96: Metodologia ativas em diálogo com a participação e a aprendizagem
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: FCA 01 Sala 06 - Pupunha    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
487 USO DE METODOLOGIAS ATIVAS NO PROJETO DE EXTENSÃO DE ODONTOLOGIA: BELÉM/PA
Andréa Cristina Marassi Lucas

USO DE METODOLOGIAS ATIVAS NO PROJETO DE EXTENSÃO DE ODONTOLOGIA: BELÉM/PA

Autores: Andréa Cristina Marassi Lucas

USO DE METODOLOGIAS ATIVAS NO PROJETO DE EXTENSÃO DE ODONTOLOGIA: BELÉM/PA Márcio Vinicius de Gouveia Affonso1; Glauce Guimarães Pereira1; Laysa Martins Barreto1 ; Sheila Cristina Almeida Cruz1; Andréa Cristina Marassi Lucas2; Pettra Blanco Lira Matos2;Tiago Silva do Nascimento3; Liliane Silva do Nascimento4 1Graduando em Odontologia, Universidade Federal do Pará (UFPA) 2Cirurgiã-dentista, Residente em Saúde da Família (UEPA) 3Médico, Especialista em Anestesiologia, Hospital Regional de Taguatinga (HRT) 4Cirurgiã-dentista, Doutorado em Saúde Coletiva, (UFPA) andreamarassi@yahoo.com.br   Apresentação: A pesquisa-ação é a técnica na qual se associa a pesquisa com uma ação ou resolução de um problema coletivo². Essa técnica intervém no intuito de provocar a transformação, baseando-se no processo da aprendizagem, através do envolvimento criativo e consciente, tanto do pesquisador, como do público-alvo. A roda de conversa atua como um espaço de formação de opiniões, uma troca de experiências, a partir do ponto que expressa um momento de reflexão, de avaliação e também de compartilhamento de idéias, sendo capaz de produzir mudanças nos hábitos dos indivíduos¹. No presente estudo, os adolescentes foram selecionados como protagonistas da pesquisa-ação, por se tratar de um grupo com características peculiares, decorrentes das modificações físicas, psicológicas, cognitivas e sociais, inerentes à adolescência4. A precariedade do acesso aos serviços de saúde e às informações, em relação à saúde, tanto geral quanto bucal, faz destes, um grupo mais susceptível a diversos agravos, tais como cáries, gengivites, doença periodontal, além de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)5. Ademais, adolescentes têm dificuldade em se definir como indivíduos, em assumir seu papel social e suas novas responsabilidades, inclusive com o autocuidado, o quê os tornam vulneráveis. Em contraponto, o adolescente apresenta alto potencial de aprendizagem e de capacidade de mudança de comportamento, sendo essa, a fase crucial para adquirir novos conhecimentos, considerando a escola, como um espaço privilegiado para a promoção de saúde, em um enfoque ampliado³. O “Programa Consultórios Itinerantes de Odontologia” trabalha conjuntamente ao Programa Saúde na Escola (PSE), e por isso possibilita que haja a promoção de saúde de forma continuada, ou seja, permite a promoção, prevenção e por fim, recuperação da saúde, por meio das atividades extensionistas dos discentes, e também pesquisadores, no ambiente escolar, integrando educação e saúde. Tais atividades são pensadas e planejadas de acordo com o princípio do acesso e da integralidade, no qual entende-se que o paciente, nesse caso o adolescente, deve ser acolhido e ouvido, para que seja possível entender o contexto social no qual este está inserido. Assim, é possível atender às demandas e as necessidades deste indivíduo, respeitando o princípio instituído na organização do Sistema Único de Saúde. Nos consultórios itinerantes, é continuada a promoção de saúde, garantindo assim, o cuidado e a recuperação da saúde destes escolares, que são encaminhados quando é realizado o diagnóstico de algum agravo durante as visitas realizadas nas escolas. O objetivo do presente trabalho é descrever as experiências vivenciadas nas escolas por meio da utilização da pesquisa-ação em conjunto das rodas de conversa. Essa prática constitui-se como uma pesquisa qualitativa, com intuito de evidenciar as falas do público-alvo, que é o de adolescentes escolares da rede pública, municipal e estadual, da região metropolitana de Belém/PA. As quatro escolas participantes foram selecionadas a partir de pactuação entre SESMA, SEDUC e UFPA.Descrição da Experiência: Foram utilizadas metodologias ativas, através das rodas de conversa realizadas com os escolares, onde o pesquisador encontra-se inserido como sujeito ativo, ao participar na conversa e, ao mesmo tempo, produzir dados para discussão entre os demais participantes. Dessa forma, as rodas de conversa, na sala de aula, contribuíram para a construção coletiva de saberes, onde todos presentes interagiram, de forma dinâmica e interativa. Nas rodas de conversa foram abordados temas como: Cidadania e conceitos do SUS, definição de saúde, autocuidado, saúde bucal, alimentação e hábitos saudáveis, etilismo, tabagismo, câncer oral, DSTs e uso de adornos, tais como piercings e aparelhos ortodônticos “falsos”. Resultados e/ou impactos: Essas atividades, que foram iniciadas em Agosto/2016 e tiveram término em Maio/2017, alcançaram 1616 adolescentes nas escolas públicas selecionadas. Os escolares envolvidos tiveram participação ativa durante o processo de educação em saúde e demonstraram motivação e interesse nos temas abordados. Os mesmos tiveram a oportunidade de compartilhar suas vivências e experiências prévias e sanar as dúvidas durante as rodas de conversa realizadas. Os pesquisadores puderam compartilhar seus conhecimentos baseados na pesquisa científica e nos conhecimentos adquiridos, além de ter a oportunidade em vivenciar a realidade dos adolescentes, a partir de suas falas. As rodas de conversa foram utilizadas como instrumento de trabalho, no âmbito da pesquisa narrativa, possibilitando produção de dados pelo pesquisador, como sujeito participativo, permitindo a reflexão sobre as práticas educativas, através de diálogos e da observação do comportamento dos escolares durante a educação em saúde. Considerações finais: A inserção das rodas de conversa como ferramenta da pesquisa-ação, no âmbito escolar, com o público-alvo de adolescentes, possibilitou resultados favoráveis e incentivadores para o Programa de extensão Consultórios Itinerantes de Odontologia, uma vez que permitiu maior participação destes escolares no processo de educação em saúde ofertado pela equipe envolvida no programa, além da produção de dados que serão utilizados para melhoria das futuras ações de saúde nas escolas, a partir das experiências compartilhadas. Descritores: Saúde do Adolescente, Atenção à Saúde, Programa Saúde na Escola.     Referências: Moura, AF; Lima, MG. A REINVENÇÃO DA RODA: RODA DE CONVERSA: UM INSTRUMENTO METODOLÓGICO POSSÍVEL. Revista Temas em Educação. 2014 Junho;23(1):98 – 106.Koerich MS, Backes DS, Sousa FGM, Erdmann AL, Alburquerque GL. Pesquisa-ação: ferramenta metodológica para a pesquisa qualitativa. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2009;11(3):717-23.Zamboni GLP, Lima RL, Duarte DA, de SantAnna GR. Percepções, conhecimentos e representações de saúde bucal em adolescentes de escolas públicas e privadas do município de Atibaia, SP. RFO. 2015 Agosto;20(2):179 – 186.Granville-Garcia AF, Cavalcanti AL, Lorena Sobrinho JE, Araujo JC, de Menezes VA, Barbosa AMF. Importância da Saúde Bucal: um enfoque em adolescentes de Vitória de Santo Antão – PE. Cad Saúde Colet. 2009 Maio;17(2):361 – 374.Davoglio RS, de Castro Aerts DRG, Abegg C, Freddo SL, Monteiro L. Fatores associados a hábitos de saúde bucal e utilização de serviços odontológicos entre adolescentes. Cad Saúde Pública. 2009 Março;25(3):655 – 667.

2025 ATIVIDADE EDUCATIVA SOBRE SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA: o uso de tecnologias educativas para facilitar o processo de ensino-aprendizado
Roberta Brelaz do Carmo, Akyson Zidane Merca Silva, Camila Menezes da Silva, Elizângela Fonseca de Mendonça, Gabriela Farias de Lima, Joyce Gama Souza, Joyce Petrina Moura Santos, Nathalia Souza Marques

ATIVIDADE EDUCATIVA SOBRE SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA: o uso de tecnologias educativas para facilitar o processo de ensino-aprendizado

Autores: Roberta Brelaz do Carmo, Akyson Zidane Merca Silva, Camila Menezes da Silva, Elizângela Fonseca de Mendonça, Gabriela Farias de Lima, Joyce Gama Souza, Joyce Petrina Moura Santos, Nathalia Souza Marques

Apresentação: A caracterização da população adolescente está vinculada à faixa etária, sendo identificado como adolescente aquele entre 10 a 19 anos de idade, mas pode variar conforme o autor levado em consideração. A visibilidade dada a esta parte da população se deu devido aos problemas sociais enfrentados pelos mesmos no seu processo de construção, pois por se tratar de uma transição da infância para a vida adulta com alteração a nível biológico e psicológico, detecta-se um número exacerbado de comportamentos considerados de risco, havendo a necessidade de uma maior atenção a tais indivíduos mediante o fomento de políticas públicas no âmbito da saúde, as quais devem ser vinculadas a práticas transformadoras de educação. Alterações como crescimento de mamas e menarca nas meninas, polução noturna e semenarca nos meninos e pubarca vão aparecer juntamente com mudanças repentinas de humor, constantes questionamentos sobre a vida, necessidade de viver intensamente, asserção da identidade pessoal enquanto indivíduo e grupo, além de afirmação e iniciação da vida sexual, tendo o tema acerca da sexualidade ganhado destaque nesse contexto devido o alto índice de gravidez na adolescência e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’S), gerando problemáticas sociais que repercutem na vida dos jovens. Diante deste contexto, objetiva-se realizar uma atividade educativa sobre sexualidade na adolescência por intermédio de uma tecnologia educativa em saúde, pois entendemos que a educação em saúde pautada na tríade promoção-diálogo-transformação, tendo o enfermeiro como peça-chave nesta condução, pois seu processo de trabalho é o cuidado, e associada ao uso de tecnologias educativas para facilitar a compreensão e apropriação dos conhecimentos pela população é crucial para mudar a realidade vigente. Pesando nisso, a tecnologia educativa criada tem caráter visual e informativo para a promoção de educação em saúde. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência realizado com adolescentes entre 11 a 13 anos em uma escola de ensino básico localizada na periferia de Belém-PA, como parte da atividade curricular Atenção Integral à Saúde do Adolescente do curso de Enfermagem, a qual tem como pilar de sustentação as incumbências da atenção primária à saúde quanto às modificações ocorridas durante a fase infanto-juvenil. O planejamento educativo precede qualquer atividade de educação em saúde, sendo fundamental para um bom desenvolvimento do mesmo, e por não ter havido participação do público alvo durante a idealização do processo educativo em saúde em questão, considera-se que este foi realizado mediante um planejamento centralizado, sendo a atividade conduzida com auxílio de uma tecnologia educativa em saúde para facilitar o processo de ensino-aprendizado sem desconsiderar o saber prévio dos indivíduos. A tecnologia em questão trata-se de dois bonecos de papel em tamanho real, um de cada sexo, os quais podem ser submetidos a duas classificações, a saber: são classificados como tecnologia educativa do tipo visual, expositiva e dialogal; além de serem julgados como uma tecnologia em saúde do tipo leve-dura, por ter o processo de trabalho voltado para um saber específico, sendo considerada como a tecnologia-saber. A explicação acerca da sexualidade teve início com as mudanças sofridas, cronologicamente, em meninos e meninas na puberdade, e no decorrer do processo de ensino adicionava-se itens, como peças de um quebra-cabeça, ou se desenhava nos bonecos, ou seja, concomitantemente com a explicação os bonecos atingiam corpos de adultos mediante: seios maiores e menstruação nas meninas; genitália maior e polução noturna para os meninos; aparecimento de pelos pubianos e axilares; além da aparição de pelos faciais e torácicos nos homens; entre outros. A explanação dialógica não aconteceu apenas acerca das alterações a nível biológico, mas em associação com mudanças de cunho psicossociais, com ênfase no aumento do desejo sexual e os riscos que o sexo desprotegido pode acarretar, tais como gravidez indesejada e IST’s. Neste contexto, os presentes foram questionados sobre como se dá o processo de gestação e se eles tinham conhecimento sobre as suas formas de prevenção. Ademais, iniciou-se um debate sobre os riscos à saúde que o sexo desprotegido pode acarretar, tais como as IST’s, as quais foram brevemente explicadas após ouvir o conhecimento dos adolescentes sobre este assunto. As vias de infecção dessas doenças foram exemplificadas na tecnologia educativa em saúde mediante a inserção de bactérias e vírus colados nas principais portas de entrada e algumas manifestações clínicas importantes, tais como: verrugas ou outras lesões na região íntima, secreção com odor e prurido e outras. Após isso, solicitou-se que a turma se dividisse em dois times, cada qual com um nome escolhidos pelos integrantes, para uma disputa de perguntas e respostas que objetivava perceber o nível de aprendizado e a fixação e compreensão dos mesmos após a atividade educativa. Dessa forma, eles optaram pela criação de um time de meninos e outro de meninas, e para incentivar a participação foi informado que o time vencedor ganharia um prêmio. O jogo era conduzido mediante perguntas que estavam dentro de balões, onde um representante de cada grupo deveria escolher o balão, estourá-lo e responder a pergunta contida nele juntamente com os outros integrantes em um tempo hábil de 1 minuto. Caso o grupo não conseguisse responder dentro do tempo ou errasse a resposta o grupo adversário tinha o direito de resposta, podendo ganhar o ponto caso acertasse. No total, havia seis perguntas e todas foram comentadas pelos condutores da ação ao final de cada ciclo. Resultados e/ou impactos: A atividade contou com cerca de 20 alunos matriculados no 6º ano do ensino fundamental, sendo a maioria do sexo feminino. A abordagem problematizadora sobre a sexualidade se faz de extrema pertinência diante das estatísticas com elevado índice de gravidez na adolescência e aumento de IST’s nessa população e para a realização desta ação o conhecimento prévio dos alunos foi crucial para a condução das temáticas. Estabelecer o diálogo e valorizar o conhecimento prévio dos indivíduos é fundamental para o sucesso de atividades educativas de cunho transformador e diante disto o uso de uma tecnologia educativa em saúde contribuiu para o processo de ensino-aprendizado, expressando resultados satisfatórios, que foram observados durante a explicação e durante o jogo de perguntas e respostas, sendo o grupo feminino o vencedor com dois pontos de diferença e todas as participantes ganharam um kit de doces. Considerações finais: A adolescência é uma fase da vida cercada de questionamentos sobre diversos assuntos e diante do conceito ampliado de saúde infere-se que a equipe multiprofissional tem grande responsabilidade quanto ao empoderamento dessa população, especialmente os profissionais de enfermagem, por terem em seu processo de trabalho a educação individual e coletiva, sendo fundamental que estes se apoderem de métodos que facilitem o processo de aprendizado de forma que a educação em saúde seja voltada para as necessidades dos indivíduos, acarretando em uma maior autonomia nos seus cuidados de saúde.

2114 Simulação realística: a semente da excelência na assistência às urgências
Luciana Sogame, Leonardo França Vieira, Caio Duarte Neto, Simone Karla Apolonio Duarte, Julianna Vaillant Louzada Oliveira, Roberto Ramos Barbosa, Gisele Nascimento Loureiro

Simulação realística: a semente da excelência na assistência às urgências

Autores: Luciana Sogame, Leonardo França Vieira, Caio Duarte Neto, Simone Karla Apolonio Duarte, Julianna Vaillant Louzada Oliveira, Roberto Ramos Barbosa, Gisele Nascimento Loureiro

Apresentação: o uso da Simulação Realística nas capacitações de profissionais de saúde tem se tornado cada vez mais intensa no Brasil. Este trabalho é um relato da experiência vivenciada pelo Núcleo de Educação Permanente (NEP) do SAMU do ES, cujo objetivo é compartilhar a eficácia da metodologia ativa na qualificação profissional em urgência e emergência. Desenvolvimento do trabalho: em fevereiro do ano de 2017, o NEP do SAMU do ES foi reestruturado e adotou uma nova metodologia para o desenvolvimento de treinamentos da equipe multiprofissional de intervenção. Para este desafio, foi utilizada a Simulação Realística, num ambiente estruturado com equipamentos e manequins de tecnologia avançada. Descrição da experiência: Os participantes foram divididos em dois cursos distintos, conforme o grau de instrução, sendo assim, os técnicos de enfermagem e os condutores de veículo de emergência participaram do Treinamento em Suporte Básico com carga horária de 15 horas, divididas em três módulos, e os médicos e enfermeiros do Treinamento em Suporte Avançado, composto por quatro módulos que totalizaram 20 horas. O total de participantes permitido em cada módulo foi de, no máximo, dezesseis, para um melhor aproveitamento. Antes de participar do módulo, o profissional recebeu o material teórico previamente selecionado para alinhamento de conceitos. Por fim, durante treinamento prático, eram reproduzidas situações diversas inerentes às atividades exercidas durante o exercício profissional, tais como: sistematização da assistência às urgências; ressuscitação cardiopulmonar e uso do desfibrilador externo automático, suporte avançado de vida ao paciente em parada cardiorrespiratória; manejo básico, avançado e cirúrgico das vias aéreas; intervenções nos casos de arritmias cardíacas; assistência ao paciente traumatizado; e, assistência ao parto e cuidados imediatos ao recém-nascido. Para certificação do treinamento, foi exigida a participação integral em todos os módulos. Resultados: durante o ano de 2017, foi observada uma grande adesão dos profissionais da instituição. Participaram do treinamento um total de 243 profissionais que atuam na assistência direta do paciente. Deste total, 173 (71,2%) concluíram integralmente o treinamento, enquanto, 37 (15,2%) ficaram com pendência na realização de um módulo e poderão repor para conclusão. Outros 33 (13,6%) participantes faltaram dois módulos ou mais e precisarão repetir o treinamento integralmente. Ao considerar a equipe multiprofissional capacitada verificou-se que 13,2% eram enfermeiros, 11,5% médicos,  35,4% técnicos em enfermagem e 39,9% condutores socorristas. Os profissionais referiram muita satisfação em participar dos treinamentos, e identificamos em suas declarações o desejo de participarem de novos treinamentos similares. Considerações finais: o treinamento em urgência e emergência por meio de simulação realística promove uma experiência muito satisfatória, tanto para o participante quanto para o facilitador, e neste cenário, quem se beneficia é a sociedade, pois estarão melhor assistidos. Outro aspecto positivo é a otimização dos custos durante a assistência que um profissional capacitado pode gerar para o serviço e para os cofres públicos, a medida que uma assistência adequada ao paciente culmina na redução do tempo de internação e afastamento das atividades laborais.

425 METODOLOGIA PROBLEMATIZAÇÃO: O ARCO DE MAGUEREZ COM RESULTADO EM MAPA CONCEITUAL NO CURSO DE ENFERMAGEM
Izabel Alcina Soares Evangelista

METODOLOGIA PROBLEMATIZAÇÃO: O ARCO DE MAGUEREZ COM RESULTADO EM MAPA CONCEITUAL NO CURSO DE ENFERMAGEM

Autores: Izabel Alcina Soares Evangelista

Apresentação. Desde 2008 o curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará – UEPA, Campus XII/Santarém, passou a desenvolver Metodologia Ativa, dando ênfase à Metodologia da Problematização - MP, instituída no Projeto Pedagógico do Curso de Enfermagem – PPCE, destacando a problematização discutida e defendida pelo Patrono da Educação brasileira prof. Paulo Freire. Objetivos: relatar o período de atividades experienciadas na docência  no curso de Enfermagem da UEPA, ministrando a disciplina “Educação em Saúde” para turma de Enfermagem 2015/2016 e apresentar a metodologia que se desenvolve durante  os semestres de 2016/1 e 2017/1 para operacionalização do currículo deste curso, valorizando o Eixo Temático e as disciplinas. Seguindo o método descrito pelo Diagrama de Charles Maguerez, também conhecido como Método do Arco ou Arco de Maguerez, que se constitui em cinco etapas bem definidas. Metodologia, após a tomada de decisão da escolha do local (Instituição), ocorre o planejamento das cinco etapas do arco: 1ª Etapa: observação, realiza-se visitas à instituição para observar, diagnosticar e dialogar com as pessoas para identificar o problema. 2ª Etapa: ponto chave é a identificação do problema que requer solução. 3ª Etapa: teorização, é pesquisa bibliográfica, é a fundamentação teórica acerca problema identificado. 4ª Etapa: hipótese de solução são as discussões para encontrar alternativas para minimizar ou resolver o problema identificado. 5ª Etapa: Aplicação à realidade, retorno ao local para realizar a ação/intervenção que favoreça de alguma forma aos participantes da instituição escolhida para realização do estudo.  Durante este período de atividade a cada semestre, com novos acadêmicos, escolha de uma instituição e identificação do problema  in lócus realizamos ação reflexão e ação no processo do arco em duas escolas sendo uma da rede pública municipal e outra da rede publica estadual do município de Santarém no oeste do Pará. Os acadêmicos socializam o resultado  com apresentação denominada de Atividade Integrada em Saúde – AIS, além de produzir um artigo sobre o estudo e elaborar um Mapa Conceitual. Com a turma de Enfermagem 2015 realizamos em 2016/1 em uma escola municipal estudo sobre: Doenças metabólicas: a influência do ambiente escolar na formação dos hábitos alimentares e com Enfermagem 2016 em 2017/1 em uma escola estadual sobre: Análise do Nível de Conhecimento de Alunos de uma Escola Pública de Santarém-PA sobre Hipertensão Arterial. Consideações finais, a Metodologia da Problematização  faz um  diálogo ativo com o Arco de Maguerez, visto que, ambas valorizam um problema extraído da realidade em uma comunidade, dialogando formas de contribuição para minimizar ou superar o problema identificado. Os resultados foram apresentados para todos os professores do semestre que avaliaram como positivo os dados apresentados em Mapa Conceitual, que é uma estratégia de ensinagem e aprendizagem que favorece o aprender  a aprender de forma significativa.

1277 Relato de experiência sobre o uso de metodologia ativa, na formação profissional, com enfoque na atenção integral aos usuários de crack.
Marcela Santos Ferreira, Cristiane Rosa Magalhães, Fernanda Zerbinato Bispo Velasco, Úrsula Persia Paulo Santos, Júlio Cezar Santos Silva, Raphael Dias de Mello Pereira, Patricia Kelly Caglia Bragança, Cristiane Duarte Barbosa

Relato de experiência sobre o uso de metodologia ativa, na formação profissional, com enfoque na atenção integral aos usuários de crack.

Autores: Marcela Santos Ferreira, Cristiane Rosa Magalhães, Fernanda Zerbinato Bispo Velasco, Úrsula Persia Paulo Santos, Júlio Cezar Santos Silva, Raphael Dias de Mello Pereira, Patricia Kelly Caglia Bragança, Cristiane Duarte Barbosa

Apresentação: O uso abusivo do crack tornou-se alvo de várias políticas públicas cujas ações se diversificam tentando cumprir um objetivo único que é a atenção integral a esses indivíduos. No entanto, para que essa integralidade possa ocorrer é necessário que profissionais de saúde tenham uma formação pautada na realidade vivenciada pelos usuários e não somente um olhar estritamente biológico do uso abusivo. A compreensão sobre essa problemática pelos estudantes da área da saúde, que futuramente poderão atuar no cuidado a essas pessoas, requer estratégias educacionais múltiplas e interdisciplinares incorporadas de elementos teóricos alinhados com as práticas cotidianas. Partindo desse panorama, foi desenvolvida com alunos técnicos em Enfermagem uma estratégia que pudesse proporcionar ativamente o desenvolvimento de conhecimentos sobre o uso abusivo de crack e os diversos contextos envolvidos nesta prática. Desenvolvimento do trabalho: De forma a alcançar os objetivos do presente trabalho, uma metodologia ativa composta de uma atividade teatral foi desenvolvida por 25 estudantes técnicos em Enfermagem, sobre a temática do uso abusivo do crack em cracolândias, sendo realizada em uma instituição federal de educação profissional/RJ e assistida por outros alunos da mesma instituição. Nestas encenações teatrais sobre o uso abusivo do crack, ocorridas no primeiro semestre de 2017, alunos técnicos em Enfermagem interpretaram diversos tipos de usuários, vendedores de drogas, profissionais de saúde e da segurança, entre outros. Resultados e impactos: Por meio da observação dos estudantes envolvidos na atividade teatral, em especial no período que antecedeu a encenação, foi evidente que essa atividade, utilizadas como recurso educacional, favoreceu o aumento do conhecimento técnico dos estudantes da área da saúde, como também proporcionou uma criativa experiência informativa para o público que compareceu ao teatro. Muito mais do que ganhar conhecimento profissional, essa metodologia ativa de educação permitiu ao estudante conhecer uma realidade social que requer um ensino de maior complexidade por parte dos professores, que engloba temáticas como direitos humanos, cidadania, dignidade. Considerações finais: A atividade teatral proporcionou aos futuros técnicos em Enfermagem uma experiência enriquecedora referente ao uso abusivo do crack e suas consequências individuais e para sociedade. É uma estratégia educacional que merece ser replicada nas formações profissionais, pois tornam os estudantes, pessoas mais sensíveis a um cuidado integral aos usuários de crack.

2011 USO DE METODOLOGIA ATIVA EM UM CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO INTERIOR DO AMAZONAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Firmina Hermelinda Saldanha Albuquerque, Patrícia dos Santos Guimarães, Hyana Kamila Ferreira de Oliveira, Michel Nasser Correa Lima Chamy, Bruna dos Santos Guimarães, Brenner Kássio Ferreira de Oliveira, Ivone Lima dos Santos, Maxwell Arouca da Silva

USO DE METODOLOGIA ATIVA EM UM CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO INTERIOR DO AMAZONAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Firmina Hermelinda Saldanha Albuquerque, Patrícia dos Santos Guimarães, Hyana Kamila Ferreira de Oliveira, Michel Nasser Correa Lima Chamy, Bruna dos Santos Guimarães, Brenner Kássio Ferreira de Oliveira, Ivone Lima dos Santos, Maxwell Arouca da Silva

APRESENTAÇÃO: A educação superior na área da saúde, ao longo de sua trajetória histórico-pedagógica, vem passando por profundas mudanças para acompanhar, em termos de correntes de pensamento, as concepções que norteiam a formação do profissional e do docente. Neste contexto, o modelo de ensino tradicional vem sendo substituído gradativamente por novas tendências pedagógicas, as quais apontam para a necessidade da formação de um profissional que seja crítico-reflexivo, capaz de transformar a realidade social do seu cotidiano, minimizando assim as injustiças e desigualdades. É neste cenário que se insere as metodologias de ensino-aprendizagem, as quais propõem desafios a serem superados pelos estudantes, possibilitando-os de ocupar o lugar de sujeitos na construção do conhecimento, participando da análise do processo assistencial, e colocando o professor como facilitador e orientador desse processo. O uso da Metodologia Ativa confronta o ensino tradicional das faculdades, caracterizado por retenção de informações, onde as disciplinas em sua grande maioria são fragmentadas e as avalições que exigem do aluno a memorização, podendo levar os estudantes à passividade e aquisição de uma visão estreita e instrumental do aprendizado, promovendo grandes carências de constante atualização. As mudanças curriculares implicam a passagem da disciplinaridade para a interdisciplinaridade, e são consideradas um novo desafio para a formação de professores do futuro, pois além de possibilitar o domínio do conteúdo, há a necessidade de formar educadores que aprendam a pensar, a correlacionar teoria e prática, a buscar, de modo criativo e adequado às necessidades da sociedade, a resolução dos problemas que emergem no dia-a-dia da escolas, universidades e no cotidiano que está inserido este aluno. A estratégia utilizada objetivou avaliar a evolução do conhecimento dos alunos no decorrer do semestre, estimulando o exercício do pensamento crítico-reflexivo, a autonomia e a responsabilização na busca ativa de informações tanto na literatura científica quanto na mídia e exercitar o trabalho em equipe. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Este estudo representa um relato de experiência inovador da Disciplina de Enfermagem em Saúde Mental I do Instituto de Saúde e Biotecnologia/UFAM, vivenciado pela docente Patrícia Guimarães no primeiro semestre letivo do ano de 2017. Em 2016, a presente professora, realizou um curso de especialização em Preceptoria do SUS com ênfase em Metodologia Ativa ofertado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês, onde a mesma obteve o primeiro contato com metodologias inovadoras de ensino. Através desta experiência, a professora sentiu a necessidade de aplicar um pouco do conhecido adquirido durante o curso, em suas aulas ministradas na universidade. Foi adotado como estratégia de ensino-aprendizagem a elaboração de portfólios individuais, conjugando estratégias de metodologias ativas-problematizadoras, além de métodos clássicos de avaliação, exigidos nas estruturas de currículos tradicionais. O portfólio é um método comumente utilizado na metodologia ativa, que permite ao aluno refletir a trajetória do saber construído, possibilitando aos alunos e professores uma compreensão maior do que foi ensinado durante um determinado tempo, neste caso, um semestre. Dentre os cursos de graduação ofertados pelo Instituto de Saúde e Biotecnologia, somente o curso de medicina adota o modelo baseado nas metodologias de ensino-aprendizagem, pois está pautado na Resolução nº 03 de 20 de Junho de 2014. As novas Diretrizes Curriculares estabelecidas pelo Ministério da Educação, determinam que os perfis dos egressos de um curso possam compreender uma sólida formação técnica, profissional e cientifica que  os capacitem a desenvolver novas tecnologias de aprendizado, estimulando assim sua capacidade crítica-reflexiva, de modo que o excite ainda na sua criatividade e na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade. RESULTADOS E IMPACTOS: Após a análise dos portfólios, ferramenta de ensino comumente utilizada na metodologia ativa, pôde-se perceber que a mesma foi bem aceita pelos alunos do 6º período do curso de Enfermagem do Instituto de Saúde e Biotecnologia através da Disciplina de Enfermagem em Saúde Mental I. Tal fato pôde ser constatado através da leitura dos respectivos portfolios confeccionados pelos discentes durante o período, onde os mesmos explanaram suas ideias, opiniões e pensamentos crítico-reflexivo acerca dos conteúdos ministrados durante a disciplina. O portfólio me possibilitou ainda enquanto docente conhecer um pouco mais sobre cada aluno, como sentimentos de fragilidades, alegrias, trajetórias de vida, temores, decepções dentre outros. Tal fato configura-se como um ponto bastante positivo, pois a prática pedagógica precisa levar em consideração as potencialidades e peculiaridades dos alunos, contribuindo para a formação de profissionais mais bem qualificados e sobretudo mais humanos, oportunizando o resgate de suas necessidades e valorizando o contexto e individualidades de cada um. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A vivência desta prática pedagógica foi algo desafiador e ao mesmo tempo inovador, pois a educação superior ainda prioriza práticas pedagógicas de modelos totalmente enraizados ao método tradicional, que muitas vezes, não contribuem para o desenvolvimento de uma sociedade onde os sujeitos não são construtores de sua própria história. Esta experiência estimulou a curiosidade e a manutenção do interesse dos alunos de graduação no alcance dos objetivos do processo de ensino-aprendizagem, conduzindo-os a aprender a aprender, a repensar e a reconstruir a educação pautada na prática cotidiana enquanto discentes e futuros profissionais de saúde. Através desta experiência, espera-se que possamos enquanto docentes, refletirmos no modo como estamos disseminando o conhecimento aos nossos alunos, se realmente estamos fazendo o suficiente enquanto educadores no intuito de colaborar para uma boa formação profissional e sobretudo pessoal dos mesmos, pois o conhecimento e aprendizagem são fundamentais para que o ser humano possa exercer sua autonomia e cidadania, com argumentações e ética, para mudar a realidade e a sua vida. Pensar em mudanças nos currículos tradicionais não é algo tão simples, pois esta perspectiva transformadora irá exigir mudanças didáticas, pois estes estão sobrecarregados de conteúdos na maioria das vezes insuficientes para a vida profissional, já que a complexidade dos problemas atuais exige novas competências, além do conhecimento especifico como habilidade de inovação, trabalho em grupo, conhecimento interdisciplinar dentre outros, porém não é impossível, é necessário pensarmos em mudanças futuras no aspecto educacional, e  isto depende apenas do esforço e dedicação de cada um. Em suma, a utilização do portfólio, em contextos universitários orientados por currículos tradicionais, onde se trabalha com um grande número de alunos em disciplinas compartimentalizadas, surge como uma possibilidade inovadora de ensino-aprendizagem e avaliação ativa e participativa.

2190 OS IMPACTOS DA UTILIZAÇÃO DE METODOLOGIAS ATIVAS PARA FORMAÇÃO CRÍTICA-REFLEXIVA DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM
Márcia Laélia de Oliveira Silva, Jordana de Oliveira Freire, Marcella Alexandra Gabriel dos Santos, Soraya Maria de Medeiros, Bianca Calheiros Cardoso, Nayara Cristina da Silva Bento, Fillipi André dos Santos Silva, Raissa Lima Coura Vasconcelos

OS IMPACTOS DA UTILIZAÇÃO DE METODOLOGIAS ATIVAS PARA FORMAÇÃO CRÍTICA-REFLEXIVA DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM

Autores: Márcia Laélia de Oliveira Silva, Jordana de Oliveira Freire, Marcella Alexandra Gabriel dos Santos, Soraya Maria de Medeiros, Bianca Calheiros Cardoso, Nayara Cristina da Silva Bento, Fillipi André dos Santos Silva, Raissa Lima Coura Vasconcelos

Com as mudanças nos paradigmas ocorridos em uma perspectiva histórica na sociedade e na saúde brasileira, as metodologias ativas de ensino-aprendizagem receberam influência tantos dos contextos políticos, quantos sociais e culturais vivenciados segundo a realidade na qual estavam inseridas. Assim, com as exigências da sociedade e do mercado de trabalho, que busca romper com o estigma do modelo hospitalocêntrico e estimular o cuidado integral do indivíduo, levando em consideração o homem com heranças culturais e características socioeconômicas diversas, a utilização das metodologias ativas em saúde se fazem necessárias, pois possibilitam ao estudante detectar problemas reais e criar soluções originais, proporcionando mudanças na realidade, construindo então sua formação crítica-reflexiva para lidar futuramente com a imprevisibilidade do trabalho e garantir o bem-estar físico, mental e social da população. Com isso, objetiva-se discutir os impactos positivos causados pela utilização de metodologias ativas para a formação dos estudantes de graduação em enfermagem. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, onde foi realizado a busca dos artigos nas seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Banco de Dados em Enfermagem (BDENF), com os descritores: Educação em Saúde e Enfermagem, disponíveis online, completos, no idioma português, gratuito e a partir do ano de 2010 até 2017. .Encontraram-se dez artigos na base de dados SciELO e nove artigos na BDENF, onde foi realizado a leitura do resumo de todos os artigos encontrados, sendo apenas escolhidos dez artigos para a leitura completa. A utilização das metodologias ativas proporciona um conhecimento significativo e não meramente mecânico. Traz como pontos principais a relação professor e aluno. O discente deve atuar como transformador social, sendo estimulado a refletir sobre problemas, a questionar-se, a inovar, a ter autonomia e liberdade na realização de escolhas e tomada de decisões. Ter soluções criativas e sensíveis a realidade também faz parte das características que o aluno deve criar e/ou evoluir com a utilização dessas metodologias. E o docente tem como função ser mediador ou facilitador no processo de ensino aprendizagem, realizando trocas de conhecimentos. Com isso, os estudantes da área da saúde desenvolvem competência crítica e uma sensibilidade social, ambas utilizadas na prática profissional. Além de potencializar seu pensamento político, social e ético, fazendo assim, com que o estudante esteja preparado para atender as necessidades da população com uma visão holística do cuidado, como preza o Sistema Único de Saúde no Brasil. Diante do exposto, é possível concluir que a formação crítica-reflexiva dos estudantes de enfermagem, traz um maior significado quando se utiliza as metodologias ativas. Pois traz impactos positivos ao estudante como, uma visão globalizadora da realidade, onde atua sabendo lidar com situações complexas e imprevisíveis na prática, com inovações tecnológicas e soluções criativas para o problema.

2329 Metodologias ativas como práticas inovadoras de ensino-aprendizagem na formação crítica do estudante de medicina
Flávio Renan Paula da Costa, Synaha Rachel Romão de Almeida, Dayanna Lopes da Silveira, Tainá Afonso de Almeida, Luana Sanches da Costa, Marineide Santos de Melo

Metodologias ativas como práticas inovadoras de ensino-aprendizagem na formação crítica do estudante de medicina

Autores: Flávio Renan Paula da Costa, Synaha Rachel Romão de Almeida, Dayanna Lopes da Silveira, Tainá Afonso de Almeida, Luana Sanches da Costa, Marineide Santos de Melo

Introdução: A educação vem passando por um processo de mudanças ao longo da história. Atualmente, muito se tem questionado sobre o método tradicional de ensino e se discutido sobre novos modelos de ensino-aprendizagem no curso de medicina. Assim, surgem novas concepções de ensino com diferentes modelos e estratégias para a sua realização que apresentam alternativas para o processo de ensino-aprendizagem. As metodologias ativas além de desenvolver autonomia no aluno, permite o desenvolvimento de uma visão mais crítica da realidade e promove o exercício do trabalho em equipe, atribuições extremamente relevantes para futuros profissionais de saúde. Objetivo: Relatar a percepção de quatro alunos de medicina da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) sobre métodos alternativos de ensino-aprendizagem durante o ciclo básico e o início do ciclo clínico. Descrição da experiência: Trata-se de um relato vivenciado por quatro acadêmicos de medicina da UEA que foram submetidos a metodologias ativas de aprendizagem, nas disciplinas de patologia geral, fisiologia humana, micologia, bioquímica, técnica cirúrgica, anestesiologia clínica e clínica cirúrgica I. Resultados: Foram observadas diferentes opiniões, quanto ao grau de satisfação e motivação, relacionadas aos métodos alternativos de ensino-aprendizagem. Estas diferenças estão relacionadas com a quantidade de matérias por semestre e suas altas cargas horárias, a falta de tempo para o estudo individual e as diferentes metodologias de aprendizagem utilizadas pelos professores. Apesar disso, constataram-se muitos benefícios das metodologias ativas no processo de ensino-aprendizado e que a metodologia ainda precisa de alguns aprimoramentos para tornar-se mais eficaz. Considerações finais: Apesar de observadas algumas dificuldades relacionadas à didática de alguns professores e à alta demanda de conteúdos que os alunos de medicina precisam estudar, muitos benefícios são adquiridos com as metodologias ativas, pois, exigem do aluno participação ativa ao visualizar a situação, problematizar e buscar resolução do problema, valorizando a parte humanizada da medicina centrando-a no paciente através do aprimoramento da relação médico-paciente.

5165 RESILIÊNCIA DIANTE DA DISPARIDADE TEÓRICO-PRÁTICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Marcela Catunda de Souza Michiles, Andreia Doria Cardoso Da Silva, Lie Tonaki, Viviane Santana de Andrade, Wanessa Souza Barbosa, Maria Raika Guimarães Lobo

RESILIÊNCIA DIANTE DA DISPARIDADE TEÓRICO-PRÁTICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Marcela Catunda de Souza Michiles, Andreia Doria Cardoso Da Silva, Lie Tonaki, Viviane Santana de Andrade, Wanessa Souza Barbosa, Maria Raika Guimarães Lobo

Apresentação: A enfermagem estrutura sua atuação prática através da Prática Baseada em Evidências (PBE). Tal prática é indicada na aquisição de provas científicas, contrapondo experiências solitárias e não sistematizadas. O objetivo na utilização da PBE é a melhora na qualidade do cuidado assistencial dos indivíduos, família e comunidade. Sendo a teoria um instrumento básico de enfermagem, durante a formação acadêmica o discente deve ser estimulado e orientado a desenvolver um olhar analítico, aprimorado ao longo de sua formação a fim de desenvolver seus conhecimentos, habilidades e atitudes plenamente no decorrer da atuação no campo da enfermagem. O curso de Enfermagem possui em suas Diretrizes Curriculares a disciplina Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem, na qual aborda-se, além de outros temas, a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). A SAE é a metodologia que se utiliza do Processo de Enfermagem (PE) para implementação das Teorias de Enfermagem na prática hospitalar. Acredita-se que só será alcançada a autonomia na enfermagem quando, em prática, houver a aplicação sistemática do PE. O PE, é um método que realiza o cuidado de forma crítica, organizada e ordenada, pois é estruturado em cinco fases nas quais norteiam a atuação do enfermeiro, dando-lhes maior autonomia e segurança. Além disso, diversas literaturas vistas durante o período de graduação, exemplificados pelos programas assistenciais do Ministério da Saúde, também são teorias que auxiliam a prática profissional e acadêmica. Essas devem ser seguidas rigorosamente para uma boa atuação. Dito isso, é de extrema relevância a consolidação e aplicação do cenário teórico-acadêmico durante o período de prática supervisionada pelo professor preceptor, uma vez que o discente atualmente não é um mero espectador e sim o principal sujeito da ação, repleto de pensamento crítico-reflexivo. Por esse motivo, objetiva-se descrever as disparidades encontradas entre o cenário teórico-acadêmico e o âmbito hospitalar durante o período de práticas acadêmicas, entendendo que a temática é inevitável diante da situação atual da saúde pública do país. Desenvolvimento: Partindo dessa prerrogativa, trata-se então de um relato de experiência com abordagem qualitativa e descritiva, diante da percepção individual de acadêmicos de enfermagem da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), acerca das divergências observadas durante a prática em âmbito hospitalar, em relação à aplicação da teoria, durante disciplina Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem II. A disciplina possui carga horária de 150 horas, sendo 120 horas destinadas à prática supervisionada pelo professor preceptor. A experiência iniciou no dia 19 de abril de 2017, estendendo-se até o dia 21 de junho do mesmo ano na clínica ortopédica de um hospital público que possui parceria com a UEA, localizado na cidade de Manaus-Amazonas. Dentre as atividades realizadas destacam-se: aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), assim como o Processo de Enfermagem (PE), no qual eram inicialmente corrigidos e posteriormente repassados ao enfermeiro responsável pelo plantão; realização de curativos, banho no leito e massagem de conforto, além de supervisão da clínica e realização de sessões clínicas farmacológicas. Resultados e impactos: As experiências vivenciadas possuem cunho positivo pois, nesse cenário, pode-se aplicar os conhecimentos técnicos e científicos ministrados durante as aulas teóricas por parte dos discentes. Percebeu-se também a importância da atividade prática para a consolidação dos conhecimentos adquiridos em sala de aula. Entretanto, foram visualizadas situações relativamente limitantes, confirmando a disparidade no que diz respeito à aplicação da teoria na prática em âmbito hospitalar. Inicialmente, percebeu-se pouca adesão quanto a aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE) por parte de alguns profissionais, talvez pela otimização do tempo relacionado à deficiência no quantitativo de enfermeiros. Resultando, nesse caso, uma assistência restrita, uma vez que a SAE promove um maior contato entre enfermeiros e pacientes, estimulando a criação de um vínculo que influencia a melhora no atendimento. Constatou-se que em alguns casos há terceirização dos cuidados de enfermagem ao visualizar o banho do leito realizado pelo acompanhante, sendo esse um elemento questionador uma vez que infere-se que o acompanhante não possui o entendimento científico e a percepção das noções terapêuticas do banho, realizando-o de maneira inadequada. Nesse momento, é evidenciado a importância do enfermeiro na assistência e sua contribuição na melhora de saúde do paciente. Observou-se o uso parcial dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s) e a não aplicação das regras de biossegurança, como a falta do uso de capote e máscaras durante os procedimentos, além da utilização de excesso de adornos. Esses podem interferir no prognóstico do paciente, pois a utilização dificulta a prevenção e controle de infecções. Identificou-se a necessidade da aquisição de novos materiais na assistência, exemplificado pela falta de biombos, carros de transporte de material hospitalar e bandejas em aço inox, além do não funcionamento do aquecedor de soro, no qual deveria ser resolvido pela gestão hospitalar. No entanto, estes fatos não desmotivam os enfermeiros da clínica, ao contrário, enaltece suas capacidades criativas, e expõe a amplitude de funções e finalidades do enfermeiro frente às dificuldades. Considerações finais: A partir da observação da experiência, nota-se uma certa resistência por parte de alguns colegas profissionais da área nas práticas baseadas em evidências, dentro do âmbito hospitalar, isso é questionador pois na academia somos moldados a aprender todas as técnicas e procedimentos de maneira correta, de acordo com as literaturas, assim como também aplicá-las na forma indicada. Apesar de encontrarmos divergências e dificuldades que limitam nossa atuação no campo, seja por apreensão e insegurança ou por obstáculos institucionais, não podemos nos deixar corromper por práticas inadequadas e sim sermos coerentes com tudo o que aprendemos, prevalecendo a autocrítica. As experiências limitantes precisam ser discutidas na academia, pois é durante as práticas que o discente se aproximará da realidade de trabalho, a fim de evitar desfechos como frustração em relação à futura profissão, ou até mesmo a sedução ao comodismo no trabalho e a influência negativa por parte do sistema envolvido, além de evitar a exposição dos pacientes a situações de risco. A discussão da temática durante a graduação pode resultar na formação de profissionais competentes e comprometidos com a vida do paciente, por mais que sejam grandes as dificuldades. Visto, ainda, que o cenário atual da saúde pública é passível de discordâncias, é de extrema importância que seja crescente e contínua a necessidade de resiliência nos profissionais de enfermagem.

5256 O ARCO DE MAGUEREZ NAS PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA: EXPERIÊNCIA DE PROCESSOS EDUCATIVOS EM ENFERMAGEM
Rennan Coelho Bastos, Joyce Petrina Moura Santos, Elizama Nascimento Pastana, Roberta Brelaz do Carmo, Geyse Aline Rodrigues Dias

O ARCO DE MAGUEREZ NAS PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA: EXPERIÊNCIA DE PROCESSOS EDUCATIVOS EM ENFERMAGEM

Autores: Rennan Coelho Bastos, Joyce Petrina Moura Santos, Elizama Nascimento Pastana, Roberta Brelaz do Carmo, Geyse Aline Rodrigues Dias

Apresentação: As atividades práticas são tidas como parte fundamental dentro do processo de ensino-aprendizado, inclusive na formação de nível superior, visto que o aprender-fazendo estimula a investigação, possibilitando uma compreensão lógica de todas as etapas necessárias para alcançar determinado conhecimento cognitivo. Ademais, durante a vivência, os alunos dialogam com uma realidade diferenciada e seus respectivos atores, podendo ter um maior entendimento da mesma para atuar sobre ela, tal como infere a metodologia da Problematização com o Arco de Maguerez. Posto que problematizar é basicamente observar os problemas por outros ângulos e de forma contextualizada, o uso do Arco de Maguerez se confere bem a tal metodologia, pois este tem a realidade como ponto de partida e ponto de chegada, tendo a transformação como principal objetivo, após implementação de suas cinco etapas, que inicia com a observação da realidade para haver a definição de um problema após diálogo em grupo, o qual irá subsidiar a definição de pontos-chave, sendo esta a segunda etapa. Na terceira etapa, chamada teorização, o grupo deverá se apoderar de embasamento teórico/científico como base para a quarta etapa, a qual concerne na criação de uma hipótese de solução que deverá ser consumada, caracterizando a última etapa do Arco de Maguerez, chamada de aplicação à realidade. Mediante o cumprimento dessa sistematização os alunos aprendem com a realidade à medida que a transformam, por meio da execução de soluções benéficas a todos os indivíduos. Dessa forma, a educação é vista como um campo de prática social e não algo individualizante, conciliando com a práxis da enfermagem, a qual tem o cuidado como ferramenta para a transformação da realidade, seja mediante práticas educativas, assistenciais ou de gerência. Diante disto, objetiva-se refletir como se dá o processo de ensino-aprendizagem realizado a luz da metodologia da Problematização com o Arco de Maguerez na prática de uma atividade curricular com foco nos processos educativos e empoderamento social no âmbito da saúde. Desenvolvimento do Trabalho: Tal experiência foi vivenciada durante as aulas práticas da atividade curricular “Processos Educativos em Enfermagem I”, no curso de enfermagem da Universidade Federal do Pará. As aulas envolveram alunos do terceiro semestre e foram realizadas durante o segundo semestre de 2017, em uma unidade básica de saúde amazônica, localizada na periferia do município de Belém-Pará. Partindo da problematização com a utilização do Arco de Charles Maguerez, os estudantes, sob orientação da docente e monitores, desenvolveram um planejamento educativo em saúde para a execução de propostas de intervenção a partir da realidade observada. As etapas do arco auxiliaram nesse processo, na primeira etapa que compete à observação da realidade, os acadêmicos direcionaram-se para uma coleta de dados minuciosa a partir da escuta sensível de usuários e funcionários da unidade, assim como a observação do ambiente. Na segunda etapa, definições dos pontos chave, os discentes, iniciaram uma reflexão, um questionamento sobre os possíveis fatores associados aos problemas e que afetam a sua existência, assim como, os possíveis determinantes que podem estar associados, possibilitando assim o estabelecimento de problemas prioritários para intervenção. Na teorização, definida como terceira etapa do arco, os alunos buscaram conhecimento científico e experiências relevantes a cerca do problema em diversas fontes, onde organizaram, analisaram e avaliaram essas informações a fim de contribuir para o desenvolvimento de soluções. Na etapa de hipóteses de solução o potencial criativo e reflexivo dos envolvidos foi mobilizado. Nesta fase foram pensadas, planejadas e estruturadas ações de intervenção, com métodos, plano ação e tecnologias que auxiliaram na quinta etapa, que se caracteriza como aplicação das propostas de intervenção a realidade. Ao final de cada aplicação, os acadêmicos refletiram sobre os resultados alcançados e avaliaram seus instrumentos. Vale ressaltar que em todas as etapas os discentes são acompanhados pelo docente e equipe de monitores, sendo auxiliados em cada etapa da utilização do arco e construção do planejamento. Resultados: Na perspectiva da prática da atividade curricular baseada na Educação em Saúde por meio da Problematização, que tem suas origens aceitas nos estudos de Paulo Freire, a utilização da metodologia enfatizou para os acadêmicos que os problemas a serem diagnosticados tendo em vista uma intervenção, precisam valer-se de um cenário real, com todas as suas contradições, abordando as experiências e saberes dos sujeitos envolvidos neste processo, compreendendo-os como detentores de um determinado conhecimento e não apenas receptores de informações. Ao se confrontarem com as informações da realidade observada, e utilizando dos seus saberes e os articulando, os discentes desenvolvem diversas propostas de intervenção que lhe pareceram instigantes e que vieram a colaborar para o avanço na qualidade dos serviços de saúde que a unidade básica oferece e suas finalidades, assim como para a autonomia e responsabilização do usuário sobre sua saúde. As atividades de monitoria proporcionam um ganho singular no que diz respeito ao crescimento pessoal e profissional, pois ao auxiliar no desenvolvimento da metodologia, o monitor dialoga com outros educandos, com o professor e com os atores da realidade a qual ambos estão inseridos. Dessa forma, a troca de conhecimentos amplia-se, facilitando a compreensão e a criatividade. Ademais, ao proporcionar ao monitor uma junção teórico-prática este também se torna um facilitador, visto que terá um maior entendimento quanto aquela vivência e poderá dar apoio quanto às etapas do método utilizado. Diante das etapas do Arco de Maguerez, monitores, educandos e educador estimularam suas habilidades intelectuais, sociais e resolutivas, pois tal metodologia propicia a sensibilização com a realidade de outrem diante da primeira e segunda etapas, a necessidade de pesquisa e criatividade devido a terceira e quarta etapas, além da resolução do que foi observado, caracterizando na transformação necessária que a quinta etapa infere. Considerações Finais: A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1988, por meio da Constituição Federal do Brasil, instituiu que os profissionais de saúde devem atuar seguindo os princípios e diretrizes estabelecidos por esse sistema, consolidando-se a formação profissional em saúde voltada para o SUS. Nesta visão, a prática da Educação em Saúde é fundamental para que os acadêmicos e monitores de enfermagem desenvolvam e fortaleçam a competência e perspectiva de educadores e gestores, para tanto é necessário entender que a educação em saúde é um processo dinâmico, contínuo e organiza-se de acordo com as demandas da sociedade, neste sentido a metodologia da problematização oferece subsídios para tal prática, visto que estimula o acadêmico a tomar consciência do mundo ao seu redor e atuar intencionalmente para transformá-lo, para transformar uma determinada situação de saúde, onde permita a melhoria da qualidade de vida do usuário e consequentemente um viver mais digno para o próprio homem.

5324 Júri Simulado Aplicado no Ensino de Ética e Profissionalismo para Estudantes de Medicina
Beatriz Yumi Osaki Chikui, Nathalia Gabay Pereira, João Igor da Costa Gomes, Anna Luiza Melo Machado, Caio César Chaves Costa

Júri Simulado Aplicado no Ensino de Ética e Profissionalismo para Estudantes de Medicina

Autores: Beatriz Yumi Osaki Chikui, Nathalia Gabay Pereira, João Igor da Costa Gomes, Anna Luiza Melo Machado, Caio César Chaves Costa

Apresentação: Ética e profissionalismo são fundamentais para estabelecer uma boa relação médico-paciente. No entanto, apesar de sua importância, ainda existem diversas situações de descumprimento desta em universidades da área da saúde. Nesse contexto, novas metodologias de ensino que permitam uma maior interação dos acadêmicos, e logo um maior interesse dos mesmos acerca destes assuntos, ainda são extremamente necessárias na realidade mundial, visto que possibilitam uma formação mais humanizada, com profissionais mais capacitados para lidar com intercorrências e com o próprio paciente. Desenvolvimento do Trabalho: O júri simulado ocorreu no dia 25 de novembro de 2017, contando com 20 participantes de diferentes universidades do Brasil e 1 moderadora. Primeiramente, foi apresentado pela moderadora do evento um caso clínico em que uma estudante de medicina expôs sua paciente tirando uma foto desta quando realizava um exame ginecológico, onde a paciente, sentindo-se constrangida, processou a estudante. Posteriormente, o grupo de participantes foi divido em dois: um que defendia e outro que acusava a estudante. Foram dados 10 minutos para que os grupos pensassem sobre como atuariam, depois 5 minutos de exposição sobre os argumentos que pensaram, 3 minutos de réplica e 1 minuto de tréplica para cada time. Impactos: Durante a discussão, os participantes levantaram pontos importantes sobre ética e sigilo médico, bem como acerca da relação médico-paciente baseado no Código de Ética do Estudante de Medicina e do Médico. Além disso, foi abordado sobre o papel do orientador/preceptor na graduação e sobre como a ética em relação ao paciente deve ser repassada por este ao acadêmico de medicina. Ao final de tudo, ainda foi discutido sobre as consequências que a falta de profissionalismo, ética e empatia com o paciente podem trazer tanto para quem está atendendo quanto para quem está sendo atendido. Os participantes atuaram ativamente no júri simulado, colocando esforço em defender/acusar a réu, demonstrando a adesão ao evento e o interesse por parte dos mesmos no assunto. Considerações Finais: O ensino da ética e do profissionalismo é extremamente importante para que os acadêmicos de medicina se tornem médicos mais humanizados. Além disso, este deve ser feito de forma dinâmica, de forma a permitir maior raciocínio lógico e melhor assimilação dos conteúdos, tornando o assunto mais interessante e importante para os estudantes.    

5342 Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: experiência sob a perspectiva docente
Marcos Silva, Juliane Fagundes

Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: experiência sob a perspectiva docente

Autores: Marcos Silva, Juliane Fagundes

Apresentação: Este trabalho trata-se de um relato de experiência desenvolvido por profissionais de saúde membros do corpo pedagógico do Programa de Residência de Medicina de Família e Comunidade e Multiprofissional em Saúde da Família da Fundação Estatal Saúde da Família/ Fundação Oswaldo Cruz Bahia “Gonçalo Muniz” (FESF-SUS/Fiocruz), atuantes em uma Unidade de Saúde da Família (USF) no município de Lauro de Freitas, Bahia. Apresenta como objetivo geral relatar a experiência da formação em Preceptoria no SUS a partir do Curso de Especialização ofertado pelo Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa e o diálogo com o processo de formação continuada dos residentes.     Desenvolvimento:     Após dar início à docência como preceptores e apoiadores pedagógicos em tal Programa de Residência em Saúde navegamos na formação a partir da utilização de metodologias ativas, as quais diferenciam-se do modelo de educação tradicional, e valorizam o aprendizado do cotidiano em campo de prática, a partir dos saberes prévios e reflexões sobre as práticas passíveis de transformação. Concomitantemente a esse processo, tivemos a oportunidade de cursar a Especialização em Preceptoria no SUS (PSUS),  um espaço inovador, de trocas e de muito aprendizado.  Ainda são difundidas muitas críticas ao processo de formação construtivista por vários colegas e residentes, fruto de uma expectativa de aprendizado pautado no modelo hegemônico tradicional, rápido, acomodado e de caráter já formado. Durante todo o curso foi buscado a perspectiva da desconstrução da formação antiga e a necessidade de aproximação com o método que estimula a autonomia, a criatividade, curiosidade, a busca livre pelo conhecimento, o conhecimento compartilhado, a síntese, a necessidade de um feedback e avaliação formativa dos processos vivenciados pelos atores envolvidos na formação da Residência em Saúde.Resultados e Impactos Nesses dois espaços de ensino-aprendizagem: o Curso de Especialização PSUS e a Residência, atuando como docente, se complementaram e o fato de serem vividos simultaneamente foi muito positivo. O fato de ambos estarem pautados em metodologias ativas de ensino-aprendizagem, nos princípios e diretrizes do SUS e com a mesma linha de trabalho votada para qualificação e militância do SUS potencializou a aprendizagem, pois muito das trocas de experiências, saberes entre os colegas e conteúdos discutidos durante o Curso foram possíveis e viáveis de serem colocados no campo de prática da Residência simultaneamente. Outras vezes, a vivência prévia na Residência como participante do corpo pedagógico foi a responsável pela aprendizagem, antecedendo a discussão de determinada temática no Curso, o que produziu significado e contribuiu para a aprendizagem de outros colegas quando as experiências e referenciais teóricos eram relatados e refletidos no coletivo.Considrações Finais Além do desenvolvimento de competências na área da educação, o curso foi essencial para despertar competências na esfera da gestão e do cuidado em saúde, e foi possível ao final dessa trajetória reconhecer o nosso deslocamento enquanto aprendizes e membros de um corpo pedagógico.   

1537 O USO DE METODOLOGIAS ATIVAS COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO DO CONTROLE SOCIAL E PARTICIPAÇÃO POPULAR EM SALA DE AULA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Marcos José Risuenho Brito Silva, Eliza Paixão da Silva, Regiane Camarão Farias, Fernando Kleber Martins Barbosa, Diully Siqueira Monteiro, Lidiane Assunção de Vasconcelos, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Jaquelini Prinheiro Moraes

O USO DE METODOLOGIAS ATIVAS COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO DO CONTROLE SOCIAL E PARTICIPAÇÃO POPULAR EM SALA DE AULA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Marcos José Risuenho Brito Silva, Eliza Paixão da Silva, Regiane Camarão Farias, Fernando Kleber Martins Barbosa, Diully Siqueira Monteiro, Lidiane Assunção de Vasconcelos, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Jaquelini Prinheiro Moraes

  Apresentação: Nos últimos anos, novas metodologias de ensino-aprendizagem têm surgido. Dentro destas, as metodologias ativas permitem uma relação horizontal entre educador e educando. Nessa perspectiva, este estudo visa descrever a experiência de acadêmicos de enfermagem no uso de metodologias ativas como estratégia do ensino da participação popular e do controle social em sala de aula. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência, com abordagem descritiva, que se deu por meio de uma atividade da disciplina “Políticas Públicas e programas de Saúde”. Nessa atividade, foi dado, previamente, para um grupo da turma o comando de pesquisar sobre o controle social e a participação popular. Com isso, a abordagem trazida pelo grupo se deu em uma metodologia diferenciada, na qual este grupo ficava no centro, em circulo, e o restante da turma ficava em volta, formando um circulo maior. A turma, primeiramente, observou a discussão trazida pelo grupo sobre: a história e a importância do controle social e da participação popular, além de sua construção como princípio e diretriz do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como o papel dos conselhos e conferências de saúde na consolidação do SUS. Após isso, foi realizada uma avaliação, de modo que as pessoas da roda maior puderam fazer perguntas sobre o tema e manifestar as potencialidades e fragilidades do grupo expositor. É valido ressaltar que a docente apenas facilitou o espaço em questão, de modo que os estudantes compuseram o elemento principal (protagonistas) do processo, atuando na exposição, discussão e avaliação. Resultados: Com a metodologia utilizada, foi possível estabelecer uma relação de ensino e aprendizado no qual o educando é o fator principal, um ser ativo no processo. Fato esse que potencializa a discussão e formação de pensamentos críticos e reflexivos sobre o assunto abordado, no caso “controle social e participação popular” no SUS. De modo que, através de um processo de dialógico, pode-se perceber o modo de funcionamento e a real importância dos conselhos e das conferências de saúde. Considerações Finais: A disciplina de “políticas públicas e programas de saúde” por ser mais discursiva e não tecnicista não tem a sua valorização por alguns acadêmicos, os quais não vislumbram a real importância dos conhecimentos perpassados nesta, como o controle social e a participação popular. No entanto, o uso das metodologias ativas tem se mostrado cada vez mais interessante e atrativo, pelo aspecto de tornar o estudante ator principal em seu processo de ensino e aprendizagem

5167 O Teatro do Oprimido dialogando com a graduação em enfermagem: Um olhar diferente para formação em saúde
Amanda Araújo das Mercês, Afonso César André da Silva, André Phyllype Pereira Coutinho, Marcus Vinicius Bianchi Nunes da Silva Bento, Elivalda Andrade Silva, Ana Lilia Souza Barbosa, Denize Ferreira Ribeiro, Estela Maria Leite Meirelles Monteiro

O Teatro do Oprimido dialogando com a graduação em enfermagem: Um olhar diferente para formação em saúde

Autores: Amanda Araújo das Mercês, Afonso César André da Silva, André Phyllype Pereira Coutinho, Marcus Vinicius Bianchi Nunes da Silva Bento, Elivalda Andrade Silva, Ana Lilia Souza Barbosa, Denize Ferreira Ribeiro, Estela Maria Leite Meirelles Monteiro

O Teatro do Oprimido (T.O.) é um método teatral que pode ser utilizado em diversos contextos. Por ter um arsenal de jogos e técnicas teatrais é sempre possível adaptar para as diversas realidades encontradas e em diferentes cenários. No que diz respeito a formação de graduandos o T.O. surge como uma ferramenta de sensibilização e possibilidade de pensar o local dos sujeitos com o qual se dialoga, aproximando a teoria da prática, proporcionando um outro olhar e modo de realizar atividades de educação e promoção em saúde. Esse resumo tem como objetivo relatar a experiência do Teatro do Oprimido como ferramenta de promoção a saúde na formação de graduandos de enfermagem. A oficina de T.O. aconteceu em maio de 2017, ao longo de um dia inteiro, onde o público alvo foi constituído por 15 graduandos de enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco que compõe o grupo de pesquisa Assistir/Cuidar em Saúde. A oficina foi conduzida e elaborada por uma pós-graduanda que tinha o curso de T.O. e também compõe o referido grupo de pesquisa, com o objetivo de subsidiar ações de educação em saúde com adolescentes de escola pública sobre hanseníase, onde as ações foram moderadas pelos graduandos que passaram pela formação em T.O. e posteriormente atuaram com os adolescentes escolares. A oficina foi dividida em 3 momentos: No primeiro momento, houve uma discussão sobre o que é o T.O.; Relação opressor x oprimido; Tipos de técnicas; Teatro Fórum. No segundo momento foi explicado a importância dos jogos e vivenciado alguns como “Casa,morador,tempestade”, “ Isso não é isso, isso é...” e  “Os 4 que marcham”, sendo ainda vivenciado pelo grupo uma cena de opressão onde todos interagiram, em um terceiro momento no período da tarde os graduandos foram divididos em 3 subgrupos, onde cada equipe apresentou uma proposta de cena e intervenção sobre hanseníase. Durante a realização da oficina foi percebido o envolvimento das(os) graduandas(os) com a proposta do T.O., resultando em várias ideias de intervenções e cenas de teatro fórum possíveis de serem realizadas no ambiente escolar, junto aos alunos. É notável como a técnica do T.O. potencializa a problematização da realidade, principalmente pela possibilidade de vivenciar vários personagens, mudando a realidade posta em cena, ao mesmo tempo que ocorre esse processo, o indivíduo experimenta uma aproximação maior com os anseios e o sentir do personagem que se representa. Permitindo dessa forma perceber diversos olhares, experimentando a princípio de forma teatral o problema da(o) outra(o), mesmo que não viva aquela realidade. Vale salientar a importância de utilizar o T.O. para discutir e promover educação e promoção a saúde, em diversos ambientes, como no caso desse relato, no cenário escolar. Essa técnica norteou uma ação de promoção a saúde sobre hanseníase, com foco no preconceito com os indivíduos em tratamento, trazendo para o âmbito escolar a necessidade de reforçar o tratamento humanizado e livre de opressões que essas pessoas merecem.

2312 ABANDONO DE TRATAMENTO PARA TUBERCULOSE PULMONAR EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE AMAZÔNIDA
Rennan Coelho Bastos, Elizama Nascimento Pastana, Elizama Nascimento Pastana, João Tiago Teixeira Alves, João Tiago Teixeira Alves, Juliana Santos de Albuquerque, Juliana Santos de Albuquerque, Julyane Faro Albuquerque, Julyane Faro Albuquerque, Maria José Chaves Rezende, Maria José Chaves Rezende, Paula Monick Silva de Castro, Paula Monick Silva de Castro, Daiane de Souza Fernandes, Daiane de Souza Fernandes

ABANDONO DE TRATAMENTO PARA TUBERCULOSE PULMONAR EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE AMAZÔNIDA

Autores: Rennan Coelho Bastos, Elizama Nascimento Pastana, Elizama Nascimento Pastana, João Tiago Teixeira Alves, João Tiago Teixeira Alves, Juliana Santos de Albuquerque, Juliana Santos de Albuquerque, Julyane Faro Albuquerque, Julyane Faro Albuquerque, Maria José Chaves Rezende, Maria José Chaves Rezende, Paula Monick Silva de Castro, Paula Monick Silva de Castro, Daiane de Souza Fernandes, Daiane de Souza Fernandes

Apresentação: No Brasil, indicadores apontam a queda da incidência e da mortalidade por Tuberculose (TB) no país, apesar disso, números mostram que os desafios são grandiosos no combate e controle da infecção. Neste sentido desde 2003 a TB foi eleita como um problema prioritário de saúde, devido os grandes índices de contágio, ao qual a mesma associa-se à desigualdade social, pobreza, crescimento populacional e seus movimentos migratórios, ao envelhecimento da população, a epidemia do vírus da imunodeficiência humana (HIV)/AIDS e às dificuldades de operacionalização dos programas de prevenção e controle da TB. Nas Américas, o Brasil e o Peru notificaram 49% do total de casos do continente. O Bra­sil diagnosticou 71.123 casos novos em 2013, aos quais 4.600 casos, anualmente, evoluíram a óbito. Sendo assim, os programas: Mais Saúde, a Programação das Ações de Vigilância em Saúde, o Pacto pela Vida e entre outros vem procurando iniciativas para atenuar os casos da mesma no Brasil. Além das notificações referentes à TB, observa-se casos de abandono do tratamento, neste sentido o estudo desenvolvido objetivou avaliar a taxa de abandono de usuários em tratamento para tuberculose pulmonar em uma unidade básica de saúde amazônica no período de 2014 a 2016, realizar o perfil clínico epidemiológico dos usuários que abandonaram o tratamento de acordo com o livro de registro e acompanhamento e comparar a taxa de abandono entre os períodos de 2008 a 2013 e 2014 a 2016. Desenvolvimento do Trabalho: Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, descritivo, retrospectivo, realizado em uma unidade de saúde amazônica localizada no bairro do Guamá, município de Belém, estado do Pará. Os dados foram coletados a partir dos livros de registro e acompanhamento do Programa de TB, por meio de um formulário, tornando possível a analise de dados através da construção de tabelas com medidas de posição e dispersão. Visualizou-se na unidade de saúde um grande contingente de pacientes que enfrentavam diversas dificuldades, devido às mesmas, foram analisados aspectos pelos quais os mesmos poderiam ser potenciais perfis de abandono de tratamento para tuberculose pulmonar. Diante do exposto entendemos a necessidade de um estudo direcionado à investigação dos fatores que podem contribuir para o abandono do tratamento. Resultados: No período estudado foram notificados 344 casos confirmados de tuberculose pulmonar, onde se observou 37 casos de abandono de tratamento. Observou-se neste estudo que a maior taxa de abandono foi do sexo masculino, onde dos 37 abandonos registrados, 29 foram de homens. Estudos apontam que os pacientes do sexo masculino abandonam mais o tratamento em relação ao sexo feminino, devido a infecção afetar principalmente a população economicamente ativa, sobretudo os homens em idade produtiva acarretando retardo do crescimento econômico, com prejuízo no desenvolvimento da sociedade, gerando mais pobreza e exclusão social. Ainda há o pensamento cultural e social de o homem ser o ser humano mais forte biologicamente, relacionando a característica de fragilidade e cuidado as mulheres que freqüentam mais as unidades de saúde. O fator econômico também está diretamente relacionado ao abandono, tendo em vista que homens economicamente ativos com tuberculose precisam muitas vezes diminuir a carga horária no trabalho ou até mesmo se afastar gerando um impacto negativo na renda familiar. O estudo também expõe que a faixa etária predominante no abandono do tratamento é de jovens entre 20 e 39 anos, em um total de 21 abandonos. Estes podem estar relacionado ao estilo de vida desta população, que normalmente faz uso de bebidas alcoólicas e possuem horários irregulares para a alimentação, fatores que podem contribuir para a interrupção do tratamento. É importante destacar que o uso de drogas ilícitas pode contribuir para o surgimento e agravo de doenças. Estudos mostram que pacientes usuários de drogas têm dificuldades em manter o tratamento, pois, sofrem alterações de fundo psiquiátrico que influencia nos sentimentos e atitudes, sendo este um freqüente perfil de abandono. Constatou-se também no período estudado, 100% (37) dos pacientes que abandonaram o tratamento, obtinham a forma clínica pulmonar, sendo esta a forma clinica de predomínio mundial entre os casos existentes. Estudos realizados mostram que a maioria dos casos notificados e a maior taxa de abandono são em pacientes que obtinham a forma pulmonar. Foi percebido no estudo que em relação ao “tipo de entrada” na unidade, os índices de abandono de pacientes em tratamento com tipo de entrada “caso novo” são altos, representando 70,7% dos abandonos. A melhora que o tratamento medicamentoso proporciona no inicio do tratamento, ocasionando uma falsa sensação de cura, acaba por influenciar nessa alta prevalência de abandono por casos novos. A TB é uma doença muito estigmatizada socialmente, e os casos novos em tratamento, ao perceberem uma melhora significativa, o abandonam pelo receio de serem descobertos ou pela não aceitação do diagnóstico. A dificuldade deste perfil de entrada em estabelecer um vinculo com o profissional, a falta de orientação, conhecimento ou mesmo de informação adequada, torna esse paciente mais propenso a abandonar o tratamento. Nota-se frente ao estudo que 67,56% dos pacientes que abandonaram, estavam entre o primeiro e o segundo mês de tratamento. Este resultado é evidenciado devido ao segundo mês de tratamento, a baciloscopia tender a negativar, dando a impressão de uma possível cura. A melhoria do estado geral do paciente devido à medicação utilizada e a falta de informação e orientação, também contribuem para esse resultado. Na comparação das taxas de abandono de tratamento entre os períodos de 2008 a 2013 e 2014 a 2016, o primeiro período obteve-se 771 casos e 110 abandonos de tratamento (15,04%), e no segundo período, apesar de estarmos trabalhando com a metade do tempo, o numero de casos continua elevado 344, porém, o de abandono diminuíram, 37 casos (10,75%). Contudo ambas as taxas de abandono de tratamento ainda estão acimado que é preconizado pelo Ministério da Saúde. Em Belém, estudos apontam que os tratamentos supervisionados na unidade auxiliam na obtenção da menor taxa de abandono. No entanto, diversos fatores contribuem para manutenção de um grande numero de casos, dentre eles, além das já citadas, os motivos religiosos, as dificuldades de acesso ao tratamento e a negligência dos serviços oferecidos. Considerações Finais: Frente as dificuldades enfrentadas na coleta de dados, percebemos a necessidade e importância de desenvolver a informatização e padronização dos documentos, além do estimulo dos profissionais no preenchimento destes. É importante destacar que a estrutura, organização e dinâmica do atendimento na unidade de saúde bem como a relação profissional e usuário influenciam diretamente no processo de adesão do paciente ao tratamento, sucesso e cura. Os resultados do estudo promoveram a desconstrução e construção de pensamentos diante a realidade observada, entendendo o processo de saúde doença, assim, tornando possível a visão de intervenções que colaborem com melhores resultados em relação ao tratamento de TB, sempre buscando viabilizar a prevenção, promoção à saúde, tratamento e recuperação da população.

4034 PRÁTICAS EDUCATIVAS SOBRE PREVENÇÃO DE CâNCER DE COLO DE ÚTERO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Bruna Dantas, Nargila Coelho, Thalita Karla Lopes, Iolanda Maria Silva de Aguiar, Aline de Souza Pereira

PRÁTICAS EDUCATIVAS SOBRE PREVENÇÃO DE CâNCER DE COLO DE ÚTERO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Bruna Dantas, Nargila Coelho, Thalita Karla Lopes, Iolanda Maria Silva de Aguiar, Aline de Souza Pereira

INTRODUÇÃO: O câncer de colo de útero é o mais comum entre as mulheres com faixa etária de 45 e 49 anos de idade. Uma das mais importantes descobertas na investigação etiológica de câncer nos últimos 30 anos foi à demonstração da relação do vírus HPV e o câncer de colo de útero, mortalidade ajustada por idade, pela população mundial de 4,8/100 mil habitantes. Para uma redução de incidência do câncer de colo de útero é necessário ações de promoção da saúde com informações claras, objetivas, qualidade e acessibilidade nos atendimentos de serviço de saúde. OBJETIVO: Relatar experiência de educação em saúde sobre prevenção de câncer de colo de útero. MÉTODO: Estudo descritivo do tipo relato de experiência no Centro Universitário Estácio Fic no município de Fortaleza Ceará período de Outubro de 2017, público alvo estudantes, funcionarias e visitantes do sexo feminino. RESULTADOS: A prática de educação em saúde é um incentivo da própria instituição que levou em consideração o tema abordado nacionalmente o “OUTUBRO ROSA”. A atividade foi realizada no espaço de convivência onde foram expostas peças e imagens ilustrativas representando o útero sadio, as fases de NIC I, NICIII e o colo do útero com verrugas causadas pela infecção do vírus HPV. Foi enfatizado sobre a importância do exame anual Papanicolau, onde foi apresentado o material e a técnica utilizada para a realização do mesmo. Após a apresentação a ouvinte sorteava um número com perguntas simples sobre modos de prevenção, fatores de risco e a periodicidade do exame ginecológico, em seguida recebia um brinde pela resposta certa. CONSIDERAÇÕES FINAIS: No inicio da apresentação se mostraram tímidas, mas logo se envolveram com as técnicas e informações apresentadas. Foi-se observado que mesmo sendo um tema de campanha realizada anualmente, ainda existem mulheres que não conheciam fatores de risco e nunca haviam realizado o exame ginecológico. Esse tipo de atividade demonstra a importância da enfermagem em realizar práticas de educação em saúde, de levar conhecimento a diversos tipos de população, independente do local e nível de escolaridade.