75: A educação pelos encontros
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: FCA 01 Sala 01 - Abacaba    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
1731 1 MOSTRA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Josemary ramos

1 MOSTRA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Autores: Josemary ramos

 1 MOSTRA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE ROSÁRIO DO CATETE O munisípio Rosário do catete-se, realizou neste mês de setembro de 2017, nos dias 15 e 16 a I Mostra de Vigilância em Saúde. O projeto teve como objetivo, levar conhecimentos em educação e saúdem á população. Tendo como base de ensino e amostragemas, prática e servição de vigilância em saúde." Vigiância em Saúde tem como objetivo, a análise permanente da situação de saúde da população, articulando-se num conjunto de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populções que vivem em determinados territórios, garantindo a inttegralidade da atenção, o que inclue tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde,( IDEIASUS,Fiocruz)."O evento se deu com aparticipação das equipes que compõem a Vigilância em Saúde, e convidados como:Cruz Vermelha do Brasil e MOPES. Assim como o tema diz, foram amostrado materias impessos educativoa voltados para a sáude epidemiológica e sanitária, instumentos de trabalho de campo e laboratóriais,as instituições voluntárias apresentaram serviços de atendimento oa púlblico,com práticas intregativa e serviços basicos ambulatoriasis ( aferir pressão, glicemia, ) além da distribuição de repelentes contra o mosquito da dengue, para população carente e acamados. Foam distribuidos 500 repelente para a papulação do povoado Siririzinho, município de Rosário do Catete.Foram abordados temas relevantes á saúde ambiental, epidemiológica e sanitária, com assuntos relacionados a realidade od território visando melhorias na sáude da população. a vigilância sanitária trabalhou com a temática de higiene doa alimentos, tratamento da água para consumo, uso de cosméticos e saneantes. a vigilância epidemiológica trabalhou os agravos endêmicos: dengue zika e chikungunya, leishimaniose, esquistossomose, zoonose, animais peçonhentos,  doenças infécto contagiosas (tuberculose, hanseníase) síflis congênita, HIV/AIDS. Destribuição de preservativos masculinos e femininos, prtáticas integrativas:massoterapia, rezas, ervas medicinais, acupuntura.A ação teve um total de 10 horas , sendo estas distribuidas em dois dias, com a participação dos agentes de endemias, fiscais de vigilância sanitária, coordenadores, diretores e técnicos da vigilância em saúde.  

1887 Integração ensino-serviço-comunidade: a experiência de um seminário
Daniele Taschetto, Ana Paula Garcez Amaral

Integração ensino-serviço-comunidade: a experiência de um seminário

Autores: Daniele Taschetto, Ana Paula Garcez Amaral

Apresentação: O impacto da criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e da implantação da Estratégia de Saúde da Família (ESF) como projeto de reorientação e reorganização dos serviços e das práticas profissionais com vistas à mudança do modelo de atenção à saúde evidenciou o descompasso entre o ensino da área de saúde e as necessidades da população brasileira. Tem-se constatado, ao longo do tempo, que o perfil de atuação dos profissionais formados nas universidades não tem sido adequado para um trabalho na perspectiva da saúde como produto social e, tampouco, para um cuidado integral e equânime (GIL, 2008).  Nessa perspectiva, o seminário teve como propósito discutir as ações em saúde desenvolvidas pelos cursos em suas atividades teórico-práticas, tanto na academia quanto na comunidade, numa perspectiva interdisciplinar. Além de favorecer o debate crítico para a reorientação da formação profissional em saúde, aproximou os estudantes da realidade de saúde dos diversos cenários de atuação por meio de atividades interdisciplinares. O presente artigo visa relatar a experiência deste seminário, realizado durante o primeiro semestre do ano de 2017, com tema sobre integração entre ensino, serviço e comunidade. Foi promovido por cursos da área de saúde, residências multiprofissionais e participantes do PET-Saúde GraduaSUS. Além disso, contou com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde através do Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEPeS). Os participantes foram estudantes, profissionais dos serviços de saúde e comunidade. Desenvolvimento do trabalho: Em um primeiro momento, pré-seminário, foram realizados 4 encontros para promover a organização do evento. Contaram com a presença de petianos de medicina e enfermagem e voluntários. Nas reuniões foram preparados o Momento Cultural, elaboração do material para as oficinas, a escolha dos participantes para as palestras e para a coordenação das oficinas. O seminário contou com acadêmicos da área de saúde e profissionais dos serviços de saúde do município. Dessa maneira, promoveu-se a integração entre o PET e os cursos de graduação, residentes, e profissionais da área de saúde, entre eles Agentes Comunitários de Saúde, Enfermeiros, Médicos, Odontólogos, participantes do Núcleo Atenção a saúde da família (NASF) e NEPeS.   Pela parte da manhã, as mesas-redondas foram pensadas estrategicamente para que tivessem falas de representantes da equipe do NEPeS, professores, profissionais das Unidades de Saúde, preceptores, residentes, tutores e estudantes. As mesas-redondas apresentaram os seguintes temas: Atuação do Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEPeS) e sua integração com as Instituições de Educação Superior; Vivências das Residências Multiprofissionais em Área da Saúde; PET-Saúde GraduaSUS. Além disso, relatos de experiência sobre as Ações extensionistas dos Cursos de Enfermagem, Fisioterapia e Odontologia; e das práticas em uma Estratégia de Saúde local.   Outrossim, pela parte da tarde ocorreram 10 oficinas. Os participantes do evento foram separados em grupos para a realização das mesmas. Em cada uma, eram realizadas rodas de conversas, com abertura para cada organizador da oficina realizar uma metodologia. Após a discussão em grupo, foram confeccionados cartazes com os principais pontos levantados. As perguntas norteadoras foram sobre as Fortalezas, Desafios e Estratégias dentro da Integração Ensino-Serviço- Comunidade.   Resultados e/ou impactos:   A construção das oficinas se mostrou como uma das partes com potencial mais rico durante o seminário, pois promoveu o diálogo e a troca de ideias entre os diferentes atores que compõem o eixo do ensino, serviço e comunidade. Dessa maneira, cada um dos atores contribuiu com o seu ponto de vista, para que todos chegassem a um comum acordo. O que ficou evidenciado foi que os mesmos pontos que se constituem nas fragilidades do SUS, são aqueles que foram citados como potenciais fortalezas e estratégias e, muitas vezes, eles estão inter-relacionados.   A principal fortaleza debatida nas oficinas foi o papel do aluno. O contato inicial deste, propiciado pela nova grade curricular, desde o início da graduação com a comunidade, permite que desenvolva um olhar integral do usuário, após conhecer a sua realidade social. Dessa maneira, o profissional formado sabe reconhecer a importância dos determinantes sociais de saúde da população que irá atender. Além disso, consegue efetivar uma escuta mais qualificada e acolhedora, conforme os princípios de acolhimento do SUS. Destacou-se a importância dos projetos de extensão universitários, principalmente durante as férias, já que é o período em que o serviço fica sem os estudantes, os quais muitas vezes ainda dependem do fluxo de alunos para conseguir manter um número de atendimento adequado, devido à falta de profissionais contratados.   Em relação aos desafios apresentados, um dos principais é a dificuldade para se realizar um trabalho interdisciplinar. Mais uma vez, fica evidente o caminho que a graduação deve traçar para cada vez mais incluir a interdisciplinaridade no currículo. Além disso, a educação permanente se mostra fundamental para reorientar a prática dos profissionais já formados. Para que seja efetivo o cuidado integral, o atendimento deve ser realizado de maneira conjunta pela equipe, com avaliação coletiva dos casos. Entretanto, também foi salientada a resistência de muitos profissionais de aderirem às mudanças sugeridas, seja devido à falta de incentivo financeiro ou motivacional. Ademais, a elaboração das estratégias se demonstrou como a maior dificuldade encontrada nas oficinas. Após os debates, foram sugeridas algumas proposições: a transformação de todos os participantes da rede em protagonistas do processo de trabalho; efetiva integração entre o ensino, serviço e comunidade, com destaque para a participação e controle social; descentralizar a atenção da figura do médico e do hospital e ampliar o cuidado para toda rede; proporcionar o autocuidado; identificar o modelo de saúde proposto pelo município, para pautar ações prioritárias com objetivo comum; conhecer as demandas locais, as especifidades de cada microrregião; maior visibilidade à rede existente, mapeando os serviços  e fluxos de encaminhamentos.   Considerações finais:   Evidencia-se o papel fundamental de realizar espaços, como esse seminário, que promovam o contato e o diálogo entre ensino, serviço e comunidade para reorientar a formação dos profissionais de saúde e dos estudantes, bem como as ações da gestão. O aprofundamento das discussões sobre o papel dos profissionais da rede no processo de formação na saúde e a importância de os serviços assumirem esta função também para si, tornando-se corresponsáveis pela formação profissional, constituem em estratégias chaves para consolidar o SUS (GIL, 2008).   O enfrentamento das dificuldades apresentadas, sem dúvida, aliado a estratégias que visem objetivos em comum, resultará em medidas estruturantes para o fortalecimento do ensino na e para a atenção básica, consolidando não apenas o SUS, mas também qualificando as práticas do cuidado em saúde em todos os níveis e pontos da rede (GIL, 2008).   Referências: GIL, Célia Regina Rodrigues et al. Interação ensino, serviços e comunidade: desafios e perspectivas de uma experiência de ensino-aprendizagem na atenção básica. Revista Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, v. 2, n. 32, p.230-239, 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbem/v32n2/a11v32n2>. Acesso em: 14 dez. 2017.

1999 ORGANIZAÇÃO DE EVENTO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO
Amanda Marinho da Silva, Anne Kimi Vasconcelos Okazaki, Agda Tainah Moura dos Santos, Indira Silva dos Santos, Tamiris Moraes Siqueira

ORGANIZAÇÃO DE EVENTO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO

Autores: Amanda Marinho da Silva, Anne Kimi Vasconcelos Okazaki, Agda Tainah Moura dos Santos, Indira Silva dos Santos, Tamiris Moraes Siqueira

INTRODUÇÃO A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) contempla sistemas médicos complexos e recursos terapêuticos, denominados de Medicina Tradicional e Complementar/Alternativa (MT/MCA). Ambos envolvem abordagens que estimulam os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na interação do ser humano com o meio ambiente e sociedade. Em enfermagem, as Terapias Alternativas foram estabelecidas e reconhecidas como especialidade ou qualificação do profissional por meio da Resolução COFEN nº 197, de 1997. No entanto, em 8 de dezembro de 2015, o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) publicou a Resolução COFEN Nº 0500/2015 que revoga as disposições da acerca das práticas alternativas exercidas pelo profissional em enfermagem. Em razão disto, o enfermeiro é respaldado legalmente para exercer somente a especialidade em Acupuntura mediante a Resolução COFEN Nº 326/2008. Estudos demonstram que o enfermeiro possui déficit de conhecimento sobre a legislação e a falta de capacitação específica. O que implica na sua inserção como disciplina optativa na grade do curso de graduação e divulgação para a sociedade sobre o seu benefício quando associadas ao tratamento convencional.OBJETIVO Descrever a experiência na organização e realização da II Feira de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. MÉTODOS Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos de enfermagem na organização de evento da disciplina de Práticas Complementares aplicadas à Saúde, da Universidade Federal do Amazonas – UFAM, durante o período de setembro a novembro de 2017, em Manaus – Amazonas. Por tratar-se de uma disciplina de curso optativa, esta compreendia alunos do 4º período até o 10º período, disposto em grupos concernentes às tarefas a qual foram incumbidos: Marketing, Programação, Infraestrutura, Financeira, Certificação e Inscrição.RESULTADOS A primeira etapa consistiu na busca por referencial teórico, durante as aulas da disciplina, acerca de riscos e benefícios, indicações terapêuticas, sobre a PNPIC e como as Práticas complementares e Integrativas em Saúde (PICS) são utilizadas na prática do profissional de enfermagem. Em seguida, a turma foi dividida em comissões para organizar o evento: Marketing, Programação, Infraestrutura, Financeira, Certificação e Inscrição. Cada comissão continha entre 6 a 9 alunos mistos de 4º a 10º período. A proposta da feira era divulgar as PICS à comunidade acadêmica e civil, de forma que o público se familiarizasse com o conceito de práticas complementares como ciência e suas aplicabilidades bem como a disponibilidade destas no âmbito do Sistema Único de Saúde, visto que por ser um assunto pouco difundido mesmo na academia, a comunidade usuária deste sistema também pouco sabe da disponibilidade de tais terapias. Portanto a entrada foi gratuita, com certificação de quatro horas de atividades complementares e vagas limitadas. O evento foi divulgado nas redes sociais, como Facebook, Instagram e Whatsapp, além de banners afixados nas faculdades de ciências da saúde. Uma vez determinado qual seria a abordagem da feira, cada comissão trabalhou para que o evento ocorresse no dia 24 de Novembro de 2017, no salão social da Escola de Enfermagem de Manaus – UFAM, com a participação de profissionais especializados em PICS que foram convidados antecipadamente, sendo estas: Yoga, Terapia Hormonal, Quiropraxia, Programação Neurolinguística, Termalismo, Danças Circulares, Musicoterapia, além da abordagem dos temas PNPIC no Contexto Municipal e Espiritualidade e Saúde, apresentados por representantes da Secretaria Municipal de Saúde e de seguimento religioso, respectivamente. A organização teve como limitações a falta de patrocínios e a mudança de proposta do evento. Originalmente deveria ser uma exposição das PICS em stands individuais com demonstrações de cada terapia, como o modelo de feira exige, e passou a ser um seminário, pois houve mais a explanação teórica do que a prática, isto deu-se pelo fato de que os profissionais convidados à participar da feira foram escalados para fazerem uma breve introdução de cada terapia, tendo como tempo estipulado para cada profissional cerca de quinze minutos, e que em segundo momento seriam divididos os stands. No entanto, este primeiro momento compreendeu em toda a carga horaria do evento, pois muitos dos profissionais ultrapassaram seu tempo limite, não sendo possível a exposição de práticas das terapias separadamente. Em contrapartida, para os acadêmicos que o organizaram, a experiência foi válida, uma vez que contribuiu para o desenvolvimento de habilidades e competências do profissional enfermeiro, como o trabalho em equipe, autonomia, gerenciamento de pessoas e recursos, comunicação e planejamento de atividades, assim como lidar com o imprevisível. Para os participantes, este evento serviu como ponto de discussão sobre a realidade das PICS nos serviços de saúde, a qualificação dos profissionais, não somente para fins de tratamento, mas também na prevenção de agravos à saúde. Questionou-se quanto tem sido difundido sobre estas práticas no SUS, além de informações sobre os benefícios das PICS para o bem-estar físico, espiritual e social do ser humano.CONSIDERAÇÕES FINAIS A organização de eventos proporciona ao acadêmico de enfermagem o desenvolvimento de suas habilidades e competências profissionais e à comunidade o conhecimento de temas não convencionais, mas que trazem benefícios significativos. No contexto das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, eventos com este caráter multidisciplinar dinamizam as discussões e avanços científicos na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, contribuindo para a saúde do usuário do Sistema Único de Saúde; e sendo este evento não limitado apenas aos acadêmicos da Universidade, mas aberto à comunidade, entende-se que o conhecimento compartilhado alcançara as pessoas que realmente fazem uso do Sistema Único de Saúde e que muitas vezes não tem conhecimento dessas práticas que são disponíveis à população de forma gratuita e que são terapias alternativas à terapia medicamentosa. Para futuros estudos, sugere-se a pesquisa pelo perfil dos cursos que ofertam a disciplina de práticas complementares aplicadas à saúde, a fim de fortalecer e inserir a temática desde a formação profissional, além do envolvimento de acadêmicos na organização de novos eventos de médio a grande porte em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde.

2366 Organização da II Feira de Práticas Complementares em Saúde e suas contribuições acadêmicas: Um relato de experiência
Ciro Rodrigo da Mata, Sandra Greice Becker

Organização da II Feira de Práticas Complementares em Saúde e suas contribuições acadêmicas: Um relato de experiência

Autores: Ciro Rodrigo da Mata, Sandra Greice Becker

Apresentação: A Feira de Práticas Complementares em Saúde é um evento idealizado pela Profa.Dra.Sandra Greice Becker, docente da Escola de Enfermagem de Manaus (EEM),Universidade Federal do Amazonas (UFAM),e acontece anualmente desde 2016, no centro de convivência da  Escola de Enfermagem de Manaus. Não se trata apenas de um evento de difusão de conhecimento sobre o referido assunto, mas também é parte do processo avaliativo da disciplina Práticas Complementares e Integrativas em Saúde,. Assim, meu objetivo com este trabalho é relatar a experiência de estar na organização de um evento científico e sua repercussão para minha formação como enfermeiro. Desenvolvimento do Trabalho: No decorrer da disciplina, tivemos contato com diversas modalidades de práticas complementares. Assim, tivemos uma base teórica para entendermos o que estaríamos nos propondo a abordar no evento. Em seguida, nos dividimos em comissões organizadoras para melhor repartimos as funções. Éramos uma turma de 38 pessoas, então pedimos às monitoras da disciplina para nos ajudarem nessa divisão. Eu me voluntariei para a comissão dos convites, a qual ficou responsável por escolher e convocar os palestrantes. As outras comissões eram a de Infraestrutura, Credenciamento, Patrocínio, Divulgação e Certificação. Como membro da comissão de convites, entramos em contato com diversas pessoas que atuam no âmbito das práticas complementares em saúde, O evento contou com palestras sobre Yoga e Terapia Hormonal, por Marineuza Nogueira; Quiropraxia, por Paulo Salazar; Programação Neurolinguística, por Elvira França; Meditação por Antônio Botelho; Termoterapia, por Lídia Medina; Danças Circulares, por Selma Lopes e Medicina Ayurveda pela médica especialista Mara Rúbia, Musicoterapia, por Gilsirene Santelbury. Confirmados os palestrantes, a comissão de divulgação elaborou vídeos a serem compartilhados nas redes sociais e a equipe de Infraestrutura iniciou os primeiros procedimentos de organização do espaço e reunião do material necessário (microfone, caixa-de-som, computador e etc.). Resultados e/ou impactos: Fazer parte da organização desse evento foi uma oportunidade de aprimorar uma das competências gerais do enfermeiro, que é a gerência. Apesar de estarmos divididos em comissões, sempre fui solicitado para colaborar em outros setores, o que exigiu de mim a habilidade de tomar decisões e gerenciar conflitos. Além disso, as aulas teóricas antes do evento me proporcionaram o conhecimento técnico-científico a respeito das práticas complementares em saúde e como elas se inserem no contexto de atuação profissional do enfermeiro. Assim, o evento serviu para sedimentar o conhecimento anteriormente visto em sala, conhecimentos esses que levarei para minha vida profissional. Considerações finais: Fazer parte da organização da II Feira de Práticas Complementares em Saúde foi uma experiência de valoroso engrandecimento intelectual e me permitiu reconhecer minhas potencialidades e fragilidades em situações inerentes à rotina do enfermeiro, como a gerência e o relacionamento interpessoal. Assim, posso buscar aprimorar habilidades que já possuo e desenvolver aquelas ainda incipientes.  

2733 Participação popular e controle social em uma pré-conferência municipal de saúde: Olhar atento por um SUS mais efetivo
Géssica Rodrigues Silveira, Cristiano Gonçalves Morais, Antonia Irisley da Silva Blandes, Gisele Ferreira de Sousa, Franciane de Paula Fernandes, Eulália Cecília Pantoja Ramos

Participação popular e controle social em uma pré-conferência municipal de saúde: Olhar atento por um SUS mais efetivo

Autores: Géssica Rodrigues Silveira, Cristiano Gonçalves Morais, Antonia Irisley da Silva Blandes, Gisele Ferreira de Sousa, Franciane de Paula Fernandes, Eulália Cecília Pantoja Ramos

Apresentação: A participação popular na construção do Sistema Único de Saúde é responsável por sua estruturação, as pré-conferências são momentos de debates e divulgação das conferências em saúde, ambos os eventos são oportunidades de expressar as demandas e carências do Sistema Único de Saúde. Objetivo: Descrever a vivência em uma pré-conferência em saúde do município de Santarém-PA. Desenvolvimento: Este estudo descritivo é um relato de experiência. Esta reunião foi realizada em abril, abordou a temática regimentais  pertinentes a eleição dos representantes/delegados para a conferência municipal de saúde, além disso foram abordados temas envolvendo questionamentos e requisições do município e das áreas circunvizinhas, os participantes envolviam usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), profissionais de saúde atuantes na atenção primária como: médico, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde, psicólogos, assistentes sociais, representantes da comunidade e gestores de saúde. Resultados e/ou impactos: Na observação participante enquanto acadêmico, foi possível notar Dificuldades que fragilizaram a reunião tais como: horário, local e interesse. Das medidas enunciadas como viáveis para resolução deste problema estão locais e horário divulgadas previamente, além disso a maior sensibilização para participação popular. No decorrer da reunião foi possível observar debates e exposição de diferentes opiniões acerca das dificuldades e desafios do SUS na atenção primária em saúde, com vistas a elaboração de propostas, como: ausência de profissionais médicos na estratégia da saúde da família, necessidade de concursos para agentes comunitários de saúde que morem e conheçam a comunidade onde atuem, outro ponto exaltado foi a dificuldade. Há também a falta de recursos para a execução dos programas na atenção primária em saúde. Considerações finais: As pré-conferências em saúde são oportunidades de debates para reformulação e restruturação da rede pública de saúde, através de debates com a participação popular e dos profissionais de saúde atuantes, apesar de ser um meio de esclarecimento e de busca por demandas, observou-se nesse relato a ausência de grande parte da população e dos demais profissionais de saúde atuantes no Sistema Único de Saúde, estas ausências de participação dificultam a real cenário dos serviços de saúde, bem como, de suas potencialidades e fragilidades, com vistas ao fortalecimento das ações em saúde e de suas dificuldades.

3002 “FEIRA DA FAMÍLIA”: PROMOÇÃO DE SAÚDE POR ACADÊMICOS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE BELÉM
Paula Monick Silva Castro, Jacyra Nunes Carvalho, Sandra Helena Isse Polaro, Letícia Karla Ferreira Góes, Thais Cristina Flexa Souza, Maria Suelem dos Santos do Mar, Rennan Coelho Bastos, Carla Camila Chaves Leal

“FEIRA DA FAMÍLIA”: PROMOÇÃO DE SAÚDE POR ACADÊMICOS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE BELÉM

Autores: Paula Monick Silva Castro, Jacyra Nunes Carvalho, Sandra Helena Isse Polaro, Letícia Karla Ferreira Góes, Thais Cristina Flexa Souza, Maria Suelem dos Santos do Mar, Rennan Coelho Bastos, Carla Camila Chaves Leal

Introdução: A constituição cidadã de 1988 prioriza a família como base da sociedadee admiti as novas formações familiares estabelecendo legalmente novos valores sociais. Diante disso, se rompe a concepção da família tradicionaltornando maior o equilíbrio entre familiares. Agora a família não é mais centrada na celebração de um casamento e sim na presença de vínculos afetivos entre pessoas comprometidas que estão unidas por projetos e objetivos comuns. As famílias juntamente com a escola constituem bases fundamentais para o desenvolvimento humano às duas instituições transmitem e constroem conhecimentos. A família é responsável pelos primeiros contatos do indivíduo com educação em saúde, porém muitas vezes esta família não tem conhecimento ou capacidade econômica suficiente para a realização adequada dessa educação, portanto à escola entra como suporte desse desenvolvimento. O enfermeiro encontra-se dentre os profissionais que desempenha um importante papel nas relações entre seres humanos, sociedade, pesquisa, saúde, e educação. O papel do enfermeiro na sociedade se dá por promover a formação do conhecimento em saúde individual e coletiva, de acordo com a realidade de cada pessoa e grupo social, oportunizando assim, a promoção da saúde sob o focode atitudes saudáveis no modo de se viver. Desta maneira, a educação em saúde sendo de responsabilidade do enfermeiro em todos os níveis de atenção à saúde, no ambiente escolar sua presença se torna essencial para o desenvolvimento de uma consciência crítica no aluno, que resulte na aquisição de práticas que visem à promoção, manutenção e recuperação da própria saúde e da comunidade em que se insere. Objetivos: Relatar a experiência dos acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal do Pará (UFPA) obtida através da participação em uma feira da família. Descrição da experiência: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado através de uma ação educativa do projeto: “A ludicidade como ferramenta para promoção da saúde de crianças e adolescentes no espaço escolar” com apoio da Pró-Reitoria de Extensão. Ocorrido em uma escola pública do bairro da Terra Firme, Belém/ PA, realizado no mês denovembro de 2017. O público alvo foram alunos regularmente matriculados, seus respectivos familiares e funcionários da escola. A “Feira da Família” é uma atividade deste projeto de extensão que tem por objetivo a aproximação entre a escola, família e comunidade. Os temas abordados pelos acadêmicos giraram em torno da promoção e prevenção à saúde tendo sido trabalhado através da exposição de banners que abordaram diagnóstico, prevenção, sinais e sintomas da hipertensão e diabetes; teste de pressão arterial (PA) e glicemia; yoga como prática integrativa e complementar em saúde (PICS) para a prevenção de doenças do metabolismo como hipertensão e diabetes; distribuição de folders de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’S) como HIV e sífilis (abordagem e esclarecimento de dúvidas a respeitos dessas doenças); jogo da memória sobre sífilis, tendo em vista a grande necessidade de se educar a respeito desta IST devido ao surto que tem ocorrido no país; também foi realizada a distribuição de preservativos que foram fornecidos pelo Sistema Único de Saúde; mural interativo para avaliar o desenvolvimento cognitivo aplicado por acadêmicos de terapia ocupacional. A Feira da Família também contou com o desenvolvimento de outras atividades que não foram realizadas pelos acadêmicos de enfermagem como apresentações teatrais, jogos esportivos, distribuição de lanches e limpezas de pele. Resultados e discussões: A Feira da Família mostrou o respeito, inclusão e reconhecimento da escola para todas as formações familiares, gerando representatividade não apenas para crianças e adolescentes oriundos de famílias tradicionais e sim para todas as famílias, visto que é perceptível na escola que estas são possuidoras das mais diversas formações, composições e vínculos. Despertou também uma nova forma de interação entre a escola e família com promoção de lazer e descontração, visando um ambiente saudável de convívio social e até mesmo de aproximação com familiares que não costumam estar regularmente interados com a rotina da escola. A presença dos alunos e familiares foi bem expressiva, a interação deles tanto com os acadêmicos quanto com as demais atividades foi intensa, eles se posicionavam em fila para receber as orientações de educação em saúde; fazer os testes de PA e glicemia, até mesmo pessoas que já eram diagnosticadas com diabetes e hipertensão elucidaram interesse por fazer os testes e receber orientação, esclarecendo dúvidas e fazendo certas queixas ao seu tratamento; o yoga se mostrou impactante, que muitos só conheciam através da mídia e nunca tinham praticado a atividade, esta foi bastante desfrutada pelas crianças e adolescentes, entretanto os pais limitaram-se a observar a prática.Estudos têm demonstrado que as PICS contribuem para a ampliação da co-responsabilidade dos indivíduos pela saúde, contribuindo assim para o aumento do exercício da cidadania.Todas as faixas etárias interagiram com o jogo da memória da sífilis, que não é uma IST comum de ser abordada, e costuma ter seus sinais e sintomas negligenciados devido o fato que após a manifestação dos mesmos a infecção entra em períodos de latência; a camisinha atraiu atenção de muitos adultos e idosos que chegaram a pedir mais do que a quantidade padrão que estava sendo distribuída para cada indivíduo, nisto observou-seo comportamento preventivo que está sendo adotado por parcelas distintas da sociedade; por outro lado adolescentes participaram de todas as atividades inclusive do jogo da memória da sífilis, observavam preservativos, mas não os adquiriam revelando um possível receio de sofrerem coerção dos familiares presentes. Abordar IST’S sempre traz dois lados positivos, o primeiro é o da prevenção e consequentemente proteção da saúde e o segundo é o lado social, principalmente tratando-se AIDS que ainda é uma doença muito recorrente, discriminada e citada, mas poucos realmente conhecem algo com fundamento científico dessa doença muito que ainda se propaga sobre ela gira em torno de senso comum. O mural interativo era destinado à crianças de 4 à 7 anos que se empenharam bastante na execução da atividade, muitos familiares que observavam as crianças brincando levavam os seus filhos para também participarem da atividade. Considerações finais: A Feira da Família se mostrou um excelente espaço de convivência e desenvolvimento de valores humanos, sendo uma atividade adequada para o exercício da educação em saúde por essa ser uma prática transformadora e que visa influenciar e tornar participativo no processo de saúde-doença para toda família. A enfermagem e a terapia ocupacional se fizeram presente por meio dos acadêmicos que assumiram o papel de educadores em saúde, ocupando um local de grande relevância social já que essas temáticas abordadas na Feira da Família vão reverberar através da prevenção e promoção de saúde das mesmas.

3409 DESDOBRAMENTO DA CONSTRUÇÃO DO PROTOCOLO MUNICIPAL DE SÍFILIS DE CUIABÁ: A REALIZAÇÃO DO 1º ENCONTRO DA REDE DE CUIDADOS DA PESSOA VIVENDO COM HIV/AIDS DE MATO GROSSO
Bruna Paesano Grellmann, Audrey Moura Mota Gerônimo, Heloísa Maria Piero Cassiolato, Liney Maria Araújo, Miriam Estela de Souza Freire, Giordan Magno da Silva Gerônimo, Margarete Zagonel

DESDOBRAMENTO DA CONSTRUÇÃO DO PROTOCOLO MUNICIPAL DE SÍFILIS DE CUIABÁ: A REALIZAÇÃO DO 1º ENCONTRO DA REDE DE CUIDADOS DA PESSOA VIVENDO COM HIV/AIDS DE MATO GROSSO

Autores: Bruna Paesano Grellmann, Audrey Moura Mota Gerônimo, Heloísa Maria Piero Cassiolato, Liney Maria Araújo, Miriam Estela de Souza Freire, Giordan Magno da Silva Gerônimo, Margarete Zagonel

Após implantação dos Serviços de Atendimento Especializado em IST/HIV/Aids (SAEs) no estado, os profissionais não conseguiam reunir as equipes da rede de cuidados à Pessoa Vivendo com HIV e Aids (PVHA). Com a temática “Desafios da equipe multiprofissional de saúde para alcance das Metas Universais 90/90/90”, o 1º Encontro da Rede de Cuidados da PVHA, ISTs e Hepatites Virais do Estado de Mato Grosso realizado em dezembro/2016 objetivou fortalecer integração da Rede de Cuidados, para atualização das políticas públicas e implantação efetiva do Protocolo Municipal de Sífilis na Rede SUS de Cuiabá. Iniciativa de profissionais dos SAEs de Cuiabá e Várzea Grande e voluntários, foi oportuno para criar consciência coletiva para pactuação das ações para alcance das metas 90/90/90 até 2030. Acontecendo através de rodas de conversa/Távolas, minicursos, mesas redondas e exposição de banners, foram 175 inscritos, mais 20 envolvidos com comissão organizadora e científica. Dos 12 SAEs do estado, estiveram representados 07 deles, além de participação de profissionais de diversas categorias. Foram apresentados 35 trabalhos, com 10 premiados. Como lições apreendidas, as ações baseadas em evidências e parcerias multissetoriais desencadearam movimento de esforços abrangentes nas áreas da saúde. Essas temáticas trouxeram ideais inovadores na conjuntura estratégica, reconhecendo  necessidade de buscar aliados no SUS, como academias e sociedade civil, visando efetivo alcance das metas pactuadas. São propostas exequíveis, compreendendo três linhas de cuidados (prevenção, diagnóstico e tratamento). Com objetivo maior de uniformizar as ações dessas linhas de cuidados em conformidade com diretrizes do Ministério da Saúde, destacou-se como desafio a junção dos serviços, usuários e academias, ampliando horizontes científicos, traduzida em vivência/experiência/ciência, representando movimento de aprendizagem/ensinagem baseado na troca de saberes, revigorando as metas que buscam fim das epidemias. Espera-se continuidade da ação mediante realização de encontros anuais, reconhecendo que é possível trabalhar territorialmente distantes, mas técnica e cientificamente não!

5171 EVIDÊNCIA CIENTÍFICA NA SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO I SALÃO CIENTÍFICO DE MEDICINA NO INTERIOR DA AMAZÔNIA
Leoneide Érica Maduro Bouillet, Sheyla Mara Silva de Oliveira, Franciane de Paula Fernandes, Mariana dos Anjos Furtado de Sá, Zilma Nazaré de Souza Pimentel, Maria do Socorro da Silva Mota

EVIDÊNCIA CIENTÍFICA NA SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO I SALÃO CIENTÍFICO DE MEDICINA NO INTERIOR DA AMAZÔNIA

Autores: Leoneide Érica Maduro Bouillet, Sheyla Mara Silva de Oliveira, Franciane de Paula Fernandes, Mariana dos Anjos Furtado de Sá, Zilma Nazaré de Souza Pimentel, Maria do Socorro da Silva Mota

Apresentação: A medicina baseada em evidências é definida como o elo entre a boa pesquisa científica e a prática clínica. Em outras palavras, utiliza provas científicas existentes e disponíveis no momento, com boa validade interna e externa, para a aplicação de seus resultados na prática clínica. Logo, o Salão Científico é um evento que busca incentivar a pesquisa e oportunizar visibilidade para os trabalhos de conclusão anual do curso de medicina da Universidade do Estado do Pará-Campus XII. A partir do exposto, o objetivo do estudo foi relatar a experiência de docentes participantes da comissão organizadora do I Salão Científico do Curso de Medicina da Universidade do Estado do Pará (UEPA). Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência referente à exposição científica de discentes do curso de Medicina da UEPA, Santarém, estado do Pará, realizado no período de 05 a 07 de dezembro de 2017. Resultados e/ou impactos: Em três dias de intensa programação, o Salão ofereceu aos participantes a oportunidade de percorrer espaços que apresentaram e discutiram os novos conhecimentos produzidos na pesquisa científica, nas práticas clínicas e ainda na interação com a comunidade. O evento iniciou com a conferência de abertura intitulada: A importância da evidência científica nas condutas em Saúde. O evento integrou diversas temáticas como: Epidemiologia e clínica de doenças crônico-degenerativas; Atenção Primária na Saúde, Violência doméstica, Assistência Pré-Natal, Avaliação da produtividade científica dentre outros. Foram inscritos e aprovados 25 trabalhos. Estes foram apresentados na forma de banner padronizado e avaliados por uma comissão científica que levaram em consideração aspectos como: relevância social do tema, formulação do problema, abordagem metodológica, análise e interpretação de dados, articulação teórica, sugestões para outros estudos além da apresentação oral. A pontuação total dos trabalhos levou em consideração também o voto dos participantes. Ao término do evento foram premiados os três melhores trabalhos de conclusão anual: Cuidado domiciliar dentro da perspectiva de uma família de idosos: uma abordagem da medicina da família; Análise imunológica e clínica dos pacientes com neurotoxoplasmose infectados pelo HIV atendidos no CTA/SAE Santarém-PA; Perfil clínico-epidemiológico da hanseníase no município de Santarém-PA. Considerações finais: Os acadêmicos apresentaram evidências científicas na saúde, relevantes para a sociedade permitindo reflexão crítica acerca dos achados. O evento oportunizou ampla divulgação da produção científica do curso de medicina da universidade despertando o interesse da medicina baseada em evidências.

5271 III ENCONTRO AMAZONENSE DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM: “O DESVELAR DA PARTILHA À POLITICIDADE NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM”
George Lucas Augusto Trindade da Silva, Iago Orleans Pinheiro Monteiro, Karoline Costa de Souza, Nany Camilla Sevalho Azuelo, Wanessa Souza Barbosa, Alessandra Cristina da Silva

III ENCONTRO AMAZONENSE DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM: “O DESVELAR DA PARTILHA À POLITICIDADE NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM”

Autores: George Lucas Augusto Trindade da Silva, Iago Orleans Pinheiro Monteiro, Karoline Costa de Souza, Nany Camilla Sevalho Azuelo, Wanessa Souza Barbosa, Alessandra Cristina da Silva

APRESENTAÇÃO: Objetivou-se relatar a experiência vivenciada por acadêmicos do curso de graduação em enfermagem sobre a organização do III Encontro Amazonense dos Estudantes de Enfermagem (EAEEnf) e sua contribuição para a formação profissional. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de um relato de experiência de natureza descritiva, referente à vivência de acadêmicos de enfermagem na organização do III EAEEnf, realizado no município de Manaus, Amazonas, no segundo semestre de 2017 na Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA-UEA). A realização do referido evento ocorreu a partir da iniciativa dos centros acadêmicos (CAs) de Enfermagem em vigência no estado do Amazonas, pertencentes à Universidade Federal do Amazonas, a Universidade do Estado do Amazonas e Centro Universitário Luterano de Manaus, com o intuito de promover o diálogo entre o corpo discente das Instituições de Ensino Superior (IES) de Enfermagem em nossa região, reafirmando parcerias interinstitucionais. Neste momento, um dos objetivos, foi promover a partilha do discurso, à formação, e a representatividade da profissão no Amazonas. Optou-se pelo tema: “Do ensino de qualidade à formação de Enfermeiros empoderados profissionalmente”. O processo de organização sequenciou-se em três etapas, quais sejam atividades que envolveram as comissões específicas no planejamento do evento, a logística para execução do cronograma nos dias do encontro e, por fim, as demandas exigidas após o evento. No primeiro momento, as comissões foram segmentadas, a partir das indicações dos respectivos CAs, os integrantes foram divididos nas atividades que se aproximavam das suas áreas de atuação. Dessa forma, as comissões integradas nomeadamente, foram: a comissão geral de organização, o financeiro, a divulgação, a comissão de extensão, o credenciamento e a certificação. Os acadêmicos realizavam reuniões com frequência, previamente decidida para discursar e planificar estratégias para o alcance dos resultados propostos. As ações que antecederam o evento exigiram a atuação concomitante da equipe dentro dos aspectos que envolveram investimento financeiro e coparticipação das instituições apoiadoras, envolvidas direta e indiretamente no evento. Ao final do período antecedente foram totalizadas 315 inscrições, sendo deste número 260, o total de participantes, oriundos de todos os cursos de graduação em enfermagem nas 12 IES do estado, inclusive, dos municípios excedentes da capital. A programação iniciou com a oferta de três minicursos com inscrição prévia, sendo estes: “Aspectos essenciais e práticos do processo de enfermagem”, “gasometria arterial: da teoria a prática” e “métodos de pesquisa bibliográfica na construção do conhecimento do discente”. Realizou-se então, a cerimônia de abertura, nesta fizeram-se presentes os membros das entidades representativas da classe estudantil, profissional e formadora da enfermagem Amazonense. Salienta-se, entre os acordos firmados pela organização, a participação do palestrante internacional, Prof. Dr. Luís Manuel da Cunha Batalha, Doutor em Enfermagem e docente da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, em Portugal. O evento iniciou com uma conferência de abertura intitulada: “Formação do Enfermeiro e suas competências”. Posteriormente, ocorreu a palestra “Mudanças nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem” e “Formação do enfermeiro para a Atenção Primária à Saúde”. Parte da programação foi dedicada à participação coletiva dos discentes e participantes, na compreensão das concepções dos acadêmicos acerca da formação em enfermagem. Destarte, realizou-se concomitantemente a elaboração da “Carta dos estudantes de Enfermagem do Amazonas às entidades representativas da Enfermagem”, contando com a participação de representantes de classe da enfermagem de seis IES, pois até o presente momento apenas três universidades possuíam centro acadêmico, após o evento a carta foi encaminhada para o departamento de educação da Associação Brasileira de Enfermagem seção Amazonas, com o objetivo de considerarem as demandas destacadas pelos acadêmicos e darem conhecimento destas às demais instituições de ensino do estado. Finalizado, as propostas, ocorreu a entrega do prêmio do concurso de fotografia realizado no site do evento, disponibilizado na página da UFAM/ Escola de Enfermagem de Manaus EEM, intitulado: “Fotografias Estudantis em Enfermagem”. Por fim, para o fechamento do evento, entrelaçou-se nas comissões, e com suas prestações de conta, no financeiro e envio de certificações, assim como, a divulgação dos resultados através do concurso de fotografias, e nas redes sociais a e divulgação da carta construída pelos discentes. RESULTADOS: O impacto da representatividade estudantil na organização do evento possibilitou o fortalecimento da identidade profissional, na conquista da autonomia, e busca da qualificação no processo de formação. Tornando-se crítica e comprometida com seu futuro profissional. Assim, considera-se que os eventos científicos proporcionam espaços de interação entre os estudantes e profissionais da área, assim, como favorece o acesso a novas informações, possibilitando aos discentes o conhecimento teórico-prático, como também estabelecer uma aproximação com os profissionais, nas dimensões: da assistência, do ensino, na gestão dos serviços de saúde, na pesquisa e a inserção do enfermeiro na política.  Proporcionado positivamente, novas ações e perspectivas aos discentes em formação. Desta forma, é nítido observar que os acadêmicos envolvidos contribuíram de maneira profícua na Enfermagem do Amazonas, visto que o evento os proporcionou realizar a I Carta dos Estudantes de Enfermagem do Amazonas, na qual permitiu partilhar pontos positivos e aspectos a serem melhorados nos cursos de profissionalização e as IES de Enfermagem do Amazonas. Os participantes da comissão organizadora, e o público, puderam expor suas opiniões, sendo perceptível à sensibilização sobre a importância da representatividade estudantil, não sendo restringida ao conteúdo de sala de aula, mas com ações extramuros na união de saberes e partilhas de conhecimentos entre os pares. Propiciando o senso crítico-reflexivo perante as demandas dos serviços de saúde e sociedade em geral. Tal espaço de interlocução faz-se notoriamente importante para o desenvolvimento das funções de liderança, que são inexoráveis na atuação do profissional enfermeiro, uma vez que coloca o discente como protagonista das ações de impacto e perspectiva na mudança social. Logo, a organização do EAEEnf viabilizou mudanças no perfil dos discentes, pois a partir de discussões voltadas à formação política, a ciência crítica dos acadêmicos e há possibilidade de novos avanços nas diretrizes curriculares nacionais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apreendeu-se que os eventos científicos são importantes instrumentos de construção e propagação da cientificidade que perpassa à práxis da enfermagem. Logo, entender as nuances que entrelaçam a organização de um evento científico é precípuo, pois permite que o acadêmico adquira experiência no trabalho em equipe, na condução de metas e no gerenciamento de pessoas, tornando-o protagonista do seu saber. Portanto, a organização do III EAEEnf permitiu o fortalecimento da participação estudantil na construção de uma enfermagem  pela busca de excelência. Para isso, fez-se necessário que comunidade acadêmica em conjunto às demais representatividades estudantis das IES do Amazonas, unissem-se para a construção deste evento de cunho científico, onde experiências e saberes relacionados à práxis da enfermagem fossem partilhados, com base o trabalho em equipe, que permearam a dinâmica do evento.

1899 Atividades extensionistas de um projeto sobre educação em saúde no dia mundial de prevenção ao HIV/ AIDS
Daniele Taschetto, Ana Paula Garcez Amaral

Atividades extensionistas de um projeto sobre educação em saúde no dia mundial de prevenção ao HIV/ AIDS

Autores: Daniele Taschetto, Ana Paula Garcez Amaral

Apresentação: O projeto de extensão “Educação em saúde e ações de base comunitária na vigilância, prevenção e controle das DST/HIV/AIDS e Hepatites Virais do município de Santa Maria/RS”, em parceria com o Ministério da Saúde, objetiva realizar ações de educação em saúde na comunidade. Participam do projeto acadêmicos dos cursos de Medicina, Enfermagem e Odontologia, coordenados por uma professora do curso de Enfermagem. Dentre as atividades já desenvolvidas, no dia primeiro de dezembro de 2017, realizou-se um evento sobre a prevenção ao HIV/AIDS. A extensão, muito mais do que uma maneira de a universidade levar o conhecimento produzido à comunidade, é uma chave fundamental para a inserção do aluno na comunidade, ou seja, para que o aluno possa conhecer a realidade das pessoas com que irá trabalhar, sendo afetado por essa comunidade, em uma troca de informações e saberes, onde um modifica o outro (DIVINO et al, 2013). Ao incorporar esse conceito de extensão e educação, o projeto não busca um enfoque acadêmico e patológico das doenças, mas - principalmente - uma sensibilização dos alunos. Dessa maneira, prioriza-se o enfoque em promover um cuidado acolhedor e humanizado, em consonância com as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Desenvolvimento do trabalho: A organização do evento sobre a prevenção ao HIV/AIDS se construiu em parceria entre as universidades da cidade, prefeitura, secretaria de saúde, pastoral da AIDS e política de HIV/AIDS. Dessa maneira, aliaram-se os atores locais que perfazem o fluxo dos usuários que buscam o serviço de saúde, articulando ensino, serviço e comunidade. Esta última, principalmente pela participação da política de HIV/AIDS, a qual tem contato mais próximo com o usuário, por ser a referência na cidade de diagnóstico, tratamento e acompanhamento. Durante as reuniões para a organização do evento, representantes dos usuários sempre se fizeram presentes, emitindo opiniões para que o evento não se restringisse apenas à academia e gestão. Sabe-se que não basta o evento ser aberto para a população, é necessário principalmente dialogar com ela, conhecer as suas reais demandas, para atraí-la. Além disso, fazê-la perceber que o espaço acadêmico também deve ser um espaço ocupado pela comunidade, e não apenas o contrário. Cabe também destacar o protagonismo dos alunos na realização do evento, comparecendo nas reuniões e articulando ideias em colaboração com a gestão. O evento dividiu-se em dois momentos: pela parte da manhã, foi realizada uma palestra dentro da universidade, aberta para a comunidade, servidores e alunos. Pela tarde, os participantes ficaram na praça da cidade para distribuir preservativos e material informativo, bem como para estar em contato com a comunidade, fornecendo informações e tirando dúvidas. A palestrante convidada foi uma mulher que convive com HIV há mais de 30 anos, a qual contou a sua trajetória pessoal, trazendo um olhar sensibilizado aos alunos que participaram do evento, que ficaram emocionados com a sua fala e com a sua naturalidade ao tratar de um tema que ainda é tabu: sexo. De maneira descontraída, percebeu-se que as pessoas com AIDS sofrem principalmente, não por causa da doença, mas em decorrência do preconceito e estigma social relacionados a ela. Portanto, foi enfatizada a necessidade de se tratar as pessoas de maneira igualitária, sem preconceitos ou pré-julgamentos. Resultados e/ou impactos: Notou-se que falar atualmente sobre a prevenção do HIV/AIDS já não tem o mesmo impacto que outrora. Enquanto em outra vinda da palestrante o salão estava cheio, dessa vez, o número de alunos que compareceram foi menor que o esperado, assim como da comunidade. Assim, percebe-se como o tema já não causa tanta preocupação na sociedade como à época da sua epidemia, embora os dados confirmem que as pessoas ainda estão se infectando. Além disso, o serviço perde o contato com as pessoas diagnosticadas, tornando-se desconhecido o destino do tratamento. Isso mostra que o fluxo dos usuários ainda está longe do ideal. Em relação à comunidade, sabe-se que a distribuição de material informativo constitui uma maneira vertical de distribuir informação que não se mostra efetiva. Portanto, o projeto visa ainda dentro de suas extensões estar em contato maior com a comunidade, para conhecer as suas reais demandas e dúvidas. Foi possível perceber durante o evento o tabu que ainda existe quando se fala em sexo, tanto para jovens, como para adultos e idosos. Apesar dos jovens terem acesso à informação, a ideia de “grupos de risco” ainda existe no imaginário da população, a qual acha que IST’s nunca irão acontecer com elas. Além disso, o número de casos de HIV vem aumento nos idosos, e esse assunto deve ser abordado também nessa faixa etária. Um dos aspectos fundamentais do evento foi a aproximação entre os diferentes grupos da cidade que trabalham com o tema, que muitas vezes acabam por promover ações isoladas. Dessa maneira, foi possível somar as ações desenvolvidas, também em conjunto com a gestão, o que gerou o slogan do evento: “Juntos somos mais fortes”. Prioriza-se também a necessidade de eventos durante o ano todo, e não apenas durante o dia mundial de prevenção; por isso, articular os atores locais se mostra imprescindível. Considerações finais. Segundo Freire, o processo educativo constitui em ver o homem em sua interação com a realidade, a qual ele sente, percebe e - principalmente -  sobre a qual exerce uma prática transformadora (DIVINO et al, 2013). Dessa maneira, a participação e protagonismo dos alunos em atividades de extensão faz-se imprescindível para a sua formação enquanto agentes sociais, como ficou evidenciado na organização desse evento. Além disso, o contato próximo do aluno, fora do ambiente acadêmico e fechado do consultório, possibilita uma vivência diferente com o usuário, reconhecendo-o enquanto pessoa de direito, que possui uma autonomia e uma subjetividade, o que permite olhar para além da doença. Assim, o aluno percebe a importância de reconhecer o contexto social das pessoas. Além disso, o evento também reiterou a necessidade de se articular ensino-serviço-comunidade para que as campanhas sejam efetivas. Quando há diálogo entre esses atores, o processo torna-se muito mais enriquecedor, devido à troca de ideias e experiências, contato esse, infelizmente, negligenciado muitas vezes nos serviços. Assim, espera-se que eventos como esse ocorram em mais ocasiões durante o ano, em um diálogo cada vez mais próximo com a comunidade. Essa tem muito a acrescentar ao ambiente acadêmico e ensinar à gestão, pois também é um lugar onde se produz conhecimento, não inferior aquele que encontramos em outros lugares, mas diferente e que nos permite conhecer a realidade de outra maneira. Referências: DIVINO, Anne Emiler do Amor et al. A extensão universitária quebrando barreiras. Cadernos de Graduação - Ciências Humanas e Sociais, Aracaju, v. 1, n. 16, p.135-140, mar. 2013. Disponível em: <https://periodicos.set.edu.br/index.php/cadernohumanas/article/viewFile/491/253>. Acesso em: 12 dez. 2017.

2673 Atividade de ensino: “simpósio zika e microcefalia: entendendo a relação” de um comitê da ifmsa brazil
LÁZARA GABRIELA OLIVEIRA SILVA, Sarah Maria de Lima Faro, Anna Carolinne Corrêa dos Santos, Victória Gabriele Broni Guimarães, Ivo André do Nascimento Sousa, Izaura Maria Vieira Cayres Vallinoto

Atividade de ensino: “simpósio zika e microcefalia: entendendo a relação” de um comitê da ifmsa brazil

Autores: LÁZARA GABRIELA OLIVEIRA SILVA, Sarah Maria de Lima Faro, Anna Carolinne Corrêa dos Santos, Victória Gabriele Broni Guimarães, Ivo André do Nascimento Sousa, Izaura Maria Vieira Cayres Vallinoto

INTRODUÇÃO: O Boletim Epidemiológico de Microcefalia divulgado pelo Ministério da Saúde no dia 23 de fevereiro de 2016, mostrou que havia 583 casos confirmados de microcefalia causados por infecção congênita por Zika Vírus de outubro de 2015 até fevereiro de 2016. Nesse contexto, um comitê da IFMSA Brazil promoveu o “Simpósio Zika e Microcefalia: Entendendo a Relação”, que ocorreu no dia 17 de março de 2016. OBJETIVOS: Instruir discentes e profissionais de saúde acerca do vírus, dos cuidados durante a gravidez e sobre as principais consequências da microcefalia no desenvolvimento da criança. RELATO DE EXPERIÊNCIA: O simpósio contou com três palestras: abordagem obstétrica sobre os impactos da infecção na gravidez; neuropediátrica, acerca das consequências causadas pela microcefalia por Zika na saúde da criança; infectológica, sobre o conhecimento, até o momento, da transmissão e dos aspectos associados à doença. Houve uma grande adesão ao evento, demonstrando o anseio em obter informações confiáveis a partir de profissionais qualificados, sobre o vírus. Ao final, um questionário de avaliação do evento foi aplicado aos participantes que se dispuseram. A partir dele, comentários acerca da efetividade do simpósio frisaram sua contribuição positiva na educação médica. Ademais, a experiência adquirida na logística do evento foi importante para a realização de próximos eventos. RESULTADOS: Das 72 pessoas presentes, 49 responderam ao questionário e consideraram excelentes a qualidade das palestras (48%) e a organização (57%). 95% tiveram as expectativas correspondidas positivamente e para 100%, o valor do simpósio foi avaliado como justo. Um feedback foi solicitado. Houve pontos negativos, como a dificuldade em conseguir patrocinadores e a não distribuição de canetas para os presentes. CONCLUSÕES: A grande adesão ao simpósio constatou a relevância do evento como uma ferramenta de educação médica e promoção a saúde pública ao elucidar a conjuntura da arbovirose.

3189 O Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade, entre movimento social e advocacy no combate à medicalização da vida
Rui Harayama

O Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade, entre movimento social e advocacy no combate à medicalização da vida

Autores: Rui Harayama

O presente trabalho apresenta as experiências do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade em intervenções objetivando sensibilizar a opinião pública e gestores de saúde para o fenômeno da medicalização no Brasil. Fundado em novembro de 2010, o Fórum atua como movimento social e de advocacy de âmbito nacional produzindo pesquisas e sensibilizando gestores e sociedade civil para o crescente aumento do uso de psicofármacos e aprisionamentos de comportamentos desviantes em supostas patologias. Apesar de recorrentemente associado ao uso indiscriminado de medicamentos, o fenômeno da medicalização, conforme conceituado nas ciências humanas e sociais, refere-se ao fenômeno de intervenção do saber médico sobre a sociedade, determinando e prescrevendo o saudável e o patológico, assim como estabelecendo padrões de normalidade e modos de interagir e interferir nas diferenças. O conceito converge com outros fenômenos como os processos de medicamentalização/farmaceuticalização, judicialização, patologização e psicologização da sociedade. Nesse contexto, a escola surge como lócus privilegiado para observar os processos da medicalização operando sob o signo dos transtornos de aprendizagem associados à flexibilização da identificação de categorias diagnósticas como o TDAH, Dislexia, Disgrafia, TOD entre outros, e que vem sendo inseridas no ordenamento jurídico brasileiro por meio de legislações e projetos de lei que tentam obrigar políticas públicas para o rastreamentos e detecção precoce de distúrbios em crianças, ou por meio da judicialização para obtenção de tratamento terapêutico junto às secretarias de saúde. Esse cenário implica os movimentos sociais na necessária discussão ético-política sobre o processo saúde-doença, assim como um melhor entendimento sobre a infância e os desafios da escolarização no contexto brasileiro. É em resposta a esse desafio que apresentamos a estratégia de atuação a partir da publicação, em 2015, da NOTA TÉCNICA: O CONSUMO DE PSICOFÁRMACOS NO BRASIL, DADOS DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE PRODUTOS CONTROLADOS ANVISA (2007-2014), que apontou o aumento na venda de 180% de Cloridrato de Metilfenidato entre 2009 e 2013. A partir da elaboração do relatório e da publicação do mesmo, documentos específicos foram protocoladas junto ao Ministério da Saúde, resultando na sensibilização de gestores da saúde que emitiram as “Recomendações do Ministério da Saúde para adoção de práticas não-medicalizantes”, em 2015,  assim como na incorporação da temática na agenda do Mercosul no mesmo ano. Como resultado do advocacy, destacamos a inserção do movimento social em arenas de decisão técnica, como na elaboração da “Assistência Farmacêutica em Pediatria no Brasil” e na Oficina de alinhamento sobre a da Lei 13.438/2017. Além da intervenção direta na elaboração das políticas públicas, percebe-se que a estratégia de produzir pesquisas e dados sobre o padrão de consumo de psicofármacos gerou mais impacto na mídia brasileira do que pesquisas qualitativas. Isso implica na ponderação, por parte dos movimentos sociais, em utilizar, de forma estratégica, estéticas da produção do conhecimento científico sem a captura pela lógica da produção do conhecimento que, como demonstram pesquisadores, é a mesma inerente à lógica da medicalização.

2776 *SAEP- INSTRUMENTO DE CIÊNCIA MODIFICADORA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
George Lucas Augusto Trindade da Silva, Sulyane Ferreira da Silva, Aderlaine da Silva Sabino, Jacqueline de Almeida Gonçalves Sachett, Wagner Ferreira Monteiro, Victor Hugo Castro da Rocha, Maria Tatiana Guimarães da Costa

*SAEP- INSTRUMENTO DE CIÊNCIA MODIFICADORA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: George Lucas Augusto Trindade da Silva, Sulyane Ferreira da Silva, Aderlaine da Silva Sabino, Jacqueline de Almeida Gonçalves Sachett, Wagner Ferreira Monteiro, Victor Hugo Castro da Rocha, Maria Tatiana Guimarães da Costa

É irrefragável que a assistência de enfermagem deve estar apoiada em subsídios científicos, no sentido de agregar maior segurança, eficiência e efetividade na sua atividade laboral. Logo, a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) converte-se num importante instrumento de facilitação e organização das atividades que são desenvolvidas pela enfermagem. Tal fato faz dessa ferramenta, basilar em todo o período perioperatório, uma vez que este é um estágio de vulnerabilidade aumentada que necessita de atenção atenuada para a redução e prevenção de riscos para pacientes, familiares e profissionais. Nessa conjuntura, objetivou-se relatar a experiência vivenciada por acadêmicos do curso de graduação em enfermagem sobre ações na aplicabilidade da Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória - SAEP, num Centro Cirúrgico de um hospital de referência de Manaus-AM. Trata-se de um estudo descritivo, pautado no relato de experiência, vivenciado pelos acadêmicos de Enfermagem do Centro Universitário Luterano de Manaus e da Universidade do Estado do Amazonas. durante o estágio no Centro Cirúrgico de um hospital de referência de Manaus-AM, no segundo semestre de 2017, na disciplina de Enfermagem Cirúrgica. Foi possível observar que ao desenvolver a SAEP o cuidado se torna mais integral e individualizado, haja vista que a atividade do profissional enfermeiro, em sua epistemologia, está centrada no cuidado e este, por sua vez, possui uma visão holística, que pode ser mais plenamente desenvolvida através da aplicação da sistematização. Foi notório na experiência vivenciada que a SAEP não é incrementado, como estabelece a resolução 358/2009 e que o acúmulo de atribuições administrativas, dificulta o seu desenvolvimento e o cuidado centrado e completo para o paciente. Contudo, o insipiente saber acerca da SAEP também dá subsídios para essa despersonalização do cuidado, uma vez que a sua execução requer conhecimento técnico-científico. Dessa forma, as teorias de enfermagem são basilares para a incorporação prática de cuidados de impacto na assistência de enfermagem perioperatória. A compreensão da SAEP, surge então como uma necessidade frente à coordenação, organização e gestão da unidade do centro cirúrgico pelo enfermeiro, posto que a sua execução prediz maior segurança, efetividade e conforto para profissionais, paciente e familiares. Em virtude dessa problemática, a SAEP torna-se assim foco central das incumbências da enfermagem, pois a sua execução refere às maiores qualidades da atenção integral, possibilitando à enfermagem ser protagonista do seu saber. Dessa maneira, apercebeu-se que é precípuo que a enfermagem implante em seu labor a SAEP, uma vez que ela é um instrumento de gestão de trabalho, pessoas e metas, que facilita alcançar os objetivos propostos, assim como afere maior segurança para os profissionais e pacientes.

5089 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE NO MUNICÍPIO DE ALTAMIRA-PA NO PERÍODO DE 2007 a 2016.
Leoneide Érica Maduro Bouillet, Arissia Micaelle Coelho Sousa, Carlos Eduardo Branches de Mesquita, Francileno Sousa Rêgo

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE NO MUNICÍPIO DE ALTAMIRA-PA NO PERÍODO DE 2007 a 2016.

Autores: Leoneide Érica Maduro Bouillet, Arissia Micaelle Coelho Sousa, Carlos Eduardo Branches de Mesquita, Francileno Sousa Rêgo

Apresentação: A mortalidade constitui um dos indicadores mais importantes para avaliar os impactos de determinada doença ou causa na saúde de uma população, e, saber o motivo pelo qual os habitantes de um país morrem pode esclarecer justificativas do aumento ou diminuição da longevidade desses em um território. Estudos prévios revelam que a implementação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte atingiu de várias maneiras a população de Altamira-PA, causando impactos socioambientais, populacionais e na saúde pública do município. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar o perfil epidemiológico da mortalidade no município de Altamira-PA no período de 2007 a 2016, visto que houve um crescimento populacional de cerca de 28% entre os anos de 2000 e 2010 sem, no entanto, uma melhora e capacitação da infraestrutura do município. Tal problemática, a exemplo de outras regiões que sofreram o mesmo impacto, evidencia uma relação entre os índices de mortalidade e o inchaço populacional. Portanto, percebeu-se a importância de conhecer o perfil epidemiológico e a variação dos números referentes à mortalidade nos anos antecedentes e subsequentes da explosão demográfica nessa região, bem como estabelecer relações causais a fim de melhor conhecer os impactos sociais na saúde de uma população e prevenir ou amenizá-los posteriormente em situações semelhantes. Desenvolvimento do trabalho: A pesquisa foi de caráter quantitativo, descritivo, retrospectivo, documental e epidemiológico de delineamento longitudinal. As informações foram obtidas a partir do banco de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), disponibilizado na Divisão de Vigilância em Saúde do município de Altamira-PA, que tem localização na mesorregião do sudoeste paraense com uma área territorial de 159.533,255 km² e possui 99.075 habitantes de acordo com o último Censo feito em 2010. Não foram colhidas informações que permitisse a identificação pessoal, ao contrário, foram coletados dados como tipo de óbito categorizado pela Classificação Internacional de Doenças (CID-10), data do óbito, idade, sexo, escolaridade, ocupação habitual. Foram incluídas informações de óbitos de pessoas residentes em Altamira-PA ocorridos no período de 2007 a 2016 que estivessem contidas no banco de dados do SIM. Foram excluídas informações acerca de óbitos não ocorridos no período proposto, óbitos de pessoas não residentes no município, e quaisquer dados não provenientes do SIM. O trabalho foi inteiramente pautado na resolução do Conselho Nacional de Saúde 466/2012, através da qual houve proteção ao objeto da pesquisa levando em conta suas particularidades. Foi obtido aval da banca de qualificação da Universidade Estadual do Pará e da Secretaria Municipal de Saúde do município de Altamira-PA para realização da pesquisa, e por meio do termo de compromisso de utilização de dados os pesquisadores se comprometem com a confidencialidade dos dados coletados bem como a privacidade de seus conteúdos. Resultados obtidos: A taxa de mortalidade por 1000 habitantes foi progressivamente crescente de 2007 a 2016, de 4,83 a 6,74, respectivamente, e alcançou valor máximo de 7,46 no ano de 2015, período esse que compreende o surgimento de intensas modificações sociais na cidade decorrentes da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Foram notificados 5876 óbitos de residentes, dos quais a maioria foi decorrente de causas externas com 23,63% (n=1506) – entende-se por óbito por causa externa aquele que é decorrente de lesão causada por violência, seja ela homicídio, suicídio, acidente ou morte suspeita –, que ao longo dos anos experimentaram um crescimento contínuo desde 2008 a 2015 e sofreram leve redução no ano de 2016, seguido por doenças do aparelho circulatório com 19,93% (n=1171), doenças do aparelho respiratório com 9,25% (n=544) e neoplasias com 8,95% (n=526), resultados esses que se configuram como consequência do inchaço populacional de uma cidade sem infraestrutura adequada. Os dados apresentados, no qual houve uma predominância de óbitos por causas externas, sugerem uma relação com o período de construção da hidrelétrica, marcado por paralizações de operários que alegavam falta de condições dignas de trabalho, bem como a ocorrência de acidentes e riscos diários que potencializam o estresse, adoecimento dos trabalhadores e acidentes que contribuem para uma grande demanda do Hospital Municipal São Rafael de Altamira e saturação dos serviços de saúde. Do total, houve prevalência do sexo masculino com 67% (n=3910) em relação ao sexo feminino com 33% (n=1945) dos casos, o qual se atribui a padrões comportamentais e sociais capazes de deixar esse público mais vulnerável tanto a causas externas quanto a doenças sistêmicas que podem se agravar se não forem diagnosticadas e tratadas precocemente. Do total de óbitos do público masculino, 33,83% (n=1.323) foram desencadeadas por causas externas, destacando a relevância dessa causa ao estudo. O maior índice de mortalidade esteve concentrado na faixa etária maior ou igual a 75 anos, causada principalmente por doenças do aparelho circulatório representando 37,05% dos óbitos desse público, destacando o aumento dos óbitos por essa causa à medida do avançar da idade. O grupo compreendido na faixa etária de 15-34 anos concentrou o segundo maior número de óbitos causados principalmente por causas externas, apresentando decréscimo a medida em que se envelhece. Com relação ao grau de escolaridade, o número de óbitos foi maior indivíduos com nenhum grau de instrução com 20,49% (n=1204), sendo esse decrescente a medida em que se aumenta o nível de educação. Tal resultado expõe que a percepção de cada pessoa sobre a sua própria saúde pode estar relacionada aos maiores cuidados consigo mesma, além de que o grau de escolaridade estar agregado ao poder aquisitivo, melhor alimentação e maior acesso aos serviços de saúde. Quanto à ocupação, verificou-se que o número de mortes esteve maior em trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca, com 19,26% (n=1132) do total, representando o alto risco de acidente de trabalho nesse setor. Considerações finais: Portanto, o presente estudo, além de servir como forma de problematizar o impacto de grandes obras de infraestrutura na saúde de uma população, fez-se necessário para conhecer a realidade e as particularidades de um município diretamente afetado por uma grande obra como a Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Deste modo, usar o conhecimento, adquirido através do perfil epidemiológico da cidade de Altamira-PA, para prever as consequências que uma cidade diretamente afetada por uma obra desta magnitude poderá sofrer e pode servir como subsídio para o planejamento prévio na construção de uma infraestrutura apropriada para os futuros grandes projetos e também fazer ecoar ainda mais a discussão em torno desse assunto na comunidade científica e na sociedade.