457: O trabalho da enfermagem
Debatedor: Rocineide Ferreira
Data: 31/10/2020    Local: Sala 11 - Rodas de Conversa    Horário: 16:00 - 18:00
ID Título do Trabalho/Autores
8966 VIVÊNCIA DA LIBRAS EM SAÚDE: REFLEXÃO DE UM ACADÊMICO DE ENFERMAGEM SOBRE A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
Elisson Gonçalves da silva, Rodrigo Silva Marcelino, Yasmim de Souza Gomes, Fernanda Gonçalves da silva, Daniela Gomes de Souza, Elrineia Sobrinho Cordovil, Maria Aparecida Silva Furtado

VIVÊNCIA DA LIBRAS EM SAÚDE: REFLEXÃO DE UM ACADÊMICO DE ENFERMAGEM SOBRE A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

Autores: Elisson Gonçalves da silva, Rodrigo Silva Marcelino, Yasmim de Souza Gomes, Fernanda Gonçalves da silva, Daniela Gomes de Souza, Elrineia Sobrinho Cordovil, Maria Aparecida Silva Furtado

Apresentação: A linguagem e a comunicação fundamentam-se como meio de interações sociais no processo de troca de informações entre pessoas com finalidade de relacionarem-se uns com os outros. Na área da saúde, em especial, na Enfermagem, não é diferente e, para o empreendimento da saúde, a comunicação é um elemento necessário e de grande importância na promoção do cuidado que visa manter a saúde e a dignidade humana. Quando se trata de interações entre enfermeiros e pacientes com necessidades especiais, a questão comunicacional merece ainda mais atenção. É o caso, por exemplo, da comunicação com o paciente surdo em que o melhor a se fazer é o uso da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Nota-se, entretanto, a existência de carência de instrumentação humana adequada, seja por ausência de políticas públicas ou gestões locais, que favoreça aos indivíduos com deficiência, os quais necessitam de amparo. Uma forma de solucionar a problemática seria a capacitação dos próprios enfermeiros para tal tipo de comunicação. A inserção da disciplina de LIBRAS nos cursos de Graduação em Enfermagem é uma medida que visa estimular os futuros enfermeiros a terem conhecimento sobre esta forma de comunicação. Objetivo: Relatar a experiência de um acadêmico do curso de Enfermagem sobre a importância do ensino da Língua Brasileira de Sinais. Método: Trata-se de um relato de experiência de natureza descritiva com abordagem qualitativa. A imersão vivencial do acadêmico ocorreu durante a aula prática da disciplina de Língua Brasileira de Sinais do Curso de Enfermagem do Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), e o período da atividade prática aconteceu no período letivo de 2019/2. Resultado: Durante a vivência acadêmica, constatou-se da importância das aulas de LIBRAS para a abordagem dos cuidados de enfermagem, tendo em vista que, durante a atuação enquanto futuro enfermeiro, não se sabe qual é o público que se vá encontrar ou atender. Diante disso, torna-se necessário ao estudante de Enfermagem aprender LIBRAS para dar uma boa assistência a pacientes durante o atendimento de enfermagem. Sabe-se que são desafiadoras as necessidades em saúde da comunidade surda em virtude da comunicação que é a maior barreira enfrentada por estes usuários em serviços de saúde.  Em se tratando do Curso de Enfermagem do ISB/UFAM, LIBRAS é uma disciplina apenas optativa na grade curricular do curso e poucos alunos se interessam em se matricular e assistir as aulas para o próprio crescimento intelectual e profissional. Acredita-se que não obrigatoriedade da disciplina no curso possa gerar um déficit de conhecimento por parte dos futuros profissionais. Considerações finais: Ao decorrer das aulas de LIBRAS, houve várias experiências enriquecedoras que evidenciaram a necessidade de os enfermeiros conhecerem a grandeza desta língua de sinais para um diálogo eficiente e interação sobre a qual se compartilham mensagens, ideias, sentimentos e emoções. Na assistência de enfermagem, somente a partir de uma boa comunicação estabelecida poder-se-á identificar e resolver as necessidades dos pacientes de forma humanizada e integral.

8994 RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM EM SALA DE IMUNIZAÇÃO
Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Bruno Vinicius da Costa Silva, Marcos José Risuenho Brito Silva, Yury Gomes, Vanessa Santos Ferreira, Eliza Paixão da Silva, Ana Clara Lima Moreira, Regiane Camarão Farias

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM EM SALA DE IMUNIZAÇÃO

Autores: Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Bruno Vinicius da Costa Silva, Marcos José Risuenho Brito Silva, Yury Gomes, Vanessa Santos Ferreira, Eliza Paixão da Silva, Ana Clara Lima Moreira, Regiane Camarão Farias

Apresentação: A imunização, preconizada pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), previne diversas doenças transmissíveis na população, principalmente no primeiro ano de vida. O conhecimento do calendário vacinal e das normas e rotinas dentro da sala de vacina são imprescindíveis para a assistência de qualidade. As práticas extracurriculares mostram-se como forma de aproximar os estudantes à realidade do Sistema Único de Saúde (SUS), potencializando-o enquanto espaço privilegiado de aprendizagem e apoio à formação. Com isso, o objetivo desse estudo é relatar a vivência de acadêmicos de enfermagem em práticas extracurriculares dentro da sala de vacina. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo qualitativo, vivenciada por acadêmicos de enfermagem, durante os anos de 2018 e 2019 em um Centro de Saúde e Escola, em Belém (PA). Os acadêmicos tiveram a oportunidade de conhecer a rotina de assistência dentro da sala de vacina, no qual intercalavam entre a triagem, a aplicação de imunobiológicos e gerenciamento da sala. Resultado: A oportunidade de vivências extracurriculares é maximiza o processo de formação de futuros profissionais, em destaque a formação em enfermagem. Nota-se a universidade com o papel de orientar e educar os acadêmicos quanto à importância da escolha dessas práticas, de forma que esteja em consonância com suas futuras competências como profissionais. Com a vivência, foi possível conhecer o cotidiano da sala de vacina, o papel da equipe de enfermagem e conhecer os diferentes cenários que podem ocorrer dentro da sala de imunização, sendo exemplificado com o atendimento e notificação antirrábica, a notificação de eventos adversos pós-vacinação e, com destaque, a forma mais “humanizada” de realizar uma assistência de qualidade. Resultado: A vivência fora do contexto de práticas curriculares possibilita a formação de profissionais mais preparados para a prática de assistências mais sólidas e direcionadas para um determinado tipo de ocorrência, o que aumenta a segurança desses acadêmicos em suas práticas já como enfermeiros. Além de proporcionar ao acadêmico uma visão mais ampla do sistema de saúde no âmbito do SUS, também o possibilita compreender o papel da enfermagem dentro do setor destinado.

8995 ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM FRENTE A SAÚDE DE POPULAÇÕES INDÍGENAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Fabiane de Jesus Duque de Lima, Pamela Reis Castelo Branco

ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM FRENTE A SAÚDE DE POPULAÇÕES INDÍGENAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Autores: Fabiane de Jesus Duque de Lima, Pamela Reis Castelo Branco

Apresentação: A atuação na area da saúde da população indígena é atravessada por fatores culturais, sociais, históricos, econômicas e políticos. Os trabalhadores de saúde envolvidos no cuidado ao indígena deparam-se constantemente com perspectivas distintas concernentes ao modelo biomédico clássico predominante nas sociedades ocidentais. Considerando que os aspectos da organização do trabalho influenciam sobremaneira a produção do cuidado, é importante entender como é a realizada a atuação da enfermagem frente a saúde de populações indígenas. Este estudo tem como objetivo entender a atuação da enfermagem frente a saúde de populações indígenas, com o fim de promover conhecimento acerca do assunto a todos os enfermeiros que atuam ou pretendem atuar nessa área. Método:Para tanto, foi realizada uma Revisão de literatura de artigos científicos, no período de 2012 a 2017. Os artigos foram obtidos através das bases de dados da LILACS e Google Acadêmico, utilizando-se os seguintes descritores: atuação, enfermagem e saúde indígena. Resultado: No desenvolvimento das atividades profissionais, percebe-se o desafio de estar num contexto distinto ao urbano, com dificuldades de acesso e de comunicação pelas diferenças socioculturais, pela concepção de saúde nas diversidades e pelas especificidades do cuidado. Outro ponto é o fato de a assistência à saúde da população indígena ser atravessada por fatores culturais, sociais, históricos, econômicas e políticos. Há ainda a dificuldade de comunicação por conta dos variados níveis do português falado e compreendido em diferentes grupos indígenas. Com isso, nos diversos procedimentos, a adesão ao tratamento pode ser comprometida, as questões nesse encontro cultural entre profissionais de saúde e as comunidades indígenas vão se estreitando em níveis cada vez mais profundos, especialmente quando se trata do entendimento da origem das doenças, suas multicausalidades e a visão não fragmentada desses povos. As dificuldades enfrentadas pelos profissionais da saúde, principalmente os da enfermagem, simbolizam uma realidade que se caracteriza por reproduzir que a enfermagem e o papel da enfermagem são resumidos e improvisados. Tais improvisos que podem ter sentidos opostos, ou seja: positivo, representando uma superação da profissão nas dificuldades enfrentadas, ou negativo, representando uma realidade em que a profissão sofre em colocar em prática uma atuação limitada e com incerteza da efetividade. Considerações finais: A enfermagem, no contexto da saúde indígena, não mede esforços para prover os cuidados, vencendo barreiras étnicas, culturais, geográficas, linguísticas e de comunicação, que se constituem, muitas vezes, como desafios para prover os cuidados. Todo esse contexto leva a uma reflexão da necessidade de melhorias nas políticas, reestruturação dos serviços de saúde visando a capacitação dos profissionais, qualificar os que atuam junto a essas populações e aprofundar a discussão sobre as políticas voltadas para a questões indígenas junto aos formuladores de políticas para esta área.

9243 A IMPLEMENTAÇÃO E EXECUÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA NOS SERVIÇOS DE SAÚDE COMO METODOLOGIA DE EMPODERAMENTO E TERRITORIALIZAÇÃO DA ENFERMAGEM NO SISTEMA DE SAÚDE.
Laís Lopes Gonçalves, Caroline Nascimento de Souza, João Vitor Nascimento Palaoro, Jaçamar Aldenora dos Santos, Alessandra Aparecida de Saldes, Amélia Toledo da Silva Balduína, Ana Paula de Araújo Machado, Ítalla Maria Pinheiro Bezerra

A IMPLEMENTAÇÃO E EXECUÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA NOS SERVIÇOS DE SAÚDE COMO METODOLOGIA DE EMPODERAMENTO E TERRITORIALIZAÇÃO DA ENFERMAGEM NO SISTEMA DE SAÚDE.

Autores: Laís Lopes Gonçalves, Caroline Nascimento de Souza, João Vitor Nascimento Palaoro, Jaçamar Aldenora dos Santos, Alessandra Aparecida de Saldes, Amélia Toledo da Silva Balduína, Ana Paula de Araújo Machado, Ítalla Maria Pinheiro Bezerra

Apresentação: A enfermagem possui um papel fundamental na prestação da assistência à saúde no Brasil, haja vista que o desempenho da função é indispensável no processo de promoção, prevenção e reabilitação do paciente. Todavia, a inutilização de ferramentas metodológicas fundamentais na execução de uma boa prática assistencial que empodere o enfermeiro do seu papel como a implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), associado à deficiência do estado na promoção de políticas públicas de saúde voltadas a esses profissionais, tem gerado um processo de insatisfação e desvalorização da categoria, evidenciado pela apatia  diante da perda territorial de competências do enfermeiro e que atualmente são exercidas por outros profissionais da área da saúde. Mediante ao exposto, este trabalho tem como objetivo descrever como a implementação e a execução da sistematização da assistência nos serviços de saúde constitui um método de empoderamento e territorialização da enfermagem no Brasil. Desenvolvimento: Trata-se de uma revisão integrativa realizada nas bases de dados da Biblioteca Científica Eletrônica Online (SciELO ) no mês de janeiro de 2020. Para busca, utilizou-se os descritores baseado do DeCS: Processo de Enfermagem AND Trabalhadores AND Brasil. Os critérios de inclusão foram: Artigos em português e inglês, publicados entre 2018  e 2019. Resultado: Foram encontrados 26 artigos dentro da temática, que após a leitura dos resumos, 9 artigos compuseram a amostra final. Foi possível evidenciar através dos resultados dos artigos que a implementação da SAE, constitui um método de empoderamento e expansão da territorialização, tendo em vista que a SAE é um instrumento metodológico e sistemático que direciona e organiza a assistência de enfermagem, sendo a documentação da prática. A sistematização da assistência de enfermagem idealiza o cuidado desde sua concepção, organizando o trabalho da equipe de enfermagem através da pactuação de normas, rotinas e registros, promovendo o cuidado seguro, de qualidade e eficaz. Os artigos demonstraram que os enfermeiros que tem domínio do funcionamento dessa dinâmica são potencializados dentro daquilo que os competem fazer, o que reflete diretamente na expansão da territorialização da enfermagem no serviço de saúde fazendo com que as ações executadas sejam planejadas previamente e não aconteçam de forma aleatória e descontínua. Isso permite que o profissional tenha uma visão ampla do resultado do seu trabalho e empodere-se cada vez mais de suas atribuições colocando-as em prática. Considerações finais: Apropriar-se de ferramentas que permitem o registro, o planejamento, a execução e avaliação do processo de trabalho é um método eficaz para prestação de uma assistência com qualidade e consequentemente valorização e reconhecimento da categoria. Trazer esse tema para o centro das discussões é vislumbrar um caminho de avanços não só para categoria mas para o sistema de saúde como um todo.

9938 CONSULTA DE ENFERMAGEM COM IDOSOS NUM CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRAL NO NORTE DO BRASIL
EMILLIA C GONÇALVES DOS SANTOS, Caroline Brelaz Chaves Valois, Christina Silva da Costa Klippel, Yasmin Saba de Almeida, Boaz Ramos de Avellar Júnior, Mauro Leonardo Salvador Caldeira dos Santos

CONSULTA DE ENFERMAGEM COM IDOSOS NUM CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRAL NO NORTE DO BRASIL

Autores: EMILLIA C GONÇALVES DOS SANTOS, Caroline Brelaz Chaves Valois, Christina Silva da Costa Klippel, Yasmin Saba de Almeida, Boaz Ramos de Avellar Júnior, Mauro Leonardo Salvador Caldeira dos Santos

Apresentação: A ampla diversidade da Região Amazônica, seja de natureza sociocultural, econômica, étnica e macroambiental, aponta para necessidade de pesquisas epidemiológicas sobre a população idosa que vive nesse território. A pesquisa teve por objetivo criar um instrumento organizado metodologicamente por meio do Processo de Enfermagem para uso na Consulta de Enfermagem da clientela idosa em um centro de atenção voltado para o atendimento à idosos. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo com abordagem metodológica de pesquisa-ação, de natureza qualitativa, participativa, do tipo estudo de caso. Apresenta fase exploratória e fase proposicional. O cenário da pesquisa foi uma unidade pública de atendimento a pacientes da terceira idade na cidade de Manaus, Amazonas, Brasil. Nesse movimento de construção, sete etapas foram percorridas, que não foram estanques e se sobrepuseram. Resultado: Optou-se pela utilização da Avaliação Geriátrica Compacta de 10 minutos, aplicada por meio do Protocolo da Atenção Multidisciplinar ao Idoso Frágil. Para avaliação cognitiva, a 10-Point Cognitive Screener e Escala de Depressão Geriátrica de quatro itens; entre outros. Os Principais Diagnósticos de Enfermagem elencados foram: Confusão Crônica, Constipação, Integridade da Pele Prejudicada, Memória Prejudicada, Incontinência Urinária, Deambulação Prejudicada. Campos para intervenção e avaliação têm sido criados e validados. Considerações finais: Constatou-se o início da deflagração do cuidado sistematizado ao idoso por meio do instrumento construído, com satisfação para os enfermeiros e para a clientela. Sugere-se a continuidade da pesquisa-ação, buscando a completude dos diagnósticos de Enfermagem, busca de intervenções e resultados validados, visando aplicabilidade efetiva e eficaz da Consulta de Enfermagem clinicamente plena. 

10413 IMPLANTAÇÃO DA VISITA PRÉ-OPERATÓRIA DE ENFERMAGEM NO INCA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Thaís Falcão Pereira Frias, Lilia Dias Santana de A. Pedrada, Ana Karine Ramos Brum, Érica Brandão de Moraes

IMPLANTAÇÃO DA VISITA PRÉ-OPERATÓRIA DE ENFERMAGEM NO INCA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Thaís Falcão Pereira Frias, Lilia Dias Santana de A. Pedrada, Ana Karine Ramos Brum, Érica Brandão de Moraes

Apresentação: A assistência de enfermagem perioperatória exige do enfermeiro uma visão integral das necessidades humanas do paciente e de sua família. A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma metodologia científica que ajuda o enfermeiro na prática profissional. De acordo com a resolução 358/2009 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) tornou-se obrigatória tanto em instituições públicas ou privadas (SOBECC, 2017). Um dos modelos utilizados na Sistematização da Assistência de Enfermagem no centro cirúrgico é a Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP). A SAEP tem como objetivos: promover, manter e recuperar a saúde do paciente e apoio de sua família. A visita pré-operatória de enfermagem considerada a primeira etapa da SAEP vem demonstrando um eficaz instrumento básico, que permeia todo o processo da assistência, permitindo que se estabeleça, quando efetiva, um vínculo entre enfermeiro e paciente. Objetivo: Identificar os riscos e intervir junto ao paciente, família e equipe multiprofissional, garantindo assim segurança ao paciente cirúrgico. Método: A visita pré-operatória de enfermagem foi implantada em agosto de 2017, atualmente é realizada por seis enfermeiros lotados no centro cirúrgico, recuperação pós anestésica, centro de material e esterilização e coordenadores do bloco cirúrgico, além dos residentes de enfermagem do CC. Porém, dada a proximidade da visita com o ato cirúrgico, por vezes, não temos tempo hábil para preparar adequadamente este paciente e o ambiente para o intraoperatório. Utilizamos um instrumento (formulário) padronizado para um atendimento sistematizado, que contempla perguntas e orientações pertinentes ao período perioperatório, que foi elaborado a partir dos principais diagnósticos de riscos. Destacamos aqui os principais diagnósticos de riscos determinados nesse período:  pacientes alérgicos a látex, obesos, desnutridos, com apliques e adornos, pacientes com problemas hematológicos específicos, via aérea difícil, déficit cognitivo, deficiências físicas e necessidades religiosas específicas. Resultado: Alcançamos uma meta de aproximadamente 60% dos pacientes que são submetidos a cirurgias eletivas, dos 160 procedimentos cirúrgicos de três clínicas (Ginecologia, Tecido Ósseo Conectivo (TOC) e Mastologia) realizados por mês, 96 tem sido beneficiado pela visita pré-operatória. Todos os enfermeiros (seis) aderiram ao processo da visita pré-operatória com satisfação da busca pela qualidade da assistência e segurança do paciente. Faz um ano que utilizamos a visita pré-operatória como indicador de qualidade e mensurado os eventos adversos no período transoperatório, a fim de minimizar os riscos e efetuar as intervenções, realizando planos de cuidados de enfermagem. Considerações finais: A visita pré-operatória de enfermagem permite que o enfermeiro considere a individualidade de cada paciente, e ao mesmo tempo direcione a identificação das necessidades do paciente que possam interferir durante o procedimento cirúrgico. Um dos pontos que se destaca é a relação de cuidado gerada na visita pré-operatória entre o enfermeiro e o paciente.

10782 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA CRIANÇA COM DIAGNOSTICO DE HEPATOMEGALIA EM UM HOSPITAL PÚBLICO NO INTERIOR DA AMAZÔNIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Mirlane da Costa Fróis, Monica Karla Vojta Miranda, Rafaela Victoria Camara Soares, Rosângela Carvalho de Sousa

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA CRIANÇA COM DIAGNOSTICO DE HEPATOMEGALIA EM UM HOSPITAL PÚBLICO NO INTERIOR DA AMAZÔNIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Mirlane da Costa Fróis, Monica Karla Vojta Miranda, Rafaela Victoria Camara Soares, Rosângela Carvalho de Sousa

Apresentação: A hepatomegalia é caracterizada pelo  crescimento anormal do fígado, que pode ser ocasionado por diversos fatores bem como pelo aumento no número ou tamanho das células intrínseco do fígado, infiltração de células, aumento no tamanho do espaços  vascular, aumento do tamanho do espaço biliar e idiopática, a dimensão normal do fígado é considerada de acordo com a idade, a considerar o aumento do bordo hepático diante da margem costal, da presença do som maciço na  percussão, daí a importância do uso da hepatimetria para determinar o tamanho da margem superior e da porção inferior do fígado. Quanto aos sinais e sintomas característicos dos distúrbios hepáticos estão: icterícia, fadiga, náuseas, vômitos, consistência endurecida do fígado, telangiectasia, eritema palmar, redução da massa muscular e do desenvolvimento, mal-estar geral, anorexia, prurido, dor no hipocôndrio direito e distensão abdominal, entretanto a casos de não manifestar sintomas. E aos exames laboratoriais para auxiliar no diagnostico estão: aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT), gama-GT (GGT), fosfatase alcalina (FA), albumina, bilirrubina, Plaquetas e Hemograma. Ademais, exames por imagem como raio X, ultrassonografia e biopsia hepática são importantes no rastreio do diagnóstico, prognostico e também na delimitação das medidas terapêuticas, o objetivo do trabalho é relatar a experiência da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) a um paciente pediátrico com diagnostico de hepatomegalia. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, em que utilizou- se a vivencia por docente e discente do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade Estadual do Pará, Campus XII, durante as aulas práticas e teóricas, da disciplina Enfermagem Pediátrica desenvolvida no segundo semestre de 2019, com paciente internado na clínica pediátrica de um hospital local. As informações coletadas foram através da análise dos exames laboratoriais, avaliação do quadro clinico, das informações fornecidas pela acompanhante do menor e da análise critica reflexiva. Resultado: ou impactos: O estudo foi realizado através dos dados encontrados no prontuário e do exame físico diário do P. S.L, sexo masculino, 1 anos e 4 meses, morador do município de Santarém –PA, sendo preservado a identidade dos participantes. Durante o acompanhamento a mãe relatou que o paciente não apresentou nenhuma queixa anterior a internação, afirma ter procurado a Unidade Básica de Saúde do bairro por ter identificado uma alteração por aproximadamente 3 meses no abdome do filho e pelo menor não apresentar queixas quanto isto, mediante a consulta, menor teve encaminhamento para o  hospital público do município, no qual foi admitido na unidade de internação pediátrica com diagnostico de hepatomegalia, devido alterações no quadrante superior direito quando em uso da palpação superficial. Durante internação cliente se manteve eupneico, sem queixas de acordo com a mãe, ao exame físico: pele e mucosas hipocoradas, acuidade visual e auditiva preservadas, pescoço com boa flexibilidade, tórax simétrico com boa expansibilidade bilateral, ausculta cardíaca com as bulhas normofonéticas em 2 tempo B1 e B2. Ausculta pulmonar murmúrio vesiculares livres de ruídos adventícios. Abdome indolor a palpação superficial, massa palpável no quadrante superior direito, ruídos hidroaéreos normoativos. Genitália com boa higiene sem alterações visíveis. Processo alérgico na região do dorso da mão direita. Acesso Venoso Periférico (AVP) salinizado no dorso do pé direito sem sinais flogísticos. Sono e repouso satisfatório. Eliminações Vesicais e Intestinais (EVI´s): diurese sem alterações presente, fezes de cor amareladas e esverdeadas com consistência amolecida (sic). Realizado banho de aspersão e higiene oral. Orientada quanto a higiene oral do menor. Mediante aos cuidados realizado, envolveu a monitoração dos sinais vitais de 6/6 horas,  como a temperatura que apresentou variações, entre 35,6 a 36,4 °C, a frequência tanto cardíaca quanto respiratória se manteve dentro dos padrões de normalidades, e além disso a Eliminações Vesicais e Intestinais, quando questionado a acompanhante a cor e  consistência das mesma  do menor, relatou que aos 14 dia de internação, as fezes apresentaram-se  amareladas e no dia seguinte esverdeadas e amolecidas, já a diurese não possuiu alteração, apesar dos resultados de Bilirrubina Direta e Total demonstrarem alterados aos exames. Enfatizando que a bilirrubina é produzida através da degradação da hemoglobina, sua formação ocorre nas células do fígado e baço, assim influenciando na coloração das fezes e urina. Outro aspecto relevante quando relacionado as disfunções hepáticas é a icterícia por estar associada a degradação das hemácias, condição favorável a anemia, assim durante a realização do exame físico pode ser observados as mucosas hipocoradas, confirmação obtida através do hemograma realizado, com a concentração de hemoglobina 7.3 g/ dL  inferior aos valores de referências (12 a 16 g/dL), sendo solicitado pela médica pediátrica transfusão de Concentrado de Hemácias (CH) a criança, realizado no dia 31/10/19, durante o procedimento não houve intercorrência. Ademais, a criança se manteve na maioria das vezes interativa e solícita durante o cuidado prestado, assim quando não se encontrava colaborativo sua acompanhante auxiliava, para a realização do exame físico e nos cuidados prestados, apesar de se encontrar no âmbito hospitalar seu padrão de sono e repouso demonstrou-se satisfatório. Aos exames realizados relacionado a hepatomegalia foram das enzimas que mensuram as condições hepáticas, são elas AST e ALT, assim concentrações maiores de AST comparando com ALT incide a lesões significantes, corroborando com os dados obtidos ao exame, cujo valores se mantiveram altos para TGO/AST de 152 U/L, diagnostico provável de um possível tumor, pois os níveis da fração gama-GT e fosfatase alcalina também se encontrarem elevados afirmando alterações hepatológicas, diagnostico que se encontra sobre o aguardo da biopsia hepática do menor. Os cuidados prestados foram passiveis de correlaciona-los com os diagnósticos de enfermagem preconizado pela SAE, sendo eles: Risco de função hepática prejudicada relacionado pela presença da hepatomegalia, Conhecimento deficiente da acompanhante relacionado ao quadro de saúde do filho, Integridade da pele prejudicada relacionado ao acesso venoso e ao processo alérgico, Conforto prejudicado relacionado ao estresse do ambiente ao qual se encontram, quanto as  intervenções aplicadas foram: avaliar regularmente sintomatologias da patologia e sinais vitais de 6/6 horas, socialização das informações  com a acompanhante relacionado ao quadro de saúde do filho, redução de tempo do acesso venoso no paciente e utilização de medicação como corticoides para redução do processo alérgico adquirido durante a internação, incentivo a brincadeiras entre os menores do setor pediátrico, utilizando-se de medidas protetivas as infecções cruzadas, ademais a interação da mãe com a acompanhante também foi desenvolvida. Considerações finais: observou-se que durante os dezoitos dias  de internação o paciente apresentou alterações clínica, como  necessidade de transfusão e quando necessário medicações, menor é dependente exclusivo da mãe, assim sua colaboração foi fundamental nos cuidados, pois  mostrou-se receptiva, comunicativa e também apreensiva pela demora da realização da biopsia hepática e por esta há dias no âmbito hospitalar com o menor, já a criança em algumas situações mostrou-se com medo, como em procedimentos de punções venosas, no entanto durante assistência utilizou-se atividade lúdicas para otimizar procedimentos como verificação dos sinais vitais e do exame físico, assim contribuindo para a promoção e recuperação do quadro de saúde da criança, visto que o cuidado ocorreram de modo sistematizado e individualizado o qual foi  importante em sua reabilitação.

11510 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO: IMPLEMENTAÇÃO/IMPLANTAÇÃO DE MUDANÇAS VOLTADAS À ASSISTÊNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM PARA OS SETORES DA MATERNIDADE E UNIDADE DE CUIDADOS INTENSIVOS NEONATAL NA UNIDADE HOSPITALAR DO MUNICÍPIO DE TEFÉ (AM)
FABIANA FERREIRA, Ana Karla dos Santos, Aurélia Aldeanes Lopes Tomasco, Maria Adriana Moreira, Marivone Nunes Barroso

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO: IMPLEMENTAÇÃO/IMPLANTAÇÃO DE MUDANÇAS VOLTADAS À ASSISTÊNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM PARA OS SETORES DA MATERNIDADE E UNIDADE DE CUIDADOS INTENSIVOS NEONATAL NA UNIDADE HOSPITALAR DO MUNICÍPIO DE TEFÉ (AM)

Autores: FABIANA FERREIRA, Ana Karla dos Santos, Aurélia Aldeanes Lopes Tomasco, Maria Adriana Moreira, Marivone Nunes Barroso

Apresentação: Atualmente, os serviços de enfermagem se encontram em um momento que nos departamentos assistenciais são essenciais a programação e prescrição do trabalho da equipe de enfermagem. Assim, vivendo em mundo cada vez mais competitivo há a necessidade de adequação das rotinas e normas para que possam guiar as atividades laborativas. Nesse entendimento, foram padronizado algumas rotinas em cima do Procedimento Operacional Padrão – POP – para alguns setores da unidade hospitalar do município de Tefé (AM), com ênfase na maternidade e Uci- neonatal. Além disso, os pops representam de maneira sistematizada a descrição técnica-assistencial para o desenvolvimento do trabalho da enfermagem, não esquecendo que há interatividade do diferentes sujeitos implicados nesse processo e o usuário será sempre o beneficiário dessa organização. Nesse contexto, se insere o presente estudo, cujo objetivo é refletir sobre a implementação/implantação de mudanças voltadas à assistência da Equipe de Enfermagem para os setores da Maternidade e Unidade de cuidados Intensivos Neonatal na unidade hospitalar do município de Tefé (AM). Desenvolvimento: As atividades diárias dos profissionais que atuam na unidade de saúde acima mencionada passam por adversidades devido a escassez de alguns pontos e a alta demanda de atendimentos nos setores supracitados. No entanto, os profissionais de enfermagem seguem firme procurando dar seu melhor, por isso houve a necessidade da criação dos pops. Vale lembrar que o pop representa um modelo de gestão e faz parte do manual de enfermagem, o qual a instituição ainda não possui. Consoante argumentações apresentadas padronizar significa fugir do modelo convencional e observar que o pop possui objetivos, definições, material utilizado, procedimentos técnicos, recomendações, responsabilidade e referências. Consequentemente, enquadrar-se nesse modelo de gerenciamento  contribui para humanizar a assistência nesses setores que apresentam uma delicadeza e uma sensibilidade. Ressalta-se que o objetivo principal do pop seja a manutenção do processo em funcionamento, minimizando erros ou desvios nas atividades planejadas com constante supervisão, para que se cumpra o que foi determinado e que todos desenvolvam suas ações de maneira padrão. Corroborando com a funcionalidade do pop, é necessário destacar quo fluxo intenso que esses setores apresentam, não se torne um empecilho para adequar a assistência, já que quanto maior o número de atendimento mais atenção temos que ter frente as ações de enfermagem e para isso a organização é fundamental. Assim, padronizar é preciso, visto que antes da criação desses pops parecia que algo faltava e que as atividades pareciam “soltas” e que cada um as desenvolviam a sua maneira. Conforme prerrogativas é necessário citar que, de fato, o hospital atende um número expressivo de pacientes, que vêm não só do município em questão, como também de outros municípios circunvizinhos. Então, de certa forma, os profissionais que atuam nesses setores vivenciam uma grande carga de trabalho e tendo desse modo que lidar com as mais diversas situações. Logo foi essencial a inovação da assistência com a implantação dos pops que podem servir de guia para a execução das ações em saúde. Resultado: Com a implantação dos Pops poderemos atuar de maneira segura desenvolvendo um trabalho embasado nessa ferramenta que representa a gestão de qualidade na busca pela excelência na prestação do serviço. Para tanto, devemos procurar minimizar os erros advindos do processo de trabalho e de ações rotineiras, de forma dinâmica, passível de evolução e transformações não só setorial como institucional política e administrativa. Vale ressaltar que o pop contém detalhadamente a descrição das atividades procurando sanar dúvidas de como realizar um ou outro procedimento do dia -a- dia da equipe, pois ao utilizá-lo podemos esperar resultados satisfatórios, uma vez que ele reestabelece e ordena o cuidado voltado para a referente clientela. Dessa forma, usar o pop no dia a dia de trabalho da equipe de enfermagem contribui de forma essencial para atuar no campo pertinente do processo de enfermagem, fazendo com que criemos diagnósticos e prescrição da assistência de maneira efetiva. O pop garante uma assistência de qualidade as parturientes, puérperas e recém nascido que se encontram nesses setores e representa estar longe de variações indesejáveis e assim seguir padrão assistencial firmado de maneira sólida na execução das atividades. Os pops criados estão embasados em referências atuais o que propicia cuidados seguros e renovados, já que vivemos em constantes mudanças e atualizações. Especificamente cabe atualizações pertinentes dos pops a cada dois anos, contribuindo para que a assistência sempre permaneça de qualidade para beneficiar a clientela. Nessa abordagem assistencial para implantação dos pops é indispensável citar a atual gerência de enfermagem que atua com dedicação e afinco. Cabendo destacar que o pop é questão de gestão e assim foi/é possível criar o impacto no referido setor, como também na unidade geral, pois temos uma gestão democrática, participativa e ouvinte e isso faz a diferença. Desse modo, “Sementes” foram plantadas, a partir dela as mudanças foram visíveis principalmente, no campo da humanização. Todavia, relatos são de extrema valia quando se espera resultados e se consegue alcançá-los. Considerações finais: Na perspectiva de mudanças os pops foram criados atrelados a um novo olhar da equipe de enfermagem na prestação da assistência para uma clientela tão delicada e com suas singularidades. Esse olhar continua, mesmo que a demanda para o setor seja expressiva, as adversidades do dia a dia surjam e não se percam os objetivos maior desse trabalho que é a gestão da qualidade dos serviços embasado num modelo que saia do convencional e vá para suas estruturas mínimas de definição, objetivos e referências. Portanto, aceitar os pops significa continuidade assistencial visando alcançar resultados de qualidade no qual o beneficiário maior é a clientela, cujo o objeto principal nesse viés é o cuidado. Por fim, atender as inúmeras demandas desses setores formalizado mediante o pop qualifica as ações de saúde executadas e reduz os danos a essa clientela que possui suas peculiaridades e evita a sensação de que algo estava faltando e concretiza o que há de essencial para qualificar a assistência que é padronizar.

11540 FAZER ENFERMAGEM NAS COMUNIDADES AMAZÔNICAS
TATIANA CAROLINE LIMA LOBATO, DHIENIFÃ BRENA MARINHO DE SOUZA, MARIANA PAULA DA SILVA, GABRIEL GARCIA SIQUEIRA, ALESSANDRA PEREIRA GOMES, SARA MORIÁ RODRIGUES BARBOSA, ANA MARIA SOUZA DA COSTA, CLEANE COSTA DA COSTA

FAZER ENFERMAGEM NAS COMUNIDADES AMAZÔNICAS

Autores: TATIANA CAROLINE LIMA LOBATO, DHIENIFÃ BRENA MARINHO DE SOUZA, MARIANA PAULA DA SILVA, GABRIEL GARCIA SIQUEIRA, ALESSANDRA PEREIRA GOMES, SARA MORIÁ RODRIGUES BARBOSA, ANA MARIA SOUZA DA COSTA, CLEANE COSTA DA COSTA

Apresentação: As atuais políticas brasileiras de saúde estão diretamente relacionadas as políticas sociais na busca de abranger a população em todos os seus aspectos. Sabe-se que há grupos mais suscetíveis ao aparecimento de doenças e comorbidades do que outros, o que requer assistência especializada e equânime  para a  sua grande demanda, como é o caso das populações amazônicas (indígenas e ribeirinhas). Historicamente a construção dos territórios na Amazônia é marcado por lutas e desigualdades econômicas e sociais, as quais foram cruciais para o seu desenvolvimento e formação da sua identidade territorial. Um ambiente caracterizado por florestas, rios e uma biodiversidade única, o que o torna um determinante fluente sobre as características e modo de vida dos habitantes da região, além disso, as tradições culturais empíricas transmitidas entre gerações são predominantes sobre os conhecimentos científicos. Nesse cenário, é comum a presença comunidades rurais residentes as margens dos rios, denominadas de comunidades ribeirinhas. Na cidade de Coari, interior do Amazonas, existe inúmeras comunidades onde sua população enfrenta diversas dificuldades, como: a precariedade do sistema de educação, nutrição inadequada e falta de saneamento básico, além disso, fatores geográficos, sobretudo, a inconstâncias dos rios e lagos, e as baixas condições econômicas dificultam o acesso dos indivíduos aos serviços de saúde pública. Pela assistência de saúde mais próxima estar a milhares de quilômetros de distância e o acesso serem exclusivamente por via fluvial, a população têm escassez nos serviços de saúde e necessitam que políticas de saúde equânimes realmente sejam cumpridas. Entretanto, mesmo assim os ribeirinhos em busca de assistência médica se veem obrigados a saírem de suas comunidades por meios de barcos e canoas (manuais ou motorizadas). Nesse contexto, o Ministério da Saúde desenvolveu um método mais eficiente de atender as especificidades dessas regiões levando assistência em saúde às comunidades ribeirinhas por meio das Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF), estas que são embarcações responsáveis por prestar atendimentos de saúde as populações ribeirinhas da Amazônia Legal. Diante do exposto, o curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) incluiu em sua grade curricular a disciplina de Saúde das Populações Amazônicas, pois percebeu-se a necessidade de inserir no ensino, na pesquisa e extensão, temáticas voltadas para a saúde destas populações, e formar profissionais na região que fossem capazes de entender e interferir efetivamente no processo de saúde-doença dessa população de forma harmoniosa, considerando o contexto histórico da construção da região amazônica e suas particularidades socioeconômica, ambientais e culturais. Desse modo, a disciplina abrange tanto aulas teóricas quanto práticas, permitindo aos graduandos conhecer a realidade ribeirinha, com os seus aspectos culturais, sociais e as principais comorbidades que os afligem. Sendo assim, o presente trabalho objetivou relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem durante o estágio da disciplina Saúde das Populações Amazônicas em uma UBSF. Desenvolvimento do Estudo: Trata-se de um relato de experiência, sobre a vivência de estudantes do 8° período do curso de enfermagem do Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB) da UFAM durante o estágio da disciplina Saúde das Populações Amazônicas realizado em parceria com a UBSF da cidade de Coari-AM. O estágio ocorreu nos dias de 21 a 22 de maio de 2019 nas comunidades ribeirinhas do Divino Espírito Santo do Izidório e Nossa Senhora da Conceição do Boã, ambas pertencentes ao município de Coari. Participaram das práticas em saúde um total de 36 acadêmicos de enfermagem, todos sobre a supervisão de um professor Enfermeiro da instituição de ensino. A embarcação para o transporte e os subsídios (combustível, alimentação, produtos de limpeza, entre outros) para a viagem dos estudantes foi cedida através de uma parceria entre a prefeitura municipal e a universidade. Relato: A enfermagem tem como papel fundamental prestar assistência qualificada ao cliente, tendo em vista isso, o enfermeiro deve conhecer cotidiano de seu paciente e entender que as pessoas são singulares e possuem particularidades. Desta forma, esta prática de campo possibilitou aos acadêmicos compreender o modo de vida da populção ribeirinha. A assistência em saúde foi executada em conjunto com a equipe multiprofissional e multidisciplinar da Estratégia em Saúde da Família (ESF) da UBSF, sendo composta por: médico, enfermeiro, técnicos de enfermagem, dentista, nutricionista, bioquímico, microscopista, entre outros profissionais, onde os discentes puderam realizar diversos procedimentos, desde administração de medicamentos, curativos, exame Preventivo do Câncer de Colo de Útero (PCCU), até mesmo consultas de enfermagem, sobretudo as de pré-natal. Além da assistência em enfermagem, também participaram de atividades de educação em saúde nas escolas das comunidades através do programa Saúde na Escola, onde promoveram palestras sobre diversos temas, tais como: higiene bucal, lavagem das mãos, higiene corporal, malária e dengue, infecções sexualmente transmissíveis para adolescentes. Nas visitas domiciliares realizaram educação em saúde sobre: o tratamento da água, a importância do PCCU, das consultas de pré-natal e do planejamento familiar. Nas comunidades também foram realizadas dinâmicas, torneios de futsal e distribuição de cestas básicas, produtos de higiene bucal e corporal, hipoclorito de sódio e preservativos. Por fim, os acadêmicos conseguiram uma significativa quantidade de livros para a montagem de uma biblioteca em uma escola da comunidade do Divino Espírito Santo do Isidório, e durante a noite realizaram o Cine Ribeirinho com os comunitários, onde aos comerciais do filme foram passados vídeos lúdicos de educação em saúde feitos pelos próprios acadêmicos. Considerações finais: Este estágio permitiu o entendimento da importância do trabalho da enfermagem para as comunidades ribeirinhas e também mostrou que este estágio é essencial e imprescindível para a formação profissional dos acadêmicos, contribuindo com sua qualificação profissional, uma vez que eles precisam conhecer os mais diversos setores que sua profissão lhe permite atuar e a saúde ribeirinha é uma área de atuação gigantesca para os enfermeiros da região norte. A experiência de conhecer e atuar na UBSF foi ímpar para os alunos, pois além de aprimorarem ainda mais os conhecimentos técnicos-científicos, puderam conhecer peculiaridades culturais destas comunidades, permitindo novos olhares, capacitando-os a tomarem condutas necessárias para servir aos usuários de forma satisfatória. Os dias de estágio também promoveram aos discentes um maior conhecimento sobre a situação da saúde nas comunidades ribeirinhas e como ela é feita, mostrando ser essencial uma maior atenção por parte tanto dos governantes, quanto dos próprios profissionais da saúde aqui atuantes.

11662 OS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE NA ABORDAGEM FAMILIAR E SUA IMPORTÂNCIA PARA A FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Karen Ribeiro Maciel, Diego Henrique Silveira Ramos

OS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE NA ABORDAGEM FAMILIAR E SUA IMPORTÂNCIA PARA A FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Karen Ribeiro Maciel, Diego Henrique Silveira Ramos

Apresentação: Este estudo evidencia um relato de experiência realizado durante a disciplina “Enfermagem em Saúde Coletiva I”, que propõe que os alunos matriculados, acompanhem uma família cadastrada na Atenção Primária à Saúde e correlacionem as situações presenciadas, com os Determinantes Sociais da Saúde (DSS), afim de  sugerir intervenções de acordo com cada  DSS encontrado na realidade vivenciada, durante o decorrer da disciplina. Seu objetivo é descrever, por meio de um Relato de Experiência, como os DSS podem servir de lente para a abordagem e intervenção em saúde familiar e como esta abordagem pode trazer um enriquecimento acadêmico, quando vivenciada durante a graduação. Trata-se de um acompanhamento realizado com uma família, composta por dois membros, mãe e filho, no período de 14/05/2019 a 25/06/2019, por três alunos da graduação, durante as práticas da disciplina “Enfermagem em Saúde Coletiva I”. Para a construção do plano de cuidados, foram realizadas 4 visitas domiciliares à família, nos dias 14 de maio e 11, 18 e 25 de junho de 2019. Durante esse período realizou-se todo o processo de enfermagem e, ao final, os dados encontrados foram correlacionados com os DSS, segundo o modelo de Dalghren e Whitehead, buscando a construção de um plano de cuidados único para cada membro familiar. Conforme os problemas encontrados, foi criada uma correlação com os DSS’s específicos, segundo o modelo determinado, que se representa de forma respectiva, à seguir: fisiopatologias e condições de vida e trabalho; falta de convívio social e redes sociais e comunitárias; necessidade de autocuidado e questões individuais, etilismo e estilo de vida e comportamento, entre outros. Assim, em conjunto com o desenvolvimento do processo de enfermagem, houve a criação de um plano de cuidados único, para cada membro familiar, sendo que o mesmo, foi aplicado e avaliado de forma muito positiva, pelos respectivos membros, durante a última visita. Por fim, ficou claro que é necessário um olhar ampliado, na criação do plano de cuidados e este se torna possível à partir dos DSS. Além disso, a vivência evidenciou uma realidade pouco habitual durante as práticas da graduação em enfermagem, visto que considerar o contexto social, ultrapassa a perspectiva biomédica, que ainda é predominante neste meio acadêmico, enriquecendo a formação profissional e possibilitando um cuidado único e centralizado em cada membro familiar.

11862 OS BENEFÍCIOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À LUZ DA TEORIA DE OREM E WATSON EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Josimeire Cantanhede de Deus, Gabriela Schabatoski dos Santos, Lânderson Laífe Batista Gutierres

OS BENEFÍCIOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À LUZ DA TEORIA DE OREM E WATSON EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Autores: Josimeire Cantanhede de Deus, Gabriela Schabatoski dos Santos, Lânderson Laífe Batista Gutierres

Apresentação: A Enfermagem tem suas práticas assistenciais de cuidado pautadas no conhecimento teórico, científico e reflexivo, a fim de prestar uma assistência de qualidade aos usuários do Sistema Único de Saúde. Para tanto, os profissionais da área sistematizam o seu trabalho por meio de teorias, dentre elas a Teoria do Déficit do Autocuidado de Enfermagem e a Teoria do Cuidado Transpessoal. Essas teorias empregam uma abordagem biopsicossocial na avaliação e compreensão do processo saúde-doença, a fim de acompanhar o indivíduo integralmente em sua subjetividade e propor intervenções pautadas em prol da promoção e reabilitação da saúde e prevenção de agravos. Portanto, este estudo tem por objetivo discutir a aplicabilidade de teorias de enfermagem na restauração da saúde de um paciente em Unidade de Terapia Intensiva do município de Porto Velho. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado a partir do campo de estágio da Disciplina Práticas Integrativas em Enfermagem IV, da Universidade Federal de Rondônia, ocorrido na Assistência Médica Intensiva (AMI) no município de Porto Velho, Rondônia em 2018. Foi planejada e aplicada a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) com base nas Teorias de Dorothea Orem e Jean Watson ao paciente sob cuidados complexos de enfermagem. Resultado: Durante o campo prático foi realizada a avaliação e acompanhamento do usuário idoso, com diagnóstico de sepse pulmonar, com escala de Glasgow 11, indicando Trauma moderado. Através da SAE realizou-se um levantamento das fragilidades apresentadas pelo mesmo. A partir da identificação dos problemas foram elencados, por meio da Taxonomia NANDA, os principais diagnósticos de enfermagem identificados por ordem de prioridade: Risco de choque; Risco de tromboembolismo venoso; Risco de perfusão tissular cerebral ineficaz e elegemos as teorias de Orem e Watson para subsidiar as intervenções de enfermagem. Além dos cuidados de rotina para um paciente critico de uma Unidade de Terapia Intensiva, foram desenvolvidas atividades com o objetivo de estimular a comunicação não verbal e movimentos passivos e ativos dos músculos da face e dos membros superiores, visto a condição de mobilidade afetada, presença de dispositivos invasivos (sondas vesical de demora e nasoenteral) e de traqueostomia. Para a aplicação das intervenções foram utilizados instrumentos simples, como: uma bola pequena para propriocepção, leitura, gelo e gaze. Observou-se como pontos positivos, a progressão deste usuário da passividade total ao aumento da interação social e melhora na reatividade de respostas motoras por intermédio da aplicação das teorias do Déficit de Autocuidado e do Cuidado Transpessoal como base da prática assistencial. Considerações finais: O uso de teorias de Orem e Watson elucidaram melhor as intervenções e cuidados ao paciente crítico e contribuiu significativamente na formação acadêmica, haja vista a indissociabilidade entre teoria e prática. Ademais, permitiu uma abordagem mais humanística, integrativa e singular ao correlacionar o ser humano, sinais e sintomas e assistência de enfermagem.

11890 CONTRASTE DO TRABALHO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE DO INTERIOR E NA CAPITAL DO CEARÁ PELA PERCEPÇÃO DE INTERNA DE ENFERMAGEM
Débora Pena Batista e Silva, Ilvana Lima Verde Gomes, Débora Silveira Lima, Léticia Alexandre Lima, Janaina dos Santos Mendes, Sarah Vieira Figueiredo, Delane Giffone Soares, Maria Eunice Nogueira Galeno Rodrigues

CONTRASTE DO TRABALHO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE DO INTERIOR E NA CAPITAL DO CEARÁ PELA PERCEPÇÃO DE INTERNA DE ENFERMAGEM

Autores: Débora Pena Batista e Silva, Ilvana Lima Verde Gomes, Débora Silveira Lima, Léticia Alexandre Lima, Janaina dos Santos Mendes, Sarah Vieira Figueiredo, Delane Giffone Soares, Maria Eunice Nogueira Galeno Rodrigues

Apresentação: A Unidade de Atenção Primária a Saúde(UAPS) é a preferencial porta de entrada do usuário na Rede de Atenção a Saúde, a qual tem como processo de trabalho a adscrição de usuários atentando para o seu território e o desenvolvimento de relações de vínculo entre o usuário e os profissionais da equipe multiprofissional, tendo a enfermagem como gerente do cuidado na unidade, sendo este de fundamental importância que realiza o acolhimento tendo como um dos meios para tal serviço as consultas. Objetivou-se contrastar a consulta de enfermagem no interior e na capital do Estado do Ceará. Desenvolvimento: relato de experiência comparativo, realizado por interna no último período de enfermagem compreendido de abril à junho de 2019, sendo metade do período em UAPS do município de Mulungu no interior do Estado do Ceará e a outra metade na UAPS da capital do Ceará em Fortaleza. Os aspectos analisados estão diante do trabalho realizado na consulta de enfermagem segundo: a)vínculo com o usuário; b) qualidade da assistência; c)relacionamento profissional médico e enfermeiro. As duas UAPS escolhidas para o estudo eram semelhantes quanto ao espaço físico e  jornada de trabalho, entretanto as unidades diferem quanto ao número e perfil populacional atendido. Salvaguardando a ética, o estudo não teve a contribuição na escrita dos profissionais envolvidos evitando viés e a pesquisadora não tem vínculo empregatício com nenhuma das instituições. Resultado: Durante este período, observou-se a consulta de cinco profissionais de enfermagem, destes, quatro do sexo feminino e um do sexo masculino, sendo três do interior e dois da capital. Foram elegidos três aspectos analisados: a) Vínculo com o usuário: evidenciou-se, principalmente, a aproximação do usuário à enfermeira do serviço interiorano, revelado pelo afeto, cumplicidade e gratidão dos usuários, como exemplo o paciente participar do cuidado trazendo devolutivas ou sugestões; b) Qualidade da assistência: atentou-se quanto a  integralidade e resolutividade, na qual ambos os serviços refletiram em profissionais que se identificam com a Saúde Coletiva, onde no interior do estado observa-se uma consulta baseada na escuta apoiada na evidência cientifica, também na capital achou-se profissionais  comprometidos, ofertando por exemplo práticas integrativas em saúde; c) Relacionamento profissional médico e enfermeiro: é gerador de inquietações e discussões no âmbito da saúde, este foi aspecto foi elencado por entender que a assistência em saúde não é feita por uma só categoria, assim, percebeu-se que a localidade da UAPS interfere especificamente a localizada no interior, uma vez que há uma frequente troca de médicos, gerando uma quebra de vinculo profissional, desestruturação e sobrecarga na assistência de enfermagem. Considerações finais: contrastou-se peculiaridades no atendimento da consulta de enfermagem na UAPS no interior e na capital do Ceará em Fortaleza, principalmente, na forma do atendimento da população, ressaltar-se que o trabalho multiprofissional que possibilita uma maior troca de saberes e experiências, estabelecendo uma valorização no conhecimento.

11893 O PAPEL DA ENFERMAGEM PERANTE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: ESTUDO REFLEXIVO
Pamela de Oliveira França, Gabriela Almeida Kaippert, Danielle Freire de Andrade Carvalho, Catarina Ferreira da Silva, Renan Vicente da Silva

O PAPEL DA ENFERMAGEM PERANTE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: ESTUDO REFLEXIVO

Autores: Pamela de Oliveira França, Gabriela Almeida Kaippert, Danielle Freire de Andrade Carvalho, Catarina Ferreira da Silva, Renan Vicente da Silva

Apresentação: No Brasil, cerca de 16 milhões de mulheres sofreram algum tipo de violência em 2018, no qual 42% relataram serem vítimas na própria casa. Com base nos índices alarmantes, a Organização Mundial de Saúde definiu a violência doméstica como um problema global de saúde pública de proporções epidêmicas, destacando a importância de profissionais de saúde se integrarem sobre o tema e participarem ativamente da prevenção e identificação de vítimas.  O objetivo do trabalho é discutir e refletir acerca da atuação do enfermeiro no cuidado à mulheres vítimas de violência doméstica. Desenvolvimento: Foi realizado estudo reflexivo, cuja fundamentação baseia-se na formulação discursiva aprofundada a respeito do papel do enfermeiro perante a violência contra a mulher, apresentando diferentes pontos de vista, teóricos e/ou práticos. Resultado: Mulheres em situação de violência procuram serviços de saúde no intuito de tratar lesões ou doenças, cabendo a enfermagem adotar um olhar holístico para identificar e acolher, cuidando também do aspecto psíquico, mantendo desta maneira a integralidade do cuidado. Porém, o julgamento moral consequente de uma cultura machista que culpabiliza a mulher é um obstáculo para o profissional de saúde amparar devidamente estas mulheres, assim como a recorrente falta de conhecimento ético e legal sobre o tema. Em contrapartida, os enfermeiros repudiam a prática violenta e quando a identificam, temem retaliações para com eles e/ou com as vítimas, que muitas vezes rejeitam denúncias e negam os ataques, limitando a atuação profissional. Considerações finais: Os enfermeiros ainda encontram dificuldades para reconhecer e lidar com a agressão, situação que encontra-se naturalizada culturalmente. Por este motivo, deve-se associar conhecimento científico, cuidado especializado, empatia e escuta ativa na assistência a mulher que vivenciou casos de opressão. Desta forma o atendimento se torna não só eficaz como acolhedor. Neste contexto, a atualização e capacitação dos profissionais de saúde sobre o tema, aliado ao exercício da neutralidade na assistência contribui para que o cuidado se dê de maneira eficiente, apoiando e auxiliando no empoderamento da vítima, com a finalidade de combater a violência contra a mulher.

8869 BARREIRAS ENFRENTADAS PARA REALIZAÇÃO DO PAPANICOLAU: ELABORAÇÃO DE UMA TECNOLOGIA EDUCATIVA EM SAÚDE
Brenda crystine da rocha Cardoso

BARREIRAS ENFRENTADAS PARA REALIZAÇÃO DO PAPANICOLAU: ELABORAÇÃO DE UMA TECNOLOGIA EDUCATIVA EM SAÚDE

Autores: Brenda crystine da rocha Cardoso

Apresentação: O Exame de Papanicolau é um exame ginecológico utilizado para auxiliar no diagnóstico precoce do câncer de colo de útero e alterações causadas pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV). É de conhecimento internacional, como sendo um instrumento adequado, prático e barato para o rastreamento do câncer de colo de útero, também denominado de colpocitologia e mais comumente referido pela clientela como exame preventivo. O Ministério da Saúde, preconiza como grupo prioritário as mulheres dos 25 aos 65 anos de idade para a realização. Objetivando a melhoria para a adoção de estilo de vida saudável, com vista à prevenção e controle dos fatores de risco do câncer cérvico uterino busca-se a elaboração de uma Tecnologia Educativa em Saúde leve. Objetiva-se: analisar as principais barreiras das mulheres entre 25 e 65 anos para realizarem o exame preventivo do câncer de colo útero em uma unidade básica do Sistema Único de Saúde; Identificar as causas que levam algumas mulheres a não se submeterem ao exame Papanicolau e elaborar uma tecnologia através dos pontos mais importantes levantados pelas participantes para melhor o esclarecimento sobre o exame preventivo. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório com abordagem qualitativa, realizada em uma Unidade de Saúde Básica (UBS) do bairro Jaderlândia no estado do Pará, com 18 mulheres entre 25 e 65 anos, através de entrevista semiestruturada. Resultado: Através dos relatos das participantes percebe-se o conhecimento fragmentado acerca do exame, com origem distintas sendo: família, unidade básica de saúde e mídia. Foi evidenciado as dificuldades para a realização do exame sendo: por parte de falhas do gerenciamento da UBS, gestão de materiais e a ausência do profissional de saúde, as dificuldades que levam as mulheres a desacreditarem no exame são: demora no resultado do exame, a falta de material e expressões de sentimentos, estes que são: vergonha, medo e dor. E os motivos que impedem estas mulheres a não manterem uma periodicidade com o exame é por conta do esquecimento e ocupações diárias. Baseado em tudo o que foi evidenciado palas participantes da pesquisa foi elaborado uma tecnologia leve escolhida para apresentar a este público, sendo este um cartaz em forma de banner para ser deixado na unidade em um local de fácil acesso e de entendimento a população leiga para a eficácia da tecnologia. Considerações finais: se conclui que não é suficiente apenas garantir o acesso ao exame Papanicolau nos serviços de saúde, tampouco emitir informações acerca do mesmo. É primordialmente necessário garantir que as clientes tenham acesso a essas informações, e que estas sejam adequadas e com embasamento cientifico.  

9233 PAPEL DO ENFERMEIRO DO TRABALHO NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES
Fabiane de Jesus Duque de Lima, Dayane Cruz Bindá

PAPEL DO ENFERMEIRO DO TRABALHO NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES

Autores: Fabiane de Jesus Duque de Lima, Dayane Cruz Bindá

Apresentação: É considerado totalmente perigoso, os acidentes de trabalho com os instrumentos perfurocortantes por ter possibilidade do indivíduo se expor a diversas doenças e a transmissão de patógenos. Os profissionais de Enfermagem desenvolvem um trabalho de forma direta e contínua com o paciente, tornando-os suscetíveis ao manipular instrumentos biológicos cortantes, que são os principais responsáveis pelas transmissões de infecções sanguíneas. Este estudo justifica-se pela importância de melhor compreender de que maneira o Enfermeiro é submetido aos diversos riscos de acidentes com perfurocortantes, no qual, ocorrem por total confiabilidade do profissional no seu método de trabalho ou por falta de informações. Percebendo a atuação da Enfermagem do Trabalho na prevenção dos riscos por instrumentos de perfurocortantes no ambiente hospitalar, pois é nessa área que se encontram uma incidência considerável de exposição a riscos e acidentes de trabalho por se referir a um serviço de saúde de alta complexidade. O objetivo deste trabalho é descrever o papel do Enfermeiro do trabalho na prevenção de acidentes com perfurocortantes. Método:Trata-se de um estudo descritivo que utilizou os métodos da revisão integrativa, pesquisa em artigos indexados nas bases de dados Scielo, Pub Med e Google Acadêmico, com a disponibilidade de materiais completos que abrangem o espectro de literatura relevante em uma área interpretando os resultados da pesquisa. Resultado: O profissional de Enfermagem do Trabalho deve direcionar sua atenção e conhecimento para as áreas de riscos para entender os cuidados que devem ser tomados em relação aos acidentes. As ações sobre os riscos de contaminação e índices de acidentes poderão ser direcionadas e reduzidas através da compreensão da epidemiologia dos acidentes. Considerações finais: Os acidentes por instrumentos de perfurocortantes podem ser evitados por meio de estratégias, de conscientização dos profissionais sobre os cuidados necessários, assim reduzindo os acidentes.

10232 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO DURANTE A CONSULTA DE PRÉ-NATAL NO RASTREIO DA SÍFILIS GESTACIONAL
laura cristina de oliveira, Vanessa Paiva Marques Rodrigues

A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO DURANTE A CONSULTA DE PRÉ-NATAL NO RASTREIO DA SÍFILIS GESTACIONAL

Autores: laura cristina de oliveira, Vanessa Paiva Marques Rodrigues

Apresentação: A sífilis ainda tem grande incidência no nosso país e assim podemos atentar-se sobre a relação sexual desprotegida no qual as gestantes devem ser captadas precocemente e realizar o rastreio para diagnóstico. Contudo quando o resultado do caso seja positivo o tratamento torna-se barato e fácil, mas deve haver o envolvimento do enfermeiro para educar, orientar, explicar, acolher e convocar parceiros a fim de cessar o ciclo de infecção. Quando a população adquire conhecimento sobre as consequências da não adesão ao tratamento, ocorre uma redução nos casos e consequentemente menos bebês infectados e evoluindo com sequelas e até mesmo ao óbito. A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que coopera para o aumento do número de internações de neonatos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), causada pela bactéria Treponema pallidum, muitas vezes a doença é silenciosa, e requer diagnóstico precoce afim de promover a cura e diminuir a prevalência de sequelas no indivíduo. Sendo assim, o objetivo deste estudo é averiguar a qualidade do pré-natal oferecido as mulheres no município do Rio de Janeiro, em unidades de atenção primária. O presente estudo teve como característica a pesquisa longitudinal retrospectivo, com abordagem quantitativa, onde serão utilizados os dados inseridos no Sistema de Informações de Saúde, TABNET, utilizado pela Secretaria Municipal do Rio de Janeiro.  Foram avaliados dados no período de 2012 a 2016 em todo o território do município do Rio de Janeiro, buscando o perfil das usuárias infectadas pela sífilis. Segundo a plataforma do TABNET no período de 2012 a 2016 observou-se que os casos de sífilis gestacional aumentaram consideravelmente. Por exemplo, do ano 2012 a 2016 houve aumento de 75.7% dos casos notificados, contudo os casos de óbito por sífilis apresentaram uma redução de 38%, o qual pode indicar uma melhor assistência nas UTIs e maior adesão ao tratamento durante o pré-natal. De acordo com a escolaridade, a incidência prevalece nas mulheres que tem ensino fundamental incompleto, sendo 485 casos no ano de 2012 e 1023 notificações no ano de 2016, por outro lado, com ensino superior completo o aumento foi de 19 casos nesse período. Ainda neste período, os maiores casos de sífilis acometeram as gestantes entre 20 a 34 anos, chegando a 52% das notificações no ano de 2016. Em conclusão, podemos afirmar que o olhar diferenciado do enfermeiro, a capacitação deste profissional e principalmente o acesso á informação, pelo usuário, favorecem a redução dos casos da doença, sendo assim, é fundamental uma consulta de enfermagem minuciosa, fornecendo para esta gestante ferramentas para seu empoderamento e maior adesão ao uso de preservativos e tratamento em caso de infecção pela sífilis.  

10771 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO INCENTIVO AO AUTOCUIDADO E PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Vitória Leticia Silva, Marina Peluci Malta Carvalho, Quézia Hapuque Ferreira Miranda

A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO INCENTIVO AO AUTOCUIDADO E PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Autores: Vitória Leticia Silva, Marina Peluci Malta Carvalho, Quézia Hapuque Ferreira Miranda

Apresentação: Segundo a International Diabetes Federation, IDF Diabetes Atlas, em 2019, o Brasil ocupou a 5º posição entre os 10 países com o maior número de pessoas com diabetes e gastos em importante saúde. É importante destacar que os maiores custos se relacionam às complicações que poderiam ser prevenidas, como doença renal, cardiovascular, e amputação de membros inferiores. Visto isso, o objetivo desse trabalho é analisar publicações referentes à atuação dos enfermeiros no incentivo ao autocuidado e prevenção do pé diabético na atenção primária à saúde. Método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada por meio da busca de publicações de artigos científicos disponíveis pelas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Medline, Cinahl, Cochrane e Internet of Science aplicando-se o filtro de ano de publicação entre 2013 a 2019 resultado em 146 artigos. Após a aplicação do critério de inclusão constituída pela seleção de artigos disponibilizados na íntegra, especificamente sobre os cuidados de enfermagem realizados no Brasil e com o foco na Atenção Primária à Saúde, a amostra final foi findada à 23 artigos que atenderam a temática proposta, seguindo a pergunta norteadora, "Há publicações recentes relacionadas à atuação do enfermeiro no incentivo ao autocuidado e à prevenção do pé diabético na atenção primária à saúde?". Para a análise dos trabalhos supracitados, foram elaboradas duas categorias que discutiram sobre os aspectos que envolvem o papel do enfermeiro para a prevenção dos pés diabéticos e as práticas de autocuidado com os pés. Resultado: Após a análise e categorização dos temas, o trabalho desvelou que o papel do enfermeiro no incentivo à prática do autocuidado é um fator fundamental para a modificação comportamental de pessoas com Diabetes Mellitus. No entanto, percebe-se que a prática da Educaçāo em Saúde ainda é insuficiente, visto que na maioria dos artigos o conhecimento da população referida em relação ao cuidado com os pés é limitado ou realizado de forma incorreta. Além disso, os pacientes dos artigos analisados, relataram pouco conhecimento sobre a evolução e complicações da doença. Ademais, foi possível depreender a importância de se promover uma assistência que considere os perfis sociais, econômico, culturais e tempo das doenças de base em pessoas com DM propensas a desenvolverem úlceras nos pés, para a elaboração de um plano de cuidados/prevenção que atenda de forma humanizada as necessidades dos pacientes. Considerações finais: Concluímos a fundamental importância da consulta de enfermagem ao paciente diabético que integre ações de promoção à saúde e prevenção de agravos, exame dos pés, controle glicêmico e orientação nutricional incentivando a autonomia e o autocuidado prévio da população com diabetes.

10981 INTERRUPÇÕES NA ROTINA DE TRABALHO: PERCEPÇÕES DE ENFERMEIROS
Ana Carolina de Oliveira Paiva, Marília Alves

INTERRUPÇÕES NA ROTINA DE TRABALHO: PERCEPÇÕES DE ENFERMEIROS

Autores: Ana Carolina de Oliveira Paiva, Marília Alves

Apresentação: A interrupção do trabalho do enfermeiro em unidades de saúde é uma situação frequente e não recente, o que pode ser pela natureza do trabalho ou pelo perfil do profissional que atende concomitantemente a diversas demandas. As interrupções geram problemas, como perda de concentração, necessidade de recomeço da atividade e redefinição de prioridades com elevado grau de estresse, mas também podem contribuir para interceptações de erros, reavaliação de mudanças do quadro clínico dos pacientes e atendimento a familiares e membros da equipe, sendo possível se apresentarem como situações negativas ou positivas. Na rotina de trabalho, as interrupções criam um desafio para o enfermeiro, que é conviver com o dilema de estar acessível para a equipe, paciente e família e permanecer focado em sua atividade, o que ocasiona um constante rearranjo das prioridades com implicações na continuidade das atividades assistenciais. Diante deste contexto, para se desenvolverem intervenções que previnam interrupções negativas para o trabalho desse profissional e para a segurança do paciente, pesquisadores precisam compreender o fenômeno interrupção. Nesse sentido, o conhecimento sobre as interrupções possibilitará o desenvolvimento de processos que previnam ocorrências de interferências desagregadoras, reduzindo seus impactos na assistência e no trabalho do enfermeiro, além de proporcionar melhoria na qualidade do cuidado e segurança do paciente. Estudo sobre as interrupções no trabalho do enfermeiro, durante a realização de suas atividades assistenciais, é relativamente novo no Brasil. Esforços têm sido feitos pelos pesquisadores para entender esse evento, bem como a sua implicação na segurança do paciente e no fluxo de trabalho desses profissionais. O objetivo do estudo é analisar as percepções dos enfermeiros sobre as interrupções durante o desenvolvimento de suas atividades em uma unidade de pronto atendimento de um hospital de ensino de Minas Gerais. Desenvolvimento: Trata-se de uma pesquisa qualitativa de corte transversal desenvolvida em uma unidade de pronto atendimento de um hospital universitário de Minas Gerais. A coleta de dados foi realizada entre os dias 8 de junho a 23 de julho de 2018, por meio de entrevistas. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), foram realizadas 15 entrevistas com os enfermeiros que trabalham na referida unidade. Para desenvolver as entrevistas, utilizou-se o seguinte roteiro semiestruturado: Fale sobre as interrupções do enfermeiro no dia a dia de trabalho. Quais as consequências das interrupções no trabalho do enfermeiro e para a segurança do paciente? Quais medidas você sugere que sejam adotadas no ambiente de trabalho para evitar interrupções no trabalho do enfermeiro? Entende-se interrupção como ato de romper ou suspender uma atividade em execução derivadas de eventos externos, provenientes de fatores ambientais ou humanos, ou de auto interrupção. Os dados obtidos foram transcritos e submetidos à análise de conteúdo com base no referencial de Bardin e foram analisados utilizando-se o software MAXQDA©, versão 12.2.0. Resultado: Dos 15 enfermeiros entrevistados, 60% são do sexo feminino, estão entre a faixa etária de 29 aos 37 anos e com um tempo de trabalho na unidade de pronto atendimento entre 6 meses a 3 anos. A maior concentração de profissionais com um tempo de serviço de até três anos se deve ao início de uma nova forma de gestão na instituição, na qual novos profissionais foram admitidos. Inicialmente foi solicitado aos enfermeiros a falarem sobre as interrupções em seu dia a dia de trabalho. De acordo com os discursos, os profissionais se sentem muito interrompidos, tal fato é evidenciado pelas seguintes falas dos enfermeiros “a gente tem uma demanda muito grande de interrupção”; “os processos ficam muito fragmentados”, “Então, são muitas”. Pesquisas internacionais trazem que as interrupções ocorrem em vários ambientes de trabalho da enfermagem, variando de 0,4 a 41,7 interrupções por hora. O pronto atendimento favorece tais ocorrências por ser um ambiente de trabalho complexo, dinâmico, superlotado e com pacientes e cuidados imprevisíveis para a equipe de saúde. Sendo considerado, dessa forma, como um caos organizado que funciona através de interrupções frequentes no fluxo de trabalho. Quando os enfermeiros entrevistados foram questionados sobre as consequências das interrupções no trabalho e para a segurança do paciente, os relatos foram “erros na medicação”; “risco com seu paciente”; “perde muitas vezes uma linha de raciocínio clínico”; “deixar de evoluir algum procedimento, ou evoluir mal”. As falas vão ao encontro aos relatos da literatura que complementam que as interrupções atrasam a conclusão de uma tarefa, dificultam os processos de tomada de decisão e viabilizam a ocorrência de erros. A partir dessa verificação, é importante refletir sobre a premissa de que interrupções no trabalho do enfermeiro têm somente efeitos negativos e ignorar os benefícios que podem resultar dessa ação. As interrupções viabilizam a segurança, o conforto e a condição do paciente. Os enfermeiros interrompem intencionalmente outros enfermeiros para evitar erros. Ao final da entrevista, tais profissionais foram questionados em relação as medidas que eles sugerem que sejam adotadas no ambiente de trabalho para evitar interrupções em seu trabalho. Os relatos foram “o trabalho de conscientização”; “você ter cuidado na hora de interromper ou até. quando você foi interrompido, você ter mais tranquilidade pra falar assim ó, pera aí um pouquinho”; “ter o envolvimento maior dos outros profissionais na resolução dos problemas”. O enfermeiro considera essencial sua contribuição para o gerenciamento das necessidades emergentes apresentadas nas interrupções. Além disso, estudo italiano traz a ideia de que ignorar ou atrasar interrupções também pode ser considerado culturalmente grosseiro e inaceitável. Considerações finais: Pelas entrevistas realizadas, foi possível verificar que as interrupções ocorreram regularmente na rotina de trabalho dos enfermeiros do pronto atendimento do hospital universitário. Abordar as interrupções é relevante, tendo em vista que o enfermeiro é um dos profissionais mais interrompidos por ter informações importantes sobre os pacientes e participar da gerência de unidades de saúde, sendo referência para os diversos profissionais. As interrupções devem ser analisadas e estratégias devem ser implantadas, de forma que tragam melhorias ao ambiente de trabalho. Além disso, devem-se minimizar interrupções desnecessárias sofridas pelos enfermeiros e fornecer maior atenção àquelas que são inadiáveis e tragam melhorias ao ambiente de trabalho, assegurando a concentração e a qualidade da assistência à saúde.

11716 PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO E A PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTO POR ENFERMEIROS
Luana Larissa Costa França, Maria Valéria Bezerra, Camila Granjeiro, Rayone Bastos Rosa, Ellen Karolyne Rodrigues, Valberto Honorato Silva, Rebeca Almeida Araújo, Claudia Santos Martiniano

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO E A PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTO POR ENFERMEIROS

Autores: Luana Larissa Costa França, Maria Valéria Bezerra, Camila Granjeiro, Rayone Bastos Rosa, Ellen Karolyne Rodrigues, Valberto Honorato Silva, Rebeca Almeida Araújo, Claudia Santos Martiniano

Apresentação: As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem (DCN/ENF) instituídas em 2001 indicam que a formação deve atender as necessidades do SUS, assegurando a integralidade e a qualidade de forma humanística. Menciona ainda em seu artigo 10, inciso 2° a inclusão de aspectos complementares em seus conteúdos de perfil, competências e habilidades de forma a garantir a flexibilidade individual de estudos, requerimentos, demandas e expectativas para o desenvolvimento do setor saúde. Competência define-se como a capacidade de utilização do conhecimento para a postura e o agir crítico para enfrentar as mais diversas situações. Porém, como cada situação é única, o exercício das competências exige uma mobilização cognitiva complexa, as competências são construídas durante o processo de formação. No constante a formação do enfermeiro para a PME, a DCN/ENF, não faz menção à prescrição de medicamentos por enfermeiros, porém componentes curriculares como a farmacologia, a assistência e o ensino da enfermagem são disciplinas relacionadas à prática de prescrição que fazem parte dos currículos de enfermagem. Considerando a importância do PPC como instrumento de concepção de ensino-aprendizagem e as matrizes curriculares a serem adotadas no processo do saber, questiona-se se quem que medida esses instrumentos se aproximam da formação para a prescrição de medicamentos por enfermeiros. O objetivo desse artigo é: Verificar a presença no PPC dos cursos de graduação em enfermagem de competências e habilidades para a prescrição de medicamentos por enfermeiros na Atenção Básica. Método de Estudo Tratou-se um Estudo de Caso a partir da Análise Documental. A pesquisa foi realizada nas Instituições de Ensino Superiores públicas e privadas, localizadas na cidade Campina Grande – Paraíba, que oferecem o curso de graduação em enfermagem. O corpus do estudo foi composto pelos PPCs das quatro IES e das entrevistas com os respectivos coordenadores dos cursos de enfermagem, tomados como informantes-chave para elucidar alguns pontos necessários à compreensão do estudo documental. Para proceder à coleta de dados para o estudo documental, foi solicitada de cada coordenador de curso a disponibilização do PPC do curso. Foram investigados os seguintes aspectos: o contexto da prescrição medicamentosa por enfermeiros no PPC se existia ou não; os componentes curriculares, as ementas e os conteúdos contemplados nos componentes disciplinares; bibliografia utilizada para subsidiar os componentes disciplinares, se havia ou não a indicação da utilização dos protocolos do Ministério da Saúde e dos Cadernos de Atenção Básica, como integrante do acervo recomendado. A pesquisa seguiu os aspectos éticos previstos na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, sendo aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual da Paraíba. Para resguardar a identidade das IES, as mesmas foram identificadas por letras do alfabeto na sequência em que foram pesquisadas. Resultado: e Discussão O Projeto Pedagógico de Curso de uma instituição é o documento que objetiva abordar tudo que envolve a formação do estudante como habilidades, competências, perfil do estudante. Dos PPC analisados dois não mencionaram a PM e dois mencionaram no contexto das competências: Campo de atuação profissional: De acordo com a Lei Federal nº. 7.498, de 25/06/86, posteriormente, regulamentada pelo Decreto nº. 94.406, de 08/06/87, que trata do exercício profissional de Enfermagem: [...]. Como integrante da equipe de saúde: participa no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde; participa na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde; realiza prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde. (IES C; IES D). Por outro lado, os outros dois PPC analisados, não mencionaram a prescrição de medicamentos por enfermeiros. Observou-se ainda que foram justamente as IES A e B que os coordenadores afirmaram ter como predominância da formação na atenção hospitalar especializada. Esse achado sugere uma inclinação do PPC ao modelo biologicista, marcas transferidas ao longo dos anos com enfoque em especialização, priorizando uma prática operacional centrada no ambiente hospitalar, visando a cura do paciente, oriunda do modelo biomédico. De modo contraditório, ao longo dos PPC analisados não foram observados componentes curriculares/ementas/conteúdos específicos que abordam a PME em nenhum dos PPC examinados. Esse achado corrobora estudo que identificou ausência do conteúdo específico PME especialmente no componente curricular de Farmacologia de uma universidade pesquisada. A Farmacologia é uma das disciplinas que está diretamente relacionada à prescrição de medicamentos, pois é fundamental que os profissionais tenham conhecimento profundo em relação ao medicamento a ser prescrito em relação a reações adversa, dosagem, efeitos colaterais, interação medicamentosa e posologia. Um dos motivos para os enfermeiros não prescreverem é a falta de reordenação na formação para a qualificação da prática prescritiva, sendo essa uma responsabilidade das IES e dos Conselhos de Enfermagem, como observados em alguns países onde essa prática é bem sucedida. Os protocolos ministeriais que normatizam a PME foram citados em um PPC no componente curricular Processo de Cuidar em Saúde da Mulher I, os Protocolos da Atenção à Saúde Mulher, Cálculos Matemáticos aplicados na Dosagem de Fármacos Medicações presentes nos protocolos no componente curricular de Farmacologia Aplicada a Enfermagem, Protocolos Assistenciais da AB, na disciplina de Processo de Cuidar em Saúde Coletiva II, Protocolos Assistenciais na Saúde do Adulto em Processo do Cuidar em Saúde do Adulto I. Os demais PPC não mencionaram os protocolos. Tais protocolos têm como vantagens aproximar a prática dos melhores padrões recomendados para situações específicas, diminuição da variabilidade (padronização), diminuição de erros e redução de custos com insumos e materiais, pois haverá uma padronização para determinado procedimento. Os protocolos também melhoram a atuação dos profissionais por apresentar uma descrição das condutas e como devem ser realizadas que irá impactar nos processos de atendimento, na prevenção e hábitos de prescrição. Considerações finais: Conclui-se que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Enfermagem (DCN/ENF), incluim em seu conteúdo termos como, competências e habilidades de forma a garantir a flexibilidade de estudos, e conhecimentos relacionados a qualificação profissional. As IES ainda enfrentam o desafio de adequar os seus Projetos Pedagógicos de Curso e matriz curricular para atender a essa demanda. Os quatro PPC analisados apresentaram déficits de conteúdos/componente curricular que abordassem a temática da PME, em dois PPC a abordagem deu-se apenas no contexto das competências, enquanto que as outras duas não foi verificado em nenhum espaço do PPC. Os protocolos foram mencionados em uma IES em componentes curriculares.

11916 PERCEPÇÃO DAS ENFERMEIRAS E DOS ENFERMEIROS SOBRE O PROCESSO DE TRABALHO EM SALA DE VACINA
Leidy Dayane Paiva de Abreu, Jaiana Jacob de Oliveira, Olga Maria de Alencar, Thayza Miranda Pereira, Maria Rocineide Ferreira da Silva

PERCEPÇÃO DAS ENFERMEIRAS E DOS ENFERMEIROS SOBRE O PROCESSO DE TRABALHO EM SALA DE VACINA

Autores: Leidy Dayane Paiva de Abreu, Jaiana Jacob de Oliveira, Olga Maria de Alencar, Thayza Miranda Pereira, Maria Rocineide Ferreira da Silva

Apresentação: Com o desenvolvimento do Programa Municipal de Imunização (PNI), as estratégias de saúde coletiva dos municípios brasileiros assumiram seu espaço e processo de trabalho na Atenção Primária a Saúde (APS). Assim a criação do PNI trouxe para o Brasil e para o Sistema Único de Saúde (SUS) uma melhor organização no desenvolvimento de ações planejadas e sistematizadas como: as campanhas vacinais, varreduras, rotina e bloqueios. O objetivo deste estudo foi compreender o processo de trabalho desenvolvido no âmbito do Programa Municipal de Imunização (PMI) em Senador Pompeu/CE. Desenvolvimento: trata-se de um estudo exploratório de abordagem qualitativa com vista a avaliar o processo de trabalho dos profissionais de enfermagem nas salas de vacinas neste município cearense. Foram entrevistados no total de 14 profissionais de enfermagem das 11 salas de vacinas existentes no mês de agosto de 2018. Para análise dos dados utilizou-se da Categorização das Falas por meio da Análise Temática de Minayo. Trabalho aprovado no Comitê de Ética da Escola de Saúde Pública do Ceará. Resultado: vários pontos foram apontados como os processos de organização e fluxo do trabalho em sala de vacinas, as maiores facilidades e dificuldades encontradas nesses processos, como também as contribuições da enfermagem para a erradicação das doenças imunopreveníveis. Dentre as atribuições do enfermeiro destacaram-se: orientação assistência à clientela com segurança, responsabilidade e respeito, gestão do programa com vistas a garantia da qualidade do serviço prestado a comunidade, realização de práticas de Educação Permanente para os técnicos e desenvolvimento de educação em saúde na comunidade. Soma-se ainda a responsabilidade de manter as condições ideais de conservação de imunobiológicos, manter os equipamentos em boas condições de funcionamento, acompanhar as doses de vacinas administradas de acordo com a meta, buscar faltosos, avaliação e acompanhamento sistemático das coberturas vacinais e buscar periodicamente atualização técnico-científico. Considerações finais: verificou-se diante desse cenário que a enfermagem exerce função fundamental em todas as ações e processos de execução do Programa Nacional de Imunização, tornando-a protagonista na prevenção e erradicação das doenças preveníveis pela vacinação, impactando de maneira positiva e incomparável a qualidade de vida das pessoas.