49: A educação a distância em debate
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: FCA 02 Sala 06 - Jaraqui    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
2985 TERRITORIALIZAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS): EDUCAÇÃO PERMAMENTE EM SAÚDE REALIZADA COM AGENTES COMUNITÁRIOS DA SAÚDE E GERENTES DAS UNIDADES DE SAÚDE NO OESTE DA BAHIA
Daiene Rosa Gomes, Ítalo Ricardo Santos Aleluia, Mússio Pirajá Mattos, Mônica Valéria de Souza, Érika de Almeida Oliveira Martins

TERRITORIALIZAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS): EDUCAÇÃO PERMAMENTE EM SAÚDE REALIZADA COM AGENTES COMUNITÁRIOS DA SAÚDE E GERENTES DAS UNIDADES DE SAÚDE NO OESTE DA BAHIA

Autores: Daiene Rosa Gomes, Ítalo Ricardo Santos Aleluia, Mússio Pirajá Mattos, Mônica Valéria de Souza, Érika de Almeida Oliveira Martins

CONTEXTUALIZAÇÃO A estruturação territorial do Sistema Único de Saúde vem sendo feita no Brasil através da chamada territorialização da saúde. Nesse território que se desenvolvem as produções coletivas de atenção à saúde, com o objetivo de prevenir riscos e evitar danos à saúde, tendo por base um diagnóstico da situação de saúde e das condições de vida das populações em áreas delimitadas.  Nesse sentido, o presente estudo tem o objetivo de qualificar Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e gerentes das Unidades de Saúde da Família de Barreiras, para realização do mapeamento e territorialização das áreas adscritas às equipes.   DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA Trata-se de uma ação de educação permanente em saúde, realizada em parceria da Universidade Federal do Oeste da Bahia e a coordenação de Atenção Básica. Objetiva-se com a ação, qualificar em três etapas, Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e gerentes das Unidades de Saúde da Família do município, para realização do processo de territorialização das áreas adscritas às equipes de Saúde da Família. Essa ação faz parte de uma parceria, com o intuito de subsidiar a gestão municipal, sob a forma de cooperação técnica, a fim de auxiliar no processo de reorganização territorial em saúde, que possa redefinir os limites geográficos entre as unidades e equipes de APS, permitindo, ao final, a reorganização do processo de trabalho, eficiente adscrição populacional, levantamento das áreas cobertas e não cobertas por Saúde da Família. Essa oficina será desenvolvida três vezes, haja vista necessidade de organizar as atividades de qualificação entre os atores supracitados, considerando os limites territoriais entre suas respectivas equipes, que no município totaliza 26. A oficina contará com as seguintes atividade: (1) Abertura; (2) Dinâmica de formação de grupos de trabalho (colar da diversidade); (3) Viagem educacional sobre territorialização aplicada; (3) Compartilhamento da viagem educacional, a partir de disparadores; (4) Exposição dialogada sobre território, territorialização e adscrição populacional; (5) Oficina de trabalho “Ocupando os pontos do território”; e (6) Avaliação do encontro. Com a oficina, pretende-se, ao final, empoderar as equipes para o remapeamento de suas áreas e atualização do cadastro domiciliar e individual das famílias e pessoas do território.   IMPACTOS A territorialização é de suma importância na APS e possibilita criar vínculo entre a equipe e os usuários dos serviços de saúde, favorecendo, assim, o acesso aos serviços e análise dos impactos das ações executadas. Espera-se ao final, que essa ação possa fomentar justificativas técnico-políticas para ampliação da cobertura de ACS, de unidades e equipes de APS, nas áreas descobertas de Barreiras. CONSIDERAÇÕES FINAIS A utilização de metodologias ativas de ensino aprendizagem possibilitou um maior empenho dos participantes, além de permitir a participação ativa desses atores no processo de construção do conhecimento.  No entanto, é necessário o desenvolvimento de mais cursos voltados para a qualificação dos profissionais da APS, visando sempre uma formação voltada para o cuidado mais ampliado e humanizado do usuário.

470 A DIALOGICIDADE EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: UMA EXPERIÊNCIA DISCENTE
ADRIANE DAS NEVES SILVA, CYNTHIA DAS NEVES SILVA, SOLANGE DAS NEVES SILVA, CRISTIANE PEREIRA CUSTÓDIO, MARIA LUCIA ROSA

A DIALOGICIDADE EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: UMA EXPERIÊNCIA DISCENTE

Autores: ADRIANE DAS NEVES SILVA, CYNTHIA DAS NEVES SILVA, SOLANGE DAS NEVES SILVA, CRISTIANE PEREIRA CUSTÓDIO, MARIA LUCIA ROSA

Apresentação: As constantes mudanças no cenário da educação nos últimos tempos têm caminhado para uma nova concepção de aprender-ensinar, onde os papeis dos indivíduos envolvidos nesse processo sofrem grandes mudanças. Nesse novo cenário, a presença das novas tecnologias de ensino tem grande impacto, principalmente no ensino a distância, onde passamos da era via correios, onde a aprendizagem ocorria por instrução, para uma era cercada por mídias que intensificam a interação professor-aluno-tutor. Percebemos então a necessidade de romper com os paradigmas tradicionais e abrir o olhar para novas ações. Como diz Freire (2002) apud Ribas (2010): “ninguém nos ensina a fazer essas coisas, mas também não aprendemos a fazê-las sozinhos. Aprendemos a fazê-las interagindo com os outros”. A necessidade dessa interação constante nos faz repensar as práticas pedagógicas que até então utilizamos, e buscar novas metodologias que possam propiciar uma interação mais dinâmica trazendo o discente para o centro do processo de ensino aprendizagem. O diálogo é o elemento fundamental para a prática educativa. Como bem ressaltou Ribas (2010) é importante entender o diálogo como elemento fundamental da relação pedagógica, que traz na estreita relação com os pressupostos freireanos, a importância de conhecer o aluno como agente do processo pedagógico, de entender a valorização do saber do educando. A relação entre os seres é à base do diálogo e da interação, o que implica dizer que de um lado temos a dialogicidade e conscientização e do outro a interação, conforme diz Sabattini (2013, p. 6), que a dialogicidade, aparece como uma das principais justificativas da modalidade Educação à distância.  O que requer do tutor o desenvolvimento de habilidades, onde a capacidade de se comunicar aparece como fator primordial para a relação dialógica, pois não basta apenas conhecimento técnico para que a dialogicidade seja garantida. Como diz Moscovici (2004) o educador necessita de competência interpessoal, que quer dizer ter habilidade de lidar eficazmente com as relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma adequada às necessidades de cada um e às exigências da situação. O tutor nas ações de tutoria é um mediador de diálogos, que promovem aprendizagem e desenvolvimento do aluno, através de estratégias interativas que potencializam o processo de construção do conhecimento dialógico. A base do conhecer e aprender estão na relação estabelecida entre o tutor e aluno, e está é influenciada pelo modo como eles se comunicam entre si, pois essa comunicação conduzirá a relação. Nessa relação o aluno é estimulado, e deve acontecer de forma solidária e interativa, pois por ser construída na base do diálogo e da interação, favorece as relações para a aprendizagem significativa. O estudo teve por objetivo analisar de que forma a aprendizagem dialógica proposta por Paulo Freire pode contribuir como facilitadora da aprendizagem, verificando novas metodologias de ensino, bem como as competências e saberes inerentes ao educador na função de professor/tutor e do aluno na modalidade de Ensino a Distância. Método: Trata-se um estudo descritivo-exploratória com abordagem qualitativa. O público alvo desta pesquisa foram 20 profissionais discentes que participaram de um curso pós-graduação em Ativação de Processos de Mudanças na Formação Superior em Saúde, tendo como foco o questionamento do conceito de Dialogicidade, tanto na teoria quanto na prática da EAD, bem como as práticas didático pedagógicas adotadas pelos tutores nesses cursos. O instrumento utilizado para coleta de dados foi um questionário, onde as perguntas tiveram um caráter investigativo onde foram questionadas as impressões dos discentes quanto a importância da relação dialógica no exercício da tutoria em EaD. Resultados: com o estudo podem-se identificar as contribuições da relação dialógica nas propostas de educação à distância na perspectiva de Paulo Freire. As ferramentas interativas favorecem a aprendizagem colaborativa e o diálogo, o que não garante que as mesmas por si só contribuem para o êxito dos programas a distância, sendo necessário um planejamento de como serão utilizadas as ferramentas interativas. À medida que a interação é fortalecida há potencialização da aprendizagem colaborativa e do diálogo. Conforme ressalta Kenski (2006) à interação pressupõe envolvimento e interagir com informações e pessoas para aprender. Sendo assim, a medida que a interação é fortalecida há potencialização da autonomia e do diálogo. Conforme diz Paulo Freire, o desenvolvimento da autonomia se faz na relação entre os seres por meio de ações dialógicas, onde ao ser estimulado o sujeito é tocado onde através da mediação a aprendizagem nos espaços de aprender e ensinar se torna significativa. A autonomia que o ambiente permitiu, trouxe a responsabilidade pelo seu aprendizado, entendendo o sujeito como elemento imprescindível na relação pedagógica (Silva, 2014), mostrando o que há de comum entre o pensamento de Paulo freire e a Educação a Distância, em que há respeito ao saber do educando, de suas experiências, permitindo a construção do conhecimento (FREIRE, 2006). O papel do tutor e do aluno nos programas de educação a distância são fundamentais para o êxito dos programas em EaD, e o desenvolvimento de habilidades e competências são fundamentais para que a mediação seja favorável no desenvolvimento do curso. Considerações finais: O estudo demonstrou que o diálogo proporcionou um caminho favorável para efetividade das ações no curso, pois quando a interação é pautada no diálogo, trazendo a proposta de valorizar e socializar o conhecimento trazido pelo aluno como eixo do processo de ensino-aprendizagem estará promovendo a construção participativa do conhecimento. E mostra a importância do desenvolvimento de práticas dialógicas, colaborativas que direcionem o discente a autonomia, a partir da formação de vínculos e da afetividade, uma das condições para que as trocas de saberes ocorram, nos espaços virtuais de maneira interativa e que pode contribuir para uma nova proposta no ensino em EaD.   Referências: FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. ____________. Extensão ou comunicação? 13 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006. KENSKI, VM. Tecnologias e ensino presencial e a distância. Campinas, São Paulo: Papirus, 2006. MOSCOVICI, F. Desesnvolvimento interpessoal: treinamento em grupo. Rio de Janeiro: José Olympio, 2004. Rede. In: Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Manaus, AM – 4 a 7/09/2013. Disponível em: https://www.academia.edu/12241730/O_pensamento_pedag%C3%B3gico_de_Paulo_Freire_e_a_Educa%C3%A7%C3%A3o_a_Dist%C3%A2ncia_EaD_aproxima%C3%A7%C3%B5es_entre_dialogia_autonomia_e_emancipa%C3%A7%C3%A3o_atrav%C3%A9s_da_Rede. Acessado em: 10 de Abril de 2016. RIBAS, IS. Paulo Freire e a EaD: Uma relação próxima e possível. Congresso Brasileiro de Educação a Distância – ABED, Curitiba–Paraná- Junho 2010 disponível em: www.abed.org.br/congresso2010. Acessado em 09 de Abril de 2016. SABBATINI, M. (2013). O pensamento pedagógico de Paulo Freire e a Educação a Distância (EaD): aproximações entre dialogia, autonomia e emancipação através da Rede. In: Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Manaus, AM – 4 a 7/09/2013. Disponível em: https://www.academia.edu/12241730/O_pensamento_pedag%C3%B3gico_de_Paulo_Freire_e_a_Educa%C3%A7%C3%A3o_a_Dist%C3%A2ncia_EaD_aproxima%C3%A7%C3%B5es_entre_dialogia_autonomia_e_emancipa%C3%A7%C3%A3o_atrav%C3%A9s_da_Rede.   Acessado em: 20 de fevereiro de 2016. SILVA, Adriane das Neves. Estudo comparativo entre ensino presencial e a distância para educação permanente de profissionais auxiliares e técnicos de enfermagem. [Dissertação de Mestrado] / Adriane das Neves Silva. – Niterói: [s.n.], 2014. 107 f.

532 ENCONTROS, CONFRONTOS E POSSIBILIDADES DO E-LEARNING NA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DE ALAGOAS
Milene Mendes

ENCONTROS, CONFRONTOS E POSSIBILIDADES DO E-LEARNING NA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DE ALAGOAS

Autores: Milene Mendes

Apresentação: do que trata o trabalho e o objetivo Esse estudo teve por objetivo avaliar o e-Learning como estratégia para fomentar a Educação Permanente em Saúde (EPS) em Alagoas e o Programa EPS em Movimento serviu de base para esta investigação. Pretendeu-se conhecer o impacto da ação educativa mencionada (ofertada na modalidade e-Learning), para as práticas em saúde, analisando os encontros, confrontos e possibilidades proporcionadas pelo Programa. Para do alcance desse propósito, foram traçados os seguintes objetivos específicos: Levantar os principais desafios do e-Learning em cursos voltados para a Educação Permanente em Saúde;Identificar às contribuições do e-Learning no que tange a mobilização, produção compartilhada de saberes, cooperação e construção de encontros a partir das práticas em saúde;Verificar os resultados de cursos de Educação Permanente em Saúde ocorrido à distância, para os serviços prestados em Alagoas. O estimulo para realizar esse estudo emergiu da experiência da pesquisadora tanto com a EPS quanto com o e-Learning. Ademais, foi também tutora do evento pedagógico em foco, fatores que podem ser considerados como facilitadores para o desenvolvimento deste trabalho. O programa pedagógico conhecido EPS em Movimento foi uma ação fomentada pelo Ministério da Saúde (MS), que viabilizou a parceria da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), por meio do Núcleo de Educação, Avaliação e Produção Pedagógica em Saúde (EDUCASAÚDE, 2014). Destinou-se a atores sociais atrelados ao Sistema Único de Saúde e que cumprem ou pretendem cumprir papel de mediadores, facilitadores ou apoiadores em EPS. A formação foi estruturada por um percurso com carga horária de 360 horas, na modalidade a distância e momentos ou movimentos presenciais (EDUCASAÚDE, 2014). Em Alagoas 58 alunos foram aprovados no curso, sendo 7 da Turma 01, 16 das Turmas 02 e 08, 7 da Turma 03, 11 das Turmas 04 e 05, 12 das Turmas 06 e 09 e 5 da Turma 07. Desenvolvimento do trabalho: método do estudo Trate-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa, desenvolvido com alunos egressos do programa EPS em Movimento. A amostra foi obtida pelas técnicas não probabilística por conveniência. Os critérios de inclusão foram: estar disponível no período da coleta de dados, ter disponibilidade de tempo para responder ao questionário e consentir em participar na pesquisa. O inquérito por questionário foi o método de recolha de dados escolhido, logo foi adaptado para este estudo, o instrumento edificado por Amorim (2013, p.94) aprovado pelo Comitê de ética e Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo – Plataforma Brasil com o Parecer de Número 38309 de 18/06/2012. Para a estruturação do questionário foi considerado os seguintes aspectos: colocação das perguntas genéricas antes das especificas, substituição de palavras para evitar viés, duplo sentido ou jargões não familiares aos indivíduos foco da pesquisa, exclusão de perguntas de cunho repetitivo. Na fase seguinte foi encaminhada pelo EducaSaúde uma planilha contendo a listagem do alunos aprovados no Projeto EPS em Movimento em Alagoas e seus endereços eletrônicos. A partir daí, foi enviada uma mensagem para essas pessoas (método de aplicação de caráter aleatório), convidando-as para a participação na pesquisa, explicitando o objetivo desta, o número de questões, assim como o tempo que tomaria para respondê-las. Na mesma mensagem foi também apresentado um link que viabilizava a participação na investigação. Ao clicar neste link o indivíduo era remetido para outro sítio e se deparava com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e logo abaixo era questionado se o mesmo concordava ou não em participar da pesquisa. Caso fosse secionada a opção “Sim”, automaticamente as questões surgiam para o sujeito da investigação. As questões específicas foram tratadas à luz da escala de Likert que permite aferir a opinião do pesquisado a partir da seleção de uma lista de 5 proposições: concorda totalmente; concorda parcialmente; discordo parcialmente; discorda totalmente; não se aplica.   Resultados e/ou impactos: os efeitos percebidos decorrentes resultados encontrados no estudo Dos 58 alunos concluintes do Projeto EPS em Movimento, 41 (70,69%) responderam ao questionário. Desses atores 92,68% são do sexo feminino e 7,32% do sexo masculino. Partindo para questões específicas, ao serem questionados se o curso proporcionou reflexão sobre o fazer cotidiano em saúde, 87,80% dos inquiridos concordam totalmente com essa proposição. No que tange a utilização dos recursos tecnológicos, 1 (2,44%) indivíduo concorda totalmente que sentiu dificuldade em adaptar-se ao AVA e de usar as ferramentas disponíveis, 16 (30,03%) concordaram parcialmente, 12 (29,27%) discordam totalmente, 8 (19,52%) discordam parcialmente e  4 (9,76%) selecionaram a opção “não se aplica”. Quando perguntado se tal dificuldade influenciou no desempenho pessoal no curso, 19 (46,34%) discordam totalmente, 5 (12,19%) discordam parcialmente e 5 (12,19%) optaram por responder que não se aplica. Na questão que indagou se o curso foi uma estratégia importante para formação e o desenvolvimento de trabalhadores do SUS, 37 (90,24%) alunos responderam que concordam totalmente, enquanto 4 (9,76%) concordam parcialmente. Na outra que questionou se o fato do curso ter sido na modalidade e-Learning facilitou o acesso e permanência na ação, 22 (53,66%) responderam que concordam completamente, 13 (31,71%) que concordam parcialmente. A pesquisa demonstrou que 73,17% dos participantes concordam totalmente que o curso proporcionou a mobilizações, produção compartilhada de saberes, cooperação e construção de encontros a partir das práticas em saúde. No que se refere ao protagonismo e independência intelectual, 26 (63,42%) concordam totalmente que o curso proporcionou esse comportamento entre os alunos, 14 (34,15%) concordam parcialmente e 1 (2,44%) discorda parcialmente. A maior parcela dos inquiridos, 29 (70,73%), concorda totalmente que os conhecimentos adquiridos no curso proporcionaram transformações/mudanças na sua prática profissional. A ultima questão despontou que 90,24% dos participantes concordam totalmente que indicariam o curso para outros trabalhadores do SUS.   Considerações finais   Diante dos resultados obtidos e respetiva análise, torna-se notória a efetivação dos objetivos propostos inicialmente nesta investigação. No que concerne aos aspectos operacionais da capacitação, percebe-se que o fato da maior parte da carga horária ter sido realizada a distância, favoreceu no acesso e permanência do participante no processo, uma vez que o mesmo não precisou afastar-se do ambiente de trabalho por um longo período para desenvolver as atividades pedagógicas, podendo ser executadas no momento mais apropriado para profissional. Embora tenha sido apontada a dificuldade para adaptação a plataforma virtual e suas ferramentas, esse ponto não foi considerado como elemento inibidor para o desenvolvimento de competências, pelo menos para grande maioria dos inquiridos. Compreende-se ainda, que o método empregado na ação educativa converge com a proposta da EPS. Os discentes foram protagonistas do processo de ensino aprendizagem, sendo estimulados a refletir e trocar experiências sobre as práticas em saúde, na perspectiva de desenvolver habilidades e atitudes orientadas ao enfrentamento dos problemas cotidianos. Num projeto futuro seria relevante avaliar um curso nesta modalidade sob a ótica do tutor. Ponderando que o atributo desse ator permeia a mediação das discussões, o incentivo a participação ativa, a intervenção e posposição de atividades e avaliação dos produtos edificados e dos alunos, seria de fato um estudo interessante a ser comparado aos resultados obtidos neste estudo, em que os sujeitos desempenham funções diferenciadas.

1496 Uma experiência em teleducação do Programa Jovem Doutor Amazonas para a promoção da saúde entre jovens estudantes do município de Parintins
Giovanna Leão Ferreira, Raissa Benfica Mota, Naiara Teixeira de Souza, Pedro Máximo de Andrade Rodrigues

Uma experiência em teleducação do Programa Jovem Doutor Amazonas para a promoção da saúde entre jovens estudantes do município de Parintins

Autores: Giovanna Leão Ferreira, Raissa Benfica Mota, Naiara Teixeira de Souza, Pedro Máximo de Andrade Rodrigues

O Jovem Doutor Amazonas é um programa educacional tutorial desenvolvido na modalidade de teleducação (educação a distância) pelo Programa Telessaúde Brasil Redes – Núcleo Amazonas/Universidade do Estado do Amazonas (UEA) desde 2008. O Programa tem como objetivo central promover a educação em saúde e tem como público-alvo jovens estudantes do ensino médio, habitantes das cidades do interior amazonense. Está organizado em três módulos: Módulo Básico, Módulo Específico e Módulo de Ações e Projetos em Saúde, a serem desenvolvidos em três semestres letivos. No que diz respeito à mediação tecnológica e interação entre os participantes, são realizadas web aulas por meio da plataforma Ip.Tv e interações permanentes por meio de página da rede social Facebook (https://www.facebook.com/jovemdoutoram/) como Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Em 2017-2018, o Jovem Doutor está sendo realizado com a participação de alunos dos cursos de graduação da área da saúde da UEA na função de ministrantes/tutores, tendo como público-alvo alunos do ensino médio do município de Parintins. Dentre os tópicos abordados no Módulo Básico do Programa destacou-se o Sistema Ósseo-Muscular, objeto deste relato.Teve-se como objetivo discutir a abordagem do tópico relacionado ao Sistema Ósseo-Muscular dentro do Módulo Básico do Programa Jovem Doutor Amazonas 2017 e sua repercussão junto ao público-alvo, constituído por jovens estudantes do ensino médio no município de Parintins.O arquivo de apresentação (Power Point) da web aula, bem como o acesso a textos em PDF sobre o uso de anabolizantes e as consequências para a saúde foram disponibilizados no AVA Facebook do Programa. O uso dessa rede social como AVA é oportuno, visto que o público jovem tem forte adesão às redes sociais virtuais e possibilita interação contínua entre ministrantes, tutores e participantes. Por sua vez, a web aula pelo Ip.Tv abordou três eixos considerados relevantes para abordagem do tema em questão: a fisiologia do sistema ósseo-muscular, as patologias que comprometem esses sistemas e, por fim, as formas de prevenção contra as doenças que atingem esse sistema do corpo humano. Vale ressaltar, a realização de dinâmicas durante a web aula sob orientação dos ministrantesA disponibilização de textos sobre anabolizantes no AVA/Facebook possibilitou o acesso a informações que motivaram as discussões durante a web aula. Além desse recurso, os participantes mostraram-se interessados pelos assuntos das principais patologias que comprometem o Sistema Ósseo-Muscular. E por fim, teve-se a interação com participação no Quiz, o que reforçou o entendimento e o entrosamento de tutores e alunos durante a web aula.O tema tratado revelou-se interessante para os jovens participantes, dada a abordagem didática aplicada e o uso de ferramentas tecnológicas que hoje fazem parte da vida cotidiana dos mesmos, considerando-se as dificuldades de infraestrutura nas redes de conectividade no interior do estado do Amazonas. Os participantes evidenciaram a relevância do sistema ósseo-muscular como estrutura de sustentação do corpo, o pouco conhecimento sobre sua importância e as doenças resultantes de atitudes de prevenção em relação a ele. Com a ajuda da página do AVA/Facebook tornou-se ainda mais fácil a comunicação e o intercâmbio de dúvidas e informações.

1505 Tutoria em EAD em Estados do Norte - Que ferramentas utilizar? Relato de uma Tutora do Curso de Aperfeiçoamento em Atenção Integral à saúde de pessoas em situação de rua
Patrícia Barbosa, Amanda Vargas

Tutoria em EAD em Estados do Norte - Que ferramentas utilizar? Relato de uma Tutora do Curso de Aperfeiçoamento em Atenção Integral à saúde de pessoas em situação de rua

Autores: Patrícia Barbosa, Amanda Vargas

O Presente relato compartilha vivência da tutoria no Curso de Atenção Integral à Saúde de Pessoas em Situação de Rua (com ênfase nas equipes do Consultório na Rua) de Qualificação Profissional, na modalidade semipresencial, com ênfase em limites e possibilidades utilizadas para potencializar a “formação”, considerando singularidades de quatro estados da Amazônia Legal. O projeto foi executado pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, através da Coordenação de Educação a Distância em parceria com os Departamentos de Gestão da Educação na Saúde e de Atenção Básica do Ministério da Saúde. O Curso trabalhou diretrizes técnicas, éticas e políticas para atenção integral às pessoas em situação de rua e cotidiano dos serviços relacionados à atenção em pauta. A metodologia pressupõe participação ativa do aluno no processo de aprendizagem. Turma organizada em miniequipes, grupos de alunos com diferentes inserções profissionais para fomentar a prática de trabalho compartilhado e integrado aos territórios de atuação. Formação estruturada em três Unidades de Aprendizagem abordando: território e redes; gestão do processo de trabalho e cuidado à população em situação de rua. A partir do respeito às características dos alunos, mediado por tutoria, o curso potencializou os alunos. A turma, composta por alunos do Amazonas, Pará, Roraima e Rondônia, formou vinte alunos, oriundos de equipamentos diversos. Durante a formação foram identificadas dificuldades, mas as potencialidades foram utilizadas como estratégia, tornando a experiência positiva com possibilidades de mudanças e impacto no processo de trabalho das equipes. Interesse e dedicação dos alunos foram marcantes, ampliando conhecimento acerca do cuidado integral com foco na lógica das eCR que trabalha na lógica da saúde mental, atenção básica e redução de danos. Reconhecimento à potência do território, olhar ampliado dos alunos e tutora às questões como drogas e saúde mental e criação de espaços de diálogo sobre saúde mental nas UBS foram importantes ganhos da formação. Logo, entende-se que o Curso CnaRua, mesmo diante da complexidade das equipes e usuários os avanços e impactos positivos nos levam a defender que este deve ser um processo contínuo, que acesse outros trabalhadores da rede, provocando mudança de atitudes e valores necessários à atenção integral às pessoas em situação de rua. A trajetória vivenciada pela tutora, em processo de permanente formação, oportunizou à mesma reflexão do seu processo de trabalho enquanto mediadora da prática pedagógica, utilizando e inventando recursos e metodologias em diálogo com singularidades trazidas pela turma. O exercício oportunizou utilização de estratégias que potencializaram uso de recursos tecnológicos disponíveis e possíveis para a educação à distância em cidades com fragilidades de conexão. Como lição do produto se espera que o cuidado será pautado pela relação estabelecida entre trabalhador da saúde e usuário e que as ofertas dialoguem com possibilidades e limites dessa relação.

1834 ELABORAÇÃO DE PESQUISAS ONLINE VIA FORMULÁRIO "FORMSUS" APLICADAS AO CONTEXTO DE SAÚDE PÚBLICA E DA COMUNIDADE COMO PROPOSTA DE METODOLOGIA ATIVA NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE
Rodrigo Gondim Miranda, David Silva Almeida, Bruno Rodrigues Lopes, Mayara de Moura Borges, Joyce Batista Carvalho, Maria Eduarda Duarte Vasconcelos, Zayla Adeilde Aguiar de Brito, Ana Angélica Luz Pereira

ELABORAÇÃO DE PESQUISAS ONLINE VIA FORMULÁRIO "FORMSUS" APLICADAS AO CONTEXTO DE SAÚDE PÚBLICA E DA COMUNIDADE COMO PROPOSTA DE METODOLOGIA ATIVA NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE

Autores: Rodrigo Gondim Miranda, David Silva Almeida, Bruno Rodrigues Lopes, Mayara de Moura Borges, Joyce Batista Carvalho, Maria Eduarda Duarte Vasconcelos, Zayla Adeilde Aguiar de Brito, Ana Angélica Luz Pereira

Introdução: Com a disseminação do acesso à internet, várias das relações entre instituições de ensino, pesquisa e gestão nos mais variados setores da sociedade estão sendo inseridas nesse novo contexto online. Pode-se destacar, em particular, uma nova forma de pesquisa pensada originariamente no gestor de saúde pública, o qual se vale de um instrumento online fomentado pelo SUS, o chamado formulário “FormSUS”. O FormSUS é um serviço de criação de formulários de pesquisa online desenvolvido para viabilizar o processo de coleta e disseminação de dados por meio da internet. Os relatórios das respostas ficam hospedados no ambiente DATASUS podendo, com a devida permissão, serem importados para o Excel, facilitando a análise e interpretação dos dados, gerando desse modo, informação útil para a comunidade. Objetivos: Propor uma metodologia ativa, usando para tal a criação de formulários online do tipo FormSUS na contribuição à formação de profissionais da área de saúde, aplicando-o como instrumento de investigação do cenário de saúde pública e da comunidade no município de Teresina-PI. É também objetivo desse trabalho divulgar, com a metodologia proposta, a toda a comunidade de estudantes da área da saúde, bem como os profissionais em formação; a aplicabilidade fornecida pelo FormSUS, o qual foi idealizado, implementado e implantado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Metodologia: O FormSUS é mais um importante aliado à pesquisa em saúde pública e da comunidade, se mostrando como um recurso ágil e eficaz a ser utilizado na formação de profissionais da área de saúde, pois os mesmos poderão, de forma ativa, capacitar-se para agir no intuito de dar voz e melhorar a qualidade de vida da comunidade, na qual eles se encontram.  A proposta se baseia nas seguintes premissas: 1- Elaboração de questões abertas e/ou fechadas. As questões abertas são utilizadas quando o objetivo é permitir maior liberdade ao respondente, sendo usualmente aplicada na fase exploratória, pois ajuda o pesquisador a compreender os conceitos na forma expressa pelos respondentes. Enquanto que, a elaboração de questões fechadas, são mais fáceis e mais rápidas de responder, otimizando a tabulação e a análise dos dados. 2 – Formatação do questionário online. São geralmente mais claros e fáceis de responder pois incorporam a lógica dos “pulos”. Por exemplo: um sujeito do sexo masculino não terá acesso às perguntas sobre história gestacional e apenas verá as perguntas pertinentes a ele, tornando a pesquisa mais concisa e prática. Entretanto, a lógica dos pulos precisa ser cuidadosamente validada durante a fase de pré-testes do estudo, pois com o uso incorreto dessa estratégia, pode comprometer um bom andamento da pesquisa. 3- Redação clara, simples e neutra. Cada palavra em uma questão pode influenciar a validade e reprodutibilidade das respostas. O objetivo é formular questões que sejam simples e livres de ambiguidades, encorajando respostas acuradas e honestas, sem constranger ou ofender os participantes. 4- O conjunto global das medidas a ser adotado em um estudo deve ser pré-testado antes do início do estudo. Um pequeno pré-teste inicial pode incrementar a clareza das questões e instruções; mais tarde, estudos-piloto maiores refinarão e testarão a abrangência, a reprodutibilidade e a capacidade de detectar mudanças nos parâmetros do estudo. Resultados: Como resultados dessa proposta de metodologia ativa, ter-se-ão pesquisas conduzidas de forma online via FormSUS, nas mais diversas áreas da saúde, tais como sobre: 1-As condições de vida, trabalho e saúde de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) em Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Teresina-PI. O ACS é o elo entre os serviços de saúde e a comunidade, proporcionando a consolidação das novas práticas de saúde. O que torna ainda mais relevante a avaliação da qualidade de vida desse que zela tanto pelo bem de toda uma comunidade. 2-Um projeto de pesquisa cujo tema seja a avaliação do controle de HIV/Aids proporcionado pela Atenção Básica de Teresina-PI. A relevância desse estudo relaciona-se à necessidade de mensurar a atenção ofertada para o controle do HIV/Aids pelos profissionais de saúde da Atenção Básica com a finalidade de desenvolver um diagnóstico situacional da educação em saúde, prevenção do HIV e acesso precoce ao tratamento adequado. 3-Um projeto de pesquisa a respeito do nível de satisfação de equipes de saúde mental com as condições de trabalho em Teresina-PI, destacando uma investigação sobre, por exemplo, a sobrecarga de trabalho, e níveis de ansiedade do profissional de saúde mental. Considerações Finais: Cada vez mais os pesquisadores estão tendo acesso a opções para desenvolver questionários/entrevistas online. Em especial os temas relacionados à saúde, se está em curso uma transição para instrumentos online, a exemplo do formulário FormSUS, a fim de facilitar a coleta de dados que permitem, por exemplo, o envio automático de e-mails para os participantes das pesquisas, bem como postagens dos resultados das pesquisas na internet, colaborando com a transparência em estudos veiculados à saúde pública e da comunidade. Além de serem abordagens eficientes e baratas para coletar informações sobre saúde, produzem dados com erro mínimo, pois é possível verificá-los automaticamente quanto a dados faltantes ou com valores fora da faixa permitida. Os erros podem ser comunicados ao respondente, e as respostas, aceitas somente após esses problemas terem sido corrigidos. Apesar dessa transição, ainda em curso, os princípios da elaboração de bons instrumentos permanecem os mesmos: escrever instruções claras e questões bem formuladas que estimulam respostas com potencial valor de informação. A partir de um dispositivo, tal como o FormSUS, se torna ainda mais viável a inserção de profissionais de saúde em formação no cenário de pesquisa em saúde pública e da comunidade. Podendo estabelecer vínculos com a comunidade de forma simples, ágil e eficaz, buscando investigar a qualidade de vida das pessoas, tendo em mente que com os resultados das pesquisas, será necessário a assunção de uma postura ativa, na busca de intervir com soluções aos impasses que rotineiramente são encontrados na saúde como um todo, sempre respeitando a cultura local e intervindo para promover o bem estar. O caminho a ser trilhado passa por nós, realmente, apropriarmos da nossa identidade de protagonistas de nossa comunidade, imbuídos com a atitude de promoção à saúde e ter a pesquisa como instrumento poderoso capaz de melhorar as condições de vida da nossa comunidade. Não é uma tarefa fácil, mas juntos, um ajudando o outro, conseguiremos.

2949 CURSO DE SEXUALIDADE E PREVENÇÃO AS ISTs: EAD PARA PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DA PARAÍBA.
Ivoneide Lucena Pereira

CURSO DE SEXUALIDADE E PREVENÇÃO AS ISTs: EAD PARA PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DA PARAÍBA.

Autores: Ivoneide Lucena Pereira

APRESENTAÇÃO: Diante da necessidade do fortalecimento de temas voltados a Sexualidade, Prevenção das IST//HIV/Aids e Hepatites Virais, foi oferecido um curso piloto no Estado da Paraíba, este para 200 profissionais/professores na educação, selecionados a partir do critério em que o município faz a adesão do Programa de Saúde nas Escolas - PSE. Com foco no fortalecimento as discussões em sala de aula diante de temas como, prevenção das IST/HIV/Aids e das Hepatites Virais, sexualidade e gênero junto a população jovem que se encontra em sala de aula na Paraíba. DESCRIÇÃO: A a experiência se deu na observação do enfraquecimento dos programas do Ministério da Saúde voltadas á discussão de temas relevantes para a população jovem e suas atitudes diante de sua sexualidade e  práticas sexuais, estabelecidas anteriormente pelas diretrizes do Programa de Saúde na Escola (PSE) e no Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), diante do frágil cenário do SPE e PSE na Paraíba e da necessidade de ampliação do diálogo junto aos jovens para com a prevenção as ISTs, foi ofertado aos  professores da Rede Estadual o curso em EAD com  duração de  oito meses, a busca pelo curso foi bastante alta, as vagas ofertadas foram rapidamente preenchidas, os professores da Rede Estadual passaram a debater assuntos (que os mesmos anteriormente não se sentiam seguros) para levar o assunto para sala de aula, as atividades práticas em sala de aula ou fora dela, propostas pelo curso foram bastante, ao   final dôo curso os  primeiros lugares na seleção de experiências exitosas receberam premiação, o curso fez com que os mesmos conseguissem  se aproximar de diversos temas (sexualidade, gênero, saúde sexual e reprodutiva, IST/HIV/Aids e Hepatites Virais, diversidades e Educação entre pares)  que poderão  aprimorar suas ferramentas  de trabalho, diminuindo assim, suas dificuldades de desenvolvê-los em sala de aula. RESULTADOS E IMPACTOS: O curso foi realizado na modalidade de Educação a Distância (EAD), sendo um facilitador (devido as distâncias territoriais) um espaço para a inclusão social e educacional, por meio da inclusão digital. A CAD módulo disparado no curso (mensal) havia ao final uma atividade prática voltada ao tema estudado naquele mês, essa atividade serviu como disparadora para ações em sala de aula e também fora dela. CONSIDERAÇOES FINAIS: Aprendemos na prática que independe de qual disciplina o professor esteja lecionando, o que importa é o interesse de cada um em sala de aula, em abordar temas voltados á sexualidade e prevenção. Concluímos que o curso oportunizou, potencializou e empoderou os professores da Rede Estadual de Educação da Paraíba, para o fortalecimento da Política de prevenção as IST/HIV/Aids/Hepatites Virais, diante de uma população bastante vulnerável que é a população jovem, onde a mesma necessita de um aprendizado (voltado a prevenção e ao cuidado )  diante de suas práticas sexuais, principalmente quando os pais não tem a prática de dialogar junto aos seus filhos sobre temas como este diante dos resultados positivos o curso teve continuidade e será ofertado este ano de novamente.

5097 Tele-educação como ferramenta de Educação Permanente em Saúde para a ressignificação e fortalecimento da Atenção Primária em Sergipe.
Eneida Carvalho Gomes Ferreira, Flavia Priscila Tenório, Maria Benilda Bento Silva, Valdeliria Carvalho Coelho Mendonça, Ana Lídia Nascimento de Barros

Tele-educação como ferramenta de Educação Permanente em Saúde para a ressignificação e fortalecimento da Atenção Primária em Sergipe.

Autores: Eneida Carvalho Gomes Ferreira, Flavia Priscila Tenório, Maria Benilda Bento Silva, Valdeliria Carvalho Coelho Mendonça, Ana Lídia Nascimento de Barros

Apresentação No mundo atual, as necessidades de mudanças e atualizações são rápidas, na área da saúde, isso é ainda mais intenso, pois o panorama de saúde sofre alterações constantes, exigindo dos profissionais de saúde que estejam sempre se capacitando e buscando novos conhecimentos. Essa realidade torna-se um desafio para os profissionais da Atenção Primária em Saúde (APS), pois muitos estão distantes dos grandes centros formadores e atrelada a isso, a complexidade da APS, exige desses profissionais uma formação diferenciada para atender as demandas desse nível de atenção, mas muitos são formados e capacitados em práticas desconectadas da realidade e distante do que irão enfrentar no seu dia-a-dia de trabalho. Com as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s), vê-se a possibilidade de melhoria no cuidado, para tanto, surge o Telessaúde Brasil Redes como uma ferramenta que busca apoiar as carências surgidas no decorrer da construção do processo de cuidado no território, proporcionando a possibilidade do fazer diferenciado das Equipes de Saúde da Família (ESF). Dessa forma, ele se constitui um importante instrumento de apoio à tomada de decisões, diminuindo o tempo e gasto de recurso financeiro no sentido de resolver situações locais, além de ser uma ferramenta estratégica para qualificação dos trabalhadores no SUS. Em Sergipe, o Núcleo Telessaúde está sob a governabilidade da Secretaria Estadual de Saúde (SES) sendo suas ações operacionalizadas através da estrutura organizacional da Fundação Estadual de Saúde – FUNESA. O referido núcleo compõe uma das coordenações da Funesa, composta por profissionais de diversas formações, que atuam como teleconsultores, telerreguladores, monitores de campo, técnicos em informática, analistas educacionais e auxiliares administrativos. Todos responsáveis pelo desenvolvimento e disponibilização das  ofertas de serviços: teleconsultoria, segunda opinião formativa e tele-educação. Esta última, tem sido aperfeiçoada na perspectiva de melhor qualificar as ESF nos municípios de Sergipe. A experiência relatada no presente resumo tem o objetivo de apresentar como a ferramenta da tele-educação, na perspectiva da Educação Permanente em Saúde (EPS), pode contribuir para repensar e reconstruir práticas no cotidiano do SUS. Desenvolvimento do trabalho No Núcleo de Telessaúde Sergipe, as atividades de tele-educação são ofertadas, prioritariamente, para os profissionais das ESF (médico, enfermeiro, auxiliar e / ou técnico de enfermagem, odontológo, auxiliar e / ou técnico em saúde bucal, agente comunitário de saúde) dos 75 municípios que compõem o Estado de Sergipe. Tais atividades estão pautadas nas diretrizes da EPS mediada por TIC’s que permite o aperfeiçoamento de mecanismos participativos, respeitando o conhecimento dos profissionais e ampliando os espaços de aprendizagem no próprio local de trabalho. A tele-educação é uma atividade educacional que utiliza as ferramentas tecnológicas como meio para apoiar a formação dos trabalhadores do SUS, de acordo com a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS). Podem ser desenvolvidas em diversos formatos: Cursos, módulos educacionais, web aulas/ web palestras em modalidade à distância. Em Sergipe, o Núcleo de Telessaúde optou por trabalhar com o formato de web palestras, sendo realizadas a cada 15 (quinze) dias com a participação de profissionais com notório saber sobre as diversas especialidades temáticas para apresentação e discussão do conteúdo, com a possibilidade de interação por meio de perguntas e respostas facilitadas pela figura de um mediador. As webpalestras são realizadas de modo síncrono (transmissão ao vivo) por meio de ferramentas virtuais e gravadas para serem utilizadas de forma assíncrona com a possibilidade de socializar o vídeo com os profissionais que não tiveram a oportunidade de participar em tempo real, além de permitir revisitação. A estrutura dessa ação ocorre com o tempo de duração máximo de 02 (duas) horas por atividade.  Nesse contexto, é que são desenvolvidas ações de tele-educação utilizando o próprio espaço de trabalho, como campo de reflexão. As demandas de tele-educação são construídas a partir de oficinas realizadas pela equipe de campo do telessaúde nos diversos municípios onde são extraídos temas importantes para serem compreendidos e estudados nesses momentos; outros temas são identificados pela gestão estadual como pertinentes para serem abordados como forma de indução de política de saúde. No momento da teorização, ou seja durante a tele-educação, grande parte dos profissionais participam ativamente, apesar ser uma modalidade educacional à distância, a ferramenta permite que o conteudista e os profissionais da ESF dialoguem, esclareçam dúvidas, para que de fato, o trabalhador possa refletir, ressignificar e incorporar novos fazeres à sua prática. Resultados e/ou impactos Desde 2014, quando Sergipe iniciou as ofertas de tele-educação, foram desenvolvidas trinta seis ações dessa natureza com a abordagem de diversos temas que envolveram processos de trabalho, orientação de fluxos de cuidado integral na rede, esclarecimentos relacionado às patologias e manejos clínicos, dentre outras. Contemplando 8.501 profissionais, aproximadamente, com a maior participação de agentes comunitários de saúde, seguido de enfermeiros (as). A estratégia de qualificar em tempo real e envolver grande quantidade de profissionais e gestores oriundos de municípios distintos para tratar de conteúdos pertinentes e semelhantes poderia ocasionar desassistência aos serviços pela ausência dos profissionais, além de grandes gastos com infra-estrutura e tempo de deslocamento para a capital. Tal fato é desconstruído através das ações de tele-educação, cuja capilaridade para dentro dos territórios facilita o acesso aos momentos de EPS, possibilitando a discussão de temáticas à distância com diversos atores e especialistas, além de propiciar o debate salutar e aprendizado no próprio ambiente de trabalho. Essa ação têm sido identificada como positiva por profissionais e gestores, na perspectiva de revisão de trajetórias e instituição de novas práticas no SUS. Considerações finais A necessidade em desenvolver tele-educação é constante, pois a cada ação surgem outras necessidades de aprendizagem identificadas pelos trabalhadores como reflexo do pensar o cotidiano sob outra ótica, fomentada muitas vezes pela discussão em equipe. Outra inferência dessa atividade diz respeito ao formato de web-conferência enquanto um espaço de debate de elementos que envolvem vários profissionais para além da ESF, amplia o debate entre outros municípios do Estado. Portanto, fica notória a importância da tele-educação, enquanto uma ferramenta potente para qualificar e aperfeiçoar práticas, tendo em vista fomentar a qualificação no próprio espaço de trabalho, dialogando com seus pares, repensando coletivamente suas ações, planejando e revisando práticas nos serviços de saúde com vistas à melhoria do cuidado à população assistida e consolidação do SUS em Sergipe.

3347 VER-SUS: UMA ANÁLISE COMPARADA DO PROJETO REALIZADO NO ESTADO DE ALAGOAS E SEUS EFEITOS NOS PARTICIPANTES DAS VIVÊNCIAS
Maria Raniele Santos, Luiza Maria Parise Morales, Joane Felix, Nayara Alexandra Rodrigues da Silva, Silas Silva Ferreira

VER-SUS: UMA ANÁLISE COMPARADA DO PROJETO REALIZADO NO ESTADO DE ALAGOAS E SEUS EFEITOS NOS PARTICIPANTES DAS VIVÊNCIAS

Autores: Maria Raniele Santos, Luiza Maria Parise Morales, Joane Felix, Nayara Alexandra Rodrigues da Silva, Silas Silva Ferreira

Diante das atuais restrições, reduções e cortes que o Brasil enfrenta e tendo em foco a PEC 241/55 que ainda deve vigorar por alguns anos, afetando de forma sem precedentes o investimento em educação e saúde. O trabalho a seguir traz uma análise parcial de um projeto de educação continuada conhecido nacionalmente como VER-SUS (Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde), que teve sua edição piloto em 2012-2013 e em 2015 foi reativado, desde então abre regularmente pelo menos um edital anual para comissões estaduais que queiram realizar vivências e/ou seminários. Este ano, parte dos projetos submetidos acabaram não sendo selecionados forçando as comissões, que insistissem em realizar as vivências sem o apoio financeiro do ministério da saúde, a buscar outras formas de financiamento. Tendo em vista a importância de projetos no formato do VER-SUS, buscamos por meio de uma análise comparativa demonstrar tal importância no quesito “dispositivo de transformação social e política”, para os estudantes que participaram do projeto. Considerando a amplitude do projeto, decidimos analisar sua implementação apenas no estado de alagoas no decorrer de três anos (2015, 2016, 2017), tomando como base para a análise comparativa os objetivos impostos pelo projeto elaborado pela comissão nacional (que é responsável pela análise e seleção dos projetos estaduais)  e os relatórios pós vivências enviados por comissão regional, viventes e facilitadores participantes de cada edição e disponíveis na plataforma otics. A escolha do estado de Alagoas se deu pela nossa familiaridade com o projeto dessa localidade, visto que, já integramos a comissão estadual de Alagoas em edições anteriores. Além de fornecer dados que comprovam a eficácia do projeto respaldado pelos objetivos nacionais, montamos um perfil dos estudantes que participaram dessas vivências. Para montar essa base de dados foram analisados em média 120 respostas de questionários anteriores a vivência e os relatórios pós vivência desses mesmos estudantes permitindo assim uma conclusão parcialmente detalhada do projeto e como ele tem transformado a vida das pessoas que dele participam. Após as experiências vivenciadas pelo projeto, esses estudantes passaram a enxergar saúde pública, participação popular, empoderamento e trabalho em equipe de formas diferenciadas gerando transformações que perpassam os muros de suas respectivas instituições de ensino.

3407 VIVÊNCIA DE ESTÁGIO NA REALIDADE DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E SAÚDE INDÍGENA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Bruna Paesano Grellmann, Audrey Moura Mota Gerônimo, Giordan Magno da Silva Gerônimo

VIVÊNCIA DE ESTÁGIO NA REALIDADE DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E SAÚDE INDÍGENA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Bruna Paesano Grellmann, Audrey Moura Mota Gerônimo, Giordan Magno da Silva Gerônimo

A Vivência de Estágio na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS) é um projeto do Ministério da Saúde em parceria com a Rede Unida, que possibilita a vivência de acadêmicos e profissionais no SUS, com foco na formação de trabalhadores comprometidos com seus princípios e diretrizes organizativas e doutrinárias. Trata-se de relato de experiência de acadêmicas do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso como membro da comissão organizadora do projeto, durante o período de 22 a 29 de outubro de 2016, na cidade de Barra do Garças, Mato Grosso. Nesse período os participantes ficaram alojados no campus da UFMT. Constituiu-se em uma experiência ímpar, permeada por discussões sobre a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), “Como funciona a sociedade”, SUS, saúde da população do campo, Sociedade e Capitalismo, preconceito e diversidade sexual. Além das visitas realizadas às instituições de saúde (Pronto Socorro municipal, Centro de Atenção Psicossocial e Estratégia de saúde da família), foi proporcionada uma vivência na aldeia indígena São Marcos, localizada no município de General Carneiro. Os espaços realizados tornaram possível compreender o funcionamento dos serviços de saúde no município e na comunidade indígena. Resultou em novos conhecimentos sobre o que antes era visto com preconceito e receio, tratando-se da saúde indígena principalmente, servindo para desenvolver um olhar mais atento às demandas sociais e profissionais, acumulando maior conhecimento teórico e prático sobre a realidade dos serviços de atenção à saúde. Reforça-se que o papel do VER-SUS é a formação de um profissional que atenda às necessidades da população, reconhecendo o seu papel de agente de transformação social. Atuar na organização dessa vivência proporcionou uma sensibilização emocional enquanto ser humano para se pensar que a realidade pode e deve ser modificada, em que todos devem ter qualidade no atendimento independente de etnia.

3454 A EXPERIENCIA NO VER-SUS: UM LEGADO PARA A VIDA PROFISSIONAL E PESSOAL DO VIVENTE¹
Natalia Guedes de Melo Silva, Sônia Maria Lemos, Nany Camilla Sevalho Azuelo, Thais Gomes Oliveira, Izi Caterini Paiva Alves

A EXPERIENCIA NO VER-SUS: UM LEGADO PARA A VIDA PROFISSIONAL E PESSOAL DO VIVENTE¹

Autores: Natalia Guedes de Melo Silva, Sônia Maria Lemos, Nany Camilla Sevalho Azuelo, Thais Gomes Oliveira, Izi Caterini Paiva Alves

APRESENTAÇÃO: O VER-SUS é um projeto financiado pelo Ministério da Saúde que tem como objetivo inserir acadêmicos de diferentes cursos na realidade do Sistema Único de Saúde, aproximando-os do cotidiano dos profissionais, gestores e usuários do SUS e assim proporcionar encontros que qualifiquem e tornem crítico o processo formativo e favoreçam a reflexão dos profissionais sobre suas práticas em saúde. A imersão completa do acadêmico na vivência, possibilita que este construa suas próprias experiências críticas e confronte-as com a realidade. Este relato objetiva a exposição das atividades realizadas e do legado deixado pelo projeto na vida de uma estudante que participou da edição de verão do VER-SUS Amazonas que ocorreu em Janeiro de 2016. DESENVOLVIMENTO: Durante a semana de vivência os acadêmicos puderam conhecer como se articula os diversos serviços de saúde do município do interior do Amazonas, distante 270 KM de Manaus, desde a atenção básica, que dispõe de barcos e ônibus para levar atendimento a comunidades distantes, até a vigilância epidemiológica, que conta com um projeto de identificação e eliminação dos focos de malária no município. O grupo participou de uma reunião do conselho municipal de saúde onde pode observar como se dá o controle e participação social no município e visitou ainda o primeiro CAPS - centro de atenção psicossocial - do município onde pode perceber a diferença que o trabalho do profissional de saúde comprometido faz na comunidade. Os viventes puderam conhecer ainda o trabalho multiprofissional desenvolvido pelo laboratório de análises clínicas do município. RESULTADOS: A semana de vivência no VER-SUS proporcionou aos estudantes a oportunidade de ver de perto a dinâmica do sistema de saúde, a possibilidade de conhecer na prática a essência da atuação multiprofissional, que muitas vezes se limita à teoria dentro da academia. O contato forte e intenso entre acadêmicos e profissionais, que é favorecido pela imersão dentro dos serviços de saúde, possibilita a troca de saberes entre esses indivíduos, onde é possível entender o papel do profissional de saúde como agente transformador da sociedade e o profissional pode obter um novo olhar, uma visão mais crítica sobre sua própria atuação profissional. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Considera-se a experiência do VER-SUS um divisor de águas na formação acadêmica do profissional de saúde. É necessário que o estudante entenda como o SUS funciona e compreenda qual seu papel dentro do sistema para que ele dê certo, seja como profissional ou como usuário, e assim possa buscar uma formação acadêmica que lhe dê suporte para fazer com que o sistema tenha êxito criando assim novas percepções sobre sua própria formação acadêmica e profissional.

2134 UTILIZAÇÃO DE PROJETOS APLICATIVOS COMO TECNOLOGIA EDUCACIONAL INOVADORA EM SAÚDE: EXPERIÊNCIA DA ESPECIALIZAÇÃO DE PRECEPTORIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Daiene Rosa Gomes, Ítalo Ricardo Santos Aleluia, Maria Carolina Martins Mussi, João Maurício Moreira Araújo, Ângelo Rossi Neto, Julianna Joanna Carvalho Moraes De Campos Baldin, Ivonete Almeida Souza Martins, Laila Da Cruz Ramalho

UTILIZAÇÃO DE PROJETOS APLICATIVOS COMO TECNOLOGIA EDUCACIONAL INOVADORA EM SAÚDE: EXPERIÊNCIA DA ESPECIALIZAÇÃO DE PRECEPTORIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Autores: Daiene Rosa Gomes, Ítalo Ricardo Santos Aleluia, Maria Carolina Martins Mussi, João Maurício Moreira Araújo, Ângelo Rossi Neto, Julianna Joanna Carvalho Moraes De Campos Baldin, Ivonete Almeida Souza Martins, Laila Da Cruz Ramalho

APRESENTAÇÃO A integração entre a teoria e a prática e entre o mundo do trabalho e da aprendizagem é um importante eixo educacional de currículos orientados por competência e baseados em metodologias ativas de ensino-aprendizagem. Por meio desse eixo, utilizado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês – IEP/HSL, o desenvolvimento de capacidades para intervenção e transformação da realidade gera projetos – que se denominam projetos aplicativos e acredita-se que sejam potentes, viáveis e factíveis. Essas características do projeto aplicativo (PA) tornam sua construção um desafio instigante. O processo de construção do PA contribui para o desenvolvimento do pensamento estratégico, para uma análise qualificada dos contextos que envolvem as práticas de saúde e, particularmente, o mundo do trabalho. Nesse sentido, o presente estudo tem o objetivo de relatar a experiência do desenvolvimento do PA por especializandos do curso de Preceptoria do SUS e Preceptoria de Residência Médica no SUS.   DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA O PA foi construído por um grupo de profissionais da saúde participantes do Curso de Especialização em Preceptoria do SUS e Especialização em Preceptoria de Residência Médica no SUS e ofertado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês (IEP-HSL) em parceria como o Ministério da Saúde (MS), a partir do Programa de Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS) e Instituições de Ensino Superior do país. O PA teve como base os fundamentos do Planejamento Estratégico Situacional. A proposta do PA foi iniciada a partir da análise detalhada dos problemas da atuação dos preceptores da residência médica, através de técnicas e ferramentas específicas de análise situacional para identificar os problemas a serem enfrentados, partindo do conhecimento da realidade e análise de viabilidade. O processo de escolha dos problemas e macroproblemas ocorreram através da realização da oficina de trabalho de identificação problemas na preceptoria a partir do contexto real. A proposta metodológica do curso de preceptoria nos conduziu a refletir à luz dos problemas reais que a preceptoria encontra-se imersa e, por meio de discussões e relatos de experiência na vivência da preceptoria, vários movimentos foram realizados para a construção problemas até se conseguir um consenso da seleção do macro-problema a ser priorizado pelo grupo. 1º Movimento: inicialmente, todos os membros do grupo escreveram nas tarjetas os problemas vivenciados e observados na preceptoria da residência médica hospitalar, considerando o grau de viabilidade na qual se pretende intervir. Cada participante elegeu dois desconfortos em relação ao contexto da preceptoria na residência médica. Posteriormente houve exposição das tarjetas em mural, possibilitando a visualização de todos os problemas listados. 2º Movimento: Identificação do conjunto de problemas apontados, seguindo do esclarecimento das ideias individuais e proporcionando o agrupamento de ideias afins e depois definir os macro-problemas. 3º Movimento: Considerando os problemas elegidos, iniciou-se a construção da matriz decisória. Adotou-se a matriz decisória que prioriza os problemas no sistema de saúde segundo quatro critérios (relevância, prazo/urgência, factibilidade, viabilidade). Em todos os critérios foram levantadas as evidências para indicar a seguinte pontuação: baixa (0); significativa (1); alta (2); e muito alta (3). 4º Movimento: Realizou-se o levantamento e mapeando dos atores sociais relacionados ao contexto de geração e/ou manutenção desses problemas, mediante a aplicação da matriz de valor e interesse. Para cada problema foi atribuída uma classificação de valor: “baixo”, “médio” ou “alto”. Para cada problema foi expresso o interesse do ator em três sinalizações: (1) negativo (-); (2) positivo (+) e (3) indiferente (neutro). 5º Movimento: Partiu-se para a explicação do problema através da construção da árvore explicativa – “Árvore de Problemas”, identificando causa, descritores, consequência e nó crítico de acordo com o problema. 6º Movimento: Seguiu-se com a construção do plano de ação/intervenção, ou seja, a definição da situação futura desejada e as ações que visam resultados, tomando como referência o nó crítico. Nesse curso adotou-se o plano de ação simplificado, que é uma ferramenta que planeja a elabora a proposta de enfrentamento para cada nó crítico, a partir da imagem objetivo (resultados esperados), identificando as ações/atividade, os responsáveis pela execução, os indicadores, os recursos necessários e a determinação de prazos para execução. 7º Movimento: Realizou-se a construção da matriz de análise de motivação em relação aos interesses e valores dos atores sociais permitindo identificar as ações conflitivas do plano de ação. Nessa matriz, a viabilidade foi classificada como alta, média, ou baixa, a depender da disponibilidade dos recursos disponíveis para viabilizá-las. Para a construção da matriz considerou-se os seguintes itens: (1) tempo necessário para que a ação seja viabilizada; (2) recursos financeiros e humanos; (3) responsáveis envolvidos; (4) disponibilidade de tecnologia para a execução da ação. Para a gestão do plano, realizou-se a condução do plano, seu monitoramento, a identificação das dificuldades e as correções necessárias a serem efetivadas nas atividades propostas, uma vez que não basta ter um plano de ação bem formulado, é fundamental, também, construir um sistema de gestão que (1) coordene e acompanhe a execução das ações; (2) promova a comunicação e integração dos envolvidos; (3) faça as correções de rumo necessárias; e (4) garanta que ele seja efetivamente implementado. IMPACTOS A construção do projeto aplicativo possibilitou o desenvolvimento da aprendizagem coletiva, além do respeito aos tempos de aprendizagem, às singularidades e às subjetividades dos participantes. O percurso do desenvolvimento do PA possibilitou o aprimoramento do potencial de inovação e criatividade, gerando o desenvolvimento do pensamento estratégico, com uma análise detalhada do contexto real das práticas de saúde. Essa iniciativa educacional possibilita colocar em prática os desejos dos participantes e ainda produziu apoio e inovações para a transformação de práticas, processos ou produtos na área da saúde e no contexto do sistema de saúde brasileiro. Nesse processo potencial da produção de mudanças, observamos o quanto é fundamental que as propostas de intervenção atendam aos requisitos de viabilidade e factibilidade em sua concretização. CONSIDERAÇÕES FINAIS Essa iniciativa educacional possibilita acompanhar o desenvolvimento do grupo e permite o desenvolvimento das capacidades de antecipar e de intervir na realidade que precisam ir além dos elementos instituídos pelas políticas vigentes e da aplicação eficiente de recursos escassos, como parâmetros e objetivos a serem alcançados, uma vez que na produção do cuidado em saúde é preciso ousar para o desenvolvimento de ações efetivas para o usuário. Nesse sentido, essa incorporação de novos protagonistas, acrescentando diferentes olhares e perspectivas para promover as mudanças, mostrou-se um bom ponto de partida para ampliar as capacidades de criação e inovação da formação em saúde.

2268 DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA PARA O PROGRAMA JOVEM DOUTOR AMAZONAS
Sunmily Jenifer Leal de Oliveira, Pedro Máximo de Andrade Rodrigues, Cleinaldo de Almeida Costa, Tallyne Machado Serrão, Kamila Batista Fonseca, Rejane Leal de Andrade

DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA PARA O PROGRAMA JOVEM DOUTOR AMAZONAS

Autores: Sunmily Jenifer Leal de Oliveira, Pedro Máximo de Andrade Rodrigues, Cleinaldo de Almeida Costa, Tallyne Machado Serrão, Kamila Batista Fonseca, Rejane Leal de Andrade

INTRODUÇÃO Uma das questões de maior debate no âmbito da Educação a Distância (EaD) na atualidade é a de como a modalidade desenvolver atividades educacionais que favoreçam a educação integral, como se pressupõe que aconteça na educação presencial. O Projeto Jovem Doutor (PJD) é uma atividade na modalidade de EaD/teleducação, originada na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), que visa levar a educação em saúde, de forma criativa e significativa, reunindo professores e alunos dos cursos de graduação da área da saúde e jovens estudantes do ensino fundamental e médio em localidades no interior do país (MORAES et al., 2017). O Núcleo de Telessaúde da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), desenvolve a sua versão própria do projeto, que no âmbito institucional foi homologado no âmbito da extensão universitária como Programa Jovem Doutor Amazonas (PJD AM).  O PJD AM desenvolve o programa por meio da realização de web aulas (comunicação síncrona) e interação didática pela página de Facebook (https://pt-br.facebook.com/jovemdoutoram/), configurada como Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) do programa (comunicação assíncrona). Este artigo visa relatar uma opção de plano de trabalho docente para o projeto Jovem Doutor, com a aplicação da Metodologia dos Sete (Küller e Rodrigo, 2014), a qual tem como objetivos: proporcionar situações de aprendizagem com foco na atividade; favorecer o exercício a avaliação do conhecimento, e uma maior aproximação da situação/problema indicado (ZANK et al., 2011). Os sete passos desenvolvidos foram: (1) contextualização e mobilização, (2) definição da atividade de aprendizagem, (3) organização da atividade de aprendizagem, (4) coordenação e acompanhamento, (5) análise e avaliação da atividade de aprendizagem, (6) acesso a outras referências e (7) síntese e aplicação. Este relato pretende apresentar uma experiência de desenvolvimento de um plano de trabalho docente, baseado no “roteiro” metodológico dos Sete Passos, de forma a apoiar o desenvolvimento de conteúdos de conhecimento do PJD AM, na sua versão atual iniciada em 2017, de forma que os participantes tenham um aprendizado ativo e interativo, sendo este o elemento formador privilegiado do aprendizado (BRUNO & LENGRUBER, 2009).   CONHECENDO O SUS NO PJD AM Na elaboração do plano de trabalho docente foram seguidos os Sete Passos Metodológicos. Os passos metodológicos tem como objetivo proporcionar situações de aprendizagem com foco na atividade que garanta exercitar e avaliar o conhecimento. Para isso a atividade central tem que proporcionar uma situação próxima a que competência demanda. Com o objetivo de fornecer uma estrutura comum aos diferentes módulos e conteúdos do PJD AM, propõe-se o conjunto dos sete passos, de acordo com Küller e Rodrigo (2014). Para realização das atividades do PJD AM sobre o tema do Sistema Único de Saúde (SUS), foi elaborado o seguinte plano de trabalho docente: 1-      Contextualização e mobilização Fazer uma redação relatando suas experiências no sistema público de saúde. Relate pontos positivos, negativos e como gostaria que fosse seu atendimento.   2-      Atividade de aprendizagem Ao final da web aula propor a realização de uma atividade.  Exemplo de atividades a serem realizadas: relacionar frases com figuras referentes ao tema, fazer questões de verdadeiro ou falso etc.   3-      Organização da atividade de aprendizagem Planejamento da web aula. A reunião com a equipe responsável será realizada para planejamento e escolha dos tópicos que serão abordados.   4-      Coordenação e acompanhamento Tutoria dos participantes, utilizando-se o whatsapp e Facebook do programa, para transmissão de informações, esclarecimento de dúvidas e motivação para a continuidade no programa.   5-      Análise e avaliação da atividade de aprendizagem   Aplicação de questionário, com as seguintes perguntas:   I)       Como você avalia sua atenção durante as aulas? (    ) péssima    (    )regular    (    )boa     (    )ótima II)    Como você avalia o meio de transmissão das aulas? (    ) péssima    (    )regular    (    )boa     (    )ótima III) Como você avalia a escolha do tema? (    ) péssima    (    )regular    (    )boa     (    )ótima IV) Como você avalia o conteúdo desenvolvido? (    ) péssima    (    )regular    (    )boa     (    )ótima V)    Escreva o que você aprendeu no decorrer das aulas. VI) O que você mais gostou nas aulas? VII)                     O que você menos gostos nas aulas? VIII)                  Que críticas/sugestões você tem a fazer? IX) Quais elogios você tem a fazer?   6-      Acesso a outras referências Enviar vídeo pela página de Facebook do programa e pedir para que os participantes escrevam um pequeno texto de no mínimo 5 linhas, dizendo o que mais chamou sua atenção. Solicitar para que cada um dos alunos compartilhe uma outra referência: vídeo, site, blog ou artigo da sua escolha.   7-      Síntese e aplicação Os alunos devem fazer grupos de até 5 pessoas. Cada grupo deve fazer um vídeo dramatizando como deveria ser o atendimento ideal no SUS.   Após aplicação do 5° passo, análise e avaliação da atividade de aprendizagem, foi obtido relatos como: “No decorrer das aulas aprendi diversos assuntos que já tinham sido questionados em sala de aula e que fizeram que todos aprendessem a termos todos esses cuidados com nossa saúde e do próximo. O que mais gostei nas aulas foram as escolhas dos diversos assuntos, a forma de como os acadêmicos repassaram seus conhecimento pra nós, e a atividade em que fomos visitar a UBS Francisco Galliani, foi bastante produtiva e significativa (Participante do PJD AM)”. “Com as aulas do Programa Jovem Doutor aprendi vários temas relacionados ao corpo humano e a saúde. Esses conceitos ajudam-me a orientar minha família, amigos e pessoas do meu bairro. Também, a prevenir algum tipo de doença. Pode-se dizer que há melhora na qualidade de vida através do intercâmbio de informações desenvolvido no referido programa, evidenciando assim, sua importância (Participante do PJD AM)”.   CONSIDERAÇÕES FINAIS A participação no PJD AM constitui-se em uma oportunidade enriquecedora para desenvolvimento de competências no campo da educação em saúde por meio da teleducação. Para os acadêmicos da área da saúde da UEA representa uma rica experimentação no papel de docente e o exercício da tutoria educacional. A experiência levou a pesquisa e elaboração de um plano de trabalho docente para o PJD AM, baseado nos Sete Passos Metodológicos. Os depoimentos coletados no questionário auxiliam para melhora de atividades e comprovam o sucesso da implementação desse plano de trabalho docente. Sendo assim, esta metodologia constitui-se um caminho viável para se concretizar o processo educacional de forma mais integral, criativa e participativa em teleducação.

4536 ACESSO AO DIAGNÓSTICO PRECOCE COMO ESTRATÉGIA EM HIV, SÍFILIS E HEPATITES VIRAIS: TESTAGEM RÁPIDA E ACONSELHAMENTO MULTIPROFISSIONAL COMO ALTERNATIVAS ENCONTRADAS PARA O CONTROLE DAS EPIDEMIAS
Bruna Paesano Grellmann, Audrey Moura Mota Gerônimo, Liney Maria Araújo, Giordan Magno da Silva Gerônimo

ACESSO AO DIAGNÓSTICO PRECOCE COMO ESTRATÉGIA EM HIV, SÍFILIS E HEPATITES VIRAIS: TESTAGEM RÁPIDA E ACONSELHAMENTO MULTIPROFISSIONAL COMO ALTERNATIVAS ENCONTRADAS PARA O CONTROLE DAS EPIDEMIAS

Autores: Bruna Paesano Grellmann, Audrey Moura Mota Gerônimo, Liney Maria Araújo, Giordan Magno da Silva Gerônimo

Capacitar profissionais está em consonância com as metas globais pré-estabelecidas (90/90/90) para fim da pandemia de Aids até 2030, alcançadas através de ações baseadas em evidências e parcerias multissetoriais. A incidência expressiva de ISTs diagnosticadas na rede (gonorreia, sífilis, HPV etc), representa situação que reforça oferta da testagem rápida, oportunizando diagnóstico e tratamento precoce, essenciais para diminuir incidência da transmissão do HIV e, possivelmente, erradicar doenças como sífilis congênita. Para realização da testagem rápida é necessário aconselhamento multiprofissional fundamentando na interação e relação de confiança estabelecida entre profissionais/usuários. Objetivando habilitar profissionais para realização de testagem rápida de HIV, Sífilis e Hepatites Virais como estratégia de prevenção, diagnóstico e tratamento precoce, buscou-se espaços em 2016 que viabilizassem realização de capacitações seguindo o preconizado pelo Ministério da Saúde. Realizou-se um total de seis ações de alcance local, estadual e nacional, sendo 304 capacitados de várias categorias. Contribuiu-se para promoção da integralidade do cuidado, possibilitando avaliar vulnerabilidades/riscos considerando especificidades biológicas, psicossociais e culturais, além da individualidade dos cidadãos que buscam atendimento na Rede SUS. É notória a necessidade de implantação de acesso à testagem em todos seguimentos populacionais, logo no primeiro acolhimento, já que, comprovada a positividade sorológica, especialmente em gestantes, deve-se imediatamente iniciar tratamento e notificação do agravo. Faz-se necessário que gestores, profissionais e sociedade estejam sensíveis à problemática das ISTs, desenvolvendo ações educativas como estratégia para melhoria na qualidade da assistência dos casos diagnosticados, prevenção e controle, por possuírem simplicidade diagnóstica e sendo de fácil manejo clínico/terapêutico, com grande chance de alta com cura. Espera-se ampliar essas ações, por ficar evidente que o aumento de casos de transmissão vertical é marcador da qualidade da assistência à saúde prestada, especialmente do HIV e da Sífilis.

3041 PROJETO NAZARÉ: CAPACITAÇÃO E INSERÇÃO DE ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE NO DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA E CONSCIÊNCIA DA POPULAÇÃO LONGEVA ACERCA DE SUA SAÚDE E DIREITOS
Rodrigo Gondim Miranda, Bruno Rodrigues Lopes, Joyce Batista Carvalho, Maria Eduarda Duarte Vasconcelos, Zayla Adeilde Aguiar de Brito, Ana Angélica Luz Pereira, David Silva Almeida, Mayara de Moura Borges

PROJETO NAZARÉ: CAPACITAÇÃO E INSERÇÃO DE ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE NO DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA E CONSCIÊNCIA DA POPULAÇÃO LONGEVA ACERCA DE SUA SAÚDE E DIREITOS

Autores: Rodrigo Gondim Miranda, Bruno Rodrigues Lopes, Joyce Batista Carvalho, Maria Eduarda Duarte Vasconcelos, Zayla Adeilde Aguiar de Brito, Ana Angélica Luz Pereira, David Silva Almeida, Mayara de Moura Borges

Introdução: O envelhecimento da população é um fenômeno mundial iniciado, a princípio, nos países desenvolvidos. Nos países menos desenvolvidos, como o Brasil, o aumento da expectativa de vida tem sido evidenciado pelos avanços tecnológicos relacionados à área de saúde, como as vacinas, uso de antibióticos e quimioterápicos que tornaram possível a prevenção ou cura de muitas doenças. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, em 40 anos, a população idosa vai triplicar no Brasil, passando de 19,6 milhões (10% do total), em 2010, para 66,5 milhões de pessoas em 2050 (29,3%). Esse crescimento demanda um aumento na consciência de que o envelhecimento é uma questão de saúde pública, política e social. Entretanto, a forma com que o sistema de saúde lida hoje com a população longeva não mostra um real preparo para com as particularidades deste grupo social. Assim, o Projeto Nazaré surge como uma tentativa de disseminar o conhecimento acerca da saúde do idoso. Objetivo: Desenvolvimento da autonomia e consciência da população longeva acerca de sua saúde e direitos, e capacitação e inserção de estudantes da área da saúde no contexto dos pormenores associados à saúde do idoso. Descrição da Experiência: O Projeto se estrutura em um planejamento anual, de forma que haja uma ação por mês (Março a Novembro, excetuando-se Julho), associada a um tema da saúde do idoso, precedida de uma capacitação dada por um profissional para todos os participantes do projeto. O público longevo participante é convocado em um programa da Universidade Federal do Piauí chamado Programa Terceira Idade em Ação (PTIA). As ações se constituem em momentos de contextualização do tema abordado por um profissional, seguidos de dinâmicas que incluam os idosos e os estudantes participantes na temática, de modo a discuti-la e promovê-la à intervenção. Resultados: Através de questionários aplicados antes e depois de cada ação, elaborado por profissionais e estudantes, percebeu-se um ganho significativo (maior pontuação de acerto após a ação em comparação à antes) de conhecimento acerca das temáticas tratadas por mais de 50% dos participantes. Desse modo, o projeto esclareceu muitas dúvidas em relação às atividades, cuidados e precauções do dia a dia que os idosos devem ter para manter uma boa qualidade de vida. Além disso, houve um enorme ganho de conhecimento técnico para os estudantes participantes. Considerações Finais: A população longeva passa por um grande desafio neste século: a manutenção da sua qualidade de vida. O Projeto Nazaré aborda diferentes temáticas acerca da saúde do idoso e, com isso, intervém nas vidas dos idosos e estudantes. Nestes há um grande ganho de conhecimento, o qual os tornam profissionais mais capacitados. Naqueles há uma construção e solidificação do empoderamento acerca da sua situação no cenário da saúde. Nesse sentido, a troca de experiências entre jovens estudantes e idosos promove um ganho de conhecimento mútuo e o entendimento de que se pode passar pelo processo de envelhecimento com saúde, alegria e qualidade de vida.