8: Cenários da aprendizagem: em busca de um atenção integral
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: FCA 02 Sala 03 - Candiru    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
3312 Relato de uma intervenção acerca da Violência Obstétrica: dialogando formação acadêmica e direitos das mulheres.
Melina Navegantes, Crissia Roberta Pontes Cruz, Crissia Roberta Pontes Cruz

Relato de uma intervenção acerca da Violência Obstétrica: dialogando formação acadêmica e direitos das mulheres.

Autores: Melina Navegantes, Crissia Roberta Pontes Cruz, Crissia Roberta Pontes Cruz

A mulher tem sido vítima de diferentes formas de violência ao longo da história. O combate a estas violências tem se fortalecido cada vez mais, especialmente a partir do século XX com o avanço dos movimentos feministas, que tem o combate à violência contra a mulher como uma de suas principais bandeiras. Dentre essas diferentes formas de violência destaca-se aqui a obstétrica, uma violência contra as mulheres que ocorre no período gravídico-puerperal. Uma realidade que, embora recorrente, tem poucos espaços de debate durante a formação dos psicólogos, visto que as questões de gênero ainda são secundarizadas em nossa formação. À vista disso, o presente trabalho tem como objetivo a descrição de uma experiência de intervenção em um programa de pré-natal. Foi realizada uma roda de conversa com gestantes e acompanhantes em um programa de pré-natal em uma Unidade de Referência na cidade de Belém que teve como objetivo um espaço de trocas e diálogos com as gestantes e suas/seus acompanhantes a fim de promover reflexões sobre a violência obstétrica e também sobre os direitos das mulheres. A roda teve 15 participantes e duração de uma hora. A atividade foi elaborada no âmbito da disciplina Psicologia e Feminismo do programa de pós-graduação de Psicologia Social e Clínica (PPGP) da Universidade Federal do Pará por um grupo de cinco alunas. Como disparadores para o diálogo utilizaram-se frases previamente elaboradas de situações de violências obstétricas. As frases atuaram como instigadoras para a fala das participantes e favoreceram a troca entre gestantes, acompanhantes e facilitadoras. Enquanto resultados possibilitou-se perceber a validade dessa metodologia no ambiente do pré-natal, visto que as gestantes e as acompanhantes utilizaram este espaço para expor suas experiências pessoais, muitas vezes condizentes com a realidade da violência obstétrica. Desenvolveu-se, dessa forma, um ambiente de troca de experiências onde percebeu-se que muitas das acompanhantes e gestantes multíparas já passaram ou ouviram relatos próximos de maus tratos com mulheres durante a gestação, parto e puerpério; além disso, possibilitou-se um ambiente no qual dúvidas puderam ser expressas e esclarecidas viabilizando assim maior conhecimento sobre violência obstétrica e os direitos das mulheres. A intervenção mostrou sua importância, também, no âmbito da formação devido poder desenvolver um caráter pratico para questões debatidas em sala de aula. Dessa forma, as alunas estiveram em contato com a realidade do serviço de saúde e de gestantes e mulheres que passaram por violências obstétricas. Dessa forma, esse contato permitiu às pós graduandas e a mim, como graduanda e aluna especial na disciplina Feminismos e Psicologia do PPGP um olhar diferenciado acercada violência obstétrica e perceber como ela é experienciada por essas gestantes, como são moldadas e superadas suas dores e sofrimentos psíquicos. Assim, a oportunidade de participar de uma intervenção, de ter o contato com a realidade do SUS e de suas usuárias, evidenciou a importância de mais experiências de prática como essa durante o curso de psicologia a fim de desde a graduação capacitar os futuros psicólogos para atuar em questões de gênero, violência e assistência em saúde. 

3314 Novos cenários de aprendizado na educação médica: os assentamentos como locus de uma formação integral e interdisciplinar.
David Ramos da Silva Rios, Maria Constantina Caputo, Maria Constantina Caputo

Novos cenários de aprendizado na educação médica: os assentamentos como locus de uma formação integral e interdisciplinar.

Autores: David Ramos da Silva Rios, Maria Constantina Caputo, Maria Constantina Caputo

Introdução: A formação médica requer muito mais do que técnica e conteúdo, necessita de um processo reflexivo crítico, que estimule os estudantes a pensarem os sujeitos em sua integralidade, levando-se, portanto, em consideração os seus aspectos culturais, sociais e históricos. Objetivos: Analisar os impactos das atividades desenvolvidas pelo programa "A Participação Social e a garantia do Direito à Saúde: planejamento intersetorial, arte, mobilização social e educação popular, em um Assentamento da Bahia" desenvolvido pela UFBA e UFS, na formação dos estudantes de medicina, participantes. Relato de experiência: O programa por meio da pesquisa-ação articulou atividades artísticas com ações interdisciplinares em saúde numa comunidade assentada, garantindo a reflexão sobre a importância da mobilização, dos sujeitos, em busca de soluções para os problemas identificados em suas condições de vida. Foram envolvidos estudantes de 10 diferentes cursos de graduação. Resultado: Notou-se uma intensa troca de saberes, entre a comunidade e os acadêmicos, bem como foi perceptível o potencial de organização e luta dos moradores locais na busca pelos seus direitos sociais. As atividades puderam sensibilizar tanto os participantes como os acadêmicos, fazendo com que estes refletissem sobre os seu próprios mundos existenciais, sua formação, ou sua trajetória de vida. O encontro entre diferentes sujeitos possibilitou a intersecção de diferentes olhares e vivências sobre um mesmo tema, enriquecendo, assim, a dinâmica colaborativa das ações. Conclusão: Atividades desse tipo, podem ser, portanto, de grande relevância para uma reflexão mais ampla sobre o fazer saúde e o lutar pelo direito à saúde, nos mais diferentes contextos, bem como para a transformação da educação médica.

3374 AÇÕES EDUCATIVAS DE INCENTIVO À LAVAGEM DAS MÃOS AOS ALUNOS DO MUNICÍPIO DE COARI-AM
Francisca Moreira Dantas, Carlos Eduardo Bezerra Monteiro, Hyana Kamila Ferreira de Oliveira

AÇÕES EDUCATIVAS DE INCENTIVO À LAVAGEM DAS MÃOS AOS ALUNOS DO MUNICÍPIO DE COARI-AM

Autores: Francisca Moreira Dantas, Carlos Eduardo Bezerra Monteiro, Hyana Kamila Ferreira de Oliveira

Apresentação: A higienização das mãos é reconhecida mundialmente como o cuidado universal, sendo uma medida indispensável no controle de doenças infectocontagiosas. Por esse motivo, tem sido considerada como um dos pilares da prevenção e do controle de infecções nos serviços de saúde. A prevenção e o controle de infecções não devem ser restritos a instituições de saúde, mas também podem ser voltados a Instituições de Ensino, já que nesses locais há aglomeração de crianças e contato muito próximo entre elas. O presente projeto visou promover ações educativas com abordagem lúdica com ênfase na correta lavagem e higienização das mãos aos alunos da Escola Municipal Rui Souto de Alencar localizada no município de Coari-AM. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato vivenciado em um projeto de extensão vinculado ao Programa Atividade Curricular de Extensão – PACE da Universidade Federal do Amazonas. A metodologia utilizada foi através do desenvolvimento participativo, sempre buscando a construção coletiva entre os alunos da Escola, docentes de Enfermagem e os acadêmicos participantes. Para tanto, foi utilizado apresentações educativas e lúdicas ministradas ao público-alvo por discentes capacitados do curso de Enfermagem do Instituto de Saúde e Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas. Dentre as atividades desenvolvidas durante a execução do projeto esteve presente a efetivação de levantamentos bibliográficos e capacitação dos discentes, sob supervisão da coordenação do projeto, com temas relacionados à correta lavagem e higienização das mãos, bem como, quais as implicações à saúde e a ausência deste simples ato. Os acadêmicos do curso de Enfermagem realizaram visita à Escola Municipal Rui Souto de Alencar, com intuito de conhecer a estrutura física e o funcionamento, ao mesmo tempo, professores, alunos e direção. Eram realizados encontros semanais com os estudantes de enfermagem e docentes (coordenadora e vice coordenadora) nas dependências do Instituto de Saúde e Biotecnologia, a fim de discutir e elaborar as ações educativas para o público pretendido. Ainda, foi efetuado o envio de um cronograma prévio de atividades à Escola para ciência da direção e inserção das ações do projeto na instituição, no intuito de alcançar a adequação das datas juntamente com a direção da Escola e professores para a realização das atividades: palestras semanais aos alunos com duração de 30 minutos. Em seguida, foi feita a organização e confecções dos materiais para as ações de ensino na Escola, e posteriormente, a concretização de palestras educativas juntamente com atividades lúdicas e recreativas relacionados a temática com os alunos do ensino fundamental da Escola Municipal Rui Souto de Alencar. No final das atividades exercidas pelos integrantes do projeto, ocorreu o encerramento das atividades com a participação da coordenação, discentes e alunos da escola. Para a execução do projeto foi encontrada algumas dificuldades sucedidas para o cumprimento das ações, pois as atividades aconteceram em sala de aula e algumas eram pequenas para o quantitativo de alunos e para as demais atividades recreativas do projeto, além disso, foi possível identificar a falta de refrigeração nas salas e a ausência de um local próprio (auditório, salas maiores) para realização das atividades. Em meio aos recursos didáticos utilizados estiveram alguns materiais, como: cartazes nas apresentações e muitas imagens para deixar a apresentação mais atrativa para o público, aparelho multimídia e audiovisuais (data show), folders, brindes, tinta guache, frascos individuais com álcool a 70%, papel toalha, e entre outros. Ao final do projeto, foi realizado o encerramento com distribuição de brindes e sorteios aos alunos como forma de agradecer a receptividade e participação do público. Resultados e/ou impactos: Foram beneficiados por essa ação cerca de 90 alunos matriculados no ensino fundamental da Escola Municipal Rui Souto de Alencar com faixa etária de 8 a 12 anos de idade, e que participaram ativamente das atividades de extensão assistindo as palestras com ênfase na lavagem e correta higienização das mãos. As palestras ministradas de forma lúdica e recreativa despertou o interesse e participação ativa das crianças através de questionamentos acerca dos temas abordados e respondendo às perguntas realizadas. Os resultados foram muito positivos, pois foi possível alcançar todos os objetivos propostos inicialmente pelo projeto, a receptividade dos alunos e a demonstração do quanto a ação os agradou, foi perceptível através dos relatos de experiência. Os acadêmicos tiveram oportunidade de desenvolver atividades de ensino resgatando o que fora repassado em aulas teóricas do Curso de Enfermagem e, por sua vez, colocaram em prática uma ferramenta essencial para a profissão de Enfermagem, a Educação em Saúde, disseminando assuntos de grande relevância ao público alvo, uma vez que, os professores são um meio de disseminação de informações na comunidade na qual estão inseridos, somado a isto, podemos citar também a interação entre participantes do projeto e público que foram decisivas para o sucesso alcançado. Foi possível através da execução do projeto que dezenas de alunos da Escola Municipal selecionada consolidassem melhores hábitos de higiene, o que proporcionou o gosto pela lavagem e higienização das mãos da forma correta, bem como, foi possível ajudá-los a descobrir o quanto este hábito simples pode prevenir e contribuir principalmente para a diminuição dos índices de infecções comuns na infância. Considerações Finais: Através do projeto realizado evidenciou-se que ações educativas contribuem para mudanças de conduta de forma espontânea e prática, considerando que é nessa fase que a criança está em completo desenvolvimento e formação intelectual e social favorecendo o estado de saúde. Ressalta-se que orientar uma criança e transformar seus hábitos não é tarefa fácil, visto que a criança está inserida em vários contextos sociais. Mas através de intervenções, informações e conhecimentos transmitidos, como ocorreu neste projeto, há uma maior probabilidade de assimilação dos conhecimentos pelas crianças. Essa experiência deve ser reforçada de tempos em tempos e servir de modelo para outros projetos e atividades em vista, seja pelos componentes do grupo ou que sirva de modelo para outros acadêmicos de enfermagem que tenham interesse em trabalhar com crianças e adolescentes. Portanto, capacitar o aluno a cuidar de si e do outro, a reconhecer a sua realidade social e transformá-la é primordial para a adoção de hábitos saudáveis. Neste contexto, o profissional de enfermagem deve proporcionar a criança uma educação voltada para o seu cotidiano e desenvolver nesta faixa etária o senso de responsabilidade pela sua própria saúde e de sua comunidade.

3532 FORMAÇÃO INTEGRADA AO SERVIÇO E A COMUNIDADE – RELATO DE EXPERIÊNCIA DO CURSO DE NUTRIÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA EM SÃO SEBASTIÃO-DF.
Cinthya Vivianne de Souza Rocha Correia, Kassia Giovanna Alves Araújo, Cecília Rocha Santos Quaresma, Viviane Belini Rodrigues

FORMAÇÃO INTEGRADA AO SERVIÇO E A COMUNIDADE – RELATO DE EXPERIÊNCIA DO CURSO DE NUTRIÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA EM SÃO SEBASTIÃO-DF.

Autores: Cinthya Vivianne de Souza Rocha Correia, Kassia Giovanna Alves Araújo, Cecília Rocha Santos Quaresma, Viviane Belini Rodrigues

Apresentação: Discutir a formação de recursos humanos na área da saúde, é um tema necessário devido estar intrinsicamente relacionado a qualidade da atenção à saúde no Sistema Único de Saúde – SUS (CECCIM; FEUERWERKER, 2004; CECCIM; ARMANI; ROCHA, 2004). O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde / GRADUASUS visa promover uma maior integração ensino-serviço-comunidade fortalecendo áreas estratégicas para o SUS (BRASIL, 2010). Desta forma, este relato objetiva demonstrar as práticas educacionais realizadas na disciplina de Nutrição e Ciclos da Vida – Prática Ambulatorial, referentes a aprendizagem em serviço na formação profissional do curso de Nutrição – UNB, na Atenção Básica - AB em São Sebastião – DF, no ano de 2017. Desenvolvimento do trabalho: Acadêmicos de Nutrição juntamente com a docente e a técnica acompanhavam a preceptora mostrando o trabalho do nutricionista na AB, enfatizando aspectos como a necessidade do trabalho em equipe multiprofissional e integrado a importantes programas como a Estratégia de Saúde da Família - ESF; Programa de Saúde da Escola - PSE; agricultura familiar, dentre outros. Resultados e/ou impactos: Seguiu-se uma ordenação intencional de atividades: 1) Territorialização; 2) Visitas ao comércio local; 3) Visitas domiciliares – VD; 4) Ações coletivas de educação nutricional e, 5) Atendimento ambulatorial. A Territorialização consistiu na apresentação de informações socioeconômicas e demográficas da região, oriundas da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD, 2016), seguida do reconhecimento do território e equipamentos sociais. A segunda etapa consistiu na visita a feira permanente e observação no comércio local para cálculo do custo da cesta básica e estimativa do custo das refeições dentro do território. As VD (terceira atividade) foram realizadas com equipe multiprofissional, visando a identificação de vulnerabilidades e promover orientações práticas no cuidado com a alimentação. Na quarta atividade proposta foram realizadas ações educativas com grupos específicos, estas ações foram sugeridas e motivadas pela equipe de saúde, e onde fez-se uso de diferentes metodologias e recursos (teatro, dinâmicas, jogos, exposições dialogadas e rodas de conversa). A última atividade realizada foi o atendimento ambulatorial individualizado supervisionado, pensado como última etapa para que os estudantes tivessem uma maior aproximação com a população assistida, conhecendo a realidade local, os custos relacionados a alimentação e os recursos disponíveis para apoio a reeducação alimentar e promoção da saúde. Foi constatado que esta sequência de atividades permitiu maior reconhecimento e aproximação com o território e as equipes de saúde, além de melhorar a percepção dos estudantes sobre sua prática profissional. Foram atendidos de forma direta 13 pacientes (5 por meio de visita domiciliar e 8 em ambulatório) e de forma indireta (ações coletivas), 85 usuários das Unidades Básicas de Saúde de São Sebastião dos Setores Central e Tradicional, 210 escolares, 25 educadores e 8 profissionais de saúde (ação de educação permanente). Considerações finais: Compreender a dinamicidade, riquezas e obstáculos para se alcançar resultados de saúde dentro de um território é uma experiência ímpar na formação, pois promove além da reflexão sobre as práticas profissionais a compreensão da complexidade de se promover saúde.

3540 Perfil sócio demográfico e clínico dos casos de hanseníase atendidos em uma unidade básica de saúde em Belém-Pa: Relato de experiência sob a óptica de enfermagem.
João Otávio Pinheiro Borges, Ewerton Beckman Dos Reis, Euriane Castro Costa, Hilma Solange Lopes Souza, Darlene Dias De Sousa Duarte Oliveira, Thamyres Batista Procópio, Naiá Estrela Pinheiro, Thamires Palheta de Souza

Perfil sócio demográfico e clínico dos casos de hanseníase atendidos em uma unidade básica de saúde em Belém-Pa: Relato de experiência sob a óptica de enfermagem.

Autores: João Otávio Pinheiro Borges, Ewerton Beckman Dos Reis, Euriane Castro Costa, Hilma Solange Lopes Souza, Darlene Dias De Sousa Duarte Oliveira, Thamyres Batista Procópio, Naiá Estrela Pinheiro, Thamires Palheta de Souza

Apresentação: A hanseníase é uma doença infecciosa, crônica que acomete principalmente a pele e os nervos periféricos, mas também se manifesta como uma doença sistêmica comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros órgãos. Tem um alto potencial incapacitante devido à capacidade de penetração de seu agente etiológico Mycobacterium leprae, parasita intracelular que infecta nervos periféricos, especialmente as células de Schwann. Sua transmissão se dá por meio de uma pessoa doente (forma infectante da doença - Multibacilar), sem tratamento, que elimina o bacilo para o meio exterior infectando outras pessoas suscetíveis. A vigilância epidemiológica envolve a coleta, processamento, análise e interpretação dos dados referentes aos casos de hanseníase e seus contatos. Que deve ser organizada em todos os níveis de atenção, da unidade básica de saúde à atenção especializada ambulatorial e hospitalar, de modo a garantir informações sobre a distribuição, a magnitude e a carga de morbidade da doença nas diversas áreas geográficas. Ela propicia o acompanhamento rotineiro das principais ações estratégicas para o controle da hanseníase, e a atuação da Enfermagem nesse contexto é de extrema importância. Belém possui oficialmente 71 bairros e 8 distritos administrativos, o Guamá é o bairro mais populoso da cidade de Belém e por isso se torna de grande relevância descrever experiências que envolvam aspectos da rotina dos serviços e de atividades que implementem a integração ensino serviço qualificando assim discentes para a realidade profissional. A assistência ao paciente em controle da hanseníase e as questões administrativas que permeiam esse controle incluindo nesse contexto o conhecimento de fichas de notificação dos casos e os livros de registros das unidades de saúde nos dá uma panorâmica do perfil desses casos. Buscou- se como objetivo relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem sobre como é realizado o registro dos casos para traçar o perfil epidemiológico da hanseníase. Descrição da experiência: Trata- se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado a partir da vivência em prática dos acadêmicos. A unidade de saúde localizada no bairro do Guamá localizada no distrito administrativo de saúde do Guamá município de Belém foi escolhida por fazer parte do campo de pratica onde são desenvolvidas às aulas práticas da disciplina Saúde coletiva do curso de enfermagem da Universidade Federal do Pará. A equipe de atendimento do programa de hanseníase é composta por um enfermeiro e um técnico de enfermagem, os acadêmicos de Enfermagem também participam do atendimento dos usuários. A vivência envolveu assistência a casos novos inscritos no programa de hanseníase se deu através do preenchimento do livro de registro, atendimento, identificação e busca por informações relevantes para traçar o perfil dos casos. Os dados observados foram: tipo de hanseníase, idade, sexo e grau de incapacidade ao inicio do tratamento. Além disso, foram repassadas orientações acerca da hanseníase aos usuários enquanto estavam na sala de espera para o atendimento. Resultados: Atendemos os pacientes aprazados de acordo com a demanda no período letivo. Observou-se através dos livros de registros os quais continham informações retrospectivas que o maior número de casos ocorreu no ano de 2014 comparados com os três últimos anos. Os casos multibacilares foram predominantes sobre os paucibacilares. Este resultado também foi observado no sexo masculino, onde a maioria de casos foi multibacilar. Os casos MB, responsáveis pela transmissão da doença, adquirem maior importância quando diagnosticados tardiamente. A idade dos pacientes mais acometidas estava entre 40 e 59 anos onde a maioria pertence ao sexo masculino. Quanto às formas clínicas da hanseníase mais encontradas foram a dimorfa (D) e a virchoviana (V). Entre os homens, a forma D representa aproximadamente metade dos casos dos casos e a V é a segunda mais apresentada. No sexo feminino, a forma mais frequente foi a D, seguida pela Tuberculoide, e a V. A maior frequência de formas MB entre os homens adquire importância por serem estas as formas infectantes da doença. Um aspecto importante a ser observado durante os atendimentos e avaliação do grau de incapacidade dos casos que deve ser realizada no início e fim do tratamento observou-se que essa atividade foi realizada na maior parte dos casos e outros estavam sem informação no livro. Dos casos examinados quanto à incapacidade no início do tratamento, observou-se que pacientes do sexo masculino eram a maioria, encontramos alguns pacientes com incapacidades ou deformidades, de grau 1 e até grau 2, apresentadas por uma parte pequena de pacientes avaliados, denotando um diagnóstico tardio da doença. Nas mulheres, a maioria dos casos não apresentaram incapacidades no início do tratamento (grau zero). Foi observado nos livros de registros e preenchendo os boletins mensais de controle da hanseníase que um elevado número dos casos do sexo masculino apresenta incapacidades quando do início do tratamento. A maior frequência de incapacidade ao início do tratamento entre os homens, inclusive apresentando deformidade física, aponta para a necessidade dos serviços de saúde considerar as diferenças biológicas e sociais entre homens e mulheres nas ações de controle da doença. Com a experiência contatou-se que a atuação da equipe de Enfermagem é fundamental ao avaliar o estado de saúde da pessoa por meio da consulta de Enfermagem, identificando os fatores ambientais que possam proporcionar riscos de adoecimentos do indivíduo, realizar busca ativa dos contatos, realizar busca dos faltosos do programa, aplicar o tratamento entre outras atribuições.  Os achados deste trabalho reforçam a necessidade da realização de estudos regionais, para se conhecer melhor a distribuição da doença a nível local, levantando aspectos que possam contribuir para ações de prevenção, diagnóstico e tratamento precoce, evitando as incapacidades e deformidades da hanseníase. Considerações finais: Neste estudo, podemos observar a importância da coleta de dados sobre a hanseníase no serviço local, pois assim, proporcionamos a visão de um amplo cenário epidemiológico, caracterizando a população de acordo com as formas que são mais atingidas. Podendo assim, traçar meios de intervir na realidade desta doença que possui um estigma muito grande. Além de que, o contato com o paciente, durante as orientações passadas aos mesmos, pode desmistificar preconceitos pré-estabelecidos sobre a hanseníase. Aos acadêmicos de Enfermagem proporcionou a experiência na participação do atendimento, diagnóstico da doença e tratamento ao paciente portador de MH, o que enriquece a formação como futuro profissional de saúde.

3573 GRUPO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVA FOCADA EM ESQUEMAS EM MANAUS: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Daniel de Souza

GRUPO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVA FOCADA EM ESQUEMAS EM MANAUS: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Daniel de Souza

A Terapia do Esquema (TE) é uma abordagem em Psicologia criada pelo Psicólogo Jeffrey Yung e colaboradores para o tratamento de transtornos da personalidade, visto que esses pacientes não respondem efetivamente so tratamento da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) tradicional e representa uma evolução dos métodos cognitivos por reunir vários modelos psicoterápicos, enfatizando um nível mais aprofundado de cognição denominado Esquema Inicial Desadaptativo (EID). Observou-se a restrita propagação da TE em Manaus, sendo que uma formação adequada nessa abordagem é fundamental para que os futuros psicoterapeutas possam auxiliar estes pacientes. A discussão sobre TE é escassa, carece de cursos de formação,  estando pouco presente nas universidades, por ser considerado conteúdo avançado à graduação, dificultando de forma significativa a aplicabilidade dos benefícios associados a esta abordagem em psicoterapia. Considerando a baixa produção científica em pesquisa sobre a TE na região amazônica e com intenção de propagar a discussão sobre o tema voltado a nossa região e propor formas de potencializar a formação de terapeutas cognitivos-comportamentais voltados para o contexto amazônico levando em consideração os aspectos históricos e culturais da nossa população, foi proposto um Grupo de Estudos em TE na cidade. O grupo é composto por cinco integrantes, todos profissionais psicólogos. As reuniões acontecem uma vez por semana, no consultório particular de uma das integrantes. Cada encontro segue uma agenda de discussão e ensino, perpassando pelos EID’s, técnicas de manejo em setting terapêutico, relatos de atuação profissional e, ao final, são elencados assuntos para serem abordados no encontro seguinte. Cada integrante é responsável por comandar  a discussão pré-estabelecida anteriormente e o grupo elege um próximo responsável para o próximo encontro. Além disso, casos clínicos são discutidos entre os profissionais, a fim de auxiliar o trabalho do colega de profissão e são idealizadas formas possíveis de fortalecer e propagar a discussão do tema em Manaus. Os resultados das reuniões tem sido diversos, dentre os quais destacam-se: a ampliação do conhecimento sobre Terapia do Esquema, a contribuição coletiva para casos clínicos individuais dos integrantes, o melhor manejo conceitual e clínico de quadros considerados dificultosos e o surgimento de propostas para trabalhos científicos futuros. Um dos integrantes do grupo, mestrando em Psicologia Social da universidade federal do Amazonas, entrou em acordo com sua orientadora para ministrar aulas sobre TE para a graduação, na disciplina Estágio em Docência através de aulas expositivas, estudos de caso e etc. Outra integrante, professora de pós-graduação em TCC, apresentou o conteúdo à sua turma, que conhecia TE superficialmente. Pretendeu-se que este trabalho fosse mais um passo em direção ao fomento do ensino da TE. Dessa forma, sugere-se que a TE seja mais enfatizada na formação acadêmica em Psicologia, visando sua divulgação e potencial aplicabilidade, além da implementação de cursos de formação sobre o modelo, visando à melhoria do ensino e formação.

3718 Estágios de vivência como fomentadores da (des)construção acadêmica e profissional
Luara Silva, Ana Lara Lima Silva, Maria Laura Almeida Alves, Jane Mary Medeiros Guimarães

Estágios de vivência como fomentadores da (des)construção acadêmica e profissional

Autores: Luara Silva, Ana Lara Lima Silva, Maria Laura Almeida Alves, Jane Mary Medeiros Guimarães

Introdução: A Semana de Vivência Interdisciplinar no Sistema Único de Saúde  (SEVI SUS) é uma estratégia de protagonismo estudantil que possibilita a outros estudantes aproximar-se da  rede SUS por meio da vivência nos espaços de saúde, e permite conhecer os movimentos sociais, compreendendo a necessidade constante da defesa e manutenção de uma saúde pública de qualidade, integral, universal e equânime, fomentada pelo protagonismo social. Além disso, atua como ferramenta de fortalecimento da Atenção Primária e de uma nova formação acadêmica, potencializando estudantes enquanto possíveis agentes transformadores da realidade. Objetivo: Construir espaços de fortalecimento e ampliação do processo de reorientação da formação interdisciplinar em saúde de estudantes da Universidade Federal do Sul da Bahia, a partir da aproximação destes ao SUS. Descrição da Experiência: A SEVI SUS ocorreu no Assentamento Terra Vista, em Arataca-Ba, durante oito dias e com a participação de 32 viventes. Nesse período, os estudantes vivenciaram a realidade do SUS, visitando os serviços de saúde em seus três níveis de atenção.  Além disso, promoveu-se rodas de discussão voltadas  para a saúde de comunidades tradicionais e populações marginalizadas, utilizando metodologias dos princípios Freireanos, com  atividades auto-gestionadas, estimulando uma construção autônoma. Discussão: Os espaços de formação das vivências permitiu o compartilhamento de saberes entre ensino, serviço e comunidade, neste aspecto, a educação popular em saúde atuou como portadora da coerência política da participação social e das possibilidades de transformação das práticas pedagógicas. A SEVI SUS se concretiza como um processo de ensino-aprendizagem existente no cotidiano do SUS que objetiva analisar, refletir e/ou interferir na realidade observada. Conclusão: A vivência interdisciplinar no SUS constituiu-se como ferramenta essencial na formação de profissionais comprometidos com as lutas sociais e emancipação dos grupos populacionais historicamente excluídos, bem como, com a necessidade constante da luta em defesa e manutenção do SUS.

5150 A importância de ações preventivas realizadas por acadêmicos participantes do Projeto MEDensina
Alessandra Encarnação de Morais, Lucas de Moraes Martins Pereira, Ianca Clara Gomes de Almeida, Thaise Farias Rodrigues, Maria Cristina dos Santos

A importância de ações preventivas realizadas por acadêmicos participantes do Projeto MEDensina

Autores: Alessandra Encarnação de Morais, Lucas de Moraes Martins Pereira, Ianca Clara Gomes de Almeida, Thaise Farias Rodrigues, Maria Cristina dos Santos

Introdução: As ações preventivas definem-se como intervenções orientadas a evitar o surgimento de doenças específicas com o objetivo de reduzir a incidência e prevalência nas populações, e é de importância inquestionável que acadêmicos da área da saúde estejam aptos a transmitir conhecimentos relevantes ao bem-estar da comunidade. Tendo isso em vista, foi criado em 2001 o Projeto MEDensina, vinculado à Universidade Federal do Amazonas, cujo foco principal é levar à comunidade informações sobre a prevenção das mais variadas doenças de acordo com a realidade de cada grupo social. Objetivo: Transmitir o conhecimento de vários temas negligenciados para a comunidade de Manaus, Amazonas, visando promover a saúde e prevenção de patologias. Inserir de maneira precoce, acadêmicos da área da saúde nas comunidades, de maneira que eles possam aprender desde cedo a estabelecer diálogos e uma relação de confiança com seus pacientes. Desenvolvimento: Faz-se reunião de temas que escolas, abrigos ou comunidades diversas necessitem para suprir os conhecimentos dos indivíduos ali presentes, como drogas, depressão, métodos contraceptivos, entre outros. Os grupos de acadêmicos, de no máximo 5 pessoas, se programam para ir ao determinado local e organizar uma palestra que promova a integração e o bom entendimento com comunidade utilizando-se de metodologias ativas e material expositivo. Ao final, reunimos dados de quantidade de observantes a fim de agrupar o número de pessoas que foram alcançadas pelo conhecimento.Resultados: O projeto atingiu cerca de mais de 50 mil pessoas desde a sua criação com uma média de aproximadamente 3.200 pessoas alcançadas anualmente. Somente no último ano de atuação, 4900 pessoas puderam aprender um pouco mais de perto através de uma linguagem simples e metodologias ativas a como prevenir e rastrear algumas das principais doenças como a hipertensão arterial, diabetes mellitus, câncer de colo do útero, câncer de mama e próstata, além de muitos outros temas que visam o bem-estar comunitário. Considerações Finais: Muitas doenças podem ser evitadas se levarmos um pouco dos conhecimentos adquiridos durante a graduação para as pessoas. É notável a transformação da comunidade, que desmistifica muitos conceitos errôneos, e dos próprios acadêmicos, que desenvolvem um olhar diferenciado sobre os pacientes. Portanto, pode-se perceber que o papel do Projeto MEDensina é primordial na construção de uma sociedade mais consciente e preocupada com a saúde.

2627 TREINANDO O OLHAR DA SAÚDE COLETIVA: A EXPERIÊNCIA DE IDENTIFICAÇÃO DAS POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES DE UMA COMUNIDADE DE VIÇOSA, MINAS GERAIS
Deíse Moura de Oliveira, Tainá Nunes Almeida, Matheus Augusto Soares de Resende, Jéssica Luzia Ripani Rodrigues, Renato Luis Barros Lopes, Rayla Amaral Lemos

TREINANDO O OLHAR DA SAÚDE COLETIVA: A EXPERIÊNCIA DE IDENTIFICAÇÃO DAS POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES DE UMA COMUNIDADE DE VIÇOSA, MINAS GERAIS

Autores: Deíse Moura de Oliveira, Tainá Nunes Almeida, Matheus Augusto Soares de Resende, Jéssica Luzia Ripani Rodrigues, Renato Luis Barros Lopes, Rayla Amaral Lemos

Apresentação: O reconhecimento das potencialidades e fragilidades de uma comunidade é fundamental na saúde coletiva, de modo a construir uma atenção à saúde que intervenha em suas fortalezas e dificuldades enfrentadas, compreendendo-a de forma integral e a partir dos próprios sujeitos inscritos no mundo social.  Nesta perspectiva, objetiva-se relatar a experiência de reconhecimento das potencialidades e fragilidades de uma comunidade inscrita no município de Viçosa, Minas Gerais. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por membros da Liga Acadêmica de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Viçosa. Tal experiência iniciou-se com um encontro de formação, em maio de 2016, facilitado por um especialista em projetos sociais e comunitários, momento que fundamentou um novo olhar dos membros para a comunidade, ampliando a capacidade de enxergar e perceber esta realidade. O segundo momento, ocorrido em agosto de 2016, foi destinado à prática de campo, a qual se deu por meio de um encontro entre os membros da LASAC e moradores do bairro, tendo como cenário a Unidade Básica de Saúde (UBS). Este momento, realizado por meio de uma roda de conversa, objetivou compreender sob a ótica comunitária as potencialidades e fragilidades do bairro. Na mesma ocasião, configurando o segundo momento da atividade deste dia, foi realizada uma visita ao território, no sentido de buscar pessoas – indicadas pela própria comunidade presente na roda de conversa – que participaram do processo de construção do bairro e desenvolviam trabalhos sociais de importância para a comunidade. Resultados/impactos: a partir da atividade teórico-prática experienciada foi possível identificar junto à comunidade as suas potencialidades e fragilidades, as quais a LASAC se baseou para desenvolver suas intervenções a partir de então.  Como potência, foi observado a existência de uma Pastoral da Criança, que acolhe e acompanha crianças, avaliando o crescimento e índice nutricional das mesmas. Também foi identificado um grupo de moradores dispostos a formar um Conselho Local de Saúde, que esboçaram o desejo de se organizarem para lutar pela saúde da comunidade. No que diz respeito às fragilidades, os moradores relataram a dificuldade de locomoção no território, por ser uma região muito íngreme, com calçamento inadequado, o que dificulta a acessibilidade à UBS. Apontaram também a presença do tráfico de drogas na comunidade, causando o aumento da violência local e insegurança no bairro. Considerações Finais: a imersão na realidade onde as pessoas vivem desde a graduação estimula o raciocínio critico e a compreensão das singularidades não acessadas por meio apenas do conhecimento teórico. A prática de treinar um novo olhar para o território, a partir das potencialidades e fragilidades identificadas com a comunidade, permitiu aos integrantes da LASAC compreender a importância desses elementos para o norteamento das intervenções em saúde a serem realizadas no território.      

1804 CHÁ COM CIÊNCIA NO AMAZONAS: PARTILHANDO O CONHECIMENTO ACADÊMICO-CIENTÍFICO COM A SOCIEDADE EM GERAL
Nayara da Costa Souza, Anny Michelly Coelho do nascimento, Aryanne Lira dos Santos Chaves, Gabriella Martins Soares, Indira Silva dos Santos, Lidiany de Lima Cavalcante, Marluce Mineiro Pereira, Sandra Greice Becker

CHÁ COM CIÊNCIA NO AMAZONAS: PARTILHANDO O CONHECIMENTO ACADÊMICO-CIENTÍFICO COM A SOCIEDADE EM GERAL

Autores: Nayara da Costa Souza, Anny Michelly Coelho do nascimento, Aryanne Lira dos Santos Chaves, Gabriella Martins Soares, Indira Silva dos Santos, Lidiany de Lima Cavalcante, Marluce Mineiro Pereira, Sandra Greice Becker

APRESENTAÇÃO: A Universidade Federal está estruturada sobre o tripé ensino, pesquisa e extensão, sendo a extensão uma forma das universidades interagirem com a comunidade, estabelecendo um vínculo entre a academia e a comunidade externa, onde há uma troca de conhecimentos. Os projetos desenvolvidos pela universidade visam a busca pelo saber, a oportunidade de descoberta e ainda a ampliação de conceitos essenciais que podem ter muita relevância na atualidade, ressaltando a importância da disseminação de saberes. Assim, os artigos científicos são uma ferramenta fundamental para transmissão de informações para a informações para a sociedade, fornecendo novos paradigmas para a comunidade acadêmico-científica. Embora nos dias atuais a obtenção de informações esteja mais fácil, sabemos que nem todos conseguem acessar, muitas vezes pela condição socioeconômica que estão inclusos. Assim, o projeto de extensão Chá com Ciência no Amazonas: Ponto de Encontro do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa em Enfermagem e Saúde – NIPES, consiste em levar as informações pesquisadas e vinculadas às temáticas desenvolvidas pelo grupo de pesquisa NIPES à comunidade civil em geral. A extensão parte do pressuposto de que a informação se torna mais útil quando é compartilhada e todos podem ter acesso. Nesse sentido, o projeto de extensão pautou sua proposta na prática de compartilhar saberes, por meio de palestras mensais com inscrições gratuitas, constituindo-se como uma ferramenta importante para a disseminação de conhecimentos e uma oportunidade única que agrega conhecimentos não apenas ao público-alvo a que se destina, mas para todos os envolvidos. OBJETIVO: Descrever a experiência dos acadêmicos de enfermagem sobre a promoção da extensão do conhecimento acadêmico-científico com a sociedade em geral. DESENVOLVIMENTO: Relato de experiência de acadêmicos de enfermagem da Escola de Enfermagem de Manaus – EEM da Universidade Federal do Amazonas – UFAM, sobre a participação no projeto de extensão Chá com Ciência no Amazonas: Ponto de Encontro do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa em Enfermagem e Saúde - NIPES, na modalidade Programa Institucional de Bolsas de Extensão Universitária - PIBEX, com duração de 12 meses, teve início em março de 2017 e vai até março de 2018. A extensão consiste na realização de apresentações mensais com a presença de pesquisadores locais e convidados, nas dependências da Escola de Enfermagem de Manaus, localizada no bairro Adrianópolis, zona centro-sul da cidade de Manaus. O público alvo da extensão é a sociedade civil externa em geral, além de professores, estudantes, gestores, servidores e profissionais da área da saúde e áreas de interface. As palestras foram elaboradas para serem realizadas em um curto espaço de tempo exatamente para que a comunidade civil que não é acostumada com esse tipo de evento sentir-se à vontade e adquirir conhecimento sem ser exaustivo. Os encontros acontecem atualmente na primeira sexta-feira de cada mês, de 15:00 as 18:00 horas. As funções são divididas por comissões, e a cada ponto um aluno fica responsável por planejar e executar as atividades necessárias juntamente com as comissões, como contatar com antecedência o convidado, bem como, providenciar todos os recursos e infraestrutura solicitados. Também são utilizados cartazes e folders para a divulgação dos pontos nas redes sociais, instituições de ensino e órgãos públicos em geral. Visando a reedição do projeto, bem como sua constante melhora, foi elaborado um instrumento para que os ouvintes avaliassem o evento é propusessem novos temas e metodologias de abordagem. RESULTADOS/IMPACTOS: O Chá com Ciência visa compartilhar o conhecimento científico para além dos muros universitários, ou seja, buscando alcançar a sociedade em geral. O diferencial do projeto é compartilhar o conhecimento científico de forma gratuita, aberta a todos, desde os acadêmicos, profissionais até a comunidade civil em geral. Ao participarmos do projeto, trabalhamos habilidades como a comunicação, propostas para intervenções e resolutividade rápidas eficazes de possíveis problemas, captação de recursos, elaboração de documentos, compreensão postural, adequação da linguagem por meio da apresentação e condução do evento como cerimonialistas, liderança e trabalho em grupo. As temáticas abordadas durante os eventos e palestras do projeto que são de essencial relevância para o nosso enriquecimento pessoal e profissional, principalmente para nós da área de enfermagem que trabalharemos diretamente com a comunidade e temos o papel de referência quanto a disseminação de informações perante a população que porventura podem envolver os assuntos discutidos e explanados durante a realização das atividades de extensão. Além disso, o projeto acaba aproximando essa comunidade científica da civil, bem como a aproximação dos discentes da enfermagem com os demais cursos que participavam. Os temas apresentados buscaram divulgar os conhecimentos produzidos na área da saúde, bem como, suas áreas de interface, o que proporcionou discussões junto à comunidade científica, acadêmica e membros da sociedade civil. Já para a comunidade externa em geral, os benefícios envolveram a oportunidade de apreciar assuntos relacionados às práticas complementares em saúde, podendo aprender um pouco mais sobre formas alternativas de tratamento, pois, quando acometida de algum agravo ou enfermidade, a população de uma forma geral busca a cura e o tratamento em unidades de saúde que ofertam serviços baseados no modelo hospitalocêntrico, pela falta de conhecimento sobre as práticas complementares em saúde. Assim, as palestras puderam proporcionar uma nova visão acerca do processo de saúde-doença ao público. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A extensão Chá com Ciência no Amazonas trouxe uma nova percepção da transmissão do conhecimento científico para os acadêmicos que participam do projeto, no qual tiveram a oportunidade de aprender a organizar eventos científicos para a sociedade em geral. Além disso, o projeto surgiu como uma oportunidade de ajudar os acadêmicos do projeto a trabalhar em equipe, algo importante para o sucesso desses eventos, desenvolvendo uma postura profissional multidisciplinar nos acadêmicos. Os eventos tiveram grande importância na extensão do conhecimento científico para a sociedade civil, aproximando-os da comunidade acadêmica-científica. Os temas abordados nos encontros foram excelentes para uma discussão entre os mais diversos cursos e sociedade civil, esses espaços entre a universidade e a comunidade civil são muitos raros, o que torna o projeto um diferencial na universidade, uma proposta inovadora que deve continuar, com a ajuda dos acadêmicos que participam de forma voluntaria no projeto.

3700 CARACTERIZAÇÃO DOS DETERMINANTES SOCIAIS E ECONÔMICOS DAS GRÁVIDAS ACOMPANHADAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA SOB A ÓTICA DE GRADUANDOS DE SAÚDE EM MANAUS.
Andrezza Mendes Franco, Mirelly Tavares Feitosa Pereira, Rafael Esdras Brito Garganta da Silva, José Fernando Marques Barcellos, Celsa da Silva Moura Souza, Maria Regina Torloni, Suany Serudo Meirelis

CARACTERIZAÇÃO DOS DETERMINANTES SOCIAIS E ECONÔMICOS DAS GRÁVIDAS ACOMPANHADAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA SOB A ÓTICA DE GRADUANDOS DE SAÚDE EM MANAUS.

Autores: Andrezza Mendes Franco, Mirelly Tavares Feitosa Pereira, Rafael Esdras Brito Garganta da Silva, José Fernando Marques Barcellos, Celsa da Silva Moura Souza, Maria Regina Torloni, Suany Serudo Meirelis

Apresentação: Diversos quesitos influenciam a condição de saúde dos indivíduos, especialmente nos âmbitos social e econômico. O conceito de “determinantes sociais da saúde”, usado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), a partir de 2011, define bem os parâmetros e as influências desses fatores no processo saúde-doença. Para este trabalho dar-se-á ênfase em pontos que desencadeiam a estratificação social, no que concerne a questões como a distribuição de renda, estrutura das classes sociais e a educação como provedora de conhecimento necessário para a manutenção de uma saúde de qualidade. Tem como finalidade caracterizar os determinantes sociais e econômicos das gestantes acompanhadas na atenção primária sob a ótica de graduandos de saúde. Desenvolvimento: Quanto ao método, foi realizado um estudo transversal em 10 Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) situadas em 4 zonas distritais de saúde em Manaus – Amazonas. Entre 2014 e 2017, empregaram-se técnicas de coleta que incluíram questionário com questões fechadas referentes às questões socioeconômicas, tais como: escolaridade, estado civil, idade e classe econômica, que serão contempladas neste trabalho. No que se refere à classe econômica foram utilizados os critérios da ABEP (Associação Brasileira de Empresas e Pesquisa) e a escolaridade levando-se em consideração a quantidade de anos de estudo de cada entrevistada. As informações eram captadas por meio de entrevistas com as gestantes e informações contidas na Caderneta da Gestante. Ambas as informações tiveram prévia autorização das usuárias por meio da assinatura de Termo de Livre Esclarecido, aplicados por graduandos das seguintes áreas: medicina, enfermagem, nutrição e educação física oriundos da Universidade Federal do Amazonas, UFAM. Ao final, confeccionaram-se planilhas e gráficos para uma melhor interpretação dos dados coletados. Além disso, foram feitas atividades educativas com o intuito de auxiliar essas mulheres a superar os obstáculos impostos pelos determinantes sociais de saúde e alcançar tanto uma gestação quanto uma vida saudável para elas e seus bebês, sendo efetuadas uma vez a cada mês, sendo ministradas pelos próprios graduandos ou por outros profissionais especializados na área da saúde das gestantes. O conteúdo dessas apresentações abordava temas relevantes para esse público como amamentação, prática de exercícios físicos, prevenção de pré-eclampsia, violência obstétrica, alimentação saudável, entre outros. A pesquisa foi aprovada no CEP 528759/2013 UFAM/ AM. As analises foram realizadas por meio do programa estatístico, STATA 1.6.  O projeto financiado pela FAPEAM/PPSUS/AM. Resultados e/ou impactos: A pesquisa contou com uma amostra 977 mulheres que realizavam o pré-natal nas 4 zonas distritais da capital amazonense. Os resultados obtidos com base no exame das planilhas foram colocados na forma de números brutos e porcentagens, aqui abordaremos as porcentagens. No quesito faixa etária, 23,4% das usuárias entrevistadas tinham menos de 20 anos de idade; 66,22% tinham entre 20 e 34 anos; e 10,33% 35 anos ou mais. Quanto ao estado civil, 51,1% relatavam união estável; 24,15% eram casadas; 23,02% estavam solteiras; e 1,74% outros. Com relação à escolaridade, 27,94% haviam estudado entre 0 e 8 anos; 24,36% entre 9 e 11 anos; e 47,69% estudaram por 12 anos ou mais. Já no que se refere à classe econômica, 0,61% enquadravam-se na classe A; 0,92% na classe B1; 7,88% na B2; 22,5% na C1; 44,52% na C2; e 23,23% pertenciam a classe DE. Diante desse panorama, constata-se que a maioria das gestantes tem entre 20 e 34 anos, uma faixa etária que compreende grande parte da população economicamente ativa, mas que devido à gravidez muitas delas param de trabalhar ou até mesmo não procuram um emprego – tendo em vista que a condição de gestante inclui uma série de limitações (como o fato de não poder se esforçar tanto quanto fazia anteriormente, os quadros recorrentes de náuseas, cuidados redobrados, e outros), apesar de que não seja considerada um empecilho para que a mulher possa exercer uma atividade remunerada –, essa questão trabalhista reflete também na situação econômica, pois as classes que agruparam um maior quantitativo de mulheres grávidas foram C1, C2 e DE, que correspondem àquelas com menores rendas. A escolaridade, por outro lado, demonstrou que muitas delas possuíam um grau de instrução bom, mas a parcela que tem uma menor escolaridade também possui um número significativo. Analisando esse quadro mais profundamente, percebe-se o quanto fatores socioeconômicos, que não estão diretamente relacionados com o setor de saúde, impactam nas condições de saúde das gestantes, visto que a partir do momento em que elas estejam inseridas em um contexto de iniquidades sociais, a capacidade de sustentar uma vida saudável fica comprometida. Como um impacto encontrado de acordo com os relatos, uma situação que se repete bastante dentre as usuárias que participaram da pesquisa é o da futura mãe que não completou o ensino médio, que não trabalha, possui uma família grande e uma fonte de renda pequena e cuja gravidez não foi planejada. Essa mulher enfrenta dificuldades para ter uma alimentação saudável – até porque, muitas das vezes, pensam que devido o baixo poder aquisitivo não é possível adquirir determinados alimentos e ter uma dieta balanceada –, para praticar exercícios, comparecer aos postos de saúde e realizar exames necessários no pré-natal – geralmente em locais distantes de sua residência e para chegar lá faz uso de um transporte público em sua maioria precário –, além de que provavelmente não possui acesso a saneamento básico, o que a deixa mais propensa a contrair doenças. Sendo assim, é crucial a cooperação de diversas entidades com o intuito de reduzir as disparidades representadas pelos determinantes sociais de saúde e assim garantir o acesso a uma saúde de qualidade tanto para esse público, quanto para a população em geral. As atividades educativas, por sua vez, mostraram-se como uma forma de atenuar essas barreiras, tendo em vista que as orientações dadas acarretam um grande impacto positivo, comprovado nos relatos de melhora no andamento das gestações por parte das gestantes quando retornam aos encontros mensais e também pelo bom prognóstico que recebemos das maternidades. Considerações finais: Com base na análise dos dados coletados, é possível visualizar que essas pessoas, em geral, estão mais vulneráveis a uma tripla carga de doenças (infecções e saúde reprodutiva; doenças crônicas; violência e causas externas), além de enfrentarem dificuldades para manter uma vida saudável e quando enfermas dificuldades também para receber um atendimento de qualidade, em um sistema de saúde público com déficits significativos. Diante disso, cabe à equipe de saúde, ciente de todo esse processo, trabalhar de modo a atender esse público da melhor maneira possível e elaborar ações a fim de que os tratamentos por eles designados efetivos, combatendo as desigualdades e assegurando o direito de acesso à saúde de qualidade, independente de religião, cor, condição social ou econômica. Além disso, existe a importância da interação entre o ensino, o serviço e a graduação, o que proporciona o aprendizado de dois fatores fundamentais para o trabalho do profissional de saúde em qualquer nível de assistência: o trabalho em equipe e a escuta profissional voltada ao reconhecimento das variáveis socioeconômicas e o efeito delas na qualidade do acesso a saúde direta ou indiretamente. Também é interessante evidenciar a educação em saúde como ferramenta eficaz para alcançar uma boa qualidade de vida tanto para as mães, quanto para seus filhos.

3301 A Relevância dos Cuidados de Enfermagem na Fototerapia em uma Unidade De Terapia Intensiva Neonatal
Sávio Felipe Dias Santos, Claudiane Santana Silveira Amorim, Fernanda Cruz de Oliveira, Mônica de Cássia Pinheiro Costa, Vaneska Tainá Pinto Barbosa, Larissa Lima Figueira Freire, Mayane Silva Lopes, Ruth Carolina Leão Costa

A Relevância dos Cuidados de Enfermagem na Fototerapia em uma Unidade De Terapia Intensiva Neonatal

Autores: Sávio Felipe Dias Santos, Claudiane Santana Silveira Amorim, Fernanda Cruz de Oliveira, Mônica de Cássia Pinheiro Costa, Vaneska Tainá Pinto Barbosa, Larissa Lima Figueira Freire, Mayane Silva Lopes, Ruth Carolina Leão Costa

APRESENTAÇÃO: A percepção da Unidade de Terapia Intensiva se baseia em um ambiente desumanizado, compreendido como um local intimamente relacionado a administração de medicamentos, monitorização e principalmente a morte, quando direcionamos a Unidade de Terapia Intensiva à Neonatologia observamos esse olhar mais ampliado e direcionado aos critérios já citados. Entretanto, esse setor hospitalar se caracteriza como um cenário envolvido por inúmeros recursos, caracterizados pela equipe multiprofissional que deve ter as competências e habilidades necessárias para conduzir de forma eficiente este serviço e pelos materiais que necessitam apresentar tecnologias específicas voltadas para aquele espaço e que busquem avaliar as condições necessárias do paciente, a fim de que os profissionais possam tomar as decisões corretas para contribuir no conforto e bem-estar do cliente. Na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, o profissional de enfermagem se depara com inúmeras complicações apresentadas pelo neonato, dentre essas problemáticas, destaca-se a Icterícia, este fenômeno ocorre por variados fatores etiológicos presentes no período gestacional e pode acarretar prejuízos mais severos ao neonato, principalmente no sistema nervoso. A complicação ocorre a partir da grande quantidade de bilirrubina excretada nos vasos sanguíneos devido a precocidade do fígado, fazendo com que o bebê apresente uma coloração amarelada, essa pigmentação demonstra o nível de bilirrubina presente na corrente sanguínea do recém-nascido e quando em excesso causa toxicidade à saúde. Baseado nisso, a primeira conduta da equipe multiprofissional é analisar o grau dessa bilirrubina presente no sangue e adequar o melhor tratamento ao neonato, sendo esses procedimentos divido em exsanguineotransfusão e a fototerapia, entretanto na busca de executar um procedimento menos invasivo, o segundo tratamento tem sido mais utilizado e recomendado nas Unidades de Terapia Intensiva. A fototerapia se caracteriza pela exposição do recém-nascido a luzes especificas capazes de concluir o processo de metabolização da bilirrubina diminuindo os níveis da substância na corrente sanguínea através da urina ou das fezes e consequentemente, reduzindo o aspecto amarelado e os possíveis prejuízos no sistema nervoso, a fototerapia se adequa ao grau de acometimento da bilirrubina no neonato e o profissional de enfermagem deve estar a par desse conhecimento sobre a terapêutica e os cuidados com o procedimento, a fim de que possa conduzi-lo de forma correta junto à equipe, o enfermeiro deve ter a ciência sobre os cuidados de enfermagem frente a terapêutica de fototerapia para que haja um procedimento seguro, sobretudo, na comunicação com equipe e familiares a respeito do que deve ser feito durante a fototerapia, com a intenção de que não haja dúvida ou imprecisão por parte da equipe na hora de iniciar as sessões e também na redução do nível de angústia e medo dos familiares diante dos cuidados necessários para que o tratamento ocorra de forma positiva. Nesse sentido, o enfermeiro deve ter o cuidado com a região dos olhos, protegendo-os contra a emissão dos raios da fototerapia através de um protetor ocular, ter a ciência sobre a distância do monitor de fototerapia com a incubadora, monitorizar a termorregulação e proporcionar uma região favorável para penetração da luz deixando o recém-nascido apenas com a frauda, além dos cuidados com a higiene e prevenção de queimaduras. A partir disso, o estudo tem como objetivo descrever a experiência vivenciada pelos discentes de enfermagem sobre os cuidados na fototerapia em uma unidade de terapia intensiva neonatal e refletir sobre a relevância dos cuidados de enfermagem frente aos procedimentos de fototerapia. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Este estudo foi embasado em um relato de experiência vivenciado por acadêmicos de enfermagem do 4º ano da Universidade do Estado do Pará (UEPA), dentro das práticas de Enfermagem em Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal, em um hospital localizado no município de Ananindeua/Pa, durante o mês de outubro de 2017. Durante o período de prática, o grupo de discentes de enfermagem foi ambientado ao setor responsável pela Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, discutiu-se sobre a parte estrutural do ambiente, respaldado pelas diretrizes e resoluções necessárias para que haja a funcionalidade da unidade, assim como a parte funcional desse setor, a equipe multiprofissional necessária, a rotatividade e as atividades competentes a cada profissional, a partir disso o grupo foi direcionado aos equipamentos existentes naquele espaço e aos recém-nascidos presentes, nesse contexto, o grupo foi apresentado aos instrumentos de fototerapia e no decorrer desse processo foram discutidos sobre os cuidados de enfermagem, sobretudo a respeito da funcionalidade do aparelho e sua relevância diante da Icterícia Neonatal, estes fatos chamaram a atenção do grupo que buscou analisar e observar a assistência de enfermagem aos neonatos que estavam apresentando Icterícia, a fim de compreender o processo terapêutico e ter oportunidade de desenvolver habilidades e competências embasadas nos cuidados de enfermagem, principalmente na assistência anterior, durante e posterior a fototerapia. RESULTADO E/OU IMPACTOS: Durante o período que o grupo permaneceu nas práticas de Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, pode-se perceber a relevância no cuidado com os recém-nascidos principalmente na ótica do vínculo profissional e paciente, uma vez que a equipe voltava toda a atenção e cuidado aos neonatos. Quanto aos procedimentos terapêuticos, os acadêmicos puderem perceber que o processo feito aos pacientes se apresentava mais detalhista e respeitava o tempo do paciente, diferentemente de alguns processos feitos em outros setores do hospital, na conduta da fototerapia, pode-se perceber que o profissional de enfermagem tem como principal artifício, a comunicação tanto em relação ao recém-nascido quanto a família, pois o profissional do setor sempre buscava explicar e atender a todos os questionamentos advindos dos familiares. Nesse sentido, o grupo pode compreender que o conhecimento técnico sobre os procedimentos feitos no ambiente da unidade de terapia intensiva deve estar intimamente relacionado ao processo de cuidado de enfermagem para que haja uma organização na terapêutica, tornando-a eficiente a fim de alcançar o bem-estar do neonato e também para que o profissional consiga explicar e exemplificar o motivo pelo qual determinado procedimento será iniciado e qual a finalidade deste, com o intuito de tornar a assistência mais humanizada para o paciente e aos familiares que os acompanham. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As práticas de Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal possibilitaram a percepção dos acadêmicos de enfermagem quanto aos cuidados na assistência e a relevância do profissional de enfermagem nesse contexto, como coordenador e educador, seja diante da equipe ou diante dos familiares que acompanham os recém-nascidos durante todo o percurso nesse setor. Além disso, esses momentos oportunizaram um conhecimento a mais sobre o desenvolvimento das atividades de um setor hospitalar, ampliando a concepção sobre as ações de enfermagem e a reflexão do grupo sobre a atuação do enfermeiro diante da Icterícia Neonatal e do tratamento a base da Fototerapia, construindo assim um pensamento crítico e questionador dos acadêmicos, auxiliando-os na qualidade do ensino e da aprendizagem no campo teórico-prático, a fim de atribuir competências e habilidades necessárias para reconhecer e realizar os procedimentos terapêuticos assim como os cuidados necessários.

853 O olhar da Terapia Cognitiva Focada em Esquemas sobre relacionamentos afetivo-sexuais
Daniel Cerdeira de Souza

O olhar da Terapia Cognitiva Focada em Esquemas sobre relacionamentos afetivo-sexuais

Autores: Daniel Cerdeira de Souza

Um relacionamento afetivo envolve construir um entrelaço de afetos e cognições. A facilidade ou dificuldade desse entrelaço vai depender das crenças, estilos de enfrentamento, expectativas e demais aspectos subjetivos de cada um. Desta forma, conforme análise qualitativa da produção científica entre 2002 e 2016, este estudo tem como tema o olhar da Terapia Cognitiva Focada em Esquemas sobre o relacionamento afetivo-sexual, tendo como principal objetivo investigar os aspectos relacionados à escolha do parceiro afetivo, a interação conjugal e a vivência do luto a partir da influência dos esquemas iniciais desadaptativos e modos de enfrentamento descritos por Jeffrey Young. O levantamento bibliográfico foi realizado a partir de livros e periódicos das bases de dados LILACS, SciELO, PePSIC e bibliotecas de universidades disponíveis na internet. A relevância deste estudo possui abrangência acadêmica no que diz respeito a formação em Terapia Cognitivo Comportamental e produção científica, profissional, no que diz respeito ao angariar de compreensão do objeto de estudo para melhor manejo na atuação e pessoal, pelo interesse do pesquisador quando se pensa em conhecer a dinâmica das relações afetivo sexuais a luz da Terapia dos Esquemas. Os resultados da pesquisa evidenciaram que as vivências infantis em relação às figuras parentais primárias (pais e/ou cuidadores) no que diz respeito a satisfação das necessidadades emocionais básicas, aprendizado de estratégias de enfrentamento, desenvolvimento de crenças nucleares sobre si e sobre o outro e as influencias culturais vividas de maneira pessoal são determinantes na escolha do parceiro afetivo sexual, na interação conjugal e na vivência do luto pós-rompimento.

906 PRÁTICAS DE SABER E PODER ACERCA DO CUIDADO EM SAÚDE PRESENTES NO COTIDIANO DE MULHERES RIBEIRINHAS NO INTERIOR DA AMAZÔNIA
LAYLA DE CASSIA BEZERRA BAGATA MENEZES

PRÁTICAS DE SABER E PODER ACERCA DO CUIDADO EM SAÚDE PRESENTES NO COTIDIANO DE MULHERES RIBEIRINHAS NO INTERIOR DA AMAZÔNIA

Autores: LAYLA DE CASSIA BEZERRA BAGATA MENEZES

A presente pesquisa teve como objetivo analisar as práticas de saber e poder presentes no cotidiano de mulheres ribeirinhas, acerca do cuidado em saúde, bem como conhecer o perfil, modo de vida e organização social das mulheres ribeirinhas, analisar as condições de produção dos discursos das mulheres ribeirinhas sobre as práticas de cuidados de saúde na comunidade, além de verificar as relações de saber/poder no cuidado de si de mulheres ribeirinhas a partir das práticas discursivas e não discursivas. Apoiado no referencial teórico das Práticas Populares de Cuidado, tendo como base o Método Arqueológico de Michel Foucault. Para a produção dos dados foram realizadas entrevistas e aplicação de questionário sócio epidemiológico. Participaram dessa pesquisa 22 mulheres da Comunidade de Mentai, localizada na Resex Tapajós-Arapiuns em Santarém – PA, além de 4 profissionais que atuam na Unidade Básica de Saúde da referida comunidade, com dados coletados no período de julho de 2017. A análise dos dados se dará por meio da Análise Foucaultiana do Discurso. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, de acordo com protocolo CAAE: 66666817.8.0000.5168. E mediante autorização do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), bem como da Secretaria Municipal de Saúde de Santarém. O presente estudo foi desenvolvido seguindo as exigências da Resolução do Conselho Nacional de Saúde-CNS Nº466/2012. O cotidiano vivenciado na comunidade proporcionou observar um pouco da rotina das mulheres, suas vivências, suas redes de cuidado e seus papeis sociais, e também conhecer a realidade da comunidade de Mentai a partir destas mulheres.  

3574 O diagnóstico da Depressão Pós parto e o uso da hipnoterapia cognitiva no tratamento
Daniel Cerdeira de Souza, Nayana Freitas da Silva

O diagnóstico da Depressão Pós parto e o uso da hipnoterapia cognitiva no tratamento

Autores: Daniel Cerdeira de Souza, Nayana Freitas da Silva

A Depressão é, atualmente, um problema significativo de saúde pública. A especial atenção que é dada a mulher quando se aborda a depressão justifica-se primordialmente pela maior prevalência deste transtorno no sexo feminino. Este artigo consiste de uma revisão bibliográfica acerca da Hipnoterapia Cognitiva no tratamento da depressão pós-parto tendo como objetivo discutir essa relação a partir da perspectiva da Análise do comportamento. A revisão tem caráter narrativo exploratório de cunho qualitativo. O levantamento bibliográfico ocorreu em livros e periódicos disponíveis na internet. A DPP acontece em cada quatro mulheres no período de 6 a 18 meses após o nascimento do bebê. A prevalência desse distúrbio no país foi mais elevada que a estimada pela OMS para países de baixa renda, em que 19,8% das parturientes apresentaram transtorno mental, em sua maioria a depressão, onde no Brasil o índice de mulheres com sintomas é de 26,3%, índice maior do que o registrado também em países da Europa, além de Estados Unidos e Austrália, a partir desses dados, justifica-se a necessidade desta pesquisa a fim de se contribuir para a discussão das possibilidades de tratamento da DPP. Como resultado, observou-se que o tratamento da DPP nos serviços de saúde pública requer um trabalho interdisciplinar e que a escala mais utilizada para diagnosticar a DPP foi a Edinburg Depression Postpartum Scale (EDPS), e que quando a mesma é diagnosticada, utilizar o tratamento psicofarmacológico aliado à intervenção psicoterápica a partir da hipnoterapia cognitiva traz a reestruturação das cognições, através de relaxamento, enfraquecendo os esquemas mentais desadaptativos e também trabalhando na ressignificação de memórias negativas, promovendo modificações comportamentais, cognitivas e emocionais mais rápidas e efetivas,