464: Cuidado às doenças transmissíveis
Debatedor: Lívia Sanches
Data: 31/10/2020    Local: Sala 12 - Rodas de Conversa    Horário: 16:00 - 18:00
ID Título do Trabalho/Autores
6709 HIV/AIDS E INTERNET: PROBLEMATIZAÇÕES PARA UM CUIDADO EFICAZ
Samara Lima, Dorivaldo Pantoja Borges Junior, Suzana Farias Rabelo, Dandara de Fátima Ribeiro Bendelaque, Emily Manuelli Mendonça Sena, Arina Marques Lebrego, Matheus dos Santos Silveira, Adrielly Cristiny Mendonça Fonseca

HIV/AIDS E INTERNET: PROBLEMATIZAÇÕES PARA UM CUIDADO EFICAZ

Autores: Samara Lima, Dorivaldo Pantoja Borges Junior, Suzana Farias Rabelo, Dandara de Fátima Ribeiro Bendelaque, Emily Manuelli Mendonça Sena, Arina Marques Lebrego, Matheus dos Santos Silveira, Adrielly Cristiny Mendonça Fonseca

Apresentação: O presente ensaio bibliográfico parte da inquietação dos autores para com os processos de atenção à saúde do sujeito que vive com HIV/AIDS. Parte-se da pressuposição que o recebimento do diagnóstico e seu compartilhamento com os demais é um processo delicado, que deve receber o devido suporte dos serviços de saúde. Além disso, que os estigmas que recaem sob o sujeito que vive com HIV/AIDS dificultam sua socialização. Dessa forma, ressalta-se a necessidade de expansão teórico-metodológica na compreensão deste fenômeno é considerável. Sendo assim, a presente discussão fora agrupada na seguinte forma: primeiro explanou-se sobre o histórico do HIV/AIDS no Brasil, seus impasses e polêmicas para, em seguida, frente a questão da virtualização contemporânea, discutir-se sobre o objeto de análise escolhido. Diante destes aspectos, buscou-se refletir sobre a atenção à saúde integral destes sujeitos, bem como as variáveis importantes que atravessam esse processo. Desenvolvimento: O percurso da epidemia da AIDS no Brasil marcou a história do país devido a reverberação que esta suscitou no laço social: o preconceito para com os ditos “grupos de risco”. O documentário intitulado “Carta para além dos muros”, dirigido por André Canto, lançado em 2019, aponta esta problemática ao discorrer, a partir dos relatos de médicos e figuras importantes, sobre a batalha do combate ao HIV/AIDS desde o seu início. Segundo a produção disponível na Netflix, a questão desperta tensão no tecido social, devido os preconceitos existentes. Atualmente, os dados epidemiológicos mostram que a recorrência de infecções de HIV vem tomando maiores proporções a nível nacional. O boletim epidemiológico de 2019 apontam o Pará como um dos estados de maior mortalidade por AIDS. Além disso, os casos mais observados no Brasil ocorreram em sujeitos entre 25 a 39 anos, sendo que a taxa de detecção em homens é quase quatro vezes maior do que a de mulheres. Até dezembro de 2018, foram notificados no Brasil 10.980 óbitos tendo base, o HIV/AIDS. Levando em conta a maneira como a tecnologia, especialmente a internet, atravessa os modos de vida contemporâneos onde, cada vez mais, as subjetividades se constroem e se apresentam no virtual, indagou-se sobre uma possível interlocução entre os dois contextos: a infecção por HIV/AIDS no Brasil e a exposição em ambientes virtuais (o Youtube, neste caso). Mais especificamente, buscou-se identificar possíveis relatos nesses ambientes, que viabilizassem reflexões sobre os dispositivos de cuidado em saúde destes sujeitos Frente a esta problemática, utilizou-se a internet como veículo de problematização. Tomou-se como objeto de análise a playlist intitulada “HIV+” do Youtuber Caio Régis, a fim de refletir sobre o tratamento das pessoas de sorologia reagente. Caio, o interlocutor desta pesquisa, é um youtuber brasileiro com mais de 9 mil inscritos em seu canal, que através do youtube, compartilha informações sobre sua trajetória com o vírus HIV, iniciada em 2015. Estes vídeos não apresentam um padrão temporal entre cada um, apenas foram postados pelo youtuber e, posteriormente, agrupados em uma playlist, Resultado: A playlist do canal no youtube escolhida é composta por sete vídeos. Os materiais são de caráter curto e objetivo. Trata-se de breves audiovisuais a partir dos quais, Caio relata a sua trajetória como quem vive com o vírus HIV. O período de publicação dos vídeos foi de 16/05/2019 à 20/12/2019, onde cada publicação é direcionada a um tema: 1. História de como contraí HIV; 2. Contar para a família sobre ser HIV+; 3. Relacionamento e convívio HIV+; 4. AIDS e a importância do otimismo; 5. Medicamentos, adesão e cura da AIDS; 6. Indetectável = Intransmissível; 7. Superando o diagnóstico HIV+. Os vídeos são simples, aparentemente filmados a partir da câmera frontal de um celular, visto que aparece somente o rosto de Caio nos vídeos. Notou-se que o discurso do youtuber, ganha maior consistência conforme o passar dos vídeos. Aqui cabe ressaltar que por “consistência”, entende-se organização. Caio, em seu primeiro vídeo, contou sobre como foi infectado e como isso foi difícil para ele, já que a contaminação veio pela via de um relacionamento. Entretanto, a cada vídeo publicado, as palavras de caio foram deslocadas a um lugar de luta e esclarecimento aos seus seguidores. Por exemplo, nos seus três últimos vídeos, onde o youtuber fala à comunidade virtual sobre a importância dos medicamentos, sobre estar indetectável e, por fim, como superar o estigma do diagnóstico. Caio mostrou, em seus vídeos, sua rotina de tratamento e cuidados com a saúde. Ao mesmo tempo, incentivou seus seguidores a se dedicarem ao tratamento, à prevenção e ao zelo pela saúde e, também menciona a família como um importante agente de apoio no tratamento. É entendido que, no que tange o recebimento de um diagnóstico que, pelo social, comporta diversos rótulos, ter uma rede de apoio é extremamente necessário. Considerações finais: O recebimento de um diagnóstico, no caso problematizado neste resumo, o de HIV+, se mostra como um acontecimento delicado devido grande preconceito atribuído ao sujeito que é infectado, estigmas de irresponsabilidade e promiscuidade. A literatura que embasou a pesquisa aponta esta situação como fator de resistência à consolidação de um enfrentamento de eficaz. O presente estudo buscou, a partir de relatos publicados na internet, refletir sobre atenção à saúde e cuidado nas situações de HIV positivo, contudo, conforme as análises foram sendo realizadas, compreenderam-se aspectos importantes quanto a prevenção em saúde. Os estigmas que socialmente são acoplados ao sujeito infectado dificultam a sociedade em absorver o fenômeno do HIV como um assunto que precisa ser debatido. Ou seja, ao parear o vírus a comportamentos ditos “promíscuos”, preconceitos são criados e reproduzidos. O relato de Caio fora essencial à problematização aqui proposta. Através de seus vídeos no youtube, pôde-se refletir sobre as vicissitudes da promoção de saúde, esta que deve ser singular, levando em conta a subjetividade do sujeito a fim de protagonizá-lo em seu processo de cuidado que deve ser universal, integral e equídeo. Conclui-se também que os meios de comunicação digital, cada vez mais recorrentes e influentes, são oportunos objetos de reflexão para a área da saúde.

6825 TUBERCULOSE RELACIONADA AO GÊNERO MASCULINO
Gustavo Nunes de Mesquita, Ana Lucia Naves alves, Julia Gonçalves Oliveira, Luiz Henrique dos Santos Ribeiro, Laisa Marcato Souza da Silva

TUBERCULOSE RELACIONADA AO GÊNERO MASCULINO

Autores: Gustavo Nunes de Mesquita, Ana Lucia Naves alves, Julia Gonçalves Oliveira, Luiz Henrique dos Santos Ribeiro, Laisa Marcato Souza da Silva

Apresentação: Hoje a tuberculose é um grave problema de saúde pública reemergente e historicamente negligenciada que é alvo de notificação compulsória no Brasil, esta doença tem diversas nuances e uma infinidade de apresentações, sendo a pulmonar a mais comum, uma característica é o maior acometimento de pessoas com deficiências imunológicas e socialmente marginalizadas, os grupos de maior risco são moradores de rua, indígenas, pessoas soropositivas para HIV e pessoas que estão ou foram privadas de liberdade, culturalmente dentre os grupos de risco a população masculina é a que procura menos o serviço de saúde e devido a isso e outros fatores progressivamente o campo da saúde e está incorporando o estudos do gênero em sua estrutura, portanto este estudos tem como objetivo refletir sobre o perfil epidemiológico do homem com tuberculose no Brasil. Este é um estudo transversal descritivo dos casos de tuberculose pulmonar notificados no Brasil, utilizando os dados obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram analisadas as fichas de notificação confirmadas do sexo masculino e feminino em âmbito nacional entre 2009 e 2018. Os resultados foram que no recorte de tempo analisado apenas 31,5% dos casos confirmados de tuberculose eram em mulheres no Brasil e os 68.5% restantes eram masculinos, além disso houve um aumento gradativo dos casos do ano 2010 a 2018, sendo esse aumento de 7.423 casos no geral, porém todos esse aumento foi na população masculina enquanto houve uma redução de 287 casos na população feminina, alguns dados podem explicar estes números como, Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias que mostra a população carcerária masculina superado em muito a feminina, sendo 42.355 mulheres privadas de liberdade e 665. 482 homens no ano de 2016, Além disso, dados do Relatório Global sobre Álcool e Saúde de 2018, demonstram que o consumo abusivo de álcool é maior para homens, sendo 27,1% para homens e 12.2% para mulheres, Ainda em 2018 os dados da Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) revelaram que, as mulheres têm um hábito muito menor de fumar com um índice de 6,9%, que corresponde a quase metade dos homens, com índice de 12,1%, é importante salientar como a população de rua é predominantemente masculina, sendo que os últimos dados de censo demonstram que, 82% dessa população é masculina dados revelam que a sorologia positiva para HIV é realmente mais presente nos homens, dados do boletim epidemiológico de 2018 revelam que a distribuição dos casos foi 68,6% em homens e 31,4% em mulheres. Dessa forma conclui-se que no Brasil além da predominância de casos de tuberculose masculina existe um perfil de comportamento deletério que parte da população masculina a expondo a fatores imunodepressor e aglomeração de indivíduos o que permite a instalação do mycobacterium tuberculosis e manifestação da doença propriamente dita.

6829 A PREVENÇÃO DA SÍFILIS NOS HOMENS: UM CENÁRIO DE ATUAÇÃO PARA EQUIPE INTERDISCIPLINAR
Maria Beatriz de Assis Veiga, Carlos Martins, Selma Vilas Boas Teixeira, Adriana Lemos, Fabiana Barbosa Assumpção de Souza, Leila Rangel da Silva

A PREVENÇÃO DA SÍFILIS NOS HOMENS: UM CENÁRIO DE ATUAÇÃO PARA EQUIPE INTERDISCIPLINAR

Autores: Maria Beatriz de Assis Veiga, Carlos Martins, Selma Vilas Boas Teixeira, Adriana Lemos, Fabiana Barbosa Assumpção de Souza, Leila Rangel da Silva

Apresentação: A sífilis é uma infecção transmitida pela relação sexual, que se não tratada adequadamente, pode comprometer órgãos nobres como o sistema nervoso, podendo inclusive culminar em morte do indivíduo. Estima-se que de 2009 a 2016, 6,3 milhões de pessoas foram infectadas pela sífilis. No Brasil, o número de casos notificados é crescente, e sabe-se que embora  as ações em saúde sejam voltadas a prevenção e ao tratamento para as mulheres, principalmente na gestação, esta infecção atinge fortemente a população masculina. Alguns fatores socioculturais podem deixar o homem vulnerável à infecção, assim como dificultar o seu diagnóstico e tratamento, como é o caso da baixa frequência destes as unidades básicas de saúde. Pelo seu impacto epidemiológico na população masculina, assim como a possível morbimortalidade que a sífilis pode causar a este público, torna-se relevante identificar as vulnerabilidades masculinas ao contágio, para que assim sejam traçadas estratégias preventivas. Objetivo: descrever os fatores relacionados ao contágio da sífilis em homens. Desenvolvimento: tratou-se de um estudo qualitativo, originado da tese: intitulada “Narrativas de vida de homens com sífilis na perspectiva transcultural: subsídios da enfermagem”, aprovada pelo parecer CEP UNIRIO n◦ 2.267.514. A pesquisa foi realizada durante os anos de 2017 a 2018, num Hospital Universitário Federal, localizado na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Foi realizada entrevista aberta com 32 homens de idade entre 18 a 65 anos, diagnosticados com sífilis em alguma fase da vida, e a análise temática foi utilizada para o tratamento dos dados. Resultado: A maioria dos homens era de cor não branca (71,8%), tendo terminado o ensino médio (62,5%), possuíam renda entre 1 a 3 salários mínimos (46,9%), eram solteiros (65,6%), a maioria (68,7%) se declarou homossexual ou bissexual, possuíam sorologia reagente para HIV (65,6%), e diagnostico prévio de outras IST (78,1%). As entrevistas demonstraram multiplicidade de parcerias sexuais, dificuldade na adesão ao uso da camisinha de forma regular, poucos espaços para dialogo quanto a sexualidade, desconhecimento quanto ao contágio e danos decorrentes da sífilis, e a banalização da infecção. Considerações finais: compreender  os fatores atrelados ao contágio pela sífilis, favorece o planejamento e implementação de estratégias para o seu combate. Os homens descreveram comportamento sexual inseguro, e déficit de conhecimento quanto a sífilis e suas formas de transmissão. Os dados demonstraram uma lacuna na assistência a população masculina, portanto, a equipe de saúde que assiste a esta,  de forma interdisciplinar,  deve orientá-la quanto a transmissão da infecção, e estabelecer junto a esta população estratégias preventivas.

6997 EXPERIÊNCIA INTERDISCIPLINAR AMBULATORIAL NO ACOLHIMENTO E ACOMPANHAMENTO DA FAMÍLIA COM DIAGNÓSTICO DE SÍFILIS CONGÊNITA
Maria Beatriz de Assis Veiga, Ana Maria de Oliveira Ponte, Carlos José Martins, Marcia Neves Barbosa, Ana Paula Assunção Moreira, Selma Villas Boas Teixeira, Leila Rangel da Silva

EXPERIÊNCIA INTERDISCIPLINAR AMBULATORIAL NO ACOLHIMENTO E ACOMPANHAMENTO DA FAMÍLIA COM DIAGNÓSTICO DE SÍFILIS CONGÊNITA

Autores: Maria Beatriz de Assis Veiga, Ana Maria de Oliveira Ponte, Carlos José Martins, Marcia Neves Barbosa, Ana Paula Assunção Moreira, Selma Villas Boas Teixeira, Leila Rangel da Silva

Apresentação: Estima-se que entre os anos de 2006 a 2016 a sífilis atingiu no mundo 6,3 milhões de pessoas. Esta infecção pode causar danos em sistemas complexos, como o ósseo, neurológico e cardíaco. No Brasil, os números de homens e mulheres diagnosticados são crescentes, sendo que no ano de 2018, foram notificados 158.051 casos. Nesse mesmo ano, foram registrados 26.219 casos de sífilis congênita no país. Sabe-se que durante a gestação, caso não seja adequadamente diagnosticada e tratada, esta infecção pode culminar em abortamento, má formação fetal e ainda morte do concepto. A cura da sífilis envolve, além do tratamento medicamentoso, mudanças de praticas (como o uso de preservativos nas relações sexuais), uma vez que a infecção primária não garante imunidade, podendo ocorrer reinfecções. O Ministério da Saúde recomenda o acompanhamento dos casos após o tratamento da sífilis, tanto na forma adquirida, quanto na vertical. Objetivo: relatar a experiência da implementação do ambulatório de acolhimento e acompanhamento à família do recém nascido diagnosticado com sífilis congênita. Desenvolvimento: desde a sua criação o serviço de ambulatório de pediatria de um Hospital Universitário Federal localizado na zona norte da Cidade do Rio de Janeiro, realiza atendimento dos casos de sífilis congênita, de neonatos nascidos na própria maternidade. No entanto, no final de 2018 após reuniões com a equipe interdisciplinar percebeu-se a necessidade de atenção especial ao acompanhamento dos casos de sífilis vertical após o tratamento, uma vez que foi identificado que o sucesso na terapêutica não se restringe ao atendimento da criança, mas da família, com o objetivo de realizar coleta e avaliação sorológica da criança,  dos seus pais e de outras parcerias, assim como sensibilizá-los para aderirem à prática sexual segura e responsável. Para isso contou-se com a colaboração de profissionais dos ambulatórios de dermatologia e obstetrícia. Resultado: desde o início do ambulatório, em 2019, foram atendidas 18 famílias, totalizando 19 crianças, 18 mães e nove pais. Entre os adultos, foram diagnosticados quatro casos de reinfecção (três mães e um pai), que foram tratados e mantidos em acompanhamento. Das crianças, apenas uma teve diagnostico de neurossífilis. Nenhuma, até o momento, apresentou necessidade de novo tratamento. Cinco crianças obtiveram critério de alta ambulatorial.  Quatro famílias abandonaram o tratamento, e por não se conseguir sucesso na busca ativa por telefone, solicitamos apoio do Núcleo de Vigilância Hospitalar para acioná-las na sua área de abrangência territorial. Considerações finais: A implementação do ambulatório para atendimento à criança diagnosticada com sífilis congênita e à sua família  em um hospital universitário é uma forma inovadora de ensinar e de cuidar de forma integral e sensível. Tem-se mostrado uma excelente iniciativa na prevenção e tratamento da sífilis nas suas formas adquirida e vertical. Isso porque, além de realizar o acompanhamento da criança, cria possibilidades de acesso aos seus pais para que, além da testagem sorológica, sejam estes sensibilizados na mudança de hábito, vislumbrando uma vida sexual mais segura. Desta forma, evitam-se reinfecções e possíveis infecções fetais em futuras gestações.

7064 “CHEMSEX”, A PERIGOSA BUSCA PELO PRAZER E SEUS IMPACTOS NA SAÚDE PÚBLICA MUNDIAL
RONI ROBSON DA SILVA, Milena Preissler das Neves, Leandro Andrade da Silva, Myllena Miguel dos Santos da Silva, Maria Virgínia Godoy da Silva, Maria Lucia Feitosa Goulart da Silva, Michelli Brants Silveira, Daniele Augusto Correa de Souza

“CHEMSEX”, A PERIGOSA BUSCA PELO PRAZER E SEUS IMPACTOS NA SAÚDE PÚBLICA MUNDIAL

Autores: RONI ROBSON DA SILVA, Milena Preissler das Neves, Leandro Andrade da Silva, Myllena Miguel dos Santos da Silva, Maria Virgínia Godoy da Silva, Maria Lucia Feitosa Goulart da Silva, Michelli Brants Silveira, Daniele Augusto Correa de Souza

Apresentação: O assunto, sexo e drogas ainda é um grande tabu em uma sociedade. “Chemsex” é o termo em inglês utilizado para descrever as práticas sexuais potencializadas pelo uso de drogas, essa prática ocorre entre homens e ocorre sob a forte influência de drogas sintéticas como Ecstasy, MDMA, GHB, GBL, Metanfetamina, Mefedrona para prolongar o desempenho e desejo sexual. São  sessões que pode durar longas horas e até mesmo por dia, sempre associado ao sexo em grupo. O objetivo deste estudo foi identificar o que a literatura cientifica mundial vem produzindo a respeito dessa temática e quais os possíveis agravos na saúde e na vida de seus a débitos. Desenvolvimento: Escolheu-se a Revisão Integrativa de Literatura (RIL). A expressão utilizada na busca foi “Chemsex” realizada através dos Periódicos CAPES, BVS, PubMed. Tendo a questão norteadora: “Qual o impacto desta prática sexual na saúde física e mental de seus adeptos e seus possíveis impactos desta prática na saúde pública?”  Resultado: Foram encontrados 762 artigos, todos em língua inglesa, publicados entre 2014 e 2019, destes apenas 125 estavam disponíveis na integra. Adotando todos os critérios e inclusão e exclusão nosso número de selecionados foi de 146 artigos, após a síntese dos dados emergiram as seguintes categorias: Substâncias Psicoativas; ISTs / Morbidade; Comportamento de Risco, Aspectos epidemiológicos, Abordagens terapêuticas. Os resultados apontaram para inúmeras vulnerabilidades que estes indivíduos estariam expostos pelo consumo desregrado de drogas, principalmente as sintéticas. Houve também uma prevalência do aumento de casos de HIV, algumas pesquisas apontaram um aumento de 60% de casos positivos para o vírus entre os praticantes, inclusive a falha no esquema da terapia antirretroviral visto que parte dos adeptos do chemsex são soropositivos que estão em tratamento com TARV.  Considerações finais: As consequências dessa prática com múltiplos parceiros normalmente sem proteção geram sérios impactos na saúde pública mundial, além dos riscos de infecção por ISTs existe o risco de dependência química e os problemas associados aos distúrbios mentais associados à ansiedade, psicoses e ainda tendências suicidas ou ataques de pânico. Este estudo, possibilitou um panorama deste problemática, sugere-se a realização de estudos, com base em aplicativos de encontros; redes sociais, festas etc., a fim de localizar os adeptos da prática do Chemsex.

7272 AÇÃO EM SAÚDE NA PRAÇA: UMA ESTRATÉGIA NA PROMOÇÃO DE SAÚDE E CUIDADOS NO INTERIOR DA AMAZÔNIA
Márlon Rudson Sampaio Marinho, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Manoel Marinho Filho, Marne Rodrigo Sampaio Marinho, Vanessa Kemilly Gomes Lima

AÇÃO EM SAÚDE NA PRAÇA: UMA ESTRATÉGIA NA PROMOÇÃO DE SAÚDE E CUIDADOS NO INTERIOR DA AMAZÔNIA

Autores: Márlon Rudson Sampaio Marinho, Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Manoel Marinho Filho, Marne Rodrigo Sampaio Marinho, Vanessa Kemilly Gomes Lima

Apresentação: Em Santarém, na Amazônia, as praças centrais se localizam próximas ou em frente a orla da cidade. É nessa localidade também, que a população passeia e os barcos e lanchas chegam e saem para as comunidades ribeirinhas e as cidades próximas. Assim, a praça possui um grande vínculo com os Santarenos, e utilizá-la como forma de promover saúde e cuidados, é uma estratégia de grande valia. Logo, este resumo tem como objetivo de demonstrar uma ação em saúde ocorrida em uma praça no interior da Amazônia. Desenvolvimento: Trata-se de um discurso descritivo, do tipo relato de experiência, ocorrido em uma praça localizada no centro de Santarém-Pará. Essa ação em saúde contou com a contribuição de profissionais da área, centros de atendimentos do SUS, bem como acadêmicos das instituições de ensino. Vale ressaltar que os serviços ofertados estiveram voltados para: testes rápidos através do Centro de Testagem e Aconselhamento, educação em saúde sobre primeiros socorros, vacinas, arteterapia promovida pelo projeto EDUCA-ART Saúde, testes de estresse por meio do Centro de Atenção Psicossocial, educação em saúde sobre lavagem das mãos, entre outros. O público de participantes foram crianças, adultos e idosos. Resultado: Notou-se que pelo fato de ser uma praça localizada no centro, próxima ao local onde os barcos das comunidade ribeirinhas saem e chegam, esse público também esteve presente. Além disso, verificou-se por meio da grande participação das pessoas que esse tipo de ação carece ser além de escolas, unidades de saúde e empresa, e cada vez mais englobada em locais centrais e públicos. Isso porque, há uma parcela da população que estão em comunidades ribeirinhas na Amazônia, nas quais os serviços e informações ainda não chegam na mesma proporção do que na cidade. Considerações finais: Ademais, realizar esse tipo de estratégia de ação em saúde na praça é imprescindível para abarcar pessoas de diferentes bairros de Santarém, bem como de outras cidades próximas e comunidades ribeirinhas, haja vista que o público Amazônico é extenso, diversificado e se encontra em diferentes localidades.

7362 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO CUIDADO AO PACIENTE VIVENDO COM HIV/AIDS
Giselle de Fatima Gonçalves, Benedito Carlos Cordeiro, Francielle Neves de Carvalho Capella

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO CUIDADO AO PACIENTE VIVENDO COM HIV/AIDS

Autores: Giselle de Fatima Gonçalves, Benedito Carlos Cordeiro, Francielle Neves de Carvalho Capella

Apresentação: A Assistência Farmacêutica trata-se de um conjunto de ações que possibilita o acesso aos medicamentos e seu uso racional. Essas atividades interligadas à equipe multiprofissional podem contribuir decisivamente para a qualidade da atenção à saúde. Sendo o farmacêutico o último profissional de saúde a ter contato com o paciente antes da utilização do medicamento é relevante buscar constantemente estratégias para o cuidado e assistência ao paciente. Vale destacar a importância crucial da adesão ao tratamento, sobretudo, no que engloba as Pessoas Vivendo com HIV/AIDS (PVHA), diante da perspectiva de uma vida longa e com qualidade. O presente estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência, tem como objetivo descrever a prática do atendimento da equipe de farmácia do Instituto de Atenção à Saúde São Francisco de Assis - HESFA, composta atualmente por 3 farmacêuticos e 3 técnicos, às PVHA, no período de 2016 a 2019. O atendimento dos cerca de 1600 pacientes cadastrados ocorre de forma individualizada em sala privativa. Além do sistema logístico informatizado, pertencente ao Ministério da saúde, foi elaborado pelo setor um formulário de atendimento farmacêutico (FAF) para registro dos atendimentos, visando melhor acompanhar esses pacientes. Através dele é possível ter uma visão ampla das retiradas do medicamento e, assim, verificar a adesão ao tratamento, bem como conhecer os motivos que levam ao abandono. Além disso, ao registrar os demais medicamentos utilizados, pode-se prever interações medicamentosas. A visita à farmácia é mensal e favorece registros constantes de informações que talvez não sejam captadas durante a consulta médica, que costuma ser semestral. Para o primeiro atendimento foi confeccionado um checklist que padroniza as informações repassadas no acolhimento. O vínculo e a confiança na equipe pode ser um fator que influenciará na adesão ao tratamento. Para dimensionar esses dado novos recursos vêm sendo desenvolvidos, um deles é tornar a FAF informatizada. Devido à localização central da Unidade, tem-se pacientes de diversos municípios, o que dificulta a interação com tais prescritores. No entanto, com a equipe do Serviço de Atendimento Especializado - SAE da Unidade tem sido realizado um intenso trabalho de notificação e contato com pacientes em atraso de mais de 6 meses de dispensa do antirretroviral. Percebe-se um retorno positivo tanto por parte dos pacientes que agradecem a forma de atendimento privativo e a possibilidade de conversar com o profissional a cada ida a farmácia, como por parte da equipe multiprofissional do SAE. O índice de abandono é baixo sendo muitas vezes revertido por meio de contato e orientação ao paciente. Sendo assim, o modelo de atendimento desenvolvido pela equipe visa exercitar constantemente o cuidado farmacêutico bem como contribuir com a equipe multiprofissional na assistência a PVHA que muitas vezes se encontra bastante debilitado, com muitos questionamentos e medos. A farmácia se torna ao longo do tempo o local da unidade de saúde mais frequentado por esses pacientes sendo relevante investir em estratégias que visem a melhoria do serviço prestado.

7369 EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS APOIADORES DO PROJETO DE RESPOSTA RÁPIDA À SÍFILIS PARA O ENFRENTAMENTO À EPIDEMIA DE SÍFILIS, NA REGIÃO NORTE, EM 2019
Taís Rangel Cruz Andrade, Sandro Rogério Mendes da Silva, Aldelice Gomes Ferreira, Marileide Florêncio Martins, Gabrielle Almeida Rodrigues, Ana Cristina Braga Chaves

EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS APOIADORES DO PROJETO DE RESPOSTA RÁPIDA À SÍFILIS PARA O ENFRENTAMENTO À EPIDEMIA DE SÍFILIS, NA REGIÃO NORTE, EM 2019

Autores: Taís Rangel Cruz Andrade, Sandro Rogério Mendes da Silva, Aldelice Gomes Ferreira, Marileide Florêncio Martins, Gabrielle Almeida Rodrigues, Ana Cristina Braga Chaves

Apresentação: A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) de caráter sistêmico, curável, causada pela bactéria Treponema Pallidum. Segundo a OMS, a sífilis atinge mais de 12 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo a sífilis congênita o desfecho mais danoso. O aumento crescente dos casos de sífilis no Brasil representa um grave problema de saúde pública, tornando impositiva a necessidade de ações para o enfrentamento da doença à nível nacional. Diante deste panorama, o Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS), e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por meio de uma ação interfederativa, implementou o “Projeto de Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção” (Projeto Sífilis Não). Este relato vem descrever as experiências exitosas vivenciadas pelos apoiadores do Projeto de Resposta Rápida à Sífilis, nos municípios de Manaus (AM), Marituba (PA), Macapá (AP), Palmas (TO), Boa Vista (RR) e Rio Branco (AC) no enfrentamento à epidemia de sífilis na região Norte do Brasil. O projeto tem atuado de forma conjunta com municípios e estados no sentido de promover ações integradas entre a vigilância e a atenção à saúde no território. Mediante os problemas identificados na rede de atenção dos cem municípios prioritários, através da figura do apoiador local, estão sendo articuladas ações estratégicas com foco em uma resposta ao problema da sífilis. Em Manaus evidenciou-se dificuldades dos profissionais de saúde na realização do manejo clínico da sífilis, que se traduzia em inadequação na classificação das fases de evolução da doença, e consequente tratamento e monitoramento equivocados. Assim, junto ao Núcleo de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), identificou-se a importância de realizar ciclos de atualização em IST para profissionais da atenção básica. Através da condução da apoiadora foram promovidas discussões sobre diagnóstico, tratamento, monitoramento e notificação dos casos, para fins de alinhamento do manejo clínico e vigilância da sífilis. Os debates permitiram a identificação de fragilidades da rede de atenção, como a centralização de penicilina nos distritos de saúde; ineficiência na busca ativa das parcerias sexuais; fragilidade na definição de fluxo da informação via notificação; retratamento das gestantes sem indicação clínica nas unidades básicas de saúde (UBSs) e maternidades levando à duplicidades; baixo retorno dos usuários para confirmação do diagnóstico da sífilis, gerando subnotificação da sífilis adquirida. Assim, foram realizados ciclos de atualização que contemplaram 116 profissionais da atenção básica em 4 distritos de saúde. No município de Marituba identificou-se o desconhecimento da gestão municipal a respeito da situação epidemiológica da sífilis no Brasil e a nível local. Assim, o município tinha baixa visibilidade e atuação na busca de casos de sífilis adquirida, focando as ações para a testagem rápida para sífilis e realização de VDRL apenas para gestantes. O projeto priorizou a sensibilização dos gestores para ampliação do acesso ao diagnóstico da sífilis nas UBSs com o uso do Teste Rápido. Foram realizadas rodadas mensais de reuniões, com Gestão e a Coordenação de IST Municipal, durante o ano de 2018, sobre a importância de promover porta aberta das UBSs ampliando o acesso ao diagnóstico, tratamento e monitoramento dos casos de sífilis. A atuação da gestão resultou no aumento do percentual de cobertura do teste rápido nas UBSs, que passou de 58% em abril de 2018 para 72% no final de 2018. Em Macapá a principal dificuldade encontrada foi o seguimento incorreto do protocolo de atenção integral à gestante com sífilis e a sífilis congênita no Maternidade Estadual da capital. Diante disso, o apoiador intensificou parceria com a Unidade de Doenças Transmissíveis Estadual e o Núcleo Hospitalar de Epidemiologia com a finalidade de realizar reuniões e rodas de conversas sobre os protocolos clínicos, alinhando as condutas operacionais e clínicas. As ações provocaram sensibilização da gestão estadual, que estruturou espaço necessário para a realização do teste rápido na admissão do hospital, regularizou convênio com laboratório para a realização de análise de VDRL no líquor, e se comprometeu em realizar os raios x dos ossos longos e outros exames pertinentes ao cuidado da criança com sífilis congênita. Em Palmas foram identificas dificuldades de integração e inserção das profissionais do sexo nas atividades das equipes saúde da família. A falta de acesso ao serviço produzia limitações na prevenção da sífilis junto à esta população chave. Assim, pactuou-se com a Coordenação de IST municipal a realização de rodas de conversa com profissionais do sexo de um prostíbulo local, com a participação de sexóloga para discutir sobre sexualidade e prevenção das ISTs. Sendo realizadas discussões sobre a importância do uso correto dos preservativos masculino e feminino na prevenção das ISTs e formas de transmissão, incluindo a via oral, sobre a epidemia de sífilis; e realização de testagem rápida para HIV, Hepatites B/C e sífilis, com tratamento imediato para os casos de sífilis. As rodas promoveram a inclusão de novos atores no cotidiano das profissionais do sexo, com a participação ativa de alunos residentes da UBS. Esta ação aproximou as profissionais do sexo local da UBSs e fortaleceu a integração entre os parceiros envolvidos para atuação com foco ao enfrentamento à sífilis na população chave. No município de Boa Vista identificou-se a necessidade e implantação do Comitê de Transmissão Vertical (CMTV), que constitui importante órgão colegiado na vigilância e elaboração de estratégias para a diminuição dos casos de Sífilis Congênita. Mediante articulação da apoiadora e coordenação municipal de IST, o CMTV foi implantado com participação de membros do Conselho Regional de Enfermagem, Coordenação Municipal e Estadual de IST, Hospitais de referência, Serviço de Assistência Especializada, Atenção Básica, Conselho Municipal de Saúde e Centro de Referência Saúde da Mulher. Sendo oficializado por portaria municipal, com reuniões mensais para análise dos principais problemas relacionados à transmissão vertical, produzindo dados epidemiológicos e propondo medidas que possam reduzir a ocorrência e a morbimortalidade da população a estes agravos. No município de Rio Branco o desabastecimento de penicilina, se tornou um grave problema à saúde pública, sendo necessária a restrição do uso. Com reabastecimento pela compra centralizada do MS em 2018, foi construído um “Protocolo de distribuição e logística de insumos de tratamento” em conjunto com a coordenação municipal de IST. A fim de otimizar a utilização da penicilina, esta estratégia promoveu controle do medicamento, com programação de uso, vinculada ao número de notificações. Usando de ferramentas práticas de distribuição, como motoboy, e comunicação por redes sociais, o que favoreceu maior inter-relação com profissionais, gerando maior segurança para prescrição e administração da penicilina. Tal conduta resultou na qualificação do diagnóstico de sífilis em gestantes com tratamentos adequados, aumentando a adequação de 29,1% em 2017 para 85,8% em 2018. A inserção dos apoiadores nos territórios, tem promovido mudanças significativas e positivas nos municípios, seja na publicização da situação epidemiológica da sífilis e sensibilização dos gestores para a ação, ou na atuação para fortalecimento das equipes de saúde e áreas técnicas de IST municipais. Diante das dificuldades encontradas no território os apoiadores por meio de articulação com os municípios em que estão inseridos desenvolveram ações potentes com foco nos problemas encontrados, a fim de contribuir para a melhoria dos processos de trabalho. Sendo assim, entende-se que as ações conduzidas pelos apoiadores permitiram o aprimoramento dos serviços para o enfrentamento da sífilis nos municípios prioritários da Região Norte.

7404 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM INTEGRAL AO PACIENTE COM TUBERCULOSE
Vitoria Yasmin Sousa correia, Tatiana Menezes Noronha Panzetti

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM INTEGRAL AO PACIENTE COM TUBERCULOSE

Autores: Vitoria Yasmin Sousa correia, Tatiana Menezes Noronha Panzetti

Apresentação: ‘‘O Brasil ocupa o 16º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% dos casos estimados de tuberculose (TB) no mundo’’(MONROE,2005). A tuberculose continua tendo altos índices de morbimortalidade no mundo, tendo como ponto prejudicial as implicações sociais, econômicas e epidemiológicas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) mais de 1,6 milhões de pessoas perderam a vida para a doença, com isso o enfermeiro possui um papel fundamental para a diminuição desses casos através da atenção básica. O processo da procura pelo tratamento para o paciente inicia com o acolhimento, escolha do tratamento mais apropriado e a implementação do DOTS (Direcly Observed Therapy Short Course – Tratamento Diretamente Observado de Curta Duração) para o controle da doença. Objetivo: Descrever e compreender na literatura de estudos científicos o papel do profissional enfermeiro frente ao acompanhamento e tratamento do paciente com tuberculose na atenção básica. Método: Estudo descritivo, desenvolvido por meio de uma revisão da literatura. A busca ocorreu especialmente em bases de dados da Scientific Electronic Library Online (SciELO ), à seleção dos artigos utilizou-se os seguintes descritores: ‘‘Tuberculose’’ ‘‘Tratamento’’ e ‘‘Acompanhamento’’. Resultado: O processo de acompanhamento e tratamento do paciente com tuberculose, tem auxílio de uma equipe multiprofissional para que tenha um retorno significativo do processo saúde/doença. Segundo o protocolo de enfermagem ao paciente com tuberculose algumas etapas devem ser seguidas: Histórico de enfermagem e exame físico; Solicitação do teste tuberculínico (PPD); Solicitação de baciloscopia e Raio X; Solicitação do teste de Sensibilidade antimicrobiano (TS) para todos os casos com suspeita de TB; Iniciar tratamento segundo Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose, prioritariamente em tratamento diretamente observado (TDO) ; O paciente deve ser encaminhado para o médico para alta ao final do tratamento com exames de Raio X e baciloscopia (VITORINO,2019). São etapas que devem ser seguidas da forma correta, à vista disso o profissional enfermeiro tem um importante papel nesse processo de acompanhamento e aceitação do paciente ao tratamento, através de educação em saúde para prevenção e saberes sobre a importância da vacinação ao nascer (Bacillus Calmette-Guérin - BCG). Considerações finais: Conclui-se, que a experiencia dessa construção evidenciou-se que a atenção primaria tem um papel importante no acompanhamento e tratamento desse paciente, principalmente no tratamento diretamente observado (TDO) que é oferecido pelo Sistema único de saúde (SUS). É necessário que aja uma elaboração/ implementação de capacitação para os profissionais da saúde, com intuito de gerar novos aprendizados e conhecimento em relação ao paciente com tuberculose, também é necessário incentivar o paciente a continuar do tratamento através de palestras e grupos educativos sobre a doença. Referências: 1 Monroe, Aline Aparecida. Envolvimento de equipes da Atenção Básica à Saúde no Controle da Tuberculose. São Paulo- Rev Esc Enferm USP,2005. 2 Vitorino,Adriana. Protocolo de enfermagem na atenção basica-Recife: Coren-PB,2019

7479 VIGILÂNCIA DO CONTATO DA HANSENÍASE: REVISÃO INTEGRATIVA SOB A PERSPECTIVA DAS DIMENSÕES DE VULNERABILIDADE
Monique Grijó, Daniela Arruda Soares, Eliana Amorim de Souza

VIGILÂNCIA DO CONTATO DA HANSENÍASE: REVISÃO INTEGRATIVA SOB A PERSPECTIVA DAS DIMENSÕES DE VULNERABILIDADE

Autores: Monique Grijó, Daniela Arruda Soares, Eliana Amorim de Souza

Apresentação: A hanseníase é uma doença infecciosa, curável que necessita de estratégias específicas para o seu controle, como a busca dos contatos, o diagnóstico precoce e o tratamento oportuno, ações que, além de reduzirem potenciais danos, quebram a cadeia de transmissão da doença. Por ser historicamente marcada pelo estigma e pelo pré-conceito, e por apresentar maior incidência em populações em condições de vulnerabilidade individual, social e programática, as ações de vigilância do contato de pessoas acometidas pela hanseníase, principal forma reconhecida de combater o agravo, tornaram-se de difícil execução no Brasil. Desta forma, entendendo que as dimensões de vulnerabilidade encontram-se imbricadas e que a sua justaposição potencializa os desafios sobre as ações de vigilância do contato, objetiva-se revisar a literatura científica nacional e internacional para analisar as ações desenvolvidas para vigilância do contato da pessoa acometida pela hanseníase a partir das dimensões de vulnerabilidade individual, social e programática. Desenvolvimento: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com a seguinte questão norteadora: quais ações são desenvolvidas para a vigilância do contato da pessoa acometida pela hanseníase, a partir do reconhecimento das dimensões de vulnerabilidade? Este estudo compõe uma das etapas da pesquisa do mestrado acadêmico em saúde coletiva da autora. O acesso às bases dados BVS, Scielo, PubMed e Internet of Science se deu a partir dos descritores leprosy e vulnerability, e seus correlatos em português, e o operador boleano “AND”. Foram incluídos artigos publicados no período de 1985 a 2020, em qualquer idioma e excluídos aqueles não disponíveis na íntegra. Resultado: 30 artigos foram selecionados. O maior enfoque nos artigos analisados foi para a vulnerabilidade social, os quais incluíram aspectos socioeconômicos, como a pobreza, a distribuição de renda, trabalho/emprego, mas sem extrapolar para o nível contextual, a saber: coleta de lixo, abastecimento de água, escolaridade, renda per capita, tipo de residência, índice Gini, privação de liberdade e concentração de imigrantes com residência fixa. A dimensão individual foi explorada por meio dos aspectos sócio demográficos e econômicos como: residir em áreas de alta detecção de casos, ser da raça parda, do sexo masculino, possuir sobreposição de casos na família, pertencer à faixa etária economicamente ativa, apresentar insegurança alimentar e maior densidade domiciliar. Já a vulnerabilidade programática foi tangenciada a partir da avaliação de indicadores operacionais relativos aos serviços de saúde como: como proporção de contatos examinados, proporção de cura, proporção de casos com incapacidade física e cobertura da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Considerações finais: O entendimento de como as dimensões de vulnerabilidade operacionalizam-se na prática, levam ao entendimento da necessidade de ações interprofissionais e intersetoriais que contemplem os determinantes sociais de saúde para indivíduos e famílias acometidos pela hanseníase. Gestores, profissionais de saúde e usuários devem ser corresponsáveis no enfrentamento do agravo, na manutenção de um ambiente propício ao desenvolvimento das ações de vigilância dos contatos e na formulação de políticas e estratégias para a redução da vulnerabilidade à hanseníase.

7749 SEGURANÇA DO PACIENTE E A SUA INFLUÊNCIA SOBRE A PREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Tatiana Feliciano, Lia Cristina Galvão

SEGURANÇA DO PACIENTE E A SUA INFLUÊNCIA SOBRE A PREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Autores: Tatiana Feliciano, Lia Cristina Galvão

Apresentação: A discussão da ligação entre a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) e o controle da Infecção Hospitalar (IH) em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) se faz necessária para reforçar a preocupação e a obrigatoriedade da implantação deste núcleo conforme a resolução vigente. Neste cenário, levantei o seguinte questionamento: Existem evidências científicas que retratem a ligação entre a implantação do NSP com a redução da IH em UTI? Objetivo: Relacionar as possíveis evidências científicas que retratem a ligação entre a implantação do NSP com a redução da IH em UTI. Desenvolvimento: Pesquisa de natureza descritiva a partir de uma revisão bibliográfica sistematizada baseada em obras secundárias que abordam o tema e publicada no período de 2013 a2017. Resultado: Realizada a triagem das obras foram obtidos 46 artigos pré-selecionados e 07 selecionados, 02 livros para embasamento teórico, 11 arquivos de outras categorias (manuais). A falta de cultura de segurança, a baixa adesão dos profissionais às medidas de precaução, negligência dos profissionais para a higienização das mãos (HM), falta de infraestrutura, gestão hospitalar não comprometida e falha no dimensionamento de pessoal são as evidências encontradas neste trabalho que pontuam a ligação entre a implantação do NSP com a redução da IH em UTI. Considerações finais: A implantação de protocolos e a manutenção destes por parte da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) auxiliam de forma inevitável a implantação e implementação do NSP, mesmo em instituições que a cultura de segurança do paciente não esteja enraizada.

7782 DISLIPIDEMIA EM USUÁRIO QUE VIVE COM HIV/AIDS A LONGO PRAZO: Um Relato de Experiência.
Allan Kardec Barros, William Pereira Santos, Edjane Silva Araújo, André Luiz Moreira de Alencar, Cindy Lima Pereira, Nilviane Pires Silva Sousa, Martha de Oliveira Barreiros, Cláudia Regina de Andrade Arrais

DISLIPIDEMIA EM USUÁRIO QUE VIVE COM HIV/AIDS A LONGO PRAZO: Um Relato de Experiência.

Autores: Allan Kardec Barros, William Pereira Santos, Edjane Silva Araújo, André Luiz Moreira de Alencar, Cindy Lima Pereira, Nilviane Pires Silva Sousa, Martha de Oliveira Barreiros, Cláudia Regina de Andrade Arrais

Apresentação: A epidemia da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS/SIDA tem crescido ao longo do tempo, sendo considerada um problema de saúde pública. No Brasil, desde o início da epidemia no ano de 1980 até junho de 2019 foram notificados 966.058 casos de AIDS. A terapia antirretroviral (TARV), que surgiu na década de 1980, possibilitou o impedimento da evolução do HIV para a AIDS. O país distribui TARV gratuitamente para todas as pessoas desde 1996, sendo que 593 mil pessoas com HIV/AIDS estavam em tratamento com TARV desde este ano até 2018. Contudo, estudos têm demonstrado que o vírus HIV e a TARV provocam alterações no perfil lipídico dos pacientes, desencadeando dislipidemia e a síndrome metabólica, preditores de doenças cardiovasculares. Objetivo: Verificar as alterações bioquímicas em um paciente com infecção pelo HIV a longo prazo. Desenvolvimento: Este relato de experiência trata-se de um estudo observacional transversal por meio da revisão do prontuário de um paciente com HIV de longa data que realiza acompanhamento no Serviço Ambulatorial Especializado - SAE, do Departamento de Infecção Sexualmente Transmissível-IST/HIV/AIDS de um Município do Nordeste do Brasil. Os critérios de inclusão foram: idade superior ou igual a 18 anos, realização de acompanhamento no SAE, constar no prontuário o período inicial de infecção, carga viral, CD4 e lipidograma. Este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão, conforme o parecer nº 2.781.461 de 23 de julho de 2018. Resultado: O paciente deste estudo possui 44 anos de idade, é pardo, concluiu o ensino fundamental menor, exerce o trabalho de empregado doméstico, é etilista, tabagista e usuário de maconha, identifica-se com o gênero transexual, se enquadrando no grupo denominado populações-chave. Seu diagnóstico de infecção pelo HIV ocorreu em 1998, entretanto, iniciou o tratamento com antirretrovirais apenas no ano de 2015, com mudança do esquema de TARV em 2017. De acordo com os exames bioquímicos encontrados nos prontuários dos anos 2006, 2012, 2014, 2015, 2016 e 2017, a carga viral do paciente foi, respectivamente, 5400, 4533, 47294, 68, 65083, 882 cópias/ml, e o CD4 foi 665, 545, 608, 792, 668 e 959 células/ml. Cabe ressaltar que o lipidograma apresentou médias elevadas nas seguintes variáveis: triglicerídeo [209,4 mg/dl], colesterol total [256,4 mg/dl], e LDL [173 mg/dl]. Considerações finais: A TARV acarreta na diminuição da carga viral, impossibilitando o paciente de adquirir AIDS. Além disso, os marcadores lipídicos encontram-se alterados ainda antes da introdução da TARV, demonstrando que a própria infecção já ocasiona distúrbios ao indivíduo, que se agrava na implementação da TARV. Desse modo, é importante que os pacientes sejam orientados a fazerem uso da TARV, bem como informados quanto aos efeitos adversos, para que assim possam participar de forma ativa do seu processo de saúde por meio da mudança de hábitos de vida, como a introdução de atividade física, alimentação saudável, abandono de álcool, tabaco e outras drogas.

8023 BUSCA ATIVA DE SINTOMÁTICOS DERMATOLÓGICOS COMO ESTRATÉGIA DE CAPTAÇÃO DE CASOS NOVOS DE HANSENÍASE
Márcia Esequiel dos Santos, Paula Brandão, Sany Costa Camargo, Lucas Portella Silva Santos, Aline Pereira Viana de Lima, Angelica Cristina Farias Santos

BUSCA ATIVA DE SINTOMÁTICOS DERMATOLÓGICOS COMO ESTRATÉGIA DE CAPTAÇÃO DE CASOS NOVOS DE HANSENÍASE

Autores: Márcia Esequiel dos Santos, Paula Brandão, Sany Costa Camargo, Lucas Portella Silva Santos, Aline Pereira Viana de Lima, Angelica Cristina Farias Santos

Apresentação: A Hanseníase é uma doença, infectocontagiosa, crônica e capaz de provocar incapacidades. O Mycobacterium leprae, seu agente etiológico, possui alta infectividade e baixa patogenicidade. A transmissão de se dá por via respiratória, por indivíduos que possuem maior carga da doença (multibacilar) e não estão em tratamento com a poliquimioterapia. Por sua prevalência, pelo estigma histórico-social que a acompanha e por ser negligenciada caracteriza-se como um sério problema de saúde. Atualmente no cenário mundial, o Brasil ocupa o 1º lugar da América Latina e o 2º no mundo em número de detecção de casos novos, perdendo apenas para a Índia. No Brasil, para um melhor controle da doença, a proposta foi a ampliação da detecção de casos através da captação precoce pelas equipes de atenção básica, caracterizadas como porta de entrada. Deste modo, o agente comunitário de saúde se destaca na equipe multiprofissional da ESF. O trabalho deste profissional é essencial no processo de trabalho da equipe para a captação de casos novos, pois possibilita a construção de um elo de confiança entre a comunidade e os profissionais. Assim, este estudo tem como objetivo implantar ações para aumentar a captação de casos novos de Hanseníase pelas equipes da CFDPFF. Desenvolvimento: Tratou-se de um projeto de intervenção, o qual visa a mudança de um determinado problema com ações no cotidiano dos envolvidos, tendo como problema a dificuldade para captação de casos novos de hanseníase pelas equipes de uma determinada Clínica da Família localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro. Para a identificação do problema e sua melhor visualização, foi utilizada a técnica da árvore de problemas. O plano de intervenção contou com três etapas, sendo estas: a elaboração do diagnóstico situacional e epidemiológico de hanseníase no território, realização de oficinas de educação em saúde para planejamento participativo das ações de intervenção do mês de mobilização para controle da Hanseníase e criação de fluxograma norteador de atendimento e planilha para avaliação e monitoramento de casos suspeitos de Hanseníase com base no Manual e Guia Prático do Ministério da Saúde. Resultado: A busca de casos de Hanseníase, foi realizada dentre as notificações realizadas no território da CAP 3.3 no período de 2008 a 2018 de casos novos e de casos com grau de incapacidade. Através do levantamento das notificações dos casos de Hanseníase, pôde-se identificar os seguintes dados no território adscrito e ao redor do mesmo: 38 adultos tipo multibacilar - todos diagnosticados com grau de incapacidade física; 20 adultos tipo paucibacilar; 01 menor de 15 anos e 05 pessoas não classificadas, porém já com algum grau de incapacidade física. Considerações finais: A realização do diagnóstico situacional e epidemiológico do território, mostra a necessidade da realização de constantes ações de combate à patologia em todos os espaços disponíveis. Já a elaboração do fluxograma norteador e da planilha de monitoramento e avaliação, mostram-se como importantes ferramentas de qualificação da assistência prestada pelos profissionais atuantes na ESF.

8277 MAPA MENTAL COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE AÇÃO EDUCATIVA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Julielen Larissa Alexandrino, Valéria Gabriele Caldas Nascimento, Wanderson Santiago de Azevedo Junior, Emily Karolayne Aleixo da Silva, Flavine Evangelista Gonçalves, Nathália Oliveira, Monique Tereza Amoras Nascimento, Stelacelly Coelho Toscano de Brito

MAPA MENTAL COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE AÇÃO EDUCATIVA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Julielen Larissa Alexandrino, Valéria Gabriele Caldas Nascimento, Wanderson Santiago de Azevedo Junior, Emily Karolayne Aleixo da Silva, Flavine Evangelista Gonçalves, Nathália Oliveira, Monique Tereza Amoras Nascimento, Stelacelly Coelho Toscano de Brito

Apresentação: A tuberculose (TB) é uma doença severa, causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis e pode atingir todos os sistemas que compõem o organismo humano. O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) registra 85 mil casos notificados anualmente em âmbito nacional, logo tal agravo é reconhecido como um problema de saúde pública. Além dos males provocados pela doença, os usuários afetados ainda sofrem com o estigma social que patologia acompanha. O Programa Nacional de Controle a Tuberculose (PNCT) visa prevenção e controle adequado da doença e preconiza medidas nesse âmbito, dentre as quais destaca-se a detecção e tratamento da Infecção Latente da Tuberculose (ILTB). O tratamento da infecção latente contribui para evitar a ocorrência da tuberculose em suas várias formas, uma vez que o uso da Isoniazida reduz em 60 a 90% o agravo do quadro; porém depende da duração correta e adesão do tratamento. Uma das principais causas para o elevado quantitativo de casos é a falta de adesão dos usuários durante o período de tratamento, desencadeando abandonos, sobretudo por desconhecimento, dúvidas e receios acerca do mesmo e da própria doença e efeitos adversos dos medicamentos. Além disso, em Belém ocorre a menor taxa de cobertura de avaliação da doença no Brasil, com apenas 8,2% de comunicantes examinados. Nesse sentido, o uso de um mapa de conteúdos (Mapa Mental), mostra que práticas de educação em saúde se tornam indispensáveis, pois o profissional da área da saúde, neste caso o enfermeiro como agente transformador, utiliza metodologias que priorizam a participação do usuário de forma ativa, garantindo o seu empoderamento frente à sua condição, estabelecendo corresponsabilidade na continuidade do tratamento e superação da doença, e ainda fomentando a prevenção, a promoção e a manutenção da saúde, pressupondo o usuário não apenas como o portador da patologia, mas sim como um ser único e protagonista neste processo. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência vivenciada referente à realização de uma ação educativa na sala de espera de um hospital universitário. Desenvolvimento: Trata- se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado no dia primeiro de outubro de 2018, no Hospital Universitário Barros Barreto (HUJBB) na cidade de Belém Pará, Brasil, com o grupo de pacientes e acompanhantes presentes na sala de espera do exame de Prova Tuberculina (PPD). A ação foi desenvolvida pelos acadêmicos do curso de enfermagem do 3° semestre que estavam em aula prática neste período, coordenado e supervisionado pela professora da Atividade Curricular Atenção integral a Saúde do Adulto e Idoso, da Universidade Federal do Pará (UFPA) no curso de Bacharelado em Enfermagem. Respeitando-se todas as fases amparadas, foi realizada a confecção de dois mapas mentais e a ação foi desenvolvida em cinco etapas: No primeiro momento aconteceu o acolhimento e apresentação ao publico dos alunos e da dinâmica; no segundo houve a construção do primeiro mapa mental, de forma que nesse era registrado no cartaz do mapa o conhecimento dos usuários da sala de espera sobre a identificação de grupos de vulnerabilidade, como era a realização do exame de PPD e o resultado, a relação entre o exame e a vacina BCG e por último os efeitos adversos do exame, as informações dadas pelos usuários eram organizadas pelos acadêmicos; no terceiro momento, foi apresentado aos usuários um mapa mental construído previamente pelos acadêmicos que possuía os mesmo temas; ao quarto momento, ocorreu a comparação dos dois mapas mentais e explanação de divergências e convergências entre eles, bem como a resolução de dúvidas e, por ultimo, o quinto momento em que aconteceu a despedida e agradecimento ao publico e entrega de lembranças, como folder. Resultado: Na ação educativa proposta, majoritariamente os usuários não conheciam os grupos de vulnerabilidade a ILTB; quanto a realização do exame, alguns demonstraram ciência de que era realizada no antebraço, porém sem especificidade. Em sua maioria desconheciam os tipos de resultados, efeitos comuns e adversos e a relação do exame com a vacina BCG. Foi observado que o desenvolvimento de ações educativas para grupos de vulneráveis ou suspeitas de Infecção Latente da Tuberculose (ILTB) são de caráter fundamental para a transformação da realidade encontrada. A atividade educativa sobre o Exame de Prova Tuberculínica (PPD), o qual identifica usuários com ILTB, deu-se de modo satisfatório uma vez que, além de explanar o tema proposto ainda contemplou outras pautas sobre o tema, as quais incluíam dúvidas sobre a tuberculose, a necessidade de superar uma infecção latente e se haviam riscos de contaminação, uma vez confirmado o caso de ILTB, e a preocupação com seus familiares, pois muitos usuários desconheciam a busca ativa de contatos próximos e orientações para conduta após o exame. É possível afirmar, nesse sentido, que o cliente não possui o conhecimento completo ao que tange o motivo e a importância da realização do exame. Ademais, a atividade não se restringiu a metodologia tradicional de explicação do ILTB ou PDD, mas estabeleceu método participativo, pois expandiu-se, devido as perguntas dos usuários, de modo a conferir a esses presentes o lugar de fala e posicionamento de suas experiências e conhecimentos sobre o tema, de modo a assegurar a autonomia do usuário, a valorização de seu conhecimento e a apreensão das informações debatidas. Considerações finais: Desse modo, mostra-se a real necessidade de se realizar Ações de Educação em saúde com intuito de promoção e, também, realizar a interligação entre serviço e ensino dentro da Universidade e na própria assistência. Assim, acredita-se que essa deve pressupor o usuário como protagonista na conscientização e na propagação de informações, bem como estabelecer o empoderamento do mesmo, fomentando sua autonomia no tratamento, instrumentalização sobre sua condição, ainda que sob suspeita da doença, pois desse modo concretiza-se a corresponsabilidade no cuidar da saúde. Nesse âmbito, o enfermeiro (a) tem como papel atuar como o agente transformador que, por meio de competências e habilidades desenvolvidas e embasadas em sua educação permanente e continuada, modifica o cenário no qual a saúde pública está inserida hodiernamente, transformando a realidade apresentada e contribuindo para garantia da qualidade de vida da população e mudança dos índices alarmantes de cobertura de avaliação de tuberculose e ILTB que ainda cercam nossa sociedade. Portanto, a partir da realização da ação foi possível dimensionar a necessidade de ações dentro e fora de unidades de saúde para aumentar o aparato intelectual da população e superar a não adesão de tratamentos por desinformação.

8379 REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO CUIDADO DE SAÚDE À PESSOA COM AIDS: CONTRIBUIÇÕES PARA A ENFERMAGEM
Juliana Pereira Domingues, Denize Cristina de Oliveira, Sergio Corrêa Marques, Hellen Pollyanna Mantelo Cecilio, Yndira Yta Machado, Rômulo Frutuoso Antunes

REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO CUIDADO DE SAÚDE À PESSOA COM AIDS: CONTRIBUIÇÕES PARA A ENFERMAGEM

Autores: Juliana Pereira Domingues, Denize Cristina de Oliveira, Sergio Corrêa Marques, Hellen Pollyanna Mantelo Cecilio, Yndira Yta Machado, Rômulo Frutuoso Antunes

Apresentação: Ao longo dos anos, as transformações das características socioepidemiológicas do HIV/AIDS acarretaram o aparecimento de novas representações da doença, o que impactou nos cuidados de saúde às pessoas vivendo com HIV/AIDS através de novas práticas de cuidado. Este estudo tem como objetivo analisar a representação social do cuidado de saúde à pessoa com AIDS e suas contribuições para a enfermagem. Trata-se de um estudo qualitativo, pautado na Teoria das Representações Sociais, em sua abordagem estrutural. O cenário do estudo foi composto por três Serviços de Atendimento Especializado em HIV/AIDS no município do Rio de Janeiro. Participaram 180 pessoas vivendo com HIV, sendo 60 de cada serviço. A coleta de dados ocorreu com a auto aplicação do instrumento de dados socioeconômicos e clínicos e aplicação pela pesquisadora do formulário de evocações livres, utilizando o termo indutor “cuidado de saúde à pessoa com AIDS”. Realizaram-se 16 entrevistas semiestruturadas para contextualizar o termo evocado. As análises dos dados socioeconômicos e clínicos e da estrutura da representação foram realizadas, respectivamente, com o auxílio dos softwares Excel e SPSS; e do software EVOC 2005. A maioria dos participantes é do sexo masculino (81,7%), a faixa etária predominante é de 30-39 anos (28,3%), e 95% fazem uso de antirretrovirais. Na representação social (RS) de cuidado de saúde à pessoa com AIDS, o provável núcleo central da representação é formado pelos termos: adesão-tratamento, alimentação, medicamentos, preservativo, prevenção e vida-regulada; o sistema periférico é formado pelos termos: primeira periferia – vontade; segunda periferia – atividade-física e viver-bem, compreensão, cuidado-outro, consulta-médica; a zona de contraste é composta pelos termos: acesso-saúde, autocuidado, cuidado-saúde. A partir da análise da RS do cuidado de saúde e das entrevistas, entende-se que o cuidado de saúde à pessoa com AIDS consiste no tratamento (adesão e uso regular de medicamentos), na prevenção (uso de preservativo) e na alimentação saudável. Os resultados englobam práticas de cuidado que são promotoras de saúde e de uma boa qualidade de vida. Nesse cenário, considerando o caráter crônico da AIDS e o impacto da doença no cotidiano das pessoas que vivem com a doença, é importante a atualização constante dos profissionais da enfermagem, com vistas a implementação de um plano de cuidados direcionado às necessidades de saúde de cada indivíduo. Desse modo, destacam-se as atividades de educação em saúde realizadas por enfermeiros para a promoção da saúde a partir da troca de saberes. Assim, a RS do cuidado de saúde possibilita um entendimento adequado do pensamento social das pessoas vivendo com HIV, considerando suas crenças e valores construídos, implicando em melhores estratégias de cuidado a partir das singularidades de cada indivíduo.

8605 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM SINDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA E PROCESSOS INFECCIOSOS SECUNDÁRIOS
JULIELEN LARISSA ALEXANDRINO, WANDERSON SANTIAGO DE AZEVEDO JUNIOR, VALÉRIA GABRIELE CALDAS NASCIMENTO, GABRIEL DE LUCA SOUSA BANDEIRA, JOSELE DE JESUS QUARESMA TRINDADE, REGINALDO CORREIA FERREIRA, KAROLLYNE QUARESMA MOURÃO

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM SINDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA E PROCESSOS INFECCIOSOS SECUNDÁRIOS

Autores: JULIELEN LARISSA ALEXANDRINO, WANDERSON SANTIAGO DE AZEVEDO JUNIOR, VALÉRIA GABRIELE CALDAS NASCIMENTO, GABRIEL DE LUCA SOUSA BANDEIRA, JOSELE DE JESUS QUARESMA TRINDADE, REGINALDO CORREIA FERREIRA, KAROLLYNE QUARESMA MOURÃO

Apresentação: O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) pertence ao gênero Lentivirinae e família Retroviridae, de RNA. O HIV consiste em dois grupos, sendo eles o HIV-1 e HIV-2, tendo prevalência no Brasil do tipo HIV-1. A infecção por esse vírus pode ocorre durante a relação sexual, por transmissão vertical, aleitamento materno, pérfuro-cortantes, transfusão sanguínea, agulhas injetáveis compartilhadas que estejam com a presença do vírus. Após a exposição da pessoa ao vírus, o vírus começa a infectar os Linfócitos T CD4+, além de macrófagos e células dendríticas, iniciando sua replicação viral, com isso, ocorre uma elevação na carga viral, devido à resposta imunológica do indivíduo, fazendo o recrutamento de novas células de defesa, acarretando então em novas infecções, desta forma, inicialmente, há o acometimento dos linfonodos regionais e, posteriormente, disseminação na circulação sanguínea, período denominado de viremia, ocorrendo de 21 a 28 dias após a exposição ao patógeno, gerando uma diminuição na quantidade de T CD4+. Desde o momento do contato com o vírus, as pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHIV) podem estar transmitindo a doença. Com a falha no sistema imunológico, as PVHIV podem apresentar infecções oportunistas (IO). Os pacientes que apresentem nos exames laboratoriais a contagem de TCD4+ menor que 350 e a presença de uma ou mais IO, evoluem para o quadro de AIDS, existem diversas IO que acometem as PVHIV, como por exemplo a Sifilis, Neurosifilis, Neurotoxiplamose, dentre outras. É uma doença de notificação compulsória desde 2014. No Brasil, em 2017, foram diagnosticados 42.420 novos casos de HIV e 37.791 casos de AIDS notificados no Sinan, além disso, observou-se que a maioria dos casos de infecção pelo HIV encontra-se na faixa de 20 a 34 anos e em relações homoafetivas. A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma metodologia científica que organiza o trabalho da equipe de enfermagem e requer conhecimentos técnico-científicos e humanos no que diz respeito a prática assistencial, obtidas a partir da avaliação dos dados objetivos e subjetivos no Processo de Enfermagem (método científico utilizado na SAE) contribuindo para uma melhora na qualidade da assistência prestada, deste modo, fornece autonomia e satisfação profissional e implica positivamente para o paciente e a equipe de enfermagem, distanciando a Enfermagem do modelo biomédico, tornando a assistência mais humana possível. O objetivo deste é relatar a experiência vivenciada por acadêmicos de enfermagem na utilização da SAE direcionada a um paciente convivendo com HIV/AIDS e coinfecção. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado no mês de Junho de 2019, no Hospital Universitário João de Barros Barreto em Belém do Pará. Para seu desenvolvimento aplicou-se o processo de enfermagem para identificação dos diagnósticos, implementações e intervenções de enfermagem necessárias e verificado os resultados esperados mais comuns a estes pacientes, utilizando a taxonomia da NANDA, NIC e NOC. Resultado: Buscou-se prontuários de pacientes e suas respectivas anotações dos técnicos para que pudéssemos, acadêmicos e docente, levantar mais informações acerca do quadro geral de saúde dos pacientes e assim observar os principais problemas que eles apresentam. Após análise dos problemas identificados nos pacientes, obtivemos os seguintes diagnósticos de enfermagem, as respectivas intervenções de enfermagem e resultados esperados mais prevalentes: 1. Dispnéia: Padrão respiratório ineficaz relacionado a prejuízo neurológico evidenciado por dispnéia. Proporcionar troca gasosa adequada e manter a permeabilidade das vias aéreas. Supervisionar e administrar as nebulizações no horário conforme prescrição médica; monitorar o estado respiratório; avaliar com frequência as condições do paciente e sinais de hipóxia; comunicar equipe médica para solicitação da fisioterapia respiratória. 2. Constipação: Constipação relacionado a alteração dos hábitos alimentares evidenciado por abdome distendido e redução na frequência das fezes. Paciente voltará a evacuar. Solicitar a avaliação da nutricionista. 3. Sono e repouso prejudicados: Insônia relacionada a estressores evidenciada por alteração na padrão do sono. Discutir com os acompanhantes sobre medidas de conforto; propiciar ambiente calmo e seguro. 4. Cateter nasoenteral: Risco de aspiração relacionado a alimentação enteral. Prevenir broncoaspiração, prevenir complicações. Manter o paciente em posição elevada, principalmente durante e após a ingesta alimentar e hídrica; verificar resíduo da sonda antes de administrar a dieta; observar e notificar anormalidades como: obstrução da sonda e hipóxia; aspirar as vias aéreas sempre que necessário. 5. Astenia: Mobilidade física no leito prejudicada relacionada a força muscular insuficiente evidenciada por  capacidade prejudicada de mover-se entre a posição prona e a supina, sentada e a supina. Prevenir lesão por pressão; restabelecer a mobilidade física. Solicitar as intervenções do fisioterapeuta; mudar o paciente de decúbito para evitar lesão por pressão; Colaborar com o fisioterapeuta no desenvolvimento e execução de exercícios, conforme adequado. 6. SIDA e doenças oportunistas: Manutenção ineficaz da saúde relacionado a alteração na função cognitiva evidenciado por incapacidade de assumir a responsabilidade de atender a práticas básicas de saúde. Prevenir infecção evitável, prevenir agravamento do caso. 7. SIDA e doenças oportunistas: Risco de infecção relacionado a imunossupressão. Prevenir infecção evitável, prevenir agravamento do caso. Monitorar sinais e sintomas sistêmicos e locais de infecção; monitorar exames laboratoriais. 8. Ressecamento dos MMII e imobilidade no leito: Integridade da pele prejudicada relacionada a alterações no turgor da pele e pressão sobre saliência óssea evidenciada por alteração na integridade da pele. Propiciar a recuperação adequada da pele, prevenir lesão por pressão. Realizar mudança de decúbito no mínimo; manter a pele da paciente sempre limpa e seca; trocar as fraldas descartáveis com frequência e adequada ingesta hídrica; manter roupar de cama limpa, seca e sem rugas, realizar mudança de decúbito a cada 2 horas, monitorar condições da pele. Considerações finais: A partir da aplicação do processo de enfermagem na consulta com o paciente e, posteriormente, a análise dos dados contidos em seu prontuário, conseguimos identificar os principais problemas e seus devidos diagnósticos de enfermagem, permitindo o conhecimento das necessidades de cuidados de enfermagem e o direcionamento da assistência, possibilitando o estabelecimento de cuidados individuais ao paciente. Infere-se, portanto, que a aplicabilidade da SAE na assistência dos profissionais é de suma importância, pois direciona os passos que a equipe deve seguir, favorecendo uma assistência com mais qualidade, diferenciada e comprometida para o paciente, independente de sua patologia. Concomitantemente a isto, faz-se necessário que desde a graduação seja reforçada a importância desta metodologia científica, para que, quando o acadêmico se formar, possa realizar a aplicação da SAE de forma correta em seu ambiente de trabalho.

8722 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM APLICADA AO PACIENTE DIAGNOSTICADO COM LEPTOSPIROSE
Gezebel Vasconcelos da Costa, Raylesson Oliveira da Silva, Elisson Gonçalves da Silva, Karem Poliana Santos da Silva, Brenner Kássio Ferreira de Oliveira, Maxwell Arouca da Silva

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM APLICADA AO PACIENTE DIAGNOSTICADO COM LEPTOSPIROSE

Autores: Gezebel Vasconcelos da Costa, Raylesson Oliveira da Silva, Elisson Gonçalves da Silva, Karem Poliana Santos da Silva, Brenner Kássio Ferreira de Oliveira, Maxwell Arouca da Silva

Apresentação: A leptospirose é uma doença infecciosa aguda causada por uma bactéria chamada Leptospira, presente na urina de animais infectados, que acomete principalmente a grupos economicamente vulneráveis. Sendo assim, a enfermagem pode atuar em campanhas educacionais com intuito de alertar os grupos ocupacionais de risco sobre o modo de contágio e as consequências da doença, vinculado a medidas de saneamento como purificação da água e destino adequado aos esgotos são necessárias para o controle da doença Objetivo: Relatar o uso da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) aplicada ao paciente diagnosticado com leptospirose. Método: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência de acadêmicos de enfermagem sobre o uso da SAE no cuidado ao paciente com leptospirose durante as práticas hospitalares no interior do Amazonas. Resultado: Usando uma visão analítica sobre o estado geral do paciente, vinculado ao exame físico completo, observou-se que este possuía hemoptise, ansiedade e aptidão para o autocuidado. Formulou-se os seguintes diagnósticos de enfermagem em seus modelos real, risco e bem-estar: Síndrome do estresse por mudança, risco de aspiração e disposição para melhora do autocuidado. Como intervenções utilizaram-se: Usar escuta ativa para diminuir os níveis de ansiedade, promover o envolvimento familiar no ambiente hospitalar, aconselhar a não forçar excessivamente as cordas vocais ao falar, relatar e explicar a importância do autocuidado e instruir sobre como realizar a higiene corporal. Através do cuidado prestado alcançaram-se os seguintes Resultado: redução do estresse desencadeado pela mudança ambiental, diminuição do risco de aspiração ocasionado pela hemoptise e adesão melhorada á pratica do autocuidado. Considerações finais: A SAE viabiliza a otimização do trabalho quanto ao método pessoal e instrumental, no qual estes abrangem práticas fundamentais ao cuidado do paciente com leptospirose, quando formulados e executados de maneira adequada, visam a melhora e/ou prevenção de futuras enfermidades fora do âmbito hospitalar.

8730 ESTADO DA ARTE: A PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA
Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Bruno Vinicius da Costa Silva, Marcos José Risuenho Brito Silva, Yury Gomes, Vanessa Santos Ferreira, Marcio Yrochy Saldanha dos Santos, Regiane Camarão Farias

ESTADO DA ARTE: A PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA

Autores: Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Bruno Vinicius da Costa Silva, Marcos José Risuenho Brito Silva, Yury Gomes, Vanessa Santos Ferreira, Marcio Yrochy Saldanha dos Santos, Regiane Camarão Farias

Apresentação: A Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM) é um processo infeccioso do parênquima pulmonar que acomete pacientes submetidos à intubação endotraqueal e Ventilação Mecânica (VM) por mais de 48-72h e para as quais a infecção não foi o motivo para iniciar a ventilação. É notório que a prevenção que também é utilizada para a PAVM deve ser realizada pelos profissionais da saúde, sendo estes profissionais da atenção primária, secundária ou terciaria. O papel da formação em enfermagem por competências pode ser evidenciado em estratégias preventivas que podem ser utilizadas nos diversos tipos de setores da saúde. Com isso, o objetivo desse estudo é descrever e analisar o estado da arte, na literatura científica, sobre a prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica. Desenvolvimento: Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica do tipo estado da arte, realizado por meio de artigos científicos sobre a prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica. A pesquisa foi realizada na base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Bases de Dados de Enfermagem (BDENF) via Biblioteca Vitual da Saúde (BVS), utilizando os descritores controlados e não controlados, que foram determinados de acordo com a necessidade de cada base de dados. Os descritores (via Descritores em Ciências e Saúde) controlados foram: infecção hospitalar, doença respiratória e ventilação artificial. Esses descritores foram combinados de várias maneiras com intuito de ampiar a busca nas bases escolhidas. Foram incluidos estudos primários e secundários que abordavam a respeito da prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica. Estudos publicados em inglês e português no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2019. Foram excluídos todos aqueles que não estavam disponíveis em texto completo e que não tinham como temática principal a pneumonia associada à ventilação mecânica. Resultado: Evidenciou-se que, dos 9 artigos publicados, 88% abordam que a lavagem das mãos é o cuidado mais importante para a prevenção de PAVM, seguido da higiene bucal;  45% mostram que os profissionais da saúde apresentam pouca ou nenhuma orientação sobre o assunto e 44% utilizam "Bundle" como instrumento de prevenção para a PAVM. Considerações finais: Pode-se perceber a importância do conhecimento do profissional da saúde sobre como este pode prevenir a PAVM, visto que atitudes que vem deste pode acarretar na não doença do enfermo. Por isso, é necessário que ocorra melhores orientações na vida acadêmica do enfermeiro para assim para assim, ocorra a menor incidência de casos de pneumonia associada à ventilação mecânica.

9312 QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS QUE VIVEM COM HIV SOB A ÓTICA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Rômulo Frutuoso Antunes, Sergio Correa Marques, Denize Cristina de Oliveira, Juliana Pereira Domingues, Yndira Yta Machado, Vanessa Bittencourt Ribeiro

QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS QUE VIVEM COM HIV SOB A ÓTICA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS

Autores: Rômulo Frutuoso Antunes, Sergio Correa Marques, Denize Cristina de Oliveira, Juliana Pereira Domingues, Yndira Yta Machado, Vanessa Bittencourt Ribeiro

Apresentação: No contexto histórico, a AIDS e o HIV tiveram forte impacto na saúde pública na década de 80, no Brasil, onde os primeiros casos surgiram por volta de 1982. A história do HIV permite circunscrever três momentos distintos: no primeiro, marcado pela atuação dos profissionais de saúde e os recursos tecnológicos e científicos no início da epidemia; no segundo, surgem as políticas públicas de saúde que universaliza a terapia antirretroviral (TARV) para o tratamento, em 1996; e no terceiro momento, a epidemia passa por uma ressignificação, sendo compreendida como uma doença crônica com a diminuição na morbimortalidade das pessoas que vivem com HIV e melhora na qualidade de vida (QV). Considerando este último aspecto, pretendeu-se investigar como este grupo pensa e percebe sua QV. Objetivo: O estudo tem como objetivo identificar os conteúdos que constituem a representação social da QV das pessoas que vivem com HIV atendidas numa unidade básica localizada no bairro da zona sul do Rio de Janeiro. Método: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, fundamentado na Teoria das Representações Sociais, utilizando a abordagem estrutural, que permitirá compreender como o grupo pensa e concebe a QV no viver com o HIV. O estudo foi realizado com 60 participantes atendidos no SAE situado no município do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados por questionário sociodemográfico e pela técnica de evocações livres ao termo indutor “qualidade de vida”. Para a análise das evocações utilizou-se o “software” EVOC 2005. Resultado: Do grupo de 60 pessoas, 48 são homens, 19 com idade entre 40-49 anos, 37 foram infectados através da relação homossexual/HSH, 56 alegam não sentir sintomas da doença e 58 fazem uso da TARV. Quanto aos conteúdos e sua organização interna da RS da QV, o software identificou 253 palavras, dentre as quais 66 são diferentes. Para a construção do Quadro de Quatro Casas adotou-se a frequência mínima em 6 palavras, sendo desprezadas aquelas com frequência inferior; a frequência média foi calculada em 10 e a média das ordens médias de evocação (OME) em 2,7, que está relacionado com à média de posição de cada termo evocado no corpus analisado. Os elementos que correspondem ao possível núcleo central da representação da QV das pessoas que vivem com HIV, são: boa, boa-alimentação, cuidados- saúde, saúde, trabalho e viver-bem. Percebe-se uma avaliação positiva da QV para esse grupo, sendo boa e viver-bem pertencentes a uma dimensão avaliativa da QV, boa-alimentação de dimensão físico-corporal, saúde e cuidado-saúde de dimensão do cuidado com a próprio saúde, e, trabalho¸ pertencente à dimensão das relações sociais. A palavra “boa-alimentação” aparece como mais evocada (19) pelos participantes e de maior OME (2,68), ou seja, entendem que alimentação influencia diretamente no cotidiano e na manutenção da saúde. O segundo termo mais evocado foi “trabalho” (14) e o terceiro que teve OME referente à 2,42. Isso revela a necessidade das relações sociais dos pacientes, visto que o trabalho traz a luz a autonomia financeira e a sensação de ser útil em algo e rompendo o estado de limitação pelo HIV. Os termos “saúde” e “boa” tiveram o mesmo quantitativo de evocações (13). No entanto, “saúde” obteve a menor OME do quadrante, o que remete a uma evocação mais precisa ao termo indutor “qualidade de vida”. Isso sugere que os participantes têm pensado mais em saúde como bem-estar e livre de sinais e sintomas da doença, efeitos adversos da terapia medicamentosa e afins, o que, certamente, influencia na representação da QV como boa. O termo “boa” teve a segunda menor OME (2,15), que retrata a dimensão avaliativa positiva da qualidade de vida. Quando todos os eixos da QV estão em equilíbrio ou estáveis, refletem diretamente na percepção do indivíduo sobre a representação da QV. Os elementos “viver-bem” e “cuidados-saúde” obtiveram as menores frequências de evocação e as maiores OME, ou seja, mais tardiamente evocadas entre as palavras deste quadrante, sendo, respectivamente, 12 e 11 para evocações e, 2,41 e 2,63 para OME. No entanto, vale ressaltar que esses termos possuem significado importante, uma vez que remete a importância do cuidado com a saúde e os prazeres da vida para que possam ter uma boa QV. A primeira periferia é composta pelas palavras: atividade-física e lazer. O elemento “atividade-física” obteve frequência mínima 17 e OME 2,76, foi mais prontamente evocada em relação ao segundo termo, enquanto “lazer” obteve a frequência mínima 14 e OME 3,35, sendo mais tardiamente evocada. A segunda periferia da representação é composta pelas evocações: alegria, dormir-bem, estado-psicológico e prevenção. São termos que reforçam o núcleo central e remetem ao cuidado de si e com o outro. “dormir-bem” e “estado-psicológico” possuem a mesma quantidade de evocações (7), divergem apenas na OME, sendo, sucessivamente, 4,14 e 2,85, ou seja, isso nos diz que dormir-bem, entre as 5 evocações ao termo indutor solicitado ao participante, foi evocado entre a 4ª palavra, ou seja, mais tardiamente, enquanto estado-psicológico, foi evocado entre as 2ª palavras. Dormir-bem expressa uma necessidade fisiológica básica do corpo e que contribui para uma boa QV. Já os elementos “alegria” e “prevenção” também possuem a mesma quantidade de evocações (6), porém OME divergentes, sendo 3,00 e 3,66, respectivamente. O termo alegria reflete na satisfação com o tratamento e a percepção positiva da QV e está intrinsicamente relacionada ao cuidado de si e ao convívio com a doença. Já o termo prevenção sugere, o autocuidado e o cuidado com o outro, ou seja, o cuidado com si, para evitar doenças oportunistas, como pneumonia, tuberculose, doenças cardiovasculares, renais, de pele, câncer, entre outras; além do cuidado com o próximo e ou parceiro, para não transmitir o HIV. A zona de contraste é construída pelos conteúdos: medicações, melhor-agora e vida-normal. Os termos refletem uma avaliação positiva da QV e dimensões do cuidado medicamentoso e avaliativa da QV. O termo “vida-normal” obteve o maior número de evocações e a maior OME. O termo sugere que os indivíduos veem com naturalidade a condição de portador do vírus e tratam como uma doença crônica. Os termos “medicações” e “melhor-agora” possuem a mesma quantidade de evocações (6), porém divergem-se na OME, sendo medicações a de menor OME, ou seja, é o termo que possui forte representação para os sujeitos. Isso traduz a importância da terapia antirretroviral na manutenção da QV dos indivíduos e na rotina diária destes. E o termo melhor-agora possui OME de 2,00, e está diretamente relacionado com a visão que os participantes possuem sobre o estágio atual da doença. Isso também evidencia as mudanças ocorridas nos hábitos de vida no cotidiano para se ter uma melhor QV. Considerações finais: Percebe-se uma avaliação positiva da QV pelo grupo, que pode ter relação com a redução da morbimortalidade dos indivíduos que fazem uso da TARV. Além disso, pode-se constatar o cuidado de saúde consigo através de uma boa alimentação, da prática de atividade-física e de momentos de lazer, como apresentadas no NC e na primeira periferia. Vale ressaltar, que os indivíduos evidenciam que o trabalho contribui positivamente para QV, uma vez que faz sentirem-se mais saudáveis e não somente como uma pessoa enferma.

12320 O PROGRAMA DE CONTROLE DA TUBERCULOSE NO DISTRITO DE SAÚDE NORTE DE MANAUS, AMAZONAS
Ana Paula de Carvalho Portela, Yasmim Vieira da Rocha, Wanessa Souza Barbosa, Eveline Menezes Caçote Barbosa, Amélia Nunes Sicsu

O PROGRAMA DE CONTROLE DA TUBERCULOSE NO DISTRITO DE SAÚDE NORTE DE MANAUS, AMAZONAS

Autores: Ana Paula de Carvalho Portela, Yasmim Vieira da Rocha, Wanessa Souza Barbosa, Eveline Menezes Caçote Barbosa, Amélia Nunes Sicsu

Apresentação: A tuberculose (TB) é a doença que permanece como uma das principais causas de morbimortalidade no mundo, sendo responsável, em 2015, por cerca de 1,4 milhão de mortes anualmente e 10,4 milhões de casos novos. O Brasil está entre os 30 países de alta carga para TB e TB-HIV considerados prioritários pela OMS para o controle da doença no mundo. Dentre os estados, o maior coeficiente de incidência foi no Amazonas, com 74,1/100 mil habitantes, e Manaus apresenta um coeficiente de incidência de 104,7/100 mil habitantes, o maior dentre  as capitais. A TB está diretamente relacionada às condições de vida da população. Estudos sugerem que o adoecimento por TB resulta da relação entre determinantes provenientes de três diferentes níveis: a comunidade, o ambiente domiciliar e características individuais. O Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) atua no sentido de coordenar a formulação de políticas públicas e estratégias para a redução da morbimortalidade por TB no Brasil, em conformidade com os princípios e diretrizes do SUS e respeitando os direitos individuais dos usuários. A atenção básica deve ser a principal porta de entrada do SUS, utilizando-se de tecnologias de saúde capazes de resolver os problemas de maior frequência e relevância em seu território. As pessoas com suspeita de tuberculose devem ser identificadas, atendidas e vinculadas à atenção básica, por meio da ESF ou das unidades básicas de saúde. Portanto, este estudo tem como objetivos avaliar a atuação das Unidades Básicas de Saúde no Programa de Controle a Tuberculose no Distrito de Saúde Norte (DISAN) de Manaus e descrever o perfil dos pacientes acompanhados em tratamento para TB em unidades básicas de saúde no mesmo distrito. Método: Trata-se de um estudo de avaliação de serviços de saúde utilizando-se as abordagens quantitativa e qualitativa, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Distrito de Saúde Norte de Manaus, Amazonas. Foi realizado em duas etapas: Primeiro, com o uso de instrumentos previamente elaborados, foram levantadas informações sobre a estrutura das unidades de saúde, os insumos e ações voltadas ao PNCT e os profissionais que acompanhavam os pacientes. A segunda etapa buscou verificar informações com base nos prontuários sobre o perfil sociodemográfico dos usuários com TB em tratamento, no período de 2017 a 2019. Resultado: Foram pesquisadas 34 Unidades Básicas de Saúde do DISA Norte que atendem prioritariamente na modalidade Estratégia de Saúde da Família (94%), realizando o Tratamento Diretamente Observado (82%) e funcionando em dois turnos (97%). Quanto aos recursos humanos, cada unidade deste Distrito tem, em média: 6 agentes comunitários de saúde, com 151 meses de serviço (n=220); 2,5 técnicos de enfermagem por unidade, com tempo médio de 40 meses de atuação (n=86); 01 enfermeiro por unidade, com atuação média de 53 meses (n=48); 01 médico por unidade, com tempo médio de 53 meses (n=57).  41% das unidades com equipe mínima padronizada pelo Ministério da Saúde e apenas 19% dos médicos com especialização em saúde da família. Todas as unidades possuíam o livro de sintomáticos respiratórios e formulários de baciloscopia. Segundo informações extraídas destes livros, foram solicitadas 910 baciloscopias, 1136 em 2018 e 408 em 2019. A maioria das UBS possuía potes para coleta de escarro mas em poucas unidades havia um local específico para coleta de baciloscopia e geladeira para acondicionamento de material biológico. Apenas uma unidade disponibilizava de Sala de Raio X. Referente aos dados dos pacientes com diagnóstico de TB acompanhados pelas Unidades do DISA Norte, coletado em 86 prontuários, destaca-se o maior percentual de homens (60%), a maioria na faixa etária de 18 a 29 anos (34,9%). Estudos recentes apontam que o sexo masculino tende a negligenciar o autocuidado se comparado às mulheres, além de corroborar o panorama de Manaus de notificações de casos confirmados em usuários do sexo masculino. Quanto à idade, os dados refletem o panorama nacional. Tal dado reflete a necessidade de estratégias específicas na atenção básica para a população masculina nessa faixa de idade no âmbito da prevenção de agravos e à promoção de sua saúde. Quanto aos exames, para o diagnóstico de tuberculose identificou-se que em 47,7% da amostra a solicitação de 2 exames se fez necessária. Para o diagnóstico da tuberculose realiza-se a baciloscopia, mas a qualidade da amostra pode ser um fator que contribuiu para a necessidade de realização de outro exame. Em 34,4% dos prontuários, o sinal e sintoma registrado foi tosse e 18,8%, perda ponderal. Os mesmos são clássicos em indivíduo com quadro infeccioso com a forma ativa da doença. A atenção básica é a porta de entrada principal e a articuladora do cuidado, e isto pode ser percebido no Programa de Controle à Tuberculose no Distrito de Saúde de Manaus, quando 40,7% dos registros sobre primeiro serviço de saúde procurado refere-se às unidades básicas de saúde e/ou unidades básicas de saúde da família. Ainda assim, pode-se verificar que em 27,9% dos casos o serviço de saúde primário foi centro de referência, Policlínica Cardoso Fontes. Os casos diagnosticados no serviço de saúde em questão foram encaminhados para a atenção básica para acompanhamento no Programa. Resultado: Considerando que a Atenção Primária em Saúde tem como responsabilidade a Busca Ativa, a classificação e estratificação do risco, o acompanhamento e tratamento, bem como o encaminhamento para outro nível de atenção, quando for o caso, e a garantia de vinculação do usuário com a equipe de APS para solucionar problemas, como é o caso da Tuberculose, verificamos que a atuação das Unidades do DISA Norte ainda tem muito a se aprimorar. Questões estruturais, de recursos materiais e humanos, e a própria gestão tem deixado o PNCT aquém do que se espera para o controle e até erradicação desta doença. Sobre o perfil social e clínico dos usuários acompanhados no PNCT, foi possível perceber a uma população que não prioriza o autocuidado no tocante da promoção de sua saúde e prevenção de doenças.  Percebe-se a necessidade de um sistema de saúde em que o cuidado é centrado no usuário, a partir do diálogo e orientações que contribuam para a tomada de decisões e gerenciamento do autocuidado, o que pode o que pode contribuir fortemente para o controle da tuberculose.