430: Experiências de formação profissional na enfermagem
Debatedor: Sandra Regina Peixoto de Sousa
Data: 31/10/2020    Local: Sala 04 - Rodas de Conversa    Horário: 08:00 - 10:00
ID Título do Trabalho/Autores
6665 ENSINO DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA PARA ALUNOS DE CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Alessandra Carla Ferreira, Iasmim Silva Dias, Lourrany Kathlen Barbosa Fernandes, Samir Felipe Barros Amoras, Thalissa Thainá Santos De Souza, Maicon De Araújo Nogueira, Otavio Noura Teixeira, Margareth Moita Sá

ENSINO DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA PARA ALUNOS DE CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Autores: Alessandra Carla Ferreira, Iasmim Silva Dias, Lourrany Kathlen Barbosa Fernandes, Samir Felipe Barros Amoras, Thalissa Thainá Santos De Souza, Maicon De Araújo Nogueira, Otavio Noura Teixeira, Margareth Moita Sá

Apresentação: Apesar dos avanços significativos no atendimento das vítimas de Parada Cardiorrespiratória (PCR), ainda há uma considerável variabilidade na probabilidade de sobrevivência que não pode ser atribuída exclusivamente às características do paciente. Para aumentar as chances de sobrevivência das vítimas de PCR, permitindo que esses indivíduos recebam os cuidados da mais alta qualidade, baseada em evidências científicas, é preciso que os treinamentos em Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), utilizem princípios educacionais respaldados por pesquisas que traduzam o conhecimento científico em prática (American Heart Association - AHA, 2015). O Suporte Básico de Vida (SBV) consiste em um conjunto de etapas e manobras executadas sequencialmente, que incluem avaliação e intervenção imediata em cada fase da RCP, assim identificadas: C - circulação (avaliação de sinais da circulação e realização de compressões torácicas), A - abertura de vias aéreas (avaliação e posicionamento correto das vias aéreas), B - respiração (avaliação dos movimentos respiratórios e realização das ventilações) e D - desfibrilação precoce. Essas recomendações são baseadas nas diretrizes da Aliança Internacional dos Comitês de Ressuscitação (International Liaison Committee on Resuscitation - ILCOR) e no consenso científico internacio­nal da AHA. A PCR permanece como um grande problema de saúde pública, ganhando dimensão mundial, apesar dos avanços nos últimos anos relacionados à prevenção e tratamento. Muitas vidas são perdidas anualmente no Brasil relacionadas à PCR, ainda que não tenhamos a exata dimensão do problema pela falta de estatísticas confiáveis a este respeito. Os avanços também atingem à legislação no que tange ao acesso da sociedade à desfibrilação e obrigatoriedade de disponibilização de DEA’s (desfibriladores externos automáticos), bem como ao treinamento em RCP. Quando ocorre uma PCR, as chances de sobrevivência para a pessoa acometida variam em função do tempo e da qualidade das intervenções. Os recursos atuais permitem recuperar a circulação espontânea neurologicamente intacta e a qualidade de vida com menor grau de sequelas, desde que sejam assegurados os procedimentos adequados em tempo hábil. A educação é considerada uma poderosa aliada da saúde pública, ao mesmo tempo em que a saúde é indispensável para o bom aproveitamento do processo educativo. Portanto, os investimentos nesses dois seguimentos podem contribuir para melhorar a qualidade de vida da comunidade. A importância da construção de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades em SBV devem-se ao fato de que quanto mais precocemente o reconhecimento de uma PCR ocorrer, a ativação do sistema de emergência e as manobras de reanimação sejam instituídas corretamente, vidas podem ser salvas. Nesse contexto, a educação em SBV em grande escala depende da existência de organizações locais capazes de disseminar a formação voltada para essas técnicas. Objetivo: Elaborar, implementar e avaliar um programa de educação em SBV para alunos do Curso de Graduação em Enfermagem utilizando-se de uma tecnologia virtual de aprendizagem, verificar quais os ganhos de conhecimentos e habilidades adquiridas. Método: Estudo descritivo, com abordagem quantitativa e experimental, desenvolvido em uma IES, pública de Belém, Estado do Pará no período de março a abril de 2017. A amostra foi composta por 14 alunos no GI (experimental) e 14 no GC (controle), totalizando 28 participantes. 100% da amostra nunca realizou formação em SBV ou qualquer outro treinamento sobre o tema, levando-se ao entendimento de que os resultados positivos no desempenho dos estudantes nesta pesquisa, esteve diretamente relacionado ao programa de capacitação oferecido. Foi enviada para a IES uma cópia do projeto juntamente com a solicitação para a realização da pesquisa. Após parecer da direção e de posse da carta de aceite, o projeto foi submetido à Plataforma Brasil (PB). Após o parecer e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), a pesquisa foi iniciada com as etapas de convite e recrutamentos dos participantes. Foi possível reforçar a ideia da importância e benefícios conquistados a partir da realização de um programa de educação em SBV. O comportamento do desempenho do GI em relação aos do GC diferiu na forma de apresentação. Resultado: Observou-se diferença estatisticamente significativa na classificação “qualificado” do GI em relação ao GC. O GI apresentou 100% dos participantes qualificados. Diferentemente, no GC, onde os percentuais de “não qualificados” e “pouco qualificados” estiveram em torno de 14.3% e 50% respectivamente, permitindo demonstrar que esses discentes apresentaram despreparo para a realização das manobras de SBV. Na avaliação do conjunto das manobras de SBV, evidenciou-se que 100% dos participantes do GI e 35.7% dos participantes do GC estão preparados para realizar a aproximação segura na cena, detectar os sinais clínicos de PCR, chamar por ajuda e posicionar-se como socorrista como preconizado pelas diretrizes internacionais (AHA, 2015). A experiência da execução deste trabalho proporcionou observar e relacionar o que mais tem descrito na literatura nacional e internacional de que a realização de programas de capacitação, com estratégias de ensino teóricas com aplicação prática tem impacto real e significativo nos conhecimentos e habilidades dos participantes e devem ser aplicados a todos os profissionais da saúde, iniciando nos primeiros anos da Graduação e serem aprimorados nos anos subsequentes do curso, preferencialmente em intervalos não superior a três e a seis meses, em que a retenção do conhecimento teórico e manutenção das habilidades técnicas estão relacionadas à experiência e aplicação na prática diária. Os cenários dos cursos devem se aproximar da realidade da situação do atendimento da PCR em que os profissionais a vivenciam, pois o Enfermeiro é essencial nesse processo. Considerações finais: Os resultados obtidos no presente estudo permitem concluir que os conteúdos abordados e os instrumentos utilizados para a avaliação, subsidiaram de forma favorável a execução e avaliação do programa de capacitação elaborado e implementado para o atendimento do SBV, para alunos do Curso de Graduação em Enfermagem. Contudo, através dos resultados obtidos pode-se constar a importância dos conhecimentos básicos sobre Suporte Básico de Vida (SBV) no atendimento de vítimas acometidas por Parada Cardiorrespiratória, o que reforça a inclusão desse tema nos componentes curriculares dos Cursos de Graduação em Enfermagem, visando uma atendimento mais hábil tanto na redução de sequelas, quanto no número de vidas salvas. Na expectativa de melhorar a compreensão de que o AVA- “capacitação em suporte básico de vida SBV” faz se necessário na metodologia inovadora de ensino para melhor habilidades diante de PCR.

6672 CONHECIMENTO DE ALUNOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM SOBRE SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Samir Felipe Amoras, Alessandra Carla da Silva Ferreira, Eliene Santana de Abreu, Joyce da Silva Pantoja, Lucas Geovane dos Santos Rodrigues, Márcio Almeida Lins, Maicon de Araújo Nogueira, Antônia Margareth Moita de Sá

CONHECIMENTO DE ALUNOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM SOBRE SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Autores: Samir Felipe Amoras, Alessandra Carla da Silva Ferreira, Eliene Santana de Abreu, Joyce da Silva Pantoja, Lucas Geovane dos Santos Rodrigues, Márcio Almeida Lins, Maicon de Araújo Nogueira, Antônia Margareth Moita de Sá

Apresentação: A despeito dos avanços inegáveis na assistência das vítimas de Parada Cardiorrespiratória (PCR), ainda existe uma admissível variabilidade na expectativa de sobrevivência, que não pode ser atribuída unicamente às características clínicas do paciente. Com intuito de incrementar as chances de sobrevida das vítimas de PCR, assegurando que essas pessoas recebam os cuidados de mais alta qualidade, fundamentado em evidências científicas, é imperativo que os treinamentos em Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), utilizem princípios educacionais alicerçados em pesquisas que traduzam o conhecimento científico em prática. Tais recomendações são fundamentadas nas diretrizes da Aliança Internacional dos Comitês de Ressuscitação (International Liaison Committee on Resuscitation - ILCOR) e no consenso científico internacional da American Heart Association (AHA). O Suporte Básico de Vida (SBV) consiste em um conjunto de etapas e manobras executadas sequencialmente, que incluem avaliação e intervenção imediata em cada fase da RCP. PCR por sua vez é caracterizada como a cessação abrupta de atividade mecânica cardíaca confirmada por inconsciência, ausência de sinais de circulação central (ausência de pulso carotídeo ou femoral) e ausência de respiração (apneia) ou respiração agônica (gasping). A RCP é o conjunto de manobras realizadas após uma PCR com a intenção de preservar sinteticamente o fluxo arterial para o encéfalo e principais órgãos vitais como coração e pulmão, até que decorra o retorno da circulação espontânea (RCE). Grande parte do êxito da RCP deve-se a competência dos Enfermeiros em prover os cuidados qualitativos. Deste modo, estes carecem saber como agir com competência diante de tais circunstâncias. Nesse ínterim, existem consideráveis avanços no que concerne as manobras de RCP contudo, é grande os desafios a serem conquistados; considerando que, a eficácia no procedimento sujeita-se a ações qualitativas realizadas em tempo hábil e a habilidade de uma equipe instruída e harmoniosa. Neste cenário, a concepção de saberes e progressão de habilidades em SBV faz-se indispensável, pois quanto mais previamente o reconhecimento de uma PCR ocorrer e as manobras de RCP de alta performance forem instituídas, vidas podem ser salvas com menores índices de sequelas. Esforços para reunir o conhecimento científico a respeito da PCR e de estabelecer um padrão e uniformidade para o seu tratamento, vêm sendo realizados desde o início da década de 60 quando se estabeleceu a ILCOR; que sistematizou a abordagem a PCR através de uma ampla revisão da literatura científica, culminando com o primeiro consenso científico internacional, no ano de 2000, e vem promovendo revisões periódicas deste consenso, que ocorreram em 2005, 2010, 2015 e 2018. Os comitês internacionais de ressuscitação foram direcionados a aprimorar e promover conhecimentos acerca a RCP, revisar as diretrizes sistematicamente e propor melhorias dos guidelines. Fazendo-se necessário, também prosseguir com a perscrutação de métodos de ensino que possibilitem aumentar a aquisição e retenção de conhecimentos, habilidades e competências em RCP. As propostas de ensino voltado para os treinamentos das manobras de RCP em grande escala, sujeitam-se a existência de associações locais capazes de difundir a formação voltada para essas técnicas. O maior desafio, sobretudo no Brasil, é ampliar o acesso ao ensino de RCP e estabelecer processos para a melhora contínua de sua qualidade. Nesse contexto, a assistência à vítima de PCR deve ser realizada em tempo hábil, com calma, firmeza e segurança, com o intuito de evitar pânico e desarmonia entre os membros da equipe multidisciplinar. Todavia, o que se observa é que os esforços de ressuscitação tendem a ser tumultuados, com ações não sistematizadas que acarretam sobreposição de tarefas, culminando com atos repetitivos que levam a uma perda de tempo crucial para a sobrevida do paciente. Na maioria das vezes, a equipe de enfermagem é a primeira que reconhece uma PCR e inicia as manobras de SBV, durante o tempo em que aguardam a equipe de suporte avançado. A aplicabilidade imediata, eficiente e segura das manobras de RCP por parte da equipe que primeiro intervém, são condições que corroboram para o sucesso na assistência e consequentemente, para a sobrevida neurologicamente intacta. Logo, é imperativo mobilizar as habilidades cognitivas, psicomotoras e afetivas inerentes à competência do Enfermeiro para atuar qualitativamente em tais circunstâncias. É descrito que os estudantes e profissionais da saúde possuem pouco conhecimento, tanto teórico quanto prático em PCR/RCP. Essa carência tem sido associada a formação acadêmica, onde o tema muitas vezes é trabalhado de forma pontual e superficial, não garantindo a aquisição de conhecimentos sólidos necessários para a atuação frente a PCR. Inúmeras Escolas de Enfermagem incluem em seus currículos, conteúdos voltados para a ciência de ressuscitação com foco no SBV. No entanto, grande parte dos enfermeiros não se sentem preparados efetivamente para atuarem diante da PCR. A despeito da proficiência em habilidade de SBV e Suporte Avançado de Vida (SAV), serem um dos alvos da graduação, ainda há uma diversidade na forma e nos conteúdos voltados para o tema entre as diferentes escolas, de maneira que os treinamentos ofertados não atendem na totalidade os critérios descritos nos consensos da ciência da ressuscitação. Assim, este estudo almejou analisar o conhecimento dos alunos do Curso de Graduação em Enfermagem de uma Instituição de Ensino Superior privada de Belém, Estado do Pará, Brasil sobre SBV. Objetivo: analisar o conhecimento dos alunos do Curso de Graduação em Enfermagem de uma Instituição de Ensino Superior privada de Belém, Estado do Pará, Brasil sobre Suporte Básico de Vida. Método: estudo transversal, descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa, realizado no período de setembro a outubro de 2018. Para isto foi utilizado um questionário estruturado, validado por Felix (2013), com 26 questões de múltipla escolha, adaptado as novas diretrizes de RCP com base nas diretrizes da American Heart Association (AHA) 2015 para treinamentos, com quatro possibilidades de resposta e apenas uma questão correta. Nesse sentido, a pesquisa foi devidamente autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisas (CEP) do Centro Universitário do Maranhão (UNICEUMA), CAAE: 87635118.6.0000.5084, número do parecer: 2.627.602. Resultado: /Discussão: a amostra foi constituída de 164 alunos do 8º, 9º e 10º semestre do curso de graduação em Enfermagem, representando 57,54% da amostra total. A população estudada possui conhecimento reduzido e por vezes inadequado sobre parada cardiorrespiratória e reanimação cardiopulmonar, podendo comprometer o cuidado prestado, acarretando possíveis prejuízos à reanimação e consequentemente, contribuir para o surgimento ou agravamento de sequelas, impactando no aumento da morbimortalidade. Considerações finais: entende-se ser fundamental que a instituição forneça capacitações e avaliações de forma confiável, permitindo detectar as fragilidades, tanto do ponto de vista teórico quanto prático, como forma detectar os indivíduos que necessitam de capacitações no sentido de otimizar e consolidar o conhecimento ainda durante a formação acadêmica, o que acredita-se que terá um impacto significativo na sobrevida dos indivíduos acometidos por PCR. Assim conjectura-se que alguns desses alunos podem se encorajar a realizar o atendimento motivado pelo cumprimento de ações associadas à solidariedade sem, muitas vezes, possuírem conhecimentos balizados sobre a temática.

6686 RELAÇÃO DA TEORIA DE ENFERMAGEM DE HILDEGARD PEPLAU E A TEORIA CENTRADA NA PESSOA DE CARL ROGERS
Débora Mol Mendes, Renata Oliveira Caetano, Daniel Reis Correia, Laís Sousa da Silva, Lara Lelis Dias, Thais Bitencourt Faria, Larissa Ferreira Lopes Silva, Henrique Pinto Gomide

RELAÇÃO DA TEORIA DE ENFERMAGEM DE HILDEGARD PEPLAU E A TEORIA CENTRADA NA PESSOA DE CARL ROGERS

Autores: Débora Mol Mendes, Renata Oliveira Caetano, Daniel Reis Correia, Laís Sousa da Silva, Lara Lelis Dias, Thais Bitencourt Faria, Larissa Ferreira Lopes Silva, Henrique Pinto Gomide

Apresentação: O presente trabalho tem como finalidade a interpretação de duas teorias, abrangendo as relações interpessoais de Hildegard Peplau e a terapia centrada na pessoa de Carl Rogers, fazendo uma revisão bibliográfica de comparação entre as teorias abordadas, no contexto da profissão de enfermagem e como a terapia humanista Rogeriana pode ajudar no processo de cura. Não há dúvidas de que ambos são grandes referências no universo acadêmico. Na enfermagem atual, o método de visão holística e o processo de humanização vêm sendo muito aceito e, por conta disso, é indispensável que profissionais da saúde conheçam e levem as teorias humanísticas para a prática profissional. Hildegard foi uma das pioneiras em teorias da enfermagem, sendo a primeira depois de Florence Nightingale com uma teoria publicada. Sua teoria de Relações Interpessoais consiste em manter uma relação interpessoal com o cliente para construir laços e permitir que o mesmo tenha confiança para se abrir e possibilitar um cuidado mais amplo. Sendo esta dividida em quatro etapas: orientação, identificação, exploração e solução, as quais podem ser relacionadas com as etapas do processo de enfermagem. Já Rogers, foi um psicólogo que desenvolveu a Abordagem Centrada na Pessoa, situada na corrente humanista da Psicologia e fundamentada na diferença de uma pessoa para outra, postulando uma relação de cooperação entre o terapeuta e o cliente, privilegiando a experiência subjetiva da pessoa para que, consequentemente, o terapeuta possa contribuir positivamente para o auxílio da solução do problema observado. Depois de individualizadas as teorias, torna-se perceptível que ambas não se encontram estanques, possuindo diversos pontos em comum, sendo de suma importância para uma completa formação profissional dos enfermeiros, em especial na relação habitual com os clientes. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo de revisão integrativa. Utilizaram-se os acrônimos RELAÇÕES INTERPESSOAIS e TERAPIA ROGERIANA como estratégia de busca. Foram feitas buscas em três bases de dados, Portal de periódicos da CAPES, Google Acadêmico e SciELO. Como critérios de inclusão foram considerados os artigos completos publicados nos idiomas português, inglês e espanhol que descreviam a relação dos artigos com a sua funcionalidade na área de trabalho; realizados sem tempo limite. Foram selecionados 13 artigos, após a leitura do resumo e posterior leitura na íntegra. Resultado: É notório que a teoria de Peplau se desenvolve em torno dos interesses do cliente, em que o enfermeiro age para ajudar o indivíduo como educador e líder, fazendo com que o mesmo tenha mais independência, ajudando no processo de cuidado, tendo uma relação de cooperação e participação ativa. Enquanto a teoria Rogeriana visa à assistência e o aconselhamento para com os indivíduos, facilitando o desenvolvimento pessoal e o crescimento psicológico dos clientes, com intuito de fornecer uma maturidade socializada. Ademais, considera muito importante as experiências vivenciadas pelo conselheiro, e não unicamente seus saberes teóricos e ideológicos. A partir desse processo, o sujeito é capaz de viver bem com seus sentimentos e reações, permitindo que seu organismo funcione livremente, pois está aberto às consequências de seus atos, podendo corrigi-los se não forem satisfatórios. O seu estudo sobre a terapia centrada na pessoa vem sendo amplamente utilizada na pedagogia, porém, como anteriormente foi citado, é válida para toda experiência com relações humanas, logo, é aplicado positivamente na prática de enfermagem, tendo em vista que encaixa muito bem no cuidado holístico aplicado na prática de enfermagem atual. Portanto, é necessário que o enfermeiro estabeleça uma relação interpessoal com o cliente, a fim de deixá-lo confortável e confiante no profissional que lhe está atendendo, podendo assim, falar livremente. Por conseguinte, proporciona a constatação das necessidades afetadas, sendo possível então, passar para a etapa de planejar os cuidados com o propósito de solucionar os problemas ou contribuir para que sejam solucionados. É imprescindível a participação do cliente no processo de solução, com a intenção de ensiná-los e, consequentemente, evitar que ocorra novamente. Com base nisso, o indivíduo a ser cuidado deve incorporar mudanças de comportamento perante as informações que lhes são dadas, concluindo mais tarde, uma aprendizagem significativa e uma relação terapêutica positiva. Diante dos fatos citados acima, é possível relacionar claramente as duas teorias, visto que, elas têm como foco as relações interpessoais e um cuidado humanístico. Nas aplicações das teorias, é notável a evolução do cliente após a prática profissional, isto é, no primeiro contato o cliente está perdido, não necessariamente sabe definir com clareza seus problemas, todavia, está confuso e demonstra nitidamente a necessidade de ajuda assistencial. A posteriori, com o decorrer do auxílio, o enfermeiro desempenha um papel de provedor de recursos e vai conquistando a confiança e respeito. Em vista disso, o indivíduo começa a se sentir parte integrante do ambiente, e sai da extrema dependência do enfermeiro para uma independência aos poucos conquistada a partir do papel de “professor” que o profissional atua, partilhando seus conhecimentos acerca da necessidade e do interesse deste indivíduo. Contudo, é evidente a necessidade de preocupação do profissional em focar nas necessidades e interesses do cliente, tendo em vista que, para conseguir adequar positivamente essa comunicação, com base nas teorias, é imprescindível uma construção verdadeira na relação entre enfermeiro-paciente. Para isso, o enfermeiro deve compreender honestamente o que o sujeito está passando, sendo assim, deve transmitir simpatia, confiança, conhecimento e liderança de maneira sutil para conquistar uma comodidade na visão do paciente, o qual irá se abrir. Considerações finais: As teorias, tanto de Hildegard Peplau quanto de Carl Rogers, mostraram-se efetivamente positivas para o indivíduo, o qual necessita de assistência. No entanto, o profissional assistencial também tira proveito dessa relação, considerando que amadureceram e enriqueceram suas experiências profissionais. A partir disso, observa-se que mesmo sendo teorias distintas, elas têm muitos pontos em comum e visam não uma assistência em que o profissional faz e o cliente espera. Elas focam em um amparo em conjunto, no qual o enfermo trabalha em conjunto com o profissional, ou seja, a princípio, dialogando em busca de suas necessidades, trocando informações sobre o problema, ensinando e aprendendo a conviver e solucionar o caso e procurando evitar as causas da condição inicial. Por derradeiro, apesar de Peplau ter escrito sua teoria na época da psicanálise de Freud e utilizar de suas hipóteses como importantes fontes de estudos, ela não considera a grande aplicabilidade clínica verdadeiramente válida. Portanto, com esse trabalho, observa-se a semelhança de sua teoria com o humanismo de Rogers.

8972 A PARTICIPAÇÃO DO ACADÊMICOS NO NÚCLEO DE PESQUISA EM ENFERMAGEM DURANTE A GRADUAÇÃO NA ESTÁCIO DE SÁ –NOVA IGUAÇU E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
LIDIANE DIAS REIS, LAYNA PEREIRA AMORIM, THAYS CHAGAS DE CASTRO RODRIGUES, CAROLINE DA COSTA PEREIRA

A PARTICIPAÇÃO DO ACADÊMICOS NO NÚCLEO DE PESQUISA EM ENFERMAGEM DURANTE A GRADUAÇÃO NA ESTÁCIO DE SÁ –NOVA IGUAÇU E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: LIDIANE DIAS REIS, LAYNA PEREIRA AMORIM, THAYS CHAGAS DE CASTRO RODRIGUES, CAROLINE DA COSTA PEREIRA

Apresentação: Trata de um relato de experiência vivenciado pelas acadêmicas de Enfermagem enquanto participantes do Núcleo de Pesquisa em Enfermagem na UNIVERSIDEDE ESTÁCIO DE SÁ –Nova Iguaçu na Linha de pesquisa em Gerência em Enfermagem no período de 2019-2020. O Núcleo de pesquisa é de suma importância para o crescimento acadêmico e profissional, contudo sabe-se que o conhecimento não é gerado apenas em uma sala de aula, mas é preciso ir além da mesma para obter o conhecimento qualificado. Dessa maneira, o aluno com interesse em ter essa experiência recebe todo o suporte necessário. Portanto, é um espaço que a Universidade Estácio de Sá mantém para reunir alunos e professores em torno de projetos científicos, de acordo com grupos e linhas de pesquisa existentes na instituição O objetivo primordial é o intuito de integrar a Graduação com a pesquisa, tornando o relevante para o acadêmico e os professores, onde os mesmos estarão reunidos quinzenalmente vivenciando essa experiência e assim recebendo o suporte necessário para o aprimoramento científico, até porque o mercado de trabalho, em relação a Gestão de Enfermagem, espera que o enfermeiro tenha capacidade de argumentar, concretizar mudanças, solucionar conflitos. Durante o período de 2019 a 2020 vivenciamos o núcleo com a vontade de agregar conhecimentos acadêmicos, e assim desempenhando o olhar crítico com grande estímulo para a leitura científica com o desenvolvimento de pesquisas na área de Gerência. Contudo, sendo um grande diferencial de saberes para um graduando, pois o amadurecimento acadêmico advém da experiência de participação do núcleo e nos tornando profissionais articulados de saberes e senso crítico muito mais qualificados. Em consequência pode-se relatar que diversos pontos cruciais como por exemplo as vantagens de aprender a realizar uma pesquisa científica, o que gera uma maior facilidade no desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso, outro ponto é o estímulo maior na hora de se dedicar a uma Pós-Graduação, pois o núcleo oferece linhas de pesquisas flexíveis a qual podemos seguir futuramente e sendo assim ambientados como futuro pesquisador de Enfermagem.

8998 INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO E A TROCA DE SABERES: EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM
Karla Tatiane Viana, Anderlise Silva da Silva, Rosaura Soares Paczeck, Carmen Lúcia Mottin Duro

INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO E A TROCA DE SABERES: EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM

Autores: Karla Tatiane Viana, Anderlise Silva da Silva, Rosaura Soares Paczeck, Carmen Lúcia Mottin Duro

Apresentação: A experiência da inserção de acadêmicos de enfermagem desenvolvendo práticas da disciplina de Administração em Enfermagem nos serviços de saúde, da Escola de Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em um serviço especializado de Estomaterapia e de Curativos Especiais para desenvolver as atividades práticas do Gerenciamento do cuidado. A integração entre o ensino e o serviço prevê a inserção dos discentes no serviço de saúde para promover o processo de ensino e aprendizagem e muitas vezes induzir a novas formas de organização do trabalho em saúde. Este relato apresenta as vivências dos acadêmicos no serviço de estomaterapia, que atende pacientes com estomia e curativos especiais, desenvolvido no serviço de Estomaterapia do município de Porto Alegre do Centro de Saúde. Trata-se de um relato analítico da prática curricular em um serviço de saúde do município de Porto Alegre, tendo como experiência conhecimentos adquiridos e novas perspectiva de campo e trabalho. A motivação  foi inserir o serviços de estomaterapia como campo de práticas da disciplina de administração em Enfermagem, na perspectiva de que os graduando de enfermagem desenvolvam o gerenciamento do cuidado neste setor, utilizando as bases teóricas que fundamentam a prática administrativa do enfermeiro. Os alunos realizaram atividades na recepção do setor acompanhando os técnicos de enfermagem na dispensação de materiais necessários à troca de bolsas aos usuários, utilizando o sistema informatizado previsto para esse fim. Além de acompanhar a enfermeira estomaterapeuta nas consultas realizadas aos pacientes. Dessa forma, puderam conhecer o cidadão estomizado que é a pessoa que possui um estoma e também conhecer um pouco mais sobre estomias. Acompanharam os grupos de apoio aos pacientes estomizados, os quais ocorrem mensalmente, sendo coordenado pela enfermeira estomaterapeuta, contando também com a participação da equipe multiprofissional. No setor de curativos observamos diferentes etapas da Sistematização da Assistência, como o Planejamento, a Coleta de dados e o Diagnóstico de enfermagem, visando adequar procedimento à evolução da lesão. Como ocorrem no máximo dois atendimentos por vez nas salas, a enfermeira do setor se faz presente na etapa de avaliação objetiva, decidindo sobre eventuais mudanças na conduta do curativo, a depender da queixa e da evolução da lesão apresentadas no momento. Pudemos nos integrar ao processo de trabalho praticado no Setor, que se divide nas etapas iniciais da assistência, envolvendo o acolhimento inicial, identificação de demandas, e à etapa de Intervenção. A educação em saúde também compunha parte do atendimento, com as recomendações para o cuidado domiciliar. Tivemos diferentes desafios, no aspecto assistencial, lidamos enquanto graduandos com o acompanhamento de procedimentos cuja avaliação e tomada de decisões é amparada por conhecimento de nível especializado. Pudemos ter acesso e aprender com a experiência de enfermeiras especialistas nestas áreas. A experiência ao pacientes estomizados permitiu aos acadêmicos vivenciar habilidades necessárias à formação do enfermeiro, essas habilidades  estão presentes em vários cenários da saúde e possibilita ao acadêmico a aproximação com o usuário para as trocas de saberes no processo de saúde e no gerenciamento do cuidado.

9568 ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE PORTADORA DE ESQUIZOFRENIA
Antonio Simeone Correia Leitão, Yasmin Maria Pereira Lima, Yasmin Epifânio de Souza, Ana Karoline Cordeiro Maia, Valdelize Elvas Pinheiro

ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE PORTADORA DE ESQUIZOFRENIA

Autores: Antonio Simeone Correia Leitão, Yasmin Maria Pereira Lima, Yasmin Epifânio de Souza, Ana Karoline Cordeiro Maia, Valdelize Elvas Pinheiro

Apresentação: A esquizofrenia é um transtorno que faz parte do grupo de distúrbios mentais graves, com sintomas de maior ou menor hierarquia, tais como irradiação de pensamento, vozes alucinatórias e comportamento catatônico. Suas causas ainda não são conhecidas, mas relacionadas com fatores biopsicossociais, estes que podem ou não favorecer o aparecimento do transtorno. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem no acompanhamento a uma paciente portadora de Esquizofrenia em uma de suas internações em um hospital psiquiátrico. Método: Este estudo se baseia em uma estratégia descritiva da vivência dos acadêmicos de Enfermagem da UEA, por ocasião das aulas práticas da disciplina de Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiátrica. Resultado: Foi vivenciada prática em ambiente e rotina diferentes dos anteriormente vivenciados pelos acadêmicos, com focos distintos daqueles observados em postos de medicamentos, enfermarias e centros cirúrgicos. Na Saúde Mental se fez necessária abordagem fortemente pautada na relação terapêutica construída a partir da observação, diálogo e educação em saúde do cliente e família. Na experiência, foi orientado sobre a rede de atendimento do CAPS, principalmente quanto ao localizado no mesmo bairro que a paciente atendida reside, e da importante participação familiar, já que segundo a mãe da paciente, esta ia sozinha à terapia e não cumpria o número de consultas. Foi observado que a mesma não seguia o regime de terapia medicamentosa, resultando em frequentes surtos da doença, e consequentemente em seu comportamento agressivo, quanto a isso foi orientado o seguimento adequado da terapia com o maior rigor possível dentro da situação observada. Resultado: A partir da experiência os acadêmicos puderam ter um primeiro contato com a saúde mental e as suas principais doenças, conhecendo no cotidiano a atuação da enfermagem junto à equipe multiprofissional para a melhora clínica do paciente.

10036 CONTRIBUIÇÃO DA LIGA ACADÊMICA DE ENFERMAGEM EM INFECTOLOGIA PARA A FORMAÇÃO DOS DISCENTES EM UMA UNIVERSIDADE PRIVADA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
MATHEUS Augusto da Silva Belidio LOUZADA, Lucas da Silva Almeida, Joyce da Silva Bandeira, MARCELA DE BARROS JUSTINO, Nadia Gabriela Souza Quaresma, Antonio da Silva Ribeiro

CONTRIBUIÇÃO DA LIGA ACADÊMICA DE ENFERMAGEM EM INFECTOLOGIA PARA A FORMAÇÃO DOS DISCENTES EM UMA UNIVERSIDADE PRIVADA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: MATHEUS Augusto da Silva Belidio LOUZADA, Lucas da Silva Almeida, Joyce da Silva Bandeira, MARCELA DE BARROS JUSTINO, Nadia Gabriela Souza Quaresma, Antonio da Silva Ribeiro

Apresentação: Uma Liga Acadêmica constitui-se de uma entidade particular, sem fins lucrativos de duração ilimitada, organizada por acadêmicos com objetivos e interesses em uma área em comum, visando propor para os discentes os pilares fundamentais da educação superior: ensino, pesquisa e extensão de forma extracurricular. Objetivo: Relatar as experiências acadêmicas obtidas com a criação da Liga Acadêmica de Enfermagem em Infectologia (LIAENFI), em uma universidade privada, localizada em um município da Baixada Fluminense em 2019. Método: Trata-se de estudo descritivo, do tipo Relato de Experiência, realizado pelos membros da Liga Acadêmica de Enfermagem em Infectologia, no período de novembro de 2018 até janeiro de 2020. Resultado: Por ser a primeira liga acadêmica a ser criada na instituição, a LIAENFI teve um aspecto revolucionário para os acadêmicos. Com reuniões semanais e a estruturação de uma diretoria e ligantes, foi elaborado um cronograma bem extenso e agregador para todo o corpo discente da universidade. Visando promover o ensino, foram oferecidas aulas sobre diversos assuntos da infectologia que estavam em alta, aulas práticas sobre testagem rápida diagnostico, onde em um dia foram realizados mais de 260 testes. Práticas de metodologia ativa com funcionários de empresas do município e alunos de escolas da rede privada e pública da região, onde objetivo proposto era a conscientização sobre infecções sexualmente transmissíveis e da importância das práticas corretas de higienização. Na pesquisa tivemos mais de seis artigos realizados ao longo do ano, além de participações em congressos e eventos científicos. Essas práticas foram reconhecidas de forma positiva por toda a instituição, onde a pesquisa e o movimento estudantil eram praticamente escassos, servindo de inspiração para que outros discentes e docentes tomassem a iniciativa de criar outras ligas acadêmicas na instituição.  Considerações finais:  A Liga contribuiu para a formação dos discentes, pois proporciona novos conhecimentos e oportunidades além do que está estruturado na matriz curricular do curso. Sendo assim, a LIAENFI contribui para o desenvolvimento dos seus membros, para o corpo discente da instituição e para a comunidade, seja na realização de práticas científicas ou através de ações voltadas a promoção e prevenção de saúde.

10397 ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM COM A PESSOA EM SITUAÇÃO DE TENTATIVA DE SUICÍDIO NA EMERGÊNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Beatriz de Lima Bessa Ballesteros, Elaine Antunes Cortez, Gabryella Vencionek Barbosa Rodrigues, Elida Gabriela Serra Valença Abrantes, Jessica do Nascimento Rezende, Vanessa Teles Luz Stephan Galvão, Simone Costa da Matta Xavier, Karine Higino Ferreira

ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM COM A PESSOA EM SITUAÇÃO DE TENTATIVA DE SUICÍDIO NA EMERGÊNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Beatriz de Lima Bessa Ballesteros, Elaine Antunes Cortez, Gabryella Vencionek Barbosa Rodrigues, Elida Gabriela Serra Valença Abrantes, Jessica do Nascimento Rezende, Vanessa Teles Luz Stephan Galvão, Simone Costa da Matta Xavier, Karine Higino Ferreira

Apresentação: A temática suicídio e tentativas de suicídios são assuntos complexos. O suicídio é um grave problema de saúde pública que envolve questões socioculturais, históricas, psicossociais e ambientais. Tanto os fatores de risco quanto os de proteção para o comportamento suicida e para o suicídio são complexos, com múltiplas determinações, podendo ser prevenidos através de intervenções oportunas embasadas em dados confiáveis. O objetivo é relatar a vivência durante os plantões na emergência, sobre a importância da abordagem correta da equipe de enfermagem em pacientes em situação de tentativa de suicídio. O profissional de enfermagem do serviço de emergência costuma ser o primeiro profissional a abordar o paciente após uma tentativa de suicídio ou episódio de autolesão. A abordagem e avaliação adequadas a esses pacientes são fundamentais para prevenir futuros comportamentos suicidas. Porém, no cotidiano, os profissionais de enfermagem, frequentemente têm atitudes negativas perante o paciente suicida, deixando explícita a falta de conhecimento e habilidades interpessoais para atendê-los e, ainda, por avaliação e intervenção inadequada. Este trabalho é um relato de experiência dos plantões realizados na emergência de um Hospital Geral. Os Profissionais podem estar sendo afetados não só pela heterogeneidade (crenças, valores e culturas), mas também por obstáculos constantes na prestação de cuidado, como sobrecarga de trabalho, falta de apoio da instituição e o despreparo, que pode ser, reflexo de uma formação inadequada e/ou deficiente em saúde mental. Entretanto, a Educação Permanente trabalha na perspectiva da transformação, participa do desenvolvimento das ações de ensino em serviço, considera as singularidades, necessidades de formação e desenvolvimento para o trabalho em saúde, fortalecendo a atenção integral a saúde. Portanto, considero que a atenção aos profissionais que trabalham com pacientes apresentando comportamento suicida, deva ser abordada englobando ações que conjugam saberes, com ênfase à multidisciplinaridade, com ações que somem e se completem. Intervenções adequadas, bem fundamentadas através de uma ação conjunta, que prioritamente requerem uma interação entre profissionais, e em seguida uma intervenção técnica, com ações de atenção psicossocial em todos os contextos de assistência, pode levar a uma mudança relevante efetivando um cuidado humanizado e integral. Deste modo, sugere-se a educação permanente como estratégia para que os profissionais possam ter competência no manejo com pacientes após tentativa de suicídio.  

6741 A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM NA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Amanda Beatriz Gomes Furtado, Ingrid Cristina Siraides dos Anjos, Jainara de Souza Araujo, Ana Paula Ribeiro Batista, Carolina Pereira Rodrigues, Vera Lúcia de Azevedo Lima, Nathália Cantuária Rodrigues, Alessandra Silva Pantoja

A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM NA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Amanda Beatriz Gomes Furtado, Ingrid Cristina Siraides dos Anjos, Jainara de Souza Araujo, Ana Paula Ribeiro Batista, Carolina Pereira Rodrigues, Vera Lúcia de Azevedo Lima, Nathália Cantuária Rodrigues, Alessandra Silva Pantoja

Apresentação: A violência de gênero é uma problemática mundial da saúde pública, está interligada com os vestígios das estruturas culturais e sociais patriarcais e as ideologias machistas, inserida na sociedade durante anos. Sabe-se que a violência sexista têm muitas formas de manifestação como física, sexual, moral, psicológica, ou feminícidio e a importunação sexual, podendo acometer qualquer mulher de todas as idades, etnia, classes sociais, religiões ou qualquer outra condição. Cabe ressaltar que a violência é resultado das relações de poderes desiguais entre mulheres e homens, da expressão de dominação, e não somente uma questão da vida privada, perpetuando uma hierarquia e a desigualdade entre os gêneros.  Além disso, o contexto de dominação do gênero masculino vem de um comportamento naturalizado de um fenômeno, frutos das relações histórico-sócio-politico anteriores da sociedade e os atuais surgindo um plano da origem da violência, denominada do modelo ecológico da violência. O modelo ecológico da violência, é um esquema simplificado de quatros planos de interação (individuais, relacional, comunitário e o social) que reforçar ou evitar os riscos aos atos violentos. Além disso, mostra a complexidade e os diversos fatores de intervenção para o fenômeno na comunidade.  A sociedade contemporânea demonstra uma estrutura de uma constituição de principio da dignidade humana e a igualdade de direitos a todos (plano social) corroboram para a desnaturalização da opressão sobre as mulheres. A partir das declarações, lutas, protestos, manifestações e os outros (plano comunitário) ajudam para a reformulação de estruturas sexistas. Contudo, as heranças de fatores históricos, pessoais, biológicos, abusos sofridos na infância e a socialização primária (plano individual), mas também a interação de suporte familiar e das amizades (plano relacional) reforçar a permanência e as condições do ciclo da violência contra a mulher para a existência dos casos de crimes, relacionados ao descumprimento da Lei Maria da Penha e a Constituição Federativa Brasileira. A evidencia da interferência de diversos fatores sobre o ciclo de violência para a persistência da violência domestica e intrafamiliar contra mulheres, apesar da estrutura de desnaturalização e a criminalização das ações no Brasil, mostra necessário a intervenção de ações sobre os outros planos da violência para a quebrar da desigualdade de gênero. A reflexão sobre as atitudes e a visão da sociedade brasileira sobre a violência de gênero, estimulando a necessidade do respeito e a importância da mudança dos comportamentos misóginos, praticados nas esferas individuais, sociais e os culturais para a construção de uma sociedade onde haja o predomínio da igualdade. Como também, sensibilizar para as modificações das ideologias, interligadas aos pressupostos justificativos socioculturais e econômicos, alicerçados pela culpabilidade feminina a violência sofrida. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência, realizado por graduandos do curso de Enfermagem do Programa de Extensão: Empoderamento e o fortalecimento da mulher amazônica frente à violência doméstica, da Faculdade de Enfermagem do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará. A atividade aconteceu em uma escola pública de ensino fundamental, localizada em um bairro periférico de Belém do Pará, para 15 alunos do nono ano, durante o segundo semestre letivo de 2018. A ação educativa dividiu-se três momentos: acolhimento, síntese e a intervenção. O primeiro, denominado de Acolhimento, tem como característica a apresentação dos acadêmicos, mas também, a explicação da temática a ser abordada e a criação de vínculo com os participantes, com uma dinâmica denominada A RODA.  A dinâmica desenvolveu-se com o uso de uma caixa de som, papéis cortados de forma retangular com frases machistas ditas no dia-dia. Sendo assim, os alunos foram dispostos na forma de círculo, fazendo uma analogia a brincadeira infantil Ciranda.  Assim para o inicio da dinâmica os alunos ficavam sentados em uma roda, com a utilização de músicas com temáticas sobre o empoderamento feminino, enquanto o sonoridade tocava, passava uma caixa de mão em mão com doze perguntas dentro, as quais seriam retiradas aleatoriamente e respondidas a quem parasse a música naquele momento, assim os alunos se apresentavam, e falavam o que achavam sobre a pergunta sorteada. As interrogações feitas foram as seguintes: O namorado pode deixar a namorada sair sozinha com as amigas?, O que você acha de mulheres que usam roupas curtas?, Quem é mais inteligente homem ou mulher?, Quais as profissões você acha que é de mulher?, Qual a função de uma esposa?. A partir das próprias respostas, os adolescentes refletiam e desconstruíam as concepções machistas ou preconceituosas, por meio do debate entre os alunos, principalmente com as interferências das meninas das posições de desigualdades de gênero mostraram a tendência para o empoderamento feminino do século XXI. Logo, o primeiro momento, os graduandos permitiram a construção de vínculos entre os participantes e a ativa participação ao desenvolvimento da reflexão da opressão das mulheres feitas, por conta da dinâmica de característica informal apresentaram receptivo para o debate e comunicativo para as indagações sobre o assunto em questão. O momento da síntese foi disponibilizado lápis de cores e cartazes para os alunos que já tinham respondido a pergunta. Dividiu-se os alunos em três grupos de cinco para desenhar sobre atitudes do cotidiano que eles entendiam como agentes promotores do respeito, sensibilização e denúncia sobre a violência contra a mulher. Nesta fase, o objetivo de fortalecer a compreensão e a importância da erradicação da violência na sociedade. Os três grupos alunos foram dispostos com um acadêmico, como auxiliador passivo da criação dos cartazes, contribuindo para frases de protesto, desenhos sem estereótipos típicos do patriarcalismo e o reconhecimento dos tipos de violência e a explicação do termos do movimento feminista, como empoderamento, equidade, diferença de sexo e gênero e a lei Maria da Penha. O último momento, a intervenção iniciou-se com o direcionamento dos alunos para proliferar os ideias pelas escolas conversando com amigos na produção, mas também a exposição dos cartazes no espaço da escola para divulgação dos conhecimentos passados serem alcançados por todos. Resultado: Os acadêmicos de Enfermagem puderam constatar a importância da ação educativa como promotora da conscientização referente ao tema sobre a violência contra a mulher, ressaltando a necessidade de sensibilizar os alunos sobre a temática e compartilhar informações desde a educação básica para que comportamentos misóginos sejam amenizados. Foi notória pela fala dos alunos, a presença de concepções historicamente machistas, disseminadas principalmente no ambiente familiar. Entretanto, após a dinâmica podemos perceber que muitos haviam mudado algumas concepções que haviam dito no início da dinâmica, percebendo a importância da denúncia de casos de violência verbal, física e psicológica, respeito às mulheres e a necessidade de igualdade social. Considerações finais: Portanto, torna-se claro à relevância das ações educativas no ambiente escolar, principalmente aos grupos de adolescente mostrou a formação de cidadãos e a possibilidade de quebrar do ciclo de violência contra mulheres, a partir das modificações da hierarquia do masculino sobre o feminino imposta no meio social de raízes históricas e culturais constituídos em séculos anteriores, com as expressões, ações e comportamentos machistas dirigidos pelos indivíduos para as mulheres. Dessa forma, os temas expostos desde o ensino básico promovem o pensamento crítico-reflexivo, a respeito de temáticas sociais e a compreensão da dinâmica dos direitos e os deveres, como promotores de mudanças ativas e passivas, amenizando assim um processo sócio-excludente, vivenciado pelas mulheres diariamente que limitar os seus direitos como cidadã e humana no país.

6801 PRODUÇÃO CIENTIFICA E SUA RELEVÂNCIA PARA A ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Laisa Marcato Souza da Silva, Ana Lucia Naves Alves, Luiz Henrique dos Santos Ribeiro, Julia Gonçalves Oliveira, Gustavo Nunes de Mesquita

PRODUÇÃO CIENTIFICA E SUA RELEVÂNCIA PARA A ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Laisa Marcato Souza da Silva, Ana Lucia Naves Alves, Luiz Henrique dos Santos Ribeiro, Julia Gonçalves Oliveira, Gustavo Nunes de Mesquita

Apresentação: Conscientizar os acadêmicos sobre a importância da pesquisa, dos relatos de experiência, do entendimento sobre as metodologias que podemos desenvolver e lançar mãos para a produção acadêmica é de sumo importância. Intensificar a relevância da produção cientifica para a enfermagem e o quanto nossa categoria profissional, pode se beneficiar dessas conquistas e inovações faz com que potencializamos a capacidade de raciocínio da enfermagem. Onde podemos nos aperfeiçoar cada vez mais como profissionais e para prestação de um gerenciamento e uma assistência de qualidade.Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência, elaborado pelo grupo de pesquisa compostos por quatro acadêmicos e uma docente do Centro Universitário de Barra Mansa – UBM para orientação dos artigos produzidos. Iniciado o grupo de pesquisa no ano de 2018, com ênfase na produção de artigos referente às diversas atuações dos enfermeiros e as reflexões sobre a assistência prestada do profissional. Justifica-se o desenvolvimento deste relato de experiência, pela visão holística e critica que devemos desenvolver no âmbito da formação acadêmica dos discentes, juntamente com o estimulo a produções cientificas e o desenvolvimento da enfermagem quanto ciência. Com relevância ao estimulo, contribuição e colaboração do preceptor para auxiliar e incentivar a busca pelo conhecimento cientifico em pesquisa. O presente estudo busca demonstrar a relevância sobre a produção acadêmica no contexto da universidade privada. Onde demonstramos que é possível realizarmos produções cientificas de grande relevância e com impacto significativo para a comunidade, os acadêmicos e os profissionais atuantes no mercado de trabalho. Ressaltar a importância de um orientador disposto a contribuir para a qualificação dos acadêmicos e a observação de uma oportunidade para o crescimento do desenvolvimento cientifico e a potencialização da enfermagem como ciência. O incentivo da produção cientifica para os eventos que abrangem a profissão de forma multidisciplinar que sempre agregam conhecimentos. Com o relato de um grupo de pesquisa que potencializou a oportunidade em escrever e publicar artigos científicos com objetivo de aprimorar o raciocínio critico e sermos profissionais diferenciados no mercado de trabalho.  

6714 PERCEPÇÃO DO GRADUANDO DE ENFERMAGEM: DESAFIOS E POSSIBILIDADES ACERCA DA SAÚDE DO HOMEM NA PERSPECTIVA FENOMENOLÓGICA
Vilza Aparecida Handan de Deus, Rose Mary Costa Rosa Andrade Silva, ELIANE Ramos Perreira, ELINA FERNANDES DE OLIVEIRA, SANDRA CONCEIÇÃO RIBEIRO CHICHARO, RITA CASSIA FERREIRA DA SILVA, ANGELICA YOLANDA BUENO BEJARANO VALE DE MEDEIROS, ELIANE CRISTINA DA SILVA PINTO CARNEIRO

PERCEPÇÃO DO GRADUANDO DE ENFERMAGEM: DESAFIOS E POSSIBILIDADES ACERCA DA SAÚDE DO HOMEM NA PERSPECTIVA FENOMENOLÓGICA

Autores: Vilza Aparecida Handan de Deus, Rose Mary Costa Rosa Andrade Silva, ELIANE Ramos Perreira, ELINA FERNANDES DE OLIVEIRA, SANDRA CONCEIÇÃO RIBEIRO CHICHARO, RITA CASSIA FERREIRA DA SILVA, ANGELICA YOLANDA BUENO BEJARANO VALE DE MEDEIROS, ELIANE CRISTINA DA SILVA PINTO CARNEIRO

Apresentação: A prática profissional, contribuir de forma significativa na promoção e prevenção dos agravos a saúde do homem, cabendo à universidade fornecer competências e habilidades aos graduandos de enfermagem, como preveem as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). Objetivo: Compreender a percepção do estudante de graduação em enfermagem acerca da saúde do homem, em sua formação pedagógica, a partir da perspectiva fenomenológica de Merleau Ponty. Método de Estudo: É um estudo fenomenológico, descritivo, com abordagem qualitativa, realizada com 31 graduandos de enfermagem. Os dados foram coletados através de entrevista semiestruturadas, e tratados pelo método de Georgio. Resultado: A partir da análise dos dados foram estabelecidas e geradas quatro categorias: O corpo e a linguístico como significado do todo; A organização curricular e sua fragmentação no mundo da vida acadêmica; Atenção a saúde do homem: sob o olhar perceptivo do graduando; A subjetividade da vida do graduando ao encontro do corpo vivido. Os resultados representam as perspectivas do fenômeno estudado e refletem como os graduando de enfermagem estabelecem o seu envolvimento perceptivo quanto à temática. Promovendo uma reflexão que se traduz no processo de formação de gerações de graduandos de enfermagem e o seu engajamento para uma melhor adequação do papel dos futuros enfermeiros que valorize a promoção e prevenção dos agravos à população masculina. Considerações finais: Conclui-se, que durante a formação do graduando de enfermagem, o tema Saúde do adulto é sim abordado de forma tímida, dentro de outras disciplinas como: Saúde Coletiva, Saúde do Adulto, porém não há oferta de uma disciplina específica acerca da saúde do homem. No entanto possuem disciplinas obrigatórias voltadas à Saúde da Mulher, da Criança e do Idoso.

7936 EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UMA FERRAMENTA DA ENFERMAGEM PARA O CONHECIMENTO DOS ADOLESCENTES
Mayara da Silva Bazílio, Inez Silva de Almeida, Andreia Jorge da Costa, Emylle Macruz Martins, Letícia Weltri de Andrade, Nizélia Ferreira da Silva Floro Rosa, Juliana de Souza Ferreira, Raquel Barrientos de Oliveira Costa, Karine do Espírito Santo Machado

EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UMA FERRAMENTA DA ENFERMAGEM PARA O CONHECIMENTO DOS ADOLESCENTES

Autores: Mayara da Silva Bazílio, Inez Silva de Almeida, Andreia Jorge da Costa, Emylle Macruz Martins, Letícia Weltri de Andrade, Nizélia Ferreira da Silva Floro Rosa, Juliana de Souza Ferreira, Raquel Barrientos de Oliveira Costa, Karine do Espírito Santo Machado

Apresentação: Quando se fala em educação em saúde, a sala de espera de serviços ambulatoriais é um espaço que permite aos sujeitos envolvidos a troca de informações sobre assuntos do seu cotidiano com a intenção de prevenir riscos, ou seja, promovendo assim a sua saúde. A sala de espera para adolescentes e familiares é um cenário de empoderamento, onde os participantes ouvem e são ouvidos, conseguem esclarecer suas dúvidas através de um processo dialógico, humanizado e dinâmico. Na enfermagem, ciência cuja essência e especificidade é o cuidado ao ser humano, de modo individual, na família ou na comunidade de forma integral e holística, desenvolvendo atividades  com o objetivo de promoção, proteção, prevenção de danos a saúde. Com isso, propõe informações necessárias ao fortalecimento a tomada de decisões, criando assim oportunidades de reflexão crítica sobre as condições de saúde desses adolescentes, visto que a adolescência é uma fase de muitas mudanças. Objetivo: Destacar a importância das atividades de educação em saúde para adolescentes. Método: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, a partir de projeto de estágio interno complementar em um ambulatório de um hospital universitário do Estado do Rio de Janeiro. Análise quanti-qualitativa Resultado: No período de janeiro a dezembro de 2019, foram desenvolvidas 18 atividades educativas com a abordagem de 8 temáticas, de acordo com o mês de referência, sendo elas cuidados com o corpo no verão, gravidez na adolescência, bullying, doação de sangue, HPV, outubro rosa: câncer de mama, ISTs e a principal temática HIV/AIDS. Estiveram presentes na sala de espera, no ano de 2019, 287 pessoas sendo 140 delas adolescentes na faixa etária dos 12 aos 18 anos e 147 familiares entre 28 e 68 anos. Identificou-se que foram utilizadas 3 ferramentas importantes de educação em saúde, sendo as principais a distribuição de folderes explicativos sobre as temáticas abordadas, dramatizações com a representações de situações que envolviam alguns dos temas e algumas dinâmicas com o intuito de reforçar a aprendizagem e incluir os espectadores no processo. Considerações finais: Podemos constatar que os benefícios da sala de espera para os adolescentes e seus familiares através da utilização dessas ferramentas são o enriquecimento do conhecimento no processo de aprendizagem, bem com a associação das temáticas com suas vivências e representações culturais.

10386 O ENFERMEIRO COMO EDUCADOR EM SAÚDE: A VISÃO DE ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Joelma Fernandes, Viviane da costa Freitas Silva

O ENFERMEIRO COMO EDUCADOR EM SAÚDE: A VISÃO DE ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Autores: Joelma Fernandes, Viviane da costa Freitas Silva

Apresentação: O estudo objetivou mostrar a importância do Enfermeiro no Programa Saúde na Escola e identificar a percepção do discente do Curso de Enfermagem do Unifeso sobre as práticas educativas do Enfermeiro na Escola. Utilizou a abordagem qualitativa, com a técnica de grupo focal para coleta de dados. Os resultados basearam-se na análise de conteúdo. Desenvolvimento: A formação do Enfermeiro, nos últimos anos, vem sendo orientada para atender a uma realidade e demanda constatada a partir das necessidades de saúde da população. Vários fatores interferem e influenciam a direção dos currículos, dentre eles: as políticas públicas de saúde e educação, a organização dos serviços de saúde e os indicadores epidemiológicos. Nesse contexto, a formação deve estar direcionada para a aproximação da realidade, com vistas a desenvolver, nos profissionais, uma prática que interfira e possa modificar positivamente o cenário de abrangência da sua atuação. Ao ingressar na graduação em Enfermagem, o estudante ainda não tem a amplitude da atuação dos enfermeiros e vê como principais campos de trabalho os hospitais e as unidades de atenção básica. No início das atividades de Integração Ensino-Trabalho-Cidadania (IETC), os estudantes são orientados e acompanhados por docentes a desenvolverem as competências relacionadas à promoção da saúde e prevenção de doenças, atuando em atividades práticas nas escolas municipal e estadual junto às turmas que cursam o ensino fundamental e médio. Observa-se que o cenário das escolas que oferecem o ensino fundamental e médio é de grande relevância para a discussão de assuntos relacionados à área da saúde e qualidade de vida. É um ambiente que impulsiona a despertar a formação do senso crítico, moral, adotar hábitos básicos de vida saudáveis a partir da prática da Educação em Saúde. A prática das atividades de Educação em Saúde, no cenário da escola, possibilita a integração saúde e educação nas suas concepções mais amplas, estabelecidas como políticas públicas no Brasil. Esta pesquisa desenvolveu-se a partir do tipo de estudo de caráter exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa. O grupo participante foi composto de 10 estudantes do Curso de Graduação em Enfermagem do Unifeso, que desenvolvem a IETC nas escolas do município de Teresópolis. Os sujeitos da pesquisa foram os estudantes do primeiro ano do Curso de Graduação em Enfermagem inseridos no cenário da IETC, nas escolas do município de Teresópolis. A coleta de dados foi realizada de agosto a setembro de 2016. A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa do Unifeso, através da Plataforma Brasil e cumpriu com todos os princípios éticos que nortearam a pesquisa envolvendo seres humanos que se encontram apoiados nos requisitos de autonomia, não maleficência, justiça e equidade, dentre as outras exigências explícitas na Resolução 466/12. Resultado: Os dados referentes à caracterização dos estudantes com relação ao gênero revelam que a maioria dos estudantes/participantes era do sexo feminino (60%). Com relação à idade dos estudantes, variou entre 18 e 32 anos com predominância de estudantes com idade entre 18 a 20 anos. As respostas foram analisadas e emergiram em quatro categorias que foram discutidas sistematicamente e fundamentadas a partir do referencial teórico. CATEGORIA 1: Ambiente Escolar: a interface da Educação em Saúde para a formação do Enfermeiro. Os estudantes do Curso de Graduação em Enfermagem do Unifeso, desde o primeiro ano da sua formação, percebem, por meio da participação ativa e construção do conhecimento partindo de uma realidade, a prática do Enfermeiro fundamentada em ações educativas, de acolhimento e aconselhamento. CATEGORIA 2: Produção de competências no ambiente escolar: percepção dos estudantes de Enfermagem do Unifeso. Aprender é um ato de conhecimento da realidade concreta, isto é, da situação real vivida pelo estudante, que se dá através de uma aproximação crítica dessa realidade. A aproximação da prática profissional proporciona, ao estudante, aprendizagem significativa, construção de conhecimentos, habilidades e atitudes, com autonomia e responsabilidade. CATEGORIA 3: Facetas da saúde-doença na escola: o encontro com os problemas de saúde para o estudante do Curso de Enfermagem do Unifeso. Após leitura das respostas, os problemas de saúde mais citados foram: falta de prevenção para DST, falta de sexo seguro, álcool e drogas, má alimentação, gravidez na adolescência. CATEGORIA 4: Programa Saúde na Escola: abordagem no currículo do Curso de Enfermagem do Unifeso. Todos os estudantes que participaram da coleta de dados responderam conhecer o Programa Saúde na Escola (PSE) e identifica como ferramenta para realizar atividades de prevenção, promoção, atenção e educação em saúde, tornando, assim, mais eficaz a assistência em saúde à comunidade escolar. Considerações finais: A escola sendo o principal ambiente para o desenvolvimento de relações, do senso crítico e político para a construção de valores pessoais e maneiras de conhecer e viver em sociedade, é o que faz por merecer uma atenção maior quanto à educação em saúde. As intervenções lúdicas na prática da Educação em Saúde são eficazes para a (trans)formação e aprimoramento das relações e objetivos estabelecidos, diante dos cuidados em saúde. Para termos a educação em saúde como ferramenta eficiente na intervenção do processo saúde-doença, de maneira comprometida com a formação de cidadãos autônomos, críticos, conscientes e corresponsáveis para a melhoria das condições de vida, faz-se necessário investir esforços para implementar, de maneira sistemática, essa prática no ambiente escolar. Repensar os currículos dos Cursos de Graduação em Enfermagem para viabilizar o processo de formação a partir da construção e formação de profissionais que estejam afeitos a essa concepção (trans) formadora das práticas de intervenção na sociedade e legitimar a presença do profissional Enfermeiro na escola, é um caminho promissor para melhoria das condições de saúde relacionadas a fatores determinantes e causais modificáveis no cotidiano da vida. A missão da educação se resguarda não na transmissão dos valores e concepções do profissional, mas sim no desafio de criar possibilidades para novos conhecimentos construídos coletivamente e viáveis de serem aplicados para a transformação de uma realidade com riscos de agravos e comprometimento dos padrões de qualidade de vida da sociedade. Essa oportunidade de vivência do estudante de graduação no cenário escolar oportuniza um aprendizado significativo através da troca de experiências entre os envolvidos. A formação do Enfermeiro substanciada na inserção em atividade prática, o mais precocemente possível, faz com que se desenvolva uma corresponsabilidade significativa na sua vida acadêmica, desenvolvendo a prática da escuta, do diálogo, estimulando a criatividade e tornando os sujeitos do ambiente escolar mais questionadores e ativos nos processos de mudanças das necessidades de saúde. Observou-se que a prática da educação em saúde deve permanecer no currículo do Curso de Graduação em Enfermagem, desde o primeiro período, fortalecendo a formação baseada nos princípios da integração entre a teoria e a prática, para que o acadêmico possa ir construindo seu conhecimento articulado nas experiências que for vivenciando, correlacionando-o à teoria.

10898 A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM EM EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Dafhne Aquino, Nayla Castro

A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM EM EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Autores: Dafhne Aquino, Nayla Castro

Apresentação: O Programa Saúde da família surgiu da indignação pela circunstância de que, no Brasil, o acesso aos serviços de saúde era precário, ainda em 1993, cerca de 1000 municípios brasileiros não tinham nenhum profissional médico nessa época Em 1994 foi implantado no Brasil pelo Ministério da Saúde (MS) o Programa Saúde da família, mais conhecido como a Estratégia Saúde da Família (ESF), surgiu como propósito para alterar o modelo de atenção à saúde. Desde então, é utilizada como estratégia prioritária para efetivação e organização segundo os princípios e diretrizes  do sus. (PAIVA; ET AL 2016) A Atenção Primária deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de comunicação com toda a rede de atenção à saúde e se qualifica por um conjunto de ações de saúde, no contexto individual e coletivo, que engloba a promoção, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, manutenção da saúde em diferentes características e gênero. A ESF é formada por uma equipe multidisciplinar e composta por, no mínimo: Um médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade; Dois enfermeiros generalista ou especialista em Saúde da Família; Três auxiliares ou técnico de enfermagem; e seis agentes comunitários de saúde. Podem ser acrescentados a essa equipe os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal. Devido a ações proposta pela ESF, enfermeiro é um profissional que conjunto a equipe de saúde da família, elabora prática de ações educativas, que são executadas em vários espaços dentro da comunidade. O profissional da atenção básica, principalmente o enfermeiro, deve ser capacitado para gerenciar, supervisionar, planejar, organizar, desenvolver e avaliar ações que correspondam as necessidades da comunidade. Nessa perspectiva, a ESF tem como objetivo fazer práticas educativas com intuito de oferecer adoção de novos hábitos e condutas de atenção à saúde que busca promover à saúde e prevenir doenças nos diferentes níveis de complexidade do processo saúde-doença. (RAMOS; ET AL, 2018) Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, a qual se qualifica como: compilar, examinar e fundir as pesquisas sobre um tema estabelecido. De maneira metodológica, com a finalidade de argumentar e aprofundar o entendimento a respeito da temática. Em consequência ao aumento da demanda e da complexidade de informações, considera-se indispensável o desenvolvimento de estudo científico. Os artigos selecionados para a construção do trabalho foram encontrados nas bases de dados da: BVS, LILACS, MEDLINE. Os critérios de inclusão foram: Texto completo, assunto principal, nas línguas português, espanhol nos últimos 05 anos, com os descritores: Educação em saúde; Enfermagem; Saúde da família Para a estruturação da revisão integrativa foram percorridos os seguintes processos: Pesquisa nas plataformas a respeito da temática, objetivo da pesquisa, foi estabelecido o critério de inclusão e exclusão, foi determinada os  artigos quais seriam utilizados e a conjuntura do estudo. Foram encontrados 124 artigos relacionados aos descritores, após os critérios de inclusão encontrou-se  56 artigos restringindo-se no final em 23 artigos. No Brasil os problemas incluindo educação em saúde tomam uma ampla proporção, principalmente devido às condições socioeconômicas à falta de saneamento básico, educação sanitária e hábitos culturais. Para que ocorra uma diminuição da prevalência das doenças parasitárias, seria necessário que as autoridades governamentais não apenas disponibilizassem o tratamento medicamentoso, porém investisse na profilaxia, através da conscientização da população para os bons hábitos de higiene e através da disponibilização do saneamento básico para as comunidades mais carentes.

6055 PRÁTICAS ACADÊMICAS E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE NEUROTOXOPLASMOSE ASSOCIADA A HIV: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Bárbara Cybelle Monteiro lopes, Karollyne Quaresma Mourão

PRÁTICAS ACADÊMICAS E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE NEUROTOXOPLASMOSE ASSOCIADA A HIV: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Bárbara Cybelle Monteiro lopes, Karollyne Quaresma Mourão

Apresentação: A Toxoplasmose é uma doença causada por parasita com distribuição mundial, o agente Toxoplasma gondii é um protozoário intracelular obrigatório. Em pacientes imunocompetentes pode causar lesões intracranianas, infecções assintomáticas e latentes que persistem pela vida. No caso de pacientes com AIDS pode cursar com reativação da doença, o que ocorre usualmente quando a contagem de linfócitos CD4 se torna menor que 100 cels/mm3, nesse caso a chance de adquirir a doença se torna maior se o paciente tem sorologia positiva e não faz uso de profilaxia. O predomínio da toxoplasmose no mundo é variável, mas se aproxima a 11% nos Estados Unidos e é semelhante em pacientes HIV positivos e negativos, por outro lado, em alguns locais da Europa e da América latina a soroprevalência ultrapassa 80%. No Brasil, a infecção varia de acordo com a região, sendo considerada alta no país em estados, como o Pará, a maioria dos estudos está restrita à área urbana da Cidade de Belém, onde os índices são superiores a 70%. As manifestações clínicas mais comuns são Cefaleia, Febre, convulsões, alteração do estado mental, hemiparesia, disfasia e outras alterações motoras são comuns, uma vez que as lesões envolvem os gânglios cerebrais. Sendo a febre o principal sintoma. Em relação ao diagnóstico, é efetuado através da TC com ou sem contraste do cérebro que mostram as lesões únicas ou múltiplas, a Ressonância Magnética também corrobora para os achados da lesão. Exames de PCR, IgG e Biopsias cerebrais estereotáxica são efetuadas no LCR caso apareça achados nos outros exames. Ademais, para o tratamento consiste na associação de sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico, a terapêutica também inclui a repetição dos exames após as duas primeiras semanas do tratamento. O paciente do caso faz uso de medicamentos: Dipirona ,Bromoprida (AMP- 2ml- 10mg) 5mg/ml, Captopril 25mg, Ranitidina (AMP 2ml) 25 mg/ml, Sulfadiazina 500 mg, Pirimetamina 25 mg, Acido Folinico 15mg, Fluconazol 150mg e Dexametasona Fosfato (AMP 10mg) 4 mg/ml. Portanto com o objetivo de reduzir a doença nos pacientes com AIDS é necessário, evitar o contato com as pessoas infectadas, consumir alimentos cozidos adequadamente, ter higiene na moradia, e obtenção de informações clínica laboratorial e epidemiológica detalhada pelos profissionais de saúde para intervenção rápida e eficaz. Desse modo, é importante a assistência dos enfermeiros aos pacientes, atribuindo à sua Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) que consiste em um instrumento assistencial que organiza o trabalho profissional quanto ao método de preparação do Processo de Enfermagem. Portanto a SAE, como processo em pacientes com esta patologia é relevante, sobretudo, em nutrição, regulação térmica, integridade física, o que atribui potencialidade ao tratamento. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada por acadêmicos de enfermagem, da Universidade Federal do Pará, a partir da utilização da SAE a um paciente com Neurotoxoplasmose e HIV, referindo, a inter-relação da sistematização da assistência com a humanização do cuidado no que diz respeito a esta patologia. Descrição da Experiência: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, requisito avaliativo da atividade curricular enfermagem em doenças transmissíveis, da faculdade de enfermagem UFPA com apoio do projeto de ensino intitulado: “Monitoria: uma possibilidade de transformação no ensino-aprendizagem de Enfermagem em Doenças Transmissíveis”. O local do estudo foi um hospital universitário, referência em doenças infectocontagiosas e parasitárias em Belém (PA), realizada no mês de Dezembro de 2019. Os dados coletados foram analisados e identificados os diagnósticos, implementadas as intervenções de enfermagem necessárias e verificado os resultados esperados, utilizando a taxonomia da NANDA, NIC e NOC. O paciente foi selecionado de forma aleatória para o estudo. Ao primeiro contato com o paciente, foram coletadas as informações sobre o seu estado atual, este apresentava consciente, orientado, deambulando com auxílio e sinais vitais estavam estabilizados. Ao exame físico, a pele e as mucosas estavam hipocoradas, cavidade oral com presença de saburra lingual, cáries e ausência de alguns dentes, apresentou lesão cicatrial no abdome na região do hipocôndrio direito, lesão no ombro direito, descamações e lesão nos pés. Paciente relatou sono e repouso prejudicados, astenia, deambulação prejudicada por cansaço ao andar, constipação desde que deu entrada ao hospital, e também fazia uso de acesso periférico no antebraço direito. Logo após, consultamos o prontuário, para identificar o histórico do paciente, condições de chegada, motivo da internação, tratamento realizado e evolução do quadro clinico. O paciente aceitou participar espontaneamente do estudo. Resultado: Após análise dos problemas identificados o paciente teve os seguintes diagnósticos 1- Integridade da pele prejudicada relacionada à defesa inadequada, 2- Deambulação prejudicada relacionada à força muscular diminuída, 3- Constipação relacionada à incapacidade de defecar evidenciado por mudança de ambiente recente, 4- Distúrbio no padrão de sono 5- Dentição prejudicada relacionada a higiene oral inadequada 6- Comunicação verbal prejudicada evidenciada pela disfasia. Em seguida, foram implementadas as respectivas intervenções: 1-Examinar a pele e as mucosas e fazer limpeza 2- Usar exercícios passivos e/ou ativos de amplitude de movimentos para aliviar a tensão muscular. 3- Avaliar o perfil medicamentoso quanto a efeitos colaterais gastrointestinais. 4- Proporcionar repouso e sono adequado deixando o ambiente confortável. 5- Oferecer os artigos pessoais como, por exemplo, a escova de dente e encorajar o paciente a realizar as atividades normais da vida diária 6- Fazer as terapias de linguagem-discurso recomendadas durante as interações informais. Após a execução da SAE, espera-se atingir os seguintes Resultado: 1- Realização do autocuidado coerente com a capacidade, 2- Manutenção da força muscular, 3- padrão de eliminação eficaz, 4-Bem-estar pessoal, repouso, qualidade de vida, 5- Autocuidado na higiene oral. Considerações finais: Portanto, no decorrer das atividades práticas na instituição hospitalar, pode se atentar para o papel primordial do enfermeiro no cuidado ao paciente com doenças infectocontagiosas. Dessa forma, foi possível compreender as atribuições do enfermeiro, no cuidado, sobretudo, mediante aos exames físicos, diagnósticos e intervenções de enfermagem que agem ativamente no processo de tratamento do paciente. Além disso, a prática nos transmitiu reforçar sempre a base teórica antes de efetivar os procedimentos. Por fim, é importante ressaltar o papel da SAE em um plano terapêutico adequado e condizente com as necessidades do paciente, caracterizando um cuidado total.

6059 RECURSOS AUDIOVISUAIS E ROTEIRO COMO INSTRUMENTOS DIDÁTICOS DE EXAME FÍSICO NO CONTEXTO DA CONSULTA DE ENFERMAGEM
Thamires Ribeiro da Silva, Mirian da Costa Lindolpho, Nelson Carvalho Andrade, Alessandra Conceição Leite Funchal Camacho

RECURSOS AUDIOVISUAIS E ROTEIRO COMO INSTRUMENTOS DIDÁTICOS DE EXAME FÍSICO NO CONTEXTO DA CONSULTA DE ENFERMAGEM

Autores: Thamires Ribeiro da Silva, Mirian da Costa Lindolpho, Nelson Carvalho Andrade, Alessandra Conceição Leite Funchal Camacho

Apresentação: As tecnologias de informação e comunicação estão presentes na rotina diária da sociedade. Sua disseminação culminou no desenvolvimento de uma cultura caracterizada por um modelo digital de pensar, produzir, comunicar e aprender. Desse modo, seu uso e domínio tornaram-se comuns em diferentes faixas etárias, mas principalmente entre os mais jovens. A mídia é capaz de educar e entreter de forma concomitante, diferentemente da educação convencional. O celular tem se mostrado um objeto indispensável no cotidiano desta geração por inúmeras razões como a comunicação, entretenimento e informatização. Em vista disso, os vídeos são um recurso estratégico, pois ao estarem disponíveis neste aparelho, são facilmente acessíveis em diversos ambientes e momentos. O seu uso na prática pedagógica enriquece o ensino e abre um caminho para novas possibilidades, por isso, foram a opção de escolha como projeto de monitoria na disciplina de Fundamentos de Enfermagem III da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa. Eles demonstram dentro do contexto da consulta de enfermagem, como o exame físico deve ser realizado. A consulta é uma atividade privativa do enfermeiro composta por: coleta de dados ou histórico (compreendendo entrevista e exame físico), diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação de enfermagem. É uma prática importante com base científica. Na graduação em enfermagem da Universidade Federal Fluminense, tal disciplina é a iniciação da prática, o que implica no resgate dos conteúdos e princípios científicos aprendidos nas matérias básicas como anatomia e fisiologia. Diante da insegurança, ansiedade e do medo do estudante com medo de causar desconforto no cliente ou de não ser capaz de diferenciar o fisiológico do patológico, nota-se que a sua preparação técnica e psicológica é indispensável. Esse procedimento é uma atividade a ser vivenciada pelos discentes não apenas no Ensino Teórico Prático (ETP) da disciplina, mas também em toda sua jornada como enfermeiros já que uma avaliação eficaz permite o desenvolvimento de um diagnóstico de enfermagem individualizado, importante para escolha da intervenção mais resolutiva. A realização desse exame é indicada para obtenção de dados e elaboração de julgamentos clínicos sobre o estado de saúde do cliente; acrescentar, validar ou refutar dados obtidos na entrevista; identificar diagnósticos de enfermagem; e avaliar resultados do cuidado. Contudo, vale ressaltar que tais ferramentas demonstram poder educacional limitado, uma vez que exibem o conteúdo de forma superficial com explicações breves. A fim de suprir tal carência, foi construído um roteiro contendo informações que proporcionam um suporte teórico consistente. O presente trabalho objetivou elaborar roteiro para simplificar o aprendizado de exame físico antes do Ensino Teórico Prático (ETP) de consulta de enfermagem, desenvolver vídeos demonstrativos e mensurar o aproveitamento das estratégias educacionais pelos acadêmicos. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo quanti-qualitativo que construiu um roteiro e vídeos sobre a técnica de exame físico, e mensura o quanto os materiais didáticos disponibilizados por meios digitais contribuíram para o aprendizado do exame físico. O roteiro foi produzido a partir das literaturas recomendadas pela disciplina a fim de abordar todo o processo do exame físico, dando enfoque aos conteúdos pertinentes à prática. Inicia-se com uma introdução sobre conceito e propósitos tanto do exame quanto do material. Em seguida, aborda todo o preparo prévio dando enfoque no ambiente, cliente, examinador e equipamentos, então traça as propedêuticas e desenvolve cada segmento do exame, incluindo sinais vitais e o exame céfalo-caudal. Dispõe de gráficos, tabelas e fotos extraídas de literaturas e do Ministério da Saúde. Foram elaborados 8 vídeos com tempos de duração variados, sendo o menor de 01:49 e o maior de 06:37 minutos. A demonstração do exame foi realizada pela autora e outro monitor que interpretaram respectivamente o examinador e o paciente, após autorização do uso da imagem. A edição foi realizada por meio dos aplicativos “CAMTASIA” e “MOVIE MAKER”. Devido à extensão desse tema, cada vídeo abordou um exame específico, sendo eles: sinais vitais; tórax; neurológico; membros; musculoesquelético; glicemia capilar; cabeça e pescoço e abdome. O áudio buscou descrever o modo de realização de cada procedimento e o que deve ser observado em condições fisiológicas e patológicas. Foi aplicado um formulário com 3 questões fechadas e com 1 opção para sugestões e/ou comentários de forma anônima aos discentes que assistiram aos vídeos. Resultado: Os estudantes responderam o formulário de avaliação que continha os seguintes itens de análise: o quanto os materiais te ajudaram a entender a teoria; a entender a prática; no geral, o quanto você se sente seguro (a) para executar o exame físico na consulta de enfermagem durante o Ensino Teórico Prático (ETP) após estudar os materiais? As opções de respostas eram: nada (1); pouco (2); moderadamente (3); muito (4); extremamente (5). Na avaliação, participaram 49 acadêmicos. 53,4% avaliaram que os materiais ajudaram extremamente a entender a teoria; 44,89% muito e 2,04% moderadamente. 51,02% constataram que os materiais ajudaram extremamente a entender a prática; 32,65% muito; 16,32% moderadamente. 16,32% confirmaram que se sentem extremamente seguros para executar o exame físico na consulta de enfermagem; 32,65% muito seguros; 48,97% moderadamente. Alguns dos comentários realizados: “Auxiliou muito, pois trazia para a sala de aula a prática que veremos no ETP” e “Os vídeos com a prática do exame físico foram essenciais para o aprendizado e memorização da realização das técnicas propedêuticas”. Durante as monitorias presenciais, foi possível perceber o aprendizado construído pela visualização dos vídeos e solucionar as dúvidas resultantes. Os estudantes relataram que a positividade desse método estava relacionada principalmente com a liberdade para aprender, pois podiam assistir em qualquer lugar e hora, pausar, avançar e voltar o vídeo sempre que quisessem revisar e reforçar a técnica. Também referiram que facilitou a visualização do conteúdo teórico, já que possibilita o uso simultâneo do material de texto didático. Os materiais criados foram produtivos, pois resultaram em outro produto de trabalho. Considerações finais: O projeto atingiu seu objetivo e facilitou a compreensão do exame físico quanto à teoria e à prática, o que refletiu em maior domínio sobre o assunto e maior percepção sobre as alterações clínicas dos clientes atendidos. Um dos maiores desafios da prática acadêmica é a insegurança, pois enquanto alunos estão em processo de aprendizado. Todavia, esse fato não exclui as responsabilidades concernentes à sua atuação profissional. Apesar desse impasse, os materiais contribuíram para aquisição de maior segurança, autonomia e independência na execução do exame. Portanto, o trabalho desenvolvido foi um diferencial no aprendizado e na conduta dos estudantes durante a consulta de enfermagem, pois apresentaram rendimento mais positivo e apropriação da temática mais precocemente se comparado com turmas anteriores. Palavras-chave: Multimídia; Ensino; Enfermagem.

6117 O ESTUDO DE CASO COMO FERRAMENTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM PARA ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Nathaly Silva Freitas, Zaline de Nazare Oliveira de Oliveira, Raiane Cristina Mourão do Nascimento, Rafaela de Souza Santos Carvalho, Samaroni Brelaz Feitosa, Juliana Farias Vieira

O ESTUDO DE CASO COMO FERRAMENTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM PARA ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Nathaly Silva Freitas, Zaline de Nazare Oliveira de Oliveira, Raiane Cristina Mourão do Nascimento, Rafaela de Souza Santos Carvalho, Samaroni Brelaz Feitosa, Juliana Farias Vieira

Apresentação: Segundo estudos já realizados, ao longo do processo ensino-aprendizagem é recomendado que o aluno vivencie o Processo de Enfermagem como um método de resolução de problemas e também uma maneira de raciocínio que favorece julgamentos clínicos apropriados. Com o passar dos tempos a pesquisa tornou-se causa de interesse dos enfermeiros por força do progresso científico e tecnológico e necessidades no campo acadêmico da universidade para a obtenção de conhecimento e autonomia principalmente do acadêmico de enfermagem. Para a enfermagem, a investigação também vem à ser necessária na construção e contribuição científica do avanço do ensino e da prática dos cuidados, por vezes caracterizada como um desafio para todos os enfermeiros, sendo docentes, discentes e assistenciais, justamente por não terem tanto contato com a prática do estudo de caso no intuito de se desenvolver a investigação durante o processo de formação. Os aspectos da investigação relacionam-se com a importância e qualidade dos cuidados de enfermagem durante o atendimento aos seres humanos em condições de saúde e doença. Com isso, o estudo de caso tem sido utilizado como método assistencial pela enfermagem onde os mesmos responsabilizavam-­se pelo cuidado integral ao paciente, designando como caso a ser observado e analisado. A elaboração do estudo de caso, ou estudo clínico como também é denominado, vem sendo implementado como prática de ensino no curso de graduação de enfermagem, onde o recurso permite ao aluno a oportunidade de promover o cuidado com o paciente mediante o conhecimento anteriormente adquirido, contribuindo assim no aperfeiçoamento de sua prática. Podemos classificar os estudos de caso em dois tipos: os estudos de caso formais utilizados por pesquisadores para descrever, analisar e entender determinados fenômenos; e os estudos de caso informais apropriados para a prática clínica, quando se deseja analisar ou descrever uma situação particular, identificar problemas em determinados campos, observar mudanças e explorar as causas. Os estudos de caso clínicos, também chamados de casos informais, são os estudos aplicados na assistência direta de enfermagem, com o objetivo de realizar um estudo profundo dos problemas e necessidades do paciente, família e comunidade, proporcionando subsídios para a prática e posteriormente uma melhor estratégia para solucionar ou reverter os problemas identificados. Para ser aplicado o estudo de caso, deve haver um conhecimento não somente das técnicas de enfermagem, mas também sobre a fisiopatologia das doenças, sinais e sintomas e fatores socioeconômicos envolvidos no processo saúde­ doença. Objetivo: Descrever a experiência vivida por acadêmicas de enfermagem de uma instituição pública de ensino superior, durante as práticas da disciplina Urgência e Emergência que foram realizadas no Hospital Municipal na cidade de Santarém – PA. Abordando a utilização do estudo de caso para avaliação de pacientes que encontravam-se internados. Método: Estudo descritivo, na modalidade relato de experiência. A experiência refere-se ao período de estágio da disciplina Urgência e Emergência, realizado durante o mês de abril de 2019, por acadêmicas do 7º semestre de enfermagem da Universidade Estadual do Pará – UEPA. Foram utilizadas visitas de enfermagem durante uma semana, onde o contato com a unidade e seus pacientes foram através de aulas práticas. Resultado: No período de aulas ministradas durante o sétimo semestre da turma de enfermagem, a disciplina urgência e emergência foi abordada em sua parte teórica e posteriormente em sua prática, sendo ministrada no hospital municipal. Neste período de estágio a oportunidade de conhecer o setor, sua logística, pontos positivos e negativos foram bem abordados e absorvidos pelas acadêmicas. No último dia de estágio ocorrido em 26 de abril de 2019, obteve-se a oportunidade de participar de um estudo de caso de determinado paciente que estava internado na unidade. Para o estudo ser realizado com todas suas etapas, seguiu-se a ordem primeiramente do conhecimento da situação e diagnóstico do paciente, exame físico completo, sinais vitais, entre outros. No momento proporcionado pelo professor houve orientações e divisões de casos para cada acadêmica, a coleta de informações e aprimoramento do conhecimento prévio que já se obtinha sobre o assunto foram iniciados seguindo a ordem já proposta, com a análise do prontuário, o direcionamento ao leito, realização do exame físico e posteriormente a pesquisa sobre a doença denominada insuficiência cardíaca congestiva. O paciente de 60 anos apresentava-se internado a cerca de 14 dias no hospital municipal onde já tinha passado por bateria de exames e avaliação médica, porém ainda estava em observação. Tendo seus sinais vitais estáveis no momento, presença e histórico de sintomas recorrentes em pessoas com insuficiência cardíaca congestiva, os dados foram colhidos e posteriormente realizado leituras sobre o assunto para o aprofundamento sobre a doença e seus sintomas. Posteriormente, seguiu-se o processo dirigindo-se a cada leito para a discussão do caso dos determinados pacientes, que em prática foi bastante construtivo, um tanto desafiador e relevante para o para o aprimoramento do conhecimento. Pode-se perceber que diversos estudos vem corroborando com a utilização da ferramenta estudo de caso na composição dos cuidados de enfermagem dentro de qualquer unidade de saúde, destacando que o estudo de caso pode ser uma valiosa ferramenta para o professor que busca estratégias facilitadoras para a aprendizagem, sendo que seu valor prático é de prover oportunidade para examinar-se uma situação de vida real, a partir da qual o estudante pode discutir a causa específica do problema, sua prevenção e sugerir soluções. Com isso, estudos reforçam a importância da utilização do estudo de caso, pois o mesmo tem como tentativa auxiliar na formação de enfermeiros no que tange ao ensino do raciocínio diagnóstico, sendo que, enquanto estratégia de ensino, pode ser um recurso facilitador. Em relação ao ensino, uma das principais vantagens do estudo de caso é a abordagem orientada para perguntas e não para respostas. A utilização de estudos de caso estimula a participação ativa dos alunos no processo ensino-aprendizagem, o interesse desse alunos, a articulação entre teoria e prática, o pensamento crítico, a reflexão, a aprendizagem a partir de experiência, e a argumentação. Considerações finais: A experiência vivenciada durante o período de estágio foi de grande valia e contribuição no aperfeiçoamento do ensino como acadêmicas, onde foi possível obter oportunidades de utilizar uma ferramenta importante e essencial para o desenvolvimento de nossas práticas e aprofundamento do conhecimento sobre situações presentes na assistência, acarretando assim a autonomia necessária para o desenvolvimento do trabalho da enfermagem.

6478 OS “FAZEDORES” DE HISTÓRIA: UMA EXPERIÊNCIA DOCENTE NA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Eluana Figueiredo

OS “FAZEDORES” DE HISTÓRIA: UMA EXPERIÊNCIA DOCENTE NA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Autores: Eluana Figueiredo

Apresentação: O que não sei fazer desmancho em frases. Eu fiz o nada aparecer. Perder o nada é um empobrecimento. Os trechos da poesia de Manuel de Barros supracitados foram inspiração para uma experiência docente com alunos de primeiro período da graduação em enfermagem de um Centro Universitário no Rio de Janeiro no ano de 2018 e 2019. A experiência trata de como uma docente da disciplina de história de enfermagem utilizou o “nada” (metáfora em relação aos saberes prévios dos alunos calouros sobre a profissão) e transformou esse mesmo “nada” em palavras, frases, parágrafos, histórias. Então, como Manuel, do “nada” alunos deixaram de ser ouvintes passivos e transformaram-se escritores e “fazedores” de história. O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência docente em tornar alunos de uma disciplina em escritores de história da enfermagem a partir da construção de um livro coletivo. Desenvolvimento: trata-se de relato de experiência docente através de uma estratégia ousada, inédita e criativa na graduação que estimulou alunos de primeiro período a contarem e escreverem a história da profissão em forma de correspondências afetivas. Foi uma forma artesanal de comunicar por meio de narrativas que trouxe consigo a potência e a sensibilidade das experiências coletivas nos escritos acadêmicos. Desse modo, os alunos recém chegados passaram a conhecer profundamente a história de enfermeiros que conceberam a profissão no passado e outros que continuam no dia a dia a construindo. As unidades acadêmicas contempladas na experiência docente foram uma em Bonsucesso com duas turmas (uma no período da manhã e uma noite) e outra em Campo Grande, com uma turma noturna. Ao todo participaram 113 alunos. A experiência se deu em quatro etapas: Etapa 1: que os alunos identificassem os enfermeiros que foram significativos na construção da história da profissão desde Mary Jane Seacole (1805), passando por Florence Nightingale (1820) até Izabel dos Santos (1927). Essa etapa exigiu leituras de artigos e livros, além de filmes e documentários. Etapa 2: que os alunos identificassem histórias de enfermeiros do cotidiano. Histórias potentes, envolventes e transformadoras da realidade social no Brasil. Essa etapa exigiu entrevista, afetividade, encontro. Etapa 3: que os alunos reescrevessem as histórias recolhidas e transformasse em cartas afetivas. Etapa 4: que fosse feita uma avaliação coletiva e em processo acerca resultados obtidos no decorrer da realização experiência. Processos, percursos e estratégias utilizadas foram analisados de forma gradativa durante a disciplina. Resultado: O primeiro resultado da experiência em sala de aula foi perceber que a proposta despertou nos alunos o desejo pela descoberta, isto é, ao invés de transmitir a história da profissão como comumente é feito nas universidades, os alunos foram desafiados pela docente a localizarem por si próprios os enfermeiros que foram/são significativos na construção da profissão. Essa autonomia gerou um aprendizado consistente protagonizado pelo próprio aluno. Não se trata de um ato de transmissão de conhecimentos, mas sim criação de oportunidades para a construção dos saberes. O segundo resultado foi o de fazer com que os alunos se deslocassem do lugar de expectadores passivos na disciplina para o lugar de produção de conhecimentos. Ou seja, eles mesmos produziram o material que deveriam estudar. Esse resultado resgata a necessidade de romper em sala de aula com a postura de transmissão de conteúdos em que os alunos têm o papel de indivíduos passivos e o professor do detentor do saber. A história da enfermagem não mais seria contada por meio de um escritor renomado e sim a partir de um conhecimento que eles mesmos produziram, com suas próprias palavras. O terceiro resultado foi a afetação com as histórias de vida e com existências marcantes que vão de Seacole (primeira enfermeira negra na história) até enfermeiros “comuns” que atuam nos serviços de saúde. Tal fato gerou nos alunos uma certeza sobre a escolha da profissão diminuindo a evasão. A experiência em utilizar a afetividade como desejo por conhecer mais mostrou que pensar e sentir são ações indissociáveis. O quarto resultado foi a possibilidade de construir já no primeiro período do curso uma dimensão colaborativa e coletiva de construção, uma vez que os alunos trabalharam juntos na busca por materiais, nas entrevistas e juntos se tornaram “fazedores” de história. Desse modo, a prática docente na construção coletiva de conhecimento representa possibilidades de transformações no processo ensino-aprendizagem. O quinto resultado foi o desenvolvimento precoce da habilidade de escrita considerando que muitos alunos quando entram na universidade tem dificuldades em escrever textos acadêmicos. O sexto resultado foi a criação de uma história da enfermagem inédita, inclusive para a docente, uma vez que o arranjo feito na construção do material (re)ligou e fez interagir duas gerações de enfermeiros, históricos e contemporâneos. O sétimo resultado foi a produção do livro coletivo em que cada capitulo corresponde a uma história contada pelos próprios alunos. O livro foi intitulado como “A história da enfermagem em correspondências: entre fatos e versões” e contém vinte e duas histórias em forma de correspondências afetivas. Foi publicado por uma editora artesanal de Minas Gerais que o fez com bordado exclusivo. A produção do livro teve direito a lançamento no final do ano de 2019 com presença dos familiares e amigos dos alunos. A experiência docente reafirmou a convicção de que a Educação é um processo rizomático, humanizante, político, ético, histórico, social e cultural. Considerações finais: A experiência docente tornou a história da enfermagem viva e movente tanto para os alunos quanto para a docente e oportunizou uma forma de construir saberes sobre a profissão a partir da busca e da reflexão já no primeiro período do curso de enfermagem. A experiência mobilizou pessoas, conhecimentos, instituições, professores e alunos e o resultado foi construído coletivamente baseado no tripé: busca, afeto, escrita. Os objetivos pedagógicos na prática docente inverteram o foco tradicional da aprendizagem e os alunos se tornaram “fazedores de história” de forma ativa e reflexiva. Acredita-se que a estratégia utilizada na graduação em enfermagem propôs um movimento de mudança no processo de formação logo no início do percurso acadêmico do aluno, uma vez que a sala de aula foi efetivamente invertida. 

6480 A METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO COMO FERRAMENTA DE CONHECIMENTO CRÍTICO-REFLEXIVO NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM
Willame Oliveira Ribeiro Junior, Leilane Almeida de Morais, Ana Luisa Lemos Bezerra, Murilo Elder Ferreira Costa, Juliane Moreira de Almeida, Talyana Maceió Pimentel, Larissa Maria Soares Ribeiro

A METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO COMO FERRAMENTA DE CONHECIMENTO CRÍTICO-REFLEXIVO NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM

Autores: Willame Oliveira Ribeiro Junior, Leilane Almeida de Morais, Ana Luisa Lemos Bezerra, Murilo Elder Ferreira Costa, Juliane Moreira de Almeida, Talyana Maceió Pimentel, Larissa Maria Soares Ribeiro

Apresentação: A Metodologia da Problematização é uma ferramenta criada por Berbel pautada no Arco de Maguerez. O arco é uma metodologia composta por cinco etapas que consiste uma mudança de uma determinada realidade. As etapas são a observação da realidade ao qual se está inserido, o levantamento de pontos-chave desta determinada realidade, teorização destes pontos-chave elencados, criação de uma hipótese de solução exequível para a realidade ao qual está inserido e por fim o retorno a realidade aplicando uma proposta de mudança para aquela realidade. Esta metodologia pode ser considerada uma metodologia ativa por inserir o discente no processo de construção do seu conhecimento, assim formando um profissional crítico e reflexivo acerca de suas ações e no seu processo de aprendizagem. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem acerca do uso da Metodologia da Problematização como ferramenta para a construção do conhecimento crítico-reflexivo de sua formação em enfermagem em uma universidade pública do estado do Pará. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo do tipo relato de experiência. Se retrata no curso de graduação em enfermagem da Universidade do Estado do Pará, retratando um componente curricular do Projeto Pedagógico do curso utilizado para a construção do conhecimento crítico-reflexivo denominado Atividades Integradas em Saúde. Este componente perpassa pelos dez semestres do curso, assim sendo desenvolvido o mesmo número de intervenções em diferentes realidades. Ela é desenvolvida durante todo o semestre e realizada por grupos de discentes e um docente como orientador do grupo para a realização das atividades. Resultado: Por meio desta metodologia durante toda a graduação em enfermagem da Universidade, os acadêmicos podem desenvolver um olhar clínico do cuidado de forma mais crítica e reflexiva em suas futuras tomadas de decisão enquanto futuras enfermeiras e enfermeiros, pois proporciona desde a entrada no curso a possibilidade de observar, elencar problemas, apropriar de conhecimentos acerca do problema identificado, elaborar uma intervenção planejando-a, aplicando-a e avaliando-a, estes, elementos importantes para a atuação da enfermagem. Assim, realizando ações de forma integral e efetiva, preconizando ações de enfermagem como na Sistematização da Assistência de Enfermagem em qualquer realidade ao qual este futuro profissional esteja inserido. Considerações finais: Por meio desta metodologia é possível perceber sua grande contribuição como ferramenta de construção do conhecimento de forma mais integral para este futuro profissional de enfermagem, além de contribuir em suas práticas de assistência, possibilitada por meio da execução desta metodologia em diferentes cenários, assim acumulando diversos saberes. Além disso, efetivando o objetivo do Projeto Político Pedagógico do curso que busca a formação de profissionais que além de técnica, saibam ter tomada de decisões efetivas e refletir de forma crítica em sua atuação.

6578 RELATO DE EXPERIÊNCIA: AULAS PRÁTICAS DE SIMULAÇÕES REALÍSTICAS COMO UMA Método: INOVADORA VIVENCIADAS POR ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM.
Luciana Ramos Barreto, Raynah Léticia Feitosa Torres, Maria Tomaz Ferreira, Rodrigo Silva Marcelino, Karoline da Rocha Ferreira, Firmina Hermelinda Saldanha Albuquerque, Patrícia dos Santos Guimarães, Maria de Jesus de Menezes Rodrigues

RELATO DE EXPERIÊNCIA: AULAS PRÁTICAS DE SIMULAÇÕES REALÍSTICAS COMO UMA Método: INOVADORA VIVENCIADAS POR ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM.

Autores: Luciana Ramos Barreto, Raynah Léticia Feitosa Torres, Maria Tomaz Ferreira, Rodrigo Silva Marcelino, Karoline da Rocha Ferreira, Firmina Hermelinda Saldanha Albuquerque, Patrícia dos Santos Guimarães, Maria de Jesus de Menezes Rodrigues

Apresentação: Ao longo do tempo, a educação vem aprimorando seu método de ensino-aprendizagem. A metodologia ativa promove um conjunto de atividades baseadas em resultados, tendo o professor como facilitador, que contribui para o empoderamento acadêmico, no processo do conhecimento. A simulação realística (SR) é um instrumento de ensino-aprendizagem que permite ao acadêmico simular situações reais, aliando a teoria com a prática. Ela permite a troca de informações que contribuem para formação dos discentes, através da construção de cenários que possibilitem uma melhor compreensão das técnicas e a relação profissional-paciente. O presente trabalho trata-se de uma experiência vivenciada por acadêmicos do 7º período de Enfermagem, pioneiramente aplicado na universidade como uma nova abordagem de aprendizado, como forma de extensão e aplicação dos conhecimentos abordados na disciplina de Saúde Coletiva II. Objetivo: Relatar a experiência dos acadêmicos frente aos temas de SR propostos pelos docentes, abrangendo desde as dificuldades encontradas para elaboração de um contexto para demonstração das situações simuladas aos outros acadêmicos da disciplina até a discussão quanto aos cuidados realizados nas consultas de enfermagem simuladas na Atenção Primária em Saúde (APS) em sala de aula. Desenvolvimento: A experiência iniciou-se com a divisão dos grupos e subsequente direcionamento dos casos aos acadêmicos. A partir da proposta elaborada pelos docentes, os acadêmicos reuniram-se diversas vezes para discussão das problemáticas encontradas em cada caso, correlacionando com o campo da Saúde Coletiva. Tendo como base os conteúdos teóricos abordados em sala de aula, foram desenvolvidos (pelos docentes) casos que simulavam diversas situações típicas e atípicas da rotina de um profissional de enfermagem da atenção básica. A saber, o primeiro caso tratava de um idoso viúvo e sem apoio familiar que sofrera recentemente um Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) que possuía hábitos de vida de alto risco para complicações e desenvolvimento do fato. O segundo caso retratava uma adolescente grávida, cuja mãe acabara de receber a notícia e ambas não sabiam como conduzir a situação. O terceiro caso abordava uma família composta pela mãe e quatro filhos (todos com deficiência cognitiva), na qual a matriarca não sabia lidar com os filhos e abusava de substâncias químicas. Aliadas à problemática principal de cada caso, estavam alinhadas problemáticas secundárias, em que na sua maioria diziam respeito a problemas de saneamento básico, educação, proliferação de vetores, falta de saneamento básico, poluição ambiental, extrema pobreza etc. Frente aos casos propostos, foi percebido a necessidade de retomar o conhecimento teórico das aulas da disciplina e de outras disciplinas, embasamento em livros, artigos e publicações advindas da internet para montar a melhor estratégia de enfrentamento aos problemas encontrados, classificando-os de acordo com a gravidade e urgência de intervenções, afim de que se pudesse obter através do que foi repassado aos pacientes simulados, resultados eficazes. Além disso, todas as considerações e contribuições científicas também serviram de conhecimento para os demais colegas. Na sala de aula para a apresentação dos casos, optou-se pela elaboração de um vídeo para contextualizar os expectadores em cada caso. Em seguida, cada um assumiu seu papel no caso, para que fosse possível mostrar as condutas de enfermagem que deveriam ser aplicadas em cada situação, utilizando ainda retroprojetor para apresentar em slides cada momento ali retratado. O tempo de exposição pré-determinado para cada simulação foi de 30 minutos. Antes do início da apresentação de cada caso clínico, os docentes distribuíram um formulário de avaliação para todos os discentes da turma, pelo qual os mesmos puderam avaliar e dar suas considerações sobre as ações realizadas por cada personagem da cena, bem como pontos positivos e negativos ali retratados, o qual forneceu subsídios para discussões posteriores com a turma, visando à escolha das práticas assistenciais de enfermagem mais adequadas. Todas as simulações foram registradas pelos docentes, para que ao término de todas as apresentações fosse realizada a devolutiva e avaliação dos participantes sobre a metodologia utilizada. Resultado: A simulação realística proposta pelos docentes da disciplina de Saúde Coletiva II proporcionou a possibilidade de construção de uma visão crítica e ampliada para a análise de cada situação, favorecendo um aprendizado mais efetivo de forma que permitiu uma participação ativa e efetiva, principalmente por oportunizar a antecipação do momento de estar diante de uma situação simulada com características de embasamento real, preparando o futuro profissional para enfrentar as temáticas abordadas e discutidas, de forma a proporcionar uma atuação qualificada e de excelência do profissional na área da enfermagem. A simulação realística foi de suma importância e hoje reconhecem como extremamente necessária, pois os possibilitou uma discussão sobre as condutas frente às problemáticas de cada caso, fomentando uma abordagem oriunda de questionamentos que buscaram soluções para melhorias na atenção direcionada ao usuário, família e comunidade, os conduzindo à oportunidade de reflexão de possíveis erros cometidos durante o estudo. Além disso, permitiu melhor aplicação de importantes instrumentos da área da Saúde Coletiva, como Escala de Coelho, Classificação Internacional de Práticas de Enfermagem na Saúde Coletiva (CIPESC), elaboração de ecomapa, genograma etc. Tais instrumentos na prática demandaram uma busca às aulas ministradas em sala de aula, pois a elaboração dos cenários e dos casos se mostraram um tanto demorados e alvo de discussões para  chegar aos resultados propostos e esperados. É interessante salientar a importância desse método de ensino para o fortalecimento do trabalho em grupo, uma vez que as equipes foram escolhidas pelos docentes aleatoriamente, e não por afinidade como de costume. Isso contribuiu para que todos se conhecessem melhor e se esforçassem por um mesmo objetivo, o que refletiu nos resultados. Sem dúvidas todo o conteúdo abordado servirá para as próximas disciplinas e principalmente estágios, pois serviu de contato inicial e primordial em relação às problemáticas assistidas, contribuindo para boas práticas profissionais futuras. Ao final das apresentações, foi discutido sobre a importância desse tipo de metodologia na construção do conhecimento científico e prática acadêmica. Por fim, os impactos são positivamente incontáveis, pois além de ser uma prévia das problemáticas existentes na atuação profissional, serviu de reflexão pessoal quanto às atitudes e cobranças interiores. Considerações finais: Esta experiência nos proporcionou conhecer através de uma nova proposta de ensino-aprendizagem uma forma criativa e dinâmica de alinhar conhecimentos teóricos com a prática no contexto da Atenção Básica em Saúde. A vivência com a SR antecipa às problemáticas que possivelmente enfrentaremos, os casos foram retratados através de cenários bem próximos da realidade, que refletiram na identificação de necessidades complexas exigidas pela sociedade atual, bem como uma autoavaliação reflexiva e crítica de cada aluno frente ao contato com os pacientes e aos variados papéis que cada acadêmico pode representar, ampliando a perspectiva de vivenciar a empatia. A metodologia ativa ofereceu embasamento importante para nossa formação enquanto acadêmicos de enfermagem, contribuindo assim para o processo de construção do saber, com colaboração efetiva dos docentes, permitindo substituir o método  de memorização das informações e a transmissão fragmentada da aprendizagem de forma vertical e ampla, podendo refletir em um melhor desempenho e competência dos futuros profissionais para a Saúde Coletiva.