447: Tecnologias do Cuidado
Debatedor: Cesar Luiz Silva Junior
Data: 30/10/2020    Local: Sala 13 - Rodas de Conversa    Horário: 16:00 - 18:00
ID Título do Trabalho/Autores
11606 PROGRAMA SAÚDE AUDITIVA NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA: O SERVIÇO SOCIAL NA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
CIBELLY THEILON FERREIRA PEREIRA, RAYDNNE SUELLEN ALEIXO RANGEL

PROGRAMA SAÚDE AUDITIVA NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA: O SERVIÇO SOCIAL NA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL

Autores: CIBELLY THEILON FERREIRA PEREIRA, RAYDNNE SUELLEN ALEIXO RANGEL

Apresentação: O Programa Saúde Auditiva (PSA) é um Programa do Governo Federal, faz parte do serviço da Unidade de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS), sendo composto por uma equipe multiprofissional. O PSA reabilita pacientes com perdas auditivas, por meio do fornecimento de aparelhos, possibilitando reinserção dos usuários ao convívio social. A maior demanda advém do público idoso. Por isso, o relato, ora apresentado, que descreve o PSA, apresenta a importância desse serviço aos usuários idosos. Assim como, destaca a relevância do trabalho multiprofissional, ressaltando o papel do Assistente Social neste Programa, visto que a experiência vivenciada foi na área de Serviço Social por meio do estágio extracurricular no ano de 2019 no setor de Otorrinolaringologia do HUBFS. O trabalho tem o intuito relatar sobre essa atuação conjunta, destacando o Serviço Social no atendimento aos idosos com perda auditiva no PSA. Desenvolvimento: O Programa é desenvolvido no HUBFS no setor de Otorrinolaringologia, onde atua uma equipe multiprofissional composta por otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos/as, Assistente Social, Psicóloga e enfermeiras. Os pacientes do PSA são aqueles que têm perda de audição e usam aparelho auditivo, dependendo do grau da perda, o paciente pode passar de um Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI) para um Implante Coclear (IC). Posterior aos procedimentos médicos e verificação de tipologia do aparelho com as fonoaudiólogas, se inicia a fase do Cadastro do/a usuário onde ver-se indispensável o papel do Serviço Social, que para além dos fatores biológicos, são determinantes do social. Pois, a A. S é a profissional que enxerga esse processo saúde/doença em sua totalidade, o que foi observação diferencial dos demais profissionais. Aonde é de reponsabilidade do mesmo fazer a avaliação social, com aplicação de questionário, para dar o parecer social que contribui para a decisão de o/a paciente está apto para usar o aparelho auditivo. A partir da entrega do aparelho ao paciente, começa a fase de adaptação, demandando do profissional em conjunto com a psicóloga, o acompanhamento e o auxílio com orientações específicas Durante esse processo há inquietações para o Serviço Social que vão além da questão de saúde do/a usuário/a, principalmente as situações de vulnerabilidade socioeconômica de muitos destes pacientes, manifestada como dificuldade de locomoção até o hospital, seja por questão financeira ou geográfica, a falta de recursos para a manutenção do aparelho auditivo, idosos desacompanhados que têm mais dificuldades para comunicar-se com os funcionários e dar continuidade ao tratamento. Diante disso, cada profissional com suas particularidades, que compõe a Equipe, procura responder de forma qualificada às demandas postas pelos usuários. Dessa forma, o Serviço Social firma a importância de sua atuação buscando estratégias às dificuldades relatadas, reafirmando o enfoque dos direitos. Por conseguinte, faziam-se os encaminhamentos necessários para a concessão de benefícios como BPC, TFD, BF, assim como, procurou-se fortalecer os vínculos familiares e frisar tal importância desse grupo social sendo apoio no tratamento de saúde.

11700 REGULAMENTAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS POR ENFERMEIROS E SOLICITAÇÃO DE EXAMES NA ESF
Luana Larissa Costa França, Ítalo Vicícius Diniz, Jairo Porto Alves, Matheus Vitor Lima, Tácila Thamires Santos, Wezila Gonçalves Nascimento, Francisco Sales Clementino, Claudia Santos Martiniano

REGULAMENTAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS POR ENFERMEIROS E SOLICITAÇÃO DE EXAMES NA ESF

Autores: Luana Larissa Costa França, Ítalo Vicícius Diniz, Jairo Porto Alves, Matheus Vitor Lima, Tácila Thamires Santos, Wezila Gonçalves Nascimento, Francisco Sales Clementino, Claudia Santos Martiniano

Apresentação: A prescrição de medicamentos por enfermeiros (PME) na Atenção Primária à Saúde no Brasil é respaldada desde 1986 e, apesar disso, sofre grande resistência por parte da classe médica e há um déficit na discussão dessa prática sendo pouco adotada no âmbito da própria classe de enfermagem. No país não há exigências sobre a necessidade de formação específica, registro de prescritor ou experiência na prática de prescrição, considerando então que, os enfermeiros atuantes na atenção primária, estão habilitados para a prescrição. O modelo de PME adotado no Brasil é o grupo protocolo. Esses protocolos estão presentes nos Cadernos de Atenção Básica (CAB). A instituição dos protocolos é de determinação nacional, em alinhamento à lei do exercício profissional, e que cada município pode instituir o seu próprio protocolo avançando ou não no escopo da PME. Diante da importância da ação prescritiva para a categoria profissional do enfermeiro, esse artigo tem como objetivo: Conhecer sobre a regulamentação da Prescrição de Medicamentos por enfermeiros e solicitação de exames na ESF, na compreensão dos enfermeiros. MATERIAIS E MÉTODOS Trata-se de um estudo de caso com abordagem qualitativa. O estudo foi realizado no Estado da Paraíba, localizado na região Nordeste brasileiro. Foi selecionada uma amostra estratificada, contemplando os 12 municípios que são sedes de Gerências Regionais de Saúde: Cajazeiras, Campina Grande, Catolé do Rocha, Cuité, Guarabira, Itabaiana, João Pessoa, Monteiro, Patos, Piancó, Princesa Isabel e Sousa. A população do estudo foi composta por enfermeiros que atuavam nas equipes de Saúde da Família dos municípios selecionados para a pesquisa, sendo selecionados 3 enfermeiros dos respectivos municípios, compondo uma amostra de 35 enfermeiros. A coleta se deu por meio de entrevistas semiestruturadas. A organização dos dados obtidos durante a coleta foi realizada no software ATLAS.ti, obtendo-se uma licença de número: 84DD4-8476C-B639V-X09G1-00AQR. Em seguida, procedeu-se a Análise de Conteúdo Temática por meio das etapas que constituem o método. Esse estudo faz parte da pesquisa intitulada “Avanços e desafios na utilização de protocolos assistenciais para a prescrição de medicamentos por enfermeiros na Estratégia Saúde da Família”, aprovado no Edital nº1/2016 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com aprovação no CEP com CAAE de n° 83862118.4.0000.5187. Resultado: Os 35 enfermeiros que participaram do estudo possuíam idade entre 20 e 59 anos, sendo 40% (14) com idade entre 35 a 39 e 97,14% (34) do sexo feminino. Em relação à escolaridade, 57,14% (20) concluiu o ensino superior em Instituição de Ensino Superior (IES) privada, apenas 8,57% (3) enfermeiros possuem outra graduação, 11,42% (4) cursaram mestrado e nenhum dos participantes cursou doutorado. Os resultados obtidos com a coleta foram organizados na categoria “Regulamentação da Prescrição de Medicamentos por enfermeiros e solicitação de exames na ESF”, a qual deu origem a duas subcategorias: Conhecimento sobre as legislações que preveem a PME e solicitação de exames na ESF e Existência de normatização da PME e solicitação de exames no município. Conhecimento sobre as legislações que preveem a PME e solicitação de exames na ESF Quando questionados sobre a existência de legislações que regulamentam a prescrição de medicamentos pelo enfermeiro em seu processo de trabalho, apenas dois identificaram em seus discursos a lei que regulamenta o exercício da profissão: A lei do regulamento do exercício 7.498 é a primeira e tem as resoluções do COFEN que de número eu não sei te dizer quais são não, mas eu sei que tem as resoluções também além da 7. 498 (ENF3-M4)   O reconhecimento das leis que regulamentam o exercício da enfermagem, assim como as atribuições que competem ao enfermeiro, estando a PME dentro do escopo de atribuições, contribui para o reconhecimento do profissional enquanto prescritor de medicamentos e membro fundamental na equipe multiprofissional da ESF. Entretanto, notou-se que a maior parte dos enfermeiros não possui conhecimento sobre as legislações que preconizam a PME em seu processo de trabalho, evidenciando uma lacuna no processo de formação da classe profissional que contribui para a descaracterização do enfermeiro enquanto prescritor de medicamentos. Existência de normatização da PME e solicitação de exames no município. A respeito da existência de normatização quanto à prescrição e solicitação de exames, em âmbito municipal, apenas em uma localidade foi identificada a presença de protocolos específicos para esses fins. Nesse contexto a normatização do processo de prescrição surgiu a partir de uma necessidade pontuada pelos profissionais: O do município se eu não me engano foi em 2014 porque a gente vivia muito nessa angústia sem saber o que pode está transcrevendo, prescrevendo, dependendo da situação. Aí. A secretária de saúde foi, elaborou os protocolos e foi aprovado pela câmara, tudo direitinho, aí a gente tem esses protocolos também. Aí tem o de estratificação de risco, saúde da mulher, saúde da criança, saúde do idoso, é bem. especificadozinho, sabe? (ENF2-M7). Em algumas situações mesmo havendo a existência de protocolos para prescrição, foi identificada nos discursos a existência de uma “normatização” interna do município, que veta a prescrição por parte do enfermeiro em situações específicas, o que pode ser observado: Tem, a gente só pode prescrever, não é uma lei, entendeu? Mas, é uma norma que ele mantém até hoje, que a gente luta para tirar isso, mas não. É só, Nistatina a gente não pode prescrever, que a gente pode só o Sulfato Ferroso e Ácido Fólico e nada mais (ENF3-M5). A insegurança dos profissionais em prescrever se deve em parte aos inúmeros obstáculos enfrentados pela categoria na prática. Tanto relativos à falta de reconhecimento da PME dentro dos programas de saúde, quanto pela dificuldade de legitimar as mudanças ocorridas no SUS, com vistas à uma assistência pautada nas ações interdisciplinar e atenção integralizada, na AB. Os órgãos públicos têm o dever de legitimar a ação prescritiva do enfermeiro, cabe a eles alinhar suas normas e protocolos aos termos que subsidiam as legislações nacionais. No entanto no estudo observou-se que a maioria dos municípios não possuem protocolos e/ou normas que direcione o processo de prescrição de medicamentos pelo profissional enfermeiro, o que pode ser observado nos discursos abaixo: E como a gente não tem o protocolo municipal e a gente sabe que mesmo tendo a legislação, a gente precisa ter uma legislação do serviço, no caso aqui do município, pra poder fazer. Então, eu acho que não sou só eu, mas todos os enfermeiros daqui, a gente fica um tanto receoso, porque também não tem um padrão, o que é que pode prescrever? O que é que não pode? (ENF3-M4). É importante destacar que mesmo não havendo protocolo no município, o enfermeiro estar respaldo em lei para prescrever. Cabe aos profissionais de enfermagem atuar atendendo as necessidade de saúde dos usuários de forma integral. Considerações finais: O estudo evidenciou que a maior parte dos enfermeiros não possui conhecimento sobre as legislações que preconizam a PME em seu processo de trabalho Observa-se que não há iniciativas municipais no sentido de instituir legislações especificas pra a PME no âmbito local, o que poderá implicar na insegurança desses profissionais na ação prescritiva. Palavras-chave: Prescrição de Medicamentos; Enfermeiro; Atenção Primária Saúde.

11722 ANÁLISE DAS SOLICITAÇÕES EXTERNAS RECEBIDAS POR UMA CAP DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO COMO INSTRUMENTO PARA QUALIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE DO TERRITÓRIO
Érika Fernandes Tritany

ANÁLISE DAS SOLICITAÇÕES EXTERNAS RECEBIDAS POR UMA CAP DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO COMO INSTRUMENTO PARA QUALIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE DO TERRITÓRIO

Autores: Érika Fernandes Tritany

Apresentação: O SICOP – Sistema Único de Controle de Protocolo - foi implementado em 1990 pela Prefeitura do Rio de Janeiro e instituído pelo Decreto nº 14.725/96. A partir de sua criação, foi possível estabelecer controle sobre toda a comunicação administrativa entre os Órgãos Municipais. Assim, o Sistema é responsável por gerenciar todos os documentos que circulam na Prefeitura, em especial o processo administrativo, desde seu cadastramento até sua conclusão, passando por todas as etapas de tramitação, de acordo com as regras estabelecidas pelo Decreto nº 2.477/80. No Rio de Janeiro, em virtude da grande extensão territorial do município bem como sua classificação como município de grande porte, por ser composto por grande número populacional; a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-Rio) estabeleceu uma divisão administrativa de seu território de abrangência constituindo, assim, 10 Coordenadorias de Saúde de Área Programática (CAP). Essas CAPs, por sua vez, seriam responsáveis pela gestão da Atenção em Saúde de cada porção do território do município disposto à sua responsabilidade, com especial ênfase nas ações de Atenção Primária em Saúde. Dessa forma, pode-se compreender as Coordenadorias de Saúde de Área Programática como extensões da SMS-Rio, com vistas a melhor capilarizar suas ações, permitindo maior efetividade do trabalho da SMS bem como aprimoramento dos processos de gestão da área adstrita, maior capacidade de prestação de apoio às unidades de saúde do território e coordenação das ações de vigilância em saúde e de prestação dos serviços assistenciais. Assim, as Coordenadorias de Saúde do município do Rio de Janeiro recebem documentos administrativos externos oriundos de diversos órgãos governamentais, tais como: Ministério Público, Defensoria Pública, Secretaria Municipal de Saúde, Procuradoria Geral, Câmara dos Vereadores, entre outros. Tais documentos são referentes à solicitações, esclarecimentos, denúncias e processos encaminhados ao Ministério Público, prestações de contas, seção de direitos a indivíduos ou grupos, intimações, necessidades de prestação de serviços, entre outros assuntos os quais a Coordenadoria de Saúde têm por obrigação responder ao órgão emissor e proceder com os devidos encaminhamentos solicitados pelas instâncias requerentes. Objetivo: deste trabalho, portanto,  é apresentar o perfil dos assuntos dos documentos e solicitações externas recebidas por uma Coordenadoria de Saúde de Área Programática (CAP) da região oeste do município do Rio de Janeiro, nos anos de 2015 e 2016. A apresentação desta análise justifica-se pela necessidade, por parte das Coordenadorias de Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde, de conhecer as demandas mais prevalentes oriundas de órgãos externos com vistas a qualificar as ações coordenadas pela CAP, bem como prestar o apoio institucional às unidades de saúde de seu território de modo direcionado às necessidades mais urgentes destacadas em cada período. Além disso, trata-se de uma parte de um diagnóstico situacional da prestação e coordenação dos serviços da Área Programática em questão, apontando fragilidades dos processos de trabalho e possibilidades de ação. Método: A partir de um documento enviado pela Secretaria Municipal de Saúde que consolidou o quantitativo total de ofícios externos recebidos pela CAP em análise, nos anos 2015 e 2016, foi inicialmente realizada uma classificação e agrupamento destes de acordo com o assunto de referência. Desta forma, as solicitações expedidas foram classificadas de acordo com os seguintes grupos temáticos: Solicitação de Visita Domiciliar; SISREG – Exame/ Consulta Especializada/ Procedimento; Ouvidoria; Sindicância; Laudo/Avaliação/Atendimento Médico; Liberação/Cessão de Servidor; Transporte; Relatório de Atividades/ Vistoria/ Visita Vigilância Sanitária; Pedido de Arquivamento de Documentos; Solicitação Riocard/ Vale Social; Registro de Ocorrência; Convênio/Contrato; Construção de Unidades de Saúde; Solicitação de Informações sobre Irregularidades; Solicitação de Informações Gerais; Prestação de Contas;  Aquisição de Material; Denúncia; Projeto de Lei; Saúde Mental; Diversos. Resultado: No ano de 2015, foram recebidos pela CAP analisada 116 documentos externos referentes a solicitações de órgãos e instâncias governamentais. Segundo uma distribuição percentual destes ofícios por grupos de assuntos, a maior proporção dos documentos expedidos em 2015 entrou na categoria “Relatório de Atividades/ Vistoria/ Visita da Vigilância Sanitária” (13,8%). Em segundo lugar, aparece a categoria de solicitações de relatórios de “Solicitações de Laudo/Avaliação/Atendimento Médico” (12,9%); seguidos das Ouvidorias recebidas no ano (12,1%) e solicitações de “Informações sobre Irregularidades” (9,5%) e “SISREG – Solicitação de Exames/ Consulta Especializada/ Procedimento” (9,5%). É importante perceber que embora sejam apresentadas várias categorias para agrupamento temático destes documentos, quase 50% do total de ofícios recebidos pela CAP 5.1, em 2015, referem-se aos 5 assuntos citados anteriormente, o que demonstra uma concentração de interesse nestes temas, no ano de 2015. Já em 2016, a referida CAP recebeu um total de 254 ofícios emitidos pelas diversas fontes: Ministérios Público, Secretaria Municipal de Saúde, Procuradoria Geral, Defensoria Pública etc. Estes foram também divididos por assunto, nas categorias citadas: A maior parte dos ofícios recebidos pela CAP 5.1, no ano de 2016, referiam-se a “SISREG – Solicitação de Exames/ Consulta Especializada/ Procedimento” (27,2%), seguido de solicitações de “Transporte Veicular Especial”(21,3% to total de ofícios recebidos em 2016). É possível perceber a grande diferença no quantitativo total recebido entre os anos de 2015 e 2016, o que pode indicar uma fragilidade no instrumento de arquivamento destes processos ou um maior controle e necessidade de obtenção dos demais órgãos vinculados e parceiros desta Coordenadoria. Além disso, o perfil dos temas mais recorrentes em 2015 não se repetiu em 2016: Na medida em que o ano de 2015 apresentou uma concentração de documentos que objetivavam a obtenção de informações (acerca de vistorias, irregularidades e ouvidorias), o ano de 2016 apresentou um perfil de maiores solicitações por parte dos usuários por encaminhamentos no SISREG e Transporte Veicular Especial. Considerações finais: Por fim, é necessário tecer considerações acerca do instrumento utilizado para esta análise e o método empregado na mesma. Haja vista que não foi possível ter acesso aos ofícios na íntegra, sua classificação temática e agrupamento basearam-se unicamente no documento inicial enviado pela Secretaria Municipal de Saúde, o qual apresentava uma breve descrição do assunto do documento, o que muitas vezes, não possibilitou a compreensão do tema ao qual estava relacionado. Nesses casos, a alocação do documento no respectivo grupo temático ocorreu de modo inferencial pela necessidade de realizar uma classificação que possibilitasse o conhecimento do perfil de ofícios recebidos pela CAP, afim de possibilitar o desenho de estratégias de apoio institucional às unidades de saúde da área programática que buscassem diminuir os problemas constantes nas reivindicações dos órgãos externos. Ressalta-se também que, a partir do ano de 2017, a CAP elaborou um instrumento próprio para controlar e quantificar os ofícios recebidos com vistas a melhorar as análises geradas a partir das demandas recebidas no território, qualificar as ações da gestão e melhorar o controle da tramitação dos processos abertos.

11818 PARTEIRAS E OS SABERES TRADICIONAIS: A EXPERIÊNCIA DA INTEGRAÇÃO DE PARTEIRAS AO ACOMPANHAMENTO DE PRÉ-NATAL EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE TEFÉ/AM
Bruna da Silva Pereira, Maria Adriana Moreira, Thayana Oliveira Miranda, Julio César Schweickardt

PARTEIRAS E OS SABERES TRADICIONAIS: A EXPERIÊNCIA DA INTEGRAÇÃO DE PARTEIRAS AO ACOMPANHAMENTO DE PRÉ-NATAL EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE TEFÉ/AM

Autores: Bruna da Silva Pereira, Maria Adriana Moreira, Thayana Oliveira Miranda, Julio César Schweickardt

Apresentação: O objetivo deste trabalho é relatar a integração das parteiras no acompanhamento de pré-natal na Unidade Básica de Saúde Josefa Rodrigues das Chagas, localizada no município de Tefé, Amazonas. A concepção da parteira como alguém influente na população pode facilitar a interação entre a população e os profissionais de saúde ou gestores que tem permeado tais iniciativas. Desenvolvimento: Para o Ministério da Saúde (MS), Parteira Tradicional é a mulher ou homem que presta assistência ao parto domiciliar baseada em saberes e práticas tradicionais e é reconhecida (o) pela comunidade como quem assiste o parto. O MS sugere que as parteiras se tornem agentes legitimados pelo Estado para suprir algumas de suas lacunas, embora poucas alternativas sejam encontradas e discutidas para o vínculo formal ou empregatício com serviços de saúde. O Programa Trabalhando com Parteiras Tradicionais (PTPT) prevê que as secretarias estaduais e municipais de saúde articulem o trabalho das parteiras com os serviços de saúde locais, principalmente com as equipes de saúde da família, importante estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS). São esperadas das secretarias estaduais e municipais de saúde ações como levantamento da situação do parto domiciliar na região, cadastramento das parteiras atuantes, capa­citação das parteiras e distribuição do kit da parteira (bolsa de nylon contendo materiais básicos para a realização do parto domiciliar) e sensibilização de profissionais de saúde para a importância do trabalho da parteira. Uma estratégia para implementar as ações em relação às parteiras no Estado do Amazonas foi identificar, capacitar e sensibilizar gestores e profissionais de saúde para o reconhecimento dessas mulheres e homens que acompanham mulheres em diversos momentos no cenário da atenção à gestação, ao parto e ao pós-parto. A Atenção Básica (AB), nessa conjuntura, adquire um papel fundamental no processo de vinculação dessas mulheres e sua inserção nas equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF). Desenvolvimento: Na UBS Josefa Rodrigues das Chagas, localizada do bairro do Abial, as parteiras são cadastradas através dos profissionais da ESF da Secretaria Municipal de Saúde de Tefé, os cadastros serão enviados a Associação das Parteiras Tradicionais do Estado do Amazonas Algodão Roxo com objetivo de manter catalogadas as parteiras do Estado do Amazonas, bem como facilitar no planejamento das ações e apoio aos trabalhos desenvolvidos pelas mesmas. A rede de cuidado da AB do município em particular no território de abrangência da UBS Josefa Rodrigues das Chagas enfrenta alguns desafios entre eles à logística de transporte, insumos e equipamentos do kit das parteiras, comunicação proveniente do isolamento geográfico, além da alta rotatividade profissional, implicando na efetivação da rede de integração entre profissionais e parteiras tradicionais e consequentemente interferindo no cuidado continuo das ações prevista na inclusão de parteiras ao SUS. Embora a metodologia baseada nas rodas de conversas e na problematização seja nova nesse tipo de capacitação, ações educativas, especialmente na modalidade de treinamento e posterior supervisão, são práticas desenvolvidas com parteiras tradicionais desde longa data. As motivações, em cada época, não parecem ter-se alterado significativamente. As parteiras tradicionais são personagens de uma história específica no “o ofício de partejar”. A maioria delas não sabe ler e nem escrever, transmitem seus saberes oralmente de mãe para filha, de avó para neta ou de comadre para comadre. Tendo suas práticas ligadas culturalmente a realidade local, a capacidade de observação e a habilidade fazem delas as médicas da comunidade onde vivem, pois as mesmas são referencias de vinculo e humanização no parto domiciliar. A integração das parteiras tradicionais nas ESF e ESFR se deu através das estratégias da gestão em 2017 em fortalecer a valorização e a participação deste potencial existente nos territórios. Vale ressaltar que durante as reuniões gestão da Atenção Básica com os enfermeiros, pontuavam a importância dessa integração visando atenuar o índice de mortalidade materna e infantil que assola o município, no entanto, trazia como sugestão que os profissionais identificassem as parteiras de seu território e a convidar-se para participar das rodas de gestantes, essa foi uma das atividades iniciais das ESF. Alguns enfermeiros que ali estavam colocaram empecilhos se negado a por em prática essa integração. Após a reunião, entrei em contato as ACS para convidarem as parteiras para um café da manhã na UBS, para que assim pudéssemos conversar sobre a integração delas nas rodas de gestante. No dia marcado, preparamos um café para recebê-las, lembro que me deparei com 04 senhoras, sorridentes, aparentemente confortáveis nas cadeiras de reunião que havíamos reciclado, tomando cafezinho quente com bolacha água e sal, duas já me eram familiares, a parteira A já havia realizado um parto em domicílio no bairro, onde ao fazer a visita de puerpério tive a assinatura dela na folha de nascido vivo. E a parteira B é diabética e faz consulta mensal na UBS, no programa de Doenças Crônicas da AB. Na conversa, perguntei seus nomes, suas histórias [...], relatei a elas que gostaríamos de integra-las ao acompanhamento de pré-natal, fazer uma troca de saberes, pois temos um conhecimento teórico medicinal e elas têm um conhecimento de prática e vivencias em partos, logo aceitaram o convite e então relatei as maiores dificuldades que tínhamos com relação às gestantes que eram a resistência de iniciar o pré-natal e o abandono do acompanhamento. Ressalvo que em novembro de 2018, nós tínhamos 38 gestantes, sendo apenas 30 faziam o pré-natal assiduamente e 08 não iniciaram o pré-natal, pois para elas não iria ter intercorrência alguma na gravidez. Os dias se passaram, e juntamente com equipe fomos montando o cronograma mensal de novembro onde marcamos a data para a 1º roda de gestantes integrada com as parteiras em Tefé. No dia, preparamos lanche para as gestantes, ornamentamos a sala de reunião para receber as gestantes e as parteiras. Apresentamos as parteiras para as gestantes, onde puderam dividir suas experiências e dificuldades, relatando partos que foram realizados ali mesmo em nosso território, algumas gestantes já foram acompanhadas por essas parteiras em gestações anteriores e ainda enalteceram sua importância dentro do nosso acompanhamento médico/enfermagem. Resultado: Ao finalizar a roda, fomos ao consultório de enfermagem e iniciamos a consulta de pré-natal da enfermagem juntamente com as parteiras. Após este dia, as gestantes que não haviam iniciado pré-natal até então, iniciaram já perguntando quando seriam nossa próxima roda de gestante integrada as parteiras. As gestantes que já faziam o acompanhamento assiduamente elogiaram a estratégia, sentiram-se interessadas no saber tradicional das parteiras e seus cuidados, dentre elas algumas eram primigestas e outras gestantes de risco, e elas sentiram-se acolhidas pelos profissionais e as parteiras, pois é uma troca do saber empírico e o científico, resgatando e valorizando ambas as dimensões, visando a contribuir para um parto seguro e humanizado; considera-se a riqueza étnica e a biodiversidade como fatores importantes na construção de novos conhecimentos e tecnologias. Em agosto de 2019 tínhamos uma cobertura de 100% de gestantes em nosso território, onde iniciaram o acompanhamento de pré-natal no 1º trimestre de gestação e tendo as 07 consultas conforme preconizadas pelos indicadores do “Previne Brasil”.

12302 PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR; REFLEXÕES SOBRE OS MODOS DE CUIDADOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM UM MUNICÍPIO DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE.
Wilma Figueiredo Agra

PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR; REFLEXÕES SOBRE OS MODOS DE CUIDADOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM UM MUNICÍPIO DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE.

Autores: Wilma Figueiredo Agra

Apresentação: O conceito ampliado de saúde, proposto pelo SUS, consolida-se com a promulgação da Lei nº 8.080 em 19 de setembro de 1990, que define saúde não só como a ausência de doenças, mas também deve-se incluir o acesso à alimentação, moradia, educação, meio ambiente, saneamento básico e lazer. Consolida-se também pela Lei nº 8.142 de 28 de dezembro 90 (Lei nº 8.142/1990), que trata da participação comunitária na gestão do Sistema na gerência do SUS por meio das Conferências e dos Conselhos de Saúde. A Atenção Primária à Saúde (APS) surge para organização do modelo de atenção à saúde centrada no usuário cidadão. Como uma de suas bases, pode-se citar o Relatório Dawson (1920), que criticava o modelo flexneriano e propunha a organização de uma rede regionalizada de serviços, com cobertura para toda a população e ênfase na atenção primária. Baseia-se também nas diretrizes norte-americanas das décadas de 1930 a 1960, com práticas médicas mais próximas dos indivíduos e famílias. Na década de 1970, através da conferência de Alma-Ata, surge duas grandes frentes: difusão de programas verticais de intervenção seletiva e críticas ao modelo biomédico. Nesta conferência, a promoção à saúde foi advogada como essencial para o contínuo desenvolvimento econômico e social. Desenvolvimento: Para promover e apoiar a inserção da ESF na rede de serviços e ampliar a abrangência, a resolutividade, a territorialização, a regionalização, bem como a ampliação das ações da APS no Brasil, o Ministério da Saúde criou os NASF-AB, mediante a Portaria GM nº 154, de 24 de janeiro de 2008. Um NASF é constituído por uma equipe na qual profissionais de diferentes áreas de conhecimento atuam em conjunto com os profissionais das equipes de Saúde da Família (SF), compartilhando e apoiando as práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade das equipes de SF. Tal composição deve ser definida pelos próprios gestores municipais e as equipes de SF, mediante critérios de prioridades identificadas a partir das necessidades locais e da disponibilidade de profissionais de cada uma das diferentes ocupações. O NASF não se constitui porta de entrada do sistema para os usuários, mas sim de apoio às equipes de SF. A organização e o desenvolvimento do processo de trabalho do NASF dependem de algumas ferramentas já amplamente testadas na realidade brasileira, como é o caso do Apoio Matricial, da Clínica Ampliada, do Projeto Terapêutico Singular (PTS), do Projeto de Saúde no Território (PST) e a Pactuação do Apoio. No decorrer do presente trabalho, foram estudadas todas as equipes NASF da cidade de Jaboatão dos Guararapes (JG). A motivação para criação desta pesquisa surgiu durante a minha trajetória enquanto residente profissional em uma das equipes NASF, das quais surgiram algumas indagações sobre as práticas analisadas, como a gestão da clínica, a condensação das práticas além das potencialidades de análise da utilização do Projeto Terapêutico Singular na construção do cuidado integral à saúde no cotidiano das ações com as equipes e usuários. A consolidação da Reforma Sanitária dá-se com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), através da Constituição de 1988, trazendo a saúde como direito social e dever do Estado, a defesa da universalização do acesso, a reestruturação do setor e a descentralização do processo decisório para as esferas estadual e municipal, garantido mediante políticas sociais e econômicas. Os últimos 30 anos têm sido marcados por diversos avanços e desafios na consolidação do SUS. A APS é composta por quatro atributos essenciais: o acesso (primeiro contato do indivíduo com o sistema de saúde), a continuidade do cuidado, a integralidade da atenção e a coordenação do cuidado dentro do sistema. Em contraste com os modelos convencionais de prestação de cuidados, que primam pela assistência curativa, especializada, fragmentada e individual, a proposta de trabalho do NASF busca superar essa lógica, em direção à coresponsabilização e gestão integrada do cuidado. Isso se dá por meio de atendimentos compartilhados e projetos terapêuticos que envolvam os usuários, e que sejam capazes de considerar a singularidade dos sujeitos assistidos, humanizando desta forma o atendimento. Entre as dificuldades encontradas, tem-se o congelamento dos gastos públicos orçamentários para as políticas sociais e o SUS, sendo fortemente logrado no que confere o rebatimento direto das condições de trabalho para seus colaboradores e consequente diminuição da eficácia das intervenções destes para com os usuários. Para alcance dos objetivos propostos, utilizamos a abordagem qualitativa de caráter exploratório, intentando estimular o entrevistado a pensar e se expressar livremente sobre o assunto em questão. Na pesquisa qualitativa, os dados são retratados por meio de relatórios, levando-se em conta aspectos tidos como relevantes, como as opiniões e comentários do público entrevistado. A pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, logo, irá levantar dados relacionados à comportamentos, atitudes, sentimentos e percepções dos participantes em relação às competências as quais o NASF desenvolve junto ao Núcleo de Apoio a Saúde da Família. Conforme sugerem Minayo e Sanches (1993), essa abordagem busca compreender as relações e atividades humanas, bem como os seus significados, além de aprofundar a complexidade do fenômeno estudado em processos específicos de interesse da pesquisa. Diferencia-se, assim, de abordagens que buscam categorias genéricas para descoberta de leis sociais. Corroboramos, ainda, com o fazer científico reflexivo, característico das metodologias feministas, que valoriza as práticas sociais historicamente situadas, para a compreensão do fenômeno sob investigação. O conhecimento produzido a partir dessa perspectiva não é imparcial e não almeja a criação de leis universais, de forma contrária, valoriza a constatação das interferências de quem constrói esse conhecimento e está circunscrito aos espaços e tempos da investigação. Objetivo: Proporcionar o cuidado integral em saúde com a utilização das ferramentas da clínica ampliada como o uso do PTS de forma plena pelos profissionais envolvidos, este trabalho busca uma maior resolubilidade dos problemas em saúde. O PTS é uma ferramenta de pessoas e ou sujeito coletivo através de uma ação de coprodução e cogestão da atenção a um indivíduo em situação de vulnerabilidade, esta entendida como a maneira dos sujeitos se defenderem de um agravo, constrangimento, admoestação ou situação de risco. Resultado: Nos resultados foram verificados que os profissionais souberam identificar a potencialidade da ferramenta no processo de trabalho, alguns já utilizaram em alguns momentos, no entanto os demais trabalhadores não conseguiram aplica-lo de forma integral como apresentam as diretrizes propostas pelos cadernos de atenção à saúde-Clinica Ampliada e Humanização, seja por falta de conhecimento da aplicabilidade ou por dificuldades do trabalho em equipe como fator principal.

10499 RODAS DE CONVERSA COMO INSTRUMENTO PARA O GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: GESTÃO E TRABALHADOR DA SAÚDE
Hipácia Fayame Clares Alves, Jéssica Pinheiro Carnaúba, Ana Karen Pereira de Souza, Luisilda Maria Dernier Pinto Martins, Jordanna Correia de Araújo, Lucenir Mendes Furtado Medeiros, Magna Geane Pereira de Sousa

RODAS DE CONVERSA COMO INSTRUMENTO PARA O GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: GESTÃO E TRABALHADOR DA SAÚDE

Autores: Hipácia Fayame Clares Alves, Jéssica Pinheiro Carnaúba, Ana Karen Pereira de Souza, Luisilda Maria Dernier Pinto Martins, Jordanna Correia de Araújo, Lucenir Mendes Furtado Medeiros, Magna Geane Pereira de Sousa

Apresentação: As Rodas de Conversa constituem uma metodologia que possibilita a participação coletiva e a troca de ideias, o que é importante para a promoção de uma gestão mais participativa. A partir da importância da participação da equipe de saúde no planejamento das ações e serviços da Estratégia Saúde da Família, surgiu a seguinte inquietação: como envolver e estimular a participação desses atores no processo de gestão na Estratégia Saúde da Família? Este estudo foi do tipo descritivo, com o objetivo de relatar uma experiência das rodas de conversa com foco em gestão na Estratégia Saúde da Família no município de Mombaça, Ceará. As rodas foram realizadas em uma Unidade de Atenção Primária à Saúde localizada na zona rural do município de Mombaça, durante o mês de maio de 2018. Participaram todos os profissionais que atuavam na unidade, sendo as vivências descritas e analisadas a partir de uma reflexão baseada na literatura. Os resultados foram divididos em itens: O Planejamento da Roda, O Protagonismo Profissional na Gestão dos Serviços de Saúde e A Operacionalização da Roda de Conversa. O estudo desvelou que, a partir da implementação das rodas, os profissionais conseguiram exteriorizar seus pensamentos, sentimentos e opiniões, contribuindo para identificar as principais dificuldades, bem como as potencialidades dos serviços de saúde e possibilitou a construção de um plano estratégico para melhorar os pontos fracos identificados. Portanto, as rodas de conversa constituem uma importante estratégia para promover a gestão participativa na ESF, evidenciando-se a necessidade de novas pesquisas, com foco em mais inovações que possibilitem a efetivação da Política Nacional de Humanização na Saúde.

10518 VIVÊNCIA DE GRADUANDOS DA ÁREA DA SAÚDE EM UM PROJETO QUE VISA O TRATAMENTO DE ALZHEIMER POR MEIO DE EXERCÍCIO FÍSICO RESISTIDO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Alice Pequeno de Brito, Victória Baía Pinto, David Gabriel Barbosa, Luan Cardoso e Cardoso

VIVÊNCIA DE GRADUANDOS DA ÁREA DA SAÚDE EM UM PROJETO QUE VISA O TRATAMENTO DE ALZHEIMER POR MEIO DE EXERCÍCIO FÍSICO RESISTIDO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Alice Pequeno de Brito, Victória Baía Pinto, David Gabriel Barbosa, Luan Cardoso e Cardoso

Apresentação:A doença de Alzheimer (DA) é neurodegenerativa crônica e a forma mais comum de demência. A DA é atualmente reconhecida como um dos maiores problemas de saúde da população idosa, tem sido linha de pesquisas, onde, frequentemente, procura-se investigar os aspectos relacionados a fisiopatologia, epidemiologia, tratamento e quadro clínico, o qual pode levar os pacientes a perderem sua autonomia e consequentemente afetando a qualidade de vida. Objetivo: Relatar a experiência de graduandos do curso da área da saúde da Universidade do Estado do Pará (UEPA), a respeito do exercício físico resistido como medida terapêutica para o tratamento de pacientes com DA. Descrição da Experiência: O presente relato de experiência ocorreu a partir do projeto de Neurociência realizado no Laboratório de Exercício Resistido e Saúde (LERES) de uma universidade estadual pública em Belém (PA), o qual correu entre os meses de janeiro e março de 2019. O estudo deu-se por intermédio da aplicação de um questionário com perguntas sobre a visão dos graduandos a respeito de suas experiências no Projeto. Resultado: O resultado do questionário aplicado aos graduandos, apontaram que o projeto é de grande relevância para o processo de ensino-aprendizagem, visto que incentiva a pesquisa e aplicação dos conhecimentos teóricos na prática, além do ganho de força e funcionalidade percebida nos participantes da pesquisa, afetando positivamente na qualidade de vida. nicialmente os alunos foram orientados a dividir os indivíduos em três grupos distintos: indivíduos sem a DA, pacientes com algum grau de esquecimento compatível com a idade e indivíduos diagnosticados com Alzheimer. Nesta etapa, os alunos salientaram algum grau de insegurança ao lidar com os indivíduos do projeto. Porém, os mesmos discentes relataram que a mesma foi superada com as reuniões que aconteciam com os professores coordenadores das atividades. Em uma segunda etapa, os alunos acompanharam os docentes na realização das atividades de exercício físico e avaliações dos sujeitos do projeto em seguida houve a familiarização dos aparelhos, como o supino sentado, agachamento terra, remada unilateral e abdominal infra. De acordo que foram acontecendo as atividades os estagiários foram se adaptando com o espaço do projeto e com os pacientes, assim, adquirindo conhecimento e vivência do espaço de trabalho. Considerações finais: Vale salientar a importância da teoria e prática para os alunos que se encontram em formação acadêmica junto com esses projetos e a interferência positivamente na qualidade de vida dos idosos com DA.

10522 PERFIL DAS OCORRÊNCIAS E DA EQUIPE QUE ATUA NOS SERVIÇOS DE ATENDIMENTO MÓVEL NO BRASIL: REVISÃO NARRATIVA
Denise Miriam de Barros da Silva, Alexia Eduarda Pantoja Da Costa, Izabel Silva de Carvalho, Lena Do Socorro Boução Santana, Márcia Soraya Quaresma Vera Cruz, Marcia Cristina Monteiro dos Reis, Neylane Do socorro Cruz Da Silva, Dafna Souza Dos Santos

PERFIL DAS OCORRÊNCIAS E DA EQUIPE QUE ATUA NOS SERVIÇOS DE ATENDIMENTO MÓVEL NO BRASIL: REVISÃO NARRATIVA

Autores: Denise Miriam de Barros da Silva, Alexia Eduarda Pantoja Da Costa, Izabel Silva de Carvalho, Lena Do Socorro Boução Santana, Márcia Soraya Quaresma Vera Cruz, Marcia Cristina Monteiro dos Reis, Neylane Do socorro Cruz Da Silva, Dafna Souza Dos Santos

Apresentação: No Brasil, em 2003, criou-se a Política Nacional de Atenção às Urgências (PNAU) a fim de reduzir problemas assistenciais e servir como interface entre a atenção à saúde básica e a de média e de alta complexidade, atendendo ainda, necessidades como a implantação dos sistemas de regulação e de estruturação de uma rede regionalizada e hierarquizada. Portanto, essa regulamentação visa garantir assistência integral desde a atenção básica até a atenção de alta complexidade, incluindo o atendimento domiciliar. Objetivo: Analisar o perfil de equipes de atendimento pré-hospitalar móvel e o perfil epidemiológico das ocorrências atendidas por esse serviço no Brasil. Método: Estudo de revisão narrativa da literatura acerca de contribuições teóricas relacionadas ao atendimento pré-hospitalar de serviços móveis no Brasil. Os dados coletados foram extraídos de bases de dados latino-americanas, a fim de alcançar o objetivo posposto por este estudo. Resultado: Os resultados demonstraram que a equipe de atendimento pré-hospitalar assume uma postura de autonomia, suas práticas são realizadas de forma organizada e pautadas na regulamentação vigente. Ademais, observou-se que entre as ocorrências atendidas pelo serviço de atendimento móvel, as questões de natureza clínica predominam, seguidas de ocorrências de naturezas traumáticas. Além disso, A partir dessa realidade os profissionais que constituem o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) são imprescindíveis durante as práticas de saúde e seus serviços devem ser reconhecidos e respeitados pelos demais serviços da rede de atenção à saúde. Considerações finais: Por fim, destaca-se que as equipes de saúde analisadas nesse estudo compreendem bem seu papel na sociedade, e buscam desempenhá-lo de forma eficiente e humanizada, seguindo os preceitos éticos e morais da profissão.

10548 UM ESTUDO SOBRE A INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA DE USUÁRIOS DE CRACK NO MUNICÍPIO DO RJ
Juliana Desiderio Lobo Prudencio

UM ESTUDO SOBRE A INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA DE USUÁRIOS DE CRACK NO MUNICÍPIO DO RJ

Autores: Juliana Desiderio Lobo Prudencio

Apresentação: A presente pesquisa mostra o debate travado sobre os impactos sociais causados pelo uso e pelo abuso do crack, tendo como cerne do debate as atuais ações governamentais de combate ao crack desenvolvidas no município do Rio de Janeiro, através da internação compulsória. Diante disso, o objetivo da pesquisa é compreender os termos do debate em torno da internação compulsória de usuários de crack no município do RJ nos anos de 2012 e 2013 e seus impactos sociais. Para tal usou-se como recurso metodológico a Pesquisa qualitativa, de caráter bibliográfico traz uma análise teórica da importância de políticas públicas de atenção aos usuários de crack e seus familiares. Possibilita, assim, uma releitura sobre o perfil do “drogado”, em especial o crack, e sobre as ações governamentais possíveis ao trato do cuidado em saúde mental nos municípios do Rio de Janeiro. Os resultados mostram que o trato do tema droga através da internação compulsória releva a baixa ações governamentais com base na política de redução de danos; falha na atenção em saúde mental para os usuários de drogas e seus familiares; o fortalecimento do setor privado e religioso no trato da questão da droga; a criação de ações estatais de cunho opressivo e repressivo; equipes desqualificadas para pensar a temática da droga; a oferta de um serviço cerceador de direito como saída para o cuidado e a baixa compreensão da questão da droga como problema de saúde pública. Sendo assim, a pesquisa vem mostrando que a internação compulsória de usuários de drogas remonta a ideia de “guerra às drogas” e afasta a possibilidade de uma atuação estatal emancipatória.

10720 AVALIAÇÃO DOS INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS DA HANSENÍASE NA REGIÃO NORTE (2010-2017)
Fernanda Letícia dos Santos Ferreira, Ana Paula Cavalcante Ferreira, Felipe Guimarães Tavares, Hildegard Soares Barrozo de Lima, Debora Mota dos Santos, Beatriz de Barros Lima

AVALIAÇÃO DOS INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS DA HANSENÍASE NA REGIÃO NORTE (2010-2017)

Autores: Fernanda Letícia dos Santos Ferreira, Ana Paula Cavalcante Ferreira, Felipe Guimarães Tavares, Hildegard Soares Barrozo de Lima, Debora Mota dos Santos, Beatriz de Barros Lima

Apresentação: A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa, causada pelo M. leprae, com um alto poder de infectividade e baixa patogenicidade. Apesar do empenho em seu controle, o Brasil continua sendo o segundo país em número de casos no mundo, com aproximadamente 94% dos casos novos diagnosticados nas Américas, sendo fundamental a descrição epidemiológica da hanseníase em todos os seus diferentes aspectos, pois é uma doença de notificação compulsória e alta chance de cura com o diagnóstico precoce, a avaliação da eficiência dos programas via indicadores é necessário. Desse modo, o objetivo do estudo foi descrever o perfil epidemiológico da hanseníase na Região Norte do Brasil entre 2010-2017. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo ecológico descritivo de série temporal, abrangendo os indicadores epidemiológicos e operacionais dos programas de controle da hanseníase da Região Norte do Brasil. Os dados foram coletados a partir do SINAN, disponíveis no site DATASUS. Os indicadores epidemiológicos avaliados foram: Coeficiente de detecção anual de casos novos; Coeficiente de prevalência; Casos novos e proporção por ano segundo as variáveis: sexo e forma clínica. Para a tabulação dos dados utilizamos os softwares TABWIN e Microsoft Excel. Resultado: Foram notificados 48.143 casos de Hanseníase na Região Norte entre 2010-2017. Os anos com maiores taxas de detecção foram 2010, 2011 e 2012, apresentando oscilação entre os anos de 2013 e 2014. Sua menor incidência foi em 2017, representando cerca de 25,74/100.000 habitantes. A Região Norte apresenta as maiores taxas de detecção quando comparada as outras regiões do país. Já em relação à Taxa de prevalência, houve oscilação de 0,08/10.000 até 2017, que finalizou em 2,6/10.000. A maior taxa de incidência ocorreu em 2013 (3,44/10.000). Quando analisados segundo sexo, a taxa de detecção foi maior para o sexo masculino, sendo esse responsável por mais da metade de novas notificações ao SINAN, com cerca de 58%. Em relação às formas clinicas, nota-se maior proporção entre a forma Dimorfa, com destaque para o ano de 2016 (52,67%). Considerações finais: Observa-se que a Região Norte contribui com altas taxas de detecção da doença. Bem como o sexo masculino se destaca na quantidade de casos novos notificados. Sendo assim, levando em consideração a posição econômica e social da Região Norte no país, fazem-se necessária a revisão de políticas de saúde e a ampliação de seu acesso à população, sobretudo a masculina. Com isto, é de suma importância qualificar o atendimento dos serviços de saúde, sobretudo da atenção primária em saúde, promover ações de educação e promoção da saúde e qualificar o processo de vigilância epidemiológica para redução da infecção da Hanseníase no Brasil.  

10783 HOSPITALIZAÇÕES POR MENINGITE MENINGOCÓCICA EM CRIANÇAS NO BRASIL: VACINAÇÃO
Raimundo Nonato Silva Gomes, Vânia Thais Silva Gomes, Igor Eduardo Dias Cestari, Larissa Vanessa Machado Viana, Maria Silva Gomes

HOSPITALIZAÇÕES POR MENINGITE MENINGOCÓCICA EM CRIANÇAS NO BRASIL: VACINAÇÃO

Autores: Raimundo Nonato Silva Gomes, Vânia Thais Silva Gomes, Igor Eduardo Dias Cestari, Larissa Vanessa Machado Viana, Maria Silva Gomes

Apresentação: A meningite é uma doença causada por diferentes agentes etiológicos, dentre eles estão os vírus, bactérias, protozoários, fungos e helmintos, todavia a meningite bacteriana é a que possui maior importância epidemiológica e clínica, por apresentar potencial epidêmico e risco elevado de mortalidade. A doença meningocócica é considerada endêmica e o principal sorogrupo causador da doença é o tipo C, a imunização por meio da vacina meningocócica C é considerada o principal mecanismo para a prevenção da doença e é considerada de alta efetividade de prevenção direta (que receberam a vacina) e indireta (não vacinados). A vacina está disponível gratuitamente no sistema de saúde brasileiro, foi introduzida em 2010 no calendário básico infantil sendo administrada aos 3º e 5º meses de vida da criança, e uma dose de reforço entre o 12º e 15º mês. Objetivo: Avaliar o impacto da vacina meningocócica c conjugada em hospitalizações por meningite meningocócica em crianças menores de cinco anos de idade, no Brasil, no período de 2001 a 2018. Método: Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo, descritivo, combinando a descrição das séries temporais do período de 2001 a 2018. Os dados foram obtidos de fonte secundária. Para análise do efeito de diferentes variáveis, utilizou-se múltiplos modelos de avaliações matemáticas. Considerou-se o nível de significância de 5% (p 0,05). Resultado: Em termos gerais, houve uma tendência de crescimento populacional nas regiões nordeste, sudeste, sul e centro-oeste, apenas na região norte que houve uma taxa de crescimento negativa. Contrapondo a redução do crescimento populacional da região norte, a cobertura para a vacina meningocócica c conjugada na região aumentou em 2222% desde a implantação da vacina em 2010. As internações hospitalares relacionadas à meningite meningocócica c conjugada em crianças menores de 5 anos, quando comparou-se o período pré e pós-vacinal, houve redução em todas as regiões brasileiras. Todos as regiões reduziram em mais de 50% as hospitalizações por meningite no pós-vacinal. Considerações finais: Houve expressiva redução nas hospitalizações de crianças menores de 5 anos em todas as regiões do Brasil após a implantação da vacina meningocócica c conjugada.

10785 ESTRATÉGIAS PARA UMA DESOSPITALIZAÇÃO DENTRO DOS PARÂMETROS DO HUMANIZASUS
Jessika Lopes de Oliveira, Claudio Jose de Melo Paulista

ESTRATÉGIAS PARA UMA DESOSPITALIZAÇÃO DENTRO DOS PARÂMETROS DO HUMANIZASUS

Autores: Jessika Lopes de Oliveira, Claudio Jose de Melo Paulista

Apresentação: O presente exposto tem como finalidade apresentar as estratégias para um trabalho de desospitalização dentro dos parâmetros do HumanizaSus em articulação com as Redes de Atenção em Saúde tomando como base o trabalho desenvolvido no Hospital Federal de Bonsucesso pelo setor denominado EADES (Equipe de Apoio à Desospitalização e Educação em Saúde) sendo a referida citada uma referência na atuação exclusiva em desospitalização no Estado do Rio de Janeiro. Desenvolvimento: O trabalho classifica-se enquanto descrição de experiência vivenciada por uma acadêmica de Serviço Social no setor de desospitalização, setor onde lida diretamente com demandas que relacionam todos os níveis da Rede de Atenção Básica. Resultado: A Equipe de Apoio à Desospitalização e Educação em Saúde (EADES) do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) vem desde o ano de 2011 propondo e executando estratégias de desospitalização responsável, eficiente e humanizado de forma a não só atender a uma requisição institucional (otimizar o processo de internação e rotatividade dos leitos) mas buscando impactar na diminuição de possíveis problemas após a alta, procurando garantir assim, a continuidade do tratamento e a boa qualidade do cuidado no domicílio através da construção de uma articulação que alcance todas as Redes de Atenção em Saúde necessárias para uma recuperação bem sucedida. Considerações finais: O presente trabalho pretende apresentar as estratégias que envolve o processo de uma desospitalização humanizada e responsável através da construção de redes, descrevendo o processo de articulação que a equipe estabelece com elas e os pontos fundamentais que embasam e norteiam este processo no cotidiano da atuação multiprofissional, com especial destaque para o Serviço Social, pois neste processo uma intervenção crítica do profissional é determinante para uma articulação eficaz, consciente e alinhada com os princípios básicos do SUS e do código de ética da profissão (entre outros), pois diferentes mecanismos e atores sociais são acionados no processo e resultam em desdobramentos que precisam ser continuamente analisados e repensados. Ademais, no contexto atual de crise vivenciada com os ataques na saúde, é necessário repensar estratégias para as redes de atenção à saúde, que impactam diretamente a vida do usuário que o requisita após alta hospitalar, pois sua ausência ou existência determina diretamente a qualidade de vida do paciente. Entende-se, portanto, que é um debate pertinente e importante para ser abordado e ampliado.  

10865 COMO PENSAR O TRABALHO EM REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE EM UM MUNICÍPIO RURAL E REMOTO?
Livia dos Santos Mendes, Eduarda Ferreira dos Anjos, Patty Fidelis de Almeida, Adriano Maia dos Santos

COMO PENSAR O TRABALHO EM REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE EM UM MUNICÍPIO RURAL E REMOTO?

Autores: Livia dos Santos Mendes, Eduarda Ferreira dos Anjos, Patty Fidelis de Almeida, Adriano Maia dos Santos

Apresentação: Estudo realizado em um município da região Norte de Minas Gerais com vasta extensão territorial, baixa densidade populacional e grande vulnerabilidade socioeconômica, agravada por se tratar de um município rural e remoto, segundo classificação do IBGE. A Atenção Primária à Saúde (APS) é fundamental para provisão de serviços de saúde, bem como minimização das desigualdades sociais. Diante das características territoriais do município são necessárias estratégias para articulação da APS à rede de atenção à saúde de forma a garantir integralidade. Objetivo: descrever as estratégias para acesso e organização dos serviços de atenção à saúde na lógica regional em um município rural e remoto. O estudo faz parte de uma pesquisa mais ampla intitulada “Atenção Primária à Saúde em Territórios Rurais e Remotos no Brasil”. Trata-se de um estudo de caso em um município rural e remoto, no Norte de Minas Gerais, com realização de 15 entrevistas semiestruturadas com os seguintes atores: Coordenador da Atenção Básica, Secretário Municipal de Saúde, gestor regional, além de profissionais (ACS, médico, enfermeiro - 6) e usuários (6) de uma UBS rural e de uma UBS da sede. As entrevistas foram gravadas, transcritas e descritas em relatório de campo. O projeto foi aprovado pelo CEP da ENSP-Fiocruz (CAAE 92280918.3.0000.5240, parecer de aprovação n 2.832.559). A APS mostra-se resolutiva para os usuários que a frequentam, embora a função de porta de entrada seja compartilhada com um Centro de Saúde, com funcionamento 24 horas, localizado na sede do município. Há problemas de oferta de atenção especializada via provisão pública. Usuários informaram que quando necessitam de atendimentos especializados, procuram a rede de um município vizinho, que possui hospitais e serviços especializados privados, inclusive para exames laboratoriais. O gasto com transporte e com os serviços de saúde especializados dificultam o acesso ao cuidado integral, principalmente da população que vive na área rural, havendo comunidades que ficam isoladas em períodos chuvosos. As UBS privilegiam atendimentos por demanda espontânea e agenda os usuários de localidades mais distantes no turno matutino, objetivando conciliar com o horário de retorno do transporte. Por reconhecer as dificuldades de deslocamento, realizados muitas vezes à pé ou por carona em transporte escolar, a equipe de SF menciona não negar pronto-atendimento. Também é realizado o atendimento itinerante pela equipe em um ponto de apoio nas localidades mais distantes. Ademais usuários de zona rural são atendidos independente de sua unidade de adscrição. Apesar de dispor de poucos recursos, o município compromete boa parte do seu orçamento da saúde com o salário de médicos, por dificuldade de atração e fixação. O PMAQ e Requalifica-UBS foram políticas federais com impacto significativo no município, oportunizando melhorias na infraestrutura das UBS. O PMAQ foi muito referido pelas equipes como um instrumento chave para a Educação Permanente. A expansão da APS foi fundamental para garantia do acesso à saúde principalmente em localidades rurais. O município possui barreiras financeiras e geográficas para o acesso aos serviços especializados. Isso denota uma rede de atenção que é resolutiva em alguns pontos, mas ainda possui obstáculos para sua efetivação.

10885 CLÍNICA E SUBJETIVIDADE NA APS: MEDICINA CENTRADA NA PESSOA E A CLÍNICA AMPLIADA À LUZ DO DIAGRAMA GOVERNAMENTAL
henrique sater de andrade, cathana oliveira, sergio resende carvalho

CLÍNICA E SUBJETIVIDADE NA APS: MEDICINA CENTRADA NA PESSOA E A CLÍNICA AMPLIADA À LUZ DO DIAGRAMA GOVERNAMENTAL

Autores: henrique sater de andrade, cathana oliveira, sergio resende carvalho

Apresentação: Realizamos uma reflexão a partir de modelos clínicos “centrados na pessoa” e que “ampliam e incluem o sujeito” e que se vinculam à Atenção Primária, observando-os à luz do diagrama da governamentalidade, inspirado na obra de Michel Foucault e com autores que com ele dialogam. Entendemos que observar de que forma tais dispositivos e a clínica na Atenção Primária podem operar como tecnologias de governo da subjetividade é uma das formas de ampliar nossas análises críticas de modalidades e estratégias de cuidado, que comumente carregam um juízo positivo a priori por incluírem de diferentes maneiras a “pessoa” e a “subjetividade” dos pacientes. Desenvolvimento: O Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP) apresenta-se como uma abordagem crítica ao método clínico hegemônico “centrado na doença” e anuncia como objetivos: a) explorar as principais razões do paciente para a visita, preocupações e necessidade de informações; b) procurar uma compreensão integrada do mundo do paciente; c) localizar uma base comum sobre qual é o problema e concorda mutuamente sobre a gestão do cuidado ; d) qualificar a prevenção e promoção da saúde; e e) aprimorar a relação entre o paciente e o profissional de saúde. Ainda que não utilize a terminologia “sujeito” ou “subjetividade”, a ideia de “pessoa como um todo” inclui a internalização de uma vida psicológica do indivíduo e aparece descrita como a “conscientização dos múltiplos aspectos da vida da pessoa:   como sua personalidade, a história de seu desenvolvimento, as questões de seu ciclo de vida, os múltiplos contextos em que vive” e a “percepção de sua capacidade de responder a mudanças e gerir conflitos”. A totalidade, unidade e identidade da pessoa representariam a composição das partes que compõem sua vida, incluindo a lesão anatomopatológica do corpo biológico, a experiência de sofrimento e de adoecimento decorrente da lesão, inserida na fase de desenvolvimento subjetivo e o contexto familiar, comunitário e cultural. Na formulação, essa síntese integrada, derivada do paradigma biopsicossocial, seria a “pessoa como um todo”. A formulação de arranjos de ampliação da clínica no interior do campo da Saúde Coletiva brasileira dá-se de forma bastante diferente do arcabouço internacional da APS. Discutida inicialmente no campo da Saúde Coletiva nos anos 90 por Campos, uma  dessas diretrizes que tomou importante corpo na formulação de arranjos do Ministério da Saúde nas últimas décadas é a Clínica Ampliada. Partindo da necessidade de superação do tecnicismo e fragmentação do paradigma biomédico e hospitalar, ela busca ampliar o objeto, os objetivos, os meios e repertórios de ação do trabalho em saúde e produzir maiores graus de autonomia e autocuidado dos sujeitos, envolvidos em seu contexto familiar, social e territorial. Ainda que pensada em variados contextos e serviços assistenciais, há no processo uma relação direta entre a ampliação da clínica com a aposta na reestruturação das práticas e sistemas de saúde ordenada pela Atenção Primária. A partir da análise do MCCP e da Clínica Ampliada, propomos uma leitura distinta da concepção de sujeito e de subjetividade no interior da prática clínica. Inspirados pelas leituras sobre a temática da governamentalidade na obra de Michel Foucault e de autores que com ele dialogam, buscamos discutir a clínica, para além de seu âmbito disciplinar, como uma tecnologia de governo e de produção de subjetividade no contemporâneo. Resultado: Ao aliar os conceitos de “governo” e “mentalidade”, Foucault nos indica que não é possível estudar as tecnologias de poder sem a análise de quais formas de pensar e agir que as entrelaçam. As formas de exercer poder político a partir do século XVIII estavam ligadas à proliferação de dispositivos de governo e um complexo campo de saberes sobre o próprio governo, sua forma de exercício e a natureza daqueles em que deveria agir. Nesse diagrama, há um deslocamento do conceito do governo, entendido menos como um poder disciplinador e repressor, e mais como de uma ampla e heterogênea teia de administração da conduta individual e coletiva, ligado a procedimentos permanentes e mutáveis de cálculo, experimento e avaliação. E também de uma mentalidade (ou racionalidade), não como representação pura da realidade, mas vista em sua imbricação no jogo de criação de campos discursivos onde o exercício de poder é racionalizável. Nesse diagrama, observar o governo da subjetividade envolve investigar como os sujeitos, como os seres humanos vieram a pensar sobre si mesmos e a agir sobre si mesmos como determinados tipos de sujeitos, a julgar a si mesmos e buscar certos modos de viver adequados para si como determinados tipos de sujeitos. Ou seja, ao contrário de um conhecimento que buscava desvelar uma essência já produzida e definida de nós mesmos, analisa as tecnologias onde se fabricam as formas que compreendemos, sentimos e exercemos nossas pessoalidades e subjetividades. Esse tipo de reflexão exige o rompimento de uma unidade da individualidade, que possuiria uma identidade estável, passível de ser representada enquanto um sujeito ou uma pessoa. Esta multiplicidade vai criando diferentes subjetivações em permanente movimento e conflito, em um jogo de forças das racionalidades políticas, das práticas de governo e de resistência. A subjetividade não é, portanto, uma estrutura latente previamente dada e posteriormente recheada, formatada no circuito interior-psicológico e exterior-civilização, mas um efeito complexo de relações entre objetos, práticas, técnicas e forças de poder e de governo. Considerações finais: Nossas reflexões buscaram trazer à tona o fato que distintos dispositivos clínicos da Atenção Primária podem operar como tecnologias de governo da subjetividade e, nesse momento, afirmar modelos muito reduzidos de normalidade “subjetiva” e “biopsicossocial”, em nome de ideais científicos e racionalmente eficazes. Em um contexto de retrocessos sociais e de enfraquecimento de políticas públicas, marcado cada vez mais por uma desregulação econômica e uma hiper-regulação e responsabilização da vida individual, esses dispositivos podem reforçar inclusive a racionalidade neoliberal em nossas práticas de saúde. Nesse sentido, mais do que ver a clínica como o momento de “guiar”, “orientar”, “responsabilizar” as escolhas racionais de usuários com suas identidades coerentes e fixas, o diagrama governamental da subjetividade contribuiu para pensar o sujeito como resultado das múltiplas forças sociais e institucionais contraditórias e, simultaneamente, a própria resistência a essas tecnologias. Essa perspectiva abre a possibilidade de, ao invés de buscar modelos mais eficazes e operacionais no exercício do governo das condutas e da subjetividade, considerar as próprias práticas antigovernamentais dos usuários “resistentes”, “marginais”, “problemáticos” pode produzir novos caminhos de cuidado na Atenção Primária e na saúde como um todo.

10924 ENDOMETRIOSE: UMA ABORDAGEM SOBRE OS ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, CLÍNICOS E SEU DESCASO NA SAÚDE PÚBLICA
Rafael Brito Pamplona, Annarelly Morais Mendes, Francy Waltília Cruz Araújo, José Ricardo Fortes Sampaio

ENDOMETRIOSE: UMA ABORDAGEM SOBRE OS ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, CLÍNICOS E SEU DESCASO NA SAÚDE PÚBLICA

Autores: Rafael Brito Pamplona, Annarelly Morais Mendes, Francy Waltília Cruz Araújo, José Ricardo Fortes Sampaio

Apresentação: A endometriose é uma doença ginecológica crônica, de caráter progressivo, por vezes incapacitante, gerando fortes cólicas e ciclos menstruais irregulares com sangramento excessivo crônico. Caracteriza-se pela presença ectópica de células do endométrio fora da cavidade uterina, podendo comprometer várias regiões, como: ovários, peritônio, ligamentos útero-sacral, região retrocervical, septo retovaginal, além de bexiga, ureteres e porções do tubo digestivo. Essa patologia é considerada como um problema de saúde pública e acomete milhares de mulheres em idade reprodutiva, cerca de 10 a 15%, e nas pós-menopausadas em torno de 3%. Este estudo tem como objetivo relatar os aspectos epidemiológicos e clínicos, bem como, a dor e o descaso no atendimento na saúde pública. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, observacional e quantitativo. O estudo foi aceito pelo comitê de ética e as mulheres participaram através de aplicação de questionários em redes sociais, mediante o termo de consentimento. Critérios de Inclusão: Paciente do sexo feminino; Pacientes em idade reprodutiva; Diagnosticadas com endometriose. Critérios de Exclusão: Questionários com dados incompletos para a pesquisa; Mulheres que apresentaram Adenomiose. Resultado: Responderam ao questionário 340 mulheres, porém ao adotar os critérios de exclusão só foi possível uma amostragem de 149 participantes. Sobre os aspectos epidemiológicos e clínicos notou-se que as participantes apresentavam uma idade que variou entre 16 a 46 anos; 65,1% se autodeclararam branca; 53,7% apresentavam curso superior completo; 68,5% delas exerciam algum trabalho; 50,3% consideraram não possuir um hábito de vida saudável; 69,1% asseguraram não ter casos de endometriose na família; 89,9% afirmaram possuir alguma alteração psicológica, no qual 58,7% relataram depressivas, pois se sentem sozinhas e incompreendidas, sem apoio de familiares, cônjuges e amigos; 65,8% das mulheres apresentaram diagnóstico tardio, das quais 41,6% delas levaram mais de 7 anos para obter o diagnóstico definitivo. Todas afirmaram fazer uso de dois ou mais tratamento como: uso do DIU, medicamentos orais e injetáveis, fitoterápicos e acupuntura. Mesmo com o tratamento 34,7% ainda continuam sentindo dor. 43 mulheres já chegaram a abandonar o tratamento. Dentre os motivos que levaram as portadoras a abandonarem ao tratamento estão: efeitos adversos, alto custo, tentativa de engravidar e ineficácia. Em relação às dores: 71,8% das portadoras relataram sentir dor durante a relação sexual e 68,5% após a relação sexual; 86,8% sentiram dor ou desconforto durante a gestação; 53,7% possuem incapacidade reprodutiva. Todas já passaram por dificuldades no atendimento tanto em setores públicos ou privados. A demora para se ter o diagnóstico conclusivo esteve dentre os principais motivos: exames inespecíficos e negligência médica por parte de alguns profissionais, pois não aceitava a endometriose como o diagnóstico, bem como apresentaram diagnóstico errôneo. Além disso, algumas mulheres afirmaram serem tratadas como usuária de drogas por demais profissionais da saúde pela busca frequente no atendimento em urgência e emergência. Considerações finais: Portanto, embora a endometriose seja reconhecida há bastante tempo, as mulheres acometidas por essa patologia continuam sendo diagnosticadas tardiamente e o tratamento se mostrou ineficaz. Pois as portadoras continuam sentindo dores e tendo dificuldades no atendimento do setor público da saúde.

11039 VULNERABILIDADES E CUIDADO À SAÚDE DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA
FABIANA KOOPMANS, Daiani Nunes Pio, Donizete Vago Daher, Magda Guimarães Faria, Hermes de Paula

VULNERABILIDADES E CUIDADO À SAÚDE DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA

Autores: FABIANA KOOPMANS, Daiani Nunes Pio, Donizete Vago Daher, Magda Guimarães Faria, Hermes de Paula

Apresentação: O presente estudo aborda a temática sobre as vulnerabilidades e cuidados com a população em situação de rua e tem como objetivo analisar os fatores relacionados a tais vulnerabilidades que interferem no cuidado descritos na literatura. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, o qual usa a técnica de revisão integrativa de literatura (RIL). As bases de dados utilizadas para o levantamento de literaturas foram BVS, PubMed, Scielo e Scopus. A partir dos critérios de inclusão e exclusão foram encontrados 100 documentos científicos, dentre os quais 5 foram selecionados para elaboração desta análise. Resultado: Neste estudo foi possível abordar e compreender as vulnerabilidades e as várias exclusões (que envolvem desigualdade social, falta de suporte comunitário/familiar e preconceito) responsáveis por fazer com que a pessoa em situação de rua se afaste do cuidado. Considerações finais: Conclui-se que há falta de capacitação profissional para lidar com a pessoa em situação de rua; que o fator da marginalização é o maior causador das vulnerabilidades; e que o vínculo com a pessoa na referida situação é essencial a fim de se gerar o cuidado integral e regular, segundo os princípios do SUS.

11086 LIGA ACADÊMICA DE SUPORTE BASICO DE VIDA DE UMA INSTITUÇÃO PUBLICA NO INTERIOR DO AMAZONAS
Rodrigo Silva Marcelino, Elisson Gonçalves da SILVA, Tatiana Caroline Lima Lobato, Grace Anne Andrade da Cunha

LIGA ACADÊMICA DE SUPORTE BASICO DE VIDA DE UMA INSTITUÇÃO PUBLICA NO INTERIOR DO AMAZONAS

Autores: Rodrigo Silva Marcelino, Elisson Gonçalves da SILVA, Tatiana Caroline Lima Lobato, Grace Anne Andrade da Cunha

Apresentação: O Suporte Básico de Vida (SBV) é conceituado como todo e qualquer auxílio prestado a uma vítima de trauma ou mal súbito. Os principais casos de acidentes são representados pelas quedas, queimaduras, aspirações ou introduções de corpos estranhos e intoxicações exógenas. Sendo assim, a prática de primeiros socorros é um componente essencial para a assistência em saúde. As Ligas Acadêmicas (LA) são um conjunto organizado de alunos, coordenados por profissionais docentes vinculados a uma instituição com duração definida. Trata-se de uma atividade extracurricular com finalidade de reunir alunos de diversos períodos e cursos para desenvolver habilidades e conhecimentos a respeito de uma área específica. As atividades extracurriculares fazem parte da formação acadêmica de modo a complementar o conhecimento pré-estabelecido na grade curricular obrigatória, promovendo uma formação mais ampla de modo a contemplar uma visão complexa e aperfeiçoar o conhecimento sobre as áreas estudadas. Fato que contribui para aumentar o potencial da formação acadêmica e produzir retorno social. Ou seja, as LA se tornaram espaços onde os integrantes podem atuar como agentes multiplicadores de conhecimento, favorecendo a promoção da saúde e reconhecendo seu público alvo como participantes, fundamentais, desse processo de ensino aprendizagem. As LA também possuem caráter preparatório, os acadêmicos recebem aulas teóricas e práticas com o intuito de desenvolver autonomia na área estudada. Além disso, também são responsáveis pela organização de simpósios, eventos científicos e desenvolvimento de projetos de pesquisa. Por esse motivo, os estudantes de ensino superior estão cada vez mais adeptos e interessados em participar dessas atividades extracurriculares que favorecem, significativamente, o currículo acadêmico. Sendo assim, o referido trabalho buscar descrever as ações de uma liga acadêmica de suporte básico de vida no interior do Amazonas durante a capacitação de agentes de segurança e de defesa civil do município de Coari (AM). Desenvolvimento: Trata-se de um trabalho descritivo do tipo relato de experiência. A Liga Acadêmica em Suporte Básico de Vida (LACAD SBV) do Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB), campus Coari, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) foi criada em março de 2018 por uma professora Enfermeira juntamente com alunos do curso de enfermagem, medicina e fisioterapia de diferentes períodos que já tinham capacitação em primeiros socorros. Para organização inicial, os membros reuniram-se semanalmente para discutir a respeito do cronograma de atividades, que duraria dois semestres. No primeiro semestre de 2018, decidiu-se, realizar no auditório do ISB um curso gratuito de capacitação em primeiros socorros através de diferentes módulos para outros 50 acadêmicos do ISB e 20 servidores da Secretaria de Defesa Social (guardas municipais e bombeiros municipais). As capacitações foram em forma de palestras e práticas utilizando recursos audiovisuais e simuladores cedidos pela universidade. Realizou-se, também, a capacitação dos membros da liga em brigada de incêndio, salvamento aquático e resgate com rapel, através da colaboração de 01 Bombeiro Municipal e de 01 Técnico de Segurança no Trabalho da UFAM. Além disso, foi realizado o I Simpósio em Suporte Básico de Vida, através de aulas expositivas e exposição de equipamentos de salvamento cedido pela Secretaria de Defesa Social e Civil do município de Coari. No segundo semestre de 2018, foi realizado durante cinco noites, das 18h às 21h, um curso básico em primeiros socorros aberto ao público, que alcançou aproximadamente 120 pessoas, com a apresentação de 9 (nove) módulos temáticos: Conceito de primeiros socorros; Noções de segurança e sinalização no local do acidente; Atendimento primário (CAB) e PCR (Parada Cardiorrespiratória); Estado de Choque; Vertigens, desmaios, crises convulsivas e histéricas; Hemorragias e Ferimentos; Fraturas, entorses e luxações; Queimaduras, insolações e choques térmicos; Afogamento e asfixia; Acidentes por armas de fogo e arma branca; Intoxicações, envenenamento, mordidas de animais e acidentes ofídicos. Todas as atividades foram supervisionadas e coordenadas pelos coordenadores e colaboradores. Resultado: Ao analisarmos os feitos desta Liga Acadêmica, foi entregue a sociedade e comunidade acadêmica, 14 alunos capacitados a prestarem o socorro primário em caso de necessidade, bem como, aproximadamente 200 pessoas entre agentes de trânsito e técnicos da Defesa Social e Civil e público em geral, atualizados e aptos a contribuir com a sociedade na assistência de forma rápida, eficiente e segura. Viu-se a necessidade de capacitar este público devido à ocorrência de inúmeras situações de urgência/emergência que podem ocorrer fora do ambiente hospitalar e distante do alcance dos profissionais treinados, tais como: acidentes de trânsito e domésticos, em ambientes de ensino, no trabalho ou durante momentos de lazer. Nesses casos, cabe então, ao indivíduo leigo tomar, ou não, a primeira iniciativa. O que torna importante a habilidade de avaliar a situação de urgência rapidamente, com atuação imediatamente dos conhecimentos sobre o tema, tornando seu protagonismo essencial, porém restrito e provisório. Nesse sentido, reforça-se a importância da cobertura de capacitação em SBV ao público leigo, possibilitando assim, o início precoce das ações de primeiros socorros pelo cidadão. O sucesso na manutenção da vida depende, primordialmente, da efetividade das ações iniciais, pois mesmo que os procedimentos de suporte avançado melhorem a sobrevivência, são as medidas tomadas no suporte básico que ampliam as taxas, podendo aumentar de duas a três vezes o índice de sobrevivência de vítimas fora do meio hospitalar quando realizado um rápido reconhecimento dos sinais clínicos e uma utilização eficiente das medidas e primeiros socorros. A LACAD SBV por intermédio da capacitação de acadêmicos, funcionários do departamento de segurança pública e entre outros, propôs uma forma de combater um dos maiores problemas do Brasil na área, que é expandir o acesso ao conhecimento sobre SBV. Estudos afirmam que quanto maior o quantitativo de indivíduos capacitados em SBV, maior será a probabilidade de este ser realizado eficientemente, permitindo a ampliação da sobrevida no ambiente pré-hospitalar. Considerações finais: A liga pode consolidar seu papel capacitando não somente estudantes, mas parte da população como socorristas, tornando-os disseminadores de medidas capazes de salvar vidas. Salienta-se também a importância e o impacto positivo em permitir a participação da comunidade nas atividades das instituições acadêmicas, pois muitas vezes a falta de informação, leva a comunidade em geral a pensar que não pode participar das ações que a universidade oferece, há não ser que faça parte do corpo discente. Sendo assim, as ações como a LACAD SBV quebram essas barreiras e além de promover informação e qualificação para a população geral, atuou na inclusão e participação da comunidade nas atividades da universidade.

11139 AGULHAMENTO A SECO NO TRATAMENTO DE FASCITE PLANTAR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E O IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DOS USUÁRIOS
ELISANGELA CORDEIRO ALVES, FERNANDO VITOR ALVES CAMPOS

AGULHAMENTO A SECO NO TRATAMENTO DE FASCITE PLANTAR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E O IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DOS USUÁRIOS

Autores: ELISANGELA CORDEIRO ALVES, FERNANDO VITOR ALVES CAMPOS

Apresentação: A fascite plantar é um processo inflamatório ou degenerativo que afeta a fáscia da planta do pé causada por microtraumatismos de repetição, manifestando-se pela presença de dores na região plantar especialmente no início da manhã, podendo se estender ao longo do dia. É uma causa comum de dor em calcâneo que é clinicamente diagnosticado pelo exame físico e história. O agulhamento à Seco ou Dry Needling é uma técnica qualificada que utiliza a inserção de uma agulha filiforme sólida, sem medicações, que penetra a pele para tratar disfunções em músculo, fascias e tecido conjuntivo para tratamento da dor neuromuscular e melhora do comprometimento funcional do paciente. Essa modalidade terapêutica é ofertada em atendimento individual aos usuários da unidade básica de saúde (UBS) Júlio Andrade Moreira, em Petrolina(PE) durante o turno de Práticas Integrativas Complementares em Saúde (PICs), onde também ofetamos auriculoterapia, ventosaterapia e reflexoterapia podal. O presente relato tem como objetivo mostrar o impacto do tratamento de fascite plantar com agulhamento a seco na qualidade de vida dos usuários da unidade básica de saúde (ubs) Júlio Andrade Moreira, em Petrolina(PE), os pacientes foram submetidos a 04 sessões de agulhamento a seco, 01 sessão semanal com duração aproximada de 20min, nos pontos de acupuntura localizados no calcâneo. Os resultados dessa prática foram satisfatórios na evolução do quadro de fascite plantar percebido pelo paciente a partir da primeira sessão de agulhamento. Assim, sendo percebida melhora acentuada da dor e da diminuição dos impactos dessa dor na qualidade de vida dos pacientes submetidos a essa terapia. Com a aplicação de Dry Needling no tratamento de fascite plantar na APS foi possível observar uma boa aceitação dos usuários a tal técnica de agulhamento e observado relatos compartilhados pelos mesmos em sala de espera sobre suas experiências em relação aos resultados da técnica aplicada que lhe proporcionara conforto, redução de dores e melhoria da sua qualidade de vida. O Agulhamento a seco, como técnica das PICs e como uma linha de cuidado para esses casos ainda traz a redução da lista de espera para fisioterapia e ortopedistas, como também estreita a formação de vínculo dos usuários com a Atenção Primária à Saúde (APS) e sua equipe. 

11163 HEPATITE C: O DESAFIO DO DESCONHECIDO
Simone Wünsch, Suzana Pinto Dal'berto, Sérgio Davi Jaskulski

HEPATITE C: O DESAFIO DO DESCONHECIDO

Autores: Simone Wünsch, Suzana Pinto Dal'berto, Sérgio Davi Jaskulski

Apresentação: A hepatite C constitui-se em uma infecção causada pelo VHC. Sua transmissão pode ocorrer via sangue contaminado, contato sexual e transmissão perinatal. Trata-se de uma doença de evolução lenta, sendo seu diagnóstico e tratamento, frequentemente  tardio, resultando, desse modo, na cronicidade e, com isso,   evolução para lesões graves no fígado como cirrose hepática, carcinoma hepatocelular, e descompensação hepática. Conforme dados epidemiológicos, da Organização Mundial da Saúde (OMS), mundialmente, estima-se  que cerca de 71 milhões  de pessoas estejam infectadas pelo HCV e, que cerca de  400 mil por ano  vão a óbito devido as complicações. Conforme, os boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde (MS),  a hepatite C  vem apresentando tendência de aumento desde o ano de 2015. Ainda, segundo MS, a hepatite C é responsável pela maior parte dos óbitos por hepatites virais em nosso país e, representa a terceira maior causa de transplantes hepáticos. A OMS, em 2016, elaborou um documento intitulado “Global Health Sector Strategy on Viral Hepatitis 2016–2021: Towards Ending Viral Hepatitis”. Trata-se de um documento que visa estabelecer estratégias e  linhas de ações, para  eliminação das hepatites virais como um problema de saúde pública até 2030, mediante redução de  novos casos em 90% e, em 65% a mortalidade a ela associada. Frente a essa realidade, os profissionais de um serviço de atendimento especializado (SAE), reuniram-se com gestores locais e sugeriram  implantar, vinculado ao ambulatório do SAE, um serviço municipal  para atendimento das hepatites virais, visando desse modo, ampliar o acesso ao diagnóstico e tratamento da hepatite C. Objetivo: apresentar a prevalência de casos de hepatite C, em um muncípio da Macrorregião Missioneira do Estado do Rio Grande do Sul. Desenvolvimento: Trata-se  um relato de experiência, oriundo de um estudo descritivo quantitativo, realizado entre abril a dezembro de 2019, junto ao serviço municipal de hepatites virais, vinculado ao ambulatório SAE em um muncípio da Macrorregião Missioneira do Estado do Rio Grande do Sul. Resultado: O município, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) possui uma população´geral de n: 33.468 pessoas, configurando-se um município de pequeno porte. De sua população geral, 0,17% (n=59), encontra-se vinculada ao ambulatório para tratamento e acompanhamento da hepatite C. Desse total de pacientes vinculados, a prevalência de  diagnósticos  e tratamento  consistem em 36% (n=21); 27% (n=16) encontram-se em abandono; 17% (n=10)  em resposta viral sustentada (RVS). O ambulatório,  ainda, para o primeiro trimestre do ano de 2020, apresenta  uma prevalência de 20% (n=12) casos, aguardando exames carga viral e genotipagem. Considerações finais: Os presentes resultados, consistem no primeiro levantamento realizado pelo municípios, o que dificulta, neste momento, uma análise aprofundada. Salienta-se a necessidade de intensificar as ações de  sensibilização junto aos trabalhadores, usuários e gestores locais  acerca da importância da testagem e diagnóstico precoce da doença,  realizar, também, ações de orientação, para população geral, sobre a transmissibilidade e os riscos de ser portador do vírus da hepatite C sem  o conhecimento de sua sorologia.

11241 A PRÁTICA DA PSICOLOGIA EM TERRITÓRIOS VIOLENTADOS
Camila Siqueira de Castro Ferreira, Maria Carolina Rezende Simonsen, Júlia Batista Afonso

A PRÁTICA DA PSICOLOGIA EM TERRITÓRIOS VIOLENTADOS

Autores: Camila Siqueira de Castro Ferreira, Maria Carolina Rezende Simonsen, Júlia Batista Afonso

Apresentação: O presente trabalho trata-se de uma reflexão sobre o ser psicóloga em territórios altamente marcados pela violência policial, negligência estatal, violação de direitos e precarização da vida, refletida nas suas mais variadas formas de se manifestar dentro do território de atuação, o que acaba configurando-se como um constante tornar-se psi. Isso significa construir e reconstruir as formas de compreender  os usuários que atendemos, acolhendo suas angústias e sofrimentos, repensando portanto as práticas psicológicas, de modo que estas se orientem por um projeto ético-político de transformação da realidade dada, compreendo-os enquanto sujeitos históricos e sociais, vivenciando um momento político de aprofundamento do Neoliberalismo com achatamento das políticas sociais. Nós, psicólogas residentes do Programa de Saúde da Família pela ENSP, nos inserimos em três clínicas da família, situadas no território de Jacutinga, na cidade de Mesquita e nos bairros Jacarezinho e  Encantado, pertencentes à Zona Norte do município do Rio de Janeiro. Percebemos assim, a existência de um elemento fundamental para atuação da psicologia no SUS, que é a formação ética-política de defesa por um sistema público, gratuito, de qualidade e para todos. Entendemos ao longo dessa formação na psicologia, que era essencial uma prática que considere os determinantes sociais de saúde, as temáticas de gênero, raça e classe, necessárias para a leitura dos sujeitos. Lançadas ao campo com esse compromisso, nos deparamos com histórias de muita angústia, que acabam se concretizando em diferentes formas de expor esse sofrimento. A compreensão de cada caso passa pelo entendimento de questões estruturais, tais como um contexto neoliberal, racismo, machismo, homofobia. Qual a rede de apoio dessa pessoa? Qual a cor de sua pele? Qual sua identidade de gênero? Qual a sua renda familiar? Como é a estrutura de sua casa? Como se dá seu acesso à saúde? Na tentativa de responder essas perguntas entende-se que grande parte das pessoas tem cor preta, reside em casas sem estrutura adequada, não tem acesso a coleta de lixo ou saneamento, com rendas dependente de programas de transferência de renda. Diante de tanta dor e barbárie, como atuar representando um estado que também tem seus representantes assassinando a população? Como pensar na elaboração de um luto materno repentino ou de uma vida inteira de negligências, perdas e abandonos, com uma população que nunca teve acesso a nenhum tipo de conversa com profissionais psicólogos? Qual o  real potencial de transformação que nós psicólogas temos sobre essa realidade? Considerando todo um histórico da ciência psicológica enquanto excludente, elitista, contribuindo para a patologização dos sujeitos e manutenção do status quo vigente. As estratégias encontradas tem sido coletivas, grupais, de fortalecimento de rede e do trabalho multiprofissional. Entender o sujeito como histórico e social, passa por articular as ferramentas de construção de rede que este território possui. O trabalho então nunca é individual, ou só a dois, pois ele convoca o apoio da família ou da comunidade, a articulação com a rede de serviços inter e intra setorial. O trabalho se dá na aposta da cogestão dos outros usuários nos grupos desenvolvidos que muito são potentes na construção de um cuidado com o outro, na promoção da autonomia, da participação social e consciência política. A psicologia  que nos esforçamos diariamente para construir, vai na contramão do pensamento capitalista hegemônico do “sucesso individual” e do isolamento social, compreendendo que nossa prática dentro da comunidade convoca-nos a uma práxis do coletivo.

12239 “PASSOS A SEGUIR”, UM MATRICIAMENTO À EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA PELO NÚCLEO DE FISIOTERAPIA DO NASF EM UMA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA
Luiza Monteiro Barros, Andressa Santa Rosa Santana, Verônica Porto de Freitas, Carithauanda de Macedo Santos

“PASSOS A SEGUIR”, UM MATRICIAMENTO À EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA PELO NÚCLEO DE FISIOTERAPIA DO NASF EM UMA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA

Autores: Luiza Monteiro Barros, Andressa Santa Rosa Santana, Verônica Porto de Freitas, Carithauanda de Macedo Santos

Apresentação: Este trabalho apresenta a experiência do matriciamento sobre  o cuidado ao usuário com pé diabético  feito pelo núcleo de Fisioterapia em uma Residencia Multiprofissional em Saúde da Família. O pé diabético caracteriza-se  por disfunções nervosas e vasculares que  levam o sujeito a cursarem com diminuição da força muscular, redução da sensibilidade, comprometimento do processo de cicatrização, declínio funcional, llimitação na realização de atividades  e restrição na participação social. Sendo assim, é necessário um olhar ampliando dos profissionais de saúde na abordagem aos usuários para prevenir e tratar complicações advindas dessa condição de saúde. Após se  observar  que no território havia um número significativo de usuários amputados por complicações do pé Diabético e que a avaliação dos profissionais da equipe mínima não englobavam aspectos funcionais dentro da avaliação, a Fisioterapeuta do NASF propôs a realização do matriciamento sobre o pé diabético. O  Apoio Matricial é o referencial teórico metodológico orientador do trabalho do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF),  que deve atuar de forma integrada com a equipe de Saúde da Familia(eSF), na perspectiva da interdisciplinaridade, compartilhando os saberes e práticas para ampliar a capacidade e as  abordagens de cuidado  e aumentar a  resolubilidade dos casos. Objetivo: Este trabalho tem o objetivo de compartihar a experiência exitosa da atuação integrada do núcleo de Fisioterapia do NASF com os outro núcles de conhecimento da eSF  através do matriciamento sobre abordagem  ao paciente com pé diabético. Desenvolvimento: Foi elaborado um jogo, entitulado “Passos a seguir“, que continha 16 questões, os participantes deveriam responder 14, mais as extras em caso de  resposta  errada. Os participantes foram divididos em duas equipes e a cada acerto avançavam uma casa no tabuleiro. As questões englobavam temas funcionais voltados para atividades básicas de vida diária, equilibrio, formas de facilitar as atividades funcionais, avaliação sensorial, higiene do pé diabético, os cuidados nos casos de amputação e as ações de prevenção. Resultado: Houve uma  participação ativa dos profissionais de saúde,  que compartilharam conhecimentos prévio,  expuseram as dúvidas  e  lacunas na abordagem ao usuário com pé diabético e realizaram atividades  de simulação de situações  envolvendo  atividades de vida diária em situação de limitação funcional, possíveis de acontecer. Foram feitas pactuações para aprimorar  as avaliações  acrescentando algumas novas  perguntas e as orientações ao usuário. Considerações finais: Esta experiência mostrou a relevância da retaguarda especializada  dos profissionais do NASF para ampliação do cuidado em saúde. O Fisioterapeuta,  com sua expertise na vigilância dos distúrbios cinésiofuncionais e  por meio do compartilhamento de saberes e práticas na lógica do apoio matricial, pode contribuir  junto com os outros núcleos profissionais na produção de  uma forma mais efetiva de abordar o usuário com pé diabético.