484: Potencialidades e Desafios das Experiências de Reorientação na Formação de Profissionais da saúde
Debatedor: Riksberg Leite Cabral
Data: 31/10/2020    Local: Sala 03 - Rodas de Conversa    Horário: 16:00 - 18:00
ID Título do Trabalho/Autores
6835 A DICOTOMIA ENTRE ENSINO TEÓRICO E ATIVIDADES PRÁTICAS: ABORDANDO CUIDADO MATERNO INFANTIL NA EDUCAÇÃO MÉDICA
Sulivan Lemes da Silva, Mayconn Victor Silva Nogueira, William Vargas Tenório da Costa, Pedro Henrique Acosta Duarte, Leandro Venâncio Brito

A DICOTOMIA ENTRE ENSINO TEÓRICO E ATIVIDADES PRÁTICAS: ABORDANDO CUIDADO MATERNO INFANTIL NA EDUCAÇÃO MÉDICA

Autores: Sulivan Lemes da Silva, Mayconn Victor Silva Nogueira, William Vargas Tenório da Costa, Pedro Henrique Acosta Duarte, Leandro Venâncio Brito

Apresentação: O trabalho trata das principais dificuldades e obstáculos para o ensino prático dos estudantes de Medicina, avaliamos o constrangimento gerado pela presença dos alunos nos consultórios de ginecologia e obstetrícia. O objetivo é avaliar se os princípios da Rede Cegonha estão sendo seguidos efetivamente nos hospitais universitários ou se estão sendo dificultados pela metodologia de ensino.-Desenvolvimento:  Este trabalho se trata de um relato de experiência de uma vivência, ocorrida no segundo semestre de 2019, com cinco graduandos do quarto período do curso de Medicina de uma universidade federal mineira. O modelo de ensino-aprendizagem utilizado pela instituição faz uso, em algumas de suas atividades, de uma metodologia ativa, em que os graduandos, individualmente ou em pequenos grupos, identificam suas necessidades de aprendizado, estratégia que busca dar maior autonomia ao graduando e liberdade para condução de seus estudos. As reflexões trazidas neste manuscrito foram estabelecidas por todos os discentes que a vivenciaram, após a efetivação de uma experiência rotineiramente constatada neste hospital-escola universitário. Este manuscrito, portanto, trará um enfoque para aspectos pedagógicos desta vivência, especialmente, no contexto da educação médica.-Resultado: Resultado: indicam que inserção de discentes com certo grau de inexperiência nesses cenários de prática é determinante, por vezes, para que sentimentos negativos por parte do paciente em relação à consulta médica sejam despertados e para que se desencadeie uma não compactuação dele com as orientações terapêuticas decididas conjuntamente entre o paciente e o médico, tais como as faltas nos retornos, as perdas de receituários e a não aderência às orientações a ele passadas.-Considerações finais: Faz-se necessária uma nova organização do modo como essas atividades práticas são propostas, de forma que o aluno possa estar preparado para situações que venham a constranger a si próprio e ao indivíduo que está sendo atendido. Isso fará com que o discente possua mais experiência para quando lhe for necessário e mais segurança quanto ao que deve ser feito.

7773 O PROJETO CONVERSA SOBRE SAÚDE: A PSICOLOGIA E A FORMAÇÃO PARA O SUS
elenita sureke abilio, Amanda Bissacotti Bonilla, Danilo Cleiton Lopes

O PROJETO CONVERSA SOBRE SAÚDE: A PSICOLOGIA E A FORMAÇÃO PARA O SUS

Autores: elenita sureke abilio, Amanda Bissacotti Bonilla, Danilo Cleiton Lopes

Apresentação: As mudanças históricas da formação em Psicologia com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) trazem atualmente um novo perfil profissional que direciona para mudanças curriculares necessárias para atender as demandas pedagógicas do ensino e que vislumbra competências diferenciadas. Uma das grandes dificuldades encontradas no desenvolvimento da psicologia como ciência e profissão é a garantia de aquisição dessas competências na formação de futuros profissionais. Em contraponto, o ensino na graduação tem sido discutido considerando a necessidade de aquisição de habilidades e competências preconizadas nas DCNs, no entanto pensar este projeto exigiu a adaptação das atividades de estágio para além do que a matriz curricular considerava. Os estágios do curso de Psicologia abrangem a formação em saúde para atender as demandas sócio sanitárias, tanto de serviços públicos como de serviços privados, com peculiaridades de entendimento de processos de concepção políticas inerentes à formação do psicólogo. A realidade dos serviços de saúde impõe ao psicólogo uma ruptura com os muros da clínica tradicional, deslocado para a instituição, daí o porquê de se considerar essa reflexão sobre a práxis como uma exigência ética. O psicólogo inserido na saúde não pode se limitar somente à relação tecnicista, pois é exigida a reflexão sobre sua atuação e o compromisso social que a profissão convoca. Neste sentido entendemos que cabe a instituição de ensino oferecer subsídios para o aprimoramento da oferta do aprendizado, cumprindo além do compromisso com a formação, o favorecimento do exercício do papel social na realidade de saúde disponível na rede. Os profissionais da área da saúde, mais especificamente os psicólogos, continuam tendo uma formação centrada no modelo clínico-liberal, com a priorização do atendimento individual em consultório o que não contempla a formação para atender as demandas do SUS com foco na integralidade. Em função das DCNs, várias iniciativas de se pensar o trabalho em saúde tem sido discutidas para atender as necessidades da população, portanto as ações em saúde necessitam serem cada vez mais coletivas, dialógicas, inclusivas garantindo o protagonismo das pessoas. Para isso, o ensino em saúde requer uma conexão sensível e comprometida com o Sistema Único de Saúde (SUS), orientado também pelas DCNs e propostas dos movimentos políticos que agregam a formação de psicólogos, pois há outros fatores que extrapolam a educação para o domínio técnico-científico da profissão e que envolve outros aspectos relevantes com a produção do cuidado, a gestão, o planejamento etc. O projeto teve como proposta discutir interdisciplinarmente a prática profissional ofertada na rede de saúde do município, proporcionando aos alunos a reflexão sobre as propostas de formação para os profissionais de saúde que atuam no SUS, a ampliação de oferta de práticas diferenciadas, dentre estas as práticas antimanicomiais, a troca de experiências entre discentes, docentes e os profissionais de saúde, analisar as possibilidades de intervenção do psicólogo na saúde e a troca de experiências entre alunos e profissionais egressos da instituição. A proposta e a aposta Na Faculdade Anhanguera de Dourados a proposta pedagógica do curso de Psicologia, no decorrer de sua história institucional, foi ampliada para uma formação diferenciada que atendesse as DCNs e as necessidades loco regionais, então os alunos desde o ingresso no curso, tem uma proposta ampliada de formação em saúde, composta por disciplinas e estágios que oportunizam a transversalidade do ensino. A formação em saúde assume o grande desafio de preparar profissionais com habilidades técnicas, sociais e políticas, dotados de conhecimento técnico, mas de conhecimento e sensibilidade para outras questões que envolvem o contexto da atenção integral, como a vida em comunidade, as questões sociais, culturais, de práticas participativas e movimentos populares, devendo estar capacitados para intervir em contextos de subjetividade e complexidade. A metodologia de trabalho foi desenvolvida com a oferta de espaços de discussão denominado “Conversas sobre Saúde”, discutindo temas relevantes apresentados pelos alunos na supervisão dos estágios curriculares. A partir de contato com os profissionais de saúde e alunos egressos da instituição que trabalham na rede de saúde oferecemos as rodas de conversa em um processo dialógico, dividido em três momentos: Conversa sobre a Atenção Primária em Saúde: “Por onde vai a formação para atender as demandas do SUS”; Conversa sobre a Atenção Secundária: “A Saúde Mental com foco nas práticas antimanicomiais” e Conversa sobre a Atenção Terciária: “Para Além dos Muros do Hospital”. Sair do enredo da teorização em sala de aula para a práxis é a riqueza posta para a excelência na formação acadêmica, ainda a aproximação com as demandas na sociedade que aguardam pela intervenção da psicologia. A construção coletiva da formação a partir da experiência dialógica Compreendemos este processo como uma grande descoberta e satisfação por proporcionar aos alunos a vivência na dinâmica dos serviços de saúde em estágios diferenciados, como espaço rico em subjetividade para a psicologia e ainda afirmar a relevância acadêmica do projeto que uniu atividades de formação e intervenção, o que tornou mais prazeroso os estudos, pois conciliar a pesquisa com as atividades práticas nos evocou para uma metodologia atual e diferenciada que atende as referências curriculares. O Sistema Único de Saúde – SUS traz uma concepção de saúde que não se reduz à ausência de doença, mas a uma vida com qualidade, incluindo a prevenção, o cuidado, a proteção, o tratamento, a recuperação, a promoção, enfim, a produção de saúde e defesa da vida, então formar profissionais para atuar na rede constituiu um grande desafio, pois a formação até então tem um predomínio do modelo biomédico, pautado em conceitos e modos de formação antagônicos ao proposto em suas diretrizes. As iniciativas implantadas no sistema educacional para a formação de profissionais para o SUS propiciaram o desenvolvimento das políticas de formação em saúde e estimularam o fortalecimento do movimento por mudanças no processo de formação, embora ainda limitadas na capacidade de promover mudanças nas práticas. Neste sentido, é necessário aprofundar a reflexão sobre os meios e os modos como a formação profissional vem ocorrendo, isto é, de como de fato os conteúdos curriculares e metodologias vem sendo trabalhados e quais os resultados que vem sendo alcançados. Apostar em projetos dinâmicos e articulados entre os mais variados campos do saber é um primeiro passo em relação à aproximação entre formação profissional e real necessidade de saúde populacional. O fim de um começo: uma nova forma de atuar no SUS Na pesquisa realizada, pensar principalmente as propostas de estágios curriculares para o SUS nos trouxe um imenso confronto com as práticas, visto que sabemos das dificuldades para uma formação adequada em cenários de prática que não atendem a complexidade para a formação. Além disso, é imprescindível que seja formado espaço coletivo de discussão quanto à formação e que o processo formativo seja constantemente debatido, reformulado, reinventado, ou seja, buscar novas estratégias de enfrentamento para os nós críticos da formação de forma coletiva. Para tanto há a necessidade da busca de novas metodologias de ensino, de flexibilização curricular, de uma maior interação entre os sujeitos, alunos, docentes, profissionais de saúde e comunidade para que juntos possam fortalecer o SUS.

8581 CONTRIBUIÇÕES ACERCA DA PARTICIPAÇÃO NA UNIDADE CURRICULAR PROGRAMA INTEGRAÇÃO SAÚDE E COMUNIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Rosa da Rosa Minho dos Santos, Thassiane Oliveira Bitencourt de Abreu, Verônica Garrido, Camila Neumaier Alves

CONTRIBUIÇÕES ACERCA DA PARTICIPAÇÃO NA UNIDADE CURRICULAR PROGRAMA INTEGRAÇÃO SAÚDE E COMUNIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Rosa da Rosa Minho dos Santos, Thassiane Oliveira Bitencourt de Abreu, Verônica Garrido, Camila Neumaier Alves

Apresentação: São necessárias diferentes estratégias que potencializem formas e vontades de saber, de produzir e de compartilhar. Capacitar indivíduos requer empoderamento sobre um processo que é dinâmico e potente para o estímulo crítico reflexivo. Desconstruções e construções a partir de organizações coletivas contribuem para que este processo atenda as competências de forma plural e diversa. Compete ao profissional da enfermagem desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde de forma contínua em âmbito individual e coletivo assegurando qualidade e integralidade a partir da abordagem multiprofissional. Contudo, o desafio é a busca por metodologias e espaços inovadores que possibilitem ultrapassar a formação tradicional e que potencializem a formação interprofissional. Trata-se, portanto, de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido a partir das vivências durante a disciplina Programa de Integração Saúde e Comunidade de um centro universitário no município de Porto Alegre durante o período de Agosto a Novembro de 2019. O Programa compreende uma disciplina obrigatória na escola de Saúde deste centro universitário em que fazem parte alunas(os) dos cursos de medicina veterinária, enfermagem, psicologia, fisioterapia, nutrição, farmácia e psicologia para a formação do exercício na comunidade. Para tanto, o objetivo deste trabalho é relatar a experiência acerca da  aplicabilidade desta unidade curricular na construção do conhecimento coletivo e interprofissional na formação da(o) enfermeira(o). Desenvolvimento: Para este relato, foram consideradas as vivências proporcionadas durante a disciplina ocorridas em sala de aula e em uma escola estadual de ensino fundamental. Foram consideradas as metodologias ativas e o processo de planejamento e execução das intervenções realizadas sobre a temática bullying, automutilação e alimentação saudável, respectivamente. As(os) alunas(os) da disciplina foram divididas em grupos multidisciplinares para facilitar a troca de saberes e trabalhar a partir do conceito de interdisciplinariedade. Os grupos planejaram as atividades com base nas temáticas mencionadas com turmas de primeiro a nono ano do ensino fundamental. O temas trabalhados foram sugeridos pela comunidade escolar. Resultado: A interdisciplinariedade entre os cursos de saúde envolvidos contribuíram para a construção de um espaço formativo a partir do compartilhamento das vivências e abordagens das(os) estudantes das outras áreas na formação integral das estudantes de enfermagem para o desenvolvimento de competências e habilidades que fomentem na construção de novas formas de operar no cotidiano. Todas(os) as(os) alunas(os) matriculadas(os) na disciplina gozam dos mesmos direitos sobre os temas tratados, bem como é organizado um seminário ao final da disciplina que garanta a troca de saberes entre as próprias alunas(os). Considerações finais: Por fim, a experiência oportunizou o exercício para a construção do pensamento crítico sobre sociedade equânime e sua capacidade de resiliência, permitindo  ainda a atualizações no planejamento prático sobre a promoção de intervenções para com a comunidade que validem maior impacto.

8814 ESTÁGIO OPTATIVO NA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE-MG: DIÁRIO DE UMA VIVÊNCIA
Cosme Rezende Laurindo, Ethelanny Pantaleão Leite

ESTÁGIO OPTATIVO NA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE-MG: DIÁRIO DE UMA VIVÊNCIA

Autores: Cosme Rezende Laurindo, Ethelanny Pantaleão Leite

Apresentação: Enquanto residente do segundo ano no Programa de Residência Multidisciplinar em Saúde Mental do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU/UFJF), houve a possibilidade da realização do estágio optativo. Identifiquei esta oportunidade essencial para a minha formação devido a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de Belo Horizonte, Minas Gerais (BH-MG) ser tida como referência, bem como apresentar uma disposição diferenciada em relação a RAPS do município de Juiz de Fora, Minas Gerais (JF-MG). Desenvolvimento: trata-se de um relatório descritivo quanto a realização de estágio optativo na RAPS de BH-MG, a partir do Programa de Residências Integradas em Saúde Mental do Hospital Odilon Behrens. Apresenta-se inicialmente a RAPS de BH-MG, para então dar sequência com os relatórios individuais produzidos a partir da vivência em cada um dos campos de prática previstos ao longo dos 30 dias de estágio optativo, sendo eles: Centro de Referência em Saúde Mental InfantoJuvenil Nordeste; Centro de Referência em Saúde Mental Nordeste; Centro de Referência em Saúde Mental Álcool e Drogas Nordeste; Centro de Convivência São Paulo; e Consultório de Rua Norte. Destaca-se participação nos momentos formativos teóricos do Programa de Residência visitado. Resultado: A modalidade dos serviços do município de JF-MG dá-se através de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), o que já é diferente da organização dos serviços de BH-MG, que são Centros de Referência em Saúde Mental (CERSAM), que materializa não só diferenças de funcionamento, mas também em termos de existência política do serviço e da assistência prestada a população, impactando no processo de trabalho e nos saberes construídos entre profissionais e residentes. Para além disso, percebi diferenciais positivos quanto a organização do próprio programa em si, detendo uma perspectiva mais afinada com a educação permanente e com as práticas inovadoras no campo da saúde, ganhando destaque por ser uma experiência que está conseguindo consolidar a proposta de integração entre residentes multiprofissionais e os residentes médicos, a partir de momentos articulados em conjunto. Não há como resumir a experiência que foi minha ida para BH-MG e a imersão na RAPS do município, sendo que posso, de maneira bastante confortável, afirmar que se tratou de um reencontro com a saúde mental, com a militância e com o prazer que é estar numa área essencialmente política, pautada em serviços de base comunitária e com grande peso para tecnologias leve e leve-duras, que demandam a todo o momento atualização e reinvenção profissional. Foi uma oportunidade não só de fortalecimento pessoal, mas de crescimento profissional, a partir da passagem por campos tão ricos enquanto singularidades das clínicas que são desenvolvidas, tendo profissionais de engajamento perceptível aos quais muitos posso dizer que se tornaram colegas queridos, pelas construções realizadas, pelas trocas, pelas risadas, pelos momentos de dificuldade e tristeza. Considerações finais: A experiência foi um momento essencial para o processo formativo, através da qual teve-se contato com uma rede potente, estruturada com equipamentos ainda ausentes no município de origem, contando com um processo de trabalho distinto do vivenciado até o momento.

8971 ALUNOS E FAMILARES NO PROCESSO ENSINO (AP)RENDIZAGEM NO QUARTO SEMESTRE DO CURSO DE MEDICINA DA UFC
Lucas Gabriel Marques, Conceição Aparecida Dornelas, Nina Victória Ribeiro, Lucas Castro Nascimento, Rafael Martins, Igor Mota Carvalho, Matheus Sousa Silva, Joaquim Tavares

ALUNOS E FAMILARES NO PROCESSO ENSINO (AP)RENDIZAGEM NO QUARTO SEMESTRE DO CURSO DE MEDICINA DA UFC

Autores: Lucas Gabriel Marques, Conceição Aparecida Dornelas, Nina Victória Ribeiro, Lucas Castro Nascimento, Rafael Martins, Igor Mota Carvalho, Matheus Sousa Silva, Joaquim Tavares

Apresentação: O IPSS (Escore Internacional de Sintomas Prostáticos) é um questionário autoaplicável constituído por sistema de escores para diagnosticar sintomas urinários em homens, conduzir e acompanhar o seu tratamento. Durante a 2ª edição DA SEMANA DA PRÓSTATA 2019, o IPSS foi passado para alunos do 4 semestre, que dela participavam, como recurso pedagógico prático visando o aprendizado da técnica semiótica do trato urinário, bem como despertá-los para o papel do futuro médico no diagnóstico precoce das doenças e motivá-los para uma conversa em casa sobre a prevenção de doenças da próstata. Dessa forma, objetiva-se avaliar a utilização de um recurso pedagógico no contexto familiar, suas dificuldades e efetividade no aprendizado de seus conteúdos. Um questionário foi aplicado aos alunos do 4° semestre de medicina sobre sua experiência com a semiótica do IPSS aplicado em familiares. Destes alunos, 100% sabem o que é IPSS. Apenas 65% aplicaram o IPSS, sendo que 81% foram aplicados em seus pais e 50% deles aplicaram, pois perceberam a importância do IPSS na aula, 35% não aplicaram pois não morava com seus familiares. A experiência foi positiva para 71% dos alunos, de fácil aplicação e rápida. 26% dos alunos revelaram que possuem dificuldades em abordar os mais velhos em sua família, e como principal problema apontado se encontra a “dificuldade de abordar o assunto considerado muito intimo”. Todos os alunos questionados conheciam o IPSS e sua importância para o diagnóstico da disfunção urinária, entretanto um pouco mais da metade conseguiu aplicá-lo em familiares. Em relação a aplicação, foi revelado uma experiência positiva tanto em acréscimo de aprendizado sobre o tema abordado em sala de aula como no seu uso na pratica médica. Contudo, foi observado em um considerável número de alunos a existência de dificuldade em abordar o assunto relacionados a saúde masculina com seus parentes mais velhos, uma habilidade que precisa ser desenvolvida nos alunos, já que serão futuros médicos e precisam amadurecer a relação médico paciente, vencendo tabus e preconceitos para que os objetivos da atenção primária sejam alcançados.

5995 AÇÃO DE UM PROJETO DE EXTENSÃO SOBRE AVC EM UM HOSPITAL ESCOLA DE REFERÊNCIA DO RECIFE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Matheus Nunes Ribeiro

AÇÃO DE UM PROJETO DE EXTENSÃO SOBRE AVC EM UM HOSPITAL ESCOLA DE REFERÊNCIA DO RECIFE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Matheus Nunes Ribeiro

Apresentação: O Acidente Vascular Cerebral (AVC), comumente conhecido como “derrame”, ocorre quando os vasos responsáveis por levar sangue ao cérebro se rompem, ocasionando o AVC do tipo hemorrágico, ou são obstruídos, gerando, por sua vez, o AVC do tipo isquêmico. Os dados epidemiológicos dessa doença são preocupantes, o Ministério da Saúde relata que 17 milhões de pessoas tem um AVC no mundo a cada ano, com 6,5 milhões de mortes dentre os acometidos, com uma incidência maior entre os homens. O AVC isquêmico é o mais comum e representa 85% de todos os casos, já o hemorrágico é responsável por 15% de todos os casos de AVC, mas pode causar a morte com mais frequência do que o AVC isquêmico. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo de natureza qualitativa na modalidade relato de experiência, a partir da vivência e percepções de acadêmicos de medicina e de enfermagem no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) durante a realização de ações decorrentes do projeto de extensão “Pense Bem AVC FPS” da Faculdade Pernambucana de Saúde em Recife-PE. Resultado: Com base na importância de propagar a informação sobre o AVC, o projeto de extensão “Pense Bem AVC FPS”  articulou ações no ambulatório do IMIP para levar informações do tema, que tinham abordagem categorizada nos conteúdos de AVC, como identificação, prevenção, epidemiologia e fatores de risco. Tais ações ocorriam durante a tarde, sob a supervisão das coordenadoras e monitoras do projeto, e apresentavam uma abordagem educativa na perspectiva da educação popular em saúde. Uma dessas ações, que ocorreu em 05 de dezembro de 2019, é a base para este relato de experiência. O grupo, composto por estudantes de diferentes cursos de saúde, era dividido em alguns subgrupos de três estudantes para abordar os pacientes que aguardavam atendimento no local. Durante cerca de duas horas, os extensionistas do projeto puderam conversar com um público de diferentes idades, sexos e classes sociais sobre AVC, esclarecendo dúvidas, informando dados e ouvindo experiências das pessoas que se dispunham a falar. Observou-se que as pessoas abordadas tinham, no geral, muitas dúvidas a respeito de AVC em aspectos que envolviam o reconhecimento, a prevenção e o socorro das vítimas. Ao final da ação, houve um alcance de mais de sessenta pessoas que conversaram com os estudantes sobre AVC. Considerações finais: Conclui-se que a ação criou um canal de livre conversação entre as pessoas abordadas e os extensionistas, que culminou em um diálogo horizontal baseado em informações da temática proposta pelo projeto, ocasionando, assim, no aumento do conhecimento sobre o tema e na possibilidade de mudança de hábitos de vida para evitar a doença. A conversa sob livre demanda foi importante para tirar dúvidas do AVC, além de reforçar as relações interpessoais dos estudantes com as pessoas que participaram das ações. Logo, é importante ressaltar a importância das ações do projeto de extensão para o público-alvo como forma de possibilitar a mudança da realidade social, além de reforçar uma visão mais humana dos extensionistas para com os pacientes.

6007 CICLO DE MINICURSOS MULTIDISCIPLINARES E SEUS EFEITOS NA FORMAÇÃO EM SAÚDE
Bruna Grasielle Nunes de Sousa, Pedro Emanuel do nascimento fernandes, Lara Molina de miranda godoy, Rafaela Silva Motta

CICLO DE MINICURSOS MULTIDISCIPLINARES E SEUS EFEITOS NA FORMAÇÃO EM SAÚDE

Autores: Bruna Grasielle Nunes de Sousa, Pedro Emanuel do nascimento fernandes, Lara Molina de miranda godoy, Rafaela Silva Motta

Apresentação: Na literatura em saúde, são poucos os relatos de experiências multidisciplinares no ambiente da graduação, que são focadas no campo da prática assistencial em saúde principalmente utilizando estudantes de graduação como principais atores. Esse dado faz pensar tanto nas dificuldades que a multidisciplinariedade e a multiprofissionalidade têm enfrentado para efetuar-se na prática pois dentro do cenário das instituições de ensino superior do País são poucas que promovem e discutem a prática colaborativa de trabalho e a multidisciplinaridade em saúde, é possível observar isso dentro do serviço pelo fato dos profissionais não conhecerem o trabalho desenvolvido por seus colegas de outras áreas de conhecimento, ou pela hierarquia profissional que se inicia dentro da graduação e se perpetua ao longo de toda a vida profissional, esses fatores são  grandes complicadores para o avanço da perspectiva de atuação multiprofissional. Com isso esse trabalho tem como objetivo relatar experiências do projeto Integra Saúde realizado pela Liga Acadêmica de Saúde da Família e Comunidade (LASFAC) da Universidade de Brasília, que propõe um ciclo de palestras de minicursos multidisciplinares que têm o intuito de criar e desenvolver estratégias para um maior envolvimento dos alunos com projetos voltados para a saúde da comunidade, controle social, conhecimento e reconhecimento de outras áreas profissionais como também contribuir com uma formação mais completa de diversos profissionais da área da saúde que estejam mais capacitados a lidar com situações adversas. Desenvolvimento: Foram analisados relatos de caráter qualitativo dos graduandos que participaram dos minicursos fornecidos pelo projeto intitulado ‘Integra Saúde’, e foi analisado quantitativamente por meio de formulários online e controle de frequência o projeto, que promove minicursos com temáticas relevantes a todos futuros profissionais de saúde com o intuito de formar uma mão de obra mais completa e com olhar mais generalista para atuar no sistema de saúde brasileiro. O método de seleção para se estipular os assuntos mais relevantes que deveriam ser abordados do projeto em questão foi por meio de uma pesquisa com o corpo discente da Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia (FCE), que compreende os cursos de fisioterapia, terapia ocupacional, saúde coletiva, fonoaudiologia, farmácia e enfermagem. Para os alunos mais antigos, que se encontram por volta do 6º ao 8º semestre na faculdade, pediu se que fosse relatado as demandas de atividades pouco realizadas durante a graduação. Já para os alunos mais novos, por volta do 1º ao 5º semestre, foi feito um apanhado sobre os assuntos que gostariam de ter mais contato na prática. E a partir dessa dinâmica que foram escolhidos os assuntos de maior relevância para acrescentarem de forma positiva na formação dos graduandos participantes. O resultado dessa ação foi a seleção das temáticas: atividades de educação em saúde, prevenção de doenças, práticas integrativas, conciliação medicamentosa, formação em primeiros socorros, adequação e importância do currículo da graduação, territorialização das áreas de atuação na comunidade, reiki, auriculoterapia, massoterapia, cuidados paliativos, e demais atividades como um curso de curativo completam essas ações exercidas na FCE. A seguir foi estipulado que a execução dos ciclos de minicursos ofertados pelos professores, servidores, graduandos e convidados iria ocorrer de forma clara e objetiva seguindo um cronograma de atividades segundo a disponibilidade dos integrantes da Liga Acadêmica de Saúde da Família e Comunidade (LASFAC) e dos ministrantes dos cursos. Ao final de cada minicurso foi enviado um questionário online para que se pudesse ser avaliada a relevância do projeto em questão por aqueles que participaram. Todo esse trabalho foi feito pelos alunos atuantes na coordenação de ensino da própria LASFAC. O foco nos 4 (quatro) primeiros meses foram os membros internos da LASFAC como um projeto piloto, para que pudesse avaliar o interesse dos alunos nos temas escolhidos, a adesão ao projeto e o que aquele minicurso mudou ou acrescentou na formação dos participantes. Para que assim, pudesse ser feito projeções futuras a respeito da ampliação do projeto ‘Integra Saúde’ em que os minicursos seriam ministrados para toda a comunidade acadêmica participante dos seis cursos ofertados pela UNB Faculdade de Ceilândia – FCE para que todos entendam a importância de atividades interdisciplinares e multidisciplinares na formação em saúde. Resultado: O Projeto Integra Saúde teve uma média de participação de 24 alunos por minicurso, com um total de 14 minicursos realizados desde o início do projeto, que completará 1 (um) ano em março de 2020, porém os 4 (quatro) primeiros meses os minicursos foram abertos apenas para integrantes da LASFAC, depois de constar os resultados positivos do projeto, os minicursos foram abertos para toda a comunidade acadêmica da Universidade de Brasília sendo que uma pequena minoria desses indivíduos não manifestou sua opinião a respeito do projeto. Quanto aos formulários é notório que mais de 85% dos que o responderam avaliaram as temáticas abordadas em relação tanto a relevância profissional como a relevância acadêmica como sendo muito importante uma vez que deu se autonomia para realizar procedimentos simples e padrões de primeiros atendimentos ao indivíduo. Já quanto aos relatos em que as pessoas foram questionadas diretamente e encontrou-se resultados semelhantes aos formulários. Os cursos foram importantes porque mesmo havendo profissões que não fazem parte da prática clínica da saúde como é o caso do curso de Saúde Coletiva, os alunos foram capacitados para realizar procedimentos simples de emergência caso não haja profissionais específicos na hora, e cursos com foco mais na assistência direta tiveram contato com questões voltadas ao controle social, planejamento em saúde e gestão. O Projeto Integra Saúde tem buscado apresentar áreas de atuação de cada profissional e tem sido eficaz na promoção de conhecimento multidisciplinar e multiprofissional, bem como na utilização desses aprendizados por meio de práticas externas a universidade de acolhimento e promoção da saúde. Considerações finais: Tendo em vista os dados supracitados, conclui-se que mesmo não havendo muito fomento da importância das práticas e estudos multidisciplinares nos modelos de ensino atuais os graduandos que fizeram parte da pesquisa demonstraram em sua grande maioria interesse e consciência de que práticas desse tipo são relevantes para vida acadêmica e vida profissional futura. A precoce aproximação de acadêmicos dos princípios do Sistema Único de Saúde, do ambiente multiprofissional em saúde  e ações realizadas por ele garantirá uma visão diferencial da humanização e consequentemente sentirão a necessidade de desenvolver em si diferentes áreas de saberes promovendo a educação continuada em saúde, pois o atendimento poderá se dar de forma mais generalista, humanizada, melhorando a qualidade e eficácia de atendimento dos profissionais da rede pública, já que o modelo proposto de atuação dos profissionais de saúde deve estar direcionado para um objeto em comum e a multidisciplinariedade facilitará para ações que se complementam, porém é importante e necessário ressaltar que essa aproximação dos futuros profissionais ocorra a partir da graduação, e o Integra Saúde se consolidou na Universidade de Brasília – Campus Ceilândia como um instrumento importante no fomento da multidisciplinariedade e respeito as mais diversas profissões de saúde.

6180 UM NOVO OLHAR SOBRE A PESQUISA UNIVERSITÁRIA: GRUPO AMPLIADO/ABERTO DE ORIENTAÇÃO (GAO)
Liliane Spencer Bittencourt Brochier, Paula Vitória Pena Machado, Laura Rego da Silva, Norma Berenice Almeida da Silva Barros, Tainá Suppi Pinto

UM NOVO OLHAR SOBRE A PESQUISA UNIVERSITÁRIA: GRUPO AMPLIADO/ABERTO DE ORIENTAÇÃO (GAO)

Autores: Liliane Spencer Bittencourt Brochier, Paula Vitória Pena Machado, Laura Rego da Silva, Norma Berenice Almeida da Silva Barros, Tainá Suppi Pinto

Apresentação: A pressão institucional, bem como o modelo produtivista imposto e a competição acadêmica moldam os espaços de produção científica e ressignificam o ser-fazer pesquisador. Em uma tentativa de minimizar as tensões causadas por este modelo de produção acadêmica, no ano de 2013, no âmbito de uma universidade pública federal, foi criado o Grupo Ampliado/Aberto de Orientação (GAO), com a intenção de ser um espaço solidário de produção de ciência que visa promover a construção e a discussão de textos de autoria dos participantes, oportunizar vivências no tripé ensino, pesquisa e extensão, aberta à comunidade em geral. O objetivo do presente trabalho foi relatar a experiência/vivência de participação no GAO, no ano de 2019. Desenvolvimento/Método: O GAO é realizado em reuniões quinzenais que acontecem nas sextas-feiras à tarde na Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com integrantes de diferentes níveis de formação, de instituições e trabalhadores das áreas da saúde e da educação, com ou sem vínculo com a UFRGS. A organização dos encontros se dá por meio de um cronograma semestral, que indica as produções que serão submetidas à leitura e análise crítica dos demais participantes no semestre vigente. Além de todos os participantes poderem fazer correções e sugestões, são indicados previamente, para cada texto a ser discutido, uma dupla de pareceristas que deverão produzir um parecer por escrito sobre o texto em análise. A produção dos textos é baseada e fomentada na construção coletiva. Os textos são enviados previamente pelos autores, por meio eletrônico, a fim de oportunizar a leitura crítico-analítica de todos participantes. Resultado: A participação no GAO representa a possibilidade, para muitos de seus participantes, de melhor conhecer a pesquisa acadêmica e as oportunidades de (re)inserção universitária. Considerações finais: Participar desse coletivo tem sido instigante e transformador, na medida em que o GAO contribui na construção e promoção de um espaço de compartilhamento solidário de vivências sobre a produção acadêmica, em que os integrantes envolvidos gozam dos mesmos direitos sobre os temas e textos tratados.

6336 CONTRAPARTIDA ACADÊMICA NA CONCESSÃO DE CAMPOS DE ESTÁGIO: uma estratégia de integração Ensino-Serviço para a qualificação da força de trabalho em saúde.
Maria Inês Corrêa Cárcamo, Danielle Vargas Silva Baltazar, Ana Carolina Tavares Vieira, Osvaldo Bispo, Anna Tereza Miranda Soares de Moura, Gilson Torres, Maria Cristina D'Almeida Magalhães, Marcos Andrade Silva

CONTRAPARTIDA ACADÊMICA NA CONCESSÃO DE CAMPOS DE ESTÁGIO: uma estratégia de integração Ensino-Serviço para a qualificação da força de trabalho em saúde.

Autores: Maria Inês Corrêa Cárcamo, Danielle Vargas Silva Baltazar, Ana Carolina Tavares Vieira, Osvaldo Bispo, Anna Tereza Miranda Soares de Moura, Gilson Torres, Maria Cristina D'Almeida Magalhães, Marcos Andrade Silva

Apresentação: A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) através da publicação da Resolução 1859/2019 estabelece, dentre condições para a assinatura dos Termos de Cooperação Técnica para concessão de campo de estágio nas unidades da rede própria SES-RJ com as instituições de ensino pública, a contrapartida acadêmica. A cada semestre, a partir da inserção dos alunos de Instituições de Ensino públicas com TCTs vigentes, a mesma se articula com o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento da Unidade Hospitalar concedente para a realização de uma ação de educação em saúde que atenda as demandas de qualificação do profissional de saúde da Unidade e/ou do processo de trabalho. No ano de 2019 uma das instituições de Ensino que se destacou na realização de contrapartidas acadêmicas nas Unidades da Rede SES-RJ foi a FAETEC - Fundação de Apoio à Escola Técnica. A FAETEC, órgão subordinado à SECTI – Secretaria de Estado de Ciência Tecnologia e Inovação, em seus mais de 20 anos de atividade, através de dezenas de cursos Técnicos, Superiores e Profissionalizantes, vem capacitando milhares de cidadãos para inserção ou ascensão de qualidade no mercado de trabalho. Na área da saúde, um dos mais importantes serviços básicos prestados à Sociedade é a oferta do curso técnico de enfermagem.  No curso o aluno deve cumprir estágio obrigatório em serviços de saúde como parte da sua formação, sendo orientados e acompanhados por professores e supervisores. O Termo de Cooperação Técnico 03/2019 que assinam entre si a SES-RJ e a FAETEC possibilitou que, além do ingresso dos alunos nas Unidades, o trabalho articulado com o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento das unidades estaduais de saúde contribuísse no desenvolvimento do estágio, dimensionando o número de estagiários nas dependências da respectiva unidade e o fluxo de inserção dos alunos aprimorando o processo de trabalho em torno do estágio e qualificando a formação dos alunos. Como atividade externa os alunos tiveram a oportunidade de participar da 10ª Edição da Semana da Saúde realizada pela SES-RJ na Cinelândia – Rio de Janeiro (RJ), e da 2ª Edição do ConversaSUS, permitindo através dessas ações acrescentar ao currículo novos aprendizados da profissão escolhida. A parceria em torno da contrapartida acadêmica, como parte do acordo bilateral estabelecido quando da efetivação do convênio, a FAETEC vem realizando através de seu corpo docente de enfermagem junto às Unidades, a promoção de palestras, técnicas de procedimentos profissionais e atualizações aos profissionais das Unidades de Saúde, sendo todos os temas são acordados com o Centro de Estudos das Unidades. No segundo semestre de 2019, como decorrência da contrapartida acadêmica, foram realizadas ações de educação em saúde em torno dos temas: segurança do paciente, higienização das mãos, cuidados na administração de medicação, suporte básico de vida e comunicação de trabalho em equipe. Entendemos, ao exemplo do que foi construído com a FAETEC no segundo semestre de 2019, que a contrapartida acadêmica definida na Resolução SES-RJ 1859/2019 é uma estratégia de integração Ensino-Serviço para a qualificação da força de trabalho em saúde.  

6342 O PAPEL DA GESTÃO ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO NO ORDENAMENTO DA FORMAÇÃO DA FORÇA DO TRABALHO PARA O SUS
Danielle Vargas Silva Baltazar, Maria Inês Corrêa Cárcamo, Ana Carolina Vieira Tavares, Anna Tereza Miranda Soares de Moura

O PAPEL DA GESTÃO ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO NO ORDENAMENTO DA FORMAÇÃO DA FORÇA DO TRABALHO PARA O SUS

Autores: Danielle Vargas Silva Baltazar, Maria Inês Corrêa Cárcamo, Ana Carolina Vieira Tavares, Anna Tereza Miranda Soares de Moura

Apresentação: A relação entre Ensino e Serviço é histórica na formação dos profissionais de saúde, dando-se predominantemente no ambiente hospitalar, geralmente fragmentada por especialidades e com o conteúdo pedagógico estabelecido pelas Instituições de Ensino. Destacamos a importância da inserção de uma proposta pedagógica que inclua também temáticas referentes às necessidades dos serviços públicos, resultando em uma verdadeira integração entre o ensino e os serviços de saúde. O trabalho apresenta o fluxo construído em 2019 pela Subsecretaria de Educação e Inovação em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) para a consolidação de seu papel de ordenador da força de trabalho para o SUS, tendo como objetivo ultrapassar o papel burocrático-administrativo, avançando na promoção de uma formação de qualidade e compondo um cenário de inovações para o campo de estágio em nossas unidades. O fluxo desenvolvido descreve como os Termos de Cooperação Técnica (TCT) assinados entre a SES-RJ e as Instituições de Ensino para concessão de campo de estágio para aos alunos de nível médio, superior e internato nas Unidades de Saúde da SES-RJ se efetiva. Enfatiza a relação que a Divisão de Gestão Acadêmica(DGA) da Coordenação de Ensino tem estabelecido com os Centros de Estudo e Aperfeiçoamento (CEAs) e os Núcleos de Educação Permanente (NEPs) no apoio à condução dos campos de estágio. Objetivo: Apresentar a reestruturação da gestão acadêmica dos estágios na SES-RJ em 2019, ampliando seu foco administrativo-burocrático e avançando em seu papel formador. Desenvolvimento: Em 24 de maio de 2019 foi publicada a Resolução 1.859/2019 que trouxe nova regulamentação para a utilização das Unidades de Saúde e Nível Central da SES-RJ como campos de estágio obrigatório e não obrigatório, internato e pós-graduandos pelas instituições de ensino de nível médio, superior e de pós-graduação da iniciativa pública e privada. A resolução foi elaborada com os objetivos de: permitir maior agilidade na assinatura dos TCTs, promover maior qualidade na formação dos estagiários dentro das unidades de saúde e definir as contrapartidas acadêmicas e financeiras. O processo aberto na SES-RJ para assinatura do TCT passou a exigir documentação específica enquanto instrumento jurídico, contudo, trouxe duas alterações importantes: a inclusão de um plano de trabalho do campo de estágio elaborado em parceria com os CEAs/NEPs e DGA, a partir do dimensionamento do campo de estágio e da possibilidade de uma preceptoria de qualidade na Unidade Hospitalar. E, a inclusão do Termo de Anuência do Diretor da Unidade na listagem de documentos gerando maior implicação da direção na oferta e aceite ou recusa dos estagiários. Na direção do papel de formador da SES-RJ para o SUS, foram propostos e realizados 4 (quatro) eventos de recepção e integração dos estagiários das Unidades de Saúde SES-RJ. Os eventos foram organizados sob a marca “ConversaSUS” numa perspectiva de trocas entre estagiários e profissionais do SUS, que conversam sobre os desafios em torno do fortalecimento do SUS e suas políticas. Os eventos reuniram estagiários, professores orientadores, preceptores, representantes dos CEAs e NEPs e representantes das diferentes áreas da gestão central da SES discutindo a importância do SUS na formação. O evento tornou-se marca da Divisão de Gestão Acadêmica da Coordenação de Ensino da Subsecretaria de Educação e Inovação em Saúde Por fim, a resolução estabelece que as Instituições de Ensino públicas devam realizar contrapartidas acadêmicas semestrais nas unidades campos de estágio e as Instituições de Ensino privadas devem realizar contrapartidas financeiras mensais durante os meses em que os estagiários estiverem em campo. As contrapartidas financeiras são utilizadas para equipar os CEAs/ NEPs que oferecem campo de estágio. As contrapartidas acadêmicas são definidas como sendo a oferta de ações de educação em saúde, cursos, oficinas, vagas em cursos de especialização e/ou mestrado que devem ser acordadas entre os CEAs/NEPs, a Divisão de Gestão Acadêmica e a Instituição de Ensino pública. Acreditamos que, dentre outros benefícios, as contrapartidas são uma forma de valorizar o trabalho dos CEAs/NEPs, qualificar o seu trabalho e incentivar as unidades que ainda não recebem estagiários a se tornarem campos de estágio. Nesse sentido foi fundamental o acompanhamento dos CEAs/NEPs no processo de implementação dos estágios, alinhando as ações com as Instituições de Ensino e definindo uma forma triaxial de trabalho: eixo SES, eixo Unidade de Saúde e eixo Instituição de Ensino. Resultado: A publicação da Resolução 1.859/2019 impactou na construção de um novo fluxo de oferta de campo de estágio nas Unidades da SES-RJ, com o qual foi possível avançar numa perspectiva de qualificação dos campos de estágio na formação para o SUS. Observou-se o fortalecimento do papel dos CEAs/NEPs nas Unidades de Saúde campo de estágio e, consequentemente, uma maior descentralização das ações e articulação com as Instituições de Ensino, na discussão sobre os setores e as temáticas prioritárias. Por fim, consideramos que dentre os resultados preliminares estão a ampliação do papel de gestor da formação em saúde exercido pela SES-RJ na relação entre as Instituições de Ensino e as Unidades Hospitalares; a garantia da inclusão dos conceitos relacionados aos princípios do SUS no programa de estágio  e a articulação das temáticas prioritárias definidas pelas áreas técnicas da SES-RJ com as ações de formação do estágio. Os resultados obtidos nesses 7 meses são considerados preliminares, mas apontam a direção assumida e o caminho pelo qual se pretende avançar. Considerações finais: A formação da força de trabalho para o SUS nem sempre se dá de forma articulada com as necessidades locais/regionais da população assistida e dos serviços de saúde. Esse é um dos desafios postos ao SUS na qualificação dos Recursos Humanos. A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde recoloca essa questão e propõe que a formação e o desenvolvimento dos trabalhadores no SUS não sejam pautados somente por uma lista de necessidades individuais de conhecimento e atualização. Ao contrário, enfatiza a importância da formação de profissionais ocorrer de forma indissociada das necessidades de saúde da população e de acordo com as características do território e das demandas do processo de trabalho. Entendemos que o estagiário que se forma em nossas unidades será o profissional que amanhã estará atuando e será alvo de ações de qualificação. Assim, verifica-se a necessidade de uma proposta pedagógica que inclua na formação dos estagiários também os conceitos básicos do SUS. Trata-se de um convite à pensar a potência que existe no trabalho da formação para o fortalecimento do SUS. A proposta pedagógica tem como objetivo formar profissionais, generalista ou especialista, em consonância com os princípios constitucionais, com o foco na garantia do direito à saúde dos seus usuários e aproximando o contexto da formação ao contexto do trabalho nos cenários do SUS. Assim, pretende-se contribuir com o desafio posto pela Reforma Sanitária, qual seja preparar os profissionais de saúde para uma prática comprometida com a integralidade da assistência, que seja o norte fundamental sob o qual os conhecimentos especializados possam se erguer. Esse processo não é simples visto que os estudantes estão inseridos predominantemente em espaços de formação pautados no racionalismo, cientificismo e tecnicismo. Por fim, o que se pretende é solidificar a competência atribuída ao SUS na Constituição Federal de 1988 de ordenador da formação na área da saúde, de modo que esta represente uma formação para o cuidado.  

6365 DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS DOCENTES DE ENFERMAGEM: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Italo Jaques Figueiredo Maia, Marcelo Augusto da Silva Seixas

DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS DOCENTES DE ENFERMAGEM: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Autores: Italo Jaques Figueiredo Maia, Marcelo Augusto da Silva Seixas

Apresentação: Atualmente o mercado de trabalho busca um profissional competente. Essa competência é adquirida através de uma educação de alto nível. A profissão de enfermagem pode ser realizada em diversos setores. O mais conhecido é o da assistência, porém, ainda há pesquisa, participação política e o mais complexo que é a área da educação, pois, acaba agregando um conjunto de habilidades específicas. Objetivo: Apresentar e discutir achados da literatura quanto as dificuldades encontradas por parte dos profissionais de enfermagem no processo de ensino/aprendizagem. Rocha ressalta que a área da enfermagem é complexa, e o professor o é ainda mais, pois este está formando futuros profissionais com grandes responsabilidades. Afirma que, hábitos e comportamentos serão e deverão ser alterados durante o curso e, há uma grande interação entre aluno/professor cujo foco é capacitar profissionais de exercer uma atividade específica. Essa pesquisa foi preparada a partir de uma revisão de literatura na base de dados LILACS, SciELO e MEDLINE, com artigos científicos publicados entre os períodos de 2004 e 2019. As palavras-chave utilizadas foram “Docente”, “Enfermagem”, “Dificuldades” e “Ensino”. Como critério de exclusão: artigos publicados antes de 2004; não se referiam a docentes de enfermagem; que não estavam escritos na língua portuguesa. Encontrados 65 artigos científicos. Após a leitura, notou-se que alguns não preenchiam os critérios. Escolhidos 11 artigos para leitura dos resumos e após, excluídos os que não diziam respeito ao propósito deste estudo. Posterior a leitura dos resumos, foram selecionados 06 artigos científicos. Predominantemente os artigos utilizados neste estudo para análise foram publicações do ano de 2016 (50%); e realizados no Brasil (100%). Na atualidade, os cursos de enfermagem passam por dificuldades, onde a polarização está tomando conta e ameaçando a qualidade do ensino prestado. A tabela 2 mostra as dificuldades encontras pelos docentes, observa-se que 42% dos artigos, relatam que as principais dificuldades são relacionadas as propostas pedagógicas e processo de ensino/aprendizagem; 25% relatam dificuldades por não ter formação específica à docência e 08% dos artigos demonstram as dificuldades têm ligação com a falta de estrutura física ou materiais adequados. Conclui-se que as dificuldades encontradas pelos profissionais na docência, são principalmente: metodologias inadequadas; deficiência no aprendizado para a docência e a falta do comprometimento e companheirismo entre aluno/professor. Entende-se que a formação do enfermeiro é voltada para a assistência, sendo necessário que o profissional obtenha capacitação para exercer a docência.

6377 SALA DE ESPERA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA DE ENSINO: A EXPERIÊNCIA DO EDUCANDO ENQUANTO EDUCADOR
Pamela Lorrane Ribeiro da Silva, Laylla Mirella Galvao Azevêdo, Danilo Guerra Neto

SALA DE ESPERA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA DE ENSINO: A EXPERIÊNCIA DO EDUCANDO ENQUANTO EDUCADOR

Autores: Pamela Lorrane Ribeiro da Silva, Laylla Mirella Galvao Azevêdo, Danilo Guerra Neto

Apresentação: O ensino médico, comumente, é pautado em abordagens tecnicistas que contrariam a necessidade de formação de profissionais aptos à realidade dinâmica e multifacetada do Sistema Único de Saúde (SUS). Devem ser instituídas metodologias alternativas de ensino, na tentativa de desconstruir relações verticalizadas e promover a troca de saberes com usuários e demais profissionais. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é relatar a experiência da sala de espera como instrumento pedagógico proposto na disciplina “Educação em Saúde” do curso de Medicina da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB). Desenvolvimento: A experiência foi desenvolvida com alunos do sexto período de Medicina da UFOB. “Educação em Saúde” fomenta o papel dos profissionais de saúde enquanto educadores. Nesse contexto, os discentes visitaram unidades de saúde pré-definidas, nas quais houve diálogo com enfermeiras e agentes comunitários para elencar as principais demandas em saúde. Após este levantamento couberam aos alunos pesquisas acerca dos assuntos visando embasar atividades posteriores. Em grupo, os estudantes confeccionaram materiais como folhetos ilustrativos de linguagem acessível, além de abordagens lúdicas de interação com o público, como a encenação teatral, na qual eram retratados usuários, profissionais de saúde e membros da família, na tentativa de expor sintomas, crenças populares, prevenção de agravos e formas de assistência fornecida, conforme a temática escolhida. Durante a atividade, houve intensa participação dos usuários, que expuseram seus conhecimentos prévios e dúvidas. Por fim, a experiência foi repassada em sala de aula, de modo que cada um apresentasse suas percepções, além de alavancar debates acerca da relevância do trabalho em equipe e da construção de relações horizontalizadas. Resultado: A atividade auxiliou no fortalecimento da relação entre ensino, serviço e comunidade e no entendimento das singularidades do usuário e de cada unidade de saúde. Como cada sujeito possui uma bagagem cultural e histórica, há diferente entendimento pessoal do adoecimento, trazendo a necessidade de um cuidado pormenorizado e holístico. O mesmo acontece nas unidades de saúde, situadas em espaços geográficos diferentes e, portanto, com diferentes determinantes. O contato com o saber popular foi de grande valia e permitiu desfazer concepções errôneas, além de absorver saberes que irão complementar a prática médica. Enquanto cidadão e futuro profissional de saúde se destaca a reafirmação da escuta ativa como ferramenta de humanização do serviço. Considerações finais: A abordagem de ensino exclusivamente tecnicista é ineficaz na formação de profissionais de saúde voltados ao SUS. Diante disso, esta vivência possibilitou a qualificação não somente dos alunos, mas dos profissionais das unidades participantes, a partir de uma ampliada leitura situacional de saúde e seus determinantes sociais.  

6443 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOCENTE COM BASE NO ARCO DE MAGUEREZ
Izabel Alcina Soares Evangelista, Jéssica Costa Ninas, Maria Jesus Monte Souza, Rodrigo Luis Ferreira Silva

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOCENTE COM BASE NO ARCO DE MAGUEREZ

Autores: Izabel Alcina Soares Evangelista, Jéssica Costa Ninas, Maria Jesus Monte Souza, Rodrigo Luis Ferreira Silva

Apresentação: Todas as Instituições de Ensino Superior – IES, que desenvolvem Avaliação de Desempenho Docente – ADD, sempre aplicam questionários para serem respondidos pelos discentes, seja por meio de aplicativos, software ou o tradicional, respondendo no papel. Seja qual for o recurso ou o instrumento utilizado, os docentes são avaliados pelos discentes. O estudo teve como objetivos analisar, tabular os resultados e desenvolver ações com foco nas 14 questões de um questionário aplicado para 855 discentes do ensino superior, sobre o desempenho de 99 docentes no final do ano letivo de 2018 dos cursos de Educação Física, Fisioterapia, Enfermagem, Música e Medicina, ofertado pela Universidade do Estado do Pará – UEPA/Campus XII, situada no município de Santarém no Oeste do Pará, esta instituição é, pioneira na adoção de Metodologias Ativas. Todo o processo de desenvolvimento da ADD, foi planejada para realiza-se com a Metodologia da Problematização – MP com base no Arco de Maguerez com ênfase nas cinco etapas do arco como segue: etapa 1 – Observação da Realidade, por meio da aplicação dos questionários, etapa 2 – Pontos –Chave: analisou-se os questionários para identificar o problema. E a questão de número 4 “sobre metodologia de ensino” teve um número significativo dos discentes reclamando sobre a metodologia desenvolvida pelos professores. A etapa 3- Teorização: buscou-se fundamentação teórica na literatura sobre a temática e seu problema revelado. Na etapa 4- Hipótese de Solução: a equipe pedagógica reuniu-se para discutir as possibilidades de solucionar ou minimizar o problema. Dentre as hipóteses de ação planejou-se curso e oficina sobre Metodologias Ativas. Na etapa 5- Aplicação à Realidade: ato de realização da ação planejada. Os resultados foram, muito positivo, visto que todos os docentes que participaram dos cursos e oficinas de tutorial ofertados no início do ano letivo de 2019, avaliaram o desenvolvimento das ações, como muito exitosa e significativa para melhorar as estratégias e o repertório didático dos professores do ensino superior. Considerações finais: Com a realização de Rodas de Conversas ou Távolas Redondas nos cursos, com os docentes e discentes em momentos separados. Alguns professores falaram sobre os desafios de pesquisar novas estratégias para inovar suas aulas e os alunos também explicaram, que muitos professores estão bem melhores em relação ao desenvolver as metodologias ativas. Mas, há o reconhecimento que é preciso muito mais, que isso, para se aprender a aprender outras mediações pedagógicas inovadoras para o sucesso da aprendizagem e ensino no ensino superior nas IES que valorizam a ADD.

6477 A LINHA DE CUIDADO COMO INSTRUMENTO DE TRABALHO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E FERRAMENTA DE INTEGRAÇÃO ENSINO- SERVIÇO: ITINERÁRIO TERAPÊUTICO DE CUIDADO DOMICILIAR À PESSOA COM FERIDA
Cassiano Franco, Stefano Trivelin, Maria Kátia Gomes

A LINHA DE CUIDADO COMO INSTRUMENTO DE TRABALHO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E FERRAMENTA DE INTEGRAÇÃO ENSINO- SERVIÇO: ITINERÁRIO TERAPÊUTICO DE CUIDADO DOMICILIAR À PESSOA COM FERIDA

Autores: Cassiano Franco, Stefano Trivelin, Maria Kátia Gomes

Apresentação: As linhas de cuidado são estabelecidas para desenhar o fluxo assistencial que o usuário terá com o intuito de atender suas necessidades de saúde, em um caráter integral. Com o enfoque nas necessidades dos usuários, as linhas de cuidado têm na Atenção Primária à Saúde (APS) um importante ponto de partida para seu estabelecimento. Compreender como está estabelecida a linha de cuidado em uma Clínica de Família permite uma discussão sobre esse processo de cuidado e sugestões podem ser criadas para aprimorar esse processo. A gestão das linhas de cuidado deve estar atenta às mudanças do processo de trabalho e às inovações no ato de cuidar e, com isso, procurar perceber que as novas questões são elementos que enriquecem o que estava previamente estabelecido. Têm-se como principais alvos das linhas de cuidado as condições crônicas, que são acompanhadas integralmente na APS, entre as quais se inclui o cuidado continuado de feridas crônicas. No contexto da integração ensino-serviço, as linhas de cuidado são uma oportunidade para a inserção ativa dos estudantes na prática da APS, possibilitando sua contribuição e aprendizagem significativa.  Quando bem estabelecida, tal inserção traz diversos benefícios, não apenas para os estudantes, mas também para profissionais e comunidade. Sua implementação no contexto de cuidado de feridas crônicas pode ser muito proveitosa, uma vez que a organização dessa linha de cuidado costuma ser amplamente difundida nas unidades básicas de saúde. Dentre as contribuições para os acadêmicos se destacam a redução da dicotomia entre teoria e prática, a aproximação com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e com o cotidiano do trabalho das equipes. Para o serviço, destacam-se o desenvolvimento de ações e a maior qualificação para o trabalho na APS dos profissionais por meio de educação permanente. Já para a comunidade, tem-se uma ampliação dos espaços de intervenção e melhoria da qualidade do cuidado. Este trabalho pretende relatar a experiência, em uma Clínica da Família, no município do Rio de Janeiro, da linha de cuidado dos pacientes em acompanhamento para tratamento de feridas, no sentido do favorecimento à inserção dos acadêmicos de Medicina, em diferentes estágios da graduação, contribuindo nesse processo de trabalho. O cenário do trabalho foi uma Clínica da Família, no bairro da Ilha do Governador, no município do Rio de Janeiro, no período de setembro a outubro de 2019. Trata-se de uma unidade-escola do município, que presta serviços da Estratégia Saúde da Família e ao mesmo tempo recebe alunos de graduação de medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os alunos realizam na unidade estágio de internato integrado em Saúde da Família, Saúde Coletiva e Saúde Mental, nos dois anos finais do curso, e também no ciclo básico, no terceiro semestre, em disciplina de Atenção Integral à Saúde. A experiência e sua análise se deram por meio da consulta a prontuários eletrônicos, registros verbais dos profissionais e visita domiciliar, traçando o itinerário terapêutico de um caso de pessoa com ferida crônica em acompanhamento domiciliar. Foram envolvidos usuários, profissionais da Saúde da Família e acadêmicos da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, inseridos na unidade de saúde por meio de estágio. Para a integração na linha de cuidado, tanto um interno quanto alunos do terceiro período da Faculdade de Medicina realizaram uma etapa prévia de levantamento e caracterização dos casos. A seguir, reviram a organização da linha de cuidado pelos profissionais de saúde da Clínica da Família. Posteriormente, traçaram o itinerário terapêutico na linha de cuidado de um caso eleito por uma das equipes e realizaram visitas domiciliares. O caso foi escolhido com base na disponibilidade, oportunidade de acompanhamento e potencial de contribuição. Por fim, ofereceram um retorno com considerações positivas e proposições aos profissionais envolvidos, tanto sobre aspectos particulares do caso, quanto sobre elementos mais gerais de organização da linha de cuidado. O interno, que estava inserido mais intensivamente na equipe, liderou esse processo. O levantamento de casos no prontuário revelou apenas 21 usuários com feridas crônicas identificadas pelas equipes da Clínica da Família. Somente quatro eram cuidados em domicílio. A maioria era de idosos, com condições crônicas de saúde, principalmente hipertensão arterial e diabetes mellitus, como esperado. A linha de cuidado estabelecida na unidade incluía etapas cumulativas de avaliação, desde os agentes comunitários de saúde até os enfermeiros. Os pacientes eram inseridos em planilhas para acompanhamento. As avaliações tinham em vista a gravidade da lesão, o grau de vulnerabilidade e a capacidade de autocuidado. O plano terapêutico era estabelecido geralmente a partir da decisão dos enfermeiros, que instituíam a necessidade de cuidados no ambiente domiciliar ou na unidade de saúde. Observou-se, na construção da linha de cuidado, a percepção de determinantes sociais de saúde, educação em saúde, técnicas e materiais de cuidado associados ao curativo e acolhimento a demandas e necessidades dos usuários em questões relacionadas, como acesso, rede de apoio e cuidado a outras comorbidades e problemas de saúde. Toda a equipe era envolvida, com ênfase nos profissionais de enfermagem e agentes comunitários de saúde. O itinerário terapêutico no cuidado à ferida crônica de um usuário da Clínica da Família foi obtido através de visitas domiciliares de acadêmicos de medicina, acompanhados dos profissionais. Vulnerabilidades e potencialidades associadas ao caso puderam ser discutidas com as equipes para apoiar um olhar ampliado no estabelecimento da linha de cuidado de modo mais generalizado, inclusive na consideração de referências a demais níveis de atenção à saúde e outros setores. Os estudantes puderam exercitar, de modo real e vivo, diversas competências relacionadas aos seus momentos de aprendizagem. Entre as quais, pode-se citar: realizar entrevista clínica; aplicar adequadamente exame físico; identificar demandas e necessidades de saúde; instituir planos terapêuticos de promoção da saúde, prevenção, cura e reabilitação; estabelecer condutas custo-efetivas, com base em evidências, situação clínica e preferências do paciente; atentar para aspectos biopsicossociais do cuidado; portar-se com empatia, vínculo e responsabilidade; orientar-se para a prática individual e coletiva na comunidade; integrar-se em trabalhos interdisciplinares e intersetoriais. Tais habilidades puderam ser discutidas tanto em encontros didáticos com a supervisão docente da Universidade, quanto com os profissionais da Clínica da Família. As linhas de cuidado trabalham com diversos princípios e doutrinas do SUS ensinados nas salas de aula para alunos da área da saúde. Dessa forma, a participação em linhas de cuidado favorece o melhor entendimento desses conceitos por parte dos estudantes, aproximando o aluno à real aplicação desses conceitos. A presença do acadêmico permite que novas ações sejam inseridas no processo de cuidado. O aluno passa a ter um papel de transformador do cuidado ao propor, em conjunto com sua equipe, intervenções. Para a comunidade, a interação ensino-serviço se mostra potente, ofertando mais agentes disponíveis para a realização do cuidado e possibilitando um olhar abrangente do paciente e do processo de adoecer. 

6490 MONITORIA EM CLÍNICA AMPLIADA DE ODONTOLOGIA: A IMPORTÂNCIA DA EXPERIÊNCIA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM PARA OS ESTUDANTES
Andreas Rucks Varvaki Rados, Luiza Dietrich Loch, Maurício Fernando Nunes Teixeira

MONITORIA EM CLÍNICA AMPLIADA DE ODONTOLOGIA: A IMPORTÂNCIA DA EXPERIÊNCIA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM PARA OS ESTUDANTES

Autores: Andreas Rucks Varvaki Rados, Luiza Dietrich Loch, Maurício Fernando Nunes Teixeira

Apresentação: A monitoria em clínica odontológica objetiva contribuir com o processo de ensino e aprendizagem do estudante, estimulando a busca de novas experiências, além da possibilidade de auxiliar professores e colegas. No curso de Odontologia da Univates, o estudante interessado em realizar monitoria deve demonstrar sua disposição em participar das atividades por meio de uma carta de motivação. Desenvolvimento: Este trabalho se propõe a ser um relato de experiências de monitorias realizadas por estudantes junto à Clínica de Odontologia Ampliada (COAm). Durante as atividades do curso, os estudantes têm contato com a utilização de metodologias ativas no processo de ensino e aprendizagem, além de participar em atividades de promoção e cuidado em Saúde Bucal. Resultado: A partir do 4º módulo os estudantes têm a oportunidade de participar de Monitoria Voluntária na COAm sendo orientados pelos seus professores e podem usufruir da experiência clínica da qual estão inseridas. Os usuários chegam na COAm referenciados por diversas formas sendo feitos atendimentos inclusive de Pessoas com Deficiência (PcD). Esta é uma experiência desafiadora, pois existe uma abordagem diferente no momento do tratamento, desde a chegada do usuário no ambiente de clínica até o momento do “estar na cadeira do dentista” que demanda cuidado especial. O atendimento vai desde crianças portadoras de Síndrome de Down até usuários com deficiências mentais e físicas assim como cadeirantes, iniciando sempre com acolhimento em espaço específico da clínica. A demanda de PcD’s é bastante considerável, pois, na maioria das vezes, estes usuários são referenciados para a COAm pois o seu município de origem não consegue realizar o tratamento e encaminham para a Univates através do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Taquari (CONSISA). É importante ressaltar que os responsáveis por estes usuários têm altas expectativas sobre a resolução da queixa trazida e a eficácia do tratamento por parte dos estudantes e professores. Atendimentos especializados de Estomatologia também são realizados na COAm acredito que, como estudante, estar próxima de casos que envolvam a estomatologia e patologia agregam muita experiência, principalmente no que tange à identificação de alterações bucais e relação entre a teoria e a prática. Quando há suspeita de alguma lesão, pode ser feita uma biópsia e a amostra é encaminhada para análise laboratorial, depois retorna até a clínica e o resultado é discutido entre estudante e professor e apresentado ao usuário. Após isso, verificamos as possibilidades de tratamento, respeitando sempre as limitações e desejos do usuário. A monitoria abre a oportunidade de auxiliar em atendimentos e procedimentos; cirurgias estéticas também são realizadas na clínica, como aumento de Coroa Clínica com gengivoplastia. Por meio da utilização do prontuário eletrônico conseguimos descrever suas demandas, como receitas de medicamentos, orientação de tratamento, exames de laboratório, consultas médicas e ter os registros e histórico do usuário no sistema. Considerações finais: A partir do exposto anteriormente, é possível salientar que a monitoria abre a oportunidade de auxiliar em atendimentos e procedimentos singulares e especiais, com os quais o estudante, provavelmente, nunca teria contato.

6502 AS OFICINAS REGIONAIS COMO ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO DA POLÍTICA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM PERNAMBUCO
LUCIANA CAMÊLO DE ALBUQUERQUE

AS OFICINAS REGIONAIS COMO ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO DA POLÍTICA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM PERNAMBUCO

Autores: LUCIANA CAMÊLO DE ALBUQUERQUE

Apresentação: A condução da Política de Educação Permanente, no Estado de Pernambuco, tem acontecido prioritariamente a partir da implantação das Comissões de Integração Ensino-Serviço (Cies) estadual e regionais. Para isso, a gestão tem lançado mão de encontros, oficinas regionais e da metodologia do apoio institucional para apoiar o processo de regionalização e de elaboração dos planos regionais de educação permanente em saúde. Nesse contexto, foi construído em 2018 o Plano Estadual de Educação Permanente em Saúde de Pernambuco (PEPS - PE), após ampla discussão com as áreas técnicas da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). Este plano está organizado em seis eixos, a saber: 1) governança da política estadual de educação permanente em saúde em Pernambuco; 2) desenvolvimento da gestão e do controle social no SUS; 3) desenvolvimento e disseminação de capacidade pedagógica no SUS; 4) SUS Escola; 5) Desenvolvimento da atenção - Redes integradas e linhas de cuidado 6) Comunicação e gestão do conhecimento aplicado ao SUS. Desenvolvimento: A Diretoria Geral de Educação em Saúde realizou cinco oficinas regionais no ano de 2019, com o objetivo de mobilizar e reestruturar as Cies, formar politicamente os seus membros e apoiar o desenvolvimento dos Planos Regionais e Municipais de Educação Permanente em Saúde. Participaram das oficinas: gestores estaduais e municipais, representantes de instituições de ensino, conselheiros de saúde, trabalhadores e representantes de movimentos sociais. As oficinas aconteceram em dois dias, no primeiro, foram convidados conferencistas que discorreram sobre: “A Política de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde na consolidação do SUS”. No momento subsequente, os participantes, divididos em três grupos, refletiram sobre as potencialidades e desafios da Governança da Política Estadual de Educação Permanente em Saúde em Pernambuco, da Rede SUS escola e da organização de redes integradas e linhas de cuidado. No segundo dia, foram formados grupos por região de saúde para discutir as agendas da Política de Educação Permanente e quais os atores envolvidos/responsáveis para desenvolver essas ações na região. Resultado: As discussões resultaram em 5 relatórios que foram analisados a partir dos eixos do plano, os principais resultados apontam para a fragilidade de funcionamento da Cies, a pouca compreensão sobre a Política de Educação Permanente, o desafio de formar para o SUS e valorizar a prática de preceptoria e sobre a concentração das ofertas de formação na capital. A realização das oficinas e a análise dos relatórios estão sendo fundamentais para condução da política no estado, ao possibilitar a compreensão das prioridades das regiões, os principais entraves vivenciados pelos atores e mobilizar os atores para a recomposição das CIES Regionais. Considerações finais: A realização das oficinas constituiu-se um importante espaço para mobilizar, reestruturar e recompor as Cies e as agendas de educação na saúde nos municípios do Estado de Pernambuco. Além disso, foram momentos de encontros com os atores que compõem esta Política sendo importante espaço de articulação de ações regional principal espaço de materialização das ações de Educação na Saúde.  

6509 INTERPROFISSIONALIDADE EM SAÚDE AO LONGO DA GRADUAÇÃO: A LIGA ACADÊMICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Pedro Emanuel, Bruna Grasielle Nunes de Sousa, Luana Medeiros Segundo Silva, Jéssica Sá Furtado, Lisa Oliveira da Conceição, Josenaide Engracia dos Santos, Jayla Haianne de França Borges

INTERPROFISSIONALIDADE EM SAÚDE AO LONGO DA GRADUAÇÃO: A LIGA ACADÊMICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Autores: Pedro Emanuel, Bruna Grasielle Nunes de Sousa, Luana Medeiros Segundo Silva, Jéssica Sá Furtado, Lisa Oliveira da Conceição, Josenaide Engracia dos Santos, Jayla Haianne de França Borges

Apresentação: A Liga Acadêmica de Saúde da Família e Comunidade (LASFAC) é um projeto de extensão ofertado pela Universidade de Brasília, Campus Ceilândia com o intuito de discutir questões de maneira generalista que são relacionadas a promoção, prevenção e recuperação da saúde com o foco interprofissional e nas práticas colaborativas em saúde, com participação de discentes e docentes dos cursos de: Fisioterapia, Enfermagem, Fonoaudiologia, Farmácia, Saúde Coletiva e Terapia ocupacional. A LASFAC possibilita uma melhor compreensão e mais ampliada dos desafios do processo saúde e doença, assim fortalecendo e ampliando o aprendizado adquirido durante a graduação. A Liga é importante para a formação profissional, pois permite a vivência do aluno com a realidade sócio econômica e sanitária da comunidade onde se encontra a Universidade e permite uma melhor compreensão do funcionamento e da organização da Atenção Primária da Saúde (APS), em particular da Estratégia de Saúde da Família, bem como a importância do trabalho interdisciplinar. Desenvolvimento: Um dos pontos principais da LASFAC é a autonomia que os graduandos possuem, adquirindo experiências práticas na liderança, gestão de pessoas, funções de secretaria, organização de eventos, desenvolvimento trabalhos científicos, entre outras atividades, tudo isso enriquece de maneira muito positiva a formação dos graduandos e impacta diretamente na qualidade dos profissionais de saúde que chegarão ao serviço. Além disso a Liga funciona no tripé ensino, pesquisa e extensão, desenvolvendo atividades em todas essas áreas de maneira colaborativa. Resultado: Ao passar do tempo a troca e absorção de conhecimento por profissionais de várias áreas torna-se cada vez mais importante para graduandos da saúde. Com isso atividades da LASFAC baseiam-se em discussões de casos reais vivenciados em território de populações em vulnerabilidade promovendo a aproximação dos estudantes a realidade profissional, rodas de conversa ministradas por docentes e discentes da Universidade de Brasília, que abordam assuntos voltados para o Programa de Saúde da Família, princípios, gestão e planejamento do Sistema Único de Saúde,  aulas interativas que corroboram para a compreensão dos aspectos abordados por outros cursos ao longo da graduação e isso sendo desenvolvido por estudantes de todos os 6 (seis) cursos da Universidade de Brasília – Campus Ceilândia, todas essas atividades desenvolvidas possuem um enfoque interprofissional, e todos os membros da Liga, independente do semestre de graduação que se encontra ou o curso de graduação que estão cursando se reúnem para desenvolver, criar e fomentar essas atividades de maneira conjunta. Considerações finais: A LASFAC vem cumprindo seu objetivo de formar profissionais com foco interprofissional capacitando-os para trabalhos em conjunto e aprimorando ideias por meio de discussões, e vivências práticas facilitando, fomentando e incentivando a compreensão sobre saúde da família e incentivando o trabalho em grupo, sendo assim imprescindível a para formação dos futuros profissionais de saúde.

6529 INTERPROFISSIONALIDADE EM AÇÕES DESENVOLVIDAS NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ EM SANTARÉM
ADJANNY ESTELA SANTOS DE SOUZA, YARA MACAMBIRA SANTANA LIMA, MARIA MÔNICA MACHADO DE AGUIAR, DALVALICE SARRAZIN SOUSA

INTERPROFISSIONALIDADE EM AÇÕES DESENVOLVIDAS NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ EM SANTARÉM

Autores: ADJANNY ESTELA SANTOS DE SOUZA, YARA MACAMBIRA SANTANA LIMA, MARIA MÔNICA MACHADO DE AGUIAR, DALVALICE SARRAZIN SOUSA

Apresentação: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) tem como objetivo promover e qualificar a integração ensino-serviço-comunidade para o desenvolvimento de atividades na rede de serviços de saúde. Na sua edição atual o tema abordado é Educação Interprofissional em Saúde (EIP). A EIP consiste em ocasiões nas quais membros de duas ou mais profissões aprendem juntos, de forma interativa, com o propósito explícito de avançar na perspectiva da colaboração, como prerrogativa para a melhoria na qualidade da atenção à saúde. A EIP apresenta-se atualmente como a principal estratégia para formar profissionais aptos para o trabalho em equipe, prática essencial para a integralidade no cuidado em saúde. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, vivenciado por tutores e preceptores do PET-Saúde/Interprofissionalidade da Universidade do Estado do Pará (UEPA) em SANTARÉM (PA), em ações desenvolvidas pela equipe. As ações ocorreram no segundo semestre de 2019, tendo como público alvo os participantes das turmas de hidroginástica da UEPA. Foram atendidas 97 pessoas oriundas de três turmas de hidroginástica. Cada ação foi dividida em três etapas: 1ª. Etapa: ocorreu com apresentação sobre o PET, acolhimento, orientações sobre os cuidados com a saúde e dinâmicas de educação em saúde. Realizou-se a dinâmica do balão, na qual os participantes recebiam um balão e dentro do balão havia uma pergunta relacionada aos temas abordados, o participante teria que estourar o balão, ler a pergunta e iniciar uma discussão com a participação de todos. Outra dinâmica realizada foi a dinâmica da música, na qual enquanto a música era tocada uma pequena caixa contendo perguntas era passada pelos participantes em círculo, quando a música parava, o participante que estivesse com a caixa, retirava uma pergunta para responder. A segunda etapa consistiu na realização de atendimentos de saúde. Os participantes passavam por estações nas quais eram realizadas, anamnese (coleta de informações sócio demográficas, hábitos, histórico familiar de doenças, doenças atuais, sintomas e uso de medicamentos), verificação de pressão arterial, teste de glicemia e avaliação antropométrica. A terceira etapa consistiu no atendimento interprofissional, no qual cada participante com sua ficha contendo os resultados dos atendimentos realizados na etapa anterior, era atendido por uma equipe interprofissional composta por alunos do PET de diferentes cursos da UEPA (Enfermagem, Educação Física, Fisioterapia e Medicina), tutores e preceptores com diferentes formações (Farmacêutica, Enfermeira, Educadora física) do PET. Nesta etapa a equipe do PET apresentava o resultado do participante e dava orientações para melhoria da sua condição de saúde. O participante interagia com a equipe relatando como era sua rotina e tirando dúvidas. Considerações finais: O ensino nos moldes interprofissional fornece subsídios para fortalecer o trabalho em equipe, promovendo a integração e colaboração interprofissional, com foco nas necessidades de saúde dos usuários, melhorando as respostas dos serviços a essas necessidades e a qualidade da atenção à saúde.

9367 FORMAÇÃO DE ACADÊMICOS DE MEDICINA: A RELEVÂNCIA DAS ATIVIDADES DE CAMPO
Ana Beatriz Caze, Amanda Blauth

FORMAÇÃO DE ACADÊMICOS DE MEDICINA: A RELEVÂNCIA DAS ATIVIDADES DE CAMPO

Autores: Ana Beatriz Caze, Amanda Blauth

Apresentação: As atividades de campo no curso de Medicina possibilitam uma imersão – sobrepujando o campo teórico – na realidade socio-cultural da população e dos serviços de saúde. Pautando-se nessa lógica, o componente curricular Módulo de Medicina Social e Clínica I, ofertado pela Universidade Federal da Bahia, desenvolve aulas e experiências de campo. Esse componente busca fomentar nos estudantes uma reflexão acerca da organização do Sistema de Saúde (SUS) e sua relação com a comunidade por meio de experiências de campo. Além disso, analisa o modo como a Medicina Social se insere na sociedade a partir de um enfoque na atenção básica. Objetiva-se, dessa forma, implementar um modelo de ensino que prioriza um aprendizado significativo e contextualizado, por meio de uma vivência empírica. Para isso, foram realizadas quatro atividades de campo relacionadas com a ementa do Módulo. Entre elas, destaca-se a visita realizada ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Essa atividade apresentou seu potencial pois os estudantes de Medicina puderam ter contato com um serviço que busca se articular com o SUS – por intermédio da intersetorialidade, estratégia que busca um cuidado integral ao usuário –, viabilizando a assimilação dos conhecimentos. A partir da perspectiva das metodologias ativas, em um primeiro momento, os alunos foram instruídos a pesquisar como o CRAS se organiza e suas principais funções. Depois, reuniram-se para debater as informações apreendidas, construindo um conhecimento coletivamente. E, posteriormente, foram conhecer o centro. Após a visita, os discentes foram instigados a analisar como os conceitos discutidos durante as atividades em aula poderiam ser percebidos na realidade local, possibilitando a ressignificação o e aprofundamento dos entendimentos prévios. Puderam ainda avaliar criticamente a real aplicabilidade da teoria e de que forma esta beneficia os indivíduos. Foi possível que os discentes percebessem o conteúdo aquirido a partir do cotidiano de um serviço, transpondo os limites impostos por uma análise meramente acadêmica. A realização de atividades de campo propicia, portanto, a formação de estudantes crítico-reflexivos na medida em que significam conceitos e produzem a articulação teorico-prático.