442: As múltiplas Faces do Cuidado em Saúde
Debatedor: Joyce Pereira dos Santos Muniz
Data: 31/10/2020    Local: Sala 10 - Rodas de Conversa    Horário: 16:00 - 18:00
ID Título do Trabalho/Autores
12184 A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM
TATIANA CAROLINE LIMA LOBATO, DHIENIFÃ BRENA MARINHO DE SOUZA, MELISSA BRUNA VIEIRA DOS SANTOS, JAYNNE DE SOUZA DANTAS, Gabriel Garcia Siqueira, MARIANA PAULA DA SILVA, ADRIA DANTAS DE SOUZA, CLEANE COSTA DA COSTA

A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM

Autores: TATIANA CAROLINE LIMA LOBATO, DHIENIFÃ BRENA MARINHO DE SOUZA, MELISSA BRUNA VIEIRA DOS SANTOS, JAYNNE DE SOUZA DANTAS, Gabriel Garcia Siqueira, MARIANA PAULA DA SILVA, ADRIA DANTAS DE SOUZA, CLEANE COSTA DA COSTA

Apresentação: Desde de o início da construção da sociedade encontramos diversos registros de problemas relacionados a inexistência de um setor capaz de prevenir e intervir em situações agravantes de saúde. Nesse período a sociedade ainda não compreendia o funcionamento do processo de contaminação da maioria das doenças endêmicas que assolavam a humanidade. Doenças como a cólera, gripe espanhola, varíola, tifo, sarampo e entre outras, eram transmitidas indiscriminadamente e sem nenhum controle. Entretanto, atráves do senso comum se identificou alguns possíveis veículos de transmissão como a água, os alimentos e determinados animais. A medida o crescimento populacional nos grandes centros urbanos aumentava desgovernadamente, esses problemas de saúde só se agravaram mais. Foi somente no final do século XIX com o desenvolvimento da microbiologia e conhecimento mais profundo acerca da transmissão das doenças infecciosas que o termo “Vigilância” surgiu no contexto da saúde pública. No Brasil, a organização de ações sistemáticas de vigilância, prevenção e controle de doenças foram intensificadas apenas no século XX, por meio de programas que promoviam campanhas para o combate e controle das doenças mais prevalentes da época. A partir da década de 1990 houve uma reorganização em todo o sistema, até então conhecido como "vigilância epidemiológica",  que passou a ter uma nova proposta de ação com base no sistema de "vigilância em saúde", que incorporava três elementos principais que atuariam de forma interligada: vigilância epidemiológica, vigilância sanitária e vigilância ambiental. Nesse sentido, a vigilância em saúde atualmente pode ser compreendida como uma reformulação do antigo sistema de atenção em saúde (modelo assistencialista), para a construção de um olhar mais amplo para além doença, transferindo o foco para modo de vida das pessoas, e atuando em total conformidade com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma, visando melhor a atuação do setor instituiu-se que a maior parte da responsabilidade pela organização das ações básicas de vigilância em saúde e formação dos trabalhadores nessa área cabe aos municípios, visto que cada região possui particularidades e características diferentes. Tendo em vista os fatores abordados e a diferença social para a saúde exercida pelos órgãos de vigilância nos municípios, podemos afirmar que o Estado do Amazonas, por se tratar de uma zona endêmica de doenças sazonais como a malária e a dengue, e existindo o agravante de imigração de massas advindas da Venezuela, faz-se necessário o uso de  atenção diferenciada e ações que busquem promover saúde e prevenir doenças a fim de controlar surtos e manter a população como um todo saudável e conscientemente  protegida. A enfermagem ao adentrar nos setores de vigilância seja por meio profissional ou ainda na academia, torna-se capaz de moldar conhecimentos aliando a teoria à prática. Construindo assim, associações que enriquecem o aprendizado e permitindo uma visão diferenciada dos setores de saúde e suas respectivas atividades. Desenvolvimento do Estudo: Trata-se de um relato de experiência, sobre a vivência de estudantes do 8° período do curso de enfermagem do Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB) da UFAM durante o estágio da disciplina Vigilância em Saúde. O estágio ocorreu entre os dias 27 a 31 de maio de 2019 no setor de Epidemiologia do Hospital Regional de Coari Odair Carlos (HRC) e Departamento de Vigilância em Saúde (DEVISA) ambos residentes no município de Coari–Amazonas. Participaram desta prática um total de 36 acadêmicos de enfermagem, todos sobre a supervisão de um professor Enfermeiro da instituição de ensino. Resultado: No HRC os alunos tiveram a oportunidade de conhecer a dinâmica de ações da vigilância no hospital e tirar dúvidas com os funcionários sobre o funcionamento e as atividades realizadas no ambiente hospitalar. Além disso, os acadêmicos puderam participar de visita para preenchimento de ficha de notificação de sífilis congênita em uma criança recém nascida. Este setor do hospital é responsável pelo planejamento e execução de ações de epidemiologia hospitalar, incluindo preenchimento das fichas de notificação compulsórias, coleta e análise dos dados de saúde do hospital, fornecimento de medicamentos e soros antiofídicos, antirrábicos, entre outras funções. O DEVISA é o órgão do município responsável por planejar, coordenar, acompanhar e avaliar permanentemente a situação de saúde da população por meio de estratégias e ações, visando a promoção da saúde, vigilância, proteção, prevenção e controle de doenças e agravos à saúde. Os graduandos foram a diversos setores, tais como: Laboratório de Entomologia, Laboratório de Revisão Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), Farmácia Interna, Núcleo de Educação em Saúde, Sala de Comando e Controle, Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica e Controle de Endemias, participando do processo de trabalho e se familiarizando com as funções exercidas em cada departamento. No entanto, as principais atividades desenvolvidas foram em três setores: no setor de Vigilância Sanitária, onde realizaram visitas técnicas em dois estabelecimentos comerciais (hotel e petshop) a fim de identificar possíveis irregularidades em seu funcionamento; no setor de Vigilância Epidemiológica, acompanharam o processo de notificação compulsória, de casos de hepatites virais, por fim, visitaram o setor de Controle de Endemias, onde tiveram ciência das medidas utilizadas no controle e prevenção de dengue e malária da cidade, destacando-se: a distribuição de mosquiteiros impregnados de inseticidas para famílias residentes em áreas endêmicas e a borrifação de inseticida, popularmente conhecido como fumacê, que permite eliminar a maior parte dos mosquitos adultos presentes na região, além disso, este departamento também atua nas orientações básicas para a prevenção de doenças endêmicas. As ações desenvolvidas na disciplina de Vigilância em Saúde tiveram importância significativa na vida dos discentes, pois através da prática puderam acompanhar e conhecer o processo de trabalho e as condições de saúde da população coariense, com base nos dados informados pelo DEVISA. Esta experiência propiciou pensamento crítico na tomada de decisões dos futuros enfermeiros, tornando-se fundamental, pois o enfermeiro tem papel crucial na implementação de ações de promoção e prevenção a saúde podendo renovar as formas de atuação nesse órgão, gerando a população uma vida mais saudável. Considerações finais: Portanto, como futuros enfermeiros, os acadêmicos devem ter um contato real com situações relacionadas ao desempenho da profissão sempre que possível, pois, a enfermagem permanece na linha de frente de combate a ameaças reais a saúde pública com atuação em diversos campos. Fazer a diferença no exercício da função de salvar vidas e evita disseminação de doenças. No que concerne à vigilância, as doenças infectocontagiosas e de notificação obrigatória, bem como acidentes rábicos e investigação de óbitos suspeitos, são parte fundamental para prevenção de doenças altamente letais e que poderiam levar a sociedade à um sério problema de saúde pública. Nesse contexto, o enfermeiro atua como mediador para que problemas dessa natureza sejam evitados, o que faz do graduando parte desse legado, sendo ele o aluno de hoje e o profissional de  amanhã.

12273 A EXPERIÊNCIA DE APLICAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTE COM DIABÉTICO E HIPERTENSO
Elizabeth Crystina Silveira, Ana Beatriz Mesquita da Silveira, Ms. Marilene Alves Oliveira

A EXPERIÊNCIA DE APLICAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTE COM DIABÉTICO E HIPERTENSO

Autores: Elizabeth Crystina Silveira, Ana Beatriz Mesquita da Silveira, Ms. Marilene Alves Oliveira

Apresentação: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Morrem mais pessoas anualmente por essas enfermidades do que por qualquer outra causa. Nesse contexto, o profissional de enfermagem deve possuir conhecimento técnico e científico adequados para a identificação e avaliação de um possível paciente e para a elaboração de uma Sistematização de Assistência de Enfermagem (SAE) individualizada e preocupada no cuidado integral desse, utilizando recursos adequados para o desenvolvimento da mesma. Portanto, para a implementação da SAE é necessário seguir as seguintes etapas: Histórico de Enfermagem; Diagnóstico de Enfermagem; Planejamento de Enfermagem; Implementação de Enfermagem e Avaliação de Enfermagem. O presente estudo teve como objetivo relatar a experiência de implementação da SAE em paciente com diagnóstico médico de Diabetes Mellitus (DM) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) durante uma Consulta de Enfermagem. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência que utilizou a SAE como um mecanismo de facilitação à consulta de enfermagem. O estudo foi desenvolvido no período de setembro a novembro de 2019 em Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS) no município de Fortaleza, Ceará. Resultado: Analisando os elementos da anamnese (para investigar dados significativos acerca do quadro de saúde do paciente) e achados do exame físico e baseando-se na patologia do cliente, foram detectados diagnósticos de Enfermagem nos quais destacaram-se: Sobrepeso relacionado a hábitos alimentares desorganizados evidenciado por índice de massa corporal (IMC) maior que 25 kg/m²; Risco de síndrome do desequilíbrio metabólico evidenciado por risco de glicemia instável; Risco de perfusão tissular cardíaca diminuída evidenciado por hipertensão e diabetes mellitus; Risco de glicemia instável evidenciado por controle ineficaz do diabetes. Mediante esses diagnósticos, foi traçado um plano de intervenções para auxiliar na evolução do quadro clínico do paciente, tais como a monitorização pelo cliente dos níveis de glicose sanguínea e avaliação de acordo com as metas glicêmicas, identificação de possível hiperglicemia, estímulo à adesão ao regime alimentar e à prática de exercícios físicos, tendo em vista resultados como o de práticas nutricionais saudáveis e o de condutas preventivas para reduzir os riscos de complicações. Também durante a consulta, foi esclarecido e enfatizado o risco dessas patologias e suas complicações caso o mesmo não alcance uma melhora clínica, a fim de conscientizar e inserir o paciente no seu processo de saúde-doença como personagem principal. Considerações finais: Ao realizar este relato de experiência, conclui-se que a Sistematização da Assistência de Enfermagem se faz necessária para a obtenção de resultados satisfatórios na atenção às necessidades, adaptação e recuperação do paciente hipertenso e diabético, tornando possível estabelecer um melhor plano de cuidado baseado no processo de Enfermagem.

5864 SISTEMATIZAÇÃO DA PRÁTICA DA ENFERMAGEM: UMA EXTENSÃO DO TRABALHO GERENCIAL DO ENFERMEIRO
Erika Luci Pires de Vasconcelos, Alice Damasceno Abreu, Antonio Henrique Vasconcellos Da Rosa, Jaci José de Souza Júnior

SISTEMATIZAÇÃO DA PRÁTICA DA ENFERMAGEM: UMA EXTENSÃO DO TRABALHO GERENCIAL DO ENFERMEIRO

Autores: Erika Luci Pires de Vasconcelos, Alice Damasceno Abreu, Antonio Henrique Vasconcellos Da Rosa, Jaci José de Souza Júnior

Apresentação: Trata-se da Enfermagem como uma profissão complexa e multifacetada, pela variedade de elementos que compõem sua prática. No quesito assistência, o enfermeiro deve tornar-se hábil e apto para atender demandas específicas de seu cliente, de forma sistematizada com eficiência e efetividade. De acordo com a resolução nº 358 do Conselho Federal de Enfermagem que organiza diversos elementos relacionados à Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e a implementação do processo de Enfermagem, e da outras providências, como: Organizar o trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do processo de enfermagem; orientar o cuidado profissional de Enfermagem e a documentação da prática profissional; operacionalizar e documentar o processo de Enfermagem evidenciando a contribuição da Enfermagem na atenção à saúde da população, aumentando a visibilidade e o reconhecimento profissional entre outros. Objetivo: Segundo as DCNs- Diretrizes Curriculares Nacionais, ao final da graduação, o enfermeiro deve: Atuar no processo de recursos humanos. Intervir no processo saúde- doença, com qualidade de assistência e cuidado nos diferentes níveis de saúde. Desenvolver e participar de pesquisas no âmbito do crescimento científico.Gerenciar e habilitar processos de serviços de Enfermagem em todos os sentidos de atuação profissional. A presente pesquisa vem trazer uma reflexão acerca da formação deste profissional e como sua atuação ineficaz pode intervir na sociedade e nos concerne a entender o porquê da falha de gerenciamento da Enfermagem pode reduzir ou aumentar quadros de parâmetros comparativos entre doenças que estão voltando como surtos ou epidemias insistentes. Método: revisão de literatura, sendo os artigos encontrados nas bases de dados nacionais abordagem qualitativa, descritiva, justificada por dar conta dos significados propostos pela questão norteadora. Utilizando descritores como Enfermagem, gerenciamento e formação. Resultado: As análises críticas apontam que a operacionalização do processo de Enfermagem favorece o alcance da finalidade da profissão de modo a contribuir epistemologicamente na construção de saúde da população e produção científica. Considerações finais: É notório que ocorrem diversos agravos ou melhora relacionados à saúde do cliente devido à qualidade da assistência, habilidade e competência de Enfermagem, pois quando o profissional não é totalmente capaz de interagir com  a rede a qual está inserido e comunicação intersetorial  para proporcionar resolubilidade, ocorrem falhas no quesito gestão de saúde.  Portanto devem ser capacitados os profissionais que abrangem a classe de Enfermagem, nos quesitos qualificação, cuidado, promoção, prevenção, segurança e cientificação.  

5845 FATORES SOCIOECONÔMICOS RELACIONADOS AO CONSUMO ALIMENTAR E A CONDIÇÃO DE INSEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE PRÉ-ESCOLARES
Luiz Felipe de Paiva Lourenção, Paula Ribeiro Santos, Izabela Regina Cardoso de Oliveira, Fernando Luiz Affonso Fonseca, Míriam Monteiro de Castro Graciano, Stela Márcia Pereira-Dourado

FATORES SOCIOECONÔMICOS RELACIONADOS AO CONSUMO ALIMENTAR E A CONDIÇÃO DE INSEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE PRÉ-ESCOLARES

Autores: Luiz Felipe de Paiva Lourenção, Paula Ribeiro Santos, Izabela Regina Cardoso de Oliveira, Fernando Luiz Affonso Fonseca, Míriam Monteiro de Castro Graciano, Stela Márcia Pereira-Dourado

Apresentação: O acompanhamento nutricional e alimentar adequado na infância é fundamental para um completo crescimento e desenvolvimento do indivíduo, podendo trazer alterações de diversas ordens no futuro. Objetivo: a) Avaliar o estado nutricional de crianças assistidas em Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Lavras MG, por meio de dados antropométricos, marcadores alimentares e bioquímicos; b) Avaliar o consumo alimentar e a situação de insegurança alimentar e nutricional; c) Identificar os principais fatores que possam estar associados aos desfechos investigados. Método: Trata-se de um estudo transversal, de base populacional, conduzido com 581 crianças de 0 a 5 anos e 11 meses, nas quais foram investigadas as condições antropométricas, consumo alimentar e insegurança alimentar e nutricional e avaliados parâmetros bioquímicos de 218 crianças. Foram criadas árvores de classificação para as variáveis respostas consumo alimentar e insegurança alimentar e modelos de regressão logística para quantificação dos efeitos associados a essas. Resultado: De acordo com o perfil antropométrico observou-se que 23,6% das crianças apresentavam-se com baixa estatura, 8,3% de peso elevado e 22,7% de sobrepeso e 8,8% de obesidade, de acordo com os indicadores E/I, P/E e IMC/I, respectivamente. Foi encontrado valor médio do índice Ales de 6,2 (DP = 4,5). Pode-se observar que 32,0% das crianças consomem alimentação de baixa qualidade, 15,8% de média qualidade e 52,2% de boa qualidade. O índice de insegurança alimentar foi de 43,2%, 185 crianças (35,3%) possui Insegurança leve; 26 crianças (5,0%) possui Insegurança moderada e 15 crianças (2,9%) possui Insegurança grave. Verificou-se que 16,9% apresentam sideropenia e 9,5% de crianças com baixa ferritina; 14,5% apresentam hipervitaminose A, contrapondo a 8,1% de hipovitaminose D; as deficiências de zinco e ferro correspondem a 12,4% e 6,3% da amostra, respectivamente. Pelos modelos logísticos ajustados, constatamos que a insegurança alimentar foi associada à situação econômica familiar, ao número de refeições diárias e a idade gestacional da mãe. O consumo alimentar inadequado também apresentou associação com as mesmas variáveis, incluindo o uso de fórmulas infantis. Considerações finais: Uma parcela relevante das crianças investigadas encontra-se sob insegurança alimentar e consumo alimentar inadequado e, estes, estão relacionados ao nível socioeconômico familiar, demonstrando a necessidade de intervenções de cunho educativo e preventivo, com o intuito de se evitar repercussões negativas no crescimento e desenvolvimento.

5876 LIMITES E POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA/ SAE A PESSOAS QUE VIVEM COM HIV/AIDS
Raquel Maíra Militão, Raquel Maíra Militão

LIMITES E POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA/ SAE A PESSOAS QUE VIVEM COM HIV/AIDS

Autores: Raquel Maíra Militão, Raquel Maíra Militão

Apresentação: A partir da proposta de socialização de experiências, este trabalho visa refletir como se dá a atuação das assistentes sociais no atendimento a pessoas que vivem com HIV e quais os limites e as possibilidades dessa inserção na equipe de saúde multidisciplinar, considerando a análise específica da realidade de trabalho no Serviço de Assistência Especializada em HIV/AIDS – SAE. Procuramos discutir a atuação, bem como apresentar os limites e as dificuldades de intervenção do assistente social neste campo, mais precisamente numa equipe multidisciplinar em um setor de saúde que tem como finalidade o atendimento a pessoas que vivem com HIV/AIDS, num breve quadro descritivo. Para tal, passamos pela reflexão acerca da prática profissional do assistente social na saúde, numa atuação propositiva para o desenvolvimento de ações de intervenção profissional, a partir da sua leitura da realidade nas dimensões sociais, políticas, ideológicas, culturais e econômicas. Desta forma, trabalhando os determinantes sociais da saúde dos usuários e sua rede social de apoio e ainda respeitando os aspectos preconizados no Código de Ética do Serviço Social e do Projeto Ético-Político do Serviço Social. É importante frisar que o Serviço de Assistência Especializada/SAE a pessoa vivendo com HIV/AIDS, setor onde são desenvolvidas as atividades que serão apresentadas neste trabalho, foi fundado em 1997 e encontra-se situado no Instituto de Atenção à Saúde São Francisco de Assis/HESFA. O SAE tem como objetivos prestar assistência integral ao paciente que vive com HIV/AIDS nos diversos estágios da doença; promover atividades de educação e prevenção de DST/AIDS; oferecer campo para ensino, pesquisa e extensão; realizar acompanhamento médico, psicossocial, nutricional e de enfermagem. As atividades desempenhadas apresentam um enfoque de atendimento multidisciplinar e conta hoje com aproximadamente 900 prontuários ativos, entre adolescentes e adultos. A média de atendimento mensal é de 296 usuários. Atualmente a equipe multiprofissional é composta por três médicos infectologistas, uma enfermeira, uma psicóloga, uma nutricionista, duas assistentes sociais, duas técnicas de enfermagem, dois auxiliares administrativos e uma estagiária em Serviço Social, que tem o setor como campo de estágio curricular obrigatório. Desenvolvimento: Identificando os limites e as possibilidades de atuação do assistente social no SAE -  Na política de enfrentamento da epidemia de HIV/AIDS, o Serviço Social apresenta uma proposta de trabalho voltada para a abordagem socioeducativa, mas com dimensões assistenciais e de prevenção contribuindo para a melhoria do acesso ao serviço de saúde e na luta pela garantia dos direitos dos pacientes. O Serviço Social desenvolve ações como: orientações ao indivíduo e suas famílias e grupos; acompanhamento da integralidade dos cuidados em saúde; promoção da integração dos serviços oferecidos pelo SAE. Realiza orientação individual e em grupo; entrevista, estudos e laudos sociais; acompanhamento de situações de saúde e sócio assistenciais dos usuários e seus familiares; promoção da integração dos serviços oferecidos pelo SAE, facilitando o acesso do usuário; assessoria em Serviço Social junto a outras instituições. A atuação do serviço social neste campo tem colaborado para a adesão ao tratamento, a inclusão social e o acesso a benefícios dos usuários do serviço. Mas, ao mesmo tempo em que identificam-se as atividades, ações e respostas do Assistente Social às demandas recebidas, tem-se também, inúmeras dificuldades enfrentadas ao atuar, algumas de cunho estrutural: usuários em situação de desemprego, em situação de rua, com insegurança alimentar (o que compromete, sobremaneira, à adesão ao tratamento e utilização dos medicamentos), com uso abusivo de álcool e outras drogas; outras de cunho institucional: como falta de apoio para atividades grupais e campanhas educativas, pouca estrutura física e baixas condições de trabalho; outras em relação a inserção numa equipe de saúde multidisciplinar, onde a atividade fim é o atendimento médico. Sobre essa última dificuldade, pensamos que as próprias demandas de cunho social dos usuários reafirmam a necessidade de intervenção do assistente social no setor e o fortalecimento da sua atuação apresenta-se como estratégia para sua intervenção, onde a assistente social irá colocar seu trabalho e demarcar seu espaço. Historicamente, algumas categorias profissionais enxergam o assistente social como o agente da “ajuda” e da “caridade”, excluindo o profissional de situações onde são necessárias sua intervenção e atuação. Mas, independente dessas questões, faz-se necessário um movimento de valorização do profissional de Serviço Social e da sua intervenção às questões próprias da sua atuação e atribuições privativas, pois os usuários do setor em questão são pessoas que vivenciam, de forma latente, as expressões da Questão Social no seu cotidiano. O conjunto de demandas e necessidades sociais apresentadas ao profissional exige deste uma competência teórico-metodológica crítica para ler a realidade e conectar a realidade particular dos pacientes ao contexto social comum em que se situam. As necessidades sociais dos usuários transformam-se em demandas profissionais e são reelaboradas na ótica institucional, o que exigirá competência crítica do profissional para decifrá-las e levá-las da esfera privada, estritamente individual, para uma dimensão coletiva e de fortalecimento da luta por direitos. O Serviço Social trabalha com a perspectiva da educação em saúde, e garantia a acesso a bens e serviços que perpassam os direitos dos usuários demandantes. Em sua atuação acadêmico-profissional oferece apoio técnico a pesquisas, supervisão direta de estágios em Serviço Social, tutoria e preceptoria às Residências Multiprofissionais bem como as ações do cotidiano da Instituição. Destaque para as Residências Multiprofissionais em: Saúde da Mulher (HESFA/UFRJ), Saúde da Família (HESFA/UFRJ) e Saúde Materno-Infantil (Maternidade Escola/UFRJ). Considerações finais: A atuação do Serviço Social na equipe do SAE busca formular estratégias que vislumbrem reforçar experiências no setor que efetivem o direito social à saúde, articulando-se ao projeto da reforma sanitária e compromissado com os valores do código de ética da profissão. Apesar dos limites institucionais sua proposta de trabalho busca dar respostas às demandas apresentadas construindo constantemente novos espaços de legitimação profissional e defesa dos direitos dos usuários. Com isso, procura atuar na perspectiva de fortalecimento do SUS, na concepção da saúde como direito de todos e dever do Estado, buscando demarcar suas atribuições dentro de seus princípios e diretrizes. Os desafios à profissão se situam fortemente no tensionamento entre necessidades sociais e possibilidades concretas de atendimento, sendo chamada a atuar nas manifestações da “questão social” que se expressam de forma transversal e na política de saúde, reunindo um conjunto de condições sociais que colaboram para determinar as condições de saúde das populações. Compreendemos que tais questões podem ser analisadas de modo mais profundo se a tomarmos a partir de uma perspectiva macrossocial baseada numa análise crítica das relações sociais nas quais estão inseridas. Assim, podemos apreendê-las como mais uma expressão da “questão social” e de suas múltiplas determinações, caminho que acreditamos ser capaz de dar respostas aos desafios contemporâneos que envolvem o problema.  

5893 FATORES RELACIONADOS À DESCONTINUIDADE DO TRATAMENTO DA TUBERCULOSE PULMONAR
Priscila Rodrigues Tavares, Ana Carolina Campos Correa, Caroline Martins Melo, Jullyanna Barbara Silva da Silva, Marília Martins dos Santos, Thais Scerni Antunes, Nelson Antônio Bailão Ribeiro, Armando Sequeira Penela

FATORES RELACIONADOS À DESCONTINUIDADE DO TRATAMENTO DA TUBERCULOSE PULMONAR

Autores: Priscila Rodrigues Tavares, Ana Carolina Campos Correa, Caroline Martins Melo, Jullyanna Barbara Silva da Silva, Marília Martins dos Santos, Thais Scerni Antunes, Nelson Antônio Bailão Ribeiro, Armando Sequeira Penela

Apresentação: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é um dos 22 países que apresentam 80% da carga mundial da tuberculose, fato que exige o aprimoramento de estratégias para o seu controle, considerando aspectos econômicos, humanitários e de saúde pública. Desta forma, o presente artigo visa esclarecer as questões relacionadas à descontinuidade do tratamento abordando de maneira abrangente a epidemiologia no Brasil e no mundo relacionado à desistência do tratamento, levando educação em saúde aos pacientes de tuberculose pulmonar em uma unidade básica de saúde. Na observação da realidade, foram observados os métodos de funcionamento do local visitado por meio do acompanhamento de enfermeiras responsáveis pelo setor de tuberculose. Em seguida, foram feitas as aplicações do questionário com 11 pacientes que ali esperavam para a consulta e medicação. A etapa de teorização consistiu em pesquisas por literaturas acerca da tuberculose. Na seguinte etapa buscaram-se hipóteses de solução para o problema. Durante aplicação à realidade foram apresentadas aos usuários, as consequências que esta bactéria pode causar se o tratamento não for realizado, em seguida houve um café da manhã promovido pelas acadêmicas. Nesse sentido, estudos revelam que a taxa de abandono em Belém está em torno de 10%, quando o recomendado pelo Ministério da Saúde é de 5%. O trabalho permitiu o desenvolvimento dos discentes, amadurecendo seu olhar problematizador. O conhecimento obtido em sala de aula e colocado em prática contribuiu para a formação acadêmica aplicando a educação em saúde no âmbito comunitário.

5919 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DOS ALUNOS ESPECIAIS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO PÚBLICO DE LAGARTO (SE)
Ingrid Jaqueline Fonseca Leopoldino, Camilla de Araujo Fontes, Yone Vieira de Menezes

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DOS ALUNOS ESPECIAIS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO PÚBLICO DE LAGARTO (SE)

Autores: Ingrid Jaqueline Fonseca Leopoldino, Camilla de Araujo Fontes, Yone Vieira de Menezes

Apresentação: A deficiência é definida como perda ou anormalidade de alguma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, que pode ser tanto de origem congênita ou adquirida, permanente ou temporária. São assegurados vários direitos a pessoas com deficiências como a educação, os cuidados com a saúde, a reabilitação, integração e participação à sociedade, proibição de discriminação e acessibilidade a instalações.  O sistema de ensino regular no Brasil está incluindo crianças com deficiência, o movimento teve seu início por volta dos anos 90, sendo amparado pela Constituição Federal de 1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.9.394/96, as quais estabelecem que a educação é um direito de todos e que as pessoas com deficiência devem ter atendimento educacional, preferencialmente, na rede regular de ensino.  Dados do Censo Escolar indicam crescimento expressivo em relação às matrículas de alunos com deficiência na educação básica regular. Estatísticas indicam que no ano de 2014, 698.768 estudantes especiais estavam matriculados em classes comuns. A avaliação do estado nutricional é uma etapa fundamental no estudo de uma criança para que se possa verificar se o seu crescimento está se afastando do padrão esperado por doença e/ou por condições sociais desfavoráveis. Assim, quanto mais populações e/ou indivíduos são avaliadas do ponto de vista nutricional, e quanto mais seriadas são essas avaliações, mais intervenções precoces podem ser instituídas, certamente melhorando a qualidade de vida da população de forma geral. Possibilitando de certa forma a realização do diagnóstico nutricional e o manejo nutricional apropriado para cada caso. Diante da importância da avaliação nutricional, que pode fornecer contribuições tanto no melhor tratamento indi­vidual quanto no planejamento de ações de saúde pública. Objetivo: Avaliar o estado nutricional por meio da antropométrica de crianças e adolescentes com necessidades especiais das escolas do município de Lagarto- SE. Método: Foram avaliados nas escolas 50 alunos portadores de necessidades especiais, autorizado pela Secretaria de Educação do Município de Lagarto- SE. Para a avaliação nutricional, os indivíduos foram submetidos à aferição de peso e altura. Na aferição de altura, foram e instruídos a tirarem os sapatos e adereços e orientados a permanecer em plano de Frankfurt, onde panturrilhas, glúteos, ombros e cabeça tocam a vertical do aparelho. Simultaneamente, os braços foram alinhados ao corpo com as palmas das mãos voltadas para as coxas. Ao invés de um estadiômetro, foi utilizada fita métrica de 1,5m fixada na parede de cada local de coleta. Para aferição de peso utilizou-se uma balança digital portátil antropométrica, com capacidade de 180kg, do modelo QE 2005D. Na avaliação do estado nutricional dos alunos portadores de deficiência intelectual, retardo ou transtorno mental, desvio de comportamento, esquizofrenia, deficiência visual ou auditiva, hipotireoidismo e autismo, foram utilizadas as curvas propostas pela Organização Mundial de Saúde para crianças e adolescentes dos 5 aos 19 anos, calculou-se o escore Z das relações IMC/I (Índice de massa corporal por idade), E/I (estatura por idade) e P/I (peso por idade) apenas para crianças de 5 aos 10 anos com o auxílio do software WHO AnthroPlus disponibilizado no site da Organização Mundial de Saúde. Enquanto que os portadores de Síndrome de Down (SD) o Ministério da Saúde (MS) junto à Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) utiliza as curvas, recomenda o uso das curvas de P/I(peso por idade) e /I(estatura por idade), para o acompanhamento do estado nutricional de crianças e jovens brasileiros entre 2 e 18 anos. IMC/I (Índice de massa corporal por idade) entre 3 e 20 anos. E para Paralisia Cerebral (PC) utilizou as curvas segundo a Academia Americana de Pediatria, (2011), P/I(peso por idade) e /I(estatura por idade), IMC/I (Índice de massa corporal por idade), para o acompanhamento do estado nutricional de crianças e adolescentes entre 2 e 18 anos. Resultado: Dos 50 alunos avaliados, 32 (64%) eram do sexo masculino e 18 (36%) do sexo feminino. 2(4%) eram portadores de Síndrome de Down, 8(16%) com Paralisia Cerebral, 2(4%) Autista, 30(60%) com deficiência intelectual, 2(4%) com deficiência auditiva, 1(2%) com Transtorno cognitivo leve e Esquizofrenia, 1(2%) com Avaliação processual, 1(2%) com Retardo Mental e Desvio de comportamento, 1(2%) com hipotireoidismo, 2(4%) com Transtorno mental e comportamental. Cerca de 45% apresentaram eutrofia com estatura adequada para idade, 12,5% mostraram eutrofia com estatura e peso adequado para idade e 2,5% em eutrofia com muito baixa estatura para idade. Enquanto que 17,5% dos 50 alunos apresentaram sobrepeso com estatura adequada para idade, 7,5% se classificaram em obesidade com estatura adequada para idade e 5% em obesidade grave com estatura adequada para idade. Apenas 2,5% dos 50 alunos classificaram-se em magreza com baixa estatura, 2,5%  em magreza com muito baixa estatura e muito baixo peso e 5% em magreza com estatura adequada para idade, todos com diagnóstico clínico de deficiência intelectual. Dos 4% dos portadores de síndrome de Down ambas do sexo feminino, uma apresentou eutrofia com estatura e peso adequação, enquanto que a outra apresentou magreza com muito baixo estatura e peso para a idade. Já na análise dos 8(16%) alunos com Paralisia Cerebral, 5(10%) eram crianças abaixo de 10 anos, os outros 3(6%) eram alunos de 10 aos 18 anos. Verificou-se que um número expressivo, cerca de 90%  apresentaram eutrofia com estatura e peso adequado para idade, 10%, mostrou magreza para muito baixo peso. Resultado: Avaliar o estado nutricional dos pacientes com necessidades especiais é uma valiosa ferramenta para a determinação da terapêutica clínica e dietética a ser adotada a fim de corrigir os problemas observados. Todas as intervenções devem ser voltadas a atender as necessidades dos pacientes especiais sempre adaptando à sua realidade levando em consideração os familiares, cuidadores e educadores que fazem parte da sua rotina.   Rotina essa que nem sempre permite a mudança total dos hábitos, mas pode-se começar por reduzir ou aumentar as quantidades de alimentos, incorporar novas formas de preparações com diferentes sabores, cores e texturas com o intuito de incentivar uma alimentação saudável. A avaliação antropométrica é essencial na caracterização tanto do estado nutricional quanto no nível de desenvolvimento e crescimento desses indivíduos, a fim de evitar prejuízos advindos da má nutrição ou da nutrição em excesso.  Logo se necessita de mais estudos para uma melhor intervenção nutricional a esse público.

5960 OS SERVIÇOS DE SAÚDE À POPULAÇÃO RIBEIRINHA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA ENTRE 2009-2020
Amanda Beatriz Gomes Furtado, Jéssica Maria Lins da Silva, Lorrane Texeira Araújo, William Dias Borges, Roseli Reis da Silva Reis da Silva, Jéssica Aquino da Silva, Jaqueline Dantas Neres Martins, Eliana Soares Coutinho

OS SERVIÇOS DE SAÚDE À POPULAÇÃO RIBEIRINHA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA ENTRE 2009-2020

Autores: Amanda Beatriz Gomes Furtado, Jéssica Maria Lins da Silva, Lorrane Texeira Araújo, William Dias Borges, Roseli Reis da Silva Reis da Silva, Jéssica Aquino da Silva, Jaqueline Dantas Neres Martins, Eliana Soares Coutinho

Apresentação: O acesso à saúde pública no Brasil ocorre através do Sistema Único de Saúde, com o desenvolvimento de políticas e programas que visam atender as necessidades específicas da população. Dentre esses, destacam-se aqueles voltados à saúde de ribeirinhos, como o Programa da Marinha do Brasil e a implementação das Unidades Básicas de Saúde Ribeirinhas e Fluviais, que promovem ações de caráter primário, com foco na educação em saúde, bem como atendimento de urgências e emergências a essas comunidades. É necessário, portanto, conhecer os pontos que envolvem esta assistência e a qualidade dos serviços prestados, promovendo a monitoração da saúde no Brasil. Diante da relevância do exposto, buscou-se na literatura os aspectos que envolvem a prestação de serviços de saúde às populações ribeirinhas no país, objetivando descrever os resultados das pesquisas sobre os serviços de saúde a essa população no período de 2009 a 2020, as categorias, níveis de evidencias e metodologias dos estudos desenvolvidos. Desenvolvimento: Estudo descritivo, desenvolvido através de uma Revisão Integrativa de Literatura, compreendendo as seguintes etapas: definição do tema e elaboração da questão de pesquisa, formulação dos critérios de inclusão e exclusão de artigos, coleta de dados relevantes dos artigos encontrados, avaliação e análise dos artigos selecionados a partir do método de Bardin, interpretação e discussão dos resultados obtidos e apresentação desta revisão. A busca ocorreu em janeiro de 2020 na base de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO ). À seleção utilizou-se na filtragem avançada, como critérios de inclusão, estudos feitos no Brasil, na língua portuguesa e passíveis de serem citados. Excluídos estudos repetidos e os que não atenderam aos critérios mencionados. Os termos utilizados na busca foram “Serviços de Saúde” e “Ribeirinhos”. Resultado: Foram analisadas seis produções, com publicações ocorridas entre os anos de 2009 e 2018. Quanto as características teórico-metodológicas foram: (2) analítico-descritivo, (2) estudo de caso e (2) transversal observacional. A partir da análise, emergiram três categorias: Principais atividades assistenciais realizadas com as populações ribeirinhas; Dificuldades no acesso aos serviços de saúde; e, Epidemiologia nas comunidades ribeirinhas. Os principais achados demonstram que parte dos ribeirinhos encontram dificuldades para acessar cuidados especializados, sendo mais comuns cuidados básicos à saúde. Além disso, evidenciou que esta população está sujeita a diversos fatores de risco por conta das condições de vida, trabalho e moradia, enfatizando a necessidade de uma assistência voltada a essas necessidades. Por fim, concluiu-se que a educação em saúde ainda é um dos métodos mais utilizados para a promoção de hábitos saudáveis e do enfrentamento a situações adversas em saúde. Considerações finais: Através da observação dos aspectos descritos, enfatiza-se a importância científica do fomento de estudos voltados às comunidades ribeirinhas, posto a lacuna de estudos no período estudado. Espera-se que este trabalho embase pesquisas futuras, auxiliando no desenvolvimento de estratégias para promoção de uma saúde universal, holística e equânime para todos os membros sociais.

5982 FATORES ASSOCIADOS A VIOLÊNCIA FÍSICA PERPETRADA CONTRA A PESSOA IDOSA
Gracielle Pampolim, Franciele Marabotti Costa Leite

FATORES ASSOCIADOS A VIOLÊNCIA FÍSICA PERPETRADA CONTRA A PESSOA IDOSA

Autores: Gracielle Pampolim, Franciele Marabotti Costa Leite

Apresentação: A violência contra a pessoa idosa é um problema universal, complexo e multicausal, que está presente em todas as sociedades e independe do nível social da população. Este agravo se apresenta de diferentes formas, sendo a violência do tipo física a mais frequentemente notificada por ser também a de mais fácil detecção. Caracterizada como toda ação em que o agressor utilize da força física para causar dor, lesão ou sofrimento à pessoa idosa, a violência física chega a ser responsável por mais de 60% das notificações do abuso na população idosa. Neste contexto, este trabalho objetivou analisar os fatores associados a violência física perpetrada contra a pessoa idosa. Desenvolvimento: Estudo analítico transversal que analisou os dados notificados da violência contra a pessoa idosa, registrados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação do Espírito Santo, entre 2011 e 2018. As notificações foram analisadas segundo a violência física (sim/não); as variáveis independentes foram compostas pelas características da vítima - faixa etária, sexo, raça/cor, escolaridade, e presença de deficiência/transtorno; as características do agressor - idade em anos, sexo, vínculo e uso de álcool; e características da agressão - número de envolvidos, se ocorreu na residência, turno, repetição, zona, motivação por intolerâncias. Os dados foram analisados através da Regressão de Poisson bruta e ajustada com os valores expressos em Razão de Prevalência utilizando o Stata 13.0. Resultado: Após ajuste para os fatores de confusão, este agravo se mostrou 70,0% maior nos idosos entre 60 e 69 anos quando comparados àqueles com gt; 80 anos, 18,0% mais frequente em homens, 9,0% mais prevalente entre idosos que não tem companheiros e 1,63 vezes maior em idosos sem deficiências. Quanto às características do agressor, a violência física foi 1,3 vezes mais perpetrada por indivíduos jovens (20 a 24 anos), praticada por mulheres (RP: 1,54) e por apenas um agressor (RP: 1,20). Esse agravo foi 13,0% mais cometido fora da residência, 31,0% mais prevalente na zona rural e 1,48 vezes maior no grupo sem histórico de violência de repetição (p 0,05).  Considerações finais: Os resultados apontam para a existência de diversos fatores que se associam a ocorrência da violência física dentre as características do idoso, do agressor e da agressão. A violência contra a pessoa idosa ainda é vista como algo velado na sociedade, e o conhecimento das diferentes características associadas a este agravo pode contribuir para seu enfrentamento, monitoramento e prevenção.

5983 VIOLÊNCIA FÍSICA CONTRA A PESSOA IDOSA NO ESPÍRITO SANTO: PREVALÊNCIA E CARACTERIZAÇÃO DA VÍTIMA, DOS AGRESSORES E DA AGRESSÃO
Gracielle Pampolim, Franciele Marabotti Costa Leite

VIOLÊNCIA FÍSICA CONTRA A PESSOA IDOSA NO ESPÍRITO SANTO: PREVALÊNCIA E CARACTERIZAÇÃO DA VÍTIMA, DOS AGRESSORES E DA AGRESSÃO

Autores: Gracielle Pampolim, Franciele Marabotti Costa Leite

Apresentação: Associado ao processo de envelhecimento é comum observar também um avanço progressivo de agravos que devem ser acolhidos com preocupação por profissionais e gestores da saúde. Dentre estes, vale chamar atenção para a violência contra o idoso, que acomete todos os níveis sociais e tem provocado consequências negativas para este extrato populacional. Dada a sua importância como problema de saúde pública, a violência passou a ser considerada agravo de notificação compulsória, e segundo estudos nacionais e o último boletim epidemiológico publicado, dentre os diferentes tipos de violência, a física é a mais notificada na população idosa, por ser também a mais evidente e fácil de identificar. Dessa forma, este trabalho de propôs a identificar a prevalência da violência física contra a pessoa idosa e caracterizar a vítima, os agressores e a agressão. Desenvolvimento: Estudo descritivo analisou os dados notificados da violência contra a pessoa idosa, registrados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação do Espírito Santo, entre 2011 e 2018. As notificações foram analisadas segundo a violência física (sim/não); as características da vítima - faixa etária, sexo, raça/cor, escolaridade, e presença de deficiência/transtorno; as características do agressor - idade em anos, sexo, vínculo e uso de álcool; e características da agressão - número de envolvidos, se ocorreu na residência, turno, repetição, zona e motivação por intolerâncias. Os dados foram analisados utilizando o Stata 13.0. Resultado: A prevalência de violência física foi de 66,0%. As vítimas foram mais frequentemente do sexo feminino (56,9%), com idade entre 60 a 69 anos (60,5%), pretas ou pardas (56,9%), com até quatro anos de estudo (60,2%), com companheiro (52,0%) e sem deficiências (86,2%). Os agressores, predominantemente, foram homens (71,8%), com idade de 20 a 59 anos (80,2%), conhecidos da vítima (82,9%) e sem suspeita de abuso de álcool (51,4%). Quanto aos dados da agressão, percebe-se que frequentemente a violência envolve apenas um agressor (77,6%), ocorre na residência (75,9%), no turno da noite/madrugada (47,6%) e em zonas urbanas (83,9%), podendo ser caracterizado ainda como um evento único (53,8%) e motivado por intolerâncias (50,8%). Considerações finais: A violência física apresentou alta prevalência e o perfil da vítima, do agressor e da agressão foram similares ao encontrado em estudos nacionais. O conhecimento do perfil da vítima, do agressor e da agressão são importantes para o melhor entendimento do fenômeno complexo e multifatorial que é a violência, e para auxiliar no melhor direcionamento de políticas e ações de prevenção e enfrentamento deste agravo.

5984 VIOLÊNCIA DE REPETIÇÃO CONTRA A PESSOA IDOSA: PREVALÊNCIA E CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS
Gracielle Pampolim, Franciele Marabotti Costa Leite

VIOLÊNCIA DE REPETIÇÃO CONTRA A PESSOA IDOSA: PREVALÊNCIA E CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS

Autores: Gracielle Pampolim, Franciele Marabotti Costa Leite

Apresentação: O crescente envelhecimento populacional que vem ganhando força especialmente nos países em desenvolvimento, exige cada vez mais a criação e/ou adaptação de políticas públicas que visem enfrentar os novos desafios que surgem a partir deste fenômeno. Neste cenário é importante se atentar às questões da violência contra a pessoa idosa, que em razão das suas características multicausais é um fenômeno de difícil detecção e enfrentamento, mas que resulta em implicações a nível individual, econômico, político e social. Além disso, uma preocupação crescente reportada na literatura são os altos índices de reincidência da violência nessa população, onde um estudo apontou que mais de 50% dos idosos vítimas de violência relataram já terem sofrido agressões anteriormente. Tendo posto, este estudo objetivou verificar a prevalência de violência de repetição contra a pessoa idosa e caracterizar os casos notificados. Desenvolvimento: Estudo descritivo realizado com dados notificados da violência interpessoal contra a pessoa idosa, registrados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação do Espírito Santo, entre 2011 e 2018. As notificações foram analisadas segundo histórico de repetição da violência (sim/não), as variáveis de características da vítima (faixa etária, sexo, raça/cor, escolaridade, e presença de deficiência/transtorno), do agressor (idade em anos, sexo, vínculo e uso de álcool); e agressão (número de envolvidos, se ocorreu na residência, turno, repetição, zona, motivação por intolerâncias). Os dados foram analisados de forma descritiva utilizando o programa Stata 13.0. Resultado: A prevalência de violência de repetição foi de 50,2%. O perfil dos idosos vítimas deste agravo consistiu em indivíduos do sexo feminino (72,2%), entre 60 e 69 anos (46,6%), pretos ou pardos (55,9%), com escolaridade de até 4 anos (62,3%), com companheiros (59,0%) e sem deficiência ou transtorno (69,8%). Percebeu-se que a violência de repetição foi perpetrada, na maioria dos casos, por indivíduos do sexo masculino (70,8%), entre 20 e 59 anos (76,9%), filhos da vítima (56,1%), sem suspeita de abuso de álcool (53,7%). Com relação à agressão, esta envolveu apenas um agressor (66,5%), ocorreu na residência (91,8%), durante o dia (67,4%), na zona urbana (90,0%), sem motivação por intolerância (51,6%). Considerações finais: Os resultados encontrados são similares ao disposto na literatura. Vale ressaltar a alta frequência de idosos que vivenciam a violência de forma crônica. Além disso, os achados chamam atenção para o perfil das vítimas e da violência crônica, que ocorre no ambiente e com pessoas com as quais o idoso deveria se sentir seguro e cuidado. Por fim, vale destacar que programas de apoio e suporte ao idoso, bem como, aos cuidadores e programas de educação da população idosa e profissionais de saúde para identificação e notificação de abusos são fundamentais na redução da reincidência das situações de violência, possibilitando assim maior dignidade e qualidade de vida às vítimas.

6042 A AUTONOMIA PROFISSIONAL DO ENFERMEIRO COMO FATOR INTERVENIENTE PARA MAIOR ADESÃO AO ALEITAMENTO MATERNO
Alice Damasceno Abreu, Erika Luci Pires de Vasconcelos, Claudia Cristina Dias Granito, Eduardo Felipe Barbosa Oliveira, Nátali Vidal Rocha, Tayná Lívia Nascimento

A AUTONOMIA PROFISSIONAL DO ENFERMEIRO COMO FATOR INTERVENIENTE PARA MAIOR ADESÃO AO ALEITAMENTO MATERNO

Autores: Alice Damasceno Abreu, Erika Luci Pires de Vasconcelos, Claudia Cristina Dias Granito, Eduardo Felipe Barbosa Oliveira, Nátali Vidal Rocha, Tayná Lívia Nascimento

Apresentação: A importância do aleitamento materno tem sido internacionalmente enfatizada em diversos documentos da Organização Mundial de Saúde. O enfermeiro deve identificar durante o pré-natal e também no período puerperal os conhecimentos, a experiência prática, as crenças e a vivência social e familiar da gestante a fim de promover educação em saúde para o aleitamento materno, assim como, garantir vigilância e efetividade durante a assistência a nutriz no pós-parto. Criar uma criança, alimentá-la e orientá-la não são trabalhos de uma única pessoa e sim de todos que estão ligados diretamente ou indiretamente a ela. Deve ser um compromisso prioritário do estado e compartilhado entre família e sociedade, incluindo empresas, organizações e educadores pois não somente os profissionais de saúde previnem danos e agravos. As relações de afeto, segurança e nutrição são fundamentais para o desenvolvimento integral da criança até 2 anos de idade. O acesso a informações confiáveis fortalece a autonomia da família em relação a alimentação da criança e também garantindo qualidade na assistência do enfermeiro(a). Aumenta os laços afetivos. Os olhos nos olhos e o contato contínuo entre mãe e filho fortalecem os laços afetivos, e o envolvimento do pai e familiares favorece o prolongamento da amamentação. O enfermeiro deve identificar durante o pré-natal os conhecimentos, a experiência prática, as crenças e a vivência social e familiar da gestante a fim de promover educação em saúde para o aleitamento materno, assim como, garantir vigilância e efetividade durante a assistência a nutriz no pós-parto, deve estar próximo antes, durante e após o parto, auxiliando as mães nas primeiras horas do recém nascido, para que o aleitamento materno seja iniciado o mais precoce possível, de preferência imediatamente após o parto, conforme preconiza a World Health Organization. “Ele deve estar disponível, observando como está sendo a pega do recém nascido e respondendo perguntas quanto ao aleitamento materno e aos cuidados com o recém nascido”. Objetivo:s. Analisar os fatores que interferem no aleitamento materno e a interface com a autonomia do enfermeiro enquanto profissional qualificado para fomentar informações especifica sobre a amamentação exclusiva. Identificar os fatores que fragilizam/potencializam às mães realizarem o aleitamento materno. Refletir sobre as contribuições a não adesão pelas mães do aleitamento materno para a prática de encorajamento e aconselhamento realizada pelo enfermeiro. Objeto de estudo foi o enfermeiro como encorajador do aleitamento materno na sua autonomia profissional seja na atenção primaria ou terciaria. Desenvolvimento: pesquisa qualitativa descritiva com dez puérperas do alojamento conjunto da obstetrícia e ginecologia, do Hospital das Clinicas de Teresópolis Constantino Ottaviano, hospital universitário localizado na região serrana do Estado do Rio de Janeiro. Foi passado o Termo de Consentimento livre e esclarecido bem como mantido o anonimato dos sujeitos a partir da palavra identificadora estudante a fim de atender os princípios listados na Resolução 196/96 do CNS. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa com aprovação recendo o parecer consubstanciado do CEP de número: 2.813.313 para sua realização. No segundo ano de graduação do curso de enfermagem do UNIFESO, durante o cenário de IETEC pude perceber no setor de ginecologia e obstetrícia a falta de informação sobre amamentação por parte das gestantes e puérperas ali internadas. As questões que mais me inquietavam eram o porquê de tantas fragilidades frente ao potencial de um enfermeiro em relação ao aconselhamento e encorajamento efetivo e pude evidenciar o quão importante é a atuação do enfermeiro enquanto aconselhador e encorajador nesse momento, bem como a inserção da parentalidade nesse processo. Resultado: Fatores que as mães consideraram fragilidades/dificuldades para o primeiro momento da amamentação: não amamentaram na primeira hora de vida pois o resultado do HIV de admissão ainda não tinha saído, não receberam orientações sobre amamentação no pré-natal, receberam orientações sobre amamentação no alojamento conjunto. Condições emocionais que influenciaram no processo efetivo da amamentação: puérperas sentiram conflito de informações referentes a pratica de amamentar seja por parentes, curiosos, mídias sociais e profissionais de saúde, referem falta de aconselhamento e encorajamento por parte do enfermeiro (a), falta de apoio parental, irritação e desinteresse. Elementos físicos e sociais que interferem no aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida. Conforme respostas das puérperas: referem presença de fissuras nas mamas, referem ter filhos pequenos que dependem de cuidados,  cita o retorno precoce ao trabalho. Razões importantes relacionadas à amamentação para as puérperas. Conforme resposta: relatam como principal importância o vínculo afetivo, prevenção e promoção a saúde do bebe, integração da família e custo benefício. Sendo assim há prevenção das doenças que acarretam distúrbio nutricional para que a criança cresça forte e saudável, ajuda na economia familiar quando é amamentada somente no peito e previne a desnutrição através do intervalo entre os partos. A proteção do leite materno diminui quando a criança recebe qualquer outro tipo de alimento que não seja o leite natural, incluindo água, sucos chás ou papinhas além de impactar na construção do paladar infantil, obtendo reflexos negativo como a obesidade. Considerações finais: Durante o desenvolvimento da pesquisa observou-se que pequena parte das puérperas haviam sido orientadas durante o pré-natal, independentemente de serem primíparas ou multíparas, o que nos leva a refletir sobre a qualificação e falta de capacitação dos enfermeiros que estão frentes as unidades básicas de saúde. Também é necessário ressaltar a instabilidade política de Teresópolis, onde as organizações de saúde trabalham com contratos temporários e atrasos de pagamentos que acabam gerando um alto índice de absenteísmo e desmotivação da equipe, acarretando o não desempenho adequado do serviço. A potencialidade do trabalho do enfermeiro fica explícita ao afirmar que durante a pesquisa as dez puérperas foram aconselhadas e encorajadas a amamentar por nós e pela enfermeira supervisora. A partir desse momento o processo de amamentação se tornou efetivo e as mães compreenderam a importância do aleitamento e todos seus aspectos positivos e impactos sociais. Desta forma a falta de informação qualificada implica diretamente na adesão da mãe e parentes no processo de amamentar. E que a presença significativa do enfermeiro frente a interface com a sua autonomia profissional fomenta informações especificas no pré, no trans e no pós-natal, podendo representar grande parte do sucesso do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida.

6052 IMPLANTAÇÃO DE UM MODELO DE PRÉ-NATAL COLETIVO NA ASSISTÊNCIA ÀS GESTANTES NO SETOR PRIVADO NO VALE DO PARAÍBA
Rosana Seleri Fontes

IMPLANTAÇÃO DE UM MODELO DE PRÉ-NATAL COLETIVO NA ASSISTÊNCIA ÀS GESTANTES NO SETOR PRIVADO NO VALE DO PARAÍBA

Autores: Rosana Seleri Fontes

Apresentação: A assistência pré-natal se caracteriza como importante ferramenta para identificar fatores de risco, realizar intervenções oportunas para reduzir a morbimortalidade materna, fetal, neonatal e infantil. Além disso, tem finalidade psicológica e social, representando uma forma de resgate da percepção corporal, do autocuidado, da participação efetiva da mulher no pré-natal e no parto, e da cultura do parto normal, que se perdeu na sociedade atual. Para que todos os objetivos sejam alcançados, é necessário que a composição da equipe assistencial seja multidisciplinar. Ainda não se consegue comprovar cientificamente a efetividade dos programas de pré-natal atuais e muitos são modelos propostos. Dentre eles, o pré-natal coletivo, descrito no início da década de 90 por uma obstetriz, e pioneiro nos EUA, com mais de 500 grupos atualmente no país. Objetivo: Através de um estudo descritivo, implantar e descrever um programa de Pré-natal Coletivo Multiprofissional, realizado no sistema privado de saúde, na região do Vale do Paraíba-SP, baseado nas propostas do Centering Healthcare Institute (EUA), mostrando os resultados obtidos em conjunto com um atendimento holístico e humanizado à saúde da gestante. Método: Foram atendidas 160 gestantes, em acompanhamento pré-natal e assistência ao parto, realizando-se 52 reuniões de pré-natal coletivo, no período de Agosto de 2016 a Dezembro de 2017. As mulheres frequentaram de 2 a 7 reuniões cada uma, com duração de 2h, onde participaram médico obstetra, médico pediatra, obstetrizes, psicólogas, nutricionista e fisioterapeuta. Resultado: Nas gestantes acompanhadas, evidenciaram-se baixas taxas de prematuridade (5,6%), adequado ganho de peso na gravidez (10,5kg), altos índices de partos normais (72,5%), altas taxas de períneo íntegro ou lesões perineais leves no parto (74,1%), menor tempo médio de duração do trabalho de parto (8,45 horas), leves complicações neonatais (1,9% de internações em UTI), altos índices de Apagar no primeiro minuto de vida (96,8%). Dentre os recém nascidos, 11,5% apresentaram baixo peso para idade gestacional. As gestantes do grupo foram mais propensas em contatar doulas para acompanhar o trabalho de parto (75,6%). Discussão: As participantes e os profissionais envolvidos relataram muita satisfação com o modelo, segundo relatos incluídos no estudo. Pode-se considerar o pré-natal coletivo como um modelo de assistência promissor, ainda necessitando mais estudos para comprovação de seus benefícios.

6114 INFLUÊNCIA DO SEXO NA POPULAÇÃO VÍTIMA DE ACIDENTES E VIOLÊNCIAS ATENDIDA PELO SAMU 192 NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Isabelle Kaptzky Ballarini, Leonardo dos Santos Silva, Luciana Carrupt Machado Sogame, Leonardo França Vieira, Caio Duarte Neto

INFLUÊNCIA DO SEXO NA POPULAÇÃO VÍTIMA DE ACIDENTES E VIOLÊNCIAS ATENDIDA PELO SAMU 192 NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Autores: Isabelle Kaptzky Ballarini, Leonardo dos Santos Silva, Luciana Carrupt Machado Sogame, Leonardo França Vieira, Caio Duarte Neto

Apresentação: Os acidentes e violências se estabelecem como importante determinante de morbidade e mortalidade em contextos mundial, nacional e estadual. Além das implicações em qualidade de vida e em despesas financeiras para o sistema de saúde, observa-se que, no Brasil, os acidentes e violências se comportam com desigualdade entre a população feminina e masculina, sendo os homens as principais vítimas de mortes por agressão e as mulheres mais afetadas por acidentes de trânsito e, em segundo plano, por agressão. Diante disto, este estudo se propôs a verificar a associação do gênero nos acidentes e violências em vítimas socorridas pelo SAMU 192 no Estado do Espírito Santo. Desenvolvimento: estudo transversal, com coleta retrospectiva, dos atendimentos primários realizados em uma amostra de 2502, sendo que destes 883 foram vítimas de acidentes e violências socorridas pelo SAMU 192 no ano 2015. Coletaram-se as informações sobre sexo, idade, distribuição por dia da semana, período do plantão, nível de recurso enviado, tipo de acidente e violência, presença de hálito etílico, óbito no local e transporte para serviço de saúde. Realizou-se análise descritiva dos dados e o Teste do Qui-quadrado e Resíduo do Qui-quadrado. Resultado: Constatou-se 35% das vítimas socorridas pelo SAMU foram em decorrência aos acidentes e violências e que a ocorrência mais comum foi acidente de transporte terrestre (50%), seguido de queda (34%) e a maioria das vítimas eram do sexo masculino (71%), adulto (70%), plantão diurno (55%), segunda a sexta (67%), não apresentaram hálito etílico (86%), nível básico de recurso enviado (82,2%), não foram à óbito no local (91%) e foram transporte para serviço de saúde (87%). Verificou-se associação (p 0,05) da influência no sexo masculino em relação a idade adulta, período do plantão noturno, nível avançado de recurso enviado, agressão, presença de hálito etílico e ocorrência óbito no local. Em relação ao sexo feminino, constatou-se associação da influência do gênero em idosas, vítimas de queda, foi enviado o suporte básico, ausência de hálito etílico e sem óbito no local. Considerações finais: Existiu influência do gênero sobre as ocorrências e assistência prestada nas vítimas de acidentes e violências atendidas pelo SAMU192 no Estado do Espírito Santo. Verificou-se maior associação do sexo masculino a ocorrências de natureza violenta e traumática, com destaque para presença de hálito etílico e óbitos no local, enquanto o sexo feminino se mostrou mais associado ao processo fisiopatológico de envelhecimento, envolvendo mais mulheres idosas atendidas por quedas. Acredita-se, todavia, que os resultados encontrados para o sexo feminino não excluem o envolvimento significativo de mulheres em cenários de violência, principalmente quando se leva em consideração a marcante história e liderança do Estado do Espírito Santo no tangente ao número de casos violência doméstica e feminicídio.

6125 A INTERFERÊNCIA DA SOBRECARGA DO CUIDADOR FAMILIAR DE IDOSO EM SUA QUALIDADE DE VIDA
Joana Flexa Monteiro, Selma Petra Sá

A INTERFERÊNCIA DA SOBRECARGA DO CUIDADOR FAMILIAR DE IDOSO EM SUA QUALIDADE DE VIDA

Autores: Joana Flexa Monteiro, Selma Petra Sá

Apresentação: O objetivo foi de conhecer como a sobrecarga dos cuidadores familiares dos idosos afeta a sua qualidade de vida. Método: Trata-se de uma Revisão integrativa de Literatura, com abordagem qualitativa. Resultado: Foram selecionados 20 artigos que atenderam ao critério de inclusão para alcance do objetivo proposto. O número de publicações incluídas foi da SciELO 12 publicações e, na sequência, da LILACS 08 publicações. Presente em 20 publicações. Os 20 artigos selecionados foram publicados entre 2015 e 2019, sendo que 03 de 2015, 03 de 2016, 05 de 2017, 06 de 2018 e 03 de 2019. Os artigos em sua maioria são provenientes de revistas de enfermagem com 08 artigos, seguido de revista de gerontologia com 05 artigos, e os demais foram distribuídos entre revistas de saúde coletiva, atenção primário e fisioterapia. Resultado: A partir dos resultados obtidos nesta RIL, e conhecendo a necessidade de voltar a atenção para o cuidador, faz-se necessário desenvolver estratégias que venham prevenir futuras complicações e promover a saúde do cuidador também, e propiciar suporte social e institucional para os indivíduos que cuidam de idosos.

6150 A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO CLÍNICO COM CRIANÇAS: A ESCUTA PSICANALÍTICA EM UMA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR
Walan Pereira Cardoso, Helena Carollyne da Silva Souza, Roseane Freitas Nicolau

A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO CLÍNICO COM CRIANÇAS: A ESCUTA PSICANALÍTICA EM UMA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR

Autores: Walan Pereira Cardoso, Helena Carollyne da Silva Souza, Roseane Freitas Nicolau

Apresentação: O trabalho cujo recorte será apresentado é fruto da prática na brinquedoteca do Ambulatório de Desenvolvimento do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza. Este projeto visa oferecer acolhimento e escuta para as crianças e seus cuidadores, através de atividades clínicas em grupo, como o grupo de pais, onde são trabalhadas questões referentes às angústias suscitadas nos pais frente ao diagnóstico e tratamento da criança. Simultaneamente a escuta dos pais acontece o grupo de crianças na brinquedoteca, atividade em que a criança permanece até o momento em que é chamada para o atendimento. As produções lúdicas das crianças são acolhidas e escutadas como produções do sujeito, abrindo a possibilidade para o tratamento de suas dificuldades. É suposto à criança que ela tenha algo a dizer, atribuindo a ela um lugar como sujeito, a partir do momento em que são escutadas suas angústias e questões. Isso é favorecido pela posição dos estagiários, que se colocam disponíveis para escutá-las por meio do brincar, visto que, o brincar é o modo de expressão da criança. A brinquedoteca é aberta para todas as crianças atendidas pelo serviço Caminhar. Vale ressaltar que estas, ao começarem a frequentar o grupo, poucas vezes são percebidas exatamente como descrevem os seus cuidadores e, assim, são trabalhadas sem se levar à priori seus diagnósticos. Quando chegam, inicialmente costumam explorar o local e, conforme a abertura dada por elas, vamos pouco a pouco nos inserindo em suas brincadeiras sempre respeitando seu tempo, o que possibilita um laço inicial muito importante para nós como estagiários, tanto para o manejo dos atendimentos quanto para começarmos a supor um certo saber sobre aquela criança como sujeito único, possibilitando a manutenção da aposta em seus processos de constituição subjetiva. Foi possível notar que a partir do estabelecimento de um laço particularizado com cada criança, as barreiras de resistência tornaram-se cada vez menores, permitindo a abertura de um espaço para que elas possam se expressar livremente pelo brincar e/ou pela fala, pois encontram na brinquedoteca um espaço de acolhimento e de escuta, já que são colocadas no lugar de um sujeito que tem algo a dizer.

6155 SUPORTE DE INFORMAÇÃO E INTERAÇÕES SOCIAIS POSITIVAS PERCEBIDO POR MULHERES DE UM SETOR DE GINECOLOGIA
Joyce Ferreira Reis, Franciele Marabotti Costa Leite

SUPORTE DE INFORMAÇÃO E INTERAÇÕES SOCIAIS POSITIVAS PERCEBIDO POR MULHERES DE UM SETOR DE GINECOLOGIA

Autores: Joyce Ferreira Reis, Franciele Marabotti Costa Leite

Apresentação: Associado ao processo de adoecimento, é comum observar os impactos dos fatores externos que refletem no quadro patológico e seu desenvolvimento. Dentre eles, vale chamar a atenção para o suporte social percebido, que provoca alterações positivas ou negativas no desenvolver da doença, tendo implicações físicas e emocionais. O suporte social está relacionado com a qualidade de vida durante o enfrentamento da doença, capacidade de enfrentar situações difíceis e também possui influencia na autoestima. Dessa forma, este trabalho propôs identificar o suporte social de informação (contar com pessoas que informem, aconselhem e orientem) e de interações sociais positivas (contar com alguém para relaxar e divertir-se) percebido e seus impactos no processo de adoecimento de mulheres em um setor de ginecologia do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (HUCAM), do município de Vitória (ES). Desenvolvimento: Estudo epidemiológico do tipo descritivo que analisou os dados coletados no HUCAM do município de Vitória, Espírito Santo, entre 2017 e 2018. Foram utilizados três instrumentos para coleta de dados para identificar características sociodemográficas, hábitos comportamentais, experiência de violência contra mulher e identificação do suporte social. Os dados foram analisados através do programa estatístico Stata 13.0. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética do HUCAM. Resultado: No suporte de informação, 28,9% das entrevistadas relataram não ter alguém para contar em situações de crise, 30,4% para dar informações em função de compreender certas situações, 32,3% para pedir conselhos e 32,3% para aceitar sugestões para resolver problemas pessoais. Na dimensão de suporte social e interações sociais positivas, 29% das mulheres afirmaram não ter alguém para fazer coisas agradáveis, 29,6% para distrair a cabeça, 28,8% para relaxar e 29,2% para se divertir junto. Considerações finais: O estudo revelou que o suporte social de informação e de interações sociais positivas foi baixo em um número significativo de mulheres. Os impactos do suporte social no processo de adoecimento e enfrentamento do mesmo ainda não possui um vasto quantitativo de pesquisas, mesmo quando os efeitos positivos são notados e excedem os negativos.

6177 HIV EM MULHERES E CORRELAÇÃO COM VULNERABILIDADE E DESIGUALDADE DE GÊNERO
Liliane Spencer Bittencourt Brochier, Paula Vitória Pena Machado, Emerson Silveira de Brito

HIV EM MULHERES E CORRELAÇÃO COM VULNERABILIDADE E DESIGUALDADE DE GÊNERO

Autores: Liliane Spencer Bittencourt Brochier, Paula Vitória Pena Machado, Emerson Silveira de Brito

Apresentação: A feminização do HIV está associada a diversos fatores que colocam a mulher em condição de vulnerabilidade para a aquisição do vírus, comparativamente aos homens. Dentre as mulheres, maiores taxas de detecção ocorrem naquelas em idade reprodutiva. Isto representa um desafio aos serviços de saúde, em relação à saúde sexual e aos aspectos reprodutivos. É preciso entender o contexto de vida das mulheres, dentro do paradigma dos direitos sexuais, para oferecer suporte para o exercício de uma sexualidade saudável. Em relação aos aspectos reprodutivos, com a oferta de informação adequada para as tomadas de decisões. O objetivo deste estudo foi conhecer os fatores específicos que vulnerabilizam mulheres à contaminação do HIV, com vistas a fornecer subsídios para os serviços de saúde, de forma que o serviço possa ofertar atenção à saúde das mulheres de forma mais oportuna, frente ao conhecimento de questões relacionadas com a doença, considerando questões como vulnerabilidade e desigualdade de gênero. Desenvolvimento: Diversos fatores podem estar associados à ocorrência da infecção em mulheres, entre eles, a educação e o acesso à informação e aos serviços de saúde, questões de gênero e raça/cor, crenças religiosas e posicionamento frente à sexualidade. Considerando o contexto histórico, a mulher enfrenta barreiras de vivenciar a saúde sexual em sua plenitude, as cobranças sociais e o machismo são elementos que se projetam na nossa sociedade como um fator limitante de sua expressão sexual. Desde o início da vida sexual, as mulheres são cobradas quanto a sua postura, ensinadas a como devem se comportar e induzidas a ter um comportamento sexual padronizado e restrito. Em termos de saúde sexual, é preciso ainda considerar que a literatura aponta ser comum que algumas mulheres se submetam a prática sexual com seu parceiro mesmo sem vontade, não assumindo indisposição para o ato sexual. Esta questão está intimamente associada às relações de gênero e poder, onde o homem, predominante na relação, busca garantir que suas vontades sejam satisfeitas. Método: O presente resumo trata-se de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema apresentado neste trabalho. Resultado: As desigualdades econômicas, sociais e culturais são fatores que aparecem relacionados à epidemia do HIV, sobretudo no que se refere à infecção feminina. A desigualdade de gênero limita a mulher de negociar práticas sexuais seguras, aumentando o número de mulheres infectadas pelo vírus. Considerações finais: Diante da complexidade e dos danos causados por uma saúde sexual deficiente, fatores relacionados à desigualdade de gênero e a mulheres em situação de vulnerabilidade devem ser considerados por profissionais de saúde no momento do acolhimento e atendimento às demandas de saúde sexual.

6105 DEGENERAÇÃO MOLAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Rosália Cardoso da Silva, Ana Júlia Góes Maués, Sabrina de Lucas Ramos Necy, Atílio Rodrigues Brito, Rebeca Prata Meireles, Ingrid Magali Souza Pimentel, Luana Gomes de Lima, Fernanda Cristina Silva da Silva

DEGENERAÇÃO MOLAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Rosália Cardoso da Silva, Ana Júlia Góes Maués, Sabrina de Lucas Ramos Necy, Atílio Rodrigues Brito, Rebeca Prata Meireles, Ingrid Magali Souza Pimentel, Luana Gomes de Lima, Fernanda Cristina Silva da Silva

Apresentação: A gravidez é um período em que ocorrem intensas modificações no organismo de uma mulher e no desenvolvimento de um feto. Dentro das inúmeras intercorrências que podem acometer o feto, por exemplo, tem-se a mola hidatiforme que se enquadra dentro da doença trofoblástica (grupo de tumores raros que envolvem o crescimento anormal de células dentro do útero de uma mulher), sendo essa uma complicação da gravidez com potencial para evolução de uma doença maligna. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem na sistematização da assistência de enfermagem a uma paciente gravídica com apresentação de gravidez gemelar com diagnóstico de degeneração molar de um dos fetos. Método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo, relato de experiência desenvolvido a partir da vivência, durante as aulas práticas de obstetrícia, no ambulatório da mulher em um hospital referência obstétrica de Belém. A partir do atendimento da paciente observou-se a necessidade de assistência mais qualificada por meio da utilização da Sistematização da Assistência de Enfermagem a mesma, para que então fosse traçado um plano de cuidados. Resultado: e Discussões: Na abordagem da paciente para a realização da Sistematização, observou-se que a mesma encontrava-se consciente, orientada auto-alopsiquicamente, eupneia, calma, normocorada, de ambulante. Mamas simétricas, íntegras, indolores e sem secreção, abdome globoso tipo gravídico, indolor a palpação, com corpo uterino contendo “feto” único, em apresentação cefálica, posição dorsal-direita. AP: murmúrios vesiculares presentes sem ruídos adventícios; AC: bulhas cardíacas normofonéticas em 2T sem ruídos adventícios. Queixa atual: dor tipo cólica na região pélvica, sem perdas vaginais. Com base no referido acima se traçou um plano de cuidados pautado nos quatro diagnósticos de enfermagem encontrados, sendo três reais (Dor pélvica relacionada a fisiologia da gravidez evidenciada por autorrelato de dor, comportamento expressivo e expressão facial de dor; Obesidade grau I relacionada ao elevado escore de comportamento alimentar evidenciada por IMC gt; 30kg/m²; Privação de sono e repouso  relacionados a fisiologia da gravidez evidenciado por desconforto físico) e um de risco (Risco de sangramento evidenciado por gravidez de alto risco e queixas anteriores de sangramento). Considerações finais: portanto, sabemos que uma gravidez é um período de mudanças, principalmente fisiológicas e dentro de uma gravidez gemelar com um dos fetos com degeneração molar, pode-se ter vários riscos tanto para a mãe como para o feto, sendo de fundamental importância traçar um plano de cuidados para prevenir agravos ou melhorar a qualidade de vida dessa gestante.

6186 HOMOSSEXUALIDADE FEMININA E SUAS VULNERABILIDADES NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Lucas De Almeida Figueiredo, Mariana Braga Salgueiro, Erika Luci Pires de Vasconcelos, Thayna Pontes Pereira, Thiago Castanheira Scagliarini Frenda, Caio Ramos, Camila Mendonça de Almeida Senna, Dayanne Cristina Mendes Ferreira Tomaz

HOMOSSEXUALIDADE FEMININA E SUAS VULNERABILIDADES NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Autores: Lucas De Almeida Figueiredo, Mariana Braga Salgueiro, Erika Luci Pires de Vasconcelos, Thayna Pontes Pereira, Thiago Castanheira Scagliarini Frenda, Caio Ramos, Camila Mendonça de Almeida Senna, Dayanne Cristina Mendes Ferreira Tomaz

Apresentação: A sexualidade tem sido um tema bastante presente em diversas áreas do conhecimento, entretanto em relação a homossexualidade e bissexualidade femininas permanece no âmbito da invisibilidade no que diz respeito à saúde. A construção da mulher lésbica, como sujeito de um direito à cuidados diferenciados de saúde, tem estimulado, em esfera internacional, uma busca pela compreensão de sua singularidade e demandas específicas de saúde. Estudos existentes apontam alguns fatores de risco e algumas demandas específicas nesse grupo populacional. É recorrente, na literatura, a discussão sobre a evidência de maior prevalência de certos fatores de risco como: câncer de mama, infecções sexualmente transmissíveis, violência doméstica e alcoolismo. Somados a esses fatores, a desqualificação do entendimento do assunto e despreparo dos profissionais de saúde fazem com que a mulher lésbica perpasse pela peregrinação dentro da assistência, necessitando ainda mais de acolhimento e ações voltadas a sua especificidade. Portanto, torna-se o objetivo deste estudo: identificar as fragilidades e os desafios do acesso à saúde tais como estratégias para adesão de políticas voltadas as mulheres homo e bissexuais. Desenvolvimento: O desenvolvimento desse estudo foi pelo método qualitativo do tipo revisão integrativa. Foi utilizado como base de dados para pesquisa a Scielo (Scientific Electronic Library Online) e PubMed(US National Library of Medice Institutos) e Ministério da Saúde. Tal busca se deu em caráter investigativo para aprofundamento e domínio acerca do assunto abordado. Resultado: Dada a importância do tema, torna-se evidente a soma de fatores que contribuem para vulnerabilidade desse grupo, tais como: Escassez de políticas especifica a esse grupo populacional, modelo heterossexual, enfatizando e acolhendo prioritariamente os aspectos reprodutivos e ligados a maternidade. Frente a isso mulheres lésbicas, muitas vezes, passam despercebidas nos serviços de saúde e assim estão sujeitas a ações e serviços inapropriados e preconceituosos, para as suas demandas e singularidades. Estudos mostram que estas estão em situações de vulnerabilidades, relacionadas à desinformação a respeito de sua saúde.   Considerações finais: Portanto, a partir dos resultados encontrados, mesmo após a Política Nacional de Saúde Integral LGBT, destaca-se a urgência em repensar a organização dos serviços de saúde e a formação dos profissionais com vistas a garantir uma escuta qualificada, o maior respeito e acolhimento eficaz a todas as usuárias da rede SUS de modo a garantir a universalidade do acesso e integralidade do atendimento.

9346 O CUIDADO NA ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ÀS JUVENTUDES EM USO DE DROGAS: ITINERÁRIOS
Kassia Fonseca Rapella, Aluisio Gomes da Silva Junior

O CUIDADO NA ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ÀS JUVENTUDES EM USO DE DROGAS: ITINERÁRIOS

Autores: Kassia Fonseca Rapella, Aluisio Gomes da Silva Junior

Apresentação: O presente trabalho pretende trazer o relato de pesquisa a partir da experiência da autora principal que atendeu por cerca de 5 anos este grupo específico em um CAPS AD e também nos territórios e cenas de uso em um município da região metropolitana do Rio de Janeiro. A experiência de cuidado no CAPS AD e o ativismo trouxe inquietações e com estas, a autora construiu este projeto de pesquisa para o Mestrado em Saúde Coletiva na Universidade Federal Fluminense, a fim de escutar os jovens sobre os sentidos de cuidado relacionado ao uso de álcool e outras drogas, onde buscam apoio e quais os sentidos do CAPS ad na organização do cuidado. Como metodologia da pesquisa, do tipo qualitativa, foram utilizadas entrevistas semiestruturadas e observação participante e como estratégias metodológicas para historização e desenho das redes dos atendidos, narrativas e Itinerário Terapêutico. Considerando que temos em curso o Estatuto da Juventude (lei 12.852/13) que prevêatenção integral às juventudes com idade compreendida entre 15 e 29 anos e ao mesmo tempo uma política de drogas proibicionista que coloca os jovens em situação de risco mais do que o uso de drogas, são encontrados desafios na construção dos projetos terapêuticos singulares preconizados pelos CAPS AD, desde os relacionados ao recorte cronológico dos serviços (CAPSi para crianças e adolescentes e CAPS AD para os maiores de 18 anos) até impasses mais estruturais na execução do cuidado pautado na Redução de Danos (que não prevê um modelo único de cuidado). A proposta com este relato de pesquisa é publicizar a pesquisa e discutir caminhos possíveis (e intersetoriais) no cuidado pautado na autonomia e no vínculo, trazendo alguns aprendizados a partir do lugar de profissional, ativista e pesquisadora e defendendo a escuta dos jovens de outro lugar que não o de transição para vida adulta apenas, mas como sujeitos sociais.