437: A produção do Cuidado em Saúde no âmbito Hospitalar
Debatedor: Riksberg Leite Cabral
Data: 30/10/2020    Local: Sala 02 - Rodas de Conversa    Horário: 16:00 - 18:00
ID Título do Trabalho/Autores
5677 A "PROBLEMATIZAÇÃO" COMO INSTRUMENTO PARA INCORPORAR A EDUCAÇÃO PERMANENTE NAS PRÁTICAS DE ENSINO NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL
Daniel Laprovita Laprovita, Marcos Paulo fonseca corvino, Elaine Antunes Cortez, Ana Lucia Abrahão da silva, geilsa soraia cavalcante valente, Claudia Fidelis Basílio, João do Nascimento, Fabíola Chaves Fernandes

A "PROBLEMATIZAÇÃO" COMO INSTRUMENTO PARA INCORPORAR A EDUCAÇÃO PERMANENTE NAS PRÁTICAS DE ENSINO NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

Autores: Daniel Laprovita Laprovita, Marcos Paulo fonseca corvino, Elaine Antunes Cortez, Ana Lucia Abrahão da silva, geilsa soraia cavalcante valente, Claudia Fidelis Basílio, João do Nascimento, Fabíola Chaves Fernandes

Apresentação: A problematização das situações enfrentadas nos coletivos é a principal estratégia para o desenvolvimento da aprendizagem, pois possibilita a oportunidade de transformações efetivas e a construção conjunta da autonomia dos sujeitos e equipes, valendo-se do diagnóstico e do planejamento compartilhados, base para o desenvolvimento das mudanças esperadas. A Política Nacional da Educação Permanente em Saúde (PNEPS) sugere problematizar as práticas, identificando primeiramente o problema, ampliando o conhecimento, desenvolvendo competências específicas e da equipe para, então, buscar soluções, colocá-las em prática e avalia-las. Com objetivo de incorporar a Educação Permanente em Saúde (EPS) às práticas de ensino no Núcleo de Educação em Urgência (NEUR) do Serviço de atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no município de Duque de Caxias – Rio de Janeiro, utilizando-se do “Arco de Maguerez” ou “Teoria do Arco” que tem com premissa discutir coletivamente a realidade de um determinado problema e a partir daí construir coletivamente soluções que consideram o cotidiano das práticas que se desenvolvem no mundo do trabalho que se produz em um movimento permanente. Desenvolvimento: Trata-se de um recorte da dissertação de mestrado submetida ao corpo docente da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa/ Programa de pós-graduação em enfermagem/ Mestrado Profissional em Ensino na Saúde da Universidade Federal Fluminense/UFF intitulada “Núcleo de Educação em Urgência na lógica da educação permanente: serviço de atendimento pré-hospitalar móvel”, como parte do requisito para obtenção do título de mestre, apresentada e aprovada no ano de 2016. De acordo com os objetivos desta pesquisa, este estudo se apresenta descritivo e exploratório, com abordagem metodológica qualitativa, do tipo pesquisa-ação. Utilizou-se como metodologia a problematização, com base no Arco de Maguerez que parte da observação da realidade, identifica possíveis problemas e o grupo seleciona os pontos chave a serem, em um primeiro momento, refletidos individualmente para depois serem discutidos na teorização, elaborando estratégias e formulando hipóteses de soluções, que serão sintetizadas e devolvidas à realidade, aplicadas ao problema em questão, terminando com a construção e transformação da própria realidade. A dinâmica utilizada nas oficinas ocorreu por meio da explanação em Powerpoint de um instrumento denominado: “Conceitos, saberes: caminhos para incorporação da educação permanente” elaborado com bases nos conceitos que emergiram dos questionários utilizados na fase anterior da pesquisa. Foram realizadas sete oficinas entre os meses de outubro e novembro de 2016 com 29 participações. Este projeto de pesquisa foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP/UFF), sob o número 1.339.343 de 26 de novembro de 2015. Resultado: Discutiu-se sobre a incorporação da educação permanente nas ações educativas e propostas para o emprego da mesma. As oficinas possibilitaram a construção de categorias, fruto da discussão do processo de trabalho e as realidades vivências no fazer diário da prática pré-hospitalar móvel e de como a educação permanente pode potenciar as ações educativas no serviço. Assim se apresentam as categorias: O gestor no processo de incorporação da EPS; Considerando as vivências no processo de trabalho; A EPS como possibilidade de organizar os serviços e Focando a prática nas ações de ensino. A pesquisa possibilitou a formulação de produtos, conforme proposta, tais como: a elaboração da Portaria n° 020/SMS/2016 que estabelece a implantação do NEUR no âmbito do município de Duque de Caxias; a criação do “Grupo Multiprofissional: multiplicadores de APH” e a construção do fluxo para incorporação da EPS nas atividades do NEUR. Considerações finais: Concluiu-se, a partir desta pesquisa pormenorizada, que a EPS é uma ferramenta para potencializar as atividades educativas no âmbito das práticas no serviço pré-hospitalar móvel e que os profissionais nele atuante acreditam que a possibilidade de problematizar as questões enfrentadas no cotidiano do trabalho se faz um processo de aprendizagem, já que considera o cenário da prática e seus atores.  

6595 RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE REFERÊNCIA NO INTERIOR DA AMAZÔNIA
Alana Carvalho, Tiago Sousa da Costa, Carlos Eduardo Amaral Paiva, Matheus Sallys Oliveira Silva, Maiara Silvana Salgado Batista

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE REFERÊNCIA NO INTERIOR DA AMAZÔNIA

Autores: Alana Carvalho, Tiago Sousa da Costa, Carlos Eduardo Amaral Paiva, Matheus Sallys Oliveira Silva, Maiara Silvana Salgado Batista

Apresentação: A presença acadêmica da fisioterapia no ambiente hospitalar traz à tona vivencias importantes para o acadêmico incluído nesse espaço, tal experiência possibilita ampliação do conhecimento auxiliado pela conciliação da teoria com a prática, podendo contribuir com sua formação. Entretanto, ainda são muitas as dúvidas por parte dos acadêmicos quando inseridos nesse ambiente acerca da atuação da fisioterapia e sua importância no ambiente hospitalar. O presente estudo teve como objetivo relatar a experiência de estágio extracurricular não obrigatório em um hospital público de referência no interior da Amazônia. Desenvolvimento: Trata-se de uma pesquisa descritiva, do tipo relato de experiência, realizada em um hospital público de grande porte, situado no município de SANTARÉM (PA), no período de julho a agosto de 2019. O relato foi baseado na experiência de um acadêmico do curso de fisioterapia, do terceiro período, norteando os principais aspectos observados nas intervenções. Resultado: As atividades desenvolvidas durante o estágio foram, primeiramente, apresentação dos setores (oncologia, cirúrgica, médica e a pediatria) e das rotinas dos serviços de saúde. Após receber todas as instruções acerca das normas de atuação da fisioterapia, foi realizado análise das evoluções dos plantões anteriores para verificar o estado de saúde atual dos pacientes e, posteriormente, realizar os atendimentos de fisioterapia. Vale ressaltar, que o estágio ocorreu das 19:00 a 01:00 hora da madrugada, dessa forma, a prioridade nesse turno eram os pacientes com traqueostomia e da pediatria. Sendo assim, a fisioterapia entrava em ação com manobras de fisioterapia respiratória e inspeção do quadro clínico do paciente, com a finalidade de prevenir complicações respiratórias e liberar as vias aéreas, consequentemente, evitando intercorrências, além de promover conforto ao paciente para que o mesmo pudesse descansar. Além disso, durante as intervenções era realizado as abordagens de práxis tais como: avaliação física, análise dos sinais vitais, ausculta pulmonar e, quando necessário, manobras de fisioterapia respiratória (MRP e MHB). Com base na inspeção, análise dos prontuários e dos exames laboratoriais (gasometria e hemograma) e de imagem (radiografias, RNM e TC) eram realizados no decorrer do plantão discussões, caracterizando como um momento de aprendizagem prático-teórico, que possibilitava a elaboração das condutas terapêuticas que melhor atende as necessidades do paciente. Considerações finais: Conclui-se que as experiências vivenciadas durante o estágio foram de grande valia, pois, evidenciam alguns dos aspectos da atuação da fisioterapia no contexto hospitalar e ampliam o conhecimento acadêmico. Dentre as diversas condutas terapêuticas realizadas no decorrer do estágio, observou-se que as técnicas de fisioterapia respiratória foi a abordagem mais utilizada devido o perfil dos pacientes e sua eficácia. Portanto, no que se refere à experiência observou-se que a fisioterapia no ambiente hospitalar e de suma importância, pois, proporciona um atendimento rápido e eficaz, melhorando o quadro clínico do paciente e reduzindo o tempo de internação.

11171 DIMENSÕES DA ESPIRITUALIDADE E DA RELIGIOSIDADE NO CUIDAR DA ENFERMAGEM HOSPITALAR
Marilei de Melo Tavares, Antonio Marcos Tosoli Gomes

DIMENSÕES DA ESPIRITUALIDADE E DA RELIGIOSIDADE NO CUIDAR DA ENFERMAGEM HOSPITALAR

Autores: Marilei de Melo Tavares, Antonio Marcos Tosoli Gomes

Apresentação: Este trabalho busca caracterizar as demandas dos enfermeiros que envolvam dimensões humanas da espiritualidade e da religiosidade na produção do cuidado de si e dos outros no contexto hospitalar. Método: Pesquisa de abordagem qualitativa. Com participação de enfermeiros que atuam em um Hospital Universitário no interior do Estado do Rio de Janeiro. Para compreender as questões de religiosidade presentes no cuidar de si e do outro, nos valeremos de uma perspectiva metodológica de pesquisa que articula investigação e intervenção na direção do diálogo com enfermeiros, visando sua potencialização por meio da confrontação grupal, conforme pressupõe a metodologia da Clínica da Atividade, de Yves Clot. Produção de dados da pesquisa por meio de observação não participante, entrevistas com enfermeiros e realização de oficinas de trabalho. A análise a partir da técnica de impregnação e da identificação de núcleos temáticos interpretados com base em categorias analíticas do quadro teórico. Foram respeitados os aspectos éticos da pesquisa, o projeto foi aprovado com parecer número 3.211.837. Resultado: Quanto aos resultados, o estudo apresenta-se em fase tabulação dos dados e serão analisados em conjunto com os demais resultados da pesquisa a serem apresentados no relatório final do projeto. Considerações finais: Por fim, as contribuições do estudo são para a prática do enfermeiro que se depara com a necessidade de cuidar de si e do outro, em função das múltiplas demandas que precisam atender para assegurar cotidianamente o cuidado do paciente.

5965 AÇÕES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA SOBRE EDUCAÇÃO A RESPEITO DO AVC EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO RECIFE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Maria Bianca Fialho Amorim, Mairla Gabriel de Oliveira Silva, Priscila Tamara Alves Nogueira

AÇÕES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA SOBRE EDUCAÇÃO A RESPEITO DO AVC EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO RECIFE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Maria Bianca Fialho Amorim, Mairla Gabriel de Oliveira Silva, Priscila Tamara Alves Nogueira

Apresentação: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda maior causa de morte no mundo. No Brasil, a doença é a principal causa de morte. Por definição, AVC é a morte de parte específica do cérebro devido à escassez de sangue, em decorrência de obstrução ou hemorragia. A doença está associada a fatores de risco, como a hipertensão arterial, diabetes mellitus e o tabagismo, comorbidades que podem ser desestimuladas com a educação em saúde. A educação em saúde é fundamental para a prevenção e a melhora nas condições de vida de diversas populações com importante adaptação à realidade envolvida, contudo a escolha dos locais para ocorrência de projetos e estratégias envolvendo a educação em saúde torna-se um desafio, e o hospital apresenta-se como uma boa escolha pois representa um importante segmento da comunidade. Dessa forma, a extensão universitária nos hospitais está vinculada na busca de soluções para problemas da comunidade, como hábitos de vida que propiciem o AVC. Objetivou-se descrever as atividades de extensão sobre AVC, desenvolvidas em um hospital de referência da região metropolitana do Recife, envolvendo todas as faixas etárias. Desenvolvimento: As abordagens dos temas ocorreram em duas propostas, no setor ambulatorial e praça pública do hospital IMIP. Na praça pública, as abordagens ocorreram com divisão em setores de abordagem, assim como, estudantes disponíveis para aferição de pressão, IMC e BPM com o enfoque de atrair a população e explicar a relação desses dados com o AVC e seus problemas de saúde. Houve instrução sobre a prevenção e conduta de socorro nesses casos, em metodologia educacional ativa. No setor ambulatorial, houveram três encontros, cujas abordagens ocorreram em dois momentos: para todo o público do local, e, em divisão de grupos, questionando o interesse dos indivíduos através de abordagens com perguntas-guias para descoberta dos déficits e dúvidas quanto ao AVC. Resultado: Através das abordagens, foi possível perceber que existia um conhecimento cultural presente quanto às sequelas, sinais e sobre alguns dos fatores de risco como etilismo e tabagismo pela população. Contudo, outros fatores de risco, principalmente os não modificáveis eram desconhecidos pela comunidade, bem como hábitos de vida adequados para evitar o AVC. Foi perceptível que existe confusão quanto ao que deve ser feito no procedimento de socorro ao paciente, quanto ao número do SAMU e desorientação em relação ao AVC, frequentemente chamado de derrame pela população. Além disso, atuação no ambiente hospitalar propiciou tanto educação dos pacientes e acompanhantes quanto à própria comunidade profissional em saúde pois houve uma valorização de toda a equipe sobre projetos no ambiente hospitalar, sua afirmação como componente sociocultural da comunidade e sua importância. Considerações finais: Portanto, a aplicação de projetos de extensão são importantes tanto para a comunidade local, que com conhecimento deve desestimular a prática de hábitos de vida que tornem a incidência do AVC na população, além de socorro e propagação desse conhecimento, bem como, para estudantes e para toda a comunidade acadêmica com seus resultados e vivências de abordagem. 

10957 PERFIL DE IDOSOS COM CÂNCER ATENDIDOS EM HOSPITAIS DE ALTA COMPLEXIDADE NO ESTADO DO PARÁ NO ANOS DE 2013 À 2017
João Victor Cunha Paz, Jaqueline Dantas Neres Martins, Samara Machado Castilho, Roseli Reis da Silva, Jéssica Maria Lins da Silva, Amanda Pinho Fernandes, Dayara de Nazaré Rosa de Carvalho, Lucrecia Aline Cabral Formigosa

PERFIL DE IDOSOS COM CÂNCER ATENDIDOS EM HOSPITAIS DE ALTA COMPLEXIDADE NO ESTADO DO PARÁ NO ANOS DE 2013 À 2017

Autores: João Victor Cunha Paz, Jaqueline Dantas Neres Martins, Samara Machado Castilho, Roseli Reis da Silva, Jéssica Maria Lins da Silva, Amanda Pinho Fernandes, Dayara de Nazaré Rosa de Carvalho, Lucrecia Aline Cabral Formigosa

Apresentação: O Brasil vivencia um aumento do número de idoso, adjunto disso, percebe a interrelação desse processo junto com o despontamento de doenças crônicas não transmissíveis, especificamente o câncer, a qual encontra subterfúgio na processo de senescência e hábitos de vida desfavoráveis. Objetivo: Traçar o perfil de idosos com neoplasias malignas no Pará nos anos de 2013-2017. Método: Pesquisa transversal, provenientes de base de dado do Registro Hospitalar de Câncer (RHC) na qual foram selecionados variáveis sóciodemográficas de idosos com diagnóstico de neoplasias malignas atendidas nas instituições de alta complexidade em oncologia na unidade federativa do Pará em 2013-2017. Foram eleitas as variáveis: sexo, cor, escolaridade, estado conjugal, tabagismo, etilismo. Os dados foram agrupados na planilha Excel e realizada análise por estatística descritiva mediante o programa bioestat versão 5.3. Resultado: Houve o total de 7.436 casos de câncer em idosos, com maior prevalência do sexo masculino com 4.068 (55%) casos, seguido do sexo feminino com 3.368 (45%) positivos. Quanto ao perfil de idosos atendidos na alta complexidade em oncologia predominou idosos homens com faixa etária entre 65-69 anos com ensino fundamental incompleto e casado. Na topografia da neoplasia para os indivíduos idosos, de maneira geral despontou as neoplasias malignas dos orgãos digestivos com 25% dos casos registrados. Na análise da predominância de câncer por sexo, em mulheres ascenderam as localizações, com respectivos números e proporções: mama com 21%, colo do útero 18% e estômago 7%. Em relação aos homens os casos são representados com: próstata 27% e estômago 16%. Com relação aos hábitos de vida 34% dos indivíduos bebiam ou tinham o histórico do mesmo e 57% fumavam e/ou tinham o histórico do referido hábito. Considerações finais: O Pará apresenta perfil de prevalência e mortalidade por câncer divergente das demais regiões do país, predominando os cânceres de estômago e colo de útero. A causalidade da maior incidência de câncer gástrico está ancorada na sustentação da maior expectativa de vida em idosos na região subsidiada por hábitos de vida desfavoráveis. O elevado número de câncer de mama e colo de útero na região pode ter causalidade no baixo acesso a informação a população sobre prevenção e diagnóstico precoce, bem como da diminuta cobertura assistencial oferecida.

8699 DIFICULDADES ENFRENTADAS PARA EFETIVAÇÃO DA ASSISTÊNCIA HUMANIZADA EM UM HOSPITAL NO INTERIOR DO AMAZONAS
Cliviane Farias Cordeiro, Amanda da Silva Melo, Andreina Maciel de Sena dos Santos, Deyvylan Araujo Reis

DIFICULDADES ENFRENTADAS PARA EFETIVAÇÃO DA ASSISTÊNCIA HUMANIZADA EM UM HOSPITAL NO INTERIOR DO AMAZONAS

Autores: Cliviane Farias Cordeiro, Amanda da Silva Melo, Andreina Maciel de Sena dos Santos, Deyvylan Araujo Reis

Apresentação: O trabalho humanizado é aquele cujo o cuidado está relacionado ao biopsicossocial do paciente, tendo uma empatia e buscando alcançar a necessidade do paciente, e não somente conhecê-lo fisicamente sem ter um afeto e prazer de cuidar daquele ser. Nos últimos tempos o mundo vem se desenvolven­do de maneira acelerada. A ciência e a tecnologia evoluem assustadoramente trazendo novas descobertas e gerando muitos benefícios na área da saúde. Com toda essa evolução, a saúde e os seus profissionais se tornaram tecnicistas e menos humanizados, esquecendo-se que o serviço de saúde é de um serviço “de”, “com” e “para” pessoas. Esta pesquisa tem como objetivo de relatar a experiência vivenciadas frente as dificuldades enfrentadas para efetivação da assistência humanizada em um Hospital Regional no interior do Amazonas. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência vivenciado em um hospital de médio porte do interior do Amazonas, durante o período de aula prática da disciplina de Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem no ano de 2019. Resultado: Durante a experiência vivenciada, observou-se de maneira geral, que a atenção humanizada é depreciada, as fragilidades do sistema de referência incidem negativamente sobre os princípios da integralidade e a continuidade da assistência. Os fatores limitantes para as práticas humanizadas encontradas foram uma assistência tecnicista, preocupado em realizar os procedimentos corretamente e não a atenção ao indivíduo humano, para se ter uma relação interpessoal. O outro fator limitante foi a grande demanda nos serviços, por mais que se atenda a todos, certamente, nem todas as necessidades serão atendidas, cooperando para o caos que se vive no serviço público de saúde. Considerações finais: Com a realização do estudo, notou-se que a humanização da assistência à saúde é uma demanda atual e necessária. A sobrecarga e o estresse que os profissionais de saúde, especificamente da área da Enfermagem enfrentam no cotidiano do seu trabalho, podem não serem satisfatórios com as pessoas submeti­das aos seus cuidados, passando assim a tratá-los como se fossem objetos e não sujeitos, esquecendo-se da hu­manização que obrigatoriamente deveria possuir, pelo fato de estarem trabalhando com pessoas. Desta forma, o modelo tecnicista implica na inadequação do cuidado, que passa a ser definido como mera rotina de procedimento, o fazer pelo fazer, e os fun­cionários não conseguem atingir todo o seu potencial. O relato desta experiência proporcionou ter uma visão de como devemos realizar o atendimento ao paciente e uma melhor compreensão sobre a humanização, e através disto, buscar implementar em nosso método de atendimento como futuros profissionais de Enfermagem.

8760 VISITA TÉCNICA A UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO AMAZONAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Mariana Paula da Silva, Deyvylan Araujo Reis, Tatiana Caroline Lima Lobato, Paula Andreza Viana Lima, Mayana Cris Duarte Paz, Stefany Alencar de Oliveira, Marcela Moraes Barbosa, Vanessa de Oliveira Gomes

VISITA TÉCNICA A UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO AMAZONAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Mariana Paula da Silva, Deyvylan Araujo Reis, Tatiana Caroline Lima Lobato, Paula Andreza Viana Lima, Mayana Cris Duarte Paz, Stefany Alencar de Oliveira, Marcela Moraes Barbosa, Vanessa de Oliveira Gomes

Apresentação: O trabalho em Unidade de Tratamento Intensivo (U.T.I) é complexo e intenso, devendo o enfermeiro estar preparado para a qualquer momento. Além disso, deve estar atento com alterações hemodinâmicas importantes, as quais requerem conhecimento específico e grande habilidade para tomar decisões, além de implementá-las em tempo hábil em um paciente Esta investigação tem como objetivo de relatar a experiência vivenciada por acadêmicos de enfermagem durante as visita técnica em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário Getúlio Vargas no Estado (HUGV) do Amazonas. Desenvolvimento: Trata-se de um relato  de  experiência  das  visitas  técnicas  realizadas  através  da  disciplina  de  Enfermagem na Atenção ao paciente de Alta Complexidade do curso de graduação em enfermagem do Instituto de Saúde e Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas, localizado no interior do Amazonas. A visita ocorreu no mês de outubro de 2019 juntamente com o início do Estágio Curricular Supervisionado (ECS), com duração de oito horas, dividida em dois dias da semana e participaram quatro acadêmicos com a supervisão de dois Enfermeiros da unidade. Resultado: A experiência vivenciada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) contribuiu para o ganho de conhecimentos no que tange a assistência a um paciente crítico. Nessa perspectiva, a realização da visita técnica propiciou o contato com os profissionais, principalmente enfermeiros ao qual puderam contribuir através de suas experiências, demonstração de assistência ao paciente crítico e apresentando os materiais utilizados no setor. Ainda, os enfermeiros enfatizaram o quanto é importante a sua liderança frente a sua prática na Terapia Intensiva. A busca de meios que viabilizem o desenvolvimento da habilidade de liderar do enfermeiro é fundamental para evitar conflitos no ambiente de trabalho e proporcionar uma assistência de qualidade. Importa registrar, que o embasamento teórico e a comunicação como instrumentos são imprescindíveis na prática do enfermeiro de UTI. Ainda, estes enfermeiros durante a visita foram peças fundamentais para o entendimento do funcionamento de uma UTI. Além de apresentarem um perfil de educadores, abrangeram de forma simplificada o papel do enfermeiro na unidade em que puderam demonstrar as suas responsabilidades. Deste modo, dentro da Unidade de Terapia Intensiva, o profissional enfermeiro é o responsável por realizar a escala diária dos técnicos de enfermagem, realizar a evolução e os registros de enfermagem de forma completa e legível, a fim de facilitar e organizar o trabalho da equipe, supervisiona e avalia a assistência realizadas pelos técnicos, presta cuidados a pacientes que requerem maior complexidade e conhecimento técnico-científico, que exigem a capacidade de tomar decisões imediatas. Constatou-se durante a visita, que o enfermeiro verifica e confere os equipamentos e os aparelhos utilizados na UTI, atualiza o livro de registro do paciente, supervisiona e checa os medicamentos do carro de emergência através do check list e executa procedimentos como passagem de sondas, administração de medicamentos, gasometria entre outros procedimentos. Notou-se ainda, neste setor, quão rigorosos são, quanto a parte de segurança do paciente e o uso de equipamento de proteção individual (EPI). Já que trata-se de um local com os pacientes que requerem mais atenção devido já ao quadro grave que apresentam. Contudo, como as rotinas do Hospital eram pouco conhecidas pelos acadêmicos os cuidados foram redobrados para que não ocorresse nenhuma falha profissional ou acadêmica. Nesse sentido, como os pacientes na unidade possuíam maiores cuidados a assistência oferecida aos pacientes não foram invasivas. Desta forma, oportunizou-se ao grupo a realização de uma admissão de paciente na unidade seguindo a rotina estabelecida. Oportunizou-se também, a evolução de uma paciente em que foram verificados os sinais vitais e realizado a evolução de enfermagem. Além disso, foram apresentados todos os equipamentos da unidade ao qual foram explanados pelos enfermeiros, dentre eles, destacou-se bomba de infusão e de nutrição enteral, ventilador mecânico e o monitor multiparâmetro. Os acadêmicos puderam programar a bomba de infusão o que foi de grande aprendizado. Considerações finais: Assim, entende-se que a UTI se destina ao atendimento de pacientes em estado crítico, utilizando infraestrutura própria, recursos materiais adequados, recursos humanos capacitados que viabilizam uma prática assistencial qualificada. Nessas unidades, o enfermeiro tem papel preponderante para que a assistência possa ser efetivada, além da organização e o gerenciamento do ambiente do cuidado. A experiência foi significante para o ganho de conhecimentos, como graduanda, ser oportunizada em conhecer uma UTI, avalia-se como positivo, no sentido de contribuir tanto na minha formação profissional, quanto pessoal e acadêmica. Além disso, através desta experiência podemos colocar em prática todo o conteúdo adquirido nos semestres anteriores. Durante o período em que estivemos no campo pratico podemos perceber a nossa evolução e o quanto o nível de ansiedade foi diminuindo. Destaca-se também nesta experiência, a importância e necessidade do uso da sistematização da assistência de enfermagem, avaliada como uma lacuna a ser preenchida, tanto em termos assistenciais quanto gerencias do enfermeiro, evidenciado no decorrer da vivencia realizada em terapia intensiva. Destaca-se ainda, a necessidade de uma visão holística do enfermeiro referente à sua responsabilidade no cuidado de sua equipe. Neste contexto, também observamos o quanto é importante a assistência humanizada, pois o cuidar vai além de um procedimento, requer compromisso, compaixão, competência e amor ao próximo. Os enfermeiros da unidade, apresentaram exemplos de humanização no cuidar de cada paciente presente na unidade. Apesar de todos os conhecimentos adquiridos, no decorrer da visita, apresentaram-se algumas dificuldades, a exemplo, o curto intervalo de tempo direcionado ao desenvolvimento das atividades, já que os profissionais escalados para acompanharem os acadêmicos também realizavam suas demandas profissionais na unidade de terapia intensiva (UTI). Contudo, vivenciar o cotidiano em uma Unidade de terapia intensiva (UTI) nos remete às funções gerenciais e assistências do enfermeiro, em especial, referentes as suas atribuições enquanto líder de uma equipe, ligado a busca permanente de atualização e ampliação de conhecimentos específicos, indispensáveis à sua atuação. Nesse sentido, destaca-se a qualidade da assistência ao paciente em UTI, o qual se encontra fragilizado, porém, com condições de recuperação e que necessita de uma equipe competente para tal, devidamente preparada e ciente da extensão desse cuidar aos familiares dos mesmos.

9052 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM EMPIEMA PULMONAR EM UM HOSPITAL DO INTERIOR DA AMAZÔNIA
Getúlio José do Carmo Neves Netto, Ruan Carlo Sousa Abreu, Greice Nivea Viana dos Santos

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM EMPIEMA PULMONAR EM UM HOSPITAL DO INTERIOR DA AMAZÔNIA

Autores: Getúlio José do Carmo Neves Netto, Ruan Carlo Sousa Abreu, Greice Nivea Viana dos Santos

Apresentação: O empiema pleural é definido como um derrame pleural com a presença de bactérias que invadem este fluido na cavidade pleural, sendo na maioria das vezes uma complicação do Derrame Pleural Parapneumônico. O Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus e Streptococcus piogenes são os principais patógenos em muitas séries de empiema, por outro lado, as bactérias aeróbicas gram-negativas (Escherichia coli, Klebsiella e Pseudomonas) e germes anaeróbios vem emergindo como importantes microorganismos envolvidos na etiologia. Esses agentes patológicos afetam a pleura, que é uma membrana fina, serosa, transparente, de dupla camada, responsável por revestir a cavidade torácica e os pulmões, sendo dividida em parietal e visceral. Uma película discreta de líquido separa as camadas, formando a cavidade pleural, um potencial espaço para acúmulo de líquido seroso ou exsudato inflamatório. Tratando-se do empiema pulmonar, as principais causas são: condição pós-pneumonia hospitalar ou comunitária; pós-operatório; iatrogênico ; empiema secundário a trauma torácico e obstrução brônquica devida à neoplasia central ou corpo estranho. Esse empiema pleural resulta da inflamação progressiva e/ou infecção pulmonar para o espaço pleural, dividida em três fases: exsudativa, fibrino-purulenta e organizacional. O diagnóstico é feito logo no exame físico, com a confirmação de exames como a radiografia de tórax e ultrassonografia ou pelo método propedêutico chamado toracocentese. O tratamento para essa patologia visa esterilizar e esvaziar essa cavidade e expandir o pulmão, cujo tratamento abrange a drenagem pleural, antibioticoterapia, toracoscopia com debridamento cirúrgico ou debridamento químico e decorticação. Para tanto, sabendo que a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é um importante instrumento do enfermeiro na aplicação de seus conhecimentos e direcionamento das intervenções adequadas a cada paciente, foi desenvolvida SAE para um paciente com empiema pleural, a fim de haver uma atenção específica para a melhora do quadro clínico. O presente trabalho por objetivo aplicar a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) em um paciente com diagnóstico de empiema pulmonar. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de caso no qual foi utilizada observação direta e participativa, vivenciada por discentes e docentes do Curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará, Campus XII, em um Hospital Público em Santarém Pará, durante as aulas práticas da disciplina Clínica Cirúrgica, no período de 16 de abril a 02 de maio de 2019. A coleta de informações ocorreu através de diálogo com o paciente, exame físico e dados evidenciados no prontuário. No primeiro dia, o grupo realizou o censo para analisar o perfil dos indivíduos internados na clínica cirúrgica, com a escolha de um paciente para realizar a assistência, usando o critério de maior complexidade presente. No segundo dia, os alunos coletaram informações sobre a história pregressa do paciente e exame físico, para buscar embasamento na literatura e realizar as intervenções de enfermagem. Utilizou-se a SAE propondo diagnósticos de enfermagem da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) e as intervenções da Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC). Relato de caso: C. G. S. T. 14 anos, sexo masculino, pardo, solteiro, estudante, natural de SANTARÉM (PA), procurou o pronto socorro de Santarém no dia 19 de abril de 2019 com queixas de dor abdominal, êmese e tosse produtiva. No dia 20 foi submetido a intervenção cirúrgica de drenagem de tórax com diagnóstico de empiema pulmonar, e nesse mesmo dia, foi admitido na clínica cirúrgica. A mãe informa quadros recorrentes de pneumonia de origem idiopática desde que o paciente era criança. Encontra-se sentado no leito, consciente, comunicativo, respirando ar ambiente, deambula, orientado no tempo e espaço, expressão facial colérica. Acompanhado pela mãe. Afebril, normocadio, taquipneico e normotenso. Refere desconforto devido à presença do dreno torácico. Ao exame físico: crânio normocefálico, couro cabeludo sem sujidade. Olhos: simétricos, pupilas isocóricas. Orelhas: simétricas, ausência de anormalidade e sujidade visíveis. Nariz: narinas simétricas, mucosas nasais normais, ausência de secreção e sujidade. Cavidade oral: mucosa oral normocorada, arcada dentária completa, lábios hidratados. Flexibilidade cervical normal. Tórax: simétrico, presença de dreno torácico em selo d’água no hemitórax esquerdo, entre o quarto e quinto espaço intercostal, com sistema coletor sem débito. Ausculta pulmonar: presença de murmúrios vesiculares aumentados difusamente. Ausculta cardíaca: bulhas cardíacas normofonéticas rítmicas em dois tempos, sem sopro. Abdome: semigloboso por conta do edema, ruídos hidroaéreos presentes, normoflacido, nega sentir dor durante palpação superficial, som timpânico a percussão. Membros superiores: MSE com acesso venoso periférico salinizado, sem sinais flogísticos e com curativo limpo. Membros inferiores: edema (+/++++) das panturrilhas ao dorso do pé, indolor a palpação. Eliminações vesicointestinais presentes. Aceita dieta branda oferecida. Higiene corporal satisfatória. SSVV: T: 36,3 C°; PA: 90x70 mmHg; P: 98 bpm; Fr: 27 rpm; SatO2: 99 % e teste de enchimento capilar 3 segundos. Resultado: Os principais diagnósticos NANDA estabelecidos foram: Padrão respiratório ineficaz relacionado ao derrame pleural e evidenciado pela taquipneia; risco de infecção relacionado ao empiema pulmonar e pelo procedimento invasivo para inserção de dreno torácico; volume de líquidos excessivo relacionado ao derrame pleural e evidenciado pelo edema no abdome e MMII; conforto prejudicado relacionado ao ambiente hospitalar e evidenciado pela expressão facial colérica e controle ineficaz da saúde relacionado aos quadros recorrentes de pneumonia e evidenciado pela falha em agir para reduzir fatores de risco. As intervenções NIC efetuadas foram: Elevação da cabeceira em semi-fowler para facilitar a expansão pulmonar; administração da nebulização de horário conforme prescrição médica; orientação quanto a importância da lavagem das mãos na prevenção de infecção cruzada no ambiente hospitalar, válido tanto para os profissionais de saúde como aos cuidadores; confecção do curativo com técnica estéril, no óstio do dreno de selo d’ água com álcool a 70% 1 x ao dia; manuseio adequado do dreno selo d’ água; manter o frasco de drenagem com selo d’água abaixo do nível do tórax; providenciar extensão longa para permitir liberdade de movimento e consequentemente o conforto; registrar características da secreção drenada e identificação completa com data e hora de troca do selo d’ água, além de, através da educação em saúde, dialogar com o paciente sobre a importância do tratamento e a auto independência na manutenção de sua saúde fora do ambiente hospitalar. Considerações finais: Após a aplicação da intervenção, percebeu-se um quadro positivo gradativo, através de relato do desconforto respiratório reduzido e observado pela frequência respiratória normalizada. Houve diminuição significativa do edema, c     om satisfação do paciente na liberdade em deambular pelos corredores seguindo as orientações do correto posicionamento do dreno com selo d’água. O cliente também se manteve livre de infecções e complicações até o fim da internação, assim como saiu esclarecido sobre a manutenção de sua saúde em sua residência. Desse modo, este trabalho demonstra a importância de uma assistência de enfermagem de qualidade, com foco no cuidado individualizado através do conhecimento científico e específico, capaz de otimizar o tratamento terapêutico e a recuperação do paciente com empiema pleural. Com isso, o enfermeiro ganha mais autonomia, ao desenvolver não apenas uma assistência hospitalar, mas também comunitária ao direcionar o paciente no fim da internação, desenvolvendo assim uma assistência eficiente e gratificante.

9129 EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE LESÃO POR PRESSÃO EM ÂMBITO HOSPITALAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Bianca Oliveira de Sousa, Thatiane Cristina da Anunciação Athaide, Leticia dos Santos Cruz, Rayssa Raquel Araújo Barbosa, Renata Valentim Abreu, Raphaella Monike Teixeira de Sousa, Samara Machado Castilho, Carla Patrícia Santos dos Santos

EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE LESÃO POR PRESSÃO EM ÂMBITO HOSPITALAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Bianca Oliveira de Sousa, Thatiane Cristina da Anunciação Athaide, Leticia dos Santos Cruz, Rayssa Raquel Araújo Barbosa, Renata Valentim Abreu, Raphaella Monike Teixeira de Sousa, Samara Machado Castilho, Carla Patrícia Santos dos Santos

Apresentação: Uma lesão por pressão (LP) é definida pelos European Pressure Ulcer Advisory Panel (EPUAP) e o National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) como uma lesão localizada da pele e/ou tecido subjacente, que ocorre normalmente sobre uma proeminência óssea, em decorrência da pressão isolada ou de pressão em combinação de fricção e/ou cisalhamento.¹ As lesões por pressão também estão associadas a diversos fatores de riscos que podem contribuir para seu surgimento, dentre eles podemos destacar: estar acamado ou confinado a cadeira de rodas, estado geral da pele prejudicado, perfusão e oxigenação deficiente, estado nutricional prejudicado e idade avançada. ¹ De acordo com as suas características, podem ser classificadas por categorias sendo elas: I, II, III e IV, e ainda inclassificáveis que são as lesões que não podem ser classificadas até que sejam desbridadas e/ou como suspeita de lesão tissular profunda (SLTP).² As escalas de avaliação de risco para LP são instrumentos importantes na assistência de enfermagem, pois evidenciam pontos com vulnerabilidades, fortalecem a importância de avaliação contínua e proporcionam ações e mecanismos de prevenção.³ A educação em saúde sobre LP reflete na qualidade e segurança da assistência de enfermagem,  no intuito de reduz o aparecimento dessas lesões e os efeitos indesejáveis à saúde que elas acarretam. Nesse sentido, o aperfeiçoamento da equipe de enfermagem visa atualizar o profissional para que ele possa promover uma assistência com mais qualidade. Este estudo objetiva descrever vivência acadêmica de enfermagem em estágio obrigatório supervisionado realizado em agosto de 2019 em enfermaria de clínica médica de um hospital filantrópico de localizado no centro de Belém do Pará. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, para descrever vivência acadêmica de enfermagem em ação educativa sobre lesão por pressão em enfermarias masculinas destinada a adultos, em um hospital filantrópico localizado em Belém do Pará. Resultado: Foram realizadas visitas em 3 enfermarias masculinas que possuíam pacientes internados para tratamento de doenças não transmissíveis, com variação de idade de 18 a 72 anos, onde ao todo foram educados um total de 30 indivíduos, sendo 15 pacientes e 15 acompanhantes. Realizamos alertas sobre as consequências da mobilidade limitada, apresentamos a LP como uma delas e sua gravidade e contribuição para o agravamento do quadro clínico dos pacientes, contribuindo para uma permanência prolongada dentro da unidade hospitalar. Foram apresentadas as 4 classificações das LP, e orientamos os acompanhantes quanto aos reconhecimentos dos primeiros sinais da lesão primária através da inspeção diária buscando edema, eritema, alteração na consistência, pigmentação e hidratação, além disto, realizamos o treinamento dos acompanhantes no reconhecimento das áreas de maior fragilidade, onde foram destacadas as regiões com proeminência óssea, como a região sacral, escapular, do calcâneo, do trocanter, do cotovelo e occipital, assim podem alertar um profissional da saúde e contribuir direta e significativamente para a identificação precoce dessas lesões colaborando com a equipe de enfermagem na assistência à saúde. Para os pacientes foram encorajadas a realizar uma alimentação e hidratação diária adequada, estimulando um metabolismo adequadamente para favorecer o estado geral da pele, perfusão, oxigenação e sistema imunológico, ainda estimulamos para os pacientes sem restrição de movimentação no leito a deambulação e estimulação de membros inferiores e superiores, como forma de ativação da circulação periférica. Aos pacientes acamados foram orientas ao acompanhante, a manutenção da pele mantendo-a limpa, seca e hidratada através de produto de pH neutro, não esfregar a pele em especial áreas já sensibilizadas e em idosos, não aplicar dispositivos de aquecimento na pele como por exemplo sacos térmicos, encorajamos o uso de espuma de poliuretano no leito para prevenir LP em zonas anatômicas, uso de roupas leves e finos foram recomendados para diminuir cisalhamento e a fricção na pele de contato, além da troca de decúbito a cada 60 a 120 minutos, ou sempre que necessário, além de manter o leito com elevação de 30º para facilitar a respiração e/ou prevenir a aspiração e a pneumonia associada à ventilação mecânica.  Todas estas informações foram passadas de forma simples, clara e despojada para que houvesse um bom entendimento acerca do assunto e boa adesão das medidas preventivas dentro das enfermarias, além de exemplificadas com produtos e situações dentro da realidade dos envolvidos, visto que em todas as enfermarias no alcance da ação nenhuma apresentava pacientes com LP, porém todas apresentavam pacientes com risco de integridade da pele prejudicada. Considerações finais: Conclui-se com este relato que a educação em saúde em âmbito hospitalar é de extrema relevância, levando em consideração que o paciente e seus acompanhantes podem ter papéis fundamentais e de protagonismo dentro de sua assistência contribuindo para a melhoria da assistência de saúde em unidades hospitalares. Contudo vale ressaltar, a importância do enfermeiro neste papel educacional e sua contribuição de treinamento da equipe de enfermagem para o reconhecimento precoce das LP nos pacientes internados, e para compartilhar este tipo de conhecimento específico precisa ter domínio de conteúdo, além de experiência prática e destreza para realizar o reconhecimento e tratamento dessas lesões. Pudemos também concluir que, apesar das recomendações e até ações e medidas preventivas adotadas pela equipe de enfermagem nas enfermarias, havia pouco conhecimento dos pacientes e seus acompanhantes sobre as finalidades destas medidas e esclarecimento a respeito da lesão por pressão, revelando um déficit na assistência à saúde no que diz respeito ao esclarecimento dos procedimentos realizados nos pacientes.

9507 O DESAFIO DE PENSAR O ENSINO, A PESQUISA E A EXTENSÃO ARTICULADOS A UM MODELO DE LINHAS DE CUIDADO EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE BELO HORIZONTE
Mônica Garcia Pontes, Alzira de Oliveira Jorge, Mônica Aparecida Costa, Rafael Calvão Barbuto

O DESAFIO DE PENSAR O ENSINO, A PESQUISA E A EXTENSÃO ARTICULADOS A UM MODELO DE LINHAS DE CUIDADO EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE BELO HORIZONTE

Autores: Mônica Garcia Pontes, Alzira de Oliveira Jorge, Mônica Aparecida Costa, Rafael Calvão Barbuto

Apresentação: O Hospital Risoleta Tolentino Neves (HRTN) está organizado segundo o modelo de Linhas de Cuidado que, ao construir projetos terapêuticos centrados nas necessidades dos usuários, buscam produzir cuidado integral. Localizado no eixo norte de Belo Horizonte (BH), o HRTN é referência na região, inclusive para municípios vizinhos. Desde 2006, a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) é responsável pela gestão do HRTN e vem investindo na inserção do Hospital como estação cuidadora na Rede de Serviços e na produção do cuidado, interligada a práticas educativas. Só em 2019, o HRTN registrou presença de 1.798 estudantes de cursos técnicos e de graduação da área da saúde e residentes. Cabe destacar o investimento do Hospital em Programas de Residência Médica e Multiprofissional com presença de 67 residentes distribuídos nos Programas de Cirurgia doTrauma, Medicina Paliativa, Neurologia, Ortopedia e Traumatologia, Clínica Médica, Intensivismo e Saúde do Idoso. Nesse contexto, o HRTN tem investido em concretizar projetos pedagógicos que combinem relevância técnica e social. O objetivo deste texto é refletir sobre os desafios vivenciados no cotidiano do HRTN para articular os modelos de gestão e atenção hospitalares aos processos de ensino-aprendizagem dos acadêmicos e residentes inseridos na Instituição, considerando, inclusive, as interfaces com a pesquisa e as ações de extensão. Desenvolvimento: descrição da experiência ou método do estudo Alinhar o Modelo Assistencial de Linhas de Cuidado ao ensino envolve processos ativadores de mudanças na formação dos profissionais de saúde. Desde 2006, o HRTN tem estreitado laços com propostas de Ensino da UFMG e investido em Programas de Residência que visam a formação de profissionais com ênfase no trabalho  interdisciplinar. Nessa perspectiva, a consolidação do Programa próprio do Hospital em Residência Multiprofissional em Saúde é uma grande conquista. Contudo, vários desafios acompanham o cotidiano de práticas que envolvem os processos de ensino-aprendizagem no HRTN. Ainda é tímida a articulação entre a Residência Multiprofissional e os Programas de Residência Médica; os espaços de discussões com estudantes sobre as propostas assistenciais do HRTN precisam ser ampliados; a flutuação do número de acadêmicos no HRTN por ano (consequênciada da especificidade das diferentes disciplinas de graduação que têm o Hospital como campo de estágio) dificulta alguns processos de planejamento; o colegiado do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão (NEPE) instituído com representação de profissionais diversos das diferentes linhas de cuidado  precisa se aprofundar em propostas de ampliação da necessária articulação da assistência, ensino, pesquisa e extensão. Nesse contexto, um dos caminhos propostos para  superar esses desafios é investir no NEPE como espaço de diálogo que contemple a produção do conhecimento com compromisso social e coerente com o modelo de gestão assistencial do HRTN. Com isso, profissionais do NEPE têm se dedicado a repensar a política e diretrizes do Núcleo, bem como têm buscado ampliar sua articulação com as Linhas de Cuidado Assistencial. Há um anseio por uma construção mais coletiva das ações numa lógica integralizadora e comprometida com o território do cuidado. Resultado: Os efeitos percebidos decorrentes da experiência ou resultados encontrados na pesquisa Os movimentos de reestruturação da Política de Ensino, Pesquisa e Extensão do HRTN envolvem a redefinição das atribuições do colegiado do NEPE de forma que este órgão possa apoiar e fomentar estratégias de monitoramento e avaliação das atividades de ensino, pesquisa e extensão no Hospital, além de contribuir para estabelecer diálogos nas diferentes linhas de cuidado e também com instituições de ensino que mantenham estágios curriculares e extra-curriculares no HRTN. A ampliação das ações do colegiado acompanham a formação de uma Comissão de Avaliação de Projetos de Pesquisa e Extensão (CAPPE), que passa a apreciar e avaliar a pertinência dos projetos de pesquisa apresentados ao HRTN no que tange às contribuições possíveis para o usuário e/ou trabalhador do HRTN, bem como para a instituição como um todo. A CAPPE pretende incentivar a publicação e produção de artigos científicos a partir do cuidado desenvolvido em todas as Linhas de Cuidado. Quanto ao colegiado, a expectativa é que ele possa estimular iniciativas que contribuam para o alinhamento do modelo tecno-assistencial às ações de ensino, pesquisa e extensão no HRTN e contribuir para aproximar as Comissão Estadual de Residência Médica (COREME) e Comissão de Residência Multiprofissional (COREMULTI) de forma que seja possível a efetivação de planos de ação que avancem no propósito de tornar as Residências do HRTN cada vez mais comprometidas com o cuidado qualificado em saúde e multiprofissional em rede. Além disso, o NEPE pretende também ampliar as oportunidades de dialógos intra e interinstitucionais que  incluam mais atores para pensar junto o projeto ético-político que envolve a produção em saúde por meio de um modelo em Linhas de Cuidado. Nesse sentido, a promoção de eventos, como o Fórum de Inovação realizado em 2019, devem ser estimulados. O NEPE tem realizado também um mapeamento da dinâmica de ensino do hospital a fim de alinhar iniciativas atuais à realidade vivenciada no HRTN e no SUS como um todo. No campo da Extensão, experiências interessantes de Ligas Acadêmicas e outros projetos têm permitido reflexões éticas de estudantes e um aprendizado que envolve a  valorização  do trabalho interdisciplinar em saúde. Ao incentivar e acompanhar iniciativas como essas, o NEPE vai estruturando eixos indutores do processo de formação que possam levar à efetivação de uma política de ensino, pesquisa e extensão coerente com a identidade institucional. Considerações finais: A busca pela produção de práticas de ensino, pesquisa e  extensão articuladas e inseridas no terrítorio do cuidado, de forma a consolidar a excelência técnica do cuidado interdisciplinar em rede é uma premissa de todo o HRTN. Nesse contexto, cabe ao NEPE o desafio de reconhecer e compartilhar saberes e práticas com as equipes multiprofissionais, professores das Universidades e estudantes objetivando potencializar a construção de um projeto político-pedagógico capaz de concretizar a missão intitucional.

11458 OUTUBRO ROSA: EDUCAÇÃO CONTINUADA POR MEIO DE MÉTODOS LÚDICOS PARA PROFISSIONAIS DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE BELÉM, PARÁ
Lucas Geovane dos Santos Rodrigues, Tamires de Nazaré Soares, Emilly Canelas de Souza, Camila Evelyn de Sousa Brito, Jéssica Castro Brandão, Keren Raissa Santos do Amaral, Leonan Renato Costa Lobato, Luziane de Souza Soares

OUTUBRO ROSA: EDUCAÇÃO CONTINUADA POR MEIO DE MÉTODOS LÚDICOS PARA PROFISSIONAIS DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE BELÉM, PARÁ

Autores: Lucas Geovane dos Santos Rodrigues, Tamires de Nazaré Soares, Emilly Canelas de Souza, Camila Evelyn de Sousa Brito, Jéssica Castro Brandão, Keren Raissa Santos do Amaral, Leonan Renato Costa Lobato, Luziane de Souza Soares

Apresentação: A campanha “Outubro Rosa” tem como foco a luta contra o câncer de mama e o incentivo à população no combate a essa patologia. Essa ação é realizada anualmente no Brasil e em diversos outros países, como nos Estados Unidos da América onde ela surgiu na década de 1990. A utilização de métodos lúdicos mostra grande eficácia no processo ensino-aprendizagem das pessoas, assim, a integração dessas tecnologias como jogos durante aulas e outras atividades, como campanhas, contribui para a fixação do conhecimento que está sendo repassado. Assim, o presente trabalho tem por objetivo descrever a experiência de acadêmicos de enfermagem sobre o uso de métodos lúdicos no processo de educação permanente de profissionais de um hospital público. Desenvolvimento. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, realizado em um hospital público em Belém, Pará, por acadêmicos de enfermagem da Universidade da Amazônia (Una ma) durante o mês de outubro de 2019. Nessa experiência, abordou-se sobre câncer de mama e de colo de útero com profissionais de todas as áreas do hospital e de ambos os gêneros, utilizando um jogo de tabuleiro. Os profissionais utilizavam um dado jogando-o no tabuleiro para progredir nas partidas. A cada passo deviam responder perguntas sobre assuntos relacionados à temática da campanha, como sinais e sintomas; profilaxia; tratamentos; fatores de risco, dentre outros. A quantidade de profissionais que participou foi de 44 pessoas durante toda o período do jogo. Resultado:. Nesse contexto, observou-se nas respostas dos participantes a facilidade para falar sobre sinais e sintomas e tratamento, enquanto a respeito de profilaxia e fatores de risco poucos respondiam corretamente. Desta forma, logo após as respostas dos profissionais um acadêmico fazia uma abordagem mais contextualizada, expondo dados científicos atualizados com relação à pergunta. À vista disto, percebeu-se que os participantes expressavam interesse em participar da dinâmica por ter uma metodologia diferente para abordar a temática e quase sempre queriam jogar outra vez. Outrossim, o método utilizado facilitou para tirar o profissional um pouco de sua rotina de trabalho, a qual é cansativa e estressante muitas vezes. Considerações finais: Nesse cenário, notou-se que métodos lúdicos são ferramentas práticas e eficientes para se repassar uma mensagem com qualidade. Ademais, o jogo proporcionou aos acadêmicos envolvidos a possibilidade de relembrar os profissionais sobre a temática da campanha para cuidar de uma forma melhor dos seus pacientes e de si mesmo também.

11605 O ATUAÇÃO DO PSICOLOGO HOSPITALAR: UM OLHAR HUMANIZADO
Thayna Gabriel Silva

O ATUAÇÃO DO PSICOLOGO HOSPITALAR: UM OLHAR HUMANIZADO

Autores: Thayna Gabriel Silva

Apresentação: O presente estudo é um relato de experiencia acerca da atuação como estagiária no Hospital Municipal João Elísio de Holanda, cujo o objetivo é contribuir para o atendimento humanizado em saúde, bem como prevenção de crises e ofertar o acolhimento de pacientes e famílias hospitalizadas. Nota-se que como toda e qualquer área de atuação a psicologia hospitalar traz consigo prós e contras, é um local onde se é necessário legitimar seu papel constantemente, o qual se deve discutir o que é saúde e não somente focar no adoecimento, mais do que um número de prontuário, os pacientes são sujeitos com uma história e uma vida anterior ao quadro sintomático que o levou até ali. Dessa forma, se torna imprescindível que o psicologo atue de forma humanizada e proporcione uma escuta ativa desses pacientes, valorizando sua subjetividade, sua autonomia, sua identidade e sua história de vida, pois com essa valorização estaremos potencializando o sujeito e possibilitando um melhor conforto e qualidade de vida para ele dentro do ambiente hospitalar. O marco inicial da inserção do psicólogo em hospitais se deu a partir do trabalho de Matilde Neder em 1954 instalando o primeiro serviço de psicologia hospitalar no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. O trabalho do psicólogo vai além do paciente, pois quando uma pessoa adoece toda a família adoece junto e é afetada por todo os procedimentos decorrente deste adoecimento. Deste modo, se torna imprescindível que nosso atendimento independente do tempo, tenha início, meio e fim, bem como fins terapêuticos. Durante a atuação dentro do Hospital, foi utilizada como técnica a busca ativa por pacientes ao leito, bem como por indicação de alguém da equipe interdisciplinar, somado a isso os atendimentos ofertados se baseavam na psicoterapia breve de apoio que se caracteriza por uma técnica mais objetiva e com metas limitadas. Diante da pratica dentro do ambiente hospitalar, foi observado o quanto era imprescindível a escuta psicológica e humanizada para os pacientes se sentirem mais valorizados, acolhidos e confortáveis, um dos objetivos da equipe era o de tornar o hospital um ambiente menos aversivo e o mais agradável possível. Ademais, foi denotado o quanto a música pode ser um instrumento que auxilia na comunicação com os pacientes e no estabelecimento de uma relação mais próxima com o paciente. Deste modo, durante os atendimentos foi utilizado músicas que os pacientes escolhiam para que eles pudessem falar sobre o que e como eles se sentiam, foi percebido que a música ajudava no bem-estar e na elevação do bom humor e do conforto dos pacientes. A luz do exposto, a experiencia do estágio hospitalar demonstrou que o profissional de psicologia deve estar disposto a se reinventar e a atuar como um agente potencializador do sujeito e de sua singularidade, que possa acolher e ouvir de forma integral cada paciente.

12074 AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA E GESTÃO DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO HOSPITALAR CLÍNICA CIRÚRGICA DE UM HOSPITAL ESCOLA DO RECIFE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Aniely Tavares da Silva, Camila Araújo de Albuquerque, Camila Dias da Silva Barros, Alessandra Aparecida de Saldes, Thais de Albuquerque Correa, Elisama da Paz Oliveira, Luciana da Silva Barreto, Tatiana Cristina Montenegro Ferreira

AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA E GESTÃO DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO HOSPITALAR CLÍNICA CIRÚRGICA DE UM HOSPITAL ESCOLA DO RECIFE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Aniely Tavares da Silva, Camila Araújo de Albuquerque, Camila Dias da Silva Barros, Alessandra Aparecida de Saldes, Thais de Albuquerque Correa, Elisama da Paz Oliveira, Luciana da Silva Barreto, Tatiana Cristina Montenegro Ferreira

Apresentação: A importância do conhecimento adquirido na formação dos estudantes reflete em seu futuro profissional. Compreendendo isto, é essencial que suas práticas se adequem a real competência necessária ao trabalho. A introdução da enfermagem nas iniciativas gerenciais focada na qualidade torna-se indispensável, pois, todo procedimento requer ações planejadas, organizadas e constantes voltadas para o atendimento adequado do paciente. Desenvolvimento: Segundo a teoria ambientalista de Florence Nightingale o cuidado em enfermagem destina-se em enxergar o paciente de maneira holística, onde a recuperação da saúde está amplamente ligada ao espaço em que está inserido. Ou seja, a equipe de enfermagem está amplamente ligada ao adequamento de ações que variam de acordo com a situação clínica, psicológica e social do usuário. O presente estudo visa relatar a experiência dos acadêmicos de enfermagem da Faculdade Pernambucana de Saúde em sua vivência prática-profissional em um hospital-escola da cidade do Recife no período de novembro e dezembro de 2019, tendo por objetivo a observação da execução das atividades pertinentes à prática de enfermagem na clínica cirúrgica, destacando ações de gestão e cuidados assistenciais. Resultado: Foi possível constatar que o cuidado fornecido pela equipe de enfermagem é essencial para a recuperação e aderência ao tratamento do paciente, pois, no período pré-operatório, eles podem desenvolver sentimentos que abalam seu estado emocional, o qual dificulta a consolidação à abordagem  terapêutica. Alguns fatores como a comunicação ineficaz entre a equipe e a não aderência a questões do protocolo de cirurgia segura pode estar associado à sobrecarga de trabalho, juntamente com a grande demanda de pacientes. Contudo, mesmo com algumas adversidades, foi notória a assistência eficiente e destaque da atuação do enfermeiro no período perioperatório. Considerações finais: O enfermeiro é indispensável para a gestão do setor, e embora o cuidado seja a finalidade principal, a gestão mostrou-se eficaz mesmo com controvérsias. Ainda assim, é válida a criação de novas estratégias que acarretem em melhores condições de trabalho, como o conhecimento especializado por parte dos profissionais para suprir às necessidades provenientes do tratamento cirúrgico.

7893 A RELEVÂNCIA DA VIVÊNCIA PROFISSIONAL DENTRO DE UM HOSPITAL PARA O ACADÊMICO EM FISIOTERAPIA
Alaercia de Melo Recla, Rafaela Guio Suzana

A RELEVÂNCIA DA VIVÊNCIA PROFISSIONAL DENTRO DE UM HOSPITAL PARA O ACADÊMICO EM FISIOTERAPIA

Autores: Alaercia de Melo Recla, Rafaela Guio Suzana

Apresentações: O ensino superior tem promovido amplamente as vivências acadêmicas, com o intuito de aproximar a teoria e a prática, incentivando os discentes a refletir sobre o cuidado, realidade do trabalho e a busca por novos conhecimentos. Instaurar, com a disciplina de Prática III, a observação da prática hospitalar, buscando manter os discentes íntimos com a profissão escolhida. Este relato decorre da vivência das alunas de graduação em fisioterapia na disciplina de Prática III em um hospital escola que tem como objetivo retratar a percepção acerca dos conhecimentos acadêmicos para a formação profissional e a importância da relação teórico/prática. Desenvolvimento: Como parte da grade curricular do Curso de Fisioterapia de uma faculdade de Vitória (ES), a disciplina de Prática III busca envolver os alunos na observação da rotina e funcionamento dentro de um hospital com foco no papel do fisioterapeuta, seu serviço, funções e tarefas. Os alunos observam a conduta de outro acadêmico em período superior e o contato feito com o paciente e profissional dentro de cada especificidade. Foi possível vivenciar os conteúdos aprendidos em sala de aula, além das relações interpessoais e trabalho em equipe. Após a observação, os alunos preenchem um questionário semiestruturado referente ao paciente, elaboram as condutas executadas, constroem a anamnese e criam um programa terapêutico exclusivo para cada. A observação foi realizada tanto nos setores ambulatoriais, quanto no pronto socorro e na unidade de terapia intensiva, ambos supervisionados por um professor responsável. Resultado: A vivência no serviço possibilita ao acadêmico o conhecimento sobre o funcionamento de um hospital e o papel desempenhado pelo fisioterapeuta, além de possibilitar a prática dos métodos introduzidos previamente em sala, correlacionando-os com a realidade. É perceptível que o aluno adquire autoconfiança e, consequentemente, maior segurança em atender e avaliar o paciente, praticando sua voz de comando, mantendo uma linguagem clara e adequada, adaptando-se aos recursos disponíveis, promovendo uma programação terapêutica e interação com a equipe multiprofissional, o que possibilita aproximação da vivência no serviço. Considerações finais: É evidente que a fisioterapia é fundamental na reabilitação e melhora da qualidade de vida do paciente, portanto, um bom atendimento necessita da preparação prévia recebida pelo estudante no momento da graduação e execução da teoria/prática na realidade. Sendo assim, a disciplina permitiu aos alunos uma reflexão sobre a importância de um bom treinamento e da prática de tudo que foi aprendido, afim de aperfeiçoar suas condutas e possibilitar ao paciente uma assistência feita com ética, acurada e individual de acordo com sua necessidade, fatores que influenciam o discente a se atualizar e favorecer autonomia intelectual focada no crescimento profissional desde a graduação, independente da especialização que deseja seguir.

10614 O PROCESSO DE ENFERMAGEM POR MEIO DE ESTUDO DE CASO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Sandy Marques Libório de Queiroz, Gabriele Pimentel Sinimbu, Priscilla Mendes Cordeiro

O PROCESSO DE ENFERMAGEM POR MEIO DE ESTUDO DE CASO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Sandy Marques Libório de Queiroz, Gabriele Pimentel Sinimbu, Priscilla Mendes Cordeiro

Apresentação: O Processo de Enfermagem é a ferramenta que orienta o exercício do profissional de Enfermagem e a documentação das ações realizadas pela equipe de enfermagem nos diversos tipos de serviço de saúde, possibilitando um olhar diferencial ao paciente, baseado nas suas necessidades individuais e aproximando-lhe da equipe de cuidado para melhoria do atendimento. No Brasil, sua implementação iniciou com Wanda de Aguiar Horta, na década de 1970, utilizando a Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Maslow como referencial teórico. Segundo esse modelo desenvolvido, a assistência de enfermagem deve seguir uma metodologia dividida em cinco etapas: investigação (histórico de enfermagem), diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação. Objetivo: Apresentar um relato de experiência sobre a construção de um estudo de caso, visando a promoção de conhecimento teórico-prático sobre o processo de enfermagem. Método: Trata-se de um relato de experiência feito a partir da construção de um estudo de caso realizado por graduandos do quarto período do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) durante a prática hospitalar da disciplina Fundamentos do Cuidar em Enfermagem em um hospital universitário. Foram utilizados a taxonomia NANDA (North American Nursing Diagnosis Association) para o diagnóstico de enfermagem, NIC (Nursing Interventions Classifications) para as intervenções de enfermagem e NOC (Nursing Out Comes) para os resultados esperados. Resultado: A construção do estudo de caso proporcionou o envolvimento dos discentes com o processo de enfermagem, pois exigiu pesquisas e leituras sobre a temática além dos assuntos abordados em sala de aula, servindo como principal subsídio para construção do planejamento de Enfermagem e proporcionando uma assistência individualizada e sistemática ao paciente. Também foi identificada a aproximação entre o professor tutor e os estudantes por meio de reuniões diárias para esclarecimento de dúvidas, assistência ao paciente e orientações sobre o estudo de caso e o processo de enfermagem. Considerações finais: O Processo de Enfermagem é essencial para o exercício do profissional de enfermagem, pois é uma ferramenta que orienta o cuidado e possibilita um olhar clínico e humanizado ao paciente, analisando desde suas necessidades fisiológicas até a sua participação social e equilíbrio emocional. É preciso que o profissional de enfermagem tenha conhecimento sobre esta ferramenta para prestar uma assistência de qualidade e contribuir para o bem-estar do paciente. Partindo desse princípio, é essencial que o estudante aprenda sobre essa ferramenta de trabalho durante a graduação e tenha meios de executá-la durante sua formação.

10660 COMUNICAÇÃO EFETIVA EM SAÚDE COMO FACILITADORA DO PROCESSO ENSINO–APRENDIZAGEM PROFISSIONAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Simone Costa da Matta Xavier, Beatriz de Lima Bessa Ballesteros, Elaine Antunes Cortez, Karine Ferreira Higino, Vanessa Teles Luz Stephan Galvão, Gabryella Vencionek Barbosa Rodrigues, Elida Gabriela Serra Valença Abrantes, Jessica do Nascimento Rezende

COMUNICAÇÃO EFETIVA EM SAÚDE COMO FACILITADORA DO PROCESSO ENSINO–APRENDIZAGEM PROFISSIONAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Simone Costa da Matta Xavier, Beatriz de Lima Bessa Ballesteros, Elaine Antunes Cortez, Karine Ferreira Higino, Vanessa Teles Luz Stephan Galvão, Gabryella Vencionek Barbosa Rodrigues, Elida Gabriela Serra Valença Abrantes, Jessica do Nascimento Rezende

Apresentação: Um relacionamento interpessoal efetivo entre profissionais de saúde, tem sido um instrumento básico do cuidado em através da comunicação. O presente estudo trata-se da experiência de uma ação educativa, vivenciada em uma reunião de equipe. Os resultados evidenciaram a importância da comunicação efetiva, destacando que o relacionamento desenvolvido durante o processo de trabalho pode ser impulsionador de transformações. A experiência descrita destaca a necessidade de  avaliação permanente, em que pesem valores, hábitos, Crenças ,Normas e experiências vivenciadas.Apresentação: A referida reunião foi realizada em um Hospital Maternidade com duração total de três horas. O objetivo geral da aula foi desenvolver habilidades e estratégias de comunicação efetiva entre os profissionais de saúde  e os objetivos específicos detectar falhas na comunicação interpessoal, demonstrar a importância do feedback no processo de comunicação, treinar habilidades de ouvir e instrumentalizar os profissionais para aplicar meios de comunicação nos diferentes contextos da enfermagem. O tema abordado foi Comunicação efetiva de saúde como temática facilitadora no processo Ensino - Aprendizagem de profissionais de saúde. O grupo foi formado por 15 profissionais de saúde. A primeira etapa da aula iniciou com a apresentação da  definição do conceito de comunicação efetiva objetivando, com isso, o desenvolvimento das habilidades  de ser sensível a escuta. Em seguida, foi realizado a dinâmica da Teia do envolvimento, com o objetivo de contextualizar os meios de comunicação eficaz, promover um relacionamento interpessoal e desenvolver a autoconfiança, através do reconhecimento da importância do saber ouvir e aprimorar a capacidade de comunicação verbal. Para exercitar a comunicação não verbal, foi realizado a dinâmica do olho no olho,  que através do olhar podemos exercitar a auto confiança, a empatia, toque, afetividade, bem como proporcionar aproximação e quebra de barreiras interpessoais. Ressalto que, a aula promoveu uma discussão harmoniosa e a metodologia ativa como estratégia utilizada despertou o interesse dos alunos, pois o processo ensino-aprendizagem se desenvolve com base em trocas entre os sujeitos envolvidos: quem aprende e quem ensina estão intimamente integrados num processo de partilha de conhecimentos, vivências e sentimentos, pautados pela comunicação entre estes pares. O processo não se faz somente pela transferência de conteúdos técnicos, normas e protocolos. Ele deve levar em conta as experiências vivenciadas pelos indivíduos e sua bagagem profissional e pessoal (Zani, Nogueira, 2006). Resultado: Os resultados  evidenciaram a importância da comunicação terapêutica profissional x paciente, destacando que o relacionamento que se desenvolve durante o processo de cuidado, não é uma atitude mecânica. O relacionamento terapêutico depende do comportamento e atitudes de cada profissional. Considerações finais: A experiência descrita neste relato demonstra a necessidade de abordagem inicial dos conteúdos de comunicação terapêutica, nos primeiros semestres da vida acadêmica do aluno de enfermagem, que possa facilitar o processo de ensino aprendizagem, para esclarecer dúvidas, reduzindo as inseguranças, através de discussões teóricas e atividades práticas, que antecedem o início do estágio.

11007 AÇÃO DE SENSIBILIZAÇÃO À PREMATURIDADE NA MATERNIDADE PROMATRE DE VITÓRIA/ES: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Jennifer Soanno Marchiori, Carolina Pretti Tumang Andrade, Solange Rodrigues da Costa Nascimento, Cristina Ribeiro Macedo

AÇÃO DE SENSIBILIZAÇÃO À PREMATURIDADE NA MATERNIDADE PROMATRE DE VITÓRIA/ES: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Jennifer Soanno Marchiori, Carolina Pretti Tumang Andrade, Solange Rodrigues da Costa Nascimento, Cristina Ribeiro Macedo

Apresentação: A prematuridade é tida quando uma criança nasce antes da 32º semana de gestação, sendo necessário que a mesma seja internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTIN) afim de que possíveis complicações sejam evitadas durante seu desenvolvimento atual. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a cada ano, mais de 15 milhões nascem prematuras, dessa forma foi criado o mês de conscientização da prematuridade que é comemorado mundialmente em novembro, com o intuito de promover reconhecimento à causa. A experiência de ter seu filho internado em uma Unidade de Terapia Intensiva é algo desafiador para as mães, seja no fato de não poder estar com seu filho a todo tempo, o medo de sequer chegar perto ou a apreensão ao desconhecido, acompanhadas da frustração, insegurança, impotência e ansiedade. Sendo assim, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET Saúde - Interprofissionalidade) dos Ministérios da Saúde e da Educação se mobilizou para que pudessem transmitir conhecimento acerca do tema. Objetivo: Descrever a experiência dos acadêmicos participantes do Programa de Ensino pelo Trabalho para a Saúde (PET Saúde – Interprofissionalidade) desenvolvida no Hospital de Ensino Maternidade Promatre no município de Vitória (ES). Método: Relato de experiência da participação de estudantes no PET o qual conta com acadêmicos e professores dos Cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Medicina e Serviço Social da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (ES) junto à equipe multiprofissional do Hospital de forma interprofissional. Resultado: Por meio desse projeto foram criados espaços de diálogo para mães e pais de recém nascidos prematuros, mediado pelos acadêmicos, junto aos preceptores, abordando diversas facetas relacionadas à essa temática. A família sendo aquela que outrora estava preparada se vê frente a um cenário onde há limitações, e quebra de certos valores, perturbando toda a ordem que fora formada em seu cotidiano, dessa forma a equipe enquanto entidade interdisciplinar deve atuar de forma a estimular essas famílias a se fazerem presentes, especialmente as mães, principais cuidadoras dos seus filhos. As rodas de conversas proporcionadas pelos estudantes junto à equipe de saúde para a família de forma participativa e lúdica favoreceu a aquisição de conhecimentos, esclarecimento de dúvidas, fortalecimento de vínculo com a equipe e redução da ansiedade, principalmente das mães. Considerações finais: O compartilhamento de saberes e vivências se fizeram de extrema riqueza e trouxe aprendizado tanto para os pais que se disponibilizaram para conversar quanto para os estudantes, preceptores, professores e equipe de saúde. Torna-se relevante valorizar práticas interprofissionais nos serviços de saúde para que a qualidade dos serviços seja potencializada.

9731 A EXPERIÊNCIA DO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO DO ENSINO, SERVIÇO E HIPERTENSOS EM AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO
Dayse Mary da Silva Correia, Luanna Barci Dutra da Costa, Ana Carolina Eiris Pimentel, Alessandra de Oliveira Guimarães, João Victor Jaegger de França, Raquel Ravoni dos Santos, Fernanda Ávila da Costa Pereira, Valeriana Cantanhede Rodrigues

A EXPERIÊNCIA DO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO DO ENSINO, SERVIÇO E HIPERTENSOS EM AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO

Autores: Dayse Mary da Silva Correia, Luanna Barci Dutra da Costa, Ana Carolina Eiris Pimentel, Alessandra de Oliveira Guimarães, João Victor Jaegger de França, Raquel Ravoni dos Santos, Fernanda Ávila da Costa Pereira, Valeriana Cantanhede Rodrigues

Apresentação: No período de 2000 a 2013 no Brasil,  houve um aumento de mortalidade por doenças hipertensivas. É um dado alarmante diante da estimativa de 36 milhões de brasileiros hipertensos. Portanto, sendo a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), principalmente a “Resistente”, de grande relevância para políticas públicas de saúde, em níveis diferentes de atendimento no Sistema Único de Saúde(SUS), com apoio multidisciplinar. Objetivo Descrever a experiência da Enfermagem no Projeto de Extensão “Abordagem Multidisciplinar na Hipertensão Resistente” do Núcleo de Pesquisa em Hipertensão Arterial Sistêmica (NUPHAS). Método Trata-se de um relato de experiência no referido projeto de extensão no Ambulatório de Hipertensão do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP) da Universidade Federal Fluminense (UFF), no qual há 160 pacientes cadastrados. E no qual, semanalmente, os pacientes agendados fazem avaliações como: mensuração da pressão arterial, frequência cardíaca, peso corporal, altura e cintura abdominal; e consultas com a medicina, nutrição, farmácia e enfermagem. Resultado: Foram realizadas nos últimos 30 meses pela Enfermagem, as seguintes atividades assistenciais: construção de um questionário único para a realização da consulta de enfermagem; planejamento e execução da monitorização telefônica aos hipertensos; educação em saúde; triagem para as consultas de enfermagem, médica e nutricional; e participação em atividades multidisciplinares. Quanto às atividades de pesquisa e ensino pode-se destacar: a criação do grupo de pesquisa denominado GEpHAS_UFF (Grupo de Enfermagem e Pesquisa em Hipertensão Arterial Sistêmica); contribuição para o ensino-aprendizagem de graduandos e pós-graduandos em enfermagem; discussão de casos clínicos; e pesquisas com foco em hipertensão, autocuidado e intervenções não farmacológicas. Conclusão Há enorme importância em acompanhar e monitorar as necessidades de saúde do hipertenso e sua qualidade de vida, buscando por intervenções multidisciplinares, além de proporcionar oportunidade de aprendizagem a profissionais, bem como aos futuros, visando o atendimento integrado do paciente e seu autocuidado.

10777 TECNOLOGIA COMO BENEFÍCIO NO CUIDADO DE ENFERMAGEM AO RECÉM NASCIDO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Amanda Bentes, Emily Sena, Jonas Oliveira, Marcelo Souza

TECNOLOGIA COMO BENEFÍCIO NO CUIDADO DE ENFERMAGEM AO RECÉM NASCIDO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Autores: Amanda Bentes, Emily Sena, Jonas Oliveira, Marcelo Souza

Apresentação: Trata-se de um relato de experiência realizado por acadêmicos de enfermagem da Universidade do Estado do Pará na realização de uma ação de educação em serviço com a equipe de enfermagem com a proposta de apresentar uma tecnologia (Protocolo) de Cuidado ao recém nascido na prática do banho no leito. Desenvolvimento: A primeira etapa deste trabalho, orientado pelo Arco de Maguerez, foi realizado durante a prática do componente curricular Enfermagem em UTI neonatal, onde foi possível realizar a observação assistemática da rotina do setor, identificando problemas no manejo de pacientes neonatais. A partir disso, foram definidos os pontos chaves, os quais direcionaram para a elaboração do tema gerador deste trabalho. De acordo com a Metodologia da Problematização, foi realizada uma revisão de literatura direcionada a educação em serviço. A partir disso, formularam-se estratégias de intervenção presenciada, adotando a educação em serviço para a construção e/ou regaste de saberes da equipe, considerando-se como Hipóteses de Solução para minimização do problema observado. Para isso, foi elaborada a proposta de um protocolo contendo os principais passos a serem seguidos pelo profissional de saúde responsável em executar o procedimento de banho no leito em UTI neonatal. Para facilitar a adesão do público alvo à importância da cientificidade para o procedimento de banho no leito em UTI neonatal, as informações do protocolo foram condensadas em um colorido fluxograma. As cores foram pensadas de forma deixa-lo agradável aos olhos dos profissionais, objetivando prender-lhes a atenção. O protocolo e o fluxograma estão orientados com o propósito de obedecer aos princípios de biossegurança, lateralização do RN no momento propício e prevenção de infecções. A ação de educação em serviço consistiu na realização de uma dinâmica denominada “Certo” ou “Errado”, onde foi entregue aos profissionais (duas enfermeiras e três técnicas de enfermagem) placas com as cores verde e vermelho, representando o “Certo” e “Errado”, respectivamente. Diante disso, os participantes analisaram 10 afirmativas sobre o procedimento de banho leito e respondiam levantando a placa conforme sua percepção e prática hospitalar, sendo realizados esclarecimentos e orientações simultâneas. Posteriormente foi apresentado o fluxograma do protocolo de banho no leito, como síntese de todas as informações imprescindíveis para a boa pratica de enfermagem em UTI neonatal. Resultado: Pode-se afirmar que os profissionais da UTI neonatal, tiveram grande aproveitamento durante a ação de educação em serviço no que diz a elucidação do conteúdo através da apresentação do protocolo e do fluxograma, permitindo-se assim a desconstrução de concepções inadequadas. Considerações finais: A tecnologia (protocolo), junto com a estratégia de educação em serviço com profissionais da UTI neonatal possibilitou maior conhecimento sobre a realidade desse grupo. Essa troca de saberes é favorável para construção acadêmica, pois ao trabalhar aspectos que contribuam para a melhora dos cuidados de enfermagem ao recém nascido, teremos profissionais mais autônomos e conscientes. Assim, considera-se que essa experiência foi importante devido às contribuições que poderá trazer para profissionais que lidam diretamente com a manutenção da vida, conforto e segurança dos neonatos.

11239 COMPLICAÇÕES ORTOPÉDICAS RELACIONADAS À METÁSTASE ÓSSEA.
Igor Eduardo Dias Cestari, Claudia Regina Dias Cestari, Raimundo Nonato Silva Gomes

COMPLICAÇÕES ORTOPÉDICAS RELACIONADAS À METÁSTASE ÓSSEA.

Autores: Igor Eduardo Dias Cestari, Claudia Regina Dias Cestari, Raimundo Nonato Silva Gomes

Apresentação: A metástase óssea é a complicação neoplásica maligna mais frequente do esqueleto, sendo o osso o terceiro sítio mais comum de disseminação dos adenocarcinomas, precedido apenas pelo pulmão e fígado. A predisposição do tecido ósseo às metástases é explicada pelo elevado fluxo sanguíneo nas áreas de medula vermelha e por ser a matriz óssea uma região propícia para o implante de células tumorais. Apesar de a maioria dos casos de metástase óssea ser de tratamento clínico, o acompanhamento ortopédico é capaz de identificar precocemente lesões que comprometam a estabilidade mecânica do esqueleto, prevenindo ou tratando fraturas, controlando a dor e reduzindo a morbidade. Além da prevenção, o tratamento ortopédico é capaz de restaurar a capacidade de deambulação em 94% dos pacientes com fratura patológica. Objetivo: Descrever as principais complicações ortopédicas relacionadas à metástase óssea. MATERIAL E Método: Este estudo consiste em uma revisão integrativa. Para a sua elaboração foram realizadas as seguintes etapas: estabelecimento das hipóteses e objetivos da revisão; estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão de artigos; definição das informações a serem extraídas dos artigos selecionados; análise dos resultados; discussão e apresentação dos resultados. Para a seleção dos estudos, utilizou-se as seguintes bases de dados eletrônicas: SciELO , IBECS, LILACS e MEDLINE. Na busca pelos estudos, foram usados os descritores padronizados pelo DeCS (Descritores em Ciências da Saúde), que são: complicações; metástase óssea; ortopedia; neoplasias. O levantamento dos estudos foi realizado no período de janeiro a fevereiro de 2020. A escolha das publicações seguiu os seguintes critérios de inclusão: artigos completos disponíveis eletronicamente; estudos de revisão; estudos focados no tema da pesquisa, estudos publicados no recorte temporal entre 2010 a 2020; estar escrito nos idiomas português, espanhol ou inglês; ter sido publicado na modalidade artigo de pesquisa, relato de caso e/ou estudo de caso. Como critérios de exclusão, usou-se: estudos em formatos de editoriais, dissertações, teses e comentários. Antes da aplicação dos critérios de inclusão identificou-se 105 estudos relacionados às palavras-chaves, sendo 60 na base de dados MEDLINE, 10 no LILACS, 05 no IBECS e 30 no SciELO , entretanto, havia artigos idênticos nas três bases de dados. Dessa forma, após os critérios empregados e a leitura dos resumos foram selecionados para amostra um total de 10 estudos. Resultado: O tratamento ortopédico objetiva o controle da dor, a estabilização de fraturas iminentes ou patológicas, manter a mobilidade, a marcha e evitar as complicações do decúbito prolongado. As opções de tratamento cirúrgico incluem próteses convencionais, endopróteses, osteossíntese simples ou associada ao uso de polimetilmetacrilato (cimento ósseo) e, mais raramente, amputação. A escolha do procedimento depende das condições dos pacientes, da extensão da doença e do local envolvido. Complicações pré-operatórias são mais frequentes nesses pacientes, usualmente debilitados, desnutridos, com distúrbios metabólicos e hematológicos. Resultado: A incidência de complicações associadas ao tratamento ortopédico da metástase óssea, sendo as complicações mais frequentes as hemorragias, a infecção e os eventos tromboembólicos. Dessa forma, sugere-se que mais estudos clínicos sejam realizados para aperfeiçoar as técnicas ortopédicas de prevenção e manejo de complicações metastáticas ósseas.

7559 A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE HOSPITALAR NA RECUPERAÇÃO DO PACIENTE: vivência da Teoria Ambientalista em Hospital Público, Belém- Pará.
Ana Carolina Santos dos Santos, Paulo Fernando Lauria Fonseca, Joici Carvalho Barata, Breno Pereira Martins, Andrezza Ozela de Vilhena, Milena Cardoso de Lima, Vanessa Ellen Mathias Batista

A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE HOSPITALAR NA RECUPERAÇÃO DO PACIENTE: vivência da Teoria Ambientalista em Hospital Público, Belém- Pará.

Autores: Ana Carolina Santos dos Santos, Paulo Fernando Lauria Fonseca, Joici Carvalho Barata, Breno Pereira Martins, Andrezza Ozela de Vilhena, Milena Cardoso de Lima, Vanessa Ellen Mathias Batista

Apresentação: A teoria ambientalista foi proposta por Florence Nightingale no ano de 1859, tratando-se de notas e evidências baseadas em experiências vivenciadas que Nightingale tomou durante a sua vivência na Guerra da Criméia como voluntária a cuidar dos soldados feridos e doentes. Tais evidências foram relacionadas ao ambiente que o paciente foi tratado e de possíveis consequências positivas ou negativas na sua recuperação. Florence, dizia que o indivíduo é influenciado pelas relações com o ambiente saudável quando se tem, ou não. Afirmava também, que o papel da enfermagem nesse processo é de equilibrar o meio ambiente, afim de conservar a energia vital do paciente e assim garantir a recuperação de sua saúde. Com isso, o som, iluminação, arejamento, visibilidade são os principais indicadores de progressão para o paciente internado. Este trabalho tem o objetivo de relatar vivência e experiência de análise dos fatores ambientais que influenciam na recuperação do paciente em um Hospital público na Região Metropolitana de Belém (PA). Desenvolvimento: Com base na Teoria ambientalista, os alunos visitaram a instituição hospitalar afim de analisar o ambiente para fazer a comparação com a Teoria de Florence. Após a visita, foi criado um instrumento de pesquisa anônimo, relacionado ao ambiente para ser repassados aos pacientes. A pesquisa foi realizada com 26 indivíduos internados no 5º andar da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna que é uma instituição voltada para a assistência aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) nas referências de Psiquiatria, Cardiologia e Nefrologia, criada para assegurar à população soluções no atendimento ambulatorial e hospitalar de média e alta complexidade com excelência e humanismo, assim como contribuir para o ensino e a pesquisa. As respostas foram restritas a sim, não, bom, regular e ruim. Resultado: A teoria ambientalista, comprova que o ambiente hospitalar é responsável também, pela recuperação do paciente. Assim como, o instrumento utilizado foi necessário para corroborar que a teoria ambientalista de Florence é aplicada no hospital em que foi realizada a coleta de dados e contribui diretamente para uma boa recuperação dos pacientes. No entanto, ao escutar os pacientes, questões como o “ruído” e outros fatores que prejudicam o sono foram relatadas, de forma que, a participação deles propiciou rigor e realidade à pesquisa. Considerações finais: O estudo foi fundamental para os acadêmicos de enfermagem, uma vez que os possibilitou a exploração da Teoria Ambientalista de Florence, bem como, aproximou-os da realidade e da aplicabilidade desse raciocínio em um hospital. Além disso, proporcionou perceber o protagonismo dos pacientes para a evolução e execução dos critérios da Teoria no ambiente hospitalar. Nesse viés, proporcionar um ambiente saudável e seguro, em todos os aspectos, é um dos principais motivos na manutenção dos pacientes. Ademais, é necessário a participação integral, holística e humanista da enfermagem na manutenção das capacidades vitais desses clientes, assim como, satisfazer suas necessidades biológicas, psicossociais, espirituais  e físicas.