443: Assistência de Enfermagem no Cuidado em Saúde
Debatedor: Alanna Gomes da Silva
Data: 28/10/2020    Local: Sala 12 - Rodas de Conversa    Horário: 16:00 - 18:00
ID Título do Trabalho/Autores
12101 INTERSECCIONALIDADE DE GÊNERO, RAÇA E CLASSE SOCIOECONÔMICA NA VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL EM OBSTETRÍCIA: VIVÊNCIA DE RESIDENTES EM ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Etna Kaliane Pereira da Silva, Fabiana Ramos Menezes, Gabriela Maciel dos Reis, Gisseila Andrea Ferreira Garcia, Aline de Abreu Silvestre Sales, Lívia Teodoro Pereira Passos, Monica Maciel Guimarães, Danúbia Mariane Barbosa Jardim

INTERSECCIONALIDADE DE GÊNERO, RAÇA E CLASSE SOCIOECONÔMICA NA VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL EM OBSTETRÍCIA: VIVÊNCIA DE RESIDENTES EM ENFERMAGEM OBSTÉTRICA

Autores: Etna Kaliane Pereira da Silva, Fabiana Ramos Menezes, Gabriela Maciel dos Reis, Gisseila Andrea Ferreira Garcia, Aline de Abreu Silvestre Sales, Lívia Teodoro Pereira Passos, Monica Maciel Guimarães, Danúbia Mariane Barbosa Jardim

Apresentação: A violência obstétrica é comumente vinculada a preconceitos de gênero, raça/etnia e classe socioeconômica, e muitas vezes naturalizada pelos profissionais e instituições de saúde. Na busca por atendimento nos serviços de saúde, as mulheres passam por discriminação, frustrações e violações dos direitos, ações que não as beneficiam e podem acarretar riscos durante o pré-natal, parto e puerpério. A violência pode ser definida como um tratamento de desigualdade pautado em uma relação de hierarquia entre o usuário e profissional de saúde, caracterizado pela apatia, indiferença, e omissão. Considerando que a humanização, a qualidade da atenção, a adoção de medidas e os procedimentos benéficos para o acompanhamento do parto e do nascimento são fundamentais para o bem-estar das mulheres no período gravídico-puerperal e que as residências em saúde são dispositivos de mudança na formação dos profissionais. Esse estudo teve como objetivo compreender a vivência e conhecimento sobre violência obstétrica voltado a mulheres negras e/ou com restrição econômica pelas residentes em Enfermagem Obstétrica de uma maternidade de referência em Belo Horizonte, Minas Gerais. Método: Trata-se do recorte de um trabalho de conclusão de residência intitulado “A violência no processo de nascimento na formação de residentes em Enfermagem Obstétrica”. Um estudo descritivo, exploratório de abordagem qualitativa, que teve como sujeitos 15 residentes em Enfermagem Obstétrica matriculadas no Programa de Residência e que atuam na assistência ao parto na referida maternidade. Das participantes, dez estavam no primeiro ano de residência e cinco no segundo ano. A faixa etária variou entre 24 e 32 anos. A coleta dos dados foi realizada por meio de um grupo focal em janeiro de 2017. O projeto teve a aprovação do comitê de ética e pesquisa da instituição e seguiu todos os procedimentos exigidos. Para tratamento e análise dos dados, utilizamos Análise de Conteúdo de Bardin. Resultado: As residentes relataram que vivenciaram preconceitos baseados na condição física, étnica e socioeconômica, nos quais as mulheres negras e/ou de baixa renda foram expostas a comentários pejorativos e até à condutas clínicas baseada nessas condições. Ademais, as residentes mencionaram episódios de atendimento diferenciado para as mulheres brancas e de classe média, nos quais essas mulheres foram, preferencialmente, encaminhadas às melhores suítes de parto em detrimento das outras mulheres com o mesmo quadro clínico. Considerações finais: Os resultados desta pesquisa possibilitam observar que mulheres negras e com menor condição socioeconômica estão mais vulneráveis a violência institucional em obstetrícia, resultados estes que são corroborados por outros estudos, o que configura em um violação dos direitos reprodutivos e humanos. As residentes em enfermagem obstétrica possuem conhecimento sobre a violência institucional em obstetrícia, reconhecem as repercussões e as falhas no exercício profissional e identificam a presença do racismo institucional e o preconceito de classe na instituição. As ações e políticas de combate a violência obstétrica necessitam levar em conta as desigualdades estruturais existente na sociedade, com o estabelecimento de medidas singularizadas e que coadunam com o combate ao racismo e classismo no atendimento em saúde

12103 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTE EM PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE CIRURGIA CARDÍACA: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE CLASSIFICAÇÕES
Ana Paula Gomes da Cruz Gomes da Cruz, Catrine Storch Moitinho Storch Moitinho, Vanessa Sena de Almeida Sena de Almeida, Cândida Caniçali Primo Caniçali Primo, Mirian Fioresi Fioresi, Walckiria Garcia Romero Sipolatti Garcia Romero Sipolatti, Eliane De Fátima Almeida Lima De Fátima Almeida Lima, Maria Edla De Oliveira Bringuente De Oliveira Bringuente

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTE EM PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE CIRURGIA CARDÍACA: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE CLASSIFICAÇÕES

Autores: Ana Paula Gomes da Cruz Gomes da Cruz, Catrine Storch Moitinho Storch Moitinho, Vanessa Sena de Almeida Sena de Almeida, Cândida Caniçali Primo Caniçali Primo, Mirian Fioresi Fioresi, Walckiria Garcia Romero Sipolatti Garcia Romero Sipolatti, Eliane De Fátima Almeida Lima De Fátima Almeida Lima, Maria Edla De Oliveira Bringuente De Oliveira Bringuente

Apresentação: Para desenvolvimento do Processo de Enfermagem (PE), pode-se utilizar termos ou expressões padronizadas, difundida internacionalmente. O sistema de linguagem padronizada de enfermagem são estruturas que organizam uma terminologia acordada entre os profissionais enfermeiros para descrever as avaliações, intervenções e resultados pertinentes ao cuidado de enfermagem; seu uso traz benefícios como comunicação profissional aprimorada entre enfermeiros, melhora a visibilidade das ações de enfermagem, bem como promove maior segurança no desenvolvimento das atividades. Objetivo: Descrever os principais diagnósticos de enfermagem do paciente em pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca segundo as classificações NANDA-I e CIPEÒ. Desenvolvimento: relato de experiência sobre o desenvolvimento do processo de enfermagem em um paciente em pós-operatório imediato de troca valvar em um hospital universitário na região sudeste do Brasil, no período de outubro de 2019. Resultado: Foram encontrados os seguintes diagnósticos NANDA-I: Débito cardíaco diminuído, Integridade tissular prejudicada, Risco de Choque, Risco de infecção, Risco de desequilíbrio hidroeletrolítico. Conforme a CIPEÒ foram encontrados: Débito cardíaco prejudicado, Ferida cirúrgica presente em tórax, Risco de choque, Risco de infecção, e Risco de desequilíbrio eletrolítico. Considerações finais: Este estudo permitiu identificar semelhanças entre os diagnósticos de enfermagem NANDA-I e CIPEÒ no mesmo estudo de caso permitiu verificar que as classificações apresentam diagnósticos com títulos iguais ou muito semelhantes. Desenvolver o estudo de caso possibilitou compreender melhor as particularidades na aplicação e identificação dos diagnósticos em cada uma das duas classificações. As características definidoras e fatores relacionados contribuíram para a identificação dos diagnósticos na NANDA-I, enquanto a hierarquia e as definições dos termos foco auxiliaram na escolha dos diagnósticos na CIPEÒ. A aplicação do processo de enfermagem e o uso dos diagnósticos de enfermagem qualifica a assistência de enfermagem, pois permite melhor organização e documentação com uma linguagem padronizada a fim de reduzir os riscos relacionados à complexidade de um paciente em pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca. 

12138 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTE COM HIPERTENSÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
LIDIA JAMILLE DA COSTA SILVA, Daiara Maques dos Santos, Nayara Lourenço Rocha, Lucas da Silva Alves, Maryanna Santos Bezerra

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTE COM HIPERTENSÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: LIDIA JAMILLE DA COSTA SILVA, Daiara Maques dos Santos, Nayara Lourenço Rocha, Lucas da Silva Alves, Maryanna Santos Bezerra

Apresentação: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados de pressão sanguínea nas artérias. Ela ocorre quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90mmhg (14 por 9). A pressão alta faz com que o coração tenha que exercer um esforço para que o sangue seja distribuído de forma correta por todo o organismo e é um dos principais fatores para a ocorrência de acidentes vascular cerebral, infarto, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca. Objetivo: Identificar as características definidoras e os fatores relacionados com a (HAS), o diagnóstico de enfermagem, e estabelecer intervenções de enfermagem para paciente com hipertensão arterial baseado no NIC. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiencia, realizado em uma visita domiciliar, durante o estágio na unidade básica de saúde na cidade de Fortaleza-se. A coleta de dados foi realizada no mês de maio  do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade de Fortaleza (UNIFOR) utilizando o próprio exame fisco, a partir das etapas da SAE(Sistematização da assistência de enfermagem), seguindo suas etapas: Coletas de dados: diagnóstico de enfermagem (NANDA) planejamento intervenções de enfermagem (NIC) e resultados esperados (NOC) implementação e avaliação, a análise de dados foi feita com a aceitação prévia do paciente, anamnese e exame físico, foram respeitadas todos os aspectos éticos do paciente. Resultado: Diante da aplicação da SAE foi identificado como queixa principal: ausência de atividade física no seu cotidiano foram detectados três diagnósticos estilo de vida sedentário relacionado a motivação insuficiente para atividade física, conforme evidenciado por falta de condicionamento físico, Disposição para o poder melhorado evidenciado por desejos de aumentar a percepção de possíveis mudanças, Risco de intolerância a atividade relacionada a estilo de vida sedentário. Após a identificação passou-se realizar as intervenções de enfermagem com o objetivo de retorno e melhoria com a promoção de exercícios. Considerações finais: Conclui-se que o paciente tem um conhecimento de sua condição clínica, com aplicação da SAE, a enfermagem passa a conhecer e detectar melhor os problemas no caso estudado e automaticamente passa até mais informações sobre sua situação e, assim, passa a orientar com segurança cientifica os indivíduos para uma melhor qualidade de vida. Com base nessas informações podemos observar a importância da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) relacionada ao cuidado com o paciente de forma integral, objetivando sua melhoria e a progressão de sua evolução. Palavras chave: Enfermagem; Assistência de enfermagem; Hipertensão.

12153 RELATO DE EXPERIÊNCIA DA ENFERMAGEM SOBRE A IMPLEMENTAÇÃO DE BOAS VINDAS COM CRIATIVIDADE E ARTE NUMA ENFERMARIA CIRÚRGICA
MÓNICA MONTUANO MATTOS, MONIK NOWOTNY GOMES, MARTA SOUZA FERREIRA, DANIELA BARBOSA SIQUEIRA, JULIANA VANNUCCI SILVA, RENATA SILVA SANTOS, SANDRA BEZERRA NASCIMENTO, RACHEL GOMES SILVA

RELATO DE EXPERIÊNCIA DA ENFERMAGEM SOBRE A IMPLEMENTAÇÃO DE BOAS VINDAS COM CRIATIVIDADE E ARTE NUMA ENFERMARIA CIRÚRGICA

Autores: MÓNICA MONTUANO MATTOS, MONIK NOWOTNY GOMES, MARTA SOUZA FERREIRA, DANIELA BARBOSA SIQUEIRA, JULIANA VANNUCCI SILVA, RENATA SILVA SANTOS, SANDRA BEZERRA NASCIMENTO, RACHEL GOMES SILVA

Apresentação: Nosso relato de experiência nasceu durante período de estágio supervisionado, preceptoria e exercício profissional em uma enfermaria cirúrgica ginecológica no hospital universitário de uma universidade pública no município do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. Percebemos, junto com toda equipe multiprofissional de alunos, professores, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem a necessidade de oferecer e dar suporte a quem chega para se internar com informações e orientações essenciais sobre sua estadia antes e depois da cirurgia, com folder explicativo incluindo um passo a passo de todos os procedimentos, exames, locais para passear, rezar, se interagir com demais familiares durante a visita e permanência no hospital. Elaboramos o folder com toda a equipe e com a aprovação do comitê de ética e demais profissionais. Inclui uma sacola contendo não apenas estes informes, mas também materiais de higiene pessoal como sabonetes personalizados pela equipe artística da enfermaria e demais pacientes, kit de embelezamento pessoal, promovendo sua saúde mental com mimo agraciado pela equipe da enfermaria de ginecologia. Objetivo: relatar a experiência de um hospital universitário com alunos de graduação da disciplina de estágio supervisionado em saúde do adulto e idoso, de uma instituição de ensino-saúde e pública, onde percebemos necessidade de desatar a dependência física, emocional e social outrora estabelecida com vínculo na unidade de internação, construindo novo olhar para estas pacientes que irão se submeter a uma cirurgia. Método: discussões sobre as habilidades do grupo participativo, atividades de artes, criatividade, tarefas produtivas, lúdicas e educativas de ensinamento e autonomia estudantil. Resultado: após atividades na enfermaria com as entregas confeccionadas por toda equipe interdisciplinar dos mimos, percebeu-se outro olhar desta cliente ao chegar ao hospital. Mais receptiva, mais carinhosa, mais feliz e acreditando em dias melhores e na possibilidade de se autocurar.

12157 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTE COM AIDS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
LIDIA JAMILLE DA SILVA, Daiara Maques dos Santos, Nayara Lourenço Rocha, Maryanna Santos Bezerra, lucas da silva alves, Rones Aves Pinheiro

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTE COM AIDS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: LIDIA JAMILLE DA SILVA, Daiara Maques dos Santos, Nayara Lourenço Rocha, Maryanna Santos Bezerra, lucas da silva alves, Rones Aves Pinheiro

Apresentação: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency Syndrome), (AIDS) é um vírus que invade as células CD4 ou T auxiliares, principais células de defesa de organismo humano, caracterizada por uma disfunção grave do sistema imunológico. Após a invasão e reprodução do vírus no interior das células CD4 ou T auxiliares, essas são destruídas, impedindo assim a reprodução e consequentemente, torna deficiente o sistema imunológico do indivíduo portador do vírus. Tal processo diminui a capacidade e/ou a competência do organismo quanto ao combate de doenças, denominadas de oportunistas. Objetivo: Relatar e Identificar as características definidoras e os fatores relacionados a (AIDS) o diagnóstico de enfermagem, e estabelecer intervenções de enfermagem baseado no NIC. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência, desenvolvido em uma instituição de longa permanência para idosos em Fortaleza-Ceará, no período de novembro de 2019. Resultado: Diante da aplicação da SAE foi identificado como queixa principal: Religiosidade prejudicada, caracterizada por angústia por separação de uma comunidade religiosa, relacionada a barreira ambiental a prática da religião, associado a institucionalização, foram detectados quatro diagnósticos: Incontinência urinária funcional, caracterizada por perda urinária antes de chegar ao banheiro, relacionado a enfraquecimento das estruturas de suporte pélvico, associado a prejuízo neuromuscular. Deambulação prejudicada, caracterizada por capacidade prejudicada de andar uma distância necessária, relacionada a força muscular insuficiente, associado a equilíbrio prejudicado. Risco de queda, caracterizado por mobilidade prejudicada, evidenciado por idade maior que 65 anos. Após a identificação passou-se realizar as intervenções de enfermagem com o objetivo de fazer com que a paciente ela possa ter a acesso ao que ela tanto quer. Considerações finais: Através da SAE, o cliente tem mais informações sobre sua situação, maior comprometimento com o tratamento e nas mudanças de hábitos de vida o que proporciona a prevenção de complicações, promoção da saúde e uma qualidade de vida melhor. O enfermeiro tem uma grande importância dentro dos tratamentos, porque através dele há um planejamento dos cuidados a serem prestados ao cliente acometido pela doença. A função do enfermeiro é ampla e a Sistematização da Assistência de Enfermagem assegura que o paciente receba um cuidado individualizado e de boa qualidade.

12219 PARTO VAGINAL E CESÁREA NO ÂMBITO DO SUS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA DISCENTE DE ENFERMAGEM
Camila Araújo de Albuquerque, Camila Dias da Silva Barros, Alessandra Aparecida de Saldes, Ana Carla Oliveira Santos, Aniely Tavares da Silva, Tatiana Cristina Montenegro Ferreira

PARTO VAGINAL E CESÁREA NO ÂMBITO DO SUS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA DISCENTE DE ENFERMAGEM

Autores: Camila Araújo de Albuquerque, Camila Dias da Silva Barros, Alessandra Aparecida de Saldes, Ana Carla Oliveira Santos, Aniely Tavares da Silva, Tatiana Cristina Montenegro Ferreira

Apresentação: O processo do nascimento é marcante na vida das parturientes, a forma como é realizado pode influenciar a vida da mulher, seu filho e sua família. Os avanços tecnológicos ajudam a diminuir a morbimortalidade materna e infantil, porém podem expor mulheres a intervenções desnecessárias. O parto pode ocorrer por duas vias, vaginal ou cesárea, sendo este último um procedimento cirúrgico opcional para situações que envolvam risco para a vida do binômio mãe-filho. Este estudo tem por objetivo relatar a vivência da realização de ambos os procedimentos por uma discente de enfermagem. Desenvolvimento: O presente estudo é um relato de experiência sobre o primeiro parto vaginal e a primeira cesárea observados durante a prática profissional supervisionada em um hospital escola de referência de Recife ofertado pela Faculdade Pernambucana de Saúde. O processo de parir vem perdendo o significado de naturalidade e isso pode levar a diminuição de práticas de humanização e redução do protagonismo da mulher. É papel do enfermeiro e da equipe multiprofissional assegurar a mulher sua autonomia, ofertar uma assistência holística e informar a gestante sobre as formas de nascimento, quais seus benefícios e riscos para um parto sem intercorrências. A via de parto vaginal não requer uso de anestesias na sua rotina, a recuperação é mais rápida e os riscos de complicações pós-parto, como hemorragias, são menores. Além disso, vínculo mãe-filho é imediato e a parturiente possui controle de seu corpo. A outra via, essa cirúrgica, ocorre exclusivamente por intervenção médica, com uso de anestesias, recuperação lenta, maior risco de morte materna e maior risco de complicações, como infecção de sítio cirúrgico e por isso deve ser realizado em casos específicos quando há risco de vida para mulher e a criança. Resultado: O parto vaginal e a cesárea significam uma série de sentimentos para as gestantes. Após a oportunidade de vivenciar ambas, é perceptível que a cesárea possui um distanciamento da equipe e aumento da possibilidade de repercussões negativas para mãe e filho. Em contraponto, o parto vaginal é um processo natural e intenso, com maior possibilidade de participação ativa da parturiente na tomada de decisões, além de proporcionar diversos benefícios, uso de técnicas naturais e posições mais confortáveis a serem ofertadas para melhorar o bem-estar físico e mental, e ofertar assistência de maior qualidade prestada pelo profissional no âmbito do SUS. Considerações finais: As situações vivenciadas demonstraram o impacto que o processo de nascimento tem durante o pós-parto e puerpério, além da importância da escolha do tipo de via de parto pela gestante em conjunto com a equipe multiprofissional.

12246 CARGA DE TRABALHO, CONTEXTO ORGANIZACIONAL E ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA IMPLEMENTAÇÃO DE PRÁTICAS VOLTADAS PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE
PRISCILA BOSCO, Monica Martins

CARGA DE TRABALHO, CONTEXTO ORGANIZACIONAL E ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA IMPLEMENTAÇÃO DE PRÁTICAS VOLTADAS PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE

Autores: PRISCILA BOSCO, Monica Martins

Apresentação: A equipe de enfermagem, além de estar 24 horas por dia atenta e ao lado do paciente, frequentemente assume diversas incumbências assistenciais e administrativas que não necessariamente estão de acordo com o quantitativo de profissionais necessários para o desenvolvimento dessas atividades dado o volume e complexidade dos pacientes assistidos. As dificuldades estruturais, déficit de recursos humanos e materiais, além dos baixos salários e necessidade de acumular empregos, em jornadas de trabalho desumanas expõem os profissionais de saúde a enorme pressão, em especial aqueles que atuam em unidades públicas de saúde. Objetiva Avaliar a carga de trabalho e atuação da equipe de enfermagem na implementação de práticas voltadas para a segurança do paciente, com foco na ocorrência de lesão por pressão (LP) em pacientes hospitalizados. Desenvolvimento: estudo de caso único observacional e prospectivo com abordagem mista ancorada em dois eixos justapotos de análise comparativa. Realizou-se observação direta para a descrição, cronometragem e análise da dinâmica de trabalho e interação entre a equipe de enfermagem e os pacientes internados. Como ferramenta adicional, os prontuários dos pacientes internados foram revistos com fins a triar as medidas de prevenção de lesão utilizadas. Foram aplicados questionários para os membros da equipe de enfermagem deu-se concomitante ao período de observação. Utilizou-se o método WISN para estipular o quantitativo de pessoal necessário, bem como a atual carga de trabalho da equipe de enfermagem. Resultado:  Emergiram três pontos principais da observação direta e análise das falas dos sujeitos entrevistados: carga de trabalho, contexto organizacional e cuidados de enfermagem. Observou-se que a utilização da escala preditiva de Braden não era protocolada pela instituição e era realizada em caráter voluntário pelos enfermeiros sujeitos da presente pesquisa. O remanejamento de profissionais, as distâncias entre os setores, a estrutura física e material precária, bem como problemas de comunicação foram citados como questões criticas para a efetiva prestação da assistência da equipe de enfermagem. Baseada no método WISN encontrou-se para técnico de enfermagem e auxiliares de enfermagem uma razão de 0,46 e de enfermeiros de 0,13 que, caracterizou a insuficiência do número atual de profissionais para lidar com a carga de trabalho encontrada. Considerações finais: A assistência em saúde, por si só, já embute diversos e complexos elementos de difícil interferência dos profissionais. Deste modo, faz-se necessário que aqueles modificáveis possam ser melhoradas, assim é esperado que estrutura física e material mínima, contexto organizacional e investimento no capital humano sejam garantidos pela instituição de saúde. Pôde-se evidenciar que a LPP, juntamente com as atividades gerenciais, impacta significativamente na carga de trabalho da equipe de enfermagem. Visualizar a equipe de enfermagem para além dos números e entender a complexidade do sistema no qual está inserido, analisar o contexto particular de cada microunidade e as interações entre a equipe de enfermagem, entre si e com os demais membros da equipe de saúde e apoio, faz-se essencial para a identificação de pontos críticos nós e implementação de medidas efetivas que viabilizem a prestação de cuidado de qualidade.

12299 INTENÇÃO DE AMAMENTAR DE GESTANTES DE UMA UNIDADE DE SAÚDE: contribuições para enfermagem
Maria Estela Diniz Machado, luciana Rodrigues da Silva, Ana Luiza Dorneles da Silveira, GIULIA CARRETEIRO NEVES MOREIRA

INTENÇÃO DE AMAMENTAR DE GESTANTES DE UMA UNIDADE DE SAÚDE: contribuições para enfermagem

Autores: Maria Estela Diniz Machado, luciana Rodrigues da Silva, Ana Luiza Dorneles da Silveira, GIULIA CARRETEIRO NEVES MOREIRA

Apresentação: A amamentação é fundamental e além de trazer benefícios para mãe, é primordial, pois pode interferir diretamente na promoção da saúde infantil e na diminuição de agravos. Após os seis meses deve-se manter a amamentação e oferecer uma alimentação complementar saudável. Desta forma, o objetivo deste trabalho é analisar a intenção de amamentar das gestantes de uma unidade básica de saúde. A justificativa pauta-se na importância do reconhecimento deste perfil como provimento de ações de incentivo e promoção ao aleitamento materno, principalmente pelo profissional enfermeiro, entendido como agente potencializador frente à adesão ao aleitamento materno. A questão norteadora foi: qual é a intenção de amamentar das gestantes de uma unidade básica de saúde do Rio de Janeiro? Desenvolvimento: O Estudo é descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa, tendo como cenário uma unidade de saúde do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados em entrevistas baseados em: Instrumento de informações sociodemográficas, instrumento de aceitabilidade da gestação, instrumento de plano de alimentação infantil e instrumento de experiência e percepção da amamentação. Para a análise dos dados, foi utilizado um software chamado Iramuteq. Diante do desafio da compreensão e descrição do uso dessa ferramenta e da limitação de materiais publicados sobre o seu uso em pesquisas na área da saúde e enfermagem. Resultado: A amostra contou com 12 gestantes que realizaram o pré-natal na unidade escolhida como cenário, a maioria solteira (91,6%), com idade superior a 20 anos (83,4%), renda familiar adequada para as necessidades básicas (58,3%) e sem trabalho (58,4%). A gravidez não foi planejada por 75% das gestantes e cinco gestantes que correspondem a 41,6%, chegaram a cogitar aborto. A maioria das gestantes (58,3%) foi amamentada por suas mães e entre as gestantes multíparas, que representavam 41,7% da amostra total, 25% haviam amamentado na gestação anterior. Não obstante a isso, 100% das mulheres já viram alguém, parente ou amiga, amamentar. Os benefícios do aleitamento foram reconhecidos por todas as gestantes, sendo que 100% reconheciam os benefícios para os bebês, 83,3% reconheciam os benefícios para a mãe e 58,3% reconheciam os benefícios para a família como um todo. Interessante que 100% da amostra tentará amamentar, mas 16,6% reconhecem algumas barreiras neste processo. A intenção de amamentar cai espontaneamente entre o 3° e 6° mês quando analisado o plano de alimentação infantil, período no qual as gestantes consideram a alternância com fórmula. Considerações finais: Após a análise realizada com as doze gestantes de uma unidade básica, pode-se concluir através de suas falas e do instrumento Plano de Alimentação infantil, que as gestantes possuem intenção em amamentar.

12324 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM ABANDONO DE TRATAMENTO DE DIABETE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Lucas da Silva Alves, Maryanna Santos Bezerra, Lívia de Andrade Marques

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM ABANDONO DE TRATAMENTO DE DIABETE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Lucas da Silva Alves, Maryanna Santos Bezerra, Lívia de Andrade Marques

Apresentação: Diabetes Mellitus é uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e cuja função é quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia para que ela seja aproveitada por todas as células. É muito importante ressaltar que não há cura para o diabetes, apenas o controle. Uma dieta alimentar equilibrada é fundamental para o controle da doença. A orientação de um nutricionista e o acompanhamento de psicólogos e psiquiatras pode ajudar muito a reduzir o peso e, como consequência, gera a possibilidade de usar doses menores de remédios. Atividade física é de extrema importância para reduzir o nível da glicose nos dois tipos de diabetes. O objetivo desse estudo foi relatar uma Sistematização de Assistência de Enfermagem (SAE) que foi desenvolvida e aplicada para um paciente portador de diabete que não está realizando o tratamento. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência sobre uma SAE realizada em um Unidade de Atenção Primaria do município de Fortaleza (CE). A coleta de dados foi feita a partir da Sistematização de Assistência à Enfermagem (SAE), constituída por coleta de dados, diagnósticos de enfermagem (NANDA), intervenções de enfermagem (NIC) e resultados esperados (NOC). A análise dos dados foi feita através da anamnese e exame físico, seguindo um roteiro de avaliação presente no caderno do aluno, onde foram respeitados todos os aspectos éticos do paciente. Resultado: Após a aplicação da sistematização da assistência de enfermagem foi encontrado como diagnóstico prioritário: Diabético relacionado à falta de adesão ao plano de controle do diabetes. As intervenções de enfermagem foram realizadas de acordo com NIC: controle da hiperglicemia, aconselhamento nutricional, medicamentos prescritos e controle do peso. Foi orientado o paciente sobre a importância da adesão ao tratamento e dos benefícios que ele irá trazer para sua vida. Foi realizado um plano de promoção de saúde, na qual orientamos sobre a realização de exercícios físicos e de uma boa alimentação, o que irá ajudá-lo no controle glicêmico e na melhora do seu caso clínico. Considerações finais: Ao término desse estudo de caso, foi possível observar que o paciente não obtinha conhecimento a respeito do seu caso clínico, o que estava lhe prejudicando. Com isso, devemos destacar a importância do enfermeiro e da equipe multiprofissional, onde eles devem estar atentos a esses fatores de risco para promover ações de educação em saúde tanto para o paciente como para seus familiares, objetivando melhorar o caso desse tipo de paciente.

8506 CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM A PELE DO NEONATO PRÉ TERMO NA IATROGENIA
Ana lúcia Naves Alves, Bruna Porath Azevedo Fassarella, Wanderson Alves Ribeiro, Aline Ramos de souza, Cintia Cristina de Almeida, Julia Gonçalves de Oliveira

CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM A PELE DO NEONATO PRÉ TERMO NA IATROGENIA

Autores: Ana lúcia Naves Alves, Bruna Porath Azevedo Fassarella, Wanderson Alves Ribeiro, Aline Ramos de souza, Cintia Cristina de Almeida, Julia Gonçalves de Oliveira

Apresentação: A vulnerabilidade da pele dos neonatos, a incidência de lesões se mostra bastante comum. O cuidado com os RNPT precisa ser amplo e constante, já que há uma gama de fatores de risco para a integridade da pele danificada, como punção venosa, utilização de esparadrapo para fixação de cateter de oxigênio e sondas, troca de eletrodos frequentemente, inexistência de variação de decúbito na frequência correta, entre outros. Objetivo: Conhecer as rotinas dos cuidados de enfermagem com a pele do recém nascido e os objetivos específicos de analisar a rotina da equipe de enfermagem frente aos cuidados com a pele e estudar o conhecimento da equipe de enfermagem quanto a iatrogenia. Método: O campo foi uma maternidade pois abrange todas as necessidades do estudo. Os participantes da pesquisa foram enfermeiros e técnicos de enfermagem, que atuam na UTI neonatal. Aspectos éticos: foi apresentado aos mesmos o TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, para ser assinado consentindo com a pesquisa. Este estudo foi pautado na Resolução 466/12 e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. Resultado: Foram entrevistados 15 profissionais de enfermagem, onde 04 de superior e 11 de nível técnico. Com idade entre 21 anos a 58 anos. Tempo de atuação entre 6 meses a 15 anos, 04 profissionais com algum tipo de especialização na área. Considerações finais: Após a realização da pesquisa, pode-se perceber algumas barreiras encontradas quanto ao termo Iatrogenia, pela falta de conhecimento, da equipe principalmente relacionada a palavra propriamente dita. Contribuições/Implicações para a enfermagem: O presente trabalho pode contribuir proporcionando conhecimento, aos profissionais de enfermagem, acerca do tema em questão e outros profissionais da área da saúde que estão envolvidos com as lesões de pele em RN.

10273 ENFERMAGEM E A ARTE DO CUIDADO EM SAÚDE: PERCEPÇÕES DE TRABALHADORAS DA ESF NO NORTE DO PARANÁ
Gabriel Pinheiro Elias, Roseneyde Bettelli Ribeiro, Izabel Godoy dos Santos, Giordana Maronezzi da Silva, Maria Aparecida de Castro Miranda, Fabiane Matsumoto de Souza Kizima, Joice Fernanda Casini, Camila Siguinolfi

ENFERMAGEM E A ARTE DO CUIDADO EM SAÚDE: PERCEPÇÕES DE TRABALHADORAS DA ESF NO NORTE DO PARANÁ

Autores: Gabriel Pinheiro Elias, Roseneyde Bettelli Ribeiro, Izabel Godoy dos Santos, Giordana Maronezzi da Silva, Maria Aparecida de Castro Miranda, Fabiane Matsumoto de Souza Kizima, Joice Fernanda Casini, Camila Siguinolfi

Apresentação: A Estratégia de Saúde da Família (ESF) é uma política primordial no fortalecimento da Atenção Básica (AB) e no reorientar da lógica de um cuidado em saúde fragmentada e hospitalocêntrica a uma lógica coerente aos preceitos do Sistema Único de Saúde. No intento de trabalhar e se pensar a saúde a partir da prevenção, promoção e proteção, e ambicionando 80% de resolubilidade de suas demandas, a AB conta com a ESF em suas equipes multiprofissionais para a territorialização e vinculação com os usuários e suas necessidades para garantir a integralidade do cuidado. Tais equipes possuem profissionais da Enfermagem (Enfermeira, Técnicas e Auxiliares de Enfermagem), Agentes Comunitárias de Saúde, Cirurgiã-dentista, Auxiliar/Técnica em Saúde Bucal e Médico. Mesmo que profissionais de diferentes núcleos, todos podem participar na produção de atos cuidadores – acolhimento, escuta, criação de vínculos – baseados na singularidade do encontro trabalhador-usuário. Nessa equipe, a enfermagem possui algumas atribuições específicas: atividades como atendimento de demanda espontânea e programada, visitas e atendimentos domiciliares e atividades de prevenção e promoção em saúde em escolas, igreja e praças do território, além de planejamento e gerenciamento de ações – com toda população e faixas etárias. A intenção desse trabalho é relatar a percepção sobre o cuidado das profissionais de enfermagem de uma UBS, em Apucarana (norte do Paraná), que compõem duas equipes ESF sendo duas enfermeiras, duas técnicas e uma auxiliar de enfermagem. Desenvolvimento: Essa UBS é responsável por uma área de abrangência de cerca de 16000 pessoas e, além das equipes ESF, possui uma equipe da Residência Multiprofissional em Atenção Básica/Saúde da Família da Autarquia Municipal de Saúde pela qual se dá minha inserção no serviço enquanto residente. No cotidiano dessas equipes, tenho percebido certa sobrecarga dessas profissionais da enfermagem, as quais são buscadas pela alta resolutividade e capacidade decisória frente às situações vivenciadas pela equipe e usuários, sendo ponto de apoio para toda equipe. Ao mesmo tempo, não há atividades de cuidado voltadas a essas profissionais, não há espaço de escuta de suas fragilidades e dificuldades, como enfermeiras ou como mulheres. No meu lugar enquanto residente, participando de discussões dentro e fora da UBS sobre o cuidado em espaço protegido que o programa de residência oferta, me implico com o que essas profissionais diriam sobre o assunto. Como elas veem o cuidado em saúde, em quais condições o cuidado se dá no cotidiano dessas equipes? A partir desse questionamento, meio a toda correria do dia a dia que esse trabalho foi se construindo, sendo os resultados frutos de conversas na sala da triagem, corredor e rascunhos escritos à mão: um texto de múltiplas vozes e reflexões. Resultado: O que dizer sobre o cuidado? Cuidar diz respeito ao outro – e quem é essa pessoa que chega até nós? As pessoas chegam com problemas e querem conversar com a primeira pessoa que a atender, no nosso caso a enfermagem. Ele fala sobre a família, angústias, trabalho, até mesmo sobre agressões sofridas etc. Lembrando que estar sadio envolve as três dimensões do ser humano: bem estar físico, mental e social, portanto cuidar torna-se um processo e não uma ação e como tal exige do(s) cuidador(es) a capacidade de enxergar a pessoa integralmente e de incitar o empoderamento e responsabilidade sobre sua recuperação. É preocupar-se com o outro na sua existência como um geral, a gente tem que cuidar não só do corpo físico, mas do emocional, social, cultural – cuidar daquilo que faz sentido para o outro. Ou seja, entender como um ser múltiplo e que passa por várias situações pessoais e sociais e isso faz parte de sua saúde. Assim, cuidar é enxergar o outro primeiramente de maneira respeitosa, acolher e ter um olhar especial e humano sem preconceito. É atender um desconhecido como se fosse alguém da nossa família. É se alegrar com a chegada de um recém nascido e se entristecer com a partida de um paciente querido. Cuidar é saber respeitar todas as diferenças com amor e ética. Cuidar da vida alheia é preocupar-se com a vida alheia, sem julgamentos e com empatia, responsabilidade, e é claro, muito amor – amor define a palavra cuidar. Para enxergar o outro num todo, é preciso abrir mão dos preconceitos e convocar para o encontro a sensibilidade. Consiste em emendar esforços transpessoais de um ser humano a outro visando proteger, promover e preservar a humanidade ajudando a encontrar o significado na doença, no sofrimento, na dor, bem como em sua existência. Cuidar é proporcionar dignidade ao ser humano, acolher as necessidades, oferecer as possibilidades de tratamento, reabilitação e cura e apoiar as pessoas no processo de transição entre estar doente e tornar-se sadio. É estar atento, sempre escutando com atenção para ver o que pode ser feito no momento, para onde podemos encaminhar de maneira que outros profissionais o ajudem. O cuidado é um dos instrumentos de trabalho da enfermagem. Cuidamos e somos cuidadores desde nossa concepção. Procuramos cuidar bem das pessoas com as quais nos envolvemos proporcionando bem estar e qualidade de vida. O cuidar é dar apoio, ajudar, zelar, escutar. O trabalho da enfermagem é a arte de cuidar. Na nossa UBS, as potencialidades para a promoção desse cuidado é a equipe em seu empenho, responsabilidade, acessibilidade, dedicação e harmonia dentro das possibilidades do contexto, sempre procurando atender a todas as demandas. Outra coisa é o acolhimento realizado em todas as etapas do cuidado, assim como a clínica ampliada – mesmo que praticada informalmente, com um bom relacionamento com o paciente e uma boa formação e conhecimento dos profissionais para exercer sua função adequadamente trazendo conforto e tranquilidade a eles. Tem também o grupo dos residentes, que acrescentam muito e proporcionam cuidado de grande qualidade cada um com seu olhar, assim como a percepção de que a prevenção é tão importante quanto a cura. Entretanto, sofremos com a falta de condições adequadas de trabalho – tanto na falta de insumos e recursos humanos, como na infraestrutura precária. A ausência de um programa de Educação Permanente e/ Continuada também é uma fragilidade, tendo pouco reconhecimento da AB por parte dos gestores e a falta de adesão da gestão no processo de “EDUCAR” a população e de proporcionar espaços para Educação Permanente dos funcionários. Além da ausência da gestão nesses aspectos, a interferência política nos processos de saúde prejudica. A supervalorização de alguns profissionais e a pouca valorização de outros, como a enfermagem – comumente sobrecarregadas e angustiadas porque estamos ali cuidando e às vezes precisamos de cuidados. Nós somos os cuidadores, e é muito difícil cuidar de quem cuida – quem cuida não tem tempo para ser cuidado. Considerações finais: A discussão expõe uma noção de cuidado pautada na presença do usuário de forma ampliada, numa compreensão biopsicossocial e também existencial, convocando o vínculo e o preocupar-se como implicação ao cuidado. Para tanto, entende-se a necessidade da empatia e do respeito a fim de trabalhar com o usuário nesse plano. Entretanto, não é uma tarefa simples, pois, o exercício da enfermagem em uma UBS é complexo, abarcando o acolher, escutar, solucionar, resolver e lidar com as mais variadas demandas com condições de trabalho inadequadas sobrecarregando a enfermagem, além de trazer o sentimento de má valorização social e política da categoria. Com isso, ressalta-se a necessidade de espaço de atenção e cuidados a essas profissionais.

10301 A importância da atuação da equipe de enfermagem assegurando as boas práticas no procedimento endoscópico digestivo em paciente internado
SONIA CRISTINA CHAGAS PECANHA, BARBARA POMPEU CHRISTOVAM

A importância da atuação da equipe de enfermagem assegurando as boas práticas no procedimento endoscópico digestivo em paciente internado

Autores: SONIA CRISTINA CHAGAS PECANHA, BARBARA POMPEU CHRISTOVAM

Apresentação: A endoscopia digestiva consiste em um procedimento invasivo para inspeção de órgãos e cavidades do corpo, por meio de um endoscópio, capaz de gerar um grau de incômodo, de acordo com a tolerância da pessoa1. Este tipo de exame médico, independente de ter finalidade diagnóstica ou terapêutica, demanda atenção e atuação de enfermagem de cuidados diretos (realização de procedimentos de cuidado direto) e indiretos (atividades, procedimentos e necessidades para implementar o cuidado direto)2, desde o momento do preparo de materiais, instrumentais, equipamentos e ambiente, perpassando pelo acolhimento do usuário e seu acompanhante, até o momento da realização do exame e das práticas de educação em saúde e em serviço3. O procedimento quando realizado no paciente internado implica em realização de cuidados pela equipe de enfermagem do setor de internação e do setor de métodos especiais. Assim, delineou-se como Objetivo: Analisar a importância da atuação da equipe de enfermagem assegurando as boas práticas no procedimento endoscópico digestivo em paciente internado. Método: Trata-se de um estudo qualitativo do tipo estudo de caso. O cenário estudado foi o serviço de métodos especiais (SME) da gastroenterologia de um Hospital Universitário localizado no município do Rio de Janeiro. A coleta de dados ocorreu entre janeiro a dezembro de 2019, a partir de observação participante da equipe de enfermagem, utilizando-se o protocolo assistencial do setor que descreve o trabalho da equipe e sua relação com pacientes e acompanhantes. O registro das informações oriundas das observações foi realizado em um diário de campo. Para análise do material empírico, utilizou-se a técnica de análise de conteúdo temática4. Resultado: A boa prática em enfermagem significa realizar os cuidados dentro das suas certezas a fim de obter os melhores resultados possíveis na prática que se exerce5. Os princípios que fundamentam a qualidade da assistência e direcionam a prática, quando o paciente internado será submetido a procedimento endoscópio, devem ser rigorosamente observados e praticados nas fases pré, intra e pós procedimento, pois auxiliam na segurança do paciente internado. Na véspera do exame, o enfermeiro do SME telefona para o enfermeiro do setor de internação checando se o agendamento é do conhecimento da equipe e orienta quanto ao preparo e necessidade do termo de consentimento e presença de familiar. Lê o prontuário on line checando o histórico, evolução e medicações prescritas. No dia do procedimento, o enfermeiro novamente telefona para o setor de internação conferindo se o paciente está realmente preparado. Em caso positivo, solicita que o maqueiro transporte o paciente para o SME de preferência, em maca. No SME, ele e seu acompanhante são orientados quanto ao procedimento, checando jejum e preparo intestinal, quando necessário. O acompanhante é encaminhado a sala de recepção. Na sala de exames, o técnico/auxiliar de enfermagem checa a permeabilidade do acesso venoso, instalada monitorização cardíaca e oximetria de pulso digital, posiciona o paciente, fixa o bocal (em caso de endoscopia digestiva alta); caso necessário, instala oxigenoterapia por meio de cateter nasal; administra medicação conforme solicitação médica; auxilia durante a realização do exame, observando a monitorização e as condições do paciente; identifica os frascos de amostras para biopsia (se forem coletados); terminado o procedimento o paciente é recomposto, sendo retirados os acessórios instalados, higienizando cavidade oral ou íntima, ajeitando ou vestindo a roupa hospitalar; faz a arrumação e reposição da sala de exame. O enfermeiro circula entre as salas supervisionando o trabalho da equipe, faz a evolução e encaminha o paciente ao setor de origem e os frascos de biopsia ao laboratório de patologia. O endoscopista transporta o endoscópio para a sala de reuso onde testa o aparelho entrega-o ao profissional (técnico ou auxiliar de enfermagem) que fará a limpeza, desinfecção e guarda. As causas associadas aos erros noticiados foram relacionadas à força de trabalho (deficit de profissionais e capacitação, rotatividade, sobrecarga, falta de informação, imprudência, negligência e distração); aos instrumentos de trabalho (semelhança de rótulos/embalagens, armazenamento, falta de identificação e informação de produtos e prescrição médica) e ao objeto de trabalho (particularidades dos pacientes e superlotação)6. A organização dos procedimentos de enfermagem foi a medida adotada para reduzir os riscos no atendimento com relação a identificação do paciente, uso da medicação sedativa e queda da mesa de exame havendo reforço no conhecimento e incentivo na conferência dos dados do paciente, da medicação e permanência ao lado do paciente durante todo o período do exame, principalmente, após administração da medicação até recuperação dos sentidos. Foi adotada a política de prevenção, onde todos os profissionais se dedicam a calcular os riscos e principalmente a evitá-los de maneira ativa. Incentiva-se o bom entrosamento, a comunicação efetiva e uma postura proativa da equipe onde o erro deve ser dito e corrigido e se necessário, acompanhado até a estabilização do caso. Relacionado diretamente ao material e muito importante, são as pistolas do reuso que permitem a lavagem e secagem interna dos endoscópios de forma eletrônica. Apresentaram vários problemas de mal funcionamento obrigando a equipe a fazer a higienização de forma manual com o auxílio de seringa, havendo muitas inquietações pois a quantidade de exames realizados associado ao porte físico e idade da maioria dos funcionários causou reclamações, desgaste e licença médica de profissionais, apesar do rodízio que já era preconizado. A solução foi dada por meio da substituição das pistolas, das instalações elétricas e do encanamento posicionado de maneira a permitir melhor fluxo da água. Uma outra situação que às vezes acontece é a dificuldade quanto ao preparo do cólon do paciente internado. Este, muitas vezes já debilitado, não consegue concluir o preparo prescrito pelo médico do setor de internação e chega no SME sem condições de visualização tendo que ser remarcado o exame. Noutros casos, o paciente internado em precaução de contato precisa realizar um procedimento. Com nosso espaço limitado, tentamos manter o paciente em precaução de contato dentro do SME no tempo necessário para fazer o exame e retornar para sua enfermaria a fim de evitarmos contato dele com outros pacientes num espaço tão pequeno. Assim, confeccionamos uma sinalização em EVA de cor vermelha em forma de mão para ser pendurada na cadeira de rodas ou na maca a fim de evitarmos constrangimentos com outros pacientes, mas deixarmos a equipe alerta quando a necessidade de precaução de contato. Considerações finais: Ao analisar a atuação da equipe de enfermagem no procedimento endoscópico digestivo em paciente internado verificamos que existe articulação entre as dimensões gerencial e assistencial do trabalho do enfermeiro, por meio do planejamento do cuidado, da previsão e provisão de recursos e da supervisão. Implicações para gestão em enfermagem: Espera-se que haja a conscientização e o entendimento da importância da atuação da equipe de enfermagem assegurando as boas práticas no procedimento endoscópico digestivo em paciente internado e que o enfermeiro tenha habilidade para fazer uso das afirmativas de diagnósticos, dos resultados e das intervenções de enfermagem no atendimento ao paciente proporcionando uma melhoria na qualidade da assistência.

10648 CONSULTA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER: DESAFIOS E IMPLICAÇÕES DO PROCESSO DE TRABALHO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Ana Paula Lopes da Rosa, Carise Fernanda Schneider, Denise Antunes de Azambuja Zocche

CONSULTA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER: DESAFIOS E IMPLICAÇÕES DO PROCESSO DE TRABALHO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE

Autores: Ana Paula Lopes da Rosa, Carise Fernanda Schneider, Denise Antunes de Azambuja Zocche

Apresentação: O enfermeiro na Atenção Primária à Saúde (APS) tem sido reconhecido como fundamental para reorganização do modelo assistencial, considerando que o profissional desempenha várias atividades relacionadas tanto à assistência em saúde quanto as de ordem administrativa, sendo responsável pelo funcionamento e organização do centro de saúde. Nesse cenário, os profissionais precisam lidar com as dificuldades inerentes ao processo de trabalho, visando atender as necessidades dos usuários, as diretrizes das políticas públicas de saúde e os interesses da instituição. O objetivo deste trabalho é conhecer e analisar o processo de trabalho de trabalho do enfermeiro na APS, com foco na consulta à saúde da mulher. Esta pesquisa é parte integrante do macroprojeto do Mestrado Profissional em Enfermagem na Atenção Primária à Saúde da UDESC, contemplado pelo Edital CAPES/COFEN nº 27/2016, intitulado Estratégias para Implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem no Cuidado à Mulher e à Criança, realizado com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Desenvolvimento: Pesquisa de abordagem qualitativa, na modalidade pesquisa-ação, segundo a metodologia proposta por Thiollent. O cenário do estudo foi a APS, no município de Chapecó, participaram 10 enfermeiras, as quais realizam consulta de enfermagem na saúde da mulher. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas semiestruturadas e grupos focais, os dados foram analisados através da Análise de Conteúdo de Bardin. Resultado: A partir da coleta de dados, evidenciou-se as seguintes dificuldades relacionados à dinâmica do processo de trabalho do enfermeiro na APS: acúmulo de tarefas de organização do serviço de saúde e supervisão de profissionais (ACS, auxiliar e técnico de enfermagem), ocasionando prejuízo para desempenhar o trabalho assistencial de qualidade; déficit de recursos humanos, resultando no enfermeiro realizando tarefas inerentes a outros profissionais de enfermagem em detrimento de suas próprias atribuições; déficit de recursos materiais, desqualificando a assistência; e falta de reconhecimento profissional, gerando sentimentos de frustração nos profissionais. Considerações finais: Esta pesquisa suscitou reflexões sobre a forma como o processo de trabalho do enfermeiro vem sendo desenvolvido na APS. Durante os grupos focais ocorreram discussões coletivas sobre os problemas que permeiam a prática profissional, as participantes verbalizaram possíveis soluções para a problemática, e socializaram experiências pessoais exitosas, com foco na consulta de enfermagem. Os resultados desta pesquisa evidenciam a necessidade de adaptações no processo de trabalho do enfermeiro, de forma a garantir uma assistência qualificada à saúde da mulher na APS.

6945 DEPRESSÃO PÓS-PARTO: A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO EDUCADOR NO CONTEXTO FAMILIAR.
Luiz O de O Alves

DEPRESSÃO PÓS-PARTO: A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO EDUCADOR NO CONTEXTO FAMILIAR.

Autores: Luiz O de O Alves

Apresentação: O presente trabalho busca informar sobre as características da depressão pós-parto (DPP) e de como é montada a linha terapêutica de cuidado com orientações de enfermagem para todos os envolvidos por essa enfermidade. Desenvolvimento: O presente resumo foi feito a partir de revisão de literatura integrativa onde foram estudados dois artigos na língua portuguesa buscados na plataforma Google acadêmico e o as orientações no portal online do Ministério da saúde. Resultado: Os efeitos percebidos decorrentes da experiência ou resultados encontrados na pesquisa; A depressão pós-parto é um mal que acomete boa parte da população mundial, esta doença está relacionada com a inexistência de vínculo entre a puérpera e o bebê, além dos sintomas típicos da depressão, o ato do aleitamento materno é desestimulante para a lactante e em alguns casos a doença pode evoluir para a psicose-pós parto, onde, além de alucinações, a doente pode criar repulsa ao ponto de fazer mal a sua prole. Vários são os fatores que podem levar ao surgimento da DPP como os hormonais, afetivos com os restantes dos familiares, socioeconômico, culturais, não planejamento da gravidez, histórico familiar anterior agressivo e outros transtornos mentais. Vale destacar que os homens também podem apresentar a DPP, não é uma patologia exclusiva feminina, onde o bebê sai extremamente prejudicado na situação, comprometendo sua saúde e o seu desenvolvimento. O profissional de enfermagem acompanha a mulher durante a gestação com o devido pré-natal e a puericultura do bebê, com isso é possível identificar alguns diagnósticos para agir tanto na prevenção quanto no tratamento. Considerações finais: A enfermagem é o ramo da saúde que assiste com certa frequência a família do bebê, possibilitando a criação e manutenção de vinculo familiar, a identificação dos principais fatores que possam desencadear a DPP, além de, atuar na promoção da saúde mental e fisiológica compartilhada da família utilizando da educação como ferramenta para instrução do auto cuidado.  

6771 A FALTA DE ADESÃO AO TRATAMENTO DE ENFERMAGEM EVIDENCIADO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE EM BELÉM (PA): UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Alessandra Silva Pantoja, Bruna Larissa Pinto Rodrigues, Eliana Soares Coutinho, Emanuelle da Silva Tavares, Gabriela Rocha Reis, Gabriela Éleres Casseb, Isis Maria Martins Costa, Larissa Ribeiro de Souza

A FALTA DE ADESÃO AO TRATAMENTO DE ENFERMAGEM EVIDENCIADO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE EM BELÉM (PA): UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Alessandra Silva Pantoja, Bruna Larissa Pinto Rodrigues, Eliana Soares Coutinho, Emanuelle da Silva Tavares, Gabriela Rocha Reis, Gabriela Éleres Casseb, Isis Maria Martins Costa, Larissa Ribeiro de Souza

Apresentação: A atenção básica ou atenção primária em saúde é conhecida como a "porta de entrada" dos usuários nos sistemas de saúde, ou seja, é o atendimento inicial. Seu objetivo é orientar sobre a prevenção de doenças, solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar os mais graves para níveis de atendimento superiores em complexidade. Diante disso, o enfermeiro tem na prática desenvolvida em unidades básicas de saúde (UBS) o desafio de implementar o cuidado em enfermagem na construção de relações interpessoais de diálogo, escuta, humanização e respeito. Neste cotidiano, a consulta de enfermagem está ligada ao processo educativo e deve motivar o usuário em relação aos cuidados necessários para a manutenção de sua saúde e orientações, promovendo a responsabilidade do autocuidado. Na prática, ela representa importante instrumento de estímulo à adesão às ações na Atenção Primária à Saúde e tem sido fundamental no processo saúde-doença do indivíduo. Sendo assim, o objetivo do presente estudo é relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem sobre a falta de adesão dos usuários às orientações realizadas durante as consultas de enfermagem em uma UBS, em Belém (PA).  Desenvolvimento: Este estudo caracteriza-se como um estudo descritivo do tipo relato de experiência, com uma abordagem metodológica de caráter qualitativa e observação assistemática, realizado por acadêmicas do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará, durante as atividades teórico-práticas desenvolvidas  no período do estágio curricular, em uma Unidade Básica de Saúde, localizada em um bairro periférico, na cidade de Belém (PA). Foi realizada a observação assistemática da realidade durante o acompanhamento de consultas de enfermagem, sendo foi possível elencar os principais problemas observados, além  das  conversas realizadas com as Enfermeiras da unidade com intuito de obter mais informações sobre a problemática. Resultado: No decorrer das consultas acompanhadas e conversas com os profissionais percebeu-se a falta de comprometimento com o horário e a dose correta, no uso de medicamentos contínuos, bem como a falta de adesão de forma adequada aos medicamentos prescritos decorrente dos efeitos adversos e a não responsabilidade com as prescrições de Enfermagem. Além disso,  foi possível notar que o comprometimento com o autocuidado e a adesão ao tratamento exigem maior cuidado e tem suma importância nos controles da condição da saúde e a não adesão aos tratamentos levam a um pior prognóstico do indivíduo, além de maiores  consequências dos descontroles da condição de saúde, eventos adversos mais graves, assim como maiores gastos para o paciente e para o sistema, o que compromete o tratamento de várias doenças, principalmente as crônicas. Considerações finais: Através da observação dos aspectos descritos fica evidente, portanto, que a visão de cuidado do profissional de enfermagem colabora de forma significativa para a efetividade da assistência integral à saúde, promovendo melhora na qualidade de vida, principalmente no que diz respeito aos portadores de doenças crônicas. Além disso, espera-se que este trabalho possa servir como embasamento para futuras pesquisas, auxiliando no desenvolvimento de estratégias para a promoção da adesão ao tratamento de Enfermagem.

6954 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE CÂNCER EM TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO
Maria Luiza Pacifico Ribeiro, Mateus Wilian Nobre pinheiro, Irene de Jesus Silva

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE CÂNCER EM TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO

Autores: Maria Luiza Pacifico Ribeiro, Mateus Wilian Nobre pinheiro, Irene de Jesus Silva

Apresentação: O câncer constitui-se como um conjunto de mais de 200 doenças em que há a multiplicação anormal das células, surgindo em qualquer tecido e com o potencial de invadir tecidos normais adjacentes. A quimioterapia mostra-se como um dos tratamentos. A SAE é um aparato organizacional que favorece a prática assistencial através de fundamentos teóricos, práticos e clínicos por meio da avaliação completa do paciente, gerando cuidado holístico. Objetivo: descrever a Sistematização da Assistência de Enfermagem, SAE, ao portador de câncer em tratamento quimioterápico. Desenvolvimento: Trata-se de estudo descritivo, tipo relato de experiência, vivenciado por discentes na prática assistencial do curso de graduação de enfermagem da UFPA, em hospital do SUS, referência oncológica em Belém (PA), região Norte do Brasil. J. B. F, 46 anos, portador de doença oncológica, em tratamento quimioterápico. Foi traçado plano de cuidados através da SAE. Os dados foram coletados por meio da anamnese e exame físico, analisados e identificados diagnósticos e intervenções de Enfermagem segundo a taxonomia da NANDA (North American Nursing Diagnosis Association) e NIC (Nursing Interventions Classification). Resultado: Foram identificados os diagnósticos de enfermagem: conforto prejudicado; náuseas; fadiga; integridade da pele prejudicada. E as intervenções: administração de medicamentos para alivio da dor; hidratação periférica prescritas; promover ambiente tranquilo para facilitar o sono; supervisão do sono e repouso; alimentação rica em nutrientes. Considerações finais: A SAE foi decisiva no cuidado integrado ensino-serviço, sob a ótica do trabalho assistencial de recuperação do paciente, A experiência mostrou conhecimentos através da educação em saúde, em âmbito teórico e prático buscando a recuperação da saúde que é vida, através da equidade e resolutividade ao usuário que traça seus caminhos junto aos SUS.

8839 REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PUÉRPERAS SOBRE A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO TRABALHO DE PARTO E PARTO
Maria Rafaela Amorim de Araujo, Fernanda Celiberti Soveral Pelizzoli, Viviane Maria Gomes de Araújo, Ana Lúcia Andrade da Silva

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PUÉRPERAS SOBRE A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO TRABALHO DE PARTO E PARTO

Autores: Maria Rafaela Amorim de Araujo, Fernanda Celiberti Soveral Pelizzoli, Viviane Maria Gomes de Araújo, Ana Lúcia Andrade da Silva

Apresentação: No Brasil, o modelo humanístico de assistência ao parto ainda não está consolidado. O modelo tecnocrártico centrado na hospitalização, medicalização e uso excessivo de tecnologias representa a cultura hegemônica de atenção ao parto, seja nos serviços de saúde do Sistema Público ou Privado, revelando conflitos decorrentes da divisão técnica e social. A humanização da assistência no pré-parto, parto e pós-parto apresenta a inserção e atuação das enfermeiras obstetras como importante estratégia para propiciar a evolução natural dos partos com o desenvolvimento de cuidados menos intervencionistas. Assim, o objetivo deste estudo foi descrever as representações sociais de puérperas sobre a assistência de enfermagem no trabalho de parto e parto em um Centro de Parto Normal. Desenvolvimento: Realizou-se um estudo descritivo e exploratório, a partir da abordagem qualitativa. Utilizando roteiro semiestruturado, entrevistou-se 18 puérperas em um Centro de Parto Normal, localizado nas dependências internas de um hospital filantrópico da rede do Sistema Único de Saúde, no município de Recife/PE, no período de fevereiro de 2019. O processamento dos dados foi realizado a partir da análise de conteúdo proposta por Bardin e interpretadas à luz dos constructos da Teoria das Representações Sociais. Resultado: As representações positivas sobre o cuidado durante o trabalho de parto e parto predominaram nos discursos das puérperas. A assistência foi caracterizada pelo suporte e acompanhamento contínuo, com uso de métodos não invasivos e não farmacológicos de alívio da dor. Sob outra perspectiva, as representações em torno do profissional responsável pelo atendimento foram difusas. Sendo recorrente na fala das participantes, a identificação desse profissional como médico, mesmo a equipe constituindo-se exclusivamente por enfermeiras obstetras e técnicas de enfermagem. Considerações finais: Apesar da fragilidade da identidade profissional da enfermeira obstetra, apreendeu-se a representação de um cuidado satisfatório, no que diz respeito à reverso do modelo tecnocrático pelo humanístico na atenção ao parto. Trata-se de um movimento tenso, de investir contra a ordem instituída, na direção de um modelo centrado na autonomia e protagonismo da mulher com o uso racional de tecnologias.