60: Educação em Saúde: estratégias de promoção
Debatedor: A definir
Data: 02/06/2018    Local: FCA 01 Sala 04 - Bacuri    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
4405 Prevenção das IST’s: promovendo ação educativa em um abrigo institucional
Jéssica Eloy Cunha Gonzalez, Grazielli Rocha de Rezende, Maria Onara Gomes, Soraya Solon

Prevenção das IST’s: promovendo ação educativa em um abrigo institucional

Autores: Jéssica Eloy Cunha Gonzalez, Grazielli Rocha de Rezende, Maria Onara Gomes, Soraya Solon

Apresentação: Nos últimos dez anos observou-se um aumento significativo no número de jovens com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST's), onde o desconhecimento e a prática sexual desprotegida são fatores que contribuem para o aumento dessa incidência. Quando nos referimos a adolescentes que convivem em um abrigo, esses fatores se tornam maiores, pela vulnerabilidade social e pelas experiências já vividas envolvendo as IST’s. O objetivo desse trabalho é relatar a experiência de uma ação educativa de prevenção das IST’s realizada em um abrigo institucional durante um estágio acadêmico. Desenvolvimento do trabalho: Realizou-se uma oficina de um dos fascículos utilizados pelo Programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), do Ministério da Saúde e da Educação, em um abrigo para meninas adolescentes em Campo Grande-MS, durante o estágio do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. A atividade foi dividida em duas partes, a primeira com a oficina “Vulnerável eu?”, onde são ditas algumas frases afirmativas que envolvem a vulnerabilidade às IST's e os participantes devem dizer se diante daquela situação uma pessoa está vulnerável ou não. Em seguida, acontecem as explicações sobre as principais IST’s, envolvendo os sintomas, tratamento, o modo de transmissão e, principalmente, a forma de prevenção. Na segunda parte, para demonstrar de maneira prática sobre o único método eficaz para prevenção das IST's e gravidez não planejada, realiza-se a colocação do preservativo masculino e feminino, dando a oportunidade dos participantes falarem sobre seus conhecimentos prévios e realizar a demonstração. Após os voluntários demonstrarem, reiteramos o que foi executado corretamente e realizamos a maneira adequada da colocação e retirada dos preservativos masculino e feminino, abordando também questões desfavoráveis ao uso correto, sobre a qualidade do material e a sensibilidade que o mesmo permite. Resultados: As adolescentes possuíam conhecimentos prévios sobre o tema e fizeram diversos questionamentos sobre as formas de transmissão e outras características das infecções, demonstraram-se interessadas e atentas às informações recebidas. Relataram-nos que muitas dúvidas foram sanadas e que ficaram curiosas para saber mais através dos folders informativos que foram entregues ao final. Considerações finais: Conseguimos sensibilizar as adolescentes quanto à importância da prevenção e para refletir sobre as situações do cotidiano, chegando à conclusão de que o autocuidado e o vínculo profissional saúde e o abrigo se torna imprescindível quando falamos em IST’s. A realização de ações como essa se faz necessário, visto que existem muitos abrigos para adolescentes que estão em situações de extrema vulnerabilidade, abordar sobre essa temática apresenta relevância para a população e para o cenário da saúde em si, além de profundamente gratificante. Vale comentar que, essa atividade do estágio deu início ao vínculo com a Liga Acadêmica Multiprofissional de Saúde para o Adolescente (LAMSA) que, posteriormente, trabalhou outras oficinas do SPE.

3392 PROJETO ABC BRINCANDO-IESPES: EDUCAÇÃO EM ESPAÇO ONCOLOGICO UM RELATO DE EXPERIENCIA
Sara da Silva Pedroso, Ana Betânia Ferreira Araújo

PROJETO ABC BRINCANDO-IESPES: EDUCAÇÃO EM ESPAÇO ONCOLOGICO UM RELATO DE EXPERIENCIA

Autores: Sara da Silva Pedroso, Ana Betânia Ferreira Araújo

Este trabalho é resultado da experiência vivida no Hospital Regional do baixo Amazonas-HRBA, no interior da Amazônia, através do Projeto ABC Brincando do Instituto Esperança de Ensino Superior-IESPES, coordenado pela docente Ana Betânia F. A. sendo desenvolvido na ala oncológica pediátrica, o mesmo tem por objetivo oportunizar às crianças hospitalizadas no HRBA o direito de desfrutar de projetos educacionais de forma a garantir a recreação e escolarização assistida, assegurando-lhes o mesmo direito de crianças das classes regulares. O projeto iniciou em 2013 e conta com a colaboração de bolsistas e voluntárias do Curso de Pedagogia tendo-se destacado na região pela forma humanizada de atender aos pacientes promovendo a alfabetização através de atividades lúdicas pedagogicamente orientadas num atendimento individualizado, sempre respeitando as limitações de cada paciente, o projeto tem uma prática pedagógico inovadora, utilizando a educação como instrumento de inclusão e humanização no ambiente hospitalar, promovendo educação em um espaço diferenciado o que influencia significativamente na saúde e no bem-estar dos pacientes. O sucesso do projeto é percebido nos resultados apresentados, pois foram realizados mais 1500 atendimentos e segundo relatos médicos, tem sido fundamental para a recuperação dos pequenos. Em atendimento a uma criança quando a ensinava pintar, ela disse-me que não queria morre ainda, pois, tinha muitas coisas para fazer seu entusiasmo foi contagiante, esta experiência entre outras, bem como quando perdemos um aluno/paciente a sensação em meio a dor é dever cumprido. Nisto se faz importante a capacitação e a sensibilidade do acadêmico em perceber a fragilidade da criança e contudo ter com ela atitudes pedagógicas delimitadas para aquele momento de acompanhamento, acompanha-los e engrandecedor em todos os sentidos da vida, contribuir para que um paciente terminal infantil tenha dias amenos e transformador, poder proporcionar a elas a possibilidade de ter suas necessidades educativas atendidas, é a essência do projeto.  

3860 ABC BRINCANDO NO HRBA: HUMANIZANDO PARA A EDUCAÇÃO CONTINUAR
Sara da Silva Pedroso, Ana Betânia Ferreira Ferreira Araújo, Marinete Costa de Lima, Dineide Sousa dos Santos, Jocileia da Silva Bezerra

ABC BRINCANDO NO HRBA: HUMANIZANDO PARA A EDUCAÇÃO CONTINUAR

Autores: Sara da Silva Pedroso, Ana Betânia Ferreira Ferreira Araújo, Marinete Costa de Lima, Dineide Sousa dos Santos, Jocileia da Silva Bezerra

O direito a educação da criança em tratamento de saúde é assegurado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394/96, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, pela lei dos Direitos da Criança e dos Adolescentes Hospitalizados e pelas políticas de Educação Especial - MEC e pelo documento Classe Hospitalar e Atendimento Pedagógico Domiciliar - MEC. A educação assistida é uma forma de garantir este direito às crianças que estão em tratamento de saúde em longo prazo. É um projeto extensão financiado pela Fundação Esperança, mantenedora do Instituto Esperança de Ensino Superior – Iespes, em parceria com o Hospital Regional do Baixo Amazonas – HRBA é um projeto inédito na região do Oeste do Pará e de grande relevância social executado e desenvolvido por uma docente e seis acadêmicas do Curso de Pedagogia da Instituição que realizam atividades pedagógicas e lúdicas com as crianças de segunda a quinta-feira, em um espaço cedido pelo hospital denominado “Cantinho da Alegria” ou nos leitos, dependendo do estado físico e emocional das crianças. Objetiva assegurar às crianças hospitalizadas e moradoras do hospital a assistência educacional e o direito de desfrutar de projetos educacionais de forma a garantir a recreação e escolarização assistida. Possibilita, ainda, a interação entre a equipe pedagógica, as crianças, as famílias e a equipe médica. Todos focados para a recuperação física, psicológica e social da criança hospitalizada. O projeto realizou mais 1400 atendimentos ao longo dos seus quatro anos de existência e tem se destacado pela forma humanizada de atender os pacientes promovendo a alfabetização por meio de atividades lúdicas voltadas para a alfabetização, contação de histórias, pinturas, desenhos, leitura e escrita. Além das atividades pedagógicas com as crianças, o projeto em 2017 atingiu 306 atendimentos que foram realizados por meio de ações desenvolvidas dentro do hospital: Páscoa, realizando brincadeiras e jogos lúdicos na ala de pediatria e distribuição de chocolate nas outras clínicas; Campanha contra o Câncer Infantil, através da ação Setembro Dourado, as acadêmicas caracterizadas como personagens da literatura infantil desenvolveram contação de história e brincadeiras. Outra ação que merece destaque foi a Campanha “Ações do Bem” que objetivou divulgar o projeto para a comunidade e arrecadar livros e materiais pedagógicos. A ação aconteceu em três momentos nos meses de novembro e dezembro nos shoppings locais e no X Salão do Livro do Baixo Amazonas, durante a campanha foi arrecadado 1.787 livros e 28 materiais pedagógicos que serão utilizados no desenvolvimento da aprendizagem das crianças em 2018.  É um projeto inovador, especialmente, por promover educação em um espaço diferenciado, que influencia significativamente na recuperação da saúde e do bem-estar dos pacientes, o que pode ser percebido pela demonstração de aprendizagem das crianças hospitalizadas e a melhora do estado emocional durante o tratamento, o que pode ser observado pela humanização em que elas foram atendidas, bem como assegurar o direito à educação em que as crianças devem estar inseridas. Portanto, junta o direito assegurado e o bem estar destas. 

3913 DRAMATIZANDO A PREVENÇÃO DA LEISHMANIOSE VISCERAL PARA CRIANÇAS HOSPITALIZADAS
Patricia Duarte da silva, Karina Sayuri Sugano Chiu., Helena Pereira Vargas, Marisa Rufino Ferreira Luizari

DRAMATIZANDO A PREVENÇÃO DA LEISHMANIOSE VISCERAL PARA CRIANÇAS HOSPITALIZADAS

Autores: Patricia Duarte da silva, Karina Sayuri Sugano Chiu., Helena Pereira Vargas, Marisa Rufino Ferreira Luizari

A leishmaniose visceral é uma zoonose causada pelo vetor Lutzomya longipalpis e Lutzomya Cruzi, seu principal reservatório é o cão doméstico e o ser humano o hospedeiro final. Apresenta-se com grande importância para a saúde pública, devido às condições socioeconômicas e seu grau de risco  de comprometimento para as crianças, justificado pelo sistema imune imaturo. Mato Grosso do Sul é uma estado endêmico para LV, com muitos casos confirmados de LV na pediatria, por meio desses dados percebeu-se a necessidade de conscientizar a população infantil quanto aos riscos, sinais e sintomas e formas de prevenção, visto que são multiplicadoras do conhecimento adquirido. Assim, através do brincar, que se constitui como uma atividade fundamental para o desenvolvimento das crianças é possível utilizar o lúdico para criar formas de melhorar a capacidade de conscientização para a prevenção da leishmaniose visceral. Descrever uma experiência de uma ação de educação em saúde abordando a prevenção da Leishmaniose Visceral (LV). Relato de experiência de uma ação, realizada pelos acadêmicos do projeto de extensão “Promoção e atenção à saúde da criança” do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). A ação foi realizada na enfermaria pediátrica do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HUMAP - UFMS) no dia 24 de novembro de 2017. A ação foi dividida em duas etapas primeiramente foi realizado o teatro como ferramenta educativa e criativa que possibilita o envolvimento e integração, por meio de linguagem simples que facilita o entendimento da criança. O segundo momento deu-se a partir da distribuição de cartilhas ilustrativas com jogos e informações sobre a doença. Neste aspecto foram abordados o vetor, aspectos clínicos, estratégias de prevenção e o tratamento para LV. Foi observado durante o teatro, o envolvimento e a integração das crianças com os personagens, possibilitando o raciocínio por meio da imaginação. Além disso, as crianças obtiveram êxito ao identificar o transmissor da leishmaniose e formas de preveni-lo. Contudo foram elucidados quanto à algumas formas errôneas de transmissão como: “lambida de cachorro” ou “toque no animal”. A utilização do lúdico como ferramenta de uma educação em saúde com crianças é essencial para o ensino e exposição de conteúdos, como os aspectos que envolvem a LV, tornando o processo de aprendizagem mais atrativo, divertido e de fácil aplicação para diferentes faixas etárias. Além disso, a realização de ações educativas e lúdicas no ambiente hospitalar permite a redução de fatores estressores causados pela hospitalização.

4084 Túnel das Sensações: Promovendo educação em saúde no Dia Mundial de luta contra a AIDS
Jéssica Eloy Cunha Gonzalez, Alecsandra Fernandes Silva, Carlos Eduardo dos Santos Nascimento, Cristiane Pache Amorim, Soraya Solon

Túnel das Sensações: Promovendo educação em saúde no Dia Mundial de luta contra a AIDS

Autores: Jéssica Eloy Cunha Gonzalez, Alecsandra Fernandes Silva, Carlos Eduardo dos Santos Nascimento, Cristiane Pache Amorim, Soraya Solon

Apresentação:  A Liga Acadêmica Multidisciplinar de Saúde do Adolescente (LAMSA), formada na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), surgiu com o Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), implantado pelos Ministérios da Saúde e Educação, para promover a saúde dos adolescentes abordando temas como gêneros, diversidades sexuais, saúde sexual e reprodutiva, infecções sexualmente transmissíveis (IST’s), raças e etnias, drogas e juventude protagonista. O Túnel das Sensações é uma das atividades realizadas pela LAMSA, e se mostra como um instrumento fortalecedor das ações de educação em saúde, trabalhando a importância, seguridade e a colocação correta do preservativo, além de apresentar e sanar dúvidas sobre as IST’s. O túnel foi estruturado pela Coordenação Municipal do SPE (IST-AIDS/ SESAU) e possui a UFMS como apoiadora nas execuções. Possui como objetivo diminuir a vulnerabilidade de adolescentes desmistificando o uso do preservativo masculino e feminino, informando sobre as IST´s, além da gravidez não planejada, com interação dialógica entre ensino-serviço-comunidade, para beneficiar o público alvo. No decorrer dos anos, essa ferramenta tem sido transposta para outras faixas etárias. O Dia Mundial de luta contra AIDS é comemorado no dia primeiro de dezembro, todos os anos e em todo o mundo, o objetivo desse dia é intensificar a conscientização sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA/AIDS), que é causada pela infecção do vírus da imunodeficiência humana (VIH/HIV), através dessa campanha são realizadas ações de prevenção, buscando a redução da incidência de casos em todos os segmentos populacionais e combater o preconceito que permeia esse assunto. O objetivo dessa ação foi promover educação em saúde com o Túnel das Sensações no Dia Mundial de luta contra AIDS, para sensibilizar e conscientizar a população local quanto ao uso do preservativo (masculino e feminino) como prevenção do HIV e demais IST’s. Desenvolvimento do trabalho: No Dia Mundial de luta contra AIDS no município de Campo Grande (MS), foram realizadas ações integradas entre Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), Hospital Dia Profª Esterina Corsini e UFMS, como o “1º Colóquio sobre HIV/AIDS”, entrega de materiais informativos e preservativos, testes rápidos e o Túnel das Sensações. O Colóquio foi protagonizado por infectologistas e enfermeiras do Hospital Dia, Coordenadoria IST/AIDS da SESAU e pela Secretaria do Estado de Saúde do MS, abordando o perfil epidemiológico do Estado de Mato Grosso do Sul, entre outros temas. O Túnel das Sensações, objeto deste trabalho, foi realizado pela LAMSA com apoio da SESAU. Esta é uma atividade dinâmica, sendo um corredor que segue em quatro etapas. Na primeira etapa, o participante escolhe entre vários quadros com imagens de pessoas qual considera mais interessante, logo após, ele pode ler o que diz atrás do quadro, onde estão apresentadas situações que envolvem a infecção com alguma das IST’s, como o HIV, Sífilis, Hepatite B e C e Gonorreia. Para segunda etapa, o participante é vendado e, é nesta parte são feitas as sensações a qual levam o nome do túnel. É colocado um preservativo masculino no antebraço do participante para realização das sensações, os estímulos são os de temperatura e os estímulos táteis, na temperatura utilizou-se água morna e gelo, para sensações táteis um objeto pontiagudo e também um lubrificante em gel. Demonstramos, a partir disso, as questões sobre elasticidade do preservativo masculino, ressaltando a qualidade dos preservativos distribuídos pelas unidades de saúde, assim como a sensibilidade permitida com as sensações apresentadas. A finalidade dessa etapa é desconstruir alguns mitos e tabus que interferem de maneira negativa na utilização do preservativo. Em seguida, na terceira etapa acontece a colocação do preservativo masculino em uma prótese peniana para que o participante, voluntariamente, demonstre seus conhecimentos sobre o assunto. Destaca-se os pontos que foram realizados corretamente pelo mesmo e, depois para os pontos realizados de forma inapropriada, o facilitador executa a demonstração da forma adequada respeitando os critérios da colocação do preservativo (antes, durante e depois da colocação) e registra em uma ficha de avaliação os erros do participante. Na última etapa do túnel, há duas partes, em uma ocorre a colocação do preservativo feminino de forma a reproduzir o mesmo processo realizado na etapa anterior, apresentando a forma adequada de uso desse preservativo, que por vezes é desconhecido, e por fim, a etapa do túnel onde aborda-se as ISTS’s. Para finalizar a experiência do participante, questiona-se o conhecimento que ele possui sobre a IST que foi citada na primeira etapa do túnel, apresenta-se as informações sobre os sintomas, diagnóstico, tratamento, modo de transmissão, as possíveis complicações e o método de prevenção. Resultados: Passaram pelo Túnel 34 pessoas, sendo mulheres e homens de diferentes faixas etárias e que atuam em diversas áreas como, por exemplo, serviços de limpeza, na área administrativa, acadêmicos, entre outros.  Somente 2 (5,4%) participantes acertaram todos os aspectos para colocação do preservativo masculino. Dentre os erros cometidos, prevaleceu a não observação da integridade da embalagem (presença de ar, n= 30, 88,2%) e aos aspectos de cuidado na retirada do preservativo (segurar a base ao retirar: n= 24, 70,5%; dar o nó de descarte: n= 17, 50%). Os erros menos comuns foram relacionados aos cuidados da abertura da embalagem (n= 3, 8,8%) e desenrolar o preservativo até a base (n= 7, 20,5%). Os participantes relataram esclarecer as dúvidas sobre o preservativo e também sobre IST’s, gerando melhor compreensão do assunto, assim como a importância da realização periódica dos testes rápidos que fizeram. Considerações Finais: O Dia Mundial de luta contra AIDS favoreceu a visibilidade do Túnel das Sensações que estava localizado em frente ao Hospital Dia. As pessoas que realizavam os testes rápidos e participaram das diversas atividades que aconteceram no dia foram orientadas a passar pelo Túnel para obter mais informações sobre as IST’s. O Túnel utilizado como ferramenta para educação em saúde, abordando de forma dinâmica e divertida as temáticas apresentadas, proporciona bons resultados quanto a conscientização sobre o uso dos preservativos (masculino e feminino) e IST´s.  Ações como essa, que integram a prestação de assistência hospitalar (testes rápidos, pré e pós-acolhimento) com educação em saúde utilizando ferramenta pedagógica lúdica e participativa, como o Túnel das Sensações, mostram-se adequadas para atender a necessidade da população.

4139 EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA RECICLAGEM E MEIO AMBIENTE PARA O PÚBLICO INFANTIL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
monica santos de araujo lima, Greyciane Ferreira da Silva, Izabela Cristina Valdevino da Silveira, Adriele Luna França, Geyse Aline Rodrigues Dias

EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA RECICLAGEM E MEIO AMBIENTE PARA O PÚBLICO INFANTIL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: monica santos de araujo lima, Greyciane Ferreira da Silva, Izabela Cristina Valdevino da Silveira, Adriele Luna França, Geyse Aline Rodrigues Dias

Introdução: A consciência ecológica está intimamente ligada à preservação ambiental. A preocupação com a conservação do meio ambiente tornou-se uma problemática mundial. O homem percorreu um caminho longo até atingir a consciência plena para proteção ambiental. Desde então, veicula-se a necessidade de proteger e preservar o ambiente, em virtude disto, há a crescente busca por conscientizar e esclarecer desde cedo as crianças sob essa nova perspectiva. Esses dois campos de atuação: educação e saúde são fundamentais para que o profissional de qualquer nível de atenção aja no processo de desenvolvimento da humanidade. A reciclagem é um conjunto de técnicas que reintroduz no modo de produção, materiais que são rejeitados visando seu reaproveitamento. É um dos processos que oferece inúmeras vantagens do ponto de vista ambiental e social tendo em vista que diminui o consumo de recursos naturais poupando energia e água, diminuindo a quantidade de lixo e gerando vários postos de trabalho e milhares de empregos. Cerca de 30% de todo material descartado é composto por vidro, plástico, papel e alumínio, e tem grande valor de mercado, pois podem ser reutilizados como matéria-prima para a fabricação de novos produtos. Esse processo de grande escala começa de modo simples dentro das residências fazendo-se a separação dos materiais e encaminhado-os aos catadores ou empresas recicladoras, daí a importância da participação das crianças nesse processo de cuidado com o meio ambiente em que vivem. Para tal, desenvolve-se atividades participativas na atmosfera escolar com ações de educação em saúde que é uma importante estratégia para a melhora da qualidade de vida das pessoas. Objetivos: Estimular na criança a consciência ambiental e o cuidado com o meio em que vive, com enfoque na preservação do meio ambiente e reaproveitamento de materiais descartáveis para reciclagem. Para o alcance do objetivo foi utilizada a metodologia concepção pedagógica cognitivista, sendo uma troca de experiência. Para chamar a atenção das crianças foram utilizados materiais coloridos de fácil visualização e compreensão, nos quais elas foram incentivadas a brincar com jogos educativos feitos com material reciclado e a pintar gravuras que remetessem ao pensamento de economia e reutilização da água. Descrição da experiência: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, requisito avaliativo da atividade curricular Processos Educativos em Enfermagem I, da Faculdade de Enfermagem, da Universidade Federal do Pará. O local do estudo foi o Centro Espírita Lar Fabiano de Cristo no bairro do Guamá, periferia da Capital, no dia 03.08.2016, na cidade de Belém/PA. O Centro Espírita acolhe as crianças habitantes do bairro em horários em que não estão na escola e encontrando-se vulneráveis a situações de risco e que não têm acesso à educação de tempo integral.  A atividade envolveu crianças na faixa etária de quatro a sete anos de idade assistidas pela instituição. As etapas mais importantes foram o tema que seria abordado na ação; qual a metodologia a ser utilizada para repassar as informações aos usuários sobre a preservação do meio ambiente abordando a importância da reciclagem do lixo; a confecção do material e a execução da atividade em si. A ação educativa se deu num primeiro momento da apresentação das crianças que diziam seus nomes e lhes eram feitas perguntas sobre idade, programa preferido e qual atividade que mais gostavam de fazer no Lar Fabiano, logo após foi feita a apresentação da equipe de forma bem descontraída. Em seguida foi mostrado e explicado às crianças uma cartolina contendo desenhos de quatro lixeiras nas cores vermelha, azul, verde e amarela, que indicavam a classificação da coleta seletiva para cada tipo de lixo, contendo desenhos dos objetos que deveriam ser colocados em seus respectivos cestos de lixo para serem reaproveitados posteriormente. Ex: foi desenhada uma lixeira vermelha com uma garrafa pet plástica sobre a lixeira que significava que o lugar correto de descarte do plástico é na lixeira de cor vermelha e assim, sucessivamente. Foi enfatizada a importância do uso consciente da água e a preservação do meio ambiente, bem como o reaproveitamento de materiais. Após esse momento as crianças foram incentivadas a reciclar materiais que poderiam servir para brincar com os coleguinhas. Foram feitos pela equipe picolés de papel e palitos de madeira reciclados com figuras que lembrassem elementos da natureza como árvores, flores e animais para ser jogado o Jogo da Memória. Tudo bem colorido e divertido para prender a atenção das crianças, garantindo assim, um aprendizado descontraído e educativo. Em seguida, foi feita a atividade dos sete erros com uma figura que ilustrou o desperdício de água, em seguida elas pintaram o desenho e expuseram suas “artes” no mural da sala. Ao final, as crianças foram conduzidas ao pátio da instituição onde existem cestos de lixo para coleta seletiva e colocaram em prática a atividade apreendida, distribuindo em seus respectivos lugares os materiais para reciclagem anteriormente entregues a elas para a seleção. Resultados/Discussão: como esperado foi verificado que houve vários equívocos no que tange o conhecimento sobre o aproveitamento e a utilização dos materiais que podem ser reaproveitados. As crianças se confundiram com as cores correspondentes aos materiais reciclados, porém durante a atividade elas se mostraram curiosas e dispostas a aprender e participaram de forma descontraída e efetiva, interagindo com a equipe. Percebe-se que quase a totalidade das crianças desconhece que há um processo de reciclagem e que se pode reutilizar alguns materiais. Entretanto elas conseguiram absorver as informações sobre o descarte correto do lixo e seu reuso quando possível, bem como o uso consciente da água e o seus benefícios à comunidade e ao planeta. A metodologia utilizada teve impacto positivo por ser colorida e dinâmica com a participação efetiva das crianças. Conclusão: É evidente a importância das ações educativas no que concerne a educação em saúde, sendo que o conhecimento da temática abordada será importante para o crescimento, desenvolvimento e conscientização das crianças para o uso consciente dos recursos naturais ao nosso dispor, ao se tornarem adultos preocupados e que podem agir em prol de toda a sociedade exercendo suas cidadania para o bem de todos. A atividade teve resultados muito satisfatórios, sendo verificado que ao final da ação, elas já eram capazes de responder as perguntas sobre o tema abordado e procuraram descartar o lixo produzido nos locais correspondentes. O trabalho teve grande importância para os discentes, porque pode demonstrar a efetividade e aproveitamento da metodologia utilizada para levar à população infantil informações relevantes para a conservação do meio ambiente com atitudes individuais simples, mas que fazem a diferença na vida da comunidade.

4253 ERA UMA VEZ... A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NO AMBIENTE HOSPITALAR
Andrea Paradelo Ribeiro, Thais Nayara Soares Pereira, Taciane dos Santos Valério, Ana Carla Ferreira Picalho, Josué Souza Gleriano, Lucieli Dias Pedrechi Chaves, Rallini Diani da Silva Rodrigues, Jhenifer Pinheiro Teixeira

ERA UMA VEZ... A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NO AMBIENTE HOSPITALAR

Autores: Andrea Paradelo Ribeiro, Thais Nayara Soares Pereira, Taciane dos Santos Valério, Ana Carla Ferreira Picalho, Josué Souza Gleriano, Lucieli Dias Pedrechi Chaves, Rallini Diani da Silva Rodrigues, Jhenifer Pinheiro Teixeira

A literatura infantil com enfoque nos princípios da humanização hospitalar objetiva oferecer melhorias no período de internação das crianças hospitalizadas ao contribuir para a qualidade de vida dos pacientes internados podendo ter um maior significado do que no ambiente escolar, tendo em vista que ameniza o sofrimento causado pela hospitalização. O ato de contar histórias nesse ambiente é possível explicar atitudes e posicionamentos importantes para o desenvolvimento da criança. A ação de contação de histórias é um importante ponto para aproximação da equipe de profissionais à criança durante a assistência e o profissional que realiza a contação torna-se um amigo com o qual a criança possa contar. Esse relato de experiência objetiva apresentar a ações desenvolvidas no projeto de extensão Contando histórias no hospital: do lúdico ao espaço real. Criado no ano 2014 o projeto é fruto de uma parceria realizada entre o Escritório de Qualidade para Organizações de Saúde da Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus Tangará da Serra e o Hospital Municipal Arlete Daisy Cichetti de Brito do município de Tangará da Serra – MT, e objetiva levar ao ambiente hospitalar momentos de alegria e descontração, através de um ato de cidadania, cultura, educação e saúde aos pacientes, embasado nas inovações feitas no cenário de novas práticas em ambientes hospitalares principalmente quando se pensa no cuidado à criança hospitalizada, sob a perspectiva da atenção integral, que não se pode ficar limitada às intervenções medicamentosas ou às técnicas de reabilitação. O projeto integra, na equipe atual, um bolsista remunerado por fomento da FAPEMAT e nove acadêmicos voluntários além de possuir apoio de músicos da sociedade externa que colaboram em dias de festividade. A extensão acontece na pediatria de um hospital, porém alguns momentos ela estende-se os outros setores. Para a prática de contação de história os contadores passaram por treinamentos em oficinas de comunicação verbal e não verbal, dramatização e literatura. O projeto acontece de segunda a sábado e pauta-se no planejamento do local, posição, apresentação e motivação sendo que todos os dias dois integrantes vão ao hospital. O ato de contação requer um preparo da imagem visual diferenciada para cada história, percebemos que conforme a vestimenta dos contadores a entonações de voz, instrumentos musicais ou objetos que compõe a história as crianças e seus responsáveis interagem e participam. Notou-se que a vestimenta e a comunicação têm influenciado na atenção não só dos pacientes, mas também dos acompanhantes e funcionários do hospital. A história é contada tanto na forma de apresentação dramatizada quanto na beira do leito, a escolha da forma é direcionada pelo número de internações. Na perspectiva de que a leitura e o contato com o lúdico propõem espaços que fazem das histórias parte da vida do ser humano desde o processo de infância e perpassa durante o processo de ciclo do crescimento, onde homens e mulheres começaram a se comunicar e interagir, além de acreditar que uma história bem contada deixa marcas profundas em quem a ouve, mudando seu estado de espírito. A indissociabilidade com o calendário de datas comemorativas criou um ambiente de integração com os projetos de extensão Ambiência na Saúde e o Brincando no Hospital no intuito de resgatar o ambiente externo da sociedade ao do hospital. Como produto já foi contada mais de mil histórias que alcançou cerca de cinco mil usuários entre as crianças e seus responsáveis, no período de 2014 a 2017. O projeto estendeu sua experiência para uma organização privada que assumiu a característica de voluntariado da sociedade, sendo monitorada a ação por um bolsista do projeto. Além da atuação no ambiente hospitalar o projeto recebeu três convites no período de 2016 e 2017 para participar de eventos externos na sociedade. Desenvolvido na reflexão para a formação técnica e cidadã do acadêmico de enfermagem, no ano de 2016, o projeto integrou acadêmicos do curso de letras que têm colaborado na produção e difusão de novos conhecimentos e metodologias, de modo que a participação configurou um aprofundamento do que é a universidade e de como ela contribui para o serviço. No caso dos acadêmicos de enfermagem privilegia-se a entrada de voluntários dos primeiros semestres, justificativa de se inserirem em atividades acadêmicas e aproximarem dos campos práticos que usarão no decorrer do curso, além da sensibilização do cuidar que tem provocado através da natureza extensionista um ambiente de integração e aprofundamento de referenciais despontando a função também do ensino autodirigido e de desenvolvimento de novas habilidades a partir das suas descobertas de potenciais. Essas ações foram percebidas nas atividades do projeto e na participação de acadêmicos nos eventos científicos e na confecção de seus trabalhos e relatórios. Percebe-se que a integração com as experiências exitosas de outras instituições que abordam a mesma temática motivou os acadêmicos a desenvolveram diferentes métodos de trabalho no intuito de transformar a contação sempre em um novo ato de surpreender e aprimorar o trabalho. Tem sido realizado anualmente no carnaval, dia das crianças e natal um ambiente de festividade. Especialmente no dia da criança o ambiente da pediatria transforma-se em um parque temático com atrações, cinemas e brincadeiras e no natal realiza-se em todos os setores a cantata de natal, com vozes dos acadêmicos e da sociedade acompanhada por músicos e seus instrumentos.  Em relação ao impacto na formação do acadêmico as atividades de extensão têm constituído aportes para a formação, sensibilização e reflexão das práticas. A vivência e a participação cotidiana no projeto a partir da pertinência da proposta facilitou a flexibilização e a integralização curricular do acadêmico sem o prejudicar nas ações de ensino e otimizou a possibilidade para a atribuição de créditos acadêmicos, sob orientação docente. Em relação à avaliação de sua inserção, os feedbacks e reuniões possibilitam aos acadêmicos experiências de como conduzir atividades e superação das dificuldades encontradas em algum dos momentos da ação, além de troca de experiência das estratégias usadas na contação. Dessa forma as atividades que os acadêmicos se inseriram proporcionaram enriquecimento da experiência discente em termos teóricos e metodológicos. Têm evidenciado possibilidades de desenvolver novas competências para o cuidado em saúde, capazes de re-significar a prática futura do acadêmico de enfermagem, aliando competência técnicocientífica e humana com vistas à humanização de um processo de cuidar que contemple o usuário e o trabalhador de saúde em uma integração de reflexão.

5139 JOGO DE TABULEIRO PARA PREVENÇÃO DA CÁRIE DENTÁRIA E PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.
NARA MUNIK DE OLIVEIRA MARTINS, NARA MUNIK DE OLIVEIRA MARTINS, Andreza Martins de Souza, Thaís Marques Motta, Thaís Marques Motta, Leilane Da Costa Maciel, Leilane Da Costa Maciel, Yngrid Lopes Andrade, Yngrid Lopes Andrade

JOGO DE TABULEIRO PARA PREVENÇÃO DA CÁRIE DENTÁRIA E PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.

Autores: NARA MUNIK DE OLIVEIRA MARTINS, NARA MUNIK DE OLIVEIRA MARTINS, Andreza Martins de Souza, Thaís Marques Motta, Thaís Marques Motta, Leilane Da Costa Maciel, Leilane Da Costa Maciel, Yngrid Lopes Andrade, Yngrid Lopes Andrade

O uso de estratégias no qual são utilizados jogos tende a oferecer um método mais fácil para aprendizagem e conhecimento dos escolares, favorecendo a construção de atividades comunitárias como: solidariedade; socialização; relação de respeito entre as crianças; comunicação e lideranças, que propicia a construção do entendimento do escolar. O ambiente escolar é considerado um espaço bastante privilegiado para a implementação e desenvolvimento de ações de promoção de saúde, pois pode influenciar diretamente na construção de valores, hábitos positivos e estilo de vida, entre eles a alimentação saudável. É importante reforçar e motivar dentro das escolas hábitos alimentares saudáveis de forma que se possa contribuir para a melhoria das condições nutricionais das crianças, reduzindo assim os agravos à saúde relacionados ao consumo alimentar inadequado, tais como cárie dentária e obesidade infantil. Atualmente, observa-se que muitas vezes a própria televisão incentiva na alimentação das crianças pois, comercias voltados para o público infantil promovem o consumo de produtos potencialmente cariogênicos, (com excesso de açúcares) utilizam personagens infantis para estimular sua venda, tornando-os muito atrativos, em confronto com as diretrizes alimentares brasileiras, portanto são necessárias estratégias criativas e atraentes que promovam mensagens promotoras de saúde. O lúdico proporciona um desenvolvimento alegre e harmonioso. Ao brincar, a criança desenvolve habilidades motoras, emocional, aumenta a interação, promovendo a aprendizagem, o crescimento mental, e a adaptação social, sendo uma atividade prazerosa, tornando-se um método promissor para o desenvolvimento das crianças. Os bons hábitos de alimentação desde a infância são a origem para a prevenção de doenças e promoção de uma vida saudável. Para que as crianças percebam que se alimentar com uma comida mais saudável é fundamental para sua vida, é necessário que desde cedo seja motivada a inclusão de alimentos saudáveis no cotidiano. A inclusão de alimentos ricos em nutrientes ainda na infância vai diminuir a probabilidade de desenvolver cáries e outras complicações bucais, além de redução da obesidade infantil. Propor um jogo didático como alternativa de ensino é extremamente importante, pois possibilita a socialização e promove o trabalho em grupo, estimula os alunos a respeitar diferentes opiniões e tomar decisões, além de influenciar na formação do cidadão pode proporcionar a fixação dos temas abordados na atividade tal ação educativa representa a aprendizagem em todas as dimensões.  Trata-se de relato de experiência de educação em saúde bucal coletiva. OBJETIVO Promover atividade de educação em saúde bucal coletiva envolvente explorando o tema: prevenção da cárie dentária e promoção da alimentação saudável voltado às crianças. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA Foi desenvolvida atividade lúdica educativa através de oficina de jogos de tabuleiro em ambiente escolar para 27 educandos do ensino fundamental, com idade entre 9 e 13 anos da escola pública, Escola Municipal de Ensino Fundamental Fábio Pereira de Lucena Bitencourt, localizada no bairro Nova Esperança, zona Oeste de Manaus. A atividade de educação em saúde bucal coletiva proposta foi escolhida a partir dos seguintes critérios: Simplicidade, Interatividade,  Fácil execução,  Baixo custo e alta reprodutibilidade. O jogo de tabuleiro foi confeccionado com materiais de baixo custo tais como: folha de capa dura, TNT, E.V.A, tesoura, lápis, cola quente. O Tabuleiro foi confeccionado com a folha de capa dura, servindo como base e sustentação, coberto com o tecido de TNT. Para a confecção das casas e alimentos propostos no jogo, utilizou-se folha A4 para os moldes, que foram recortados e passados para o E.V.A, e fixados ao tabuleiro com cola quente. As perguntas das foram digitadas no computador, impressas e plastificadas. O jogo pode ser jogado por até cinco participantes por vez. Para o andamento do jogo, foi realizado a leitura das cartas com as perguntas para cada jogador, deixando-o dar a resposta final. Os alunos responderam as perguntas que foram feitas através de um sorteio pelo operador do jogo. Incluindo questões de verdadeiro ou falso, onde puderam avançar as casas com os acertos, porém o jogo contou com algumas pegadinhas no meio do caminho, como: “fique uma rodada sem jogar”, “volte duas casas”, “volte ao início do jogo”, até obter o jogador vencedor no final do jogo. O operador sorteou uma pergunta, conforme o acerto do jogador, ele avançava as casas. O jogo contou com as opções volte uma ou mais casas, para acirrar ainda mais disputa até o término do Jogo que se deu quando o jogador conseguiu chegar no final do tabuleiro. RESULTADOS Os resultados dos estudos demonstraram que é possível mudança de mudança de paradigma em atividade educativa em saúde bucal coletiva, pois as informações em vez de ser transmitida de forma muitas vezes mecânica e passiva passa a ser posta em prática destacando o fator divertimento possibilitando motivação, envolvimento, funcionando como reforço do aprendizado e estímulo a hábitos positivos. O jogo de tabuleiro apresentou excelente aceitação entre os escolares, foi considerado um bom instrumento para promover educação em saúde de forma participativa em escolares com 9 e 12 anos. Além de auxiliar na aprendizagem, enquanto desperta o interesse e motiva. CONSIDERAÇÕES FINAIS O jogo possibilitou experiências vivenciais prazerosas, compondo uma proposta diferente de educação em saúde bucal coletiva. Pode-se dizer, que as atividades lúdicas, aqui representada pelo jogo de tabuleiro permitem liberdade de ação, naturalidade e, consequentemente prazer, que raramente são encontradas em outras atividades coletivas. O jogo demonstrou além da eficácia, função bastante educativa favorecendo na retenção de conhecimentos, em clima de alegria, competição e prazer representando aprendizagem em todas as dimensões: social, cognitiva, relacional e pessoal, além de proporcionar um desenvolvimento sadio e harmonioso, aprimorando o entendimento, exercitando a imaginação e a criatividade. Vale ressaltar a importância de abordar assuntos como a cárie dentária e a promoção da alimentação saudável em ambiente escolar, pois a cárie pode ser controlada quando são adotadas medidas educativas por meio de trabalhos multidisciplinar. O método lúdico pode promover a prevenção e do diagnóstico precoce da cárie, e alertar sobre os alimentos que contribuem para o surgimento de problemas dentários e risco de obesidade infantil de forma divertida e alegre no qual o aluno teve oportunidade de absorver da melhor forma o tema explorado, pois cuidar dos dentes e da alimentação favorece o bem-estar e a autoestima, logo prevenir é a melhor forma de manter uma boa saúde bucal e geral.

5154 A UTILIZAÇÃO DO BRINQUEDO TERAPÊUTICO COMO INTERVENÇÃO PARA DIMINUIÇÃO DE MEDOS E ANSIEDADES NA ENFERMARIA PEDIÁTRICA: UM RELATO DE EXPERIENCIA
Elaine Ângelo Zagalo, Cléo Araújo, Jackeline Fonseca, Gicelda Costa, Erika Beatriz Borges, Dhiuly Fernandes Pontes, Thamires Palheta de Souza, Thais da Paixão Furtado

A UTILIZAÇÃO DO BRINQUEDO TERAPÊUTICO COMO INTERVENÇÃO PARA DIMINUIÇÃO DE MEDOS E ANSIEDADES NA ENFERMARIA PEDIÁTRICA: UM RELATO DE EXPERIENCIA

Autores: Elaine Ângelo Zagalo, Cléo Araújo, Jackeline Fonseca, Gicelda Costa, Erika Beatriz Borges, Dhiuly Fernandes Pontes, Thamires Palheta de Souza, Thais da Paixão Furtado

Apresentação: Brincar na infância é o equilíbrio entre o real e o imaginário, ele traz a possibilidade de uma reinvenção de mundo, permitindo a compreensão das circunstâncias da vida a partir das suas limitações naturais de criança. Frequentemente a internação hospitalar infantil é uma realidade observada pelos profissionais de saúde, e ê direito da criança brincar mesmo quando se encontra hospitalizada, e preservar esse direito ajuda a diminuir os fatores estressores que são inerentes a hospitalização. Esse trabalho tem como objetivo, relatar a experiência de discentes do curso de enfermagem na realização de uma atividade lúdica utilizando o brinquedo terapêutico para reduzir os medos e ansiedades das crianças frente aos procedimentos hospitalares. Desenvolvimento do trabalho: A ação ocorreu na unidade cirúrgica pediátrica da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, por discentes da graduação em enfermagem, desenvolvida em momentos distintos e entrelaçada. Foi solicitado que as crianças sem restrição ao leito e seus acompanhantes se dirigissem ao hall principal para a participarem da atividade lúdica. A ação iniciou quando os convidados se encontravam reunidos no hall para cantarem juntos aos discentes a cantiga “Quem tem medo de hospital?”. Posteriormente houve encenação dos discentes relatando a história de uma criança que tinha medo do hospital, dos profissionais e de todos os procedimentos que eram realizados, foi mostrada a rotina de hospital e as atitudes que em geral as crianças apresentam no ambiente hospitalar, como choro, irritabilidade, estresse, timidez e não aceitação do tratamento oferecido, nesse momento o acadêmico que representa o enfermeiro demonstrou os procedimentos hospitalares em um boneco, despertando a curiosidade da criança para a situação presente e instigando a sua participação na realização dos procedimentos encenados. A partir da representação de um determinado problema no boneco, citado e situado pelos integrantes, os discentes pediram a ajuda da criança para realização do procedimento, ensinando-a como fazer e por quê fazer o cuidado prestado, envolvendo na compreensão dos procedimentos realizados nela. Foram entregues as crianças kits de bonecos, seringas, estetoscópio, gazes de brinquedo, e nos bonecos foram simulados ferimentos para que as crianças pudessem cuidar. Resultados e/ou impactos: Verificou-se que as crianças que participaram da atividade estavam acessíveis a atividade apresentando também uma imensa diferença de comportamento no início, onde demonstraram insegurança, ao final da ação, demonstrando expressão de satisfação. Considerações finais: Vale ressaltar, a importância das atividades lúdicas no Hospital, pois auxiliam na recuperação da criança doente, possibilitando-lhe condições para compartilhar sua vivência e enfrentar, sem estresse e trauma, a situação da hospitalização, reduzindo assim o tempo de permanência hospitalar e aumentando, a rotatividade dos leitos.

3747 UNHAS E ARTE: POSTURA PREVENTIVA ANTI-HEPATITES VIRAIS NOS SALÕES DE BELEZA
RICARDO HENRIQUE VIEIRA DE MELO, MAGNA CELI PEREIRA FELIPE COBE, BRENO GABRIEL FELIPE COBE, ROSANA LUCIA ALVES DE VILAR, ANTONIO MEDEIROS JUNIOR, JANETE LIMA DE CASTRO

UNHAS E ARTE: POSTURA PREVENTIVA ANTI-HEPATITES VIRAIS NOS SALÕES DE BELEZA

Autores: RICARDO HENRIQUE VIEIRA DE MELO, MAGNA CELI PEREIRA FELIPE COBE, BRENO GABRIEL FELIPE COBE, ROSANA LUCIA ALVES DE VILAR, ANTONIO MEDEIROS JUNIOR, JANETE LIMA DE CASTRO

Apresentação: Trata-se de um relato de experiência sobre um projeto de extensão vivenciado a partir de atividades de integração ensino-serviço entre os cursos universitários da área de saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a Secretaria Municipal de Saúde de Natal-RN. A hepatite é uma doença de fácil transmissão, silenciosa, apresentando a um quadro evolutivo grave. Estima-se que cerca de 720 milhões de pessoas estejam infectadas pelo vírus da hepatite B (VHB) e/ou C (VHC) em todo o mundo com índice de aproximado de 25%. No Brasil, a prevalência média estimada é de 8% de infectados por VHB e 1,6 a 4,9% por VHC. A infecção pelo vírus é reconhecida como um importante problema de saúde pública, devido ao aumento da detecção de novos casos, a gravidade das complicações derivadas da infecção crônica e seu impacto econômico para a sociedade. A hepatite crônica é uma doença assintomática na grande maioria dos casos, tornando o diagnóstico difícil. Suas manifestações clínicas geralmente só aparecem quando o comprometimento hepático é irreversível. O compartilhamento de utensílios de higiene pessoal como lâmina de barbear, escova de dente, alicate de manicure e cortadores de unha atuam como fator de risco importante para a transmissão domiciliar. O desenvolvimento de uma postura preventiva e vigilante exige mobilização, capacitação e troca permanente de informações e experiências contextualizadas entre gestores, profissionais de saúde, academia e comunidade, principalmente na esfera local de porta de entrada do Sistema Único de Saúde, via Estratégia Saúde da Família. Esta proposta encontrou relevância em virtude da presença de um grande número de salões de beleza no território adscrito às Unidades de Saúde do cenário da prática. Essas unidades são também campos de preceptoria de estudantes dos cursos de saúde da UFRN, em momentos formativos diversos, articulando saberes em cada Grupo Tutorial. Seus objetivos e metas foram: estimular uma postura permanente de vigilância à saúde em relação às hepatites nos Salões de Beleza nos territórios adscritos às Unidades de Saúde de Monte Líbano, Km 06, e Nazaré, no Distrito Sanitário Oeste em Natal (RN); aprimorar o desenvolvimento das práticas educativas e de promoção de saúde capazes de viabilizar melhoria da qualidade das ações cotidianas das unidades envolvidas; desenvolver habilidades para o trabalho em equipe multiprofissional nas ações desempenhadas; compreender a negociação na administração de conflitos, presentes nos processos participativos; executar atividades participativas de promoção da saúde e prevenção hepatites nestes espaços. Desenvolvimento do trabalho: por se tratar de uma proposta de atividades dialógicas capazes de estimular práticas interdisciplinares na triangulação entre ensino, serviço e comunidade, a metodologia utilizada foi a problematização nos cenários reais vivenciados pelos discentes. A problematização está direcionada à aquisição do saber vinculado à realidade social, possibilitando um confronto da prática vivida com os conteúdos propostos e uma compreensão reelaborada dessa prática. O caminho estruturado através de sequências de atividades didáticas fluiu da compreensão à ação e voltaram da ação à compreensão, nas quais os participantes foram estimulados a assumirem uma postura ativa ampliando e recodificando suas experiências, aprendendo com a realidade, ao mesmo tempo em que intervém sobre ela, tornando a aprendizagem significativa. As ações inicialmente planejadas contemplariam: a) sensibilização/capacitação dos atores para a atividade pedagógica; b) treinamento contextualizado para o aconselhamento pré e pós testagem; c) atualização/reciclagem dos profissionais de saúde dos procedimentos de testagem; d) oficinas pedagógicas nos salões de beleza. Cada oficina realizada nos próprios estabelecimentos comerciais foi estruturada em três momentos articulados de ensino/aprendizagem, perfazendo uma carga horária de 2 horas, que induziram uma permanente relação entre teoria/prática e buscaram contribuir para reorganização do processo de trabalho: 1) circulação: para conhecer e debater as posturas preventivas dos profissionais de embelezamento, através da problematização em círculos de cultura, identificando atitudes e procedimentos que apresentem risco; 2) construção: visando reconstruir/reorganizar a práxis preventiva a partir do próprio sujeito, sobre as dificuldades e soluções acerca dos problemas, ou temas discutidos, respeitando/valorizando o saber prático produzido a partir do encontro entre os participantes; 3) avaliação: objetivou realizar uma avaliação interativa coletiva de cada encontro, discutindo os pontos fortes, as fragilidades e sugestões de melhoria com foco na criticidade construtiva. A suspensão dos recursos orçados, em função da contenção de custos da universidade, exigiu readequações metodológicas e a busca de parcerias com outras IES para operacionalização. A proposta original de realização de diversas oficinas em cada salão de beleza ficou inviabilizada, de forma que a solução encontrada foi o recrutamento das manicures/pedicures para participação interativa nos locais de convivência das próprias unidades de saúde. A estruturação de cada oficina foi modificada e ficou da seguinte forma: 1) momento pré-oficina: a) sensibilização sobre o tema; b) enquete de adesão; 2) oficina propriamente dita: a) abertura/apresentação da proposta; b) projeção de filme informativo; c) discussão de cenas; d) relato/narrativa de vida (Ser e Viver com Hepatite C); e) encaminhamentos; f) avaliação interativa; g) encerramento. Resultados e/ou impactos: Foram realizadas seis oficinas, entre os anos de 2016 e 2017, com 120 participantes no total. Paralelamente ao projeto, por força vínculo e de convites dos equipamentos sociais dos territórios, foram realizadas duas ações de panfletagem (Terminal Rodoviário e Postos de Combustíveis) e de rastreamento das hepatites (em empresas localizadas no bairro), totalizando 338 Testes Rápidos para Hepatite C/HIV (com aconselhamento pré e pós testagem), sendo dois positivos para HIV e um positivo para Hepatite C, e três encaminhamentos (referência/contra-referência) para o Serviço de Atendimento Especializado (SAE). Foi possível a percepção de impactos institucionais, sociais, e acadêmicos, entre eles: as articulações intersetoriais desta proposta proporcionou a integração entre diversas instituições [ONG Grupo Vencendo com Cristo de apoio aos portadores de hepatites (GVC), Unimed Natal, Secretaria Municipal e Estadual de Saúde (SESAP), Faculdade Maurício de Nassau, UFRN, Universidade Potiguar (UNP), Associação de Portadores Hepáticos do RN (APHERN); a possibilidade de desenvolvimento simultâneo de atividades coletivas de prevenção das hepatites virais em mais de uma Unidade de Saúde da Família, ampliando o escopo de atuação para além de um cenário apenas; a introdução precoce dos graduandos dos cursos de saúde aos cenários reais de ensino-aprendizagem representou uma oportunidade ímpar de vivência multiprofissional das atividades propostas durante a formação; a apresentação das ações realizadas durante eventos regionais, nacionais e internacionais. Considerações finais: Esta experiência extensiva estimulou a responsabilidade de compreender contextos capazes de pôr em risco a saúde da população, propondo ações, especialmente, preventivas e de promoção de saúde. A partir desta vivência foi possível encaminhar as recomendações de continuação da realização de ações educativas participativas junto aos profissionais de embelezamento, adscritos a outras unidades da Estratégia saúde da Família, bem como discussão e disponibilização de normas e protocolos voltados aos serviços de manicure, pedicure, tatuagem, piercing e maquiagem definitiva. A proposta contribuiu com as necessidades de qualificação da gestão dos programas e das equipes gestoras municipais e estadual, somando às iniciativas de organização do cuidado integral às pessoas em relação à atenção às Hepatites Virais, para construção do processo estruturação de redes de atenção à saúde.

4289 Produção de vídeo documentário no ensino sobre políticas afirmativas em saúde
sandra bonfim queiroz, jarbas goes nunes

Produção de vídeo documentário no ensino sobre políticas afirmativas em saúde

Autores: sandra bonfim queiroz, jarbas goes nunes

O ensino em políticas afirmativas em saúde tem sido um desafio na construção de uma universidade mais democrática, e na formação de profissionais comprometidos com direito ao acesso e qualidade dos serviços de saúde. A Universidade Estadual de Saúde de Alagoas (uncisal) se comprometeu desde 2011 a abordar transversalmente em sua estrutura curricular e em disciplinas específicas conteúdos e vivencias ligados a temas que envolvem gênero e educação étnico racial, no sentido de formação de profissionais de saúde aptos a atuarem de maneira ética e qualificada num cenário de diversidade social próprio do Estado de Alagoas. Dentre estas experiências destaca se o módulo de ética e alteridade em saúde, desenvolvido com integração dos diversos cursos de saúde, com propostas de vivencias práticas e teóricas junto a temas que envolvem o desenvolvimento das políticas afirmativas em saúde e democratização do acesso a saúde. Neste sentido, nosso objetivo aqui é fazer um relato de experiência do módulo, no sentido de apresentar e discutir sobre a construção deste espaço curricular juntos aos alunos de nossa universidade. A proposta é trocar experiências quanto a estratégias e metodologias de ensino do tema na formação dos profissionais de saúde, focando na produção de vídeos como uma possibilidade metodológica privilegiada. Justifica-se em vista de ser um tema ainda pouco trabalhado na formação em saúde, normalmente comprometida com o viés biomédico, e que por vezes ignora aspectos culturais e éticos que desafiam o cotidiano da atenção à saúde. Para isso apresentaremos de maneira geral a disciplina e discutiremos a partir das vivências as vantagens e dificuldades com relação ao uso de produção de vídeo documentário como estratégia metodológica. O modulo de ética e alteridade em saúde possui uma carga horária de 60 horas e é desenvolvido de maneira integrada entre os cursos de medicina, fisioterapia, fonoaudiologia e Terapia ocupacional, de forma tutorial e com metodologias ativas. No inicio da implantação da disciplina, mesmo com uma avaliação positiva, os alunos queixavam-se da pouca vivencia junto aos grupos e contextos tratados em sala de aula. Foi então que surgiu a ideia de produção de vídeos, numa perspectiva tutorial e imersão em campo. Após oficinas de produção áudio visual, os alunos logo no inicio da disciplina demarcam temas numa perspectiva interseccional, tais como: saúde da mulher de terreiro, Ser mulher indígena, luta pela saúde entre transexuais negras. Após a etapa da construção do tema de cada equipe, os alunos e alunas vão a campo sob tutoria para contrução do campo e do roteiro, com a missão de desenvolver um documentário sobre cada tema e fazer monitoria do tema junto ao restante da turma. O final da disciplina é marcado por um evento de extensão que movimenta toda universidade e marca uma grande troca de experiências e debates sobre as vivências de cada equipe. A cada semestre a qualidade dos vídeos tem marcado o encontro e abre espaço para o debate sobre a democratização da saúde e qualificação do profissional junto a populações especificas.

4226 EDUCAÇÃO EM SAÚDE: A PREVENÇÃO E CUIDADOS DA TUBERCULOSE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
monica santos de araujo lima, Izabela Cristina Valdevino da Silveira, Adriele Luna França, Greyciane Ferreira da Silva, Daiane de Souza Fernandes, Chiara Silmara Santos Silva

EDUCAÇÃO EM SAÚDE: A PREVENÇÃO E CUIDADOS DA TUBERCULOSE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: monica santos de araujo lima, Izabela Cristina Valdevino da Silveira, Adriele Luna França, Greyciane Ferreira da Silva, Daiane de Souza Fernandes, Chiara Silmara Santos Silva

Introdução: O Brasil é um dos 22 países que a Organização Mundial da Saúde prioriza para o combate da Tuberculose uma vez que o país faz parte dos 80% da carga mundial da doença cujo total no mundo é de 9,27 milhões de casos novos a cada ano. Apesar da taxa de incidência global estar diminuindo lentamente, no Brasil, anualmente, morrem cerca de 4,5 mil pessoas acometidas com essa doença curável e evitável. O Ministério da Saúde, visando o combate à patologia que continua sendo um dos mais importantes problemas de saúde pública, desenvolve estratégias de prevenção e controle, levando em consideração os aspectos socioeconômicos e de saúde pública. Dentro das estratégias de prevenção o Ministério destaca o envolvimento e a mobilização da comunidade com o objetivo de reduzir o estigma e a discriminação dos pacientes e para que o diagnóstico seja feito o mais precocemente possível e com a máxima participação das pessoas afetadas. As concepções pedagógicas utilizadas na ação foram a humanista e a cognitivista por se encaixarem no objetivo proposto uma vez que a primeira se relaciona ao fato dos executores facilitarem o processo de ensino e aprendizagem e por proporcionar aos ouvintes melhor compreensão do tema abordado, valorizando a comunicação, interação e valorização dos conhecimentos prévios e a segunda concepção refere-se a ação mútua que incentive a troca de experiências e a ajuda entre os participantes. No âmbito do cuidado de enfermagem a tecnologia em questão pode ser classificada como participativa, visto possibilitar a educação na saúde por meio representação esquemática sobre a Tuberculose. Todavia, no que tange a categoria na área da saúde, a tecnologia em questão se enquadra na categoria de tecnologia leve-dura, por inserir o processo de produção da comunicação e diálogo entre o público alvo e o (os) executo (res) da ação educativa, isso por meio de equipamentos, exigindo por parte dos educadores conhecimentos e conceitos relacionados à área da saúde com o intuito de propagação de informação. Objetivo. Relatar, a experiência a partir de uma ação educativa destinada aos usuários de uma unidade básica de saúde, referindo conhecimentos acerca da Tuberculose. Descrição da Experiência: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, vivenciado por acadêmicos de enfermagem, vinculado a atividade curricular Atenção Integral à Saúde do Idoso, da Faculdade de Enfermagem, da Universidade Federal do Pará. O local do estudo foi uma Unidade Básica de Saúde localizada no bairro do Guamá, periferia de Belém/PA, por dispor de sala para tratamento e acompanhamento pelos esquemas padronizados na atenção básica para a TB, fazendo parte da Rede de Atenção à Saúde, estabelecida pela portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010. Apesar da importância da prevenção e combate à doença, foi observado durante o estágio vivencial que a população não tem conhecimentos suficientes sobre a infecção. Para obtenção dessas informações foi realizada escuta sensível com os usuários que frequentam a Unidade e que aguardavam atendimentos para exames e/ou consultas nos espaços coletivos da Unidade, os quais relataram que gostariam de saber os sintomas, tratamento, forma de transmissão, e o que é a doença. Dessa forma, foi identificada a necessidade de orientar os clientes sobre a Tuberculose por meio de uma ação educativa que abordasse o tema. O público alvo foi os usuários da Unidade de Saúde que aguardavam atendimento. A ação ocorreu por meio de um programa de televisão chamado TVSaúde. No qual a apresentadora que era uma acadêmica, conduziu o programa de televisão que continha um cartaz com cinco perguntas enumeradas sobre tuberculose. As perguntas estavam cobertas com os números de um a cinco, sendo reveladas somente quando os telespectadores fizessem a escolha do número que lhe agradasse. Para a seleção do telespectador, a repórter entregava um telefone móvel que passava de mão em mão dos usuários (telespectadores) presentes, sendo simultaneamente cantada uma música educativa sobre a doença, num determinado momento, o telefone tocava e a música parava e o telespectador que estivesse com o telefone na mão, entrava ao vivo no programa. Após a escolha do numeral, este respondia a pergunta que escolheu, sendo que se faziam presentes no palco acadêmicas que eram as “enfermeiras convidadas” do programa para julgar se o telespectador acertou ou errou a resposta, além de auxiliar no entendimento da mesma e esclarecer as dúvidas, caso houvessem. A repórter com um microfone fazia a ponte entre o telespectador e a apresentadora e assim era colocado em prática o jogo educativo de perguntas e respostas. Tudo estava bem colorido e divertido para prender a atenção da plateia, garantindo assim, um aprendizado descontraído e educativo. Era esperado com a ação educativa que os usuários participassem de forma descontraída e efetiva. Que respondessem às perguntas feitas mesmo que não soubessem as respostas e que absorvessem as informações mais relevantes sobre a tuberculose, sendo que durante todo o processo os executores da ação buscavam instigar a participação do público. Resultados: ao final da atividade educativa, verificou-se que em princípio os usuários estavam retraídos e desconfiados com um grupo de pessoas chamando a sua atenção, no entanto com o decorrer da ação foram se tornando mais receptivos e participativos. A Atividade executada simulando um talking show, teve uma ótima receptividade pelos usuários que participaram de forma expressiva, que mesmo de forma equivocada respondiam as perguntas sobre a tuberculose. Pode-se observar que a maioria dos usuários não tinha muitas informações sobre a patologia, mas ao concluir a ação foi possível verificar que os mesmos já tinham fixado algumas informações importantes sobre a doença. Deve-se destacar a limitação dos usuários em responder as perguntas, em razão da população não receber informações da mídia e outras fontes de forma satisfatória para a total prevenção e tratamento da doença. A metodologia utilizada teve impacto positivo por ser diferente e dinâmica com a participação efetiva dos usuários.  Conclusão: Foi observada a importância das ações educativas no que concerne a educação em saúde porque demonstra a efetividade e aproveitamento da metodologia utilizada para levar à população informações relevantes para a prevenção, combate e tratamento das doenças curáveis e preveníveis, uma vez que o conhecimento adquirido é colocado em prática pela população, evitando-se agravos e mortes das pessoas infectadas com o bacilo de Koch, causador da Tuberculose

5082 Feiras de saúde e o impacto sobre a importância da educação em saúde para co-responsabilização às necessidades de saúde: um relato de experiência no HealthRise Vitória da Conquista - Bahia.
Julliane Santos Correia, Daniela Soares, Danielle Medeiros, José Louzado, Kelle Oliveira, Márcio Galvão Oliveira, Matheus Cortes, Sostenes Mistro, Vanessa Bezerra

Feiras de saúde e o impacto sobre a importância da educação em saúde para co-responsabilização às necessidades de saúde: um relato de experiência no HealthRise Vitória da Conquista - Bahia.

Autores: Julliane Santos Correia, Daniela Soares, Danielle Medeiros, José Louzado, Kelle Oliveira, Márcio Galvão Oliveira, Matheus Cortes, Sostenes Mistro, Vanessa Bezerra

Apresentação: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) apresentam grave problema de saúde pública por apresentarem alta taxa de mortalidade no mundo. No Brasil, a hipertensão e diabetes acometem grande parcela da população e são responsáveis por uma série de complicações clínicas, das quais, muitas estão relacionadas à resistência dos pacientes ao tratamento, o que dificulta o processo de co-responsabilização da saúde entre profissionais e pacientes, tornando-os mais vulneráveis a riscos de adquirirem maiores comorbidades e risco de óbito. Desse modo, o presente resumo se refere a um relato de experiência vivenciado nas feiras de saúde que fazem parte das atividades organizadas pelo projeto de pesquisa e extensão HealthRise - financiando pela fundação Medtronic -  em conjunto com unidades de saúde do município de Vitória da Conquista, Bahia, que visam realizar o rastreamento e busca ativa de pessoas acometidas com hipertensão e diabetes, para que assim sejam acompanhadas em suas respectivas unidades. Esse trabalho tem como objetivo apresentar, com base nos atendimentos, o pouco conhecimento dos pacientes sobre sua condição clínica e o impacto disso para a co-responsabilização da saúde. Desenvolvimento: A experiência deste relato foi vivenciada nas feiras de saúde que se organiza por setores de medidas antropométricas, glicemia, aferição de pressão arterial, entrevista, coleta de sangue e fluxo. Todos os setores possibilitam um breve contato com os pacientes, no entanto, o método utilizado foi por observação participativa durante a aferição de pressão arterial, na qual são realizadas algumas perguntas, tais como: “o (a) senhor (a) tem pressão alta ou diabetes?”, “toma algum remédio / qual frequência?”, finalizando com uma breve orientação a respeito das doenças. Impactos da experiência: A atuação nas feiras de saúde possibilitou perceber que muitas pessoas acometidas por hipertensão e diabetes, têm conhecimento dos diagnósticos, mas desconhecem a cronicidade e o que elas provocam em seu corpo. Outro fato é que em alguns casos só foi possível saber se o paciente tinha hipertensão quando se questionava o uso de algum medicamento para a doença. Além disso, muitos pacientes demonstraram realizar práticas inadequadas no tratamento medicamentoso, relatando não fazer uso de acordo com prescrição médica. Considerações finais: A Participação nas feiras de saúde tem possibilitado refletir sobre a possível fragilidade em como os diagnósticos de hipertensão e/ou diabetes tem sido passados para os pacientes, uma vez que, a maioria das pessoas atendidas apresenta pouco conhecimento sobre as doenças. Permite, ainda, relacionar a falta de conhecimento suficiente sobre as doenças com a prática inadequada do tratamento medicamentoso, expondo dessa forma os pacientes a agirem de modo equivocado no autocuidado, aumentando os riscos de desenvolverem complicações clínicas. Em virtude disto cabe ressaltar a importância do desprendimento da linguagem técnica dos profissionais de saúde na transmissão de informações para os pacientes, com uso de uma linguagem contextualizada, para promover melhor compreensão. Nessa perspectiva, destaca-se a importância da educação em saúde como ferramenta crucial para a promoção do empoderamento dos pacientes a respeito de sua condição de saúde, práticas de autocuidado e assim promover a co-responsabilização da saúde.