513: Realidade heterogênea: experiências singulares
Debatedor: Cristiene Ribeiro da Conceição
Data: 28/10/2020    Local: Sala 26 - Rodas de Conversa    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
5936 SAÚDE PÚBLICA: SONHO OU REALIDADE? UMA ABORDAGEM FEITA DENTRO DA COMUNIDADE INDÍGENA KAXINAWÁ DE NOVA OLINDA DO ALTO RIO ENVIRA – FEIJÓ, AC, BRASIL
Valdemar Matos Paula

SAÚDE PÚBLICA: SONHO OU REALIDADE? UMA ABORDAGEM FEITA DENTRO DA COMUNIDADE INDÍGENA KAXINAWÁ DE NOVA OLINDA DO ALTO RIO ENVIRA – FEIJÓ, AC, BRASIL

Autores: Valdemar Matos Paula

Apresentação: O Estado do Acre registra hoje cerca de 36 Terras Indígenas (TIs) reconhecidas pelo Governo Federal, distribuídas em 11 dos 22 municípios, representando 14,6% do território acreano. Neste território habitam 15 povos indígenas de três famílias linguísticas (Pano, Aruak e Arawa), que somam uma população de pouco mais de 18.300 índios, e essa diversidade de etnias, de povos e ao mesmo tempo de pessoas, nos permite pensar em alguns problemas, como por exemplo, como ocorre a atenção de sanidade pública, para essas populações? A região do Alto Rio Envira – Feijó, Acre, é habitada por diferentes etnias indígenas e tribos isoladas que vivem na floresta Amazônica. Entretanto, estas comunidades possuem pouco conhecimento de princípios básicos de Higiene pessoal, ocasionando assim a incidência de doenças que podem acarretar até mesmo na morte. O País apresenta alguns programas que são voltados para atender as necessidades destes povos, mas de fato essa assistência tem sido realizada de forma correta? Nesse contexto, e com o propósito de apresentar uma necessidade dos povos indígenas, o presente trabalha se baseia de forma revisada em outros trabalhos da mesma linha de pesquisa e também, de maneira relatada por alguém que esteve dentro da comunidade indígena, para apresentar que as comunidades indígenas da etnia Kaxinawá, cada vez mais tem sido desassistida pelo poder público, algo que pode ser constatado quando ocorrem visitas nessas comunidades ou até mesmo após ser realizada uma revisão na literatura.  Desta maneira o presente estudo afirma que existe uma necessidade do Governo Federal em olhar com mais atenção essa lacuna, referente aos povos que residem em locais distantes, tendo em vista que esses povos também são seres humanos e precisam ser mais respeitados e representados dentro da nossa sociedade.

6647 REDESCOBRINDO NOVAS MANEIRAS DE SER E ESTAR NOS VERBOS DA VIDA: A SOLIDARIEDADE NA PROMOÇÃO DE REDES/ENCONTROS EM MARICÁ
Ranulfo Cavalari Neto, Gilson Luiz de Andrade, Pedro Victorino Carvalho de Souza, Rebeca Azevedo Machado Pinto, Leonardo Fontainha, Ualace Carvalho, Andressa Verônica da Silva Santos, Kelly Rodrigues

REDESCOBRINDO NOVAS MANEIRAS DE SER E ESTAR NOS VERBOS DA VIDA: A SOLIDARIEDADE NA PROMOÇÃO DE REDES/ENCONTROS EM MARICÁ

Autores: Ranulfo Cavalari Neto, Gilson Luiz de Andrade, Pedro Victorino Carvalho de Souza, Rebeca Azevedo Machado Pinto, Leonardo Fontainha, Ualace Carvalho, Andressa Verônica da Silva Santos, Kelly Rodrigues

Apresentação: A experiência de grupo se dá quando os indivíduos interagem entre si, compartilhando normas, objetivos e vivências em uma mesma atividade. O grupo REDEScobrindo compõe-se do esforço de pessoas com diferentes experiências e realidades para discutir os temas de Direitos Humanos, Inclusão Social e Drogas em Maricá RJ. O objetivo do grupo é produzir a transformação das práticas aliada à reflexão crítica dentro de diferentes setores, serviços e coletivos, visando à garantia de direitos como a Saúde, Educação e Assistência Social, de forma equânime e sem diferenciação de raça/cor, gênero, classe social ou qualquer juízo de valor alheio aos direitos que estão (ainda) garantidos pela constituição brasileira. O trabalho feito nesse grupo advém da noção de práxis transformadora (ação-reflexão-ação) sob a égide da práxis política e da transformação social. Tal tarefa torna-se possível a partir das relações construídas pelos diferentes atores nesse processo, que estão REDEScobrindo uma nova forma de transformação da realidade neste município. A prática clínica, a prática pedagógica e as ações realizadas no cotidiano de trabalho, estudo e cidadania desses atores conduzem as discussões, produzindo afetos, parcerias, inquietações, alegria e, por vezes, indignação. Todos esses sentimentos são transpostos e ressignificados pelo desejo de participar de um amadurecimento coletivo que busca por desconstruções. Desde 2014 em trabalhos construídos de maneira Intersetorial despertou-se o desejo coletivo de fortalecer uma frente de trabalho que contribuísse para a educação permanente dos profissionais atuantes nas políticas sociais. De modo a colaborar com os processos de trabalho estabelecidos nos mais diversos setores da sociedade e serviços públicos de Maricá. Tais processos de trabalho estavam imersos na preocupação específica relacionada à descriminalização e ao preconceito em torno dos usuários de álcool e outras drogas, articulando nesse primeiro momento setores como: Saúde, Educação e Assistência Social. As premissas que conduziam o trabalho estabeleciam relação com os conceitos de promoção da saúde, prática educativa, qualidade de vida, participação popular, garantia de direitos, território e produção de cuidado. Em 2019, foi realizada a V Conferência Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas, organizado pelo Conselho Municipal de Enfrentamento à Dependência Química e ao uso Abusivo de Álcool e outras Drogas de Maricá (COMAD) com apoio da Secretaria de Assistência Social. No mesmo semestre também ocorreu dois encontros do ‘Fórum de Discussão Sobre e Com a População em Situação de Rua’, o primeiro com a temática “Sistema Único de Assistência Social (SUAS) para quem precisa” e o segundo com a temática: “Estratégia de Cuidados: compartilhando experiências para pensar nas práticas”. Os fóruns vieram para suprir a necessidade de formação continuada dos profissionais, concomitante a imperativa carência local de identificar as reais necessidades e demandas da população em situação de rua que circulam por Maricá. Em torno desses eventos e mobilizações foi tomando corpo o movimento de fortalecimento de um coletivo, onde há produção de múltiplos encontros entre pessoas com afinidade nas temáticas supracitadas e demais com o interesse em entender tal conjunto de questões, que permeiam a população em situação de rua. Assim, a partir de um desses parceiros, atuante no Consultório na Rua de Niterói, município vizinho a Maricá, passou a integrar o projeto o pesquisador Paulo Silveira, o qual possui contatos com outros pesquisadores da temática “Sociedade e drogas”, inclusive internacionais, como Susan Boyd e Dan Small. Por conseguinte, surge o interesse dos profissionais do Serviço de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas (SAPAD) e no Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS), ambos da Assistência Social, de conduzir junto a esses pesquisadores o projeto “Drogas e Inclusão Social”, o qual já vem sendo desenvolvido em outros municípios, por exemplo Niterói. (?????) Entretanto, em Maricá emerge a ideia e o interesse em transformar tal projeto em um curso direcionado aos profissionais, projetado para o ano de 2020. No primeiro encontro, com o teleconferencista Dan Small, professor e pesquisador canadense, decidiu-se construir um grupo de WhatsApp, para organizar e estruturar o curso. Através do grupo criado, algumas discussões são construídas e pensadas, uma delas fazendo nascer a ideia da implementação do REDEScobrindo, que traz uma ideia de se construir REDES, da maneira mais instituinte possível, com afeto e encontros, na inventividade e busca de se estabelecer aquilo que Espinosa (DELEUZE, 2002) define como bom encontro, quando tem significado de aumento de potência da vida. Ao divulgar essa iniciativa e com a parceria de outros atores, o curso denominado “Redescobrindo, Práticas de Proteção e Garantia de Direitos” será oferecido como curso de extensão, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF). Metodologicamente, serão quatro encontros, viabilizados via teleconferência com os pesquisadores supracitados, com tradução simultânea, e o último presencial com a visita do pesquisador Dan Small na cidade de Maricá. Desde então, o grupo REDEScobrindo vem se organizando via WhatsApp com a finalidade de articular-se e planejar atividades para viabilização do curso bem como, a possível organização e criação de um livro sobre as experiências exitosas e inovadoras em Maricá que foram importantes para os serviços, coletivos e movimentos sociais, produções que tiveram um caráter interdisciplinar e intersetorial que vão de encontro à premissa de justiça social, democracia e coletividade, a qual o grupo acredita e aposta. Nesse início de 2020, o coletivo do Curso REDEScobrindo vem ampliando seus participantes, e atualmente é composto por pessoas que são usuárias dos serviços de assistência social, gestores, pedagogas, estudantes, estagiários, redutores de danos, psicólogos, professores, assistentes sociais, jornalistas, advogados, médicos, enfermeiros, representantes de coletivos e movimentos sociais, entre outros. Tal grupo conta também com a participação de pessoas de outros estados brasileiros, como Pará, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, interessadas em contribuir com o curso e trocar experiências. Este, conforme mencionado, está em crescente ampliação e compõe-se atualmente de mais de cento e vinte interessados nesse exercício, que é o de repensar as práticas e descobrir novas formas de produzir cuidado em saúde, de garantir direitos e acesso aos serviços, de educar para a cidadania e de viver em coletividade. Hodiernamente, o que tem nos afetado é a possibilidade de uma construção coletiva via rede, que tem se tornado social pela implicação de seus membros, que de forma reflexiva e instituinte, tem buscado pensar estratégias de cuidado do outro que extrapole o que já tem-se como dado e consolidado pelas políticas públicas vigentes. Neste sentido, mais do que um grupo social midiático, temos buscado utilizar a tecnologia, presente através do grupo de WhatsApp e das teleconferências, como dispositivos para aquecer a rede que se traça no fazer coletivo. Assim, busca-se atuar REDEScobrindo caminhos para a participação popular e cidadania dos munícipes de Maricá, traçando linhas de fuga daquilo que está instituído e capturado pela sociedade de controle (DELEUZE, 2013), que nos circunda e torna as políticas sociais parte do aparato para sequestrar a vida, esgotando ao máximo o interesse de vínculos dos indivíduos, com tutelas escravizantes. Enfim, o REDEScobrindo se insere nesse contexto, como um agente em busca da solidariedade para promoção de vínculos em liberdade e a construção de espaços que favoreçam a emancipação popular e ampliação da vida.

6654 A IMPORTÂNCIA DA ADEQUAÇÃO DO DISCURSO E DA INFORMAÇÃO: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA O CONTROLE DA TUBERCULOSE EM ÁREA DE ELEVADA INCIDÊNCIA DE TUBERCULOSE DO RIO DE JANEIRO.
CARLOS JOSE BARBOSA DE CARVALHO

A IMPORTÂNCIA DA ADEQUAÇÃO DO DISCURSO E DA INFORMAÇÃO: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA O CONTROLE DA TUBERCULOSE EM ÁREA DE ELEVADA INCIDÊNCIA DE TUBERCULOSE DO RIO DE JANEIRO.

Autores: CARLOS JOSE BARBOSA DE CARVALHO

Apresentação: A tuberculose é uma infecção causada pelo Bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis) que ataca principalmente os pulmões - sendo capaz de afetar também outros órgãos, como cérebro, intestino e olhos. É considerada como um processo patológico negligenciado e sofre influência dos determinantes sociais de saúde e doença no que tange a pobreza, residências insalubres, e baixa escolaridade, principalmente em cidades populosas com acentuado processo de favelização e marginalização social.  Fatores como alcoolismo e infecção pelo vírus HIV que promovem a imunossupressão do sistema imunológico, acentuam a vulnerabilidade à doença. Considerada como um problema de saúde pública, observa-se um elevado número de casos e também de abandono ao tratamento na área assistencial de uma unidade de saúde da Atenção Básica, situada no Bairro da Penha – Rio de Janeiro. O controle da tuberculose requer ações permanentes, como as ofertadas pela Atenção Primária de Saúde que assegura o diagnóstico precoce dos casos e assistência qualificada ao paciente. A cura dos casos é uma das ações mais importantes para a interrupção da cadeia de transmissão e redução da incidência da tuberculose. A busca ativa da doença em populações com risco aumentado da doença é uma estratégia eficiente para reduzir custos e aumentar a detecção de casos e devem estar voltadas para os grupos com maior probabilidade de aquisição da doença. O atraso na identificação dos sinais e sintomas da tuberculose pulmonar pode ocorrer, gerando a procura tardia do serviço de saúde pelo paciente e pela inadequada avaliação do caso do sintomático respiratório (a tosse não costuma ser sintoma valorizado pelas equipes de saúde e pelos pacientes). As buscas de sintomáticos respiratórios podem se dar de forma passiva ou ativa e a atuação da equipe multiprofissional, inseridas na Atenção Básica, é de suma importância no manejo e cuidado dos pacientes que tem tuberculose, desde a captação do usuário até a conclusão do tratamento. Neste processo, enfatiza-se o trabalho do agente comunitário de saúde que atua no tratamento diretamente observado e que busca atender as especificidades de cada usuário, estando atento ao acolhimento do paciente, a fim de propiciar- lhes o diálogo esclarecedor sobre a doença A falta de informações sobre esta temática é apontada na comunidade vigente, seja ela em grandes centros urbanos ou em comunidades. O desconhecimento sobre a doença influencia negativamente o manejo do cuidado e a atenção necessária para esse processo patológico, em profissionais e pacientes. Se faz necessário a difusão de informações, com a adequação do discurso para melhor compreensão por todos os pacientes e comunicantes. Para incrementar a troca e a produção de conhecimentos sobre tuberculose e o seu tratamento elaborou-se um folder, para uso dos agentes comunitários de saúde. Objetivo: Visando maior facilidade de comunicação durante suas práticas assistenciais, pautado em uma linguagem direta e de fácil entendimento. E que a nosso ver, pode contribuir para a concretização da equidade salutar. Desenvolvimento: Este relato de experiência faz parte de um projeto de extensão intitulado ‘Melhorias da Medicina da Família e Comunidade para o controle da tuberculose na Atenção Básica de Saúde “ que vem sendo desenvolvido por professores e alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro em uma clínica de família da Zona Oeste do Rio de Janeiro, local de elevada incidência de tuberculose com o objetivo de contribuir para a redução do abandono em áreas adjacentes à clínica.  O projeto foi aprovado pelos Comitês de Ética da referida Universidade e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Em uma primeira etapa de desenvolvimento do trabalho foi fundamental conhecer a nossa população de estudo e para isso aplicou-se o questionário Conhecimentos práticas e atitudes da Organização Mundial de Saúde, a 31 usuários, sendo 22 pacientes com tuberculose e nove comunicantes. Em resposta, constatou-se a existência de equívocos sobre a doença e o seu tratamento, como a forma de sua aquisição, de transmissão do paciente para seus familiares, do tratamento e de como se prevenir contra a doença. Muitas dúvidas viravam tabus e eram repassados adiante mediante conversas dos próprios usuários com seus contatos, prejudicando o manejo do cuidado e do tratamento eficaz da tuberculose. Assim, elaborou-se um folder com base na pesquisa bibliográfica, uso de texto pautado em uma linguagem simples, direta e também com a seleção de imagens ilustrativas e consequente discussão com o grupo de estudos fim de realizar as devidas correções. Em uma segunda etapa do projeto, planeja-se desenvolver uma roda de conversa com os agentes comunitários de saúde a fim de sanar as possíveis duvidas e elucidar a importância do conhecimento sobre a doença e de sua divulgação pelos agentes comunitários durante as atividades práticas que desenvolvem junto a usuários. Para desmistificar os tabus prevalentes que dificultam a busca pela assistência e a adesão ao tratamento. Planeja-se para tal, a aplicação de um questionário padrão a usuários, envolvendo os mitos e verdades sobre a tuberculose e seu processo patológico. Posteriormente será apresentado e discutido o folder “TUBERCULOSE TEM CURA!”  Em uma terceira etapa, almeja-se o desenvolvimento de rodas de conversa sobre a tuberculose que acontecerão nos corredores da própria clínica da família, nas salas de espera, enquanto os pacientes aguardam, sentados, diante dos consultórios, o atendimento. Participarão desta estratégia alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, agentes comunitários de saúde, usuários e eventuais integrantes do projeto presentes na clínica. Resultado: esperados: Com a elaboração do folder planeja-se a divulgação de informações sobre a tuberculose entre usuários da clínica e por dentre a comunidade, possibilitando a aquisição de informações. Desta forma planeja-se contribuir para o trabalho de educação e saúde desenvolvido pelos agentes comunitários de saúde com base no folder elaborado. Durante as estratégias educativas desenvolvidas com os agentes comunitários de saúde, almeja-se a valorização da experiência que possuem, a troca e a produção de conhecimentos, frente a algumas dúvidas prevalentes, a apresentação e discussão sobre o folder “TUBERCULOSE TEM CURA!”. Com a realização das rodas de conversa em sala de espera com usuários, almeja-se propiciar o fluxo de informações e a desmistificações de mitos desfavoráveis ao tratamento, minorar o estigma e promover a conscientização dentre os usuários ali presentes de que a tuberculose tem cura, a partir da discussão de dados contidos no folder sobre a doença. Em ambas as estratégias espera-se a difusão de informações sobre a tuberculose favorecendo a busca pela assistência mediante a percepção de sinais e sintomas da tuberculose pelos usuários. A longo prazo, estima-se que haverá uma diminuição dos números de pessoas que ainda enxergam a tuberculose como um tabu, o que pode contribuir para a maior adesão ao tratamento a partir da difusão da informação sobre a doença. Considerações finais: A aquisição de conhecimentos é um fator contribuidor do cuidado e da adesão ao tratamento da tuberculose e a  maneira como esta  informação chega até os usuários, é de suma importância, Neste aspecto, enfatiza-se a importância de desenvolvimento de projetos de educação em tuberculose junto às populações em áreas de maior incidência da doença, tendo em vista a cura da doença, a prevenção e a promoção da saúde a curto, médio ou longo prazo.

6706 A VACINAÇÃO NOS DIFERENTES ÂMBITOS SOCIAIS E CULTURAIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Clara Helena Corrêa Silva, Diego Emanoel Barros Pinto, Jaqueline Alves Ferreira, José Iago Ramos Oliveira, Lucyelle da Trindade Sousa, Maria Eduarda da Silva Aragão, Wanda Carla Conde Rodrigues

A VACINAÇÃO NOS DIFERENTES ÂMBITOS SOCIAIS E CULTURAIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Clara Helena Corrêa Silva, Diego Emanoel Barros Pinto, Jaqueline Alves Ferreira, José Iago Ramos Oliveira, Lucyelle da Trindade Sousa, Maria Eduarda da Silva Aragão, Wanda Carla Conde Rodrigues

Apresentação: A imunização é imprescindível por evitar epidemias e erradicar patologias em uma população e o profissional enfermeiro possui um papel fundamental no respeito e valorização dos pensamentos sobre a vacina nos diferentes povos e culturas que constituem o Brasil. A ideia surgiu diante da necessidade de propagar informações que sanassem dúvidas ou opiniões incongruentes do que venha a ser vacina, e como a inserir diante dessas circunstâncias estabelecendo, constantemente, o respeito e a valorização da sociedade e cultura de diferentes povos. Objetivo: Relatar e analisar a importância da vacina inserida diante da diversidade cultural e social, diferentes conceitos e pensamentos advindos da população sobre o assunto, assim como, compartilhar conhecimentos sobre a imunização. Desenvolvimento: Para essa pesquisa foram utilizados livros e artigos científicos para a obtenção de dados quantitativos e qualitativos para o desenvolvimento do conteúdo no instrumento utilizado. A metodologia utilizada na aplicação do trabalho consistiu na elaboração e distribuição de 40 cartilhas autoexplicativas para a comunidade presente na Unidade Básica de Saúde (UBS) Mangueirão da cidade Belém, onde foram abordados os seguintes tópicos: ”O que é vacina?”, “Qual a sua importância?”, “A diversidade cultural e a vacina”, “Políticas públicas sobre a vacinação”, “Calendário nacional de vacinação”, “Movimento antivacina” e o “Papel do enfermeiro”. O público alvo envolveu mulheres e homens, que proporcionou a interação entre acadêmicos de enfermagem e pacientes que estavam na sala de espera da UBS aguardando consultas e entregas de exames. A abordagem quanto a exposição do conteúdo foi individual (2 acadêmicos de enfermagem para cada 1 paciente) para uma maior e melhor compreensão acerca do assunto, assim como, proporcionar um espaço adequado às perguntas. Resultado: Durante a apresentação da cartilha, 40 pacientes a receberam e 70% dessas pessoas levantaram questionamentos acerca do tema apresentado. Com isso, incertezas sobre a importância da vacina e os calendários de vacinação foram demonstradas com mais ênfase. Nesse momento, apresentamos informações nas quais fornecessem respostas às perguntas dos indivíduos presente na UBS Mangueirão e como a imunização juntamente com o relativismo étnico é um instrumento essencial para a prevenção de patologias que já foram erradicadas e as que ainda estão em evidência na sociedade. Portanto, o objetivo da aplicabilidade da cartilha foi realizado com êxito, pois o público demonstrou prontidão para conhecer conteúdo apresentado e o espaço aberto a perguntas dos pacientes para os acadêmicos de enfermagem foi um dos pontos positivos no trabalho em campo. Considerações finais: Destarte, observou-se a importância dessa forma de imunização para a qualidade de vida da população e o interesse do público alvo em conhecer o conteúdo proposto e sanar dúvidas e possíveis carências quanto a compreensão sobre o tema. Por fim, é imprescindível destacar o papel do profissional de enfermagem na orientação acerca do calendário de vacinação para todos os grupos sociais.

6721 A PERCEPÇÃO DO PACIENTE COM TUBERCULOSE PULMONAR FRENTE A SUA DOENÇA, E A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O CONTROLE DA INFECÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Nayara Pontes Mateus Cavalcante, Maria Antônia Aleixo de Carvalho, Lúcia Maria Pereira de Oliveira

A PERCEPÇÃO DO PACIENTE COM TUBERCULOSE PULMONAR FRENTE A SUA DOENÇA, E A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O CONTROLE DA INFECÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Nayara Pontes Mateus Cavalcante, Maria Antônia Aleixo de Carvalho, Lúcia Maria Pereira de Oliveira

Apresentação: A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que acomete diversos locus do corpo humano, sendo a tuberculose pulmonar a de maior importância epidemiológica pelo acentuado risco de transmissão que possui. Calcula-se que, durante um ano, em uma  comunidade, um indivíduo que tenha baciloscopia positiva pode infectar, em média, de 10 a 15 pessoas. Em 2018, na população mundial registrou-se 10 milhões de casos de tuberculose e 1,3 milhão de óbitos pela doença. No Município do Rio de Janeiro, foram registrados em 2018, um total de 6.014 novos casos, uma taxa de 12% de abandono do tratamento e 4,2 mil óbitos em decorrência da doença. Embora se conheçam os principais mecanismos para o controle da doença, a tuberculose persiste como um problema de Saúde Pública mundial,  sendo ainda apontada como a primeira causa de morte por agente etiológico único. Como padrão assistencial, cabe à Atenção Primária de Saúde a oferta do tratamento gratuito e o uso de diversas estratégias aos pacientes com tuberculose, como as visitas domiciliares consideradas um espaço propício ao diálogo integrador entre profissionais de saúde, o paciente e seus familiares. Ademais, tem-se o tratamento diretamente observado, que consiste na tomada diária da medicação observada por um profissional de saúde. Nesse processo, os Agentes Comunitários de Saúde  têm papel importante, já que residem na localidade e fazem parte da comunidade, o que possibilita a criação de vínculos mais fortes e favorece a longitudinalidade considerados como fatores essenciais ao tratamento. Os agentes de saúde integram a equipe de saúde atuante nas clínicas de família, sendo o membro da equipe responsável pelo monitoramento da medicação, recomendado como estratégia de adesão pela Organização Mundial de Saúde. Nesse contexto, favorável a conversação,  o presente trabalho objetiva conhecer a demanda dos pacientes em tratamento para tuberculose, orientá-los mediante as dúvidas surgidas, incentivando a adesão ao tratamento. Desenvolvimento: Este relato de experiência integra um projeto de Extensão que foi aprovado pelos Comitês de ética em pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e que vem sendo desenvolvido por professores e alunos em campo assistencial de uma clínica de família da área programática 3.1 desse município. O estudo de cunho qualitativo usou um questionário para coleta de dados que foi aplicado durante visitas domiciliares. Esse instrumento investigativo padrão constituído por questões abertas e fechadas, foi adaptado às especificidades da população de estudo. Participaram desta prática assistencial uma acadêmica do Curso de Medicina e uma Agente Comunitária de Saúde que integra o grupo de profissionais da clínica de família localizada no bairro da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro. As visitas domiciliares aconteceram em duas residências do território da equipe Souza Neto caracterizado pelo contínuo processo de favelização. Nesta ação foram entrevistados dois pacientes distintos, ambos em tratamento para tuberculose pulmonar. Resultado: Após a tomada da medicação e conversação com a Agente Comunitária de Saúde, iniciamos  nossa apresentação pessoal  e o convite de participação.  Durante o preenchimento do questionário pela estudante de medicina, foi observado que os pacientes, um homem e uma adolescente, mãe de uma criança de dois anos (que também está em tratamento para tuberculose pulmonar), tinham muitas dúvidas sobre a doença. Em relação a transmissão da tuberculose, ela acreditava que sua filha adquiriu a doença pelo leite materno, ele que a doença vinha pelo uso compartilhado de cigarro entre colegas. Ambos relataram equívocos sobre o tratamento. Ele vivenciava o seu primeiro episódio da doença e demonstrava o desejo de abandono mediante a melhoria de seus sinais e sintomas da doença. Ela, já com histórias sucessivas de abandono do tratamento, dizia não entender porque não conseguia livrar-se da doença. Ademais, não sabiam como prevenirem-se da doença. Percebemos que ambos não realizavam o tratamento de forma adequada, por não saberem a necessidade de ser diário e contínuo, nem tão pouco que isso traria complicações, como a evolução para uma modalidade mais grave de doença, a tuberculose resistente. Desconheciam a infecção latente por tuberculose, a necessidade do seu controle e de tratá-la em seus contatos, como medida preventiva contra a tuberculose ativa. Percebemos ainda, que cada paciente tinha uma convicção própria sobre sua doença bem como a sua relação com o ambiente no qual estavam inseridos. Os determinantes sociais de saúde e doença também foram identificados ao longo do desenvolvimento desse trabalho, uma vez que corroboram a problemática da tuberculose vivenciada atualmente por esses pacientes. Observamos que ambos os pacientes viviam em casas simples, abafadas, com pouca luminosidade e sem adoção das medidas de prevenção. Cientes da realidade de vida predominante na área territorial da equipe Souza Neto e mediante contatos momentâneos, porém, próximos com pacientes que nos proporcionou esta constatação, as individualidades foram respeitadas e as dúvidas conversadas, com a preocupação de uso da linguagem simples e objetiva, almejando um diálogo esclarecedor sobre a doença. Posteriormente, orientações foram feias frente as demandas especificas e identificadas em  cada paciente. A ação culminou com a reflexão dos pacientes sobre a doença,  o papel e o real compromisso que possuem com o seu tratamento. Considerações finais: Durante as visitas domiciliares foram observadas muitas dúvidas e questionamentos por parte dos pacientes em relação a forma de transmissão, a prevenção e o tratamento. A falta de entendimento sobre a doença leva os pacientes a interromper o tratamento ou mesmo abandoná-lo de vez, tornando-os propagadores do bacilo e mantenedores do ciclo de transmissão da tuberculose. Portanto, é necessário que se ampliem as ações de educação em saúde, orientando os pacientes, seus contatos e toda a população, a fim de aumentar a taxa de adesão ao tratamento, reduzir o número de abandonos e implementar medidas de prevenção e controle da infecção. Os profissionais da saúde são fundamentais nesse sentido, e devem ser comprometidos com a orientação e acompanhamento desses indivíduos. A comunicação direta e o uso de uma linguagem simples pode contribuir para uma melhor compreensão da doença e da necessidade de tratamento. Para tanto, as ações de visitas domiciliares direcionadas a esses propósitos devem ser intensificadas, a fim de que o paciente se conscientize dos benefícios pessoais e coletivos da cura da doença. A associação entre visitas domiciliares/diálogo esclarecedor podem, a longo prazo, atuar como importante veículo de prevenção e de promoção da saúde e até contribuir para minorar o cenário atual da tuberculose no Rio de Janeiro.

6858 CONSTRUINDO O AUTOCUIDADO ATRAVÉS DO SABER POPULAR: A EDUCAÇÃO POPULAR COMO ESTRATÉGIA DE REDUÇÃO DE DANOS.
Dassayeve Távora Lima, Camilla Araújo Lopes Vieira, Bianca Waylla Ribeiro Dionisio

CONSTRUINDO O AUTOCUIDADO ATRAVÉS DO SABER POPULAR: A EDUCAÇÃO POPULAR COMO ESTRATÉGIA DE REDUÇÃO DE DANOS.

Autores: Dassayeve Távora Lima, Camilla Araújo Lopes Vieira, Bianca Waylla Ribeiro Dionisio

Apresentação: O cuidado em saúde mental na atenção básica se apresenta como uma das principais estratégias de superação do modelo manicomial outrora vigente. Isto se deve à concepção de que a atenção a pessoas em sofrimento psíquico deve ser realizada o mais próximo possível de seu contexto familiar, comunitário e social. Em suma, um paradigma de assistência que vise a superação dos modelos epistêmicos de cunho asilar, deve se pautar na construção de redes de cuidado que atuem sob a lógica do território, construindo com o usuário e seus familiares, estratégias de cuidado que dialoguem com a realidade em que estão inseridos e que explore a rede de relações que o usuário dispõe. Buscando alinhar-se a este horizonte ético-político, este relato diz de uma experiência em educação popular e sua articulação com a estratégia de redução de danos, realizada em um Centro de Saúde da Família do município de Sobral/CE, como parte de uma ação alusiva ao Novembro Azul. Tal ação foi pensada com vistas ao reconhecimento de um número significativo de homens, no contexto do território adscrito, que demandam de cuidados em saúde por questões decorrentes do uso problemático de álcool. Sendo assim, consideramos significativo trabalhar com estratégias de redução de danos para uso de álcool na ação em alusão ao Novembro Azul, compreendendo que esta era uma demanda de saúde da população masculina assistida pela unidade. Optamos ainda pela estratégia de redução de danos por entender que, além de ser a abordagem de cuidado em saúde preconizada pelo Ministério da Saúde, instituída pela Política Nacional de Cuidado Integral aos Usuários de Álcool e Outras Drogas, é também a estratégia de cuidado que enfatiza questões como autonomia, dialogicidade, escuta e humanização. A abordagem do redutor de danos, enquanto profissional de saúde, não é o de impor a abstinência ao usuário de drogas, mas sim, construir com ele estratégias de cuidado que se adequem ao seu contexto de vida, levando em consideração a autonomia dos sujeitos, compreendendo que este é sempre o principal responsável pelo seu autocuidado. É preciso ter ciência da postura livre de moralismos que o redutor de danos deve adotar, afinal, não cabe ao profissional da saúde ditar o que é melhor ou não para o usuário, mas sim, partindo do vínculo construído na relação, criar com o mesmo, meios de fazer um uso menos nocivo da substância e facilitar as estratégias de cuidado que o próprio usuário já adota no seu cotidiano, podendo ou não desemborcar num projeto terapêutico de abstenção. Em última análise, consiste numa abordagem dialógica que parte da realidade das pessoas e busca construir com estas, soluções factíveis para os seus problemas, o que aproxima tal estratégia dos pilares da educação popular, em especial, no âmbito da saúde. Desenvolvimento: Para a realização da atividade, foram pensadas duas etapas principais. Num primeiro momento fez-se a aplicação do teste AUDIT, que identifica o padrão de consumo do usuário e o classifica em categorias de uso que vai desde a abstenção até o uso abusivo e problemático do álcool. Este instrumento é indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) pela sua praticidade, de modo que qualquer profissional da saúde pode fazê-lo, bem como por trazer junto ao resultado, possibilidades de intervenção e orientações para a pessoa que faz uso de álcool. Nesse sentido, utilizamos a sala de reuniões do CSF para a realização da atividade. Informamos a todos os profissionais do serviço do que se tratava o momento e pedimos que orientassem os usuários que tivessem interesse. Além disso, realizamos um informe na sala de espera. Na porta da sala de reuniões, fixamos um cartaz com os dizeres: “Você pensa que cachaça é água? Faça o teste de como está o seu uso!”. O objetivo do cartaz era ser chamativo e leve, trazendo um ar de descontração para este momento. A aplicação dos testes foi realizada por uma assistente social e um psicólogo, adequando as questões de modo que a linguagem pudesse se dar de forma acessível. Sanou-se dúvidas gerais e orientou-se sobre o momento da roda de conversa. Neste momento, não foi dado o resultado dos testes, pois estes seriam o disparador da roda de conversa a ser realizada. Cerca de vinte pessoas participaram deste momento com a faixa etária das mais diversas idades. Resultado: Ao retornar, explicamos como se dava a pontuação de cada um e o que significava cada escore, de modo que apenas o usuário soubesse do seu resultado particular. Iniciamos a roda de conversa falando sobre o que eles entendiam sobre o resultado que acabaram de receber, de modo que, no geral, a grande maioria se identificou com o resultado. Conversamos ainda sobre a representação do álcool na nossa cultura, os motivos do ato de beber se tornar atrativo, quais os principais problemas que isso acarreta e suas vantagens. Esta última, no discurso do grupo, se dava principalmente pela ausência de alternativas de lazer no território, bem como para lidar com o cansaço da rotina de trabalho. A conversa se deu de forma leve e informal, e tentamos trazer da realidade destes, suas principais estratégias de autocuidado, negociando saberes, no intuito de construção de novas sínteses. A partir das experiências que os usuários traziam, buscamos associar os comportamentos de risco com as consequências que foram relatadas, tentando construir estratégias de uso menos nocivas. Muitos relataram surpresa por participarem de uma atividade como essa “no posto de saúde”, pois, segundo eles, a abordagem dos profissionais de saúde ainda é bastante controladora e se baseia, quase que exclusivamente, no amendrontamento e culpabilização do usuário, o que os afasta ainda mais dos serviços de saúde. A discussão sobre machismo e uso abusivo também se fez presente, pois, ainda é comum a associação entre virilidade e consumo excessivo de álcool. Muitos reafirmaram a pertinência disso, discutindo principalmente a compreensão de que é sinal de “fraqueza” um homem precisar de ajuda, o que corrobora com a constatação geral de que é muito difícil aproximar a população masculina dos serviços de saúde. Ao final da atividade, muitos deles afirmaram que seriam multiplicadores das discussões levantadas na roda de conversa, e que se atentariam mais às questões que foram trazidas. Por fim, distribuímos panfletos informativos sobre noções básicas de redução de danos e serviços que compõem a rede de atenção psicossocial. Considerações finais: Entendemos que ações como esta são fundamentais para o cuidado das pessoas que demandam cuidados em saúde por conta do uso de álcool e outras drogas, pois, parte do desejo e da realidade delas para construir novas formas de autocuidado. Importante frisar que não é pela enxurrada de informações que se consegue transformar uma realidade, seja individual ou coletiva. É preciso partir do ponto em que o usuário está para que este se enxergue e se implique no processo. Importante ainda levar em consideração a realidade concreta em que estes sujeitos se encontram, pois é a partir desta que suas ideias e representações subjetivas são formadas, o que implica diretamente no modo de ser e estar no mundo, problematizando o geral e construindo o individual.

7432 A PRÁTICA TRANSFORMADORA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UMA ESCOLA DA REDE PÚBLICA DE MANAUS – RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Brenda Rufino de Sousa, Brenda Rufino de Sousa, Ariane Galvão de Oliveira

A PRÁTICA TRANSFORMADORA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UMA ESCOLA DA REDE PÚBLICA DE MANAUS – RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Brenda Rufino de Sousa, Brenda Rufino de Sousa, Ariane Galvão de Oliveira

Apresentação: A educação em saúde pode ser entendida como um instrumento de construção da participação popular nos serviços de saúde e, ao mesmo tempo, de aprofundamento da intervenção da ciência na vida cotidiano das famílias e sociedades (1). O enfermeiro desempenha função importante para a população, pois participa de programas e atividades de educação em saúde, visando à melhoria da saúde do indivíduo, da família e da população em geral. Este estudo tem como objetivo descrever a experiência positiva e transformadora da prática da educação em saúde sob a perspectiva de uma acadêmica do 5º período do curso de graduação em Enfermagem de uma instituição privada de ensino superior do Estado do Amazonas. Desenvolvimento: Estudo descritivo do tipo relato de experiência acerca da atividade de educação em saúde que abordou as temáticas Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST (HIV, HPV, Herpes, Clamídia e Gonorreia) e Métodos Contraceptivos (vacina contra o HPV, preservativos masculinos e femininos, contraceptivos orais, injetáveis e de emergência) com a supervisão da docente do curso de enfermagem, responsável pela disciplina Saúde da Criança e do Adolescente. A atividade foi desenvolvida em uma escola de ensino público de Manaus, realizada por um grupo de 12 acadêmicos em duas turmas de ensino fundamental, 8º e 9º ano, composta por cerca de 35 alunos, entre a faixa etária de 13 a 18 anos. Cerca de 70 alunos, entre meninos e meninas, foram alcançados pela atividade realizada. A abordagem das temáticas citadas ocorreu através de uma apresentação expositiva dialogada com o auxílio de Banners, contemplando o conteúdo teórico por meio de textos e imagens com referências atualizadas, distribuição de folders e preservativos orientando os adolescentes quanto ao risco de adquirir as infecções sexualmente transmissíveis citadas, gravidez indesejada e o uso correto dos preservativos e anticoncepcionais. Resultado: O público-alvo da atividade (adolescentes) se encontra mais vulnerável as ISTs e gravidez indesejada, por estarem iniciando sua vida sexual, e demonstraram desconhecimento quanto aos métodos contraceptivos e a forma de transmissão das ISTs abordadas. Houve questionamentos quanto ao uso dos contraceptivos de emergência, principalmente pelas alunas do sexo feminino, além de dúvidas quanto ao manuseio do preservativo feminino. O público masculino, os questionamentos se concentraram na forma de transmissão das infecções e suas manifestações clínicas. Considerações finais: A atividade realizada foi de suma importância para formação acadêmica, visto que foi possível identificar na prática a importância do enfermeiro no papel de educador, ampliando a sua abordagem por meio da educação em saúde pôde estabelecer uma relação de confiança com este público contribuindo para a difusão de informação relevante para a saúde pública, além de desmistificar o tabu sobre educação sexual nesta fase da vida. Referências: (1) Vasconcelos E. Educação popular como instrumento de reorientação das estratégias de controle das doenças infecciosas e parasitárias. Cad Saúde Pública 1998; 14(Supl 2):39-57.

7466 RELATO DE EXPERIÊNCIA NA COMUNIDADE TRADICIONAL PEDRA DO SAL
Lorrayne Galdino, Eugênia Gadelha, Antonia Iara Alexandrino, Fernanda Ivna Campos, Lourdes Vitória Macambira, Ronathan Sousa

RELATO DE EXPERIÊNCIA NA COMUNIDADE TRADICIONAL PEDRA DO SAL

Autores: Lorrayne Galdino, Eugênia Gadelha, Antonia Iara Alexandrino, Fernanda Ivna Campos, Lourdes Vitória Macambira, Ronathan Sousa

Apresentação: O presente trabalho se propõe a descrever a experiência dos alunos do 6° período de Psicologia, da Universidade Federal do Piauí (UFPI) no estágio básico em Psicologia Comunitária. Trata-se de um conjunto de ações desenvolvidas no território da Pedra do Sal (PI), entre elas, incursões ao território e rodas de conversa com o objetivo de promover a valorização do saber popular através do resgate da memória e história local. Desenvolvimento: A comunidade da Pedra do Sal, localizada no município de Parnaíba (litoral do Piauí) se caracteriza como comunidade tradicional de pescadores artesanais que sofre os efeitos dos conflitos socioambientais gerados pela especulação turística-imobiliária, grilagem de terras e exploração de energia eólica, além da prática da pesca predatória. Os moradores denunciam que a instalação de parques eólicos em seu território provoca alterações significativas em suas práticas ancestrais e que não usufruem da energia produzida. A fim de conhecer melhor a problemática realizaram-se incursões ao território guiadas por nativos. Caminhou-se por uma extensa área que, segundo eles, era composta por mata nativa e hoje encontra-se devastada pelas obras da eólica, apesar de ser uma área reconhecida por lei como Área de Preservação Ambiental (APA). Além do desmatamento a implantação do parque eólico aterrou lagoas, destruiu sítios arqueológicos e privatizou grandes glebas de terra limitando a livre circulação dos moradores e animais. A flora local se encontra drasticamente reduzida e com grandes alterações na produção regular de frutos. Um morador relatou diversos impactos no modo de vida, no meio ambiente e na fonte de renda dos habitantes da região: atividades de coleta de frutos e criação de pequenos animais estão comprometidas, o óleo que escapa dos aerogeradores polui a água das lagoas e o solo inviabilizando a pesca e a reprodução da flora e da fauna local. Assim, a implantação da energia eólica além de comprometer o livre acesso ao território de vida, promove desequilíbrio e destruição do complexo ecossistema local, ameaça a segurança alimentar e nutricional dos moradores e no plano psicossocial agudiza o sofrimento. Percorrendo o caminho para o Morro do Urubu, com outra coletora e artesã, verificou-se as mesmas queixas. Durante o trajeto ela mostrou áreas do território que eram habitadas por uma grande diversidade de animais e que após a chegada da eólica houve o desaparecimento de uns e extinção de outros, além disso, há relatos de famílias que tiveram as suas casas invadidas por animais devido a destruição de seus habitats naturais. Seguindo o percurso, também neste espaço as lagoas sofreram diminuição de sua extensão e vegetações que perderam a produtividade regular de seus frutos, principalmente carnaúbas, de grande proveito para a produção de artesanato. Resultado: Posto isso, elaborou-se uma proposta de intervenção baseada em momentos continuados, a partir do acolhimento às queixas dos trabalhadores em relação à desunião e falta de participação popular na luta pelo território. Sendo assim, realizou-se uma atividade cultural na escola da comunidade na qual participaram moradores, alunos, funcionários e todos os estagiários. Durante o processo os alunos foram convidados a desenharem suas principais afetações sobre o território em que vivem, bem como lendas locais que lhes eram de conhecimento, enquanto isso recebiam auxílio dos estagiários e moradores implicados na proposta. Finalizado os desenhos, os mais velhos puderam falar sobre suas histórias de vida, cultura local, trabalhos, resistências e algumas lendas da Pedral. Ao comentarem sobre os desenhos, moradores revelaram que algumas histórias conhecidas como lendas eram de fato acontecimentos reais da comunidade apontando um possível distanciamento da compreensão da história da comunidade, suas tradições e lutas. Desse momento pôde-se visualizar a importância da promoção de espaços de diálogo intergeracional para o resgate e a valorização da cultura local, imprescindíveis na construção de lutas pela manutenção de seus territórios de vida ameaçados pela produção destrutiva do capital e projetos neodesenvolvimentistas. Por outro lado, os sujeitos envolvidos na atividade nos expressaram: i) a importância da educação ambiental no ensino básico; ii) o entendimento da importância dos vínculos comunitários preenchidos pelo sentimento de pertença; iii) a necessidade de (re)afirmação da identidade local pelo conhecimento acerca da comunidade em que vivem. Ao final da atividade na escola foi proposta uma exposição com o material produzido na oficina de modo que mais pessoas da comunidade tivessem acesso a expressão das crianças. Em outra intervenção, articulou-se uma roda ampliada, desta vez dentro da universidade. Convidaram-se três moradores, ornamentou-se a sala com seus respectivos instrumentos de trabalho e fotos das visitas a fim de deixá-los mais confortáveis e acolhidos. Também pôde-se contar com a presença de alunos de outras disciplinas do curso de graduação em psicologia. Durante a roda, além das falas dos pescadores ali presentes sobre suas potencialidades e fragilidades que geraram um rico debate foram distribuídos panfletos informativos sobre os impactos socioambientais gerados pelas usinas eólicas; apresentaram-se vídeos das incursões ao território para expor a problemática e sensibilizar a comunidade acadêmica para a necessidade de compor com esses sujeitos um corpo político mais forte na luta em defesa de seus direitos e de seus territórios. Com a proposta da vivência, alguns processos puderam ser percebidos, como os laços comunitários que são tecidos pelas relações, a identidade de lugar, algo  que além de física, é social, histórica e cultural, pois há uma construção a partir das pessoas que ali moram e o do próprio lugar, além dos conflitos existentes e as perspectivas do território. Considerações finais: A comunidade da Pedra do Sal proporcionou uma experiência riquíssima, na qual se pôde perceber todos esses processos a partir da vivência dos moradores que ali tiram seu sustento e constroem seus modos de vida que não se orientam pela lógica da máxima eficiência e lucro. Pescadores, artesãs(ãos) e coletores, veem a natureza como parte de sua existência, sabendo que existe um equilíbrio que necessita ser respeitado, desse modo, ao passo que são utilizados os recursos naturais para sobrevivência, eles também protegem seus ciclos de vida. Mas, nos encontros com o Estado e com os grandes grupos capitalistas é produzida uma dinâmica ético-política-afetiva cruel de deslegitimização de saberes milenares, negação da história, obliteração da memória, folclorização da linguagem e espoliação de seus territórios materiais/existenciais que visam a racionalização de processos de (re)colonização para favorecer a privatização, a acumulação e reprodução do capital. A ação do capital sobre esses povos induz a quebra das redes de existência nos territórios e os coloca também em oposição ao restante do corpo social ao atribuir-lhes o papel de agente que “compromete o desenvolvimento”, peso inútil para a sociedade, atrasados, primitivos. Não pretende-se aqui romantizar suas formas de vida, mas, atentar para os efeitos psicossociais dessa dinâmica colonizadora, bem como, para as possibilidades de superação da mesma. Infelizmente, a academia que antes ignorava a existência desses povos hoje promove o desenvolvimento de técnicas que ajudam a impulsionar esse movimento de degradação e submissão com o selo da cientificidade. Por isso, propõe-se aliar o saber popular ao saber científico para identificar caminhos de superação e resistência, pois, compreende-se que compor com as comunidades tradicionais é um ato político-ecológico em defesa da vida.

8130 AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE NA AMÉRICA LATINA E CARIBENHA: UMA LUTA EM DEFESA DO SUS E CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE NO BRASIL – RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Tarcizio Nascimento Situba, Adriana Duarte de Sousa

AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE NA AMÉRICA LATINA E CARIBENHA: UMA LUTA EM DEFESA DO SUS E CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE NO BRASIL – RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Tarcizio Nascimento Situba, Adriana Duarte de Sousa

Apresentação: Descrever a experiência de um acadêmico do Curso de Graduação em Enfermagem sobre uma vivência em um Congresso Internacional de Jovens e Estudantes, representando o Amazonas na delegação brasileira junto de, aproximadamente, mil delegados de diferentes federações estudantis do mundo para discutir as políticas de financiamento da saúde pública, o desmonte na educação, as ameaças ao Estado Democrático de Direito e a resistência dos movimentos sociais. Desenvolvimento: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência sobre uma participação em mesa redonda voltada à temática do desmonte na saúde internacional que ocorreu em 22 de novembro de 2019, em Caracas na Venezuela. A ação foi irmanada com o Foro de São Paulo, que tem o objetivo de discutir a soberania da paz, o processo revolucionário que busca articular estratégias e ações em favor das novas gerações latino-americanas. Estavam envolvidos os acadêmicos dos Curso de Enfermagem, Serviço Social, Direito, Medicina, Jornalismo e História de diversas instituições Brasileiras. Em uma sala temática com o tema: Saúde, Educação e Meio Ambiente, na presença do Presidente da Venezuela Nicolas Maduro, o acadêmico representando a delegação brasileira apresentou os cortes que tem sido feitos no Sistema Único de Saúde e como a população estará ameaçada se o processo de privatização do SUS for aprovado. Entre os dados coletados foram evidenciados a Lei do teto de gastos (PEC95/2016), a suspensão da produção de remédios gratuitos pelo SUS, a retirada da obrigatoriedade do SUS disponibilizar bolsas de sangue, a violência contra profissionais de saúde e o atraso salarial, o ataque aos conceitos de universalidade e equidade do SUS e o desmonte da educação através dos cortes de vagas nos programas estudantis do atual Governo Brasileiro. Resultado: Houve uma grande mobilização em vários países sobre o tema “Por la paz y la Solidariedad de los pueblos”, a representação cubana participou da grande concentração, marcha e ação, onde levantaram suas vozes para o socialismo, denunciaram os eventos na Bolívia e no Chile e condenaram fortemente o neoliberalismo. Na mobilização, a juventude venezuelana defendeu a paz e apoiou as conquistas do processo revolucionário, repudiou o golpe de estado realizado na Bolívia e simpatizou com os povos da Palestina e do Chile, que lutam contra as ditaduras patrocinadas e financiadas pelo Governo dos EUA. No Brasil, houveram manifestações sindicalistas onde a União Nacional dos Estudantes, as Juventudes Políticas, as Frentes Estaduais de Saúde se organizaram junto com os movimentos sociais e fortaleceram suas alianças para lutar contra o desmonte do SUS e da Educação. Considerações finais: Para o desfecho dessa vivência houve o enriquecimento na construção acadêmica e profissional dos atores envolvidos, fortalecendo a óptica da Democratização de acesso a Saúde reforçando que os debates são ferramentas eficazes de intervenção em problemas de saúde pública, incentivando o pensamento crítico dos envolvidos.

8154 MOVIMENTO CONTRÁRIO UMA EXPERIÊNCIA EMPÍRICA COMO ESTRATÉGIA DE RESISTÊNCIA E QUALIDADE DE VIDA
Neidimar Sanches

MOVIMENTO CONTRÁRIO UMA EXPERIÊNCIA EMPÍRICA COMO ESTRATÉGIA DE RESISTÊNCIA E QUALIDADE DE VIDA

Autores: Neidimar Sanches

Apresentação: O projeto Movimento Contrário é um trabalho Missionário na área de saúde psicossocial, no Município de São João de Meriti, no Estado do Rio de Janeiro. Tendo apoio voluntário e público alvo Usuários dos Caps. e familiares, profissionais e estudantes da Saúde e Serviço Social, Pesquisadores e Sociedade Civil. Partindo das minhas experiências ao longo de 10 anos como paciente de um contínuo e permanente tratamento de uma doença crônica progressiva, fatal e incurável chamada dependência química. Através do conhecimento empírico crio um fórum Social e Saúde Mental com as reuniões sendo realizadas no meu próprio quintal! Trabalhando essas informações como uma ferramenta  de construção e caminhos para uma nova vida sem álcool e drogas. Aprendo que a dependência química é uma doença psicossocial que também atinge o familiar, que se torna um codependente emocional e, percebendo que usuários e familiares do município ainda carecem de informação e direito ao tratamento digno e de qualidade no CapsAD/SUS. Crio também rodas de conversas itinerantes com temas sobre Saúde Espiritual e Mental, Saúde Física e Social, que são áreas da Dependência Química a serem tratadas. Partindo dessas experiências pessoais convido esses usuários, familiares e sociedade à nova proposta de viver tendo o eu como gestor da emoção em busca da qualidade de vida, propondo à todos um caminho alternativo e inovador como estratégia de resistência e qualidade de vida pautada nas experiências empírica dos atores sócias participantes e suas histórias, fazendo desta maneira o Movimento Contrário, orientando-os a viver um dia de cada vez, as suas histórias e a vida, além do espaço e tratamento institucionalizado, funcionando com um ferramenta de auxílio para essas pessoas. Resultado: As experiências com as rodas de conversa sobre saúde mental e o tema desse trabalho em diversos espaços públicos ou privados, quintal de casa, igrejas e escolas com a participação do público alvo e a sociedade em geral no município de São João de Meriti, tem tido uma repercussão positiva entre os frequentadores. Pessoas tem se sentido mais a vontade nesses espaços para partilharem suas experiências e conflitos ao encontrar e ouvir várias histórias de resiliência e vitórias. Iniciaram assim novos laços de amizade além das suas comunidades, bairros e regiões. Participando de novos eventos, lazer e passeios culturais com este novo grupo social,  através desse espaço alternativo de ação, fazendo o Movimento Contrário.  Considerações finais: O projeto Movimento Contrário é uma alternativa de vida e ação através do conceito de saúde mental, tão negligenciado no Município de São João de Meriti! Onde usuários e familiares do CapsAD, que pertence ao SUS, tem o seu direito ao tratamento digno e com qualidade, porém aqui é ainda é uma realidade muito distante. A construção do Projeto surge da própria necessidade deste autor, de resistir e encontrar um novo caminho para continuar o seu tratamento e da própria família! A ausência de políticas públicas culturais e sócias na região, motivou a minha busca, pesquisa, informação e deslocamento para os centros urbanos culturais, que hoje compartilho e organizando Rodas de Conversas e passeios com os participantes e seus familiares, voluntários e colaboradores no Projeto Movimento Contrário em busca do equilíbrio mental e qualidade de vida. 

8308 COMUNIDADES TERAPÊUTICAS DE PERNAMBUCO: DIAGNÓSTICO E A PORTARIA PLO NO1940/18
Laura Holanda Lacerda

COMUNIDADES TERAPÊUTICAS DE PERNAMBUCO: DIAGNÓSTICO E A PORTARIA PLO NO1940/18

Autores: Laura Holanda Lacerda

Apresentação: Esta pesquisa bibliográfica propõe um ensaio teórico-reflexivo sobre o relatório de inspeção nacional do Conselho Federal de Psicologia em comunidades terapêuticas(CTs), em, paralelo com a Portaria PLO No1940/18 que altera parâmetros de funcionamento das CTs no Estado de Pernambuco, na tentativa de integrá-las à Rede de Atenção Psicossocial(Raps) do Sistema Único de Saúde(SUS). Em Outubro de 2017 por iniciativa do Conselho Federal de Psicologia; do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT) e a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Federal (PFDC/MPF)  foi realizada um reconhecimento das CTs em vários estados brasileiros, com o apoio de órgãos estaduais e municipais. Os critérios de fiscalização foram vários, dentre eles: Isolamento, modalidades de internamento, punição, tortura, laborterapia. Estima-se são 2.000 CTs no Brasil, mas somente 28 estabelecimentos participaram desta ação inédita. A Portaria PLO No1940/18, proposta de autoria do deputado Pastor Cleiton Collins(PP), tentou incluir as CTs de Pernambuco na Raps, inclusive, permitindo que essas instituições ficassem aptas para receber verbas do estado. A Comissão de Cidadania, Direitos Humanos(CCDH) e Participação Popular da Assembleia Legislativa de Pernambuco(Alepe) interviu apresentando um substitutivo ao projeto, onde as CTs foram reguladas como serviços de acolhimento voluntário para dependentes químicos, mas não podendo integrar à Raps. Além disso foi requerido que as comunidades terapêuticas devem fornecer dados anuais de fiscalizações aos conselhos(municipal, estadual e nacional) de políticas sobre drogas. A nossa atual política nacional de drogas, que, por meio do decreto Nº 9.761 de 11 de abril de 2019, define que as pessoas mantenham-se abstinentes em relação ao uso de drogas. Composto por uma ótica ultraconservadora o atual poder executivo propõe práticas punitivistas, trazendo culpa aos usuários e tratamento moral, em contrário ao que se defende pela Raps com estratégias de Redução de Danos. Quebrando paradigmas do conceito do usuário por um processo de reabilitação psicossocial, cooperativismo social, estratégias de protagonismo, que é adotado oficialmente pelos Centros de atenção psicossocial de Álcool e outras drogas(CAPS AD) e o consultório na rua, a socialização política do usuário é chave à representação política em conjunto com o poder popular,  de decidir o seu próprio fazer saúde(entre eles técnicos e pesquisadores da área), sendo uma unificação necessária para o enfrentamento ao sistema opressor e retrógrado.

8556 O TRABALHO INFANTIL NA SOCIEDADE HODIERNA E OS IMPACTOS NO CRESCIMENTO E Desenvolvimento: DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NO ESTADO DO PARÁ: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA.
Yuri Henrique Andrade de Oliveira, Thales Roberto de Souza Sodré Sodré, Ianny Ferreira Raiol

O TRABALHO INFANTIL NA SOCIEDADE HODIERNA E OS IMPACTOS NO CRESCIMENTO E Desenvolvimento: DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NO ESTADO DO PARÁ: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA.

Autores: Yuri Henrique Andrade de Oliveira, Thales Roberto de Souza Sodré Sodré, Ianny Ferreira Raiol

Apresentação: Segundo o artigo 227 da Constituição Federal 1988, é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Trabalho infantil é toda forma de trabalho realizado por crianças e adolescentes abaixo de 14 anos que não esteja na condição de menor aprendiz e que exercem atividade insalubre, penosa e domestico prejudicando a saúde física afetando seu crescimento e desenvolvimento. Objetivo: buscar em artigos disponíveis soluções para redução do trabalho infantil no estado do PA e como ele pode afetar no crescimento e desenvolvimento da criança. Método do estudo: este estudo caracteriza-se por ter uma abordagem qualitativa, se revisou a literatura para buscar possíveis problemas para redução do trabalho infantil conforme a base de dados SciELO e a BVS, foram utilizadas as combinações de palavras chaves: direitos das crianças e adolescentes, trabalho infantil, saúde da criança e do adolescente. A coleta de dados ocorreu no mês de maio de 2018 adotando-se como critério de inclusão: artigos disponíveis integralmente, e publicações do estado do PA. Para a exclusão, observou artigos que não se enquadravam com a linha de estudo. Resultado: A análise se deu a partir de 12 artigos, percebeu-se a ineficiência do poder de polícia administrativa e fiscalização pelo Ministério Público do Trabalho e órgãos competentes para coibir a prática do trabalho infantil diante do grande espaço geográfico no estado do PA mascarado nas diversas modalidades na sociedade atual. Geralmente o trabalho infantil é encontrado no interior do estado, dentre os exercícios laborativos; em carvoarias, trabalho  doméstico, cuidadora de lar, no cultivo e extração de cana de açúcar. Percebeu ainda que o trabalho infantil tem trago as crianças um retardo no crescimento e desenvolvimento devido as doenças ocupacionais que as mesmas são expostas. Considerações finais: diante de todo o exposto, embora exista políticas públicas que visam o bem estar da criança e do adolescente favorecendo seu pleno desenvolvimento  e tendo tutela jurisdicional, verifica-se que o trabalho infantil ainda é muito presente no século XXI, devendo o Poder Público proporciona-lhes o mínimo existencial garantindo constitucionalmente não podendo alegar a reserva do possível, afim de possam ter acesso aos direitos sociais garantidos no artigo 6º da Constituição Federal.

8731 JORNADA DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Olga Maria de Alencar, Maria Lourdes Góes Araújo, Elisangela Maria Nunes do Nascimento, Tania Maria de Oliveira Martins, Maria Salete Lopes Freire, Maria de Fátima Martins Toccacieli, Maria da Conceição Silva-Junior

JORNADA DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Olga Maria de Alencar, Maria Lourdes Góes Araújo, Elisangela Maria Nunes do Nascimento, Tania Maria de Oliveira Martins, Maria Salete Lopes Freire, Maria de Fátima Martins Toccacieli, Maria da Conceição Silva-Junior

Apresentação: Trata-se de estudo do tipo relato de experiência sobre as práticas desenvolvidas pela Organização Não Governamental (ONG) Casa Lilás. Objetiva-se descrever as ações da jornada de enfrentamento a violência contra as mulheres realizada no ano de 2019 em Paracuru Ceará. Desenvolvimento: A “violência contra as mulheres” designa todos os atos de violência, que causam prejuízo e sofrimentos físicos, sexuais ou psicológicos, incluindo a ameaça, restrição ou privação da liberdade. O movimento de mulheres vem denunciando a violência contra as mulheres como consequência da opressão produzida pelo sistema patriarcal, promovendo ampla reflexão sobre a desnaturalização dessa violência. Foi a partir das lutas feministas que a violência contra a mulher passou a ser considerado tema a ser tratado publicamente no âmbito dos direitos das mulheres. É nesse cenário de luta e resistência que a Casa Lilás incorpora aos seus 20 anos de existência a luta pelo fim da violência contra a mulher, desenvolvendo a Jornada de Enfrentamento a Violência contra a Mulher com os objetivos de: visibilizar o problema da violência, sensibilizar a sociedade para a implementação de políticas públicas, fortalecer a organização das redes de enfrentamento a violência e apoiar/acolher as mulheres em situação de violência. Resultado: Em 2019, foram realizadas tribunas livres da mulher, caminhada, intervenção urbana e rodas de conversas nas comunidades rurais. As tribunas livres são dispositivos pedagógicos utilizado pela ONG no intuído de promover o empoderamento feminino.  Foram realizadas três tribunas livre com estudantes do Instituto Federal do Ceará-Campus Paracuru, objetivando refletir sobre o cotidiano das mulheres, em especial, as mulheres negras e suas interfaces de gênero e raça. Foram usados dados estatísticos e informações extraídas do "Mapa da Violência 2019" e do IBGE. Também discutimos a partir de "falas" de senso comum o papel de lideranças negras. Realizamos 4 rodas de conversa nas comunidades rurais com participação de 80 mulheres, onde refletimos sobre o conceito de violência, partindo do conhecimento e experiência das participantes, sobre o ciclo da violência e sobre estratégias utilizadas para seu enfrentamento. Ao final das rodas fez-se uma pactuação com as participantes de modo que cada uma pode se ver como sujeita implicada no processo de enfrentamento. Realizou-se uma caminhada pelo fim da violência como parte da programação da campanha dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher utilizando carro de som, panfletos e palavras de ordem com o intuito de chamar a atenção da população local sobre a violência contra a mulher. A caminhada culminou com a tribuna livre, na praça principal da cidade, onde as mulheres puderam relatar a situação de violência vivida e refletir sobre a situação do município e região. Outra atividade desenvolvida foi a Intervenção urbana no campeonato feminino de surf em Paracuru. Considerações: As atividades desenvolvidas foram bastante participativas e causou um impacto positivo junto à população local. Acredita-se que a Jornada cumpriu seus objetivos de forma progressiva e que o fortalecimento das mulheres se dá na medida em que elas se vêm apoiadas e com possibilidades de romper com o silêncio e o ciclo da violência.

9008 O ENFERMEIRO E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA AMAZÔNIA
Hanna Maria da Silva Gomes

O ENFERMEIRO E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA AMAZÔNIA

Autores: Hanna Maria da Silva Gomes

Apresentação: Os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) são um conjunto da ONU, que visam promover uma sociedade sustentável até 2030. A ODS 3 SAÚDE e BEM ESTAR tem 13 metas que abrangem vários eixos, ressalta-se que a ODS 3.3 que se trata do incentivo para acabar com as epidemias de doenças como AIDS, Tuberculose e Malária, assim como outras doenças tropicais. O Estado do Amazonas vive um cenário onde se encontra com um número significativo de casos de doenças tropicais como a malária, totalizando 8,3mil novos casos em 2018. Objetivo: Promover reflexão sobre a atuação do enfermeiro no Amazonas com base da ODS 3 meta 3, de como o enfermeiro atuando nas áreas onde mais são suscetíveis a essas doenças no Amazonas, pode impactar na educação ambiental e saúde. Método: Pesquisa qualitativa em bases de dados. Resultado: Há uma necessidade de entendimento maior por parte do enfermeiro de que saúde e meio ambiente são fundamentos a serem trabalhados juntos com a população, sendo assim, utilizar disto uma forma de promover cuidados. Resultado: A partir disto, entende-se que há uma necessidade de compreensão por parte dos profissionais de que a saúde ambiental faz parte da atenção básica e que isso pode ser uma forma de promoção á saúde e trabalha as ODS, junto à população do Estado. Considerações finais: A enfermagem pode promover a educação em saúde ambiental como parte do seu dia a dia, considerando-se que o trabalho requer contato direto com a população, e incluir a percepção de que saúde e meio ambiente andam juntos, já que fatores ambientais impactam diretamente a saúde da população.

9081 O CONVÍVIO SOCIAL E O FUTURO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS VIVENDO COM HIV
yndira Yta Machado, Denize Cristina de Oliveira, Sérgio Côrrea Marques, Juliana Pereira Domingues, Renata Lacerda Stefaisk, Rômulo Frutuoso Antunes, Isadora Siqueira de Souza

O CONVÍVIO SOCIAL E O FUTURO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS VIVENDO COM HIV

Autores: yndira Yta Machado, Denize Cristina de Oliveira, Sérgio Côrrea Marques, Juliana Pereira Domingues, Renata Lacerda Stefaisk, Rômulo Frutuoso Antunes, Isadora Siqueira de Souza

Apresentação: No Brasil a AIDS foi identificada pela primeira vez no início da década de 80, tendo sido notificados casos nas cidades de São Paulo (1980) e Rio de Janeiro (1982). Nos anos seguintes a epidemia apresentou expansão geográfica significativa, alcançando de forma heterogênea todas as regiões do País. Em anos recentes essa expansão perdeu força e em diversas localidades se apresenta em declínio ou vem oscilando, com pequenas variações para cima e para baixo. Com a TARV foi possível observar o controle da multiplicação viral e o curso mais lento, gerando a redução da morbimortalidade associada a AIDS. Isto possibilitou uma maior expectativa e qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV, bem como permitiu considerar o agravo uma doença crônica passível de controle. Diante disso, a avaliação da qualidade de vida pode ser benéfica ao monitorar o cuidado de saúde prestado, a adesão ao tratamento, as repercussões da TARV e o modo como esse grupo social realiza o autocuidado. O objetivo foi analisar as representações sociais da qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV no Estado do Rio de Janeiro. Estudo descritivo com abordagem qualitativa, orientado pela Teoria das Representações Sociais na sua abordagem processual. Os dados foram coletados no período de 2011 a 2016, cenários foram SAE em HIV/AIDS localizados em três municípios do Estado do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro, Macaé e Rio das Ostras - Brasil. Participaram do estudo 109 sujeitos, sendo 34 do Rio de Janeiro, 35 de Macaé e 40 de Rio das Ostras. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas semiestruturadas. Foi realizada análise lexical com o auxílio do softwares Iramuteq. O corpus de análise, foi divido pelo software gerando três blocos textuais e quatro classes. O primeiro bloco foi constituído pela classe 4, representando 28,6% do corpus. O segundo bloco deu origem a classe 3, com 18% do corpus; o segundo bloco foi subdividido gerando as classes 1, com 24,9% e a classe 2, com 28,6% do corpus de análise, para esse trabalho iremos analisar o segundo bloco composto pelas classes 1 e 2. As denominações do segundo bloco segundo seus conteúdos foram: 1) O convívio social com a doença; 2) A qualidade de vida e sua progressão futura. Pode-se observar que a representação social da qualidade de vida é constituída pela identificação do convívio familiar e social constituindo uma rede de apoio; por conteúdos definidores da qualidade de vida; pela disponibilização gratuita da TARV e pelo autocuidado das pessoas vivendo com HIV, impactando a sua qualidade de vida. Podemos destacar uma associação positiva da qualidade de vida com a situação de HIV/AIDS, levando a uma adaptação a novos hábitos de vida saudável. Observa-se uma representação social da qualidade de vida com orientação positiva, caracterizada por conteúdos que destacam a convivência com a doença e a adaptação do cotidiano de forma a promover uma melhor estabilidade da vida.

9161 PROMOÇÃO DE SAÚDE EM AMBIENTE ESCOLAR
Alessandra Teresa Pereira de Barros

PROMOÇÃO DE SAÚDE EM AMBIENTE ESCOLAR

Autores: Alessandra Teresa Pereira de Barros

Apresentação: As ligas acadêmicas complementam a formação universitária com atividades de ensino, pesquisa e extensão. A Liga Acadêmica Multidisciplinar em Saúde do Adolescente (LAMSA) promove a capacitação dos seus ligantes através de projeto de ensino realizado semanalmente com abordagens de temas voltados para a promoção da saúde do adolescente e da educação entre pares. Método: Este trabalho descreve uma ação de educação entre pares através de extensão realizada pela LAMSA-UFMS em parceria com a Unidade Básica de Saúde da Família “Pastor Eliseu Feitosa de Alencar”, de vivências da equipe nas atividades da liga, no mês de Maio de 2019, com alunos do oitavo ano C da Escola Estadual Elia França Cardoso. Resultado: /Discussão: Abordando os temas Saúde Sexual e Reprodutiva, Infecções Sexualmente Transmissíveis e Drogas, foram realizados 05 encontros semanais em dias alternados com cerca de 30 alunos do oitavo ano. Os temas foram solicitados pela direção da escola em decorrência do aumento no número de adolescentes em situação de vulnerabilidade social e do envolvimento dos mesmo em situações envolvendo drogas e casos de gravidez. Nos encontros foi possível a realização de diversas oficinas onde os alunos puderam receber informações importantes sobre sexualidade, métodos contraceptivos, prevenção de IST, teste rápido, consequências do uso de drogas, bem como tirar suas dúvidas de maneira tranquila e interativa sobre estes temas. Resultado: Ao final dos encontros constatamos que as ações nas escolas trazem como principal benefício o acesso a informações importantes sobre saúde e estabelecem vínculo entre a comunidade adolescente e a unidade básica de saúde da família na região, promovendo a redução de danos bem como a prevenção e tratamentos de doenças.

9404 ENVOLVIMENTO DOS USUÁRIOS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE: ESPECIALISTAS POR EXPERIÊNCIA?
Daniela Cabrini

ENVOLVIMENTO DOS USUÁRIOS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE: ESPECIALISTAS POR EXPERIÊNCIA?

Autores: Daniela Cabrini

Apresentação: Nos últimos 30 anos, Políticas de Saúde Mental tem buscado aprimorar suas estratégias de cuidado para que a voz de quem é atendido tenha um papel significante no processo. Esta prática ganha tração a partir dos movimentos de empoderamento na década de 80, o medo da dependência do Estado de bem-estar social, e o crescimento de governos neoliberais por todo o mundo. Nos países anglo-saxônicos, o movimento dos portadores de deficiência “ Nada sobre nós sem nós” repercutiu para o cenário dos usuários de saúde mental, que procuram reivindicar seus direitos, formas de tratamento, e autonomia. Denominados como “ Mental Health Patients” ou “Psychiatric Suvivors” eles fizeram grandes críticas a práticas psiquiátricas e ocuparam lugares nas mesas de decisões e planejamento de políticas. Esse trabalho procura questionar se a perspectiva do envolvimento do usuário no serviço é capaz de realizar um outro cuidado à saúde. A partir das reflexões recentes de Nikolas Rose (2019), tais estratégias de saúde ainda mantém a autoridade médica intacta, e não realizam mudanças sociais e estruturais necessárias; fatores centrais no processo de adoecimento psíquico.  A hierárquica entre os profissionais de saúde e os especialistas por experiências é altamente mantida pelos jogos de forças e regimes de verdades hegemônicos. Nos quais, mesmo ocupando um espaço e tendo uma voz legitimada, os usuários ainda enfrentam lógicas de controle do risco e da diferença. No contexto da Atenção Psicossocial, embora se comprometa na promoção de ações emancipatórias, ligadas a cultura, território e comunidade, há ainda fortes relaçoes de poderes e forças que atuam sobre as práticas de cuidado à saúde, e que precisam ser explicitadas. Nikolas Rose (2019) aponta a psiquiatria como uma ciência política, e a partir disso, procura discutir a construção de uma outra biopolítica de saúde mental. Deste modo, esse trabalho levanta questões e novos desafios científicos. A existência de equipamentos substutivos na rede de saúde mental garantem uma prática libertadora? Estamos promovendo um cuidado para quem desejamos cuidar? Quais são as contradições de nossas práticas de empoderamento? E por fim, uma outra atenção psicossocial é possível?

12287 MOVIMENTO SOCIAL PROTAGONISTA NA PRODUÇÃO DO CUIDADO EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA ASSOCIAÇÃO CANÁBICA DE PERNAMBUCO
Pedro Mello, Pedro Mello, Pedro Mello, Cleber Spier, Erika Santos, Cleber Spier, Cleber Spier, Renata Albuquerque, Erika Santos, Erika Santos

MOVIMENTO SOCIAL PROTAGONISTA NA PRODUÇÃO DO CUIDADO EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA ASSOCIAÇÃO CANÁBICA DE PERNAMBUCO

Autores: Pedro Mello, Pedro Mello, Pedro Mello, Cleber Spier, Erika Santos, Cleber Spier, Cleber Spier, Renata Albuquerque, Erika Santos, Erika Santos

Apresentação: A  Associação Brasileira de Cannabis e Saúde (ACOLHER), surgiu em Recife/PE a mais de 2 anos, a partir do encontro de um grupo de pessoas que defendem o direito fundamental e inalienável de escolher o próprio tratamento de saúde baseado em experiências pessoais, médicas/terapêuticas e científicas. Mas foi somente no dia 27 de setembro de 2019 que a associação formalizou sua fundação e obteve um registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). A Acolher é uma associação privada sem fins lucrativos, assistencial, medicinal, terapêutica, científica, educacional e apartidária. Tem objetivos voltados à promoção de atividades e finalidades de relevância pública e social. Atua em defesa dos direitos das(os) associadas(os) que fazem uso de Cannabis sativa de forma medicinal/terapêutica e científica, principalmente, na promoção de direitos fundamentais de grupos sociais mais vulneráveis pela atual política da cannabis: as mulheres, as pessoas com deficiência, a juventude, a população negra, as pessoas em situação de rua, as pessoas que residem em comunidades pobres e em especial as pessoas hipossuficientes. Assim, a Acolher tem por objetivo representar judicialmente e promover tratamento médico adequado a pacientes com diferentes diagnósticos  que necessitam de tratamento à base de canabinóides e buscam na justiça autorização para o cultivo caseiro ou associativo e a produção de insumos a base de cannabis para fins medicinais/terapêuticos e científicos. Desta forma, se faz necessário ampliar o acesso de usuários independente da classe social ao tratamento com o objetivo de promover qualidade de vida dessas pessoas. Objetivo: Relatar a experiência da ACOLHER como movimento social protagonista na produção do cuidado à saúde aos pacientes que apresentam indicação médica/terapêutica para ser tratado com Cannabis.  Desenvolvimento(Descrição da experiência): O vínculo associativo pode ser realizado por meio de cinco categorias: I) associadas fundadoras(es); II) associadas(os) medicinal/terapêuticas(os); III) associadas(os) apoiadoras(os) financeiras(os); IV) apoiadoras(es) voluntárias(os); V) associadas(os) efetivas(os). Sendo que cada categoria tem direitos e deveres distintos, podendo para tanto, a mesma pessoa estar em diferentes categorias associativas. As atividades administrativas da Acolher são regidas pelo estatuto e é composta pelos seguintes órgãos: I) Assembleia Geral; II) Diretoria Colegiada, definidas como executiva, pesquisa, financeira e de comunicação; III) Conselho Fiscal; IV) Cada diretoria poderá criar comissões dentro da sua estrutura administrativa. A Assembleia Geral é a instância máxima decisória da associação. A diretoria colegiada é o órgão administrativo responsável pela gestão executiva, operacional e representação institucional da Acolher. Esse modelo associativo permite que as(os) integrantes da diretoria colegiada exerçam suas funções administrativas de forma autônoma pois todas as decisões foram construídas pelo espaço coletivo. Cada diretoria colegiada é composta por comissões que visam fortalecem o engajamento ativo e sistemático de pessoas que queiram se associar. Atualmente a associação conta com cinco comissões: A Executiva, que dentre outras atribuições, tem por finalidade desenvolver, incentivar e apoiar ações sociais, culturais, artísticas e esportivas que visem promover e ampliar a integração e a parceria da Associação com a sociedade; pesquisa, que  visa selecionar, avaliar e acompanhar as(os) associadas(os) que tenham critério médico para usarem a cannabis e seus derivados e também estimular, motivar e apoiar a divulgação dos resultados das atividades de pesquisa e ensino compreendendo a produção científica e tecnológica; produção: visa planejar implantar e consolidar estratégias para a produção de insumos de interesse da Associação; financeira tem por finalidade elaborar, planejar e executar ações estratégicas que visem à captação de recursos financeiros que garantam autonomia e independência à Associação; comunicação, com o objetivo de coordenar as atividades de mídia da Associação além de utilizar recursos tecnológicos e de linguagem adequadas a fim de garantir acessibilidade audiovisual aos conteúdos produzidos pela Associação. O Conselho Fiscal é um órgão colegiado, eleito pela Assembleia Geral, responsável pela fiscalização da Diretoria Colegiada, sendo composto por 03 (três) membras(os) efetivas(os), eleitas(os) pela Assembleia Geral; a Associação conta com o apoio de um de uma advogada que trabalha de forma voluntária. A associação pauta suas ações com base nos princípios da legalidade, legitimidade, impessoabilidade, moralidade, publicidade, economicidade, eficiência e eficácia. As reuniões da diretoria colegiada ocorrem mensalmente e são convidadas(os) as(os) integrante do conselho fiscal, as reuniões das comissões ocorrem quinzenalmente e participam as pessoas que delas fazem parte. Para tomar decisões quanto aos rumos e ações da associação, a partir de uma gestão democrática que pode encontrar correspondência nos círculos de cultura propostos pela teoria e ação revolucionária de Paulo Freire. Resultado: As ações judiciais para o acesso a cannabis cresceram 1.750% em quatro anos, desde 2015 o Governo gastou R$ 2.800.000,00 com medicamentos feitos com cannabis. É urgente e necessário a discussão sobre a regulamentação do ciclo ecomômico inclusivo e sustentável com cultivo e produção no Brasil. Até fevereiro de 2020 a associação contava com 68 pacientes medicinal/terapêutico, 21 representantes legais de pacientes medicinal/terapêutico, 4 apoiadores financeiros e 15 apoiadores voluntários, totalizando 108 associadas(os), sendo este quadro associativo bastante diverso, e vem  lutando junto aos pacientes pelo direito de acesso ao medicamento fitoterápico à pacientes de diferentes classes sociais. A criação deste espaço deu suporte e esclarecimento aos pacientes,  que não possuíam recursos financeiros nem entendimento sobre os trâmites legais e as possíveis formas de conseguir iniciar o tratamento. Mensalmente  a sociedade é convidada para participar das reuniões de acolhimento que tem o intuito de levar informação à sociedade sobre os benefícios medicinais e terapêuticos da cannabis, baseadas em evidências clínicas e científicas. Também, uma vez por mês se promove 6 atendimentos médicos sendo duas vagas reservadas para as pessoas que preenchem o critério de hipossuficiência e as outras 4 vagas particulares. Também periodicamente são realizadas, para as (os) associadas(os) oficinas nas áreas jurídicas, científica, de cultivo e de extração de óleo artesanal. Esses encontros estimulam a disseminação de conhecimentos técnicos científicos e cria a oportunidade para o compartilhamento de ideias e a troca de saberes. Há dois anos a Acolher participa ativamente da construção da Marcha da Maconha em Recife pois defende esse movimento antiproibicionista que luta por uma nova política de drogas focada na atenção à saúde das(os) usuárias(os) a fim de reduzir os riscos e danos. Acredita no fortalecimento de fatores de proteção como vínculos familiares e comunitários e incentiva a autonomia e a responsabilidade individual. Considerações finais: A concretização deste espaço foi realizada mediante a necessidade de um público que demanda ser acolhido e reconhecido a partir de suas especificidades no âmbito da saúde. Nesse sentido, a ACOLHER cumpre sua função social contribuindo, desta forma, para um sistema público de saúde universal, integral e equânime. Portanto, este relato torna-se essencial no sentido de fortalecer o debate no âmbito do SUS sobre os benefícios medicinais e terapêuticos da cannabis, baseadas em evidências clínicas e científicas, reduzindo as iniquidades e desigualdades em saúde.

12321 DOS TERREIROS À GESTÃO: BREVE HISTÓRIA DE UMA INTERVENÇÃO DO POVO DE TERREIRO EM UM EVENTO NA SES-RJ
Celso de Moraes Vergne, LILIAN CARDOSO DE FREITAS

DOS TERREIROS À GESTÃO: BREVE HISTÓRIA DE UMA INTERVENÇÃO DO POVO DE TERREIRO EM UM EVENTO NA SES-RJ

Autores: Celso de Moraes Vergne, LILIAN CARDOSO DE FREITAS

Apresentação: Este relato conta a história micropolítica de um evento sobre Saúde da População Negra, na Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro.  Foi um dia de um evento de um Cine Debate com o documentário Libertem Nosso Sagrado (2017).  Para ampliar o público presente no debate foi realizado uma amostra de dança e música de integrantes da Juventude de Terreiro RENAFRO (Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde), no horário anterior à exibição. Este pequeno ato, no entanto, se transformou em um momento único para o público presente e servidores.  As galerias acima se encheram de olhares curiosos, mas também de pessoas silenciadas, agora em êxtase pela possibilidade de se verem representadas naquele lugar. Vida, religiosidade e trabalho puderam por instantes estarem integrados e não discordantes. A possibilidade de valorização do pertencimento (étnico, religioso ou cultural) deve ser incluído nos espaços de gestão para a melhor compreensão do público atendido pelo SUS. As estratégias de valorização de pertencimento tem sido uma das estratégias para as populações em situação de vulnerabilidade. Precisamos todos, profissionais e usuários, desta aproximação.

12166 USO DE FAKE NEWS RELACIONADO À VACINAÇÃO EM PESSOAS IDOSAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Carla Sena Cunha, Ivone de Melo Sousa, Sara Melissa Lago Sousa, Dayara de Nazaré Rosa Carvalho

USO DE FAKE NEWS RELACIONADO À VACINAÇÃO EM PESSOAS IDOSAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Autores: Carla Sena Cunha, Ivone de Melo Sousa, Sara Melissa Lago Sousa, Dayara de Nazaré Rosa Carvalho

Apresentação: A saúde é um assunto que provoca disseminação rápida de boatos e notícias, fato este que pode ajudar, mas que também pode se tornar um obstáculo para o alcance de uma cobertura vacinal adequada. Por estarmos na era da tecnologia é esperado que orientações e alertas cheguem para todos rapidamente, porem isso acontece com informações úteis e também com notícias falsas, as chamadas “fake news”. Essas informações equivocadas e enganosas podem levar a diversos comportamentos e atitudes que geram risco, seja pela indução ao uso de tecnologias inapropriadas, como medicamentos e vacinas sem indicação, ou, por outro lado, pela recusa a tecnologias e medidas de proteção indispensáveis para a manutenção da saúde e bem-estar. O Brasil vem seguindo a tendência mundial de envelhecimento das populações, tendo em vista a proporção de idosos, que era de 9,7% no ano de 2004, 13,7% em 2014 e poderá chegar a 18,6% em 2030. Devido a alterações fisiológicas que predispõem a ocorrência de doenças, tal fenômeno leva a uma maior procura pelos serviços de saúde por esta camada populacional, provocando um aumento na frequência e duração de internações hospitalares. Dentre as hospitalizações desta faixa etária, as doenças respiratórias chegam a representar até 11% do total em determinadas populações. O processo de envelhecimento implica em inúmeras transformações no corpo humano, dentre elas, alterações no sistema imunológico que tornam o idoso mais suscetível às doenças, inclusive aquelas que podem ser prevenidas com vacinação. A elevada morbimortalidade em decorrência de infecções respiratórias no idoso, principalmente por influenza, reforça a importância da vacinação nesse grupo, mesmo na vigência de uma menor resposta imunológica relacionada a idade e presença de outras comorbidades nesse grupo. A vacina é caracterizada como uma estratégia de saúde publica para redução de formas graves da gripe e de internações. Contudo, mesmo sendo ofertada gratuitamente aos idosos, ainda há baixa adesão ao cumprimento de metas para imunização destes. Entre as principais causas da não vacinação desses indivíduos tem-se o desconhecimento sobre a vacina, falta de orientação profissional sobre sua importância e benefícios, crenças errôneas, medo de reações adversas e banalização da gripe. Além da recomendação da vacina pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como estratégia do sistema único de saúde para prevenir contra a influenza e suas complicações, outros órgãos também a indicam para idosos e indivíduos com doenças crônicas. Nos mais longevos, a vacina pode ser menos eficaz na prevenção da doença, mas reduz os quadros graves e óbitos. Estudos mostram a diminuição das complicações, internações hospitalares e mortes relacionadas à influenza, além de gastos com hospitalizações. Objetivo: Descrever segundo a literatura a utilização de Fake News relacionada a vacinação de influenza em pessoas idosas. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo revisão integrativa de literatura. Essa pesquisa faz parte do projeto semestral de ensino, pesquisa e extensão da Liga Acadêmica de Enfermagem em Saúde do Idoso (LAESI), localizada em Belém (PA). Foram utilizadas publicações indexadas nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Literatura Latino-americana  e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) no período de janeiro a fevereiro de 2020. A partir dos estudos selecionados foi realizada a análise de conteúdo de Bardin que é uma forma de objetivar dados obtidos em questões abertas. A parte de descrição analítica, mais especificamente o recorte e a classificação os quais dão origem as categorias é de natureza intuitiva, portanto passíveis de contestação. Foram utilizados como os seguintes critérios de inclusão: artigos completos em português, inglês e espanhol, disponibilizados entre os anos de 2016 a 2019. Resultado: Foram encontradas dez publicações, onde apenas cinco possuíam relação com o tema, assim formando quatro categorias relacionadas à interação da vacina da influenza a pessoa idosa. primeira categoria é formada pela idade e sexo dos idosos que tiveram maior taxa no controle vacinal da influenza. Na idade entre 60 e 69 anos foi obtido 52%, em relação ao sexo, o sexo feminino prevaleceu com 63%, enquanto que no sexo masculino foi de 40%, devido as mulheres serem mais atentas ao aparecimento de sinais e sintomas e possuírem maior conhecimento sobre doenças e utilizarem mais os serviços de saúde do que os homens. A segunda relata os eventos adversos para não adesão da vacina, relataram mal-estar, dor muscular, o inchaço no local, cefaleia e febre, provavelmente porque o período a que se referem os eventos adversos do presente estudo é de 48 horas pós-vacinação enquanto outros consideraram um tempo maior. A terceira observa a falta de atenção dos profissionais de saúde, pois na hora da aplicação podem ocorrer técnicas erradas e muitas vezes, da qualidade do atendimento. Vale reforçar que o idoso pode apresentar déficit cognitivo, com dificuldade de compreender as orientações sobre as vacinas e eventos adversos, necessitando de mais atenção para preservar a sua segurança. A quarta apontam que a internet tem sido um forte meio influenciador para o aumento de grupos antivacinas, a mídia é um terreno fértil para a propagação de desinformação sobre as vacinas assim formando as fack news. O acesso fácil a conteúdo sem direcionamentos tem fortalecido grupos polarizados a favor e contra as vacinas e os internautas tendem a eleger os conteúdos de acordo com suas crenças e ideologias.  Diante dos resultados apresentados, ressalta que a vacina contra influenza ainda não atingiu os idosos de maneira universal. Desigualdades socioeconômicas, características de utilização de serviço e fatores comportamentais são determinantes para a adesão à vacinação. É possível que a educação em saúde não atinja toda essa população, haja vista os motivos alegados pelos idosos para não vacinação como o medo e o fato de não quererem ou não gostarem da vacina. Considerações finais: O estudo atingiu seu objetivo de relata a observações sobre o Fake News em relação a vacinação da influenza em idosos, e revelou aspectos relevantes para a vacinação segura, como a ocorrência de eventos evitáveis causados por desvios das boas práticas, como causa de abscessos infecciosos e a falta de assistência a eventos adversos, possivelmente por dificuldade. Assim, é necessário que os profissionais de saúde que atuam em imunização tenham conhecimentos e habilidades neste domínio, incluindo ações de educação permanente, imprescindíveis para qualificá-los, mantê-los atualizados e, consequentemente, prestar assistência com qualidade e segurança. Portanto, os profissionais de saúde têm um papel fundamental na recomendação da vacina, diminuindo equívocos e esclarecendo questões controversas sobre sua eficácia e eventos adversos, e divulgando os benefícios à saúde do idoso proporcionados pela vacinação contra influenza e à gestão no planejamento de ações e incentivo à vacinação da população idosa, com o devido reforço do papel do Sistema Único de Saúde, responsável pela vacinação gratuita de 98% dos idosos brasileiros.