496: Práticas curriculares para formação profissional em saúde
Debatedor: Maria Jacqueline Abrantes Gadelha
Data: 30/10/2020    Local: Sala 05 - Rodas de Conversa    Horário: 16:00 - 18:00
ID Título do Trabalho/Autores
9510 RELATO DE EXPERIÊNCIA A PARTIR DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS PELOS ACADÊMICOS DO PRIMEIRO SEMESTRE DO CURSO DE FISIOTERAPIA
Nathália Arnoldi Silveira, Mylena Stefany Silva dos Anjos, Themis Goretti Moreira Leal de Carvalho

RELATO DE EXPERIÊNCIA A PARTIR DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS PELOS ACADÊMICOS DO PRIMEIRO SEMESTRE DO CURSO DE FISIOTERAPIA

Autores: Nathália Arnoldi Silveira, Mylena Stefany Silva dos Anjos, Themis Goretti Moreira Leal de Carvalho

Apresentação: O presente trabalho foi realizado a partir de experiências vivenciadas durante o acompanhamento dos acadêmicos do primeiro semestre do curso de fisioterapia da Universidade de Cruz Alta. O curso de fisioterapia existe desde 1985, tem duração de dez semestres e possui convênio com instituições públicas e privadas fazendo com que os acadêmicos atuem na comunidade entrando em contato direto com diversas áreas de atenção à saúde desde o início do curso. Por meio dos estágios curriculares os alunos são inseridos em projetos de pesquisa e extensão desenvolvendo ações que possibilitam ao aluno a interação com diferentes grupos sociais, e com diferentes instituições conveniadas a universidade. Descrição da experiência Trata-se de um projeto de extensão, no qual trinta acadêmicos da disciplina deApresentação: A Fisioterapia - 1º/2019 conheceram o campo de trabalho dos estagiários do último ano do curso de fisioterapia, através de atividades assistidas nas seguintes áreas: 1)Estágio em leitos e intensivismo (UTI); 2)Estágio ambulatorial em Traumato-Ortopedia; 3)Estágio em Reabilitação  Cardiometabólica da Unidade de Terapia Renal; 4)Estágio ambulatorial em  Neurologia, ambos situados junto ao Hospital São Vicente  de  Paula de Cruz Alta (RS); 5) Estágio em Dermato-funcional no Laboratório  de  Fisioterapia/UNICRUZ; 6) Estágio em Equoterapia  e Cinoterapia (projeto de extensão da UNICRUZ); 7)Estágio em Saúde do Idoso no Asilo Santo Antônio de Paula; 8) Estágio em Saúde Coletiva no ESF Acelino Flores/Cruz Alta. Os acadêmicos estagiários foram preceptores de dois acadêmicos do primeiro semestre e foram acompanhados ao longo do decorrer do primeiro semestre do ano de 2019. Cada área de estágio era composta por seis acadêmicos estagiários. Conforme a área acompanhada, era possível observar de 3 a 4 pacientes atendidos por estagiário. Os estágios aconteciam no período da manhã, tarde e interturno. Durante as atividades os acadêmicos do primeiro semestre tiveram a oportunidade de conhecer a prática dos estagiários e os procedimentos que são realizados aos pacientes em todas as áreas, Impactos A oportunidade permitiu aos ingressantes no curso de Fisioterapia expandir a concepção em relação, não só das áreas de estágio assistidas, mas da profissão como um todo, e ter noção da importância da mesma, não só frente às teorias estudadas em sala de aula e que podem ser realizadas a um paciente, mas como podemos ajudá-lo de forma a melhorar a sua qualidade de vida, e vê-lo globalmente. Na graduação este tipo de acompanhamento, desde o início do curso é fundamental aos acadêmicos iniciantes para se ter uma maior clareza dos tipos das terapias propostas. Considerações finais: A experiência adquirida por meio do acompanhamento dos acadêmicos do primeiro semestre para com os estagiários do curso de Fisioterapia proporcionou vivenciar ao longo do decorrer do estágio a realidade de várias rotinas de estágio, com diferentes populações de pacientes, cada um com sua característica, oportunizando uma vivência no campo de atuação do profissional Fisioterapeuta. A partir do acompanhamento, os acadêmicos ingressantes obtiveram a oportunidade de aumentar os seus conhecimentos em relação às patologias, e entre outros aspectos.

10426 ENTRE ROSAS E ESPINHOS: o que se produz na atividade do estagiário em Psicologia do Trabalho.
Ivani de Sousa Moita, Marilza da Silva Ferreira, Claudia Osorio Silva, Ana Paula Lopes dos Santos

ENTRE ROSAS E ESPINHOS: o que se produz na atividade do estagiário em Psicologia do Trabalho.

Autores: Ivani de Sousa Moita, Marilza da Silva Ferreira, Claudia Osorio Silva, Ana Paula Lopes dos Santos

Apresentação: Essa pesquisa de mestrado em desenvolvimento tem como tema a formação de psicólogos, com foco na experiência vivida em estágios realizados em ambientes de trabalho, na área de Recursos Humanos e outras em que o psicólogo do trabalho atua. Nosso objetivo principal é promover um debate sobre a atuação de estudantes de Psicologia que fazem estágio não obrigatório em empresas. Buscamos analisar as controvérsias da atividade em Psicologia do Trabalho, tendo o estagiário como via de entrada, e compreender como esta atividade pode ser produtora de saúde. O conceito de saúde em que apostamos é o de George Canguilhem, que concebe a saúde como normatividade. Nosso referencial teórico- metodológico é a Clínica da Atividade, uma clínica do trabalho de tradição francesa, cuja aposta é a de encontrar e instrumentalizar técnicas que tornem possível aos trabalhadores desenvolverem recursos coletivos para a ação, para que sejam, eles mesmos, capazes de transformar o trabalho, que sejam protagonistas das mudanças. Realizamos o nosso estudo com estudantes de graduação do Instituto de Psicologia (IPSI), na Universidade Federal Fluminense (UFF) em Estágio Supervisionado Específico em Psicologia do Trabalho, no Serviço de Psicologia Aplicada (SPA). Potencialmente, grande parte desses estudantes também atuava em estágio não obrigatório em empresas.Utilizamos como método um grupo de discussão, com o  qual realizamos três encontros, visando compreender as rosas e espinhos que os estudantes encontram pelo caminho, e que permeiam a experiência de estágio. Em um dos encontros, propusemos um jogo chamado “curtograma” acreditando que o jogo teve uma característica lúdica, que pode ser disparadora do diálogo. Ao longo da pesquisa, também utilizamos o recurso do diário de campo, como instrumento de análise do material que foi produzido. Durante os encontros, podemos afirmar que foi possível provocar um debate sobre o trabalho, através da troca dialógica entre os participantes, e, acreditamos que este debate gerou reflexões que podem ser transformadoras das situações de trabalho, visto que foi possível trazer a tona questões que permeiam a atividade de estágio, como a busca de autonomia, do trabalho bem feito - que pode ser fonte de saúde, os conflitos entre as exigências da formação e do estágio- que, deveriam se complementar, mas, muitas vezes, um acaba impedindo o desenvolvimento do outro, e, por fim, as controvérsias da experiência de estágio, que emergiram no debate e puderam ser desenvolvidas no coletivo que se formou.

10888 ESTÁGIO COMO PROCESSO PEDAGÓGICO: CONTRADIÇÕES NA FORMAÇÃO
Rogerio Thales Santana de Almeida

ESTÁGIO COMO PROCESSO PEDAGÓGICO: CONTRADIÇÕES NA FORMAÇÃO

Autores: Rogerio Thales Santana de Almeida

Apresentação: O presente trabalho tratar se da experiência como estagiário - estando dessa forma em um processo de aprendizado- e suas implicações ao encarar profissionais incapacitados como supervisores; e conflitos com a Instituição de origem, devido em ambos os casos, uma falta de compreensão do próprio conceito de processo pedagógico e uma insipiência da Política Nacional de Estágio. Constituindo como um relato de experiência, no qual me desdobro para compreender a desqualificação profissional, concomitantemente com o desejo desses mesmos profissionais de terem estagiários, direcionando se a uma concepção de estágio incorreta, marcado por uma hierarquia e outros aspectos; pelo próprio desconhecimento do trabalhador sobre como seria supervisionar um aluno. Em conjunto com atitudes de responsáveis pela coordenação da Instituição, no qual reproduzem a hierarquização em outro viés, o da epistemologia colocando o conhecimento do professor superior e inatingível; e principalmente o uso exacerbado do conceito de processo pedagógico em um uma lógica punitivista, isto é, em momentos de enfrentamentos e para tomar decisões arbitrárias, é usado incessamente o conceito de processo pedagógico em um perspectiva incorreta. Levando a ponderações sobre o processo de estágio;  a hierarquia da epistemologia; distorções de categorias; um obscurantismo da área de atuação e seus efeitos.

12146 A EXPERIÊNCIA DA INSERÇÃO IMEDIATA DO ACADÊMICO DE MEDICINA NO SUS E SUAS PARTICULARIDADES FRENTE AO MODELO TRADICIONAL DE GRADUAÇÃO
Ana Luiza Coelho Procópio, Daiane Nascimento de Castro, Giovanni de Souza Mota

A EXPERIÊNCIA DA INSERÇÃO IMEDIATA DO ACADÊMICO DE MEDICINA NO SUS E SUAS PARTICULARIDADES FRENTE AO MODELO TRADICIONAL DE GRADUAÇÃO

Autores: Ana Luiza Coelho Procópio, Daiane Nascimento de Castro, Giovanni de Souza Mota

Apresentação: Alinhado às proposições do Programa Mais Médicos (2013), do Governo Federal, em 2014, foram publicadas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os cursos de Medicina, objetivando reestruturar e adequar os currículos de graduação. Vale destacar que um dos grandes diferenciais das novas DCV foi a ênfase para a formação no âmbito da Saúde Coletiva e do Sistema Único de Saúde, distribuídas em três eixos temáticos: Atenção à Saúde, Gestão em Saúde e Educação em Saúde. Além disso, os projetos pedagógicos passaram a estar centrados na inserção precoce dos estudantes na rede de atenção, na ampliação do cenário de práticas para além do contexto hospitalar e no estudante como sujeito protagonista no processo de ensino- aprendizagem. No Estado do Amazonas, em 2016, foi implantado o curso de Medicina no município de Coari, situado a 433 km de distância da capital Manaus. A cidade abrange um campus da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), um campus da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), um campus do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), além de outras faculdades particulares, sendo assim um polo na área de educação do Amazonas. O projeto pedagógico do curso já foi elaborado de acordo com as DCN de 2014 e apresenta em centralidade na atenção primária à saúde, na qual os universitários têm contato prévio com a rede desde a inserção no curso. Ocorre simultaneidade entre o aprendizado em sala de aula e a aplicação destes na rede de atenção à saúde, por meio dos serviços de atenção primária, secundária e terciária. Objetivo: Apresentar a experiência da formação de um estudante de medicina em uma grade curricular baseada nas novas Diretrizes Curriculares Nacionais (2014). Desenvolvimento: Ao cursar medicina pelo projeto pedagógico reformulado, temos a inserção imediata do aluno no SUS. Essa imersão nos serviços de saúde é gradativa. A princípio ocorre um conhecimento geral a respeito do funcionamento da rede. Aprende-se sobre a fluidez que o paciente é submetido, podendo ascender da complexidade primária, à secundária ou terciária, da mesma forma que pode acontecer regressão deste. Entende-se o processo da referência e contra referência, os princípios e diretrizes do SUS, entre outros. Também ocorre conhecimento de todos os serviços prestados de acordo com o nível de atenção. Dando continuidade ao processo de inserção na rede, os acadêmicos regidos por esse novo modelo de ensino conhecem toda a equipe de profissionais atuantes no SUS, desde o Programa de Saúde da Família (PSF) até a complexidade terciária e não só o âmbito de atuação médica. As atribuições e a rotina de agentes comunitários de saúde, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas e médicos é compreendida e acompanhada pelos estudantes. Tem-se uma visão holística a respeito do paciente conhecendo de perto o ponto de vista de cada profissional da saúde. Já dentro da prática médica ocorre o conhecimento bem amplo de todo campo de atuação possível após a formação. Explora-se o atendimento básico no PSF, com a rotina de puericultura, programa de controle à hipertensão e diabetes e entre outros acompanhamentos e tratamentos possíveis no primeiro nível de atenção à saúde. No segundo nível tornam de conhecimento dos estudantes outros tipos de serviços, como os prestados em policlínica e centro de atenção psicossocial (CAPS). Nesta esfera presencia-se maior complexidade do nível de atendimento prestado, onde se faz necessário a presença de especialistas. Seguindo até o terceiro estágio de atendimento, no qual se atende os casos não resolvidos em níveis inferiores. A rotina do médico dentro do hospital é vivenciada pelos graduandos, acompanhando todos os procedimentos feitos pelo profissional, no setor de emergência, clínica cirúrgica e clínica médica (enfermaria e internação). Resultado: Nota-se melhor desenvoltura do manejo dos pacientes dentro do Sistema Único de Saúde por parte dos estudantes que têm o contato prévio de como funciona o serviço (ou seja, durante a graduação – antes do internato). Entendem melhor tanto a respeito de conhecer todos os trâmites legais quanto de familiarização com a fluidez do sistema a fim de acompanhar e encaminhar corretamente o paciente de acordo com suas necessidades. A experiência de presenciar a função que cada profissional empenha no processo de cuidado do usuário do SUS é mais um diferencial na formação médica. Os alunos submetidos ao novo modelo detêm entendimento mais amplo da situação quanto ao multiprofissionalismo. Por vezes otimizando o tratamento do paciente de acordo com o nível de atenção ao qual a equipe está inserida. Adentrando a prática médica em especifico, a vantagem de se viver essa nova estratégia em educação, é a otimização da escolha do campo de atuação do futuro médico, tornando-o mais apto a discernir qual caminho seguir depois de formado. Não se pode excluir a possibilidade de um estudante do método tradicional também ter essa visão antes do término da graduação, entretanto nota-se nestes outros alunos um diferencial. O fator discrepante é a segurança maior devido contato intenso, continuado e gradativo em todas as complexidades do SUS. Consequentemente maior tempo de práticas, acompanhando serviços que realmente o médico prestará no cotidiano. Além disso, o profissional formado pelas novas DCN é inserido em um contexto no qual ele é influenciado a ter uma visão holística do paciente, isto é, vê-lo de modo amplo, entendendo o contexto no qual este está inserido. Procura-se estreitar a relação médico-paciente desde o início a fim de que isto possa induzir possivelmente um atendimento mais humanizado quando o graduando tornar-se um profissional. Considerações finais: Ao inserir o acadêmico de medicina nos serviços do Sistema Único de Saúde, desde o seu ingresso no ensino superior, facilita o aprendizado deste em diversos pontos. Algumas situações em que esse mesmo estudante estiver inserido com outros, os quais não tiveram o mesmo contato intenso com a rede, possivelmente ele terá melhor desenvoltura. O manejo do paciente dentro do SUS, a melhor percepção de como a equipe de saúde multiprofissional pode melhorar o atendimento ao paciente, são pontos positivos que esses estudantes levam consigo. Por fim, o contato mais direto com a prática médica durante a faculdade, deixa o graduando muito mais “à vontade” para realizar consultas e procedimentos. A vivência com a rede de saúde familiariza o estudante com o que ele irá encontrar no dia a dia após a formação. Essa experiência prévia diminui o medo de atuar sozinho e encoraja-o a sempre buscar mais conhecimento tanto teórico quanto prático.

10310 A PRÁTICA COTIDIANA COMO CENÁRIO DE APRENDIZAGEM PERANTE O FUNCIONAMENTO DA REDE CEGONHA
Natasha Maranhão Vieira Rodrigues, Alexandra Pereira Lucena, Eva Rita Ribeiro Medeiro Maia, Maysa Rodrigues de Farias, Júlia Fialho Cauduro, Carla Grisolia, Rômulo Geisel Santos Medeiros, Celsa da Silva Moura Souza

A PRÁTICA COTIDIANA COMO CENÁRIO DE APRENDIZAGEM PERANTE O FUNCIONAMENTO DA REDE CEGONHA

Autores: Natasha Maranhão Vieira Rodrigues, Alexandra Pereira Lucena, Eva Rita Ribeiro Medeiro Maia, Maysa Rodrigues de Farias, Júlia Fialho Cauduro, Carla Grisolia, Rômulo Geisel Santos Medeiros, Celsa da Silva Moura Souza

Apresentação: No início do século XXI, o Brasil contava com altas taxas de mortalidade materno-infantil mesmo após anos de sucessivas quedas. Para cumprir os objetivos de redução dessas taxas, o Ministério da Saúde implantou em 2011 a Rede Cegonha, com intenção de redirecionar a atenção à saúde materno-infantil e proporcionar, também, atendimento de qualidade, seguro e humanizado. Para que essa meta seja alcançada, são necessários o comprometimento e a educação dos profissionais atuantes na área. O conhecimento não sendo apenas na teoria de seus princípios, diretrizes e objetivos, mas compreendendo como percorrer nela, sabendo referenciar, contra-referenciar e agir complementarmente entre os níveis de atenção, identificando as falhas nesse processo para planejar soluções e formas de atuação. Em conforme com esse pensamento, acadêmicos do segundo período de medicina da Universidade Federal do Amazonas fizeram visitas à unidade básica de saúde (UBS), ambulatório e maternidades a fim de caminhar pela rede e compreender o funcionamento dela através de questionários respondidos pelos profissionais presentes, além de estudar a portaria nº1.459 de junho de 2011, a caderneta da gestante e cadernos de atenção à saúde. Objetivo: Relatar a vivência das visitas realizadas comparando os achados com as normativas vigentes. Desenvolvimento: Durante o perído de março e junho de 2019, ocorreram as visitas técnicas acompanhando o cotidiano prático das unidades visitadas, organizadas de modo a compreender como uma usuária caminharia pela rede. Começando pela atenção básica, seguindo por um acompanhamento especializado em casos de gravidez de alto risco, com a chegada até a maternidade e depois a volta à UBS. A prática ocorreu nas seguintes etapas. 1ª) Observação da realidade, em que o estudante, em cada unidade é convidado a refletir sobre a temática direcionada aquele local específico e o confronto com as normativas. Como forma de motivação e de despertar a curiosidade baseado no cotidiano visualizado como fato real. 2ª) Destaque dos pontos-chaves da rede por meio de questionamentos com roteiros direcionados aos gestores, profissionais e usuários que proporcionem a reflexão dos estudantes. Levados a pensar sobre as possíveis causas da existência de problemas quando verificados e sobre se as normativas são aplicadas e a unidade consegue proporcionar ao usuário um atendimento de qualidade.  3ª) A teoria propriamente dita é apresentada e confrontada com a prática cotidiana realizada nas unidades. Então, os acadêmicos elaboraram um seminário sobre os conhecimentos adquiridos, assim como os problemas e entraves encontrados. Sendo apresentado para docentes, discentes e representantes da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus. Essa fase ocorre em conjunto com as últimas duas. 4º) O levantamento de hipóteses para identificar os motivos das falhas e verificar quais os indicadores de saúde podem influenciar esse tipo de atendimento. 5º) A geração de possíveis soluções com sugestões aos problemas diante das observações relatadas. Além disso, são fornecidos materiais complementares (folder, links para sites e vídeos), com os quais os estudantes montaram orientações simples embasadas nas normativas vigentes para o acompanhamento do pré-natal e da puérpera pelo sistema único de saúde. Resultado: O recurso de ensino adotado, aulas práticas por espaços que atendem a rede cegonha, teve como um dos objetivos despertar o olhar crítico e assimilação do aluno, de forma que este tivesse um conhecimento amplo tanto teórico quanto prático desta rede de atenção. Igualmente, ao serem inseridos nas instituições de saúde, os discentes tiveram a oportunidade de observar funcionamento da rede com suas particularidades e desafios próprios da cidade de Manaus, capital do Estado do Amazonas. Apenas no nível da atenção básica, nota-se um grande entrave, a baixa cobertura no atendimento a gestantes, levando a um pré-natal inadequado ou ausente, junto a uma alta evasão às consultas no último trimestre da gestação, e no caso de algumas usuárias da rede, a ausência de vinculação à maternidade. Já na alta complexidade, o problema que mais se destaca é a baixa disponibilidade de leitos, diversos profissionais relataram o fenômeno de ‘peregrinação’, que consiste na procura por leito durante o pré-parto devido ao déficit na capacidade de atendimento das maternidades. Ao tratar-se do Estado do Amazonas, um grande objetivo da rede cegonha é reduzir a razão de morbimortalidade materna, e foi observado um decréscimo de 109,9 em 2009 para 78,8 em 2015. Mesmo com a maioria das mortes e complicações ocasionadas pela gravidez preveníveis com o pré-natal, observou-se cobertura não abrangente. Além disso, para um pré-natal efetivo, é necessário a realização de no mínimo 6 consultas, entretanto, muitos usuários abandonam esse acompanhamento, sendo este então caracterizado fora dos padrões da OMS. Visando aumentar a cobertura de usuários pela rede cegonha, observa-se visível acessibilidade, sendo a porta de entrada a unidade básica de saúde (UBS), com atendimento obrigatório de qualquer usuário, mesmo os que estão fora da cobertura determinada pela UBS. As atividades prático-teóricas foram importantes no processo de formação dos alunos, com a compreensão do funcionamento de cada nível de complexidade da rede cegonha - desde o momento inicial na UBS ao final na maternidade - e somado a isso, a conduta do profissional médico na UBS, que deve ser realizada de forma humanizada, fato que favorece  vínculo dos usuários no sistema e, portanto, melhor qualidade de vida do mesmo. Considerações finais: Assim, entre os diversos benefícios provenientes da vivência, a construção da consciência crítica dos acadêmicos obteve destaque, pois a experiência permitiu a reflexão de dificuldades como a cobertura da UBS, a vinculação à maternidade, o rastreamento das gestantes que abandonam o pré-natal, a logística de transporte, bem como a efetividade da rede em frente a tais adversidades. Pôde-se notar que a organização da Rede Cegonha a nível local, no que tange o cumprimento de seus princípios e diretrizes, deve sofrer diversas melhorias no intuito de fornecer o atendimento de máxima qualidade aos usuários. Para tal, a construção de casos baseados em contextos reais foi necessária, a fim de que os elementos pudessem suscitar reflexões plausíveis e aplicáveis ao cotidiano. Isso implica, também, que o conteudista teorize dialogando com cenários possíveis ou prováveis, a partir dos aspectos da realidade e, mais especificamente, do SUS. Observa-se que tal apresentação foi mais proveitosa por ser direcionada à equipe que coordena o funcionamento da rede em questão, possibilitando a visualização da perspectiva do usuário ao ser conduzido através dos níveis de atenção durante o parto e o puerpério. Em decorrência, esses profissionais tiveram conhecimento das questões específicas para realizar alterações no sistema, de modo a haver ações pontuais e mais eficazes ao aprimoramento da atenção à população. 

11941 ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE ATENÇÃO Á SAÚDE DA UEA NA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE ABERTA DA TERCEIRA IDADE – FUNATI/AM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Râmyla Leitão Resk

ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE ATENÇÃO Á SAÚDE DA UEA NA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE ABERTA DA TERCEIRA IDADE – FUNATI/AM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Râmyla Leitão Resk

Apresentação: A odontologia geriátrica foi definida como ramo da odontologia que sobreleva o cuidado bucal da população idosa, especificamente tratando do atendimento voltado para a prevenção e cura de pacientes com doenças ou condições de caráter sistêmico e crônico associado a problemas fisiológicos, físicos ou patológicos. O modo como se aborda pacientes geriátricos difere daquele dirigido ao público em geral, respectivo a alterações fisiológicas que com frequência predispõe os mesmos, condições características do envelhecimento. A Universidade Aberta da Terceira Idade (FUNATI) em Manaus, AM tem como propósito a integração da população da terceira idade culturalmente e socialmente, incentivando a prática de diversas atividades sob a orientação de profissionais qualificados. A FUNATI dispõe de uma área bem localizada e estruturada para receber os alunos idosos, são disponibilizadas salas de aula climatizadas, devidamente divididas e organizadas. Na área educacional são oferecidos cursos de inglês, espanhol, informática, artesanato, música, fotografia e violão. Possui uma extensa área de lazer com mesas de jogos, onde os idosos podem sentar conversar. Na área externa também são oferecidas aulas de natação, hidroginástica, aulas de dança, como também passeios externos fora da universidade. A FUNATI possui uma Policlínica com salas, para atendimento médico, de enfermagem, odontológico, de fisioterapia, nutricionista, psicologia, oftalmologista e outros. No ano de 2019, nos meses de Agosto à Novembro a disciplina de estágio supervisionado em atenção à saúde da Universidade Estadual do Amazonas (UEA) levou acadêmicos do 8º período do curso de Odontologia, juntamente com uma professora preceptora para atividades extramurro na FUNATI, dando-lhes a oportunidade de vivenciar e colocar em prática os conhecimentos em educação em saúde bucal, promoção e prevenção, bem como a abordagem e tratamento odontológico a esta população.  Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência única vivida pelos alunos da disciplina de Estágio Supervisionado de atenção à saúde do curso de odontologia da Universidade do Estado do Amazonas, em suas atividades práticas, educacionais e clínicas na FUNATI. O objetivo da disciplina Estágio de Atenção à saúde é desenvolver aplicabilidade e habilidades práticas dos conhecimentos necessários ao profissional da Odontologia, o estágio possibilita ao aluno de graduação, o conhecimento dos princípios, objetivos e diretrizes do Sistema Único de Saúde – SUS, o conhecimento das políticas públicas propostas e implementadas pelas diversas esferas de governo para o setor de saúde bucal, com participação em atividades multiprofissionais, a partir dos diferentes níveis de complexidade. O estágio supervisionado é um elemento fundamental no crescimento profissional do aluno, pois ele possibilita atividades inseridas no movimento de renovação do ensino odontológico, priorizando a inserção dos acadêmicos precocemente em locais corriqueiros de trabalho no SUS. O extramuro tem o intuito de executar um método de ensino que simplifique ao aluno analisar e adotar uma aproximação integral do processo saúde-doença com realce na Atenção Básica, traçar metas idealizando ações preventivas e curativas para a população, oferecendo a esses acadêmicos uma oportunidade de uma vivência ímpar, recheada de conhecimentos e experiências surpreendente no contexto dos serviços de saúde. Ou seja, essa estratégia pedagógica forma profissionais capacitados e completos para integrar de forma humana e qualificada o SUS. Os alunos foram divididos em duas equipes, uma equipe trabalhava a parte da educação em saúde bucal com palestras, rodas de conversa e abordagem na sala de espera, a outra realizava os atendimentos odontológicos no consultório, alternando a cada semana. Nas palestras foram abordados os seguintes temas: higiene bucal, lesões do tecido mole, prevenção do câncer bucal, xerostomia, halitose, cárie e doença periodontal, troca, manutenção e higiene da prótese dentária, e orientação ao autoexame bucal com foco na prevenção do câncer bucal.  Para essas atividades foram utilizados banners, datashow, cartazes e macromodelos. No atendimento clínico foram realizados procedimentos odontológicos como profilaxias, raspagem supragengival por sextante, restaurações de dentes anteriores e posteriores. Os pacientes que apresentavam casos mais complexos foram encaminhados para a Policlínica Odontológica e para o CEO da UEA. No último dia de encerramento das atividades acadêmicas da disciplina foi realizada uma palestra final no auditório principal com distribuição de kits de higiene oral, onde os idosos tiveram a oportunidade de esclarecer suas dúvidas, bem como falar da experiência que tiveram, de como foi proveitosa a presença da disciplina na FUNATI, durante o período. No primeiro contato, os acadêmicos foram recebidos pelo reitor da FUNATI, onde foi realizada a apresentação dos departamentos e serviços oferecidos, bem como dos profissionais que ali trabalham, dando total liberdade e apoio para os alunos realizarem suas atividades. A disciplina também visa possibilitar a participação do aluno de graduação no diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação das ações e serviços de saúde bucal na atenção básica, e que conheça o sistema de atenção à saúde bucal, trabalhando em policlínicas, centros e postos de saúde, ambulatórios e demais serviços, com vistas ao crescimento de suas habilidades técnicas, de sua autoconfiança, da sua capacidade de diagnóstico e planejamento clínico, com vistas ao desenvolvimento de seu senso crítico e ético, frente à realidade da prática em odontologia. O feedback de todos os alunos que participaram dessa atividade extramuro, demonstrou enorme admiração e vontade de ingressar na odontologia voltada a esse público e a atenção básica de saúde. Dando ênfase para o quão engrandecedor foi para eles terem essa oportunidade de deslumbrar novos horizontes. Ao fim da vivência foi nítido e notório o sentimento de satisfação e crescimento pessoal e profissional que estes acadêmicos tiveram, além do fato de desenvolverem uma sensibilidade maior para atender, lidar com a realidade no atendimento aos idosos. Houve um retorno positivo dos pacientes idosos, que puderam trocar experiência e conhecimentos com os alunos, colocando em prática a higiene bucal adequada a ser realizada. Foram relatadas em algumas de suas falas que, por falta de conhecimento, sua higiene bucal era feita de forma insatisfatória e que agora com o conhecimento que eles dispõem, se sentem mais seguros em realizá-la. Com isso, destaca-se o incentivo a uma melhor saúde bucal e qualidade de vida nesta população. Este relato nos mostra a importância de possibilitar uma sólida formação teórica do aluno de graduação de odontologia, não só nas disciplinas de ciências biológicas e da saúde e clínicas odontológicas, mas também nas ciências humanas e sociais, com os conteúdos referentes às diversas dimensões da relação indivíduo-sociedade, que contribui para uma maior compreensão dos determinantes sociais, e o torna capaz de fazer leituras críticas da realidade e para um melhor enfrentamento dos problemas individuais e coletivos da saúde bucal. Vimos à importância da inserção dos acadêmicos do Curso e odontologia da UEA no serviço da Policlínica da FUNATI, a qual contribuirá para uma formação acadêmica mais integral e de qualidade.

12222 VIVÊNCIAS DE ACADÊMICOS DE MEDICINA FRENTE A REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: UMA ABORDAGEM TEÓRICO-PRÁTICA
Luanna Moreira Da Silva, Davi Gabriel Barbosa, Rodrigo Alex De Souza Galdino, Débora Filgueira Machado, Brenda Melo Costa, Ana Clara Matos Costa, Letícia Lima Branco, Daniel Oliveira Da Costa

VIVÊNCIAS DE ACADÊMICOS DE MEDICINA FRENTE A REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: UMA ABORDAGEM TEÓRICO-PRÁTICA

Autores: Luanna Moreira Da Silva, Davi Gabriel Barbosa, Rodrigo Alex De Souza Galdino, Débora Filgueira Machado, Brenda Melo Costa, Ana Clara Matos Costa, Letícia Lima Branco, Daniel Oliveira Da Costa

Apresentação: A Reforma Psiquiátrica possibilitou um novo modelo de assistência na saúde mental pautado no processo de desinstitucionalização dos manicômios e no reconhecimento da cidadania da pessoa com transtorno mental. Desde então, políticas públicas foram criadas para aprimorar a assistência de pessoas comprometidas psicologicamente, como a criação do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) considerado uma estratégia inovadora de tratamento e acolhimento em saúde mental, tendo como objetivo a busca por novas tecnologias baseadas no cuidado e na humanização das relações entre a pessoa com transtorno mental, sua família e a sociedade, proporcionado um ambiente de inclusão social e respeito aos direitos humanos. Contudo, esses programas são normalmente desconhecidos pelos profissionais de saúde o qual, por vezes, acreditam que os hospitais de emergência psiquiátrica são os únicos recursos disponíveis para o atendimento desses pacientes, prejudicando o direcionamento dessas pessoas nos serviços de saúde e fomentando o descumprimento de princípios do Sistema Único de Saúde como a universalidade a qual determina que todos os cidadãos brasileiros, sem qualquer tipo de discriminação, têm direito às ações e aos serviços de saúde. Assim, objetiva-se relatar a experiência da vivência de estudantes de medicina em uma visita a um CAPS III em Belém (PA). Desenvolvimento: O estudo trata-se de um relato de experiência baseado na vivência de acadêmicos de medicina frente à realização de uma atividade referente ao Componente Curricular Humanidades Médicas que tinha como intuito a abordagem do eixo Saúde Mental de uma turma do curso de medicina da Universidade do Estado do Pará. Cada grupo responsabilizou-se por determinar um tema dentro do eixo a ser trabalhado. A partir disso, realizou-se uma pesquisa bibliográfica a qual foi decidido abordar os serviços de saúde disponíveis no SUS em Belém (PA) para pessoas psicologicamente comprometidas. Posteriormente, ocorreu uma visita dos acadêmicos a um CAPS III onde eles puderam observar o funcionamento do serviço, além de comparar o que é idealizado pelo Ministério da Saúde com o que é de fato efetivado. Por fim, houve a exposição dos achados por meio de uma educação em saúde voltada aos demais discentes do curso. Resultado: Observou-se, primeiramente, a falta de conhecimento dos acadêmicos sobre a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e suas características. Sobre a visita ao CAPS III, houve a desconstrução do estereótipo relacionado ao ambiente percebido no CAPS o qual, por vezes, é associado a imagens negativas acerca da saúde mental. No contraponto entre teoria e prática, grande parte das atividades propostas na Rede de Atenção Psicossocial são efetivadas na realidade do CAPS em questão, como oficinas terapêuticas e atividades recreativas, sendo uma realidade que, no entanto, não esteja presente na maioria dos CAPS. Considerações finais: Possibilitou-se conhecer a aplicação da RAPS a partir da visão dos acadêmicos baseada em uma pesquisa bibliográfica complementada com uma visita a um CAPS III de Belém (PA). Destacou-se também o papel estratégico exercido pelos CAPS ao superar a prática manicomial e a imagem negativa relacionada a expressão social da saúde mental, além de configurar-se como um serviço territorial e comunitário de saúde pública.

9305 DA CADEIRA PARA O QUADRO BRANCO: MONITORIA ACADÊMICA E O SEU IMPACTO NA VIDA DO DISCENTE
ANDRESSA RAFAELA AMADOR MACIEL, JOYCE SOUZA LIMA, ALESSANDRA MARIA DE MELO CARDOSO, THAYNÁ GABRIELE PINTO OLIVEIRA, SÔNIA MARA OLIVEIRA DA SILVA, HALLESSA DE FÁTIMA DA SILVA PIMENTEL, KÁTIA SILENE OLIVEIRA E SILVA, CAROLINE DRIELLE DOS SANTOS OLIVEIRA

DA CADEIRA PARA O QUADRO BRANCO: MONITORIA ACADÊMICA E O SEU IMPACTO NA VIDA DO DISCENTE

Autores: ANDRESSA RAFAELA AMADOR MACIEL, JOYCE SOUZA LIMA, ALESSANDRA MARIA DE MELO CARDOSO, THAYNÁ GABRIELE PINTO OLIVEIRA, SÔNIA MARA OLIVEIRA DA SILVA, HALLESSA DE FÁTIMA DA SILVA PIMENTEL, KÁTIA SILENE OLIVEIRA E SILVA, CAROLINE DRIELLE DOS SANTOS OLIVEIRA

Apresentação: A proposta de monitoria dentro das universidades, centros universitários e afins; visa transformar o processo de ensino-aprendizagem por meio do próprio discente, o qual pode atuar como monitor e aperfeiçoar o conhecimento adquirido nos semestres já concluídos. Assim, será possível ter base teórico-prática para construir um pensamento crítico-reflexivo do que foi aprendido e de que forma irá ensinar. A monitoria acadêmica permite a troca de conhecimento e construção de perfil profissional por meio do público e principalmente como o auxílio do professor orientador. Objetivo: Descrever a experiência na monitoria da disciplina Conhecimentos e Métodos do Cuidar em Enfermagem, vinculada a Universidade da Amazônia – UNAMA. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, vivenciada no período de abril a junho de 2019. A vivência como aluno-monitor é considerada uma experiência exitosa e desafiante, já que existe o processo de adaptação ao estilo de vida: “ensinar”, que para isso é preciso que o monitor saia da cadeira e se dirija ao quadro para instruir a turma e sanar dúvidas. O monitor é o protagonista da sua carreira pré-profissional, uma vez que este deve colocar em prática o conhecimento técnico-científico, realizar atividades operacionais de ensino-aprendizagem e construir planejamentos. As atividades laborais do monitor na disciplina de conhecimento e métodos de enfermagem estão relacionadas ainda em discussões sobre casos clínicos, aplicação correta do processo e Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), teorias de enfermagem e outros. Ao término da disciplina, o monitor precisa entregar um relatório e diversos documentos competentes às atividades realizadas no período atuante. Resultado: Os resultados provenientes da experiência da monitoria podem ser definidos pela seguinte tríade: aprendizado-ensino-prática. Através desta tríade a monitoria proporciona ainda requisitos como, comprometimento com si e o outro, responsabilidade, esforço, dinâmica de equipe e escuta qualificada. Considerações finais: Infere-se que a vivência da monitoria é uma forma de inovar a busca do discente pelo o que ele realmente almeja ser dentro do contexto da profissão enfermagem. Por meio da monitoria, o monitor consegue desenvolver amadurecimento acadêmico e profissional, o que posteriormente irá gerar um impacto positivo sobre a dinâmica de grupo no espaço do trabalho, uma vez que o monitor é proativo, colaborador, líder e solícito. Aquém do exposto, a monitoria na disciplina de Conhecimento e Métodos do Cuidar em Enfermagem permite a aproximação do discente com a base cientifica do cuidado, por meio desta disciplina o monitor irá repassar a importância de utilizar o processo e sistematização de enfermagem, não de forma pré-estabelecida, mas dinâmica, resolutiva, crítica e reflexiva. A monitoria na disciplina em questão permite o desenvolvimento das habilidades: pensamento crítico e julgamento clínico.

9560 TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE: AApresentação: DE UMA DISCIPLINA AO CURSO DE ENFERMAGEM
Antonio Simeone Correia Leitão, Ana Karoline Cordeiro Maia, Yasmin Maria Pereira Lima, Yasmin Epifânio de Souza, Elielza Guerreiro Menezes

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE: AApresentação: DE UMA DISCIPLINA AO CURSO DE ENFERMAGEM

Autores: Antonio Simeone Correia Leitão, Ana Karoline Cordeiro Maia, Yasmin Maria Pereira Lima, Yasmin Epifânio de Souza, Elielza Guerreiro Menezes

Apresentação: A tecnologia estuda os métodos que envolvem uma determinada área do conhecimento humano e a transformação disso em uma ferramenta. Essas ferramentas podem ser utilizadas pelas mais diversas áreas para resolução de problemas, eficientização de resultados e criação de novos métodos de execução, onde surge a inovação. A área da saúde não se mostra obsoleta neste processo, começando pelos registros eletrônicos e passando, atualmente, pelas tecnologias de informação e comunicação criadas para tornar o atendimento mais eficiente. A abordagem desses assuntos dentro do ensino superior, então, se faz necessária, instigando os alunos a repensarem o modo de fazer saúde. Com isso, foi elaborada uma nova disciplina, chamada Tecnologia e Inovação em Saúde, incluída no Curso de Enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas - UEA como matéria optativa. Objetivo: Desta forma, tem-se por objetivo a descrição das atividades e experiências vividas dentro da disciplina optativa Tecnologia e Inovação em Saúde do Curso de Enfermagem da UEA sob a visão de seus acadêmicos. Método: Este estudo se baseia em uma estratégia descritiva da vivência dos acadêmicos da UEA. Resultado: A disciplina de caráter pioneiro, apresentou as possibilidades do uso da tecnologia dentro da saúde, através da construção coletiva de projetos de proposta inovadora em sala de aula e possibilidades de empreender na área. Desta forma, houveram aulas sobre: empreendedorismo e inovação; hardwares, softwares, aplicativos web e aplicativos móveis; desenvolvimento do Modelo de Negócio Canvas, conceito de Pitch de Negócios, apresentação da proposta de valor; propriedade intelectual, patentes e marcas. Ao final, poderam-se observar projetos destinados as mais variadas áreas da enfermagem: pediatria, gerontologia, saúde da família e semiologia. E ainda, com formatos diversificados incluindo: aplicativos mobile, aplicativos web e softwares. Mas com propostas variadas e igualmente importantes como: aumentar o acesso do paciente a informação, tornar o atendimento mais eficiente e proporcionar melhor autocuidado. Resultado: A utilização de novas abordagens dentro da formação do acadêmico de enfermagem fica evidenciada. Fazer com que o aluno repense as formas utilizadas para fazer saúde, ainda dentro da academia, tornando-se agente da transformação, aumenta o poder de inovação da área, alcançando ainda uma população cada vez mais conectada e informada.

9692 VIVÊNCIAS DE ACADÊMICOS DE MEDICINA NA AULA PRÁTICA DE SAÚDE COLETIVA NO AMAZONAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Danielle Fernanda Silva, Daniellen Cristina Sousa, Felipe Correia Maia, Giesy Barros Lopes, Bahiyyeh Ahmadpour

VIVÊNCIAS DE ACADÊMICOS DE MEDICINA NA AULA PRÁTICA DE SAÚDE COLETIVA NO AMAZONAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Danielle Fernanda Silva, Daniellen Cristina Sousa, Felipe Correia Maia, Giesy Barros Lopes, Bahiyyeh Ahmadpour

Apresentação: O referido relato de experiência trata-se de aulas práticas da disciplina de Saúde Coletiva I que acontece no primeiro semestre do curso de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), envolvendo a comunidade acadêmica e o corpo social. Os alunos, no total foram treze acadêmicos, realizaram encontros semanais no segundo semestre de 2019 com o grupo “Nova Vida”, na Escola Municipal Santo Agostinho no bairro Santo Agostinho em Manaus. Este grupo se reúne há vinte e dois anos, sendo formado por setenta pessoas, em sua maioria mulheres com idade avançada que buscam compartilhar suas experiências, vivências e praticar atividades físicas. As integrantes do grupo conhecem umas às outras, mantendo relações de amizade e cumplicidade entre elas. A interação entre os alunos e as idosas acontece toda quinta-feira, às 14 horas, sendo que esta é a segunda turma da UFAM que assume a responsabilidade de levar oficinas e conteúdo para enriquecer os encontros. O objetivo da disciplina é o de proporcionar aos alunos o primeiro contato com a comunidade, expondo o processo de saúde-doença e como ele se relaciona com o território, dessa forma, tornando possível conhecer e transformar a realidade social vigente, por meio de ações educativas de autoconhecimento, reflexão, promoção da saúde e, principalmente, conteúdos relacionados à atenção básica e a prevenção de doenças. Desenvolvimento: Para iniciar as aulas/oficinas foi realizado uma dinâmica chamada de “topografia”, onde a cada pergunta, os participantes e alunos misturados deveriam se movimentar pelo espaço, em que um lado correspondia ao “sim”, e o outro ao “não”. A partir disso, com perguntas envolvendo o universo da saúde do idoso, foi possível descobrir temas relevantes, que viriam a fazer parte das próximas atividades. Dentre eles, pode-se destacar: saúde mental, solidão, saúde sexual na terceira idade, ISTs plantas medicinais da Amazônia, prevenção ao câncer de mama e de colo de útero. As atividades funcionaram da seguinte maneira: o grupo de alunos foi dividido, de forma que, para cada encontro 3 ou 4 acadêmicos ficavam responsáveis pela pesquisa teórica e por transmitir o conhecimento aos idosos. Vale ressaltar que havia a preocupação de se fazer entender, buscando uma linguagem simples e acessível. Visto isso, foram realizadas rodas de conversa, oficinas de musicoterapia, exposição de plantas medicinais e suas propriedades, dinâmicas visuais e participativas, além de exercícios físicos e dança. É importante destacar que as idosas demonstravam interesse pelo próprio bem-estar, tendo em vista que se empenhavam em participar dos encontros mesmo com as condições ambientais e culturais em que estavam inseridas. Entretanto, durante a realização deles, dificuldades foram encontradas, como a falta de um ambiente propício para a realização das atividades e a comodidade. Muitas se queixavam de calor exaustante fator predeterminante e que maximiza problemas como a irritabilidade, fraqueza muscular, desidratação, câimbras e alterações neurológicas. Essa situação fazia com que várias delas faltassem ao encontro. Uma questão pertinente foi a acessibilidade, pois por se tratar de um bairro afastado, o transporte público é deficiente e inviável, necessitando de maiores investimentos em mobilidade para que as ações de saúde possam atingir essa comunidade. Nesse âmbito, foram observados conceitos compreendidos nas aulas teóricas da disciplina –  Determinantes Sociais de Saúde – já que se trata de um bairro periférico cuja situação econômica e urbana implica vários fatores de risco para a saúde dessa população: o transporte precário obriga as idosas a se locomoverem por longas distâncias indevidamente – a pé – impactando diretamente em sua saúde; também, durante o percurso, elas ficam expostas às más condições de saúde como esgoto a céu aberto, lixos jogados pelas ruas e animais transmissores de doenças – ratos, mosquitos e baratas. Nesse quesito, foi possível um olhar atento para um princípio específico do SUS: a Integralidade. Dessa forma, o indivíduo foi analisado como a soma dos aspectos biológicos, psicológicos e socioculturais, visto que o meio pode incentivá-lo ou limitá-lo ao acesso à saúde de qualidade. Nas atividades realizadas, buscou-se sempre levar em consideração as limitações físicas do público alvo, assim como as eventuais variações de participantes em decorrência de eventos externos – chuva, calor extenuante ou problemas pessoais. Em virtude disso, praticou-se a flexibilidade e adaptabilidade das ações de saúde, uma vez que um agente de saúde precisa ter a compreensão de que, apesar do planejamento da atividade, na data de realização pode ocorrer limitações de espaço, de pessoas, de material, e é preciso criatividade para fazer o melhor nas precárias condições disponíveis. Nesse sentido, os alunos desenvolveram habilidades de lidar com imprevistos e com situações individuais como a exaustão física que impediam algumas de continuarem desenvolvendo as atividades propostas pelos alunos. Resultado: Os resultados podem ser observados por dois ângulos: o primeiro, do ponto de vista dos alunos, houve a assimilação prática de conceitos de extrema relevância para uma boa conduta médica, sendo eles os conceitos de Determinantes Sociais da Saúde e Educação em Saúde - além de adentrar a comunidade, observar seu funcionamento e suas dinâmicas, indo além da abordagem convencional centrada em exterminar a doença, mas entendendo o processo saúde-doença a começar buscando e zelando pelo bem-estar no âmbito individual e social, com o intuito de abranger todo o seu entorno. Por outro lado, na perspectiva dos idosos (a partir de avaliação oral realizada no último dia das oficinas), os impactos decorrem em suas vidas, de modo que o conteúdo debatido nas oficinas pode ser útil para o seu dia a dia, esclarecendo dúvidas, ou mesmo, provocando-as. Além disso, o convívio social entre os participantes e os alunos geram laços que contribuem para a formação de uma rede de apoio que vai além da família, gerando amizades e vínculos que estabelecem o bem-estar social. > Conclusão: Após a experiência e vivência das práticas, é consenso entre os alunos o quanto foi edificante o primeiro contato com pessoas do ponto de vista acadêmico, visto que o objetivos da disciplina foram atingidos em sua maior parte: gerando a conexão entre academia e comunidade, levando para a comunidade educação em saúde, a qual retorna para o lado sensível dos alunos, expostos ao território, suas limitações e fatores determinantes na saúde. Entretanto, apesar dos muitos aspectos positivos, ainda existem desafios para a melhor realização das atividades durante os encontros, principalmente no que diz respeito ao transporte público, às condições sanitárias do percurso e o local em que são praticadas as atividades. Sendo assim, urge que projetos que se enquadram no princípio da integralidade do SUS e seu caráter polissêmico sendo eles sociopolíticos, econômicos e culturais, sejam desenvolvidos tanto de forma governamental quanto não governamental com intuito de gerar lazer, saúde e educação para a comunidade cuja realidade as idosas estão inseridas.

9850 AULAS DE PSICOLOGIA E SUA IMPORTÂNCIA PARA A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Lara Lelis Dias, Renata Oliveira Caetano, Thais Bitencourt Faria, Daniel Reis Correia, Laís Sousa Silva, Débora Mol Mendes, Henrique Pinto Gomide

AULAS DE PSICOLOGIA E SUA IMPORTÂNCIA PARA A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Lara Lelis Dias, Renata Oliveira Caetano, Thais Bitencourt Faria, Daniel Reis Correia, Laís Sousa Silva, Débora Mol Mendes, Henrique Pinto Gomide

Apresentação: Os transtornos mentais são definidos como uma disfunção de ordem psicológica que afeta a manifestação comportamental de um indivíduo, e estima-se que o número de pessoas, mundialmente, afetadas por um desses transtornos aumenta substancialmente. Logo, é inegável a importância dos estudantes e profissionais da saúde conhecerem e se aprofundarem a respeito dos distúrbios psíquicos, tanto para a identificação desses pacientes quanto para optarem pela melhor conduta ao abordá-los, sem intimidar, constranger ou causar outros danos. Dessa forma, aulas da disciplina de Psicologia ministradas aos estudantes do segundo período de enfermagem da Universidade Federal de Viçosa  foram direcionadas ao estudo e debates sobre as doenças mentais, com o objetivo de que, desde o início do curso, os alunos conheçam e entendam a necessidade de não se negligenciar esses distúrbios. Desenvolvimento: O presente trabalho trata-se de uma análise e um relato de experiência de discentes de enfermagem a respeito das aulas sobre “Doenças Mentais” na disciplina Psicologia. Durante todo o período acadêmico, os alunos, além de estudarem e relacionarem as principais teorias da Psicologia com a atuação da enfermagem, obtiveram, também, aulas dedicadas, exclusivamente, ao conhecimento dos distúrbios psiquiátricos, ou seja, sua perspectiva histórica, fatores de influência, etiologia e sistemas de diagnóstico, visando otimizar a ação dos alunos, como futuros profissionais, com os pacientes psiquiátricos. Além do momento teórico, as aulas eram abertas a debates, para ampliação e aprofundamento dos temas discutidos, visto que cada estudante possui aprendizados baseados em suas vivências além da universidade. Resultado: Com a conclusão da disciplina, os alunos, em sua totalidade, conseguiram retirar dúvidas e mitos, adquiridos socialmente, sobre as doenças mentais, como os que consideram a origem desses transtornos uma expressão espiritual ou castigo, por exemplo, e defendem outros tratamentos, não clínicos e psicológicos para o paciente. Além de desenvolverem habilidades de reconhecerem, não apenas uma doença, mas a realidade do paciente além da clínica, como ele é afetado pelos fatores biológicos e psicossociais, e as diferentes formas de abordagem e diagnóstico, uma vez que a enfermagem, desde os primórdios da profissão, age sobre a integralidade do indivíduo, considerando todos os fatores que aturam sobre ele. Considerações finais: Foi notória a percepção construída pelos alunos a respeito da importância da Psicologia e seus vastos estudos a respeito dos distúrbios mentais, tanto para o estudo teórico quanto para a atuação dos estudantes e profissionais da saúde, considerando que, infelizmente, parte dos pacientes psiquiátricos são negligenciados ou não possuem o tratamento concluído de forma eficaz, assim, os graduandos em formação são um dos meios para o fim desse problema e para a construção de melhores diagnósticos a otimização dos tratamentos dos pacientes com algum tipo de transtorno mental. 

9861 INTERNATO INTEGRADO EM SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA INOVADORA
Melanie Noël Maia, Amâncio Paulino de Carvalho, Antonio José Leal Costa, Katia Vergetti Bloch, Maria de Lourdes Tavares Cavalcanti, Thatiana Verônica Rodrigues de Barcellos Fernandes

INTERNATO INTEGRADO EM SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA INOVADORA

Autores: Melanie Noël Maia, Amâncio Paulino de Carvalho, Antonio José Leal Costa, Katia Vergetti Bloch, Maria de Lourdes Tavares Cavalcanti, Thatiana Verônica Rodrigues de Barcellos Fernandes

Apresentação: Em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Medicina, em 2018 a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) implementou uma reforma curricular que determinou o aumento do período do Internato médico para dois anos, situação em que se decidiu pela criação do Internato em Saúde Coletiva (SC). Diferente do observado em outras universidades, optou-se pela integração da SC aos demais rotatórios existentes ao invés da criação de um estágio a parte. Este trabalho tem o objetivo de relatar a experiência até aqui realizada, bem como abrir espaço para o debate a respeito da inserção da SC no currículo médico. Desenvolvimento: Até o ano de 2009, a graduação de Medicina da UFRJ oferecia internato rotatório somente nas quatro áreas básicas (Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia/Obstetrícia e Pediatria), ocasião em que o internato em Medicina de Família e Comunidade (MFC) passou a ser obrigatório para todos os alunos. Em 2016, foi implementado o internato rotatório em Saúde Mental, que privilegia o aprendizado deste campo no cenário da Atenção Primária à Saúde (APS), sendo integrado ao de MFC. Com a reforma curricular de 2018 e o aumento da carga horária do internato para 24 meses, foi criado então o internato em SC. Este se desenvolve de forma integrada às cinco outras rodadas obrigatórias (Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia/Obstetrícia, Pediatria e MFC/Saúde Mental), por decisão do corpo docente do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (IESC) da UFRJ. Em cada um dos internatos rotatórios, é prevista a inserção da SC em carga horária de 4 horas semanais, buscando promover no interno a reflexão acerca da relevância e aplicabilidade dos conhecimentos deste campo na prática profissional. A integração da SC se desenvolveu em formatos variados nos diferentes internatos rotatórios, a partir da inserção do docente de SC em espaços previamente existentes para a discussão de temas e casos clínicos (Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia/Obstetrícia e MFC/Saúde Mental), e/ou da criação de novos espaços (Pediatria e Ginecologia/Obstetrícia). Resultado: Passados três semestres letivos do início do Internato em SC, realizou-se a primeira oficina de discussão da experiência, com participação de docentes do IESC e docentes parceiros dos demais rotatórios. As experiências são heterogêneas, com diferenças no grau de integração atingido nas áreas, destacando-se o Internato integrado em MFC, Saúde Mental e SC. As únicas áreas que realizaram avaliação sistemática da experiência foram a Cirurgia e a Obstetrícia, sendo bem avaliadas pelos internos. Considerações finais: As grades curriculares e publicações referentes a experiências de Internato médico em SC no Brasil indicam que esta frequentemente é a denominação utilizada para o estágio rotatório realizado na APS, também chamado de internato em MFC. Ainda que trate-se de um aprendizado fundamental, defendemos que o campo da SC não se esgota neste cenário, sendo o internato um período propício para trabalhar competências específicas e aplicadas à prática médica. A experiência do IESC/UFRJ parece, portanto, representar uma estratégia inovadora para ensino-aprendizagem da SC na graduação médica.

9893 UM PROJETO PEDAGÓGICO SOBRE SAÚDE MENTAL PARA A PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO INSTITUTO FEDERAL DE COARI, INTERIOR DO AMAZONAS
Letícia Kelly Cristina Braga da Cruz Gonçalves, Vivian Graziella dos Santos Oliveira, Izequiel de Brito Santos

UM PROJETO PEDAGÓGICO SOBRE SAÚDE MENTAL PARA A PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO INSTITUTO FEDERAL DE COARI, INTERIOR DO AMAZONAS

Autores: Letícia Kelly Cristina Braga da Cruz Gonçalves, Vivian Graziella dos Santos Oliveira, Izequiel de Brito Santos

Apresentação: Experiências inovadoras nos projetos pedagógicos dos cursos de graduação em saúde.Apresentação: Um projeto educativo realizado pela disciplina Educação em Saúde com o tema Saúde Mental que visou à experiência dos discentes do 3º período do curso de Enfermagem, da Universidade Federal do Amazonas, campus Instituto de Saúde e Biotecnologia em Coari, interior do Estado do Amazonas para a promoção em Educação em Saúde para os alunos do 3º ano do Ensino Médio do Instituto Federal do Amazonas. Desenvolvimento: O projeto em questão é um relato de experiência que aborda o tema Saúde Mental, um assunto de total relevância na atualidade, o qual tinha por objetivo proporcionar o conhecimento a respeito sobre este tema de forma simplificada, teatral, lúdica, dinâmica e interativa. Este projeto foi realizado por um grupo de sete discentes do curso de Enfermagem do Instituto de Saúde e Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas, no mês de Novembro de 2019 no Instituto Federal do Amazonas em Coari, no interior do Amazonas para uma turma com sessenta alunos do 3º ano do Ensino Médio em que constou: (1) o assunto foi abordado de forma resumidamente explicativa e breve para um melhor entendimento dos alunos, (2) foi exposto os Programas de Saúde, Janeiro Branco: Saúde Mental e Bem-Estar, pois, quem cuida da mente, cuida da vida! E Setembro Amarelo: este mês foi escolhido em razão do Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, que é o dia 10/09, para conscientizar as pessoas que o suicídio pode ser evitado, (3) duas encenações que mostraram a realidade contemporânea: a primeira encenação foi de uma pessoa que precisava de ajuda em relação a problemas psicológicos e emocionais e decidiu procurar ajuda, marcando uma consulta com o psicólogo para tentar entender sua situação e como poderia lidar com tudo isso, a segunda encenação a pessoa é depressiva e decide não buscar por ajuda, não sabe como lidar com tais problemas e não consegue expor a situação para ninguém, sendo assim resolveu se suicidar, (4) orientações foram passadas caso alguém estivesse precisando de ajuda, procurar os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) ou entrar em contato com o Centro de Valorização a Vida (CVV) pelo site cvv.org.br. que realiza o apoio emocional e prevenção do suicídio, atende de forma voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem ou precisam conversar, sob sigilo, por e-mail, por telefone pelo número 188, é gratuita a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular, a ligação para o CVV é em parceira com o Sistema Único de Saúde ou  pelo chat www.cvv.org.br., e (5) por fim foi realizado duas dinâmicas interativas com a turma: a primeira foi escolhido quatro pessoas para cada uma falar de três pessoas que fizeram essa caminhada do Ensino Médio ser mais leve e tornou os dias mais alegres. Estas pessoas que foram escolhidas receberam um presente para entregar para alguém que não é tão próximo e ficou a lição que as pessoas precisam ter mais empatia pelo próximo, porque ninguém sabe o que o outro está passando e por último cada pessoa tinha que escrever no mural “Motivos para se viver e para amar”e ao término das atividades cada pessoa pegou um pirulito que estava pendurado no teto com fitilho com uma mensagem motivacional para cada aluno. Resultado:Apresentação: Uma turma com sessenta alunos foram beneficiados com o projeto educativo, pois a maioria não apresentava um conhecimento prévio sobre o que é a Saúde Mental, dessa forma foram instruídos e informados sobre o assunto, como pedir ajuda caso necessário e se existir vergonha de pedir ajuda ou vergonha de falar com alguém pessoalmente foi disponibilizado o site da CVV. Observou a importância desse projeto para alunos de Ensino Médio, pois existem os vestibulares a serem prestados, a pressão de ser aprovado e ingressar em uma universidade, a ansiedade que alguns adquirem, em síntese este projeto foi algo simples, mas de grande relevância para o ensino e aprendizado dos alunos, fazendo–os ter uma boa base teórico-prático sobre este tema, assim como na possibilidade de criar um espaço multidisciplinar a partir do incentivo e estímulos de discentes em relação à vontade de querer promover a Educação em Saúde, compartilhar os conhecimentos adquiridos e propagar ações de bem estar mental e emocional aos sujeitos de convívio escolar, social, familiar e comunitário. Considerações finais: Este projeto educativo foi de suma importância para a promoção em Educação em Saúde na escola, pois os alunos adquiriram um aprendizado significativo tendo em vista sua realização e concretização na modalidade de Ensino Médio, sendo assim, utilizou-se de práticas pedagógicas a partir de uma abordagem teórico-metodológica integradora, multidisciplinar, simples, interativa e dinâmica. Foi uma experiência inovadora nos projetos pedagógicos dos cursos de graduação em saúde, pois a maioria destes projetos é feito na comunidade, sendo que existe uma escassez de tais realizações pedagógicas nas escolas no município. Para os discentes são experiências únicas, pois se trabalha com alunos, tem contato com a sala de aula e que amplia o conhecimento do mesmo, possibilitando uma construção de olhares diferenciados para a promoção em Educação em Saúde no interior do Estado do Amazonas, visando não só a educação em saúde para a comunidade, como também para as escolas e os atores educacionais, ampliando novos horizontes e também não se prender naquilo que lhe é proposto.

10054 FORMAÇÃO EM SAÚDE: EXPRESSÕES DE DISCENTES NA SIMULAÇÃO REALÍSTICA EM SAÚDE
Jessica França Pereira, Isabela de Oliveira Bustamante, Michaela Byron Correa dos Santos, Vanessa de Almeida Ferreira Corrêa, Renata Flavia Abreu da Silva

FORMAÇÃO EM SAÚDE: EXPRESSÕES DE DISCENTES NA SIMULAÇÃO REALÍSTICA EM SAÚDE

Autores: Jessica França Pereira, Isabela de Oliveira Bustamante, Michaela Byron Correa dos Santos, Vanessa de Almeida Ferreira Corrêa, Renata Flavia Abreu da Silva

Apresentação: Desde a publicação do relatório "Errar é humano: construindo um sistema de saúde mais seguro" ("To Err is Human: Bulding a Safer Health System"), em 1999, a discussão em torno da temática: “Segurança do Paciente” ampliou o olhar para a formação em saúde e a qualidade do cuidado. Tal discussão fomentou a preocupação nos Cursos de Graduação com a formação dos profissionais de saúde antes do início nos diferentes cenários de ensino prático. Nesse contexto, na busca em desenvolver tecnologias de ensino-aprendizagem que abordassem cenários reais e simulação de situações de tomadas de decisões que possam gerar erros, destacou-se o uso da Simulação Realística em Saúde (SRS) na formação destes profissionais. A SRS pode ser entendida como tecnologia que objetiva recriar situações reais do cotidiano em um ambiente seguro, permitindo o desenvolvimento de habilidades e competências aos discentes. Dentre essas habilidades e competências, destaca-se a aquisição de habilidades técnicas, o desenvolvimento do raciocínio clínico, a comunicação, a solução de problemas, o trabalho em equipe e a tomada de decisão. A simulação realística é uma metodologia ativa, no qual o indivíduo deixa de assumir uma postura passiva, tornando-se corresponsável pelo seu processo de aprendizado. Ela permite que os discentes tenham a possibilidade de errar e aprender com os seus erros, sem que haja prejuízo para saúde de outros indivíduos. Assim, a SRS inova no ensino dos Cursos de Graduação em Saúde e nos processos de ensino-aprendizagem capazes de mobilizar competências para o cuidado nos diferentes cenários do Sistema Único de Saúde (SUS). Estudos realizados com acadêmicos apontam que os mesmos preferem a simulação comparada à metodologia tradicional de ensino, pois através dela, eles apresentam um maior aprendizado. Todavia, apesar de avaliações positivas de discentes da área da saúde, a construção de cenários simulados e o desenvolvimento da SRS ainda são desafios para a prática docente na formação em saúde. Para qualificar as práticas desenvolvidas por docentes em instituições de ensino é importante compreender como os discentes se expressam no desenvolvimento dos cenários simulados. Diante disso, objetivou-se identificar as expressões de discentes de um Curso em Enfermagem ao participar da prática de Simulação Realística em Saúde em um Laboratório de Simulação de uma Universidade Federal. Desenvolvimento: Trata-se de uma pesquisa qualitativa e descritiva, desenvolvida no período de 2018 a 2019. A coleta de dados ocorreu através de 07 observações participativas durante o desenvolvimento de cenários simulados em um Laboratório de Simulação Realística de uma Universidade Federal, localizada no Estado do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. A presente pesquisa foi apreciada e aprovada pela banca examinadora do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, está de acordo com as determinações do Conselho Nacional de Saúde, por meio da Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012 e suas complementares, possuindo parecer número 3208973. Analisou-se os dados coletados através da análise temática. Resultado: Através da construção da categoria temática “Expressões de Discentes na Simulação Realística em Saúde” destacam-se as expressões dos discentes antes, durante e após (debriefing) participarem da simulação realística. Antes da participação na SRS, ambos os discentes, envolvidos como, voluntários e atores, demonstraram: ansiedade, nervosismo, medo de errar, não saber o que esperar do cenário simulado, não gostar de participar da metodologia proposta, insegurança e sensação de estar sendo avaliado. Tais expressões, também percebidas durante o desenvolvimento da SRS, demonstram a necessidade de discussão, nos Cursos de Graduação na área da Saúde, quanto à metodologia de simulação e seus objetivos. A seguir, apresenta-se as expressões identificadas no desenvolvimento da SRS: nervosismo, ansiedade, sentir-se segura, perdido no cenário e insegurança. Destaca-se que, a expressão “sentir-se segurança”, foi identificada como um ponto positivo durante o desenvolvimento da simulação por experiência anterior da discente, sendo sua segunda participação em cenários simulados. Quanto às expressões dos discentes durante o debriefing, foi relatado que os discentes apresentavam-se: assustados, não preparados para a simulação devido ao contexto do cenário, nervosismo e dificuldade de atuar como enfermeiro/voluntário. Todavia, expressões como: satisfação e valorização da tecnologia como metodologia de aprendizagem também foram identificadas nos relatos das observações participantes. Ressalta-se que, encontrou-se o maior número de expressões negativas antes do início das simulações, o que pode indicar o não conhecimento dos participantes sobre a metodologia de ensino-aprendizagem de simulação, no que se refere aos objetivos e formas de participação. Através da expressão positiva “sentir-se segurança” identificada no desenvolvimento da SRS infere-se que a vivência em cenários simulados incentiva a participação dos discentes e produz confiança para a tomada de decisão. Quanto às expressões identificadas no debriefing, analisou que, apesar dos discentes apresentarem expressões negativas, ocorre a satisfação e a valorização da simulação realística como uma tecnologia de metodologia de ensino-aprendizagem importante na formação em saúde, conforme apresentados em outros estudos da literatura científica nacional. Considerações finais: A identificação das expressões de discentes no desenvolvimento dos cenários simulados, através da observação participativa da SRS, destacou em sua maioria expressões negativa ao serem inseridos em uma nova metodologia ativa. Todavia, as expressões positivas também foram identificadas, voltadas ao desenvolvimento e à importância da SRS na formação em saúde. Espera-se com esta pesquisa atentar para as expressões que os discentes apresentam durante a simulação; e produzir conhecimento quanto às dificuldades e facilidades encontradas no processo de desenvolvimento da SRS, na perspectiva de qualificar as práticas docentes na construção e desenvolvimento de cenários simulados. Esta pesquisa apresenta limitação no que se refere ao número reduzido de observações participativas, devido ao envolvimento das pesquisadoras como docentes e discentes no desenvolvimento de cenários simulados. Assim, este estudo sugere que: os Cursos de Graduação em Saúde insiram os discentes desde o início de sua formação em práticas de simulação realística; e os Laboratórios envolvidos com a referida metodologia ofertem formas de sensibilizar o discente quanto à metodologia em apreço, através de oficinas, seminários e cursos, considerando os desafios associados à incorporação da SRS como metodologia ativa nos Cursos de Graduação em Saúde. Por conseguinte, recomendam-se pesquisas que incluam a percepção e avaliação dos discentes no uso da simulação realística, assim como, a validação de cenários simulados entre os discentes dos Cursos de Graduação na área da Saúde.

10179 O JOGO COMO INSTRUMENTO EDUCATIVO NO ENSINO SUPERIOR EM NUTRIÇÃO
Katia Ayres Monteiro, Julia Regufe Ebrenz

O JOGO COMO INSTRUMENTO EDUCATIVO NO ENSINO SUPERIOR EM NUTRIÇÃO

Autores: Katia Ayres Monteiro, Julia Regufe Ebrenz

Apresentação: Um dos desafios que o educador enfrenta no ensino superior, é de conseguir trabalhar conteúdo das disciplinas em sala de aula, de maneira que desperte o interesse dos alunos e motive a reflexão e questionamentos em torno do conhecimento. Para despertar esse interesse, se faz necessário o uso de uma metodologia que seja atrativa, e minimize a distância entre teoria e prática, tornando a sala de aula em um ambiente capaz de trazer vivências, conhecimentos e experiências que serão válidas na vida profissional. Nesse sentido, a metodologia ativa, pode ser um bom recurso metodológico no ensino superior. Esta metodologia coloca o estudante como responsável pela sua aprendizagem, atuando como agente principal. Sendo colocado diante de problemáticas e desafios, o estudante aprende de forma lúdica e torna mais eficaz a comunicação entre o educador e o educando. Podendo ser uma boa estratégia para disseminar os conhecimentos adquiridos e que fazem sentido academicamente e para sua vida pessoal. Jogos podem ser exemplos de instrumentos educativos e bons promotores do desenvolvimento educacional. Com base nessas considerações, o presente trabalho tem o objetivo apresentar a utilização da metodologia ativa como promotor de conhecimento para o ensino superior em nutrição. Para tornar mais dinâmica e aumentar a participação dos alunos da Disciplina de Ética e Exercício Profissional da Faculdade de Nutrição Emília de Jesus Ferreiro (UFF) foi desenvolvido um jogo de tabuleiro personalizado com lona de vinil com 28 casas, intitulado de: “Nutrindo a Ética”, o qual foi aplicado nos dois períodos letivos de 2019. Durante a aula a turma foi dividida em grupos, de forma que tivesse a mesma quantidade de participantes em cada um, e um grupo a parte que poderia fornecer ajuda quando solicitado, nomeado como: “ajuda aos universitários”. Os grupos foram representados por pinos de cores diferentes no tabuleiro. Como em um jogo convencional, cada grupo jogava um dado por vez a cada rodada, para determinar quantas casas deveriam andar. Para avançar no jogo, era necessário retirar uma carta-pergunta e responde-la corretamente, nessas cartas continham questões envolvendo a conduta profissional do nutricionista e questões sobre ética e moral que foram abordadas previamente em sala de aula. Cada grupo tinha um total de dois minutos para responder a pergunta, após sua leitura em voz alta, para cada carta havia um gabarito prévio elaborado pela monitora da disciplina, pautado no Código de Ética e em resoluções do Conselho Federal dos Nutricionistas, bem como na lei de regulamentação da profissão. O final do jogo se dava quando um grupo conseguia chegar à última casa do tabuleiro, tornando-se vencedor. Depois da dinâmica foi solicitado que, de forma anônima, cada aluno fizesse uma avaliação, destacando os pontos positivos e negativos da atividade, e também sugestões para aperfeiçoamento do mesmo. 100% dos alunos aprovaram a atividade e muitos afirmaram preferir esse tipo de aula ao invés das aulas tradicionais. Provando que, a metodologia ativa pode contribuir de forma eficiente no ensino superior e ser aplicada no curso de Nutrição.

10192 NINGUÉM SOLTA A MÃO DE NINGUÉM”: OPORTUNIDADE DE MELHORIA IDENTIFICADA EM UM CAPS III E O DESENVOLVIMENTO DE FOLDER INFORMATIVO POR GRADUANDAS DE ENFERMAGEM; TRATA-SE DE UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DAS ALUNAS DO 7º PERÍODO DA GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM SOBRE VIVÊNCIA EM ESTÁGIO SUPERVISIONADO, NO PERÍODO DE FINAL DE MARÇO A INÍCIO DE MAIO/2019, EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL III (CAPS) – SERVIÇO DE BASE TERRITORIAL, QUE ATENDE AS DIRETRIZES PROPOSTAS PELA REFORMA PSIQUIÁTRICA - NO RIO DE JANEIRO. COMO DEMANDA ACADÊMICA CURRICULAR PERTINENTE AO PERÍODO, FOI REALIZADO UM DIAGNÓSTICO SIMPLIFICADO DE SAÚDE (DSS) DA UNIDADE, QUE TEM COMO OBJETIVO IDENTIFICAR OPORTUNIDADES DE MELHORIA NOS CENÁRIOS DA PRÁTICA, DEVOLVENDO AO CAMPO POSSÍVEIS SOLUÇÕES E/OU REFLEXÕES CRÍTICAS SOBRE O DIAGNÓSTICO REALIZADO. COM ISSO, O ESTUDO SEGUIU A SEGUINTE METODOLOGIA DE CONSTRUÇÃO: 1) REALIZOU-SE AMBIÊNCIA E EXPLORAÇÃO DOS SERVIÇOS REALIZADOS NA UNIDADE
Paula Isabella Marujo Nunes da Fonseca, Isabela Ferreira da Silva, Bianca Rosa Fuly, Leticia Ignacio de Gouvea, Karina Xavier da Silva Correia

NINGUÉM SOLTA A MÃO DE NINGUÉM”: OPORTUNIDADE DE MELHORIA IDENTIFICADA EM UM CAPS III E O DESENVOLVIMENTO DE FOLDER INFORMATIVO POR GRADUANDAS DE ENFERMAGEM; TRATA-SE DE UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DAS ALUNAS DO 7º PERÍODO DA GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM SOBRE VIVÊNCIA EM ESTÁGIO SUPERVISIONADO, NO PERÍODO DE FINAL DE MARÇO A INÍCIO DE MAIO/2019, EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL III (CAPS) – SERVIÇO DE BASE TERRITORIAL, QUE ATENDE AS DIRETRIZES PROPOSTAS PELA REFORMA PSIQUIÁTRICA - NO RIO DE JANEIRO. COMO DEMANDA ACADÊMICA CURRICULAR PERTINENTE AO PERÍODO, FOI REALIZADO UM DIAGNÓSTICO SIMPLIFICADO DE SAÚDE (DSS) DA UNIDADE, QUE TEM COMO OBJETIVO IDENTIFICAR OPORTUNIDADES DE MELHORIA NOS CENÁRIOS DA PRÁTICA, DEVOLVENDO AO CAMPO POSSÍVEIS SOLUÇÕES E/OU REFLEXÕES CRÍTICAS SOBRE O DIAGNÓSTICO REALIZADO. COM ISSO, O ESTUDO SEGUIU A SEGUINTE METODOLOGIA DE CONSTRUÇÃO: 1) REALIZOU-SE AMBIÊNCIA E EXPLORAÇÃO DOS SERVIÇOS REALIZADOS NA UNIDADE

Autores: Paula Isabella Marujo Nunes da Fonseca, Isabela Ferreira da Silva, Bianca Rosa Fuly, Leticia Ignacio de Gouvea, Karina Xavier da Silva Correia

Apresentação: Apontou-se oportunidade de melhoria em uma  atividade oferecida no CAPS.

10220 EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE NO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Aline Bressan, Ana Maria Florentino, Nina Lucia Prates Nielebock de Souza

EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE NO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Autores: Aline Bressan, Ana Maria Florentino, Nina Lucia Prates Nielebock de Souza

Apresentação: O curso de medicina da Universidade Estácio de Sá propõe um eixo de formação em Saúde da Família. No segundo período do curso o objetivo geral da disciplina Saúde da Família II é “Aprofundar a compreensão sobre a saúde como um direito social, assim como sobre ações fundamentais desenvolvidas no contexto do SUS para a concretização do acesso a essa saúde pela população brasileira.” Desta forma, a educação popular em saúde está destacada no currículo, compondo conteúdo da Educação em Saúde. Um dos principais objetivos específicos da disciplina é “Compreender a importância das ações de educação em saúde, com ênfase na educação popular em saúde, para a promoção da saúde e a prevenção de doenças e agravos em saúde.” Desenvolvimento: Os graduandos são desafiados a desenvolver propostas metodológicas lúdicas e participativas, a partir do planejamento da ação educativa na qual deve constar: objetivos, materiais, métodos e referencial teórico-metodológico. A troca de saberes deve ser realizada a partir de temas identificados previamente na escola municipal do território, que frequentemente são: projetos de vida, gravidez planejada, uso de drogas lícitas e ilícitas, alimentação, sexualidades e diversidades. Em 2019, os temas suicídio e automutilação também foram solicitados pela direção das escolas municipais. Alunos do quinto ao nono ano do ensino fundamental são envolvidos nas oficinas temáticas. Resultado: – Jogos colaborativos e pequenas rodas de conversa são as principais formas encontradas pelos acadêmicos para pautar o tema e promover trocas de saberes. A ludicidade e a criatividade são os principais elementos nas abordagens. Algumas vezes os graduandos tem dificuldades de considerar relevante os saberes populares pois também estão ansiosos para “utilizar” saberes acadêmicos com ênfase nos saberes biomédicos. Os graduandos consideram potente as atividades educativas participativas na formação deles como médicos. A maioria dos graduandos não tem contato próximo com populações vulneráveis e consideram a vivencia pedagógica nas escolas como impactante, reveladora de outras realidades sociais e de outras vivências de adolescências e juventudes. Os alunos da escola e da graduação também reconhecem as diferentes visões de mundo, experiências e acessos a bens e serviços, bem como diferentes perspectivas nos seus projetos de vida e saúde. Considerações – A “prescrição de comportamentos saudáveis” parece muitas vezes o objetivo maior das ações educativas, especialmente se o local de realização das ações for a unidade básica de saúde / Clínica da Família. Quando o local da ação é a unidade de saúde, os graduandos são igualmente desafiados a planejar propostas com ênfase na troca de saberes. A escola, por ser um espaço essencialmente pedagógico e de convívio das diferenças, favorece encontro e trocas de saberes e práticas, onde todos (alunos, funcionários e professores da escola, alunos e professores da graduação, profissionais de saúde da unidade de saúde de referencia da escola) podem participar, reconsiderar valores, atitudes, práticas e conhecimentos. Os graduandos ainda consideram pouco o tempo destinado para as atividades práticas na escola e conseguem compreender a partir da vivencia prática os aspectos teóricos-metodológicos de Paulo Freire e suas contribuições na Educação Popular em Saúde.

10284 EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM: TUBERCULOSE INFANTIL UM CASO A SER OBSERVADO
oriana Karolina, Pedro Felipe, Lorrana Pereira

EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM: TUBERCULOSE INFANTIL UM CASO A SER OBSERVADO

Autores: oriana Karolina, Pedro Felipe, Lorrana Pereira

Apresentação: Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), tuberculose mesmo sendo uma doença tratável e curável, ainda é um problema relevante de saúde pública. Os indicadores epidemiológicos de 2016/2017 mostram que foram registrados 64.569 novos casos em 2017 e 4,26 óbitos por TB em 2016. Doença infecciosa causada pelo Mycobactelium tuberculosis, bacilo que se desenvolve lentamente, sendo manifestada na sua forma pulmonar e podendo ser encontrada em vários grupos e especialmente em crianças (Alves et al, 2017). A Tuberculose infantil apresenta sintomas, que em geral não são específicos e podem ser facilmente confundidos com infecções características da infância, que muitas vezes complicam o diagnóstico, na avaliação de suspeita de TB é recomendado considerar a perca de apetite, tosse crônica por mais de duas semanas com piora gradual e a perda de peso. (Ministério da saúde, 2019). O enorme desafio esta na dificuldade de se ter a análise de Tuberculose em crianças, na forma pulmonar que se apresenta de maneira diferente a dos adultos, portanto devem ser levada em consideração no decorrer da investigação, pois pela identificação através do exame padrão, o exame bacteriológico de pesquisa de BAAR, costuma ser negativo, pelo número reduzido de bacilos e pela dificuldade da criança em realizar o escarro corretamente, fazendo a expetoração de modo incorreto. (CANO et al, 2016), (Alves et al, 2017). Objetivo: Relatar experiência vivencia por acadêmico de enfermagem no atendimento em crianças com suspeita de tuberculose e o processo de rastreio da tuberculose infantil em uma UBS de Belém. Desenvolvimento: Trata-se de estudo descritivo qualitativo do tipo relato de experiência. O relato de experiência baseia-se na descrição de uma dada experiência, no qual contribui de forma relevante para a área de atuação do acadêmico. Meio disso, o assunto exposto neste estudo foi realizado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no município de Belém (PA). Tendo como publico alvo o publico infantil, na faixa etária de 1- 2 anos de idade. Para a análise da experiência foi utilizado os atendimentos realizados na UBS, no qual foi dando ênfase no teste rápido para detecção de bacilos da tuberculose o PPD. Resultado: A experiência foi vivenciada por meio das práticas clinicas de um centro Universitário do Norte do Brasil vinculada a uma UBS, onde a observação se iniciou por meio de uma consulta com paciente, acompanhada de sua mãe, tendo ela um ano de idade. Podendo se analisar que houve alterações em seu PPD, com um escore de 15 cm, e tendo o mesmo  um perfil histórico de contato com antecedentes familiares. Para análise foi verificado que seu membro superior direito estava muito inflamado por conta do PPD, sinalizando muitos bacilos da tuberculose. Sabendo que o PPD não é um diagnostico preciso para Tb, mas um rastreio, a conduta da enfermagem, foi encaminhar para um raio- X de tórax. Por observar que a paciente por ser uma criança chorava no momento da análise do escore, por conta da inflamação local, o atendimento foi muito limitado. Também pode perceber que casos envolvendo crianças com Tb, geralmente são decorrente de contatos com algum familiar mais próximo como avó, mãe, pai ou até mesmo tios. Considerações finais: Entendendo que crianças acometidas pela TB devem ser acompanhadas continuamente tanto clinicamente, como mensalmente, a tuberculose em grupos dessa faixa etária é de difícil diagnostico, e geralmente esses indivíduos adquirem esta patologia com familiares, em sua grande maioria.  Porém triando de uma forma adequada e orientada, ela pode ter um tratamento eficaz. Segundo o Ministério da Saúde, crianças com mais de dez anos, devem ser orientadas de seu tratamento de acordo com seu nível de entendimento e esclarecidas sobre prejuízos quanto ao abandono do tratamento, assim como seu genitor. Portanto por meio desta experiência e do desenvolvimento da pesquisa, percebeu-se que a tuberculose infantil hoje é um assunto a ser investigado e triado com mais cuidado, e o profissional de enfermagem tem um papel fundamental nesta triagem como o esclarecimento no momento do atendimento, a possibilidade de usa como ferramenta a educação continuada por meio de palestras para o esclarecimento da doença para a comunidade e até mesmo oficinas que oriente os profissionais da área da saúde a projetar um atendimento com qualidade para esta faixa etária de total importância, para que assim o número de casos relacionado ao assunto diminua e tenha uma prevenção de qualidade.

10646 EDUCAÇÃO MÉDICA: ANÁLISE DO ENSINO DO EIXO SAÚDE DA FAMÍLIA EM UM CURSO DE GRADUAÇÃO
Marcelo Moraes Jorge, Marcos Paulo Fonseca Corvino, Marilene Cabral do Nascimento, Rafaela Fidelis Lima Silvério, Claudia Regina Santos Ribeiro, Luciana Maria Borges da Matta Souza, Gustavo Robertson Filippo, Maria Luiza Levindo Coelho Martinis

EDUCAÇÃO MÉDICA: ANÁLISE DO ENSINO DO EIXO SAÚDE DA FAMÍLIA EM UM CURSO DE GRADUAÇÃO

Autores: Marcelo Moraes Jorge, Marcos Paulo Fonseca Corvino, Marilene Cabral do Nascimento, Rafaela Fidelis Lima Silvério, Claudia Regina Santos Ribeiro, Luciana Maria Borges da Matta Souza, Gustavo Robertson Filippo, Maria Luiza Levindo Coelho Martinis

Apresentação: Como em outras profissões, a formação médica é um dispositivo histórico, contínuo e dinâmico, que necessita se adequar às demandas de saúde do país, primordialmente no Sistema Único de Saúde-SUS, em virtude de seu caráter público e universal, constituindo-se importante empregador da força de trabalho de saúde pública e privada. A busca desse perfil profissional generalista suscitou a criação de políticas de incentivos na graduação, no caso, de medicina, no que possível com os demais integrantes das equipes multiprofissionais da Estratégia Saúde da Família, como modelo de Atenção Primária à Saúde-APS relativamente capilarizada pelos municípios. Na tentativa de mudar o paradigma flexneriano criou-se o programa UNI-Uma Nova Iniciativa na Educação dos Profissionais do Setor Saúde, reforçando a integração entre a comunidade, a assistência à saúde e a formação profissional. Partia-se de uma visão crítica aos projetos sociais e ao modelo de formação vigentes à época, de modo a propor melhorias na qualidade de vida das pessoas, através de novo modelo de ensino multidisciplinar, valorizando a integralidade do cuidado e a interdisciplinaridade. Antigos projetos IDA-Integração Docente-Assistencial e UNI se articularam originando a RedeUnida, de modo a responder à população, insatisfeita com os serviços prestados na saúde. Defende-se a hipótese de que o ensino da saúde da família-SF no currículo de medicina propicia a aquisição de competências e habilidades para se trabalhar ne rede de serviços ambulatoriais, cujo perfil institucional atende a maioria da população. Objetivo: provocar reflexão acerca do processo de mudança curricular, sob a égide das Diretrizes Curriculares Nacionais-DCN, portanto optou-se por proceder à análise documental de um conjunto constituinte do Projeto Pedagógico do Curso-PPC de medicina de uma universidade particular na cidade do Rio de Janeiro. Curso este, que logo em seu início contou com a participação de professor engajado no Movimento da Reforma Sanitária Brasileira, entre outros defensores do SUS. Método:trata-se de um estudo exploratório, descritivo que utilizou a abordagem qualitativa, através de observação participante e da análise documental. Mediante análise de conteúdo procederam-se re/leituras acuradas e discussões interpretativas. Com base nas DCN, elaborou-se quadro referencial analítico, que foi sendo confrontado ao teor dos documentos técnico-pedagógicos. A análise do PPC deu-se simultaneamente a das disciplinas do eixo de saúde da família, por ser esta a estratégia utilizada como forma de reorientação da APS nos municípios do Brasil, exercendo a função de porta de entrada do usuário no SUS. Entre os resultados, verificou-se uma dinamicidade curricular, ementas que contemplam, ora parcialmente, os preceitos previstos, em diferentes intensidades, questões peculiares a serem repensadas, corroborando o dialético papel desempenhado por atores sociais com suas necessidades expressas em normas, passíveis de serem paradoxais em suas operações. O currículo objeto da pesquisa atende às DCN, e tanto o PPC quanto as ementas das disciplinas do eixo da SF utilizam as DCN como norteadores de sua construção. A universidade busca constantemente a readequação do currículo da faculdade de medicina e o curso sobre o qual se trata esse estudo apresenta um perfil similar ao das referidas diretrizes desde sua criação nos anos 1990, onde se busca formar um profissional humanizado, que possua uma visão integral e geral do ser, entendendo-o como alguém inserido em um meio que pode cooperar positiva-negativamente para seu estado de saúde. Embora semelhante ao preconizado nas DCN, observa-se nos programas das disciplinas do eixo SF a ausência de uma abordagem à população masculina, reconhecidamente vulnerável a várias questões, como violência. Os critérios de avaliação das disciplinas da SF ainda são muito discutidos. Cada disciplina do eixo constrói sua forma de avaliar o aluno por período, porém o PPC estabelece que a avaliação seja realizada nos diversos cenários de ensino/aprendizagem, no decorrer do curso. Não se observa critério explícito para avaliar a tomada de decisão pelos discentes. Sua relação intrínseca com a prática clínica e o pensamento/raciocínio médico/clínico têm sido pouco abordados, sendo enxergados como inerentes, intuitivos, burocráticos, simplórios. A universidade estimula através de EaD a capacitação para os docentes, porém não há um processo contínuo de formação didático-pedagógica e não é garantido que todos os docentes estejam engajados. Outro desafio que só é contemplado no internato é a interdisciplinaridade. Apesar da universidade contribuir para uma formação voltada a atender às demandas do SUS, pois valoriza o modelo de formação longitudinal em unidade de saúde vinculada ao município, observa-se um déficit na questão dessa competência, que pode ser compreendida e exercitada na prática em serviço, e em nosso caso não ocorre nos momentos teóricos onde apenas estudantes de medicina participam das atividades. Pode-se inferir que a universidade trabalha para que o egresso adquira a competência em integralidade do cuidado, pois insere o aluno a partir do 1º período na atividade prática favorecida pela integração ensino-serviço, para além de um centro de saúde-escola, mesmo este inserido em uma rede regionalizada da Prefeitura. Não é objetivo formar um egresso especializado em Saúde da Família, mas um profissional generalista, que consiga olhar a pessoa de forma integral, com ética e humanidade. Ainda que as provas iniciais, intermediárias e finais sirvam para avaliação/auto-avaliação, seu excesso não é produtivo, e o compartilhamento interdisciplinar, com cada um avaliando seu conteúdo, precisa avançar para avaliações mais processuais. Considerações: um desafio para o ensino da medicina no curso é a avaliação, preconizada sobre 3 vertentes: competências, habilidades, atitudes. A competência pode ser avaliada através da habilidade, com o conhecimento do aluno, e a atitude, avaliada nas atividades do cotidiano do serviço, que requer contínuo aprimoramento. É importante que o médico tenha autoconsciência de sua prática, reconhecendo suas falhas e ofertando um serviço de maior qualidade às pessoas. O estímulo à criação de um portfólio, método onde através do registro das atividades diárias, das visitas, dos textos produzidos, dos materiais de pesquisa preparados pelos discentes, estes são estimulados à autorreflexão e autocrítica diante de suas atitudes sendo avaliados pelo professor que deve oferecer retorno o mais breve possível e continuamente ao longo do curso. Na maior parte das vezes profissionais médicos não possuem disciplinas didático-pedagógicas como parte de sua formação, sendo necessário capacitar esses profissionais para o uso dessa tecnologia, apresentando inclusive metodologias ativas para que consigam contribuir para a utilização das mesmas e a melhoria no processo avaliativo, em uma perspectiva da educação permanente. Ter profissionais/alunos de outras áreas que não a área médica seria algo de grande valia para a formação do egresso em medicina, por qualificar questões não específicas da área médica de forma intersetorial. Os profissionais devem saber analisar em que situação ocorre a integração interdisciplinar. É necessário integrar teoria e prática, ofertar capacitação aos docentes, motivando-os a participar de atividades conjuntas em uma concepção interdisciplinar, com diversidade nos ambientes práticos e em todos os níveis de atenção à saúde. Nem sempre é fácil integrar disciplinas, sobretudo para aquelas de ordem predominantemente biológica. Assim, docentes que atuem no eixo da Saúde da Família devem ser profissionais inseridos no contexto dessa disciplina, com formação específica, colaborando através do exercício prático de suas aulas teóricas e sobretudo nas atividades de integração ensino-serviço para a formação de egressos conforme preconizado pelas DCN. Que possamos ser exemplos para nossos alunos, através do exercício cotidiano da humildade e da autorreflexão de nossas atitudes. 

10656 A EXPERIÊNCIA DE DOCENTES NO DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DURANTE O ENSINO CLÍNICO PRÁTICO EM SAÚDE DA MULHER
Bruna Lopes Saldanha, Vanessa da Silva Baptista, Tatiana Cabral da Silva Ramos

A EXPERIÊNCIA DE DOCENTES NO DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DURANTE O ENSINO CLÍNICO PRÁTICO EM SAÚDE DA MULHER

Autores: Bruna Lopes Saldanha, Vanessa da Silva Baptista, Tatiana Cabral da Silva Ramos

Apresentação: O Projeto  Pedagógico  da instituição privada de ensino superior onde foi vivenciada a experiência docente, preconiza que os seus cursos favoreçam aos discentes uma formação sólida, com a  capacidade de análise e articulação entre conceitos e  argumentos,  de  interpretação  e  valorização dos  fenômenos  sociais  e  ambientais,  associadas a  uma  postura  reflexiva  e visão  crítica  que estimule o desenvolvimento  do trabalho  em  equipe, favoreça  a  aptidão  para  a  aprendizagem  autônoma  e dinâmica,  além da qualificação para a vida, o  trabalho e  da  cidadania. No curso de graduação em enfermagem as atividades preconizadas apresentam como foco principal favorecer aos seus alunos uma formação integral, que una a fundamentação teórica e a atuação prática, sendo ambas indispensáveis para o exercício profissional. A formação do profissional de saúde sofreu ao decorrer do tempo a influência do uso de metodologias de caráter assistencial, sendo o seu alvo o desenvolvimento de abordagens conservadoras, repartidas e complexas, que visavam contribuir apenas para o saber curativista em detrimento das práticas voltadas à proteção e promoção da saúde. A partir disso, surgiram as novas tendências pedagógicas, sendo a metodologia ativa a mais conhecida. Esta agrega diversos métodos estratégicos com o objetivo de tornar o discente o próprio protagonista do desenvolvimento de sua formação, e o docente um facilitador do processo ensino – aprendizagem. A partir disso, este trabalho apresenta como objetivo refletir sobre a experiência dos docentes de enfermagem ao ministrarem a disciplina de ensino clínico prático em saúde da mulher na graduação de enfermagem. Desenvolvimento: Relato de experiência docente sobre as atividades práticas desenvolvidas no período de vivência das docentes ocorrendo entre os meses de fevereiro a novembro de 2019, na disciplina de ensino clínico prático em saúde da mulher no 6º período do curso de graduação em enfermagem de uma instituição privada de ensino superior localizada na Zona Norte do Município do Rio de Janeiro. Com o objetivo de melhor descrever a experiência docente vivenciada, é de extrema importância esclarecer que as disciplinas de ensino clínico prático da  instituição  apresentam como objetivo conceder  aos  discentes  de graduação em enfermagem as  seguintes  competências  e  habilidades com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem:  Incorporação  da ciência/arte do cuidar como instrumento de interpretação profissional; desenvolvimento da formação técnico-científica que confira qualidade ao exercício profissional; reconhecimento da saúde como direito e condições dignas de vida e atuação de forma a garantir a integralidade da assistência, entendida como  uma conjunção  de  elementos  articulada  e  contínua,  com  vistas  às ações  e  serviços  preventivos  e  curativos, individuais  e coletivos,  requeridos individualmente em  cada nível de complexidade do sistema; atuação nos programas de  assistência  integral  à  saúde  da  criança,  do  adolescente,  da  mulher,  do  adulto  e  do  idoso;  atuação nos diferentes   cenários   da prática   profissional,   considerando   os   pressupostos   dos   modelos   clínico   e epidemiológico; intervenção no processo de saúde- doença, qualidade da assistência/cuidado de enfermagem  em seus diferentes níveis de atenção à saúde, com ações de promoção, prevenção, proteção e reabilitação  à saúde,  na perspectiva da integralidade da assistência e atuação  profissional compreendendo  a natureza  humana em suas dimensões, em suas expressões e fases evolutivas. Respeitando as normas da instituição de ensino superior, as disciplinas de ensino clínico devem apresentar parte teórica e prática, visto que a prática apresenta divisão das atividades a serem desenvolvidas durante o semestre letivo. A divisão da prática ocorre da seguinte forma: 1/3 de aulas práticas em laboratório, 1/3 de visitas técnicas supervisionadas e 1/3 das atividades no consultório de enfermagem disponível no próprio campus. As atividades que ocorrem dentro do laboratório dão a oportunidade aos discentes de desenvolverem técnicas. Já as visitas técnicas, apresentam o objetivo de desenvolver o pensamento crítico-reflexivo, através do alinhamento da teórica a prática, e nas consultas de enfermagem, através da orientação e esclarecimentos, o discente vivencia novos conhecimentos e apresenta resolução diante dos problemas identificados nos clientes. Resultado: A experiência vivenciada pelas docentes mostrou que é possível desenvolver as competências e habilidades no ensino clínico prático em saúde da mulher durante a graduação de enfermagem a partir das atividades práticas que são propostas pela própria disciplina. São diversas as temáticas que possibilitam aos discentes consolidar o conteúdo teórico a prática como estratégia de ensino-aprendizagem para o desenvolvimento dessas competências. A utilização do ensino baseado em metodologias ativas e problematização na graduação em enfermagem, possibilitou as docentes a liberdade de atuação profissional. Destaca-se que a problematização utilizada durante as práticas na graduação são fundamentadas no uso de uma situação problema onde o aprendizado torna-se centrado no discente, onde este deixa de ser apenas o receptor passivo da informação, e se torna um agente do seu próprio aprendizado, diferente do uso de métodos convencionais que apresentam somente o objetivo de transmitir o conhecimento centrado no docente. Durante as práticas desenvolvidas na disciplina, o aluno apodera-se de diversos fatores específicos ao processo de trabalho do profissional enfermeiro tais como a liderança, a comunicação, a interação, a empatia, o pensamento crítico-reflexivo frente as situações apresentadas, e os registros de enfermagem. É importante destacar o quanto as práticas que saem do modelo tradicional de ensino geram inquietação aos discentes no sentido de fazer com que os mesmos aprendam a lidar tanto com essa liberdade, quanto com as tomadas de decisão na condução das atividades propostas em laboratório, visita técnica e nas consultas de enfermagem. Considerações finais: A experiência vivenciada pelas docentes nas atividades práticas da disciplina de ensino clínico prático de saúde da mulher na graduação em enfermagem observou que o desenvolvimento das competências e habilidades pelo discente encontra-se diretamente ligado a associação dos conteúdos teóricos com as práticas desenvolvidas pela disciplina. Ressalta-se que o uso de metodologias ativas permite ao docente a autonomia necessária para o desenvolvimento do processo de ensino - aprendizagem em conformidade com o Projeto Pedagógico do Curso de Enfermagem da instituição de ensino onde foi vivenciada a experiência. Com isso, conclui-se que a função do docente é a de atuar como um facilitador na aprendizagem dos seus alunos, nos quais sua interação é muito mais intensa do que em aulas somente expositivas.