471: Nas trilhas do SUS: construindo a participação desde a escola.
Debatedor: Ana Carolina Silva Martins
Data: 29/10/2020    Local: Sala 09 - Rodas de Conversa    Horário: 08:00 - 10:00
ID Título do Trabalho/Autores
7452 A ENFERMAGEM ESTIMULANDO O AUTOCUIDADO DE ADOLESCENTES A PARTIR DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DESSES SOBRE AS BEBIDAS ALCOÓLICAS
Pedro Vitor Rocha Vila Nova, Amanda Loyse da Costa Miranda, Adriana Alaide Alves Moura, Fernanda Larissa do Nascimento Pacheco, Layza Gabriella Lopes de Miranda, Nathália Oliveira de Souza, Silvio Eder Dias da Silva, Wanne Leticia Santos Freitas

A ENFERMAGEM ESTIMULANDO O AUTOCUIDADO DE ADOLESCENTES A PARTIR DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DESSES SOBRE AS BEBIDAS ALCOÓLICAS

Autores: Pedro Vitor Rocha Vila Nova, Amanda Loyse da Costa Miranda, Adriana Alaide Alves Moura, Fernanda Larissa do Nascimento Pacheco, Layza Gabriella Lopes de Miranda, Nathália Oliveira de Souza, Silvio Eder Dias da Silva, Wanne Leticia Santos Freitas

Apresentação: De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de 14 de julho de 1990, pensar a condição cidadã do adolescente implica em concebê-lo como sujeito de direitos e deveres. No campo da saúde, faz-se necessário que os sujeitos tenham condições democráticas de acesso a bens e serviços e possam reivindicar seus direitos a uma atenção de qualidade, com um entendimento amplo de que saúde não resulta da ausência de doenças, mas de um conjunto de fatores que leve à prática de um estilo de vida saudável. Sendo o consumo abusivo de bebidas alcoólicas um problema de saúde pública, esse também está presente em um importante ciclo de vida, ou seja, na adolescência. Pesquisas indicam que o álcool é a droga mais comum entre os adolescentes, sendo o uso dessa substância psicoativa iniciado com o grupo de amigos ou mesmo no ambiente familiar. O uso de álcool na adolescência está associado a uma série de comportamentos de risco, aumentando a chance de envolvimento em acidentes, violência sexual e participação em gangues, e está fortemente associado à morte violenta, queda no desempenho escolar, dificuldades de aprendizado, prejuízo no desenvolvimento e estruturação das habilidades cognitivo-comportamentais e emocionais do jovem. Nesse contexto, os profissionais de enfermagem têm, de modo crescente, dado ênfase às atividades de promoção da saúde e de prevenção de doenças como formas importantes de assistência à saúde. As atividades de promoção de saúde ajudam o cliente a manter-se saudável, melhorando seu nível de bem-estar atual ou futuro. As atividades de prevenção de doenças são direcionadas à proteção do paciente contra as ameaças reais ou potenciais à saúde. Ambas são orientadas para o futuro; as diferenças entre elas envolvem motivações e objetivos. As atividades de promoção à saúde tendem a motivar o paciente a agir de forma positiva para alcançar o objetivo de um nível superior de saúde e bem-estar. As atividades de prevenção de doenças são destinadas a motivar o indivíduo a evitar uma condição negativa, mais do que assumir uma ação positiva, com o objetivo de manutenção do nível de saúde. Tendo em vista esses aspectos, o estudo tem como objetivo identificar as representações sociais de adolescentes sobre as bebidas alcoólicas e analisar as implicações dessas para o autocuidado do adolescente. Desenvolvimento: Este estudo é do tipo qualitativo-descritivo, adotando como aporte conceitual a Teoria das Representações Sociais na perspectiva de Serge Moscovici, que permite compreender como o indivíduo, em sua relação com o mundo, constrói e atribui significados a suas ações, projetos pessoais e experiências. A pesquisa foi realizada no município de Belém, estado do Pará. Os sujeitos do estudo foram 40 adolescentes na faixa etária entre 12 e 20 anos de idade, envolvidos com o uso de bebidas alcoólicas e cadastrados no projeto social Tribos Urbanas da Fundação Papa João XXIII. Como critério de inclusão, consideraram-se adolescentes cadastrados na instituição e que tivessem envolvimento com álcool. Utilizou-se a letra E, seguida do número, para identificar os entrevistados. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Pará sob o número 004/08 CEP-ICS/UFPA. Resultado: Entre os 40 participantes, havia 30 homens e dez mulheres. Constatou-se que todos eram de baixa renda. O grau de escolaridade que predominou foi o ensino fundamental incompleto, em 24 deles. As atividades de lazer mais praticadas foram futebol e festas, informadas por 29 entrevistados. Dos 40 depoentes, 21 pertenciam à religião evangélica. Todos possuíam condições precárias de saneamento básico e conviviam com até 15 pessoas na família. O estudo permitiu identificar a falta de proteção dos adolescentes consigo mesmos, e essa atitude foi relacionada ao significado do autocuidado, visto que os entrevistados se envolveram em situações de risco como forma de buscar seu “bem-estar”. Porém, isso tudo sem dar a devida importância à proteção de si mesmos, dado evidenciado quando os depoentes afirmaram que consumiram bebidas alcoólicas e cigarro, bem como se envolveram em brigas e atos de infração, atitudes e comportamentos que caracterizam um déficit no autocuidado e que podem gerar consequências graves para a saúde dos mesmos. "(...) a gente saía, bebia, dialogava..., às vezes fazia uma briga com algum moleque lá da rua. Aí, com o tempo, um foi morrendo, o outro foi preso, aí eu fui querendo mudar de vida, entendeu?" (E11); "(...) fumar, beber vinho, cerveja, foi um vício que nunca deixei. Queria deixar, mas. Comecei a ter problemas quando tinha 15 anos (...)." (E23); "Com os meus amigos tinha briga, por isso não era muito bom. Era muita falsidade, na minha frente falava uma coisa e por trás era outra. Era um querendo ficar com mais coisas que o outro." (E30); "Meu pai e minha madrasta vivem me dando conselho, então agora já penso em fazer coisas direitas porque eu quero mudar de vida." (E32); "No início era ruim, porque às vezes eles me mandavam trabalhar pra ajudar em casa e eu me metia com os moleques, pegava umas coisas fácil, aí eu não queria saber de trabalhar. Se eu tivesse ido pelos meus pais eu ia me dar bem." (E40). Os relatos dos adolescentes remeteram à importância do autocuidado, a partir do momento em que deixam transparecer a falta de proteção consigo mesmos. Parece que estar bem consigo mesmo, para eles, tem a ver com liberdade para viverem experiências sem limites, ou seja, fazerem tudo aquilo que acreditam ser importante para si mesmos, sem, no entanto, refletirem sobre as consequências dos riscos aos quais se expõem. Logo, notou-se que as estratégias de autocuidado, nesse caso, são imprescindíveis e devem implicar na execução de ações dirigidas pelo e para o próprio adolescente ou em direção ao ambiente que o envolve, com a finalidade de atender às necessidades próprias identificadas, de maneira a contribuir para a manutenção da vida, saúde e bem estar desse grupo. Considerações finais: Identificou-se, neste estudo, que as bebidas alcoólicas representaram para os adolescentes a busca por novas experiências, para serem aceitos pelo grupo a que pertencem, independência, vício, festas e conflitos familiares. A importância do autocuidado foi implicada na necessidade de os adolescentes estarem preparados para se proteger dos perigos que circundam a fase da adolescência. Logo, o enfermeiro, por meio da educação em saúde, deve sensibilizá-los para as causas e consequências do uso do álcool a fim de mantê-los longe das drogas. Percebeu-se que as práticas do autocuidado são essenciais para o crescimento e o desenvolvimento saudável dos adolescentes e que tais práticas devem ser orientadas, acompanhadas e reguladas, primeiramente, pela família. Depois, devem ser repassadas à escola e instituições de saúde como forma de dar continuidade e apoio ao jovem.

10445 FORTALECIMENTO DA AUTOESTIMA COMO FOMENTO AO AUTOCUIDADO
ADRIANA DE SOUZA MEDEIROS BATISTA, Guadalupe Braga, Lauriza Maria Nunes Pinto, Márcia Zakur Ayres, Paulo Alves Lins, Elza Machado de Melo

FORTALECIMENTO DA AUTOESTIMA COMO FOMENTO AO AUTOCUIDADO

Autores: ADRIANA DE SOUZA MEDEIROS BATISTA, Guadalupe Braga, Lauriza Maria Nunes Pinto, Márcia Zakur Ayres, Paulo Alves Lins, Elza Machado de Melo

Apresentação: A separação da família e de seu meio na adolescência, assim como o isolamento total em decorrência do cumprimento de medida socioeducativa em regime fechado, compõe um cenário com grande potencial de mitigar ações de saúde relacionadas ao autocuidado. Neste sentido o presente trabalho apresenta um relato de experiência de atuação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), através da Faculdade de Medicina, em Centro Socioeducativo, junto a adolescentes em regime de internação, no contexto de um projeto de extensão voltado à promoção da saúde e prevenção de violência autoinfligida neste ambiente. Desenvolvimento: O projeto surgiu da experiência da equipe em vários cenários de violência urbana e junto a moradores de regiões de grande vulnerabilidade social na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Tem como escopo metodológico a ação dialógica, proporcionando espaço de fala aos adolescentes que expõe suas necessidades e aflições em encontros semanais. Busca a prevenção e promoção de saúde mental no processo de readaptação social dos menores, além de atuar junto à necessidade do fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários e no desenvolvimento de inteligência sócio emocional como ferramentas internas na lida do cotidiano muitas vezes conflitante. Resultado: Inicialmente foi observado o uso dos encontros como momentos de desabafo, por parte dos adolescentes, acerca do regime de confinamento. Com o passar dos meses foi possível observar que as conversas tiveram foco temático ampliado, possibilitado pela criação de vínculos cultivados através de atividades de descontração tais como comemorações de aniversários e do fim do ano. Considerações finais: A condução dos encontros tem privilegiado ações voltadas ao fortalecimento da autoestima dos adolescentes, desenvolvimento de habilidades sociais como interação por trabalhos em grupo. Os resultados hoje observados vêm da percepção de maior abertura à fala demonstrada pelos adolescentes e envolvimento dos mesmos nas atividades propostas semanalmente.

7420 O PERFIL DE ADOLESCENTES DO TRIBOS URBANAS/PA: IMPLICAÇÕES PARA AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS.
Pedro vitor rocha Vila Nova, Silvio Eder Dias da Silva, Amanda Loyse da Costa Miranda, Adriana Alaide Alves Moura, Layza Gabriella Lopes de Miranda, Nathália Oliveira de Souza, Fernanda Larissa do Nascimento Pacheco, Wanne Leticia Santos Freitas

O PERFIL DE ADOLESCENTES DO TRIBOS URBANAS/PA: IMPLICAÇÕES PARA AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS.

Autores: Pedro vitor rocha Vila Nova, Silvio Eder Dias da Silva, Amanda Loyse da Costa Miranda, Adriana Alaide Alves Moura, Layza Gabriella Lopes de Miranda, Nathália Oliveira de Souza, Fernanda Larissa do Nascimento Pacheco, Wanne Leticia Santos Freitas

Apresentação: O ato de consumir drogas é uma prática cultural do ser humano no transcorrer da história da humanidade, sendo que a maioria dos grupos sociais tem convivido com as drogas ao longo do tempo. A partir da década de 1960, o consumo abusivo de substâncias psicoativas tornou-se um problema de saúde pública devido ao aumento do consumo entre os adolescentes e os riscos danosos à saúde do usuário, além dos problemas sociais a elas associados. As primeiras experiências com drogas ocorrem geralmente na adolescência, visto que, nesta fase, o indivíduo é vulnerável do ponto de vista psicológico e social. A prevalência da dependência de álcool no Brasil foi de 11,2%, sendo de 17,1% para o sexo masculino e 5,7% para o feminino. Cabe elucidar que existe a classificação universal de drogas e álcool, que é explicitada conforme seu fator permissivo de venda, estando o álcool como droga licita na qual é permitido à venda, e as demais drogas como ilícitas, nas quais a sua comercialização não é permitida. Destaca-se que essa classificação errônea favorece a difusão de uma droga na população brasileira. O uso de bebidas alcoólicas pelos adolescentes pode ser percebido como um grave problema de saúde pública no Brasil. É necessário estudar essa parcela da população para desvelar suas representações sociais sobre o consumo de bebidas alcoólicas. A representação social pode ser entendida como uma forma de conhecimento, elaborada no meio social e compartilhada nele, tendo como objetivo contribuir para a construção da realidade comum a um determinado grupo social. Ela é denominada como saber do senso comum ou saber ingênuo, natural, diferenciando-se do conhecimento reificado ou erudito, mas é tida como um objeto de estudo igualmente legítimo devido à sua importância na vida social e à elucidação que possibilita dos processos cognitivos e das interações sociais. O estudo tem como objetivo descrever as características socioculturais de adolescentes provenientes de gangues que frequentam o programa tribos urbanas, e a partir dessas analisar a influência deste para gênese de representações sociais sobre o alcoolismo. Desenvolvimento: Este estudo é descritivo-exploratório, com abordagem qualitativa, com aplicação de um formulário com os dados socioculturais dos depoentes. O campo de pesquisa foi o Projeto Tribos Urbanas, um programa da Prefeitura Municipal de Belém, criado há dois anos, com o objetivo de atender jovens e adolescentes que se envolvem com gangues. Os sujeitos do estudo foram 40 adolescentes de ambos os sexos, sendo 30 do sexo masculino e 10 do sexo feminino. Os critérios de inclusão foram: estar na faixa etária entre 12 e 20 anos; fazer parte do programa; e ter a permissão dos adolescentes e de seus responsáveis legais para a participação no estudo. O período da coleta de dados foi de março a julho de 2019. Utilizou-se a técnica de saturação de dados, que diz respeito à repetição dos discursos como forma de delimitar a amostragem deste estudo. A pesquisa foi orientada pela Portaria nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde e aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Pará, recebendo o protocolo 004/08 CEP-ICS/UFPA. Resultado: Os sujeitos do estudo foram quarenta (40) adolescentes, sendo trinta (30) do sexo masculino e dez (10) do feminino. A faixa etária entre os homens foi de quinze (15) a vinte (20) anos, com predominância da faixa etária de dezessete (17) a vinte (20) anos. Já entre as mulheres, a idade variou entre quinze (15) e dezenove (19) anos, sendo predominante a faixa etária de dezesseis (16) e dezenove (19) anos. No programa Tribos Urbanas, os adolescentes fazem cursos profissionalizantes para lhes capacitar ao primeiro emprego. As profissões na qual os homens se formaram foram: três (3) como operadores de caixa, dois (2) como torneiros mecânicos, quatro (4) em informática básica, três (3) em segurança eletrônica, um (1) pintor, um (1) em mecânica automotiva, três (3) como eletricista predial e industrial, sendo que treze (13) adolescentes ainda estavam fazendo os cursos. Entre as mulheres, três ainda estavam fazendo cursos profissionalizantes, três (3) se formaram garçonetes, uma (1) cabeleireira, duas (2) operadoras de caixa e uma (1) em informática básica. Apesar de terem adquirido uma profissão, os adolescentes do estudo, em sua totalidade, não estavam empregados e contribuíam para a renda familiar com uma bolsa no valor de cem reais (R$100,00) que recebiam do programa. Este recurso era proveniente de um convênio com uma empresa multinacional, porém, devido à crise mundial, este convênio foi desfeito e as bolsas suspensas. Nesse contexto, os adolescentes deixaram de contribuir com o sustento da família, sendo que este é realizado por seus responsáveis. O caminho teórico pelo qual se optou ao produzir este estudo considera relevante a relação entre sujeito e objeto, favorecendo a compreensão da construção simbólica dos adolescentes sobre o alcoolismo. É necessário, ainda, conhecer o contexto sociocultural do indivíduo, por propiciar o vínculo entre o seu universo e suas representações sociais. Outro ponto a considerar são as experiências anteriores e pontos comuns, que favorecem tanto a adequação dessas construções simbólicas quanto sua aceitação pelo grupo do qual faz parte. A adolescência é um período do ciclo vital em que a curiosidade por experiências novas, a troca e a influência do grupo de amigos são fundamentais. O uso das drogas é fonte de socialização e atua como uma linguagem do adolescer e, quando acontece de forma abusiva, constitui-se num problema que pode repercutir em todo o processo posterior de vida do jovem. Existem diversos fatores influenciam o consumo de álcool e drogas por adolescentes, sejam eles pessoais, sociais, relativos ao desenvolvimento de competências sociais, às mudanças sofridas nesta etapa da vida, e às dificuldades para se adaptar a elas, assim como a influência do contexto no qual se encontram inseridos. Entre esses fatores, é válido ressaltar as dificuldades financeiras, uma vez que o adolescente sente vontade de realizar diversas atividades e encontra em sua renda familiar uma barreira, tendo por base este motivo para sua exposição ao uso de drogas lícitas e ilícitas. Considerações finais: Os participantes do estudo não constituem um grupo “espontâneo” ou “natural”, mas sim um grupo coordenado e organizado que tem como finalidade a manutenção de abstinência do grupo e dos que o integram. Afirma-se que estes grupos contribuem de uma forma mais significativa para construção e manutenção de uma realidade social. Os depoimentos dos quarenta adolescentes gerados por meio da aplicação do método de história de vida favoreceram a captação das representações sociais de forma espontânea sem risco de sua contaminação. O material produzido permitiu a discussão sobre o universo do alcoolismo referenciado por quem o conheceu e durante a sua vivência. Pensa-se que esta foi a melhor forma de captar e compreender a realidade de como uma doença psicossocial se insere na história de vida do adolescente e estrutura representações sociais que são responsáveis pela prática de consumir bebidas alcoólicas.

9433 PROMOÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL NUMA ESCOLA PÚBLICA NO INTERIOR DO AMAZONAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Fernanda Gonçalves da Silva, Elisson Gonçalves da Silva, Maria Aparecida Silva Furtado.

PROMOÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL NUMA ESCOLA PÚBLICA NO INTERIOR DO AMAZONAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Fernanda Gonçalves da Silva, Elisson Gonçalves da Silva, Maria Aparecida Silva Furtado.

Apresentação: A promoção de educação em saúde, realizada em escolas, é fundamental para garantir uma formação integral dos alunos. Com intuito de formar hábitos saudáveis, fixando na prevenção e na melhoria das condições de vida dos discentes, a escola se torna um local ideal para promover ações educativas, já que o ambiente escolar pode agregar valores essenciais para o crescimento, a convivência, o ensino e a aprendizagem. Para isso, é importante que sejam realizadas práticas pedagógicas voltadas para área da saúde com dinâmicas lúdicas. Objetivo: Relatar as vivências dos estudantes do Curso de Licenciatura em Ciências: Biologia e Química sobre pacto positivo de ações educativas de saúde numa escola municipal infantil no interior do Amazonas (AM). Método:  Trata-se de um Relato de Experiência de natureza descritiva com abordagem qualitativa. A imersão vivencial dos acadêmicos ocorreu durante um Estágio Curricular do Programa Mais Alfabetização do município de Coari-AM, em parceria com o Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). O período da atividade prática aconteceu no mês de outubro de 2019. Resultado: Participaram da ação educativa 30 alunos do Educação Infantil, com faixa etária de 7 a 10 anos de idade, e uma professora estagiária. A promoção de educação em saúde foi norteada pelas temáticas de educação alimentar, acidente escolar na hora do intervalo, importância da lavagem das mãos antes e após lanches. As atividades foram realizadas tomando como base uma metodologia dinâmica. Ação educacional proporcionou conhecimento teórico e prático a respeito da temática, permitindo que os alunos reconhecessem essas atribuições e a preocupante a sua saúde mostrando a realidade do aumento doenças e agravos a sua saúde. Resultado: Diante do exposto, destaca-se que houve um impacto positivo no aproveitamento desta fase escolar para educação em saúde, pois orientações como as desenvolvidas são essenciais para qualidade de vida em geral e, principalmente, para o público infantil, já que, nem sempre, esses alunos possuem informações de prevenção de doenças e de possíveis acidentes. Conclui-se, portanto, que esta estratégia foi valiosa, já que as crianças demonstraram ter compreendido as temáticas trabalhadas no espaço escolar e revelaram uma promoção da educação em saúde.

9652 CIÊNCIA NAS ESCOLAS: ENTENDENDO A CÁRIE DENTÁRIA
Lucas Gonçalves Santos, Lina Naomi Hashizume

CIÊNCIA NAS ESCOLAS: ENTENDENDO A CÁRIE DENTÁRIA

Autores: Lucas Gonçalves Santos, Lina Naomi Hashizume

Apresentação: “Ciência nas Escolas: Entendendo a cárie dentária” é um projeto extensionista, que faz parte do Programa Ciência na Sociedade Ciência na Escola, criado por discentes de graduação da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande Do Sul, levando à comunidade o conhecimento construído dentro do meio acadêmico, possibilitando, através de uma abordagem metodológica simplificada e didática, que a teoria se torne aplicável à prática. Nesse contexto, o público alvo foi composto por escolares do ensino fundamental da rede pública. O projeto consistiu em quatro visitas para cada turma de escolares, que ocorreram de forma semanal. Foram abordados temas como o papel dos microrganismos na cavidade bucal, hábitos alimentares, higiene bucal e autopercepção dos dentes e de sua saúde bucal. A equipe do projeto confeccionou todos os materiais educativos de apoio, que foram utilizados para auxiliar, de forma lúdica, a interação entre os membros da equipe e os escolares durante as atividades. O Período integral das atividades iniciou dia 01 de maio de 2017 e ainda está em andamento. O principal objetivo do projeto é levar as informações necessárias para a construção de um saber aplicável à rotina das crianças da rede pública, popularizando esta ciência para a comunidade, com um propósito de capacitar as crianças frente a conhecimentos da área de microbiologia bucal na cárie dentária e higiene bucal aos escolares de uma maneira acessível e divertida, contribuindo para a melhoria da saúde bucal deste grupo. Através dos questionários aplicados e das atividades propostas em aula, percebemos que a grande maioria das crianças não compreende o surgimento da cárie como uma doença, tampouco seus mecanismos de ação e consequências. Quanto aos responsáveis, pudemos observar que, em grande parte, classificavam a saúde bucal dos filhos como ruim ou regular, e que não supervisionavam os hábitos alimentares e de higiene dos mesmos. No decorrer do projeto, pudemos perceber o entusiasmo das crianças ao desenvolverem as atividades propostas, bem como seu interesse em participar e entender o que estava sendo realizado. Ao final de cada ciclo de visitas, surpreendemo-nos com a facilidade que os alunos demonstraram em repetir tudo o que haviam aprendido, cruzando informações e construindo raciocínios lógicos e bem embasados. A cárie dentária possui disparidades socioeconômicas e demográficas advindo da sua grande polarização, em que se observa que 20% dos escolares na atualidade podem concentrar em torno de 60% da carga de doença, demonstrando a desigualdade que essa doença possui a nível federal em diversos indicadores socioeconômicos, como renda, classe social, grau de escolaridade dos pais, tipo de escola (pública ou privada) e a localização da escola (urbana ou rural) onde são unânimes em demonstrar que crianças de classes sociais menos favorecidas apresentam maior experiência de cárie dentária, necessitando de estratégias para garantir uma aproximação do conhecimento científico e saber popular, promoção da saúde e do bem viver permanente, consolidando a saúde de maneira equânime e de qualidade.

9825 INTOXICAÇÕES EXÓGENAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO – UMA SÉRIE HISTÓRICA
Laís Souza Izquierdo Penaranda, Elisa da Silva Magalhães, Raphael Souza da Costa, Nataly Damasceno de Figueiredo

INTOXICAÇÕES EXÓGENAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO – UMA SÉRIE HISTÓRICA

Autores: Laís Souza Izquierdo Penaranda, Elisa da Silva Magalhães, Raphael Souza da Costa, Nataly Damasceno de Figueiredo

Apresentação: As intoxicações exógenas na infância se configuram em um importante problema de saúde pública. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, já no início dos anos 2000, as intoxicações exógenas eram responsáveis por aproximadamente 350 mil mortes no mundo, sendo pelo menos 10% em menores de 15 anos de idade. Crianças menores de cinco anos de idade formam um grupo particularmente vulnerável às intoxicações acidentais. Objetivo: Descrever a ocorrência de intoxicações exógenas em crianças e adolescentes residentes no município do Rio de Janeiro para os anos 2007 e 2017. Método: Foi feito um estudo ecológico, com dados secundários obtidos a partir do Sistema de informações de doenças e agravos de notificação compulsória (SINAN) e do Sistema de Informações sobre mortalidade (SIM). Para descrição do perfil foram utilizadas variáveis sócio demográficas e o agente tóxico. Para comparação foi utilizada a Razão de proporção e diferença. Na comparação do ano de 2007 com o ano 2017, verifica-se um aumento de 61,5% nas notificações de intoxicações exógenas em crianças e adolescentes (p 0,001). As crianças menores de 1 ano, de 10 a 14 anos e de 15 a 19 anos apresentaram os maiores aumentos. A letalidade para o ano de 2017 foi de 3,8 % e para o ano de 2007 foi de 1%. O perfil de intoxicações em 2017 aponta para uma maior ocorrência em negros e pardos (90%) e em sua maioria do gênero masculino. Os agentes tóxicos predominantes em crianças de 1 a 4 anos são os medicamentos (35,5%) e produtos de uso doméstico (24,4%), enquanto que em adolescentes são medicamentos, drogas de abuso e álcool. Considerações finais: Os dados apontam um aumento na ocorrência de intoxicações exógenas na população estudada, demonstrando assim a relevância de prevenção dessa causa.

9841 EDUCAÇÃO SEXUAL: DESCOBRINDO E VALORIZANDO O CORPO
Alexia dos Santos Oliveira, Carolina Soares Ferreira Farias, Nicolle de Almeida Costa, Beatriz Soares da Silva

EDUCAÇÃO SEXUAL: DESCOBRINDO E VALORIZANDO O CORPO

Autores: Alexia dos Santos Oliveira, Carolina Soares Ferreira Farias, Nicolle de Almeida Costa, Beatriz Soares da Silva

Apresentação: O presente trabalho se trata de um relato de experiência sobre a atividade pedagógica com o tema “Educação sexual: descobrindo e valorizando o corpo" realizada em um colégio municipal do Rio de Janeiro. A educação sexual é um tema complexo, mas que deve ser abordado em escolas, unidades de saúde, praças públicas, entre outros lugares para maior alcance da população a fim de promover o conhecimento e minimizar problemas sociais e de saúde que se articulam ao tema. Desse modo, é primordial que o tema seja abordado a partir de um olhar que o considere questão de saúde pública e que seja capaz de trocar saberes com o público alvo com o intuito de que o processo educacional se torne mais prazeroso e efetivo. Público alvo: adolescentes do sexo feminino de 12 a 15 anos. Objetivo: Dialogar acerca do crescimento e desenvolvimento do corpo e as mudanças que ocorrem na puberdade; inserir a noção de autoconhecimento do corpo, prazeres, vontades e a necessidade do amor próprio de modo que elas sejam capazes de reconhecer as suas necessidades e, assim, possam se reconhecer como sujeitos ativos de suas escolhas e demandas sexuais; apresentar o ato sexual como troca e busca de prazer mútuo, valorizando sempre a escolha pessoal em detrimento das “pressões sociais”; reconhecer e discutir as demandas sobre os métodos de prevenção para a prática sexual segura apresentando alternativas que compreendam as relações hétero e homoafetivas. Método: Foi organizada uma roda de conversa para facilitar o vínculo com as estudantes e entregues papéis em branco para que elas escrevessem dúvidas prévias sem necessidade de identificação. Em seguida, foi exibido um vídeo com o tema: “Campanha da Ana – direitos sexuais e reprodutivos. Você sabe o que é?" para embasamento da atividade. Ao final, foi demonstrada a colocação tanto do codom masculino quanto do feminino para prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e explicado sobre o uso de gel lubrificante. Considerações finais: A ação educativa desenvolvida reforçou conhecimentos existentes acerca do funcionamento e mudanças ocorridas no corpo durante a puberdade, com intensa participação das adolescentes bem como a construção de conhecimentos relacionados a sexualidade e prevenção de agravos à saúde. Tal iniciativa denota a importância da enfermagem no ambiente escolar abordando a temática da educação sexual que permeia o cotidiano e senso comum de adolescentes e jovens permitindo, dessa maneira, a interação dos acadêmicos com as alunas de forma a construir conhecimentos e quebrar paradigmas a fim de que haja a efetiva promoção da saúde.

12308 A PRESENÇA DAS DOENÇAS OCULARES NA VIDA DE UM ESCOLAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Társis da Silva Sousa, Luanna Moreira da Silva, Rodrigo Alex de Souza Galdino, Brenda Melo Costa, Luiz Fernando Leite da Silva Neto, Gabriel de Sá Sastre, Nilo César Raiol de Lima

A PRESENÇA DAS DOENÇAS OCULARES NA VIDA DE UM ESCOLAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Társis da Silva Sousa, Luanna Moreira da Silva, Rodrigo Alex de Souza Galdino, Brenda Melo Costa, Luiz Fernando Leite da Silva Neto, Gabriel de Sá Sastre, Nilo César Raiol de Lima

Apresentação: Aproximadamente 80% de todos os casos de deficiências visuais existentes no mundo poderiam ser evitados se diagnosticados precocemente. Estima-se que 19 milhões de crianças menores de 15 anos de idade possuem problemas visuais, dos quais 12 milhões sofrem de condições que poderiam ser facilmente diagnosticadas e corrigidas. Baseado nos dados da cartilha do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, existem 30 milhões de pessoas com alguma dificuldade visual no Brasil, com 6 milhões destas apresentando grau severo e 500 mil cegas. No Brasil, estima-se que quase todas as crianças em idade escolar nunca passaram por exame oftalmológico, sendo que menos de 10% destas foram examinadas antes de iniciarem a vida na escola. A deficiência visual na infância pode ocasionar déficit no aprendizado e envolvimento social, alterando a evolução tanto da motricidade quanto cognitiva e da linguagem durante os anos iniciais que são tão importantes para a formação da criança. O objetivo desse trabalho é relatar a experiência vivida por acadêmicos de medicina em um estudo com crianças escolares de 6-12 anos em uma Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio em Belém, Pará. Desenvolvimento: O presente estudo diz respeito a um relato de experiência de acadêmicos de medicina baseado na vivência de um estudo realizado na área de saúde direcionada a alunos regularmente matriculados em um Escola Estadual. Primeiramente, os acadêmicos fizeram uma pesquisa na literatura sobre a fisiopatologia tanto da miopia quanto da hipermetropia e astigmatismo, assim como medidas de identificar esses problemas. Em seguida, a quantidade de pessoas com a presença dessas doenças foi analisada, e também orientações sobre o uso de óculos foram dadas, além de encaminhar os alunos que precisavam para o oftalmologista. Resultado: Os alunos que participaram mostraram-se bastante dedicados e proativos durante a avaliação dos escolares e na identificação dos que apresentavam baixa acuidade visual. Durante o estudo, os escolares se mostraram bastante prestativos e sempre interessados no que estava acontecendo e nas informações sobre as doenças oculares estudadas e apresentadas. Outra coisa que chamou a atenção dos acadêmicos foi o relato de muitos alunos que diziam que não conseguiam ver o quadro direito, mas que não sabiam como demonstrar isso aos seus professores e pais, na verdade muitos deles não entendiam isso ainda, os mais novos. A maioria dos alunos que tinham problema de visão ainda não usavam óculos, mostrando que ações como essa são muito importantes para ajuda na melhora de vida dos escolares brasileiros. Considerações finais: Diante disso, é imprescindível a maior atuação do medico e do aluno de medicina em estudos e ações que permitam o maior contato com os pacientes e com a comunidade carente, tanto na divulgação quanto identificação de doenças tratáveis na sociedade, proporcionando melhor qualidade de vida a essas pessoas. Ademais, destacou-se a compreensão de que ações de educação em saúde são fundamentais para potencializar a efetividade da atuação da saúde em vários ambientes no nosso contexto social, como a própria escola.

6738 FALTA DE ADESÃO AO PROGRAMA DE CRESCIMENTO E Desenvolvimento: NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE EM UM MUNICÍPIO DO AMAZONAS.
Luciana Ramos Barreto, Janaina Oliveira de Freitas, Amanda Forster Lopes Hanada, Carlos Eduardo Bezerra Monteiro

FALTA DE ADESÃO AO PROGRAMA DE CRESCIMENTO E Desenvolvimento: NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE EM UM MUNICÍPIO DO AMAZONAS.

Autores: Luciana Ramos Barreto, Janaina Oliveira de Freitas, Amanda Forster Lopes Hanada, Carlos Eduardo Bezerra Monteiro

Apresentação: O Programa de Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento (ACD), tem como objetivo favorecer a qualidade de vida até os dez anos de idade, por meio da realização das consultas de ACD que tem como propósito a identificação e intervenção precoce de determinadas casos que colocam em perigo a saúde da criança. Este trabalho tem como objetivo, identificar os fatores associados à falta de adesão no programa de ACD nas Unidades Básicas de Saúde da zona urbana do município de Coari-AM, localizado no interior do Amazonas, local com valor elevado na taxa de mortalidade infantil em relação ao país e no Estado. Trata-se de uma pesquisa descritiva, qualitativa e quantitativa, realizada por duas discentes do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas, referente ao Trabalho de Conclusão de Curso, abordando como ocorrem as estratégias dos enfermeiros para levar informação sobre o programa de ACD à comunidade e as principais causas que levam os responsáveis das crianças ao não seguimento das consultas de acompanhamento do programa. Em vista disso, serão analisados os prontuários de 233 crianças de 0 a 2 anos cadastradas nas UBS’s. Posteriormente será apresentado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), onde serão aplicados dois questionários, um direcionado ao responsável legal da criança e outro aos enfermeiros, a fim de identificar os fatores que interferem e contribuem para a falta de adesão ao programa ACD, onde irá contribuir diretamente com a comunidade estudada, uma vez que, ao identificar esses fatores, é possível elaborar ações que fortaleçam a adesão das crianças e da família na atenção primaria a saúde.

8524 INTOXICAÇÕES EXÓGENAS NA MICRORREGIÃO DE SANTARÉM, PARÁ, AMAZÔNIA, BRASIL, NO PERÍODO DE 2008 A 2017.
Alana Carla Sousa Carvalho, Vivian de Carvalho Avelino de Carvalho Avelino, Hipócrates de Menezes Chalkidis

INTOXICAÇÕES EXÓGENAS NA MICRORREGIÃO DE SANTARÉM, PARÁ, AMAZÔNIA, BRASIL, NO PERÍODO DE 2008 A 2017.

Autores: Alana Carla Sousa Carvalho, Vivian de Carvalho Avelino de Carvalho Avelino, Hipócrates de Menezes Chalkidis

Apresentação: A intoxicação exógena (IE) é caracterizada pela interação do organismo com substâncias tóxicas exógenas que leva ao desiquilíbrio e a efeitos nocivos no corpo. Para ajudar na identificação e na eficácia do tratamento, a IE é subdividida em fases: (1) a fase de exposição, (2) a fase toxicocinética, (3) a fase toxicodinâmica e (4) a fase clínica. Além disso, esta pode ser classificada quanto ao tempo de exposição e o período de intoxicação. As intoxicações podem ocorrer através de diversas vias, como epidérmica e oral. A IE abarca múltiplas circunstâncias, como a má administração de medicamentos e tentativas de suicídio. A pesquisa visa relacionar os dados epidemiológicos da IE com fatores socioculturais na microrregião de Santarém, Pará, entre os anos de 2008 a 2017. Desenvolvimento: O estudo possui caráter descritivo e natureza básica. Assim, os dados foram coletados do Sistema de Informação Nacional de Agravos e Notificações (SINAN), por meio da plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A análise foi realizada por meio de métodos estatísticos descritivos de distribuição de frequências e a tabulação, no Microsoft Office Excel®. Resultado: Os resultados evidenciaram 296 casos de IE notificados. Prevaleceram casos no sexo feminino (56,08%). Tal achado justifica-se pela maioria da população paraense ser composta por mulheres, 49,1%. No que tange a faixa etária, foi observado predominância em indivíduos entre a faixa etária de 20-39 (34,80%), dos quais 57,27% são do sexo feminino e 42,71% do sexo masculino. A prevalência do sexo feminino relaciona-se com risco a tentativas de suicídio e automedicação. A faixa etária de 01-05 anos caracterizou-se em segundo lugar, com 23,31%, sendo 53,62% crianças do sexo masculino e 46,37% do sexo feminino. As IE em crianças de 1 a 4 anos decorrem de forma acidental e no ambiente doméstico, visto que elas podem estar expostas a produtos tóxicos armazenados de forma incorreta. Em relação à Circunstância, a maioria dos casos ocorreu de forma acidental (33,45%) ou por tentativa de suicídio (28,18%). Os agentes tóxicos “Medicamento” (18,5%) e “Raticida” (18,2%) foram os mais frequentes, devido, principalmente, ao uso indevido, à letalidade, ao fácil manejo e à alta disponibilidade de ambos. Na análise, notou-se uma grande quantidade de dados ignorados e/ou em branco em várias variáveis e a falta de algumas delas na plataforma digital do DATASUS – apesar de constarem na Ficha de Investigação do SINAN - no período de coleta, o que dificultou a contemplação absoluta dos objetivos e torna as estatísticas insuficientes e falhas para estabelecer um perfil epidemiológico completo e satisfatório. Considerações finais: Portanto, a análise revela uma intrínseca relação com fatores socioculturais, o que leva a uma ampla gama de abordagens de prevenção, controle e tratamento para o estado de saúde da população.

6245 FÉRIAS CIENTÍFICAS DO INSTITUTO VITAL BRAZIL: CIÊNCIA E SAÚDE PARA O PÚBLICO INFANTIL
Camila Braz Pereira da Costa, Rafaela da Cruz Fegueredo, Ilana de Souza Nunes, Rafael Cisne de Paula, Helena Carla Castro

FÉRIAS CIENTÍFICAS DO INSTITUTO VITAL BRAZIL: CIÊNCIA E SAÚDE PARA O PÚBLICO INFANTIL

Autores: Camila Braz Pereira da Costa, Rafaela da Cruz Fegueredo, Ilana de Souza Nunes, Rafael Cisne de Paula, Helena Carla Castro

Apresentação: O Instituto Vital Brazil (IVB) é um dos 46 produtores mundial de soros hiperimunes e um dos quatro laboratórios oficiais produtores do Brasil. A sua missão envolve promover a saúde por meio de pesquisa, difusão de conhecimento científico e fabricação de produtos. Este trabalho relata as Férias Científicas, uma de suas atividades de difusão de conhecimento, voltada para o público infantil com a premissa de utilizar a curiosidade infantil como fonte de aquisição de novos conhecimentos na área da ciência e biotecnologia, tornando-o multiplicador dos conhecimentos adquiridos tanto no ambiente familiar quanto no ambiente social. Desenvolvimento: O Programa Férias Científicas (PFC) é gratuito e existe desde 2010 integrando diferentes setores do IVB, incluindo: Serpentário, Aracnário, Biotério, Coleção Científica, Produção de Soros Hiperimunes, Fitoterápicos, Núcleo de Divulgação Científica, Biblioteca e Centro de Estudo e Aperfeiçoamento. O PFC acontece nas férias escolares de janeiro e julho, com duas turmas compostas por 20 crianças cada, no período da tarde, durante uma semana de atividades. Os temas do PFC envolvem a história do IVB e seu fundador, biologia e ecologia dos animais peçonhentos, biotério de criação, produção de soros hiperimunes e uso de plantas medicinais e aromáticas. As crianças recebem uma programação com conteúdo teórico, vídeos, aulas práticas e atividades lúdicas que reforçam a aprendizagem dos tópicos essenciais abordados durante o evento, trabalhando a capacidade de transmitir o que foi aprendido. Para criar um clima de estímulo comportamental positivo de divulgação, uma gincana  é realizada com premiação ao final, comemorando-se os esforços de todos. Por fim, os alunos são reunidos e convidados a relatar sobre suas experiências de aprendizagem, o que mais gostaram e o que mudariam nas próximas edições. Resultado: A análise dos relatos oriundos das 18 edições do PFC que atenderam quase 500 crianças (n=474, atualmente idade = 8 a 10 anos) revela que estas acham que o PFC é um grande aprendizado para todos, perspectiva compartilhada com os organizadores do evento. A partir desse feedback, temas e abordagens foram modificados, como a inserção do tema sobre o bem-estar animal, que passou a fazer parte do conteúdo de aprendizagem envolvendo serpentes, cavalos e animais de laboratório. Considerações finais: Até a presente data, todas as opiniões das crianças e dos responsáveis evidenciam que o objetivo de divulgação deste projeto foi alcançado com êxito. As crianças expressam a vontade de retornar ao IVB e passam a divulgar o evento para a comunidade. A cada edição do PFC apresenta um número crescente de procura por vaga, o que denota a necessidade de continuidade e o sucesso já reconhecido pela comunidade atendida.

6289 O FAZER GRIÔ INTERGERACIONAL: UMA PRÁTICA CONTRA A DROGADIÇÃO INFANTOJUVENIL.
George Luiz N. CAETANO, DIANE MARIA SCHERER KUHN LAGO

O FAZER GRIÔ INTERGERACIONAL: UMA PRÁTICA CONTRA A DROGADIÇÃO INFANTOJUVENIL.

Autores: George Luiz N. CAETANO, DIANE MARIA SCHERER KUHN LAGO

Apresentação: A fragilidade das relações entre os variados grupos socais tem implicado no afastamento entre jovens e idosos, resultando em convivências empobrecidas. Todavia, novos padrões de relacionamentos entre as gerações vêm sendo construídos, evidenciando uma transitoriedade nas relações intergeracionais, capaz de agir não só na troca de saberes culturais identitários, mas também na prevenção à drogadição na adolescência, sendo a última desencadeada por múltiplos fatores (sociais, econômicos, psíquicos etc.) e recebida com olhares punitivos pelo Estado e a sociedade. Os saberes e memórias ancestres entram em cena para ligarem o velho ao novo, por meio da Pedagogia Griô, entoando cânticos, narrativas e danças brincantes à serviço da luta contra as drogas. Objetivo: Valorizar experiências e narrativas pessoais, construindo laços afetivos, no enfrentamento ao uso de drogas na adolescência. Empregar práticas da Pedagogia Griô na redução e prevenção de danos decorrentes da drogadição. Método: Trata-se de uma pesquisa-intervenção qualitativa realizada com 45 adolescentes (entre 14 e 17 anos) e 15 idosos (acima dos 65 anos) no ano de 2019. Constituída por 3 etapas: 1) Capacitação dos idosos em práticas griôs (integrando mitos, artes populares, histórias comunais ancestres); 2) Seleção de uma escola da rede pública estadual de ensino e a formação de um grupo de adolescentes em situação de uso abusivo de álcool e outras drogas; 3) Implantação e execução de oficinais intergeracionais e vivenciais, com instrumentos da Pedagogia Griô, objetivando a formação de brincantes griôs. Resultado: O estudo assumiu destaque em âmbito sociopolítico e acadêmico, por adotar a transmissão de valores éticos e morais, experiências e saberes, bem como conhecimentos e habilidades da historicidade dos participantes, na estratégia contra o uso de drogas. A convivência intergeracional, guiada pela Pedagogia Griô, suscitou resultados, como a redução, em 71%, de apreensões por atos infracionais; o aumento, por mais de 6 meses, do tempo sóbrio de 67% dos adolescentes, e o controle da evasão escolar em 89%. Além do fortalecimento de imagens parentais para os adolescentes que não possuíam laços familiares, possibilitando a percepção do envelhecimento ativo. Ainda, a redução de sintomas depressivos e ideações suicidas, em ambos os grupos (idosos e adolescentes), resultando no desejo de vida e prospecções positivas, culminando na criação de uma rede socioassistencial e interdisciplinar de acolhimento e atendimento breve. Resultado: As práticas da Pedagógicas Griô possibilitaram o resgate de identidades destruídas pelas drogas e a criação de uma rede de acolhimento envolvendo toda a comunidade escolar e a equipe interdisciplinar presente nas intervenções realizadas. A promoção de saúde se dá alicerçada à intergeracionalidade promovida pelo projeto, permitindo novos diálogos para a prevenção e tratamento de diagnósticos variados, além de reformular a prática clínica, dando-lhe novos instrumentos multidisciplinares na busca por saúde e bem-estar.

6375 PARTICIPAÇÃO POPULAR NA PROMOÇÃO E ASSISTÊNCIA À SAÚDE NO CENÁRIO DAS ESCOLAS PRIMÁRIAS COMO ESTRATÉGIA DE CONSCIENTIZAÇÃO E COMBATE AO ABUSO SEXUAL INFANTIL
Laylla Mirella Galvão Azevedo, Danilo Guerra Neto, João Maurício Moreira Araújo, Laila da Cruz Ramalho

PARTICIPAÇÃO POPULAR NA PROMOÇÃO E ASSISTÊNCIA À SAÚDE NO CENÁRIO DAS ESCOLAS PRIMÁRIAS COMO ESTRATÉGIA DE CONSCIENTIZAÇÃO E COMBATE AO ABUSO SEXUAL INFANTIL

Autores: Laylla Mirella Galvão Azevedo, Danilo Guerra Neto, João Maurício Moreira Araújo, Laila da Cruz Ramalho

Apresentação: O abuso sexual infantil representa um importante problema de saúde pública, com evidente violação aos direitos humanos. Considerando que esta experiência traumática afeta o desenvolvimento emocional de crianças e adolescentes, é fundamental desenvolver ações que viabilizem a detecção precoce da violência sexual. Tais atividades são especialmente importantes no contexto das escolas primárias, visto que estas ocupam um lugar privilegiado na atenção à criança e ao adolescente. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi explicar, de forma lúdica e simples, os sinais e sintomas encontrados em crianças vítimas de abuso sexual. Desenvolvimento: Trata-se de um projeto que surgiu na tentativa de auxiliar no enfrentamento e redução dos índices de abuso infantil. Para tanto, médicos docentes e graduandos de Medicina da Universidade Federal do Oeste da Bahia desenvolveram palestras mensais no município de Barreiras, em parceria com escolas particulares e públicas. Houve especial enfoque aos educadores no sentido de capacitá-los a atuar como agentes de prevenção do abuso sexual infantil, em virtude da acessibilidade destes às crianças e à procura de suporte da vítima fora do ambiente familiar. A experiência também teve abordagem voltada às crianças, isto é, uma ação do educando em sua própria educação, a partir de encenações e teatros de fantoches que abordaram a importância de estas reconhecerem seu corpo e a invasão dele, além de alertar sobre possíveis estratégias utilizadas pelo abusador. Ademais, foram desenvolvidos vídeos curtos para adolescentes, que se mostraram uma estratégia condizente à faixa etária e visaram auxiliar no reconhecimento de quando o outro pode estar sendo vítima de violência sexual através de sinais comportamentais e físicos. IMPACTOS O desfecho da atividade desenvolvida foi bastante significativo, uma vez que viabilizou discussões enriquecedoras. A participação popular teve especial papel nesta construção por possibilitar a quebra de tabus, como o receio em tratar do assunto com as crianças e exemplos de abordagens eficazes, de modo que a participação se consolidou como um pressuposto da aprendizagem. A Sociedade Baiana de Pediatria reconheceu a validade desta iniciativa, o que estimula abordagens posteriores. Houve um retorno positivo, principalmente por parte dos professores, em relação ao melhor preparo para lidar com os casos de abuso sexual infantil. Cabe destacar, ainda, que esta experiência foi importante para os futuros profissionais de saúde ao aprimorar a escuta ativa e demais habilidades fundamentais ao SUS, como o trabalho em equipe e o senso de responsabilidade social. Considerações finais: A participação popular foi fundamental para o encaminhamento desta atividade em virtude das trocas de saberes e do reconhecimento de que a violência sexual infantil merece maior atenção por parte de toda sociedade. Frequentemente, tais entraves se restringem à figura do profissional de saúde, porém, o êxito nesta causa é mais viável com a integração da família e da comunidade nas ações de prevenção e combate ao abuso infantil. Assim, o planejamento e execução de estratégias semelhantes a esta experiência parecem fornecer uma alternativa à capacitação de profissionais, educadores, comunidade e das crianças para evitarem a ocorrência do abuso sexual.

7170 EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA ADOLESCENTES: O USO DE METODOLOGIA ATIVA NO ENSINO SOBRE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (ISTS)
Isadora do Nascimento Ribeiro, Catarina Cristina Fraga da Silva

EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA ADOLESCENTES: O USO DE METODOLOGIA ATIVA NO ENSINO SOBRE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (ISTS)

Autores: Isadora do Nascimento Ribeiro, Catarina Cristina Fraga da Silva

Apresentação: O panorama educacional vem sofrendo diversas transformações nas últimas décadas no que tange às concepções e técnicas de ensino, pois a metodologia didática que centraliza a figura do professor todo o conhecimento, menospreza as qualidades e capacidades que podem ser desenvolvidas pelos alunos. Assim, foram elaboradas novas compreensões de ensino e propostas alternativas para romper o ensino tradicional, entre elas às denominadas metodologias ativas de ensino-aprendizagem. Estas se fundamentam em um recurso didático problematizado que favorecem a autonomia do educando, despertando a curiosidade e estimulando tomadas de decisões individuais e coletivas. Objetivo: Analisar a eficácia na utilização de metodologia ativa no ensino de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) no âmbito escolar, sendo os adolescentes o público alvo. Desenvolvimento: Ocorreu em novembro de 2019 em uma escola na cidade de Belém do Pará, com alunos do ensino médio. Foi aplicada uma metodologia ativa, por graduandos de enfermagem, no ensino sobre ISTs. A dinâmica começa com a divisão da sala em dois grupos de alunos e todos recebem um questionário sobre ISTs, onde foi constatado o desconhecimento de muitos sobre o assunto. Em seguida, foi ministrada uma pequena aula sobre o assunto contemplando todas as questões abordadas no teste. A terceira fase da dinâmica foi o uso de um tapete feito de EVA, simbolizando um jogo de tabuleiro, e um aluno de cada grupo foi escolhido para representar a equipe, figurando os pinos. Havia um dado em que nas suas faces tinham as opções: avance uma casa, avance duas casas, avance três casas, curiosidades, sorte/revés e não foi dessa vez. Se uma das três primeiras faces citadas caísse, era necessário que a equipe respondesse corretamente uma das perguntas do questionário aplicado no início da dinâmica, sendo essa selecionada pelos graduandos, para realizar a ação. A face curiosidades proporcionava a leitura de uma nova informação sobre o tema. Quando caia a face sorte/revés, o representante da equipe escolhia uma carta onde podia conter “volte uma casa, fique uma partida sem jogar, avance uma casa...”. O representante de cada equipe que chegasse primeiro ao fim do tapete garantia vitória ao seu grupo. Resultado: A metodologia ativa que foi baseada na criação de desafios, atividades e jogos incentivou os jovens a participarem de forma mais ativa, pois aumentou a interação entre os alunos e tornou mais atraente a aprendizagem, visto que eles participaram diretamente do processo de ensino-aprendizagem. Assim, após a dinâmica os jovens demonstraram ter adquirido conhecimento pertinente, configurando êxito à ação de saúde. Considerações finais: Conclui-se que o uso de metodologia ativa facilita o ensino de assuntos que devem ser analisados com seriedade pela população. Surge então, a necessidade de modificar o processo de ensino tradicional pelos profissionais da saúde, com o intuito de aumentar a participação social na prevenção de doenças decorrente da maior compreensão a cerca dos assuntos. Assim, essas mudanças tornarão possível mapear as temáticas que a população carece de informação.

7403 A EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM PROL DE MEDIDAS PROFILÁTICAS A ENDOPARASITOSES EM ESCOLARES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Thanaira Aicha Fernandes Maciel, Alannys Bianca Pinheiro de Queiroz, Fabiana da Silva Mendes, Thaíssa da Costa Silva, Paulo Elias Gotardelo Audebert Delage

A EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM PROL DE MEDIDAS PROFILÁTICAS A ENDOPARASITOSES EM ESCOLARES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Thanaira Aicha Fernandes Maciel, Alannys Bianca Pinheiro de Queiroz, Fabiana da Silva Mendes, Thaíssa da Costa Silva, Paulo Elias Gotardelo Audebert Delage

Apresentação: Este é um trabalho correspondente a um relato de experiência realizado por acadêmicos do curso de enfermagem da Universidade do Estado do Pará, em uma escola estadual da periferia de Belém. Abordou-se a problemática das endoparasitoses, tendo como intuito a promoção de práticas de higienização, como exemplo a lavagem das mãos, a confecção de lenços umedecidos caseiros e lavagem dos alimentos antes do seu consumo, como medida profilática a doença, realizou-se essa atividade, haja vista que através dela o indivíduo adota um saber coletivo que o torna mais autônomo referente aos seus cuidados de saúde. Desse modo o objetivo desse trabalho é relatar a vivência dos acadêmicos durante a ação da atividade de educação em saúde realizada em uma escola periférica de Belém. Desenvolvimento: A ação foi realizada uma oficina sobre práticas profiláticas às endoparasitoses, onde houve a participação de quatro acadêmicos e vinte e um alunos da escola. Essa oficina envolveu a confecção de lenços umedecidos de baixo custo e boa eficiência, com óleo corporal, sabonete, papel toalha e água, o qual os alunos confeccionaram seus próprios lenços umedecidos seguindo o passo a passo que os foram apresentados, houve também a demonstração do modo correto de lavar os alimentos e as mãos. Resultado: Na ação houve participação direta dos alunos, apresentaram ciência sobre as necessidades da higiene básica, porém sem acesso a produtos que a tornasse possível e até á água nos banheiros da escola, com isso avaliaram a confecção dos lenços umedecidos como meio viável para higiene pessoal. Considerações finais: A necessidade da promoção em saúde, em sua maioria, vai além da carência de informações sobre assuntos, e parte para o meio aquisitivo e de acesso. É inegável que a saúde e educação possuem uma lacuna na assistência social quando diz respeito à estrutura devido a diversos fatores, entre eles o seu sucateamento. Assim dar-se a necessidade da caminhada de resistência junto ao SUS do profissional da saúde, no qual precisa desse olhar holístico sobre as necessidades dos usuários SUS.

8143 PROMOÇÃO EM SAÚDE ATRAVÉS DE UMA OFICINA DE SEXUALIDADE COM ADOLESCENTES
Francielle, Helena Costa, Guimarães Gasperim

PROMOÇÃO EM SAÚDE ATRAVÉS DE UMA OFICINA DE SEXUALIDADE COM ADOLESCENTES

Autores: Francielle, Helena Costa, Guimarães Gasperim

Apresentação: O presente resumo objetiva descrever a experiência vivenciada durante uma atividade realizada por alunas e professoras do curso de serviço social que fazem parte do Projeto de Extensão Saúde e Cidadania: Recriando a Realidade Social do Departamento de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa/PR. A atividade apresentada tem como objetivo a discussão sobre a sexualidade do adolescente e a prevenção a saúde sexual, foi desenvolvida a partir da pedagogia de Paulo Freire, que consiste em emancipar o sujeito recriando as relações sociais, despertando sua conscientização e autonomia. A educação popular visa valorizar o conhecimento prévio da população e suas realidades culturais na construção de novos saberes, assim as atividades de promoção em saúde aconteceram através da relação ensino-aprendizagem, em que os sujeitos se completam e todos participam de um mesmo processo, com objetivo da construção e desconstrução de paradigmas referentes à saúde do adolescente. Desenvolvimento: A atividade foi desenvolvida no primeiro semestre de 2019, em uma instituição de contraturno do município de Ponta Grossa/PR, contando com 18 adolescentes de idade entre 12 a 14 anos, sendo que o tema tratado foi sexualidade e prevenção. A atividade teve início a partir da seguinte pergunta: “O que vocês conhecem e entendem sobre sexualidade?”. As respostas foram variadas, como: sexo, amor, procriação, grito, LGBT, preservativo, camisinha e alegria. A partir disso, metaforicamente, foi feito um guarda-chuva, para explicar a sexualidade, com vários subtemas colados nas pontas desse guarda-chuva com formato de gotas que representavam: a identidade, afeto, gênero, desejo, prevenção, vínculo, comunicação e bem estar. Um dos objetivos era instigar os adolescentes a discutir o tema e saber o nível de conhecimento sobre o assunto. Para adentrar ao tema da prevenção, foram realizados outras três perguntas, instigando a discussão: “Quais os métodos preventivos que vocês conhecem?”, “O que é dupla proteção?” e “Quais são os riscos do sexo sem proteção?”, também foi pedido para que os adolescentes fizessem perguntas em anônimo sobre o assunto para serem respondidas no decorrer da atividade. Por último, a atividade prática foi a “Caixa Surpresa”, essa dinâmica propôs conhecer vários tipos de objetos utilizados para proteção sexual e de higiene pessoal, como: camisinhas feminina e masculina, absorventes (interno, diário e noturno), coletor menstrual, pílula do dia seguinte, anticoncepcional, lubrificante sexual, barbeador, desodorante, maquiagem, hidratante corporal e perfume. Para a dinâmica, utilizou-se de uma caixa grande com os objetos citados numerados, e outra caixa menor com os mesmos números para serem sorteados. O adolescente que tirasse um número deveria ir até a caixa grande e retirar o objeto correspondente, e em seguida, explicar o que era o objeto e para que servia. Iniciada a atividade, percebeu-se a aceitação e interesse dos adolescentes devido às várias questões levantadas por eles que foram sendo esclarecidas pelas extensionistas e professoras. Resultado: Como resultados a equipe de extensão avaliou o encontro como positivo, tendo em vista a riqueza da discussão que se formou. Essa avaliação foi possível ser feita a partir das respostas obtidas pelos adolescentes durante toda a roda de conversa de discussão, sendo que foi esclarecido dúvidas sobre o que abrange sexualidade e especificamente a relação sexual segura e saudável. No entanto, a partir do relato da discussão acerca da “Caixa Surpresa”, pode-se considerar que foi extremamente proveitosa para o grupo, sendo que todos demonstraram interesse sobre o assunto. A seguir, relata-se alguns dos objetos que geraram maior discussão e curiosidades entre os adolescentes: a) Pílula do dia seguinte - esse objeto desencadeou vários questionamentos: ‘É abortivo?”, “Quando devo tomar?”, “Só no dia seguinte?”, “Deixa infértil?”; b) Absorventes de pano, noturno e diário - todos os adolescentes conheciam este objeto, entretanto gerou dúvidas quanto a sua eficácia. Para demonstração,  emergiu-se o objeto em um copo de água e o mesmo absorveu toda a água, assim gerou bastante curiosidade e surpresa, principalmente, para os meninos; c) Coletor menstrual - Metade dos adolescentes não conheciam o objeto, gerando curiosidades: “Como coloca?”, “Não machuca?”, “Não vai virar e derramar, já que se parece um copo?”. Após uma explicação sobre como funciona e sua composição, foi exposto com protótipos como colocá-lo e retirá-lo; d) Camisinha masculina - as dúvidas desse objeto surgiram em torno das novas formas existentes no mercado, como camisinhas com sabores, por exemplo; e) Camisinha feminina - Todos conheciam o item, mas não sabiam como colocar e a dúvida principal foi se era possível a mulher e o homem utilizarem camisinhas ao mesmo tempo; e f) Anticoncepcional - Todos tinham o conhecimento do que era, sendo que as dúvidas aqui foram sobre a  possibilidade de utilizar a pílula do dia seguinte, juntamente com o anticoncepcional. Dessa forma, com a dinâmica realizada e as dúvidas que surgiram foi possível realizar um debate bastante esclarecedor e que contribuiu muito para o conhecimento dos adolescentes. A forma de avaliação utilizada ao final da oficina foram questões abertas que abordou, como se sentiram com relação ao tema?, se foi relevante para eles?, se algum momento sentiram-se constrangidos e porque?, e se mudariam o tema do encontro?, e com base nas questões a  maioria afirmou que sentiram-se bem, e que o tema tem extrema importância pois estão na fase de descobertas, com relação ao tema escolhido só acrescentariam mais sobre o assunto. Consideração: O desenvolvimento da oficina  com o grupo de adolescente permitiu constatar que para a formação e condução de grupos de educação para a saúde tem-se a necessidade de uma elaboração, coordenação e um espaço adequado para que o trabalho  tenha resultados positivos. Durante os encontros, em especial o de sexualidade e prevenção, procurou-se manter uma relação  de confiança e cumplicidade que foi construída no decorrer da oficina, sendo  indispensável para  atingir os objetivos propostos. O projeto de extensão possibilita   a aproximação entre comunidade e acadêmicos, constituído como  dever da Universidade. Dessa forma,  pode-se  afirmar que o projeto de extensão Saúde e Cidadania: Recriando a realidade social é uma troca de experiências  muito enriquecedora para ambas as parte. Ainda, o encontro relatado vem reafirmar a confiança para discutir um assunto que em muitos lares é tabu ou é deixado de lado pela vergonha em  falar sobre sexualidade com filhos e a família; sem dúvida o estreitamento das relações possibilitou a abordagem do tema de forma segura e saudável.

8295 DA INFÂNCIA A ADOLESCÊNCIA: O CAMINHAR DA VIOLÊNCIA NA VIDA DOS ADOLESCENTES INSTITUCIONALIZADOS
Edna Ferreira Coelho Galvão, Géssica Naiane Baia Nobre, Antonio Augusto Oliveira da Silveira, Tainã da Silva Lobato, Maria Goreth Silva Ferreira, Maria Mônica Machado de Aguiar Lima

DA INFÂNCIA A ADOLESCÊNCIA: O CAMINHAR DA VIOLÊNCIA NA VIDA DOS ADOLESCENTES INSTITUCIONALIZADOS

Autores: Edna Ferreira Coelho Galvão, Géssica Naiane Baia Nobre, Antonio Augusto Oliveira da Silveira, Tainã da Silva Lobato, Maria Goreth Silva Ferreira, Maria Mônica Machado de Aguiar Lima

Apresentação: A violência consiste em um fenômeno, que acarreta danos à vida de forma geral. É considerada um fator humano e social, pois sempre esteve presente na história das civilizações. O aumento da violência tem sido desencadeado por diversos fatores como a fragilidade do estado nas estruturas políticas, econômicas e sociais, gerando desse modo dificuldades relacionadas às necessidades humanas básicas e fundamentais do ser humano, tais como: educação, saúde, transporte, dentre outros direitos, favorecendo o aumento desigualdades e vulnerabilidades às sociedades e indivíduos, os quais acometidos neste contexto fazem parte as crianças e adolescentes. Diante disso, o objetivo do presente estudo é conhecer como ocorre a inserção da violência na vida dos adolescentes, que cumprem medidas socioeducativas em semiliberdade. Desenvolvimento: o estudo constitui-se em pesquisa descritiva e qualitativa, com espaço amostral de dez adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de semiliberdade em uma instituição de atendimento socioeducativo no município de SANTARÉM (PA) com idade entre 12 e 18 anos incompletos. Das etapas da pesquisa, inicialmente foram apresentadas informações consideradas relevantes sobre o estudo. Em seguida foi-lhes apresentado um roteiro e desenvolvidas atividades de educação em saúde, esportes e lazer para aproximação e interação com os mesmos. Posteriormente ocorreu a coleta de dados através de entrevista semiestruturada áudio gravada. Após a coleta de dados os mesmos foram analisados a luz do referencial, que trata da análise de conteúdo. O estudo ocorreu entre o período de agosto de 2018 a agosto de 2019. Resultado: nos discursos dos adolescentes destacou-se as relações familiares fragilizadas, uma infância marcada pela agressividade e abandono familiar, elementos propulsores de angustias para o adolescente, resultando na exteriorização da raiva e agressividade. Nas falas foram reveladas falta de instrução, orientação, apoio e amparo dos pais durante o desenvolvimento destes jovens. Além disso, detectou-se que experiências com formas de violência durante a infância, a fragilidade familiar e inter-relacionamento com grupos de amizades foram destacados como principais responsáveis pela inserção do adolescente no crime e na violência. Considerações finais: A partir do estudo pode-se observar forte relação entre o envolvimento do adolescente no mundo do crime e da violência com vivencias e experiências com formas de violência durante a infância. Evidenciou-se, que situações adversas produzem marcas profundas na vida desses jovens, que se manifesta com o distanciamento no seio familiar e na forma de violência como uma reação frente as adversidades. O estudo desvendou nas falas dos adolescentes sonhos e expectativas de vida melhor, fora do mundo do crime e da violência e inserção na sociedade como um cidadão comum de vida honrosa. Há necessidade de mais estudos voltados para a temática em questão, com o intuito de identificar e encontrar meios para evitar o aumento do número de adolescentes envolvidos com a violência, além de servir de base para os órgãos públicos para o desenvolvimento de políticas intervencionistas para minimizar esta problemática.

10508 PROMOÇÃO DA CONSCIENTIZAÇÃO E PREVENÇÃO SOBRE OS PERIGOS DO TABAGISMO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Vitória Gonçalves Ribeiro, Adriele Cristine Sacramento da Silva, Carlos Michel Duarte Braga, Bruno William Baia da Silva, Rahilda Brito Tuma

PROMOÇÃO DA CONSCIENTIZAÇÃO E PREVENÇÃO SOBRE OS PERIGOS DO TABAGISMO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Vitória Gonçalves Ribeiro, Adriele Cristine Sacramento da Silva, Carlos Michel Duarte Braga, Bruno William Baia da Silva, Rahilda Brito Tuma

Apresentação: Sabe-se que o tabagismo é extremamente prejudicial à saúde, levando a ocorrência de doenças respiratórias, cardiovasculares e a introdução de crianças e adolescentes precocemente ao tabagismo torna-o ainda mais nocivo à saúde, visto que, quanto mais cedo, maior o risco de desencadear doenças crônicas, problemas de memória, déficit de atenção, depressão, ansiedade, transtorno de humor, além de antecipar o aparecimento de alguns tipos de câncer quando adulto, haja vista que um terço dos jovens experimentam o cigarro antes dos 12 anos, então considerando que o cérebro ainda está em formação nessa fase é muito mais nocivo ao indivíduo fumar, isso o torna portanto, mais suscetível à desenvolver tais doenças ao longo da vida. Por conseguinte, é necessário conscientizar e educar as crianças e adolescentes de forma didática e lúdica acerca dos perigos que o tabagismo pode causar a sua saúde e ao seu desenvolvimento. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos da área da saúde na prevenção e conscientização acerca dos danos causados pelo tabagismo. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, do tipo relato de experiência que teve como público alvo alunos de uma Escola Pública de Ensino Fundamental, onde foram desenvolvidas ações de promoção da saúde, prevenção do tabagismo e prevenção de doenças crônicas. A ação educativa foi realizada através de metodologia ativa com uso de material educativo (vídeos lúdicos, banner e folders). Os acadêmicos foram previamente capacitados sobre o tema pela orientadora, por meio de uma oficina teóricoprática do Programa Nacional de Controle do Tabagismo de 12 horas. Na escola, foi realizado um cine-debate sobre os riscos do tabagismo. Para avaliar a opinião das crianças sobre a ação educativa, foi aplicada a “Escala Hedônica facial mista, verbal e lúdica”, seguindo o protocolo do Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação, por meio das Resoluções FNDE/CD nº32/2006 e FNDE/CD nº38/2009, escolhida por ser um método de fácil entendimento e execução, adequado para a faixa etária de 8 a 15 anos, além de apresentar baixo custo. A ficha da Escala Hedônica constou de 4 categorias: ÓTIMO, BOM, REGULAR e PÉSSIMO. Resultado: Foram entregues 40 fichas de avaliação e apenas 02 (5%) foram rasuradas e, portanto, descartadas da avaliação. Entre os 38 respondentes foram obtidos os seguintes Resultado: 57% consideram ÓTIMO, 28% BOM, 6% REGULAR e 4% PÉSSIMO. Portanto, a maioria (85%) dos participantes respondeu positivamente (ÓTIMO E BOM) à proposta educativa como um todo. Resultado: Diante do fato de cada vez mais cedo crianças e adolescentes fumarem, torna-se fundamental a promoção de ações de educação e conscientização sobre o tabagismo. Tais ações mostraram-se eficazes na prevenção de hábitos nocivos à saúde como o mesmo, em prol da melhoria da qualidade de vida e de saúde da população. Os resultados positivos obtidos nesta experiência mostram a viabilidade de promover atividades práticas, simples e de baixo custo, contando com boa receptividade por parte do público alvo.

6447 PROMOÇÃO DE SAÚDE E PARTICIPAÇÃO JUVENIL
Raquel Marisa Faccio Viotti, André Amorim Martins

PROMOÇÃO DE SAÚDE E PARTICIPAÇÃO JUVENIL

Autores: Raquel Marisa Faccio Viotti, André Amorim Martins

Apresentação: O projeto de extensão “Protagonismo Infanto Juvenil no Bairro Belvedere Divinópolis” é inscrito no Núcleo de Psicologia sobre Educação, Paz, Saúde, Subjetividade e Trabalho CNPq/UEMG e possui como objetivos a participação e promoção de saúde do adolescente. Mesmo que o Brasil possua legislação avançada na proteção integral de crianças e adolescentes ainda se faz necessário a descentralização do cuidado em saúde e maior participação social dessa faixa etária em espaços de promoção de saúde. Dessa forma o projeto é realizado através de um grupo na Estratégia Saúde da Família do bairro Belvedere/Divinópolis. Este se encontra aberto para que novos adolescentes possam adentrar quando considerarem oportuno, contando com encontros semanais de duração média de uma hora. Os temas discutidos são variados e se constroem a partir da demanda apresentada pelos participantes, incluindo também campanhas de prevenção do Ministério da Saúde como o Setembro Amarelo e o Outubro Rosa. Além dos encontros semanais na unidade de saúde o projeto também propõe visitas guiadas pelo território de Divinópolis (MG). Já foram realizadas visitas as universidades públicas da cidade, praças públicas, museus e também feiras culturais como o Festival Literário de Divinópolis (FLID). Através dos encontros geram-se espaços para participação juvenil, tornando os adolescentes promotores da transformação social e sujeitos ativos na construção de sua autonomia e projetos de vida. O favorecimento da participação juvenil vem como uma estratégia eficaz na promoção de saúde e a realização do grupo como um espaço de escuta e reflexão, não sendo meramente um local de transmissão de informações. Ademais do apoio psíquico que o grupo oferece é também nítida a maior aproximação dos jovens com a unidade básica de saúde, tornando-os mais ativos na busca de outros cuidados necessários que são oferecidos pela atenção básica.