94: Metodologias ativas como ferramentas no processo de ensino-aprendizagem
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: FCA 01 Sala 04 - Bacuri    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
2815 A APLICABILIDADE DO ARCO DE MAGUEREZ EM UMA ESCOLA RURAL: EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Monique Lameira Araújo Lima, camila leão do carmo, camilo eduardo almeida

A APLICABILIDADE DO ARCO DE MAGUEREZ EM UMA ESCOLA RURAL: EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Autores: Monique Lameira Araújo Lima, camila leão do carmo, camilo eduardo almeida

INTRODUÇÃO: O Método do Arco, de Charles Maguerez, trata-se da principal referência para fundamentar a Metodologia da Problematização, o qual foi inspirado em Paulo Freire, que consiste no processo dialético, com maior participação dos atores sociais, quebrando o paradigma vertical de ensino. A metodologia da problematização está em grande ascensão em cursos de graduação em enfermagem como metodologia de ensino, de estudo e de trabalho, já que uma das principais ferramentas da atenção primária é da promoção a saúde, que consiste nas diversas formas de educação em saúde, como método transformador da mudança de estilo. OBJETIVOS: Este estudo teve como objetivo realizar aplicabilidade das etapas do Arco de Maguerez em uma escola pública, para promover ações extramuros, impactando na melhoria da qualidade de vida do usuário. MÉTODO: Foi utilizada a metodologia da problematização, abordando as etapas Arco de Maguerez, de acordo com Berbel (1998), consiste em cinco etapas: (1) a observação da realidade de um determinado espaço ou comunidade, realizada neste trabalho, de forma assistemática; (2) o levantamento dos pontos chave feito, neste caso, a partir de uma análise crítica, (3) a elaboração de uma teorização que fundamente uma (4) solução hipotética para um problema específico e, (5) a mesma aplica-se à realidade. Neste contexto, este trabalho foi realizado em uma escola pública, onde foi observada a necessidade de promover educação em saúde aos alunos visto que os hábitos culturais advindos do convívio familiar e social que podem interferir no processo saúde-doença da população. RESULTADOS: Diante desse contexto utilizou a importância da educação em saúde como mecanismo transformador, visto que pessoas em idade escolar são potenciais disseminadores de conhecimento à sociedade. A ação educativa teve uma ótima aceitação dos alunos quanto à aplicação da metodologia, visto que houve grande interação entre facilitadores e público alvo durante toda a ação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim, por meio do Arco de Maguerez, levou-se em consideração o contexto cultural em que os alunos estão inseridos, possibilitando a promoção da educação ambiental para prevenir diversas doenças na comunidade, concluído a importância dessa metodologia para o profissional de enfermagem.  

698 Aplicação do método de aprendizagem baseada em problemas (ABP) como atividade prática no curso de Saúde Coletiva
Eric Renato Lima Figueiredo, Jheycielle Naira dos Santos, Túllio Rabello Vieira, Daniela Morais Silva, Angelica Pompeu Lima, Lorena Moreira de Souza, Caroline de Souza Lima, Solange Correa Lira

Aplicação do método de aprendizagem baseada em problemas (ABP) como atividade prática no curso de Saúde Coletiva

Autores: Eric Renato Lima Figueiredo, Jheycielle Naira dos Santos, Túllio Rabello Vieira, Daniela Morais Silva, Angelica Pompeu Lima, Lorena Moreira de Souza, Caroline de Souza Lima, Solange Correa Lira

Apresentação: Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) trata-se de um método que tem como principal característica o rompimento com a postura passiva por parte dos estudantes no processo de ensino-aprendizagem, passando de meros agentes memorizadores de conteúdo, para agentes ativos no processo de investigação. O presente trabalho teve como objetivo principal apresentar o planejamento de aulas e a aplicação da metodologia de ABP para os alunos do curso de Saúde Coletiva na disciplina de Fundamentos da Educação no Ensino Superior em Saúde.Desenvolvimento do Trabalho: O tema escolhido para a aplicação da ABP para os alunos do curso de Saúde Coletiva na disciplina Fundamentos da Educação no Ensino Superior em Saúde diz respeito à Leishmaniose na cidade de Marabá (PA), que entre os anos de 2013 a 2015 houve um crescimento de 500% no número de óbitos e 1650% no número de casos de Leishmaniose Visceral caracterizando, portanto, um problema de saúde pública na região. As informações apresentadas buscavam instigar nos alunos os conhecimentos previamente adquiridos a partir de seus estudos e vivências anteriores, na graduação e em estágios, inclusive a participação nas atividades do projeto “Mais Saúde Marabá”. Foram apresentados conceitos a partir de três eixos resultantes das reflexões bibliográficas elaboradas pelo grupo, sendo estes: aspectos clínicos e epidemiológicos da leishmaniose visceral; determinantes sociais em saúde da leishmaniose visceral; e assistência e vigilância relacionada a leishmaniose visceral. A execução das atividades começou a partir da divisão dos discentes, totalizando cinco grupos. Em seguida, foram apresentadas as etapas da aplicação do método da seguinte forma: (a) exposição da situação-problema; (b) identificar e esclarecer termos desconhecidos; (c) definir problemas a serem discutidos; (d) brainstorming (conhecimentos prévios); (e) resumo de hipóteses; (f) objetivos de aprendizagem; e (g) discussão em grupo.Resultados: De maneira geral, os alunos não fundamentaram cientificamente as informações para resolução dos problemas, contentando-se com dados de sites mais generalistas, apesar de orientados sobre como realizar as pesquisas, o que não foi suficiente para a resolução do caso-problema e comprometeu o estímulo à capacidade de investigação dos alunos. Durante o processo de investigação e pesquisa foi gerada uma gama de conhecimentos de diversas disciplinas, sendo alcançado de forma satisfatória o caráter interdisciplinar deste método, correspondendo aos objetivos de aprendizagem planejados para esta prática. Vale destacar também a percepção dos alunos em suas falas do alcance da multiplicidade de informações de diversas disciplinas.Considerações Finais: Este trabalho possibilitou a aplicação da metodologia de ABP para os alunos do curso de Saúde Coletiva na disciplina de Fundamentos da Educação no Ensino Superior em Saúde. Foram adquiridos pelos alunos conhecimentos para a atuação e contribuição em futuras ações de extensão e educação em saúde relacionadas a leishmaniose visceral na região, o que também implica na importância de métodos ativos de ensino-aprendizagem como fundamentais na formação dos futuros sanitaristas com enfoque nas situações de saúde conforme as necessidades da região, baseados na interdisciplinaridade.

1279 Oficina Boas Práticas de Enfermagem: construindo saberes com professores, estudantes e trabalhadores da área
Denise Vendruscolo, Denise Lucas Maffissoni, Denise Antunes de Azambuja Zocche, Letícia de Lima Trinadade, Kátia Jamile da Silva, Mônica Ludwig Weber

Oficina Boas Práticas de Enfermagem: construindo saberes com professores, estudantes e trabalhadores da área

Autores: Denise Vendruscolo, Denise Lucas Maffissoni, Denise Antunes de Azambuja Zocche, Letícia de Lima Trinadade, Kátia Jamile da Silva, Mônica Ludwig Weber

Introdução: as boas práticas de Enfermagem consistem em um conjunto tecnológico de ações e serviços que objetiva qualificar a atenção ofertada aos usuários e coletividades. Define-se como assistência de enfermagem orientada pelas boas práticas aquela que utiliza estratégias resolutivas para identificar necessidades de saúde, planejar e implementar intervenções e promover a elaboração de métodos avaliativos destas, com base em evidências científicas e com o menor custo ao sistema de saúde. O estímulo ao desenvolvimento de um cuidado de Enfermagem pautado pelas boas práticas emerge de movimentos realizados por pesquisadores, professores e instituições de ensino e de serviço, em âmbito nacional e internacional, que buscam desenvolver as melhores práticas com base nos melhores desfechos para a população, e, ainda, levando em consideração os valores e necessidades de saúde individuais e coletivas. As boas práticas já são observadas e desenvolvidas por alguns profissionais no contexto da Enfermagem brasileira, um exemplo clássico, mas não o único, é a utilização do Processo de Enfermagem como principal recurso de trabalho. Contudo, julga-se que esse conjunto tecnológico não opera de modo homogêneo nas diversas regiões do país, necessitando de maior capilarização para que possa ser incorporado como um modelo orientador dos processos de cuidado. Diante disso, é evidente a necessidade de abordagens mais significativas, desde a formação, e, ainda, nos movimentos de gestão e gerenciamento dos serviços, a fim de disseminar a importância de exercer a enfermagem a partir das boas práticas e também para empoderar os profissionais quanto às iniciativas e estímulo de boas práticas no ambiente de trabalho em que estão inseridos. Metodologia: trata-se de um relato de experiência sobre uma “Oficina sobre Boas Práticas de Enfermagem”, desenvolvida no I Congresso Internacional de Políticas Públicas de Saúde, em que foi abordada a temática, a partir de uma metodologia problematizadora. A atividade teve duração de quatro horas e foi ofertada para estudantes, trabalhadores e professores de Enfermagem, totalizando 50 pessoas. Contudo trabalhadores de outras profissões da área da saúde manifestaram interesse e participaram. A oficina foi iniciada com uma breve apresentação dos participantes. Após esse momento, estes foram convidados a manifestar uma boa prática de Enfermagem que realizam no cotidiano laboral em que estão inseridos. Posteriormente, foi realizada uma explanação teórico-conceitual sobre as boas práticas de enfermagem e prática baseada em evidências, a fim de estreitar as relações com o arcabouço teórico que sustenta o tema. No quarto e último momento, foram tecidas reflexões acerca das possibilidades e dos desafios para a implementação das boas práticas. Resultados: os participantes elegeram diversas atividades que realizam no seu cotidiano, definindo-as como boas práticas de enfermagem. A educação em saúde foi aspecto que apareceu diversas vezes, com dois delineamentos principais: a Educação Permanente em Saúde (EPS) para os profissionais e a Educação Popular, voltada à comunidade. A EPS para os profissionais e usuários representou uma boa prática em enfermagem pois, geralmente, é desenvolvida de maneira horizontal, respeitando os saberes individuais dos sujeitos, o que significa constante atualização de conhecimentos, tanto para aquele que é mediador da atividade, como para os outros participantes da atividade. Além disso, a Educação Popular, direcionada à comunidade, foi evidenciada como um meio de fortalecer vínculos e estabelecer relações de confiança entre profissionais e usuários. Neste mesmo sentido emerge a visita domiciliar, compreendida como uma estratégia de interação entre os profissionais da equipe de saúde e com a comunidade. A visita domiciliar também foi considerada uma boa prática em função de estimular o reconhecimento do território em que o usuário reside, bem como suas condições de vida, hábitos e costumes, o que propicia a compreensão dos determinantes sociais sobre o processo de saúde doença. A consulta de enfermagem emergiu como elemento que, constantemente, legitima as boas práticas de enfermagem. As reflexões do grupo demonstraram que quando o profissional de enfermagem realiza a consulta, ele se utiliza de diversas estratégias para qualificar a atenção em saúde, além de aperfeiçoar o seu próprio método assistencial. A possibilidade de encontro entre profissional e usuário permite ao enfermeiro identificar diversas necessidades passíveis de assistência direta, além de realizar importantes orientações para prevenir doenças e promover a saúde. No contexto da consulta de enfermagem, foi salientada a relevância da realização do pré-natal pelos profissionais da enfermagem, assim como a importância de um processo de enfermagem bem delimitado, preferencialmente sistematizado a partir de sistemas de informação, a fim de garantir o registro de informações e a avaliação das práticas realizadas. Um último fator caracterizado como uma possibilidade para desenvolver boas práticas foi o exercício do cuidado guiado pela cientificidade. Esse processo, conhecido como prática baseada em evidências, traz benefícios para os usuários, pois é diminui a ocorrência de imprecisões diagnósticas e intervencionistas, e confere propriedade e legitimidade à enfermagem enquanto profissão capaz de produzir transformações positivas na vida dos indivíduos. Em relação aos desafios na realização das boas práticas de enfermagem, percebeu-se que há um abismo entre a teoria e prática que precisa ser amenizado. Grande parte dos resultados de publicações (artigos, resumos, estudos e pesquisas) que utilizaram o campo do trabalho como meio de captação de dados, não retornam aos profissionais, o que inviabiliza o feedbeck sobre as práticas laborais. Neste sentido, revelou-se a dificuldade no gerenciamento do tempo do enfermeiro. É possível perceber que este profissional possui muitas atribuições nos campos de trabalho, os quais comumente apresentam recursos humanos insuficientes, deste modo, o enfermeiro permanece “apagando incêndios” em grande parte do tempo, impedindo ou dificultando o consumo de resultados provenientes dos estudos e pesquisas. Outros empecilhos estão relacionados com a resistência do profissional às mudanças em suas práticas: “sempre fiz assim e nunca deu errada”, ausência de coparticipação dos usuários, escassez de recursos ofertados pela gestão, diferentes gerações e distintas possibilidades de acesso à informação e insuficiência de abordagem do tema durante o processo formativo (graduação) e investimentos na EPS nessa mesma direção. Considerações finais: percebe-se que os participantes compreendem a importância da implementação das boas práticas nas ações e serviços de enfermagem. Ao mesmo tempo em que apontam possibilidades e estratégias promissoras para estimular o uso desse conjunto tecnológico, reconhecem a necessidade de superação de diversos desafios para sua concretização. A realização da oficina se mostrou relevante ao passo que possibilitou discussões e reflexões sobre a temática, o que é fundamental para o processo de significação e empoderamento dos indivíduos. Destaca-se a necessidade de dialogar sobre o tema com maior frequência, para que, num dado momento, os enfermeiros possam utilizar as boas práticas como um dispositivo inerente às atividades cotidianas, produzindo uma cultura de cuidados qualificados, voltada ao progresso das competências da profissão e qualificação da assistência à saúde, no contexto dos diversos serviços.

2800 Uma forma criativa de compreender a Patologia: relato de experiência
Julianna Joanna Carvalho Moraes de Campos Baldin, Maria Carolina Martins Mussi

Uma forma criativa de compreender a Patologia: relato de experiência

Autores: Julianna Joanna Carvalho Moraes de Campos Baldin, Maria Carolina Martins Mussi

Contextualização: Este trabalho é um relato de experiência acerca de uma atividade planejada na disciplina de Princípios de Patologia, a qual é ofertada aos discentes do quarto período do curso de Medicina da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB). Ao se propor esta atividade, as docentes almejavam que os discentes pudessem, na fase final do componente curricular ofertado no período de 2016.2, expressar de forma criativa algum tema e/ou conhecimento adquirido durante a disciplina, com a ideia de fazer os alunos pensarem além dos livros, entrando em contato e/ou utilizando atividades apreciadas no cotidiano e, muitas vezes, relegadas em virtude das atividades acadêmicas. Descrição da Experiência: Assim, propomos no primeiro dia de aula do período 2016.2 que a referida atividade fosse apresentada no último dia de aula, de forma livre (não obrigatória) e os alunos poderiam apresentar um projeto criativo em qualquer área (como música, artes, teatro, culinária, etc.), porém existia apenas uma regra: a abordagem de assuntos presentes nos livros de Patologia. Acrescentamos, ainda, que a nota obtida nesta atividade seria substitutiva à nota mais baixa obtida em qualquer prova teórica. Surpreendemo-nos com abordagem da patologia vascular através de cordel, da cirrose com um grupo musical, da aterosclerose com uma palestra experimental e educativa, um jogo para conhecimento do diabetes e, por fim, um bolo representativo de um melanoma. Impactos: As atividades apresentadas pelos alunos ratificaram a presença da patologia, com excelente execução e foi interessante a compreensão por parte dos alunos de que se pode aprender Patologia de forma mais lúdica do que a forma convencional. Além disso, os trabalhos apresentados podem ser replicados em ambiente escolar e de Unidades Básicas de Saúde (UBS), levando um conhecimento tão específico de Universidade para um público bem diversificado. Considerações finais: A experiência em ver os alunos estudando e refletindo a Patologia com uma abordagem tão diferente do cotidiano convencional e tradicional, utilizando laboratórios e lâminas, foi extremamente interessante e com excelentes resultados, passível de ser replicado em turmas futuras.

4363 Metodologias ativas aplicadas no ensino da Hematologia
Elyson Enrique Campos de Moraes, Elizabeth Nogueira de Andrade, Izaias Gomes da Silva Junior, Juliana Rabelo Balestra, Júlio Bandeira de Melo Arce Filho, Luana Sanches da Costa, Luciana Costa Pinto da Silva, Marineide Santos de Melo

Metodologias ativas aplicadas no ensino da Hematologia

Autores: Elyson Enrique Campos de Moraes, Elizabeth Nogueira de Andrade, Izaias Gomes da Silva Junior, Juliana Rabelo Balestra, Júlio Bandeira de Melo Arce Filho, Luana Sanches da Costa, Luciana Costa Pinto da Silva, Marineide Santos de Melo

Apresentação: Historicamente, a educação passou por transformações relevantes, com um esforço atual para que ela seja cada vez mais centrada no estudante, à medida em que o educador age somente intervindo e conciliando os conhecimentos envolvidos. As metodologias ativas de ensino-aprendizagem compõem o tipo ideal e atual de pedagogia crítica, sendo capazes de incitar e complementar o ensino médico. O objetivo desse relato é salientar como as metodologias ativas efetuadas por acadêmicos de Medicina durante as aulas de Hematologia são capazes de instruir e facilitar o aprendizado. Desenvolvimento do trabalho: Conforme previsto pelo plano de ensino da disciplina, os acadêmicos se dividiram em quatro grupos e ficaram responsáveis pela exposição de assuntos importantes da Hematologia, utilizando métodos de aprendizagem ativa.  Todos os grupos solicitaram estudo prévio, expuseram o tema e, em seguida, aplicaram as metodologias ativas criadas. O grupo responsável pelo tema de leucemias crônicas realizou teatros de casos clínicos que deveriam ser resolvidos pelo restante da turma nos moldes do exame estruturado de habilidades clínicas (OSCE); o conteúdo de anemia ferropriva foi abordado por meio de um jogo de perguntas e respostas, nas quais os alunos foram sorteados por meio de balões semelhantes a hemácias; o grupo de leucemias agudas confeccionou um hipertabuleiro, solicitando que os participantes se posicionassem, lançassem um dado gigante e respondessem perguntas sobre os casos clínicos exibidos; por último, uma adaptação do game show brasileiro “Mega Senha” foi a escolha para o ensino de linfomas. Responsáveis pela disciplina mediaram as atividades e solicitaram relatórios dos acadêmicos após cada aula. Resultados: Todos os grupos obtiveram êxito na elaboração de metodologias de aprendizagem ativa e na exposição satisfatória dos temas, conseguindo participação dos outros acadêmicos. Como as atividades envolviam indiretamente testes de conhecimentos sobre os conteúdos abordados, constatou-se que a turma aprendeu sobre diferentes aspectos das doenças, como etiologias, clínicas, diagnósticos, diagnósticos diferenciais e tratamentos. Além disso, foram salientadas a utilização do raciocínio clínico, a humanização médica e a ponderação durante a utilização dos recursos do SUS com os exames solicitados.  Considerações finais: A realização de metodologias ativas no ensino da Medicina deve permitir a participação ativa dos acadêmicos na construção do conhecimento, de uma forma interativa e lúdica, apresentando maiores produtividade e fixação do conteúdo.

4395 Aprendizagem baseada em problemas complementando o ensino tradicional da disciplina de Reumatologia
Elyson Enrique Campos de Moraes, Helena Lúcia Alves Pereira, Izaias Gomes da Silva Junior, Júlio Bandeira de Melo Arce Filho, Luana Sanches da Costa, Luciana Costa Pinto da Silva, Marineide Santos de Melo

Aprendizagem baseada em problemas complementando o ensino tradicional da disciplina de Reumatologia

Autores: Elyson Enrique Campos de Moraes, Helena Lúcia Alves Pereira, Izaias Gomes da Silva Junior, Júlio Bandeira de Melo Arce Filho, Luana Sanches da Costa, Luciana Costa Pinto da Silva, Marineide Santos de Melo

Apresentação: A aplicação isolada do ensino tradicional é arriscada por não cumprir às determinações das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), podendo gerar conhecimentos fragmentados e específicos demais, cabendo aos acadêmicos lidar passivamente com o processo de ensino-aprendizagem. No entanto, a aprendizagem baseada em problemas (ABP) propõe a participação ativa do aluno na aquisição do conhecimento, integrando o conteúdo teórico-prático, entre outros benefícios recomendados pelas DCN. Objetivou-se relatar a utilização da ABP por meio de vinhetas clínicas na disciplina de Reumatologia, que possuía apenas ensino tradicional por meio de aulas expositivas. Desenvolvimento do trabalho: Conforme o plano de ensino da disciplina, foram apresentadas à turma de acadêmicos de Medicina aulas teóricas elaboradas com vinhetas clínicas envolvendo conceitos fisiopatológicos, apresentação clínica, diagnósticos diferenciais, critérios diagnósticos, solicitação de exames e tratamentos sobre assuntos relevantes da área (artrite idiopática juvenil, febre reumática e lúpus eritematoso sistêmico). Bibliografias foram recomendadas, resultando em estudo prévio por parte dos alunos. Em cada ocasião, dez grupos foram formados e posteriormente divididos em duas salas distintas. Nas salas haviam professores avaliadores, residentes de Reumatologia e monitores suplementando o conhecimento. Durante cada parte das discussões envolvendo os casos clínicos, sorteou-se um estudante como porta-voz, respondendo aos questionamentos e sendo complementado pelos outros grupos, quando necessário. Resultados: Os grupos alcançaram resultados satisfatórios durante a elucidação das vinhetas clínicas. Demonstraram pensamento crítico e habilidades técnicas, aprofundando conhecimentos, sanando erros e promovendo trabalho em equipe, assim como se espera que ocorra na vida profissional. A ABP gerou efeito notável e superior no rendimento individual dos acadêmicos, comparativamente ao ensino tradicional restrito a aulas expositivas. Considerações finais: O uso simultâneo de mais de uma técnica de aprendizado pode trazer benefícios para a formação médica. Aplicada numa disciplina onde o professor era apenas detentor do conhecimento, enquanto o aluno se mostrava passivo, a ABP, por meio do autoensinamento direcionado, é capaz de melhorar o desempenho dos alunos e de colocá-los como construtores de sua formação.

4520 Dinamização educacional em disciplinas médicas como forma de inovação de ensino em uma Universidade de Manaus.
Juliana Rabelo Balestra, José Corrêa Lima Netto, Luana Sanches da Costa, Izaias Gomes da Silva Junior, Elyson Enrique Campos de Moraes, Flávio Renan Paula da Costa

Dinamização educacional em disciplinas médicas como forma de inovação de ensino em uma Universidade de Manaus.

Autores: Juliana Rabelo Balestra, José Corrêa Lima Netto, Luana Sanches da Costa, Izaias Gomes da Silva Junior, Elyson Enrique Campos de Moraes, Flávio Renan Paula da Costa

Apresentação: Atualmente, a nova política educacional implementada nos cursos de graduação em saúde, em especial na área médica, traz consigo a inclusão de experiências inovadoras em práticas pedagógicas, justamente com o intuito de suprir as lacunas no que tange ao conhecimento acadêmico, ainda existentes na grade curricular de muitos cursos superiores, dessa forma, tornando o acadêmico o próprio autor da construção de seu conhecimento e, assim, para que possa adquirir um maior leque de aprendizado. Objetivo: Relatar a importância e a efetivação da inserção do estudante de medicina a uma série de temas científicos ainda não abordados na matriz curricular por meio de métodos ativos e interativos de aprendizagem, finalizando, desse modo, com a proposta da produção de um portfólio como ferramenta avaliativa desse processo de ensino-aprendizagem. Descrição da experiência: A disciplina Seminários Avançados II do curso de medicina da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) realizou metodologias de ensino e interação durante o segundo semestre de 2017 com uma turma de 56 alunos do 5º período do curso, em que foram administradas aulas teóricas e metodologias ativas por diversos professores convidados e com as mais variadas especialidades médicas, assim como a colaboração de monitores e ouvintes da disciplina, enfatizando sempre a participação ativa desses graduandos por meio de discussão de casos clínicos, mesas-redondas, seminários e leituras e resenhas acerca de artigos científicos. Sem falar que a maior parte das aulas ministradas abordaram assuntos que não faziam parte da grade curricular do curso, o que ajudou a complementar; também houveram aulas de introdução de temas que ainda seriam abordados em períodos posteriores, sendo, dessa forma, a aplicação de uma abordagem muito mais didática e atraente. Por fim, cada acadêmico produziu um porfólio, com o objetivo de análise e auto-reflexão de todos os temas e atividades efetivadas em sala de aula. Resultados: A dinâmica abordada pela disciplina, sem dúvida, potencializou o encontro entre a educação e a saúde na formação profissional desses acadêmicos e no desenvolvimento do trabalho em saúde. Assim, a disciplina junto à Universidade possibilitou aos estudantes a autonomia para a produção de um ensino muito mais ampliado e enriquecido. Considerações finais: A inovação dessas práticas pedagógicas proposta pela disciplina, notadamente, dinamizou o aprendizado e, assim, possibilitou o compartilhamento do conhecimento e do ensino de uma maneira coletiva, contribuindo positivamente para a co-formação desses futuros profissionais.

5230 ELABORAÇÃO DE UM ESTUDO DE CASO SOBRE SÍNDROME DE KLIPPEL-FEIL: O ASSISTIR COMO MÉTODO DE FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM
Amanda Lorena Gomes Bentes, Erlon Gabriel Rego de Andrade, Natália Cristina Costa dos Santos, Rosinelle Janayna Coêlho Caldas, Elisabeth Ferreira de Miranda, Jaqueline Pinheiro Morais, Alessandra Araújo Melo Barbosa, Emily Manuelli Mendonça Sena

ELABORAÇÃO DE UM ESTUDO DE CASO SOBRE SÍNDROME DE KLIPPEL-FEIL: O ASSISTIR COMO MÉTODO DE FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM

Autores: Amanda Lorena Gomes Bentes, Erlon Gabriel Rego de Andrade, Natália Cristina Costa dos Santos, Rosinelle Janayna Coêlho Caldas, Elisabeth Ferreira de Miranda, Jaqueline Pinheiro Morais, Alessandra Araújo Melo Barbosa, Emily Manuelli Mendonça Sena

APRESENTAÇÃO: A síndrome de Klippel-Feil constitui-se anomalia congênita que se caracteriza pela fusão de vértebras cervicais, com movimentação dificultosa da cabeça, encurtamento do pescoço e implantação baixa de cabelos. Acredita-se que fatores genético-ambientais determinam falhas embrionárias, sobretudo entre a 3ª e 8ª semanas de gestação, implicando erros na segmentação dos somitos mesodérmicos. Diante da necessidade de divulgar conhecimentos e experiências em torno deste tema, e considerando sua relevância na formação do enfermeiro, objetiva-se relatar a vivência de acadêmicos de Enfermagem na elaboração de estudo de caso, a partir da assistência a um usuário portador de síndrome de Klippel-Feil. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido por estudantes do Curso de Graduação em Enfermagem, Escola de Enfermagem “Magalhães Barata” (EEMB) da Universidade do Estado do Pará (UEPA), durante prática supervisionada do componente curricular “Semiotécnica”, em um Centro Hospitalar de Belém, estado do Pará, em maio de 2014. Sob orientação da docente supervisora, procedeu-se atendimento ao usuário, balizando-se nas três primeiras etapas da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE): coleta de dados (anamnese e exame físico geral e específico), estabelecimento dos diagnósticos de Enfermagem (por meio da classificação da North American Nursing Diagnosis Association – NANDA) e planejamento assistencial (por meio da Classificação dos Resultados de Enfermagem – NOC e Classificação das Intervenções de Enfermagem – NIC). A partir dos dados obtidos/gerados, elaborou um estudo de caso, socializando-o em sala de aula, junto à docente e demais colegas. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: Usuário do sexo masculino, 32 anos, casado, possui 03 filhos. Diagnosticado com síndrome de Klippel-Feil desde a infância, referiu dores na coluna, as quais foram intensificadas após sofrer queda da própria altura, momento em que procurou serviço de saúde, sendo identificada hérnia discal cervical. Admitido na Clínica Médica, para acompanhamento pós-cirúrgico de herniorrafia, com a seguinte sintomatologia e agravos: paralisia de membros, dor nas amígdalas, desconforto respiratório e dor torácica. Em decorrência da restrição ao leito e tempo de internação, desenvolveu lesões por pressão e infecção de trato urinário. Identificaram-se problemas de saúde, definindo-se diagnósticos de Enfermagem e plano de cuidados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Evidencia-se que a prática clínica faz-se relevante à formação acadêmica, vislumbrando a atual profissional, inserindo o educando na rotina da prestação assistencial qualificada e individualizada. Para tanto, conhecer a SAE, bem como as bases do conhecimento científico em Genética e Fisiopatologia e o papel que estas ciências desempenham no processo saúde-doença, contribui significativamente para o fortalecimento da Enfermagem enquanto profissão de destaque no processo de trabalho em saúde e produção do cuidado. Assim, acredita-se que patologias que ainda precisam de maior elucidação, como a síndrome de Klippel-Feil, receberão, ainda na academia, devida e oportuna atenção, refletindo-se na formação qualitativa de recursos humanos em saúde, em especial, dos profissionais de Enfermagem.

5245 A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA ATIVA NA DISCIPLINA DE ESTOMATERAPIA PARA A FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Lara Ribeiro Alves Abreu, André Luiz Gadelha Valente, Taiane Almeida Paiva, Thiago William Barros Cunha, Marcos Vinicius Costa Fernandes, Thiago Vital Barroso, Gabriel Yuri Barros Cunha, Társis Héber Mendonça de Oliveira

A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA ATIVA NA DISCIPLINA DE ESTOMATERAPIA PARA A FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Lara Ribeiro Alves Abreu, André Luiz Gadelha Valente, Taiane Almeida Paiva, Thiago William Barros Cunha, Marcos Vinicius Costa Fernandes, Thiago Vital Barroso, Gabriel Yuri Barros Cunha, Társis Héber Mendonça de Oliveira

INTRODUÇÃO As feridas crônicas, atualmente chamadas de feridas complexas são consideradas problema de saúde pública. A assistência de enfermagem aos cuidados de feridas necessita de atenção especial dos profissionais de saúde, destacando a enfermagem na ânsia de novos conhecimentos para fundamentar a sua prática. Durante muito tempo, a Enfermagem prestou o cuidado de prevenção e tratamento de lesões de pele baseando-se apenas em mitos e tradições, o que levou à repetição das ações sem questionar a validade e eficácia das mesmas, isso induziu ao descrédito dos profissionais de enfermagem. Atualmente vive-se em outro cenário, onde os enfermeiros demonstram maior interesse na inclusão da fundamentação científica em sua prática, o que aumentou o número de pesquisas nessa área. Esse progresso da Enfermagem no tratamento de feridas tem sido mais evidente nas últimas décadas por conta do surgimento da disciplina de estomaterapia e dos avanços em pesquisas cientificas que, além de um aperfeiçoamento nas práxis, acarretam em avanços tecnológicos. Estomaterapia é a ciência que tem por especificidade o cuidado a pessoas portadoras de lesões de pele, estomizadas e com incontinência anal e/ou urinária, sendo o enfermeiro o protagonista dessa ação, o que exige um profissional qualificado, adequadamente habilitado e competente. A disciplina de estomaterapia tem uma importância ímpar na formação do acadêmico de enfermagem, já que uma de suas competências, além dos tratamentos de feridas e ostomias, é o de prevenção a lesões por pressão, algo recorrente em pacientes com longos períodos de internação e com déficit em suas funcionalidades. A relação teoria-prática tem um papel singular, uma vez que os acadêmicos podem pôr em prática as orientações recebidas em sala de aula. A pratica, sob supervisão, produz no aluno um pensamento crítico e reflexivo a cerca do método correto e eficaz de se utilizar em um determinado tratamento, além de aproxima-lo de novas técnicas e tendências benéficas. Esta aproximação tende a ser potencializada através de metodologias ativas. As metodologias ativas baseiam-se em problemas e, atualmente, duas se destacam: a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) e a Metodologia da Problematização (MP). A educação baseada em problemas valoriza a relação do homem no mundo, haja vista que potencializa a construção do conhecimento a partir de vivências práticas dos alunos. Apoiada nos processos de aprendizagem por descoberta em oposição ao aprendizado por recepção a “educação problematizadora” incentiva o estudo de casos reais, cujas ações devem ser descobertas, discutidas e construídas pelos acadêmicos. A tendência é a de que o discente se familiarize com os anseios dos pacientes já nos semestres iniciais dos cursos, entrando em contato precoce com a realidade social dos mesmos. Na ABP, há a formação de um grupo tutorial, onde o professor apresenta aos alunos um problema pré-elaborado por uma comissão de especialistas. Os problemas contêm os temas essenciais para que os alunos cumpram o currículo e estejam aptos para o exercício profissional. Já a metodologia da problematização tem seus fundamentos teórico-filosóficos sustentados no referencial de Paulo Freire. É um modelo de ensino comprometido com a educação libertadora, que valoriza o diálogo, desmistifica a realidade e estimula a transformação social através de uma prática conscientizadora e crítica. Neste caso, os problemas estudados precisam de um cenário real, para que a construção do conhecimento ocorra a partir da vivência de experiências significativas. Este estudo tem por objetivo de relatar a importância da metodologia ativa da problematização na disciplina de estomaterapia para a formação do enfermeiro, através de um relato de experiência. MÉTODOS Esta pesquisa descreve aspectos vivenciados pelos autores, a partir das aulas práticas de estomaterapia, através de uma metodologia ativa, na graduação de enfermagem. O período das aulas ocorreu de 11 a 15 de abril de 2015, durante o 7º período da graduação de enfermagem, na faculdade Estácio do Amazonas, sob supervisão do professor da disciplina. Participaram das aulas, os acadêmicos regularmente matriculados nos turnos matutino e noturno. As aulas tinham como temática: feridas, coberturas e curativos, onde foi ministrado as particularidades e tratamentos de diversos tipos de lesões, tais como: pé diabético, queimaduras, lesões por pressão, dentre outras. As aulas práticas deram-se através da divisão de temas de curativos entre os acadêmicos, como por exemplo: Compressivo, oclusivo, semi-oclusivo. Os acadêmicos foram divididos em grupos, onde cada um simulou a sua respectiva ferida em um dos membros do grupo e os demais explicaram sobre a característica da lesão e procedimento a ser realizado, e logo após realizaram com as devidas técnicas assépticas. Ao final da aula prática, os acadêmicos foram avaliados pelo professor responsável e receberam as suas notas. RESULTADOS A metodologia ativa da problematização demonstrou-se eficaz, tendo em vista a participação e aceitação dos acadêmicos. Durante a aula, os acadêmicos puderam ter o contato com os principais métodos/técnicas de curativos, em seus diversos graus possíveis, como o desbridamento por hidroterapia, assim fortalecendo os assuntos ministrados em sala de aula, propiciando uma melhor abordagem ao tema, atuando com um olhar humanizado na enfermagem. Entende-se que o processo de ensino-aprendizagem acontece baseado na utilização de metodologias ativas, nas quais o aluno passa a ser protagonista de seu processo de aprendizagem e os professores assumem o papel de mediadores/facilitadores. O método propõe a elaboração de situações de ensino que promovam uma aproximação crítica do aluno com a realidade; a reflexão sobre problemas que geram curiosidade e desafio; a disponibilização de recursos para pesquisar problemas e soluções; a identificação e organização das soluções hipotéticas mais adequadas à situação e a aplicação dessas soluções. No decorrer do estágio puderam realizar os curativos adequados, conforme as suas características e especificidades, sob supervisão da preceptoria de estágio, além de ensino em saúde com os profissionais responsáveis pelos curativos na unidade, corroborando para a importância da metodologia ativa na disciplina de estomaterapia. Identifica-se que a estimulação ainda da corrente biomédica de cuidado não só é um obstáculo para a superação dos termos teoria e prática, aprendizagem e prática assistencial, vai de encontro com o ser docente, na qual a tendência é utilizar técnicas que reforcem a passividade dos alunos em campo prático. A inovação não é o simples usar tecnológico, mas sim, no que tange o uso de propriedades metodológicas que alinhem-se e representem formas de desenvolvimento e processo de ensino e aprendizagem. CONSIDERAÇÕES FINAIS A metodologia de ensino no decorrer da aula prática, proporcionou para os acadêmicos um olhar aguçado quanto às práticas de enfermagem e um embasamento teórico-prático, despertando um pensamento crítico-reflexivo quanto a terapêutica ideal para cada tratamento, desde a utilização de produtos tópicos, das coberturas, manobras e técnicas para uma assistência humanizada. Os resultados adquiridos nesta pesquisa permitem identificar o melhor desempenho dos acadêmicos na disciplina de estomaterapia, atuando no cuidado de pacientes com feridas e conhecendo melhor aquilo que necessitam na prática para melhor terapêutica do paciente. Por fim, considera-se que a avaliação apresentada quanto a pratica e ao conhecimento dos estudantes seja importante para o próprio curso de graduação. A abordagem desses conteúdos na disciplina da graduação do referido curso, ou mesmo a criação de uma disciplina curricular que contemple essa metodologia de modo a abranger os diversos aspectos envolvidos no processo de cuidar de pacientes com feridas, parecem relevantes.

5246 Processo didático-pedagógico de construção de uma atividade de educação em saúde sobre o Zika Vírus
Elaneide Antonio Antunes, Iaralyz Fernandes Farias

Processo didático-pedagógico de construção de uma atividade de educação em saúde sobre o Zika Vírus

Autores: Elaneide Antonio Antunes, Iaralyz Fernandes Farias

A graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro objetiva a formação de sanitaristas, em âmbito de bacharelado. Considerando o alinhamento do curso com a perspectiva de defesa e valorização do Sistema Único de Saúde, bem como da saúde e qualidade de vida das populações, uma disciplina denominada “Educação em Saúde Coletiva” integra a grade curricular ofertada para os discentes do 5º período. A disciplina  visa prover conhecimentos sobre os diferentes referenciais pedagógicos empregados nas ações de educação em saúde, bem como as concepções de saúde e doença que orientavam as práticas educativas em saúde ao longo dos períodos históricos no Brasil. O presente relato de experiência possui como objetivo descrever o processo didático-pedagógico de criação de uma atividade de educação em saúde orientada pela perspectiva pedagógica problematizadora, sobre o agravo Zika Vírus, destinada à mulheres em idade fértil e gestantes, de uma Clínica de Saúde da Família situada no Município do Rio de Janeiro.Esse relato se passa  no primeiro semestre  letivo de 2016 em duas etapas complementares: a primeira marcada pela instrumentalização teórica sobre o campo da Educação em Saúde; a segunda marcada pelo processo didático de elaboração da atividade educativa, dentro da perspectiva pedagógica problematizadora.  O interesse pelo agravo selecionado deve-se à sua relevância epidemiológica, impactos sociais, econômicos, e sua crescente veiculação na mídia, especialmente no período desse relato. A escolha do público alvo está relacionada à ocorrência de microcefalia em recém-nascidos, uma das possíveis consequências da infecção pelo vírus Zika. O processo de elaboração da atividade foi mediado pela docente da disciplina.A execução da proposta pedagógica da disciplina foi desafiadora, revelando para as discentes a complexidade de se elaborar atividades de educação em saúde orientadas por uma perspectiva de fato problematizadora, dado que nosso sistema educacional de base foi e ainda é fortemente  pautado na pedagogia tradicional e/ou na do condicionamento. Nessa perspectiva, foi necessário um processo de construção de um olhar mais questionador. A atividade educativa elaborada utiliza a técnica da roda de conversa a fim de problematizar junto ao grupo, tanto as informações veiculadas pelos materiais educativos e campanhas institucionais sobre a prevenção ao Zika Vírus, quanto as possíveis dissonâncias frente à realidade dessas mulheres ante ao que se é preconizado pelos meios de comunicação e o que lhes é exequível na prática. A escolha por atividades que abordassem o aspecto da comunicação e saúde e que suscitassem a problematização dos discursos de prevenção veiculados na mídia que à época eram, em sua maioria, baseados, predominantemente, na perspectiva pedagógica tradicional e/ou na do condicionamento.A formação do bacharel em Saúde Coletiva é orientada pela dialogicidade. O conteúdo da disciplina é fundamental na formação de tais atores, tendo em vista que trabalharão na elaboração de políticas públicas, gestão, planejamento, além das atividades de educação em saúde propriamente ditas, de maneira que realmente contemplem o público para o qual tais ações se destinam, na busca de uma sociedade mais equânime, democrática e participativa.

1332 Simulação no ensino de Atenção Primária a Saúde: como fazemos?
Soraya Maria de Medeiros, Raphael Raniere de Oliveira Costa, José Carlos Amado Martins, Verónica Rita Dias Coutinho, Marília Souto de Araújo

Simulação no ensino de Atenção Primária a Saúde: como fazemos?

Autores: Soraya Maria de Medeiros, Raphael Raniere de Oliveira Costa, José Carlos Amado Martins, Verónica Rita Dias Coutinho, Marília Souto de Araújo

Nos últimos anos, muito se tem incentivado a mudanças no currículo dos profissionais de saúde e de enfermagem para atuarem no contexto da Atenção Primária à Saúde. Dentre estas mudanças, recomenda-se o desenvolvimento e implementação da simulação durante a formação. Temáticas como o trabalho em equipe, comunicação efetiva, humanização, educação em saúde, consulta de enfermagem em diferentes contextos e populações, imunização e outros procedimentos, podem ser trabalhados a partir de cenários realistas em ambiente controlado. Nessa perspectiva, o trabalho teve por objetivo relatar a experiência de especialistas na construção e execução de cenários de simulação aplicados ao ensino de enfermagem no contexto de Atenção Primária à Saúde. Trata-se de um relato de experiência das etapas metodológicas utilizadas para o desenvolvimento de cenários e simulações aplicados a projetos de ensino e investigação em desenvolvimento na Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Brasil e na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra/Portugal, no período de março a dezembro de 2017. Para a construção dos cenários de simulação, é preciso que estabeleça objetivos a serem contemplados em três etapas, a saber: planejamento, implementação e avaliação. No planejamento, é indispensável que se pense sobre o público o qual irá ser contemplado com a experiência da simulação, na estrutura disponível, os tipos, simuladores e finalidades da simulação, e nas formas de avaliação. Além disso, é indispensável que se estabeleça um objetivo claro e que seja compatível com o nível de conhecimento do estudante, competências e habilidades do currículo. Disponibilizar os meios para a realização do cenário, aferir realismo e o tempo para execução também são elementos relevantes. Informações como descrição de casos, orientação de fala para atores, diagrama de seguimento e debriefing devem estar descritos no documento de cenário. Ao utilizar atores na função de pacientes/usuários, deve-se levar em consideração a sua caracterização, o treinamento e capacidade de atuação. A fidelidade implica em melhor satisfação e aprendizado do estudante. Por fim, deve-se avaliar as atividades desenvolvidas. Avaliações somativa, formativa, de cenários, e de discussão sobre a ação e para a ação (debriefing), podem ser utilizadas nesta etapa. No contexto relatado, seguir essas etapas tem ajudado a melhor estruturar os projetos de ensino e de investigação a partir do uso da simulação. Espera-se que a descrição das etapas metodológicas apresentadas possam esclarecer possíveis arestas que inviabilizam o uso dessa estratégia por docentes inexperientes e ou iniciantes no contexto do ensino de enfermagem em Atenção Primária à Saúde.  A partir do encorajamento e uso da simulação no currículo de enfermagem espera-se que se possa alcançar melhorias na formação de profissionais enfermeiros e a capacidade de enfrentar e modificar as realidades de saúde, nas quais possam ser inseridos.

2444 TBL (Team Based Learning) COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL NA RELAÇÃO ENSINO-APRENDIZADO DA DISCIPLINA DE ANATOMIA HUMANA I
Milene Neves, Helder Pimenta, Cristiane Aschidamini

TBL (Team Based Learning) COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL NA RELAÇÃO ENSINO-APRENDIZADO DA DISCIPLINA DE ANATOMIA HUMANA I

Autores: Milene Neves, Helder Pimenta, Cristiane Aschidamini

A Anatomia Humana é uma ciência descritiva que estuda as formas e as estruturas do corpo humano, sendo fundamental à formação dos profissionais da saúde. Estudos anteriores apresentam relato das dificuldades apresentadas pelos acadêmicos durante o curso da disciplina, sendo elas a quantidade de conteúdo, a falta de peças anatômicas e ao estado de conservação das existentes, a memorização e localização das estruturas, a metodologia aplicada e a pouca ou nenhuma correlação clínica. Ao longo dos últimos anos houve um crescente aumento das metodologias de ensino e principalmente a sua modificação para metodologias ativas, isto é, o aluno deixa de ser passivo no processo ensino-aprendizado e passa a ser o condutor deste processo. Uma das práticas de ensino que tem apresentado boa aceitação pelos acadêmicos e professores é o TBL (Team Based Learning), traduzido como Aprendizado Baseado em Equipes. Esta técnica é utilizada em classes numerosas com a finalidade de obter um melhor aprendizado lançando mão de pequenos grupos de estudo, promovendo a interação de uma equipe multidisciplinar, trabalhando habilidades de comunicação e trabalho colaborativo em equipes, que será necessário ao futuro profissional além de discutir temas relevantes da prática profissional. O objetivo deste trabalho foi complementar o ensino da anatomia na graduação nos cursos de enfermagem, medicina e odontologia utilizando novas ferramentas de ensino que contemplem interatividade, autodidatismo, comprometimento com o próprio aprendizado. O estudo realizado foi transversal, quantitativo e descritivo. A pesquisa foi realizada em alunos dos cursos de enfermagem, medicina e odontologia da Escola Superior de Ciências da Saúde, da Universidade do Estado do Amazonas(UEA) regularmente matriculados na disciplina de Anatomia Humana 1 no período de julho de 2016 a dezembro de 2017. Para a realização da atividade o professor será o mediador da atividade e o aluno será o responsável ativo pela aquisição do conhecimento. A experiencia foi dividida em 3 etapas: Preparação Prévia, Garantia de Preparo (individual e em grupo) e Aplicação de Conceitos. Ao final da atividade foi aplicado um questionário da experiencia vivida pelos acadêmicos para avaliar a aplicabilidade do método. Foram contabilizado os escores de desempenhos dos alunos para análise e também as respostas do questionário. O TBL da liberdade ao acadêmico na busca e escolha do material de estudo, proporcionando experiencia nesta pratica, estimula o autodidatismo e atualização constante, importante ao profissional da área da saúde.  

1670 RELATO DE EXPERIÊNCIA: PARTICIPAÇÃO EM UM PROCESSO DE METODOLOGIA ATIVA DE ENSINO.
Andréa Moreira Gonçalves, Nichole Ramos, Brigitte Veronique Olichon Gonçalves

RELATO DE EXPERIÊNCIA: PARTICIPAÇÃO EM UM PROCESSO DE METODOLOGIA ATIVA DE ENSINO.

Autores: Andréa Moreira Gonçalves, Nichole Ramos, Brigitte Veronique Olichon Gonçalves

O presente trabalho consiste em um relato de experiência sobre uma participação em um processo de metodologia ativa de ensino-aprendizagem. Desde 2015, as preceptoras do estágio curricular obrigatório de nutrição social realizam, na semana que antecede o início do estágio, um processo chamado por elas de “nivelamento de estágio”. O nivelamento é realizado durante três dias consecutivos e tem, como objetivo, a capacitação prévia dos alunos que irão para as unidades de saúde da família conveniadas com a Faculdade.  Durante o nivelamento são utilizadas apenas metodologias ativas de ensino. A discussão sobre a importância das metodologias ativas de ensino cresceu nos últimos anos e já é sabido que a aprendizagem que envolve a auto-iniciativa, alcançando assim as dimensões afetivas e intelectuais, torna-se mais sólida e duradoura. Uma das atividades realizadas durante o nivelamento é a “simulação”. A simulação consiste na utilização do teatro para simular/ criar cenas sobre os serviços e atividades geralmente oferecidos nas unidades de saúde da família. Realizar um relato de experiência sobre minha participação em uma estratégia (simulação) de metodologia ativa de ensino-aprendizagem utilizada no nivelamento de estágio. A simulação foi realizada durante a segunda manhã do nivelamento. Os alunos foram divididos em duplas e os temas (consulta nutricional, grupo, sala de espera e visita domiciliar) das simulações foram sorteados. Enquanto a dupla, fora da sala onde o nivelamento acontecia, planejava sua atividade, baseando-se no seu conhecimento prévio sobre tal serviço/atividade, o restante dos alunos planejava sua participação na cena. As preceptoras instruíram os alunos a dramatizarem/problematizarem ao extremo cada simulação, com objetivo de fazer com que os mesmos pudessem vivenciar situações que podem ocorrer em unidades de saúde, em um ambiente protegido e educativo. Participar da simulação e da posterior discussão foi muito construtivo e enriquecedor para mim. Vivenciar cada situação, sabendo que as mesmas não eram “reais”, e que por isso eu poderia errar e ser corrigida/ajudada ali, num ambiente criado com esse propósito, me fez sentir alívio e maior segurança para seguir em frente na minha formação acadêmica e passar pelo estágio de nutrição social. Durante as discussões, pude esclarecer as minhas dúvidas relacionadas à postura profissional e humana, bem como ouvir as dúvidas dos meus colegas e posteriores esclarecimentos por parte das preceptoras. O aprendizado foi, portanto, assim como deve ser – um processo reconstrutivo, que permite o estabelecimento de diferentes tipos de reações entre fatos e objetos e que desencadeia reconstruções e ressignificações. Através da minha experiência, posso concluir que a simulação foi muito positiva e que, com certeza, me preparou mais para o estágio que cumprirei. Concluo, ainda, que a mesma também é útil para as preceptoras, pois permite prevenir possíveis problemas relacionados à postura dos alunos no decorrer do estágio, bem como identificar suas maiores dificuldades, para então enfrentá-las junto deles.

2689 Liga acadêmica de trauma e emergência em enfermagem: uma abordagem de ensino através da prática
Lara Abreu Ribeiro Alves, Carla Rebeca da Silva Campos, Thiago William Barros Cunha

Liga acadêmica de trauma e emergência em enfermagem: uma abordagem de ensino através da prática

Autores: Lara Abreu Ribeiro Alves, Carla Rebeca da Silva Campos, Thiago William Barros Cunha

Introdução: Durante o processo histórico e cultural do Brasil, é inegável que o movimento estudantil teve e tem grande parcela no desenvolvimento social e acadêmico, seja através de passeatas ou na participação da aplicabilidade de novas técnicas de ensino. Atualmente, as ligas acadêmicas estão sendo adotadas como um trunfo no desenvolvimento acadêmico, uma vez que uma das suas especificidades é fazer do acadêmico o protagonista em sua formação, através da participação em seu processo formativo e da possibilidade de praticar atividades de extensão universitária, sob orientação docente. Objetivo: Relatar a experiência na liga acadêmica de trauma e emergência em enfermagem – LATEENF. Metodologia: As ações da LATEENF deram-se a partir da seleção de novos alunos para compor a liga durante o ano letivo de 2017, por meio de uma prova teórica e análise curricular. Os alunos selecionados passaram por aulas teóricas e simulações abordando as diversas faces dos mecanismos de traumas, reanimação cardiopulmonar, transporte de pacientes, dentre outras, e somente após puderam dar início aos plantões nos prontos-socorros do município de Manaus, devendo cumprir uma carga horária de 120 horas no ano. Resultados: A LATEENF é fundamentada na tríade: ensino, pesquisa e extensão, onde todos acadêmicos devem participar das aulas, dos plantões e são orientados a produzirem trabalhos científicos, logo a liga envolve-os nos serviços, promovendo ampliação do conhecimento e formação crítica-reflexiva. Durante a vivência na liga, os acadêmicos sentem-se mais seguros quanto à realização dos procedimentos, ambientam-se com o trabalho em equipe e aprendem a lidar com as mais diversas situações que um pronto-socorro demanda. Considerações finais: É de grande relevância para formação a inserção precoce no campo prático através das ligas acadêmicas, onde há o desenvolvimento de habilidades técnicas e cognitivas, envolvimento entre o ensino-serviço, desenvolvimento da autonomia e preparo para o futuro.