500: Saberes e práticas no cuidado em saúde: ciclos de vida e linhas de cuidado
Debatedor: Fernanda Pinto da Silva
Data: 29/10/2020    Local: Sala 05 - Rodas de Conversa    Horário: 10:30 - 12:30
ID Título do Trabalho/Autores
6317 EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE MEDICINA NA DISCIPLINA EMBRIOLOGIA
Pedro Henrique Aquino Gil de Freitas, Marcus Vinícius Souza e Silva, Marcos Vinicius Alves de Souza, Bruna Guido do Nascimento Barros

EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE MEDICINA NA DISCIPLINA EMBRIOLOGIA

Autores: Pedro Henrique Aquino Gil de Freitas, Marcus Vinícius Souza e Silva, Marcos Vinicius Alves de Souza, Bruna Guido do Nascimento Barros

Apresentação: A utilização de metodologias ativas de educação tem ganhado espaço no ensino superior. Apesar de ainda existir um forte emprego de métodos tradicionais, os quais permanecem enraizados em boa parte das universidades, métodos ativos estão se tornando cada vez mais comuns no âmbito acadêmico, visto que eles surgem com a proposta de complementar a educação com a aplicação de recursos didáticos não convencionais, da mesma forma que possibilita uma maior imersão dos alunos nos conteúdos ministrados, estimulando o desenvolvimento de raciocínio crítico, da capacidade de análise, do julgamento e da criatividade. Tendo em vista o exposto, este trabalho possui como objetivo relatar a implementação de metodologias ativas no processo de aprendizagem da disciplina de Embriologia Médica da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Desenvolvimento: Para a realização do trabalho proposto, foram adotadas três metodologias distintas para ampliar os meios pelos quais os indivíduos poderiam entrar em contato com as informações, logo foram utilizadas as mídias sociais e métodos tradicionais, como: Perfil no Instagram, Vídeo Handwritten educativo no YouTube e um Panfleto informativo. O Perfil no Instagram foi escolhido por expandir, além do meio acadêmico, a quantidade de pessoas que obtêm as informações. Na plataforma os usuários recebem publicações em seu feed de notícias, a ideia foi se aproveitar dessa dinâmica e publicar conteúdos simples, autoexplicativos e que possam ser captados de forma rápida e eficaz, respeitando a ideia de fidelidade e velocidade no recebimento da informação. Nessa rede social, foram abordadas temáticas relevantes às necessidades da população em geral, como mitos e verdades sobre a placenta e a gravidez. Ainda dentro da ideia de utilizar as mídias sociais como meio de divulgação de informações, a realização de um vídeo e sua eventual publicação no YouTube, site mundialmente utilizado como plataforma de compartilhamento de vídeos e informações, se mostrou um bom método para alcançar mais pessoas. Para tornar o vídeo atrativo aos usuários, foi utilizado a metodologia HandWritten ou “À mão”, em que consiste na realização de desenhos à mão pelos alunos e narração deles, buscando proporcionar interatividade com as pessoas e facilitar a compreensão das informações que estão sendo transmitidas, mostrando vagarosamente a sequência dos acontecimentos. Já nesse caso, optou-se pela realização do vídeo com a temática Imunologia da Placenta, um assunto mais complexo, porém com a apresentação facilitada para atender a pluralidade do público, buscando sempre atender a maior parte da população e não apenas acadêmicos da área da saúde. Por fim, adotou-se uma metodologia tradicional em consonância a alcançar o maior número de pessoas, uma vez que parte da população nacional não detêm de meios para obter as informações publicadas na internet, logo foi confeccionado um panfleto autoexplicativo sobre informações relevantes para as pessoas sobre a placenta, respeitando a ideia central do SUS de universalidade. A realidade é que esse método obteve um número menor de indivíduos e na maioria do meio acadêmico, porém se fosse impresso um número maior de panfletos e distribuído em locais públicos fora da Faculdade, seria uma forma efetiva de passar a informação, fato já comprovado por políticas de Campanhas de saúde, como do Novembro Azul, que distribui panfletos explicativos sobre a doença do câncer de pênis, prevenções e meios de procurar assistência. Resultado: Na rede social Instagram, o resultado foi diferente do que se pensava: o número de seguidores desde a sua criação, na segunda metade do mês de outubro de 2019, até o início do mês de janeiro de 2020 foi de 73, contando com um total de 110 curtidas nas publicações. Contudo, a maior parte da divulgação se fez pela quantidade de compartilhamento, mais de 180, de conteúdo do perfil. Esse dado é importante, uma vez que amplia ainda mais o número de pessoas que acaba por acessar tais informações disponibilizadas, já que cada um dos replicadores dessas possui seu número de seguidores que os viram. Ainda nesse período, obteve-se 18 visualizações pelo canal do YouTube, que se demonstrou a plataforma menos viável para o tipo de informação que foi produzido. Isso já era esperado, uma vez que a ideia original era alcançar o público que está em lazer nas redes sociais, como na plataforma anterior, porém o que foi produzido para tal rede foi mais específico e, infelizmente, bem menos divulgado. Já pelo outro meio de comunicação, o panfleto, foram impressos e entregues 20 deles durante a apresentação do trabalho avaliativo em sala de aula, sendo um para o docente e 19 para alunos. Com isso, os alvos desse meio serão, principalmente, os acadêmicos que cursarão a disciplina Embriologia, já que o mesmo ficará disponível no laboratório dessa àqueles. Acredita-se que o Instagram foi o mais promissor no intuito por vários fatores, como: o maior número de usuários desse que o próprio YouTube (cerca de 32% a mais); a melhor adaptação do conteúdo aos utilizadores da plataforma, que geralmente se atentam apenas às informações rápidas, com comparações e análises de mitos e verdades, que segue as que foram elaboradas; e pelo nível de informação necessário ao entendimento dos conteúdos, bem mais simplificado quando comparado aos dos outros meios, requerendo o mínimo possível de bagagem prévia no assunto. Considerações finais: Como parte de uma conclusão do trabalho envolvendo as metodologias ativas, os estudantes participantes puderam assumir uma nova postura diante do processo de aprendizado. Pela compreensão de que a dinâmica do conhecimento no contexto educacional tem se modificado e se transformado com a facilitação do acesso a informação, houve a inserção do grupo em novas realidades, permitindo mesclar a sala de aula com outros ambientes. Desse modo, o desenvolver das plataformas e métodos elaborados, a saber o Embriológica no Instagram, com os panfletos, a plataforma no YouTube, o Vídeo HandWritten foram mecanismos fundamentais para que no centro do ensino e aprendizagem esteja o aluno e não mais somente o professor, este se tornou um colaborador no processo de ensino, instigando o desenvolvimento e o aprimoramento de diversas competências em sua classe. Uma experiência enriquecedora, a metodologia ativa na matéria embriologia proporcionou um crescimento exponencial no conhecimento e crescimento pessoal e acadêmico dos estudantes. As habilidades de responsabilidade e participação, senso crítico, protagonismo, entre outros, desenvolvidas puderam demonstrar que o professor se torna um mediador do processo ensino-aprendizagem, enquanto o modelo singular do educador segue inovando-se e abrindo espaço para um aprendizado de forma autônoma e participativa do aluno.

5900 CORPO, ESCUTA E ESCRITA UM LABORATÓRIO DE CONHECIMENTO VIVO NA FORMAÇÃO DE SAÚDE
Liliane Oraggio Cocchiaro

CORPO, ESCUTA E ESCRITA UM LABORATÓRIO DE CONHECIMENTO VIVO NA FORMAÇÃO DE SAÚDE

Autores: Liliane Oraggio Cocchiaro

Apresentação: oral: O que acontece quando a coleta de dados de Mestrado é feita já estimulando a produção de conhecimento e de experiências? Assim, a pesquisa-intervenção Oficinas de Corpo, Escuta e Escrita – Experimentos Textuais Formativos, ministradas pela pesquisadora, propõem integrar o corpo na expressão oral e escrita. Durante um semestre, em encontros quinzenais, 20 alunos dos cursos da pós-graduação de diversas áreas, profissionais de saúde, a maioria inserida nos equipamentos da Rede Pública e matriculada nos Mestrado Profissional da UNIFESP Campus Baixada Santista, fizeram parte deste laboratório vivo para captação e processamento do que acontece na interface entre Saúde e Comunicação. Todos os estímulos e conteúdos propostos proporcionaram que cada um refletisse sobre o próprio fazer seja na clínica, na universidade ou nos serviços de saúde. Ao final, aplicada a avaliação, os efeitos apontados pelos alunos foram muito positivos, tanto no incremento da formação profissional, bem como no aprimoramento pessoal e na ampliação do autoconhecimento para lidar com situações de pressão e conflito, que são muito frequentes nas frentes de trabalho que ocupam. Desenvolvimento Durante o segundo semestre de 2019, nesses encontros, foi possível praticar a escuta e a escrita como atividades corporais, detectar e minimizar bloqueios de expressão e compartilhar questões sobre a comunicação oral e escrita, entre pares e entre acompanhados. Os participantes foram convidados às práticas corporais para ampliar a percepção de si mesmos, dos outros e dos ambientes. Entraram em contato com diversos estilos de texto e de elaboração de relatos de casos e tiveram a oportunidade de exercitar a prontidão, produzindo textos consistentes durante os encontros. A base teórica, além de autores de referência como Sueli Rolnik, Roland Barthes, Oliver Sacks, entre outros, foi fundamentada no Processo Formativo de Stanley Keleman/Regina Favre, trabalho corporal potente no autoconhecimento e na produção de subjetividade e conhecimento compartilhado. O método cartográfico foi usado para a captação e o registro em texto, áudio e fotografia de todo o material produzido na pesquisa viva, com objetivo de aprimorar a expressão oral e escrita para que impere a clareza em todos os níveis de comunicação na área da Saúde, seja para dar sentido ao próprio trabalho, para o melhor entendimento nas equipes multidisciplinares, bem como no trato com as pessoas que demandam as práticas de cuidado. Resultado: Foram muitos os efeitos do processo: maior domínio da escrita para os que já escreviam bem e a superação de bloqueios para os que apresentavam dificuldade, graças ao trabalho corporal orientado pelas práticas clínicas do Processo Formativo. Observamos também o desenvolvimento da escuta de si mesmo e de outros e a ampliação das habilidades de expressão oral, pois os participantes exercitavam continuamente a leitura dos próprios textos e de outros autores. Considerações finais: No Congresso Internacional Rede Unida seria pertinente apresentar esse processo de pesquisa, pois estas práticas podem inspirar outros grupos a desenvolver trabalhos semelhantes em suas redes de profissionais e usuários.

5844 INTERVENÇÃO EDUCATIVA EM SAÚDE NUTRICIONAL PARA EDUCADORES INFANTIS DA REDE PÚBLICA: UM ESTUDO AVALIATIVO
Luiz Felipe de Paiva Lourenção, Míriam Monteiro de Castro Graciano, Paula Ribeiro Santos, Izabela Regina Cardoso de Oliveira, Stela Márcia Pereira-Dourado

INTERVENÇÃO EDUCATIVA EM SAÚDE NUTRICIONAL PARA EDUCADORES INFANTIS DA REDE PÚBLICA: UM ESTUDO AVALIATIVO

Autores: Luiz Felipe de Paiva Lourenção, Míriam Monteiro de Castro Graciano, Paula Ribeiro Santos, Izabela Regina Cardoso de Oliveira, Stela Márcia Pereira-Dourado

Apresentação: A Educação Alimentar e Nutricional é um fator determinante para o desenvolvimento infantil e deve ser fomentada em idade tenra, visto que as práticas alimentares são consolidadas nos primeiros anos de vida. A escola tem papel fundamental nesse contexto, uma vez que o ambiente escolar é um espaço favorável para a estimulação e correção de comportamentos. Objetivo: a) Realizar e avaliar um programa de treinamento e capacitação de educadores e merendeiras de uma Rede Municipal de Educação Infantil quanto às práticas alimentares e alimentação escolar; b) Avaliar o conhecimento nutricional adquirido após atividades de intervenção nutricional;  c) Verificar possíveis associações com o estado nutricional e condição socioeconômica das servidoras investigadas. Material e Método: Trata-se de um estudo de intervenção educativa baseado no modelo de avaliação de treinamento nível 2 de Kirkpatric (aprendizagem) e analisado por meio de metodologia pré-teste e pós-teste. A amostra foi composta por 224 servidores provenientes de 15 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), os quais participaram de um Curso Promoção da Saúde e Prática Pedagógica na Educação Infantil, realizada pela Universidade Federal de Lavras, e da Jornada de Educação Alimentar e Nutricional, promovida pelo Ministério da Educação, ambos com um total de 80 horas cada, divididas em 4 Módulos. Variáveis antropométricas, sociais, econômicas, demográficas e o conhecimento nutricional foram coletadas por meio de um questionário estruturado. Peso e estatura foram informados no momento da coleta dos dados e foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC). Utilizou-se o Questionário de Conhecimento Nutricional (QCN) e para a avaliação de aquisição de conhecimento um questionário, em escala Likert, contemplando a metodologia pré-teste e pós teste. Para a análise dos dados, foi utilizado o software R versão 3.5.1, com estatísticas descritivas e indutivas (Teste t pareado e Correlação de Spearman ao nível de 5%). Resultado: A maior parte da amostra (99,1%) era do sexo feminino e 46,4% e 36,2% pertenciam, respectivamente, às classes B e C. De acordo com o Índice de Massa Corpórea (IMC) 38,8% apresentaram sobrepeso e 19,2% obesidade. Em relação ao conhecimento nutricional, a maioria dos entrevistados (68,3%) demonstrou moderado conhecimento nutricional. O escore médio de conhecimento nutricional após intervenção educativa foi de 8,1±2,0 pontos. Houve diferença estatística significante (p 0,001) entre as notas médias mensuradas antes e após as intervenções sem, contudo, haver diferença entre os parâmetros econômicos e nutricionais dos participantes. Considerações finais: O programa de intervenção alimentar e nutricional proposto demonstrou-se simples e eficaz para a melhoria do conhecimento sobre alimentação e nutrição dos educadores, porém, tal conhecimento não apresentou correlação com o estado nutricional e estratificação socioeconômica da amostra.

9092 PERCEPÇÃO DA PRÁTICA DA DOAÇÃO DE LEITE A PARTIR DA PERSPECTIVA DAS DOADORAS.
Letícia Santos Cruz, Thatiane Anunciação Athaide, Samara Machado Castilho, Renata Valentim Abreu, Bianca Oliveira Sousa, Raphaella Teixeira Sousa, Rayssa Araújo Barbosa, Rafaela Maciel Ferreira

PERCEPÇÃO DA PRÁTICA DA DOAÇÃO DE LEITE A PARTIR DA PERSPECTIVA DAS DOADORAS.

Autores: Letícia Santos Cruz, Thatiane Anunciação Athaide, Samara Machado Castilho, Renata Valentim Abreu, Bianca Oliveira Sousa, Raphaella Teixeira Sousa, Rayssa Araújo Barbosa, Rafaela Maciel Ferreira

Apresentação: O leite materno proporciona nutrição de alta qualidade para a criança e contribui para seu crescimento e desenvolvimento. A mortalidade por infecção respiratória e diarreia são causas de óbito mais frequentes após o período neonatal precoce e são causas que poderiam ter sido evitadas pela amamentação. Os Bancos de Leite Humano (BLH) constituem uma solução que permitem o atendimento, nos momentos de urgência, a todos os lactentes que, por motivos clinicamente comprovados, não disponham de aleitamento ao seio, uma vez que é imprescindível fornecer leite humano em quantidades suficientes a todos os lactentes. Sendo assim, os bancos de leite se configuram como um suporte de apoio às mães e aos bebês que se encontram em condições desfavoráveis à alimentação adequada e não como um substituto da relação mãe-amamentação-bebê, substituindo o valor nutricional, mas não a relação afetiva entre ambos. A Rede Brasileira de Banco de Leite Humano é considerada a maior e mais complexa do mundo pela Organização Mundial de Saúde (OMS), dentre os 292 bancos de leite humano existentes no mundo, 72,9% deles estão no Brasil (213), essas unidades beneficiaram, entre 2008 e 2014, 88,5% (cerca de 11 milhões) de todas as mulheres assistidas no mundo e contaram com o apoio de 93,2% das doadoras de leite (1,1 milhão de brasileiras). Este estudo tem como objetivo descrever os aspectos positivos e negativos acerca da prática de doação de leite por mulheres em um hospital de referência materno-infantil localizado na capital paraense. Este estudo foi submetido ao comitê de ética da instituição e apenas foi iniciada a coleta de dados após a sua aprovação. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, prospectivo com abordagem quantitativa, que foi realizado no Banco de Leite Humano de um Hospital de Referência Materno-Infantil, localizado no município de Belém do Pará. Foram incluídas na amostra desta pesquisa, mães doadoras de leite que tiveram seus filhos há no máximo 2 anos, na maternidade e cadastradas no BLH da instituição. Para a coleta de dados foi utilizado um instrumento de coleta de dados um formulário contendo informações sobre a caracterização da prática da doação de leite materno e de banco de leite. Os dados coletados foram organizados em uma tabela e em um quadro matriz, utilizando ferramentas do programa computacional Microsoft Excel®. Resultado: A amostra deste estudo constituiu-se por 100 mães doadoras, e a análise de dados possibilitou demonstrar que a maioria (62%) possuía idade entre 18 e 25 anos, eram pardas (42%), possuíam ensino médio completo (36%), desempenhavam função de diaristas (43%) ou dona de casa (46%), não possuíam renda mensal (48%) e que se encontravam em união estável (50%). Quando questionadas de como se tornaram doadoras, 74% disseram que foi por meio do hospital; 7% pela internet; 8% através de amigos; 6% pelas propagandas da televisão e 5% pelos jornais. Sobre a vontade de doar o leite, das mulheres pesquisadas 56% disseram que não possuíam a vontade de doar, 34% responderam que sim, mas não sabiam como fazer e 10% relataram que possuíam em parte a vontade de doar. Sobre quem incentivou a fazer doação do leite, 67% apontaram o profissional de saúde como o maior incentivador para a doação, 18% afirmaram que o fizeram por terem seus filhos prematuros e internados por longos períodos na UTI neonatal, viabilizando a doação do leite para outras crianças, 10% enfatizaram que as amigas foram as maiores incentivadoras a doação e apenas 5% disseram que foi por meio de vizinhas. Sobre a avaliação da experiência do aleitamento materno, tem-se os seguintes Resultado: 46% disseram que foi uma boa experiência; 41% a avaliaram como excelente e 13% referiam ser uma ótima experiência. No que se refere a dúvidas e dificuldade das mães sobre a doação de leite, 86% mães disseram que sim e 14% demonstraram duvidas e dificuldades em parte. Das 100 mães inclusas na pesquisa, 94% disseram que o BLH incentiva o aleitamento materno e 6% responderam que incentivam em parte. 86% das mães entrevistadas afirmaram que receberam algum tipo de apoio durante a doação ao BLH, e 10% disseram que receberam em parte e 4% afirmaram não receber nenhum tipo de apoio durante a doação de leite. Sobre a questão, você sabe que os recém nascidos prematuros são os maiores beneficiados com doações ao banco de leite, 80% responderam que sim, 10% disseram não e 10% afirmaram que sabiam em parte. No que se refere aos dados da pergunta contida no formulário: “Considerado um gesto de solidariedade e amor, como você se sente sabendo que está ajudando outras mães que por algum motivo não puderam amamentar seu filho?”, 48% afirmaram que se sentiam realizadas; 39% sentiam-se felizes e 13% não souberam expressar. Os resultados da pergunta: “Quais os benefícios para a sociedade ao fazer doação de leite?”, 73% disseram que são muitos; 14% disseram poucos e 13% não souberam e não opinaram. Sobre a questão, o ato de doar leite materno promove o reconhecimento de cidadania, 86% das mães responderam sim e 14% disseram que em parte. Considerações finais: O perfil sócio demográfico e obstétrico desse público-alvo, pode ser um fator que se relaciona ao baixo percentual de conhecimento, pois verificou-se que o conhecimento sobre a doação ainda se mostra abaixo do esperado com pouco aprofundamento do assunto. Contudo, os fatores econômicos e culturais não podem ser facilmente modificáveis, necessita de uma política pública e o acesso à educação de modo efetivo a curto prazo, com uma mudança de paradigmas para desmistificar os mitos que permeiam a doação de leite materno. Observou-se que o tema em foco constatou que o ato de amamentar e o desenvolvimento satisfatório da prática da doação de leite humano dependem de como gestantes e mães adquirem tal conhecimento. No entanto, o estudo também demonstrou, que há uma carência de conhecimento e informações passadas as mães, acerca da prática de doação de leite, o que indica a necessidade de um redirecionamento das ações desenvolvidas pelo BLH e reorientação das práticas seguidas pelos profissionais de saúde a fim de estimular o aumento no número de doadoras de leite humano e volume de leite a ser coletado. A identificação do desconhecimento da prática da doação de leite humano e a existência de bancos de leite humano, mesmo que como demonstrado, a maioria das mães realizaram o pré-natal, parece ser um dos principais motivos ao não desenvolvimento da doação de leite humano. Diante disto, deve-se haver uma prática profissional maior no âmbito da atenção primária de ações voltadas para a prática de doação de leite humano, afim de estimular futuras mães a adesão da doação, ainda no pré-natal. Assim, considera-se a necessidade de uma maior e melhor divulgação sobre doação de leite materno, uma vez que as campanhas de incentivo à doação são temporárias e geralmente vinculadas a períodos de escassez de leite nos bancos.

10690 MATERNIDADE REVELADA: A CONSTRUÇÃO DE UM PROJETO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Beatriz Fileme, Ana Karine Brum, Lorrany Viana de Souza, Amanda Cristina Oliveira da Silva, Lorena Teixeira dos Santos, Yasmin Barbosa de Carvalho Rocha, Natalia de Oliveira Gurjão, Rebeca Barros Holanda Cavalcanti

MATERNIDADE REVELADA: A CONSTRUÇÃO DE UM PROJETO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Autores: Beatriz Fileme, Ana Karine Brum, Lorrany Viana de Souza, Amanda Cristina Oliveira da Silva, Lorena Teixeira dos Santos, Yasmin Barbosa de Carvalho Rocha, Natalia de Oliveira Gurjão, Rebeca Barros Holanda Cavalcanti

Apresentação: O presente trabalho trata do processo de construção de conhecimento através da comunicação efetiva e metodologias ativas realizadas no desenvolvimento de um projeto elaborado por estudantes de enfermagem do quinto período da Universidade Federal Fluminense. Este integra o sistema avaliativo da disciplina de Educação Aplicada ao Campo da Saúde, cuja finalidade é oportunizar a reflexão sobre o impacto das orientações prestadas de acordo com a abordagem utilizada, seu público alvo e o aprendizado e busca por recursos alternativos e eficazes ao objetivo a ser alcançado, uma vez que para promover saúde, é necessária a comunicação efetiva entre o profissional e o indivíduo assistido. O enfermeiro, entre as diversas funções e responsabilidades que lhe são conferidas, exerce o fundamental papel de educador em saúde. Para que essa função seja realizada de forma eficiente, durante a sua formação, o acadêmico de enfermagem, além dos conhecimentos técnico-científicos inerentes à profissão, faz-se imprescindível a aproximação em assuntos que favoreçam a comunicação eficaz. Dessa forma, esse futuro profissional é capaz de assumir uma postura dialética no trato com o indivíduo assistido, atuando então como um promotor de saúde. Objetivo principal: Relatar as experiências vividas na construção e aplicação de um projeto educativo pelas acadêmicas de enfermagem através da disciplina Educação Aplicada ao Campo da Saúde. Objetivo: secundários: Propiciar acesso aos discentes a conhecimentos sobre educação com ênfase em situações de orientações em saúde, além do incentivo às práticas de metodologias  ativas e inovadoras. Aproximar do acadêmico com situações práticas do serviço e contribuir na sua formação; Provocar o discente a identificar um problema de saúde no campo prático e elaborar um projeto pedagógico-educativo com a finalidade de utilizar o parâmetro mais relevante segundo o público alvo; Produzir conhecimentos capazes de otimizar a oferta de cuidado por parte dos futuros profissionais enfermeiros; Desenvolvimento: O planejamento do projeto pedagógico-educativo possuiu como proposta central a resolução de problemas observados em campo prático. Com o decorrer da disciplina, a turma foi dividida em quatro grupos, denominados como times. Cada time deveria delinear uma atividade educativa baseada na situação-problema identificada durante os campos práticos e apropriar-se dos novos conceitos metodológicos que seriam apresentados durante a disciplina. Dentre os problemas detectados, o eleito para iniciar o planejamento foi a prevalência do desconhecimento de grande parte da população sobre os direitos relacionados à leis protetivas à mulher no plano de parto, observada durante uma visita técnica a uma maternidade municipal. Nessa perspectiva, foram desenvolvidos assuntos como a caracterização da violência obstétrica, a elucidação sobre direitos sexuais e reprodutivos e, também, em que consiste a humanização no pré-parto, parto e puerpério como parte do planejamento da estratégia de educação em saúde. Dessa forma, a escolha por essa temática contribuiu para que o mesmo fosse nomeado como Maternidade Revelada – Conhecendo os Direitos da Mulher no Plano de Parto. A prática do projeto educativo aconteceu durante a aula da disciplina de Educação Aplicada ao Campo da Saúde, na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense, com o total de 26 participantes, em que os acadêmicos participantes foram submetidos a uma experiência de imersão guiada, representando a porção da população que não possuía tais conhecimentos. O projeto baseou-se no estímulo sensorial e participativo de aprendizagem através da aplicação  de dois recursos ativos associados: o vídeo educativo e o debate, a fim de obter a resolução do problema apresentado. A atividade foi dividida em etapas, na qual a primeira foi caracterizada pela exibição do vídeo contendo experiências diversas sobre o pré-natal, parto, puerpério e violências sofridas durante algum desses momentos. Já a segunda etapa foi composta pela execução do debate, onde os participantes foram então segmentados em dois grupos. Para a aplicação das metodologias, a sala foi organizada de modo a favorecer a visualização e o diálogo entre os participantes, onde realizou-se a divisão dos grupos. Esses, foram separados em A e B, uma vez que a existência de dois lados tem como principal motivação a alternância das falas entre os grupos integrantes, e também a busca por pontos e contrapontos na discussão do tópico. Em seguimento desta, cada lado pôde fazer uma pergunta direcionada para o outro ou para especialistas no assunto, havendo a presença dos mesmos. Posteriormente, cada grupo apresentou suas percepções sobre as respostas do lado oposto, destacando os pontos positivos e os pontos negativos das narrativas, como também eventuais aspectos que deveriam ter sido considerados e que não foram. Por fim, o debate foi concluído com os dois lados, A e B, apresentando suas percepções finais. Todas as etapas foram cronometradas. Assim, a fase pós-debate consistiu na investigação, observação e registro dos resultados do debate, para posterior questionamento dos participantes sobre suas percepções acerca da atividade. Como parte da aplicação do projeto, foi elaborado um formulário, pela plataforma Google Forms, para auxiliar na análise desses resultados. Resultado: Com base nas metodologias ativas propostas, após a conclusão da atividade, foi disponibilizado um questionário online através da plataforma Google Forms para  avaliação da dinâmica em um ambiente neutro, anônimo e de livre expressão, a fim de captar a percepção dos participantes através de perguntas direcionadas sobre a dinâmica realizada. Sendo, “As metodologias de ensino selecionadas estavam adequadas para o tema?”; “A apresentação obteve organização, clareza e assertividade?”; “Após a apresentação houve mudanças em sua perspectiva sobre o assunto?”; “Sugestões para o projeto”. A pesquisa obteve um total de 18 participantes. Os resultados analisados indicaram a predominância de opiniões positivas quanto à importância da temática e a escolha das metodologias utilizadas, havendo poucas divergências nas respostas quanto à organização do trabalho e mudança de pensamento após a apresentação. Ainda, houveram sugestões quanto ao tempo de aplicação e gestão de conflitos, interação entre os participantes e um pós debate com maiores esclarecimentos por parte dos profissionais especialistas com relação às dúvidas que surgiram sobre a temática no decorrer da dinâmica. Desta forma, considera-se que a dialética na qual o plano de parto está inserido, é de real relevância e o diálogo por meio de debates, necessário e eficaz. Essa substancialidade, tanto para o meio acadêmico e profissional quanto para a população em geral, deve ser levada em consideração a fim de que ocorra a disseminação de ideias e modificação de concepções pré-estabelecidas. Considerações finais: Após a observação e reflexão acerca dos resultados, torna-se possível constatar que o projeto apresentou relevância satisfatória, devido ao uso das duas metodologias que permitiram a integração dos participantes e que, portanto, contribuiu com uma maior participação dos mesmos no processo. Nesse sentido, as escolhas corretas acerca das metodologias ativas de ensino foram de suma importância para a realização das atividades de educação em saúde e sua eficácia. Desta forma, há uma interação entre profissionais e o público alvo sem que haja uma relação de soberania unilateral e a perda de autonomia do cliente, visto que ambos fazem parte em conjunto do processo de educação e promoção da saúde. O projeto de ensino descrito, enfatiza a importância da qualificação em educação na formação profissional de futuros enfermeiros, visto que para desempenhar o papel de educadores em saúde, é necessário utilizar abordagens eficazes durante a prática profissional através de metodologias ativas que permitam alcançar o publico alvo e construir conhecimentos junto à comunidade.

10559 AMAMENTAÇÃO X RETORNO AO TRABALHO: UM DESAFIO PARA AS NUTRIZES
Janaina Kelly da Silva de Souza, Daylene Ticiane dos Santos Barbosa, Rayanne Vidal Gomes, Helaine Maria da Silva Oliveira

AMAMENTAÇÃO X RETORNO AO TRABALHO: UM DESAFIO PARA AS NUTRIZES

Autores: Janaina Kelly da Silva de Souza, Daylene Ticiane dos Santos Barbosa, Rayanne Vidal Gomes, Helaine Maria da Silva Oliveira

Apresentação: A amamentação é um assunto bastante abordado na atenção básica, de acordo com pesquisas mais de 60% das puérperas, não ofertam o aleitamento materno exclusivo (AME), aos seus filhos como preconizado. A motivação para a escolha do tema surgiu, através de pesquisas, nas quais observou-se que no retorno ao trabalho das nutrizes, uma introdução antecipada de aleitamento artificial e/ou alimentos, ocorre, ocasionando o desmame precoce. Desde então, surge como objeto de pesquisa: Os desafios das puérperas com o AME mediante o retorno ao trabalho. Logo, a situação problema refere-se à redução das taxas de AME em crianças até seis meses de vida. Dado, posto emergiu a seguinte questão norteadora: Quais os desafios encontrados pelas mulheres para permanecer com o AME, no retorno ao trabalho? Por consequinte, foram traçados os objetivos: Identificar os desafios para manutenção do AME das puérperas com as atividades profissionais e Propor soluções para minimizar as possíveis dificuldades geradas. Esse estudo tem relevância na academia, pois oferecerá aprendizado para os futuros enfermeiros promoverem uma assistência qualificada e humanizada as mulheres. Para a sociedade, pois ao evidenciar dificuldades enfrentadas do AME com o trabalho, podem-se criar alicerces, junto às entidades envolvidas neste processo e no âmbito da pesquisa, visto a escassez de artigos que abordam essa temática. Têm-se como justificativa deste estudo, o fato das mulheres terem o direito da licença maternidade, porém a mesma não contemplar o prazo mínimo preconizado para o AME. A metodologia deste estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, qualitativa e descritiva, realizada nas bases de dados BDENF e LILACS, que obteve como critérios de inclusão artigos em português; texto completo; últimos oito anos e assunto principal o aleitamento materno no retorno ao trabalho. Na análise de dados avaliou-se quatro artigos, nos quais as mães não mantiveram o AME preconizado. Identificou-se como causas: dificuldades logísticas, redução da produção láctea, sentimentos negativos, cansaço físico, enfraquecimento do vínculo mãe-bebê, licença maternidade com o prazo inferior ao preconizado e nível de escolaridade. Diante destes desafios, ações como o apoio social/familiar, infraestrutura no local de trabalho, orientação do enfermeiro que empodere as puérperas sobre seus direitos, ampliação da licença maternidade para 180 dias e o cumprimento dos Art. 392 e 396 do Decreto-lei 5.452/43, pode minimizar obstáculos. Concluí-se a necessidade de implementações de programas de incentivo ao AME pelas instituições/empresas, redes de apoios e novos estudos como estratégias de ajuda. 

11238 LICENÇA MATERNIDADE PARA ESTUDANTES UNIVERSITÁRIAS: O OLHAR DA COMUNIDADE ACADÊMICA
Patricia Lima Pereira Peres, Raylane Jéssica Cordeiro Silva, Tatiane Marques Gentil

LICENÇA MATERNIDADE PARA ESTUDANTES UNIVERSITÁRIAS: O OLHAR DA COMUNIDADE ACADÊMICA

Autores: Patricia Lima Pereira Peres, Raylane Jéssica Cordeiro Silva, Tatiane Marques Gentil

Apresentação: No Brasil, cada vez mais as mulheres vêm ocupando espaço no mercado de trabalho e a busca por qualificação profissional é um dos fatores que têm contribuído para esse crescimento. A lei federal 6.202 criada em 1975, foi promulgada tendo em vista a ocorrência de uma gravidez em meio à formação acadêmica; buscando assegurar à estudante gestante ou nutriz o afastamento a partir do oitavo mês e por três meses (após o parto), com a finalidade de que mãe e criança consigam criar vínculo e estabelecer a amamentação. Objetivo: Analisar como a comunidade acadêmica reconhece a licença maternidade para estudantes universitárias. Método: Estudo de natureza descritiva, quantitativa, do tipo de pesquisa transversal. Foi realizado na Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Os participantes são os docentes, técnico-administrativos e estudantes da graduação. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário utilizando a Plataforma Google Forms. O questionário é composto por vinte frases baseada na escala Likert. A análise de dados foi realizada através das respostas obtidas pela escala Likert agrupadas em respostas positivas (concordo totalmente e concordo parcialmente), negativas (discordo totalmente, discordo parcialmente) e neutras (indiferente), sendo atribuídos valores e calculado a média por meio de frequência simples com auxílio de planilha do programa Excel. A pesquisa foi aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer número 3.501.509. Resultado: O estudo contou com 211 participantes, destes, 143 (95%) estudantes, 59 (97%) docentes, 9 (100%) servidores técnicos administrativos. A faixa etária predominante foi de 20-29 anos (58%) sendo a maioria do sexo feminino, 190 (90%). Em relação a uma legislação específica 97% concordam totalmente com a atual legislação. Em relação à maternidade e formação, a maioria concorda parcialmente que a maternidade atrapalha a formação acadêmica; nas questões sobre as repercussões da não licença maternidade, 77% concordam que ela leva ao desmame precoce e à introdução inoportuna de outros alimentos; 81% concordam que a não licença gera instabilidade emocional à estudante nutriz; 63% reconhecem que a não licença é responsável pelo retorno precoce da estudante às atividades acadêmicas, e que ocasiona mais faltas às aulas para cuidar do bebê (76%). Em relação às questões sobre estratégias institucionais para a proteção da estudante que amamenta, 92% consideram ser necessário a criação de berçários, creches e fraldários  nas instituições de ensino superior (IES); 92% concordam que deva existir espaços apropriados para ordenha e armazenamento de leite materno nas IES; 81% concordam que após término da licença maternidade a estudante possa levar o bebê para as atividades acadêmicas e 97% são a favor que nas IES se realizem rodas de conversa e projetos de rede de apoio à estudantes gestantes e nutrizes. Considerações finais: Embora a legislação referente à proteção da estudante gestante e ou nutriz seja pouco conhecida e muitas vezes negligenciada, a comunidade acadêmica demonstrou concordar com os mecanismos garantidos por lei, bem como reconhecem os benefícios do seu cumprimento e os prejuízos quando a lei não é respeitada.

9852 AÇÕES SOCIAIS COMO FORMA DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT), COM ENFOQUE NA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS): RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Gleivison Cunha Teles, Aline Chaves de Sousa Marques, Cássia Freitas de Sousa, Núbia Rafaela Ferreira da Costa Gomes, Evelyn Nicoly Ferreira Furtado, Kamille Giovanna Gomes Henriques, Layanne Vanessa Barbosa de Oliveira, Helisa Campos Cruz

AÇÕES SOCIAIS COMO FORMA DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT), COM ENFOQUE NA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS): RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Gleivison Cunha Teles, Aline Chaves de Sousa Marques, Cássia Freitas de Sousa, Núbia Rafaela Ferreira da Costa Gomes, Evelyn Nicoly Ferreira Furtado, Kamille Giovanna Gomes Henriques, Layanne Vanessa Barbosa de Oliveira, Helisa Campos Cruz

Apresentação: A Hipertensão Arterial, o Diabetes, Cânceres e as Doenças Respiratórias Crônicas representam as principais Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT). Consideradas silenciosas, por se desenvolver ao longo da vida, e responsáveis por 72% óbitos no Brasil. Segundo Ministério da Saúde aproximadamente 57,4 milhões de pessoas possui pelo menos uma doença crônica não transmissível. Existem alguns fatores que favorecem o seu desenvolvimento no organismo: fatores genéticos, sexo e idade, além de hábitos e comportamentos de risco como a inatividade física, alimentação inadequada, obesidade, tabagismo e o abuso de bebidas alcoólicas1. Considerado este cenário a hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é considerada como um importante problema de saúde pública, caracterizada por níveis elevados e persistentes de pressão arterial. O aumento da pressão arterial a partir de 155/75 mmHg, de forma linear, contínua e independente está associada a possibilidade de mortalidade por doença cardiovascular, que tem sido a principal causa de óbitos no Brasil. A prevalência média de Hipertensão Arterial Sistêmica no Brasil gira em torno de 32,5%, e na população entre 60 e 69 anos, esta é superior a 50% e é maior que 75% nos indivíduos maiores de 70 anos2. Está associada frequentemente às alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, cérebro, rins e vasos sanguíneos) e às alterações metabólicas, que invariavelmente levam à obesidade, com consequente aumento do risco de doenças cardiovasculares e cerebrais podendo ser fatais e não fatais3. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos em uma ação social, com enfoque na prevenção e orientações acerca da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, onde acadêmicos de enfermagem da UNAMA, tiveram a oportunidade de participar de uma ação social, através de uma parceria entre a Liga Multidisciplinar de Cardiologia do Pará (LAMCARD) e a Associação dos Renais Crônicos e Transplantados do Pará (ARCT-PA), no dia 19, de outubro, de 2019, ocorrida no Bairro do Jurunas, na cidade de Belém (PA). Na ação em questão foram ofertados serviços que vão desde testes rápidos para Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), aconselhamento nutricional com verificação de Índice de Massa Corpórea (IMC), glicemia capilar, consulta medica e oftalmológica e  verificação de pressão arterial, onde percebeu-se uma alta prevalência de HAS, onde os pacientes Hipertensos, fizeram relato verbal de uso de medicamentos anti-hipertensivos em sua maioria,  Losartana, Captopril e Enalapril. Uma vez que tal doença se mostrou prevalente, notamos a necessidade de agir de forma preventiva, orientando as pessoas mesmo com padrões sistólicos normais sobre os riscos do consumo excessivo de sódio, a importância da pratica de exercícios físicos e hábitos alimentares saudáveis e quanto ao consumo de álcool e cigarro, que são fatores de risco importantes para hipertensão, e de forma corretiva, aqueles pacientes que já apresentavam padrões sistólicos alterados, sendo as orientações voltadas ao risco do desenvolvimento de doenças cardíacas e cerebrais, com destaque para o Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico (AVEH), que consiste no rompimento de uma artéria cerebral, devido à alta pressão no vaso.  Ainda de forma a prevenir possíveis riscos cardiológicos, as pessoas que apresentavam sístole igual ou superior a 150 mmHg e diástole igual ou superior a 90 mmHg, eram encaminhadas para realização do Eletrocardiograma, uma vez que padrões sistólicos e diastólicos elevados apresentam um alerta, devido aos possíveis danos a contratilidade cardíaca. Resultado: O enfermeiro tem função fundamental na prevenção das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), sendo de suma importância sua atuação na Estratégia Saúde da Família (ESF), e através de ações sociais, de forma a prevenir que pacientes potenciais não evoluam para forma crônica da doença, através do diagnóstico precoce e orientação. Sendo assim, percebemos a necessidade de práticas preventivas como por exemplo a execução do programa Hiperdia, que cadastra e acompanha portadores de Hipertensão, além de ações rotineiras para detectar e prevenir tal doença. Considerações finais: Portanto, pode-se inferir que a hipertensão arterial crônica é um importante problema de saúde pública, devido ao seu alto grau de letalidade e morbidade, uma vez que, níveis pressóricos elevados e persistentes aumentam os riscos de doenças cardíacas e cerebrais. Apesar disso, a hipertensão é tratável e, quando adequadamente controlada, pode retardar ou até evitar o desenvolvimento da doença cardiovascular sintomática. Para redução dos eventos cardiovasculares que tiveram como doença de base a HAS, é de suma importância a detecção, o tratamento e o controle da HAS, de forma precoce.

10045 A ATUAÇÃO DO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF): DESAFIOS COTIDIANOS E CONTRIBUIÇÕES PARA A EFETIVAÇÃO DO SUS
Rosimary Gonçalves Souza, Juliana Menezes Maurício, Lúcia São Thiago da Costa Pereira, Margareth Souza Coelho

A ATUAÇÃO DO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF): DESAFIOS COTIDIANOS E CONTRIBUIÇÕES PARA A EFETIVAÇÃO DO SUS

Autores: Rosimary Gonçalves Souza, Juliana Menezes Maurício, Lúcia São Thiago da Costa Pereira, Margareth Souza Coelho

Apresentação: A atuação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF): desafios cotidianos e contribuições para a efetivação do SUS. Este trabalho apresenta a experiência do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), em um município de médio porte situado no Estado do Rio de Janeiro, que tem como proposta de atuação o apoio matricial realizado a 38 equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF). O apoio matricial, conforme Campos; Domitti (2007), é uma metodologia de trabalho que busca oferecer tanto retaguarda assistencial quanto suporte técnico-pedagógico às equipes de referência. Esse trabalho de suporte às equipes existe na localidade desde 2002, antes mesmo da sua regulamentação pelo Ministério da Saúde em 2008, com a portaria de nº 154. Cabe aos profissionais atuantes no NASF auxiliar as equipes matriciadas a elaborar planos de cuidado em conjunto, compartilhando seu conhecimento específico para atender às demandas das unidades nas áreas de Saúde Mental, Nutrição, Serviço Social e Fisioterapia – áreas incorporadas no NASF no município em tela. Diante das diversas situações que acometem e/ou fragilizam a saúde e a qualidade de vida dos indivíduos e famílias atendidas, os profissionais de apoio valem-se  de uma gama de intervenções e estratégias como discussão de casos, elaboração de projetos terapêuticos singulares, interconsultas, atendimentos domiciliares conjuntos, atividades em grupo/educação em saúde, capacitação continuada das equipes da ESF, articulações intersetoriais, conforme previsto na regulamentação do NASF. Em relação aos objetivos das múltiplas ações executadas, podemos destacar o auxílio na identificação/captação das demandas e necessidades de saúde dos usuários, garantindo o acesso e a continuidade do cuidado em saúde, e a ampliação/aprimoramento da resolutividade da ESF, a partir da incorporação de novos saberes e formações, que contribuem para o desvelamento e atendimento dos diferentes condicionantes e determinantes no processo de saúde-doença. No bojo do referido processo de saúde-doença, assumem relevância as articulações intrassetoriais e intersetoriais promovidas em grande parte pela equipe do NASF que, cotidianamente, atua fortalecendo os nexos existentes entre a ESF e as demais instituições inscritas no âmbito de políticas como a assistência social, a educação, a habitação e também a própria saúde. Nesse sentido, os diferentes saberes e formações articulados no âmbito da equipe do NASF – em conjunto com a ESF – associados aos saberes e às competências das demais políticas e suas instituições, contribuem para o atendimento integral dos usuários, superando abordagens que tendem à fragmentação dos sujeitos e de suas necessidades. As ações realizadas cotidianamente pela equipe NASF local evidenciam a potencialidade advinda do apoio matricial, sobretudo nos territórios que apresentam maior vulnerabilidade social, vivenciam situações extremas de violência e tráfico de drogas, como é o caso de grande parte das comunidades cobertas pela ESF no município. Outra característica desta equipe NASF reside no fato dos profissionais terem sido admitidos por meio de concurso público, o que vem garantindo a continuidade das ações desenvolvidas. Além disso, há um consenso na equipe acerca da necessidade de manutenção de fóruns permanentes de discussão de casos e de gestão coletiva do trabalho.Observa-se que a compreensão do significado e alcance do matriciamento ainda é um desafio cotidiano para os agentes envolvidos, à medida em que a formação de base das diferentes profissões que compõe a equipe NASF, bem como a ESF municipal, não contemplou, via de regra, em seus conteúdos curriculares o debate e a vivência da perspectiva de apoio, ação integrada e interdisciplinar, que valoriza e executa a cogestão do trabalho, a circulação de saberes, o compartilhamento de responsabilidades, as trocas de vivências e a construção de vínculos que são tônicas do trabalho desenvolvido pelo NASF. Ademais, a equipe NASF local lida com um “estranhamento” por parte dos outros serviços e da própria ESF em relação ao fato de que o NASF não atua como uma retaguarda ambulatorial tradicional para encaminhamento de atendimentos secundários, mas incorpora em suas atividades cotidianas novos dispositivos organizacionais e técnico-assistenciais visando atender às demandas dos usuários/famílias no território, demandas que, por vezes, por sua complexidade e especificidades não podem ser acolhidas baseando-se nos protocolos assistenciais ortodoxos, mas exigem da equipe envolvida desenvolver novas metodologias de intervenção com o intuito de alcançar maior resolutividade e ofertar respostas mais adequadas em seu âmbito de ação. Em determinadas situações  vivenciadas no município, o modus operandi das equipes NASF / ESF  provoca mudança em outros pontos de atenção da rede de saúde municipal no que tange aos seus arranjos internos, fluxos de atendimento e formas de acolhimento, em face das necessidades dos usuários encaminhados/atendidos, verificando-se em verdade aí a efetivação da clínica ampliada.Uma lacuna observada da experiência aqui em debate, é a necessidade de proceder uma sistematização mais orgânica e robusta das ações do NASF do município, de sorte que tal material possa servir de aporte para a reflexão crítica da própria equipe e no diálogo com outros atores institucionais, extraindo daí proposições capazes de tornar o trabalho mais efetivo e mais aberto às necessidades de saúde da população usuária. Mesmo com lacunas e desafios, a proposta e a atuação do NASF são portadoras de profunda potência no que diz respeito à reorientação do fazer saúde na atenção básica, configurando-se promissora estratégia para a integralidade do cuidado. Todavia, cumpre apontar que a potencialidade advinda da proposta/atuação do NASF tem sido posta em risco perante os inúmeros desafios impostos à política pública de saúde na contemporaneidade. De maneira genérica, no contexto de aprofundamento do neoliberalismo, as políticas públicas em geral e a saúde pública em particular, têm se deparado com fatores como a insuficiência e o congelamento do financiamento; a descontinuidade imposta pela perda de recursos humanos; a precariedade das relações e condições de trabalho; e, consequentemente, com fragilidades na oferta de serviços. Tratando especificamente do NASF, além dos fatores acima mencionados, há que destacar as recentes normativas que ferem profundamente o desenho institucional do Núcleo, primeiro retirando o NASF do rol de serviços cofinanciados pelo governo federal (portaria nº 2.979/2019) e, posteriormente, modificando, flexibilizando e volatilizando critérios para inserção de equipes multiprofissionais de apoio em instituições de atenção básica (nota técnica nº 3/2020-DESF/SAPS/MS). Em suma, considerando que o Sistema Único de Saúde (SUS) representa uma significativa e imprescindível conquista social e que o NASF representa um importante serviço nos domínios da atenção básica, avaliamos que urge a necessidade de reunir esforços e estratégias político-profissionais capazes superar as lacunas e enfrentar os desafios que se evidenciam para a atuação do Núcleo, os quais foram brevemente abordados, mas não só, urge a necessidade também de estabelecer resistências, tecer alianças e conscientizar os usuários acerca do cenário profundamente adverso e regressivo, que inscreve em evidente risco as conquistas obtidas no circuito da saúde pública e da atenção básica no Brasil.

10582 AUTOESTIMA: A IMPORTÂNCIA DE COMPARTILHAR SENTIMENTOS
Maíra Boeno da Maia, Suzete Marchetto Claus, Daiane Oliveira Pereira Vergani, Letícia Boeira Rodrigues, Tainá dos Santos Pires, Thainá Benderovicz Tavares, Cássio De Oliveira, Jocilene Galvan

AUTOESTIMA: A IMPORTÂNCIA DE COMPARTILHAR SENTIMENTOS

Autores: Maíra Boeno da Maia, Suzete Marchetto Claus, Daiane Oliveira Pereira Vergani, Letícia Boeira Rodrigues, Tainá dos Santos Pires, Thainá Benderovicz Tavares, Cássio De Oliveira, Jocilene Galvan

Apresentação: A crise das relações presente na contemporaneidade, marcada por uma sociedade de risco, provoca a falsa sensação de ser superficial a discussão sobre a imagem de si. Todavia, tomada a partir da reflexão de como o sujeito pensa, sente e se comporta diante das demandas socioculturais contemporâneas, a imagem de si apresenta grande relevância em estudos feitos em lugares que há convivência com a vulnerabilidade social. Neste contexto, a escola pode ser um espaço privilegiado para produzir estas reflexões. O objetivo foi desenvolver ações educativas voltadas ao tema autoestima para alunos do ensino fundamental de uma escola pública municipal. Desenvolvimento: A atividade foi realizada por acadêmicos e docentes da Universidade de Caxias do Sul vinculados ao PET Saúde Interprofissionalidade em parceria com a UBS São Leopoldo, na Escola Estadual Maria Luiza Rosa de Caxias do Sul- RS, para 94 alunos do 6º ao 9º ano no mês de Setembro de 2019. A atividade foi iniciada com a explicação de alguns conceitos através de slides, após foi apresentado um vídeo retratando a necessidade em demonstrar felicidade e sucesso nas redes sociais. Foi feita uma reflexão sobre o impacto do “mundo virtual” em nossas vidas, por meio de roda de conversa. Após, foi organizada uma dinâmica onde os alunos deveriam escrever os três valores mais importantes das suas vidas. Ao final a equipe socializou as respostas escrevendo no quadro e enfatizando a importância das amizades, interação com a família, professores e não somente bens materiais. Resultado: Os alunos interagiram e demonstraram interesse pelo assunto. Após o vídeo ilustrativo, alguns alunos compartilharam situações pessoais, indo de encontro com o esperado para a atividade. Devido ao retorno positivo da atividade, sugerimos ao professor conselheiro da turma, a criação de uma caixa para que os alunos pudessem compartilhar de forma anônima, se assim desejassem, seus sentimentos para que pudessem receber apoio da escola. Considerações finais: A atividade se mostrou potente no que se refere ao esclarecimento sobre o que é autoestima para adolescentes, no sentido de estimular a capacidade de gostar de si baseado no conhecimento que se tem de si próprio, e possibilitando a identificação dos pontos positivos e negativos advindo desta reflexão e do apoio que pode ser buscado na escola.

11365 A EXPERIÊNCIA DO CURSO EaD: FICHA ÚNICA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE VIOLÊNCIAS E MAUS TRATOS NO ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER (2016 A 2019)
Lana dos Santos Meijinhos, Marisa Chaves de Souza

A EXPERIÊNCIA DO CURSO EaD: FICHA ÚNICA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE VIOLÊNCIAS E MAUS TRATOS NO ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER (2016 A 2019)

Autores: Lana dos Santos Meijinhos, Marisa Chaves de Souza

Apresentação: De acordo com o artigo 1º da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (“Convenção de Belém do Pará”), a violência contra a mulher entende-se como “qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada”. Para melhor compreensão do fenômeno da violência contra a mulher, foi proposto a realização de cursos na modalidade de educação à distância, no sentido de desvelar o que não chega no sistema de justiça. O curso tem como objetivo instrumentalizar os profissionais, de diferentes instituições de atendimento à mulher no Brasil, para o correto preenchimento da Ficha Única de Notificação Compulsória de Maus Tratos e outras Violências do Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan em casos de suspeita ou confirmação de violência interpessoal, autoprovocada ou institucional praticada contra as mulheres. Os cursos têm sido operacionalizados na modalidade EAD (120 horas), com utilização da plataforma moodle, tendo como carga horária 108 horas/aula à distância e 12 horas/aula presenciais. Os recursos didáticos utilizados compreendem: realização de debates em fóruns abertos na plataforma moodle, realização de 03 tarefas, 01 trabalho em grupo e 03 aulas presenciais. Dentre os objetivos destacam-se o compartilhamento de experiências profissionais, visando o aperfeiçoamento acerca do fenômeno da violência contra a mulher, a fim de localizar estratégias de enfrentamento que sejam capazes de superar os mitos e preconceitos, reproduzidos geração a geração, em contextos sociohistóricos patriarcais e misóginos, como contribuir com os dados epidemiológicos para formulação de políticas públicas de gênero que dêem respostas às demandas reais apresentadas pelas mulheres. O curso é reconhecido pela UFRJ como um projeto de extensão universitária e possui duas alunas extensionistas dedicadas a consecução de todas as atividades. As alunas acompanham os debates na plataforma, realizam o monitoramento da participação dos alunos(as), organizam, em conjunto com a coordenação, as aulas presenciais e as referências bibliográficas e multimídias a serem inseridas na plataforma. A expectativa é que esta ação de extensão gere visibilidade aos casos de violência contra a mulher que recorrem ao sistema de garantia de direitos, em busca de acompanhamentos médicos, psicossociais e jurídicos, enquanto importante indicador social que permita a proposição de ações e programas governamentais que dêem respostas preventivas e assistenciais na área da proteção, garantia de direitos e punição aos agressores; essenciais para a construção de uma cultura que promova a equidade de gênero e uma cultura de paz.

11894 DISCUSSÃO DO PROBLEMA DA AUTOMEDICAÇÃO COM GRADUANDOS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM UMA DISCIPLINA BÁSICA
Carolina Nascimento Spiegel, Monica Marxsen de Aguiar Rocha

DISCUSSÃO DO PROBLEMA DA AUTOMEDICAÇÃO COM GRADUANDOS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM UMA DISCIPLINA BÁSICA

Autores: Carolina Nascimento Spiegel, Monica Marxsen de Aguiar Rocha

Apresentação: A automedicação é uma prática de autocuidado importante, mas que deve ser feita com cautela já que pode mascarar sintomas de doenças, causar intoxicação, reações adversas, interações medicamentosas e mesmo agravar problemas de resistência à antibióticos. Além de ser uma prática entre universitários, a discussão deste tema na graduação de Ciências Biológicas permite uma reflexão crítica não apenas para suas vidas pessoais, como possibilita futuramente o aumento de trabalhos a respeito do uso racional de medicamentos nas escolas. Este trabalho relata uma estratégia de ensino realizada que teve por objetivo abordar o metabolismo de xenobióticos e interação medicamentosa na disciplina de biologia celular, ampliando as discussões a respeito das questões políticas, humanas, socioculturais e econômicas envolvidas com a prática da automedicação. Desenvolvimento: O projeto foi desenvolvido em 2018 na disciplina de Biologia Celular da Universidade Federal Fluminense com 28 alunos da turma de Ciências Biológicas. Após uma breve explicação dos mecanismos envolvidos no processo fisiológico de metabolismo de xenobióticos e interações medicamentosas, a turma foi dividida em pequenos grupos. Todos os grupos receberam reportagens de jornal falando sobre o problema da automedicação no Brasil e nos Estados Unidos, e casos de interações medicamentosas específicas sobre os seguintes temas: (1) álcool e acetaminofeno, (2) anti-histamínico (terfenadina), (3) medicamento para azia (cisaprida) e (4) anticoncepcional, álcool e antibiótico. A atividade propôs que os grupos analisassem interações medicamentosas a partir de reportagens de jornal e trechos do livro do Manual de Bioquímica com correlações clínicas e apresentasse para o restante da turma. Após a apresentação, foi feito um debate com toda a turma sobre as causas e consequências da alta taxa de automedicação no Brasil. Resultado: Os alunos conduziram o debate levantando diversos aspectos que levam à prática de automedicação tais como: (1) farmácia: ampla disponibilidade por habitantes (três vezes maior que o valor preconizado pela OMS), disposição de medicamentos junto com alimentos e perfumaria, compra de medicamentos sem receitas; (2) médicos: dificuldade de ir a consultas e perder o trabalho/aula, tempo/qualidade das consultas médicas; (3)  Bula: falta de hábito de ler, dificuldade de entender as informações ou como são escritas de forma hermética; (4) Relatos pessoais de mascaramento de doenças com graves consequências e reações alérgicas foram realizados. Além de ter propiciado uma reflexão crítica sobre os riscos e a complexidade de aspectos que envolvem à automedicação, permitiu um maior entrosamento da turma. Um aspecto que precisa ser melhorado é o tempo da atividade. Os alunos queriam se aprofundar mais nos temas específicos e poderem preparar melhor suas apresentações além de aumentar o tempo do debate. Considerações finais: Consideramos que alcançamos os objetivos, com motivação e boa avaliação dos alunos. O debate superou nossas expectativas. Pretendemos enviar o tema aos grupos com uma semana de antecedência para que possam pesquisar e se preparar para apresentação. Nesta dinâmica, o debate poderá ser priorizado. Esperamos contribuir para a formação dos alunos e para conscientização deste problema que é a automedicação no Brasil.

12297 DIREITO À SAÚDE E A EXTENSÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Maira Larissa Ramos da Rosa, Daniela Biscarde

DIREITO À SAÚDE E A EXTENSÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Maira Larissa Ramos da Rosa, Daniela Biscarde

Apresentação: O Sistema Único de Saúde é a maior política de Estado no Brasil e o direito à saúde é garantido pela constituição, assim como a garantia da participação popular. Este trabalho tem como objetivo relatar à minha experiência com a Ação Curricular em Comunidade e Sociedade intitulada Direito à Saúde, Participação Popular e Controle Social no SUS, durante a mobilidade acadêmica no semestre 2019/2, partindo do aprendizados teóricos vistos em sala de aula, minhas inquietações, reflexões e vivências nos espaços de participação popular proporcionados pela disciplina. Resultado: Participar desta ACCS constituiu uma experiência singular dentro da minha formação acadêmica em Enfermagem. Mesmo já tendo conhecimento dos aspectos teóricos da participação popular no SUS bem como a própria construção do nosso sistema de saúde poder acompanhar a atual situação do controle social no município de Salvador só evidencia um dos pontos constantemente reforçados em aula: o SUS é feito de movimento e precisamos nos movimentar com ele. Penso que diante da atual conjuntura de francos ataques ao público, à academia e os instrumentos de intervenção organizada da população nos rumos das políticas em geral é cada vez mais urgente a conscientização da sociedade por quais viam isso se dá. Já existiu um cenário muito mais favorável a esta democratização mas relegá-las à um governo seria uma forma de limitar o seu potencial de transformação. Considerações finais: Por isso, profissionais da saúde ocupam uma posição privilegiada pelo seu conhecimento e devem estar ao lado de quem defende os interesses populares. Para além do compromisso que assumo com o tema como futura enfermeira pretendo ainda durante a graduação na minha instituição de origem seguir executando atividades, em especial extensionistas, que promovam maior mobilização sobre o direito à saúde.

6537 IDENTIFICAÇÃO DE FATORES DE RISCO PARA A PRÉ-ECLÂMPSIA EM UMA GESTANTE GEMELAR COM HIPERTENSÃO GESTACIONAL
Rafaela Victoria Camara Soares, Sara Cristina Pimentel Baia, Rosângela Carvalho de Sousa, Alice Né Pedrosa, Mirlane da Costa Fróis, Getúlio José do Carmo Neves Netto, Simone Aguiar da Silva Figueira

IDENTIFICAÇÃO DE FATORES DE RISCO PARA A PRÉ-ECLÂMPSIA EM UMA GESTANTE GEMELAR COM HIPERTENSÃO GESTACIONAL

Autores: Rafaela Victoria Camara Soares, Sara Cristina Pimentel Baia, Rosângela Carvalho de Sousa, Alice Né Pedrosa, Mirlane da Costa Fróis, Getúlio José do Carmo Neves Netto, Simone Aguiar da Silva Figueira

Apresentação: Segundo a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), as síndromes hipertensivas na gestação podem ser classificadas em: Hipertensão crônica, hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia, eclampsia, e pré eclampsia juntamente à hipertensão crônica. Estas viabilizam a possibilidade de uma cascata modificações patológicas que alteram a saúde da mulher no período gestacional. Em uma pesquisa realizada no Brasil com mais de 80 mil mulheres das cinco regiões do país, foram observadas quanto à morbidade materna grave, e foi identificado, que a admissão hospitalar, sobretudo, por hipertensão arterial, foi a principal causa de ameaça às gestantes em 73%, de acordo com dados publicados em 2016. A pré-eclâmpsia (PE), estava entre a principal causa de mortalidade materna. Desenvolvimento: J.L. A.G, 18 anos, primigesta, com Idade Gestacional (IG) de: 29 semanas e 5 dias por meio da Data da Última Menstruação (DUM) e 28 semanas e 2 dias através da Ultrassonografia (USG). Com Data Provável do Parto (DPP) para o dia:18/12/2019. Apresentava gestação gemelar, hipertensão gestacional, e portadora de sangue fator Rh negativo, encaminhada de sua Unidade Básica de Saúde, na qual estava realizando o seu pré-natal, para uma Unidade de Referência Especializada. Cujo discentes do sexto semestre de enfermagem, da Universidade Estadual do Pará realizavam aula prática referente à disciplina de Saúde da Mulher. Na consulta de enfermagem queixou-se de edema, em membro inferior esquerdo com aumento progressivo ao longo do dia. Sobre os antecedentes familiares, informou que a mãe era portadora de hipertensão arterial, avós maternos eram hipertensos e diabéticos. Ao investigar-se os antecedentes pessoais, relatou infecção do trato urinário durante a gestação. Casada, parceiro Rh positivo. Estava fazendo o uso de medicações, como: Metildopa de 250 mg 1 vez ao dia, antes de ser referenciada. A medicação sofreu adequação para 500mg de 8 em 8 horas na primeira consulta médica na unidade de referência, com a prescrição também de amoxicilina de 8 em 8 horas. Subsequentemente, a prescrição de metildopa foi alterada novamente para 250 mg de oito em oito horas. Em seus exames complementares, apresentou: sistema ABO RH B negativo, com bs indireto negativo,Urina (Elementos Anormais do Sedimento) com piócitos 14 por campo, Ptn (24hs): 276,5mg/24hs. Resultado: Na hipertensão gestacional, patologia vivenciada pela paciente, há estudos demonstram que 15 a 25% das pacientes evoluem para PE, este risco é significativo em idade gestacional precoce, quando se desenvolve antes de 34 semanas. Manifestando-se através do aumento da pressão arterial. Assim como, na paciente que foi encaminhada com 26 semanas e 2 dias por apresentar níveis pressóricos elevados. A paciente apresentava edema duas cruzes de tornozelo e pés no decorrer de duas consultas de enfermagem. Apresentou o exame de urina 24hs na segunda consulta, com proteinúria de 276,5 mg/24hs. Entendeu-se que era necessário inspecionar as principais sintomatologias da PE, como o edema, a pressão acima de 140x90mmHg, além da proteinuria, acima de 300mg/24hs. Durante a realização do pré-natal, estes padrões merecem atenção adequada na anamnese. Uma vez que, a paciente apresentava o exame com valor significativo de proteinúria que embora ainda estivesse dentro dos parâmetros da normalidade, poderia ser um sinal alertivo a pré-eclâmpsia. Embora a proteinúria seja um marcador utilizado como um dos principais indicativos a pré-eclâmpsia, ela não é indispensável, deve ser realizado na gestante uma avaliação com o objetivo de verificar a possibilidade de acometimento dos órgãos, mesmo que a proteinúria esteja abaixo de 300 mg/24hs. O exame de urina é uma dessas formas de avaliação essencial no pré-natal, a paciente também apresentou neste exame 14 piócitos por campo, bem acima do valor de referência, de 0 a 2 e 0 a 5 por campo, o aumento do número de piócitos e/ou nitritos e hemácias podem ser sintomatologia da inflamação, há evidências ademais da associação de infecções urinárias há hipertensão, pré-eclâmpsia, anemia, septicemias, corioamnionite. Ademais, a gemelaridade e a massa placentária também podem estar relacionadas ao surgimento da condição da pré-eclâmpsia. Devido, os níveis detirosina-quinase 1 solúvel semelhante a FMS (sFlt-1, de soluble FMS-like tyrosine kinase-1)antiangiogênica, serem duas vezes mais elevados em gestações gemelares do que nas gestantes de feto único. Mais um fator associado à pré-eclâmpsia cujo, poderia ser predisponente para a paciente. Na qual, atinge frequentemente, as nulíparas, e a ocorrência eleva os riscos, consideravelmente em gestações múltiplas. A gestante, por sua vez, era nulípara, e possuía 18 anos. Para algumas literaturas, esta se configura em um extremo deidade, pois se encontra antes da 2° décadas de vida sendo a idade considerada um fator de risco para a pré-eclâmpsia. Segundo o National Institute for Health and Clinical Excellence(NICE), a paciente apresentou a gemelaridade e a primeira gestação como fatores moderados. Não considerando a idade abaixo de 20 anos como fator predisponente. Para o NICE, ter dois fatores moderados durante a gestação ou um de alto risco é recomendada a prescrição de aspirina antes de 16 semanas, e pré-natal com realização em assistência especializada.Todavia, a paciente iniciou na unidade de referência, utilizando metildopa 250 mg, 1 vez ao dia. Com mudança na prescrição durante a consulta médica na unidade de referência, para 500mg de 8 em 8 horas. A última adequação da medicação no transcorrer do pré-natal foi para 250 mg de 8 em 8 horas, devido à diminuição dos níveis pressóricos. Além disso, a paciente utilizava o sulfato ferroso e regenesis, suplemento alimentar com ácido fólico na composição.Todavia, deve-se estar atento aos níveis de hemoglobina da gestante. Pois, há estudos que evidenciam que a suplementação férrica pode causar efeitos indesejáveis, como fator predisponente a pré-eclâmpsia, nos casos que as concentrações de hemoglobina estão elevadas. O que não seria o caso da paciente, que apresentava 11,5g/dl. Contudo, a gestante não realizou a consulta puerperal, sendo um obstáculo, no reconhecimento desses elementos e orientações sobre o tratamento pós-natal. Considerações finais: A paciente com hipertensão gestacional teve vários fatores de risco para uma possível evolução a pré-eclâmpsia, segundo as pesquisas mencionadas neste estudo como: A gemelaridade, nuliparidade, idade, e a própria hipertensão gestacional. Contudo, o tratamento medicamentoso conseguiu diminuir os níveis pressóricos elevados, de forma precoce. A paciente realizou 5 consultas durante o pré-natal, sendo que nestas apresentou apenas um sinal clínico para a pré-eclâmpsia, edema em membros inferiores, e um valor significativo de proteinúria, mas dentro do parâmetros de normalidade. O estudo de caso deixa algumas lacunas a respeito da evolução do seu trabalho de parturição, parto e puerpério pois, a paciente não realizou a consulta puerperal. Com isso, observa-se que a pré-eclampsia, pode ser prevenida com o pré-natal através uma assistência adequada durante todo o período gestacional e puerperal, que investigue com atenção as sintomatologias, fatores de risco que possam surgir ao longo desse ciclo.

7210 A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA ASSISTÊNCIA DOS INDIVÍDUOS COM HIV
Atilio Rodrigues Brito, José Antônio Cavallero de Macedo Fonteles Júnior, Nathasha Caroline Souza Gimenes, Sabrina de Lucas Ramos Necy, Suzana Elyse Araújo Mac-Culloch, Rosália Cardoso da Silva, Jéssica Maria Lins da Silva, Danielle Cristinne Azevedo Feio

A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA ASSISTÊNCIA DOS INDIVÍDUOS COM HIV

Autores: Atilio Rodrigues Brito, José Antônio Cavallero de Macedo Fonteles Júnior, Nathasha Caroline Souza Gimenes, Sabrina de Lucas Ramos Necy, Suzana Elyse Araújo Mac-Culloch, Rosália Cardoso da Silva, Jéssica Maria Lins da Silva, Danielle Cristinne Azevedo Feio

Apresentação: Este trabalho teve como objetivo ressaltar a integralidade da assistência a saúde destinada a pacientes com HIV/AIDS, onde foi feito uma pesquisa qualitativa no intuito de analisar e compreender a integralidade da assistência a saúde destinadas a pacientes com HIV/AIDS, examinar a função dos diferentes profissionais em suas respectivas áreas e constatar o paralelismo de suas atividades para o melhor atendimento dos pacientes frente a sistematização do atendimento da equipe multiprofissional. Desenvolvimento: Foi utilizada a metodologia da problematização abordada em conjunto do arco de Charlez Maguerez. O arco é composto de 5 etapas, a primeira é a observação da realidade onde foi feita uma visita observacional a instituição que é um departamento de vigilância, prevenção e controle das ISTs, no qual foi aplicado um questionário dividido em três eixos, o primeiro sobre o perfil socioeconômico e cultural, o segundo é sobre perfil descritivo do agravo, e o terceiro é sobre os serviços e acesso da instituição. A segunda, o levantamento dos pontos chaves, foi realizado um debate entre os acadêmicos com auxílio do orientador onde foram expostas as distintas percepções sobre a realidade investigada, as questões correspondentes a realidade encontrada e suas demandas. Na teorização, foi feita pesquisa na literatura com enfoque na multidisciplinaridade dos profissionais dos centros de aconselhamento e tratamento das ISTs, foi pesquisado nos seguintes banco de dados: BVS(Biblioteca Virtual da Saúde), BIREME (Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde), periódico capes e SciELO (Scientific Electronic Library Online). A última etapa é a volta a realidade e como proposta de intervenção foi realizado no primeiro momento para socialização, um “coffee break” e uma roda de conversa abordando os temas: A importância do uso dos preservativos para casais soropositivos; a importância da equipe multidisciplinar; Coinfecções; o não abandono ao tratamento e sobre os direitos das pessoas com HIV. Resultado: Constatou-se a partir da observação da realidade, na pesquisa qualitativa com 23 pacientes entrevistados, a necessidade do esclarecimento a respeito da integralidade. Nos questionários foi observado que uma grande parcela dos pacientes não faz uso de todos os serviços ofertados pela instituição, que culminou na discussão acerca de saúde mental, não abandono do tratamento, e dos possíveis motivos que propiciam essa ausência de motivação. Depreende-se dos questionários e da roda de conversa os motivos que norteiam a falta de motivação dos pacientes, foi destacado a localização da instituição, visto que se situa em um bairro com índice de criminalidade e violência elevados, a desinformação a respeito da importância de cada profissional e os estigmas e preconceitos que inviabilizam a adesão ao tratamento multiprofissional. Considerações finais: Compreende-se a partir do aporte teórico e da observação da realidade que há necessidade dos múltiplos tratamentos para atender as demandas especificas da doença, visto que a concepção contemporânea de saúde se estabelece na harmonia dos aspectos biológicos, psíquicos e sociais, sendo de extrema importância para a assistência ao paciente com HIV/AIDS de forma adequada e integral.

7697 CONTA-SE SOBRE UM MESTRADO PROFISSIONAL: NARRATIVAS BRINCANTES, CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAIS INFANTO-JUVENIS E A CARTOGRAFIA COMO UMA APOSTA POLÍTICA
Adriele Fernanda Baldessim, Sabrina Helena Ferigato

CONTA-SE SOBRE UM MESTRADO PROFISSIONAL: NARRATIVAS BRINCANTES, CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAIS INFANTO-JUVENIS E A CARTOGRAFIA COMO UMA APOSTA POLÍTICA

Autores: Adriele Fernanda Baldessim, Sabrina Helena Ferigato

Apresentação: Pretende-se por apresentar os resultados do seguinte mestrado profissional: “Dê que vocês brincavam?” - Uma cartografia sobre os brinquedos e brincadeiras de trabalhadores de um Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil". Tal pesquisa teve por objetivo conhecer quais eram as brincadeiras de infância e da adolescência de alguns trabalhadores alocados em um Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil de uma cidade do interior de São Paulo. Para tanto, optou-se pela cartografia como método, o que, frente ao tema em questão, compõe também com os estudos sobre a lembrança, a memória, e a construção de narrativas quanto aos brinquedos e brincadeiras com os quais esta pesquisa entrou em contato, mas não somente estes. Notamos que, no traçado da pesquisa, dialogamos, também, com histórias de vida, reflexões sobre processos de trabalho, incursões pelo e com o brincar ao pensar no cotidiano do equipamento em questão. Retratando, ainda, algumas facetas micropolíticas da saúde pública brasileira, da reforma psiquiátrica e aportes essenciais da luta antimanicomial a partir da participação de trabalhadores como intelectuais ativos em seu cotidiano de trabalho. Os resultados dessa investigação nos fornecem pistas singulares sobre os efeitos da produção de lembranças de brincadeiras de infância de trabalhadores e a atualização dessas memórias nos processo de brincar em seu cotidiano de trabalho no CAPS-IJ. Ademais, ao final desta pesquisa construímos o seguinte produto técnico: “O que de nós tornaremos público”: narrativas brincantes. Assim, buscamos por trazer a esta apresentação práticas formativas, novos veículos para pensar a divulgação e o papel das pesquisas participativas construídas a luz do avanço do Sistema único da Saúde, da Reforma Psiquiátrica e do cuidado à saúde mental infantojuvenil.

7912 IMPLANTAÇÃO DO PROJETO GAROTAS MIL EM SÃO GONÇALO: EXPECTATIVAS DE CUIDADO E ENSINO
Claudia Donelate, Vanessa Oliveira de Souza, Vanessa Oliveira de Souza, Ana Clara da Fonseca Ferreira, Ana Clara da Fonseca Ferreira, Samara da Fonseca Ferreira, Samara da Fonseca Ferreira, Thaynan Da Silva Santos, Thaynan Da Silva Santos, Aline Bittencourt Fernandes da Silva, Aline Bittencourt Fernandes da Silva, Angela Maria Bittencourt Fernandes da Silva, Angela Maria Bittencourt Fernandes da Silva

IMPLANTAÇÃO DO PROJETO GAROTAS MIL EM SÃO GONÇALO: EXPECTATIVAS DE CUIDADO E ENSINO

Autores: Claudia Donelate, Vanessa Oliveira de Souza, Vanessa Oliveira de Souza, Ana Clara da Fonseca Ferreira, Ana Clara da Fonseca Ferreira, Samara da Fonseca Ferreira, Samara da Fonseca Ferreira, Thaynan Da Silva Santos, Thaynan Da Silva Santos, Aline Bittencourt Fernandes da Silva, Aline Bittencourt Fernandes da Silva, Angela Maria Bittencourt Fernandes da Silva, Angela Maria Bittencourt Fernandes da Silva

Apresentação: Este é um projeto piloto, baseado na experiência positiva do programa Garotas Mil - IFAL, que está sendo adaptado a nossa realidade. A visão panorâmica da representação demográfica da população jovem de São Gonçalo, focalizam-se temas associados ao trabalho; às atividades de lazer; às diversas formas de discriminação experimentadas pelas jovens, cujas situações condicionam comportamentos violentos e que "vitimam" as jovens, em particular os que vivem na pobreza, podendo ter reações como o uso de drogas, porque o município é apontado como o mais violento do estado, além de ser o segundo mais populoso do estado, atrás apenas da capital do estado e o 16º mais populoso do país, pois 80,3% deles jovens já exerceram uma atividade laborativa, iniciando sua trajetória bem cedo, cuja taxa de desemprego corresponde à proporção de 29,9%. Com a aproximação do IFRJ a escola municipal Escola Ernani Faria, identificou-se que as jovens adolescentes vivem em famílias com renda de até dois salários mínimos, muitas provêm de pais e mães desempregados e separados; alguns já passaram por experiência de viver na rua ou estar envolvidos em atos de delinquência. Identificou-se que a falta de oferta de educação de qualidade, os baixos salários e o desemprego são fatores que afetam também a trajetória de vida dessas brasileiras, expondo-as a uma série de fatores de risco, como o uso de drogas, a prostituição por sobrevivência, doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada, morte prematura resultante de suicídio ou homicídio e a falta do suprimento das necessidades básicas, colocando-as em situação de extrema vulnerabilidade. Objetivo: Construir, coletivamente, estratégias de precaução, proteção e promoção da qualidade de vida e saúde, visando a prevenção da vulnerabilidade social das garotas e Promover qualificação profissional básica de pré-adolescentes que se encontram em situação de vulnerabilidade econômica ou social, contribuindo com sua formação para o trabalho, ampliando suas possibilidades e perspectivas de trabalho e renda no futuro. Método: Este projeto, se desenvolverá em aproximadamente quatro meses, com um encontro semanal para uma turma de 15 garotas, com duração de três horas, por dia, cujas atividades são desenvolvidas nos contra turnos da escola. Serão utilizados métodos interativos, como dinâmicas, jogos e exibição de filmes relacionados à temática, além de rodas de conversa e oficinas de Direitos Humanos, Vícios Nocivos à Saúde, Corpo, Gênero e Sexualidade, Elevação da Autoestima, Discriminação e Preconceitos e Técnicas de Iniciação Profissional, para tal, serão convidados, vários profissionais para ministrarem palestras sobre esses temas. O publico alvo são pré-adolescentes, entre 12 e 17 anos, filhas de mulheres em situação de risco e vulnerabilidade social do Município e alunas do campus São Gonçalo e da Escola Municipal. Resultado: Fazem parte desta pesquisa, 15 alunas do turno da manhã que foram selecionadas pela direção da escola, pois apresentam dificuldade de relacionamento. A primeira oficina desenvolvida tinha como foco identificar o que era felicidade, para ela, a partir das questões norteadoras: O que ser feliz? A partir de Bardin, obteve as seguintes categorias: Família, Sentimentos, Amizade, Relacionamentos, Satisfação das necessidades materiais e de desejo e escola. Em relação sentimentos (35%) - ser feliz - eles valorizam a subjetividade pois descrevem como sentimentos de paz, carinho, liberdade,  tendo um grande otimismo em relação a sua real, onde  a maioria vive em lugares comandados pelo trafico. A categoria Satisfação de necessidades materiais e de desejo (26%), apresentou vieses diferentes para os meninos, sendo para eles o importante é ter poder, adquirir bens materiais e ser respeitado, para as meninas  representou ter uma boa casa, ter bens materiais, ter segurança e uma pessoa que as ame e a respeite. As categorias família e amizade totalizaram 25% das repostas, quando questionados nas oficinas sobre estas categorias, eles falaram que elas exigem muito deles, mas lhe oferecem afeto, além de muitas das vezes eles presenciarem cenas de agressão entre os pais. Em relação à escolaridade, eles só consideraram importante, pois se encontram finalizando o ensino fundamental, e precisam se aprovados para tentar entrar no ensino médio, e de preferência o IFRJ, pois gostariam de fazer um curso técnico e se formarem. Ao serem questionados sobre a separação dos amigos, eles refeririam que são colegas, amigos não se encontra mais numa instituição de ensino, o que eles veem é um querer prejudicar o outro, não só frente a direção, mas frente aos professores e funcionários da escola. A categoria relacionamentos refletem uma característica comum do comportamento mais disponível da adolescente do sexo feminino, ao se preocupar com ter alguém para conversar, dividir as dúvidas e angústias bastante presentes nesta fase da vida, sendo que 5% das meninas desta pesquisa já eram mães e verbalizaram como era difícil cuidar do filho, da casa e ter as cobranças da mãe. Considerações finais: Os resultados aqui apresentados e discutidos são preliminares da pesquisa, pois o projeto foi implantado no final do ano e o retomaremos agora,  todavia, as ações desenvolvidas, pode-se identificar que nos  diversos contextos em que vive o adolescente, sobretudo no ambiente escolar, ocupacional, existencial e clínico, é importante dar voz e acolher suas questões, pois eles precisam se sentir a amplitude da vivencia dos mesmos em relação aos conflitos vivenciados pelos adolescentes em função as exigências do seu viver, relativas ao seu desenvolvimento, amadurecimento frente ao amadurecimento de suas relações amorosas e escolhas profissionais que  podem refletir sobre sua autoestima, surgir estados depressivos,  tendências agressivas e de isolamento.

8139 A INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA NA VIDA DA MULHER PERANTE OS GRUPOS ANTIVACINAS
Caio Ramos, Thayna Pontes Pereira, Lucas de Almeida Figueiredo, Tiago Carvalho Lapa, Thiago Castanheira Scagliarini Frenda, Camila Mendonça de Almeida Senna, Daiana do Nascimento Pereira, Dayanne Cristina Mendes Ferreira Tomaz

A INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA NA VIDA DA MULHER PERANTE OS GRUPOS ANTIVACINAS

Autores: Caio Ramos, Thayna Pontes Pereira, Lucas de Almeida Figueiredo, Tiago Carvalho Lapa, Thiago Castanheira Scagliarini Frenda, Camila Mendonça de Almeida Senna, Daiana do Nascimento Pereira, Dayanne Cristina Mendes Ferreira Tomaz

Apresentação: Nas últimas décadas, diversas mudanças foram inseridas na sociedade devido aos avanços tecnológicos dos meios de comunicação. Assistimos as transformações na forma de agir, pensar e no estilo de vida. Com o crescimento da mídia, da notícia em tempo real, as pessoas se estimulam as mudanças comportamentais muitas das vezes sem procurarem saber as origens de tais notícias, criando o imaginário popular, principalmente no quesito saúde. Recentemente o movimento antivacina foi incluído pela Organização Mundial de Saúde, (OMS), 2019 em seu relatório sobre os dez maiores riscos à saúde global devido à ameaça e reverter o progresso alcançado no combate a doenças evitáveis por vacinação, muitas delas já erradicadas no Brasil. Dentre essas destacamos o retorno do Sarampo como algo alarmante tendo em vista que o Brasil desde 2016 havia erradicado tal infecção viral. Tal evidência desperta a necessidade de se discutir a respeito. Portanto, pelo presente estudo objetivamos discutir sobre o movimento antivacina e seu impacto no ressurgimento dos casos de Sarampo. Desenvolvimento: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura presente nas bases de dados como SciELO , PubMed, e manuais do Ministério da Saúde. Resultado: Mediante a pesquisa realizada noto Cabe aos profissionais de saúde promover, orientar e esclarecer todas as dúvidas pertinentes ao assunto para a população no que diz respeito a imunização, e que é de suma importância confortá-los e assegurá-los do grande valor das vacinas para a saúde coletiva das pessoas. Vacinar é uma das formas mais efetivas e de menor custo para reduzir a morbimortalidade infantil, conforme a Organização Mundial da Saúde (2019). As razões pelas quais as pessoas escolhem não se vacinar e não vacinarem seus filhos são complexas e incluem falta de confiança nas vacinas, complacência, teorias de um suposto controle populacional, dificuldades no acesso a elas e motivos religiosos, desconhecendo os agravos que trazem dentro dos condicionantes e determinantes do processo saúde doença para uma população. Como na maioria dos casos, as mulheres se tornam responsáveis por levar os seus filhos para a imunização e devido a esta responsabilidade elas acabam se tornando o principal alvo de informações ilusórias sobre as vacinas, que encontramos diariamente em alguns veículos de comunicação. Por meio deste objetivamos discutir sobre o movimento antivacina e seu impacto na sociedade moderna. Portanto, quanto mais pessoas vulneráveis, mais chances que o agente invasor tem de causar doenças. Com base na metodologia científica exploratória e explicativa, com dados obtidos por protocolos do Ministério da Saúde, artigos da SciELO. Considerações finais: Cabe aos profissionais de saúde promover, orientar e esclarecer todas as dúvidas pertinentes ao assunto para a população no que diz respeito a imunização, e que é de suma importância confortá-los e assegurá-los do grande valor das vacinas para a saúde coletiva das pessoas. Vacinar é uma das formas mais efetivas e de menor custo para reduzir a morbimortalidade infantil, conforme a Organização Mundial da Saúde (2019).

8192 REDE BRASILEIRA DE BANCO DE LEITE HUMANO: UMA FORMA EFETIVA DE DIVULGAÇÃO ATRAVÉS DAS PLATAFORMAS DIGITAIS.
Natasha Maranhão Vieira Rodrigues, Júlia Fialho Cauduro, Eva Rita Ribeiro Medeiro Maia, Marcus Vinícius Souza e Silva, Estevan Criales Lopez

REDE BRASILEIRA DE BANCO DE LEITE HUMANO: UMA FORMA EFETIVA DE DIVULGAÇÃO ATRAVÉS DAS PLATAFORMAS DIGITAIS.

Autores: Natasha Maranhão Vieira Rodrigues, Júlia Fialho Cauduro, Eva Rita Ribeiro Medeiro Maia, Marcus Vinícius Souza e Silva, Estevan Criales Lopez

Apresentação: O leite materno deve ser a única fonte nutricional do recém nascido, porém, muitas mães não podem fornecê-lo a seus lactentes, o que ameaça o desenvolvimento físico e imunológico desses. Para suprir essa carência, criou-se a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH) e, a fim de perpetuar a sua existência, é necessário o conhecimento e o apoio da população sobre essa, mantendo, assim, o maior fluxo de doações de leite na rede pública do mundo. Com esse pensamento, criou-se um perfil em uma rede social para divulgar a Rede e incentivar a doação. Nesse relato de experiência buscou-se relatar os impactos alcançados com a publicação de informações sobre a rBLH e o aleitamento materno. Desenvolvimento: Segundo Muller et al., apenas 46,7% de um grupo de parturientes, em Campo Grande, tinha conhecimento da Rede; nesse contexto, criou-se uma conta na plataforma Instagram no intuito de, por meio de uma metodologia virtual, atingir o maior contingente populacional possível. Assim, os acadêmicos dividiram-se em funções de pesquisa e elaborações de posts e disponibilizaram conteúdos de forma descontraída e ilustrativa abrangendo os seguintes tópicos: história, informações sobre o leite, curiosidades e doação (conscientização, locais, benefícios, informativos e forma de doar). Ademais, realizou-se um quiz temático nos stories de forma a promover a interação com os usuários. A linguagem foi adaptada à cotidiana da população para tornar as informações acessíveis. A edição dessas publicações foi feita pelo programa PowerPoint, além da própria plataforma digital. Resultado: Percebeu-se um grande alcance ao usuário através dos stories, atingindo em torno de 70 contas em cada um; ademais, eram respondidos com dúvidas e comentários acerca do conteúdo. Notou-se que o público feminino foi o mais presente nas interações: seguidores, curtidas e comentários. A conta atingiu 120 seguidores, muitos desses compartilharam as publicações das imagens educativas da rBLH com outros perfis, evidenciando que a postagem nesse formato no feed foi a metodologia mais vantajosa à promoção de conhecimento. Assim, a adaptação do contato do acadêmico com o usuário, através do meio tecnológico, evidenciou que a fuga das formas convencionais de comunicação é altamente vantajosa. Isso ocorre visto que alcançou-se mais de uma centena de contas, o que, para ocorrer pessoalmente, demoraria diversas visitas aos níveis de atenção. Além disso, é uma alternativa para levar informação a plataformas de uso cotidiano do usuário, o qual passa a apresentar contato contínuo ao assunto através das diversas publicações. Considerações finais: Pôde-se comprovar que o objetivo da rBLH, de promover a saúde da mulher e da criança, é alcançável com a disponibilização de informações de saúde voltadas a conscientização desse tema em plataformas sociais. Isso se fez possível em função do grande investimento popular de tempo em sites e aplicativos do gênero como forma de lazer, principalmente, o que torna esses ambientes de interação alvos promissores à disseminação de conteúdos educativos, desde que atendam à forma sucinta e interativa das publicações que os usuários cedem atenção.

5672 EMPODERAMENTO FEMININO E A PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO: UMA AÇÃO EM ALUSÃO À CAMPANHA “MARÇO LILÁS”
Gabriela Rocha Reis, Bruna Larissa Pinto Rodrigues, Emanuelle da Silva Tavares, Lidiane Assunção de Vasconcelos, Flávia Savana Ribeiro de Sales, Ana Carla Vilhena Barbosa

EMPODERAMENTO FEMININO E A PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO: UMA AÇÃO EM ALUSÃO À CAMPANHA “MARÇO LILÁS”

Autores: Gabriela Rocha Reis, Bruna Larissa Pinto Rodrigues, Emanuelle da Silva Tavares, Lidiane Assunção de Vasconcelos, Flávia Savana Ribeiro de Sales, Ana Carla Vilhena Barbosa

Apresentação: O câncer de colo uterino é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV, destacando-se como a quarta categoria de neoplasia mais incidente entre as mulheres no Brasil. É uma doença de desenvolvimento lento, que pode evoluir de maneira assintomática em fases iniciais e avançar com manifestações agravantes, causando diminuição na qualidade de vida em casos de diagnóstico tardio. Portanto, a ação de educação em saúde objetivou oferecer às mulheres subsídios para a consolidação de conhecimento acerca dos fatores determinantes da patologia e emancipação diante do modelo hospitalocêntrico de assistência, despertando o autocuidado e incentivando-as, também, na busca pelos seus direitos e deveres na esfera da atenção básica. A atividade foi realizada em uma Estratégia de Saúde da Família, no município de Belém (PA), na qual discentes do curso de graduação em Enfermagem junto a docente da componente curricular “Enfermagem Comunitária” promoveram uma roda de conversa alusiva à Campanha “Março Lilás: Prevenção do Câncer de Colo Uterino” com a participação de doze mulheres, na faixa etária entre 20 a 68 anos. No primeiro momento apresentou-se o panorama nacional da patologia, sinais e sintomas, forma de transmissão e métodos de tratamento através de folder informativo planejado pelas discentes e exposição dialogada. Em seguida foram apresentados os materiais utilizados para a coleta do exame Preventivo do Câncer de Colo de útero – PCCU, a fim de demonstrar um método de rastreio das lesões precursoras, apresentando recursos de imagem para elucidar os tipos de lesões, os locais de coleta do material (ectocérvice e endocérvice) e levantando questionamentos acerca do conhecimento prévio referente à finalidade, periodicidade e restrições para realizar o rastreamento, bem como orientações antes e após a coleta. Posteriormente, discutiu-se a importância da vacinação contra o HPV na adolescência, considerando primazia dessa prevenção. Outrossim, abordou-se a importância da prevenção com o uso de preservativos, cuidados com a higiene íntima e parceiros sexuais. Por fim, houve um momento de socialização entre as participantes, profissionais da unidade de saúde e discentes, no qual desmistificou-se preconceitos acerca de pontos negativos do procedimento de PCCU -como dor e sangramentos-, da transmissão do vírus, além de outros cuidados necessários à saúde feminina, no que diz respeito à saúde mental e física. Diante do exposto, os resultados apontam a aceitação e compreensão das participantes acerca da atividade realizada visto que participaram de forma ativa e espontânea, demonstrando interesse em sanar dúvidas, bem como consolidar os saberes explanados. Além disso, com o incentivo à emancipação feminina diante dos paradigmas e do modelo assistencial com foco na doença, foi possível instigar o desenvolvimento de novas perspectivas acerca da sua individualidade e do contexto biopsicossocial, o que proporcionará um avanço relevante no que concerne à qualidade de vida. Por conseguinte, é necessário potencializar o debate e ações pertinentes à saúde da mulher de forma contínua no âmbito da atenção primária, a fim de prestar-lhes assistência antecipadamente em um processo de doença, fortalecendo a educação em saúde e globalizando sua adesão entre os profissionais.