83: A formação na promoção das redes de cuidado em saúde
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: FCA 02 Sala 03 - Candiru    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
2254 “SUA VIDA VALE A PENA”, UMA AÇÃO DE PREVENÇÃO AO SUICÍDIO
Aline Santos Gasparetto, Priscila Maria Marcheti Fiorin, Bianca Cristina Ciccone Giacon, Gabriela Piazza Pinto

“SUA VIDA VALE A PENA”, UMA AÇÃO DE PREVENÇÃO AO SUICÍDIO

Autores: Aline Santos Gasparetto, Priscila Maria Marcheti Fiorin, Bianca Cristina Ciccone Giacon, Gabriela Piazza Pinto

Introdução: No Brasil, é crescente a cada ano o número de casos de suicídio. Este fenômeno vêm acometendo principalmente o público jovem. Apesar do grande número de casos, ainda percebe-se que o assunto é motivo de tabu entre os diversos núcleos sociais, como famílias, escolas, universidades e até mesmo no meio em saúde. Tais fatores inviabilizam a prevenção ou até mesmo o debate sobre o assunto. Sendo assim, uma das estratégias adotadas pela LASME (Liga Acadêmica de Saúde Mental em Enfermagem), foi realizar uma ação, objetivando sensibilizar e conscientizar o público acadêmico, bem como os servidores e o público no geral, acerca das redes de apoio, e da importância da resiliência, no contexto do suicídio. Objetivo: Relatar a ação de sensibilização sobre o contexto do suicídio realizado no setembro amarelo pela LASME. Desenvolvimento do Trabalho: Tratou-se de uma ação realizada no mês de Setembro, no campus universitário da cidade de Campo Grande – UFMS, durante a campanha do mês de prevenção ao suicídio. A ação foi executada por acadêmicos de enfermagem e coordenadoras docentes da liga, estas enfermeiras. A ação teve por objetivo principal sensibilizar e conscientizar o público abordado, quanto as redes de apoio que podem existir, bem como, a atitude resiliente diária diante dos desafios e dificuldades que viver nos oferece. Para isso os discentes confeccionaram dois murais interativos com a frase “O que te motiva a viver?” e dispuseram os mesmos em frente a biblioteca central e no interior do restaurante universitário (RU), contendo canetões para que os pessoas pudessem relatar suas vivências e motivações. Ainda na mesma ação, como representação simbólica de apoio, ofereceram abraços e realizaram entrega de uma fita com a frase “Sua vida vale a pena #LASME”, que eram colocadas nos pulsos das pessoas abordadas, enquanto palavras otimistas e de apoio eram pronunciadas as mesmas. Ao final, estas pessoas abordadas eram convidadas a perpetuar essa prática durante todo o dia. Resultados: Durante a ação percebeu-se uma resposta positiva do público, acerca do tema, de forma a contribuírem nos murais e no recebimento das fitas e abraços. Observou-se que muitos estavam sob grande estresse ou sobrecarga no momento da aproximação, onde ao serem abordados demonstraram alivio e grande emoção pelas palavras ouvidas, ou até mesmo somente pelo abraço. Muitos ainda relataram a importância da abordagem do tema no meio acadêmico, e reafirmaram o tabu silencioso que rodeia o suicídio e suas tentativas. Considerações Finais: A discussão do tema no âmbito acadêmico possui grande importância, visto que este muitas vezes é regado de sobrecarga de estudos, instabilidade emocional, ampla exigência no desempenho acadêmico, assim como ausência de tempo para práticas de atividades que lhe ofereçam lazer, corroborando para a atual prevalência e público atingido por tal fenômeno.

622 A Zumba® como instrumento fomentador de saúde e qualidade de vida
Natalia Cherobin, Bruna da Costa, Wesley Mees, Marlene Santes Klitzke Gabriel

A Zumba® como instrumento fomentador de saúde e qualidade de vida

Autores: Natalia Cherobin, Bruna da Costa, Wesley Mees, Marlene Santes Klitzke Gabriel

Apresentação: A Zumba® é conhecida como uma prática de dança que visa, além do condicionamento físico, a flexibilidade corpórea e a diminuição do estresse, inserindo o lazer à atividade física. A partir disso e do alto índice de obesidade e sedentarismo dos habitantes do bairro Gustavo Tribess, da cidade de Blumenau - SC, construiu-se uma ação almejando destacar a Zumba como instrumento fomentador da qualidade de vida e de vínculo social na micropopulação residente próxima à ESF Gustavo Tribess 1 e 2. Desenvolvimento do Trabalho: O projeto se desenvolveu mediante análise descritiva oriunda da experiência vivenciada pelos acadêmicos do curso de Medicina da Universidade Regional de Blumenau (FURB) ligados ao programa federal PET-Saúde/GraduaSUS. As intervenções foram distribuídas em quatro encontros semanais, com duração média de uma hora e dez minutos, organizadas previamente sob supervisão da preceptora Marlene Santes Klitzke Gabriel. Ministradas por três acadêmicos, as aulas de dança abrangeram cerca de quinze participantes, sendo a maioria do sexo feminino com média de idade equivalente à cinquenta anos. Como complemento às danças, ocorreram debates sobre problemas prevalentes na comunidade como sedentarismo, obesidade, depressão e ansiedade, dialogando esses temas com os benefícios da atividade física como agente promotor da qualidade de vida. Resultados e/ou Impactos: A inserção da prática de dança estimulou a população residente a buscar melhora de suas condições de saúde mental e física, o que foi evidenciado pela progressiva e acentuada adesão às aulas de Zumba. Aliado a isso, cresceu entre o grupo um laço de amizade que reforçou a aderência ao projeto e evidenciou a relevância do esporte, não apenas na saúde física, como também na mental. Além disso, percebeu-se certa expectativa por parte do grupo com relação à continuidade da ação. Considerações Finais: Percebe-se o desejo da população de praticar exercícios que corroborem com sua saúde física e lhe proporcionem um momento de lazer e descontração. A partir da vivência tida pelos acadêmicos, é visível e preocupante a falta de projetos que visem a promoção da saúde através do esporte na comunidade Gustavo Tribess. Ademais, salienta-se que essas atividades sejam supervisionadas por um profissional da área da saúde a fim de evitar possíveis lesões e complicações.

696 A INTEGRALIDADE NA FORMAÇÃO DO FARMACÊUTICO PARA O CUIDADO
Fabíolla de Cássia Soares Cardoso, Adriana do Socorro Uchoa da Silva, Cintia Evelyn Pessoa dos Santos, Landara Furtado de Brito, Marcos Valério Santos da Silva

A INTEGRALIDADE NA FORMAÇÃO DO FARMACÊUTICO PARA O CUIDADO

Autores: Fabíolla de Cássia Soares Cardoso, Adriana do Socorro Uchoa da Silva, Cintia Evelyn Pessoa dos Santos, Landara Furtado de Brito, Marcos Valério Santos da Silva

APRESENTAÇÃO:No contexto de Ensino em Saúde, o curso de ciências farmacêuticas da Universidade Federal do Pará, busca possibilitar à participação dos seus acadêmicos em diversos trabalhos e ações, como uma maneira de garantir a inerência entre seus três pilares fundamentais: Ensino, Pesquisa e Extensão. Dessa maneira, o Núcleo de Excelência em Cuidados Farmacêuticos (NECFAR), é desenvolvido por estudantes sob orientação de um docente, com o objetivo de proporcionar aos acadêmicos, atividades que vão além do conhecimento puramente técnico-científico, contribuindo, dessa forma, para uma formação profissional crítica, humanística, reflexiva e de visão global, para o cuidado. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: O presente trabalho, de caráter observacional e exploratório, foi realizado por discentes integrantes do NECFAR, baseada nas experiências desenvolvidas pelo núcleo, desde sua criação em 2015, ate os dias atuais, como cursos de aconselhamento, simpósios e pesquisas científicas. RESULTADOS E IMPACTOS: As atividades de extensão representam uma alternativa para os alunos que buscam uma formação acadêmica diferenciada, frente a isso, o Núcleo de Excelência em Cuidados Farmacêuticos vem trabalhando a respeito da (re)construção do próprio conceito de extensão universitária dos acadêmicos, não apenas como mero difusor do conhecimento gerado pelos projetos de pesquisa e sim como ferramenta fundamental à formação de um profissional farmacêutico de perfil renovado, com atuação generalista, de visão crítica e reflexiva. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O projeto possibilitou aos discentes a percepção da extensão como a ferramenta para uma formação integral, apesar de ainda a estrutura curricular formal dificultar que experiências dessa natureza ocorram com frequência, percebe-se a importância que iniciativas desse gênero continuem e se potencializem.

845 AÇÕES INOVADORAS E INTERDISCIPLINARES DE EDUCAÇÃO E SAÚDE PARA O ÊXITO DA PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE DO ESCOLAR DO IEE PROFESSOR ANNES DIAS - ANO 2017
Themis Goretti Moreira de Carvalho, Elisete Cristina Krabbe, Cláudia de Oliveira Britto Pilau, Naiara Riani Marques, Tamara Cristiane Batista, Mylena Stefany Silva dos Anjos, Nathália Arnoldi Silveira

AÇÕES INOVADORAS E INTERDISCIPLINARES DE EDUCAÇÃO E SAÚDE PARA O ÊXITO DA PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE DO ESCOLAR DO IEE PROFESSOR ANNES DIAS - ANO 2017

Autores: Themis Goretti Moreira de Carvalho, Elisete Cristina Krabbe, Cláudia de Oliveira Britto Pilau, Naiara Riani Marques, Tamara Cristiane Batista, Mylena Stefany Silva dos Anjos, Nathália Arnoldi Silveira

Introdução O eixo norteador das ações inovadoras e interdisciplinares é a educação em saúde, buscando atuar com assuntos que estejam presentes no cotidiano e também no ambiente em que vivem e convivem jovens e adultos, como as escolas. Na adolescência ocorrem diversas modificações, exigindo maior atenção dos profissionais da saúde. A sexualidade é um assunto recorrente no nosso dia-a-dia, assim como os riscos que a falta de proteção durante o ato sexual traz para o indivíduo. Normalmente é durante a adolescência que surgem as primeiras curiosidades a respeito do sexo e é nesse momento também que o jovem tem sua primeira relação sexual. O uso do preservativo possui a função de proteger a gravidez indesejada, além de prevenir as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), como o HPV, que representa a segunda causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. A adolescência também é o período em que adquirimos conhecimentos e atitudes que podem ser levadas no decorrer da vida. A infusão de novos conhecimentos faz com que o jovem possa optar por ter uma melhor qualidade de vida. Dentro de todos os assuntos já citados, também devemos dar atenção especial às dores e desconfortos que os jovens podem sentir. Muitas vezes, essas dores estão associadas ao transporte de seu material escolar, como o excesso de peso na mochila e a forma em que ela é transportada. Metodologia Este relato de experiência faz parte de um projeto PIBEX, realizado no ano de 2017 no Instituto Estadual de Educação Professor Annes Dias, localizado na cidade de Cruz Alta/RS. Participaram deste projeto diversos cursos: Fisioterapia, Medicina Veterinária, Farmácia, Biomedicina e Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Cruz Alta/UNICRUZ. Ao total, foram cerca de mil alunos envolvidos com a pesquisa e os trabalhos desenvolvidos na escola. Inicialmente foram aplicados quatro questionários, em sala de aula, para conhecer a vulnerabilidade em que os alunos estão inseridos. Os questionários eram referentes ao conhecimento do uso do preservativo e sua importância nas relações sexuais, a gravidez não planejada na adolescência, a percepção das alunas referente ao conhecimento e a prática na realização do exame preventivo do câncer cervical, infecção pelo HPV e as dores e desconfortos corporais devido ao uso da mochila sentido pelos alunos e a forma que transportam seus materiais diariamente para a escola. Após a análise dos dados, foram elaboradas oficinas de educação em saúde com espaços para tira-dúvidas, distribuição de folders educativos e preservativos masculinos e femininos.   Resultados Referente ao uso do preservativo, a amostra total do estudo foi composta por 615 estudantes. Destes, 63% (n=387) relataram que a primeira relação sexual ocorreu antes dos 18 anos e apenas 43% (n=265) relataram que utilizaram o preservativo em sua primeira relação sexual. Vinte e nove estudantes informaram que foram mães adolescentes ou que estavam grávidas durante a pesquisa. Destas, 55% (n=16) não planejaram sua gravidez, 76% (n=22) estavam estudando quando engravidaram e 48% (n=10) tiveram que deixar a escola após engravidar. Os métodos contraceptivos mais conhecidos pelas adolescentes foram pílula e a camisinha, respectivamente. Sobre o HPV, participaram da pesquisa 391 mulheres. Quando questionadas sobre o exame Papanicolau: 40,5% (n=153) relataram que já ouviram falar e sabiam do que se tratava; 24,95 (n=94) já ouviram falar, porém não sabem o que é e 34,7% (n=131) nunca ouviram falar deste exame. Sobre o vírus HPV: 84,8% (n= 313) sabem o que; 11,9% (44) relataram que já ouviram falar, mas não sabem o que é e 3,3% (n=12) nunca ouviram falar. Na pesquisa sobre dores e desconfortos posturais participaram 386 alunos e foi constatado que 73% (n=281) usam mochila e 26% (n=100) usam fichários ou outros meios. 55% (n=155) dos alunos relataram que usam a mochila de maneira correta; 7% (n=20) relataram que sentem dificuldades em tirar ou colocar a mochila das costas referindo também que sentem dores em diversos sítios anatômicos e 19% (n=53) dizem que sua mochila deixam marcas em seus ombros. Os resultados dos dados analisados foram entregues junto à escola para que todos pudessem verificar o conhecimento e a vulnerabilidade dos alunos. Foram distribuídos diversos folders explicativos sobre todos os temas abordados para que a comunidade escolar tivesse um melhor conhecimento sobre os assuntos. Também foram realizadas oficinas com espaços para sanar dúvidas e esclarecer os dados encontrados. Houve também o encaminhamento de alunos para testagem de IST’s, HIV/aids, Sífilis e Hepatites (em casos necessários) e a distribuição de preservativos durante as atividades, bem como a colocação de um dispenser na escola para que o aluno possa ter acesso diário à camisinha.   Considerações finais Neste projeto de pesquisa e extensão realizado com adolescentes e adultos jovens, constatou-se que, embora conheçam e tenham fácil acesso aos preservativos, seu uso ainda é considerado baixo, principalmente após o jovem já ter tido várias relações sexuais, podendo acarretar em gravidez não planejada ou adquirir algum tipo de IST. São poucos os casos em que a gravidez na adolescência é planejada. O seu acontecimento pode acarretar em alguns transtornos, como a necessidade de abandonar os estudos para cuidar do filho. Referente ao HPV tornou-se evidente a necessidade da transmissão de informações referente ao tema, pois foi notória a existência da falta de conhecimento relacionadas a essa temática. Quanto às dores e desconfortos, evidenciou-se a necessidade de um programa de conscientização para que os mesmos atentem para a forma correta de transportar a mochila e desta forma poder eliminar ou diminuir as dores e desconfortos.

947 ABORDAGEM SOBRE A TEMÁTICA DEPRESSÃO EM UMA ESCOLA PÚBLICA LOCALIZADA EM UM MUNICÍPIO NO BAIXO AMAZONAS – RELATO DE EXPERIÊNCIA
Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Ana Dirce Ferreira de Jesus, Françoíse Gisela Gato Lopes

ABORDAGEM SOBRE A TEMÁTICA DEPRESSÃO EM UMA ESCOLA PÚBLICA LOCALIZADA EM UM MUNICÍPIO NO BAIXO AMAZONAS – RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Ana Dirce Ferreira de Jesus, Françoíse Gisela Gato Lopes

Apresentação: A depressão é um transtorno que pode ser ocasionado por múltiplos fatores. Esta doença é um problema de saúde pública que se faz presente em todas as faixas etárias, da crianças ao idoso. As suas principais características clínicas são: tristeza profunda, não sentir mais vontade de viver, insatisfação, melancolia, culpa, entre outros. Todos esses sintomas podem resultar em suicídio, causando impactos tanto sociais quanto econômicos, ou seja, a depressão esta inclusa no contexto de doenças mentais. O tratamento da depressão não se resume a psicoterapia e medicamentos, mas também necessita do apoio de familiares e amigos. Esse grupo é fundamental para a melhora no prognóstico do seu familiar, amigo, colega ou conhecido. Visto que, a extensão do cliente, ajudará desde a tomada de decisão ao tratamento, até o desenvolvimento de melhora da terapêutica. Desenvolvimento do trabalho: Trata – se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência. No dia 4 de abril de 2017, ocorreu na Escola Rodrigues dos Santos em Santarém – Pará uma palestra com o tema “Depressão” para duas turmas do 1º ano do ensino médio, turno matutino, totalizando uma estimativa de 80 alunos. As acadêmicas começaram falando sobre a temática da palestra, que seria sobre depressão. De início uma acadêmica “chamou” os alunos para uma conversa, a qual foi perguntado: “Quem poderia nos dizer sobre o que é a depressão?” Quanto a essa pergunta, as falas dos participantes foram: “É uma doença que deixa a pessoa pra baixo, não tem vontade pra nada, não tem vontade de viver, a pessoa se afasta dos amigos...”. Logo depois, perguntou – se: “Quem aqui já foi diagnosticado com depressão? Quem aqui acha que tem depressão? Quem aqui conhece alguém que acha que têm depressão ou foi diagnosticado com depressão?” “Quem aqui conhece alguém que se suicidou por depressão?”. Em todas as perguntas houveram pessoas que levantaram as mãos. O intuito das perguntas eram que eles pudessem falar e manter um diálogo sobre a vivências ocorridas. Posteriormente, falou-se sobre os sintomas, as relações das drogas licitas e ilícitas com a doença depressão. Mencionou – se também os tratamentos (psicoterapêuticos e medicamentosos, este somente com prescrição médica) e os locais que pudessem ligar, conversar, se informar e pedir ajuda sobre o assunto. Por fim, fez-se uma dinâmica, na qual os alunos foram organizados em uma roda e passou-se uma caixa. As acadêmicas não disseram qual era o conteúdo que havia dentro, apenas falaram que com quem tivesse a caixa quando a música parasse essa pessoa teria a opção de abrir ou repassar. Uma acadêmica colocou a música, enquanto outra visualizava se a dinâmica percorria normalmente. Quando a música parou na primeira turma, o aluno quis abrir e descobriu que haviam chocolates dentro. Porém, na segunda turma a aluna tinha que escolher duas pessoas na qual foi feito uma pergunta: “De acordo com o exposto, o que é a depressão pra você?”. Essa pergunta era hipoteticamente sobre o que as acadêmicas tinham demonstrado anterior, mas a aluna sentiu-se à vontade e expos momentos que para ela haviam e estavam sendo difíceis, de momentos na escola, da família, do fim de um relacionamento, do pai que havia se suicidado um ano antes. Ela relatou o quanto era difícil sentir vastos sentimentos, o quanto as pessoas não se importam umas com as outras, o quanto ela achava ter pessoas do lado dela, mas que nos momentos mais difíceis sumiram. O momento de reflexão da aluna gerou uma meditação da turma como um todo. O objetivo da dinâmica era demonstrar que as vezes as situações parecem difíceis, mas elas podem ser na verdade um chocolate dentro de uma caixa fechada. Logo após a dinâmica, foi entregue aos alunos folders sobre o assunto discutido e um marca página escrito “Quando tudo parecer impossível, pegue um livro, use esse marcador, e se sinta no infinito”. Resultados e/ou Impactos: A palestra foi de grande valia tanto para as acadêmicas, alunos e professoras. Através desta pode-se levantar conversas sobre essa doença que afeta milhares de pessoas no mundo, e ainda é considerada tabu. Por meio da atividade efetuada na escola, foi possível observar as opiniões e os pontos de vista dos estudantes. Também foi possível abrir uma conversa entre os alunos, para que eles pudessem ajudar uns aos outros de acordo com os problemas que estavam enfrentando dentro da sala de aula ou fora dela em um âmbito relacional de aluno para aluno. Contribuindo assim, para a ampliação do conhecimento sobre o respectivo assunto, quebrando paradigmas impostos pela sociedade em que estão inseridos. A escola na qual foi realizada a atividade é localizada no centro da cidade. Ainda é tabu achar que esses assuntos só devem ser tratados em escolas que ficam a margem da sociedade. A depressão não é uma doença que ocorre apenas em pobres. Não é questão de escolha, de insalubridade. Vale ressaltar, que os alunos se sentiram muito à vontade para falar, se mostraram muito interessados e tinham muitas perguntas interessantes sobre a temática abordada. As acadêmicas se sentiram muito satisfeitas em poder responde-las e assim, tirar tantas dúvidas pertinentes dos adolescentes. Além disso, a escola é um bom lugar para se trabalhar com adolescentes e jovens, por ser um espaço em que os alunos passam mais tempo, e a prática do bullying ou o surgimento de desavenças podem ocorrer com mais frequência. Logo, as escolas necessitam conhecer seus alunos, seja através de um ambiente de diálogos e/ou de vivências. Considerações Finais: Diante da experiência vivenciada, é notável a necessidade de se conversar sobre esse assunto, seja em escolas ou ambientes de trabalho, pois todos estão suscetíveis a ter depressão. A utilização de um método mais dinâmico (diálogo e atividades complementares) auxiliou as acadêmicas a trabalharem com os adolescentes, mantendo a atenção deles e sustentando a conversa com a turma. A correria do dia-a-dia dificulta o diálogo entre as pessoas, o estresse e a frustação, contribuem para o adoecimento da mente. Os adolescentes que estão em fase dita “rebeldes sem causa”, tentam procurar um caminho, que seja a verdadeira causa de sua existência, e muitos se perdem nessa trajetória. É nesse momento portanto, que todos os envolvidos com esse jovem precisam notar o que está acontecendo e oferecer ajuda. É fundamental que as pessoas estejam inteiradas sobre esse assunto, tanto para ajudar quem precisa como também para ser ajudado. Além disso, através da palestra foi possível abordar outros assuntos como o uso de álcool e outras drogas, sendo também este um problema que afeta em grande parte adolescentes e jovens causando grandes impactos tanto na saúde como na educação.       

2893 PROJETO DE EXTENSÃO SAÚDE DO HOMEM E A PRODUÇÃO DE REDES DE CUIDADO NA ATENÇÃO BÁSICA
Igor Brasil de Araujo, Leticia Lopes, Tainara Pereira, Thomas Souza, Alvaro Pereira

PROJETO DE EXTENSÃO SAÚDE DO HOMEM E A PRODUÇÃO DE REDES DE CUIDADO NA ATENÇÃO BÁSICA

Autores: Igor Brasil de Araujo, Leticia Lopes, Tainara Pereira, Thomas Souza, Alvaro Pereira

Este trabalho tem como objetivo Relatar a experiência da operacionalização do Projeto de Extensão do “Saúde do Homem e a produção de redes de cuidado na Atenção Básica” da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Metodologicamente, é um projeto que teve seu início em fevereiro de 2017 na cidade de Salvador por meio da escolha de grupos já construídos socialmente de homens escolhidos intecionalmente em um distrito sanitário da cidade sendo selecionados grupos de mototaxistas urbanos de uma comunidade, motoristas vinculados à Universidade e adolescentes que jogam futebol vinculados à outra comunidade deste distrito. Primeiramente, foi realizada uma pesquisa (aprovada no CEP/UNEB) aos três grupos com objetivo de entender as demandas de saúde-doença-cuidado. Depois de se processar a análise dos dados, foi realizado um planejamento estratégico das ações: escolha de metodologia de oficinas, linguagem, materiais, estratégias de avaliação de forma coletiva; para então se chegar ao momento tático-operacional de realização de rodas de conversa nos próprios locais de convivência de cada grupo, respeitando suas peculiaridades e subjetivações. Operacionalmente, a Educação Popular em Saúde foi orientadora de todas as ações, construídas/planejadas com as seguintes temáticas: Masculinidades e gênero, Cuidados com Caspa e capacete, Câncer de Próstata, Ejaculação Precoce e Impotência Sexual, DSTs, Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, Alimentação Saudável, Alongamento e Atividade Física, Automedicação e uso de Plantas Medicinais e Prevenção de Acidentes de Trabalho. Como impactos, percebe-se concretamente adesão e vinculação dos grupos, desconstrução do estereótipo invulnerável a doenças destes homens, sensibilização para questões de saúde-doença e cuidado e maior procura dos participantes a serviços de Atenção Básica, além de mudanças na formação dos estudantes envolvidos.

2997 HIDROTERAPIA EM PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICO NÃO TRANSMISSÍVEIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE PARTICIPANTES DE UM PROJETO DE EXTENSÃO
Pablo Stephano Lopes da Silva, Andreza da Silva de Freitas, Caroline Amaral Diniz, Matheus Eduardo Horta da Costa, Eliane Ferreira Marinho, Sheyla Mara Silva de Oliveira, Franciane de Paula Fernandes, Wanderson Augusto Oliveira de Almeida

HIDROTERAPIA EM PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICO NÃO TRANSMISSÍVEIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE PARTICIPANTES DE UM PROJETO DE EXTENSÃO

Autores: Pablo Stephano Lopes da Silva, Andreza da Silva de Freitas, Caroline Amaral Diniz, Matheus Eduardo Horta da Costa, Eliane Ferreira Marinho, Sheyla Mara Silva de Oliveira, Franciane de Paula Fernandes, Wanderson Augusto Oliveira de Almeida

Apresentação: A hidroterapia é definida como uma técnica de reabilitação aquática que tem como vantagens a melhora da circulação periférica, promoção do retorno venoso, além de proporcionar um efeito relaxante e de prevenir alterações funcionais. Essa técnica pode ser usada para beneficiar portadores de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT’s), a fim de amenizar os sinais e sintomas decorrentes dessas patologias e promover a qualidade de vida dessa população. O presente estudo visa descrever a experiência de discentes e docentes em um projeto de extensão voltado a hidroterapia para portadores de DCNT’s. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência desenvolvido por discentes e docentes da Universidade do Estado do Pará-Campus XII, Santarém-PA, referente aos atendimentos hidroterapêuticos realizados duas vezes por semana, com a utilização de técnicas de hidrocinesioterapia, watsu e bad ragaz em pacientes com DCNT’s como: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e disfunções reumatológicas, realizadas através do projeto de extensão Agir Educativo Cuidativo no complexo aquático, realizado no setor de hidroterapia do campus universitário, no primeiro semestre de 2017. Resultados: Participam do Projeto de extensão cerca de 53 pacientes, sendo 20 deles portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes mellitus, com uma média de 58 anos de idade e com maior prevalência do sexo feminino (17). Os resultados revelam que o tratamento destaca os efeitos fisiológicos que o uso da água aquecida proporciona aos sistemas corporais, podendo ser um indicativo da redução da HAS devido aos seus princípios. Os exercícios aeróbicos realizados, contribuem para o retorno venoso e linfático, aumentando o débito cardíaco, melhorando a capacidade cardiorrespiratória e aumento do débito urinário. Na diabetes mellitus é possível observar, que a hidroterapia é um exercício físico que não gera sobrecarga de peso nas articulações (perfeito para idosos e/ou obesos), permite um trabalho muscular global, sem gerar fadiga e pode levar a diminuição dos medicamentos otimizando a participação do paciente. Enquanto nas disfunções reumatológicas, o calor da piscina e os exercícios promovem redução de dor, relaxamento da musculatura periarticular, diminuição da tensão na articulação, melhora na propriocepção, equilíbrio e marcha dentro da funcionalidade. Considerações Finais: Os pacientes com DCNT’s informaram melhora de sua qualidade de vida ao longo das sessões de hidroterapia, e ao final delas; a experiência da aplicabilidade do exercício físico associado aos princípios da água; proporcionaram uma melhora significativa de seus quadros, sem precisar depender totalmente de medicamentos para suprir todo o bem-estar físico do paciente, além de proporcionar a integração social dos indivíduos que estão em tratamento na piscina.

3001 Saúde em Itapuranga: uma prática extensionista interprofissional
Adriana Diniz de Deus, Jacqueline do Carmo Reis, Marcelo Ribeiro da Silva, Maria dos Anjos Lara e Lanna

Saúde em Itapuranga: uma prática extensionista interprofissional

Autores: Adriana Diniz de Deus, Jacqueline do Carmo Reis, Marcelo Ribeiro da Silva, Maria dos Anjos Lara e Lanna

Este trabalho pretende relatar a experiência de um projeto de extensão da área da saúde, vivenciado pelos cinquenta estudantes e cinco professores dos cursos de medicina, enfermagem, psicologia, fisioterapia e biomedicina da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais-Betim. Teve como objetivo proporcionar aos estudantes uma vivencia de atuação interprofissional na área da saúde, junto à comunidade do Município de Itapuranga - GO, a partir de atividades de cuidado, educação e gestão em saúde. No período de agosto a novembro de 2017 foram realizadas visitas a cidade de Itapuranga para levantamento das demandas e apresentação das propostas de trabalho em conjunto com a Igreja Católica, especialmente com a Pastoral da Saúde, com a igreja Batista, com a Secretaria Municipal de Saúde, com o Conselho Municipal de Saúde e com a Associação Popular de Saúde. Neste mesmo período houve a seleção dos estudantes participantes e convites aos professores pela coordenação do projeto. Como também aconteceram encontros, reuniões e seminários com todos os participantes para elaboração do planejamento e organização coletiva das atividades. Entre os dias 06 de dezembro a 18 de dezembro de 2017 os estudantes e professores ficaram inseridos na cidade de Itapuranga quando, divididos em equipes de trabalho, coordenaram e participaram ativamente de várias atividades interprofissionais planejadas no campo do cuidado, educação e gestão em saúde, algumas destas descritas a seguir. 1-Realização de visitas com consultas domiciliares. Os estudantes foram divididos em 10 equipes multiprofissionais que atuaram junto a duas Unidades de Saúde da Família (USF). A equipe da USF selecionou as famílias mais vulneráveis e separou os prontuários. Todas as manhãs as equipes de estudantes acompanhadas das agentes de saúde visitavam as casas das famílias utilizando ferramentas metodológicas as Saúde da Família. Ao longo das visitas eram realizadas consultas com abordagem integral da pessoa a partir do olhar interprofissional. Os casos eram discutidos com os professores que acompanhavam as visitas ou posteriormente em discussões clínicas. Foram realizadas por manhã três visitas por equipe, totalizando cento e cinquenta consultas domiciliares .2-Atuação no Lar dos Idosos São Vicente de Paulo onde puderam conviver com os idosos, realizar avaliações e levantamento das necessidades individuais dos internos, elaborar um Diagnóstico Situacional da Instituição e propor melhorias. Além de terem sido catalizadores de uma reunião onde participaram representantes de várias instituições da cidade que se comprometeram a ajudar e acompanhar a gestão do Asilo. 3- Organização das Manhãs do Bem Viver com a participação de pessoas da comunidade que se inscreveram para os dois encontros que abordaram temas de promoção a saúde como alimentação saudável, massagem, dança, meditação, atividades físicas, orientações ante stress, dentre outras, utilizando metodologias ativas e oficinas de trabalho. 4-Organização de Grupos de Educação em Saúde, no total de oito encontros, com a participação dos moradores dos territórios das duas USF onde foram feitas as visitas domiciliares, abordando temas como saúde integral da mulher, criança, homem e idosa(o) utilizando-se de metodologias ativas.5-Dois dias de encontro com cinquenta jovens da Pastoral da Juventude discutindo o tema Corpo e Sexualidade utilizando-se de metodologias interativas e criativas.6-Para os jovens também foi oferecido um curso de teatro onde puderam perceber a ligação entre a arte, a cultura e a atividade física com a saúde.7-Duplas de estudantes da medicina, enfermagem e biomedicina fizeram rodízio para acompanhar os plantões com os  profissionais do Hospital Municipal de Itapuranga.8-Os estudantes em contrapartida ofereceram para os profissionais do hospital um Curso de Suporte Básico de Vida, utilizando os manequins do Centro de Simulação da PUC Minas e distribuíram material técnico de apoio.9-Organização e assessoria na elaboração coletiva do Planejamento Estratégico da Pastoral da Saúde com a participação da coordenação e membros desta pastoral, durante todo um dia de encontro.10- Organização e coordenação do Curso para Conselheiros Municipais de Saúde realizado durante três noites, quando se abordou temas como atribuições dos conselheiros, a realidade do Sistema Único de Saúde (SUS) no município e a atual tentativa de “desmonte” do SUS pelo governo federal, utilizado metodologias ativas que possibilitaram maior entendimento dos conteúdos abordados.11- A Pastoral da Saúde ofereceu aos estudantes e professores um Curso de Fitoterapia que contou com uma manhã de Visita ao Cerrado, na área de um assentamento do Movimento dos Sem Terra, e uma tarde de aula de fitoterapia com médicos especialistas. Organizou duas visitas ao laboratório da Pastoral da Saúde, quando os participantes elaboraram produtos medicinais fitoterápicos e visita ao Laboratório de Biocosméticos, situado na cidade de Itapuranga. 12- Todos os dias um grupo de trabalho do projeto participava de um dos Programas de rádio local abordando os principais temas de saúde de interesse publico. 13- Os estudantes, professores e a comunidade local participavam diariamente no final da tarde do Liang gong. Atividade física desenvolvida na China que trás benefícios tanto para o corpo como para a mente, coordenada por um dos professores. 14- Participação na Feira da Saúde organizada pela Pastoral da Saúde e na Feira do Pequeno Produtor, quando os estudantes abordaram temas importantes de saúde a partir de atividades interativas. Como contribuição para a comunidade local as visitas domiciliares e o cuidado realizado no Lar dos Idosos possibilitou que a população assistida vivenciasse uma experiência interprofissional de cuidado integral, humanizada e resolutiva. Para aqueles que participaram das diversas atividades educativas acredita-se que foi possível demonstrar à importância da promoção e prevenção a saúde. Nas instituições nas quais o projeto colaborou com a elaboração dos Diagnósticos Situacionais e os Planejamentos Estratégicos seus membros se conscientizaram sobre a importância da qualificação da gestão e da participação de todos os envolvidos na organização dos trabalhos. Nos encontros e cursos realizados os participantes puderam debater e aprofundar sobre vários temas da saúde a partir de uma olhar interprofissional. Esta experiência possibilitou que os estudantes percebessem, na prática, os desafios de um trabalho interprofissional e ao mesmo tempo observaram como é rico o resultado obtido a partir deste trabalho em relação à qualificação do cuidado integral e humanizado a saúde, à gestão de serviços e à educação em saúde. As realidades encontradas durante as atividades possibilitou que os estudantes se conscientizassem que nem sempre a clínica, mesmo que interprofissional consegue responder as necessidades dos pacientes e que é preciso expandir a atuação do profissional de saúde em equipes de abrangência intersetorial. Puderam perceber a importância de outras terapias além da alopatia como a fitoterapia, a liag gong e respeitar do saber popular. Os estudantes vivenciaram as várias possibilidades de atuação profissional em uma cidade o interior do Brasil, incluindo a atenção a saúde a educação e a gestão, e puderam perceber o quanto esta atuação é valorizada e importante para a população quando realizada com qualidade e humanização. Conclui-se que esta experiência de inserção de estudantes de diversos cursos da área da saúde em uma comunidade do interior do Brasil com o objetivo de realizar um trabalho imterprofissional de cuidado, educação e gestão na saúde e completa a formação profissional dos estudantes, provoca uma articulação entre teoria e prática e contribui para a formação humana dos profissionais de saúde.

3295 Atividades Curriculares em Comunidade e Sociedade: as possíveis contribuições para a formação médica
David Ramos da Silva Rios, Maria Constantina Caputo, Maria Constantina Caputo

Atividades Curriculares em Comunidade e Sociedade: as possíveis contribuições para a formação médica

Autores: David Ramos da Silva Rios, Maria Constantina Caputo, Maria Constantina Caputo

Introdução: As "Atividades Curriculares em Comunidade e Sociedade" (ACCS), desenvolvidas na Universidade Federal da Bahia, são componentes curriculares, em que estudantes e professores da UFBA, em uma relação com grupos da sociedade, desenvolvem ações de extensão promovendo o intercâmbio, a reelaboração e a produção de conhecimento sobre a realidade com perspectiva de transformação e envolvendo diferentes áreas do saber. Objetivos: O presente trabalho objetiva relatar a experiência da ACCS "Promoção da Saúde e Qualidade de Vida" desenvolvido pela UFBA, em parceria com a Universidade Federal de Sergipe, buscando destacar a importância da extensão universitária para a formação em saúde e a necessidade do desenvolvimento de Políticas Públicas que sejam capazes de reorientar o processo formativo dos futuros profissionais. Relato de Experiência: A ACCS tem desenvolvido suas ações desde 2012, em diferentes comunidades baianas, como favelas, aldeias indígenas, quilombos e assentamentos. Com o envolvimento de discente de diferentes cursos, e por meio da pesquisa-ação busca-se estimular o reconhecimento, pela população, dos seus direitos sociais, e da importância da mobilização para a sua consolidação. Resultados: Percebe-se que a inserção precoce dos estudantes na comunidade estimula o desenvolvimento de reflexões individuais sobre a formação profissional dos sujeitos envolvidos no processo. Os discentes relataram uma reorientação de suas práticas e atitudes, apreendidas no meio acadêmico, ou nos espaços de ensino tradicionais, como hospitais, unidades de saúde, ou outros serviços. Conclusões: Os diferentes encontros garantiram mudanças de olhares e atitudes, afetando diretamente as construções subjetivas dos estudantes e as suas percepções. As atividades de extensão podem ser eximias ferramentas de mudança na sociedade e na formação, seja médica, ou pessoal.

3305 NOTIFICAÇÕES DE VIOLÊNCIA NO CONTEXTO DA PRÁTICA PROFISSIONAL EM ODONTOLOGIA
Ana Carolyne Loyanne da Silva Campos, Liliane Silva do Nascimento

NOTIFICAÇÕES DE VIOLÊNCIA NO CONTEXTO DA PRÁTICA PROFISSIONAL EM ODONTOLOGIA

Autores: Ana Carolyne Loyanne da Silva Campos, Liliane Silva do Nascimento

Introdução: A violência contra a criança e adolescente apresenta-se em facetas variadas, nas quais o cirurgião dentista precisa apropriar-se e normatizar condutas. No Pará, o abuso sexual estampa capas de jornais e incrementam índices de mortalidade infantil e exploração sexual. Nestas situações, a atuação multiprofissional eficaz é determinante no manejo do cuidado e da notificação para os setores envolvidos. Na perspectiva que na maioria dos casos de violência, há lesões de cabeça e face, a notificação da violência contra crianças e adolescentes pelos profissionais da odontologia contribui para o dimensionamento epidemiológico do problema, fundamenta indicadores para por políticas públicas de prevenção e redução de danos. Todavia, o cirurgião dentista tende a subnotificar os episódios de violência contra crianças e adolescentes, quando compreende que se restringem a lesões físicas visíveis, deixando de atuar e diagnosticar outros sinais relacionados a pessoas em situação de violência. A literatura justifica esta conduta a imperícia profissional, preconceito ou correlacionando à decisão de não se envolver com os casos. Objetivo: Este trabalho tem como proposta abordar a prevenção da violência no âmbito da graduação em odontologia com ênfase nas ações de saúde coletiva. Método: Para o desenvolvimento do trabalho foram voltadas ações extensionistas extracurriculares, incluindo alunos de graduação juntamente com residentes se debruçaram a descrever o impacto da violência contra a criança e adolescente na saúde bucal; identificar os principais fatores de risco e causas da violência e assim propor a inclusão e acesso a fichas de notificação e fluxo para o enfrentamento da mesma na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Pará. Resultados: Inicialmente os cursos e oficinas, foram realizados com a presença de profissionais de várias áreas contribuíram para visibilidade em 2016. Em segunda etapa em 2017 a divulgação visual através de banners colocados em área de aceso restrito a acadêmicos e docentes, além de disponibilização em local acessível das fichas de notificação nas clinicas de odontologia. Percebeu-se o despertar de interesse e responsabilidade profissional, pois nas divulgações havia um canal de email e telefone para contato em caso de dúvidas, e este acesso foi amplamente utilizado. Considerações finais: Assim, exercer e atuar, a temática de violência em odontologia na formação profissional e rotina de serviço de saúde na clínica escola mostrou-se desafiadora mais aos formadores e gestores do que aos jovens acadêmicos.

3335 (Re) Conhecendo a Extensão Universitária Interdisciplinar como estratégia na formação em Saúde
Maria Constantina Caputo, David Ramos da Silva Rios, David Ramos da Silva Rios

(Re) Conhecendo a Extensão Universitária Interdisciplinar como estratégia na formação em Saúde

Autores: Maria Constantina Caputo, David Ramos da Silva Rios, David Ramos da Silva Rios

A formação em saúde vem sendo constantemente repensada, de acordo com diferentes tendências e necessidades, sejam elas econômicas, históricas, políticas ou sociais. A Constituição Federal do Brasil, além de estabelecer a “saúde como um direito de todos e dever do Estado” propõem como responsabilidade estatal a regulamentação e reorientação da formação dos profissionais de saúde. Assim, cabe ao Estado repensar a formação em saúde de forma contínua, para se formular políticas e diretrizes capazes de garantir uma formação pessoal e profissional na qual os sujeitos estejam aptos a desenvolverem ações integrais e, consigam compreender os indivíduos em toda a sua complexidade, trabalhando segundo os princípios e diretrizes do SUS. Nesse sentido, uma inserção precoce em comunidade, durante a graduação, pode ser relevante no processo formativo dos futuros profissionais, e a extensão universitária tende a ser uma das formas mais efetivas e transformadoras dos sujeitos, no diálogo entre universidade e sociedade. O presente trabalho objetiva relatar a experiência do programa de extensão “A Participação Social e a garantia do Direito à Saúde: planejamento intersetorial, arte, mobilização social e educação popular, em um Assentamento da Bahia” desenvolvido pela UFBA e UFS, buscando destacar a importância da extensão universitária para a formação em saúde e a necessidade do desenvolvimento de Políticas Públicas que sejam capazes de reorientar o processo formativo dos futuros profissionais. Percebe-se que a inserção precoce dos estudantes na comunidade, especificamente em um local pertencente ao MST, estimulou o desenvolvimento de reflexões individuais sobre a formação profissional dos sujeitos envolvidos no processo. Os discentes relataram uma reorientação de suas práticas e atitudes, apreendidas no meio acadêmico, ou nos espaços de ensino tradicionais, como hospitais, unidades de saúde, ou outros serviços. Os diferentes encontros garantiram mudanças de olhares e atitudes, afetando diretamente as construções subjetivas dos estudantes e as suas percepções.

3809 BANCO DE PRESERVATIVOS PERMANENTE: A EXPERIÊNCIA DO PROJETO CASADINHOS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS JOSÉ RIBEIRO FILHO
Stéfane Christie Ferreira de Lima, Naára Balbino Guimarães, Marcos Henrique Figueira de Mello, Jeanne Lúcia Gadelha Freitas

BANCO DE PRESERVATIVOS PERMANENTE: A EXPERIÊNCIA DO PROJETO CASADINHOS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS JOSÉ RIBEIRO FILHO

Autores: Stéfane Christie Ferreira de Lima, Naára Balbino Guimarães, Marcos Henrique Figueira de Mello, Jeanne Lúcia Gadelha Freitas

O Banco de Preservativos Permanente (BPP) é uma iniciativa que existe desde 2012 na Universidade Federal de Rondônia (UNIR) campus José Ribeiro Filho (JRF), e é a principal ação do Projeto de Extensão de Saúde Sexual e Reprodutiva na Universidade - Casadinhos. O BPP tem como principal objetivo garantir acesso gratuito e irrestrito da comunidade acadêmica aos insumos de prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/HIV/Hepatites Virais, como preservativos femininos e masculinos, além de distribuir gel lubrificante.  Atualmente, existem seis pontos do BPP, sendo cinco dentro do campus JRF e um no prédio da reitoria. Eles são abastecidos com os insumos semanalmente pelos acadêmicos voluntários e bolsistas do projeto. Além dos BPP, o Projeto Casadinhos atua na universidade promovendo debates sobre sexualidade, direitos sexuais e reprodutivos, realização de testes rápidos e vacinação. Desenvolvimento:Mensalmente é realizada escala dos integrantes que irão repor os insumos em cada semana, o abastecimento é feito em caixas de arquivos que foram confeccionadas e personalizadas por participantes do projeto nos anos anteriores. Os insumos são disponibilizados pela Secretária Municipal de Saúde de Rondônia – SEMUSA, neste ano, contamos apenas com a disponibilização de preservativos masculinos e gel lubrificante. Ao final de cada mês, é realizado um balanço da saída dos insumos de cada ponto BPP. Os locais de maior demanda, que é onde há maior fluxo de pessoas, recebem uma quantidade maior de itens na reposição. Visto que muitos indivíduos podem ter dúvidas sobre esta ação do projeto e ter insegurança de adquirir os preservativos e/ou gel lubrificantes, em todos os eventos realizados pelo projeto, procura-se além de falar sobre o BPP e seu funcionamento, também realizar a demonstração do uso de tais itens, mostrando a eficácia, composição e segurança dos mesmos. Resultados/impactos: No ano de 2017 foram distribuídos nos Bancos de Preservativos Permanentes mais de 15 mil insumos, entre eles preservativos masculinos e géis lubrificantes, nos seis pontos de reposição. O uso das redes sociais para divulgação das reposições foi essencial, pois é um instrumento informativo aos acadêmicos e servidores da universidade e onde pode ser recebido também um feedback do público, como a falta de insumos ou de caixa, sugestões e críticas. Considerações: A implantação do BPP no campus JRF mostra-se positiva para o campus universitário JRF, visto que dentro do espaço acadêmico encontra-se pessoas em sua maioria sexualmente ativas e em idade reprodutiva. Diante dos agravos como as Infecções Sexualmente Transmissíveis e as gravidezes indesejadas, percebe-se a importância da distribuição de insumos preservativos na Universidade. Os dados apresentados mostram que há uma grande procura pelos insumos e consequentemente tem-se uma ação preventiva efetiva. Além disso, o funcionamento do BPP possibilita que o público-alvo tenha interesse pelo projeto, que é a porta de entrada para muitos universitários procurarem a origem do mesmo, assim torna-se mais viável o envolvimento da universidade nas discussões acerca dos diversos temas relacionados a sexualidade e saúde reprodutiva.

945 A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO DE ACADÊMICOS EM VISITAS DOMICILIARES COMO UMA NECESSIDADE NA MANUTENÇÃO DA SAÚDE E FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Ana Dirce Ferreira de Jesus, Françoíse Gisela Gato Lopes

A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO DE ACADÊMICOS EM VISITAS DOMICILIARES COMO UMA NECESSIDADE NA MANUTENÇÃO DA SAÚDE E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Autores: Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Ana Dirce Ferreira de Jesus, Françoíse Gisela Gato Lopes

Apresentação: A visita domiciliar é uma prática que faz parte da Estratégia e Saúde da Família (ESF), sendo esta o foco principal do trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS).  Isso, faz parte dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), visando a prevenção de doenças através dos cuidados básicos. A ESF tem contribuído não só para diminuição da morbimortalidade no Brasil, mas também para o controle de intercorrências, utilizando – se de ações de promoção e prevenção de saúde em visitas domiciliares. Essas, são muito importantes para que ocorra realmente uma assistência que promova o bem – estar físico, mental e social, visto que, são esses profissionais que tem um contato mais diário com as famílias em suas residências. O enfermeiro, por conseguinte, é um profissional referência dentro de uma equipe da ESF. Com isso, os acadêmicos de enfermagem, por exemplo, quando desenvolvem atividades nessas unidades, conseguem ter maior experiência, pelo fato de estarem inseridos na prática, auxiliando o enfermeiro da unidade e conhecendo a realidade e a importância em se ter uma atenção primária atuante nos domicílios. Este relato tem como objetivo descrever a experiência de duas discentes do curso enfermagem de uma universidade pública, localizada no interior da Amazônia, em uma visita domiciliar, no campo prático de estágio da graduação.  Desenvolvimento do trabalho: No primeiro semestre de 2017, através da disciplina de enfermagem comunitária I, foi realizada visita domiciliar no bairro Laguinho/Mapiri de Santarém – Pará. A residência visitada foi indicada pelo enfermeiro do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) da Unidade Básica do bairro. A visita foi realizada pelas discentes juntamente com o enfermeiro da unidade, que já fazia acompanhamentos nessa residência. O núcleo familiar da moradia visitada, era formada por um idoso de 65 anos, sua esposa e seus dois filhos. O ancião tinha parte do membro inferior direito amputado, devido a complicações por ser diabético, e hipertenso. Durante a visita, ele relatou que mesmo sabendo do diagnóstico ingeria bebidas alcóolicas, consumia todos os tipos de alimentos, de forma desenfreada, não utilizava insulina e não verificava glicemia. Ele não tinha preocupação com as possíveis intercorrências que poderia vir a ter, mesmo sabendo ser diabético. O idoso relatou ter onze irmãos, mas que não havia sido criado junto a eles, além dele mais quatro de seus irmãos eram diabéticos. Segundo seus relatos, seus filhos não eram diabéticos, porém um deles não tinha o cuidado com a alimentação o que podia ou não contribuir para o surgimento da doença. A diabetes no idoso avançou após o surgimento de uma “bolha” no pé direito, ele não se preocupou em cuidar do ferimento, piorando cada vez mais o estado da ferida. Durante a conversa, ele falou que não sentia nenhum sintoma, apenas depois de 30 anos foi começar a sentir, e quando isso ocorreu, foi tão forte a ponto de ter que amputar uma parte do membro inferior direito. O ancião disse que no momento em que soube do procedimento que ocorreria – a amputação, foi de um jeito muito rude pelo médico, o que o deixou muito triste, visto que o foi na frente de seu filho. Chorando, o senhor relembrava o quanto foi difícil presenciar seu filho recebendo um noticia tão impactante na vida de uma pessoa, de um modo tão brusco pelo profissional de saúde médico. Ele relatou para as acadêmicas que por conta de um osso exposto na parte amputada, ele teria que passar por mais um procedimento cirúrgico, visto que atrapalhava quando utilizava a prótese e havia formado uma ferida no local. Quando as estudantes adentraram em assuntos sobre a família, ele relatou que passa a maior parte do tempo sozinho o que o deixa muito triste, precisando de alguém para conversar, e não têm. Além disso, o idoso referiu – se chorando a um de seus filhos, pelo fato de o tratar de forma muito rude. Um dos motivos de sua tristeza é que antes de perder o membro ele era uma pessoa mais ativa em suas atividades diárias, trabalhava e ajudava a manter sua casa e não precisava de ninguém para isso. Porém, depois da cirurgia, somente sua esposa ficou com toda responsabilidade para o processo cuidativo, o que o deixou deprimido. Resultados e/ou impactos: Durante a visita, as discentes perceberam que o idoso apresentava sintomas de tristeza acentuado, e disse não aceitar a cirurgia na qual deveria ser realizada, pelo fato de não ter quem cuidasse dele no pós-operatório. Observou – se que o ancião se preocupava muito com todos os afazeres da família com ele. O idoso sentia muita necessidade do diálogo, da conversa. Com isso, essa vivência, contribuiu com o intuito da visita na comunidade, agregada ao relato da convivência familiar e sua saúde, o quanto os dois estão interligados. Através dessa experiência, percebeu – se que alguns acadêmicos ainda tem bloqueios pessoais em realizar visitas domiciliares, muitas vezes por não querer sair da zona de conforto. O acompanhamento familiar realizado pelas discentes e enfermeiro foi muito relevante, pelo fato de poderem estar mais próximas da realidade, e compreenderem a importância em se realizar a visita em domicilio, percebendo as necessidades de um acamado e como aquilo refletia em todo o núcleo da família. Além disso, a conscientização por parte da conversa também é muito importante. O paciente precisa confiar no que foi a ele e o profissional e acadêmicos necessitam realizar uma escuta qualificada. Considerações Finais: O acompanhamento a pessoa doente em seu domicilio, é uma tarefa de muita relevância, pois o profissional enfermeiro prestará o auxílio que na maioria das vezes a pessoa não tem como buscar devido as suas condições físicas, contribuindo para a melhora do psicológico, além de estar em contato direto com a família ou cuidador, orientando e prestando os serviços de saúde necessário. Todos esses fatores irão proporcionar a essa pessoa qualidade de vida. Portanto, a inserção de discentes em visitas domiciliares corroboram com experiências expressivas na formação acadêmica, isso porque, esse futuro profissional ainda está em processo de busca por novos conhecimentos e, o processo como intermediador, deverá mostrar a esses estudantes caminhos necessários para que gere nestes consciências sobre as vivências, principalmente na comunidade, que é a primeira porta de entrada de diversas patologias.

2572 OFICINA DO BEIJO E A PROMOÇÃO DA SAÚDE SEXUAL EM UMA UNIVERSIDADE FEDERAL.
Stéfane Christie Ferreira de Lima, Marcos Henrique Figueira de Mello, Naára Balbino Guimarães, Jeanne Lúcia Gadelha Freitas

OFICINA DO BEIJO E A PROMOÇÃO DA SAÚDE SEXUAL EM UMA UNIVERSIDADE FEDERAL.

Autores: Stéfane Christie Ferreira de Lima, Marcos Henrique Figueira de Mello, Naára Balbino Guimarães, Jeanne Lúcia Gadelha Freitas

Apresentação: Promovida pelo projeto de extensão “Saúde Sexual e Reprodutiva na Universidade - Casadinhos, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) campus José Ribeiro Filho, a “Oficina do Beijo” ocorreu no dia 27 de setembro de 2017 durante o III Seminário de Extensão e II Seminário de Formação em Extensão, com o objetivo de sensibilizar a comunidade acadêmica de como as infecções sexualmente transmissíveis (IST) podem ser adquiridas incluindo o beijo como parte das práticas de risco. A oficina foi pensada a partir da reflexão de que o beijo pode ser porta de entrada para algumas IST, com isso viu-se a necessidade de abrir um espaço para a discussão na universidade. Desenvolvimento: A atividade planejada pela orientadora e bolsistas do projeto teve inscrições realizadas em plataforma online, através de formulário, onde foram disponibilizadas 20 vagas e outras vagas reservas. O formulário perguntava além de informações pessoais, se o participante tinha vínculo com a universidade e quais as expectativas para a oficina. Foi previamente acordado questões sobre sigilo de informações, horários e outras regras. A oficina  durou quatro horas e dividiu-se em quatro momentos: 1)exposições orais sobre o ato de beijar, origem, curiosidades e as reações emocionais e fisiológicas por ele desencadeadas, utilizando recursos didáticos como slides e vídeos, provocando discussões; 2)epidemiologia, transmissão e desafios do combate as principais IST; 3)realização de dinâmicas e trabalhos em grupo, utilizando entre outros materiais, o Álbum Seriado das IST do Ministério da Saúde, que é um instrumento didático e ilustrado, que  permitiu a divisão dos participantes em três grupos para posterior discussão a respeito das IST; 4)exposição de dúvidas e colocações dos participantes, demonstrações a respeito da utilização dos preservativos e breve exposição sobre o teste rápido e locais onde esses testes podem ser realizados. Resultados/impactos: Apesar da divulgação apenas 40,74% dos inscritos compareceram, o que pode ter sido influenciado pelas atividades concomitantes, como outras oficinas. Dentre os inscritos havia acadêmicos de Psicologia, Enfermagem, Ciências Sociais e Direito, além de servidores da universidade. A faixa etária dos inscritos foi de 19 a 35 anos e o público feminino foi a maioria.  No formulário alguns inscritos relataram curiosidades no campo “expectativas” principalmente sobre beijar alguém. Foram feitas dinâmicas, que proporcionaram descontração e reflexão, ao evidenciar a vulnerabilidade de contrair uma IST. A utilização do Álbum Seriado das IST e a discussão dos grupos auxiliou a compreensão e proporcionou a interação dos participantes, pois durante as discussões surgiram dúvidas pertinentes sobre a transmissão das IST, que foram respondidas pelos facilitadores. Considerações finais: Através da atividade nota-se a necessidade de discutir as IST na Universidade, pois há fragilidade de debates voltados à educação e saúde sexual, assuntos relacionados ainda são considerados tabus, mesmo na comunidade acadêmica. Os participantes mostraram-se à vontade para relatar pessoalidades e perguntar sobre a temática, percebendo sua relevância. A experiência mostrou-se efetiva, merecendo reprodução em ambientes com públicos diversos, por atrair pelas abordagens lúdicas e instigantes, o que facilita a conscientização sobre a importância das práticas sexuais de forma segura. 

773 NEUROTOXOPLASMOSE EM UMA PACIENTE COM AIDS INTERNADA EM UM HOSPITAL LOCALIZADO NA MESORREGIÃO AMAZÔNICA – UM RELATO DE CASO
Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

NEUROTOXOPLASMOSE EM UMA PACIENTE COM AIDS INTERNADA EM UM HOSPITAL LOCALIZADO NA MESORREGIÃO AMAZÔNICA – UM RELATO DE CASO

Autores: Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

Apresentação: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é ocasionada por meio do retrovírus HIV. As principais vias de contaminação são: relação sexual sem proteção e objetos perfuro-cortantes contaminados principalmente pela via sanguínea. É através do linfócito TCD4+ que o HIV se reproduz, deixando o corpo humano mais suscetível a doenças oportunistas. Entre alas inclui-se a neurotoxoplasmose é causada pelo Toxoplasma gondii, sendo esta uma das principais razões de lesão intracraniana expansiva, em clientes com AIDS. É muito rara no adultos imunocompetentes, no entanto, é mais comum em indivíduos soropositivos em se tratando de infecção oportunista no Sistema Nervoso Central. Esta infecção acomete principalmente regiões tropicais por ser mais propensa a condições climáticas favoráveis a vida e transmissão do parasito. A prevalência de infecções na Amazônia é mais elevada quando comparada a outras regiões. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de caso, realizado em um Hospital público, durante aula prática no setor de de clínica médica, no período de 19 de setembro a 03 de outubro 2017. Para coleta de dado utilizou-se da Sistematização de Assistência de Enfermagem - SAE, taxonomia da NANDA 2015-2017. Resultados e/ou impactos: No dia 31 de agosto de 2017, paciente M.J.A.S., deu entrada no serviço de urgência e emergência de um hospital público de Santarém- Pará, apresentando o seguinte quadro clínico: hipertermia, emagrecimento acentuado,crises convulsivas e cefaleia, com escala de intensidade de dor igual a 6. Devido à gravidade do quadro clínico, foi solicitado avaliação do infectologista com possíveis focos em neurotoxoplasmose e Neurocriptococose. A mesma foi transferida para o setor de clínica médica do referido hospital, no qual deu início a terapêutica especificas e realização de exames, confirmando o diagnostico inicial de neutoxoplasmose associada a AIDS. A cliente apresentava também doenças oportunistas como:  tuberculose pulmonar, citomegalovírus e pneumonia fúngica. O diagnóstico para HIV ocorreu há 05 meses, com adesão ao tratamento. Ao exame físico: Apresenta-se estável, caquética, expressão facial preocupada, consciente, verbalizando de forma orientada no tempo e espaço, eupineica, afebril, acianótica, anictérica. Glasgow 15. Narina direita com lesões granulosas apresentando secreções sanguinolenta, cavidade auditiva sem anormalidade, oroscopia: melhora das lesões ulcerosas na mucosa oral, leves creptações em bases pulmonares, abdome escavada, flácido e doloroso à palpação no hipocôndrio direito, fígados e baço abaixo do rebordo costal (mais ou menos) 3 cm, musculatura hipotrofica. Considerações Finais: A paciente apresentou melhora nas cefaleias e crises convulsivas e estava aguardando a transferência para o hospital regional. A mesma se mostrou muito colaborativa quanto ao tratamento, o que contribuiu para melhora da sua saúde. A utilização da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) durante a realização do estágio foi uma experiência muito desafiadora. Esta, foi uma vivência positiva na medida que tanto a acadêmica quanto seus colegas de estágio tiveram um leque de possibilidades e aprendizados permitindo uma vivência distinta e desafiadora a nível acadêmico e profissional.