480: Os processos de cuidado e as políticas de saúde nos contextos de vida
Debatedor: Rogério Thales Santana de Almeida
Data: 30/10/2020    Local: Sala 09 - Rodas de Conversa    Horário: 10:30 - 12:30
ID Título do Trabalho/Autores
6462 MORTALIDADE DO CÂNCER DE COLO UTERINO E COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA
Andre Luis dos Santos, Giovana Caroline Silva Rocha, Matheus Albernaz Resende, Flávio Diniz Pires, Fábio José Vaz da Mota

MORTALIDADE DO CÂNCER DE COLO UTERINO E COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA

Autores: Andre Luis dos Santos, Giovana Caroline Silva Rocha, Matheus Albernaz Resende, Flávio Diniz Pires, Fábio José Vaz da Mota

Apresentação: Análises do Instituto Nacional do Câncer, demonstram que o câncer de colo de útero é o quarto tipo de câncer mais comum no sexo feminino, excetuando-se os casos de câncer de pele não melanoma. Encontra-se como terceira localização primária de incidência e de mortalidade para as mulheres do país, excetuando-se os casos de câncer de pele não melanoma. Estimativas revelam uma queda na taxa de incidência do câncer de colo de útero entre 2016 e 2018. Houve uma redução nessa taxa de 17,49 em 2016 para 17,11 casos novos para cada 100 mil mulheres em 2018. Contudo, dados da GLOBOCAN (International Agency for Cancer Research) mostram um crescimento lento porém constante no número de óbitos por câncer de colo uterino no Brasil nos últimos 10 anos. O diagnóstico precoce, por sua vez, avançou imensamente desde a década de 70. Naquela década, aproximadamente 70% dos casos de câncer de colo de útero eram diagnosticados no estágio invasivo. Hoje, 44% dos casos são diagnosticados ainda no estágio das lesões precursoras. Objetivo: a falta de informações concretas acerca do real cenário da incidência do câncer de colo de útero e antes de tudo da cobertura do exame Papanicolau, gera dificuldades para a avaliação de programas que visam lidar com tal neoplasia e, principalmente, faz com que seja praticamente impossível alocar recursos financeiros e humanos de acordo com as necessidade de cada região. Dessa forma, objetiva-se com este estudo, analisar quantitativa e descritivamente a situação da cobertura populacional do exame de rastreio para o câncer de colo de útero na população do Estado de Goiás e principalmente da cidade de Goiânia. Desenvolvimento: foram analisadas as características demográficas e sociais da população goiana e goianiense, demonstrando que se trata de um estado que ocupa a sétima colocação em extensão territorial, possui 246 municípios e uma população de mais de seis milhões de habitantes e de uma cidade com 1.302.001 habitantes. Embora seja pequena a diferença, é um estado em que a população feminina predomina (cerca 13,4% maior que a população masculina) assim como em sua capital (cerca de 60,287 mulheres a mais que homens). A estratégia de prevenção primaria e secundária para prevenção dessa neoplasia é realizada regularmente através do exame de Colpocitologia oncótica (Papanicolau). O exame possui elevada acurácia e efetividade quando aplicado em programas de rastreamento. Possui custo relativamente baixo (aproximadamente R$ 6,97 de acordo com o DATASUS em 2016). Apesar da importância da realização do exame, sua cobertura na população brasileira ainda é baixa. No ano de 2011, somente 47% da população feminina se submeteu ao rastreio. Dentre as inúmeras barreiras à realização do exame estão: conhecimento insuficiente, sentimentos negativos, aspectos relacionados ao serviço de saúde e inserção da mulher no mercado de trabalho, dentre outros. Discussão: no Estado de Goiás, o numero absoluto de exames tem se mantido entre os 2006 e 2013, contudo, a porcentagem de cobertura do rastreio tem se reduzido. No ano de 2010 no estado a população feminina, entre 25 e 64 anos, era de aproximadamente 1.577.853 segundo dados do DATASUS. Neste mesmo ano foram realizados 288.246 exames, sendo então observado uma cobertura de 18,2%, número muito abaixo do recomendado. No ano de 2012 no estado a população feminina, entre 25 e 64 anos, era de aproximadamente 1.617.195 segundo dados do DATASUS. Neste mesmo ano foram realizados 197.385 exames, sendo então observado uma cobertura de 12,2%. Em Goiânia, os números ainda são inferiores aos do Estado. Entre os anos de 2010 e 2012, houve uma redução importante de numero de exames realizados e principalmente da taxa de cobertura para rastreio populacional. No ano de 2010 no cidade de Goiânia a população feminina, entre 25 e 64 anos, era de aproximadamente 375.353 segundo dados do DATASUS. Neste mesmo ano foram realizados 80.857 exames, sendo então observado uma cobertura de 21,1%. No ano de 2012 no cidade de Goiânia a população feminina, entre 25 e 64 anos, era de 384.510 segundo dados do DATASUS. Neste mesmo ano foram realizados 61.913 exames, sendo então observado uma cobertura de 16,1%. Considerações finais: quanto aos dados recrutados, percebe-se uma redução, em Goiás e em Goiânia, da cobertura de exames de Papanicolau, tanto em números absolutos como em proporção populacional. Além disso, a mortalidade de colo uterino aumenta a cada ano, fato que pode estar relacionado com a taxa de diminuição de exames entre os períodos considerados. Acredita-se, portanto, que é merecida maior atenção à produção de dados acerca dos casos de câncer do colo uterino, bem como da mortalidade associada a ele, no sentido de se construir um sólido panorama atual da doença no Estado de Goiás e, assim, permitir a tomada de medidas eficazes para melhorar os indicadores de saúde da mulher.

7194 COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA NO ESTADO DO PARÁ: ANÁLISE QUANTITATIVA.
Alana Carla Sousa Carvalho, Rafael Pedroso Bastos, Graziele Santos Guimarães, Savio Fernandes Soares, Adriana Vanessa Ribeiro Mafra, Marcos Daniel Borges Melo, Caio Vitor de Miranda Pantoja, Patrícia Mineiro de Oliveira

COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA NO ESTADO DO PARÁ: ANÁLISE QUANTITATIVA.

Autores: Alana Carla Sousa Carvalho, Rafael Pedroso Bastos, Graziele Santos Guimarães, Savio Fernandes Soares, Adriana Vanessa Ribeiro Mafra, Marcos Daniel Borges Melo, Caio Vitor de Miranda Pantoja, Patrícia Mineiro de Oliveira

Apresentação: O câncer de colo de útero (CCU), é uma das doenças mais comuns entre as mulheres. Ele consiste na desordem no epitélio de revestimento do colo uterino e, em estágios avançados, dissemina-se por metástases linfáticas predominantemente. A realização da Colpocitologia Oncótica repercute como elemento fundamental para detecção precoce da doença, até mesmo em estádios pré-invasivos. O estudo tem como objetivo comparar o número de exames colpocitológicos realizados no período de 2009 a 2014 no estado do Pará. Desenvolvimento: O presente estudo é descritivo e retrospectivo, do tipo transversal, com uma abordagem quantitativa. Os dados numéricos foram obtidos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram feitas comparações simples entre a quantidade de exames citopatológicos cérvico-vaginais nos municípios do estado do Pará e o ano de competência, compreendendo o período de 2009 a 2014, analisando-se pacientes entre 25 a 59 anos de idade, visto que essa é a faixa etária preconizada pelo Instituto Nacional do Câncer para o rastreamento do CCU. Resultado: Durante o período analisado, observa-se diminuição gradativa do número de exames colpocitológicos realizados no estado do Pará, em mulheres na faixa etária dos 25 aos 59 anos de 2009 a 2014. No ano de 2009 houve 191.512 procedimentos registrados. Em 2014, teve-se o registro de 43.454 exames, o que configura uma redução de 77,31% em comparação ao primeiro ano analisado. De 2009 para o ano seguinte, houve redução de 25,46% na notificação de procedimentos. Entretanto, de 2010 a 2011 verificou-se um pequeno aumento de 0,31%. Nos anos seguintes, a redução das notificações manteve-se por volta de 30% ao ano em comparação ao ano anterior. A diminuição do número de exames é decorrente de diversos fatores, dentre eles está a falta de adesão das mulheres, apesar de constituir parte importante da estratégia de saúde da família (ESF), que promove busca ativa das mulheres de 25 a 59 anos. Um estudo realizado no Estado de Alagoas, acerca da cobertura dos exames citopatológicos também constatou uma diminuição, e observou uma grande necessidade de reforçar hábitos de autocuidado e promover meios juntos as instituições públicas de saúde. Já na região sudeste, em Minas Gerais, outro estudo abordou que o número efetivo de exames sempre ficou aquém das metas neste estado, principalmente após o ano de 2006. Outrossim, foram observadas barreiras para a realização do exame devido a rotatividade das equipes da ESF, tornando-se um fator de empecilho no rastreamento das mulheres da faixa etária preconizada. Por outro lado, conforme o “caderno de atenção básica: controle dos cânceres de colo do útero e mamas”, uma outra objeção se deve à subestimação dos dados. Considerações finais: Constatou-se que o número de notificações diminuiu no período estudado, mas o CCU ainda se apresenta como o segundo mais mortal em mulheres no Brasil. Nota-se um possível problema de subnotificação além de um rastreio não efetivo, podendo ser melhorado na atenção básica tanto na busca ativa das pacientes quanto na correta notificação dos casos a fim de melhorar medidas de prevenção e tratamento.

11355 TENDÊNCIA DE MORTALIDADE PELO CÂNCER DE MAMA EM MULHERES NO RIO DE JANEIRO, 2000-2017
Magali Werneck, Luísa Campos, Felipe Massahud, Cynthia Boschi

TENDÊNCIA DE MORTALIDADE PELO CÂNCER DE MAMA EM MULHERES NO RIO DE JANEIRO, 2000-2017

Autores: Magali Werneck, Luísa Campos, Felipe Massahud, Cynthia Boschi

Apresentação: O câncer de mama representa a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil. Em 2019, foram diagnosticados 59700 novos casos no país (51,3 novos casos por 100 mil mulheres). Objetivo: Descrever a distribuição da mortalidade por CA de mama em mulheres no Estado do Rio de Janeiro, de acordo com a faixa etária (menor que 30 anos, 30 a 39 anos, 40 a 49 anos, 50 a 59 anos, 60 a 69 anos, 70 a 79 anos, acima de 80 anos); e analisar sua tendência temporal no período de 2000 a 2017. Material e Método: Estudo descritivo e de tendência temporal, utilizando dados sobre óbitos da base do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e dados demográficos do portal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As taxas de mortalidade foram calculadas e posteriormente padronizadas pela população mundial padrão da OMS. A tendência da mortalidade foi analisada utilizando-se o programa Joinpoint. (https://surveillance.cancer.gov/joinpoint/). Resultado: Preliminares: A tendência da mortalidade por câncer de mama em mulheres de todas as idades foi estável (AAPC=0,3%; IC 95% 0.0-0.7). Houve aumento significativo da mortalidade em idades mais jovens: AAPC=4,2% (IC 95% 2.8-5.6) em mulheres com menos de 30 anos e AAPC=1,4% (IC 95% 0.7-2.0) entre aquelas de 30 a 39 anos. Nas demais faixas etárias, a tendência da taxa de mortalidade foi estável no período estudado. Considerações finais: Apesar de investimentos feitos pelo Ministério da Saúde na prevenção e detecção precoce do câncer de mama, houve uma tendência predominante de estabilidade da mortalidade por essa doença entre 2000 e 2017, sugerindo uma possível dificuldade de diagnóstico precoce e de acesso ao tratamento dessa no Rio de Janeiro.

8382 UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE NA PRODUÇÃO DO CUIDADO DOS PACIENTES COM DOENÇA FALCIFORME: RELATO DE UM ENFERMEIRO DE UM CENTRO ESPECIALIZADO DO MUNICÍPIO DE SALVADOR (BA).
Evelin Duarte Serpa, Gabriela Madureira, Gilglécia Mendes, Márcio Souza

UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE NA PRODUÇÃO DO CUIDADO DOS PACIENTES COM DOENÇA FALCIFORME: RELATO DE UM ENFERMEIRO DE UM CENTRO ESPECIALIZADO DO MUNICÍPIO DE SALVADOR (BA).

Autores: Evelin Duarte Serpa, Gabriela Madureira, Gilglécia Mendes, Márcio Souza

Apresentação: A Doença Falciforme, doença monogênica hereditária mais comum no Brasil, sendo sua maior prevalência e incidência ocorrendo no Estado da Bahia, uma vez que é uma hemoglobinopatia oriunda de etnias pertencentes ao continente africano. No processo de escravização e imigração forçada dos africanos para o Brasil, principalmente para o nordeste, a mutação responsável pela substituição do ácido glutâmico pela valina, se perpetuou na população durante a miscigenação, sendo um quadro que acomete majoritariamente a população negra. Objetivo: Descrever as ações aplicadas à produção do cuidado ao portador da Anemia Falciforme nas Unidades de Saúde da Família. Desenvolvimento: O presente trabalho foi realizado através de uma pesquisa de campo, de caráter exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa. Nesse sentido, foi realizada uma entrevista com um enfermeiro responsável pela triagem neonatal de um centro especializado do município de Salvador (BA), no qual foram abordados a produção do cuidado pelas unidades básicas de saúde ao portador da doença falciforme. A entrevista foi transcrita e analisada baseada nos conceitos de Bardin. Este artigo é resultado da produção de um grupo de pesquisa sobre Micropolítica do Cuidado e Formação em Saúde que realiza rodas de conversas quinzenais na Universidade do Estado da Bahia.  Resultado: A entrevista expressou as dificuldades entre de articulação do centro especializado com a atenção primária. Segundo o entrevistado, os portadores da doença falciforme, não são acompanhados pelas unidades básicas que, em sua parte, sequer tem conhecimento das peculiaridades desses usuários. Contudo, é de preocupação desta instituição saber se aquele doente tem sua localidade coberta por algum posto de saúde e, felizmente, a maioria tem, de fato, acesso a alguma unidade. Entretanto, há falta de conhecimento dos profissionais de saúde da atenção primária a acerca do manejo e cuidado com o portador da doença falciforme. Isso ocorre pela falta de pesquisa, que caracteriza essa doença como negligenciada, e do ensino das instituições de graduação, que não se propõem em discutir esse tema durante a graduação. Considerações finais: Portanto, é imprescindível que ocorra a fomentação a pesquisas sobre o cuidado com o portador da Doença falciforme, uma vez que ainda não existe uma devida articulação da atenção primária com os centros especializados que tratam desta doença. Por isso, a rede deve ser consolidada, pois esses usuários necessitam de uma atenção que perpassa o modelo biomédico: os aspectos sociais e as dificuldades que essa população sofre são diárias.

11634 A INFLUÊNCIA DO MARKETING SOBRE AS ESCOLHAS ALIMENTARES DE MÃES DE CRIANÇAS MENORES DE TRÊS ANOS RESIDENTES NA ZONA NORTE E SUL DO RIO DE JANEIRO
Camila Sixel Cordeiro, Maria Inês Couto Oliveira, Patríca Lima Pereira Peres

A INFLUÊNCIA DO MARKETING SOBRE AS ESCOLHAS ALIMENTARES DE MÃES DE CRIANÇAS MENORES DE TRÊS ANOS RESIDENTES NA ZONA NORTE E SUL DO RIO DE JANEIRO

Autores: Camila Sixel Cordeiro, Maria Inês Couto Oliveira, Patríca Lima Pereira Peres

Apresentação: Trata-se de um estudo com abordagem descritiva de caráter qualitativo exploratório. O objetivo deste estudo é analisar a percepção de mães de crianças menores de três anos, de diferentes estratos socioeconômicos, quanto à influência do marketing de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância, bicos, chupetas e mamadeiras sobre as escolhas maternas. Para tal o presente estudo vai analisar entrevistas e grupos focais utilizando uma abordagem qualitativa. Em vista a proteger o aleitamento materno faz-se necessário avaliar a influência do marketing da indústria de alimentos infantis e produtos que competem com o leite materno nas escolhas das mães acerca da alimentação de seus filhos. Entender a percepção das mães sobre a influência do marketing de alimentos produtos que competem com a amamentação é extremamente relevante para entender as estratégias de promoção comercial, uma vez que elas são o alvo final da indústria. Este estudo foi cadastrado e aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com CAAE: 88976418.5.2005.5282/09 e número do parecer de aprovação: 3.316.940 de 9 de maio de 2018. Esta pesquisa faz parte do “Estudo multicêntrico de avaliação do cumprimento da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (MultiNBCAL)”, coordenado pela FIOCRUZ, que tem como objetivo avaliar se a Lei 11.265/06 (NBCAL) está sendo cumprida em estabelecimentos comerciais e de saúde, bem como analisar a percepção das mães sobre a influência do marketing nas escolhas relacionadas à alimentação dos seus filhos nos três primeiros anos de vida. O estudo multicêntrico está sendo conduzido em sete centros colaboradores distintos, compreendendo as cinco regiões brasileiras: Sudeste (Rio de Janeiro, RJ; São Paulo, SP e Ouro Preto, MG), Centro-Oeste (Brasília,DF), Nordeste (João Pessoa, PB), Sul (Florianópolis, SC) e Norte (Belém, PA). O presente estudo vai analisar os dados coletados pelo centro colaborador do Rio de Janeiro. Desenvolvimento: Foram construídos quatro instrumentos de coleta de dados: 1. Formulário de caracterização das participantes entrevistadas; 2. Roteiro de entrevista semiestruturada; 3. Formulário de caracterização das participantes do grupo focal e 4. Roteiro do grupo focal. Foram selecionados 5 entrevistadores, profissionais de saúde, que foram supervisionados por duas pesquisadoras. A técnica de captação das candidatas foi Snowball, onde empregada em pesquisas sociais que utiliza cadeias de referência, uma espécie de rede, onde os participantes iniciais do estudo indicam novos participantes que por sua vez indicam outros, e assim sucessivamente, até que se comece a repetição dos conteúdos já obtidos em entrevistas anteriores, sem acrescentar novas informações relevantes à pesquisa, o ponto de saturação (Munhoz, 2011). Os convites às candidatas iniciais para participação no estudo foram realizados em diferentes cenários: em espaços públicos, em centros comunitários, em áreas residenciais e em unidades de saúde. Na ocasião do convite para participar do estudo foram explicados os objetivos e métodos da pesquisa, no caso de concordância em participar foi feito o registro do contato da mãe. A coleta de dados se deu mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido seguida do preenchimento do formulário de caracterização das participantes e da entrevista propriamente dita. A entrevista era realizada em local de escolha da participante, em ambiente confortável e reservado, com duração média de 20 a 30 minutos.  Após as entrevistas realizadas as participantes poderiam indicar outras e foram realizados convites para participação no grupo focal. Foram estipulados dois grupos focais em dias distintos, um grupo com participantes de estrato socioeconômico mais elevado e outro com estrato socioeconômico mais baixo. Para a avaliação do estrato socioeconômico foi utilizado o critério da renda familiar mensal e o nível de escolaridade da mulher. Tanto a entrevista individual e quanto o grupo focal foram gravados com o auxílio de smartphones com gravador mp4 para transcrição dos áudios. A análise de conteúdo seguirá o método de Bardin (2011), na modalidade análise temática, cujo conceito central é o tema definido como uma unidade de significação que se liberta de um texto analisado. Essa modalidade consiste em descobrir os “núcleos de sentido” que compõe a comunicação, a presença de aparição ou frequência pode ter significado para o objetivo analítico escolhido, dos componentes do significado da mensagem em categorias. O método de análise de conteúdo Bardin (2011) apresenta as seguintes fases para a sua condução: 1. organização da análise (pré análise e exploração de material); 2. codificação (transformação dos dados em unidades de registro e contexto); 3. categorização; 4. análise (tratamento dos resultados, inferência e a interpretação dos resultados). Resultado: Entre maio e agosto de 2019 foram realizadas entrevistas com mães de crianças menores de três anos. As participantes do estudo foram 40 mães biológicas de crianças menores de três anos, com idade superior a 18 anos, de diferentes estratos socioeconômicos, residentes em bairros da Áreas Programáticas 2.1 (Zona Sul: Cosme Velho, Glória, Copacabana, Ipanema, Flamengo e Rocinha) e 2.2 (Zona Norte: Tijuca, Maracanã, Vila Isabel e Grajaú) do Município do Rio de Janeiro. Um grupo focal com mulheres de estrato social baixo ocorreu em outubro de 2019 na Rocinha, em um espaço comunitário de educação infantil. Considerações finais: A amamentação, apesar de ser um processo individual, tem influência de fatores contextuais. O marketing de fórmulas infantis gradativamente foi disseminando a substituição do aleitamento materno por meio de estratégias de promoção comercial, ainda mais agressivas na última década. As empresas fabricantes têm como objetivo primário o lucro, sem se importar com os malefícios causados pela substituição do leite materno por fórmulas infantis na vida dos bebês. Sabe-se que padrões de aleitamento materno podem interferir nos padrões de morbimortalidade infantil de populações.  O estudo abrangeu mulheres com diversas experiências e histórias de vida, o que trouxe maior riqueza ao trabalho. Em uma leitura superficial das entrevistas e grupo focal percebeu-se que em meio a diversidade das mulheres as suas falas tinham em comum a percepção de que existia uma influência direta e indireta da indústria de produtos que competem com a amamentação. Um dos fatores de influência para o uso dos substitutos do leite materno foi a recomendação de pediatras e/ou familiares. Com os resultados deste estudo busca-se endossar a bibliografia sobre este assunto pouco abordado e contribuir com informações que possam ajudar os órgãos competentes a traçar estratégias para a vigilância desta Norma e para que a sociedade civil seja informada, colaborando no seu cumprimento.

8866 RECOMENDAÇÕES DE ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS PARA MAIORES CHANCES DE CURA DO CÂNCER INFANTIL
Laurenice de Jesus Alves Pires

RECOMENDAÇÕES DE ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS PARA MAIORES CHANCES DE CURA DO CÂNCER INFANTIL

Autores: Laurenice de Jesus Alves Pires

Apresentação: O câncer em crianças e adolescentes representa a primeira causa de morte por doença no Brasil. Essa realidade é semelhante na faixa etária entre 0 e 19 anos em outras partes do mundo. A diferença é que em países de alta renda as chances de cura chegam a 80% enquanto nos países de média e baixa renda, em um cenário mais drástico, somente 2 a cada 10 crianças sobrevivem. Muitos são os fatores que contribuem para essa realidade, mas destaca-se o fato de o câncer ser uma doença de baixa incidência, assim médicos e outros profissionais de saúde têm pouco contato com a doença; há demora no diagnóstico, no acesso ao tratamento, problemas nos centros especializados para realizarem o tratamento seguindo os protocolos, além dos desafios para a humanização do tratamento e acesso aos cuidados paliativos desde o início do tratamento. Em setembro de 2018 a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou a Iniciativa Global para o Câncer Infantil, com o objetivo de elevar a 60% a taxa de cura de todas as crianças e adolescentes com câncer até 2030, e assim salvar mais um milhão de crianças.  Essa ação está diretamente conectada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável na meta de saúde 3.4 referente à redução do número de mortes prematuras por doenças crônicas não transmissíveis até 2030. A iniciativa conta com a parceria do St. Jude Children Research Hospital. A cada ano 300.000 novos casos de câncer entre 0 e 19 anos são diagnosticados no mundo. Diferente dos cânceres em adultos, não há rastreamento para os cânceres nessa faixa etária, nem ações diretas de prevenção. Logo, é necessário que os países definam leis que garantam: 1) acesso ao diagnóstico precoce; 2) medicamentos essenciais; 3) integração dos grupos assistenciais e de pesquisa e desenvolvimento de padrões nacionais de atendimento; 4) disponibilidade de dados e avaliação de resultados; 5) cobertura financeira; 6) acreditação dos centros de tratamento; 7) plano de controle de câncer; 8) cuidados paliativos; e 9) criação de um órgão nacional de controle do câncer infantil. Essas são recomendações de oncologistas pediátricos e pesquisadores do tema para o alcance de maiores chances de cura. No entanto, considerando que o câncer infantil ainda não é uma realidade na agenda de prioridade dos gestores de saúde, evidencia-se a participação de outros atores sociais realizando ações de advocacy visando dar visibilidade e prioridade ao tema. Nesse contexto vamos observar as Organizações Não Governamentais. Assim como as recomendações da OMS foram importantes para dar visibilidade a esse problema no mundo, internamente nos países, também as Organizações Não Governamentais têm feito recomendações para a melhoria do tratamento de crianças e adolescentes com câncer. Objetivo: O objetivo desse trabalho é refletir sobre a participação de Organizações Não Governamentais no campo da oncologia pediátrica observando que tipo de recomendações têm sido propostas como estratégia de advocacy para a melhoria do tratamento do câncer infantojuvenil. Essa ação é importante para avaliar as demandas que recaem sobre a saúde pública assim como seu alinhamento com as principais políticas relacionadas ao tema. Desenvolvimento: descrição da experiência ou método do estudo Desde 2013 Organizações não Governamentais têm produzido documentos públicos onde indicam ações que devem ser realizadas para a melhoria do tratamento do câncer. Analisamos esses documentos disponíveis nos sites das organizações destacando as principais recomendações feitas. Resultado: Os efeitos percebidos decorrentes da experiência ou resultados encontrados na pesquisa; Carta de Recomendações do Fórum de Oncologia Pediátrica do Rio de Janeiro: produzida a cada dois anos, desde 2013, é resultado das discussões do Fórum de Oncologia Pediátrica do Rio de Janeiro. O monitoramento é feito pelo Instituto Desiderata, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público criada em 2003, com atuação em câncer infantil e obesidade infantil no Rio de Janeiro. As recomendações da Carta estão divididas em quatro grandes temas, a saber: i) Acesso ao tratamento do câncer infantojuvenil; ii) o câncer infantojuvenil e a formação em medicina e enfermagem; iii) informação em saúde; e iv) princípios básicos do SUS com relação ao câncer infantojuvenil. Carta de Brasília: produzida no XIV Congresso da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), em novembro de 2014 em Brasília, citada como “a voz da comunidade cientifica brasileira” a carta apresenta recomendações para a melhoria do tratamento considerando: i) Melhoria das condições dos diagnósticos clínico e laboratorial do câncer infantojuvenil; ii) das condições de acesso e da qualidade do tratamento; iii) das condições para prevenção e controle de eventos adversos agudos e em longo prazo. A carta foi apresentada e aprovada na reunião do Conselho Consultivo do INCA (CONSINCA) em 15/04/2015. Não há informação sobre o monitoramento da carta. Declaração para Melhoria da Atenção ao Câncer no Brasil – Todos Juntos Contra o Câncer: lançada no 1º Congresso Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC), em Junho de 2015, em São Paulo, a Declaração tem recomendações para a melhoria do tratamento do câncer em geral, nas áreas: i) Promoção - prevenção primária; diagnóstico; ii) tratamento: acesso ao tratamento, radioterapia, judicialização, transplante de medula óssea, cirurgias, órteses e próteses; iii) cuidados paliativos: práticas integrativas; iv) gestão: financiamento; v) pesquisa clínica; vi)educação permanente; e vii) atuação do TCU. A Declaração será monitorada pelo Conselho Consultivo do movimento TJCC, que é liderado pela ABRALE - Associação Brasileira de Linfomae Leucemia Considerações finais: O Brasil não tem uma política específica para o câncer infantil. O tema é abordado dentro de políticas gerais sobre câncer. As recomendações propostas pelas Organizações Não Governamentais não destoam das leis e portarias existentes, porém entram em detalhes que tem relação com as especificidades necessárias para esse cuidado. O controle e participação social são prerrogativas asseguradas no Sistema Único de Saúde e, de forma geral, as organizações tem se apropriado desse direito. A participação social para assegurar o direito à saúde em casos de doenças raras ou negligenciadas é um importante exercício democrático.

11137 VAMOS FALAR SOBRE SIFILIS
Elisangela Rodrigues do Nascimento, Maria Devania da Silva, Mirian Carla Amorim

VAMOS FALAR SOBRE SIFILIS

Autores: Elisangela Rodrigues do Nascimento, Maria Devania da Silva, Mirian Carla Amorim

Apresentação: O presente estudo tem como objetivo informar e conscientizar sobre métodos para o combate e prevenção da sífilis em todos os seus estágios abrangendo também a sífilis congênita, ressaltando aspectos como a importância do pré-natal, tratamento correto da própria doença e do parceiro e uso de preservativo. A sífilis segundo a Organização mundial de saúde (OMS) caracteriza-se por ser uma doença infecciosa e sistêmica, de abrangência mundial e evolução crônica em três estágios causada pelo Treponema pallidum. Sua transmissão pode ocorrer de forma sexual ou vertical, mais frequente em grandes centros urbanos e afeta igualmente todas as camadas sociais. Ainda se associam à ocorrência de sífilis o baixo nível socioeconômico, coinfecção por HIV, uso de drogas, gravidez na adolescência, história de natimortalidade, comportamento sexual de risco, migração para grandes centros urbanos, acesso limitado aos cuidados de saúde e o não tratamento do parceiro infectado. (Magalhães et al; 2013) Por se tratar de uma doença em constante crescimento se torna extremamente importante o combate a sua transmissão, segundo dados da própria OMS indica-se que, por ano, ocorrem cerca de 12 milhões de novos casos na população adulta em todo mundo, em grande parte em países em desenvolvimento. No Brasil, estima-se que a prevalência média de sífilis em parturientes varie entre 1,4% e 2,8%, com uma taxa de transmissão vertical em torno de 25%. Após a realização do estudo pode-se constatar a falta de informação para a população referente aos cuidados com higiene pessoal necessários para não desenvolvimento da doença, assim como a precariedade de campanhas que forneçam o suporte as parturientes com relação a realização de exames para identificação precoce da doença de maneira a iniciar o tratamento prévio. A equipe de enfermagem tem papel fundamental junto aos portadores da sífilis. Promovendo educação em saúde, abordando esses pacientes sem constrange-los, demonstrando confiança, mantendo uma postura ética e humanizada.

12073 RECONHECER A VIOLÊNCIA INTRADOMICILIAR CONTRA O IDOSO: UM DESAFIO PARA OS LÍDERES DA PASTORAL DA PESSOA IDOSA
Maria de Nazaré de Souza Ribeiro, Fátima Helena do Espírito Santo, Cleisiane Xavier Diniz, Cássia Rozária da Silva Souza, Karla Brandão Araújo

RECONHECER A VIOLÊNCIA INTRADOMICILIAR CONTRA O IDOSO: UM DESAFIO PARA OS LÍDERES DA PASTORAL DA PESSOA IDOSA

Autores: Maria de Nazaré de Souza Ribeiro, Fátima Helena do Espírito Santo, Cleisiane Xavier Diniz, Cássia Rozária da Silva Souza, Karla Brandão Araújo

Apresentação: A violência contra a pessoa idosa pode se manifestar de várias formas e ocorre em diferentes situações, no entanto é pouco reconhecida e denunciada. Quando esta se expressa de forma sutil, tende a permanecer na invisibilidade. A identificação sistemática de pessoas idosas em situação de violência, ou em contextos de vida que promovam um maior risco para sofrê-la, é uma ação inexistente nas atuais práticas de atenção ao idoso. O que se vê são ações no sentido de acolher e remediar a violência contra a pessoa idosa depois de declarada ou acontecida, mas, enquanto isso, um expoente bem maior de pessoas idosas vitimadas sofre em silêncio, constrange-se perante seus familiares e cuidadores, isola-se de sua comunidade e emudece durante as breves e direcionadas consultas clínicas e as esparsas visitas domiciliares que recebem dos profissionais de saúde. A identificação das situações que favorecem vulnerabilidades de violência contra idoso no ambiente intrafamiliar e como produzir intervenção educativa que contribua para redução dessas situações, são desafios que se apresentam para além das obrigações destinadas ao poder público. Diante dessa perspectiva, implementar ações complementares às do poder público identificando as áreas de vulnerabilidade social, mapeando a situação dessas áreas, conhecendo a estrutura familiar, em que o idoso está inserido, ouvindo suas queixas e buscando proporcionar atendimento socioassistencial, é tarefa primordial e emergencial do Terceiro Setor. Com apoio de serviços como a Pastoral da Pessoa Idosa (PPI), a violência intrafamiliar pode ser reconhecida e prevenida. Objetivo: Identificar as situações reconhecidas, pelos líderes da PPI, como manifestação de violência contra a pessoa idosa e classificar as respostas de acordo com a tipificação da violência. Método: Trata-se de um recorte do projeto intitulado “Cartografia da violência intrafamiliar contra a pessoa idosa”. Compõe-se de um estudo quantitativo, de natureza transversal e descritivo. Participaram do estudo 30 voluntários da PPI (24 mulheres e 06 homens), que realizam visitas domiciliares às pessoas idosas na cidade de Manaus (AM). O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Amazonas (CAE 04050818.5.0000.5016), sob o Parecer: 3.173.698, como preconiza a Resolução nº 466/12, do Ministério da Saúde, para pesquisa científica envolvendo seres humanos. Foi solicitado aos líderes da PPI que indicassem 03 situações caracterizadas como violência contra a pessoa idosa. Os dados foram agrupados e tipificados. Os resultados da análise foram apresentados por meio de frequências absolutas simples (f) e relativas (%).  Resultado: Tipificações decorrentes das respostas das mulheres: violência física (18%), psicológica (18%), emocional/social (16,4%), abandono (13,1%) e violência financeira/econômica/patrimonial (11,45%). Embora a violência física tenha aparecido em primeiro lugar nas respostas dos líderes da PPI, nas estatísticas nacionais e internacionais os tipos de violência mais prevalentes são a psicológica, emocional/social e financeira Esses tipos de violências contra pessoas idosas se expressam em tradicionais formas de discriminação numa sociedade que considera a velhice  um peso social e o velho como um ser descartável. Essa discriminação tem vários focos de expressão e de reprodução. A natureza das violências que o idoso sofre coincide com a violência social que a sociedade brasileira vivencia e produz nas suas relações e transfere-se culturalmente por gerações e, diferencialmente, por gênero. Outros tipos apareceram em menor escala na pesquisa, sendo que a violência sexual não apareceu em nenhuma das respostas.  A Organização Mundial da Saúde tipifica a violência contra os idosos em:  abuso físico, maus-tratos físicos ou violência física; abuso psicológico, violência psicológica ou maus tratos psicológicos; abuso sexual, violência sexual; abandono; negligência; abuso financeiro e econômico; autonegligência. A violência intrafamiliar pode ocorrer de forma iatrogênica, velada/negligenciada, justificada pelo fator protetor da família para com seu ente e esse é um dos grandes motivos para não se reconhecer a violência vista do lado de fora. Dos espaços deixados para o preenchimento dos três tipos de violência, 15,27% não foram preenchidos, denotando falta de entendimento das tipologias da violência contra a pessoa idosa. Com relação às respostas dos líderes homens, violência emocional/social (26,75%), psicológica (33,3%), física (20%), abandono (13%), violação de direitos (6,7%) foram as únicas tipificações. As mulheres reconheceram de forma mais ampla os tipos de violência, talvez porque as mulheres sejam as maiores vítimas da violência familiar desde a infância à velhice. Mulheres, crianças, portadores de deficiência e idosos representam os grupos mais propensos às situações de violência. As condições de fragilidades geradas pela idade avançada somado a certas condições causadoras de dependência (demência, fratura, acidente vascular cerebral, deficiências visuais e outras), reduzem a capacidade do indivíduo de manter sua independência, autonomia e qualidade de vida. Essas condições favorecem a vulnerabilidade à violência, na medida em que necessitam de maiores cuidados ou que apresentam dependência física ou mental. A PPI é um Organismo vinculado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), que atua junto às famílias por meio de pessoas voluntárias da própria comunidade, chamados de “Líderes comunitários”. Estes fazem visitas domiciliares mensais às pessoas idosas, independentemente de seu credo religioso ou tendência política e são treinados para identificar, a partir das relações familiares, as situações de vulnerabilidade para a violência das pessoas idosas dentro de sua família. Implementando-se uma prática de rastreamento, com apoio de serviços na comunidade como a PPI, a violência intrafamiliar contra a pessoa idosa pode ser prevenida, ou pelo menos manejada adequadamente. Considerações finais: Foi detectada dificuldade dos líderes da PPI para reconhecimento das diferentes manifestações de violência contra a pessoa idosa e a necessidade de capacitação, no intuito de ajudar a prevenir as causas no meio intrafamiliar. Há de se reconhecer que a violência não é inata, apresentando-se como fenômeno social complexo, porém possível de prevenção. É fundamental que todos que estão desenvolvendo um trabalho junto ao idoso vença a postura de negligência em relação as questões de violência, ampliando assim, o papel cidadão de toda uma sociedade. Estratégias devem ser construídas coletivamente. Reconhecendo que as especificidades regionais produzem influencias nas práticas sociais geradoras de serviços de proteção de forma diferenciada, esta pesquisa pretende contribuir para ampliar o conhecimento acerca da temática e subsidiar ações de políticas públicas regionais para pessoas idosas em situação de risco de necessidade de serviço de proteção.

6201 A EVOLUÇÃO DA CONCEPÇÃO DE DEFICIÊNCIA E AS POLÍTICAS NACIONAIS PARA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO CONTEXTO DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
Roqueline Bárbara Bárbara de Jesus Damasceno, Alialdo Dantas Damascena, Ítalo Ricardo Santos Aleluia

A EVOLUÇÃO DA CONCEPÇÃO DE DEFICIÊNCIA E AS POLÍTICAS NACIONAIS PARA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO CONTEXTO DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE

Autores: Roqueline Bárbara Bárbara de Jesus Damasceno, Alialdo Dantas Damascena, Ítalo Ricardo Santos Aleluia

Apresentação: O presente trabalho visa esclarecer como a mudança da concepção de deficiência e as pressões populares influenciaram a implantação de políticas públicas voltadas para pessoa com deficiência no Brasil. Ao longo da história da humanidade, pode-se perceber que as pessoas portadoras de deficiência sejam elas motoras, sensoriais, mentais ou de natureza congênita receberam tratamentos de acordo com a cultura em que viviam. Há registros que essas pessoas, principalmente crianças, foram abandonadas para morrer, atiradas de montanhas, tidas como pecadoras, possuídas pelo demônio, castigadas por Deus, foram julgadas e condenadas pela inquisição, faziam parte dos Circos de Horrores e frequentemente eram rejeitadas pelos membros da família. A mudança dessas concepções sobre deficiências somente foi possível com o desenvolvimento das ciências nos séculos XVIII e XIX e surgimento do discurso médico. Com isso, pessoas com deficiências congênita ou adquirida passaram a ser reconhecidas como portadores de alguma doença com bases biológicas ou médicas e, por tanto, necessitando de tratamento e cura. Todavia o discurso médico, apesar do avanço que produziu na sociedade, é limitante, pois dá a noção que as pessoas com deficiência são “inválidas” e socialmente inúteis, necessitando de cuidadores ou responsáveis para o resto da sua vida. Consequentemente, houve diferentes níveis de segregação e de exclusão social que perduraram com diferentes formas nas sociedades. A partir de maio de 1968, eclode na França uma grande onda de protestos que teve início com manifestações estudantis para pedir reformas no setor educacional. O movimento cresceu tanto que houve desdobramento de toda uma série de questões já propostas pela revisão dos costumes feita por lutas políticas, obras filosóficas e movimentos sociais de minorias. Em pouco tempo as manifestações se espalharam pelo mundo e vários movimentos sociais ganharam força. Assim, nas décadas de 1960 e 1970, a visão individual e médica da pessoa com deficiência foi questionada, e uma série de abordagens sociais foram desenvolvidas. Essas abordagens tiraram a atenção dos aspectos médicos da deficiência e passaram a focar nas barreiras sociais e na discriminação que as pessoas com deficiência sofriam. A deficiência passou a ser definida como um problema social mais do que um problema individual, e as soluções passaram a ter como foco a remoção das barreiras e das questões sociais, não apenas a cura. A partir desse momento a Organização das Nações Unidas começou adotar uma série de medidas para mudar as políticas públicas no mundo a respeito da pessoa com deficiência. Em dezembro de 1976, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou, oficialmente, o ano de 1981 como o “Ano Internacional das Pessoas Deficientes”. Dessa forma, surge no Brasil a primeira política pública voltada exclusivamente para a pessoa com deficiência. Em 1981 o presidente da república João Figueiredo cria a Comissão Nacional do Ano Internacional das Pessoas Deficientes (CNAIPD) com o objetivo de apoiar e desenvolver ações compatibilizadas com os objetivos estabelecidos pela Assembleia Geral da ONU. No entanto, isso não significa que no Brasil nunca existiu ações voltadas para a pessoa com deficiência. Havia, principalmente, iniciativas da sociedade civil, que ganharam visibilidade e contribuíram para estabelecer uma ampla agenda de direitos voltados à construção de uma sociedade mais igualitária. Existiam também atendimento das demandas nos hospitais gerais e clínicas, em suas maiorias particulares, atendendo, sobretudo, pessoas que podiam pagar. O governo atuava através da previdência social e com algumas ações isoladas. Como havia muita dificuldade de obtenção de recursos autônomos, muitas entidades filantrópicas recorriam com frequência ao governo e muitas delas se tornarem parceiras do poder público. Todavia, o pouco que se fazia não era regulamentado e não era responsabilidade do Estado brasileiro. Isso só veio mudar com a implantação do Sistema Único de Saúde após a constituição de 1988. Durante o governo de José Sarney, foi promulgada a lei 7.853/89, que propunha o apoio às pessoas portadoras de deficiência e a sua integração social. Esta lei cria a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE) que tinha como função coordenar as ações governamentais e medidas que se refiram às pessoas portadoras de deficiência, bem como elaborar os planos, programas e projetos para a integração de pessoa portadora de deficiência. Com a finalidade de regulamentar a lei 7.853/89, o presidente Itamar Franco cria, através do Decreto nº 914/93, a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. O Ministério da Saúde e o SUS passaram a incentivar a criação de centros de reabilitação multiprofissionais especializados como forma de acompanhar e estimular o desenvolvimento de indivíduos com déficits motores, sensoriais ou cognitivos. No governo de Fernando Henrique Cardoso foi criado o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (CONADE) com o objetivo de criar participação da sociedade civil nas decisões relativas à pasta. Cabia ao CONADE acompanhar e avaliar o desenvolvimento de uma política nacional para inclusão da pessoa com deficiência e das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer e política urbana dirigidos a esse grupo social. Em 2008, o Ministério da Saúde lança a Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência (PNSPPD), tendo como propósitos focar as ações do poder público na reabilitação da pessoa com deficiência, na sua capacidade funcional e no seu desempenho humano – de modo a contribuir para a sua inclusão plena em todas as esferas da vida social – e proteger a saúde do citado segmento populacional, bem como prevenir agravos que determinem o aparecimento de deficiências. Em agosto de 2009, o governo brasileiro publica o Decreto nº 6.949, que promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007. Como consequência na saúde pública e no direito brasileiro, a presidenta Dilma Rousseff assina o Decreto nº 7.612/2011, que institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Plano Viver sem Limite. De acordo com o decreto, são eixos de atuação do Plano Viver sem Limite: acesso à educação, atenção à saúde, inclusão social e acessibilidade. Além disso, deveria ter gestão e articulação de diversas secretarias e ministérios do governo, como, por exemplo, Ministério da Fazenda, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Para que fosse possível a implantação, qualificação e monitoramento das ações de reabilitação nos estados e municípios do Plano Viver Sem Limites, em abril de 2012 o Ministério da Saúde publica a Portaria nº 793 e institui a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD). A Rede busca ampliar o acesso e qualificar o atendimento às pessoas com deficiência no SUS. Além de promover cuidados em saúde, especialmente dos trabalhos de reabilitação, ela busca desenvolver ações de prevenção e de identificação precoce de deficiências nas fases pré, peri e pós-natal, infância, adolescência e vida adulta. Dentre as diversas ações planejadas, as que se destacam para estruturação da RCPD, são a qualificação das equipes de atenção básica, odontológica e a criação dos Centros de Reabilitação (CER). Atualmente o Brasil possui uma das legislações mais humanizadas, principalmente por ter havido participação popular na sua construção, e é referência internacional no cuidado com a pessoa com deficiência.

7085 O CUIDADO FAMILIAL À CRIANÇA COM GASTROSTOMIA NO DOMICÍLIO
Juliana Rezende Montenegro Medeiros de Moraes, Ana Paula Lopes Pinheiro Ribeiro

O CUIDADO FAMILIAL À CRIANÇA COM GASTROSTOMIA NO DOMICÍLIO

Autores: Juliana Rezende Montenegro Medeiros de Moraes, Ana Paula Lopes Pinheiro Ribeiro

Apresentação: Crianças com gastrostomia são consideradas pela literatura como tendo necessidades especiais de cuidados em saúde, pois são dependentes do hospital e de cuidados dos profissionais de saúde. Além disso podem apresentar condições crônicas, físicas, de desenvolvimento, comportamental ou emocional, utilizando mais os serviços de saúde e diversas especialidades, incluindo os de enfermagem. Objetivo: descrever os cuidados realizados pelos familiares de criança com gastrostomia no domicílio. Método do estudo: Estudo qualitativo, desenvolvido através do Método Criativo Sensível, utilizando a dinâmica de criatividade e sensibilidade Corpo Saber com 10 familiares de crianças com gastrostomia, na idade lactente e pré-escolar, nos meses de julho a dezembro de 2019, no ambulatório de pediatria de um hospital federal  no Rio de Janeiro. Utilizou a análise lexical através do software Iramuteq. Aprovação do Comitê de Ética da instituição proponente, parecer nº 3.236884 e da coparticipante, parecer nº 3.399.70Resultado: O Iramuteq® analisou 677 segmentos de texto dos 805 (84,10%), gerando 2 temas e em cada tema 3 classes. O primeiro tema é o cuidado para manutenção da vida, realizado pelos familiares de crianças com gastrostomia, no domicílio, com a classe 3, a rotina de cuidados com a sonda de gastrostomia no domicílio, a classe 4, o cuidado com a gastrostomia/estoma e a classe 6, os cuidados com a alimentação e medicação em crianças com gastrostomia no domicílio. O segundo tema, o processo de aprendizagem de familiares para enfrentamento da realidade cotidiana de crianças com gastrostomia, incluiu a classe 5, a ciência e a fé como suportes para conviver com a realidade, a classe 2, a luta cotidiana no enfrentamento das limitações e do preconceito e a classe 1, a enfermagem e o familiar no processo de ensino/aprendizagem. Considerações finais: Os cuidados habituais cotidianos dessas crianças são modificados para atender suas necessidades, principalmente quanto à alimentação, medicação e cuidado com estoma, suscitando nos familiares novas aprendizagens do campo e da competência da enfermagem, garantindo um cuidado mantenedor da vida no domicílio, além da superação das limitações e preconceitos sofridos pelos seus filhos e a ciência e a fé dando forças para a continuidade da vida.

11849 EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO UTERINO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Laryssa Thayna Elias Cunha, Cintia Maria da Silva Gomes, Fernanda Araújo Trintade, Janete Sena Santos, Josimara Cristina de Moraes, Joelma Sena Santos, Márcia Rafaela Tavares Lobato, Sheila do Rosário Botelho Vasconcelos

EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO UTERINO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Laryssa Thayna Elias Cunha, Cintia Maria da Silva Gomes, Fernanda Araújo Trintade, Janete Sena Santos, Josimara Cristina de Moraes, Joelma Sena Santos, Márcia Rafaela Tavares Lobato, Sheila do Rosário Botelho Vasconcelos

Apresentação: O Câncer de Colo Uterino (CCU) continua sendo um sério problema de saúde pública, responsável por altas taxas de morbidade e mortalidade entre a população feminina, impactando, de maneira negativa, o perfil epidemiológico das mulheres na vida pessoal, familiar, social e econômica. No Brasil, segundo estatísticas disponibilizadas pelo Instituto Nacional de Câncer, o Câncer de Colo Uterino ocupa o terceiro lugar entre os cânceres mais incidentes entre as mulheres, com cerca de 16.370 novos casos, com total de 8,1%. A Atenção Básica é a porta de entrada do sistema de saúde e, por meio das ações, é possível identificar a mulher, investigar, agir, orientar e cuidar. Baseado nisso, torna-se fundamental que se desenvolvam estratégias de cuidado preventivo, detecção precoce, recuperação e reabilitação da saúde da mulher de maneira integral. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência de educação em saúde na comunidade Dom Bosco no município de Ananindeua, sobre a prevenção de Câncer do Colo Uterino. Desenvolvimento: Relato de Experiência, realizado por acadêmicas de enfermagem sobre educação em saúde na prevenção do Câncer do Colo do Útero, com quantitativo de 25 pessoas ao total, e 20 destas eram mulheres. As principais atividades realizadas foram:  A) Dinâmica da caixa cor de rosa, nesta haviam 14 bombons serenatas com mitos e verdades relacionadas ao tema B) Palestra informativa com cartaz sobre o tema abordado C) Distribuição de lacinhos rosas com alfinete, para pôr na roupa das participantes, Todo o material didático-pedagógico utilizado foi confeccionado pelas acadêmicas. Resultado: As participantes foram atenciosas, interagiram bastante, e foram bem participativas respondendo às perguntas sobre mitos e verdades e tirando suas dúvidas, falando também de suas experiências anuais com o exame do Papanicolau. Notou-se o desconhecimento em relação a doença, porém mostraram saber o básico sobre a respeito da prevenção através do exame de Preventivo, e da importância deste. Se mostraram interessadas nas formas de prevenção em relação ao exame, através da vacina do HPV, pois o HPV está relacionado a fatores de risco para o câncer, porém foi esclarecido que a idade adequada para a vacina é de 9 a 14 anos para meninas de acordo com o Ministério da Saúde. Considerações finais: As acadêmicas conseguiram alcançar seus objetivos levando informações de uma maneira clara e objetiva ao público da comunidade, estes eram ASC’s, homens, e mulheres em sua maioria, porém somente o público feminino quis participar da dinâmica. A Educação em Saúde é de fundamental importância para levar o conhecimento para a população. O enfermeiro é um profissional qualificado para fazer educação em saúde, levando métodos na qual os indivíduos irão aprender a se prevenir não só contra o Câncer Cervical, mas também contra vários tipos de doenças, assim tornando-se uma comunidade bem orientada a respeito de tal, diminuindo índices de mortalidade.

12069 EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE PREVENÇÃO DE DEPRESSÃO COM UM GRUPO DE IDOSOS: Relato de Experiência
Rayza Venina Bezerra Santana, Maria de Nazaré De Souza Ribeiro, Cássia Rosária da Silva Souza

EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE PREVENÇÃO DE DEPRESSÃO COM UM GRUPO DE IDOSOS: Relato de Experiência

Autores: Rayza Venina Bezerra Santana, Maria de Nazaré De Souza Ribeiro, Cássia Rosária da Silva Souza

Apresentação: O envelhecimento é um processo em que o indivíduo passa por mudanças fisiológicas, psíquicas e sociais, e que geralmente resultam em possíveis limitações. Ações educativas e preventivas sobre depressão para idosos são essenciais a fim de reduzir riscos de transtornos mentais, ansiedade e suicídio. Dessa forma buscou-se relatar a experiência sobre o desenvolvimento de atividades educativas referentes à depressão com um grupo de idosos. Desenvolvimento: relato de experiência acerca das atividades educativas desenvolvidas em um projeto de extensão universitária intitulado: “Práticas educativas em saúde direcionadas aos idosos da Pastoral da Pessoa Idosa e da Pastoral da Saúde da Paróquia de São Pedro Apóstolo no bairro de Petrópolis – ano 2”realizado com trinta idosos em uma oficina. Foram utilizados os materiais de apoio nas atividades: cartazes, músicas, danças e jogos interativos. As atividades foram realizadas na Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA), da Universidade do Estado do Amazonas, na cidade de Manaus, onde foram convidados um grupo de idosos para a Oficina da Prevenção de Depressão. Resultado: As atividades educativas foram realizadas em dois momentos: primeiro, intermediado por uma psicóloga, que abordou sobre a depressão, principais sinais e sintomas e como tratar. Além disso, houve interação do grupo de idosos com alguns relatos e experiências relacionados com a temática. O segundo momento, foi intermediado pelos acadêmicos da área de saúde, com a aplicação de dinâmicas integrativas, dentre elas, o “caminho da felicidade”, onde os idosos passaram, colocando-os em situações-problemas e como enfrentá-las. Notou-se a participação efetiva dos idosos e demais participantes durante as dinâmicas realizadas resultando em aproximação e debates bastante enriquecedores e discutidos entre os idosos e os demais membros. As atividades proporcionaram uma melhor aproximação dos idosos com a equipe de alunos e ao término das dinâmicas aplicou-se uma avaliação com a escala de grau de satisfação da oficina. Como resposta, a avaliação trouxe agradecimentos diversos pelas atividades propostas e sugestões de novas atividades com temáticas variadas. Considerações finais: A educação em saúde implementada com o grupo de idosos buscou orientá-los quanto aos riscos eminentes de transtornos mentais e outras desordens psíquicas. Além disso, enfatizou-se a importância da interação social e grupo de convivência que abordam variadas temáticas em destaque as necessidades humanas básicas, como prática de exercício físico, nutrição, sono e repouso que também interferem na saúde dessa população.

6175 TECNOLOGIA EDUCACIONAL: UM INSTRUMENTO DINAMIZADOR DO CUIDADO COM IDOSOS
Rachel da Silva Serejo Cardoso, Selma Petra Chaves Sá, Vera Maria Sabóia, Joana Kátia de Mendonça Flexa Monteiro

TECNOLOGIA EDUCACIONAL: UM INSTRUMENTO DINAMIZADOR DO CUIDADO COM IDOSOS

Autores: Rachel da Silva Serejo Cardoso, Selma Petra Chaves Sá, Vera Maria Sabóia, Joana Kátia de Mendonça Flexa Monteiro

Apresentação: O Brasil passa por uma transição demográfica influenciada por diversos fatores, tais como avanços da medicina, diminuição da taxa de natalidade e mortalidade e aumento da expectativa de vida. Nesse sentido, a pirâmide etária vem sendo modificada, e o número de idosos, tanto absoluto quanto proporcional, tem aumentado ao longo dos anos. Essas modificações geram diversas demandas econômicas, políticas, sociais e culturais para o indivíduo e para a sociedade. Por esses motivos, o processo de envelhecimento é uma temática relevante que deve ser vista sob diversos prismas. O processo de envelhecimento pode trazer diversas implicações para a qualidade de vida do indivíduo, impactando aspectos como a autonomia e independência nas atividades de vida diárias. A figura do cuidador, nesse cenário, se faz necessária, pois é um indivíduo que presta o cuidado ao idoso, podendo ou não ser familiar dele, desempenhando funções com ou sem renumeração. Assim, o cuidador é uma peça fundamental para as necessidades da pessoa idosa, de forma a promover o bem-estar, a segurança, o conforto e, principalmente, incentivando a autonomia e independência. Tendo em vista a importância da informação e educação em saúde para os cuidadores refletindo diretamente nos cuidados prestados aos idosos, nota-se que a Tecnologia educacional (TE), como um instrumento de mediação pode contribuir nesse processo. A TE deve ser entendida por processos concretizados, a partir de experiências cotidianas, voltados para o desenvolvimento metódico de conhecimentos e saberes a serem utilizados com finalidade prática específica. Portanto, a TE contribui para gerar conhecimentos a serem socializados e seu uso, como ferramentas facilitadoras na promoção de um cuidado humanizado, potencializa a educação e a orientação dos cuidados. De acordo com o exposto, o objetivo desta pesquisa foi de desenvolver TE com cuidadores de idosos a partir de necessidades, dificuldades e interesses manifestados por esses indivíduos em relação ao cuidado com a pessoa idosa. Desenvolvimento: Pesquisa qualitativa, através de uma abordagem participante se insere no contexto educacional e tem na figura do educador/pesquisador um componente que faz parte do cenário estudado. Como referencial teórico/conceitual, utilizaram-se os conceitos desenvolvidos por Paulo Freire: relação dialógica e educação problematizadoras, foi utilizado 2 cenários Furnas Centrais Elétricas (FUR), com 28 cuidadores; e o Centro de Atenção à Saúde do Idoso e seus Cuidadores (CASIC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) com 20 cuidadores, totalizando 48 cuidadores nos cenários estudados. O critério de inclusão para os cuidadores de FUR foram: cuidadores formais e/ou informais com ensino fundamental completo. Já para os cuidadores do Ca sic, foi: cuidadores formais e/ou informais, independentemente do nível de escolaridade. Critérios de exclusão: cuidadores que não obtiveram 80% de presença nos encontros, tanto no Ca sic quanto em FUR; e cuidadores de indivíduos que não são idosos. A coleta de dados foi pautada nas diretrizes do World Cafe Europe em 4 momentos. A coleta de dados, influenciada pelos conceitos Freirianos que visou permitir o empoderamento do sujeito através de sua coparticipação, coautoria da produção da tecnologia educacional. Para dar início à discussão, foram elaboradas perguntas semiestruturadas acerca do cuidado com o idoso no domicílio. Essas perguntas foram postas na mesa, a saber: porque iniciaram a atividade de cuidadores de idosos? O que facilita o cuidado integral ao idoso? O que o dificulta? O que o melhorária? O que gostaria de saber acerca do cuidado integral com o idoso? Os participantes poderiam discutir questões, sem se ater exclusivamente a responder as perguntas. O grupo de cada cenário foi subdividido em pequenos grupos com quatro a cinco cuidadores. O pequeno grupo respondia à uma questão exposta numa mesa, e o porta-voz anotava numa folha grande esses apontamentos. Esgotada a discussão inicial, os elementos de cada grupo trocavam de mesa, exceto o porta-voz, e eram desafiados a responder a uma nova questão, continuando a discussão através do acréscimo ou refutação das ideias expostas anteriormente por outros subgrupos. Depois de diversas “rodadas de diálogo” era realizado o período de partilha das opiniões com o grupo todo. Nessas conversas em estilo de plenária, cujo objetivo era ampliar o conhecimento coletivo e as possibilidades de ação, o porta--voz de cada mesa apresentava os resultados, e todo o grupo debatia os padrões e obtinha, ou não, um consenso acerca dos elementos facilitadores e dificultadores do cuidado com idosos, bem como sobre seus interesses Resultado: O estudo foi analisado pela categoria temática Bardin, suscitou-se 3 classes temáticas: A classe temática (CT), foi constituída a partir das necessidades das cuidadoras de discutir o envelhecimento e seus desdobramentos. Entende-se que as participantes têm a percepção sobre o tema e a conscientização de que estamos envelhecendo. As percepções apreendidas englobam experiências cotidianas, a partir dos problemas vivenciados dentro de contextos de cuidar. Foi sinalizado pelas cuidadoras um conhecimento fragilizado acerca do processo de envelhecimento. A CT 2- Dificuldades apontadas pelos cuidadores, está relacionada realizar o cuidado humanizado, dentre as quais se destacam o fator ambiental, a falta de apoio familiar e do poder público no que toca aos direitos da família e dos idosos. Também foi apontada a insuficiência de recursos, não só materiais, mas, sobretudo, financeiros. Tais foram os elementos considerados como “impeditivos diversos no atendimento às necessidades de cuidado do idoso pelos cuidadores”. O ambiente onde o idoso se encontra foi citado como preocupante para o cuidador. Deve-se observar que os cuidadores apontaram a necessidade de “Boas condições do ambiente onde o idoso está sendo cuidado” e “adaptações na casa e um ambiente arejado” Na CT Interesses dos cuidadores, destaca-se que as cuidadoras, em ambos os cenários, demonstraram interesse no que tange aos cuidados com o idoso em várias dimensões, tanto no cuidado prático, quanto nas relações subjetivas, por exemplo, atribuídas aos valores humanos, como empatia e amor ao próximo. A partir deste resultado, foi construído a TE com os cuidadores, onde as mesmas apresentaram questões relativas à forma de organização do conteúdo, buscando algo mais dinâmico e que facilitasse seu uso no cuidar. Desta forma suscitou em um material impresso, ao ser analisado pelas cuidadoras, houve necessidade de desenvolver uma mídia virtual por ser acessível à todos e ser locutada possibilitando as cuidadores analfabetos entenderem o que está sendo dito.  As participantes consideraram que as TE elaborados são importantes para a população em geral, assim como para cuidadores e profissionais de saúde, havendo unanimidade acerca da sua relevância. O vídeo, encontra-se no youtube no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=AuoxV5Wjh1g& ;t=495s Considerações finais: Descrever os conteúdos considerados fundamentais para os cuidadores nos faz perceber que existem demandas educacionais que ocupam lugar de destaque, principalmente na educação em saúde. Conclui-se que o desenvolvimento, em conjunto com os cuidadores, das tecnologias educacionais, material impresso e digital, contribuiu para orientação e informação do cuidado com o idoso e para a tomada de decisão do cuidador. Consiste em um instrumento dinamizador que poderá ser utilizado pelo cuidador, pela população em geral e pelo enfermeiro enquanto integrante da equipe de saúde, mediando a prática educativa com cuidadores. Sendo assim, sugerem-se novos estudos de intervenção que utilizem tecnologia educacional voltada para cuidadores de idosos, tendo em vista a realidade sociodemográfica e epidemiológica do Brasil agora e no futuro.

8042 EXERCÍCIOS MUSCULARES COMO PREVENÇÃO DE LESÕES DO ASSOALHO PÉLVICO DURANTE O PARTO NATURAL EM PRIMIGESTAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Márcia Eduarda Dias Conceição, Dheise Ellen Correa Pedroso, Sarah Bianca Trindade, Izabele Grazielle da Silva Pojo, Viviane de Souza Bezerra, Nely Dayse Santos da Mata

EXERCÍCIOS MUSCULARES COMO PREVENÇÃO DE LESÕES DO ASSOALHO PÉLVICO DURANTE O PARTO NATURAL EM PRIMIGESTAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Márcia Eduarda Dias Conceição, Dheise Ellen Correa Pedroso, Sarah Bianca Trindade, Izabele Grazielle da Silva Pojo, Viviane de Souza Bezerra, Nely Dayse Santos da Mata

Apresentação: O ciclo gravídico-puerperal propicia o enfraquecimento da musculatura pélvica. Ao realizar a estimulação do grupo muscular diminuem-se os riscos de traumas perineais durante o trabalho de parto, consequentemente, reduzem-se as chances de lacerações e incontinência urinária futura. Com base nesses fatores, o objetivo do presente estudo é relatar a experiência vivenciada por gestantes primigestas em um grupo de extensão da Universidade Federal Do Amapá, ressaltando as principais práticas físicas realizadas durante as oficinas do grupo. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência, com abordagem qualitativa, acerca da vivência por meio do Grupo de Extensão de Apoio à Grávidas Adolescentes (GEAGA) da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), projeto multiprofissional voltado para a realização de atividades educacionais em saúde direcionadas à gestantes primigestas almejando sua autonomia e preparo físico para o momento do parto. Durante as oficinas quinzenais ofertadas pelo grupo, como forma de preparar o corpo da gestante para os exercícios pélvicos fortalecedores, primeiramente realizava-se o alongamento corporal sob orientação e supervisão do educador físico. O profissional de Enfermagem expunha sobre a anatomia do sistema genital feminino, esclarecendo as regiões mais afetadas pelo processo lacerativo. Por fim, eram propostos os exercícios obstétricos, a qual utilizavam-se a bola suíça - nesse momento as participantes acomodavam-se sobre a bola com auxílio do acompanhante e realizavam movimentos de rotação da cavidade pélvica - O agachamento era preconizado e estimulado, exceto em casos de contraindicação médica. Além das contrações sustentadas, que consistem em manter e contrair os músculos do assoalho pélvico durante cinco a dez segundos. A assistência prestada pelo grupo inicia-se na descoberta da gestação até o trabalho de parto. Resultado: Pela praticidade de realização das atividades corporais, as gestantes inseridas no projeto ressaltavam a prática dos exercícios no ambiente doméstico, não apenas nos encontros quinzenais do grupo. Após o parto, quando questionadas sobre a contribuição dos exercícios obstétricos, a influência era em suma positiva, onde destacam-se o aumento da flexibilidade, o relaxamento muscular e a recuperação precoce do parto natural. Considerações finais: A educação em saúde surge como um meio de aproximação do profissional de saúde e da gestante primigesta, propiciando a formação de vínculo, fortalecendo assim, a difusão de informações acerca do ciclo gravídico-puerperal minimizando estereótipos culturalmente propagados acerca desse período, levando a gestante a ter conhecimento fisiológico sobre o seu corpo e autonomia quanto a escolha de posições de parto conforme sua confortabilidade, questão intimamente relacionada ao treinamento dos músculos pélvicos - quanto maior a estimulação desse grupo muscular, maior a segurança e comodidade no momento da concepção - Desse modo, o Grupo de Extensão de Apoio à Grávidas Adolescentes (GEAGA) estimula a execução de atividades físicas voltadas ao fortalecimento dos músculos pélvicos, como forma de prevenção de lesões no momento do parto, reduzindo assim, a probabilidade de episiotomia; além de repassar orientações quanto a posições de parto com menor possibilidade de lesão muscular.

8076 A EXPERIÊNCIA DE UMA ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL NA SISTEMATIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES PARA FORTALECIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS. O CASO DO ENFRENTAMENTO DA OBESIDADE INFANTOJUVENIL NO RIO DE JANEIRO
Elisa Proença da Silva Mendonça, Evelyn Kowalczyk Dos Santos, Roberta Costa Marques, Laurenice de Jesus Alves Pires

A EXPERIÊNCIA DE UMA ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL NA SISTEMATIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES PARA FORTALECIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS. O CASO DO ENFRENTAMENTO DA OBESIDADE INFANTOJUVENIL NO RIO DE JANEIRO

Autores: Elisa Proença da Silva Mendonça, Evelyn Kowalczyk Dos Santos, Roberta Costa Marques, Laurenice de Jesus Alves Pires

Apresentação: O trabalho objetiva apresentar como a publicação de informações compiladas oriundas de fontes abertas e públicas como o Panorama da Obesidade em Crianças e Adolescentes pode ser uma importante ferramenta para mobilização para o tema. Desenvolvimento: A publicação é elaborada anualmente a partir de 2019 pelo Instituto Desiderata, que é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público que atua no Rio de Janeiro há mais de 16 anos. O foco do nosso trabalho é a melhoria da saúde pública de crianças e adolescentes, fazemos isso auxiliando na implementação de políticas e ações voltadas para as doenças crônicas não transmissíveis como o câncer infantojuvenil em 2018 integramos a obesidade infantil em nosso escopo de ações. O Desiderata é um instituto privado sem fins lucrativos cujos recursos são oriundos de doações e possui uma política de financiamento que não permite conflitos de interesses ou seja nenhuma doação poderá ser recebida de indústria alimentícia que produtora de produtos obesogênicos nem de indústria farmacêutica, assim nossa atuação pode seguir independente e totalmente voltada para o fortalecimento das políticas públicas de saúde.  Nosso fazer consiste em mapeamento dos problemas e articulação de indivíduos e instituições em busca de soluções, para assim produzirmos mudanças sociais de interesse coletivo em temas complexos como a oncologia e a obesidade infantil. Uma das estratégias para o desenvolvimento do trabalho é a publicação Panoramas que são documentos em formato infográficos que se reúnem informações estratégicas e enxutas sobre o tema com objetivo de promover visibilidade para a causa e advocacy. O publico alvo da publicação são profissionais de saúde e gestores e os dados compilados são oriundos de fontes públicas e abertas. Em 2019 publicamos a primeira edição de "Panorama da obesidade em crianças e adolescentes". Aa relevância do tema se dá pela sua magnitude como um problema de saúde de ordem global: no mundo, há 124 milhões de crianças e adolescentes com obesidade. No Brasil, 1 a cada 3 crianças estão com sobrepeso ou obesidade. O avanço rápido do número de pessoas acometidas por essa doença e suas consequências, seja na infância e adolescência ou na vida adulta, torna urgente a necessidade de políticas e programas que orientem os sistemas de saúde e toda a sociedade para o seu enfrentamento. Para isso, a produção de informações nacionais e o monitoramento dos sistemas públicos de informação são importantes aliados. O Panorama reúne informações que ajudam a entender o cenário da obesidade infantil no Estado do Rio de Janeiro e os desafios e as oportunidades para o seu controle. Está dividido em seções conforme a saber: na seção Obesidade em crianças e adolescentes, apresentamos o conceito de obesidade e obesidade infantil, os fatores que a influenciam e os riscos na infância e vida adulta, ressaltando a caderneta da criança e do adolescente como instrumento elementar para o acompanhamento de peso e altura e a necessidade de monitoramento constante do estado nutricional. Na seção Obesidade em crianças e adolescentes no Estado do Rio de Janeiro, o comparativo dos anos 2008 e 2018 para o estado nutricional de menores de 5 anos e entre 5 e 19 anos no Brasil, no estado e no município do Rio de Janeiro; e a série histórica de excesso de peso segundo o Índice de Massa Corporal (IMC) ajudam a entender o rápido crescimento da obesidade em crianças e adolescentes. Na seção Enfrentamento, ressaltamos o compromisso internacional assumido pelo governo brasileiro e as principais recomendações globais para o enfrentamento da obesidade infantil. Também destacamos a cobertura da Estratégia de Saúde da Família, entendendo sua relevância para o cuidado integral e continuado imprescindível ainda mais no caso das doenças crônicas não transmissíveis. Nas seções Políticas Públicas sobre obesidade infantil e de adolescentes e Estudos em andamento no Brasil, selecionamos as principais políticas e estudos que estão sendo desenvolvidos no país. Por fim, no Painel de Opiniões, especialistas das áreas afins incluindo gestoras estadual e federal  comentam o cenário apresentado a partir do Panorama. Resultado: O Panorama teve uma tiragem de 1100 exemplares em sua primeira edição e foi distribuído em eventos científicos, para gestoras e gestores de saúde do Brasil e Portugal. E os a publicação é sempre bem recebida por sua abordagem simples e direta do tema promovendo assim momentos de mobilização e engajamento. É esperado que a publicação auxilie na mobilização de profissionais  e estudantes de saúde para o tema. Toda a metodologia é descrita na publicação tornando o panorama replicável com dados abertos do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) para qualquer estado ou país que possua dados nacionais semelhantes. Ao compilar esses dados em uma publicação visual, atrativa espera-se um maior mobilização e acesso a informações importante para técnicos da saúde conseguirem dialogar com seus gestores em busca de maiores condições para lidar com a obesidade em crianças e adolescentes. O Panorama já foi acessado por profissionais da educação e pela população em geral apesar de não ter sido originalmente elaborado para esse público porém devido a relevância do problema cuidadores de crianças e adolescentes tem se interessado pela publicação que pode ser acessada no portal do Instituto bem como nas redes sociais. Considerações finais: Estudos mostram que o enfrentamento da obesidade requer mudanças na legislação para a produção e o comércio de alimentos mais saudáveis, para a eliminação de propagandas que induzam crianças ao consumo não saudável, para o aumento de atividades físicas e a redução de tempo em frente a computadores, dispositivos eletrônicos e televisão. Há responsabilidades individuais, mas também dos governos. De setores públicos e privados. Da área da saúde, educação, assistência e outros. Ações isoladas e responsabilizações unilaterais não serão capazes de solucionar o problema. Para ações efetivas a informação é imprescindível e quando apontamos os dados, as políticas públicas é notório que é necessário ir além. É preciso que toda a sociedade se envolva e entenda a urgência do tema, para que possamos garantir um futuro saudável para nossas crianças e adolescentes.

8085 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O TRATAMENTOS NÃO FARMACOLÓGICOS PARA HIPERTENSOS EM UM CENTRO DE SAÚDE ESCOLA DE BELÉM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Thanaira Aicha Fernandes Maciel, Alannys Bianca Pinheiro de Queiroz, Thaissa Caroline dos Santos da Costa, Fabiana da Silva Mendes, Evelyn Rafaela de Almeida dos Santos, Ricardo Luiz Saldanha da Silva, Leila Maués Oliveira Hanna, Anderson Bentes de Lima

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O TRATAMENTOS NÃO FARMACOLÓGICOS PARA HIPERTENSOS EM UM CENTRO DE SAÚDE ESCOLA DE BELÉM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Thanaira Aicha Fernandes Maciel, Alannys Bianca Pinheiro de Queiroz, Thaissa Caroline dos Santos da Costa, Fabiana da Silva Mendes, Evelyn Rafaela de Almeida dos Santos, Ricardo Luiz Saldanha da Silva, Leila Maués Oliveira Hanna, Anderson Bentes de Lima

Apresentação: Há vários fatores que contribuem para a alta taxa de pessoas com hipertensão no Brasil, entre eles a falta de conhecimento dessas pessoas acerca da fisiopatologia da doença e consequentemente sua prevenção e tratamento não farmacológico. Diante disso, o SUS possui um papel de extrema importância ao recurso terapêutico uma vez que atua na prevenção, promoção e proteção da saúde dos usuários, oferecendo gratuitamente medicamentos anti- hipertensivos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e pelo programa Farmácia Popular. Isto posto, identifica-se a relevância da educação em saúde em virtude de que no Brasil morrem 388 pessoas por dia por HA. Dessa maneira, formas complementares de tratamento à hipertensão como prática de exercícios físicos e uma dieta balanceada ajudam para o bom funcionamento terapêutico de medicamentos diminuindo esse índice de mortalidade. Em vista disso, o presente trabalho tem como objetivo relatar a vivencia de acadêmicos de enfermagem na realização de educação em saúde sobre a fisiopatologia da hipertensão arterial e seu tratamento não farmacológico. Desenvolvimento: Este é um relato de experiência, trabalho descritivo, acerca da realização de uma ação feita em um Centro de Saúde escola de Belém no Pará por acadêmicos do Curso de Enfermagem de Universidade do Estado do Pará. A ação contou com 4 discentes e 15 pessoa com hipertensão arterial, foi confeccionado uma caixa a qual possuía as letras do alfabeto, realizou-se a dinâmica em que cada usuário com hipertensão deveria retirar uma letra e dizer um alimento com aquela letra que seria eficiente para o tratamento ou prevenção não farmacológico da hipertensão arterial, sendo assim a acadêmicos diriam se o alimento era ou não benéfico e explicariam o porquê; além de oferecer folder com praticas de atividades físicas benéficas para prevenção da doença.  Resultado: Os resultados percebidos pelos acadêmicos tiveram como contrapartida a falta de conhecimento dos usuários com hipertensão acerca da fisiopatologia da doença e sobre a relevância da prática de atividades físicas atrelada ao uma boa alimentação para o controle e prevenção da hipertensão. Além disso, verificou-se que os usuários ao entender a fisiopatologia da doença, perceberam outros alimentos que também poderia fazer bem a prevenção da hipertensão arterial. Considerações finais: A promoção de saúde adequada para pacientes hipertensos como uma forma de intervenção preventiva e de tratamento evidencia possíveis implicações clínicas importantes, uma vez que pode atuar como potencializadora para a eficácia do tratamento medicamentoso da HA, viabilizando a importância da adoção dessas práticas complementares para o seu controle e prevenção.

8843 PREVENÇÃO DE GASTROENTERITE EM UMA FEIRA LIVRE DA GRANDE VITÓRIA/ES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Eloiza Toledo Bauduina, Maria Alice Toledo da Silva Bauduina, Amelia Toledo da Silva Bauduina, Ana Paula de Araujo Machado, Caroline Nascimento de Souza, Laís Lopes Gonçalves, Alessandra Aparecida de Saldes, Italla Maria Pinheiro Bezerra

PREVENÇÃO DE GASTROENTERITE EM UMA FEIRA LIVRE DA GRANDE VITÓRIA/ES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Eloiza Toledo Bauduina, Maria Alice Toledo da Silva Bauduina, Amelia Toledo da Silva Bauduina, Ana Paula de Araujo Machado, Caroline Nascimento de Souza, Laís Lopes Gonçalves, Alessandra Aparecida de Saldes, Italla Maria Pinheiro Bezerra

Apresentação: A gastroenterite é uma das principais causas de morbimortalidade em todo o mundo, trazendo maior prejuízo para crianças, idosos e pessoas imunodeprimidas. Apresenta-se com aumento do número de evacuações, fezes volumosas aquosas ou de pouca consistência, náuseas, vômitos ou cólicas abdominais, podendo evoluir para quadros de desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos. De causa multifatorial, a gastroenterite pode ser ocasionada por parasitas, bactérias ou vírus, sendo transmitida por água, alimento ou pessoas contaminadas. Trata-se de uma doença infecciosa de fácil detecção e tratamento, embora algumas vezes exijam terapia anti-infecciosa específica. Diante disso o objetivo desse trabalho e descrever a experiência de alunos do curso de enfermagem, através da realização de uma ação para prevenção da gastroenterite. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência elaborado pelos discentes da graduação do curso de enfermagem sobre uma ação educativa realizada em uma feira livre de um bairro da grande vitória para prevenção da gastroenterite.  Resultado: A atividade desenvolvida teve envolvimento dos discentes e profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS), para conscientizar a população e discutir sobre a prevenção da gastroenterite. A população foi abordada, houve distribuição de panfletos com orientações para a higienização correta das mãos, informações sobre formas de contaminação, prevenção e tratamento, caixa de mitos e verdades sobre a doença e distribuição de brindes. Considerações finais: Evidenciou-se que a interação entre profissionais, comunidade e acadêmicos produz conhecimento de qualidade para todos os envolvidos, sendo importante para a formação do aluno pois permite que ele conheça as fragilidades da comunidade, tal como seu conhecimento a respeito de doenças que acometem importantes grupos da população e são de rápida disseminação. Notou-se ainda a necessidade do desenvolvimento de ações frequentes de educação em saúde que envolva a comunidade de modo que ela entenda a necessidade de sua participação efetiva na busca do conhecimento inerente aos riscos reais existentes em seu território, para que se identifiquem como responsáveis pela sua própria produção de saúde.  

9012 RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DO CUIDADO DE MORADORES COM A SAÚDE DE SEU TERRITÓRIO: O BAIRRO JARDIM SULACAP
Marcia Viana, Emilson Moreira dos Santos, Marcos Vieira Ferreira

RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DO CUIDADO DE MORADORES COM A SAÚDE DE SEU TERRITÓRIO: O BAIRRO JARDIM SULACAP

Autores: Marcia Viana, Emilson Moreira dos Santos, Marcos Vieira Ferreira

Apresentação: O bairro Jardim Sulacap é situado na Zona Oeste do Município do Rio de Janeiro, praticamente no coração da Cidade. Planejado nos anos de 1940, ele nasceu sob o conceito de bairro-jardim que prevê (obviamente) jardins, pomares, horta, cinturão verde ao redor das casas e outras áreas verdes, assim como a autogestão, auto-organização e as diferentes formas de trabalho envolvendo cabeças, corações e mãos e que permitem desenvolver relacionamentos saudáveis, colaborativos e confiáveis. Desde 2013, partindo da ideia que devemos conhecer para amar, um grupo formado por moradores iniciou movimento pela sustentabilidade do lugar com a divulgação história do bairro, visando enfrentar os desafios, para promover reflexão, conscientização sobre a importância que o bairro representa na saúde coletiva de seus moradores, além de vigorar o sentimento de pertencimento, reconhecimento da identidade do território como fator de aproximação entre os moradores e para promover melhor uso e ocupação dos espaços do bairro, aqueles cuja responsabilidade de manutenção era atribuída ao poder público e que estavam sendo “ocupados” desordenadamente. Desde o início, além de enfrentar o desafio de sensibilizar as pessoas para se engajarem em ações coletivas, o grupo reconheceu a importância de buscar colaboração e parcerias para cocriar soluções inovadoras, transversais e duradouras, em vez de soluções “esparadrapos”. A partir daí, já em 2016, o grupo organizou uma estratégia de aproximação e de cuidado: a criação de uma horta  – a Horta Comunitária JSBS (Jardim Sulacap Bairro Sustentável), ironicamente situada na Praça de nome Quincas Borba, personagem de Machado de Assis que representa aquele grupo de pessoas que só se move por interesse próprio e por dinheiro, criador da frase: “Aos vencedores, as batatas!” É neste espaço fértil, situado em praça pública, que os moradores se encontram aos finais de semana e mostram que é possível realizar trabalho colaborativo, compartilhando experiências, vivências e planejando as demais ações que o território de vida e de luta precisa dinamizar, como as discussões acerca da representatividade local junto aos serviços públicos a serem reivindicados. As discussões giram em torno do entendimento coletivo de que as ações de sustentabilidade social e compreensão das demandas territoriais dependem da decisão coletiva de articular soluções a partir da organização social e do exercício da participação social. Ou seja, atualmente o grupo acredita que as melhores soluções vêm do envolvimento e da participação da própria comunidade em querer mudar uma realidade, e não só de agentes sociais distantes dos grupos culturais que vivenciam os processos históricos do lugar, sofrem com os resultados das ações políticas, implantação de grandes projetos e que buscam constante aperfeiçoamento para tornar o bairro melhor. Segundo sua descrição no blog “Não esperamos governos, empresas e universidades chegarem, assumimos responsabilidades e com muita alegria e desprendimento começamos a dar os primeiros passos”. Desenvolvimento: todos os finais de semana os moradores se encontram no espaço coletivo para cuidar dos canteiros da horta, pomar, agrofloresta, jardim e, também, cuidarem-se coletivamente. O espaço fértil se tornou um lugar mágico para pessoas de todas as idades no bairro, onde coisas incríveis acontecem. Ele abre oportunidade para as pessoas estarem em contato com a terra e com as coisas que nascem dela, que não é só alimento orgânico. Estar lá, plantando, colhendo, cozinhando, comendo, ouvindo histórias e conversando com outras pessoas, vizinhos que normalmente só cruzamos pelas ruas, é uma experiência que viverá na memória de muitas pessoas pelo resto da vida. O projeto oferece formas diferentes para as pessoas se envolverem e mescla diferentes atividades em um só lugar. É também um projeto de arte inclusivo e desafiador, que está nutrindo pessoas de alegria, esperança e colaborando para sua cura. Em uma entrevista para a TV Comunitária do Rio de Janeiro (TVC-Rio), que foi ao ar no dia 28 de abril de 2019, a colaboradora Maria das Dores, de 73 anos, disse que “ia para horta com alegria, a depressão tinha ido embora e a glicose estava controlada”. Assim, o exercício de pensar a possibilidade de cultivar hortaliças em um espaço público, a princípio abandonado, faz emergir a esperança de um mundo melhor e de que o nosso exemplo de cuidado com a terra, com a alimentação, com a saúde, com a vizinhança, com o bairro, com o território em que vivemos, repercutam na assimilação de um modo de viver atento aos cuidados que facilitem a sustentabilidade social e ambiental. Resultado: A partir dessa experiência inicial, o movimento já conquistou ações importantes para a construção de uma sociedade local atenta e cuidadora de seus sujeitos, como a possibilidade de direcionar as hortaliças cultivadas na horta para famílias carentes, a articulação com as escolas da rede municipal de ensino para utilização do espaço para educação ambiental, a perspectiva de unir essa experiência a projetos de cunho acadêmico junto a parcerias com universidades que compõem o ambiente de trabalho de alguns moradores. A Educação Alimentar e Nutricional é uma das práticas que mais tem se desenvolvido, através do grupo das redes sociais em que o grupo está inserido. O grupo JSBS reconhece que a saúde e o bem-estar urbano são essenciais para o envolvimento verdadeiramente útil para o movimento. Desde o início, o grupo tem utilizado a comida como alternativa saudável, diversificada e saborosa para unir e reunir pessoas das mais diversas áreas da vida no espaço verde produtivo. Os diversos pratos usando alimentos nutritivos e saudáveis da horta aparecem em almoço coletivo depois de mutirão ou em festas comunitárias que o grupo realiza ou ajuda a realizar. Quem foi que disse que para fazer mudanças positivas não pode ser alegre e divertido? Essa pergunta está no blog do movimento JSBS. O grupo aprendeu desde cedo que fazer algo triste, desanimador não é um modo muito eficaz de inspirar e motivar as pessoas a se envolverem em favor das mudanças positivas no bairro. Considerações finais: No coração da Cidade do Rio de Janeiro, a experiência da Horta JSBS tem sido muito valiosa para vivenciar o sentimento de pertencimento e de solidariedade como catalizadores de um processo de favorecimento da sustentabilidade social e ambiental para os sulacapenses e amigos do bairro. Espera-se que a divulgação dessas ações inspire, sirva de exemplo, estimule, sensibilize diversas pessoas e as envolvam para que outros pontos de encontro sejam alcançados em diferentes pontos da cidade. Essas questões são urgentes. Deste modo, todos nós temos a responsabilidade coletiva de dar continuidade e seguir adiante sem demora, buscando constante aperfeiçoamento e renovação, rumo ao equilíbrio para cocriar uma cultura saudável baseado no cuidado de si e do coletivo (grupo, comunidade, movimento, mundo e ecossistemas em geral) e que reconheça a saúde e o bem-estar como essenciais para o envolvimento realmente útil para um mundo mais carinhoso, alegre, saudável, solidário, inclusivo, sustentável e resiliente, que nossos corações desejam.

11129 COLEGIADO GESTOR NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: A CONTRIBUIÇÃO DA EQUIPE NASF NO PROCESSO DE ORGANIZAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Francinete Conceição Amorim do Carmo

COLEGIADO GESTOR NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: A CONTRIBUIÇÃO DA EQUIPE NASF NO PROCESSO DE ORGANIZAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL

Autores: Francinete Conceição Amorim do Carmo

Apresentação: Este trabalho visa relatar a experiência do Núcleo de Apoio à Saúde da Família –NASF no processo de organização da participação de trabalhadores, usuários e gestor de uma Clínica da Família no município do Rio de Janeiro no espaço do Colegiado Gestor. A Clínica da Família onde a experiência se efetivou localiza-se no bairro Guadalupe, dentro da Área Programática 3.3. O município do Rio de Janeiro esta dividido em 10 Áreas Programáticas de Saúde, as chamadas A. P’s., cada área possui sua coordenação e gestão local subordinadas à Secretaria Municipal de Saúde. O NASF Raimundo Alves do Nascimento apóia duas Clínicas da Família no bairro Guadalupe, contudo, a efetivação do apoio ao Colegiado Gestor se deu com eficácia na Clínica da Família Josuete Sant’anna de Oliveira, onde a equipe iniciou o processo de contribuição na organização das reuniões do Colegiado Gestor, a partir da percepção sobre a necessidade de pensar formas de garantir o envolvimento dos profissionais e usuários na construção e fortalecimento coletivo deste espaço. Inicialmente, podemos contextualizar o Colegiado Gestor como uma instância de participação popular, assegurada pela Constituição Federal de 1988 e pelas Leis 8.080/90 e 8.142/90, visa promover um espaço de discussão e pactuação de estratégias e ações relativas à saúde, construindo a gestão participativa e democrática, no qual participam profissionais de saúde, lideranças comunitárias e moradores. Também se configura como um espaço de controle social, para promover a organização dos serviços dentro da abordagem integral, intersetorial, incluindo a comunidade no debate dos determinantes saúde e doença, possibilitando aos atores envolvidos deliberar sobre possíveis mudanças no território, fortalecendo o protagonismo decisório e a coresponsabilização nas tomadas de decisões. O compartilhamento com a equipe da Estratégia de Saúde da Família sobre o processo de organização foi fundamental para fortalecer e estruturar as ações para o envolvimento dos usuários na participação no Colegiado Gestor. A busca por possibilidades de uma construção compartilhada e horizontalizada do cuidado e participação balizaram as estratégias para o convite aos atores que compõem essa rede de cuidado. Assim, foram pensadas as formas de aproximar esses atores, orientando-os sobre a importância da sua participação, ser este um espaço construído democraticamente onde todos podem participar e contribuir para o melhor desenvolvimento dos serviços. Os temas trabalhados nos encontros foram pensados e decididos com os participantes de modo a satisfazer as necessidades do coletivo. Com este trabalho buscamos refletir sobre a atuação do NASF na promoção da gestão integrada e a participação dos usuários nas decisões, por meio de organização participativa com os Conselhos Locais e/ou Municipais de Saúde". Palavras-chave: NASF; Colegiado Gestor; participação social. Revisão bibliográfica: BRASIL, MS. PNH. Gestão participativa e Cogestão. Brasília, 2010. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio a Saúde da Família / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010.