao conhecimento sobre a doença e as possíveis causas da malformação, bem como foi avaliado o nível de instrução dos responsáveis pela criança por meio de questionamentos a respeito de toda a situação em que se encontravam, se houveram doenças prévias durante a gestação, acidentes físicos e/ou químicos e descobriu-se a consanguinidade, sendo esse um provável fator desencadeante para tal condição. Acalmar os genitores e ensinar como devem ser realizados os cuidados com a criança, tem como resultado o fortalecimento dos laços familiares, empoderamento dos acompanhantes do paciente e auxilia no tratamento, fomentando a aceitação e desenvolve habilidades. A criança com microcefalia é capaz de desenvolver-se bem, desde que seja incentivada e acompanhada por profissionais das diversas áreas como fisioterapia, psicologia, nutrição, terapia ocupacional, medicina e enfermagem. A equipe multidisciplinar precisa compreender o contexto social da família que irá receber os cuidados, para poder intervir de forma eficaz, bem como amparar eticamente as necessidades de cada um, tendo em mente que cada paciente possui sua individualidade em relação ás suas necessidades no que se refere a assistência a saúde. A família ao descobrir uma malformação congênita pode vir a passar por algumas etapas no processo de aceitação a esta condição: o choque, a descrença (negação), tristeza, cólera e ansiedade, equilíbrio e reorganização. Por esse motivo, a conversa entre a equipe de saúde e os familiares da criança é essencial para sanar as dúvidas, explicar os procedimentos e criar um vínculo de confiança entre profissionais, paciente e a família. O medo faz parte do processo, trabalhar para diminuí-lo é uma das funções que o enfermeiro deve assumir, visto que se enquadra nos cuidados primordiais para o bem-estar do paciente e no enfrentamento das dificuldades encontradas, aprender a conviver com seu próprio tumulto emocional e as expectativas criadas. O enfermeiro deve acompanhar o desenvolvimento e crescimento dessas crianças de modo contínuo através das consultas de enfermagem, orientando sobre a evolução do desenvolvimento físico e mental. Considerações finais: Compreender a importância dos cuidados de Enfermagem na equipe multiprofissional que atente uma criança com microcefalia, teve grande valia no processo de aprendizado dos graduandos, na medida em que foi possível perceber o quanto a escuta atenta e o atendimento humanizado realizado pela equipe de enfermagem para com os responsáveis e a criança em si, tiveram efeito tranquilizador em ambos, além da facilitar a criação do vinco entre a família e a equipe. Tal vinculo, possibilitou que as informações repassadas pela equipe de enfermagem fosse aceitas e compreendidas. O fato de a equipe buscar entender o contexto social em que o paciente e seus familiares estavam inseridos, contribuiu para a construção de um atendimento voltado para as necessidades da criança e seus genitores, assim evitando o uso de informações desnecessárias ou de difícil compreensão, garantindo dessa forma um cuidado integral. Abordar o fator consanguíneo como uma possível causa da malformação gerou apreensão por parte dos graduandos, na medida em que ressaltar o parentesco entre os pais da criança como possível causa da sua condição de saúde poderia gerar desconforto e/ou culpa por parte desses, tal situação que poderia colocar em risco a relação da equipe com os familiares do paciente. Contudo foi esclarecido aos genitores que a microcefalia e multicausal o que possibilitou a continuidade do atendimento de forma tranquila com a família e cuidado, primordial à criança. Tal situação possibilitou aos graduandos aprender na pratica a importância do profissional de enfermagem na equipe multiprofissional, na media em que esse possui um maior contato com o paciente e seus familiares tornando-se um facilitador de informações e desenvolvedor de um cuidado mais especifico centrado nas necessidades de cada individuo. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 11631 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DE INTERPRETES INDÍGENAS COMO INTEGRANTES DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE INDÍGENA NA REDE DE SERVIÇOS DO SUS E NAS CASAS DE A SAÚDE DO ÍNDIO EM RORAIMA. Autores: Rosilda simeão gobamete, Hosana Carolina dos Santos Barreto, edinara Costa Severo |
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Apresentação: Este relato de experiência visa abordar sobre atuação de interpretes indígenas nas Casas de apoio à Saúde do índio/CASAI e nos hospitais de Referência no Estado de Roraima. Tem como objetivo principal apresentar a importância da atuação dos interpretes na comunicação entre os pacientes indígenas e profissionais de saúde em Roraima. Durante quatro anos de atuação como interprete da etnia Ingaricó na CASAI Yanomame, no período de 2014 a 2017, junto com os demais interpretes de outras etnias, observou-se, enquanto interprete indígena muitas dificuldades enfrentadas pelos pacientes quando são encaminhados para rede SUS e as CASAI´s e umas delas é na comunicação com os profissionais de saúde. Ao longo desse período notou-se que muitos dos pacientes que eram encaminhados a esses atendimentos não sabiam falar português, principalmente os pacientes da etnia Ingaricó, Wai Wai, Taurepang, Akawaio, Patamona e os Yanomami, sendo esse maior obstáculo entre os profissionais e os pacientes por não saberem se comunicar entre eles. Muitas vezes, por não saber falar a língua do profissional de saúde, os pacientes se sentiam constrangidos, ficando com receio de procedimentos feitos pelos profissionais, principalmente os idosos e as mãezinhas onde chegavam a relatar a desconfiança por medicamentos injetáveis e outros procedimentos, como introdução de sonda e outros tipos de aparelho. Os mesmos relatavam o medo que tinham por aparelhos de raio-x, de ultrassonografia e outros aparelhos invasivos, e que muitos acreditavam que isso agravava estado de saúde. Devido a essa que é umas das várias outras dificuldades, os profissionais não conseguiam resolver seus problemas de saúde, onde os pacientes não conseguiam relatar sintomas ao médico, e isso muitas vezes dificultava o tratamento, e também na conclusão de diagnóstico. Nesse sentido, os interpretes que atuam na rede SUS e as CASAI`s são de suma importância como meio de comunicação entre os pacientes e os profissionais de saúde, pois os mesmos orientam pacientes, traduzem para os profissionais quanto para pacientes, assim ajudam todos os profissionais na tradução para que o paciente seja atendido conforme sua necessidade e resolver o problema de saúde. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 10096 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DO CONTATO COM A ATENÇÃO BÁSICA DURANTE A GRADUAÇÃO: REFLEXÕES E VIVÊNCIAS DE UM ESTUDANTE DE MEDICINA DA UFF EM ESTÁGIO NO CAPS AD ALAMEDA Autores: Guilherme Andrade Campos |
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Apresentação: Atualizadas em 2014 pelo MEC, as Diretrizes Nacionais Curriculares (DNCs) para os cursos de medicina buscam padronizar o que é ensinado pela graduação em todo o país, atentando-se à formação de profissionais generalistas que compartilham saberes essenciais, como o ensino teórico-prático do que é a atenção básica e sua articulação com o território e diversas culturas ali presentes. O Projeto Pedagógico de Curso de Medicina da Universidade Federal Fluminense em sua execução, no entanto, não segue alguns dos tópicos preconizados pelas DNCs e tem a atenção básica e a saúde mental subexploradas e/ou ignoradas. Sendo assim, o acesso à temática se limita a ocasiões extracurriculares em um contexto de já demasiada carga horária. O Programa de Ensino em Trabalho (PET/SAUDE) 2019/2020, do Ministério da Saúde, é uma destas oportunidades ao selecionar e colocar graduandos da área da saúde atuando em instituições da rede de Niterói - entre elas o CAPSAD ALAMEDA - com foco no conceito de interprofissionalidades, buscando questionar qual o papel de cada profissional no processo de promoção e prevenção em saúde. Desenvolvimento e Resultado: Enquanto graduando em medicina e estagiário do CAPSAD, percebo que existem muitas barreiras na comunicação entre a rede de atenção básica e o ensino da Faculdade de Medicina, consequentes de uma formação médica individualista que, na maioria das vezes, pauta o processo saúde-doença como mercadoria, impondo a seus consumidores uma posição passiva e subordinada ao assumir que sabe o que é melhor em cada caso examinado. A articulação do graduando em medicina durante a faculdade se consolida através do ambulatório, restringindo os saberes em saúde mental e atenção básica e perpetuando a cultura de que sua única função é examinar e medicalizar, sem espaço para práticas outras como as que são oferecidas dentro dos CAPS em geral - entre elas, a rica experiência que tenho com a equipe que atende as demandas da população em situação de rua para além do que é convencionalmente entendido enquanto saúde. Os médicos tendem a optar pela atenção primária por outros motivos que não o destaque e preparação para a atividade na graduação. Por outro lado, é necessário se pensar numa participação mais ativa dos dispositivos de saúde da rede. Se queremos profissionais que não limitem seus saberes aos seus títulos - como preconiza o PET em seu estágio, por isso a importância do mesmo nessa articulação intersetorial -, precisamos de instituições que questionem a prática médica dentro de seus domínios e, ao identificarem ações não adequadas que fogem da lógica de sua atuação, participem na construção de vivências e saberes universitários, agindo no que seria uma ação de prevenção, afinal, uma formação mais humanizada e democrática resulta diretamente na participação e atuação na atenção básica e consequentemente na promoção de saúde da população, objetivo principal dos dispositivos da rede. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7029 Título do Trabalho: A APRESENTAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM PARA OS FUTUROS PROFISSIONAIS DA ÁREA PARA UM SUS MELHOR Autores: Danielle Freire Goncalves |
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Apresentação: A alta desvalorização da enfermagem decorre pela falta de conhecimento das práticas desempenhadas por tais profissionais. Historicamente, a enfermagem foi indubitavelmente necessária para evolução da humanidade, pois, o ser humano sempre dominou a arte de cuidar, que com o tempo essa prática se transformou em uma ciência de alta complexidade. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o ano de 2020 será o ano internacional da enfermagem, com o objetivo da valorização e melhorias das condições de trabalhos dos enfermeiros. Objetivo: Trata-se de um estudo qualitativo para a obtenção de dados sobre o nível de conhecimento da importância dos enfermeiros no SUS (Sistema Único de Saúde), além disso, esclarecer para os acadêmicos em enfermagem seus direitos constitucionais. Método: A priori, será distribuído um formulário para a compreensão do conhecimento sobre as resoluções do Cohen (Conselho Federal de Enfermagem) sobre as práticas que a equipe de enfermagem tem autorização de realizar e seus direitos trabalhistas. Posteriormente, haverá a ministração de uma palestra aportando tais assuntos e como pode ocorrer uma melhoria nas ações dos enfermeiros dentro do SUS. Resultado: Com essa ação há a tentativa da criação de um ambiente melhor tanto para os enfermeiros como para os pacientes da saúde pública que terão profissionais com mais informações sobre sua área de atuação. Além disso, há o recolhimento de dados estatísticos para futuras pesquisas cientificas sobre o nivelamento dos acadêmicos em enfermagem sobre as resoluções da sua futura profissão. Considerações finais: Durante os últimos anos houve um crescimento no número de enfermeiros no mercado de trabalho, porém, ainda é uma profissão negligenciada que tem uma importância indubitável para a sociedade. Com isso, faz-se necessário a aplicação de ações afirmativas para a sensibilização dos acadêmicos para a construção de futuros profissionais cientes dos seus direitos e deveres no ambiente de trabalho, criando um cuidado mais eficiente. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 11127 Título do Trabalho: SAÚDE NO BAIRRO: A IMPORTÂNCIA DE UMA RODA DE CONVERSA EM UMA AÇÃO SOBRE SAÚDE MENTAL EM UM BAIRRO NA CIDADE DE TEFÉ – AMAZONAS – RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Heloíse Terezinha Guimarães, Maria Adriana Moreira, Thaís Lorena Mouzinho de Brito, Raylla Kelly Santana Rodrigues, Gelza Maria da Silva, Robson de Souza Silva |
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Apresentação: Sabe-se que o índice de mortes por suicídios vem crescendo cada vez mais, principalmente em países de baixa e média renda. Trata-se de um grave problema de saúde pública. Vários suicídios acorrem de forma impulsiva em momento de crise, por um colapso com a capacidade de lidar com o estresse da vida, por problemas financeiros, dores crônicas ou doenças. Por diversas razões como, religiosas, culturais ou morais, ainda existe medo e vergonha de falar abertamente sobre esse importante problema. No entanto, os suicídios podem ser evitados, e por este motivo foi dado início à ação da Saúde no Bairro, que teve como parte a roda de conversa para debater juntamente com a população comunitária, sobre a prevenção e promoção à saúde e a partir da conversa direcionar sobre a importância da procura de um psicólogo, prática de atividade física, terapia complementar, como a auriculoterapia e os chás medicinais. Objetivo: Mostrar aos moradores do bairro através de uma roda de conversa que existe meios de ajuda através dos serviços ofertados pela Secretaria Municipal de Saúde da cidade de Tefé – Amazonas. Método: A ação realizou-se no dia 31 de janeiro de 2020, na Escola Municipal Bertholettia Excelsa, no Bairro Vila Nova, na cidade de Tefé – Amazonas, em prol ao Janeiro Branco, trata-se de uma campanha para convidar as pessoas pensarem sobre o sentido e o propósito das suas vidas, quanto elas conhecem sobre si, suas emoções, pensamentos e sobre seus comportamentos. Este bairro foi escolhido devido ao grande índice de pessoas com depressão, que causa tristeza profunda e pessimismo, podem culminar em comportamentos suicidas, atingindo todas as faixas etárias, mas principalmente entre crianças e jovens. Para dar suporte, havia uma equipe multidisciplinar da Atenção Básica. Dando início à ação, os comunitários eram direcionados pelos mediadores a participar da roda de conversa abordando temas sobre saúde mental, plantas medicinais e importância da atividade física. Como estratégia metodológica das ações de promoção da saúde mental, as rodas surgem como um espaço de escuta cuidadosa, é nesse momento que se ouve vários relatos da vida ou história de algum amigo que não consegue ajuda ou que tipo de ajuda procurar. Resultado: Foi engrandecedor ao final da ação, observar a alegria e alivio por entenderem que não estão sozinhos, por saberem onde procurar ajudar e como se ajudar. Partindo da confiança conquistada, surgem vários relatos sobre suas vidas, situações financeiras, perdas de entes queridos, problemas familiares, entre outros. As rodas de conversa, foi entendida e traduzida pelos comunitários como um lugar de aprendizado, além do desenvolvimento de confiança e a capacidade de analisar situações. Quando ocorria este acolhimento ao final da conversa, eram direcionados a serviços que na ação eram ofertados, como aplicação de auriculoterapia, massoterapia, o psicólogo, conforme necessidade, com eles já sabendo para que serve cada atendimento Considerações finais: Contudo podemos observar estratégias de cuidado integrais em saúde, capazes de contribuir com a promoção da saúde, e representa um instrumento importante para o trabalho em saúde mental, principalmente no contexto da Atenção Básica. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7042 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA TEORIA TRANSCULTURAL NO ATENDIMENTO PRÉ-OPERATÓRIO DE PACIENTES INDÍGENAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Bruna Larissa Pinto Rodrigues, Mariana Souza de Lima, Alessandra Silva Pantoja, Gabriela Rocha Reis, Larissa Ribeiro de Souza |
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Apresentação: A Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas determina o reconhecimento da diversidade cultural e respeito dos seus sistemas tradicionais como abordagem fundamental para a execução de ações e projetos de saúde adequados ao contexto local. Nessa lógica, a Teoria Transcultural de Leininger busca proporcionar um serviço de atendimento holístico e eficaz para as pessoas de acordo com seus valores culturais, singularidades e processo saúde-doença. À vista disso, o centro cirúrgico tem uma dinâmica que propicia atitudes pouco humanizadas devido a precisão da intervenção, urgência e risco iminente, representando um desafio aos profissionais da área. Dessa forma, a fim de prestar um cuidado integral, a equipe de saúde deve estar munida de competências para identificar, valorizar e articular as práticas tradicionais de saúde dos povos indígenas. Sendo assim, o objetivo do presente estudo é analisar a dinâmica de atendimento pré-operatório ao paciente indígena, sob a ótica da enfermagem transcultural. Desenvolvimento: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado por discentes de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará durante estágio curricular no centro cirúrgico de um hospital do município de Belém (PA), em novembro de 2019. A unidade, apesar de ser referência materno-infantil, atende a outros perfis assistenciais, entre eles a atenção à saúde do adulto, oferecendo suporte também a pacientes indígenas. Vale ressaltar que, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)- Censo Demográfico 2010, a Região Norte concentra aproximadamente 38% dos povos indígenas do Brasil, com cerca de 51.217 no estado do Pará. O atendimento possibilitou a identificação das necessidades humanas afetadas e as peculiaridades do usuário, permitindo uma troca de saberes e aspectos culturais entre o paciente, familiar e acadêmicos de enfermagem. Resultado: Um dos elementos essenciais para conduzir a formação do enfermeiro no cenário amazônico é reconhecer a realidade de atendimento pré-operatório a diferentes grupos étnicos, pautando-se em um cuidado atrelado à diversidade. Durante a vivência verificou-se a importância de relacionar a teoria em questão com a prática diária por meio de capacitação dos recursos humanos, incidindo diretamente na atuação em contextos interculturais, uma das competências para implementação dos princípios de Leininger. A atmosfera que envolve o paciente durante o pré-operatório pode incluir sentimentos como medo, insegurança e na perspectiva da humanização, o usuário deve ser acolhido e visto com empatia em sua totalidade. É importante destacar que a dificuldade de compreensão das línguas indígenas e adequação aos costumes ainda são recorrentes pelos profissionais, sendo essencial que o enfermeiro apresente habilidades comunicativas e escuta qualificada ao lidar com povos diversos, assistindo de forma culturalmente competente, resolutiva e sem imposições. Considerações finais: Fica evidente, portanto, que o enfermeiro enquanto responsável pelo cuidado e membro da equipe multiprofissional tem papel imprescindível durante o pré-operatório ao atuar com base na interculturalidade no manejo do processo saúde-doença, permitindo a construção de um plano de cuidados congruente ao contexto étnico, e individualizado ao contemplar as necessidades biopsicossociais do usuário, com maior eficácia na abordagem terapêutica e na assistência prestada. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7233 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DE AULAS PRÁTICAS DA DISCIPLINA DE MORFOFISIOLOGIA HUMANA PARA A FORMAÇÃO ACADÊMICA: A INFLUÊNCIA DA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS NA HOMEOSTASE. Autores: Jonathan Rodrigo da Silva, Jayme Renato Cordeiro, Domingos Pinto Pimentel, Fabricio Viana Prestes, Juniano Pesirima Kaxuyana, Letícia de Jesus Lopes, Ronaldo Coreia da Silva |
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Apresentação: Homeostase pode ser definida como sendo o padrão de normalidade fisiológico para as funções do organismo humano, tomando como base a singularidade de cada individuo, o estado homeostático pode possuir variáveis em seus parâmetros. Nesse sentido, quando um dado individuo é exposto a determinadas situações (estressores) seu organismo busca por meio de reações compensatórias manter-se em equilíbrio. Em suma a homeostase tende a ser interrompida quando o organismo é exposto á situações que promovem alterações de curto ou longo prazo, dependendo do tipo, intensidade e duração da aplicação do estressor no espécime em questão. Tais estressores, podendo ser de cunho físico ou psicossocial, quando aplicados de forma constante em um determinado período de tempo resultam na alteração dos parâmetros homeostáticos do ser, gerando novos padrões de equilíbrio para esse. Tais respostas do organismo podem ser denominadas de SAG (Síndrome Adaptativa Geral) sendo divididas em 3 momentos: alarme ou alerta, o qual o organismo irá identificar o agente estressor, acarretando na ativação do sistema nervoso autônomo simpático, fazendo com que os órgãos alvos sejam acionados, liberando neurotransmissores e hormônios responsáveis pela produção de uma resposta rápida de enfrentamento contra o causador do distúrbio fisiológico; Resistência: responsável pela manutenção do primeiro momento da SAG e aumento de sua intensidade resultando em um melhor desempenho físico e cognitivo do individuo garantindo a esse uma possibilidade maior no processo de combate contra o gerador do distúrbio e retorno ao estado de equilíbrio; Exaustão: tem início quando as duas fases anteriores não são o suficiente para a solução do problema, mesmo respondendo da melhor forma possível, o organismo responde agora de forma crônica, levando a uma sobrecarga de sistemas, de forma fisiológica e comportamental, desencadeando uma série de perturbações no corpo. Como exemplo de distúrbio homeostático tem-se a pratica de exercícios físicos, a qual ira exigir que o praticante force seu corpo a sair de um estado de inércia e inicie a realização de movimentos coordenados que irão resultar em um gasto energético e consequentemente em um breve desequilíbrio físico e cognitivo. Desse modo durante a pratica de exercício físico é possível constatar a tentativa do organismo em manter certo equilíbrio de suas funções e demandas, a exemplo do aumento na frequência cardíaca que resulta em uma elevação da pressão arterial e frequência respiratória. Desse modo é possível perceber esses dados e resultantes referentes a homeostasia por meio de estudos em aulas pratico teóricas na disciplina de fisiologia humana, ressaltando a importância do conhecimento teórico para que seja possível a realização das aulas práticas, essas que completam lacunas deixadas pela teoria e estabelecendo relações de conhecimento, aprendendo dessa forma a relacionar os dados obtidos com os saberes adquiridos em sala de aula. Objetivo: Analisar o funcionamento fisiológico de apenas um indivíduo exposto ao mesmo tipo de estresse físico que outros discentes durante a prática. Método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência dos discentes do primeiro semestre do modulo de morfofisiológica do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Pará (UFPA). A aula pratica da atividade curricular ocorreu sobre supervisão docente no mês de Setembro de 2019, em uma quadra esportiva da instituição de ensino superior, localizada em Belém no estado do Pará. Resultado: O comportamento da PA durante qualquer atividade física ou exercício proposto apresenta variações de acordo com a intensidade, duração, tipo de exercício, biomecânica utilizada, comportamento individual, grau de treinamento, entre outros, e está relacionado diretamente com a frequência respiratória. Foram verificados os sinais vitais dos acadêmicos voluntários antes e após a realização dos exercícios físicos propostos, foi possível observar durante a realização dos exercícios o aumento da pré-carga, devido ao aumento da atividade das bombas muscular e respiratória, da contratilidade, pelo aumento da pré-carga e das catecolaminas, diminuição da pós-carga, em consequência à vasodilatação, e o aumento do volume sistólico, decorrente dos fatores citados acima. Os voluntários passaram por cinco (5) fases durante a pratica, sendo a primeira e a ultima referentes ao estado de repouso e as intervalares aos exercícios, que em suma eram corridas de curta distância e baixa duração. Abstraindo apenas um para análise, durante o primeiro repouso este teve como resultado os SSVV nos estados normotenso, normocardico e eupnêico. Ao término do primeiro exercício, o acadêmico tive como resultado uma elevação na PA (Pressão Arterial) de 120/80mmHg para 135/90mmHg, na FC (Frequência Cardíaca) de 68BPM para 136BPM (taquicardia). Ao fim do segundo exercício foram obtidos os Resultado: aumento da PA de 135/90mmHg para 145/70mmHg, diminuição da FC de 136BPM para 120BPM, e uma elevação da FR (Frequência Respiratória) para 44RPM (taquipnêico). No último exercício os resultados foram: PA de 145/70mmHg para 140/60mmHg, como visto houve uma diminuição, na FC houve um aumento de 120 BPM para 138BPM e com FR de 48RPM. Após o tempo aguardado para o descanso, cerca de 15 minutos, os SSVV descritos foram aferidos novamente, o segundo repouso teve como resultado uma PA de 110/80mmHg, retornando ao estado normotenso, uma FC de 70BPM, retornando também ao estado normocardico, e por fim uma FR de 30, que ainda permanecia em estado taquipnêico. Foram vistos nesta aula prática efeitos fisiológicos do exercício físico, mais especificamente os agudos imediatos, que são os que ocorrem nos períodos peri e pós-imediato do exercício físico, como elevação da frequência cardíaca (devido a alteração na PA), da ventilação pulmonar e sudorese. Considerações finais: Dessa forma, foi possível a compreensão de que volume sistólico aumenta com o treinamento físico, pois o indivíduo treinado tem as bombas muscular e respiratória mais eficientes, melhorando a atividade contrátil ventricular e a maior capacidade vasodilatadora. Portanto, por meio dessa atividade física foi possível inferir que houveram modificações no estado fisiológico do indivíduo, sobretudo em sua pressão arterial, frequência cardíaca e frequência respiratória, nesse sentido os acadêmicos obtiveram como resultado um desequilíbrio no corpo do individuo. Além desse fato, após o intervalo de 15 mim de descanso foi constatado que o organismo estava retornando ao seu estado de homeostasia, acontecimento que demonstrou aos acadêmicos o funcionamento adequado do organismo humano, esse que busca manter seu estado de equilíbrio, mesmo quando submetido a diferentes tipos de estressores. Tais conclusões foram possíveis devido a realização do experimento durante a aula prática, estimulando a construção de conhecimento, observação e trabalho em equipe dos acadêmicos, o que demonstra a importância desta para a construção do conhecimento cientifico. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 12171 Título do Trabalho: PET- SAÚDE: A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR NA VISITA DOMICILIAR: A EXPERIENCIA COM OS USUÁRIOS IMPOSSIBILITADOS DE ACESSAR A REDE PÚBLICA DE SAÚDE Autores: Bianca dos santos Martins, Bruna Rezende de Oliveira, Rayane Fernades da Silva Machado, Richely Rita Menaguali, Erilis Evelyn Ingrid Fernandes Veiga, Miller Alvarenga Oliveira |
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Apresentação: A inserção das alunas do programa PET-Saúde no Programa Médico da Família de Jurujuba, na cidade de Niterói (RJ), tem por objetivo trabalhar o tema interprofissionalidade na perspectiva da formação e de romper com o ensino tecnicista, a visão unilateral das profissões e suas fragmentações no campo coletivo de trabalho na rede pública de saúde, havendo integração em suas práticas para atender de forma integral o cuidado ao usuário e sua comunidade. Desenvolvimento: Esse estudo descreve um relato verídico vivenciado pela equipe de alunas da UFF- Universidade Federal Fluminense vinculadas ao PET-Saúde Interprofissionalidade dos cursos de Enfermagem, Nutrição, Serviço Social e Odontologia, acompanhando a equipe do Programa Médico de Família composta por uma Enfermeira Preceptora, juntamente com uma Técnica de Enfermagem, uma Agente Comunitária de Saúde e uma Médica. O caso se refere ao Sr. XX, 53 anos, diagnosticado na infância com Hidrocefalia e Epilepsia; reside com irmã AA, 61 anos, aposentada. Após uma queda em sua residência, o mesmo sofreu uma Hemorragia Subaracnóidea apresentando déficit no motor importante necessitando de reabilitação fisioterapeuta. Além disso, o Sr. XX apresenta uma ulcera na região lombo-sacra, bexigomas e infecções do trato urinário de repetição, tendo como consequência a utilização de um cateter vesical de demora. Com isso, gastos excessivos com medicamentos tem sido consumido, já que a maioria a rede pública de saúde não consegue ofertar. Resultado: A partir da visita domiciliar realizada pela equipe, reflexões sobre a complexidade do caso tem chamado a atenção do que é o Sistema Único de Saúde (SUS) na vida dos usuários e sua comunidade. E, como a equipe interdisciplinar pode atuar em casos como esse. A visita domiciliar também possibilitou o contato direto com a família, suas dificuldades, limitações e relações-intrafamiliar, assim como, a convivência com a comunidade e sua rotina. Mas, destacamos como resultado inicial desse processo, a presença e a efetivação do trabalho da equipe interdisciplinar nos cuidados com o Sr. XX, a forma que tem ampliado o saber e as práticas de educação e atuação em saúde, e pensando nas necessidades concretas que essa família demanda. Salientando que, a Sra. AA, irmã do Sr. XX passou a se sentir segura com a presença da equipe de saúde na divisão dos cuidados e compartilhamento de saberes e orientações para dar continuidade a sua recuperação. Considerações finais: As experiências vivenciadas pela equipe, compreende como o desenvolvimento de uma postura profissional, integrando saberes e práticas coletivas, amplia a atuação da equipe no seu pensar e agir em saúde. Ou seja, entendemos que a intencionalidade de trabalhar a interprofissionalidade na formação acadêmica traz consigo propostas pedagógicas, conteúdos e métodos de ensino junto a prática profissional, enriquecendo as relações interpessoais, fortalecendo o trabalho em equipe sem fragilizar as identidades das profissões e rompendo com a lógica individualista no agir profissional. Assim como, atendendo em sua totalidade a necessidade do usuário. |
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Trabalho nº 11662 Título do Trabalho: OS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE NA ABORDAGEM FAMILIAR E SUA IMPORTÂNCIA PARA A FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Karen Ribeiro Maciel, Diego Henrique Silveira Ramos |
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Apresentação: Este estudo evidencia um relato de experiência realizado durante a disciplina “Enfermagem em Saúde Coletiva I”, que propõe que os alunos matriculados, acompanhem uma família cadastrada na Atenção Primária à Saúde e correlacionem as situações presenciadas, com os Determinantes Sociais da Saúde (DSS), afim de sugerir intervenções de acordo com cada DSS encontrado na realidade vivenciada, durante o decorrer da disciplina. Seu objetivo é descrever, por meio de um Relato de Experiência, como os DSS podem servir de lente para a abordagem e intervenção em saúde familiar e como esta abordagem pode trazer um enriquecimento acadêmico, quando vivenciada durante a graduação. Trata-se de um acompanhamento realizado com uma família, composta por dois membros, mãe e filho, no período de 14/05/2019 a 25/06/2019, por três alunos da graduação, durante as práticas da disciplina “Enfermagem em Saúde Coletiva I”. Para a construção do plano de cuidados, foram realizadas 4 visitas domiciliares à família, nos dias 14 de maio e 11, 18 e 25 de junho de 2019. Durante esse período realizou-se todo o processo de enfermagem e, ao final, os dados encontrados foram correlacionados com os DSS, segundo o modelo de Dalghren e Whitehead, buscando a construção de um plano de cuidados único para cada membro familiar. Conforme os problemas encontrados, foi criada uma correlação com os DSS’s específicos, segundo o modelo determinado, que se representa de forma respectiva, à seguir: fisiopatologias e condições de vida e trabalho; falta de convívio social e redes sociais e comunitárias; necessidade de autocuidado e questões individuais, etilismo e estilo de vida e comportamento, entre outros. Assim, em conjunto com o desenvolvimento do processo de enfermagem, houve a criação de um plano de cuidados único, para cada membro familiar, sendo que o mesmo, foi aplicado e avaliado de forma muito positiva, pelos respectivos membros, durante a última visita. Por fim, ficou claro que é necessário um olhar ampliado, na criação do plano de cuidados e este se torna possível à partir dos DSS. Além disso, a vivência evidenciou uma realidade pouco habitual durante as práticas da graduação em enfermagem, visto que considerar o contexto social, ultrapassa a perspectiva biomédica, que ainda é predominante neste meio acadêmico, enriquecendo a formação profissional e possibilitando um cuidado único e centralizado em cada membro familiar. |
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Trabalho nº 10127 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA INTERPROFISSIONALIDADE NO ENFRENTAMENTO A DOENÇAS NEGLIGENCIADAS. Autores: Elielson Paiva sousa, Daiane de Souza Fernandes, Fernanda Ruthyelly Santana Pereira, Leonardo de Souza Louzardo, Luana do Carmo Maciel dos Santos, Denise Karulynne de Sousa Silva, Victória Victória Menezes da Costa, Cristian da silva Ferreira |
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Apresentação: A hanseníase e uma doença que existe desde os primórdios da humanidade e que traz com ela muitos estigmas sociais, visto que por muito tempo foi uma doença incurável e com sinais e sintomas bem característicos que fazias as pessoas afastarem-se. Porém, atualmente é uma doença curável e com possibilidade de o indivíduo ser isento de sequelas caso haja o diagnóstico precoce. Portanto, pensando em intensificar as ações que abordam o tema da hanseníase o ministério da saúde deu o mês de janeiro como o mês de conscientização sobre a hanseníase o chamado “janeiro roxo”. Nesse mês e realizada a campanha Nacional de Combate e Prevenção para o tratamento precoce e enfrentamento da hanseníase, no qual todos os níveis de atenção devem realizar programações que abordem o tema da hanseníase, buscando conscientizar sobre a doença. o objetivo desse trabalho e relatar a experiencia interprofissional de acadêmicos dos cursos da saúde frente ao enfrentamento da hanseníase. Desenvolvimento: a experiencia ocorreu durante a semana de conscientização sobre a hanseníase que ocorreu entre os dias 20 a 23 de janeiro em uma unidade básica de saúde do município de Belém no Pará. Tal ação teve a colaboração entre o enfermeiro da unidade e os alunos de enfermagem, medicina, odontologia e nutrição que participam do PET- saúde interprofissionalidade. primeiramente foi realizado o plano de ação para a roda de conversa no qual cada aluno fez um levantamento bibliográfico sobre a atuação de sua profissão frente a hanseníase e uma busca sobre a histórica do bairro no qual a unidade estar inserida e sua relação com a doença em questão. Depois de conhecer a história do bairro e a atuação de cada profissão frente a hanseníase foi produzido um cartaz com a história do bairro. Nos dias da atividade a roda de conversa ocorreu no corredor da unidade onde se concentrava a maior quantidade de usuários. Primeiramente foi a abordado o contexto histórico da criação do bairro, depois foi falado sobre a doença em si, utilizando um álbum seriado no qual abordava sobre o que é a doença? como se transmite, sinais e sintomas, como é feito o diagnóstico, tratamento, consequência da doença sem tratamento, avaliação de contatos, direitos e deveres dos usuários, mitos e verdade sobre a doença e etc. logo após cada discente abordou sobre a atuação de sua profissão quanta a doença. Resultado: A roda de conversa foi bem recebida pelos usuários que prestação atenção durante todo o período e foram muito participativos no decorrer da atividade. Ao iniciar a atividade contando a história do bairro no qual uns de seus primeiros moradores foram pessoas com a doenças que moravam no “leprosário” que existia ali chamou bastante atenção das pessoas que desconheciam essa história e se interessaram pelo tema. Ao aborda sobre a doença foi perceptível que muito deles já conheciam, pois quando eram indagados sobre sinais e sintomas eles respondiam corretamente, teve relatos de pessoas que já aviam feito tratamento da doença e pessoas que conheciam alguém que já fez o tratamento. Por outro lado, ainda tinha muitas duvidas sobre a doenças e alguns mitos que foram desmitificados como: a dúvida de que a doença era transmitida pelo contato e por isso se deveria ficar longe do doente ou não saberem que a transmissão da doença e encerrada depois que iniciar o tratamento o que gerava um distanciamento depois do diagnóstico. Isso foi desmitificado para o melhor entendimento sobre a doença e também para quebrar preconceitos. Para finalizar foi relatado sobre a atuação de cada profissional referente a doença, orientando-os sobre quais profissionais procurar em caso de suspeita da doença e quais podem presta-lhe um serviço caso seja diagnosticado a doença. Ao finalizar a roda de conversa teve pessoas que vieram ate nós perguntado sobre as manchas que tinham pelo o corpo para saber se poderia ser a hanseníase. Vale ressaltar que essa atividade foi muito ressignificaste para os discentes envolvidos nela, pois muitos desconheciam sua atuação diante a doença e puderam conhecer, além de poder trabalhar em grupo com alunos de vários cursos da saúde no qual pode observar a atuação de cada um frente a doença e assim perceber a importância de cada profissional na prevenção, diagnostico e tratamento da doença. Considerações finais: Portanto, percebemos que por mais que essa e uma doença milenar ainda existe muitas duvidas e preconceitos frentes a hanseníase. Por isso, se tornar fundamental ações que busquem orientar sobre a doença para que as pessoas possam conhecer a doença e assim diminuir o estigmar histórico que essa doença tem. A realização de uma roda de conversa é uma estratégia para tonar as pessoas empoderadas sobre a doença e poder se prevenir da doença. Além disso, essas pessoas empoderadas sobre podem ser um disseminador de conhecimento e alertar outras pessoas que possuem os sinais e sintomas da doença, facilitando assim, a identificação de casos novos que estão transmitido a doença. Vale ressaltar que a atividade de identificação precoce da doença e o melhor método epidemiológico para a quebra da transmissão da doença, e ainda mais importante referente a hanseníase que é uma doença que atinge nervos e causa muitas incapacidades em casos avançados. Por isso, devesse investir em ações que levem ao diagnóstico precoce. Quanto ao discentes percebemos que essa atividade foi muito rica e encorajadora para nossa atuação profissional futura, pois nela pudemos ver um pouco das ações interprofissionais que não estão presente nas grades curriculares dos cursos envolvidos, nesta atividade pudemos compartilhar a atuação de cada um e a partir disso pensar em como abordar o tema para o usuário de forma que demonstrasse que todos são importante para uma assistência à saúde de qualidade e integral. Logo o PET saúde interprofissionalidade está nos oportunizando ter uma visão interprofissionais na qual cada profissão colabora com a outra para obter melhores resultados. Portanto, atividades como estas devem ser adicionadas nas grades curricular dos cursos da saúde, buscando aumentar o trabalho interprofissional dos indivíduos e quebrar com essa cultura uniprofissional de cada um trabalhando isolados dos outros. Para assim melhorar a qualidade dos serviços de saúde prestado para a população. |
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Trabalho nº 11153 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA E O EXERCÍCIO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA A ABORDAGEM DO FEMINICÍDIO SOB A LENTE DA DESIGUALDADE DE GÊNERO Autores: Dayane da Rocha Pimentel, Cristine Vieira do Bonfim, Conceição Maria de Oliveira, Sheyla Carvalho de Barros, Andrea Carla Reis Andrade, Yasmim Talita de Moraes Ramos, Amanda Priscila de Santana Cabral Silva, Amanda Queiroz Teixeira |
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Apresentação: O feminicídio é definido como crime cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, nele incluído violência doméstica e familiar e menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Representa o fim de um contínuo de agressões e constitui violação máxima aos direitos humanos. Por meio da lei nº 13.104/2015, os crimes por razões de sexismo foram incluídos como item qualificador processual dos homicídios comuns, sendo enquadrados no rol de crimes hediondos. No entanto, a centralidade da discussão ainda é recente e, somado as complexidades e vulnerabilidades que envolvem os contextos das violências, é atribuído invisibilidade a temática. Objetivo: Identificar a importância da formação continuada e o exercício da educação permanente para a abordagem do feminicídio sob a lente da desigualdade de gênero. Método: Realizou-se uma revisão bibliográfica com abordagem exploratória. Selecionaram-se artigos do SciELO , lilacs e PubMed através dos descritores: violência, desigualdade de gênero e educação permanente. Resultado: A comunicação oficial no setor saúde na ocasião de violações refere-se a ficha de notificação e investigação individual de violência interpessoal e autoprovocada. A existência de limitações associadas a subnotificação, oportunidade tardia dos registros e incompletude dos dados, devem ser reconhecidas e são atribuídas a baixa discussão sobre questões de gênero e sexismo. Acrescenta-se também a insuficiente integração dos setores públicos (saúde, segurança, assistência social e poder judiciário) e o sentimento de retaliação e sobrecarga do profissional. Considerações finais: A transversalidade da formação educacional é elemento fundamental para emancipar o trabalhador na adoção da lente de gênero em todos os espaços de produção de saúde. Ressignificar a violência contra a mulher como uma herança do machismo patriarcal fortalece a compreensão de determinantes sociais e culturais que atingem populações e territórios específicos. Além de subsidiar o planejamento intersetorial das políticas públicas com foco na eliminação de mortes potencialmente evitáveis. |
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Trabalho nº 7059 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA ESCUTA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM: CUIDANDO DE QUEM CUIDARÁ Autores: Cláudia Mara de Melo Tavares, Cynthia Haddad Pessanha Sousa, Adicéa de Souza Ferreira |
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Apresentação: O presente trabalho foi realizado no período de fevereiro à dezembro de 2019 com acadêmicos de enfermagem do 10º período de uma universidade privada do Estado do Rio de Janeiro. A profissão do enfermeiro exige do sujeito a disponibilidade de trocas afetivas e escuta. Alguns autores destacam que o manejo constante do sofrimento alheio somado a dificuldade do curso, podem gerar estresse acometendo indivíduos mais sensíveis. Objetivo: Descrever a importância da escuta frente ao processo de ensino aprendizagem dos acadêmicos de enfermagem durante o estágio da disciplina de Saúde Mental. Método: Estudo qualitativo que aborda o relato de experiência de seis meses dos alunos de graduação do 10º período no campo da prática. Resultado: A escuta contribuiu para o aprendizado dos alunos pois eles sentiam-se mais acolhidos e dispostos a enfrentar os desafios pertinentes a disciplina e a faculdade como um todo. Acolher suas angústias e buscar estratégias para conviver com elas é crucial para que ocorra uma relação de confiança entre o discente e docente, resultando em um bom desempenho da aprendizagem. Análise Crítica: A vivência em sala de aula juntamente com seus desafios em lidar com diversas histórias ratificou alguns conceitos mencionados por Freire (1996) onde ele destaca a importância da escuta ao discente e o respeito a sua dignidade. Conclusões. É preciso avaliar esta escuta e trabalhar em conjunto com toda a equipe docente observando a veracidade das histórias contadas pelo aluno, o seu histórico nas disciplinas anteriores e, caso necessite de intervenções psicológicas encaminhar para um profissional de saúde mental. |
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Trabalho nº 12180 Título do Trabalho: IMPORTÂNCIA DE PROJETOS SOCIAIS NA FORMAÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO-CULTURAL DE CRIANÇAS DA CIDADE DE BELÉM Autores: Patrick da Costa Lima, Brena de Nazaré Barros Rodrigues |
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Apresentação: O marcos histórico de um povo são relíquias do passado que constroem os costume da sua população, seja a gastronomia ou monumentos, cada lugar tem suas heranças do passado. O projeto social “Adote Um Sorriso”, atuante na cidade de Belém, leva ações recreativas e promotoras da saúde para crianças da região metropolitana de Belém e conta com uma equipe interdisciplinar de acadêmicos. O NAC (Núcleo de Arte e Cultura) foi criado como uma vertente do projeto com o intuito proporciona para as crianças a oportunidade de conhecer lugares que carregam uma diversidade de importâncias para a cidade, assim como podem expandir as perspectivas desses jovens para uma futura profissão. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência de um grupo de acadêmicos durante uma das ações do NAC realizada no mês de novembro de 2019. A equipe, junto dos diretores do NAC levaram, as crianças a um dos cinemas mais antigos em atividade na cidade de Belém, o Libero Luxardo, lá foi explicado para as crianças sobre o período histórico no qual o cinema foi construído e como estava o cenário de Belém naquela época. Resultado: Durante o trajeto do veículo que propiciou o transporte dos acadêmicos e crianças até o cinema, foi possível a observação de que estas se mostravam a todo o momento interessadas em saber mais do local que iriam, assim como dos outros locais avistados no percorrer do percurso. Ao chegarem no local e explicado às crianças a importância do Libero Luxardo para a história cinematográfica de Belém, estas realizaram diversas perguntas a cerca da temática, assim como contaram sobre as próprias experiências e conhecimentos. Considerações finais: Muitas crianças nunca tinham visitado um cinema, apesar de que todos expressaram enorme interesse em conhecer o local e saber sobre a história do mesmo. Ao final, foi relatado por algumas crianças que o dia os proporcionou uma experiência desejada há muito tempo, porém nunca antes realizada e que aquele dia teve grande importância na vida destes. |
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Trabalho nº 8085 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O TRATAMENTOS NÃO FARMACOLÓGICOS PARA HIPERTENSOS EM UM CENTRO DE SAÚDE ESCOLA DE BELÉM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Autores: Thanaira Aicha Fernandes Maciel, Alannys Bianca Pinheiro de Queiroz, Thaissa Caroline dos Santos da Costa, Fabiana da Silva Mendes, Evelyn Rafaela de Almeida dos Santos, Ricardo Luiz Saldanha da Silva, Leila Maués Oliveira Hanna, Anderson Bentes de Lima |
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Apresentação: Há vários fatores que contribuem para a alta taxa de pessoas com hipertensão no Brasil, entre eles a falta de conhecimento dessas pessoas acerca da fisiopatologia da doença e consequentemente sua prevenção e tratamento não farmacológico. Diante disso, o SUS possui um papel de extrema importância ao recurso terapêutico uma vez que atua na prevenção, promoção e proteção da saúde dos usuários, oferecendo gratuitamente medicamentos anti- hipertensivos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e pelo programa Farmácia Popular. Isto posto, identifica-se a relevância da educação em saúde em virtude de que no Brasil morrem 388 pessoas por dia por HA. Dessa maneira, formas complementares de tratamento à hipertensão como prática de exercícios físicos e uma dieta balanceada ajudam para o bom funcionamento terapêutico de medicamentos diminuindo esse índice de mortalidade. Em vista disso, o presente trabalho tem como objetivo relatar a vivencia de acadêmicos de enfermagem na realização de educação em saúde sobre a fisiopatologia da hipertensão arterial e seu tratamento não farmacológico. Desenvolvimento: Este é um relato de experiência, trabalho descritivo, acerca da realização de uma ação feita em um Centro de Saúde escola de Belém no Pará por acadêmicos do Curso de Enfermagem de Universidade do Estado do Pará. A ação contou com 4 discentes e 15 pessoa com hipertensão arterial, foi confeccionado uma caixa a qual possuía as letras do alfabeto, realizou-se a dinâmica em que cada usuário com hipertensão deveria retirar uma letra e dizer um alimento com aquela letra que seria eficiente para o tratamento ou prevenção não farmacológico da hipertensão arterial, sendo assim a acadêmicos diriam se o alimento era ou não benéfico e explicariam o porquê; além de oferecer folder com praticas de atividades físicas benéficas para prevenção da doença. Resultado: Os resultados percebidos pelos acadêmicos tiveram como contrapartida a falta de conhecimento dos usuários com hipertensão acerca da fisiopatologia da doença e sobre a relevância da prática de atividades físicas atrelada ao uma boa alimentação para o controle e prevenção da hipertensão. Além disso, verificou-se que os usuários ao entender a fisiopatologia da doença, perceberam outros alimentos que também poderia fazer bem a prevenção da hipertensão arterial. Considerações finais: A promoção de saúde adequada para pacientes hipertensos como uma forma de intervenção preventiva e de tratamento evidencia possíveis implicações clínicas importantes, uma vez que pode atuar como potencializadora para a eficácia do tratamento medicamentoso da HA, viabilizando a importância da adoção dessas práticas complementares para o seu controle e prevenção. |
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Trabalho nº 9622 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA EFETIVA PARTICIPAÇÃO DA GESTÃO DA SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO NO FUNCIONAMENTO DO CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE, PARA O DESENVOLVIMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE Autores: Lucila Catanante Medeiros |
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Apresentação: O Conselho Estadual de Saúde, órgão permanente de controle social, de caráter deliberativo e composição paritária, atua de forma corresponsável na elaboração e atualização das políticas estaduais de saúde, incluindo fiscalização e controle das ações e serviços de saúde de qualquer natureza, como também dos aspectos orçamentários e financeiros no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado do Rio de Janeiro. A Secretaria Executiva do Conselho Estadual de Saúde é integrante da estrutura organizacional da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES RJ), considerando o dever do Estado de garantir a estrutura para o pleno funcionamento do controle social. O setor da Assessoria de Assuntos Estratégicos, do Gabinete do Secretário de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, possui representantes conselheiras do Conselho Estadual de Saúde (CES RJ), que integram o corpo de gestores que possui a representatividade de 25% do CES (RJ). Ademais, o CES (RJ) possui em sua composição 25% de representatividade do segmento de profissionais de saúde e 50% de usuários do SUS. A participação da gestão nas atividades do Conselho Estadual de Saúde ocasiona a união de forças em prol do efetivo controle social, elaborando e construindo políticas públicas que visam à melhoria na prestação de serviços públicos de saúde para toda população, com a eficiente aproximação dos representantes da gestão com os representantes de usuários e profissionais de saúde. A participação popular na gestão da saúde é prevista pela Constituição Federal de 1998, que em seu artigo 198, que trata das diretrizes do SUS: descentralização, integralidade e a participação da população. O objetivo do presente trabalho é demonstrar a importância da participação e atuação da gestão junto ao CES (RJ), recebendo demandas dos usuários SUS, com escuta qualificada, reivindicando melhorias dos serviços, discutindo e planejando estratégias para viabilizar a implementação dessas requisições através das políticas públicas, de acordo com as diretrizes ministeriais. A atuação da gestão SES (RJ) no desenvolvimento do processo de formulação, controle, execução e fiscalização das políticas públicas de saúde, tornam possível construir, em conjunto com o Conselho Estadual de Saúde, diretrizes que orientam a organização e o funcionamento do sistema, em respeito ao contemporâneo princípio da cooperação, que tem por objetivo final, buscar consensos para execução de ações na implementação de políticas públicas que buscam o atendimento de direitos fundamentais dos cidadãos. Autores: Lucila Catanante MedeirosCoautores: Fernanda Polo Louredo, Flávia Dantas Soares. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 12184 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM Autores: TATIANA CAROLINE LIMA LOBATO, DHIENIFÃ BRENA MARINHO DE SOUZA, MELISSA BRUNA VIEIRA DOS SANTOS, JAYNNE DE SOUZA DANTAS, Gabriel Garcia Siqueira, MARIANA PAULA DA SILVA, ADRIA DANTAS DE SOUZA, CLEANE COSTA DA COSTA |
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Apresentação: Desde de o início da construção da sociedade encontramos diversos registros de problemas relacionados a inexistência de um setor capaz de prevenir e intervir em situações agravantes de saúde. Nesse período a sociedade ainda não compreendia o funcionamento do processo de contaminação da maioria das doenças endêmicas que assolavam a humanidade. Doenças como a cólera, gripe espanhola, varíola, tifo, sarampo e entre outras, eram transmitidas indiscriminadamente e sem nenhum controle. Entretanto, atráves do senso comum se identificou alguns possíveis veículos de transmissão como a água, os alimentos e determinados animais. A medida o crescimento populacional nos grandes centros urbanos aumentava desgovernadamente, esses problemas de saúde só se agravaram mais. Foi somente no final do século XIX com o desenvolvimento da microbiologia e conhecimento mais profundo acerca da transmissão das doenças infecciosas que o termo “Vigilância” surgiu no contexto da saúde pública. No Brasil, a organização de ações sistemáticas de vigilância, prevenção e controle de doenças foram intensificadas apenas no século XX, por meio de programas que promoviam campanhas para o combate e controle das doenças mais prevalentes da época. A partir da década de 1990 houve uma reorganização em todo o sistema, até então conhecido como "vigilância epidemiológica", que passou a ter uma nova proposta de ação com base no sistema de "vigilância em saúde", que incorporava três elementos principais que atuariam de forma interligada: vigilância epidemiológica, vigilância sanitária e vigilância ambiental. Nesse sentido, a vigilância em saúde atualmente pode ser compreendida como uma reformulação do antigo sistema de atenção em saúde (modelo assistencialista), para a construção de um olhar mais amplo para além doença, transferindo o foco para modo de vida das pessoas, e atuando em total conformidade com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma, visando melhor a atuação do setor instituiu-se que a maior parte da responsabilidade pela organização das ações básicas de vigilância em saúde e formação dos trabalhadores nessa área cabe aos municípios, visto que cada região possui particularidades e características diferentes. Tendo em vista os fatores abordados e a diferença social para a saúde exercida pelos órgãos de vigilância nos municípios, podemos afirmar que o Estado do Amazonas, por se tratar de uma zona endêmica de doenças sazonais como a malária e a dengue, e existindo o agravante de imigração de massas advindas da Venezuela, faz-se necessário o uso de atenção diferenciada e ações que busquem promover saúde e prevenir doenças a fim de controlar surtos e manter a população como um todo saudável e conscientemente protegida. A enfermagem ao adentrar nos setores de vigilância seja por meio profissional ou ainda na academia, torna-se capaz de moldar conhecimentos aliando a teoria à prática. Construindo assim, associações que enriquecem o aprendizado e permitindo uma visão diferenciada dos setores de saúde e suas respectivas atividades. Desenvolvimento do Estudo: Trata-se de um relato de experiência, sobre a vivência de estudantes do 8° período do curso de enfermagem do Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB) da UFAM durante o estágio da disciplina Vigilância em Saúde. O estágio ocorreu entre os dias 27 a 31 de maio de 2019 no setor de Epidemiologia do Hospital Regional de Coari Odair Carlos (HRC) e Departamento de Vigilância em Saúde (DEVISA) ambos residentes no município de Coari–Amazonas. Participaram desta prática um total de 36 acadêmicos de enfermagem, todos sobre a supervisão de um professor Enfermeiro da instituição de ensino. Resultado: No HRC os alunos tiveram a oportunidade de conhecer a dinâmica de ações da vigilância no hospital e tirar dúvidas com os funcionários sobre o funcionamento e as atividades realizadas no ambiente hospitalar. Além disso, os acadêmicos puderam participar de visita para preenchimento de ficha de notificação de sífilis congênita em uma criança recém nascida. Este setor do hospital é responsável pelo planejamento e execução de ações de epidemiologia hospitalar, incluindo preenchimento das fichas de notificação compulsórias, coleta e análise dos dados de saúde do hospital, fornecimento de medicamentos e soros antiofídicos, antirrábicos, entre outras funções. O DEVISA é o órgão do município responsável por planejar, coordenar, acompanhar e avaliar permanentemente a situação de saúde da população por meio de estratégias e ações, visando a promoção da saúde, vigilância, proteção, prevenção e controle de doenças e agravos à saúde. Os graduandos foram a diversos setores, tais como: Laboratório de Entomologia, Laboratório de Revisão Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), Farmácia Interna, Núcleo de Educação em Saúde, Sala de Comando e Controle, Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica e Controle de Endemias, participando do processo de trabalho e se familiarizando com as funções exercidas em cada departamento. No entanto, as principais atividades desenvolvidas foram em três setores: no setor de Vigilância Sanitária, onde realizaram visitas técnicas em dois estabelecimentos comerciais (hotel e petshop) a fim de identificar possíveis irregularidades em seu funcionamento; no setor de Vigilância Epidemiológica, acompanharam o processo de notificação compulsória, de casos de hepatites virais, por fim, visitaram o setor de Controle de Endemias, onde tiveram ciência das medidas utilizadas no controle e prevenção de dengue e malária da cidade, destacando-se: a distribuição de mosquiteiros impregnados de inseticidas para famílias residentes em áreas endêmicas e a borrifação de inseticida, popularmente conhecido como fumacê, que permite eliminar a maior parte dos mosquitos adultos presentes na região, além disso, este departamento também atua nas orientações básicas para a prevenção de doenças endêmicas. As ações desenvolvidas na disciplina de Vigilância em Saúde tiveram importância significativa na vida dos discentes, pois através da prática puderam acompanhar e conhecer o processo de trabalho e as condições de saúde da população coariense, com base nos dados informados pelo DEVISA. Esta experiência propiciou pensamento crítico na tomada de decisões dos futuros enfermeiros, tornando-se fundamental, pois o enfermeiro tem papel crucial na implementação de ações de promoção e prevenção a saúde podendo renovar as formas de atuação nesse órgão, gerando a população uma vida mais saudável. Considerações finais: Portanto, como futuros enfermeiros, os acadêmicos devem ter um contato real com situações relacionadas ao desempenho da profissão sempre que possível, pois, a enfermagem permanece na linha de frente de combate a ameaças reais a saúde pública com atuação em diversos campos. Fazer a diferença no exercício da função de salvar vidas e evita disseminação de doenças. No que concerne à vigilância, as doenças infectocontagiosas e de notificação obrigatória, bem como acidentes rábicos e investigação de óbitos suspeitos, são parte fundamental para prevenção de doenças altamente letais e que poderiam levar a sociedade à um sério problema de saúde pública. Nesse contexto, o enfermeiro atua como mediador para que problemas dessa natureza sejam evitados, o que faz do graduando parte desse legado, sendo ele o aluno de hoje e o profissional de amanhã. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7070 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Autores: José Augusto Lopes da Silva, Helena Carollyne da Silva Souza, Ronilda Bordó de Freitas Garcia, Maria José Lopes da Silva, Jorge Sales dos Santos, Walan Victor Pereira Cardoso, Edilene Silva Tenório |
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Apresentação: A medicina moderna conserva um perfil tradicional em sua essência, sendo encarada como “área que cuida dos males do corpo físico”, pois por muito tempo esteve atrelada fortemente aos conhecimentos advindos das ciências naturais. Como parte fundamental da área da saúde e que está atrelada intimamente a medicina, a enfermagem se construiu aos moldes deste mesmo perfil de atendimento. Porém, com o passar do tempo á importância da compreensão do homem como um todo, e não mais de forma fragmentada, se tornou extremamente necessária, uma vez que as técnicas e procedimentos, para obterem sucesso, precisavam ser implementadas por um atendimento mais humanizado. Neste contexto, tal estudo qualitativo visa investigar o papel da psicologia na formação dos profissionais da enfermagem de um curso oferecido pela Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (EETEPA) em uma escola pública de Belém do Pará. A pesquisa foi realizada no primeiro semestre de 2018, período onde é ofertada a disciplina de psicologia para o Curso Técnico em Enfermagem com 2 anos de duração, contando ainda com a participação de uma turma de 30 alunos. Objetivando analisar a percepção dos alunos diante dos conteúdos, e os impactos sentidos por estes na construção do seu próprio perfil profissional, foram realizadas entrevistas ao longo do semestre, e anotações sistemáticas a partir do acompanhamento das aulas na própria escola. Os dados obtidos junto aos alunos foram analisados com base na técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin (1977), e autores que trabalham na mesma perspectiva, de onde se podem tirar algumas categorias principais como Potencial da Psicologia para a Formação e Contribuições da Psicologia para o Atendimento Humanizado, por exemplo. Percebe-se o grande interesse demonstrado pelos alunos no estudo dos conteúdos de psicologia ao longo da disciplina, enxergando na área grandes possibilidades para o estabelecimento de relações mais completas e humanizadas com os pacientes assistidos pelos técnicos de enfermagem. A compreensão do paciente como um ser biopsicossocial faz da psicologia uma importante fonte de entendimento dos processos que ocorrem durante os atendimentos, uma vez que pode potencializar as técnicas e procedimentos empregados, tornando-os mais eficientes a partir do momento em que vão além da parte física, e buscam o entendimento do comportamento, das percepções, das emoções etc. Outros fatores foram destacados como possíveis implicadores de uma formação mais significativa, entre eles a baixa carga horária da disciplina ofertada e ênfase em abordagens específicas da psicologia. |
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Trabalho nº 10655 Título do Trabalho: CONSTRUINDO SABERES POR MEIO DAS PLANTAS MEDICINAIS E TEMPEROS NATURAIS: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO POPULAR E DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA APS Autores: CLEBER DE OLIVEIRA LIMA, CLEBER DE OLIVEIRA LIMA, Vivien Midori Morikawa, Sacha Testoni Lange, Maria Eliza Bernieri, Tissiane Paula Zem Igeski |
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Apresentação: O presente trabalho trata de uma experiência de um grupo da horta realizado naUnidade Básica de Saúde (UBS) James Ribas Martins, no município de Piraquara -PR. O grupo é gerido por uma Agente Comunitária de Saúde e conta com o apoio deresidentes do Programa de Residência Multiprofissional de Saúde da Família daUniversidade Federal do Paraná, que estão inseridos em um dos NASF-AB domunicípio. Dentre os profissionais residentes estão médicos veterinários, farmacêuticos e terapeutas ocupacionais. O grupo conta com a participação deaproximadamente 10 usuários da comunidade que, com auxílio da SecretariaMunicipal de Saúde e de alguns profissionais de saúde da UBS, criaram a horta emum espaço da unidade através de doações de materiais e insumos como terra, tijolos, enxadas, mudas, adubos e pás de jardinagem. O objetivo do grupo é proporcionarsaúde, bem-estar e socialização com a comunidade, além de criar um maior vínculocom esses usuários atendidos pela unidade de saúde. A horta possui, além dehortaliças, plantas medicinais e plantas alimentícias não convencionais. Os usuáriosrealizam atividades semanalmente através do manejo das plantas, rodas deconversas, produção de receitas culinárias com os produtos originários do espaço, além de trocas de experiências constantes relacionadas ao uso de hortaliças e plantasmedicinais no dia a dia. A troca de saberes com os usuários é muito rica, visto que setrata de uma comunidade que faz muito uso de chás e o consumo de hortaliças. Ogrupo da horta estimula o trabalho em equipe bem como o aumento do consumo dealimentos nutritivos e saudáveis, além de fornecer conhecimentos para os usuáriossobre o uso racional de plantas medicinais e do uso de hortaliças. Para além disso, ogrupo também proporciona um efeito terapêutico por meio da interação entre o grupo, alívio do estresse do dia a dia por meio da realização de atividades práticas dehorticultura e também através do uso da fitoterapia, uma alternativa de tratamento quefaz parte de um conjunto de procedimentos da Política Nacional de PráticasIntegrativas e Complementares, que foi implementada no Brasil através da Portaria Nº971 de 03 de maio de 2006, cujo objetivo é implementar tratamentos alternativos àmedicina baseada em evidências na rede de saúde pública do Brasil, através doSistema Único de Saúde. Os usuários relatam experiências gratificantes por podereminteragir uns com os outros e por terem maior contato com os profissionais da UBS, gerando assim o aumento do vínculo entre estes. O projeto é uma experiência que temdado certo e se pretende que estenda para outras unidades que contam com o apoiode equipes multiprofissionais de saúde. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 6048 Título do Trabalho: EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE A IMPORTÂNCIA DO RASTREIO DE SÍNDROMES GERIÁTRICAS EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS Autores: Bárbara Cybelle Monteiro Lopes, Cintia Cristina Carvalho Costa, Elisa Mami Suzuki, Kassiane Couto Costa, Elizabeth França Freitas, Daiane Sousa Fernandes |
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Apresentação: As Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) são locais para residência coletiva, que podem ser instituições governamentais ou não, destinadas a indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, nas quais se encontram idosos com vínculos familiares fragilizados, em situações de negligência familiar, sofrendo abusos, maus tratos e outras formas de violência, na maioria das vezes com a capacidade de autonomia e independência prejudicados. Diante de todo o contexto de cada indivíduo residente destas ILPIs é evidente os impactos que estes idosos acabam por sofrer, o que leva diretamente a fatores de risco e declínio de várias funções afetando o psicológico, funções fisiológicas e aparecimento de patologias. O Sistema único de assistência social- SUAS-, que se caracteriza como política pública e direito social destaca-se por abranger as necessidades do idoso institucionalizado, constituído pelo conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios no âmbito da assistência social, é imprescindível a atuação de profissionais que promovam e medeiem esse processo nas instituições. A saúde do idoso é determinada pelo funcionamento harmonioso de quatro domínios funcionais: cognição, humor, mobilidade e comunicação1. A perda dessas funções resulta nas síndromes geriátricas, que são condições de saúde que afetam a capacidade da pessoa idosa de gerir a própria vida, interferindo na sua funcionalidade para realizar tarefas cotidianas. São elas: Imobilidade, Instabilidade Postural, Insuficiência familiar, Incapacidade cognitiva e Incontinência, sendo o instrumento de rastreio primordial para a identificação destes achados e o alcance de um diagnóstico preciso2. Para o aprendizado e entendimento das necessidades inerentes ao idoso, é indispensável o olhar clínico, análise do quadro de cada indivíduo, para identificar com precisão os achados baseados no tratado de gerontologia, dessa forma podemos refletir os problemas de saúde enfrentados pelo idoso, e prestar os cuidados de enfermagem direcionado a esta população, através do uso de escalas, índices e testes. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem, durante as práticas da atividade curricular Atenção Integral a Saúde do Adulto e do Idoso no rastreio as síndromes geriátricas, por meio de atividade lúdicas que promovem a interação com os idosos. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência. O estudo foi realizado em uma Instituição de Longa Permanência em Marituba (PA), no mês de abril de 2019. Seccionado em três momentos de suma relevância em termos carreadores de aprendizagem e conhecimento, onde os estudantes estiveram incluídos no amplo cenário que tange as síndromes geriátricas, suas causas e consequências na autonomia e independência da pessoa idosa institucionalizada. Nesse contexto, primeiramente os alunos foram conduzidos a Instituição de Longa Permanência e ao chegar no local ocorreu a recepção do grupo por parte de alguns idosos ali presentes com um lanche saudável constituído por frutas, bolo, café e leite, além de um preparo especial e singular dos alimentos para os indivíduos com deficiências físicas e empecilhos que dificultariam esse momento, ou até torná-lo improvável. Em seguida, o grupo se reuniu em prol da discussão acerca das principais síndromes geriátricas existentes e questões referentes ao caso clínico enviado previamente como um estudo solicitado, abrangendo os principais instrumentos de rastreio de cada síndrome e característica diretas que permeiam o idoso institucionalizado. Dessa forma, com a discussão efetiva tornou-se possível compreender a forma de análise, rastreio e condições favoráveis ao evidencia-las. Outrora, necessitou-se da divisão do grupo em dois para realizar ação educativa referente aos estímulos cognitivos, foco e atenção. A priori denominou-se por “Quem sou Eu?”, nesse os indivíduos houve que acertar por meio de mímicas, e as respostas foram colocados na parte frontal da face com papel e fita adesiva, os idosos mediavam e obtinham uma resposta; o segundo subgrupo precisou adaptar o jogo salientando a forma que concerne o uso de objetos para o “Quem sou Eu?”, objetos esses de reconhecimento tátil e olfativo, pois com os demais idosos foram inspecionadas deficiências físicas que caso os acadêmicos utilizassem a primeira forma a dinâmica provavelmente não seria consolidada nos objetivos traçados. Por conseguinte emerge o momento no qual cada acadêmico esteve com um indivíduo idoso para então efetivar o rastreio das síndromes, nesse momento o diálogo e cuidado holístico foram imprescindíveis para o estabelecimento de vínculo e o uso de escalas e testes como instrumentos de possíveis diagnósticos de riscos para síndromes geriátricas e o presença das mesmas, logo após fez-se a exposição sobre os achados e escores evidenciados com os instrumentos de rastreio. Resultado: Destarte, ao operacionalizar o rastreio das síndromes geriátricas o desafio primário baseou-se na forma de como deixar os idosos confortáveis para então ceder no delinear de ações. Posteriormente, o cuidado singular para com os idosos acamados, deficientes físicos e os mais agitados e inquietos tornou-se de suma relevância na obtenção efetiva e compreensiva dos escores por meio dos instrumentos de rastreio constituintes da avalição geriátrica ampla. Dentre as síndromes evidenciadas pelos acadêmicos, destaca-se a Incapacidade Cognitiva, haja vista o estado de institucionalização e formas de incentivo das áreas cerebrais ainda não serem investidas amplamente, como também a Incapacidade Postural, além do processo de senescência contribuir para a instalação dessa síndrome as mínimas formas de estímulos em melhora do quadro também a ratificam como empecilho na saúde do idoso. Outrossim, a experiência na ILPI além dos conhecimentos adquiridos e reforçados, aprendizagem por intermédio do trabalho em grupo, consolidação individual ao efetuarem o rastreio, o que acrescentou no crescimento acadêmico e um futuro profissional, também vale salientar observações à precariedade e insuficiência de incentivos, formas de atividades que intensifiquem o foco, à cognição e à atenção dos indivíduos idosos para um envelhecimento ativo e valorizado, o que atingiu o grupo de acadêmicos de maneira ímpar ao que condiz intensa necessidade de intervenção nesse cenário de institucionalização. Considerações finais: Diante da experiência vivenciada na instituição de longa permanência para idosos, concluímos que é de suma importância o rastreio de síndromes geriátricas pois são instrumentos capazes de identificar principais riscos e problemas de saúde, elaborar estratégias de promoção de saúde e desenvolver atividades de tratamento e reabilitação, sendo esta a melhor estratégia para manter ou recuperar a qualidade de vida de idosos. As atividades educativas aplicadas e entretenimento com exercícios foram essenciais para analisar a cognição, humor, mobilidade e comunicação através de testes e escalas. Neste sentido, é fundamental que os profissionais da saúde tenham conhecimento sobre o processo de envelhecimento para que seja identificado corretamente quando houver sinais e sintomas característicos do surgimento de síndromes geriátricas proporcionando tratamentos adequados. Dessa forma, esta experiência contribuiu significativamente, tanto para a qualidade de vida dos idosos institucionalizados, como também para o nosso aprendizado. Deve-se, portanto realizar a avaliação geriátrica e ficar atentos à identificação e tratamento das síndromes, principais responsáveis pela perda da autonomia e independência. Referências: 1. Moraes E N. Princípios Básicos de Geriatria e Gerontologia. Belo Horizonte: Coopmed, 2008. 2. Freitas, EV. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 3 Ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan: 2014. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 9130 Título do Trabalho: IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO BÁSICA EM AÇÕES DE PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E APOIO AO ALEITAMENTO MATERNO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Evelyn Rafaela de Almeida dos santos, Ricardo Luiz Saldanha da Silva, Rayane Franklin Mourão Cardoso |
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Apresentação: O aleitamento materno é considerado um dos pilares fundamentais para a promoção e proteção da saúde das crianças, devido o ser um alimento completo e natural, adequado para muitos recém nascidos como fonte de alimento, de proteção contra doenças e de afeto. Além disso, o aleitamento desempenha um papel importante na saúde da mulher e da criança, trazendo inúmeras vantagens ao prevenir infecções gastrointestinais, respiratórias e urinárias, diminuindo o risco de alergias e promovendo a melhor adaptação da criança para receber outros tipos de alimentos, assim como facilita uma involução uterina mais precoce e associa-se a uma menor probabilidade da mãe desenvolver cancro da mama. Ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno são importantes para a melhoria da saúde pública. Entretanto, a implementação dessas ações, depende de esforções coletivos e intersetoriais, constituindo um grande desafio para o sistema de saúde pública, isso dentro de uma perspectiva de abordagem integral e humanizada. Com isso, destacamos o papel fundamental da Atenção Básica (AB) nas estratégias efetivas de promoção, proteção e apoio à prática do aleitamento materno, como a criação de salas de incentivo ao aleitamento, tendo em vista que, esse é um espaço de acolhimento e orientação a gestante e mães no que diz respeito à amamentação. Assim, o objetivo deste trabalho é relatar a importância do aleitamento materno a partir de uma vivência de acadêmicos de enfermagem em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência. A vivência se deu a partir de uma visita técnica em uma UBS da periferia de Belém, em dezembro de 2019, onde acadêmicos de enfermagem tiveram contato com a sala de incentivo e aleitamento materno da UBS, a qual é além da Fundação Santa Casa de Misericórdia, a única que faz coleta do leite materno, o qual é armazenado no banco de leite humano. Resultado: A partir da visita na UBS, foi possível verificar que o banco de leite humano é uma das principais iniciativas para a redução da mortalidade infantil, tendo em vista que, algumas mulheres não produzem leite suficiente para satisfazer as necessidades nutricionais do seu bebê de maneira exclusiva. Além disso, por entender a importância do aleitamento a UBS oferece instruções quanto à pega, posição, ordenha e contracepção para as mulheres que tenham dificuldades com a amamentação, ademais, a equipe da unidade fornece um kit de aleitamento para auxiliar as mães nesse processo. Como o leite materno também garante à criança um crescimento com menos riscos de hipertensão, diabetes e colesterol alto, por exemplo, traz uma evolução para a saúde pública do país e por isso a UBS usa como estratégia de incentivar o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses um certificado de “Mãe Maravilha”. Considerações finais: Com a visita técnica os acadêmicos observaram a importância do aleitamento materno, além de visualizarem estratégias que contribuem e incentivem essa ação. Outrossim, essa visita contribuiu para a formação acadêmica dos futuros enfermeiros despertando um olhar diferente acerca desse assunto. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 6062 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA APLICADA AO MEIO ACADÊMICO Autores: Joaquim Gabriel Lima Santos, Nelson Antonio Bailão Ribeiro, Letícia Calandrini Chagas, Thyla Valle, Sarah Rodrigues Pinheiro, João Gabriel Castro |
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Apresentação: A ergonomia é conhecida como a área de estudo que analisa a interação com o ambiente, na execução de uma tarefa ou atividade. Tem por objetivo minimizar o esforço físico e desconforto e maximizar a eficiência da produtividade. Trazendo esta abordagem para o meio acadêmico, os exercícios ergonômicos podem ser considerados fundamentais para a saúde do discente, pois o mesmo se encontra diariamente em situações de estresse e desconforto como longos períodos de aulas sem intervalo, pressão por parte de uma má estruturação do projeto político pedagógico do curso que por diversas vezes vê o discente, que está em processo de formação, como uma mera tela em branco a ser preenchida, poucas horas de sono, cansaço físico e emocional, dentre outros problemas. Além do fato que passar longos períodos de tempo sentado, como ocorre na grande maioria das aulas da graduação. Objetivo: Analisar a importância da prática de exercícios ergonômicos no meio acadêmico como forma de prevenção e manutenção da saúde do discente. Método: Este estudo trata-se de uma revisão de literatura, as buscas foram realizadas com base nos descritores de Ciências da Saúde (DeCS) aplicado a Biblioteca Virtual em Saúde - BIREME seguindo critérios de inclusão, no qual, foram localizados 23 artigos, e destes foram selecionados 9 artigos para análise. Resultado: Os problemas ergonômicos, de uma forma geral, repetem-se em todos os ambientes. Ao realizar o levantamento, objetivando encontrar estudos que relacionam os exercícios ergonômicos aplicados ao meio acadêmico, constatou-se uma certa precariedade devido ao fato que os estudos na área da ergonomia estão diretamente relacionados ao ambiente de trabalho levando sempre em consideração o melhoramento do desempenho do trabalhador, não havendo relação direta com o meio acadêmico. Em relação a isso, visando acentuar a importância destas práticas de exercícios ergonômicos no meio acadêmico, foi planejado um folder educativo para divulgação e sensibilização neste meio, focando em descrever o conceito de ergonomia e sua importância na manutenção da saúde do discente. Considerações finais: Ao realizar a pesquisa foi possível observar a escassez de estudo voltados a ergonomia no campo acadêmico, o que provoca um cenário preocupante, visto que, os discentes também necessitam de cuidados para uma saúde de qualidade, pois como citado anteriormente, muitos passam por diversos problemas de saúde física e mental como cansaço, estresse, dores musculares, cefaleia, dentre outros. Assim, é importante que a universidade esteja consciente de seu papel na formação não somente técnica, mas também da saúde físico/mental do formando em enfermagem e de como isso irá refletir no decorrer da vida acadêmica dos alunos. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 12207 Título do Trabalho: LIGA DE HUMANIDADES E A IMPORTÂNCIA DE SUA CRIAÇÃO PARA A FORMAÇÃO ACADÊMICA DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE Autores: Mariana Ribeiro Maisonnette, Giovanna Ribeiro do Valle, Pedro Paulo Lebéis Monjardim, Alice Goudouris do Lago |
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Apresentação: O presente trabalho reflete a respeito da Humanização no processo de criação da saúde, desde a graduação, bem como a política de humanização do SUS. Nesse sentido, levantou-se a possibilidade da criação de uma Liga a fim de buscar maior aproximação dos alunos com as artes, tido como instrumento gerador de empatia e autoconhecimento. Teve-se como objetivo final apresentar as sugestões de alunos e professores do curso de medicina e enfermagem para a Liga de Humanidades, assim como suas expectativas na abordagem da humanização. Para tanto, foram ouvidas as ideias, propostas e conselhos de todo os presentes em uma reunião realizada no campus de Cascadura, utilizando a metodologia “Café com ideias” ou World Cafe. A partir dos resultados foi possível ressaltar a importância dada ao uso das artes como ferramenta de ensino, aprendizado e conduta no meio da saúde. O tratamento integral e humanizado por meio da compreensão da individualidade do paciente, assim como o emprego da empatia para conectar com o indivíduo de forma plena, foram enfatizados em diversas sugestões. A partir desse trabalho, foi construída uma oficina temporária durante a Mostra Científica e Cultural da Escola de Medicina Souza Marques, denominada ‘De Estudante para Estudante’. Nela, foi criado um espaço onde estudantes de medicina, do primeiro ao sexto ano, pudessem trocar entre si suas angústias e dificuldades em relação ao curso. Outra atividade articulada na mesma Mostra, a partir dos princípios da Liga, foi a ‘Oficina de Desenho Anatômico’ a qual consiste em desenho artístico a partir de peças do anatômico. Com o objetivo de expressar por meio da arte aquilo que transcende a peça estática. E assim, provocar uma reflexão sobre a necessidade do médico em enxergar além de imagens e patologias para entender o que aflige o paciente. A Liga de Humanidades da Faculdade Técnico Educacional Souza Marques (LAHUM-SM), com o apoio tanto do corpo docente quanto do corpo discente, foi inaugurada em fevereiro de 2020, e pretende seguir com projetos em prol de uma prática na saúde mais humanizada. "The present work reflects on Humanization in the process of creation of health since graduation, as well as the Brazilian public Unificated Health System (SUS) humanization policy. In this sense, the possibility of creating a student association was raised in order to seek greater approximation of students with the arts, seen as an instrument that generates empathy and self knowledge. The final objective was to present the suggestions of students and medical and nursing professors for the League of Humanities, as well as their expectations in the approach of humanization. To this end, the following ideas, proposals and advice from everyone present at a meeting held on campus Cascadura, using the “Café com ideias” or World Cafe methodology. From the results, it was possible to emphasize the importance given to the use of the arts as a teaching, learning and conduct in the health sector. Comprehensive and humanized treatment through the understanding of the patient's individuality, as well as the use of empathy to connect with the individual fully, were emphasized in several suggestions. Based on this work, a temporary workshop was built during the Scientific and Cultural Exhibition of the Souza Marques School of Medicine, called ‘De Estudante para Estudante’ that translates to ‘From Student to Student’. In it, a space was created where medical students, from the first to the sixth year, could exchange their anguish and difficulties in relation to the course. Another activity articulated in the same Exhibition, based on the principles of the League, was the ‘Anatomical Drawing Workshop’ which consists of artistic drawing based on anatomical pieces. With the aim of expressing through art what transcends the static piece. And so, provoke a reflection on the doctor's need to look beyond images and pathologies to understand what ails the patient. The League of Humanities of the Technical School Educational Souza Marques (LAHUM-SM), with the support of both the faculty and the student body, was inaugurated in February 2020, and intends to continue with projects in favor of a more humanized health practice." "El presente trabajo reflexiona sobre la humanización en el proceso de creación desde su graduación, así como la política de humanización del sistema de salud unificado brasileño SUS. En ese sentido, se planteó la posibilidad de crear una Liga para buscar una mayor aproximación estudiantes con las artes, vistos como un instrumento que genera empatía y conocimiento de sí mismo. El objetivo final fue presentar las sugerencias de los estudiantes y profesores de medicina y enfermería para la Liga de Humanidades, así como como SUS expectativas en el enfoque de la humanización. Para este fin, lo siguiente ideas, propuestas y consejos de todos los presentes en una reunión celebrada en el campus Cascadura, utilizando la metodología "Café com ideias" o World Cafe. En los resultados fue posible enfatizar la importancia dada al uso de las artes como enseñanza, aprendizaje y conducta en el sector salud. Lo tratamiento integral y humanizado a través de la comprensión de la individualidad del paciente, así como el uso de la empatía para conectarse completamente con el individuo, se enfatizó en varios sugerencias. En base a este trabajo, se construyó un taller temporal durante el Exposición Científica y Cultural de la Facultad de Medicina Souza Marques, llamada ‘De estudiante a estudiante ". En él, se creó un espacio donde los estudiantes de medicina, desde el primer hasta el sexto año, podían intercambiar su angustia y dificultades en relación con el curso. Otra actividad articulada en la misma Exposición, basada en los principios de la Liga, fue el "Taller de Dibujo Anatómico", que consiste en un dibujo artístico basado en piezas anatómicas. Con el objetivo de expresar a través del arte lo que trasciende la pieza estática. Y así provocar una reflexión sobre la necesidad del médico de mirar más allá de las imágenes y las patologías para comprender lo que afecta al paciente. La Liga de Humanidades de la Escuela Técnica Educativa Souza Marques (LAHUM-SM), con el apoyo tanto del profesorado como del alumnado, se inauguró en febrero de 2020 y tiene la intención de continuar con proyectos a favor de una práctica de salud más humanizada." |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 6071 Título do Trabalho: IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE COGNITIVA PARA OS IDOSOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PROJETO DE EXTENSÃO DANÇANDO COM IDOSOS Autores: Chrystiane Bacelo Barbosa Pereira, Ana Carolina Luppi De Nardi, Ermenilde da Silva Pinto, Fabiana dos Santos Paixão, Juliana da Silva Secchin, Larissa da Silva Almeida, Fabíola dos Santos Dornellas Oliveira |
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Apresentação: O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, porém o aumento da expectativa de vida não está associado a qualidade de vida na maioria das vezes. Com o declínio gradual das funções cognitivas devido a modificações ocorridas no Sistema Nervoso Central, alguns aspectos da função cognitiva são mais suscetíveis à senescência, incluindo a atenção, as memórias de curto e de longo prazo, além do executivo central, tornando-se necessário minimizar os impactos negativos do envelhecimento. Este relato, pretende expor a vivência das estudantes de fisioterapia quanto a importância do estímulo a atividade cognitiva dos idosos ao participar do projeto de extensão Dançando com Idosos do curso de Graduação em Fisioterapia da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória -EMESCAM, coordenado por uma docente de fisioterapia. Desenvolvimento: Tendo em vista o encerramento das atividades do projeto de extensão Dançando com Idosos e as festividades solenes de fim de ano, foi desenvolvido um espetáculo músico teatral a ser apresentado para convidados e familiares. Com isso notou-se a oportunidade de incluir os idosos participantes do projeto na confecção de um dos acessórios utilizados no cenário e durante o espetáculo. Conhecido a relevância do treino cognitivo para manutenção da capacidade funcional de idosos, foi confeccionado flores de cartolina pelos próprios idosos, ao qual receberam orientações passo a passo em cada etapa da construção, desde os materiais necessários, medidas de cada item até o recorte, colagem e montagem, que inicialmente acreditaram que não daria certo, mas que com a ajuda motivacional da docente responsável, bem como dos discentes, foi possível obter êxito na atividade proposta superando as expectativas dos idosos. Resultado: A atividade cognitiva proposta foi de grande importância não só para trabalhar aspectos cognitivos, mas também aspectos de participação e interação social, sendo extremamente gratificante trabalhar o aumento da qualidade de vida por meio de atividade cognitiva lúdica e diferenciada proposta através da confecção de flores de cartolina ao qual embelezaram sobremaneira a apresentação e cenário, bem como o enaltecimento do brio desses idosos. Considerações finais: Ao iniciarmos este trabalho não imaginávamos o quanto esta experiência seria satisfatória aos idosos, da maneira que foi, mas ao concluirmos com êxito, foi de extrema euforia perceber a alegria, motivação e desempenho dos idosos, ajudando melhorar a autoconsciência, autoconfiança e interação interpessoal sentindo-se úteis, e cada vez mais engajados a realizarem trabalhos manuais. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 6584 Título do Trabalho: PROTOCOLO DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA: ANÁLISE DOS ÚLTIMOS 20 ANOS E A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO PERMANENTE. Autores: Alex Duarte, Sandra Conceição Ribeiro Chícharo |
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Apresentação: O presente trabalho visa demonstrar a necessidade da educação permanente e continuada com foco nas atualizações do protocolo de Suporte Básico de Vida – SBV preconizado pela American Heart Association. É comum o profissional fazer um curso e não fazer a reciclagem, mantendo o seu conhecimento estático por achar que o protocolo referido só se altera de cinco em cinco anos. Face aos inúmeros estudos e novas possibilidades terapêuticas a partir do ano de 2015, as atualizações do protocolo passaram a ser divulgadas conforme a relevância do estudo, não sendo necessário aguardar a atualização divulgada de cinco em cinco anos. A atualização publicada em 2017 foi a primeira fora do período regular dos cinco anos. Objetivo: Rever as atualizações do protocolo publicadas no guidelines da American Heart Association nos anos últimos 20 anos; demonstrar a importância e a necessidade da educação permanente frente às mudanças significativas no decorrer desses anos. Justificativa: No Brasil, por ano aproximadamente 200 mil pessoas sofrem parada cardiorrespiratória (PCR), reforçando a necessidade do profissional, estar atento as mudanças no protocolo, que podem passar despercebidas por este, levando-o a erro por falta de uma educação permanente. Método: Análise documental com revisão bibliográfica dos guidelines publicados pela American Heart Association nos anos de 2005, 2010, 2015, 2017 e 2019. Resultado: Da análise dos documentos observou-se as seguintes mudanças: Algoritmo de ABCD para CAB em 2010; a frequência de compressão que passou, em 2015, a ser de no mínimo 100 e no máximo 120 por minuto; a profundidade da compressão que no mesmo ano passou a ser de no mínimo 5 cm e no máximo 6 cm, em adultos. A implantação em 2010 da possibilidade da Compressão Cardíaca Contínua, quando não houver um dispositivo de barreira ou quando o socorrista não tiver segurança para realizar as ventilações. Não podemos deixar de citar que em 2005 uma única relação compressão ventilação foi preconizada, tanto no atendimento com um, quanto com dois socorristas, a saber: trinta compressões para duas ventilações. Considerações finais: É muito comum acompanharmos erros por falta de atualização, merece destaque, aqui, a relação compressão ventilação na reanimação cardiopulmonar, muitos profissionais ainda acreditam que a relação correta é quinze compressões para duas ventilações, quando vimos que desde 2005 essa relação passou a ser única e de trinta compressões para duas ventilações. Uma educação permanente eficaz é fundamental para manter o profissional atualizado e consciente da justificativa da realização do procedimento, a instrução permite ao profissional um pensamento crítico, o que facilita a tomada de decisões. |
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Trabalho nº 10143 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA ATIVA FRENTE À CONSTRUÇÃO DE RELAÇÃO MÉDICO PACIENTE NO SETOR DE ISTS PEDIÁTRICO. Autores: Ana Carolina Drehmer Santos, Gabriella Monteiro Marques, Brendha Zancanela Santos |
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Apresentação: O conceito de saúde da Organização Mundial da Saúde formou-se em 1948 através de nova perspectiva que busca a integralidade dos sujeitos incluindo as dimensões sociais, políticas e culturais. A educação em saúde brasileira, no entanto, está centrada ainda na dicotomia saúde-doença da prática "biomedicalizadora". Em contraposição com a perspectiva de formação dominante, o curso de Medicina da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) na fronteira oeste do Rio Grande do Sul, surge pelo Programa “Mais Médicos” com a proposta de saber inovador via metodologia ativa com enfoque em saúde pública. Nesse contexto, uma aluna do sétimo semestre propôs desenvolvimento de relação médico paciente e interdisciplinaridade na pediatria do setor IST/AIDS do Sistema Único de Saúde (SUS), possibilitando às crianças do relato garantia do acesso à saúde mediante cura das agudizações por imunodeficiência e manejo das cronicidades. Objetivo: Demonstrar a importância de uma nova perspectiva crítica e ativa na formação em saúde para garantir presente e futuro digno às crianças usuárias do serviço de saúde brasileiro. Desenvolvimento: A. L, 8 anos e I. L., 4 anos, crianças HIV positivas com alta carga viral por transmissão vertical, última consulta há mais de 3 meses. Acompanhadas da mãe, em um primeiro momento se mostrou muito receosa e escusa com o serviço, negando atendimento com estudantes. Após conversa com preceptores sobre a importância da consulta, ela permaneceu. As meninas apresentavam quadro de pneumonia, e respectivamente furúnculo e conjuntivite bacteriana. De acordo com as consultas com a aluna em que as dimensões psico-sociais foram trabalhadas contando com apoio de serviço social, foi identificada falta de recursos para chegar à Unidade, além de conhecimento sobre a importância do uso de terapia antirretroviral. Através de consultas semanais e integração do Conselho Tutelar e serviços de psicologia, iniciou-se o controle da imunodeficiência que ameaçava gravemente a vida das crianças. Resultado: Na pediatria, a integralidade e o sistema de referência e contrarreferência assumem papel fundamental na garantia de uma infância saudável. Deve-se ressaltar que em crianças HIV positiva esse controle é ainda mais rígido devido ao risco de morte e complicações da imunodeficiência, além da vulnerabilidade social. A construção de vínculo com os responsáveis é, portanto, ferramenta determinante no processo. No serviço da cidade, observou-se esfera sociocultural olvidada e princípio da Integralidade desrespeitado. A inserção dos alunos com práticas inovadoras, conscientes do novo conceito em saúde, dos princípios do SUS e do Estatuto da Criança e do Adolescente possibilitou a identificação das razões do panorama encontrado. A resolução dos quadros agudos e crônicos foi baseada na construção da relação médico paciente, interdisciplinaridade e valorização das dimensões além de saúde-doença. Considerações finais: A metodologia ativa retira os alunos do conforto da passividade e os coloca como protagonistas do próprio conhecimento. A proposta de uma visão crítica dos contextos vividos como futuros profissionais da saúde acompanha, ainda, a busca por transformar a realidade e propor alternativas para os obstáculos vivenciados. Dessa forma, busca-se o direito à saúde e a promoção de uma infância de qualidade. |
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Trabalho nº 8636 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA BUSCA ATIVA NA ATENÇÃO BÁSICA NOS CASOS DE TB E MH: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Karoline Costa Silva, Dayane Vilhena Figueiró, Tania de Sousa Pinheiro Medeiros, Ingridy Lobato Carvalho, Brenda Almeida da Cruz, Erielson Pinto Machado, Amanda Ouriques de Gouveia |
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Apresentação: Segundo a Política Nacional de Atenção Básica, a atenção primária em saúde está configurada como um aglomerado de ações de saúde, nos âmbitos individual e coletivo, que engloba a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. Sendo que as equipes da atenção básica deverão ser constituídas por médicos, enfermeiro, auxiliares de enfermagem e ou técnicos de enfermagem. Poderão agregar outros profissionais como dentistas, auxiliares de saúde bucal e ou técnicos de saúde bucal, agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias. Todavia para promover a saúde e prevenir as doenças, o acs deve aproximar-se da família com o intuito de compreender seu contexto de vida, reconhecer as necessidades e com isso recomendar condutas adequadas. Neste sentido, a pesquisa buscou atualizar os ACS’s acerca das doenças Tuberculose (TB) e Hanseníase (MH) e a importância de uma eficiente busca ativa na sua microárea de atuação. O presente estudo teve como base a metodologia da problematização por meio do arco de Maguerez, onde foi realizada a observação da realidade durante a prática supervisionada dos alunos em uma Unidade Básica de Saúde no município de Tucuruí- Pará, em seguida houve o levantamento dos pontos chaves que nortearam a pesquisa teórica em bases de dados e em livros didáticos. Tal investigação permitiu uma abordagem por meio da roda de conversa que para Paulo Freire é a melhor forma de construção do saber. A roda de conversa aconteceu entre ACS’s e os acadêmicos de enfermagem, no qual teve seu início ressaltando a importância de uma eficaz busca ativa de forma criteriosa e investigativa para a prevenção e levantamento de doenças, principalmente nos casos de tuberculose (sintomáticos respiratórios) e ainda nos indivíduos com suspeita de hanseníase com presença de manchas ou não, posteriormente foram explanados os conceitos e os principais sintomas de cada doença com o intuito de que todos os presentes entendessem as particularidades de cada patologia e como identificar. Durante a ação foram sendo narrados diferentes casos de TB e MH das vivências dos profissionais e as estratégias que utilizaram para a captação precoce dos enfermos. No decorrer da roda de conversa houve a troca de conhecimento entre os envolvidos, de forma que os mesmos puderam contribuir com o seu saber. Ao final, observou-se que as dúvidas que surgiram no início foram respondidas durante o encontro e que os participantes saíram compreendendo muito mais a importância da busca ativa nos bairros e da captação precoce dos indivíduos enfermos ou ainda de identificar vulneráveis. Diante deste cenário, torna-se indispensável ações de educação permanente com as equipes de saúde, principalmente ACS’s, sempre que possível, visto que, qualifica e atualiza cada vez mais os profissionais e a equipe, além de melhorar a assistência à população. Vale mencionar que além de contribuir para a atualização dos profissionais irá favorecer a divulgação dos sintomas das doenças de modo a minimizar as fontes de transmissão destas patologias, bem como possibilitar a vigilância sobre as temáticas. |
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Trabalho nº 10685 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF) EM UM MUNICÍPIO RIBEIRINHO: EXPERIÊNCIA VIVENCIADA POR ACADÊMICOS Autores: Isabela Pantoja da Cruz, Vanessa Khrisllen Pinheiro Ferreira, Natália Cristina Silva Siqueira, Paula Regina Barbosa de Almeida, Simone Gomes da Silva, Joyce Regina Pereira, Neuza Gabriella Valle Medeiros, Elisângela da Silva Ferreira |
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Apresentação: Segundo a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) de 2017, a Atenção Básica é a porta preferencial de entrada para a Rede de Atenção à Saúde, suas ações visam integrar os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) de universalidade, integralidade e equidade, englobando um conjunto de intervenções tanto individuais quanto coletivas que envolvem, sobretudo, promoção e prevenção em saúde. Dessa forma, a equipe multi e interdisciplinar é de suma importância para a concretização dessas ações. A criação das residências multiprofissionais de saúde da família possibilitou fortalecimento dessa concepção de desenvolvimento do trabalho em equipe de maneira interdisciplinar, fato tão relevante para atuação em saúde primária que foi destacado no PNAB, por meio de criação do NASF. Dessa forma, objetiva-se descrever com base na vivência acadêmica a importância do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) em um município ribeirinho no estado do Pará. Desenvolvimento: Trata-se aqui de um estudo descritivo, observacional do tipo relato de experiência realizado por meio de uma vivência no Programa de Capacitação em Atenção à Saúde da Criança, da Universidade Federal do Pará (UFPA), nomeado de Multicampi Saúde, no município de Abaetetuba, estado do Pará. O projeto é ofertado para dez cursos de graduação em saúde da universidade: Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional, com o objetivo de estimular a interdisciplinaridade entre os graduandos, com foco em Atenção Integral à Saúde da Criança. A unidade básica de saúde designada aos estudantes atende, prioritariamente, os habitantes das ilhas ao redor de um município do estado do Pará. Na unidade em questão os atendimentos ocorrem de segunda à sexta e apresentam diversos programas de saúde, como Planejamento Familiar, Saúde da Criança, Saúde da Mulher, PCCU e outros. Atuam 4 equipes, sendo lideradas por enfermeiros e compostas por aproximadamente 6 Agentes Comunitários de Saúde em cada uma. No entanto, é no Núcleo de Apoio de Saúde da Família (NASF), que se concentra maior diversidade de composição de equipe. Tal núcleo tem como objetivo apoiar a inserção da Estratégia de Saúde da Família na rede de serviços, tendo como foco o território sob sua responsabilidade, priorizando o atendimento compartilhado e multidisciplinar, com troca de saberes, capacitação e responsabilidades mútuas, gerando experiências para todos os profissionais envolvidos, mediante amplas metodologias, tais como estudo e discussão de casos e situações, projetos terapêuticos, orientações e atendimentos conjuntos. O município conta com duas equipes de NASF, uma para a população urbana do município e outra para a população adscrita da zona rural, aqui abordaremos a equipe que atende a população urbana, contudo, ainda sim ribeirinha, devido à geografia da cidade. Há nessa equipe de NASF uma assistente social, uma psicóloga, uma nutricionista, um educador físico e uma fisioterapeuta. Dessa forma, é de suma importância, expor de que forma se dá o trabalho desses profissionais. Inicialmente, ter o serviço nesse núcleo de Atenção Básica é demasiado significante, pois a assistente social desenvolve escuta e acolhida dos usuários, fortalece a autonomia do usuário, apoia esses na construção e ressignificação de seu projeto de vida, cria espaços grupais de troca de experiência e rede de apoio, desenvolve ações integradas com os profissionais da equipe e demais políticas públicas e constrói a participação e a organização de trabalho comunitário, bem como incentiva a participação e a mobilização social; a psicóloga, além dos atendimentos, atua na orientação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) quanto ao processo de escuta sensível, identificação de pacientes com necessidades psicológicas e o grau de urgência de atendimento de cada paciente, além do manejo de grupos de apoio e terapêuticos, vale ressaltar que os ACS são fundamentais no enfrentamento e identificação do sofrimento mental, haja vista que estão mais próximos da população; o profissional da nutrição tem o objetivo de promover aos usuários práticas alimentares saudáveis, busca combater distúrbios nutricionais, bem como obesidade, desnutrição, doenças e agravos transmissíveis e deve estimular o consumo de alimentos saudáveis e regionais, além de orientar e promover nas Estratégias de Saúde da Família (ESF) ações sobre aspectos alimentares, nutricionais, aleitamento materno exclusivo, e alimentação complementar, bem como atividades de educação permanente para as ESF’s. Quanto ao fisioterapeuta atuante no NASF, esse promove na unidade programas coletivos de ações terapêuticas preventivas à instalação de processos que levam à incapacidade funcional, à patologias músculo esqueléticas, com o objetivo de minimizar aquelas já instaladas, realiza abordagem familiar e institucional no que diz respeito a postura de crianças e adolescentes, desenvolve atividades voltadas para adultos e idosos, visando a prevenção e reabilitação de complicações decorrentes de patologias e realiza também atendimentos domiciliares para pacientes com doenças crônicas e/ou impossibilitados de se locomover, fazendo o encaminhamento a serviços de maior complexidade, quando necessário. Por fim, o trabalho do educador físico do NASF dentro da unidade Básica de Saúde é também de suma importância, pois é esse profissional que proporciona práticas e atividades de caráter educacional, voltadas à promoção da saúde bem como prevenção de doenças crônicas, para os usuários que precisam desse atendimento também facilita o tratamento e o controle de doenças cujo fatores estão relacionados ao sedentarismo, fortalecimento muscular e aceleração do metabolismo. Resultado: Observou-se que há inúmeras demandas para a equipe multiprofissional do NASF na Unidade de Saúde citada. O NASF constitui-se como apoio essencial às Equipes de Saúde da Família, atuando em situações cada vez mais comuns e graves na Atenção Básica. Nesse sentido, podemos citar algumas situações observadas na prática, por exemplo, cabe ressaltar a importância do fisioterapeuta na reabilitação de pacientes após Acidente Vascular Encefálico ou após danos graves ocasionados por Hanseníase, além disso, o serviço social é imprescindível para condução de situações de vulnerabilidade, esclarecendo sobre formas de obtenção de auxílio de instituições governamentais ou não e apoio financeiro em caso de baixa renda mensal disponível para gastos básicos de sobrevivência, ou ainda ofertando apoio para resolução de casos de exploração de menores ou de abuso sexual; o psicólogo torna-se cada vez mais necessário frente aos crescente números de transtornos mentais, sobretudo, ansiedade e depressão e o nutricionista e o educador físico são fundamentais na reorientação de estilo de vida frente ao aumento de casos de síndrome metabólica, principal comorbidade associada a alto risco cardiovascular, maior causa de morte do Brasil. Sendo assim, o atendimento multiprofissional é essencial para a resolução e prevenção de patologias frequentes na população e sua atuação na atenção primária desobstrui o já congestionado nível de atenção secundária. Considerações finais: Portanto, a inserção de uma equipe multidisciplinar na Atenção Básica é essencial, pois os profissionais que a compõem tornam mais completa a atenção ao paciente e o atendimento mais resolutivo, sanando assim, as demandas locais. Dessa maneira, a atuação do NASF fortalece o Sistema Único de Saúde, garantindo os direitos da população, contribuindo para a efetivação da sua integralidade. Salientamos a necessidade de mais estudos na área para geração de melhores evidências sobre o impacto do trabalho da equipe do NASF sobre os indicadores de saúde na região, bem como desenvolvimento e aplicação de políticas públicas voltadas às especificidades do território e da população atendida. Concluímos que o desenvolvimento e suporte à Atenção Primária é essencial ao ordenamento dos fluxos e resolução das demandas dos usuários do SUS. |
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Trabalho nº 8639 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA POSTURA NA SAÚDE DO PRÉ-ADOLESCENTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Evelyn Rafaela de Almeida dos Santos, Cláudia Rafaela Brandão de Lima, Thanaira Aicha Fernandes Maciel, Rayane Franklin Mourão Cardoso |
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Apresentação: Este trabalho refere-se a um relato de experiência vivenciado por um grupo acadêmico do curso de enfermagem, realizado em uma escola da periferia de Belém(PA), utilizando metodologias ativas no processo ensino-aprendizagem, tendo como problemática a má postura do pré-adolescente, desenvolvida em uma ação de integração entre a Universidade e uma escola pública do estado do Pará. Essa faixa etária corresponde a uma fase em que ocorre uma série de transformações, tanto física como mental, e a falta de uma postura correta, tanto no sentar como na locomoção, possibilita, no futuro, o desenvolvimento sério problema de saúde. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo relatar como os acadêmicos desenvolveram uma atividade de saúde básica aos pré-adolescentes, estudantes do 7º ano de uma escola pública de Belém (PA), proporcionando uma conscientização sobre a importância da postura corporal e sua influência na saúde, utilizando metodologias ativas. Desenvolvimento: Para a realização do trabalho foi utilizada a metodologia do Arco de Maguerez, que consiste em cinco etapas: observação da realidade, pontos chaves, teorização, hipóteses de solução e aplicação à realidade. Realizou-se uma visita assistemática, para levantamento dos pontos chaves no qual definiu-se o tema postura do pré-adolescente, em seguida a discussão dos pontos anteriormente levantados; o processo de teorização, incluindo a busca por material e discussão com os orientadores; e posteriormente o planejamento de uma ação de intervenção na realidade da escola; culminância da atividade, com a implementação da ação definida na etapa anterior. A ação na escola consistiu na apresentação breve em Power Point do tema escolhido, depois realizado uma demonstração das formas corretas de sentar-se e carregar a mochila e alongamento, para os estudantes, sob orientação das acadêmicas de enfermagem. E finalizamos com distribuição de panfletos. Resultado: Ao realizarmos a demonstração da forma correta de sentar e carregar a mochila, os estudantes perceberam que muitos costumes presentes no cotidiano deles podem afetar gravemente sua saúde postural, foi possível notar como os pré-adolescentes reagiram e interagiram de forma satisfatória com a dinâmica proposta, realizando corretamente as orientações apresentadas e conseguindo perceber quais eram os maus hábitos que poderiam influenciar para um possível problema postural futuramente. Durante o alongamento, percebemos que muitos não sabiam se alongar e que não era uma prática cotidiana, porém todos se mostraram interessados em aprender e repassar para seus familiares. Quanto aos panfletos, verificamos que alguns aceitaram e guardaram, já outros, no entanto jogaram no lixo mostrando desinteresse em ler as informações no papel. Considerações finais: O desenvolvimento da ação permitiu um olhar crítico e ampliado sobre a realidade dos pré-adolescentes em ambiente escolar, mostrando a importância de ações voltadas à saúde e que influenciam no seu desenvolvimento, contribuindo para o bem estar físico, mental e social. As etapas desse trabalho possibilitaram a percepção de problemáticas relacionadas à realidade na comunidade, e proporcionou aos acadêmicos a busca por conhecimentos de fundamental importância para a formação acadêmica e olhar social, no que diz respeito a enfermagem comunitária, desenvolvendo ações educativas em um nível de prevenção da saúde na comunidade. |
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Trabalho nº 7072 Título do Trabalho: IMPORTÂNCIA DO RECONHECIMENTO DOS CENÁRIOS DE PRÁTICA DE ATUAÇÃO DE UM GRUPO PET-SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Priscila Alves Torreão, Karina Maia Cunha, Cláudia Cerqueira Graça Carneiro |
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Apresentação: Tendo a inserção dos estudantes de graduação nos possíveis cenários de atuação interprofissional como premissa do PET-Saúde, o presente trabalho tem como objetivo trazer um relato de experiência sobre aplicação de um instrumento de diagnóstico situacional ressaltando a importância do reconhecimento dos cenários de prática. Desenvolvimento: A primeira etapa no reconhecimento dos cenários de prática consistiu na leitura do instrumento de diagnóstico elaborado pela coordenação do programa, e com a realização do levantamento de dados sobre os serviços no CNES previamente às visitas. A segunda etapa consistiu na realização das visitas aos respectivos cenários (Unidade de Saúde da Família Feira VI e a Secretaria Municipal de Saúde, ambos localizados no município de Feira de Santana-BA), onde os alunos dos grupos tutorais, tendo os preceptores como facilitadores do processo de inserção nesses cenários, se dividiram conforme a disponibilidade de horário em grupos menores para realizar a coleta dos dados. Esses, foram coletados de forma observacional através de entrevistas com profissionais da unidade e registro fotográfico de informações fixadas na mesma, como mapa da área de abrangência, perfil epidemiológico, equipe de saúde e cronograma de atendimento. Para facilitar o compartilhamento das informações coletadas com todo o grupo, o instrumento de diagnóstico era atualizado de forma online na plataforma Google Drive, assim como o compartilhamento dos registros fotográficos, abrindo para discussão entre todo o grupo de forma a abranger o ponto de vista de todos estudantes. Através do instrumento de diagnóstico e das informações coletadas foi possível realizar discussões, presenciais através de reuniões e online, que facilitaram juntamente com uma breve revisão de literatura, na construção do relatório. Resultado: A partir da aplicação do roteiro de diagnóstico situacional no cenário de prática em que atuaremos, foi possível conhecer o funcionamento da Unidade de Saúde da Família, o perfil dos profissionais de saúde que ali atuam e seus processos de trabalho, o perfil epidemiológico da área de abrangência da referida unidade, assim como os principais agravos que acometem a população adscrita. Dados esses que servem como subsídio para integração ensino, serviço e comunidade, nos permitindo a identificação de problemáticas, as quais iremos eleger as mais relevantes para propor soluções durante o período do PET-Saúde. Considerações finais: Por fim, concluímos que o reconhecimento dos cenários de prática é importante na caracterização dos serviços de saúde selecionados como cenário de prática, além de possibilitar a identificação de situações problemas passíveis de resolução pelo grupo PET-Saúde Interprofissionalidade. |
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Trabalho nº 12228 Título do Trabalho: O SERVIÇO SOCIAL COMO IMPORTANTE FERRAMENTA NA GARANTIA DE DIREITOS DOS USUÁRIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: PERSPECTIVAS E DESAFIOS Autores: erika dayane moraes de oliveira |
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Apresentação: Torna-se necessário considerar que a atual conjuntura política do país e suas crises, evidenciam não só as dificuldades em que os profissionais de saúde e os usuários enfrentam bem como a própria política de saúde que vem sofrendo com os desmontes provocados pelo atual governo que impede a efetivação em sua integralidade mediante um Sistema Único de Saúde (SUS) que dê conta das demandas da sociedade. Sua crise também se dá como consequência da formação profissional, muitas vezes precária, de muitas instituições formadoras pelo país. O pressuposto da organização dessa pesquisa se expressa no interesse em conhecer com mais profundidade a política de saúde no Brasil e a práxis do assistente social nesse âmbito de atuação profissional tendo como parte relevante na pesquisa a escassa sistematização das experiências profissionais no campo da saúde e sua necessidade em ampliar o debate sobre a precisão do trabalho profissional na garantia do acesso à saúde. Com vistas a suscitar o debate, busca-se responder as seguintes dúvidas: quais os principais avanços que ocorreram na política de saúde desde a década de 1980? E quais as perspectivas de ação dos assistentes sociais diante de um contexto de democratização da saúde? Para tanto, o trabalho divide-se em dois eixos: no primeiro são abordadas as principais legislações que alicerçam o SUS como política pública de Estado, no segundo item busca-se abordar o trabalho profissional do assistente social na saúde e os direcionamentos profissionais na construção de uma atuação democrática e eticamente comprometida com as necessidades de saúde dos usuários. A história da política de saúde no Brasil é marcada por uma série de transformações e tem como marco histórico a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) na Constituição Federal de 1988. A saúde como direito social e dever do Estado se coloca como uma das maiores conquistas da população brasileira dos últimos tempos, contudo, para a execução do sistema público de saúde se fez necessários à criação de vários dispositivos legais que possibilitassem sua efetivação e o seu aperfeiçoamento. Discutir o SUS na atual conjuntura sem resgatar seu processo histórico não permite a abertura para a reflexão dos seus avanços e melhorias, nem tampouco o reconhecimento da mercantilização da saúde como maneira de evitar a queda de um sistema tão importante para o país. Vale ressaltar que com a promulgação da Constituição Federal em 1988, trouxe a aprovação do SUS abarcando muitas das propostas lançadas na conferência e não foi uma aprovação tão simples, houve muitos embates por aqueles que possuíam interesses por uma saúde pública e estatal e entre os que defendiam os interesses privados. O assistente social se apropria desta legislação e se situa como ponte de acesso ao direito à saúde e através de mecanismos como o controle social, os profissionais têm a oportunidade, junto aos usuários do serviço, de cobrar as garantias institucionais de saúde na perspectiva de concretização do SUS. Promover uma reflexão a respeito do sistema de saúde pública atualmente é provocar, também, uma crítica ao sistema capitalista de governo e suas assustadoras reformas que enxuga os gastos e limita investimentos tão importantes e urgentes que beneficiariam, principalmente, a classe trabalhadora. Reformas estas que se arrastam por algumas décadas e mesmo a democracia tendo avançado, a crise econômica parece nunca ter fim. Mediante o exposto, a criação de uma legislação que possa garantir o direito individual, bem como coletivo de acesso à saúde – sendo o Estado o responsável por essa garantia universal – é inicialmente desafiador e quando se trata de direitos que muitas vezes não são firmados juridicamente, reforça que a organização do mesmo foi fruto da vulnerabilidade social e seus fenômenos. Ou seja, a deficiência do poder público na execução dessa ação, mostra que os interesses são meramente políticos e econômicos e não ausência de investimentos. A procura da população a esses serviços e a alta demanda fazem com que as redes de atendimento não comportem os seus atendimentos, gerando superlotação nos hospitais e forçando uma pequena parcela a buscar serviços privados. Desses, menos ainda possuem acesso aos planos de saúde e a dificuldade de uma rápida resolução traduz na prática o que chamamos de “sucateamento.” O Serviço Social surge como profissão a partir das necessidades de transformação da sociedade, bem como as relações sociais existentes que demandavam uma intervenção profissional perante o desenvolvimento do capitalismo industrial e a urbanização em sua expansão no século XX. A motivação em desenvolver este artigo se deu principalmente a partir das inquietações relacionadas ao trabalho do assistente social no âmbito da saúde num momento em que o SUS, nos últimos anos, tem sofrido com a desvalorização de parcela do corpo profissional assim como suas gestões hospitalares têm afetado uma atuação mais efetiva e, sobretudo, que alcance os resultados de acordo com a demanda que a ele chega. Como método de pesquisa, utilizou-se o estudo bibliográfico mediante análise teórico-crítica e a partir do que foi sistematizado, motivou o interesse na construção dele. Assim, as expressões da Questão Social como miséria, desemprego, fome etc., provocaram muitas insatisfações por parte da sociedade, que reivindicam pela concretização da efetivação das políticas públicas, por mais que a população vá às ruas lutar pelos direitos que lhes eram negados – apesar de o Estado reconhecer a luta de classes, atua em direção contrária defendendo os interesses do capital e a mínima autonomia da sociedade –, essas expressões não se esgotam e faz-se necessário uma reflexão sobre os motivos que contornam essa infindável desigualdade social. Em se tratando da saúde pública, essas desigualdades se manifestam pelos diferentes contextos sociais, econômicos, políticos e culturais, com a necessidade pela procura diária aos serviços médicos em consequência da falta de saneamento, do difícil acesso às políticas de saúde pela população interiorana, dos burocráticos critérios de concessão de benefícios sociais etc. Diante da crise de saúde que se instalou no Brasil no século XXI, percebemos através das divulgações amplas da mídia o descaso com esse sistema pela falta de leitos suficiente nos hospitais que atendesse a demanda da população, filas intermináveis gerando superlotação, recursos financeiros cada vez mais escassos (resultado de desvios em uma política suja e corrupta) etc. É importante que se diga, que a profissão de Serviço Social regulamentada pela lei nº 8.662/93, por meio da Resolução nº 218 de 06/03/1997, do Conselho Nacional de Saúde (CNS) colocou entre as categorias de profissionais de nível superior que são considerados como profissionais de saúde, o assistente social, bem como através da Resolução CFESS N° 383/99 de 29/03/1999, que o caracteriza como profissional da saúde. A partir da discussão ora realizada, entre as dificuldades que o serviço social se depara cotidianamente em consequência do atual processo de produção capitalista, baseado na acumulação flexível e na perspectiva neoliberal, é preciso buscar a fundo o problema para saber de onde ele vem, considerando o fato de que as causas e efeitos podem ser reflexos de uma sociedade que em sua relação com o passado historicamente seja uma resposta às etapas contínuas e coletivas do ser social. Ou seja, a demanda crescente dos usuários que precisam de atendimento na rede pública de saúde e que refletem diretamente no serviço social está relacionada à fatores que os indivíduos estão inseridos na sociedade e que discorrem sobre a necessidade de buscar atendimento com a profissão. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7623 Título do Trabalho: A PERSPECTIVA DO ACADÊMICO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA CONSULTA DE ENFERMAGEM NO DESENVOLVIMENTO DE VINCULO ENTRE O ENFERMEIRO E USUÁRIO EM UMA ESF Autores: Rebeca Prata Meireles, Ana Júlia Góes Maués, Fernanda Tainá Oliveira da Cruz, Fernanda Cristina Silva da Silva, Rosália Cardoso da Silva, Sabrina de Lucas Ramos Necy, Zayra Elizandra Santos Sena, Lidiane Assunção de Vasconcelos |
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Apresentação: Sabe-se que o vínculo entre profissional e o usuário facilita a efetivação de uma boa adesão de tratamentos e a sensibilização quanto a promoção da saúde e prevenção de doenças, já que este, construído ao longo do tempo, permite o aprofundamento do processo de corresponsabilização do profissional e do usuário pela saúde, garantindo assim a longitudinalidade do cuidado através do acompanhamento dos efeitos das intervenções em saúde e de outros elementos na vida dos usuários. Desta forma com fortalecimento do vínculo haverá uma maior participação da população nas ações de saúde desenvolvidas pela equipe de saúde, assim como uma maior confiança dos usuários nos profissionais, o que facilita a abertura deste com o profissional. Se o vínculo aumenta, a população passa a aderir ao tratamento de forma mais eficaz, realizando mudanças no estilo de vida, levando, assim, a menos agravos à saúde. Uma das formas de se desenvolver o vínculo é através de tecnologias educativas como o acolhimento e a consulta de enfermagem. O acolhimento além de reorganizar o serviço, garante o acesso dos usuários, através da escuta e resolução de seus problemas, desde os mais simples aos complexos que podem necessitar referências, proporcionando também um atendimento humanizado. Além disto, o acolhimento deve favorecer a construção de uma ética de diversidade, da tolerância e respeito com os diferentes, assim como a inclusão social e a escuta clínica solidaria, percebendo o usuário como sujeito e participante ativo na produção de saúde. A consulta de enfermagem, uma ação privativa do enfermeiro segundo a lei 7.498/86, se define como a prestação de assistência realizada pelo profissional enfermeiro através da utilização do processo de enfermagem ao indivíduo, família, e a comunidade, com a coleta de dados, o diagnostico de enfermagem, planejamento, implementação e avaliação. Durante a execução dessas etapas é importante articular o acolhimento de forma que o usuário se sinta ouvido e tenha suas demandas resolvidas, pois em muitos casos a consulta é o primeiro contato do usuário com o serviço de saúde, sendo importante para o estabelecimento do vínculo a fim de que ele retorne ao serviço. Assim este trabalho tem como objetivo relatar a percepção do acadêmico sobre a importância do acolhimento e da consulta de enfermagem para a criação do vínculo profissional-usuário. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por alunos do 4º semestre de 2018 do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará durante a prática da disciplina de Enfermagem comunitária que se desenvolveu em uma Estratégia de Saúde da Família em um bairro periférico do município de Belém no período de 14 de novembro a 20 de dezembro. Durante a prática, os acadêmicos vivenciaram o funcionamento de uma ESF e os serviços ofertados nela, observaram as relações de trabalho entre as equipes para entender como era organizada a divisão das microrregiões e como isto afetava o atendimento aos usuários. Por se tratar de uma prática mais observacional do sistema, os alunos foram divididos dentro do serviço, e acompanharam a rotina das enfermeiras da ESF, podendo assim presenciar diversas consultas de enfermagem com indivíduos e famílias. As consultas poderiam ser agendadas ou de demanda espontânea e cada enfermeira era responsável por atender os usuários cadastrados na sua área. Os alunos perceberam que cada usuário possuía uma demanda especifica, necessitando assim de um atendimento individualizado e holístico e a enfermeira se mostrava preparada para atender esse indivíduo em sua totalidade, instruindo, informando, encaminhando-o para outros serviços e confortando-o quando necessário. Vale ressaltar que a área estava sendo remapeada, passando a assim a atender famílias que antes estavam descobertos pelo serviço, de modo que os acadêmicos tiveram a oportunidade de presenciar a primeira consulta de uma família, que inicialmente foi apresentada a estratégia de saúde da família, visto que aquela era a primeira vez deles dentro de uma. Foi interessante observar a postura inicial dos usuários que se mostravam desconfiados, não acreditando que seriam acompanhados por uma equipe de saúde a partir daquele dia, tendo suas demandas resolvidas em sua maioria no próprio bairro, contudo com o passar da consulta, a enfermeira ia fazendo a coleta de dados e se mostrando receptiva e preocupada com as dúvidas e anseios da família, além de explicar sobre o que eles poderiam ter acesso e que esse se daria principalmente através da ACS, dar dicas sobre onde eles poderiam encontrar melhores preços de produtos, o que fez com que os usuários se mostrassem cada vez mais à vontade para fazer perguntas que por considerarem “bobas” não tinham sido feitas antes, além de relatar acontecimentos mais íntimos livremente. Foi uma consulta mais demorada, contudo foi possível perceber sua efetividade devido a sensação de gratidão e entrosamento demonstrado pela família e a nítida postura de prazer da enfermeira em receber uma nova família. Resultado: Nota-se que o acolhimento e a consulta de enfermagem devem estar aliadas, visto que essas duas ferramentas são essenciais para a criação e fortalecimento do vínculo entre o profissional e seus usuários o que favorece a melhoria do cuidado, de modo que o usuário passa a confiar no profissional o que facilita a adesão de tratamentos de doenças crônicas e agudas, ou aos programas como HIPERDIA, as ações educativas de prevenção de doenças e promoção da saúde, as campanhas de imunização, e principalmente auxilia na melhora da capacidade do usuário de desenvolver sua autonomia, fazendo-o perceber que é responsável por seu bem-estar e da comunidade. Considerações finais: Assim é importante que o acadêmico perceba que o enfermeiro pode se apropriar destas tecnologias a fim de proporcionar um ambiente seguro para o usuário, pois é através da boa relação entre esses que ocorre a melhoria do serviço. E para isto ele deve se preparar desde a academia, a fim de desenvolver as melhores formas de acolhimento ao usuário, já que posteriormente ele deverá aplicar estes conhecimentos em prol do indivíduo e comunidade. Vale destacar também a importância do vínculo não só na atenção básica, mas em todos os níveis de atenção, pois só através de uma boa escuta e resolubilidade de suas demandas que o usuário se sente disposto a voltar e utilizar o serviço de forma contínua e integral. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 9175 Título do Trabalho: RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL PARA POVOS DO BAIXO AMAZONAS: A IMPORTÂNCIA DE PRÁTICAS DE CAMPO EM COMUNIDADES RURAIS NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL Autores: Cristiano Gonçalves Morais, Douglas Mota Xavier de Lima |
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Apresentação: Comunidades rurais apresentam características que as diferenciam dos centros urbanos, como particularidades geográficas, populacionais e culturais. Em virtude disso, há um amplo escopo de demandas dessas comunidades que em sua maioria não são atendidas. No âmbito da saúde, mais especificamente no Brasil, em que o Sistema Único de Saúde (SUS) é o principal meio de assistência à saúde, caracterizar e entender essas demandas é um dos mecanismos mais efetivos de prestar serviços de saúde a essas populações. Nesse cenário, em 2017, a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) deu início ao curso de residência multiprofissional em Estratégia de Saúde da Família para populações do Baixo Amazonas, no intuito de formar profissionais adequados às necessidades e particularidades da região, por meio de inserções pontuais nas comunidades do meio rural e urbano. Portanto o objetivo desse trabalho é descrever experiência e percepções dos residentes nas comunidades rurais do Baixo Amazonas. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo de campo, descritivo do tipo relato de experiência, realizado em meados de junho de 2018, desenvolvido pelos residentes nas comunidades São Pedro, Urucurana e Castanheira, de Juruti. Utilizou-se de rodas de conversas junto aos populares, profissionais de saúde e/ou educação e líderes das comunidades. A fim de caracterizar as comunidades visitadas foram levantadas informações em dois momentos: no primeiro foram coletadas informações referentes a história da comunidade, perfil das pessoas que residiam na sua área de abrangência, principal meio de subsistência da população e problemas referendados pela mesma; no segundo momento foi realizada visita técnica nas comunidades tendo os moradores como guias. Resultado: Com base nos relatos obtidos notou-se que as comunidades foram gradualmente ocupadas a partir de atividades extrativistas sendo principalmente destacado o mineral e o vegetal. O perfil das atividades desenvolvidas para meios de subsistência descrito foi a criação de animais de pequeno porte, agricultura familiar e pesca. Houve uma amplitude de problemas elencados, tendo inclusive paralelo com o processo de saúde e doença, que abrangeram problemas de acesso a serviço de saúde e educação, dificuldades com animais silvestres e domésticos, além de problemas ambientais e estruturais das estradas que ligam as cidades. Através das visitas in loco notou-se as dificuldades estruturais das vias de acesso, a precariedade das construções de moradia de algumas residências, sistemas de saneamento e coleta de lixo. Apesar disso foi possível observar iniciativas singulares e exitosas na atuação de algumas instituições de ensino e saúde dentro da comunidade, destaca-se que tais iniciativas se basearam sobretudo na participação social das pessoas dessas comunidades e da articulação de diferentes atores no desenvolvimento dessas ações. Considerações finais: Em um território amplo e diverso que é o Brasil, que apresenta particularidades geográficas e populacionais como a Amazônia, a implementação do SUS que atenda de forma satisfatória as necessidades da população é um desafio, que pode ser resolvido mediante a identificação dos problemas da comunidade com a participação da mesma, possibilitando a resolubilidade dessas demandas através de políticas públicas mais específicas. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7641 Título do Trabalho: INTERDISCIPLINARIDADE E FORMAÇÃO DO SENSO PESQUISADOR: A IMPORTÂNCIA DAS AULAS PRÁTICAS DE MICROBIOLOGIA NO CURSO DE ENFERMAGEM Autores: Vitória Cristiane Leandro da Silva, Ana Clara Lima Moreira, Auriele Cristine de Souza da Costa, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Eliza Paixão da Silva, Marcio Yrochy Saldanha dos Santos, Ricardo Luiz Saldanha |
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Apresentação: A interdisciplinaridade é uma maneira de unir duas ou mais áreas do conhecimento de forma que uma complemente a outra. Trata-se de uma abordagem mais enriquecedora no viés técnico e didático do que somente uma área do conhecimento. Isso porque as vertentes de cada área, quando unidas e aplicadas com coerência e propósito bem estabelecidos, entram em consonância para estabelecer uma ampla visão sobre o mundo e as suas particularidades. A interdisciplinaridade é uma ferramenta acadêmica com bons resultados entre os estudantes no que diz respeito à formação profissional centrada no tripé universitário - ensino, pesquisa e extensão, sendo um meio de sensibilizar os estudantes quanto a importância de pesquisas científicas. O senso pesquisador é a base para a produção científica, pois se caracteriza como a atitude de observar fenômenos formular hipóteses e realizar testes para comprovar ou refutar essas hipóteses. Além de procurar explicações para os fenômenos, o senso pesquisador é o que estimula a resolução de problemáticas através da busca de soluções.A microbiologia é uma das áreas com grande foco na pesquisa, pois estuda os microrganismos e suas dinâmicas de sobrevivência, tendo um papel importante no entendimento da existência desses pequenos organismos nos mais variados lugares e o impacto deles no equilíbrios dos sistemas. Já a enfermagem é uma ciência destinada à manutenção e recuperação da saúde de uma comunidade, focada no conhecimento e domínio das técnicas assistenciais e das circunstâncias que predispõem agravos à saúde. A partir disso, é certo dizer que a microbiologia e a enfermagem, quando trabalhadas em conjunto, são capazes de fomentar o alicerce da pesquisa na comunidade científica. A ciência preocupada em estudar os microrganismos contribui para que técnicas assistenciais à saúde da população sejam implementadas com resultados positivos. O objetivo deste trabalho é ressaltar a importância das aulas práticas de microbiologia no curso de enfermagem, baseada nos benefícios da interdisciplinaridade e nas contribuições para a formação do senso pesquisador. Desenvolvimento: As aulas práticas de microbiologia ocorreram na Universidade do Estado do Pará, no segundo semestre do curso enfermagem, no período de agosto a dezembro de 2019. Elas eram ministradas no laboratório e divididas em três momentos, sendo o tempo total de três semanas para cada conteúdo trabalhado. Essa divisão se dava para os assuntos abordados, os quais foram: biossegurança e antissepsia das mãos, ubiquidade dos microrganismos, urocultura e coprocultura. As atividades e a avaliação eram realizadas em dupla, pois o aprendizado em pares facilita a fomentação do conhecimento, além de permitir melhor aproveitamento da disciplina ao dividir as tarefas entre a dupla, para não ocorrer sobrecarga. Na primeira semana foi feita a introdução do assunto pela docente de forma teórica, com o ensinamento do conteúdo para posterior coleta do material. Esse material foi semeado em um meio de cultura (ágar nutriente, ágar sangue, ágar manitol, ágar CLED ou ágar MacConkey, dependendo do tipo de amostra) e armazenado na estufa por 24 horas para que os microrganismos pudessem de reproduzir em uma temperatura favorável. Na segunda semana realizou-se a observação da semeadura após a colonização dos microrganismos, de modo que as colônias foram fixadas em uma lâmina de vidro para que fossem observadas no microscópio. A partir dessa análise, um relatório foi elaborado, o qual descrevia todos os procedimentos realizados, desde a coleta do material até os resultados observados em um aumento das lentes microscópicas, além de uma descrição teórica a partir de buscas em materiais de apoio, como LILACS, BVS, Scielo e Periódicos CAPES, acerca dos micro-organismos encontrados na lâmina. Resultado:S: As aulas práticas de microbiologia proporcionaram experiências muito enriquecedoras para os acadêmicos, pois foi a primeira disciplina no ambiente laboratorial de pesquisa presenciada pelos discentes em campo universitário. As técnicas de coleta e semeadura aproximaram os estudantes do universo microbiológico, ampliando assim o conhecimento teórico já apresentado em sala de aula, pois a utilização dos materiais de biossegurança (equipamentos de proteção individual e coletiva) e dos instrumentos e vidrarias contribuíram para uma construção de perspectiva que ampliou o conhecimento dos acadêmicos e os instigou à formação de futuros cientistas, além de propiciar também a vivência de enfermagem como pesquisa. Ademais, os assuntos ministrados foram importantes para agregar conhecimento sobre as características morfo e fisiológicas dos organismos, sendo fator essencial para o bom exercício dos futuros profissionais que os acadêmicos poderão se tornar, pois os assuntos foram bem compreendidos pelos discentes. As amostras e seus resultados foram experiências enriquecedoras para os estudantes, pois houve a correlação das análises com as consequências para a saúde, o que caracterizou a interdisciplinaridade trabalhada em laboratório. O senso pesquisador foi fomentado pelas técnicas de investigação aprimoradas no decorrer do semestre, com busca de artigos em plataformas como LILACS, BVS, Scielo e Periódicos CAPES, para a elaboração do referencial teórico dos relatórios. Dessa forma, ao término do semestre, os discentes estavam bem mais acostumados com a dinâmica investigativa da pesquisa científica do que no começo do semestre. Considerações finais: Portanto, é válido afirmar que o ensino da microbiologia em aulas práticas no curso de enfermagem contribui para a formação do senso pesquisador nos acadêmicos, através da execução de atividades próprias da área da pesquisa. Dessa maneira, já nos semestres iniciais do curso de enfermagem - que geralmente tem duração de 5 anos - os estudantes têm contato com o ambiente investigativo, observando fenômenos, elaborando hipóteses e testando a veracidade das mesmas. Sendo um dos eixos do tripé universitário, a pesquisa contribui para o desenvolvimento pleno do acadêmico, pois aprimora o senso crítico e o raciocínio para a resolução de problemas. No âmbito da enfermagem, ter conhecimento sobre as técnicas de coleta e semeadura de materiais de diversos sistemas do organismo, não se limitando somente ao corpo humano mas também adquirindo informações sobre seres vivos que influenciam na saúde de uma comunidade, é um fator importante para um bom exercício da profissão. Sendo assim, as aulas práticas de microbiologia ministradas no segundo semestre foram de grande importância para fomentar o interesse pela pesquisa científica, e em consonância com a área assistencial da enfermagem, em um viés interdisciplinar, propiciou uma formação de qualidade e abriu caminhos e perspectivas para futuros pesquisadores. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 7130 Título do Trabalho: SAÚDE ORAL: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE ORAL DESDE OS ANOS ESCOLARES INICIAS Autores: Vitoria Regina de Aquino Pires, Luiz Otavio de Oliveira Alves |
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Apresentação: A cárie ainda é uma doença que atinge mais da metade da população brasileira, sendo o principal problema enfrentado pelos dentistas. A doença, normalmente, a inicia-se na infância, acarretando em dor, lesões de cavidade e em alguns casos, a total destruição do dente. Isso decorre devido à má higiene da cavidade oral, onde a bactéria presente no local produz ácidos através do açúcar encontrado nos alimentos, convertendo o pH neutro para pH ácido e, assim, favorecendo a desmineralização do esmalte. Objetivo: Conseguir diminuir a incidência de cárie na população, através de propostas pedagógicas desde as séries iniciais abordando a importância de uma boa higiene oral, como e quando se realiza as escovações, o uso do fio dental e a visita anual ao dentista. Metodologia ou descrição da experiência: o presente trabalho foi elaborado através de pesquisas bibliográficas de portais como o Scielo e Google acadêmico. Resultado: Cuidar da saúde oral é importante em todas as etapas da vida, pois além de manter uma boa estética, ajuda a prevenir a doença periodontal e doenças sistêmicas, assim como a própria cárie. Uma boa parte da população não entende o porquê da importância de uma boa saúde oral ou não sabe realiza-la com eficiência. Podemos observar que o hábito da escovação normalmente nasce na fase escolar da criança, onde são ensinados pelos professores e os tutores/pais a importância da saúde bucal. Tal hábito ao ser desenvolvido nos anos inicias da vida se tornar mais fácil de perpetuar para o resto da vida, evitando o famoso “bichinho no dente”. A falta de informação e a concepção de que escovar os dentes é uma ação considerada desagradável pelas crianças, por não realizarem-na de modo correto percebe-se a incidência de cárie em dentição decídua, não sendo devidamente tratada e repetindo-se na permanente, causando danos que perdura-se até o fim da vida, como um dente de canal tratado e em alguns casos levando até a perda do elemento dentário. Considerações finais: Portanto deve-se realizar nos colégios aulas sobre higiene oral realizadas por profissionais da Odontologia em conjunto com a equipe pedagógica e familiar que envolvem as crianças, contendo no currículo técnicas de escovação adequadas, o que é a doença cárie e como ela pode ser controlada e sobre as outras doenças orais e sistêmicas causadas pela falta de higiene bucal, mostrando que a ida ao profissional da saúde bucal deve ser realizada pelo menos uma vez ao ano. Para assim termos uma população consciente de que a saúde oral é importante e afeta na qualidade de vida. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 11230 Título do Trabalho: OUTUBRO ROSA NO TERREIRO DE UMBANDA: UTILIZANDO AÇÃO EXTRAMUROS COMO UMA IMPORTANTE FERRAMENTA DE ENSINO Autores: Belisa Maria Santos da Silva, Maria Anunciação Silva, Maithê de Carvalho e Lemos Goulart, Isabel Cristina Ribeiro Regazzi, Jane Baptista Quitete, Brenda Freitas Pontes, Roberto Ferreira dos Reis, Mara Dayanne Ramos Alves de Cerqueira |
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Apresentação: A educação tem sido desafiada a se reinventar constantemente e com isso importantes métodos de aprendizagem vem ganhando força e espaço dentro da academia. O Consultório de Enfermagem foi inaugurado em maio de 2017, durante a Semana Brasileira de Enfermagem, com intuito de qualificar a formação dos discentes do Curso de Graduação em Enfermagem/Campus de Rio das Ostras/UFF, visto que é um laboratório de ensino, pesquisa e Extensão. A aprendizagem por meio da vivencia/experiência ganha espaço nas ações extramuros, contendo a pluralidade da sociedade e explorando o conhecimento teórico. O Consultório de Enfermagem possibilitou através de seus projetos, no ano de 2019, levar as ações de saúde realizadas no Consultório a outras áreas externas ao Campus Universitário, acolhendo outros grupos populacionais e promovendo tenras experiências aos alunos envolvidos. Vale ressaltar que o Consultório de Enfermagem é multidisciplinar e pretende atender as diversas especificidades vinculadas as diversas disciplinas do Curso de Graduação em Enfermagem. O objetivo deste manuscrito é relatar os resultados desta atividade acadêmica. Desenvolvimento: O projeto foi iniciado em maio de 2019 tendo como objetivo principal o planejamento do evento ‘’Outubro Rosa no Consultório de Enfermagem’’. Foi proposto pela discente bolsista um novo cenário para realização do evento, visto que a ação, que acontece anualmente, se propõe a ser realizada extramuros, já que reconhecemos as adversidades e diferenças de cada área geográfica da cidade de Rio das Ostras (RJ). Nos anos anteriores a ação foi realizada na Igreja Católica Nossa Senhora da Conceição, localizada no centro da cidade de Rio das Ostras (RJ). Sendo assim, para o ano de 2019, foi proposto sairmos da região central e alcançarmos áreas periféricas do município. A docente coordenadora do projeto aceitou a proposta e iniciamos prontamente a idealização e organização de diversas atividades dentro e fora da universidade, alcançando uma nova população e expandindo nossa interação com a comunidade. O Outubro Rosa no Consultório de Enfermagem da UFF, foi realizado no Terreiro dia 05 de outubro de 2019 das 8 às 17 horas, no Terreiro de Umbanda Casa das Almas, localizado no bairro Balneário das Garças, e se propôs a realizar as seguintes atividades: avaliação em saúde (verificação de pressão arterial e glicemia, mensuração de estatura, peso e circunferência abdominal, cálculo de IMC), rastreamento do câncer de mama (exame clínico das mamas), rastreamento do câncer do colo do útero (exame papanicolau), teste rápido para hepatite B, práticas integrativas (auriculoterapia na redução do estresse e constelação familiar), rodas de conversa temática (conversando sobre câncer de mama e colo do útero; mitos e verdades sobre DIU, diafragma e métodos hormonais, o ciclo da vida e a regulação da fertilidade feminina; sexualidade feminina: visibilidade e vulnerabilidade). Todas as citadas atividades realizadas por alunos, com adequada supervisão e acompanhamento docente. A ação teve apoio do Programa de Atenção à Saúde da Mulher do município de Rio das Ostras. Resultado: do trabalho: Estima-se que mais de 50 mulheres passaram pelas diversas estações montadas no dia do evento, ao todo mais de 40 submeteram-se aos rastreamentos de câncer de mama e câncer de colo de útero (17 exames citopatológicos foram colhidos, 11 solicitações de ultrassonografia das mamas e 7 encaminhamentos para mamografia). Referente ao número de alunos voluntários: 7 alunos de semiologia I, 11 alunos de diferentes períodos em sistema rotativo pelas estações, monitor da disciplina de saúde da mulher e comissão organizadora. Mas sem dúvida, o maior resultado veio por meio da resposta dos alunos envolvidos. Pela primeira vez uma atividade acadêmica foi realizada dentro de um Terreiro de umbanda, e os feedbacks foram além de quaisquer expectativas. A mudança de cenário de cuidado proporcionou uma experiência enriquecedora para os discentes e docentes da universidade, com a quebra de rótulos e estigmas enraizados em nossa sociedade. Muitos estavam naquele espaço pela primeira vez, colocando seus os saberes acadêmicos em pratica, desfrutando e externando seus conhecimentos. Alunos de diversos períodos lidando com as emoções no atendimento ao público em área carente destes serviços, lidando com o desprendimento dos pré-conceitos, estando ali como profissional que exerce um trabalho ético, desabitado de seus valores morais, exercitando a escuta ativa, e reconhecendo o outro como sujeito. Aos escutar o retorno dos discentes foi possível compreender o quão indispensável é pensar numa formação ampla de vivencias, já que a base de todo futuro profissional está em sua formação. A vasta diversidade populacional, explorando as particularidades dos indivíduos seja por questões de credo, raça, gênero ou acesso à informação, aprimoram o olhar do aluno nas suas atividades ocupacionais. Considerações finais: Levar a pratica da enfermagem, em uma das datas mais conhecidas na agenda da saúde, como é o caso do Outubro Rosa, foi de grande aprendizado a todos que ali estiveram. O desenvolvimento dos alunos, ultrapassando barreiras sociais, levando atendimento além dos muros da universidade foi notório. Estamos convictos da importância e relevância que a aproximação social, ainda na graduação, tem na construção da ética e técnica profissional. Uma ação construída no coletivo, de maneira horizontal, estabelecendo parcerias e evidenciando a todos que participaram da atividade o papel de aproximação, acolhimento, cuidado e comprometimento trabalhado dentro da enfermagem. O dialogo continuo com a população, transmitindo diretamente os saberes acadêmicos nas mais diversas realidades, ou seja, conseguimos colocar a teoria de forma pratica. Alcançamos também o grande desafio: a conscientização sobre o câncer de mama e de útero. E isso só foi possível pela democratização de acesso às informações e pela construção de uma retórica acessível e pertinente. É preciso estar perto da população, falar suas variantes línguas, entender suas diversas realidades, suas inúmeras adversidades para assim vislumbrar uma saúde igualitária. |
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Trabalho nº 7504 Título do Trabalho: PET-SAÚDE; A IMPORTÂNCIA DA INTERPROFISSIONALIDADE NO AMBIENTE ESCOLAR Autores: Carine Ferreira Santos |
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Apresentação: O seguinte resumo descreve a experiência do estágio interprofissional realizado pela Universidade de Brasília (UnB) na região do Paranoá-DF, assim como a importância da interprofissionalidade no ambiente escolar e seus benefícios na prevenção a violências e promoção da saúde. A interprofissionalidade pode ser entendida como a atuação em conjunto com outros profissionais da saúde de forma articulada, onde a união de diversos saberes dialoga para a construção de medidas a fim de solucionar problemas e tomar decisões mais conscientes. Com isso, o projeto busca inserir estudantes das mais diversas graduações da área da saúde, assim como profissionais dos serviços de saúde, o que viabiliza o desenvolvimento de práticas colaborativas para o efetivo trabalho em equipe no ambiente escolar. Objetivo: Desenvolver oficinas visando a promoção de saúde e prevenção a violências; Fortalecer os serviços de proteção a crianças e adolescentes e o vínculo entre PAV, UBS, UnB e Escola; Oferecer aos escolares uma rede com maior articulação dos serviços. Descrição Através de oficinas o projeto visa compreender a realidade dos escolares, assim como as metas e objetivos a serem traçados ao decorrer do semestre para se obter um fortalecimento das redes. O estágio tem como meta o desenvolvimento de habilidades interprofissionais nas ações de educação, buscando contribuir com a promoção da saúde e prevenção a violências no ambiente escolar, intervindo com enfoque na realidade dos alunos. A intervenção no ambiente escolar se dá por meio da Pesquisa-ação, o estagiário busca reconhecer o problema, e junto com a equipe problematizar a situação e contribuir com medidas cabíveis. Assim a metodologia utilizada se baseia no Arco de Maguerez que possibilita a atuação de acordo com a realidade social, o mesmo possui cinco etapas: a observação da realidade, pontos chaves, teorização, hipóteses de solução e aplicação à realidade. Ao longo do semestre foram realizadas oficinas como uma de prevenção ao suicídio, foi possível notar que com a possibilidade de reflexões críticas surgem oportunidades dos mesmos levarem suas vivências particulares de encontro ao falado em sala. Resultado: Dentre os principais resultados no trabalho interprofissional no ambiente escolar se destaca a construção de um extenso espaço de fala, o projeto e fundamental para construção e formação de pensamentos críticos. Foi possível observar uma maior movimentação da escola em relação à conexão com redes de apoio a adolescentes e jovens. Vale ressaltar ainda a percepção do desenvolvimento de vínculo entre escolares. Considerações O projeto teve como resultado o início de uma integração entre escolares e serviços de saúde. Evidenciou ainda uma caminhada na articulação entre PAV, UBS, UNB e Escola, o que pode gerar um fortalecimento a rede de proteção aos escolares. É importante ainda destacar as trocas de saberes envolvidas nesse processo, entre todos os participantes, assim como o conhecimento acerca de violências entre jovens e adolescentes. A equipe interprofissional é fundamental para o desenvolvimento do projeto, foi possível observar que a articulação da equipe possibilita um diálogo e intervenções de qualidade. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8162 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DO ACOLHIMENTO DA POPULAÇÃO USUÁRIA DOS SERVIÇOS DE SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA E POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA A PARTIR DO PROJETO MULTICAMPI SAÚDE Autores: Anderson Reis de Oliveira, Rafael José de Oliveira Leite, Luana Karolina dos Santos Amorim, Janine Brasil Cordovil, Leandro Passarinho Reis Junior |
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Apresentação: O seguinte relato foi elaborado a partir da experiência no projeto Multicampi Saúde, da Universidade Federal do Pará. O projeto tem como objetivo proporcionar uma vivência em campo à alunos de cursos da graduação que podem ter como local de atuação a área da saúde, com enfoque na atenção integral à saúde da mulher e da criança. Durante um mês os discentes são alocados em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para realizarem atividades em equipe, capacitações, alguns atendimentos e encaminhamentos possíveis. Além de proporcionar um aprendizado com discentes de outras áreas, o projeto proporciona uma experiência para além do enfoque em sala de aula ou meramente teórico. Dentre algumas contribuições que a psicologia pode trazer para o contexto da atenção básica, está a necessidade de acolhimento por parte da equipe de profissionais que atuam no serviço para com os usuários. O seguinte trabalho tem como objetivo relatar a respeito de uma capacitação com os profissionais de uma unidade básica de saúde do município de Castanhal, no estado do Pará sobre a importância do acolhimento da comunidade que frequenta a unidade. Desenvolvimento: Durante o período de imersão em campo, eu, como estudante de psicologia pude perceber por meio do método de observação algumas demandas específicas da Unidade, como os Agentes Comunitários de Saúde se queixarem de que alguns colegas de trabalho não tratavam bem as pessoas que eles haviam encaminhado até ali; além disso, pude observar que as consultas eram muito rápidas e focalizavam somente nas questões físicas, e que não havia espaço para o usuário falar para além disso. Com isso, notei a necessidade de realizar uma capacitação a respeito de acolhimento. Sendo assim, conversei com meu colega de psicologia que estava em outra unidade e pedi para que fizéssemos esse trabalho juntos em um determinado dia. A partir daí, decidimos elaborar uma roda de conversa a respeito do que é o acolhimento e de sua importância, proporcionando um diálogo entre nós e os profissionais. Pesquisamos por meio da psicologia, que preza esse acolhimento como um principal mecanismo para que o sujeito possa falar de si e se sinta bem no ambiente em que é atendido. A roda de conversa foi realizada no dia 26 de novembro de 2019, no horário de 14h às 16h, participaram da atividade dez Agentes Comunitários de Saúde e uma enfermeira. Senti a necessidade de outros profissionais da Unidade participarem, mas por algum motivo eles não foram. De início, utilizamos como recurso uma dinâmica na qual desenhamos uma pessoa no quadro e perguntamos a eles: o que é uma pessoa? O que uma pessoa pode ser? Diante da pergunta, obtivemos várias respostas, como: mãe, pai, médica, enfermeira, psicólogo etc. Argumentamos a respeito da dinâmica da vida, que cada pessoa pode ser de um jeito, desenvolver um papel social determinado, ter certas opiniões próprias e o principal: lidar com suas questões de forma muito particulares. Ao chegarmos nesse último ponto, começamos a instigá-los a falar de como ele se sentiam realizando aquele trabalho na unidade, quais suas motivações e quais as partes que eles gostavam ou não, tudo isso para criar um ambiente de diálogo e, claro, de acolhimento. Dentre algumas respostas, uma das ACS disse a nós que se sentia mal pois algumas vezes enfrentava diversas resistências por parte da comunidade com relação a ir até a Unidade. As pessoas costumavam desacreditar que o SUS funciona e por isso evitavam ir até lá. E o que mais deixava a ACS mal era que, mesmo depois de horas de diálogo e de finalmente quebrar essa resistência, as pessoas não eram bem recebidas pela recepção da unidade. Dentre uma das queixas estava a de a recepção querer saber qual era o problema do usuário logo na sala de espera, na frente de todos. Ela disse que não adiantava realizar um acolhimento com as pessoas em casa e ao chegarem na unidade esse acolhimento ser rompido, pois a pessoa não voltava mais. Eu e o outro discente de psicologia nos dividimos na fala e dissemos também da importância de não tratar as pessoas que tem algum problema com olhar de pena, pois cada uma lida com as coisas de uma forma. Diante dessa fala, vários ACS começaram a relatar suas experiências com as pessoas, da importância de se acolher e não julgar, alegaram o amor pelo trabalho e o que mais chamou atenção: as dificuldades dentro das unidades; nas quais eles percebem que esse acolhimento falta; além de relatarem questões pessoais. Um dos ACS nos disse que estávamos de parabéns pelo fato de que não levamos uma palestra pronta para que eles passassem a tarde nos escutando, mas que tínhamos elaborado um ambiente no qual eles também podiam falar e dialogar conosco. Resultado: Como resultado dessa atividade, percebi uma inquietação nos profissionais, bem como as dificuldades por ele apresentadas a respeito de se trabalhar em equipe e dialogar; muitos dos problemas destacados por eles mostram o quão importante é o trabalho na atenção básica e como há uma necessidade de se acolher para que o serviço funcione. Diante de todas as falas, eles se sentiram confortáveis e a vontade para pontuar suas experiências e críticas ao próprio serviço. O fato de alguns colegas que trabalham na unidade não terem participado também foi uma fala presente e algo que os incomodou. Considerações finais: Acolher, é um princípio básico da psicologia, é proporcionar esse local de estar disponível a ouvir o outro e atender suas queixas e dentro desse contexto da atenção primária, ele é essencial ser posto em prática, como demonstra esse relato. A psicologia, durante muito tempo esteve longe da atenção primária a saúde, com isso é necessário destacar sua relevância para questões como essa. Destaco aqui a importância de um projeto de extensão como o Multicampi, que além de nos tirar dessa zona de conforto, proporciona um aprendizado muito grande e uma contribuição para as Unidades Básicas de Saúde. Nos inserir nesse ambiente é essencial no contexto de nossa formação, estar no dia a dia de uma realidade brasileira específica que é o SUS. Merece destaque também a importância da universidade pública e de qualidade, que por meio de projetos como esse tem incentivado mais e a mais discentes a viverem uma experiência única. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 6632 Título do Trabalho: CONHECIMENTO DOS RESPONSÁVEIS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA VACINA EM UMA UNIDADE BÁSICA DA ZONA OESTE. Autores: Angela Dias de Araujo Ramado, Jane Gregório Andrade, Maria Regina Bernardo da silva, Aline Silvano Frutuoso Conceição, Renata Salles de Souza |
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Apresentação: As vacinas são uma das maiores conquistas realizadas pelo homem ao longo da história e vem erradicando inúmeras doenças. Diante desse contexto surgiu o interesse de desenvolver essa pesquisa tendo como fio condutor o entendimento dos responsáveis sobre a Importância da vacinação em uma Unidade Básica de Saúde da Zona Oeste. Objetivo Geral: Compreender o conhecimento dos responsáveis de menores de 6 anos sobre a imunização em uma Unidade Básica de Saúde na Zona Oeste, RJ. Objetivo: Específicos: Identificar os dados relativos á situação vacinal das crianças dos responsáveis entrevistados e relatar os benefícios causados pela Imunização. Método: Estudo de campo de caráter exploratório-descritivo comitê de ética SMS (RJ) parecer nº 3.593 312, com uma abordagem qualitativa que foi conduzido em uma Clínica da Família na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Foram feitas 16 entrevistas, 81% foram mães, somente 1 pai e a faixa etária de 18 a 60 anos, sendo prioritários jovens de 18 a 30 anos 44%. Quanto a escolaridade 56%estudaram nível médio completo, 81% recebem um salário mínimo, 56% ocupa-se de atividades do lar e somente 19% são beneficiários do bolsa família Discussão: O estudo mostrou que os responsáveis apesar das diversificadas opiniões demonstravam preocupação quanto a vacinação dos menores e que o projeto do bolsa família não influenciou na busca pelo imunobiológico garantindo assim uma eficaz cobertura vacinal Resultado: Notou-se pouca orientação no momento pós vacinal devido relatos dos responsáveis. Considerações finais: Evidenciando-se a necessidade de orientações na sala de imunização pelos profissionais de enfermagem e assim disseminando saberes para os responsáveis, garantindo uma assistência qualificada e eficaz. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8175 Título do Trabalho: VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E A ENFERMAGEM: IMPORTÂNCIA DO DEBATE SOBRE O TEMA NA GRADUAÇÃO Autores: Manuela Cristina Gouveia do Amaral, Carla Camilly Pontes dos Santos, Fernanda Tainá da Cruz, Larissa Jhenifer Costa Tavares, Georgia Helena de Oliveira Sotirakis, Dione Seabra de Carvalho |
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Apresentação: A violência contra a mulher pode ser física, verbal, moral, sexual, psicológica ou financeira e, segundo a Central de Atendimento à Mulher em situação de Violência¸ apenas no ano de 2018 foram registradas cerca de 92 mil denúncias desses tipos. Além disso, destaca-se o crescimento das notificações vindas dos postos de atendimento de saúde de todo caso de violência contra a mulher no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), principalmente, em estados das regiões norte e nordeste, o que amplia a discussão sobre a importância da equipe de saúde, destacando-se a enfermagem, nesse contexto de atenção à mulher em situação de violência. Assim, o presente trabalho tem como objetivo descrever a vivência das discentes em um debate sobre os diversos tipos de violência contra a mulher. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência ao descrever a vivência das autoras em uma atividade desenvolvida pela Liga Acadêmica de Enfermagem em Saúde da Mulher e Obstetrícia acerca do tema violência contra a mulher e seus tipos. Esta se deu através da metodologia do photovoice, onde uma imagem era apresentada e as pessoas presentes expunham sua opinião sobre o que esta retratava, iniciando assim uma série de relatos e visões sobre o que é a violência contra mulher, que eram então complementadas pelo que diz a lei 11.340/2006 e Organização Mundial da Saúde. Resultado: A abordagem do tema violência contra mulher na graduação de enfermagem é importante, pois é uma situação frequentemente presente durante atendimentos no serviço de saúde, contudo, ainda há uma dificuldade na detecção e intervenção dos profissionais deste setor frente a esta situação, isto porque, há uma deficiência na formação desses profissionais, evidenciando a necessidade de os estudantes de enfermagem em adquirir, durante sua formação, conhecimentos e competências adequadas. Os estudantes por vezes não têm o conhecimento sobre os sintomas que as mulheres podem apresentar além de perceber que estes não se sentem preparados para lidar com esta situação. Isto foi visto durante o debate proporcionado pela liga acadêmica, quando as acadêmicas compartilharam suas vivencias sobre o tema, percebendo algumas inseguranças sobre cada tipo de violência, que foram abordadas no decorrer da atividade. Considerações finais: Dessa forma, ratifica-se a importância do debate sobre os tipos de violência contra a mulher, destacando, principalmente, o papel da enfermagem nesse contexto, a fim de ampliar os conhecimentos sobre o assunto desde a graduação e assim contribuir com futuros profissionais habilitados para lidar com os mais diversos tipos de situações que envolvam a violência. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 10236 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DO VÍNCULO NA ADESÃO AO PRÉ-NATAL EM MULHERES USUÁRIAS DE CRACK: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Autores: Laylla Ribeiro Macedo, Vivandre Lívia Sant'Ana Marques, Anna Keylla da Silva dos Santos, Keli Marini dos Santos Magno, Magda Guimarães de Araújo Faria, Donizete Vago Daher, Felipe Guimarães Tavares, Emanuele Menezes Correia |
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Apresentação: A integralidade bem como a universalidade são princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS), contudo em muitas situações observa-se na prática profissional que alguns usuários sofrem diariamente diversos estigmas e não são respeitados esses princípios, como é o caso das gestantes usuárias de crack. Aliado a isso, estudos apontam que nos últimos anos, o número de mulheres usuárias de crack, vem crescendo a cada dia e quando estão gestantes, essas mulheres convivem com preconceito, sentimento de medo, culpa e desamparo. Este relato de experiência tem como objetivo conscientizar sobre a importância do vínculo no acompanhamento do pré-natal de uma mulher usuária de crack. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência vivido durante a prática na Residência de enfermagem em Saúde Coletiva em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município do Rio de Janeiro. Resultado: O caso em questão se refere a uma mulher de 38 anos que se encontrava em sua nona gestação, vítima de violência doméstica, usuária de crack com uma situação sócio econômica extremamente vulnerável. Em nenhuma das gestações anteriores a equipe responsável conseguiu acompanhar o pré-natal, principalmente pela falta de vínculo entre a equipe e assistida. Ao ter conhecimento do caso, a profissional residente de enfermagem realizou busca ativa, escutou a gestante, conversou com os agentes comunitários e entendeu os aspectos biopsicossociais nos quais essa mulher estava inserida. A partir desse momento e diante das dificuldades da mesma em ir nas consultas na unidade, alguns exames e consultas referentes ao de pré-natal e a sua saúde mental foram realizadas no domicílio. Contudo sempre que a usuária precisava, a mesma acessava a clínica. Ressalta-se ainda que o diálogo e trabalho conjunto com a equipe da maternidade foi decisivo na assistência prestada, uma vez que a residente acompanhava a gestantes em todas as consultas. Dessa maneira foi possível ter contato direto com enfermeiras, assistentes sociais e médicos que puderam entender melhor o caso. Vale destacar que a usuária manifestava o desejo em fazer laqueadura há alguns anos e que através do acesso as ferramentas do planejamento familiar, foi obtido êxito na realização do procedimento ao final dessa gestação. Considerações finais: Diante do exposto a assistida, que nas outras gestações não acompanhou o pré-natal e/ou acompanhou de maneira ineficaz, a partir da construção do vínculo conseguiu realizar cinco consultas de rotina. Tal número ainda se encontra abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde (MS), porém nota-se um relevante avanço se comparado com a adesão nas gestações anteriores. Sendo assim, pode-se observar que diante da construção do vínculo bem como da escuta ativa e da integralidade é possível realizar uma assistência de maior qualidade e resolutividade. Sendo de suma importância prestar tal assistência livre de preconceitos, estigmas e entendendo verdadeiramente os conceitos de equidade, universalidade e integralidade, pois dessa forma é possível realizar um SUS de excelência. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 6654 Título do Trabalho: A IMPORTÂNCIA DA ADEQUAÇÃO DO DISCURSO E DA INFORMAÇÃO: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA O CONTROLE DA TUBERCULOSE EM ÁREA DE ELEVADA INCIDÊNCIA DE TUBERCULOSE DO RIO DE JANEIRO. Autores: CARLOS JOSE BARBOSA DE CARVALHO |
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Apresentação: A tuberculose é uma infecção causada pelo Bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis) que ataca principalmente os pulmões - sendo capaz de afetar também outros órgãos, como cérebro, intestino e olhos. É considerada como um processo patológico negligenciado e sofre influência dos determinantes sociais de saúde e doença no que tange a pobreza, residências insalubres, e baixa escolaridade, principalmente em cidades populosas com acentuado processo de favelização e marginalização social. Fatores como alcoolismo e infecção pelo vírus HIV que promovem a imunossupressão do sistema imunológico, acentuam a vulnerabilidade à doença. Considerada como um problema de saúde pública, observa-se um elevado número de casos e também de abandono ao tratamento na área assistencial de uma unidade de saúde da Atenção Básica, situada no Bairro da Penha – Rio de Janeiro. O controle da tuberculose requer ações permanentes, como as ofertadas pela Atenção Primária de Saúde que assegura o diagnóstico precoce dos casos e assistência qualificada ao paciente. A cura dos casos é uma das ações mais importantes para a interrupção da cadeia de transmissão e redução da incidência da tuberculose. A busca ativa da doença em populações com risco aumentado da doença é uma estratégia eficiente para reduzir custos e aumentar a detecção de casos e devem estar voltadas para os grupos com maior probabilidade de aquisição da doença. O atraso na identificação dos sinais e sintomas da tuberculose pulmonar pode ocorrer, gerando a procura tardia do serviço de saúde pelo paciente e pela inadequada avaliação do caso do sintomático respiratório (a tosse não costuma ser sintoma valorizado pelas equipes de saúde e pelos pacientes). As buscas de sintomáticos respiratórios podem se dar de forma passiva ou ativa e a atuação da equipe multiprofissional, inseridas na Atenção Básica, é de suma importância no manejo e cuidado dos pacientes que tem tuberculose, desde a captação do usuário até a conclusão do tratamento. Neste processo, enfatiza-se o trabalho do agente comunitário de saúde que atua no tratamento diretamente observado e que busca atender as especificidades de cada usuário, estando atento ao acolhimento do paciente, a fim de propiciar- lhes o diálogo esclarecedor sobre a doença A falta de informações sobre esta temática é apontada na comunidade vigente, seja ela em grandes centros urbanos ou em comunidades. O desconhecimento sobre a doença influencia negativamente o manejo do cuidado e a atenção necessária para esse processo patológico, em profissionais e pacientes. Se faz necessário a difusão de informações, com a adequação do discurso para melhor compreensão por todos os pacientes e comunicantes. Para incrementar a troca e a produção de conhecimentos sobre tuberculose e o seu tratamento elaborou-se um folder, para uso dos agentes comunitários de saúde. Objetivo: Visando maior facilidade de comunicação durante suas práticas assistenciais, pautado em uma linguagem direta e de fácil entendimento. E que a nosso ver, pode contribuir para a concretização da equidade salutar. Desenvolvimento: Este relato de experiência faz parte de um projeto de extensão intitulado ‘Melhorias da Medicina da Família e Comunidade para o controle da tuberculose na Atenção Básica de Saúde “ que vem sendo desenvolvido por professores e alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro em uma clínica de família da Zona Oeste do Rio de Janeiro, local de elevada incidência de tuberculose com o objetivo de contribuir para a redução do abandono em áreas adjacentes à clínica. O projeto foi aprovado pelos Comitês de Ética da referida Universidade e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Em uma primeira etapa de desenvolvimento do trabalho foi fundamental conhecer a nossa população de estudo e para isso aplicou-se o questionário Conhecimentos práticas e atitudes da Organização Mundial de Saúde, a 31 usuários, sendo 22 pacientes com tuberculose e nove comunicantes. Em resposta, constatou-se a existência de equívocos sobre a doença e o seu tratamento, como a forma de sua aquisição, de transmissão do paciente para seus familiares, do tratamento e de como se prevenir contra a doença. Muitas dúvidas viravam tabus e eram repassados adiante mediante conversas dos próprios usuários com seus contatos, prejudicando o manejo do cuidado e do tratamento eficaz da tuberculose. Assim, elaborou-se um folder com base na pesquisa bibliográfica, uso de texto pautado em uma linguagem simples, direta e também com a seleção de imagens ilustrativas e consequente discussão com o grupo de estudos fim de realizar as devidas correções. Em uma segunda etapa do projeto, planeja-se desenvolver uma roda de conversa com os agentes comunitários de saúde a fim de sanar as possíveis duvidas e elucidar a importância do conhecimento sobre a doença e de sua divulgação pelos agentes comunitários durante as atividades práticas que desenvolvem junto a usuários. Para desmistificar os tabus prevalentes que dificultam a busca pela assistência e a adesão ao tratamento. Planeja-se para tal, a aplicação de um questionário padrão a usuários, envolvendo os mitos e verdades sobre a tuberculose e seu processo patológico. Posteriormente será apresentado e discutido o folder “TUBERCULOSE TEM CURA!” Em uma terceira etapa, almeja-se o desenvolvimento de rodas de conversa sobre a tuberculose que acontecerão nos corredores da própria clínica da família, nas salas de espera, enquanto os pacientes aguardam, sentados, diante dos consultórios, o atendimento. Participarão desta estratégia alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, agentes comunitários de saúde, usuários e eventuais integrantes do projeto presentes na clínica. Resultado: esperados: Com a elaboração do folder planeja-se a divulgação de informações sobre a tuberculose entre usuários da clínica e por dentre a comunidade, possibilitando a aquisição de informações. Desta forma planeja-se contribuir para o trabalho de educação e saúde desenvolvido pelos agentes comunitários de saúde com base no folder elaborado. Durante as estratégias educativas desenvolvidas com os agentes comunitários de saúde, almeja-se a valorização da experiência que possuem, a troca e a produção de conhecimentos, frente a algumas dúvidas prevalentes, a apresentação e discussão sobre o folder “TUBERCULOSE TEM CURA!”. Com a realização das rodas de conversa em sala de espera com usuários, almeja-se propiciar o fluxo de informações e a desmistificações de mitos desfavoráveis ao tratamento, minorar o estigma e promover a conscientização dentre os usuários ali presentes de que a tuberculose tem cura, a partir da discussão de dados contidos no folder sobre a doença. Em ambas as estratégias espera-se a difusão de informações sobre a tuberculose favorecendo a busca pela assistência mediante a percepção de sinais e sintomas da tuberculose pelos usuários. A longo prazo, estima-se que haverá uma diminuição dos números de pessoas que ainda enxergam a tuberculose como um tabu, o que pode contribuir para a maior adesão ao tratamento a partir da difusão da informação sobre a doença. Considerações finais: A aquisição de conhecimentos é um fator contribuidor do cuidado e da adesão ao tratamento da tuberculose e a maneira como esta informação chega até os usuários, é de suma importância, Neste aspecto, enfatiza-se a importância de desenvolvimento de projetos de educação em tuberculose junto às populações em áreas de maior incidência da doença, tendo em vista a cura da doença, a prevenção e a promoção da saúde a curto, médio ou longo prazo. |
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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 8191 Título do Trabalho: IMPORTÂNCIA DA MONITORIA ACADÊMICA NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DOCENTE Autores: Ana Carolina Almeida Pimentel Pinto, Nataly Yuri Costa, Sávio Felipe Dias Santos, Armando Sequeira Penela, Breno Augusto Silva Duarte, Camila Andresa Monte Bezerra, Catharina das Graças de Almeida Martins, Fernanda Gomes Gatinho, Raquel Gomes da Silva |
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Apresentação: A graduação proporciona oportunidades ao discente que permeiam a tríade ensino, pesquisa e extensão e, dentre esses cenários, a monitoria acadêmica se apresenta como uma modalidade de ensino e aprendizagem que contribui para o desenvolvimento de habilidades técnicas e didáticas ao graduando, favorecendo maior conhecimento acerca da disciplina monitorada. A participação e colaboração do discente em aulas junto ao professor possibilita a construção de novas práticas e experiências pedagógicas, que fortalecem a capacidade da disseminação de conhecimentos, mediante a articulação da teoria e prática. Esse trabalho tem o objetivo de relatar a experiência de monitores do componente Histologia Humana na perspectiva da formação profissional docente, em uma universidade pública. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado a partir da vivência dos monitores da disciplina Histologia Humana, ministrada em uma Universidade Pública, localizada em Belém do Pará, abordada no primeiro semestre no curso de graduação em Enfermagem, durante os anos de 2018 e 2019, monitorando três turmas: 2018.2, 2019.1 e 2019.2. A princípio os monitores realizaram o acompanhamento do docente, seja nas aulas teóricas ou práticas, realizadas em sala de aula e no laboratório, colaborando com a redução de dúvidas dos alunos acerca do conteúdo programático e visualização das lâminas no laboratório. Foi preparado materiais didáticos, como exercícios de fixação e materiais teóricos, utilizados como instrumento metodológico de ensino; realizado revisões para os processos avaliativos; orientações sobre pesquisas bibliográficas necessárias para o entendimento do conteúdo ministrado e auxílio na correção das atividades propostas. Resultado:S: A partir das experiências na monitoria foi percebida sua importância no desenvolvimento de habilidades inerentes à docência como, ministrar aulas de modo que o conhecimento seja repassado de forma clara e concisa; organização do processo ensino-aprendizagem, liderança em sala e a tomada de decisão frente as necessidades dos alunos. Com isso, foi evidenciado não somente troca de experiências entre o docente e os monitores, como também um ensaio para uma futura carreira no magistério superior, tornando a prática docente acessível, possibilitando que os monitores desempenhassem atividades vinculadas ao ensino e pesquisa, expandindo seus conhecimentos teóricos e práticos. Considerações finais: A monitoria acadêmica instiga e capacita o monitor a conhecer e entender o processo de ensino-aprendizagem, fortalecendo técnicas e práticas que contribuem para seu desempenho enquanto futuro profissional, percebendo assim, a relevância dessa área na formação acadêmica e profissional, aperfeiçoando o modelo de aula e repasse de informações, em prol da prática de metodologias ativas de ensino e aprendizagem dinâmica e eficaz. |