62: Saúde nos lugares para a promoção da vida
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: FCA 01 Sala 05 - Buriti    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
1813 O LÚDICO NO CONTEXTO HOSPITALAR SENDO UTILIZADO COMO FERRAMENTA PARA A EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Jocileia Da Silva Bezerra, Mirna Brito Malcher, Aline Glaser

O LÚDICO NO CONTEXTO HOSPITALAR SENDO UTILIZADO COMO FERRAMENTA PARA A EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Autores: Jocileia Da Silva Bezerra, Mirna Brito Malcher, Aline Glaser

O paciente hospitalizado convive com uma série de restrições impostas pelo quadro clínico do qual padece, complementadas com a tensão que lhe causa a gravidade da doença e também a rotina hospitalar. As atividades lúdicas aparecem como importante estratégia de confronto a essas condições, propiciando um ambiente menos traumatizante e mais humanizado, podendo promover, assim, a saúde e o bem-estar. Este projeto teve como objetivo realizar educação em saúde com a utilização do lúdico no ambiente hospitalar, informando por meio de apresentações teatrais sobre a importância da higiene ambiental para o bem estar de todos, orientar quanto à importância e a necessidade de higiene social e estimular a formação de ideias sobre a higiene corporal e mental. Trata-se de um relato de experiência acerca do projeto de extensão do Instituto Esperança de Ensino Superior-IESPES que foi desenvolvido no Hospital Regional do Baixo Amazonas do Pará, no período de fevereiro a outubro de 2017 e atendeu crianças e adultos em tratamento oncológico, bem como os projetos internos desenvolvidos pelo hospital. Foram desenvolvidas apresentações teatrais, com acadêmicas do curso de Enfermagem do IESPES, caracterizadas de personagens da literatura brasileira e mundial demonstrando como se realiza a higienização corporal, como realizar atividades que facilitem a higiene mental durante o tratamento no hospital e os cuidados para a manutenção da higiene hospitalar, sempre estimulando a participação dos espectadores nas atividades e descontraindo o ambiente no qual eles estavam inseridos. Percebeu-se que durante e após as intervenções, além de proporcionar maior conhecimento sobre os assuntos abordados, o ambiente apresentava-se mais agradável e alegre; vivências e experiências foram compartilhadas e principalmente, o tratamento parecia mais leve, assim conclui-se que a atividade de extensão alcançou os seus objetivos que eram além de estimular o cuidado com a higiene seja pessoal ou do ambiente, favoreceu momentos de descontração e alegria em todas as suas intervenções.

884 Educação em saúde para prevenção da dengue entre escolares do ensino fundamental menor: uma abordagem intervencionista.
Yara Nayá Lopes de Andrade Goiabeira, Adailton Richards da Silva Mota Marques, Antônio Sávio Inácio, Ana Márcia Coelho dos Santos, Ruth Fernandes Pereira, Amanda Lisa Amorim Sousa, Sandy Helen de Jesus da Conceição, Matheus Barros Carvalho

Educação em saúde para prevenção da dengue entre escolares do ensino fundamental menor: uma abordagem intervencionista.

Autores: Yara Nayá Lopes de Andrade Goiabeira, Adailton Richards da Silva Mota Marques, Antônio Sávio Inácio, Ana Márcia Coelho dos Santos, Ruth Fernandes Pereira, Amanda Lisa Amorim Sousa, Sandy Helen de Jesus da Conceição, Matheus Barros Carvalho

Apresentação: Ação sócio educacional de conscientização ao combate e prevenção da Dengue e suas variações. Desenvolvimento do trabalho: Foi realizado um trabalho de educação em saúde na Escola Municipal Pequeno Príncipe de Imperatriz-MA no dia 30 de outubro do corrente ano em parceria com a Unidade Básica de Saúde Vila Fiquene, distrito sanitário Vila Nova. Utilizou-se recurso audiovisuais, midiáticos, rodas de conversas, desenhos e escuta da percepção dos alunos.  A escola composta por 140 alunos possui escolares e adolescentes pois a faixa etária corresponde de 4 – 10 anos de idade. Notou-se que a mesma já abordava ações de conhecimento e conscientização dos mesmos. Fato que se evidenciou com a ampla participação dos escolares. Alvitrar uma educação em saúde utilizando-se da promoção e prevenção aos eventuais problemas de saúde pública por meio de intervenção visando aprimoramento, conscientização e propagação de informações de caráter útil e social para uma área carente e de importante foco para atuação. Resultados e/ou impactos: Os efeitos foram satisfatórios quanto à exposição das informações e assimilação dos estudantes, bem como do corpo docente e administrativo escolar quanto à relevância da temática para abordagem de práticas prevencionistas. As atividades abordadas despertaram meios para reflexão, e abstração do assunto para um público infantil pois buscou-se um processo permante de educação em saúde. Considerações finais: A educação em saúde continua sendo um dos melhores meios para propagar a tríade: ensino-saúde-prevenção. Isso é possível porque a escola é a porta de entrada para o universo amplo do conhecimento e medidas sanitárias nesse espaço contribuem para uma melhor qualidade de vida, influência sanitária e considerações de temas comunitários. Por fim, acredito que esta ação foi de grande valia, domínio e humildade ao expressar ideias e informações por serem alunos de escolas públicas e de faixa etária infantil.

1012 DEPRESSÃO E SUICÍDIO: AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE REALIZADA COM ADOLESCENTE DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PA
Rafaela de souza santos Carvalho, Juliana Farias Vieira, Nathaly Silva Freitas, Raiane Cristina Mourão do Nascimento, Remita Viegas Vieira, Zaline de Nazare Oliveira de Oliveira, Ana Dirce Ferreira de jesus

DEPRESSÃO E SUICÍDIO: AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE REALIZADA COM ADOLESCENTE DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PA

Autores: Rafaela de souza santos Carvalho, Juliana Farias Vieira, Nathaly Silva Freitas, Raiane Cristina Mourão do Nascimento, Remita Viegas Vieira, Zaline de Nazare Oliveira de Oliveira, Ana Dirce Ferreira de jesus

INTRODUÇÃO: A depressão é uma das doenças que mais cresce no mundo atualmente, é caracterizada por alterações no humor e dificuldade continua de lidar com a vida pessoal e profissional. Várias causas permeiam a depressão dentre elas: histórico familiar de abusos, uso de álcool e drogas, problemas de saúde ou de dor crônica até pós-parto conturbado, podendo, quando não identificada, levar o individuo ao suicídio. Este pode estar relacionado a diversos transtornos, no entanto, a depressão apresenta-se como um dos principais problemas correlacionado ao ato. Com a dificuldade de identificar este mal silicioso que atinge perfis epidemiológicos distintos, o Ministério da Saúde lançou a campanha do setembro amarelo, com objetivo de informatizar a população e de instruir e estimular os diálogos sobre esse tema de maneira desvelada, usando como lema ‘‘suicídio, falar é a melhor opção’’. OBJETVO: O objetivo desse estudo é relatar a experiência de ação educativa sobre depressão e suicídio com adolescente de uma escola pública de ensino médio no município de Santarém-PA. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, sobre uma ação realizada por acadêmicas do curso de enfermagem da Universidade Estadual do Pará Campus Santarém em uma escola pública de ensino médio. Abordando o tema: Depressão e Suicídio. A ação foi iniciada com uma dinâmica em que os alunos foram instruídos a escrever um problema que para eles fosse de difícil resolução, os papeis foram recolhidos e redistribuídos aleatoriamente, de maneira que o problema em mãos deveria ser apropriado e resolvido como se pertencesse ao que o sorteou, expondo ao grupo e aos palestrantes o problema e a provável solução. Após as considerações feitas por alunos e palestrantes sobre a resolutividade dos problemas foi realizada a apresentação. A palestra abordou conceitos de depressão e suicídio, dados estatísticos, sinais e sintomas e formas de prevenção e identificação de pessoas que necessitam de auxilio, além de como e onde obterem ajuda. RESULTADOS: Observou-se que as maiorias dos alunos possuía pouco conhecimento sobre Depressão e Suicídio. Entre os problemas relatados destacavam-se os familiares, entre os quais: dificuldade de diálogo entre pais e filhos, vícios em álcool e drogas, tanto entre os alunos quanto os pais, dificuldade em conciliar escola e trabalho e falta de respeito entre os colegas de classe. O caráter anônimo da dinâmica possibilitou ao público um maior conforto ao expressarem suas dificuldades diárias. Ressalta-se ainda que o diálogo entre os participantes, docentes e discentes permitiu o esclarecimento de dúvidas e contribuíram para a propagação de informações acerca das medidas preventivas, bem como para desconstrução do preconceito acerca da doença. CONCLUSÃO: Acredita-se que a ação educativa foi relevante, uma vez que possibilitou o esclarecimento de dúvidas da comunidade acadêmica e do publico em questão, favorecendo a disseminação de informações sobre o que é a depressão e suicídio, contribuindo para formação humanizada dos discentes e para a atuação dos mesmos no SUS. Desse modo, deve ser realizada de forma contínua e periódica, não apenas em campanhas e ações de mobilização.

1044 Educação em Saúde: prevenção ao uso de drogas
Raianne de Souza Rodrigues, Reidevandro Machado da Silva Pimentel

Educação em Saúde: prevenção ao uso de drogas

Autores: Raianne de Souza Rodrigues, Reidevandro Machado da Silva Pimentel

Este trabalho caracteriza-se como um relato de experiência do projeto educacional Diga não às drogas: o caminho é a prevenção através da Educação em Saúde, desenvolvido no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas – IFAM Campus Parintins, que abordou o uso indevido de drogas entre adolescentes e jovens no município de Parintins. É certo que há um crescimento alarmante de usuários de drogas no Brasil e tal problemática tem sido tratada como uma questão de saúde pública, pois seus efeitos negativos afetam homens e mulheres, pobres e ricos, adolescentes, jovens, adultos e idosos, pessoas com ou sem instrução, profissionais especializados ou sem qualificação, atinge, inclusive, bebês recém-nascidos que herdam doenças e/ou a dependência química de suas mães toxicômanas, ameaçam valores políticos, econômicos e culturais e contribuem para o aumento dos índices de violência urbana. O exemplo do que já vem ocorrendo no país não é diferente da realidade das escolas parintinenses, onde os alunos constantemente têm sido alvos de traficantes, que os cooptam e transformam em “aviões” (termo utilizado pelo tráfico para aqueles que distribuem drogas no contexto social, onde estão inseridos). Nesse sentido, esforços foram conduzidos no âmbito escolar para que os alunos fossem orientados sobre o tema a fim de que suas dúvidas pudessem ser dirimidas e o conhecimento difundido. Os coordenadores do projeto, psicóloga e enfermeiro, visualizaram como uma das possíveis soluções para enfrentar o problema, o acesso a informações acerca dos riscos do uso de drogas aos discentes sob o prisma da Educação em Saúde, onde a prevenção desponta como uma estratégia altamente eficaz, alicerçada em informações seguras e confiáveis sobre o tema, suas origens e utilizações, que implica também o compartilhamento de responsabilidades e a participação efetiva dos sujeitos envolvidos no processo de construção de saberes no espaço escolar. Objetivou proporcionar conhecimento sobre as drogas aos discentes com o intuito de prevenir a ocorrência dessa problemática, promover a formação cidadã e oportunizar a discussão e a reflexão do papel social dos adolescentes e jovens, enquanto agentes multiplicadores do conhecimento construído coletivamente. Foi realizado com alunos dos cursos de nível técnico integrado e subsequente de Administração, Agropecuária, Informática, Meio Ambiente e Recursos Pesqueiros, entre os meses de agosto a novembro de 2016, e contou com a expressiva participação de 142 discentes. Ressalta- se que nos cursos integrados, realizados no turno diurno, o aluno tem uma sobrecarga de disciplinas, aproximadamente 18 ou mais, a depender do curso escolhido. Isso se deve ao fato de que além das disciplinas da Base Nacional Curricular Comum - BNCC, o discente ainda estuda disciplinas técnicas relacionadas à área do curso, o que pode suscitar elevados índices de ansiedade e estresse, visto que não está habituado a esse ritmo de estudo, ao passo que nos cursos de modalidade subsequente, realizados no turno noturno, o aluno estuda apenas as disciplinas técnicas, mas apresenta como peculiaridade a intensa rotina diária, que pode gerar além de cansaço físico, uma sobrecarga psicológica acentuada.  Ambas as situações apresentadas pelos diferentes públicos atendidos no instituto podem fazer com que os discentes recorram às drogas como um subterfúgio para as suas dificuldades ou seus problemas, o que provavelmente acarretará a sua evasão ou retenção escolar. Sob a perspectiva de dirimir tais possibilidades, o projeto foi pensado e na sua execução, algumas etapas foram necessárias, tais como a pesquisa de literatura atualizada e oficial acerca da temática no que concerne à sua abordagem no contexto escolar e a elaboração da palestra socioeducativa, banner, folder informativo e camisa com logotipo do projeto. Os materiais impressos e a confecção da camisa foram custeados com o fomento do Plano de Desenvolvimento Anual – PDA do IFAM Campus Parintins e serviram como auxílio aos coordenadores na divulgação e nas apresentações em sala de aula, que ocorreram com datas previamente agendadas e sob a ciência dos alunos quanto à realização das atividades. Nessas abordagens de orientação, a estratégia foi averiguar, através de relatos dos alunos, os seus conhecimentos prévios sobre o tema e como tal assunto é tratado em casa, sendo verificado que lamentavelmente é negligenciada a sua abordagem em casa, provavelmente porque o conhecimento dos pais seja limitado em virtude do restrito acesso a questão, muitas vezes apenas através de noticiários televisivos que abordam casos relacionados ao tráfico de drogas nos grandes centros urbanos do país. Dentre as seis palestras socioeducativas propostas, quatro foram realizadas sob a responsabilidade dos coordenadores do projeto e duas foram desenvolvidas pela assistente social por meio de convite. Tais atividades contaram com a efetiva participação do público, além da extrema aceitação da proposta, tanto que em dado momento, fomos solicitados por docentes para adentrarmos em outras salas de aula, que não as antecipadamente programadas. A esse respeito, destaca-se o papel da escola na formação crítica do cidadão no sentido de fazê-lo pensar e analisar a conjuntura atual e a partir daí assumir posicionamentos de forma equilibrada, prevenindo assim, possíveis escolhas erradas, que muitas vezes tornam- se caminhos sem volta, especificamente quando se trata do uso de drogas. Os pontos fortes na abordagem da temática foram à objetividade e a clareza, pois somente conversando francamente com os discentes, alcançamos a sua receptividade e a consequente compreensão do assunto. Em contrapartida, uma fragilidade observada foi o relato de alguns alunos relacionado à escassa interdisciplinaridade no cotidiano da sala de aula entre os conteúdos programáticos das disciplinas e os temas transversais. Com esse panorama, pôde-se constatar que a escola deve propiciar o acesso ao conhecimento e promover a leitura crítica da realidade, sendo que iniciativas como a do projeto em tela são bem vindas e necessárias no contexto escolar, pois contribuem para a formação cidadã dos discentes. Parafraseando o ilustre educador Paulo Freire: “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo”. Por fim, entendeu-se que a Educação em Saúde enquanto prática educativa de suma importância para a abordagem de temas transversais deve ser adotada no contexto escolar, posto que além de constituir um desafio, representa também uma significativa contribuição, especificamente na questão da prevenção do uso de drogas tratada neste trabalho, ao proporcionar conhecimento e consequentemente o desenvolvimento de formas diferentes de pensar e agir no mundo, levando o discente a almejar viver de forma saudável e ser protagonista na transformação da sociedade parintinense.

1186 EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESCOLA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Lorena Cavalcante Lobo, Aline Oliveira Mota, Camila Fernanda Pinheiro do Nascimento, Cynara Rego Nogueira, Klicia Martiniano Remígio, Luan Gabriel de Souza

EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESCOLA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Lorena Cavalcante Lobo, Aline Oliveira Mota, Camila Fernanda Pinheiro do Nascimento, Cynara Rego Nogueira, Klicia Martiniano Remígio, Luan Gabriel de Souza

Apresentação: No Brasil a Atenção Primaria à Saúde (APS) veio com o intuito de estruturar medidas de ações que visa promoção, prevenção e assistência à saúde, de forma integrada para as populações a partir da articulação de saberes técnico-científicos, através das modificações do modelo biomédico permeado por valores assistenciais que estão voltados para a cura e o biologicismo, principalmente no que se refere ao processo saúde-doença. Entretanto, em 1994, o modelo utilizado na APS teve alterações, com o Programa Saúde da Família (PSF), modelo centrado na família e na equipe multiprofissional de saúde. Atualmente o PSF é definido como Estratégia da Saúde e da Família (ESF) no qual tem como finalidade de reorganização da atenção primária à saúde no Brasil, estruturada nas diretrizes do SUS tem como a estratégia a expansão, qualificação e consolidação da atenção básica. Esse novo modelo de atenção à saúde das populações tem o objetivo de reorganização a forma como a assistência é prestada, sendo utilizado as ferramentas metodológicas do processo de educação em saúde como eixo norteador e provocador de reflexões, seja nos modelos de assistência à comunidade, seja na abordagem e postura profissional. A educação em saúde, configura-se como uma ferramenta importante na vertente da prevenção, onde a prática deve estar voltada para a melhoria das condições de vida e de saúde das populações. Com o intuito de aproximação dos conceitos de saúde junto à comunidade, existe, o Programa Saúde na Escola, o qual considera o ambiente escolar um campo privilegiado para o desenvolvimento de ações educativas em saúde como práticas integradoras5. A escola como o espaço para o desenvolvimento crítico e político, auxilia na construção de valores pessoais, crenças, conceitos contribuindo na produção social da saúde. O cenário escolar encontra-se diferentes sujeitos, que produzem diferentes modos de refletir e agir sobre si e sobre o mundo e que devem ser compreendidos pelas equipes de saúde da família em suas estratégias de cuidado. Este relato traz uma abordagem acerca da atuação da equipe do Programa de Residência Multiprofissional de Atenção Integral na Saúde Funcional em doenças neurológicas do Hospital Universitário Getúlio Vargas – HUGV da Universidade Federal do Amazonas – UFAM. Objetivo: Relatar as experiências vivenciadas da equipe multiprofissional no núcleo de apoio saúde da família no cenário das escolas para a promoção da saúde. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência de caráter descritivo, que emerge das atividades desenvolvidas da atuação dos residentes multiprofissionais das áreas de Enfermagem, Serviço Social, Fisioterapia, Educação Física e Psicologia. Foram realizados cinco encontros com os escolares na faixa etária de 8 a 12 anos de idade, onde foram abordados temas que enfatizaram a importância da promoção e educação para a saúde. Tiveram como cenários as salas de aulas de duas escolas públicas do município de Manaus-AM. Diante disso, todo o processo de intervenção educativa com os escolares, alvo da ação, foi planejado e executado ao longo dos meses de setembro a dezembro de 2017, em três etapas, a citar: a) reunião com a pedagoga e o diretor da escola com a proposta da equipe; b) apresentação da equipe multiprofissional aos pais dos alunos e posteriormente o levantamento de demandas; c) foram estudadas e organizadas as temáticas sugeridas, e posteriormente foram discutidas em sala de aula com os alunos. A operacionalização destas atividades se deu por meio de um trabalho efetivo e coordenado pela equipe multiprofissional. Esta última etapa que consistiu na ação educativa junto às turmas do 4°, 5° e 6° anos do ensino fundamental, sendo que a ação foi realizada separadamente em cada uma das turmas. Ressalta-se que o desenvolvimento das intervenções foi realizado na própria escola com os alunos que estavam presentes acompanhado de seus respectivos professores. Resultados: A intervenção consistiu em apresentações em power point com imagens e ilustrações relacionadas aos temas abordados, sendo eles: educação postural, higiene do sono, sexualidade, prevenção das infecções sexualmente transmissíveis e bullying. Posteriormente, os escolares eram chamados a participar ativamente e instigados com perguntas reflexivas realizadas pela equipe dos residentes que, além disso, conjuntamente com o grupo de escolares, fazia as correções pertinentes às práticas apresentadas. Cabe ressaltar que as ações educativas para os escolares são importantes para o desenvolvimento de habilidades, pleno exercício da cidadania e do protagonismo juvenil. O primeiro e segundo assuntos abordados, em ambas as escolas, foi sobre educação postural com os alunos do 6º e 5º ano do ensino fundamental. Iniciou-se pela apresentação da equipe dos residentes e, depois, a apresentação dos slides, primeiramente exibindo as fotos relacionadas a coluna vertebral e seus desvios posturais. Foram discutidos sobre qual a função da coluna vertebral, os tipos de patologias que acometem a coluna pelos desvios posturais e uma dinâmica com os estudantes eram passadas imagens uma correta e outra errada de como sentar, manusear o computador, carregar a mochila entre outras. O terceiro e quinto encontro foi abordado sobre sexualidade com os alunos do 4º e 5º ano do ensino fundamental. Foram realizadas rodas de conversar em dois momentos, primeiro com as meninas e posteriormente com os meninos, foram discutidos sobre a adolescência e a puberdade ressaltando as transformações hormonais dessa fase. O quarto encontro foi abordado sobre o dia 1 de dezembro de combate a Aids com os alunos do 5º ano do ensino fundamental. Foi realizado uma roda de conversa no qual foi trabalhado o que é o vírus do HIV, os sintomas da doença e como é realizado o teste rápido. Concomitantemente com os encontros percebeu-se a satisfação dos escolares em relação aos conhecimentos que estavam recebendo. As atividades educativas têm o objetivo de capacitar os escolares para o autocuidado, visando a promoção da saúde. Observou-se que havia interesse, por parte dos alunos, nos assuntos abordados, e ao mesmo tempo interagiam conosco fazendo questionamentos, compartilhando experiências. São atividades como estas que valorizam o percurso da residência, possibilitando uma maneira de trabalhar em equipe privilegiando articulação multidisciplinar no âmbito da atenção básica, pois assim como a teoria e a prática devem estar articuladas para um melhor aprendizado, de nada seria valido falar sobre assuntos preocupantes na comunidade e na sociedade sem atuarmos diretamente com as pessoas. Considerações finais: O referido cenário possibilitou um maior conhecimento sobre a atuação da equipe multiprofissional promovendo saúde, bem como proporcionou uma visão ampliada do conceito de saúde devido a inserção na realidade da comunidade. Acredita-se que o trabalho realizado pela equipe multiprofissional é extremamente relevante pois interage vários conhecimentos e trocas de saberes com a finalidade de produzir com qualidade e obter resultados eficientes.

1271 Rodas de conversa: Um caminho de diálogos com estudantes secundaristas sobre ansiedade.
Marcela Santos Ferreira, Letícia da Silva Lucena, Auanna Marques Silva, Eduarda Nunes Rocha, Gabriel Nivaldo Brito Constantino, Letícia Irene Brito Costa, Gabriela Cristina de Souza Ferreira, Júlio Cezar Santos da Silva

Rodas de conversa: Um caminho de diálogos com estudantes secundaristas sobre ansiedade.

Autores: Marcela Santos Ferreira, Letícia da Silva Lucena, Auanna Marques Silva, Eduarda Nunes Rocha, Gabriel Nivaldo Brito Constantino, Letícia Irene Brito Costa, Gabriela Cristina de Souza Ferreira, Júlio Cezar Santos da Silva

Apresentação: A ansiedade está presente no comportamento humano desde os tempos mais primitivos e na atualidade vem se transformando de uma reação normal e necessária para um problema de Saúde Pública, prejudicando a vivência das pessoas com o mundo. Uma das fontes desse problema são situações de aprendizagem mal conduzidas que geram um excesso de ansiedade que se torna insuportável para o aluno, chegando à desorganização de sua conduta. A partir deste panorama, criou-se a proposta de implantação de rodas de conversas com estudantes secundaristas, objetivando promover uma educação em saúde de forma a sensibilizá-los quanto à necessidade de reconhecer manifestações de ansiedade e de procura de ajuda, como também disseminar orientações que auxiliem a redução da ansiedade associada ao contexto escolar. Desenvolvimento do trabalho: O trabalho foi idealizado e executado por alunos do 3° ano médio técnico em Enfermagem, sob supervisão de um docente/enfermeiro do CEFET/NI. Inicialmente foi realizado uma Revisão de Literatura sobre ansiedade no meio escolar e posteriormente foram executadas rodas de conversas com estudantes secundaristas do CEFET/NI, cuja temática era o reconhecimento da ansiedade e as diversas formas de enfrentamento. Resultados e impactos: As rodas de conversa permitiram identificar que a ansiedade estava mais presente na instituição escolar do que os integrantes do estudo projetavam e que os alunos estavam bastante preocupados com suas reações ansiosas e com o prejuízo na aprendizagem que essas acarretam. Este método de educação em saúde obteve alguns efeitos importantes como: A compreensão por parte dos participantes que a ansiedade ao mesmo tempo em que pode ser benéfica, também pode ser prejudicial à vida e que suas manifestações merecem ser valorizadas e que existem maneiras de enfrentá-las; os alunos conseguiram estabelecer quais momentos as manifestações ansiosas aparecem e a importância de apoio nesses momentos; O reconhecimento de fatores ou situações ansiogênicas associadas ao contexto escolar. Considerações finais: As rodas de conversa proporcionaram momentos em que os discentes puderam relatar como a ansiedade tem se constituído na trajetória acadêmica, revelando que tanto o ser como o estar ansioso pode interferir no seu processo de viver e que o ingresso nas instituições de ensino médio técnico parece ser o momento de manifestações de preocupações, dúvidas, insegurança, medo e estresse, que são aspectos potenciais desencadeadores de episódios de ansiedade.  Neste contexto, estratégias de educação em saúde como rodas de conversa funcionam como um meio dos estudantes buscarem e receberem ajuda, aprendendo, descobrindo ou elaborando técnicas próprias de combate a este problema de saúde para que frente a uma situação de estresse escolar o nível de ansiedade apresentado não seja prejudicial em suas vidas.  

1803 INSTRUMENTALIZAÇÃO DOS PROFESSORES PARA ORIENTAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE CONTINUADA
Jocileia Da Silva Bezerra, Dineide Sousa dos Santos, Sabrina Cristina Pinheiro Queiroz, Narjara Dantas Oliveira, Franciane Aguiar Santana, Simone Pereira da silva

INSTRUMENTALIZAÇÃO DOS PROFESSORES PARA ORIENTAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE CONTINUADA

Autores: Jocileia Da Silva Bezerra, Dineide Sousa dos Santos, Sabrina Cristina Pinheiro Queiroz, Narjara Dantas Oliveira, Franciane Aguiar Santana, Simone Pereira da silva

No Brasil o início das atividades sexuais é cada vez mais precoce, e está ligada ao sexo desprotegido. Esta precocidade pode acarretar consequências graves para a saúde dos adolescentes e jovens. A discussão sobre a inclusão da temática da sexualidade no currículo das escolas de ensino fundamental e médio ocorre desde os anos 70, porém só se intensificou com o advento do HIV/AIDS e o número crescente de gravidez indesejada na adolescência. A escola é local privilegiado para a educação sexual de adolescentes, entretanto, os professores encontram desafios para desenvolver esta atividade. Os professores apontam a carência de materiais didáticos e a falta de capacitação como dificuldades.  Este projeto teve como objetivo instrumentalizar os professores para orientação sexual na escola, Sensibilizando os mesmo quanto a impotência no desenvolvimento de atividades educativas contínuas sobre orientação sexual com os alunos. Trata-se de um relato de experiência acerca do projeto de extensão do Instituto Esperança de Ensino Superior-IESPES que foi desenvolvido na Escola Municipal de educação infantil e fundamental Professora Rosilda Wanghon, localizada Rodovia Santarém Curuá Uma KM 17 na Comunidade de Perema. A escola atende a 305 alunos matriculados no ensino infantil e Fundamental, também atende a 3ª etapa para educação de jovens e adultos, conta com um quantitativo de 18 professores, 4 homens e 14 mulheres, no período de fevereiro a outubro de 2016. Discutiu-se com os professores temas que poderão ser abordados no ambiente escolar, através apresentações de palestras e rodas de conversas, com acadêmicas do curso de Enfermagem do IESPES, enfermeira, psicopedagoga e com psicóloga junto aos professores falando sobre parâmetros curriculares nacionais – orientação sexual, anatomia e fisiologia, o corpo e a sexualidade, métodos contraceptivos, gravidez na adolescência, infecções sexualmente transmissível/HIV, relações de gêneros e opção sexual. Percebeu-se que durante e após as intervenções, além de proporcionar maior conhecimento sobre os assuntos abordados, os participantes demonstrava-se mais a vontade. Vivências e experiências foram compartilhadas, principalmente, preconceito e tabus, os grandes vilões para o desenvolvendo atividades educativas contínuas. Conclui-se que a atividade de extensão alcançou os seus objetivos que além de Instrumentalizar e sensibilizar os professores para orientação sexual na escola favoreceu, momentos de relacionamento e descontração em todas as intervenções.

3847 RELATO DE EXPERIÊNCIA DE MONITORIA NA DISCIPLINA DE FISIOLOGIA HUMANA
Ana Karla Nelson de Oliveira Maia

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE MONITORIA NA DISCIPLINA DE FISIOLOGIA HUMANA

Autores: Ana Karla Nelson de Oliveira Maia

Este trabalho constitui o relato de experiência das atividades de monitoria acadêmica realizadas na disciplina de Fisiologia Humana para os discentes do curso de Medicina da Universidade do Estado do Amazonas- Escola Superior de Saúde, em Manaus. A monitoria tem como objetivo proporcionar asos acadêmicos dos cursos de graduação, oportunidades de desenvolverem experiências nas diversas atividades de auxílio à docência de nível superior. A  palavra fisiologia deriva do termo grego “Physis”, que significa natureza, e “logus”, estudo; isto é, estudo do funcionamento e manutenção da homeostase corpórea. A monitoria oferecida pela UEA, conforme a resolução nº 073/2013- CONSUNIV/UEA, visa a mehoria na qualidade de aprendizado  dos discentes, de maneira que estes saibam observar os mecanismos que permitem o funcionamento normal do organismo, para além detectar possiveis altarações para correlações clínicas e práticas. A seleção de alunos para o programa de monitoria ocorre por meio avaliação teórica referente à disciplina e consulta ao histórico acadêmico. A carga horária é de 8 a 12 horas semanais para os voluntários. Ao aluno monitor são disponibilizados horários no laboratório para a realização de suas atividades e orientações do professor responsável pela disciplina, o aluno deverá, obrigatóriamente, dispor de tempo fora do seu horário de aula para exercer a monitoria. Para além de aprofundar e sedimentar o conhecimento nos assuntos abordados na disciplina,o discente é aproximado da docencia, havendo grande troca de infomações  entre orientador e orientando. Os discentes afirmaram que a monitoria é importante na área e que a mesma exerceu grande influência em seu desempenho final. Diante do exposto, pode-se concluir que o projeto de monitoria enriquece das mais diversas formas o processo de ensino-aprendizagem na universidade, ao otimizar o rendimento dos docentes, possibilitar aos alunos mais tempo para esclarecimentos e resultar em um curriculo com diferenciais para os monitores, abrindo-lhe novas portas no meio pessoal, acadêmico e profissional.

4940 EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESCOLA: AS CONSEQUÊNCAS DO USO DE ALCOOL E OUTRAS DROGAS
Taina da Silva Lobato, irineia de oliveira bacelar Simplício, Sheyla Mara Silva de Oliveira, Simone Aguiar da S. Figueira, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho

EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESCOLA: AS CONSEQUÊNCAS DO USO DE ALCOOL E OUTRAS DROGAS

Autores: Taina da Silva Lobato, irineia de oliveira bacelar Simplício, Sheyla Mara Silva de Oliveira, Simone Aguiar da S. Figueira, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho

Apresentação: A utilização de drogas licitas e ilícitas é uma prática antiga do ser humano, porém nos últimos anos, tem aumentado consideravelmente o consumo dessas drogas, tornando-se um problema de saúde pública, com consequências não só pessoais, mas também sociais. A utilização de psicoativos de forma abusiva, permite que o usuário se torne mais negligente com as medidas de prevenção de doenças como a síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) e as hepatites B e C, bem como potencializa o risco de violência, de acidentes, deixando-o mais suscetível a ocorrência de síndromes psiquiátricas, ansiedade, transtorno do pânico, transtornos de personalidade, esquizofrenia, depressão. Baseado na relevância do tema, o presente estudo tem como objetivo relatar sobre a educação em saúde acerca das consequências do uso de álcool e outras drogas em uma escola pública do oeste do Pará. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência desenvolvido por discentes e docente do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Pará-Campus XII, realizado através de ações educativas desenvolvidas no projeto “Abordagem Educativa sobre o uso de Álcool e outras Drogas alunos do município de Santarém-PA. Realizado no segundo semestre de 2017, em uma Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio de do Oeste do Pará. Utilizou-se da técnica de observação participativa, análise crítica e reflexiva. Resultados e/ou Impactos: Nas ações desenvolvidas no período percebeu-se quão grande desafio é desenvolver ações educativas através do Projeto Abordagem Educativa sobre o tema álcool e outras drogas em escola pública. Pois alguns alunos na fase da adolescência afirmam fazer uso de substancias psicoativas, além disso, apesar de ser um assunto frequente, não é muito fácil a abordagem das consequências do consumo de álcool e outra drogas, pois, os adolescentes e jovens estão na fase de descobertas e não valorizam as orientações sobre os prejuízos e consequências para a saúde, desenvolvimento cognitivo e convívio social. Considerações Finais: Este estudo foi de grande contribuição para os acadêmicos do curso de enfermagem, pois proporcionou aquisição de um conhecimento mais aprofundado sobre os prejuízos do uso de álcool e outras drogas e como estão expostos os jovens e adolescentes em nossa sociedade. Percebeu-se a necessidade da permanência do projeto na escola e massificar as informações visando a sensibilização e não mais adesão ao uso dessas substâncias por meio da conscientização sobre os malefícios que estas substâncias podem causar ao organismo.

1895 ORIENTAÇÕES SOBRE PRIMEIROS SOCORROS PARA PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA AÇÃO INTERDISCIPLINAR
Mirna Brito Malcher, Rogério Ribeiro de Souza, Samaroni Brelaz

ORIENTAÇÕES SOBRE PRIMEIROS SOCORROS PARA PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA AÇÃO INTERDISCIPLINAR

Autores: Mirna Brito Malcher, Rogério Ribeiro de Souza, Samaroni Brelaz

Segundo dados no Ministério da Saúde, no Brasil por ano, 4,7 mil crianças morrem e 122 mil são hospitalizadas por causa de acidentes ou lesões não intencionais. Com esses números percebe-se que os acidentes são a principal causa de morte de brasileiros entre 1 a 14 anos de idade. As escolas e creches são locais onde estas intercorrências podem acontecer e a equipe multidisciplinar bem orientada pode realizar os primeiros cuidados para salvaguardar a vida desta criança ou adolescente. Primeiros socorros são definidos como quaisquer cuidados de emergência tomados a uma pessoa que tenha sofrido um acidente ou mal súbito, até que chegue atendimento especializado e definitivo ao acidentado. O objetivo do trabalho é apresentar a importância da educação em saúde para profissionais da educação infantil, sobre prevenção de acidentes e os primeiros socorros que devem ser tomados até a chegada de uma equipe especializada. As atividades foram desenvolvidas pela Liga Acadêmica de Urgência e Emergência do Tapajós-LAUET, formada por acadêmicos e docentes do curso Bacharelado em Enfermagem do Instituto Esperança de Ensino Superior-IESPES no município de Santarém-Pará e a realização das atividades ocorreram durante o ano de 2016 em duas escolas e uma creche deste município, para diretores, coordenadores, professores, monitores e auxiliares de limpeza. As palestras foram desenvolvidas com a utilização de imagens, vídeos e simulações sobre medidas de prevenção, cuidados e a assistência que os profissionais da educação infantil podem prestar em caso de acidentes com materiais perfuro-cortantes, queda, choque elétrico, queimaduras, convulsões, fraturas e sufocamento. Sempre estimulando a participação dos profissionais, os acadêmicos orientaram e acompanharam os ouvintes na realização da prática e esclareceram possíveis dúvidas, sempre com supervisão docente, o qual também interagiu e participou nas orientações e respostas às dúvidas dos ouvintes quando solicitado. Conclui-se, que as intervenções junto à comunidade além de agregar valores sociais aos acadêmicos, incentiva à pesquisa e extensão, bem como leva aos profissionais ouvintes conhecimento necessário para realizar os primeiros atendimentos em caso de acidente, que por ventura possa ocorrer durante as atividades das crianças e adolescentes na escola ou na creche.

1956 RELATO DE EXPERIÊNCIA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA ADOLESCENTES EM ESCOLA PÚBLICA ESTADUAL
Thaís Karoline da Costa Macêdo Gralha, Camila Carlos Bezerra

RELATO DE EXPERIÊNCIA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA ADOLESCENTES EM ESCOLA PÚBLICA ESTADUAL

Autores: Thaís Karoline da Costa Macêdo Gralha, Camila Carlos Bezerra

RESUMO   Objetivo: Relatar a experiência enquanto acadêmica durante a aplicação de metodologias ativas, em alunos do ensino médio, no decorrer da disciplina Educação em Saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência referente a práticas educativas desenvolvidas durante a disciplina Educação em Saúde. Tal disciplina faz parte da matriz curricular da Universidade Federal do Amazonas como uma disciplina obrigatória do curso de Bacharelado em Enfermagem, com carga horária de 45 horas, tendo como objetivo instrumentalizar os acadêmicos para a elaboração de práticas educativas em saúde que viabilizem a autonomia e contribuam ao processo de construção da cidadania. As atividades práticas foram realizadas na Escola Estadual Marcio Nery, localizada na Rua Marciano Armond, s/n, no bairro de São Francisco, Manaus - AM, no dia 08 de setembro de 2016. Foram desenvolvidas metodologias ativas voltadas para a prevenção e tratamento de Dengue, Zika, Chikungunya, as quais tem em comum o vetor Aedes aegypti. Resultados: Durante a prática, observou-se que os alunos do ensino médio corresponderam de maneira positiva às metodologias ativas adotadas, com algumas particularidades entre as turmas. Os alunos do 3° ano do Ensino Médio mostraram-se mais participativos e observou-se que esta turma se destacou, atingindo todos os objetivos estabelecidos no plano de ensino e assimilando o conteúdo programático do trabalho educativo que fora desenvolvido na ocasião.  Considerações finais: Ao estudarmos a disciplina Educação em Saúde durante a graduação de Enfermagem, reconhecemos a urgência em compartilhar informações referentes à prevenção e tratamento de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Salienta-se a importância do uso das metodologias ativas adequadas ao público-alvo durante a aplicação do processo de Educação em Saúde.

2406 A sala de espera como espaço de promoção e empoderamento do usuário na Atenção Primária em saúde.
Brenda Jamille Costa Dias, Ana Gabrielle Pinheiro Cavalcante, Ana Gabrielle Pinheiro Cavalcante, Giovanna do Socorro Santos da Silva, Giovanna do Socorro Santos da Silva, Tatianni de Nazaré Oliveira Jacob, Tatianni de Nazaré Oliveira Jacob, Jamile Mendes Chalu Pacheco, Jamile Mendes Chalu Pacheco, Milena Silva Simas, Milena Silva Simas, Stelacelly Coelho Toscano de Brito, Stelacelly Coelho Toscano de Brito

A sala de espera como espaço de promoção e empoderamento do usuário na Atenção Primária em saúde.

Autores: Brenda Jamille Costa Dias, Ana Gabrielle Pinheiro Cavalcante, Ana Gabrielle Pinheiro Cavalcante, Giovanna do Socorro Santos da Silva, Giovanna do Socorro Santos da Silva, Tatianni de Nazaré Oliveira Jacob, Tatianni de Nazaré Oliveira Jacob, Jamile Mendes Chalu Pacheco, Jamile Mendes Chalu Pacheco, Milena Silva Simas, Milena Silva Simas, Stelacelly Coelho Toscano de Brito, Stelacelly Coelho Toscano de Brito

APRESENTAÇÃO: A tuberculose (TB) é uma doença infecto-contagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, e apresenta algumas características marcantes tais como: longo período de latência entre a infecção inicial e a apresentação clínica da doença e a preferência pelos pulmões. A TB é um problema mundial de saúde pública, que está diretamente relacionada às baixas condições socioeconômicas (desnutrição, superpopulação e moradias insalubres) e ao cuidado inadequado à saúde. Nesse contexto, destacam-se os estigmas e preconceitos sociais criados acerca da doença, causando fortes impactos na vida dos portadores de TB e de seu circulo familiar, acarretando isolamento social, depressão e conseqüentemente dificuldade no controle da doença. Assim, surgem cotidianamente obstáculos, tanto para o doente assumir e seguir seu tratamento, quanto para os profissionais da área da saúde na detecção dos comunicantes. Ademais, a falta de informação é um grande desafio que precisa ser enfrentado, considerando-se que as populações mais afetadas são as que recebem menos conhecimento sobre como ocorre a transmissão, quais os sintomas e tratamento da TB. Dessa forma, faz-se necessário a discussão nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) sobre o tema, com o intuito de proporcionar maior visibilidade, e assim, ajudar no combate do estigma causado pela doença. Conseguinte, levar informações para o público alvo de modo a ser propagador de conhecimento. Ressalta-se ainda que diante do desconhecimento de muitos usuários é importante abordar essa temática de forma dinâmica, para que os resultados sejam satisfatórios e contribuam no processo de prevenção, conscientização e empoderamento a respeito da Tuberculose. Diante do exposto, observa-se a necessidade de práticas educativas em saúde nas unidades de saúde, pois estas têm como principal fundamento a disseminação de capacidades individuais e coletivas visando à melhoria da qualidade de vida e saúde da comunidade assistida. Nessa perspectiva, a principal estratégia de ensino-aprendizagem utilizada pelos profissionais de enfermagem são as ações educativas em saúde, haja vista que é um método que utiliza uma linguagem simples e acessível a toda população tornando-se essencial para potencializar as ações de prevenção de doenças e promoção à saúde, fundamentada em práticas reflexivas, possibilitando ao usuário ser sujeito histórico, social e político articulado ao seu contexto de vida, sob a visão de uma clínica ampliada por parte dos profissionais de saúde. OBJETIVO: Promover educação em saúde acerca da tuberculose no que tange a desmistificação de estigmas e paradigmas sociais. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem participativa do tipo relato de experiência, que foi realizado por acadêmicas de enfermagem do terceiro semestre na atividade curricular Atenção Integral a Saúde do Adulto e Idoso (AISAI), da Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal do Pará. A ação foi realizada na Unidade Básica de Saúde (UBS), da cidade de Belém-Pará, no dia 1 de novembro de 2017, com usuários que aguardavam para consultas médicas e de enfermagem. O público participante foi de diversificada idade e gênero. A sala de espera estava conturbada, com barulhos provindos da obra que ali ocorria, mas devido ter sido desenvolvido um planejamento educativo, as acadêmicas utilizaram de estratégias para captar a atenção dos usuários e estimular sua participação. Assim, a ação educativa aconteceu em três momentos: acolhimento, utilização de um painel educativo e feedback. O acolhimento consistiu na exposição de uma paródia, com o intuito de aproximação e construção de vínculos entre os acadêmicos e os usuários. Em seguida, ocorreu a apresentação inicial do grupo, a temática a ser abordada e as orientações de como aconteceria a dinâmica. Para o desenvolvimento da dinâmica utilizou-se balões e um painel educativo, o qual teve os seguintes recursos para sua confecção: E.V.A., chapa de isopor, tesoura, cola e fita dupla face. O painel foi divido entre mitos e verdades, onde afirmativas relacionadas aos sintomas, transmissão e tratamento da tuberculose estavam contidas nos balões. As afirmativas foram: “Tosse por mais de três semanas, falta de apetite, perda de peso e sudorese noturna podem ser sintomas de tuberculose”. “Pneumonia mal curada pode desenvolver tuberculose”. “A tuberculose pode se instalar em qualquer órgão do corpo”. “A tuberculose é transmitida pelo compartilhamento de objetivos como copos e talheres. É preciso isolar a pessoa doente”. “O SUS cobre todo tratamento de tuberculose”. “Tuberculose não tem cura”. Em seguida, as acadêmicas pediram para as pessoas as acompanharem em um ritmo batendo palmas, na qual simultaneamente os balões passaram pelos usuários de “mãos em mãos”, e ao parar das palmas, o usuário que estava segurando o balão o estourou e entregou a afirmativa inclusa nele para as acadêmicas compartilharem com os demais. Após a leitura das afirmações supracitadas, os usuários as classificaram como mito ou verdade, ocorrendo posteriormente a explicação das afirmativas com embasamento científico. Por fim, foi realizado um feedback, onde os usuários foram estimulados a identificar as principais informações abordadas, e ocorreu a entrega simbólica de brindes aos que participarem das dinâmicas. RESULTADOSE/OU IMPACTOS: No que se concerne a educação em saúde notou - se a grande relevância da utilização da ação educativa, haja vista, que esta é a estratégia fundamental para a transmissão de informações em saúde. Ressalta-se ainda o instrumento pedagógico histórico- social que possibilitou um processo de dialogo e participativo, no qual ambos os envolvidos, acadêmicos e usuários escutaram um ao outro, contribuindo para uma troca de saberes. Nesse sentido, foi de suma importância a forma como os usuários foram abordados no acolhimento inicial e o recurso tecnológico utilizado pois viabilizou a aproximação e facilitou o desenvolvimento dialogado e visual da dinâmica através do painel educativo. Analisou-se, a temática abordada e pode-se inferir que a população alvo desconhecia a maioria dos questionamentos realizados, propiciando debate de idéias e relatos de casos do cotidiano dos participantes, seja pessoal ou de alguém próximo. Desse modo, identificou-se que os resultados obtidos foram bastante satisfatórios, pois foi evidente a transformação do conhecimento dos envolvido na ação, no que implica a desmistificação de estigmas e paradigmas que influenciam no preconceito criado a cerca do portador de Tuberculose. Perante o exposto, a ação educativa possibilitou aos estudantes vivenciarem a metodologia da educação em saúde e seus resultados percebendo a real necessidade da atuação com diferentes públicos correlacionando o conhecimento adquirido em sala de aula, possibilitando crescimento acadêmico do grupo e contribuindo significativamente para a melhoria dos indicadores de saúde e também no processo de aprendizagem dos participantes a cerca da tuberculose. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A informação compartilhada por meio do uso de metodologia participativa foi um mecanismo essencial para conhecer e refletir sobre a Tuberculose, compreende-se ainda que a experiência foi enriquecedora, pois permitiu a troca de saberes possibilitando a desmistificação da doença e a disseminação de conhecimento. Esse tipo de trabalho deveria ser aplicado de forma permanente em todas as Unidades Básicas, o que seria uma forma de agregar à população os conhecimentos sobre a sua própria saúde a fim de promover a melhor qualidade de vida.  Orientações multiprofissionais e interdisciplinares são formas que podem ser utilizadas durante tais intervenções, e nesse bojo multiprofissional, o enfermeiro surge como um agente determinante para organizar e criar estratégias para atrair, manter e sensibilizar no sentido de uma atuação mais direta e humanizada direcionada a população.

3065 Uso de modalidades comunicativas sobre saúde, sexualidade e HIV/Aids, entre adolescentes do Ensino Médio da Rede Estadual do Rio Janeiro.
Adriana Kelly Santos, Iaralyz Fernandes Farias

Uso de modalidades comunicativas sobre saúde, sexualidade e HIV/Aids, entre adolescentes do Ensino Médio da Rede Estadual do Rio Janeiro.

Autores: Adriana Kelly Santos, Iaralyz Fernandes Farias

APRESENTAÇÃO Segundo o Ministério da Saúde há um aumento de casos de Aids entre os jovens do sexo masculino, no período de 2006 a 2015, com idades de 15 a 19 anos e 20 a 24 anos. Consideramos os esforços empreendidos na prevenção da doença, contudo, é necessário criar alternativas de comunicação que mobilizem o envolvimento dos adolescentes. Este trabalho tem o objetivo de descrever o uso de diferentes modalidades comunicativas na elaboração compartilhada de um jogo de imagens sobre sexualidade, saúde e HIV/Aids por adolescentes do ensino médio da rede estadual de uma escola do Município do Rio de Janeiro. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO A pesquisa foi realizada entre os anos de 2015 a 2016, em um colégio estadual situado no centro da cidade do Rio de Janeiro, sendo selecionada pelo fato de oferecer ensino médio de Formação de Professores para séries iniciais e por desenvolver projetos na temática sexualidade e prevenção do  HIV/Aids. A seleção dos participantes foi por conveniência, considerando o interesse e disponibilidadedos alunos para participar da pesquisa. Adotamos a perspectiva socioantropológica na realização da observação direta no colégio e no desenvolvimento de oficinas sobre sexualidade, saúde e Aids. Na etapa da observação foram mapeadas as relações presentes na escola e levantadas as informações sobre a história e o funcionamento desta (horários, currículo, projetos pedagógicos, atividades culturais, entre outros). Foram mapeadas as práticas comunicativas sobre sexualidade, saúde e aids existentes no cotidiano escolar. A etapa das oficinas consistiu no desenvolvimento de atividades com os adolescentes que aconteceram em dois momentos: o primeiro entre novembro e dezembro de 2015, com 02 encontros com uma turma do 1°ano e duas turmas do 2° anos, contando com a presença de 24, 29 e 31 pessoas, respectivamente, totalizando 84 alunos; o segundo, com 09 encontros, realizados entre os meses de setembro a dezembro de 2016, contando com a participação de 30 alunos de uma das turmas do 2º ano. Os encontros foram estruturados por eixos temáticos: o que é ser adolescente; sexualidade; HIV/Aids, sendo identificada as percepções e as representações dos adolescentes sobre as inter-relações entre sexualidade e Aids. A partir dos debates foram elencados os temas que orientaram a busca e a seleção das imagens das cartas do jogo. As atividades foram registradas no caderno de campo, identificando a data, o assunto discutido, as relações teóricas estabelecidas, bem como fala dos adolescentes. A análise dos dados consistiu na leitura de todo material buscando apreender as idéias centrais, identificar os temas recorrentes e classificar as unidades temáticas. As falas dos adolescentes foram indicadas na seção dos resultados pela sigla A:1, A:2, sucessivamente. RESULTADOS A escola surgiu no período de criação das Escolas Normais de nível médio, na década de 1960. Nos corredores do colégio observa-se sua história, um destes quadros explicitam os valores da escola: “Ética humanista, autodisciplina, solidariedade, respeito aos limites necessários à boa convivência social, compromisso com uma educação pública, gratuita e de qualidade, respeito à diversidade cultural”. Estes valores são reiterados nas conversações entre os profissionais e pelos alunos é “a nossa segunda casa”. A partir da análise do projeto político-pedagógico identificamos que no currículo mínimo a temática da sexualidade e da Aids é abordada na disciplina de biologia a partir do 2º ano, focalizando: sexualidade e sexo; reprodução; genética, diversidade e sexo biológico e vida sustentável. Do ponto de vista da comunicação observou-se diversas fotos, cartazes, faixas fixados nos murais e nas paredes, além de pinturas e grafites nos muros da escola que abordam a temática da sexualidade e também da prevenção da Aids. O ambiente escolar é considerado pelos alunos como principal espaço para o diálogo sobre sexo e questões relativas à sexualidade, como nos diz uma adolescente - “Aqui na escola, a gente conversa sobre sexo em qualquer oportunidade” (A-1, 15 anos). Na roda de conversa com uma psicanalista foi lido o texto “Cartas de Adolescente” que narrava conversa entre dois adolescentes que trocam confidencias,aventuras amorosas, os dramas familiares, a morte de um amigo e a gravidez de uma amiga que admiravam. A escuta dessa narrativa produziu a reflexão sobre as experiências vivenciadas no cotidiano escolar e em suas relações pessoais. Para os alunos a adolescência é uma fase da vida que se difere das demais, representa uma fase de descobertas, de independência, responsabilidade nas escolhas apesar de, muitas vezes, se sentirem tratados como crianças. Nas dinâmicas do Semáforo e do Baú de Memórias exploramos o quê do ponto de vista dos adolescentes constituí o seu universo de referência. Conversamos sobre seus gostos, sendo comum a predileção por jogos eletrônicos, uso de celular, praia, atividades esportivas, artes (cinema, música, teatro, foto, dança), desenho japonês, assistir a TV Senado, novela coreana, ler, horóscopo, comer (alimentos saudáveis, chocolate, bolo) e dormir. Para os meninos a música (rock), futebol, jogos eletrônicos e programas políticos sobressaem. Para as meninas a maquiagem, praia, perfume e cinema estão em primeiro lugar. A partir da análise dos materiais educativos os alunos discutiram que há uma tendência a infantilizar os adolescentes, tanto nas imagens como no texto. Destacaram como positivo a representação LGBTT, pois hoje as relações são mais iguais e por isso não cabe a reprodução das hierarquias de gênero. Também discutiram que o uso da camisinha é a melhor forma de prevenção às DST e para evitar a gravidez. Contudo, indicaram que tal informação precisa ser reforçada, pois na prática  esse ainda é um desafio. Para os alunos o preservativo atrapalha o envolvimento com o parceiro(a), relataram que a camisinha feminina é desconfortável. Por outro lado, disseram que a confiança no parceiro é um elemento central para usar ou não o preservativo. O mapa conceitual dinâmico sobre sexualidade propiciou a identificação da visão de cada um dos alunos sobre os sentidos da sexualidade. Para os adolescentes, a compreensão da sexualidade aparece associada a  relação sexual e ao mesmo tempo está relacionada ao envolvimento emocional, a vontade e ao desejo. As temáticas da virgindade, orientação sexual, gravidez, infecção pelo vírus HIV e Aids foram indicadas nos três níveis de dificuldade. As palavras que foram mais recorrentes nessa construção foram: mulheres; homens; sexo; gênero; prazer; amor; prazer; órgão; prevenção; gravidez. A infecção pelo HIV esteve presente em alguns dos mapas, ligado exclusivamente ao ato sexual, o que revela uma maior preocupação quanto a esta via de infecção em detrimento das outras, como a vertical e compartilhamento de seringas. O que também foi discutido na roda de conversa com a enfermeira que é especialista no atendimento de jovens e crianças com HIV. No decorrer do encontro os adolescentes tiveram curiosidade sobre a terminologia “soropositivo para o HIV”; o significado de carga viral (CD4e CD8) e a dinâmica de tratamento medicamentoso com os antiretrovirais (ARVs), bem como seus efeitos colaterais. CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa-intervenção permitiu no debate sobre as inter-relações entre sexualidade e Aids o protagonismo de professores e alunos, mobilizou a diversidade de histórias de vida, cuidamos da confiança e dos afetos produzidos em nossa convivência. A pluralidade de visões de mundo e crenças foi valorizada no processo de construção compartilhada do jogo de imagens sobre o tema.

1527 A escola como ambiente para educação em saúde: um relato de experiência
Ewerton Beckman dos Reis, Andressa Fabiana Ferreira Fonseca, Glauciane Gomes da Silva, João Eduardo Barros Branco, Kessia Karoline dos Santos Botelho, Victor Assis Pereira da Paixão, Hilma Solange Lopes Souza, joão Otávio Pinheiro Borges

A escola como ambiente para educação em saúde: um relato de experiência

Autores: Ewerton Beckman dos Reis, Andressa Fabiana Ferreira Fonseca, Glauciane Gomes da Silva, João Eduardo Barros Branco, Kessia Karoline dos Santos Botelho, Victor Assis Pereira da Paixão, Hilma Solange Lopes Souza, joão Otávio Pinheiro Borges

Introdução: A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria denominada mycobaterium tuberculosis ou bacilo de Koch, considerada um problema de saúde pública, acometendo principalmente países subdesenvolvidos. Estima-se que um terço da população mundial esteja infectado com o bacilo. Há um esforço entre os países latino americanos contra a presença dessa doença, contudo, é preciso intervenção multisetorial e interdisciplinar para o controle efetivo do problema diante dos seus determinantes. O Brasil faz parte de grupo de 22 países que são responsáveis por 80% dos casos e ocupa a 16ª colocação mundial em número de casos. A escola, frente a essa situação, tem papel fundamental em divulgar informação sobre politicas publicas de saúde e desenvolver no individuo o desejo de manter hábitos saudáveis. Os Parâmetros Curriculares Nacionais estabelecem a educação para a saúde como tema transversal a ser abordado fora do biologísmo, respeitando as especificidades de cada faixa etária e trazendo uma abordagem fora do modelo tradicional. Dentro desse contexto, a enfermagem entende o processo de saúde como algo complexo e deve exercitar na sua pratica uma relação horizontal entre o educador e o educando. O enfermeiro como agente de promoção em saúde precisa utilizar técnicas didáticas para ampliar a noção do conjunto dos determinantes de ser saudável e estimular a participação social para o controle da tuberculose. Objetivo: relatar a experiência vivenciada por acadêmicos de Enfermagem, na realização de atividade de educação em saúde, com a temática Tuberculose, almejando a compreensão do público sobre seus sinais e sintomas, transmissão, diagnóstico, tratamento e prevenção. Descrição da experiência: trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência de uma atividade em educação em saúde com a temática Tuberculose, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Ruth Rosita de Nazaré Gonzales, localizada no estado do Pará, município de Belém, bairro do Guamá. A atividade foi organizada por acadêmicos de enfermagem do 7º período da Universidade Federal do Pará, Matriculados no modulo Enfermagem em Saúde Coletiva e teve como participantes alunos do 9º ano do ensino fundamental, com faixa etária entre 14 a 17 anos. Os recursos áudios visuais foram produzidos em Microsoft PowerPoint, após a revisão de literatura por meio de artigos disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A escolha do tema se deu após contato com a direção para verificar quais assuntos eram relevantes para o grupo de acordo com a percepção dos professores. O relato da existência de histórico de tuberculose em alunos da instituição foi determinante para iniciarmos nossas atividades com a escolha do tema. Antes do dia da atividade, foi realizado na turma um pequeno questionamento sobre como a turma gostaria que fosse abordado o tema. A atividade ocorreu dia 25/11/2017, às 10 horas. Foi desenvolvido um plano de ação levando em consideração o tempo de disponibilidade da turma e metodologias dinâmicas de participação. Plano de ação: a atividade foi dividida em três momentos e tinham como objetivos específicos: 1- Apresentar ao publico por meio de metodologias ativas questões voltadas para a transmissão, sintomatologia, diagnostico, tratamento e prevenção de forma clara; 2- Utilizar estratégia de avaliação dos conteúdos abordados, para mensurar o nível de efetividade da ação na turma selecionada. No primeiro momento foi realizada uma palestra semiestruturada, para que a temática fosse discutida (transmissão, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenções), onde os participantes tiverem a possibilidade de fazer perguntas e pedir alguns esclarecimentos acerca do tema. Nesse espaço foi esclarecida a importância de todos terem recebido a dose da vacina BCG, assim como a necessidade de manter a casa sempre arejada. No segundo momento, foi reproduzido um curta-metragem disponível no Youtube para reforçar algumas das questões trabalhadas no primeiro momento. No terceiro momento foi realizado um quiz, com perguntas voltadas para os assuntos abordados nas duas primeiras etapas (transmissão, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção). Para chamar a atenção do público para essa dinâmica os participantes foram subdivididos em duas equipes e aos ganhadores seria ofertada uma premiação, no entanto o objetivo real dessa dinâmica era através das respostas saber o entendimento dos participantes sobre a temática. Resultados e discussões: atividades de educação em saúde têm por objetivo inserir profissionais ou acadêmicos da área da saúde na comunidade, para através da discussão, da orientação e da troca de experiências, contribuir para sua autonomia no processo saúde e doença. Nessa perspectiva ao se trabalhar com a temática tuberculose dentro da escola, se faz necessário construir e não reproduzir conhecimento, permitindo o aprendizado mutuo e a participação de todos no cuidado e no controle da doença. A atividade educativa foi bem recebida pelos alunos da escola, visto a compreensão desses sobre a gravidade da doença e por já existirem registros de casos em alunos da instituição, dessa forma foram dispostos em círculo para facilitar a comunicação e incentivar sua participação. Durante a exposição tema, foram realizadas muitas perguntas relacionadas a transmissão da doença, constatando a estigmatização da mesma, duvidas essas que foram esclarecidas pelos acadêmicos, que trouxeram também a discussão da sintomatologia, diagnóstico, tratamento e prevenção. Para avaliar o entendimento dos alunos participantes da atividade, que objetiva que os alunos tivessem autonomia no cuidado e prevenção da tuberculose, foi proposto um Quiz (jogo de perguntas e respostas). Essa dinâmica foi bem recebida e todas as perguntas propostas foram respondidas com êxito pelos alunos, demonstrando que os conceitos e informações repassadas foram bem compreendidos. Considerações finais: A execução de ações de educação em saúde pode ser considerada de fundamental importância para construção de um processo de fortalecimento do autocuidado e da prevenção da saúde, contribuindo para o controle de doenças infectocontagiosas de importância para saúde pública, como é o caso da tuberculose. A união da escola com os acadêmicos permitiu vivenciar a realidade dos estudantes e compreender o jeito que relacionam o processo saúde-doença. Além disso, o contato com os profissionais da escola permitiu um elo confiável para futuras ações na instituição. Ademais, o desenvolvimento dessas ações tem um caráter desafiador e requer um planejamento estratégico para escolha de metodologias que chamem a atenção do público e sejam efetivas no que desrespeita seus objetivos, contribuindo para desconstrução de um modelo biomédico hegemônico centrado na doença e trazer o sistema de saúde com foco para ações de promoção a saúde.

847 PROGRAMA SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS: ARTICULAÇÃO ENTRE A ACADEMIA, SERVIÇOS DE SAÚDE E COMUNIDADE PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE DO ESCOLAR DE TUPANCIRETÃ/RS
Themis Goretti Moreira de Carvalho, Milene Almeida Ribas

PROGRAMA SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS: ARTICULAÇÃO ENTRE A ACADEMIA, SERVIÇOS DE SAÚDE E COMUNIDADE PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE DO ESCOLAR DE TUPANCIRETÃ/RS

Autores: Themis Goretti Moreira de Carvalho, Milene Almeida Ribas

Introdução: A escola é um espaço privilegiado para práticas de promoção de saúde e de prevenção de agravos à saúde e de doenças. A articulação entre escola e unidade de saúde é, portanto, uma importante demanda do Programa Saúde na Escola (BRASIL, 2011, p. 6). É necessário compreender que a adolescência é uma etapa da vida de grandes transformações biológicas, psíquicas e sociais. Fatores que colocam adolescentes e jovens em maior risco para as IST são a idade precoce de início da atividade sexual, uso incorreto ou inconsistente de preservativos e experimentação com tabaco e outras drogas (BRASIL, 2013). Para dar conta deste desafio foi implantado pelo Ministério da Saúde e da Educação o Programa Saúde na Escola (PSE), institucionalizado no município de Tupanciretã/RS, e no qual desenvolvemos o projeto. Tem a finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde. A proposta do projeto é realizar ações de promoção da saúde sexual, informar sobre tabaco e outras drogas e prevenção e proteção da Dengue, para adolescentes e jovens, articulando os setores de saúde e de educação. Com isso, espera-se contribuir para a redução das IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis), consumo de tabaco e drogas na escola e diminuir o índice de Dengue (BRASIL, 2012). O objetivo central do trabalho é a educação entre pares, ampliando e desenvolvendo estratégias de promoção da saúde, com três eixos temáticos: sexualidade, dengue e, tabaco e outras drogas. Dando ênfase para a cultura de paz por meio do desenvolvimento articulado de ações intersetoriais e transdisciplinares no âmbito das escolas e das unidades básicas de saúde. Método: A pesquisa é um estudo descritivo, analítico de levantamento epidemiológico - pesquisa participante. A população foi composta por alunos matriculados no 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e Médio de 11 escolas municipais e estaduais de Tupanciretã/RS. Contou com uma coleta de dados, através de questionários, a fim de determinar o conhecimento, as atitudes e a prática dos alunos, referente à sexualidade, tabaco e outras drogas e prevenção da Dengue. Os alunos das escolas públicas de Tupanciretã têm como referência uma tríade de acompanhamento, envolvendo o Grupo Gestor Municipal – GGM/SPE, a escola, a Estratégia Saúde da Família e Unidade de Saúde de referência. Após a análise e discussão dos resultados, foi elaborado um plano de educação e saúde, visando informações e conhecimentos capazes de melhorar as atitudes e práticas com relação à temática pesquisada, através de oficinas pedagógicas e peças teatrais.   Resultados: A amostra constou de 1370 alunos, sendo que destes 47% (n=648) são do gênero masculino; 51% (n=692) são do gênero feminino, com idade média de 12 a 16 anos, representando 72% (n=985). Perguntas que constava no questionário de sexualidade: se conversava com os pais sobre sexualidade: 50% (n=690) afirmou que sim; “Achas útil ter apoio técnico (médico ou outro profissional da saúde) na tua escola para ajudar a esclarecer as tuas dúvidas?”, 81% (n=1106) afirmou que sim; “Você já contraiu alguma IST?”, 1% (n=14) afirmou que já contraiu; “Fez o uso do preservativo na 1ª relação sexual, 30% (n=410) afirmaram que usaram; 12% (n=159) afirmou que não usou; 57% (n=784) afirmou não ter relação sexual. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (2007) sinalizam que cerca de 50% das novas infecções pelo HIV estão ocorrendo na adolescência. Em todo o mundo há mais de 40 milhões de pessoas vivendo com AIDS. Entre esse total, aproximadamente, 30% se encontram na faixa etária de 15 a 24 anos. Isso representa cerca de 12 milhões de pessoas infectadas. Sobre a Dengue: “Você sabe como se pega dengue?” 83% (n=1135) relataram que sabem que a dengue se dá através da picada do mosquito Aedes aegypti, entretanto somente 56% (n=760) sabem que é a fêmea que pica a pessoa; 59% (n=806) sabem reconhecer o Aedes aegypti; O mosquito deve estar infectado para transmitir a dengue, 49% (n=673), responderam que sim. Dengue é atualmente a arbovirose com maior repercussão em saúde pública no mundo. Está doença tem reemergido em grande magnitude nos países, onde dois ou mais sorotipos do vírus da dengue circulam (RESENDE, SILVA e EIRAS, 2010, p. 330). Algumas perguntas do questionário sobre tabaco e outras drogas: “ já fez uso de tabaco”, 13% (n=174) afirmou que já fez uso; “já fez uso de drogas na vida”, 7% (n=99) disse que sim;             Uso de tabaco pelos amigos, 59% (n=812) não fez uso; Uso de drogas pelos amigos, 71% (n=979) afirmou que não fez o uso. O abuso de drogas lícitas e ilícitas é uma preocupação mundial. O álcool e o tabaco são as drogas que mais matam em todo o mundo. Seu uso frequente causa prejuízos sociais , psíquicos e biológicos, além de implicações para a vida futura dos usuários (ELICKER, PALAZZO, et al., 2015). A adolescência é a faixa etária de maior vulnerabilidade para experimentação e uso abusivo de drogas, e os motivos que levam ao aumento do uso dessas substâncias são diversos e complexos. Alguns fatores podem estar relacionados a essa fase da vida, como a sensação juvenil de onipotência, o desafio à estrutura familiar e social, e a busca de novas experiências.   Considerações finais: As informações obtidas por esse estudo são relevantes e evidenciam que a falta de informação e conscientização é a porta de entrada para que adolescentes caiam na tentação de fazer o uso de drogas lícitas ou ilícitas. É nítida a necessidade de ações continuadas em educação e saúde com jovens, uma vez que a “vida” dos adolescentes está iniciando cada vez mais precocemente e o adolescente não dispõe de informações suficientes. A escola é um eixo de formação de hábitos, um local apropriado para a implantação de políticas preventivas e educativas relacionadas à saúde sexual dos jovens. É um ambiente capaz de proporcionar um diálogo entre alunos, professores e demais profissionais da área da educação e saúde, com o propósito de orientar, educar e informar sobre os riscos que o jovem está inserido. A participação dos alunos em relação às medidas preventivas é essencial para reduzir danos à saúde.