509: Experiências de Educação em Diálogo com a Rede SUS
Debatedor: RAFAELA CORDEIRO FREIRE
Data: 29/10/2020    Local: Sala 14 - Rodas de Conversa    Horário: 08:00 - 10:00
ID Título do Trabalho/Autores
9720 DEMOCRATIZAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE CÂNCER DE BOCA COM AUXÍLIO DAS MÍDIAS SOCIAIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Mayra Emanuele Magalhães Alves

DEMOCRATIZAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE CÂNCER DE BOCA COM AUXÍLIO DAS MÍDIAS SOCIAIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Mayra Emanuele Magalhães Alves

Apresentação: O advento da tecnologia por meio da Terceira Revolução Industrial trouxe renovados impulsos na propagação de conhecimento. Junto a isso, a internet, que proporcionou novos meios de aproximação entre diversos públicos, gerando interação e disseminação de informações do meio acadêmico para o não acadêmico, desta maneira conhecimentos científicos puderam ser divulgados e mais facilmente acessados para além das Universidades. Por tal acontecimento, foi possível oportunizar o maior reconhecimento, assim como visibilidade sobre a importância do saber científico e a divulgação de trabalhos acadêmicos que conseguiram ser transmitidos em meios heterogêneos de comunicação, sobretudo nas redes sociais, permitindo diversificar o público alvo. Assim, as instruções sobre a prevenção de doenças, bem como seus sintomas, tratamentos e efeitos adversos, ficaram mais próximas da sociedade, concedendo interação entre os profissionais e a população na construção de conhecimentos coletivos de forma dinamizada. Dentre os agravos à saúde que podem ser prevenidos, o câncer de boca demanda atenção, pois, configura-se como problema de saúde pública no Brasil, devido às altas taxas de prevalência e morbimortalidade, destaca-se na região Norte e principalmente no estado do Pará, sobretudo pela presença de grupos populacionais em situação de vulnerabilidade e exclusão social, pois, estes estão mais expostos a agentes carcinógenos ambientais e a má nutrição, além de possuírem acesso limitado aos cuidados e serviços de saúde. O câncer de boca, pode atingir todo o sistema estomatognático, e mais frequentemente afeta os lábios inferiores, pois a incidência solar é mais corriqueira. Os sintomas primários do carcinoma oral podem perdurar por mais de 10 ou 15 dias, e incluem o aparecimento de anomalias como ulcerações, endurecimentos, eritema, manchas brancas, nódulos, sensação de dormência, dificuldades para mastigar ou engolir e dores sem razão aparente. A etiologia é multifatorial e está relacionada com a interação entre fatores extrínsecos e intrínsecos ao indivíduo, tais como: associação entre tabagismo e álcool, radiação ultravioleta, imunossupressão, fatores hereditários, papilomavírus humano (HPV), sexo e idade, sobretudo idosos acima de 60 anos e homens. O autoexame e a autopercepção de que algo está diferente por parte do próprio indivíduo é raro, situação que provoca o diagnóstico tardio. Assim, ações de promoção e prevenção à saúde a respeito desta neoplasia são necessárias, já que há enormes lacunas de informações sobre aspectos de diagnóstico e prevenção, sobretudo o autoexame da boca. Deste modo, o presente trabalho descreve a experiência de acadêmicos do curso de odontologia da Universidade Federal do Pará (UFPA) participantes do projeto de extensão intitulado: “Prevenção Ao Câncer De Boca: De Ponto a Ponto, de Vila em Vila na Amazônia”  e a utilização das mídias sociais como meio de intercâmbio e interação de informações sobre o câncer bucal. Desenvolvimento: Este projeto de extensão, conta com o auxílio de 2 (dois) bolsistas e 8 (oito) voluntários, todos acadêmicos do curso de odontologia da UFPA. As atividades envolvem educação popular em saúde e são realizadas nas conduções públicas, bem como em feiras da cidade de Belém e nas vilas de pescadores (região do Salgado paraense). A primeira atividade ocorreu no dia 26 de Setembro de 2019, no terminal rodoviário situado em um dos portões de acesso à UFPA. Os participantes dividiram-se em dois grupos com 5 (cinco) integrantes. Cada grupo entrou em um ônibus, após exposição do projeto e autorização do motorista, para dar início às atividades. Na abordagem inicial junto aos passageiros, falou-se sobre os sintomas, seguido da apresentação do banner com imagens explicando a realização do autoexame de boca, assim como fotografias cedidas e devidamente autorizadas, de lesões iniciais do câncer oral em pacientes diagnosticados na unidade de saúde bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), em Belém, também destacando os fatores de riscos e meios de prevenção. O cerne da ação foi o esclarecimento de como efetuar o autoexame de boca, explicando que esta é uma técnica simples em que o próprio sujeito pode identificar lesões precursoras do câncer de boca na cavidade oral (lábios, bochechas, língua, entre outras estruturas), necessário apenas estar em um ambiente iluminado e possuir um espelho. Além disso, os passageiros foram orientados a buscar ajuda profissional caso encontrassem algum dos sintomas apresentados, para que pudesse ser realizado um exame clínico, e, se necessário, dar início ao plano de tratamento em momento oportuno. Buscou-se, sobretudo, atender a demanda de todo o público, de maneira que todos pudessem compreender as informações repassadas e solucionar dúvidas que surgiram no decorrer da conversa. Durante exposição, um dos passageiros fez a publicação de uma fotografia do trabalho em redes sociais, na qual integrantes do grupo estavam em atividade, em poucas horas a imagem obteve vários compartilhamentos entre os internautas, e em diversas plataformas sociais e sites de notícia. Vendo isso, vários usuários mostraram-se interessados no conteúdo, fazendo indagações e buscando sanar algumas dúvidas, dessa forma, realizou-se a explanação sobre o projeto nos comentários da postagem e, sobre a prevenção e autoexame. Com este episódio, percebeu-se o quanto a internet está sendo importante para a disseminação de informação, atingindo grande quantidade de pessoas, relacionando sujeitos e democratizando de forma dinâmica o conhecimento acadêmico. Resultado: A repercussão alcançou outros estados e regiões do país, conseguindo uma média de 22.000 (vinte e dois mil) compartilhamentos nas redes sociais, contribuindo para apresentar aos cidadãos o valor do projeto, assim como os aspectos do câncer de boca, prevenção e fatores de risco. Além disso, pessoas interessadas no projeto procuraram os integrantes nas redes sociais para tratar sobre questões de educação em saúde. Da mesma maneira, por meio da difusão desse evento o grupo recebeu convite para participar do programa de rádio da UFPA, para que pudesse apresentar os principais objetivos do trabalho para a sociedade paraense. Considerações finais: A utilização das mídias sociais mostrou-se ser um meio para divulgação de saberes e conexão de pessoas com desejos de conhecimento e inovação. Foi possível, também, o incentivo ao autocuidado não somente aos passageiros dos transportes públicos, mas também aos internautas alcançados pela divulgação das atividades extensionistas. Os acadêmicos e profissionais da saúde envolvidos, estabeleceram uma comunicação acessível e didática, que pode auxiliar no diagnóstico precoce da enfermidade por meio do autoexame da boca. Desenvolveram, ainda, o papel de atores sociais de transformação por intermédio das plataformas digitais e das ações presenciais nos coletivos.

10479 PRÁTICAS DE ETIQUETA RESPIRATÓRIA: INTERAÇÃO ENSINO, SERVIÇO E COMUNIDADE NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Marienne de Moura Meira, Vanessa de Almeida Ferreira Corrêa, Renata Flavia Abreu da Silva, Arlene Souza Lopes

PRÁTICAS DE ETIQUETA RESPIRATÓRIA: INTERAÇÃO ENSINO, SERVIÇO E COMUNIDADE NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Autores: Marienne de Moura Meira, Vanessa de Almeida Ferreira Corrêa, Renata Flavia Abreu da Silva, Arlene Souza Lopes

Apresentação: Este é um relato de experiência de uma ação de extensão desenvolvida no Projeto de Extensão: “Escola como lócus do cuidado: integração entre comunidade, saúde e universidade” da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Nas vivências do referido projeto percebeu-se a necessidade de refletir e incorporar práticas de educação em saúde participativas, a partir da perspectiva da Educação Popular em Saúde (EPS), nas Campanhas de Imunização Contra a Influenza, sendo uma demanda da equipe de saúde a construção de tecnologias leves para o diálogo junto à população quanto à prevenção da influenza. A Influenza é uma infecção respiratória aguda, causada por vírus com potencial de transmissão, sendo associado a epidemias e pandemias. Tratando-se de um expressivo problema de saúde pública. Entende-se como etiqueta respiratória as medidas simples, as quais podem minimizar a transmissão de doenças infecciosas, sendo importante sua prática cotidiana. Objetivo: Relatar a experiência no desenvolvimento da EPS por meio da construção de uma tecnologia leve, denominada “Guarda-chuva da Etiqueta Respiratória”, na promoção da etiqueta respiratória e na prevenção da transmissão da influenza. Método: Pesquisa descritiva, através dos seguintes passos: 1° passo: confecção da tecnologia leve “Guarda-chuva da Etiqueta Respiratória”; 2° passo: desenvolvimento da tecnologia nas Campanhas de Imunização Contra a Influenza na comunidade; 3° passo: avaliação da prática educativa. Resultado: Desenvolveu-se um guarda-chuva, representando uma barreira, onde na parte superior encontram-se imagens de vírus e, penduradas, imagens de práticas de etiqueta respiratória, como: higiene das mãos; cobrir boca e nariz com um lenço de papel descartável ao tossir ou espirrar; e uso do antebraço ao tossir ou espirrar, na ausência de lenço descartável. No dia “D” da Campanha de Imunização Contra a Influenza de 2019, através da abordagem individual e do diálogo coletivo, as imagens foram discutidas com a população. Os participantes abordados foram adultos e crianças presentes na campanha, que refletiram sobre as práticas de etiqueta respiratória. Alguns identificaram orientações familiares, remetendo a lembrança de orientar seus filhos, outros e relataram não as desenvolverem por esquecimento, contudo referiram que o guarda-chuva é uma forma de chamar atenção para as práticas. Como sugestão, os participantes indicaram desenvolver a ação de extensão nas escolas com crianças e jovens; e a continuidade da ação de extensão durante todo o ano. Considerações finais: Reforçar as práticas de etiqueta respiratória, através de tecnologias leves e de práticas dialógicas, torna-se fundamental na prevenção da influenza. Pois, apesar de possuírem a informação sobre a contribuição positiva de sua prática, a maioria dos participantes não as aplicava em seu cotidiano. Espera-se com este relato incentivar a construção de tecnologias leves no diálogo com a população e que as informações em saúde possam construir de forma compartilhada o conhecimento, a partir de práticas ancoradas na EPS e do território da população. Assim, é necessário incentivar a produção de tecnologias leves que se aproximam da troca de saberes e experiências; e promovam a autonomia dos sujeitos nos espaços de produção de cuidados em saúde; além de proporcionar o desenvolvimento de ações de extensão universitária na perspectiva da EPS.

12167 TORNEIO DE FUTEBOL COMUNITÁRIO E PARTICIPAÇÃO FEMININA: RELATO DE EXPERIÊNCIA NO PROGRAMA DE EXTENSÃO BONS VIZINHOS EM FORTALEZA-CE
Nathalia Medeiros Mesquita, Carlos Eduardo Esmeraldo Filho

TORNEIO DE FUTEBOL COMUNITÁRIO E PARTICIPAÇÃO FEMININA: RELATO DE EXPERIÊNCIA NO PROGRAMA DE EXTENSÃO BONS VIZINHOS EM FORTALEZA-CE

Autores: Nathalia Medeiros Mesquita, Carlos Eduardo Esmeraldo Filho

Apresentação: Este trabalho busca relatar a realização e planejamento do torneio de futebol comunitário em parceria com o programa de extensão universitária Bons Vizinhos, em uma comunidade de Fortaleza, e refletir como tal ação contribui para o fortalecimento de vínculos e promoção da autonomia das adolescentes da comunidade. A inserção do programa de extensão Universitária bons Vizinhos na comunidade iniciou em 2010 e vem ao longo desses quase 10 anos se reinventando. Atualmente o programa conta com alunos dos cursos de Psicologia, Enfermagem, Nutrição, Direito, Arquitetura e Urbanismo, Comunicação Social/Jornalismo que se encontram aos sábados na comunidade e durante a semana realizam reuniões para planejamento, estudo de casos e referencial teórico de acordo com as demandas da comunidade. A comunidade foi se construindo ao entorno da lagoa do Gengibre, que dá nome a comunidade, e sofre todos os anos com as fortes chuvas, chegando a uma parte da periferia ficar completamente alagada. Com baixo grau de empregabilidade formal, falta de saneamento básico, grande partes das casas são construídas com materiais recicláveis e contrastam com a estrutura de grandes prédios presentes na região. No que tange as mulheres e adolescentes, encontramos um alto índice de abandono escolar e de gravidez na adolescência. Os referenciais teóricos de estudo para a realização das ações partem de uma práxis da e para libertação, pautada em um compromisso ético-politico com a defesa dos direitos humanos e reflexões da psicologia social comunitária e estudos sobre Paulo Freire. O torneio de futebol buscou aproximar os adolescentes da comunidade ao programa de extensão, resgatar a prática dos jogos de futebol na comunidade, fortalecer o sentimento de pertença e autonomia dos jovens na comunidade. Para a realização planejamento e dialogo com a comunidade; escolha do local e produção de materiais a serem utilizados; treinos com os adolescentes e os juízes; Realização do torneio e ações paralelas; Os diálogos para planejamento aconteceram durante meses e de um modo participativo buscamos auxiliar na realização do torneio que contou com a inscrição de mais de 50 crianças. A participação feminina durante o planejamento e organização do torneio foi pequena, para montar um time fora precisa a participação das extensionistas do programa. As meninas ali presentes se mostravam tímidas em quererem participar por acreditarem que jogar futebol é uma prática masculina e se detinham a assistir aos jogos. A partir do planejamento participativo com as moradoras pudemos resgatar a historia do time de futebol feminino da comunidade, incentivar as participação das meninas no esporte e fortalecimento da autonomia pra se organizarem e ocuparem os espaços esportivos. A realização do torneio de futebol, portanto, se apresenta como uma prática que pode refletir sobre os papeis de gênero, os espaços das mulheres no esporte, integração dos saberes populares e acadêmico, bem como promoção da autonomia e fortalecimento de vínculos entre as adolescentes e com os extensionistas e a comunidade. É fundamental a realização de mais ações que possam proporcionar inquietações sobre nosso contexto machista e patriarcal que buscam definir os locais de inserção feminina.

10851 TERRITÓRIO E DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE: OLHARES E REFLEXÕES A PARTIR DE EXPERIÊNCIAS EXTRA MUROS
Lavinia Boaventura Silva Martins, Thiago Santos de Souza, Luciana Oliveira Rangel Pinheiro, Michaela Eickemberg, Gustavo Melo Vieira

TERRITÓRIO E DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE: OLHARES E REFLEXÕES A PARTIR DE EXPERIÊNCIAS EXTRA MUROS

Autores: Lavinia Boaventura Silva Martins, Thiago Santos de Souza, Luciana Oliveira Rangel Pinheiro, Michaela Eickemberg, Gustavo Melo Vieira

Apresentação: A Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), orientada pelas propostas de reorganização curricular a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais, vem lapidando a formação acadêmica com vistas à produção de conhecimento socialmente referenciado. No bojo desse processo de construção pedagógica, a saúde coletiva tem ganhado espaço no tripé ensino/pesquisa/extensão institucional. A partir de 2018, o componente curricular Saúde Coletiva I, o qual engloba os cursos de fisioterapia, enfermagem, biomedicina, educação física, medicina e odontologia, e Processos Psicossociais, ofertada no curso de psicologia, tem possibilitado ao corpo discente ampliar sua perspectiva acerca dos determinantes sociais da saúde através de visita técnica ao território num arranjo marcado pela integração ensino/serviço/comunidade. O objetivo desse trabalho é descrever a percepção discente e docente sobre o processo de apreensão do território, e suas relações com a tríade saúde-doença-cuidado, à luz dos determinantes sociais de saúde. Desenvolvimento: Dentre o rol de atividades desenvolvidas pelas disciplinas Saúde Coletiva I e Processos Psicossociais é realizada, por três docentes, uma visita técnica aos territórios de três distritos sanitários em Salvador (BA). Os discentes, de todos os cursos da EBMSP, realizam tais visitas em grupos de 10 estudantes de cursos diferentes. A fim de garantir um maior alinhamento todo planejamento é realizado em equipe, com compartilhamento de materiais de apoio, referências, construção de roteiro de visita e barema de avaliação da atividade, sob a condução da coordenação pedagógica do núcleo comum da instituição. Durante a visita são percorridas as ruas dos bairros, sendo possível conhecer as histórias dos lugares, conversar com moradores e lideranças comunitárias, aguçar o olhar sobre os condicionantes que interferem na saúde, além de mapear os equipamentos sociais e serviços de saúde da área. Após a visita, as equipes de discentes elaboram um relatório contemplando pontos do roteiro disponibilizado. Resultado: Do ponto de vista docente a visita atende a demanda dos acadêmicos que almejam mais atividades práticas para o componente curricular, possibilita a primeira vivência intercursos, ainda no primeiro semestre, favorece a constituição de um espaço para o exercício da argumentação/ reflexão sobre a importância do território na construção do conceito de saúde e sensibiliza os alunos para uma atuação profissional ética, humana, em equipe, atenta as necessidades individuais e dos coletivos inseridos em territórios dotados de historicidade, distintas concepções socioculturais, aspectos econômicos e políticos diversos e múltiplas relações de poder. Na perspectiva discente, extraída dos relatórios, pôde-se inferir que a visita é uma oportunidade para conhecer os territórios dos distritos sanitários de ambos os campi da EBMSP, aproximar os conteúdos teóricos da prática, identificar elementos na esfera macro que, vão além das características intrínsecas do indivíduo e seu estilo de vida, interferem no estado de saúde. Considerações finais: A visita técnica é uma oportunidade de promover a reflexão sobre a relevância de se conhecer o território, in loco, incluindo o olhar do seu núcleo profissional sobre o processo saúde/doença/cuidado, bem como ressignificar a visão dos acadêmicos sobre o papel dos determinantes sociais da saúde.

9412 A DESMISTIFICAÇÃO DE PRÁTICAS POPULARES RELACIONADAS AO ALEITAMENTO MATERNO DE UM GRUPO DE EXTENSÃO COM ADOLESCENTES PRIMIGESTAS
Luiza Soares Pinheiro

A DESMISTIFICAÇÃO DE PRÁTICAS POPULARES RELACIONADAS AO ALEITAMENTO MATERNO DE UM GRUPO DE EXTENSÃO COM ADOLESCENTES PRIMIGESTAS

Autores: Luiza Soares Pinheiro

Apresentação: O conhecimento popular é algo tão antigo quanto a própria sociedade, estando presente no cotidiano de cada indivíduo. Dessa forma, é comum que práticas passadas de geração a geração, algumas consideradas impróprias na atualidade, ainda sejam executadas. Certas crenças populares sobre o aleitamento materno podem ter efeito prejudicial na gestação se não acompanhadas pelo profissional da saúde capacitado. O objetivo do estudo é relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem que acompanham as grávidas adolescentes no projeto de extensão, promovendo integralidade da saúde neste período das ações educativas sobre amamentar, desmistificando informações e práticas populares que possam prejudicar o trinômio: mãe/filho/família. Desenvolvimento: trata-se de um relato de experiência com abordagem qualitativa acerca da vivência no Grupo de Extensão de Apoio à Grávidas Adolescentes (GEAGA) da Universidade Federal do Amapá, que tem por fim, contribuir e orientar as adolescentes primigestas nas práticas corretas e saudáveis durante a gestação e parto com relação à amamentação e seus desafios. Resultado: Observou-se que a maior parte das grávidas receberam orientação de parentes e amigos sobre práticas populares relacionadas ao aleitamento materno, como por exemplo, fazer sucção nos mamilos para torná-los protusos com o intuito de “facilitar a amamentação” e massagear as mamas em qualquer período da gestação. Após essas orientações as gestantes relataram sintomas como contrações uterinas e início de drenagem de leite, cabendo aos acadêmicos e enfermeiros responsáveis pelo grupo o incentivo e esclarecimento de dúvidas quanto aos cuidados da mama e manutenção da gravidez. É sabido que a manipulação exagerada do mamilo, pode liberar o hormônio da ocitocina e estimular contrações fora do período adequado ao parto a termo. Esses conhecimentos foram repassados por rodas de conversas e demonstrações sobre a pega correta, entre outros. Em oficinas posteriores, quando questionadas sobre a continuidade das práticas populares e das contrações, as adolescentes informaram que haviam interrompido tais práticas, seguindo as orientações repassadas. Considerações finais: É de suma importância o acompanhamento profissional durante o período gestacional em todos os seus aspectos, pois é através da troca de experiências que é possível identificar a realização de ações que colocam em risco a gestação. Bem como, é a partir dela que são repassadas as orientações corretas sobre o aleitamento materno e sobre sua importância, promovendo qualidade de vida para a mãe e bebê.

6664 AS CONCEPÇÕES DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM SOBRE O TRABALHO DO(A) ENFERMEIRO(A) NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: APROXIMAÇÕES ANALÍTICAS A PARTIR DA ANÁLISE INSTITUCIONAL
Pablo Ramon Rodrigues Freitas Ramos Carloni, Flávio Adriano Borges Melo

AS CONCEPÇÕES DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM SOBRE O TRABALHO DO(A) ENFERMEIRO(A) NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: APROXIMAÇÕES ANALÍTICAS A PARTIR DA ANÁLISE INSTITUCIONAL

Autores: Pablo Ramon Rodrigues Freitas Ramos Carloni, Flávio Adriano Borges Melo

Apresentação: As concepções de estudantes de enfermagem sobre o trabalho dos(as) enfermeiros(as) na Estratégia Saúde da Família (ESF) é um assunto pouco explorado no meio científico e acadêmico, direcionando para a escassez bibliográfica abordando essa temática. Assim, o presente trabalho se propõe a trilhar esse caminho pouco explorado da formação do(a) enfermeiro(a) no que tange à Atenção Primária à Saúde (APS) a partir da concepção dos(as) estudantes de graduação em enfermagem. Ele é fruto de um projeto de iniciação científica em desenvolvimento, financiado pela FAPESP (Processo nº 2019/20060-4), que tem como objetivo geral analisar as concepções dos estudantes de graduação em enfermagem sobre o trabalho do(a) enfermeiro(a) na ESF. Desenvolvimento: – O trabalho tem caráter exploratório, abordagem qualitativa e está em desenvolvimento com estudantes de graduação em enfermagem da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) por meio de entrevistas semiestruturadas, que foram gravadas e transcritas na íntegra e que estão em processo de análise por meio de alguns conceitos do referencial teórico da Análise Institucional. Consiste em uma aproximação do primeiro autor de alguns conceitos analíticos desse referencial teórico, não se tratando de um processo interventivo segundo os princípios Socioanalíticos e Socioclínicos. Resultado: – Consideramos existir uma relação entre a concepção do(a) estudante de enfermagem sobre o trabalho do(a) enfermeiro(a) na ESF e sua satisfação com o curso, interferindo até mesmo, no alto ou pequeno grau de estresse gerado durante o processo de formação acadêmica. A partir da realização das entrevistas e pelo fato delas serem gravadas, as perguntas pareceram intimidar alguns participantes, retratando certo medo do erro ou equívoco instituídos no processo de formação em saúde, sobretudo, porque vários(as) estudantes já haviam ouvido falar sobre o assunto, mas não recordavam de conceitos específicos e funções relacionadas ao(à) enfermeiro(a) na ESF. Além disso, foi possível perceber um processo de institucionalização do conhecimento acadêmico do(a) estudante ao identificarmos um aumento gradativo da percepção das tarefas, deveres e responsabilidades do(a) enfermeiro(a) na ESF segundo o ano de graduação em que o(a) estudante se encontrava. Considerações finais: Ainda são evidentes os desafios da formação acadêmica na utilização do erro ou equívoco como um processo instituinte e formativo. Somado a isso, a característica somativa de compreensão das tarefas, deveres e responsabilidades do(a) enfermeiro(a) na ESF demonstra a institucionalização da complexidade das bases cognitivas da prática profissional. Em suma, compreendemos que os resultados aqui apresentados em conjunto com os demais em processo de análise poderão contribuir para o desenvolvimento de uma análise de implicação com os(as) estudantes de enfermagem em diferentes realidades.

11339 PRÁTICAS DO ENFERMEIRO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: PERCEPÇÕES DOS USUÁRIOS
Clara Beatriz Cavalcante, Tamiris Taciane Duarte, Vanessa Ferreira Corrêa

PRÁTICAS DO ENFERMEIRO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: PERCEPÇÕES DOS USUÁRIOS

Autores: Clara Beatriz Cavalcante, Tamiris Taciane Duarte, Vanessa Ferreira Corrêa

Apresentação: A Atenção Primária à Saúde (APS) inserida na rede de atenção no Sistema Único de Saúde, através do modelo da Estratégia Saúde da Família (ESF), compreende um conjunto de saberes e práticas direcionadas ao indivíduo, à família e ao território de vida da população. Neste contexto, espera-se que o enfermeiro atue em equipe multiprofissional fortalecendo o vínculo e o cuidado com a comunidade. Ao considerar que, as práticas de cuidado do enfermeiro na ESF têm impacto direto no cotidiano de vida da população, é importante compreender como os usuários percebem a prática desenvolvida pelo referido profissional. Assim, este estudo tem como objetivo: Identificar as percepções dos usuários dos serviços de saúde frente às práticas do enfermeiro na ESF. Desenvolvimento: Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal e qualitativa. Desenvolveu-se entrevistas semiestruturadas com 18 usuários cadastrados na ESF no período de agosto a setembro de 2019, sendo os critérios de inclusão: pessoas com pelo menos um atendimento pelo enfermeiro na ESF e idade superior à 18 anos. A amostragem utilizada foi a técnica de bola de neve, na qual realizou-se contatos com informantes-chaves que, ao final das entrevistas, indicavam outros usuários para participar do estudo. O instrumento de coleta de dados integrou 10 perguntas divididas em 03 eixos: identificação do participante, demanda do usuário e prática do enfermeiro. A análise utilizada foi a análise de conteúdo temático-categorial, na qual as Unidades de Registro (UR) identificadas nesta pesquisa como frases, foram agrupadas em temas e, posteriormente, categorias de análise. Assim, possibilitou a construção da seguinte categoria: Percepção do usuário frente à prática do enfermeiro. Esta pesquisa possui aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, sob o número de parecer: 3.294.084. Resultado: Esta categoria descreve a percepção dos usuários quanto à prática do enfermeiro, através do vínculo construído entre usuários e enfermeiros. Dentre as 58 UR presentes nesta categoria, 53 UR apresentam percepções positivas da prática do enfermeiro voltadas à humanização, atenção, acolhimento e vínculo. Práticas voltadas ao núcleo social de vida do usuário, para além da demanda biológica, também foram identificadas como uma percepção positiva da referida prática. Assim, os participantes relataram satisfação com o atendimento do enfermeiro, por tratar-se de uma prática humanizada, onde suas demandas são apresentadas e ouvidas. Quanto à percepção negativa da prática do enfermeiro na ESF, os participantes apresentaram a percepção de não resolução de seus problemas e a administração do tempo de consulta de enfermagem. Considerações finais: A identificação de percepções positivas dos participantes frente às práticas do enfermeiro na ESF indica uma prática de cuidado e de acolhimento, a qual deve se potencializada nos serviços de saúde. Entretanto, destaca-se a importância de refletir sobre tais práticas com os usuários quanto ao papel do enfermeiro na ESF. Conclui-se que, é preciso dialogar com os usuários dos serviços de saúde, compreender quais são as implicações da atenção do enfermeiro em seu cuidado cotidiano e reinventar práticas de cuidado na ESF, as quais revelem a dimensão social e de compromisso com a defesa da saúde da população.

7108 INTERPROFISSIONALIDADE: LIMITES E POSSIBILIDADES NA COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE NITERÓI
Andressa Eulália Viana Cardoso, Kimberly Veiga dos Anjos

INTERPROFISSIONALIDADE: LIMITES E POSSIBILIDADES NA COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE NITERÓI

Autores: Andressa Eulália Viana Cardoso, Kimberly Veiga dos Anjos

Apresentação: A vigilância em saúde é essencial para subsidiar a tomada de decisão em saúde e, com a Lei n° 8.080, foi incluída como campo de atuação do Sistema Único de Saúde. No município de Niterói (RJ) a Coordenação de Vigilância em Saúde (COVIG) recebe e analisa dados de agravos de Notificação Compulsória, com o objetivo de orientar decisões e prioridades de intervenções junto ao município. A Organização Mundial de Saúde (2010) destaca a prática interprofissional como aquela onde profissionais, de diferentes áreas, atuam de forma integrada, compartilhando objetivos e colocando os usuários na centralidade do processo, visando a resolução dos problemas de saúde da população. Nesse sentido, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde/Interprofissionalidade) vem com a proposta de, através do contato direto entre discentes de diferentes áreas da saúde, promover a educação e a prática interprofissional. Os estudantes atuam e aprendem juntos além de discutirem a interprofissionalidade nas unidades de trabalho em que são inseridos. Participando do programa desde Março de 2019, as estudantes de Serviço social e Psicologia puderam entrar em contato com o trabalho realizado na COVIG. Através da sistematização desse trabalho, buscou-se compreender como a interprofissionalidade se expressa na unidade, os limites e condições concretas para o exercício interprofissional no trabalho. Durante o último ano, criou-se uma relação direta entre as estudantes e as/os profissionais, perpassando as diversas profissões presentes, que dividem muitas vezes a mesma ocupação. O trabalho na COVIG é dividido em 11 assessorias: Imunização; Doenças Exantemáticas e Imunopreveníveis; Meningites; Informação; Zoonoses; Profilaxia da Raiva Humana; Tuberculose;  Hanseníase; Vigilância dos óbitos maternos; IST/AIDS e Violências. No total, têm-se 6 profissões da saúde (Enfermagem, Medicina, Nutrição, Sanitarismo, Biomedicina e Serviço Social), executando esse trabalho coletivo, o que expressa o potencial interprofissional que está presente na organização do trabalho dentro da COVIG. As assessorias resolvem as questões tratando os agravos de forma completa, entendendo a realidade do usuário de forma integral e não fragmentada, mesmo partindo de formações diferentes, por concordarem que o processo de saúde doença não se limita ao âmbito individual e sim como expressão da vida e do trabalho. Cumprindo carga horária de 8 horas semanais, as alunas puderam observar as relações existentes e dialogar com os profissionais, mantendo sempre um diário de campo, de onde sintetizam também os relatórios mensais obrigatórios. Desse modo, foi possível concluir que a interprofissionalidade é uma construção cotidiana e necessária se concretizando independentemente de em alguns momentos não se efetivar como um processo consciente, o que justifica o desconhecimento do conceito de interprofissionalidade apesar de na prática haver um agir interprofissional.É necessária a compreensão do PET como ferramenta importante na valorização do tripé fundamental para universidade: o ensino, a pesquisa e a extensão, e na integração da universidade com o serviço público de saúde. Todo conhecimento é multiprofissional, se as demandas não se limitam a um campo da saúde, pode-se afirmar que fortalecer a teoria e a prática interprofissional também é fortalecer o SUS.

8918 O IMPACTO DA COMUNICAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA SEGURANÇA DO PACIENTE - RELATO DE EXPERIÊNCIA
Gabrielle Silva Nascimento, Elisa Oliveira De Almeida, Marcus Vinicius Cunha Ferreira, Yuri Pereira Gomes, Juliana Santos Da Silva, Ana Karine Ramos Brum

O IMPACTO DA COMUNICAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA SEGURANÇA DO PACIENTE - RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Gabrielle Silva Nascimento, Elisa Oliveira De Almeida, Marcus Vinicius Cunha Ferreira, Yuri Pereira Gomes, Juliana Santos Da Silva, Ana Karine Ramos Brum

Apresentação: Para que haja a condução efetiva das ações de enfermagem, é imprescindível desenvolver e aplicar de forma adequada o processo de comunicação na assistência de enfermagem. Visto que a comunicação efetiva é um dos instrumentos básicos de enfermagem e a segunda meta internacional de segurança do paciente, segundo a Organização Mundial da Saúde, a interação entre a equipe de saúde e com o cliente deve ser realizada da maneira mais eficaz e livre de ruído possível. Como forma de avaliação da disciplina de Educação aplicada ao campo da saúde do curso de Enfermagem da Universidade Federal Fluminense, foi proposta ao grupo a elaboração e implementação de um projeto com aplicabilidade e tema livres e o grupo optou abordar a comunicação na equipe de enfermagem e seu impacto na segurança do paciente, sendo este voltado para conscientização dos próprios profissionais de saúde. O tema escolhido surgiu através de uma experiência negativa vivenciada por parte do grupo ao longo da prática na universidade, que motivou a criação de um projeto que abordasse uma temática tão relevante e tão pouco discutida, com o objetivo de conscientizar a equipe de enfermagem a exercer uma troca de informações de forma que torne seu serviço eficaz e despojados de erros, e ainda, que possa ser oferecido de forma adequado e integral a cada indivíduo que busca os serviços de saúde. Com o intuito de promover uma intervenção criativa e dinâmica, foi elaborada uma gincana e uma atividade de role-play, em que os participantes respondiam perguntas referentes às comunicações interpessoal e terapêutica e segurança do paciente e simularam uma passagem de plantão, respectivamente e nesta sequência. Antecedente a estas etapas, foi exibida uma apresentação de slides para introduzir e apresentar o objetivo e o método do proposto projeto. Um grupo de alunos foi selecionado e retirado da sala, podendo utilizar um bloco de anotações para registrar o que julgavam mais relevante, exceto o aluno que iniciou o role-play, que permaneceu em sala e pôde utilizar apenas sua capacidade de memorização do caso clínico exibido. Em seguida, os alunos que estavam do lado de fora da sala foram convidados a entrar, um a um, e receberam o caso clínico do primeiro aluno que havia ficado na sala vendo o caso na íntegra, e cada aluno que entrava passava o caso para o seguinte, e assim sucessivamente. Ao final, quando todos os alunos já haviam retornado para a sala de aula, o caso clínico foi revelado e os demais participantes puderam perceber a quantidade de erros nas informações repassadas, e ainda, a ausência de alguns pontos essenciais para uma passagem de plantão como a questão da mobilidade do paciente. Desta forma, tanto os participantes quanto os demais estudantes presentes na sala de aula puderam compreender a relevância de uma comunicação realizada de forma correta e efetiva, e que esta não seja restrita apenas em uma passagem de plantão, mas que possa ser exercida em toda forma do serviço de saúde, para que este seja oferecido na melhor qualidade possível. Ao final do role-play, todos os alunos foram divididos em dois grupos e a gincana ocorreu no modo de passa e repassa, em que as perguntas eram lidas uma para cada grupo e caso o grupo não soubesse ou errasse, a pergunta era repassada. Esta etapa foi constituída pelas seguintes perguntas: “Dentre as seis metas de segurança do paciente, em qual colocação está a comunicação?”, “Qual a diferença entre comunicação terapêutica e comunicação interpessoal?”, “Cite duas consequências de uma comunicação não efetiva para a segurança do paciente” e “Qual teórica de enfermagem aborda a comunicação interpessoal?”, porém, ocorrendo empate entre as equipes a afirmação “O dia mundial da segurança do paciente é no dia 17 de setembro” foi enunciada a fim de que o grupo respondesse se esta era verdadeira ou falsa. Foi empregada, como uma forma de pesquisa ativa aos resultados obtidos da apresentação do tema, a plataforma, na qual à princípio foi questionado aos participantes se a experiência foi satisfatória ou não a escolha da metodologia (gincana e role-play), bem como a aplicação das metodologias com relação a criatividade e dinâmica, tal qual o tempo de duração das atividades. Também foi questionado o quanto o projeto levantou reflexão sobre o tema proposto, tendo como opções “pouco, médio ou muito”. Assim como os pontos que mais tinham agradado, com as opções “perguntas e respostas”, “passagem de plantão”, “tema”, “metodologias ativas” e outros”. Por fim, de forma geral, foi solicitado que os mesmos avaliassem com notas de 1 a 10, além de questionar quais os pontos poderiam ser melhorados e quais seriam as sugestões. De acordo com o resultado do questionário aplicado após as atividades, o role-play foi a dinâmica do projeto que mais os agradou, entretanto, alguns apontaram que poderiam existir regras melhor delimitadas, tal como os espectadores poderiam apontar os erros apresentados ao longo da ação. Com esse feedback, é possível perceber a grande aceitação do projeto por parte da turma além da indicação de pontos que podem ser aprimorados, visto que os participantes refletiram sobre o tema segurança do paciente e apontaram de que forma o projeto pode melhorar para atingir maiores públicos. Ao longo da execução das dinâmicas e do retorno obtido através do questionário, os participantes puderam refletir e perceber a correlação intrínseca entre uma comunicação livre de ruído e a segurança do paciente. Dessa forma, a partir da aplicação das técnicas assimiladas durante o cursar da disciplina sobre metodologias mais ativas na educação na saúde já descritas anteriormente, observou-se a importância da utilização de estratégias que visem a melhoria e aperfeiçoamento na comunicação entre a equipe de saúde no geral. Desta forma, a informação será transmitida de modo que nenhum dado seja perdido, ou ainda, alterado, para que estes desacordos não prejudiquem a assistência, causando inúmeros danos ao paciente, desde um procedimento errado à medicações administradas de forma incorreta, tal qual a ocorrência de óbitos de pacientes, a fim de que a enfermagem possa oferecer um serviço de maneira segura e de qualidade, visando atender o público de forma integral e precisa.

10300 A NOVA FORMAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA EM MS: SANITARISTAS ATIVADORES DE MUDANÇAS EM SEUS PROCESSOS DE TRABALHO E NA REALIDADE DO SUS
Laís Alves de Souza, Marcia Naomi Santos Higashijima, Helizene Moreira da Silva, Maria de Lourdes Oshiro, Nathan Aratani, Érika Kaneta Ferri, Adriane Pires Batiston

A NOVA FORMAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA EM MS: SANITARISTAS ATIVADORES DE MUDANÇAS EM SEUS PROCESSOS DE TRABALHO E NA REALIDADE DO SUS

Autores: Laís Alves de Souza, Marcia Naomi Santos Higashijima, Helizene Moreira da Silva, Maria de Lourdes Oshiro, Nathan Aratani, Érika Kaneta Ferri, Adriane Pires Batiston

Apresentação:  A Escola de Saúde Pública do Mato Grosso do Sul ofertou ao início de 2019 a primeira turma de um curso de Especialização em Saúde Pública certificada pela própria instituição, tendo como parceira a Rede Brasileira de Escolas de Saúde Pública (REDESCOLA). Neste sentido, este relato objetiva apresentar a experiência vivenciada na construção e execução do curso.  Desenvolvimento:  O projeto político pedagógico foi elaborado adequado às necessidades locais, de modo compartilhado, mesclando estratégias da metodologia ativa de ensino-aprendizagem, visando as competências necessárias para futuros sanitaristas, orientadas por eixos transversais ao curso: gestão, educação, cuidado e interprofissionalidade e foi desenvolvido em módulos temáticos. O processo seletivo visou contemplar profissionais de municípios variados que ocupassem diferentes locais da rede, visando capilarizar os resultados e promover compreensão crítica e reflexiva da realidade local, visando alcançar a transformação gradual e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde na região. O curso foi inspirado na especialização em ativação de processos de mudança na formação superior de profissionais da saúde, que visa a formação de profissionais críticos sobre sua realidade de trabalho, com capacidade de promover mudanças necessárias na defesa da saúde pública de qualidade por meio de ações estratégicas, individuais e coletivas. A formação do sanitarista foi garantida nos quatro eixos temáticos com atividades presenciais e à distância, individuais e compartilhadas, associando teoria e prática e a análise da realidade de trabalho dos especializandos.  Resultado:  As atividades desenvolvidas nos encontros presenciais são: 1. Acolhimento - com provocações para a reflexão, motivação, atividades culturais, convivência; 2. Problematização - partindo de Situações Problemas (SP), visando contemplar o conteúdo teórico dos módulos, - partindo de narrativas, elaboradas pelos especializandos, descrevendo vivências do trabalho; 3. Oficinas de trabalho, em ofertas teóricas e do uso de ferramentas para a reprodução nos serviços; 4. elaboração do portfólio, representativo do percurso no curso, com reflexões sobre seu desenvolvimento individual e nos grupos, reconhecendo competências desenvolvidas e lacunas. As atividades nos momentos presenciais contemplam grupos de trabalho fixos durante o curso, heterogêneos quanto à formação dos integrantes, município e local de trabalho, visando o desenvolvimento de vínculos e compartilhamento dos conhecimentos, onde são processadas as SP, narrativas e avaliações dos encontros. Os portfólios são compartilhados com o tutor em encontros individuais. As oficinas são desenvolvidas em grupos diferentes a cada encontro, visando desenvolver habilidades relacionais e novas pactuações a cada nova conformação, além de promover troca de conhecimentos. As atividades desenvolvidas à distância são: busca por referenciais teóricos para responder individualmente às questões de aprendizagem, elaboração de narrativas, elaboração do portfólio e do projeto aplicativo (Trabalho de Conclusão de Curso), uma proposta para a resolução de determinado problema identificado na realidade do aluno. A avaliação, baseada nos eixos de competências, prevê componente formativo na metade do curso e componente somativo ao final.  Considerações finais:  O curso está em fase de finalização e tem sido bem avaliado a cada encontro por todos os participantes do processo, sendo prevista novas ofertas para contemplar maior número de profissionais.

10322 UMA ESTRATÉGIA EM SAÚDE MENTAL RELACIONADA AO TRABALHO
Marcia Naomi Santos Higashijima, Inara Pereira da Cunha, Gislaine Ferreira Maggioni, Bianca Cristina Ciccone Giacon, Joel Saraiva Ferreira, Laís Alves de Souza

UMA ESTRATÉGIA EM SAÚDE MENTAL RELACIONADA AO TRABALHO

Autores: Marcia Naomi Santos Higashijima, Inara Pereira da Cunha, Gislaine Ferreira Maggioni, Bianca Cristina Ciccone Giacon, Joel Saraiva Ferreira, Laís Alves de Souza

Apresentação:  As doenças mentais são responsáveis por uma redução significativa do potencial de oferta de trabalho, pelo aumento do absenteísmo e pela exclusão social de milhares de pessoas, gerando altos custos econômicos e sociais. A Organização Mundial da Saúde e a Organização Internacional do Trabalho afirmam que mais de 30% dos trabalhadores dos países industrializados sofrem com algum tipo de transtorno mental. No Brasil, os dados revelam a alta incidência de doenças psíquicas entre a população em idade produtiva, representando a terceira maior causa de afastamento do trabalho no país. Depressão, tentativas de suicídios, uso abusivo de álcool e drogas, estresse, crises de ansiedade, fadiga e esgotamento profissional estão se tornando cada vez mais comuns e há muitas evidências da relação entre essas expressões do sofrimento humano e as formas de organização do trabalho existentes na atualidade. A falta de enfrentamento das situações de trabalho que geram um processo de adoecimento físico e mental nos trabalhadores está relacionada com as atuais formas de organização financeira e produtiva, a implementação de novos mecanismos de gestão e a maneira como as avançadas tecnologias são utilizadas. O trabalho na atualidade passou a exigir um maior envolvimento da subjetividade dos trabalhadores. Nesse contexto, o cotidiano laboral vem se caracterizando pela contradição entre discursos gerenciais bastante sedutores e práticas extremamente exigentes que tendem a enfraquecer a organização coletiva. Dessa forma, o problema é naturalizado e negligenciado, havendo poucas iniciativas para a defesa da saúde mental da classe trabalhadora. Parece haver relutância por parte do poder público, dos administradores das empresas e dos próprios trabalhadores em considerar os contextos macros e microssociais, e assumir que o trabalho pode agir negativamente sobre o psiquismo de quem trabalha. Em nossa sociedade, permanece a ideia de que o trabalho possui uma conotação positiva e o sofrimento/adoecimento psíquico, em geral, é visto como um sinal de fraqueza individual. Sendo necessário discutir ainda a importância da atenção à saúde mental relacionada ao trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS), o qual também enfrenta inúmeros obstáculos e desafios. A falta de enfrentamento das situações de trabalho que geram um processo de adoecimento físico e mental nos trabalhadores acaba por naturalizar e negligenciar o problema, havendo poucas iniciativas para a defesa da saúde mental da classe trabalhadora. São escassas as ações que visam fomentar o papel ativo desses trabalhadores, protagonistas imprescindíveis que planejam e atuam nos desafios nesse campo. Para se produzir cuidado em saúde, devem-se empreender esforços no sentido de desconstruir o agir profissional pautado em áreas delimitadas e especializadas, pois o cuidado é uma experiência de (re)invenção da saúde como bem público e como potência de luta a serviço da vida individual e coletiva. Além disso, percebe-se que estar no serviço de saúde e aprender com ele é uma experiência extremamente rica para a formação. Neste sentido, a Escola de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul em parceria com a Escola Técnica do Sistema Único de Saúde e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul desenvolveu um projeto de extensão como uma possibilidade de estratégia para o enfrentamento do problema; sendo este trabalho um resumo da proposta. Desenvolvimento:  O desenvolvimento de grupos adquire caráter psicossocial e se mostra importante para problematizar os sentimentos gerados, onde se deve buscar a ampliação da autonomia, a reflexão dos processos de cogestão e o fortalecimento coletivo dos trabalhadores; podendo representar uma ferramenta de transformação tanto dos indivíduos quanto da realidade social. Aliado a educação em saúde através do desenvolvimento de grupos, as evidências científicas demonstram que a atividade física (AF) tem efeito de bem estar nas pessoas. A AF é sugerida como estratégia benéfica para gerenciamento de estresse em indivíduos com ansiedade, associada a outras inciativas; como a participação em programas regulares de AF e incorporação de pequenos programas de educação em saúde, com foco voltado para a troca de experiências em grupo. A prática regular de atividade física traz benefícios para indivíduos com sintomas depressivos e ansiosos, com destaque aos efeitos dos exercícios aeróbicos sobre os sintomas de depressão; além disso, melhora a qualidade de vida de pessoas. Assim, o projeto, que está em andamento, tem duração de nove meses, tendo como público alvo profissionais da saúde, em nível estadual e municipal e da política de segurança pública; carregando em seu bojo o viés interprofissional, incluindo as formações em educação física, enfermagem, fisioterapia e psicologia. Além do apoio do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador e da Rede de Atenção Psicossocial do Estado. Busca estimular o desenvolvimento de competências para o autocuidado apoiado dos trabalhadores da saúde através da educação em saúde, com a realização de encontros mensais, de duração aproximada de 90 minutos, sendo este tempo compartilhado entre roda de conversa e atividade física. A adesão dos trabalhadores e trabalhadoras é voluntária, através da apresentação do projeto a eles e às chefias imediatas, para ciência e liberação para as atividades. Nos primeiros meses o grupo terá protocolo aberto, sendo fechado após quatro meses. Também haverá a oferta mensal de arteterapia em um momento diferenciado, sendo a adesão livre para aqueles que se sentirem a vontade. As rodas de conversa têm por objetivo desenvolver temáticas relacionadas ao autocuidado - promoção da saúde e prevenção de doenças - à saúde mental e física. E a atividade física estimulará os participantes a incluí-la em sua rotina como estratégia de autocuidado e ganho em qualidade de vida.  Resultado:SEspera-se que ao final deste projeto tenhamos conseguido estimular nos trabalhadores a consciência da importância do autocuidado, a promoção da saúde e prevenção de doenças; promovido espaços protegidos para a troca de experiências. E como ganho secundário, a partir do conhecimento dos espaços também de adoecimento no cotidiano do trabalho, que a gestão promova de forma compartilhada o desenvolvimento de processos de trabalho que prezem pela valorização dos funcionários, com relações horizontalizadas; e que haja o investimento contínuo em saúde mental relacionada ao trabalho.  Considerações finais: É evidente a necessidade de se avançar em termos teóricos e práticos no campo da saúde do trabalhador, apontando uma nova concepção do fazer em saúde e do existir no cotidiano da vida. Provocando para que mais ações sejam desenvolvidas, considerando o desgaste dos servidores públicos, o descompasso com a política e a precarização do trabalho. 

10696 MATRIZ FOFA COMO ESTRATÉGIA DE ANÁLISE DE UM GRUPO DE PESQUISA E EXTENSÃO
João Víctor Lira Dourado, Francisco Antonio Carneiro Araújo, Keila Maria Carvalho Martins, Tamara Braga Sales, Francisca Alanny Rocha Aguiar

MATRIZ FOFA COMO ESTRATÉGIA DE ANÁLISE DE UM GRUPO DE PESQUISA E EXTENSÃO

Autores: João Víctor Lira Dourado, Francisco Antonio Carneiro Araújo, Keila Maria Carvalho Martins, Tamara Braga Sales, Francisca Alanny Rocha Aguiar

Apresentação: Compreender a importância da sexualidade humana é entender que o contato sexual é um evento do ciclo vital humano. O primeiro contato sexual na maioria das vezes ocorre na adolescência, período que muitos autores compreendem como o elo entre ser criança e ser adulto. Entretanto, a discussão sobre saúde sexual e reprodutiva no contexto acadêmico limita a função fisiológica dos órgãos sexuais, interpretando o sexo apenas em sua função orgânica. Essa discussão incipiente do tema fortalece uma visão estereotipada da sexualidade humana, quando ela deve ser vista de modo positivo, respeitosa e individual, devendo ser entendida para além de sua função básica. Ante o exposto criou-se o grupo de pesquisa e extensão Promoção Saúde Sexual e Reprodutiva (PSSR) como uma iniciativa acadêmica do curso de Enfermagem de uma Instituição de Ensino Superior (IES) para promover discussões temáticas relacionados a sexualidade humana. O grupo busca desfazer preconceitos e quebrar paradigmas tanto na comunidade acadêmica quanto na sociedade, buscando o empoderamento dos mesmos e difundindo conhecimentos.Objetivando o amadurecimento e crescimento do grupo, são aplicadas semestralmente metodologias avaliativas e tais métodos buscam discutir reflexivamente os avanços do projeto, assim como suas limitações, sempre em vista de qualificar suas práticas de atenção à saúde. Nesse contexto, o objetivo desse estudo é descrever o processo avaliativo do grupo, de maneira intrínseca e coletiva, a partir da aplicação da matriz FOFA. Método: Trata-se de um relato de experiência, fruto de momento avaliativo realizado com os cinco membros docentes e 11 discentes do PSSR da IES durante uma reunião ordinária do grupo, no mês de setembro no ano de 2016. A referida reunião tinha a finalidade de implementar uma ferramenta de planejamento e avaliação, e foi operacionalizada em cinco momentos distintos, que foram analisados através de uma abordagem qualitativa. No primeiro momento, aplicou-se uma dinâmica que tratava sobre o caminhar do pesquisador. Esta consistia no sorteio de cada participante de um cartão sequenciado, contendo perguntas sobre os desafios da pesquisa e respostas para estas em forma de trechos de músicas. O segundo consistiu em uma exposição dialogada, por meio da utilização de slides produzidos em PowerPoint, que correspondia a apresentação da matriz FOFA ao grupo, explanando em um breve momento sua história assim como sua finalidade e aplicabilidade. Esta é uma ferramenta de sistematização bastante empregado na área do planejamento e gestão, que possibilita a visualização dos pontos fortes (fortalezas e oportunidades) e pontos fracos (fraquezas e ameaças) de um grupo. No terceiro momento criaram-se três pequenos grupos e a estes foi disponibilizado folhas de papel madeira com o modelo da matriz, e pinceis nas cores azul e vermelha. Cada grupo elegeu seu relator e iniciaram as discussões sobre as fortalezas, oportunidades, fraquezas e ameaças do projeto. O quarto momento foi destinado à apresentação dos resultados obtidos em cada grupo, sendo que foi concedido ao relator do grupo cinco minutos para discussão dos seus resultados. No momento final, as informações foram compiladas em uma única matriz e elaboraram-se estratégias para tentar suprir as demandas identificadas. Resultado: A construção da Matriz deu-se por meio de um processo grupal que envolveu um sentimento de pertencimento de todos os participantes frente ao PSSR. Ademais, de um reconhecimento das fragilidades e potencialidades do grupo. Dessa forma, as informações referentes aos pontos fortes e fracos que permeiam o grupo foram construídas coletivamente e compilados na referida matriz. A matriz FOFA apresenta como primeiro ponto de reflexão as fortalezas que são fatores que estão sob o controle do grupo e são capazes de torná-lo mais forte. Como primeira fortaleza, foi apontado o “trabalho em equipe”. Acredita-se que este envolvimento coletivo seja proveitoso por adotar habilidades distintas e características de cada membro, possibilitando assim, melhores resultados. A capacidade do grupo de “aceitar e abraçar novas ideias”, também foi apontado como um ponto forte, pois a busca por novos desafios estimula a equipe a identificar suas limitações e superá-las. Salienta a relevância da avaliação de tecnologias já existentes e na investigação de novos aparatos tecnológicos para garantir uma melhor assistência em saúde.Outra característica apontada como fortaleza foi “o tema que o projeto se propõe a discutir”. A saúde sexual e reprodutiva ainda é um grande tabu na sociedade, ainda se percebe o receio que esta reflete quando se fala em sexo, sexualidade e outros temas relacionados. A importância da discussão dessa temática surge da necessidade de compreender, refletir e questionar as concepções históricas e culturais de sexualidade com o propósito de fundamentar o conceito individual de sexualidade e sexo.“O conhecimento” foi apontado devido à presença de docentes que compõem o grupo; sendo cinco enfermeiras, todas mestres em áreas afins do tema do projeto, o que corrobora para um aprofundamento e atualização dos temas discutidos. Ademais, o “aprofundamento na área” foi algo sugerido como oportunidade, isso indica o desejo que os discentes têm por conhecer mais sobre o universo do tema do projeto que eles integram. O segundo ponto debatido na matriz FOFA são as oportunidades que tratam de fenômenos externos que não são controlados pelo grupo, mas que quando surgem podem ser explorados. Como oportunidades, apontou a “realização de mais atividades de extensão”. Dessa forma, compreende-se que estas atividades aproximam a comunidade da universidade, funcionando como uma via de mão dupla. Debateu-se também sobre a “interdisciplinaridade”, como uma oportunidade de troca de conhecimentos entre os acadêmicos de outros cursos, agregando outros valores que podem enriquecer mais o grupo e auxiliar a atingir os objetivos como mais eficácia. A “organização de eventos” com temas afins foi discutida no sentido de divulgar e ampliar no meio acadêmico a discussão sobre saúde sexual e reprodutiva, buscando trazer novas informações e tecnologias, assim como estimular a produção científica na área. As fraquezas assim como as forças, são fatores intrínsecos do grupo e que por ele podem ser modificados. Sobre as fraquezas apresentadas, o principal ponto levantado foi sobre “a baixa produção científica”. A prática da pesquisa é um dos principais motivos para a existência do projeto e o incentivo aos membros para a realização de produção científica é contínuo, porém, o número de trabalhos produzidos ainda está aquém do desejado.Outra fraqueza levantada foi “a indisponibilidade e inadequação de alguns membros” em relação às atividades promovidas pelo projeto. Alguns integrantes do projeto residem em cidades circunvizinhas ou realizam outras atividades que chocam com os horários definidos para os encontros, isso os impossibilita de manterem-se assíduos. A “falta de empenho” foi posta em debate como uma fraqueza, uma vez que alguns entram no projeto mais como um meio de contabilizar certificados do que por afinidade com o tema. Por fim, discutiram-se as ameaças e destacou-se falta de campo para extensão, dificuldades na elaboração de trabalhos científicos e falta de compromisso de alguns membros. Como resultado desse processo, foram pactuados a construção de estratégias que permitisse que as fortalezas fossem aprimoradas, as oportunidades abraçadas, fortalecer o que foi identificado como fraqueza, e vislumbrar as ameaças como desafios a serem superados. Considerações finais: A matriz FOFA mostrou-se como um método eficaz e que auxiliou esse processo de análise do grupo de pesquisa e extensão PSSR, guiando os pontos a serem avaliados, bem como, direcionando o planejamento do projeto.

6512 A RELEVÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PREVENÇÃO DOS ACIDENTES DE ESCALPELAMENTO NAS REGIÕES RIBEIRINHAS DO PARÁ
kamila santibanz de sousa torres

A RELEVÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PREVENÇÃO DOS ACIDENTES DE ESCALPELAMENTO NAS REGIÕES RIBEIRINHAS DO PARÁ

Autores: kamila santibanz de sousa torres

Apresentação: O presente resumo é fruto de um relato de experiência, realizado no período de estágio em Serviço Social, em uma instituição de referência no atendimento a vítimas de escalpelamento, em Belém- PA. A metodologia de pesquisa se deu a partir de análise documental, da observação dos processos de trabalho da assistente social supervisora no campo de estágio, e de pesquisas bibliográficos para melhor aprofundamento do tema. A discussão da temática é relevante no território paraense visto que os acidentes de escalpelamento ainda atingem muitas ribeirinhas, acredita-se que é fundamental problematizar a temática e promover ações educativas para prevenir as possibilidades do acidente. O escalpelamento é um acidente que ocorre em embarcações fluviais quando há o contato acidental dos cabelos com o eixo rotativo do motor, provocando a extração total ou parcial do couro cabeludo. Este acidente causa marcas profundas nas vítimas, visto que afeta gravemente não somente os aspectos físicos, mas psicossociais e econômicos, pois atingem a sociabilidade, a autoestima e a dinâmica familiar como um todo. Mesmo após 10 anos da promulgação da Lei Federal nº11.970/2009, que regulamenta a instalação de cobertura no volante e no eixo dos motores de barcos ribeirinhos, este ainda é um acidente recorrente nas áreas ribeirinhas da região Norte do Brasil. Assim, destaca-se que o trabalho do/da Assistente Social nas diversas regiões geográficas é marcado por especificidades, questões a serem discutidas e combatidas, conforme a realidade local como na situação deste trabalho, os casos que envolvem acidentes com escalpelamento. A usuária atendida foi vítima do referido acidente quando tinha 14 anos, ao se transportar juntamente com a família em uma embarcação de pequeno porte na região ribeirinha que residem. Chamou atenção o fato da adolescente e sua genitora terem relatado que nunca ouviram falar a respeito da possibilidade do acontecimento do acidente, mesmo residindo em região na qual tais acidentes não são incomuns. Pelo exposto, observa-se a necessidade de prevenir este acidente por meio do manuseio adequado das embarcações, bem como estimular a população a conhecer e prevenir-se desta realidade. Neste sentido, vale frisar a relevância as ações de Educação em Saúde, e neste caso específico, a iniciativa da assistente social em conversar a respeito do acidente com as usuárias e estimular estas a propagar as informações em seu município de origem, além de ter partilhado com a equipe multiprofissional a preocupação pelo fato da família ter relatado que não sabiam da possibilidade de tal acontecimento. Destaca-se nesta perspectiva, a importância de um trabalho em rede, para além do atendimento estritamente médico e que seja capaz de abranger os espaços de sociabilidade das usuárias. A Educação em Saúde, na prática profissional do Assistente Social, está imersa em uma dimensão social e ético política, e, portanto, capaz de estimular mudanças, pois o usuário tem acesso a de conhecimentos e saberes nos espaços que são atendidos, e, portanto, têm possibilidade de exercer e exercitar seus direitos e lutas.

7764 PROJETO INTEGRADOR: RELACIONANDO A PRÁTICA PROFISSIONAL COM AS PRINCIPAIS DEMANDAS REGIONAIS PARA ATENDIMENTO NUTRICIONAL
Sílvia Aline Furtado, Eliane Moreto Silva Oliveira, Talyta Resende de Oliveira

PROJETO INTEGRADOR: RELACIONANDO A PRÁTICA PROFISSIONAL COM AS PRINCIPAIS DEMANDAS REGIONAIS PARA ATENDIMENTO NUTRICIONAL

Autores: Sílvia Aline Furtado, Eliane Moreto Silva Oliveira, Talyta Resende de Oliveira

Apresentação: A disciplina Projeto Integrador foi criada para aprimorar a formação acadêmica por meio da construção de conhecimentos que relacionem teoria com experiência prática. Neste trabalho, apresentam-se as atividades realizadas em uma disciplina Projeto Integrador com alunos do segundo período de graduação em nutrição, tendo como objetivo a integração entre os conteúdos ministrados até então e a prática profissional. Dentro das especificações da disciplina, exige-se a entrega de um produto com contribuição técnica, social ou cultural. Neste sentido, explorou-se uma proposta de projeto voltada a pesquisa da demanda para atendimento nutricional na região buscando a elaboração de material instrutivo relacionado às principais demandas identificadas. A atividade foi dividida em três etapas: revisão de literatura; coleta e análise de dados; e, elaboração de vídeos instrucionais voltados à população em geral. Na primeira etapa, foi realizada uma revisão de assuntos relacionados ao projeto e às disciplinas já ministradas, tais como: adesão a dietas, aspectos que interferem na alimentação, percepção corporal e hábitos alimentares de grupos especiais. Nesta etapa, os alunos apresentaram seminários que serviram de fundamento para elaboração de perguntas para serem incluídas no instrumento de coleta de dados. A seguir, professora e alunos elaboraram instrumento de coleta para pesquisa semiestruturada contendo 18 perguntas, entre elas: faixa etária, histórico de saúde, experiência com atendimentos nutricionais e dificuldades em seguir prescrições nutricionais. Por meio deste instrumento, os alunos realizaram uma pesquisa exploratória na região com a utilização da ferramenta Google Forms, obtendo 878 respostas. A análise de dados foi realizada de forma parcial por alunos divididos em grupos e o consolidado foi analisado pela professora. Entre os entrevistados 60,8% eram mulheres, a faixa etária de maior prevalência foi a de 18 a 25 anos (38%), e 47% dos entrevistados relataram já ter realizado acompanhamento nutricional, sendo comum a interrupção do acompanhamento por falta de condições financeiras, falta de tempo ou dificuldades em deixar de consumir determinados alimentos. A necessidade de acompanhamento integrado entre nutricionista e outro profissional de saúde foi amplamente citada, sendo os profissionais sugeridos com maior frequência o educador físico e o psicólogo. Com base nestes resultados, foram definidos 17 temas para a elaboração dos vídeos. Na última etapa, cada grupo criou um vídeo com o objetivo de orientar a população sobre a atuação do nutricionista em relação a algum dos temas definidos. Entre eles, foram abordados: hipertensão, diabetes, dislipidemia, adaptação à dieta vegetariana, estratégias para não desistir do tratamento e trabalho interdisciplinar entre nutricionista e outros profissionais. A realização da atividade permitiu que os alunos tivessem uma forma de aprendizado mais dinâmica, requerendo a incorporação de novas habilidades e conhecimentos. Durante o semestre, foi possível um contato com metodologia de pesquisa, coleta de dados, análise estatística e uso de ferramentas digitais. Além disso, foi possível identificar um panorama local em relação a visão do atendimento nutricional e, por fim, a criação de vídeos instrucionais permitiu uma contribuição social, tanto como ferramenta de educação alimentar e nutricional, como de divulgação e esclarecimento do trabalho do nutricionista.

10321 IMPLANTAÇÃO DE HORTA TERAPÊUTICA EM UM CAPS III: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Ana Maria Valente Teixeira, Paula Isabella Marujo Nunes da Fonseca, Anna Carolina de Araújo Cavalcante, Bárbara Cristinne Medeiros e Silva, Joyce Cristina Meireles da Silva, Fabrício Claussen de Oliveira Diogo

IMPLANTAÇÃO DE HORTA TERAPÊUTICA EM UM CAPS III: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Ana Maria Valente Teixeira, Paula Isabella Marujo Nunes da Fonseca, Anna Carolina de Araújo Cavalcante, Bárbara Cristinne Medeiros e Silva, Joyce Cristina Meireles da Silva, Fabrício Claussen de Oliveira Diogo

Apresentação: O projeto da hortiterapia foi realizado a partir do envolvimento da Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN) e da Escola de Serviço Social (ESS), ambas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Surgido de uma demanda do estágio acadêmico em Enfermagem Psiquiátrica da EEAN, em parceria com um CAPS III, localizado na cidade do Rio de Janeiro, buscou unir conceitos da ciência, lazer, educação e cultura à ótica dos cuidados às pessoas com sofrimentos psíquicos graves e persistentes, através da implantação de uma oficina de Horta. Desenvolvimento: A priori foi acordada, entre os responsáveis da ESS e os discentes, a realização de uma mini capacitação em agroecologia pelos colaboradores de um projeto de extensão atuante na área agroecológica. O projeto da horta, então, foi levado à equipe profissional da instituição e, posteriormente, aos usuários. Após o aceite, foram acionados dois profissionais para participarem das atividades juntamente aos usuários interessados e discentes. Realizadas semanalmente, as oficinas abordaram temáticas distintas e contaram com atividades teóricas e práticas. Resultado: A construção dessa horta constitui um importante espaço de tratamento, pois estimula a capacidade de produção, de convivência e interação grupal. A participação dos usuários na implantação e manutenção da horta é importante para expressão da autonomia do usuário, viabilizando a expressão do conhecimento das potencialidades e das limitações dos pacientes, promovendo o desenvolvimento emocional, social, intelectual e físico. Entre outros benefícios, destaca-se o desenvolvimento de ações de educação em saúde, a valorização dos saberes populares e a aproximação da comunidade ao serviço de saúde. Considerações finais: Como se pôde observar, o processo de mudança produz-se, efetivamente, de dentro pra fora, no cotidiano dos serviços, através do intercâmbio de impulsos e experiências. A crescente demanda somada à situação atual político-econômica fluminense, a qual os profissionais dos CAPS são submetidos, por vezes anestesia a prática e a busca por soluções simples. A confecção de uma horta, apesar de ser uma ideia singela, demanda tempo e dedicação; e uma capacitação em agroecologia, ainda mais. No entanto, o simples movimento de mudança, de saída do espaço intra para o extra muro, já foi capaz de reordenar o foco e criar novas perspectivas.

11271 RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL NA UNIDADE PEDIÁTRICA
Elisalda;Estelita Gomes: Machado Oliveira;De Sousa

RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL NA UNIDADE PEDIÁTRICA

Autores: Elisalda;Estelita Gomes: Machado Oliveira;De Sousa

Apresentação: O trabalho tem o objetivo de apresentar observações e reflexões durante o estágio curricular obrigatório. Diante do contexto mundial sobre o trabalho, discorrer sobre as competências e atribuições do fazer profissional exige exercício reflexivo atrelado à crítica do processo conjuntural onde se encontra inserido o profissional de Serviço Social. O relato de experiência em questão remonta à Política de Saúde desenvolvida no Hospital Universitário Walter Cantídio-HUWC, especificamente na pediatria. O trabalho apresentado pretende expor os desafios e as possibilidades encontradas pelos assistentes sociais no cotidiano de suas atribuições e competências, na medida em que se revela num espaço de organização, documentação e análise de sua práxis (GUERRA, 2000), tão dificultadas pela precarização do trabalho da qual também estes profissionais estão submetidos. O objeto de intervenção da unidade pediátrica do HUWC é assegurar o direito de assistência à saúde das crianças e adolescentes, bem como articular os demais direitos sociais, preconizado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA, efetivando os direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Desenvolvimento: O Hospital Universitário Walter Cantidio-HUWC é um serviço de atendimento à saúde pública pelo Sistema Único de Saúde-SUS, compondo juntamente com a Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), o Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará, gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). É um hospital de referência nacional em diversos procedimentos, como transplantes de órgãos, e em pesquisas científicas. São hospitais de referência no tratamento de diversas doenças e assistência materno-infantil, que dispõem de uma variedade de equipamentos com tecnologia avançada, permitindo oferecer à população o tratamento de doenças complexas. Como centro de referência para o ensino, propicia campo de estágio para os alunos de graduação e pós-graduação da área da saúde. A pediatria do HUWC dispõe atualmente de 15 (quinze) leitos clínicos e 05 (cinco) cirúrgicos para atender demandas da rede pública de saúde: hospitais, ambulatório pediátrico do HUWC, Unidades de Pronto Atendimentos-UPA’s e postos de saúde, internando-se pacientes de baixa e média gravidade. O HUWC não dispõe de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica para atender imediatamente casos mais complexos. As principais demandas apresentadas ao serviço social são: Entrevista social (Diagnóstico sócio econômico do paciente); Visitas às enfermarias; Providências da alta hospitalar e social; Acompanhamento dos casos sociais, com notificação ao conselho tutelar da localidade do paciente; Contato e encaminhamento a rede sócio assistencial e de saúde da localidade do paciente (demandas de Saúde, Assistência Social, Poder Judiciário e outros); Orientação sobre as rotinas do Hospital, Participação nas reuniões de equipe e multiprofissional, Emissão de declaração de acompanhante, Admissão e emissão de autorização de troca excepcional de acompanhante, Liberação de acompanhantes e contato com familiares nuclear e ampliada, Localização de familiares; Participação no gerenciamento de conflitos entre familiares, pacientes e equipe da unidade; Elaboração de relatórios e pareceres sociais acerca do contexto social apresentado pelos usuários e realização de encaminhamento à rede socioassistencial do Sistema de Garantia de Direitos. Essas ações constituem atribuições do profissional de serviço social. Resultado: O estágio supervisionado proporcionou o contato direto com o exercício profissional, acompanhado pelas supervisoras de campo e acadêmica, tornar-se um momento fundamental para a formação profissional a partir das reflexões da prática profissional do assistente social e a relação com as teorias da academia, permitindo dessa forma a troca de experiências entre os supervisores e os estudantes. Os principais instrumentos utilizados durante o estágio foram: visita aos leitos, entrevista social; observação; postura ética profissional; leituras de textos da política de saúde e atuação do serviço social na unidade, registros de atendimentos, participação grupo de acompanhante, reuniões com familiares e equipe profissional, além do projeto de intervenção com a melhoria das informações repassadas aos usuários, por meio de folder de orientações da internação hospitalar. É no campo de estágio que a teoria e prática se articulam, onde se apreende as dimensões da profissão, o espaço sócio-ocupacional, as demandas profissionais, as políticas sociais, com suas possibilidades e desafios, bem como, os poderes institucionais. Nessa perspectiva, mais do que responder às demandas imediatas das instituições ou dos espaços sócio-ocupacionais onde se inserem os/as acadêmicos/as para cumprir uma exigência curricular, as práticas do estágio devem possibilitar o desenvolvimento da capacidade teórico-metodológica, ético-política e técnicooperativa. O estágio supervisionado está vinculado ao projeto ético-político profissional e à perspectiva legal, evidenciada pelos ditames do Código de Ética Profissional (1993), da Lei de Regulamentação da Profissão (1993) e da Resolução 533/2008 do CFESS, como também, ancorado nas Diretrizes Curriculares da ABESS (1996), proporcionando assim, uma reflexão crítica da realidade capitalista, que historicamente se materializa nas expressões da questão social do cotidiano profissional. O estágio supervisionado em questão foi realizado no período de 2019.2 a 2020.1 na unidade de pediátrica do Hospital Universitário Walter Cantidio-HUWC, que tem como objetivo assegurar o direito à saúde das crianças e adolescentes, bem como articular os demais direitos sociais. Como preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA, em seu artigo 4º: “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”. Considerações finais As reflexões apresentadas nesse trabalho é uma luz para pensar a importância do assistente social no ambiente hospitalar, nesse caso, na unidade pediátrica. O resultado parcial desse relato demonstra que serviço social contribui na assistência ao paciente, diminuição da violação dos direitos dos usuários, acolhimento dos pacientes e familiares, orientação sobre os seus direitos e deveres na assistência à saúde, bem como sobre as rotinas do hospital, possibilitando na diminuição do “stress hospitalar” pelo período de internação e redução dos conflitos entre pacientes, acompanhantes e demais profissionais da Saúde. Conforme dispõe o Conselho Federal de Serviço Social, 2010, o assistente social tem o dever de seguir os parâmetros de atuação, construir espaços articulados com outros profissionais de saúde no intuito de fortalecer a participação destes e da população nas decisões que serão tomadas sobre assuntos de relevância para suas necessidade.Referências ABEPSS – Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Política Nacional de Estágio. Ano 2010. ABESS/CEDEPSS. Proposta Básica para o Projeto de Formação Profissional – Novos subsídios para o debate. Rio de Janeiro: ABESS/CEDEPSS, 1996. BOSCHETTI, Ivanete. S. O desenho das diretrizes curriculares e dificuldades na sua implementação. In: Temporalis n. 08. Porto Alegre: ABEPSS, Gráfica Odisséia, 2004. CFESS. Parâmetros para Atuação de Assistentes Sociais na Política de Saúde. [Brasília]: Conselho Federal de Serviço Social, [2010]. Disponível em:                     http://cfess.org.br/arquivos/Parametros_para_a_Atuacao_de_Assistentes_Sociais_na_Saúde.pdfAcessado em 13 de abril de 2019. GUERRA, Yolanda. Instrumentalidade do processo de trabalho e Serviço Social. In: Revista Serviço Social e Sociedade n. 62. São Paulo: Cortez, 2000.