41: Instrumentos e ferramentas para o planejamento de serviços e sistemas de saúde
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: ICB Sala 01 - Boiúna    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
4239 A IDENTIFICAÇÃO DE NÃO CONFORMIDADES COMO FERRAMENTA DE GESTÃO DA QUALIDADE EM HOSPITAIS PÚBLICO E PRIVADOS
Ana Carla Ferreira Picalho, Andrea Paradelo Ribeiro, Thais Nayara Soares Pereira, Taciane Dos Santos Valério, Josué Souza Gleriano, Lucieli Dias Pedrechi Chaves

A IDENTIFICAÇÃO DE NÃO CONFORMIDADES COMO FERRAMENTA DE GESTÃO DA QUALIDADE EM HOSPITAIS PÚBLICO E PRIVADOS

Autores: Ana Carla Ferreira Picalho, Andrea Paradelo Ribeiro, Thais Nayara Soares Pereira, Taciane Dos Santos Valério, Josué Souza Gleriano, Lucieli Dias Pedrechi Chaves

A administração da gestão de recursos humanos, materiais, aquisição de tecnologia, estrutura física, redução de custos, entre outros, em uma organização hospitalar é sempre vista como uma atividade complexa por alinhar o gerenciamento de vários fatores com o serviço prestado na manutenção e recuperação da vida e saúde das pessoas. Existe um desafio posto na literatura para a gestão hospitalar que consiste em aumentar a coerência entre os recursos, os serviços e as necessidades da comunidade. No intuito de contribuir para superação, desse desafio, há um esforço de aperfeiçoamento constante das organizações no estudo de seus processos e serviços em saúde com o apoio de um sistema de gestão da qualidade eficiente e eficaz. Esse relato de experiência objetivou descrever o caminho produzido na integração ensino-serviço através do programa de extensão Escritório de Qualidade para Organizações de Saúde (EsQualOS), vinculado ao curso de Enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus Tangará da Serra, no mapeamento de não conformidades em três hospitais, um público e dois privados, do município de Tangará da Serra – MT. Os hospitais não possuíam núcleo de qualidade e visualizou-se através desse programa, institucionalizado em fevereiro de 2017, uma oportunidade de iniciar essa discussão nos serviços. A trajetória das fases da integração ensino-serviço refere-se ao ano de 2017 e apresenta-se pela conceituação e localização dos setores que abrangem a parceria, a área de planejamento; a construção de instrumentos de avaliação das não conformidades a partir da realidade institucional; a interface com a pesquisa; brainstorming do domínio dos participantes acerca do conceito de não conformidade; a compreensão dos processos envolvidos na geração do registro das não conformidades no intuito de analisar a utilização das não conformidades como ferramenta de gestão da qualidade em saúde. A parceria viabilizou a abertura para cada instituição de estagiário remunerado na área privada e a alocação de um bolsista por fomento da FAPEMAT no hospital público. Observa-se que no hospital público as demandas priorizadas pela gestão partiram da necessidade de desenho e descrição da organização do serviço, mapeamento dos processos de atendimento e elaboração de manuais. Já nos hospitais privados a demanda parte da verificação da qualidade dos registros integrando análise retrospectiva na confecção de boletins informativos para a tomada de decisão estendendo o auxílio na detecção de eventos, incidentes, acidentes e reações não desejadas. Os registros das não conformidades estabelecem os dados que vão gerar indicadores, os quais são analisados quanto a gravidade dos problemas detectados e que tem sido apresentados através de boletins informativos contendo as ferramentas para estratificação das causas e subcausas como o Diagrama de Pareto e o Diagrama de Ishikawa. Foram elaborados dez boletins informativos, três pesquisas em andamento, um manual e dois guias de apoio à gestão. Percebe-se pioneirismo desse programa como elo de fortalecimento da cultura de qualidade nos hospitais, inserção de acadêmicos no serviço diretamente com níveis da gestão e subsidio de propostas que a universidade pode oferecer ao serviço.

693 A SAGE e o MAPA DA SAÚDE como Ferramentas de Trabalho para o Apoio Institucional do COSEMS-Ba
Thais Reis Gaspar dos Reis Ferreira, Stela Santos dos Santos Souza, Jacqueline Silva Silva do Bomfim, Maria Campelo Luiza Campelo, Manoel Miranda Henrique de Miranda Pereira

A SAGE e o MAPA DA SAÚDE como Ferramentas de Trabalho para o Apoio Institucional do COSEMS-Ba

Autores: Thais Reis Gaspar dos Reis Ferreira, Stela Santos dos Santos Souza, Jacqueline Silva Silva do Bomfim, Maria Campelo Luiza Campelo, Manoel Miranda Henrique de Miranda Pereira

A Sala de Apoio à Gestão Estratégica (SAGE) juntamente com o Mapa da Saúde são ferramentas de gestão com informações para subsidiar a tomada de decisão, a gestão e a geração de conhecimento do gestor. Além de sistematizar informações e dados consolidados pelo Ministério da Saúde e por órgãos de pesquisa, que disponibiliza painéis, mapas com georeferenciamento, planilhas, gráficos e tabelas de caráter executivo e gerencial. O trabalho relata a experiência de uso do SAGE e Mapa da Saúde em oficina para a equipe de apoio institucional do conselho estadual de secretarias municipais de saúde da Bahia (COSEMS/Ba). Nesse momento foi demonstrada a relevância e as funcionalidades das ferramentas de gestão para subsidiar o processo de construção dos Planos Municipais de Saúde (PMS) e o gerenciamento das políticas públicas de saúde. Na oficina foi utilizada metodologia ativa com discussões coletivas e uso de suas funcionalidades com a realização de estudos de caso. Foram utilizadas o georeferenciamento e a analise em saúde que integram o Mapa da Saúde em regiões de saúde da Bahia com analise de pactuações municipais, como o SISPACTO e dados sócio-demográficos. Na SAGE foram utilizadas as informações para o acompanhamento das ações das redes prioritárias de saúde. A partir dos desdobramentos das ações da equipe de apoio institucional e dos seus relatos de uso das funcionalidades dos sistemas, ficou evidente que a utilização dos sistemas pelos gestores irá impactar no processo de planejamento, além de ser uma importante ferramenta para a qualificação da gestão municipal e regional do SUS.

4062 CONTRIBUIÇÕES DA AUDITORIA EM ENFERMAGEM PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DAS INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE – UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
KALRY MIRANDA OLIVEIRA QUEIROZ, Sérgio de Carvalho Pereira, Maria Raika Guimarães Lobo, Aderlaine da Silva Sabino, Patrícia Esteves Morgan

CONTRIBUIÇÕES DA AUDITORIA EM ENFERMAGEM PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DAS INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE – UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Autores: KALRY MIRANDA OLIVEIRA QUEIROZ, Sérgio de Carvalho Pereira, Maria Raika Guimarães Lobo, Aderlaine da Silva Sabino, Patrícia Esteves Morgan

A questão-problema deste estudo é: Quais são as contribuições da auditoria em enfermagem para a prevenção e controle das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS)? Objetiva primordialmente elucidar os dados da literatura científica relacionados às contribuições da auditoria em enfermagem para a prevenção e controle das IRAS. Adotou-se como método a revisão integrativa da literatura desenvolvida a partir de uma análise minuciosa de 10 publicações científicas selecionadas nas bases de dados eletrônicas (Lilacs, Medline e Scielo), entre 2010 e 2015. As IRAS constituem um dos mais relevantes problemas de saúde pública no mundo, sendo adquiridas durante a prestação dos cuidados em saúde, especialmente após a admissão do paciente no ambiente hospitalar, cuja manifestação pode ocorrer durante a internação ou após a alta, tendo relação com os procedimentos hospitalares e com o período de internação em si. A auditoria hospitalar é unidade administrativa que tem a capacidade de auxiliar os gestores no cumprimento da missão e na continuidade da entidade, como consequência, capacidade de inovar, fazendo mais e melhor com menos recursos, atingindo metas previamente definidas e agregação de pessoas cada vez mais satisfeitas com o padrão de serviços oferecidos. As ações administrativas, técnicas e observacionais, como a análise do prontuário e visitas in loco, com o escopo de análise da qualidade dos serviços prestados a fim de assegurar seu melhor desempenho, segurança e resolubilidade constituem as principais atividades da auditoria de enfermagem frente às IRAS. No âmbito analítico, cuidados executados de modo errôneo foram pontuados e posteriormente corrigidos, enquanto que no sistemático propiciou a instrumentalização asséptica dos cuidados por meio da ordenação e racionalização dos processos, principalmente os que envolvem procedimentos invasivos. Apesar da baixa produção de trabalhos, os que foram revisados neste estudo evidenciaram a diferença positiva que a auditoria em enfermagem desempenha na prevenção das IRAS.

5241 DEMANDAS RECORRENTES DA OUVIDORIA DO SUS DO RS
Luana Gehres, Bruna Campos De Cesaro

DEMANDAS RECORRENTES DA OUVIDORIA DO SUS DO RS

Autores: Luana Gehres, Bruna Campos De Cesaro

ApresentaçãoA ouvidoria do SUS é um canal de atendimento ao cidadão sendo um dos espaço para o exercício da cidadania. Tem a finalidade de identificar áreas deficitárias, subsidiando a tomada de decisão para melhoria da qualidade dos serviços de saúde. Ainda, exerce importante influência na educação dos profissionais da saúde, os quais, através das demandas recebidas dos usuários, podem repensar seus processos de trabalho e qualificar o atendimento ao cidadão. Desenvolvimento do trabalhoO objetivo desta pesquisa foi conhecer e identificar os assuntos mais recorrentes nos protocolos gerados na ouvidoria do SUS no RS, a fim de gerar impacto na avaliação e planejamento em saúde.Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa realizada a partir dos dados disponíveis no sistema informatizado OuvidorSUS, por meio da análise e categorização dos assuntos mais recorrentes nas manifestações dos cidadãos. RESULTADOSNo ano de 2016 registrou 6.096 manifestações. 79% dos atendimentos foi por telefone, 11% por formulário web, 5% por email, 4% presencialmente ou correspondência. 64% das manifestações foram solicitações; 23% reclamações; 7% denúncias; 5% Informação; e 1,5% elogios ou sugestões. Em relação aos principais assuntos, 52% (3189) estiveram relacionados à Assistência Farmacêutica; 14% (860) à Assistência à Saúde; 13% (766) à Gestão; 9% (569) a Alimentos; 2% (141) à Vigilância em Saúde e 9% (571) distribuídos nos demais assuntos. Das demandas da Assistência Farmacêutica, 73% (2.330) foram solicitações de medicamentos do Componente Especializado. Em Assistência à Saúde, 51% foram solicitações de atendimento destacando-se as especialidades de Ortopedia/Traumatologia. Em Gestão, predominam reclamações e denúncias de Recursos Humanos. Ressalta-se aqui a insatisfação com recursos humanos; dificuldades de acesso; e rotinas de estabelecimentos. CONSIDERAÇÕES FINAISOs dados obtidos na pesquisa refletem as demandas registradas na Ouvidoria do SUS do RS, demonstrando as principais frustrações e dificuldades dos usuários. Entende-se que essa pesquisa deva ser utilizada para a avaliação e o planejamento das ações em saúde, de modo que possa influenciar, inclusive, na elaboração do Plano Estadual de Saúde e na pactuação de indicadores e metas com os Municípios. Ademais, a análise de demandas e a sua discussão pela equipe envolvida podem despertar ações de educação permanente, influenciar na qualidade do atendimento ofertado ao usuário, bem como empoderar o cidadão para o exercício da cidadania e do controle social.

1347 DIAGNÓSTICO ORGANO FUNCIONAL DE UMA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DA ILHA DO COMBU: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
WIDSON DAVI VAZ DE MATOS, Camila Cristina Girard Santos, Daniele Rodrigues Silva, Ana Flavia de Oliveira Ribeiro, Samantha Modesto de Almeida, Iara Samily Balestero Mendes

DIAGNÓSTICO ORGANO FUNCIONAL DE UMA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DA ILHA DO COMBU: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: WIDSON DAVI VAZ DE MATOS, Camila Cristina Girard Santos, Daniele Rodrigues Silva, Ana Flavia de Oliveira Ribeiro, Samantha Modesto de Almeida, Iara Samily Balestero Mendes

Apresentação: Os povos e comunidades tradicionais são agrupamentos que possuem suas próprias maneiras de organização social e utilizam os recursos naturais como meio de sobrevivência, buscando estratégias para manter o meio próprio para seus costumes e rotinas. O arquipélago do Combú é considerado a quarta maior ilha de Belém, caracterizada como população ribeirinha, com uma área de 15.972 km2 e com população  de aproximadamente 1.800 pessoas. Para planejar e direcionar as ações de saúde é necessário conhecer a realidade, a dinâmica e os riscos que a comunidade está inserida, a forma como estão organizados serviços e rotinas das unidades básicas de saúde (UBS). O diagnóstico organofuncional é ferramenta que auxilia na identificação dos problemas e as necessidades da comunidade, para desenvolver o planejamento estratégico situacional e possibilitar ações de saúde mais focais e efetivas. Desenvolvimento do Trabalho: este estudo foi realizado em uma Estratégia Saúde da Família (ESF) localizada na ilha do Combú, no período de abril de 2017, através de observação de campo e aprimoramento dos conhecimentos baseados em literaturas que abordam esta temática. Resultados e/ou Impactos: Constatou-se a escassez de recursos humanos; micro áreas sem cobertura assistencial; dificuldade de acesso à estratégia por parte da população ribeirinha, bem como da equipe de saúde aos domicílios, visto necessidade de transporte fluvial e ausência de auxilio financeiro do governo; prevalência de doenças infecto parasitárias e hipertensão arterial, relacionado à falta de saneamento básico e hábitos alimentares pouco saudáveis;  dificuldades estruturais: ausência de  rede de distribuição elétrica permanente, impossibilitando sala de vacinação; e rampa de acesso inadequada. Considerações Finais: Desta forma, como futuros enfermeiros, o presente trabalho demonstra a necessidade de conhecer a realidade de trabalho e a comunidade à qual o trabalho é destinado, a fim de poder implementar estratégias e programas capazes de corrigir possíveis desorganizações e contribuir para melhoria das condições de trabalho e de atendimento à população.

1470 DIAGNÓSTICO ORGANO-FUNCIONAL DO SERVIÇO DE ESTÁTISTICA DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE LOCALIZADA NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM
EVERTON LUÍS FREITAS WANZELER, LUCAS EDUARDO DOS SANTOS, CAMILA ALMEIDA BONFIM, ANDREY OEIRAS PEDROSO, MARGARETH MARIA BRAUN GUIMARAES IMBIRIBA, FABRÍCIO BEZERRA ELERES, MARINALDA LEANDRO DA COSTA, SEVERA PEREIRA CARNEIRO SOUZA

DIAGNÓSTICO ORGANO-FUNCIONAL DO SERVIÇO DE ESTÁTISTICA DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE LOCALIZADA NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM

Autores: EVERTON LUÍS FREITAS WANZELER, LUCAS EDUARDO DOS SANTOS, CAMILA ALMEIDA BONFIM, ANDREY OEIRAS PEDROSO, MARGARETH MARIA BRAUN GUIMARAES IMBIRIBA, FABRÍCIO BEZERRA ELERES, MARINALDA LEANDRO DA COSTA, SEVERA PEREIRA CARNEIRO SOUZA

Apresentação: O diagnóstico organizacional é uma ferramenta que auxilia conhecer a situação atual do serviço e de seu sistema de gestão. Pode ser desenvolvido com uma abordagem mais geral de todo o contexto da gestão ou ter focos específicos em determinados processos. Objetivo: Realizar o Diagnóstico Organo-Funcional do Serviço de Estatística do Centro Saúde Escola do Marco. Método: Trata-se de uma pesquisa de campo, de objetivo exploratório, haja vista que para proporcionar maior familiaridade com o problema foi feito além das entrevistas com os profissionais do Centro de Saúde Escola, um levantamento bibliográfico (GIL, 2007) Resultados: De acordo com o Plano Diretor para o Desenvolvimento da Epidemiologia no Brasil (1995), este setor deveria concentrar todas as informações sobre os procedimentos realizados e os dados epidemiológicos dos casos encontrados na unidade. Porém, atualmente este setor consiste em alimentar o sistema com as produções diárias dos funcionários. Ao valorizar-se apenas a produção, se perdem dados epidemiológicos de suma importância para a gestão, os alunos, a comunidade e o próprio serviço. Dessa forma, uma das maiores ferramentas de planejamento, onde se podem observar as características das necessidades daquela população, é perdido em meio a dados de produção. Não obstante, é importante ressaltar que a UBS é um centro saúde-escola, o conhecimento científico que estes alunos poderiam produzir enriquecendo a todos, também é perdido. Considerações finais: A adoção de um sistema de coleta de dados eficaz solucionaria esta desordem. Em busca de acelerar o processo enquanto a burocracia se desenvolve, um caderno de registros sistematizado, apresentando os novos casos encontrados na unidade serviria como um paliativo até a implementação de um banco de dados digital, alimentado pelos profissionais do setor e com acesso aberto aos interessados.

650 Experiência do COSEMS na implantação de Sistema de Gestão de Custos para hospitais até 50 leitos em municípios da Bahia.
Fernanda candida Ludgero

Experiência do COSEMS na implantação de Sistema de Gestão de Custos para hospitais até 50 leitos em municípios da Bahia.

Autores: Fernanda candida Ludgero

A escassez de recursos para financiamento da atenção hospitalar no SUS exige de seus gestores o acompanhamento e ações eficazes, com vistas a conhecer os custos operacionais e potencializar toda capacidade de produção dos hospitais de até 50 leitos. O Sistema de Gestão de Custos (SGC) pode ser descrito como um modelo de software de acompanhamento sistemático dos custos, produtividade e de desempenho da unidade, possui interoperacionalidade com o TABWIN, sistema do DATASUS, gerando relatórios gerenciais e indicadores de performance com base na necessidade do gestor. O presente relato de experiência reflete desde a criação do software de gestão, passando pelo processo de implantação e discussão com os municípios, avaliação do seu uso e a contribuição no gerenciamento do serviço e gestão municipal. A implantação partiu da necessidade em se conhecer as receitas e despesas, bem como o faturamento destas unidades, tendo em vistas as frequentes queixas de gestores municipais de saúde em torno das dificuldades em se manter os pequenos hospitais funcionando plenamente. Foram 13 hospitais piloto localizados nas regiões de saúde do oeste e sul do estado com o sistema implantado. Como resultados destacamos a necessidade de equilíbrio entre os recursos materiais e financeiros com os recursos disponíveis, a utilização de ferramentas que permitiu aos gestores identificar problemas e simular cursos de ação, maior apropriação dos gestores sobre o funcionamento do serviço, maior uso de sistemas de informação no cotidiano do gerenciamento ampliando o potencial de decisão para gestão. A experiência continua em curso e seu caminhar tem possibilitado o delineamento de novas estratégias de fortalecimento das redes de atenção, considerando a organização dos serviços de saúde, no caso, hospitais de até 50 leitos, de modo sustentável financeiramente e organizacionalmente, para que seja considerado resolutivo frente ao seu papel e de acordo com seu perfil no sistema de saúde local e regional.

4543 FERRAMENTA DE GESTÃO KANBAN COMO FACILITADORA NO PROCESSO DE CUIDADO E DIMINUIÇÃO DO TEMPO DE INTERNAÇÃO COM USO DO APLICATIVO TRELLO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS
Valdelanda Paula Alves, Valdelanda Paula Alves, Valdelanda Paula Alves

FERRAMENTA DE GESTÃO KANBAN COMO FACILITADORA NO PROCESSO DE CUIDADO E DIMINUIÇÃO DO TEMPO DE INTERNAÇÃO COM USO DO APLICATIVO TRELLO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS

Autores: Valdelanda Paula Alves, Valdelanda Paula Alves, Valdelanda Paula Alves

Apresentação: do que trata o trabalho e o objetivo: A ferramenta de gestão KAMBAM está sendo usado desde 2014, iniciamos o uso da ferramenta por meio de um quadro branco, onde o mesmo ficava exposto nos corredores para deixar visível o número de pacientes internados e acompanharmos o período de internação. Em 2015 a ferramenta no passou a ser usada por meio de um aplicativo, o TRELLO e em seguida foi aprimorado pelos próprios profissionais e a gestão e formalizado por meio de um POP, o mesmo passou a ser usado em todas as clinicas assistenciais e hoje está em processo implementação em outros setores. O objetivo principal é quantificar e sinalizar o tempo de permanência dos pacientes nas Unidades de Internação. Desenvolvimento do trabalho: descrição da experiência ou método do estudo KANBAN passou a ser usada em todas as clínicas por meio de um aplicativo e  foi transformado em uma ferramenta e dispositivo de gestão da clínica, que indica e monitora, por cores, o tempo de permanência dos pacientes internados nos leitos das unidades. Como o KANBAN foi amplamente divulgado e o uso do aplicativo facilitou o acesso as informações de maneira pratica, melhorou a adesão de todos os profissionais. Nas reuniões com a equipe multidisciplinar discutimos sobre a classificação da assistência, os cuidados de acordo com o diagnóstico e quadro clínico de maneira a acompanhar o período de internação prevista mais de perto, participando de todo o processo e condutas, discutindo e dividindo demandas, diminuiu o tempo de internação e proporcionando a alta segura e referenciando a atenção básica. Resultados e/ou impactos: os efeitos percebidos decorrentes da experiência ou resultados encontrados no estudo: A ferramenta viabilizou também diagnosticar, monitorar e avaliar os motivos de aumento do tempo de permanência dos pacientes nas Unidades de Internação, identificando as causas (médicas e não médicas) de longa permanência e possibilitou medidas de intervenção saneadoras; promover a integração e a disseminação das informações para as equipes assistenciais de forma simples e objetiva, favorecer a comunicação entre todas as Unidades do hospital; fomentar e alimentar o mapa de leitos que será utilizado pelo núcleo interno de regulação e pela governança do HUGV e configurar como um DISPARADOR para aprimorar a gestão hospitalar e a gestão da clínica. Considerações finais: KANBAN busca estabelecer metas a fim de aumentar a eficácia e a eficiência do tratamento e, com isso, reduzir o tempo de permanência dos pacientes internados nas Unidades. O KANBAN deverá ser apresentado nas reuniões do Colegiado Ampliado e poderá ser o DISPARADOR de discussões, análises e formulação de intervenções que irão otimizar a gestão da clínica, como também, a gestão hospitalar como um todo. A diretoria de assistência à Saúde é de que seja respeitada a realidade atual do HUGV, mas buscando evidências científicas que servirão de parâmetros a serem atingido quanto ao tempo de internação por especialidade.      

2363 Implantação de planilha de distribuição de imunobiológicos: impacto no estado do Ceará
Ana Vilma Leite Braga, Ana Débora Assis Moura, Ana Karine Borges Carneiro, Francisco Tarcísio Seabra Filho, Tereza Wilma Silva Figueiredo, Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Implantação de planilha de distribuição de imunobiológicos: impacto no estado do Ceará

Autores: Ana Vilma Leite Braga, Ana Débora Assis Moura, Ana Karine Borges Carneiro, Francisco Tarcísio Seabra Filho, Tereza Wilma Silva Figueiredo, Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Apresentação: As vacinas possuem um importante e fundamental papel na prevenção das doenças imunopreveníveis e, consequentemente, na proteção da saúde da população, sobretudo das crianças, que é o principal público alvo da vacinação, atuando de forma direta na redução das taxas de hospitalizações e da mortalidade por doenças imunopreveníveis, no Brasil e em outros países. Mediante ações coordenadas de planejamento, capacitação, infra estrutura e logística, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) desenvolve várias estratégias de vacinação que consistem em vacinação de rotina, campanhas, intensificação, bloqueios e vacinação casa a casa. Em junho de 2016, após perceber a necessidade de se implementar uma sistemática na distribuição de vacinas para os municípios do estado do Ceará, elaborou-se uma planilha de distribuição dos imunobiológicos necessários para a vacinação. Esta necessidade surgiu em meio ao desabastecimento de alguns imunobiológicos, providos pelo Ministério da Saúde (MS), devido vários motivos, tais como atraso na entrega pelo laboratório produtor, falta de produção pelo laboratório, lotes em análise pelo controle de qualidade, dentre outros. Portanto, esse estudo teve objetivo geral avaliar o impacto da implantação da planilha de distribuição de imunobiológicos no estado do Ceará; e como objetivos específicos comparar a distribuição das vacinas do estado do Ceará no período de junho de 2015 a maio de 2016, antes da implantação da planilha mensal de distribuição, com o período de junho de 2016 a maio de 2017, após a implantação da planilha; comparar a cobertura vacinal das vacinas do calendário básico de vacinação nos períodos antes e após a implantação da planilha; e comparar as perdas físicas por vacina nos períodos antes e após a implantação da planilha mensal de distribuição de imunobiológicos. Desenvolvimento: Estudo descritivo, comparativo, realizado nos meses de outubro e novembro de 2017. Realizado através de documentação indireta, da comparação dos dados antes da implantação da planilha mensal de distribuição de imunobiológicos no período de junho de 2015 a maio de 2016, com o período de junho de 2016 a maio de 2017, após a implantação da planilha. A coleta dos dados se deu através do SIES - Sistema de Informações de Insumos Estratégicos, onde foi verificada a distribuição das vacinas em todo o estado do Ceará; os dados de cobertura vacinal foram extraídos do SIPNI - Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações, no sítio eletrônico (sipni.datasus.gov.br), disponível pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS); e os dados sobre perdas das vacinas foram extraídos dos Formulários para Avaliação de Imunobiológicos sob Suspeita, que são instrumentos preenchidos pelos municípios e enviados à coordenação estadual de imunizações para análise na ocorrência de suspeita de alteração de temperatura. Os dados foram organizados em tabelas no Microsoft Office® Excel®. Na construção da planilha de distribuição de vacinas pelo Estado do Ceará, buscou-se identificar a quantidade de pessoas a serem vacinadas a partir da estimativa populacional de cada município do Estado. Essa estimativa é realizada e disponibilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2014, para a população acima de dois anos de idade, e pelo Sinasc, em 2012, para a população abaixo de dois anos de idade. Para cada vacina do calendário básico, levou-se em consideração o número de doses e faixa etária previsto no esquema de vacinação de cada vacina definidos pelo MS para manter a eficiência da vacinação. Outro aspecto fundamental utilizado foi o percentual de perdas, definida pela estimativa do desperdício do imunobiológico. Essa taxa de perda, ou seja, a diferença entre o recebido e o administrado na população alvo, tem como referência um padrão estabelecido pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS), específico para cada vacina. A fim de facilitar o processo de planejamento e distribuição das vacinas pela Rede de Frio Estadual e Regional, organizaram-se os municípios por regiões de saúde, pois o fluxo de distribuição segue do Estado para a Regional, e destes para os municípios. Outro fator utilizado, que auxiliou esta logística, foi o cálculo de vacinas por frascos e por doses. Após realizar todos os cálculos, a planilha foi implementada em junho de 2016, passando a ser utilizada desde então. No entanto, o que nela está definido, o quantitativo de doses para cada vacina, não é estático. Regularmente, a Coordenação Estadual de Imunizações está sempre realizando análises e ajustes, de acordo com as solicitações dos municípios, mediante justificativas plausíveis. Resultados: Verificou-se que, no período de junho de 2015 a maio de 2016, a média geral de distribuição de vacinas no estado ultrapassou em doses, um percentual de 30,4% quando comparada com o período de junho de 2016 a maio de 2017, isto é, após a implantação da planilha. Além disso, foi demonstrado que a média mensal individual da maioria do elenco das vacinas distribuídas no Ceará reduziu consideravelmente já a partir do primeiro ano de utilização da planilha. Após um ano de implantação da planilha de distribuição, com exceção daquelas que obtiveram sua faixa de público alvo aumentada, foi perceptível a redução nas solicitações de vacinas ao MS pela Rede de Frio Estadual, via SIES. Mesmo com essa redução na distribuição de vacinas no estado, no referido período, verificou-se que as coberturas vacinais das referidas vacinas permaneceram as mesmas, ou apresentaram acréscimo. Embora o sistema de registro nominal, o SIPNI, não seja 100% implantado nos serviços de vacinação do Estado, o que impossibilita o cálculo real do indicador de cobertura vacinal, os resultados encontrados com a análise comparativa entre os dois períodos avaliados foram positivos. Foi identificada uma redução significativa nas perdas físicas de vacinas após implantação da planilha de distribuição. A diminuição dessas perdas ocorreu na maioria do elenco distribuído no estado, com destaque para as vacinas VOP, BCG e DTP, que obtiveram redução superior a 200%, quando comparadas ao ano anterior. Com o controle na distribuição de vacinas através de dados populacionais, foi possível observar uma redução nas perdas físicas de vacinas. É preciso considerar que a diminuição na perda anual de vacinas é fundamental para demonstrar a importância de manter uma forte cadeia de frio em todo o estado. Considerações finais: Verificou-se que a falta de um planejamento adequado, tanto na aquisição quanto na distribuição de imunobiológicos, poderá onerar os cofres públicos através dos investimentos do PNI ao estado, promover o desperdício de imunobiológicos, impedir o acesso da população ao processo de imunização e como consequência, a redução das coberturas vacinais. A implantação da planilha de distribuição de imunobiológicos tem-se mostrado extremamente eficaz, pois os imunobiológicos são distribuídos de acordo com a necessidade da população, reduzindo custos e prevenindo desperdícios de vacinas e insumos.

1636 O Observatório de Desigualdades, Equidade e Determinantes Sociais em Saúde do TO – Um Desafio, Uma Nova Gestão.
Alexandre Araripe Fernandes

O Observatório de Desigualdades, Equidade e Determinantes Sociais em Saúde do TO – Um Desafio, Uma Nova Gestão.

Autores: Alexandre Araripe Fernandes

Relato de Experiência Apresentação O processo de implantação do Observatório de Desigualdades, Equidade e Determinantes Sociais em Saúde do Tocantins é uma construção inédita dada a forma ascendente percorrida, ou seja, a identificação das desigualdades loco regionais partiu das vozes dos protagonistas de todo amplexo da Saúde do Estado, gestores e usuários (populações tradicionais e movimentos sociais) do SUS estadual. Por meio da cooperação técnica pactuada com a Organização Pan Americana de Saúde e colaboração do Centro de Estudos de Política e Informação da FIOCRUZ/RJ, que possibilitou que esse germinar, esteja hoje se materializando. Com o objetivo de propiciar o redirecionamento do Sistema Estadual de Saúde a partir da inserção do enfoque dos Determinantes Sociais em Saúde na SES/TO. Tem a possibilidade de ser o piloto para o Observatório da Região Norte do Brasil.   Desenvolvimento do Trabalho A implantação, em processo de conclusão, foi elaborada nas seguintes etapas: a)   Preparatória e formativa – Etapa de formação e estudos preparatórios para as oficinas. Foram seguidos os materiais Manual de Monitoreo de las Desigualdades em Salud e o Curso Medindo Desigualdades em Saúde e ainda, a oficina teórico prática com as metodologias para as oficinas regionalizadas; b)   Oficinas regionalizadas – Realizadas nos 139 municípios do Tocantins para identificação das desigualdades e iniquidades em saúde loco regionais partindo-se dos problemas às causas das causas no processo saúde doença. Compreendeu 16 oficinas em 8 Regiões de Saúde, durante 2 meses. Com os movimentos sociais e as populações tradicionais (quilombolas, população do campo e indígenas) totalizaram 6 oficinas, em 6 municípios, abrangendo 3 Regiões de Saúde; c)   Análise e qualificação dos indicadores de desigualdades – processo de discussão dos resultados das oficinas entre as equipes do Centro de Estudos, Políticas e Informações da ENSP/FIOCRUZ e da SES/TO (em execução); d)   Produto final - o Observatório. Junto ao centro de informações e dados estratégicos da secretaria, a Sala INTEGRA Saúde. No portal virtual do Observatório será possível o monitoramento e acompanhamento das desigualdades do Estado através dos indicadores tanto universais como os específicos do seu próprio território, a geração de conhecimento, construir um acervo acadêmico, entre outros elementos que possibilite o apoio na tomada de decisões para a governança de gestão.   Resultados Em processo ainda de implantação o impacto do Observatório tem provocado uma maior integração das diversas áreas da SES/TO sobre DSS e as implicações para a mudança de pensar e fazer a gestão, como também, com a outras pastas de governo, como a SEAGRO, parceira junto aos grupos populacionais. Da mesma forma, os impactos obtidos na gestão dos municípios no mesmo sentido, levando-os a pequenas mudanças com resultados significativos, a partir do momento em que se entende que as iniquidades são também geradas pelo próprio serviço e podem ser evitáveis. Assim como o entendimento que a vulnerabilidade não é inerente à vida mas que pelas condições de vida, os sujeitos estão vulnerados pelas desigualdades acentuadamente injustas. Destacam-se o município de Caseara, que passou a disponibilizar um horário diferenciado para atendimento aos homens que não tinham o acesso à saúde básica no horário comercial, aumentando a cobertura do programa de saúde do homem em sua acessibilidade e o município de Araguaína, que reconheceu os grupos aos quais deve maior atenção em seu município dado ao grau de vulnerabilidade em que se encontram.   Considerações Finais Um observatório como ferramenta estratégica para a gestão sinaliza um comprometimento com o reordenamento de sua governança, cujo processo decisório em Saúde se torna redistribuído para além do campo exclusivo da Saúde, empenhando-se em efetivar a intersetorialidade, com a participação social mais próxima de fato. Trazer o enfoque dos Determinantes Sociais da Saúde já tem possibilitado a ampliação do olhar do fazer Saúde para além do campo unicamente técnico de suas áreas setoriais e, vislumbrado uma perspectiva real de mudança e assertividade de resultados, como se espera desta área do serviço público.   Referências BUSS, Pellegrini. A Saúde e Seus Determinantes Sociais. PHYSIS. Revista Saúde Coletiva, Rio de Janeiro 17 (1): 77-93, 2007. BENJAMIN, Walter. O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994. CAREGNATO, Rita C. Aquino; MUTTI, Regina. Pesquisa qualitativa: análise de discurso versus análise de conteúdo. Artigo produzido como trabalho de conclusão da disciplina “Práticas de Análise de Discurso na Pesquisa em Educação”, do 1º semestre de 2005, ministrada pela Professora Regina Mutti, do Programa de Pós-Graduação em Educação (FACED) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). FEUERWERKER, Laura C. M. Educação dos profissionais de Saúde hoje – problemas, desafios, perspectivas e as propostas do Ministério da Saúde. Revista ABENO. Novembro, 2003.

5227 POSSIBILIDADES DO COTIDIANO DE TRABALHO DA OUVIDORIA, RELATO DA OUVIDORIA DO SUS DO RS
Luana Gehres, Bruna Campos De Cesaro

POSSIBILIDADES DO COTIDIANO DE TRABALHO DA OUVIDORIA, RELATO DA OUVIDORIA DO SUS DO RS

Autores: Luana Gehres, Bruna Campos De Cesaro

Apresentação A ouvidoria pública se constitui como uma instituição recente no Brasil, tendo se desenvolvido consideravelmente nas diferentes esferas de governo, nos últimos anos. O conhecimento da opinião dos usuários em relação aos serviços públicos é importante instrumento auxiliar para planejamento e tomada de decisões. As ouvidorias públicas são universalistas e visam estimular a propagação da cidadania e da gestão participativa. Desenvolvimento do trabalhoNeste trabalho, descreveremos brevemente parte da atuação dos ouvidores do SUS estaduais e regionais no estado do RS. Dentre as ações realizadas, elencamos as seguintes: reuniões dos ouvidores estaduais e regionais com os ouvidores ou interlocutores municipais; contato frequente com as SMS, com os gestores de saúde e prestadores de serviços SUS, bem como presença nos encontros de Comissão Intergestores Regional; relatórios gerenciais sobre os protocolos recebidos, categorizados por tipo de demanda, assunto e sub-assunto, enviados aos gestores regionais, estaduais e municipais; compartilhamento de protocolos com as diferentes coordenações dos Programas e Políticas de Saúde, nas diferentes esferas de gestão, via Sistema OuvidorSUS; realização de Ouvidoria Itinerante no interior do estado.ResultadosForam enviados relatórios aos gestores do SUS, tendo em vista a elucidação das principais demandas dos municípios, a partir de relatórios e reuniões. Assim, oportunizaram-se comparações locorregionais em locais de debates, como em reuniões de CIR, o que gerou impacto e mudanças nas práticas das SMS. É cristalino que o proficiente alcance da ouvidoria ainda envolve muitos desafios, como o relativo às demandas serem de conhecimento dos diferentes atores que fazem parte da rede SUS, seja regional ou estadual, para que se possa modificar o cotidiano de trabalho. Sob a égide desta perspectiva, os ouvidores se propuseram a compor sua rede com coordenadores de saúde dos diferentes níveis. Já as Oficinas Itinerantes ocorreram em 4 regiões de saúde e permitiram informar aos cidadãos sobre a rede de serviços do SUS, a importância do controle social e da participação nos Conselhos de Saúde a partir da Lei nº 8142/90, além do trabalho das ouvidorias do SUS na ampliação da participação da comunidade, conforme a Lei nº 8080/90. CONSIDERAÇÕES FINAIS A ouvidoria do SUS é um relevante dispositivo para planejamento em saúde, uma vez que dissemina informações e empodera usuários e trabalhadores de saúde, desde os ouvidores SUS a todos integrantes da rede, coordenadores regionais, trabalhadores da gestão a da assistência. Ações desarticuladas de ouvidoria, sem a intersecção com o controle social e os gestores, não propiciaram mudanças nas práticas de saúde. A utilização de dados da ouvidoria na educação em saúde, conselhos de saúde e CIR é estratégica. Ações no território, como as ouvidorias itinerantes, proporcionaram uma maior aproximação com os cidadãos, bem como discussões acerca da cidadania e do SUS.A partir da visão de trabalhadores e usuários, a produção de relatórios para subsidiar a gestão do SUS; disseminou as informações quantificadas da Ouvidoria aos diversos atores da rede SUS, a fim de gerar mudanças nas práticas de cuidado e vigilância, aproximando-as com os anseios da população.

453 ANÁLISE DOS CUSTOS REGIONAIS COM FISIOTERAPIA AMBULATORIAL NO SUS, BAHIA (2008-2014)
Ítalo Ricardo Santos Aleluia, Fabiane Costa Santos, Patrícia Almeida

ANÁLISE DOS CUSTOS REGIONAIS COM FISIOTERAPIA AMBULATORIAL NO SUS, BAHIA (2008-2014)

Autores: Ítalo Ricardo Santos Aleluia, Fabiane Costa Santos, Patrícia Almeida

INTRODUÇÃOCom as Doenças Crônicas Não Transmissíveis, as causas externas de morbimortalidade e as incapacidades funcionais oriundas das doenças emergentes, o crescimento da demanda e custos com serviços da atenção especializada no Brasil é uma realidade desafiadora para as gestões estaduais e municipais de saúde. O padrão de crescimento na procura por serviços de Fisioterapia do SUS, revelam estreita relação com esse perfil epidemiológico de tendência nacional e internacional, que encontram nos contextos regionais, sérios problemas de desigualdades na distribuição, na oferta e no acesso aos serviços, com baixa capacidade estatal regulatória, seja pela grande extensão territorial da Bahia, seja pela incipiência na implantação dos componentes subnacionais de auditoria do SUS. Os serviços de fisioterapia ambulatorial do SUS se constituem como pontos de atenção cada dia mais numerosos e estudos apontam crescimento expressivo da produção de atendimentos no país, com consumo de recursos públicos em volumes significativos, sobretudo na assistência ambulatorial. Esse crescimento tem sido protagonizado principalmente pela iniciativa privada, mediante convênios e contratos, o que exige certa atenção no que tange ao processo de gestão desses serviços, uma vez que evidências apontam mecanismos frágeis de auditorias, com possível falta de controle dos procedimentos realizados, custos atrelados e qualidade da atenção prestada, em todo território estadual. Dada escassez de estudos envolvendo análise de custos regionais com serviços públicos de fisioterapia, sobretudo na Bahia, ainda é obscuro como esses custos têm evoluído no espaço temporal, nas macrorregiões de saúde, considerando a tipologia dos prestadores. Pesquisas com esse recorte investigativo poderão apoiar a implementação de sistemas de controle e auditoria mais estruturados e atuantes, afim de garantir qualidade à assistência prestada para usuários do SUS. Esse estudo analisou os custos regionais com fisioterapia ambulatorial no SUS do Estado da Bahia, entre 2008 a 2014. MÉTODOTrata-se de um estudo ecológico de série temporal com dados secundários brutos, do Sistema de Informação Ambulatorial do SUS. Os dados foram extraídos entre 2008 a 2014, dada última atualização do sistema em 2008 e a indisponibilidade de dados completos para o ano de 2015, considerando o período de produção dos dados.  Tabulou-se a frequência absoluta dos custos com por local de atendimento e considerou-se como estratos de comparação o Estado, as macrorregiões de saúde, os anos da série temporal e tipologia do prestador (público e privado). Organizou-se os valores apresentados e aprovados para pagamento pelo SUS, segundo os estratos supracitados e calculou-se a diferença de valor bruto (em reais) e percentual, considerando o início e o final do período analisado.  Calculou-se o coeficiente de custos, a partir da divisão do total dos valores aprovados para o sistema, por mil habitantes, em cada região de saúde, organizados em um intervalo de três anos na série temporal pesquisada e também foi realizado um ranqueamento percentual, a partir do cálculo de variação relativa da diferença dos custos regionais. Realizou-se análise descritiva simples e comparativa, considerando variações anuais e os estratos anteriormente citados. Os resultados foram sistematizados em tabelas e gráficos. RESULTADOSQuando analisados os gastos totais com procedimentos de fisioterapia no SUS, constatou-se que esses serviços são responsáveis por consumir significativo volume de recursos em todas as regiões analisadas. Os gastos alcançaram a ordem de R$ 152.608.467,01 de reais. Chama a atenção, a importante diferença de valor entre os custos apresentados e os efetivamente aprovados para pagamento pelo SUS, correspondente a quase 10% do total de gastos do período (R$ 15.950.345,08). Essa diferença revela valores consideráveis dos procedimentos glosados para financiamento, em quase todas as regiões entre 2008 a 2014. Curiosamente, destaca-se a região Centro-Norte, que apesar de registrar um dos menores gastos no período analisado, apresentou o maior percentual (33%) dos seus procedimentos glosados para custeio pelo SUS. As despesas do SUS com procedimentos ambulatoriais de fisioterapia por 1.000 habitantes revelaram variação negativa de 11% para todo o Estado. Quando se analisa esses gastos por macrorregiões, observa-se que há uma importante heterogeneidade no comportamento dessa variação, sendo a região Norte, aquela com percentual de crescimento mais significativo (182,9%), seguida da Oeste (57,2%), Extremo Sul (38,9%) e Sudoeste (38%), respectivamente. Houveram variações negativas para as despesas do SUS nas regiões Leste (-32,8%), Sul (-6.5%) e Centro-Leste (-1,95%). Ao se comparar valores reais por 1000 habitantes, as regiões Leste (R$ 2.505,03) e Sul (R$ 2.018,47) foram aquelas que mais consumiram recursos do SUS com procedimentos de fisioterapia ambulatorial no período estudado. Ao contrário das regiões Centro-Norte (R$ 593,34) e Nordeste (R$ 712,44) que foram as que menos gastaram. O comportamento dos custos aqui evidenciados apontam para uma possível relação os custos e a cobertura total de serviços de fisioterapia que ofertam atendimento público nas regiões de saúde, seu contingente e perfil epidemiológico populacional e número de usuários cobertos por planos de saúde, sendo esse último quesito, fortemente dependente do perfil econômico regional. Observou-se ainda, que a iniciativa privada é responsável por significativa parcela dos recursos pagos pelo SUS para os serviços ambulatoriais de fisioterapia em todo Estado, cujos gastos alcançaram maior pico entre os anos de 2009 a 2012, aproximadamente R$ 20.000.000,00 de reais, em contraste com os serviços públicos que não ultrapassaram R$ 4.000.000,00 de reais. O valor destinado ao serviço privado em volume muito superior ao setor público pode ser explicado pelo maior número de estabelecimentos (consultórios, clinicas e hospitais) privados que prestam atendimento ambulatorial, já que existe menor burocracia para implantação desses estabelecimentos pelo setor privado, em contraste ao setor público, que é limitado por leis orçamentarias e que criam certos entraves para construção, manutenção e contratação de profissionais, gerando baixa cobertura pública. Os anos de 2013 e 2014 apresentaram os menores valores presentados tanto por parte do setor público quanto do setor privado. Os serviços privados somaram valores inferiores a R$15.000.000,00 aprovados e o setor público teve o valor inferior a 5.000.000,00 aprovados. Por outro lado, a diferença entre valor aprovado e apresentado é maior nos serviços públicos e teve crescimento significativo entre 2012 e 2014, enquanto nos serviços privados essa diferença teve importante redução, a partir de 2010, e voltou a crescer em menor proporção desde 2012. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os dados do presente estudo revelaram um expressivo consumo de recursos públicos do SUS, com serviços ambulatoriais de fisioterapia no Estado da Bahia. Os custos tiveram variações heterogêneas entre as macrorregiões de saúde analisadas, que possivelmente refletem condições oferta e acesso aos serviços, características econômicas regionais e perfil epidemiológico da população. A predominância de recursos destinados ao financiamento de serviços privados remonta para uma conjuntura forte penetração dos interesses mercadológicos, que atrelado à insuficiência de expansão dos serviços públicos, descortina uma importante contradição político-administrativa, uma vez que se sobrepõe uma lógica de oferta e demanda de serviços de fisioterapia, orientada por um viés de mercado, em detrimento do direito à saúde. A evidências aqui delineadas apontam para emergência de ações regulatórias mais contundentes sobre os contratos e convênios celebrados com o SUS e para necessidade de ampliação de serviços públicos de fisioterapia, que possam assumir o protagonismo da cobertura assistencial nas regiões, atualmente dominada pela iniciativa privada. Faz-se necessário novos estudos que elucidem as características do alto índice de glosas evidente na pesquisa, bem como as explicações para as diferenças desses índices entre prestadores públicos e privados.

3119 IMPLANTAÇÃO DA ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES HIPERTENSOS NO MUNICÍPIO DE PARINTINS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Darlane Valério Pinto

IMPLANTAÇÃO DA ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES HIPERTENSOS NO MUNICÍPIO DE PARINTINS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Darlane Valério Pinto

APRESENTAÇÃO: A realização da estratificação de risco cardiovascular (ERCV) é fundamental para a seleção dos indivíduos que têm maior possibilidade de desenvolver complicações decorrentes da hipertensão, e desta forma, intervir com terapêuticas adequadas aos mesmos conforme o grau de risco. Para a realização da estratificação de risco cardiovascular durante a consulta de Enfermagem é indicada a utilização do escore de Framingham, tendo em vista, que a estratificação tem como objetivo estimar o risco de cada indivíduo sofrer uma doença arterial coronariana nos próximos dez anos, sendo essa estimativa fundamentada na presença de vários fatores de risco como sexo, idade, níveis pressóricos, tabagismo, níveis de HDLc e LDLc. A partir da estratificação de risco, selecionam-se indivíduos com maior probabilidade de complicações, os quais se beneficiarão de intervenções mais intensas. O objetivo do estudo é relatar a experiência na implantação da estratificação de risco de hipertensos nas Unidades Básicas de Saúde da zona urbana e rural do município de Parintins e demonstrar o resultado parcial das estratificações realizadas até presente data. DESENVOLVIMENTO: O município de Parintins, desde janeiro de 2017, está vivenciando um novo período na atenção à saúde, realizando a reconstrução da Atenção Básica como estratégia de reordenamento do SUS, tendo como uma das metas propostas reduzir a mortalidade prematura por doenças cardiovasculares. A gestão iniciou o processo de elaboração e implantação do protocolo municipal de hipertensão que propõe no seu objetivo geral estimular o diagnóstico precoce, o tratamento contínuo, o controle da Pressão Arterial e dos fatores de risco associados, e em um dos objetivos específicos avaliar, controlar e intervir em fatores de risco cardiovasculares associados à hipertensão. E, para otimizar essa intervenção é necessária a realização do acompanhamento das consultas dos usuários de acordo com a Estratificação de Risco Cardiovascular (ERCV). O Relato de experiência descreve a implantação e o resultado parcial da realização das estratificações de risco cardiovascular em pacientes hipertensos iniciada em março de 2017 e faz parte de um processo contínuo. A experiência foi e está sendo desenvolvida nas 09 (nove) Unidades Básicas de Saúde da zona urbana e 05 (cinco) da zona rural do município de Parintins, totalizando 14 unidades com 24 equipes da Estratégia Saúde da Família. A Gerência do Programa Municipal de Hipertensão da Secretaria Municipal de Saúde de Parintins elaborou um formulário e distribuiu às equipes da Estratégia Saúde da Família (eESF) para que se coletasse dados atualizados dos hipertensos das áreas de abrangência, tendo em vista que o Sistema de Informação em Saúde HiperDia encontra-se fora de operação desde o ano de 2014, o qual obteve-se a informação de que o município possui 3.373 pessoas com hipertensão. O processo iniciou em março de 2017 com a capacitação dos profissionais de saúde sobre a realização da Estratificação do Risco Cardiovascular baseado no Escore de Framingham do Caderno de Atenção Básica no 37 – Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica – hipertensão arterial sistêmica do Ministério da Saúde. RESULTADOS: A capacitação foi realizada por Unidade Básica de Saúde para todos os profissionais da ESF (médicos, enfermeiros) com duração de quatro horas e a metodologia utilizada foi abordagem teórica sobre a temática e realização de exercícios práticos. As estratificações de risco foram realizadas através de roteiros impressos em duas vias carbonadas, ficando uma via no prontuário do paciente e a outra via encaminhada à gerência do programa para criação do banco de dados municipal. Através de reuniões realizadas com a coordenação da atenção básica, equipe técnica e enfermeiros, foi possível identificar as dificuldades encontradas nesse processo, as quais pode-se destacar: a resistência por parte de alguns profissionais em realizar a estratificação, devido ao tempo que levavam para preencher o instrumento durante as consultas. Outro problema encontrado foi a obtenção dos resultados dos exames laboratoriais em tempo hábil, pois a demanda foi aumentada e o tempo para marcação dos mesmos estava distante. O primeiro momento se deu através da capacitação em estratificação de risco cardiovascular para todos os profissionais da ESF (médicos, enfermeiros, Agentes Comunitários de Saúde e Técnicos de Enfermagem) com carga horária de 4 horas e com metodologia teórica e prática. Inicialmente foi abordada a teoria relacionada à estratificação de risco cardiovascular, e em seguida, foi abordado e entregue um estudo de caso para ser resolvido e discutido. Na oportunidade, o formulário de coleta de dados da estratificação foi apresentado, baseado no Caderno de Atenção Básica e na 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão. De acordo com Brasil (2013), a estratificação de risco cardiovascular pode ser realizada pelo enfermeiro na consulta de enfermagem, mas na prática foi solicitado que os médicos realizassem juntamente com o enfermeiro pelo excesso de demanda. Até a presente data foram realizadas 1.717 (50,90%) estratificações de risco cardiovascular dos 3.373 pacientes hipertensos. Porém, vale ressaltar que esse processo é contínuo, sujeito à alterações, pois pela inexistência dos SIS-HIPERDIA, a ERCV é o cadastro do hipertenso no município de Parintins para identificação de novos pacientes com o diagnóstico da hipertensão. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A Atenção Básica do município de Parintins tem buscado atender a demanda de pacientes hipertensos, encaminhando-os a outros pontos de atenção quando necessário. Atualmente, é fundamental a mudança do estilo de vida (hábitos alimentares, prática de atividade física), especificamente dessa população. Ressalta-se a importância das equipes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) para contribuir com essas medidas não medicamentosas estimulando a mudança de comportamento. Todos os profissionais de Saúde da Atenção Básica têm um importante papel nas ações individuais e coletivas de controle da hipertensão arterial e a estratificação de risco foi e está sendo uma etapa importante para lidar com os graus de risco aqui mencionados. Apesar de algumas dificuldades vivenciadas para a realização da estratificação, foi possível inserir na rotina dos profissionais das Unidades Básicas de Saúde da Atenção Básica tal ação, de forma que o instrumento da estratificação de risco para hipertensos tornou-se o cadastro desta população. Desta forma, acredita-se e espera-se que o aprimoramento na condução dos pacientes hipertensos no município de Parintins e a busca em oferecer a esses indivíduos uma melhor qualidade de vida implique na redução das internações e óbitos decorrentes das complicações por hipertensão.

460 UTILIZAÇÃO DE CINEVIAGENS COMO TECNOLOGIA EDUCACIONAL CONSTRUTIVISTA: A EXPERIÊNCIA DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA (UFOB)
Ítalo Ricardo Santos Aleluia, Daiene Rosa Gomes

UTILIZAÇÃO DE CINEVIAGENS COMO TECNOLOGIA EDUCACIONAL CONSTRUTIVISTA: A EXPERIÊNCIA DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA (UFOB)

Autores: Ítalo Ricardo Santos Aleluia, Daiene Rosa Gomes

APRESENTAÇÃOO processo de ensino-aprendizagem é indivisível de sentimentos e emoções quando se trata de formar sujeitos para o Sistema Único de Saúde. A cineviagem educacional consiste em uma tecnologia de ensino-aprendizagem audiovisual, que visa trabalhar capacidades cognitivas e atitudinais. Funciona como disparador de uma situação-problema para fomentar a aprendizagem baseada em emoções e estimular sua análise crítico-reflexiva.OBJETIVO Relatar o uso de cineviagens como tecnologia educacional construtivista no curso de medicina da UFOB. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIATrata-se da experiência da utilização de cineviagem nas disciplinas de Práticas em Saúde Coletiva, Gestão do Trabalho em Saúde (GTS) e Educação em Saúde no curso de medicina da UFOB. As duas primeiras são disciplinas de componentes inicias do curso, as quais proporcionam contato direto com a comunidade e a gestão do sistema municipal de saúde e a última é ofertada no sexto período possibilitando o desenvolvimento de habilidades educacionais. Selecionou-se os conteúdos que poderiam ser trabalhados por situações representadas em séries, documentários e vídeos de curta duração, que substituíram exposições dialogadas tradicionais. Para cada cineviagem foi estruturada uma intencionalidade educacional. Em Práticas em Saúde Coletiva buscou-se trabalhar a compreensão sobre abordagem familiar, acolhimento e humanização na Atenção Primária; aplicabilidade e potência do Projeto Terapêutico Singular e da territorialização em saúde. Na disciplina de GTS, a intencionalidade foi elucidar elementos relativos ao processo de trabalho em saúde, como os agentes das práticas, seus objetos, meios e finalidades do trabalho em saúde; além da composição tecnológica do trabalho em saúde, buscando problematizar a relação entre as práticas e as tecnologias materiais e imateriais (leves, dura-leves e duras), assim como aspectos que envolvem o trabalho “vivo” e morto” e “valor de uso” e “valor de troca”. Na disciplina de Educação em Saúde teve a finalidade de trabalhar com as diversas formas de aprender e ensinar aplicadas a área da saúde. A metodologia de uso da cineviagem consistiu nas seguintes etapas: (1) momento pré-classe com leitura prévia da bibliografia sobre o conteúdo abordado; (2) exibição da cineviagem em classe; (3) aprendizagem em equipe relacionando três perguntas de partida com a cineviagem e o conteúdo programático; (4) compartilhamento de ideias, sentimentos e emoções mais significativos, associados à cineviagem, utilizando tarjetas coloridas, as quais eram fixadas na lousa, para construção de um painel por núcleo de sentido.IMPACTOA estratégia das cineviagem permitiu uma construção coletiva, autônoma, crítica e emancipadora, entre os discentes, de modo que foram trabalhados aspectos fundamentais do cuidado, da gestão e educação em saúde, trazendo-os para reflexão mais próxima da realidade, na medida em que é possível associar elementos teórico-práticos às suas próprias vivências como discentes e atores sociais, acessando-as por meio de emoções, ideias e sentimentos. tadas em séries, documentários e vídeos de curta duração, que substituíram exposições dialogadas tradicionais. Para cada cineviagem foi estruturada uma intencionalidade educacional. Em Práticas em Saúde Coletiva buscou-se trabalhar a compreensão sobre abordagem familiar, acolhimento e humanização na Atenção Primária; aplicabilidade e potência do Projeto Terapêutico Singular e da territorialização em saúde. Na disciplina de GTS, a intencionalidade foi elucidar elementos relativos ao processo de trabalho em saúde, como os agentes das práticas, seus objetos, meios e finalidades do trabalho em saúde; além da composição tecnológica do trabalho em saúde, buscando problematizar a relação entre as práticas e as tecnologias materiais e imateriais (leves, dura-leves e duras), assim como aspectos que envolvem o trabalho “vivo” e morto” e “valor de uso” e “valor de troca”. Na disciplina de Educação em Saúde teve a finalidade de trabalhar com as diversas formas de aprender e ensinar aplicadas a área da saúde. A metodologia de uso da cineviagem consistiu nas seguintes etapas: (1) momento pré-classe com leitura prévia da bibliografia sobre o conteúdo abordado; (2) exibição da cineviagem em classe; (3) aprendizagem em equipe relacionando três perguntas de partida com a cineviagem e o conteúdo programático; (4) compartilhamento de ideias, sentimentos e emoções mais significativos, associados à cineviagem, utilizando tarjetas coloridas, as quais eram fixadas na lousa, para construção de um painel por núcleo de sentido.CONSIDERAÇÕES FINAISUma vez que essa estratégia valoriza a dimensão qualitativa do ensino-aprendizagem, é possível acompanhar os momentos de aprendizagem de cada discente e apoiar o desenvolvimento de ações que favoreçam novas habilidades e competências, já que a condução dessa tecnologia educacional se baseia no acolhimento do educador quanto aos sentimentos individuais e coletivos, de modo a compreender as leituras singulares de contextos e situações, como produto de uma construção coletiva compartilhada.