474: O essencial não é complementar: potências dos saberes e redes e práticas integrativas.
Debatedor: Erica Paula Barbosa
Data: 30/10/2020    Local: Sala 06 - Rodas de Conversa    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
7103 DOSES APLICADAS DA VACINA PENTAVALENTE NO ESTADO DO PARÁ NO PERÍODO DE 2009 A 2019, UMA ANÁLISE QUANTITATIVA.
Alana Carvalho, Jaqueline da Rocha Calvo, Luana Carla Lima de Almada, Aleixa Nogueira de Freitas, Juliana Reis Pereira Pereira, David Heriberto Costa Batista, Marcos Daniel Borges Melo, Antônia Regiane Pereira Duarte Valente

DOSES APLICADAS DA VACINA PENTAVALENTE NO ESTADO DO PARÁ NO PERÍODO DE 2009 A 2019, UMA ANÁLISE QUANTITATIVA.

Autores: Alana Carvalho, Jaqueline da Rocha Calvo, Luana Carla Lima de Almada, Aleixa Nogueira de Freitas, Juliana Reis Pereira Pereira, David Heriberto Costa Batista, Marcos Daniel Borges Melo, Antônia Regiane Pereira Duarte Valente

Apresentação: A vacinação é um direito assegurado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. As imunizações além de realizarem uma proteção individual, também impedem a transmissão de doenças que ameacem a sociedade no geral. A vacina pentavalente é uma combinação de cinco vacinas, que conferem proteção contra o tétano, difteria, coqueluche, hepatite B e infecções causadas por haemophilus influenza tipo B. Ela foi inserida no Programa Nacional de Imunizações (PNI) no ano de 2012 e deve ser realizada em três doses, aos 2, aos 4 e aos 6 meses de vida. O trabalho teve como objetivos: verificar as imunizações realizadas com a vacina pentavalente entre 2009 a 2019 no estado do Pará e comparar as imunizações antes e depois da implementação da pentavalente no PNI. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo, do tipo transversal, realizado através da coleta de dados de imunização do PNI, disponível no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), referentes à aplicação da vacina pentavalente no estado do Pará entre os anos de 2009 e 2019. Resultado: No período estudado foram realizadas 2.573.653 vacinações no estado. Em 2009, o total de imunizações foi 1.139, alcançando somente 8 municípios dos 144 municípios. Em 2012, ano de implementação do PNI, obteve-se um total de 93.170 vacinações, cobrindo todos os municípios. Em 2013, houve o recorde de vacinação do estado, com a administração de 404.727 vacinas. A partir de então, observou-se uma variação nos valores alcançados. No ano de 2019, o total de imunizações foi de 307.458, representando uma redução de mais de 24% em relação a 2013. Atualmente, a cobertura vacinal do estado é de 57,92%. Pelos resultados obtidos, percebeu-se que após o ano de 2012 houve um notável crescimento no número de doses aplicadas no estado do Pará, fato explicado pela introdução da vacina no calendário vacinal infantil obrigatório. A partir de 2012, todos os municípios foram alcançados, porém não de forma igualitária, pois alguns deles possuem dificuldades de acesso e a oferta da vacina é desproporcional às demandas apresentadas. Apesar dessas dificuldades, em 2013 as aplicações cresceram para um valor recorde. Entretanto esse valor foi diminuindo no decorrer dos anos ainda que a cobertura vacinal ideal não tenha sido alcançada. A partir do estudo, considera-se que o desconhecimento sobre os benefícios da vacina e/ou o movimento mundial antivacina possa estar relacionado com a baixa adesão da sociedade paraense em relação a imunização. É importante ressaltar que a vacina é um pacto social, em que doenças já erradicadas podem voltar a afetar a população e, dessa forma, trazer consequências irreversíveis para a sociedade. Considerações finais: Assim, percebe-se que, apesar dos aumentos observado em 2012 e 2013, persiste a necessidade de melhor distribuição dessa vacina para que se alcance a meta de cobertura de 95%. Para isso é essencial a adequada disponibilização das vacinas de forma equitativa para os municípios, bem como a educação em saúde sobre os benefícios da vacinação em geral como forma de combate à hesitação vacinal.

6632 CONHECIMENTO DOS RESPONSÁVEIS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA VACINA EM UMA UNIDADE BÁSICA DA ZONA OESTE.
Angela Dias de Araujo Ramado, Jane Gregório Andrade, Maria Regina Bernardo da silva, Aline Silvano Frutuoso Conceição, Renata Salles de Souza

CONHECIMENTO DOS RESPONSÁVEIS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA VACINA EM UMA UNIDADE BÁSICA DA ZONA OESTE.

Autores: Angela Dias de Araujo Ramado, Jane Gregório Andrade, Maria Regina Bernardo da silva, Aline Silvano Frutuoso Conceição, Renata Salles de Souza

Apresentação: As vacinas são uma das maiores conquistas realizadas pelo homem ao longo da história e vem erradicando inúmeras doenças. Diante desse contexto surgiu o interesse de desenvolver essa pesquisa tendo como fio condutor o entendimento dos responsáveis sobre a Importância da vacinação em uma Unidade Básica de Saúde da Zona Oeste. Objetivo Geral: Compreender o conhecimento dos responsáveis de menores de 6 anos sobre a imunização em uma Unidade Básica de Saúde na Zona Oeste, RJ. Objetivo: Específicos: Identificar os dados relativos á situação vacinal das crianças dos responsáveis entrevistados e relatar os benefícios causados pela Imunização. Método: Estudo de campo de caráter exploratório-descritivo comitê de ética SMS (RJ) parecer nº 3.593 312, com uma abordagem qualitativa que foi conduzido em uma Clínica da Família na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Foram feitas 16 entrevistas, 81% foram mães, somente 1 pai e a faixa etária de 18 a 60 anos, sendo prioritários jovens de 18 a 30 anos 44%. Quanto a escolaridade 56%estudaram nível médio completo, 81% recebem um salário mínimo, 56% ocupa-se de atividades do lar e somente 19% são beneficiários do bolsa família Discussão: O estudo mostrou que os responsáveis apesar das diversificadas opiniões demonstravam preocupação quanto a vacinação dos menores e que o projeto do bolsa família não influenciou na busca pelo imunobiológico garantindo assim uma eficaz cobertura vacinal Resultado: Notou-se pouca orientação no momento pós vacinal devido relatos dos responsáveis. Considerações finais: Evidenciando-se a necessidade de orientações na sala de imunização pelos profissionais de enfermagem e assim disseminando saberes para os responsáveis, garantindo uma assistência qualificada e eficaz.

11647 FORTALECIMENTO DO CONTROLE SOCIAL NO RN, ATRAVÉS DAS POLÍTICAS DE EQUIDADE, EDUCAÇÃO POPULAR E PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE.
Verônica Borges Burgos Silva, Antonio Francisco Silva Nunes, Paula Érica Batista de Oliveira, Lucas Henrique Azevedo da Silva, Chyrly Elidiane de Moura, Avânia Dias de Almeida, Erialdo Rebouças, Lorrainy da Cruz Solano

FORTALECIMENTO DO CONTROLE SOCIAL NO RN, ATRAVÉS DAS POLÍTICAS DE EQUIDADE, EDUCAÇÃO POPULAR E PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE.

Autores: Verônica Borges Burgos Silva, Antonio Francisco Silva Nunes, Paula Érica Batista de Oliveira, Lucas Henrique Azevedo da Silva, Chyrly Elidiane de Moura, Avânia Dias de Almeida, Erialdo Rebouças, Lorrainy da Cruz Solano

Apresentação: A Subcoordenadoria de Informação Educação e Comunicação – SIEC está integrada na Coordenadoria de Promoção da Saúde da Secretaria Estadual de Saúde Pública do Rio Grande do Norte. Entre seus eixos condutores, estão a Política de Educação Popular em Saúde e as Políticas de Promoção da Equidade em Saúde. O Siequidade trata-se de um fórum que visa o fortalecimento dessas políticas com a participação do controle social, por meio dos dois comitês articulados pela SIEC: o Comitê de Promoção da Equidade em Saúde e o Comitê de Promoção da Saúde da População Negra e Quilombola, onde contamos com a representatividade de segmentos de todas as regiões do Estado. O nome “ Siequidade” foi escolhido por promover a junção (aglutinação) dos nomes SIEC e EQUIDADE, visando estabelecer, a partir do nome, a percepção imediata da interatividade pretendida no fórum. Entre os objetivos propostos, destacamos a compreensão da relação entre Estado e sociedade no contexto do direito à saúde, a provocação da classe estudantil e da profissional, numa reflexão acerca do compromisso ético-político de transformação no cenário da saúde, o fortalecimento do diálogo entre o Estado e o controle social, considerando que na atual conjuntura política do estado estamos inseridos numa gestão popular e participativa. A segunda edição do SIEQUIDADE se deu nos dias 2 e 3 de Dezembro de 2019, tendo como tema: INTERSETORIALIDADE E FATORES MULTICULTURAIS NA PROMOÇÃO À SAÚDE. A proposta do encontro foi propiciar um espaço amplo de discussões acerca da promoção da saúde, considerando as particularidades dos diferentes povos e das práticas de saúde utilizadas pelos saberes tradicionais. Além da articulação de um espaço dialógico entre o saber tradicional e o saber científico, provocando a reflexão da gestão acerca do seu comprometimento com a diversidade étnico-racial, religiosa, culturais e de gênero expressa na nossa população, a qual precisa ser respeitada e integrada na amplitude das nossas ações. O encontro contou com as mais diversas expressões de culturas e saberes, através da Tenda Paulo Freire, Tenda do Cuidado e Tenda da Prevenção. Além das mesas, círculos de cultura e cirandas de discussões acerca da saúde dessas populações, com temas previamente selecionados durante amplos debates nos comitês. Durante os dois dias, tivemos contribuições de representações nacionais e estaduais dos povos ciganos, indígenas, quilombolas, negros, população em situação de rua, comunidade LGBTQI, povos de terreiros de matrizes africanas e povos de campos e águas. Além disso, no campo da gestão estadual, houve debates necessários acerca da promoção da equidade de forma mais ampliada, convocando as vigilâncias a se implicarem nesse processo ainda tão incipiente e invisível no Estado do Rio Grande do Norte. Além das representatividades dos movimentos sociais, tivemos a contribuição de estudantes em formação na área da saúde, de instituições de ensino inseridas no processo de integração-ensino-serviço-comunidade (através do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Primária da Universidade Federal do Rio Grande do Norte da Escola Multicamp de Ciências Médicas, localizada em Caicó (RN) e do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica, Saúde da Família e Comunidade da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN – localizada em Mossoró (RN). Destacamos a participação da Secretaria Estadual de Educação e Cultura, Subsecretaria de Pesca e em especial a Secretaria Estadual de Mulheres, Juventude, Igualdade Racial e Direitos Humanos (SEMJIDH), que se envolveu de forma mais atuante no apoio e na participação nas mesas de discussão. Desenvolvimento: Tomamos como referência a Educação Popular, onde o processo de reflexão crítica dos sujeitos se dá na perspectiva da transformação social diante dos contextos e paradigmas impostos pela classe dominante, que exclui e segrega as populações mais vulneráveis. O II Siequidade propôs a condução de quatro mesas de discussão, com temas diversificados que atendessem às demandas mais potentes do controle social, representado nos comitês supracitados. Cada mesa contou com uma equipe de relatoria, a qual daria o suporte técnico necessário para a construção de uma carta de intenções a ser elaborada após o encontro, com a participação dos membros dos comitês. As mesas foram divididas com os seguintes temas: 1) Equidade em Saúde, composta pela população LGBT, população de campos e águas e pessoas em situação de rua; 2) Educação Popular em Saúde, Práticas Integrativas e Complementares e Promoção da Equidade em Saúde: produção de novos espaços de vida e resistência; 3) Desafios da equidade em saúde junto aos povos negros e quilombolas, ciganos, povos de terreiros e indígenas e 4) Direitos Humanos como política de Estado: prevenção e justiça social. Além disso, contamos com as Rodas de Saberes, com debates de temas como: Acolhimento e Linhas de Cuidado da População LGBT na Saúde; Educomunicação Popular; Política Nacional de Saúde Integral da População Negra; Drogas e Antiproibicionismo; Práticas Cotidianas de Cuidado em Comunidades Tradicionais; Práticas Integrativas e Complementares e Educação Popular, Traçando um Diálogo com o Bem Viver na Equidade em Saúde e Sexualidade na Atenção Primária: rompendo estigmas e preconceitos. As Tendas promoveram o diálogo entre gestão, controle social e instituições de ensino, com diálogos potentes com os saberes tradicionais. Contamos com a coordenação da Tenda Paulo Freire por meio do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica, Saúde da Família e Comunidade da UERN de Mossoró (RN), onde foram conduzidas oficinas, cirandas, Tenda do conto, com diálogos sobre os saberes e práticas tradicionais; a Tenda do Cuidado, conduzida pela Residência Multiprofissional em Atenção Básica da Escola Multicamp de Ciências Médicas da UFRN, Caicó (RN), onde foram ofertados os cuidados em auriculoterapia, chá com prosa, meditação e yoga e a Tenda da Prevenção, que contou com a coordenação do programa “Sífilis Não”. Por fim, o projeto CINE EQUIDADE, lançado em novembro de 2019, junto às comunidades quilombolas, teve sua segunda edição com a exibição dos curtas “A Parteira”, de Catarina Doolan e “Leningrado, linha 41”, de Dênia Cruz. Resultado: Foi partindo dos princípios de universalidade, integralidade e equidade propostos pelo SUS que conduzimos nossas discussões do II SIEQUIDADE, tendo a Educação Popular como pilar desses diálogos. Entendemos que para considerar a equidade no processo de cuidado em saúde, se faz necessário respeitar a dimensão das especificidades presentes nos territórios, que se traduzem em necessidades regionais diversas e diferenciadas, sobretudo nos âmbitos socioculturais, com diferentes grupos étnicos que configuram tão fortemente a formação étnico-racial do povo potiguar. Importantes pautas foram discutidas tais como os dados em saúde ainda negligenciados, principalmente no tocante à diversidade étnica e cultural presente nos territórios em saúde e entre os sujeitos; a inexistência de informações que identifiquem a produção do cuidado nesses territórios; o preenchimento dos requisitos de “cor/raça/etnia” ou ainda, a identificação de grupos de religiões no território e suas relações de produção de cuidado entre os sujeitos, entre outras. Considerações finais: O II Siequidade foi considerado um grande momento de crescimento para a gestão, segmentos sociais, estudantes, profissionais acadêmicos, ou seja, por todos os atores que participaram do fórum. O entendimento e a certeza que sentimos da necessidade de dar continuidade às reflexões, aos questionamentos, na busca incessante de conhecimento e da indispensável comunicação e intercâmbio de todos os saberes, nos dá o norte das futuras ações. O maior aprendizado, portanto, é que, juntos, podemos chegar mais longe. Saímos do fórum fortalecidos na construção de um projeto coletivo de políticas e ações, visando uma maior interação entre gestão e movimentos sociais, de profissionais e estudantes de saúde, sem preconceito ou discriminação.

6500 PRÁTICAS POPULARES DE CUIDADO EM SAÚDE COM O USO DE PLANTAS MEDICINAIS DE ITAOCA
Larissa de Souza Francisco Lopes, Fernanda Beatriz Menezes de Lima, Vanessa Oliveira de Sousa, Julia da Silva Leal Tavares, Camila Bittencourt Fernandes da Silva, Angela Maria Bittencourt Fernandes da Silva

PRÁTICAS POPULARES DE CUIDADO EM SAÚDE COM O USO DE PLANTAS MEDICINAIS DE ITAOCA

Autores: Larissa de Souza Francisco Lopes, Fernanda Beatriz Menezes de Lima, Vanessa Oliveira de Sousa, Julia da Silva Leal Tavares, Camila Bittencourt Fernandes da Silva, Angela Maria Bittencourt Fernandes da Silva

Apresentação: Itaoca é uma Ilha localiza no município de São Gonçalo cercada por um lado pelo manguezal e por outro pela mata atlântica, sendo uma comunidade pesqueira e marginalizada, dominada pelo tráfico, excluídas que busca seu desenvolvimento por meio de atividades de subsistência ecologicamente correto, pois as famílias que ali residem condiz com a de grupos economicamente marginais que praticam atividades pouco reconhecida e sofrem com a destruição do meio ambiente em sua volta. Reconhece-se que no início das civilizações o cuidado a saúde era desenvolvido por mulheres, cujo conhecimento era adquirido no seio familiar, sendo isento de prestígio e poder. Elas passaram a perceber a estreita relação o cuidar e as plantas, pois seu uso era o principal recurso terapêutico utilizado para tratar a saúde das pessoas e de suas famílias. O conhecimento da natureza e das plantas são suas principais base de sustentação e faz parte da memória coletiva desta comunidade, garantindo a renda e saúde a muitas famílias pelo conhecimento dos saberes relacionada as plantas medicinais desta região. Ela faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim, cujo potencial tecnológico e social deste estudo está na criação e no manejo racional das plantas de Itaoca. Objetivo: Identificar e reconhecer as propriedades da biodiversidade das plantas nativas, deste bairro, pela identificação de suas propriedades terapêuticas e cosméticas, com vistas a atingir esses objetivos, dentre as proposições do projeto destaca-se a de “promover e reconhecer as práticas populares e tradicionais de uso de plantas medicinais, fitoterápicos e remédios caseiros em Itaoca. Método: Pesquisa qualitativa do tipo exploratório descritiva, que está sendo realizada comunidade, com moradores, que as utilizam para fins medicinais e de cosméticos. Ancora-se na abordagem participativa, que consiste na valorização dos saberes dos agentes sociais a partir do processo de reflexão crítica acerca das questões socioambientais e de saúde que atingem cotidianamente essa comunidade, colocando seus moradores como agentes protagonistas. A aproximação e sensibilização da comunidade, está ocorrendo por meio da parceria do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ)e a Associação dos Moradores e Amigos da Ilha de Itaoca (AMAII), que cultivam espécies frutícolas, ervas e arbustos comestíveis e de utilidade terapêutica, além da pesquisa dos habitats naturais e a organização de ações, entrevistas e oficinas com levantamento das plantas cultivadas, hábitos de consumo e utilização das plantas e a criação do perfil sócio ambiental e econômico das famílias estudadas e confecção de sabonetes e velas, a partir da extração dos óleos essenciais. Os sujeitos constituíram-se de doze moradores vinculados a associação, sendo dez mulheres e dois homens. Utilizou-se como critério de inclusão ser morador, maior de 18 anos de idade e fazer uso de plantas medicinais no cuidado à saúde. A seleção dos sujeitos da pesquisa foi realizada por indicação da rede de relações, que consiste em um processo no qual “cada informante remete o pesquisador a outros membros da sua rede para investigações subsequentes. Para conhecer a origem dos saberes e das práticas dos moradores sobre o emprego terapêutico de plantas medicinais no cuidado à saúde, a coleta dos dados está ocorrendo na associação, por meio de entrevista semiestruturada e observação participante, realizadas no turno da manhã. A fim de ordenar a coleta de dados, criou-se roteiro de entrevista e observações constando de seis itens: origem da planta; colheita, higienização, armazenamento e conservação dos vegetais; modo de preparo; parte da planta utilizada; condições dos vegetais; acondicionamento e conservação após o preparo e local de plantio ou extração, pois muitas se localizam a beira da estrada de terra, pois este bairro, são poucas as ruas asfaltadas e os referidos itens foram observados e anotados no diário de campo. Inicialmente os moradores trazem as plantas, verbalizam como aplicam na saúde local. Depois as mesmas sofrem processo de secagem, visando extrair o óleo essencial, por meio de cozimento e armazenamento, depois de trinta dias, inicia-se a fabricação de sabonetes e velas. Resultado: Inicialmente foi desenvolvido levantamento bibliográfico e roda de conversa com os moradores de Itaoca composto por dez mulheres e dois homens. Desta, três concluíram o ensino médio, quatro concluíram o ensino fundamental e dois são alfabetizados. Em relação a profissão, um e guarda municipal, três fazem parte da associação de moradores, cinco são moradores da ilha sem vínculo profissional. A maioria dos participantes informaram ter adquirido o conhecimento sobre plantas com os pais ou parentes próximos. Esta forma de transmissão sobre o uso tradicional dos recursos vegetais predomina em diferentes culturas, mas este cenário vem mudando e muitas informações e práticas sobre os usos das plantas, principalmente das medicinais, estão se perdendo devido à influência da cultura moderna e à contínua devastação de ambientes naturais. Inicialmente os moradores trouxeram 14 tipos de plantas nativas, as quais foram registradas no diário de campo, e eles verbalizaram que elas são indicadas para transtornos do sistema nervoso, respiratório, gastrointestinais, osteomuscular e furúnculo ou bicheira de animais. Por se tratar de resultados preliminares, nos debruçamos inicialmente sobre duas espécies nativas da Mata Atlântica, sendo encontrado em praticamente todo litoral de Itaoca e da região litorânea brasileira, são elas a baleeira (humano) e o tinhorão (animal). A baleira que é um arbusto nativo, com folhas elípticas, medindo até 20 cm de comprimento, de textura muito áspera e com aroma. Pode atingir de 3 a 4 metros de altura, sua flor, de cor branca, vai abrindo uma a uma, de tal forma que em uma mesma inflorescência você pode ver desde o botão floral ao fruto já maduro, que normalmente é de coloração avermelhada intensa, está planta é um anti-inflamatório poderosíssimo, seu uso popular é largo e variado, podendo, segundo as moradoras da região, ser usada na artrite, reumatismo, artrose, contusões e em todo tipo de inflamação, inclusive na forma de bochechos para aliviar dores de dente e tratar inflamações bucais. O tinhorão são plantas bulbosas muito apreciadas devido à sua folhagem ornamental, com folhas grandes, rajadas ou pintalgadas, com duas ou mais cores e tonalidades de branco, verde, rosa ou vermelho, com floração no verão. Ela é muito utilizada em Itaoca para combater berne em animais de grande e pequeno porte. Considerações finais: Fica evidente que os moradores de Itaoca têm bom conhecimento sobre plantas medicinais, da sua comunidade, porém precisa-se identificar e constatar as propriedades químicas das plantas para posterior criação de produtos e potencialização de empreendimentos comunitários nesta região, esta etapa será explorada a partir de agora.

7435 LANÇADOS BOCA ADENTRO: O USO DE SUBSTÂNCIAS PARA ALÉM DOS PROCESSOS DIGESTIVOS
Leticia Almeida Sant Anna, Cristiane Marques Seixas, Francisco Romão Ferreira

LANÇADOS BOCA ADENTRO: O USO DE SUBSTÂNCIAS PARA ALÉM DOS PROCESSOS DIGESTIVOS

Autores: Leticia Almeida Sant Anna, Cristiane Marques Seixas, Francisco Romão Ferreira

Apresentação: Na história da Humanidade, o uso de substâncias que alteram a percepção se faz presente desde épocas longínquas, podendo ser considerada como uma categoria polissêmica, e que por muitas vezes se apresentam de maneira ambígua. A comida, assim como as drogas, ganham novos sentidos e significações, e não por acaso alguns autores defendem que vivemos numa “cultura das drogas” na qual não podemos excluir o fumo, as bebidas alcoólicas e as drogas ditas medicinais. Sendo assim, o presente trabalho localiza-se na interface entre o campo da Alimentação e Nutrição e o campo da Saúde Mental na tentativa de compreender e explicitar discussões que muitas vezes aparecem de maneira negligenciada no campo da Alimentação e Nutrição e aproximando-o das Ciências Humanas e Sociais para colocar nas pautas de discussões os diferentes consumos de substâncias, incluindo as subjetividades. Com isso objetiva-se discutir as formas de regulação e controle dos usos/consumos de substâncias incluindo aí a comida através de ensaio teórico. Desde a Antiguidade ervas, raízes e cogumelos são ingeridos como alimentos sagrados ou profanos, com a intenção de ampliação da percepção ou fuga da realidade. A Idade Média, foi um período de reafirmação ideológica e cultural por parte da Igreja cristã, acusava práticas contrárias a estes ideais, inclusive no que diz respeito aos usos terapêuticos e recreativos de substâncias. Já no século XVII, com o declínio das especiarias e as mudanças sociais oriundas do capitalismo, houve a ascensão de um grupo de alimentos, num primeiro momento considerados “de luxo”: o café, o chá, o chocolate, o açúcar, o tabaco e as bebidas alcoólicas, todos vindos de fora da Europa, e essas mudanças levaram mais tarde a uma expansão social do consumo de açúcar, intensificando seu uso como adoçante, conservante e confeito. É nesse contexto que o álcool, o tabaco, as drogas e a comida vem a ser “armas” formidáveis de atuação do Estado, que encontra formas sutis guerrear por meio de um investimento na regulação dos impulsos orais, com objetivos biopolíticos. Nessa guerra sem armas, o Estado atua através do controle (ou da vontade de controle) do corpo e do domínio sobre a vida, que extrapolam o discurso dos elevados custos para os sistemas de saúde causados pelo alto índice de adoecimento da população através de substâncias lançadas boca adentro, atuando através do controle por meio da alimentação da população, onde ter uma população forte e saudável tornava-se capital nas competições internacionais. O caráter normatizador, disciplinar e de controle atuam para além das proibições e regulamentações; eles também nos sinalizam as diferentes formas de atuação do Estado e explicitam o exercício de poder sobre o corpo. Além disso, compreender o desenvolvimento do corpo psíquico, através do desenvolvimento psicossexual e entender as relações que envolvem a comida e de outras substâncias tendo a boca e seus prazeres como horizonte de incidência de controle, torna-se imprescindível para fazer emergir questões do espaço simbólico que as substâncias e a comida ocupam na vida de cada um.

7488 PLANTAS MEDICINAIS: PROJETO DE INTERVENÇÃO AOS ACADÊMICOS DE SAÚDE COLETIVA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
Letícia Silva de Oliveira Pimentel

PLANTAS MEDICINAIS: PROJETO DE INTERVENÇÃO AOS ACADÊMICOS DE SAÚDE COLETIVA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

Autores: Letícia Silva de Oliveira Pimentel

Apresentação: No período letivo 2019/1 da graduação em Bacharelado em Saúde Coletiva, foi proposta a turma do 4º semestre que trabalhassem as Práticas Integrativas Complementares em Saúde na disciplina de Eixo Integrador. Após discussões escolheu-se a temática relacionada ao uso das plantas medicinais na qualidade de vida da população. O objetivo deste projeto de intervenção era compreender a percepção e conhecimento dos acadêmicos a respeito das plantas medicinais. A intervenção foi realizada com alunos da graduação em Saúde Coletiva, no Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso, campus Cuiabá, nos meses de maio, junho, julho e agosto de 2019. A intervenção visou orientar aos alunos sobre como deveriam fazer o uso das plantas medicinais, para que essa prática tivesse os resultados almejados, e sem afeitos adversos, pois o uso das plantas medicinais sem orientação pode causar malefícios. Com orientação do docente da disciplina e auxilio do curso Uso de Plantas Medicinais e Fitoterápicos para Agentes Comunitários de Saúde disponibilizado a distância pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, foram realizados quatro encontros no Instituto de Saúde Coletiva, o qual foi nomeado de Encontro do Chá. Esses encontros tiveram a participação de mais três membros do grupo. Durante o projeto foi criado um grupo de WhatsApp nomeado de Encontro do Chá, onde foram feitas postagens diárias, de segunda a sexta no período de 18 de julho a 06 de agosto de 2019. Foram publicadas receitas de remédios caseiros com as seguintes informações: nome popular, nome científico, indicação de tratamento, fórmula, componentes, quantidade, orientação para o preparo, modo de usar, e advertências sobre os usos da referente planta. As plantas publicadas no grupo foram: Erva Cidreira, Romã, Melão de São Caetano, Guaco, Maracujá azedo, Macela, Anis – estrelado, Arnica, Anador, Assa – peixe, Gengibre, Espinheira santa, Alecrim, Carqueja, e Goiabeira vermelha. Esse grupo se mantém ativo, com alunos compartilhando informações sobre o uso de plantas medicinais. No dia 17 de julho de 2019 deu-se início ao 1º Encontro do Chá, com início às 21:00 horas. Foi apresentado a história do uso das plantas medicinais ao longo dos anos no mundo e no Brasil, e a inclusão dela no Sistema Único de Saúde por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) e da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), expostas imagens de plantas tóxicas, que comumente estão nos quintais e casas, e por último, foram apresentadas as plantas com uso proibido durante a gestação e lactação, o que foi importante, pois são plantas comuns, e chás utilizados no dia a dia, que podem provocar o aborto nas gestantes, e interromper a produção de leite nas lactantes. Nesse encontro estiveram presente 25 pessoas. No dia 26 de julho de 2019, foi realizado o 2º Encontro do Chá. Iniciou-se às 21:00, nesse dia teve a participação de uma palestrante especializada em Saúde da Família e acupunturista. Orientou aos discentes sobre o preparo dos medicamentos com plantas medicinais, as dosagens, e manuseio. Nesse encontro estiveram presentes 28 pessoas. Para o 3º Encontro do Chá os discentes responsáveis pela intervenção foram conhecer o espaço do Horto Florestal Tote Garcia, em busca de parceria para adquirir as plantas medicinais para apresentar aos alunos. No dia 1º de agosto de 2019, às 20:10 iniciou o 3º Encontro do Chá, houve apresentação de sete vídeos com o passo a passo das formas de preparo de plantas medicinais: pó, tintura e alcoolatura caseira, emplasto, unguento, suco e sumo. Após orientações os participantes puderam conhecer as plantas medicinais fornecidas para a intervenção pelo Horto Florestal Tote Garcia: Alfavaca, Alecrim, Açafrão, Anador, Arnica, Babosa, Boldo do Chile, Boldo falso, Boldo brasileiro, Boldo Caferana, Capim Cidreira, Carqueja, Citronela, Colônia, Copaíba, Erva Santa Maria, Espinheira Santa, Gengibre, Hortelã, Maracujá, Mentrasto, Poejo, e Urucum, cada plantas medicinal expostas estava com seu cartaz falando sobre suas propriedades, indicações de uso e contraindicações. Nesse encontro estiveram presentes 43 pessoas. No dia 7 de agosto de 2019, às 20:15 iniciou o 4º Encontro do Chá. Foi resgatado alguns assuntos importantes, como a preparação de plantas medicinais mais utilizadas: infusão, maceração, e decocção. Foi aberto um momento para roda de conversa, onde 11 pessoas puderam compartilhar as experiências que tiveram com o uso das plantas medicinais no período da intervenção. Nesse encontro estiveram presentes 44 pessoas. Sabendo da ansiedade sofrida pelos alunos no decorrer do semestre, devido aos trabalhos acadêmicos e provas, durante os quatro encontros realizados foram servidos os seguintes chás ansiolíticos: Erva Cidreira, Capim Cidreira, Erva Doce e Camomila, para que pudessem relaxar, e manter a calma, e foram exposto cartazes de orientação ao uso desses chás. Ao fim da intervenção foi realizada uma feira, onde foi exposto ao corpo docente e discente do Instituto de Saúde todo o trabalho realizado nos meses de maio, junho, julho e agosto através de fotos, e juntamente as plantas fornecidas ao projeto pelo Horto Florestal, ao fim da feira as plantas foram distribuídas aos presentes por meio de sorteio. Na feira estiveram presentes 96 pessoas. Durante a intervenção foi possível compreender que muitos alunos acreditavam conhecer os benefícios do uso das plantas medicinais, porém não tinham orientação sobre o uso delas, como quais componentes deveriam ser utilizados, ou qual a dosagem. Entendemos que a proposta teve um êxito relevante, pois os alunos passaram a discutir sobre a temática em sala, compartilhar experiências, e fazer o uso das plantas medicinais de forma segura e eficaz. O resultado foi tão positivo, que após o termino da intervenção do 4º semestre, os alunos optaram por continuar a realizar o Encontro do Chá, fazendo dele um evento mensal fixo no Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso, campus Cuiabá, pois além de gerar o conhecimento popular e cientifico, criou-se um encontro harmonioso entre os alunos, outro impacto positivo foi que os discentes passaram a ter outra visão sobre essa pratica popular, criando assim a valorização da sabedoria tradicional e experiências vividas pelas gerações passadas, sendo assim uma verdadeira Prática Integrativa Complementar em Saúde. Diante dos resultados, percebe-se que o uso de plantas medicinais é uma Prática Integrativa Complementar em Saúde com grande potencial para promover a qualidade de vida nos mais diversos ambientes.

7843 CORREDOR DO CONHECIMENTO: FORTALECIMENTO DO SUS ATRAVÉS DE UMA AÇÃO UNIVERSITÁRIA PARA FORMAÇÃO EM SAÚDE NA AMAZÔNIA
Aimê Mareco Pinheiro Brandão, Letícia Santos do Monte, João Lucas Barbosa Magalhães, Joyce Taynara Sousa de Miranda, Rafael Nascimento da Silva, Eloisa Melo da Silva, Clodoaldo Tentes Cortes

CORREDOR DO CONHECIMENTO: FORTALECIMENTO DO SUS ATRAVÉS DE UMA AÇÃO UNIVERSITÁRIA PARA FORMAÇÃO EM SAÚDE NA AMAZÔNIA

Autores: Aimê Mareco Pinheiro Brandão, Letícia Santos do Monte, João Lucas Barbosa Magalhães, Joyce Taynara Sousa de Miranda, Rafael Nascimento da Silva, Eloisa Melo da Silva, Clodoaldo Tentes Cortes

Apresentação: O Programa de Educação Tutorial em Enfermagem (PET-Enfermagem), da Universidade Federal do Amapá, baseado em suas concepções filosóficas, desenvolve a tríade universitária, com ênfase nas atividades de extensão. Nesse sentido, destaca-se a promoção de ações, oportunizadas através do Grupo PET- Enfermagem que agrega os princípios filosóficos do Programa e do Sistema Único de Saúde (SUS), dentro de suas atividades, buscando perpetuar conhecimentos, que levem em consideração as necessidades individuais e coletivas da população. Destarte, objetiva-se relatar a experiência do PET-Enfermagem em uma ação universitária em saúde na Amazônia, realizada na Cida dede Macapá – AP visando o fortalecimento do SUS. Desenvolvimento: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, desenvolvido em uma extensão universitária “Corredor do Conhecimento’’ realizada no dia 7 de dezembro, na Orla de Macapá (AP). O evento foi organizado em quatro polos (Praça do Forte, Praça Santa Inês,Praça do Skate e a Praça da Samaúma). A 1ª edição do “Corredor do Conhecimento” foi uma iniciativa da Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) da Universidade Federal do Amapá(UNIFAP), sendo destinada a comunidade em geral, haja vista os desafios ainda existentes na saúde da região amazônica. A ação em saúde contou com a ajuda de várias equipes de saúde, onde cada uma ficava responsável por um procedimento específico. O PET- Enfermagem foi alocado no polo 4, na Praça da Samaúma e ofertou serviços com técnicas propedêuticas, como aferição de sinais vitais, peso, altura e cálculo de IMC. Além disso, realizou-se educação em saúde através de orientações sobre hipertensão arterial, obesidade e alimentação saudável. Resultado: Observou-se que a ação realizada corroborou para o cumprimento e fortalecimento dos princípios do SUS, já que o intuito das atividades foi ofertar o serviço a todos os participantes da ação, diminuindo as desigualdades, pois cada indivíduo possui sua particularidade e o cuidado deve ser feito onde mais precisa, sem, no entanto, deixar de considerar as pessoas como um todo, articulando-se com outras políticas públicas que também prestaram o serviço no dia. Além disso, as atividades propostas abrangeram um grande público, a exemplo de serviços como a aferição da pressão arterial e a educação em saúde. Nesse sentido, é importante ressaltar que para a realização da educação popular de forma efetiva, é importante frisar a continuidade das ações feitas, levando-as a outras regiões, sendo estas sugestões dadas pela própria população atendida, pois ainda é preciso amenizar as carências particulares de saúde da região amazônica, principalmente no Estado do Amapá. Considerações finais: A iniciativa do “Corredor do Conhecimento” despertou grande interesse do público no qual o serviço foi prestado, foi até além, pois uma ação não foi suficiente para atender a população, sugerindo-se que haja outras futuramente. A proposta para a realização de atividades educativas é essencial no fortalecimento do SUS e na participação popular na formação em saúde, não só da amazônia, mas de todo o Brasil. Assim, a universidade e a comunidade contribuem no delineamento do modelo de saúde do SUS.

12016 NO ENCONTRO COM O OUTRO: COMPARTILHANDO SABERES NO GRUPO DE IDOSOS EM UMA UNIDADE SAÚDE DA FAMÍLIA POR MEIO DA EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE
Cristiane Costa Braga, Franklin Delano Soares Forte

NO ENCONTRO COM O OUTRO: COMPARTILHANDO SABERES NO GRUPO DE IDOSOS EM UMA UNIDADE SAÚDE DA FAMÍLIA POR MEIO DA EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE

Autores: Cristiane Costa Braga, Franklin Delano Soares Forte

Apresentação: Referenciada pelas palavras de Paulo Freire, em seu livro Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa, é destacado, neste resumo, o pensamento que diz: “assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque capaz de amar. Assumir-se como sujeito porque capaz de reconhecer-se como objeto”, inicia-se esse relato de experiência, trazendo o protagonismo da pessoa idosa no compartilhar de saberes e na construção do seu conhecimento. O envelhecimento da população é uma realidade brasileira e faz-se necessário o fortalecimento de políticas que atendam à esta necessidade, garantindo com isso, uma atenção integral, intersetorial e de qualidade à saúde da pessoa idosa no Sistema Único de Saúde (SUS). A Política Nacional de Saúde do Idoso, em suas diretrizes, visa à promoção do envelhecimento saudável voltadas para ações que promovam a adoção de hábitos saudáveis aos idosos. E como estratégia para a reorientação dessas práticas voltadas para a pessoa idosa, tem-se destaque a Educação Popular em Saúde, em suas bases teóricas e metodológicas, fundamentadas nos princípios do diálogo, da amorosidade, da problematização da prática, da construção compartilhada do conhecimento, emancipação e da construção de um Projeto Democrático Popular a partir do encontro entre profissionais e comunidade e que, de acordo com a Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEP) constitui um caminho para novos saberes no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como, garantir a diversidade de práticas ao incluir a comunidade como protagonista nas ações, fortalecendo, desta maneira, a Atenção Básica na Estratégia Saúde da Família (ESF). O presente trabalho relata as atividades do grupo de idosos em uma Unidade de Saúde da Família (USF) por meio da Educação Popular em Saúde. Entendendo grupo como um conjunto de pessoas reunidas com objetivos, comportamentos e atitudes em comum. Descrição da Experiência: O grupo de Idosos da USF Integrada Verdes Mares está formado há cerca de dez anos, constituído pelos idosos residentes na área de abrangência, em sua grande maioria de mulheres, vinculados a essa USF e pelos profissionais de saúde que compõem a equipe de Saúde da Família (EqSF): Agentes Comunitários de Saúde, Auxiliar de Saúde Bucal, Cirurgião Dentista, Enfermeira, Médico, Técnica de Enfermagem, bem como os profissionais que compõem o Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) como Assistente Social, Fisioterapeuta, Nutricionista e Psicólogo. As atividades ocorrem no turno da tarde, durante todo o ano e consistem em encontros semanais, na própria unidade de saúde ou em equipamentos sociais no território onde são realizados o planejamento compartilhado das ações a serem desenvolvidas pelos idosos participantes e os profissionais de saúde da USF, utilizando-se diversos recursos para o desenvolvimento dessas atividades de promoção da saúde: cartazes informativos, macromodelos, rodas de conversas, musicalização, teatro, artesanato, culinária, dentre outras. As temáticas abordadas são construídas a partir da necessidade sugerida pelos idosos ou identificada pelos profissionais de saúde, constituindo práticas que incentivam o diálogo entre os participantes, reflexões a partir do contexto local, construção do conhecimento em saúde, utilizando-se a metodologia problematizadora. O desenrolar dos encontros são anotados em um livro de registro, onde-se pode acompanhar e avaliar, ao longo desses dez anos de grupo, as atividades realizadas. Dentre os momentos significativos desse grupo, destaca-se as vivências de integração do grupo, com utilização de dinâmicas que procuram fortalecer os vínculos, as atividades de promoção da saúde, educação em saúde, incentivo a realização de trabalhos artesanais confeccionados pelos idosos, bem como são proporcionados passeios pelos pontos turísticos da cidade. As idosas fazem apresentação de danças típicas regional para a comunidade e em espaços culturais da cidade (como a dança da peneira no São João e a apresentação da Lapinha, na comemoração Natalina). Jogos e brincadeiras lúdicas, que estimulam e melhoram a capacidade de memorização também são estratégias utilizadas para se trabalhar de maneira criativa e participativa os assuntos abordados (saúde bucal, envelhecimento saudável, alimentação saudável, prevenção das IST/AIDS, prevenção da dengue, dentre outros). Ao utilizar a arte e a cultura regional, são instigadas práticas que resgatam a autonomia, o encontro com o outro no compartilhar de saberes, construindo e fortalecendo as relações, onde as ações são desenvolvidas a partir das muitas histórias e experiências vivenciadas pelos idosos. Resultado: A contribuição dessas práticas no grupo de idosos, incentiva o diálogo reflexivo entre os participantes, regados pela amorosidade e empatia do grupo, permite a problematização das situações que emergem no território, proporciona a construção compartilhada do conhecimento, com o incentivo ao autocuidado, o resgate da autoestima da pessoa idosa, uma vez que todos colaboram na construção das ações, tornando o idoso protagonista de sua própria história, bem como, fortalece os laços de amizades construído e instiga as relações pessoais de confiança entre os próprios idosos e entre os idosos e os profissionais de saúde, constituindo um vínculo importante no cuidado em saúde. Percebe-se nos encontros do grupo de idosos, uma forte colaboração entre os mesmos, na realização das atividades com valorização das qualidades dos pares, bem como recordam e socializam momentos de sua infância, com os demais participantes. Considerações finais: A experiência relatada ressalta a importância da realização de atividades em grupos, fortalecendo o empoderamento da pessoa idosa, como parte do cuidado em saúde, apoiada na fala ou experiência dos idosos participantes do grupo, procurando sempre, direcionar a temática abordada nos encontros de modo que faça sentido para os envolvidos e com um olhar voltado para a integralidade e intersetorialidade da atenção à saúde, possibilitando também, a construção do conhecimento significativo a partir do encontro com o outro, por meio da socialização dos relatos e histórias de vidas, sendo a Educação Popular em Saúde uma estratégia que proporciona essa ação de problematizar as diversas situações do processo saúde-doença da realidade, através do diálogo e participação da comunidade, buscando entre os pares, explicações para a transformação da realidade local, fortalecendo desta forma, os caminhos de um Sistema Único de Saúde (SUS) baseado nos princípios da universalidade, integralidade e equidade, garantido de certa forma, o acesso aos serviços de saúde.

8982 VISITA TÉCNICA DE EQUIPE DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE FLUVIAL (UBSF) VILA DE EGA
Joel de Fátimo Chagas Santos, Maria Adriana Moreira, Adriana da Silva Zurra

VISITA TÉCNICA DE EQUIPE DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE FLUVIAL (UBSF) VILA DE EGA

Autores: Joel de Fátimo Chagas Santos, Maria Adriana Moreira, Adriana da Silva Zurra

Apresentação: Este relato busca descrever visita técnica realizada por um grupo de conselheiros de saúde do município de Tefé (AM) para acompanhar os trabalhos desenvolvidos por equipe de Saúde da Família (eSF) da UBSF Vila de Ega durante viagem para atendimento à população ribeirinha do lago de Caiambé. Desenvolvimento: O Controle Social é um dos pilares para se garantir a equidade, integralidade e a universalidade do acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS) tendo assim, os conselhos locais, papel primordial no sucesso dessa política pública. Uma maneira encontrada de acompanhar os trabalhos das eSF e aproximar o Conselho Municipal de Saúde (CMS) da população tefeense foi realizar visitas às Unidades Básicas de Saúde (UBS). Logo, a primeira visita deu-se a UBSF Vila de Ega que na oportunidade atendia os ribeirinhos do lago de Caiambé. Fomos recebidos pelo enfermeiro responsável pela viagem que nos mostrou toda a embarcação e apresentando-nos aos demais profissionais e tripulação. Em seguida, solicitamos uma reunião com a comunidade. Algumas falas elogiando o trabalho e a iniciativa dos gestores municipais nos chamou atenção. Entre elas, a satisfação de terem atendimento com uma equipe de saúde completa em uma embarcação nova e totalmente estruturada para tal finalidade sem precisar se deslocar até a cidade e nem ao distrito de Caiambé. Informaram-nos que aquela era a segunda visita da UBSF à comunidade e que o serviço já havia melhorado em relação aos primeiros atendimentos. Mesmo assim, pontuaram algumas falhas que poderiam ser sanadas. Resultado: Ao final da visita, foi confeccionado um relatório que foi apresentado e lido em reunião ordinária do CMS para a ciência dos demais conselheiros e em seguida, encaminhamos o mesmo aos gestores para tomarem as devidas providências. Essa foi apenas à primeira de várias visitas realizadas pelo CMS de Tefé a uma UBS, sendo ela rural ou urbana, que prestam assistência aos nossos munícipes, buscando atender nossos cidadãos de maneira mais equânime e universal. Considerações finais: Por fim, vale ressaltar a importância de ser ter uma UBSF devidamente equipada para enfrentar às peculiaridades de nossa região amazônica e levar saúde de qualidade ao povo ribeirinho.

10919 RECONHECIMENTO E VALORIZAÇÃO DA DIVERSIDADE ÉTNICA E CULTURAL: AS PLANTAS MEDICINAIS DA AMAZÔNIA NO TRATAMENTO DE DOENÇAS
Clara Helena Corrêa Silva, Ana Júlia Góes Maués, Diego Emanoel Barros Pinto, Jaqueline Alves Ferreira, José Iago Ramos Oliveira, Biatriz Araújo Cardoso, Fernanda Cristina Silva Da Silva

RECONHECIMENTO E VALORIZAÇÃO DA DIVERSIDADE ÉTNICA E CULTURAL: AS PLANTAS MEDICINAIS DA AMAZÔNIA NO TRATAMENTO DE DOENÇAS

Autores: Clara Helena Corrêa Silva, Ana Júlia Góes Maués, Diego Emanoel Barros Pinto, Jaqueline Alves Ferreira, José Iago Ramos Oliveira, Biatriz Araújo Cardoso, Fernanda Cristina Silva Da Silva

Apresentação: As plantas medicinais são todas aquelas que podem ser usadas no tratamento de algumas doenças, ajudando na recuperação do indivíduo e ocasionando até uma possível cura, elas têm um grande apelo popular devido principalmente ao seu fácil acesso e também aos tradicionais métodos de uso que são repassados por gerações. Muitas delas apresentam grande eficácia contra diversos tipos de doenças e outras condições em que se faz necessário seu uso, porém, como qualquer medicação, seu manuseio deve ser feito com cuidado, entre vários motivos pelo uso exagerado e por toxicidade. No Brasil, temos a Política e Programa Nacional de plantas medicinais e fitoterápicas criada em 2006 para o reconhecimento e valorização da população brasileira na prática popular e tradicional no uso de plantas medicinais e remédios caseiros. Objetivo: Realizar relato de experiência sobre a divulgação de folder visando a instrução dos acadêmicos de enfermagem. Desenvolvimento: Para essa pesquisa foram utilizados livros, artigos científicos, o portal do Ministério da Saúde para entender os programas e políticas de nosso país voltadas para a fitoterapia. Consiste em uma abordagem descritiva do tipo relato de experiência, objetivando, assim, uma nova compreensão sobre as diferentes vertentes das plantas medicinais. Por isso, foi feita a elaboração de um folder educativo, apresentado no dia 18 de maio de 2019, para alunos  que realizavam uma exposição sobre os sistemas reprodutores feminino e masculino. Foi entregue para o público que tinha a faixa etária de 19 a 24 anos, o total de 30 folders que passasse as informações de forma dinâmica e clara. Resultado: Durante a apresentação do folder, direcionada aos acadêmicos de enfermagem, foi observado que o público esteve muito receptivo e interessado em compreender sobre o assunto abordado, de forma que houve questionamentos acerca do manuseio e como o enfermeiro pode instruir seu paciente na utilização das plantas medicinais. Ademais, um dos acadêmicos presentes no local argumentou que durante o seu estágio, um de seus pacientes relatou usar a fitoterapia como uma medida alterativa e o mesmo não sabia como conciliar seu uso com os de fármacos quimicamente manipulados e que os profissionais não sabiam como orientá-lo, o que trouxe uma dúvida sobre a aptidão deles ao lidar com essas situações, a partir disso, as dúvidas foram sanadas, o que trouxe um feedback positivo. Considerações finais: Destarte, faz-se necessário entender a importância do enfermeiro ao instruir o seu paciente no uso adequado de plantas medicinais, também, ao lidar com suas questões étnicas e culturais, visando a promoção da qualidade de vida do mesmo. Por fim, essa experiência  promoveu melhor contato com os acadêmicos de enfermagem e proporcionou o esclarecimento de vários dúvidas sobre o assunto abordado

6606 INFLUÊNCIA DOS RESPONSÁVEIS DE ADOLESCENTES NO IMPACTO À ADESÃO DA VACINA HPV
suzele SOARES DA SILVA DE CARVALHO, maria regina bernardo da silva, halene cristina dias armada e silva, raquel bernardo da silva, Claudia da silva de medeiros, rayane barboza de oliveira

INFLUÊNCIA DOS RESPONSÁVEIS DE ADOLESCENTES NO IMPACTO À ADESÃO DA VACINA HPV

Autores: suzele SOARES DA SILVA DE CARVALHO, maria regina bernardo da silva, halene cristina dias armada e silva, raquel bernardo da silva, Claudia da silva de medeiros, rayane barboza de oliveira

Apresentação: A vacina contra o HPV previne contra infecções provocadas pelo vírus do papiloma humano (human papiloma virus — HPV), causador de verruga genital, câncer vulvar, câncer no ânus, câncer no pênis e câncer cervical, mais conhecido como câncer de colo do útero. Objetivo: Analisar o papel dos responsáveis frente à vacinação do HPV, identificando fatores que influenciam a adesão vacinal dos adolescentes e discutir a participação do enfermeiro na articulação de práticas educativas aos pais e adolescentes na adesão vacinal em questão. Método: Pesquisa qualitativa, descritiva, com a utilização do método de análise de conteúdo de Bardin, após aprovação do comitê SMSRJ 3.098.551. Resultado: A aplicação da análise de conteúdo gerou três categorias: “O nível de informação dos responsáveis a respeito da vacina HPV”, “O vínculo da equipe ESF com a família representada pelo responsável presente” e “O nível da articulação do enfermeiro no processo de promoção em saúde. Considerações finais: Pode-se observar que há por parte dos familiares um vínculo estabelecido com a equipe da ESF e  que parte dos responsáveis pelos adolescentes vacinados tem informações sobre a doença HPV, as consequências da não vacinação e seus benefícios mas ainda existe uma necessidade dos profissionais manterem uma  comunicação e informação  mais efetiva aos responsáveis.

12238 A VACINAÇÃO NO SÉCULO XXI: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Maíza Silva de Sousa, Paulo Victor Gomes Pantoja, Nillana da Conceição de Castro Rodrigues, Beatriz Christina Matos dos Santos, Alda Maria Lagoia Valente, Ana Beatriz Sousa Alves, Márcio Yrochy Saldanha dos Santos, Armando Sequeira Penela

A VACINAÇÃO NO SÉCULO XXI: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Autores: Maíza Silva de Sousa, Paulo Victor Gomes Pantoja, Nillana da Conceição de Castro Rodrigues, Beatriz Christina Matos dos Santos, Alda Maria Lagoia Valente, Ana Beatriz Sousa Alves, Márcio Yrochy Saldanha dos Santos, Armando Sequeira Penela

Apresentação: Criada no século XVIII pelo médico inglês Edward Jenner, a vacina foi desenvolvida com o objetivo de erradicar a varíola, chegando ao Brasil já em 1804. Em sua primeira campanha nacional, com a introdução da Lei da Vacina Obrigatória por Oswaldo Cruz no início do século XX, a campanha de vacinação sofreu muito pela falta de conhecimento sobre sua eficácia e segurança, causando grande desgaste na sociedade, o que levou ao famoso evento chamado de “Revolta da vacina”. Durante esse período o país sofria com doenças como a peste bubônica, a varíola, febre amarela, entre outras doenças endêmicas. Com o avanço da imunização e o controle da patologia, em 1971 teve-se a ultima notificação registrada da varíola. Logo após, o governo iniciou o que seria uma das maiores vitórias no país, a campanha de vacinação contra a poliomielite, cuja doença estava deixando centenas de deficientes todos os anos; foram cerca de 26 mil casos, até que, em 1989, com o auxílio da campanha de vacinação, o Brasil conseguiu chegar a meta de notificar o último caso de poliomielite, e permanece sem registrar casos da doença há mais de 30 anos, sendo necessário apenas programas de prevenção e controle da patologia. Ainda na década de 60 foi introduzida no Brasil a vacina contra o sarampo, essa doença chegou a atingir aproximadamente 130 mil pessoas, e para combater tal enfermidade foram utilizadas as experiências adquiridas na erradicação da varíola e do Políovírus Selvagem Autóctone. Por conseguinte, em 2016 o país ganhou o certificado de eliminação do vírus do território nacional pela Organização Pan-Americana de Saúde. No entanto, apesar de todas as suas conquistas, as campanhas de vacinação vem sofrendo com movimentos como os antivacinas, que estão causando grande preocupação na sociedade nos últimos anos devido o seu significativo crescimento. Os apoiadores do movimento tem como discurso a liberdade vacinal, havendo quem rejeite todo e qualquer tipo de vacina. O movimento tem adeptos da direita populista que fazem uma critica quanto a imposição das vacinas, e está sendo reforçado por muitos naturalistas esquerdistas que acreditam que existe algum tipo de conspiração global entre governos e o sistema de vacinação massificado. O principal combustível para o movimento contra vacinas é a desinformação, além do uso de informações falsas e seu compartilhamento em redes sociais os quais aumentam a disseminação desses pensamentos. Ao contrário do que o movimento prega, os benefícios que as vacinas causam são maiores quando comparados aos possíveis efeitos adversos, os quais variam entre febre ou dor no corpo, sendo apresentados de forma temporária. Ainda assim, é importante ressaltar que o Ministério da Saúde está constantemente realizando ações de vigilância em saúde para detectar todos os casos a fim de monitorá-los e intervir quando necessário. Com base nisso, esta revisão da bibliografia tem como intuito reforçar a importância da vacinação como método de prevenção eficaz contra doenças, através de um levantamento dos eventos históricos os quais foram de grande importância para a evolução e aceitamento social das vacinas. Desenvolvimento: Este estudo fundamenta-se em revisões da literatura atuais nos quais foram levantados posicionamentos acerca da importância da vacinação como método eficaz no combate a endemias, os efeitos adversos que poderão ser apresentados, o processo histórico nacional e a aceitação da população frente os movimentos contra vacinas. Além de pesquisas atuais, foram utilizados também, dados de registros nacionais e informações emitidas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde. Resultado: É perceptível o aumento nos últimos anos de grupos de pessoas que acreditam que a vacina apresenta algum tipo de risco para a saúde da população. Evidencia-se que existe a falta de conhecimento adequado sobre a verdadeira eficácia do programa de imunização oferecido pelo Ministério da Saúde, além disso, há diversos compartilhamentos de informações falsas, ou como são chamadas, as “Fake News”, que fazem com que diversas pessoas acreditem que as vacinas irão contaminá-las de alguma forma, acarretando na diminuição da cobertura vacinal, o que causa um estado alarmante, pois, com a redução do número de pessoas vacinadas o risco de contrair doenças e trazer de volta patologias já erradicadas, é alto. O movimento contra vacinas foi selecionado pela Organização Mundial da Saúde como uma das 10 maiores ameaças à saúde no mundo no ano de 2019, uma das razões para estar nessa listagem é a sua influência no aumento dos casos de sarampo, doença que já havia sido erradicada no Brasil e que agora está retornando. Em 2019 os casos de sarampo cresceram cerca de 300% em nível global, só nos primeiros meses, destacando a tese de que movimentos como este são perigosos para a saúde da sociedade, pois, o risco de ocorrer surtos de doenças endêmicas já erradicadas no país se torna elevado, um exemplo de tal risco é a migração de venezuelanos para o Brasil, onde alguns trouxeram consigo o sarampo, doença que já havia sido erradicada no país. Neste caso a falta de vacinação da população poderia se tornar o cenário ideal para a volta dessa patologia. A inexistência da vacinação gera muitos riscos a sociedade como pôde ser percebido no ano de 2017, quando um surto de febre amarela começou a atingir principalmente estados do sul e sudeste do país, sendo responsável por mais de 200 óbitos. A vacina contra a febre amarela estava esquecida nesse período o que facilitou que a doença atingisse mais pessoas. Após o surto a campanha contra a febre amarela conseguiu controlas o aumento dos casos. Considerações finais: Vacinar é um importante meio de prevenção de doenças, pois, ela age como uma forma de imunização ativa, na qual, o próprio corpo exerce capacidade de produzir os seus anticorpos através do recebimento de agentes patológicos atenuados ou inativados que estimulam o sistema imunológico a produzir mais anticorpos e células de memória, dessa forma, quando o agente causador da doença infecta o corpo o sistema imune já está preparado para se defender e atacá-lo. O Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde criado há 40 anos, é considerado um dos melhores programas de imunização do mundo. No último levantamento realizado o país estava muito abaixo da meta da cobertura de vacinação, a qual é de 95%, além disso, vacinas como a da poliomielite chegaram a ficar em 74,9% em sua segunda dose, por isso, é muito importante que esteja sendo reforçada e esclarecida a necessidade e importância da vacina. Ao decorrer do processo histórico da vacina no Brasil percebe-se que a falta de informação ocasionou em níveis elevados de casos de doenças endêmicas, porém, a partir da conscientização da população sobre a necessidade e a eficácia das vacinas, pôde-se controlar diversas doenças e erradicas outras. Atualmente a vacina tem desempenhado um papel essencial de prevenção contra doenças como febre amarela, sarampo, poliomielite, tétano, hepatite B, coqueluche, rubéola, gripe e difteria.

11204 PERSPECTIVA DOS DISCENTES ACERCA DAS ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Ramom Breno Tavares Leite dos Santos, Márcia Juliana da Silva Sampaio, Amanda Thayse Silva, Gabriel Mácola Almeida, Victor Brendon Kodani dos Santos, Carla Marinho, Priscila Teixeira da Silva, Liliane Silva Nascimento

PERSPECTIVA DOS DISCENTES ACERCA DAS ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Autores: Ramom Breno Tavares Leite dos Santos, Márcia Juliana da Silva Sampaio, Amanda Thayse Silva, Gabriel Mácola Almeida, Victor Brendon Kodani dos Santos, Carla Marinho, Priscila Teixeira da Silva, Liliane Silva Nascimento

Apresentação: A falta de conhecimento sobre assuntos relacionados a área da saúde no estado do Pará é preocupante, ainda mais com o aumento dos índices de algumas patologias. Informações sobre hábitos de vida, nutrição, fatores de risco, sinais e sintomas são de difícil acesso e, em algumas situações, até inexistente para grande parte da população paraense, onde muitos não tem a acesso sequer aos serviços básicos de saúde, pois sabe-se que Belém, a capital do Estado, é uma das cidades com os menores índices de cobertura do país o que faz com que o processo de educação nos espaços de vida cotidiano seja de grande valor para a prevenção de doenças como o câncer, diabetes, hipertensão, e outras. A prática da educação popular em saúde nos espaços de vida cotidianos é enriquecedora tanto para a população quanto para o profissional. Criando, assim, um elo de formação de conhecimento importante na educação em saúde pública, visando legitimar o princípio de integralidade previsto pelo SUS, o qual consiste na promoção, prevenção e recuperação da saúde; atendendo também ao princípio da universalidade garantindo  o direito à saúde para todos; e buscando reduzir as desigualdades contemplando, assim, o princípio de equidade. Portanto, a realização de atividades educativas em saúde acarretam em entendimento e questionamento da população, ademais proporciona aos discentes uma nova visão, retirando-lhe o olhar estritamente biomédico, na qual são instigados através do contato com a realidade populacional sobre novas formas de abordagem acerca de formas a promover saúde, com a redução da utilização de termos técnicos, o que facilita o diálogo entre profissionais e a população, e individualização da formação de conhecimento buscando atender a necessidades particulares.

9734 PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES E SUAS FUNÇÕES TERAPÊUTICAS EM BELÉM DO PARÁ
Larissa Kimberlle de Oliveira Vieira, Melina Navegantes Alves, Vitória Amorim, Luana Luana Borges Teixeira, Maria Lúcia Chaves Lima

PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES E SUAS FUNÇÕES TERAPÊUTICAS EM BELÉM DO PARÁ

Autores: Larissa Kimberlle de Oliveira Vieira, Melina Navegantes Alves, Vitória Amorim, Luana Luana Borges Teixeira, Maria Lúcia Chaves Lima

Apresentação: Por Práticas Integrativas e Complementares (PIC) compreende-se um conjunto de atividades voltadas à atenção à saúde, pensadas como “alternativas” a um sistema médico-hegemônico e medicalizante, tais como a Terapia Integrativa Comunitária, Medicina Tradicional Chinesa (Acupuntura), Dança Circular, entre outras. Atualmente há 29 práticas reconhecidas no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) inicialmente instituída em 2006; com intuito de prevenir agravos, recuperar e promover saúde, com ênfase na atenção básica, no cuidado continuado, humanizado e integral em saúde. Nesse sentido, o que se denomina hoje como PIC são práticas que não se enquadram na lógica hospitalocêntrica, tendo como base saberes que olhem o indivíduo para além do diagnóstico e que impulsionam sua autonomia no processo terapêutico. Essas práticas visam participar do processo de vida do sujeito – não meramente uma cura de doenças, estimulando o fortalecimento de vínculos, autoconhecimento e vendo o indivíduo como primordial no processo de autocura, além de impulsionar o protagonismo dos participantes de forma integrativa e interdisciplinar. As PIC são práticas de cuidado relevantes para a atenção à saúde mental devido a sua visão intrínseca de uma dimensão integral do indivíduo. Dessa forma, o trabalho teve como objetivo investigar quais Práticas Integrativas e Complementares são ofertadas nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) estaduais localizados na zona urbana do município de Belém, localizada no estado do Pará, bem como os efeitos terapêuticos das PIC encontradas. A experiencia foi realizada a partir de visitas aos 5 CAPS estaduais localizados em Belém: CAPS III Grão Pará, CAPS Álcool e Outras Drogas III (AD III) Marajoara, CAPS Amazônia, CAPS Icoaraci e CAPS Renascer. Nas visitas, além de observação do estabelecimento, foram realizados diários de campo e entrevistas com as/os técnicos/as responsáveis por dirigir as práticas terapêuticas aos/às usuários/as. As entrevistas foram feitas a partir de um roteiro de entrevista semiestruturado, com perguntas norteadoras, mas aberto aos questionamentos que foram surgindo durante a entrevista, com a intenção de produzir uma reflexão mútua entre pesquisadoras e participantes sobre a temática abarcada. As profissionais entrevistadas foram encontradas por meio de indicação inicial dos gestores ou por indicação de outros profissionais previamente entrevistados. Dentro do CAPS Grão-Pará, foram entrevistadas quatro técnicas: uma psicóloga, uma terapeuta ocupacional e duas enfermeiras; no CAPS Marajoara, quatro assistentes sociais, duas psicólogas, um administrador, uma terapeuta ocupacional, três residentes e um voluntário; no CAPS Amazônia, uma auxiliar de saúde, um técnico administrativo, duas assistentes sociais, duas psicólogas e uma nutricionista; no CAPS Icoaraci, duas terapeutas ocupacionais, três psicólogas, três enfermeiras, um educador físico e uma assistente social; e no CAPS Renascer três psicólogos, duas terapeutas ocupacionais, uma enfermeira e uma assistente social. Na análise de dados, foi realizado um levantamento de dados inicial para o posterior mapeamento das Práticas Integrativas e Complementares realizadas nos CAPS estaduais de Belém do Pará, bem como pensar em quais e como as PIC estavam sendo realizadas e percebidas pelos profissionais que as efetuam dentro do Centros de Atenção Pisicossocial. A partir da observação e das entrevistas realizadas com  profissionais atuantes nos CAPS pesquisados, identificou-se que todos os profissionais entrevistados realizavam alguma prática terapêutica no seu cotidiano de trabalho, sendo elas consideradas PIC ou não. Foi observada uma diversidade de práticas entre os centros, como a Musicoterapia, Técnicas de Relaxamento, Grupos Expressivos, Grupo de Poesias e Sonhos, Yoga, Terapia Comunitária Integrativa, Técnica de Redução de Estresse, Grupo de Música, Grupo de Artes e Terapia, Grupo de Teatro, Leitura Dramatizada, Barra de Access, Capoterapia, Grupo Cultural (dança e teatro), Clube da Música, Dança Circular, Grupo de Poesia, Música e Oficina de Teatro. Assim, dentre as atividades realizadas, apenas quatro são reconhecidas como PIC pela Política Nacional de Práticas Alternativas e Complementares (SUS): Musicoterapia (no CAPS Grão Pará), Yoga (nos CAPS Marajoara e Renascer), Terapia Comunitária Integrativa (no CAPS Marajoara) e Dança Circular (no CAPS Renascer). Mesmo assim, nenhuma das práticas encontradas estava sendo lançada no sistema de registro como tal, dessa forma, é identificado como deficitário o controle pelo SUS e seu repasse de verba pelo Ministério da Saúde, montante que colabora para a continuidade dessas atividades. Tal déficit tende a afetar o contingente populacional que tem acesso a essas práticas visto que elas trazem benefícios como alívio de estresse, ansiedade, incentivam o bem-estar e a autonomia do sujeito; além de limitar a contratação de funcionários qualificados nessas atividades contra hegemônicas, bem como na compra de materiais e a capacitação contínua desses profissionais. Entretanto, foi percebido que em dois dos cinco Centros de Atenção Psicossocial não estavam presentes PIC segundo o Sistema Único de Saúde, mas havia diversas práticas, também apresentadas como terapêuticas. Essa diversidade de práticas também foi encontrada mesmo nos CAPS que possuem PIC oficializadas pelo SUS. Dentre as práticas integrativas realizadas nos CAPS, independentemente de serem ou não reconhecidas pela PNPIC, é ressaltada pelas técnicas do serviço a eficácia terapêutica que cada uma exerce em seus praticantes. Isso se dá devido as PIC terem em seu modo de trabalho a centralização do cuidado no indivíduo e no contexto por ele vivido. Dessa forma, é levantado o questionamento sobre o porquê de muitas destas práticas não serem inseridas na Política Nacional. Qual o método de seleção que define quais práticas terapêuticas são “integrativas e complementares”? Como se dá repasse de verbas se há deficiência no sistema de registro? Como essas práticas podem cumprir seu objetivo de redução de agravos, cuidado e promoção de saúde sem o incentivo governamental adequado? Seguindo essa lógica, as PIC representam uma forma primordial de prevenção, promoção e reabilitação em saúde, por conter formas terapêuticas de estabelecer o contato dialético entre participantes e mediador, dessa forma, devem ser reconhecidas como tal. Elas se estabelecem como formas de revisitar o cuidado em saúde, incentivando o protagonismo ativo do sujeito inserido nessas práticas – atualmente deixado em segundo plano pela lógica biomédica –, ou seja, uma dinâmica alternativa ao sistema dominante. Diante do exposto, é possível concluir que há uma incipiente implementação e utilização das Práticas Integrativas e Complementares dentro da rede de atenção psicossocial no município de Belém. Entretanto, ainda há muito o que caminhar na sistematização destas práticas ditas como alternativas, para que possa ocorrer devidamente seu desenvolvimento e sua efetivação dentro do nosso Sistema Único de Saúde.

12088 VERIFICAÇÃO DA POPULAÇÃO QUE BUSCA ATENDIMENTO EM PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM RIO DAS OSTRAS, RIO DE JANEIRO
Kamille Santos Siqueira, Isabel Cristina Regazzi, Virgínia Maria Azevedo, leonardo Vieira Floriano, victórya Costa Barreto, Gabriele Silva Lopes

VERIFICAÇÃO DA POPULAÇÃO QUE BUSCA ATENDIMENTO EM PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM RIO DAS OSTRAS, RIO DE JANEIRO

Autores: Kamille Santos Siqueira, Isabel Cristina Regazzi, Virgínia Maria Azevedo, leonardo Vieira Floriano, victórya Costa Barreto, Gabriele Silva Lopes

Apresentação: A busca por tratamento através de práticas integrativas e complementares é baixa por serem modalidades de tratamento em sua maioria de pouco conhecimento da população, entretanto, muitas das práticas já estão inseridas no escopo de tratamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo: Verificar o perfil da população que busca atendimento em práticas integrativas e complementares no consultório de enfermagem da Universidade Federal Fluminense em Rio das Ostras. Método: A presente pesquisa é descritiva de natureza quantitativa. O cenário de realização desse estudo foi o consultório de enfermagem da Universidade Federal Fluminense do campus de Rio das Ostras, RJ. A coleta de dados foi realizada por meio dos dados primários coletados em março a dezembro de 2018. Tendo sido disponibilizado os seguintes tratamentos no consultório: auriculoterapia, haike, ventosaterapia, entre outros. Resultado: A maioria da população verificada tem 12 anos de escolaridade (79%); faixa etária entre 19 a 30 anos (58%) seguidos por idade de 51 anos ou mais. Apenas (6%) da procura pelo referido atendimento foi realizado pelo sexo masculino. Foi observado também que a maioria faz poucas atividades físicas e de lazer. Outras características como: estado de saúde, estado de sono, humor e apetite autorreferidos foram verificadas e possibilitou caracterizar a população do estudo. Resultado: A assistência a saúde através das Práticas Integrativas e Complementares foi buscada de forma geral por uma população mais jovem e com menor grau de escolaridade, portanto sugere-se uma maior divulgação entre pessoas menos instruídas e com maiores idades.