396: As Práticas Integrativas e Complementares no cuidado em saúde
Debatedor: Virgínia de Menezes Portes
Data: 30/10/2020    Local: Sala 12 - Rodas de Conversa    Horário: 08:00 - 10:00
ID Título do Trabalho/Autores
9844 A OFICINA CULINÁRIA COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DA OBESIDADE E DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS – A EXPERIÊNCIA DO POLO MACAÉ
Naiara Sperandio, Victória Miranda Cantuário Maciel Damasceno, Márcia Maria Prata Pires Ramalho, Lilian Bittencourt da Costa Scherrer, Carolina da Costa Pires, Michelle da Silva Escobar, Jane de Carlos Santana Capelli, Luciana Azevedo Maldonado

A OFICINA CULINÁRIA COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DA OBESIDADE E DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS – A EXPERIÊNCIA DO POLO MACAÉ

Autores: Naiara Sperandio, Victória Miranda Cantuário Maciel Damasceno, Márcia Maria Prata Pires Ramalho, Lilian Bittencourt da Costa Scherrer, Carolina da Costa Pires, Michelle da Silva Escobar, Jane de Carlos Santana Capelli, Luciana Azevedo Maldonado

Apresentação: A obesidade é considerada uma epidemia global, atingindo diferentes fases do curso da vida. O projeto “Ações de controle e enfrentamento da obesidade no Estado do Rio de Janeiro”, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, apresenta três eixos de atuação. Destaca-se o Eixo de Formação, que tem como proposta qualificar profissionais de saúde da Atenção Primária (APS) e dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família (NASF-AB). O curso de formação com atividades presenciais e à distância, para as ações de cuidado individual e coletivo da obesidade visa contribuir para a organização da linha de cuidado do sobrepeso e da obesidade nos municípios. Este projeto acontece em parceria com Universidade Federal do Rio de Janeiro/Campus UFRJ-Macaé Professor Aloíso Teixeira e a Divisão Especial da Área Técnica de Alimentação e Nutrição (Catan), sendo denominado Polo Macaé. Uma das estratégias metodológicas presenciais utilizadas no curso é a oficina culinária que visa aproximar o cursista do tema alimentação adequada e saudável. Objetivou-se apresentar as experiências e os principais resultados obtidos nas oficinas culinárias voltadas aos profissionais de saúde inscritos no Polo Macaé. Desenvolvimento: Foi oferecida uma oficina culinária para cada grupo de cursistas (profissionais de saúde) inscritos no Polo Macaé, totalizando três grupos. As oficinas aconteceram entre os dias 04 e 06 de fevereiro de 2020. A programação de cada oficina foi organizada em 8 etapas: (1) Chegada e Acolhimento; (2) Dinâmica de Acolhimento; (3)Apresentação: da proposta e os objetivos da Oficina Culinária; (4) Aplicação do questionário sobre habilidades culinárias; (5) Divisão dos grupos e elaboração das preparações; (6) Degustação das receitas preparadas; (7) Roda de conversa sobre o guia alimentar e a culinária; (8) Dinâmica de avaliação. Resultado: Dos 62 cursistas inscritos, 46,8% (n=29) participaram da atividade, sendo 05 de Macaé, 07 de Quissamã, 10 de Cabo Frio/São Pedro da Aldeia e 10 de Rio das Ostras. Em todas as etapas da programação, verificou-se o interesse e participação dos profissionais de saúde. Em relação às habilidades culinárias, utilizando-se o questionário aplicado para cada grupo participante, foi possível verificar que 48,0% dos cursistas são responsáveis pelo preparo das refeições na sua casa; além disso, dos homens presentes (n=3), dois revelaram que intercalam com suas esposas o preparo de suas refeições. Considerações finais: Todas as preparações foram consideradas de fácil preparo e saborosas pelos cursistas. As águas saborizadas e as saladas de feijão fradinho e primavera tiveram boa aceitação. As oficinas culinárias evidenciaram a importância de se trabalhar a promoção de uma alimentação saudável e adequada, incentivando o resgate do prazer em cozinhar, de comer, bem como a comensalidade e a valorização do uso dos alimentos locais pelos cursistas. Elas se constituíram em um método educativo de agregação de conhecimento e trocas de experiências entre os cursistas e educadores. Elas favoreceram a capacitação dos profissionais da APS e NASF-AB, permitindo que sejam multiplicadores das informações em seus locais de atuação, para a promoção da saúde e prevenção da obesidade e suas comorbidades, e das doenças crônicas não transmissíveis.

9868 AURICULOTERAPIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DA SAÚDE APLICADA NOS TRABALHADORES DO SUS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Fabianna Vilela Alves, Luiz Henrique dos Santos Ribeiro

AURICULOTERAPIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DA SAÚDE APLICADA NOS TRABALHADORES DO SUS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Fabianna Vilela Alves, Luiz Henrique dos Santos Ribeiro

Apresentação: Sendo o estresse, uma reação comum orgânica dos indivíduos diante de uma situação de esforço, ou em alguns casos uma resposta a um estímulo positivo e/ou negativo. E a ansiedade, uma inquietação, agitação, ou até mesmo uma característica não muito específica, que gera apreensão pelo desconhecido. Ambos os sentimentos comprometem a saúde Psíquica, Física e Emocional. Visto que, estes fatores afetam de maneira negativa o processo de trabalho, podendo diminuir a produtividade através do absenteísmo, ruptura do trabalho em equipe e uma baixa efetividade. Observou-se a necessidade deavaliar o nível de estresse desses trabalhadores, assim como, o tratamento utilizando uma ferramenta simples e de baixo custo, considerada ainda como uma incógnita para parte dos pesquisadores científicos ocidentais, a auriculoterapia. Que tem sido utilizada há milênios pelos chineses. Assim sendo, a escola chinesa tem suas bases definidas em princípios da medicina oriental, que considera o ser humano como um ser integral, sem barreiras entre mente, corpo e espírito. Assim, baseado em uma visão integrativa e sistêmica, o organismo humano é considerado um campo de energia, de acordo com o paradigma bioenergético, que se estende para todos os campos do conhecimento humano e da saúde. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi analisar os efeitos da auriculoterapia na redução do estresse e da ansiedade em trabalhadores de uma unidade de saúde da família. Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, com caráter descritivo. Selecionado um grupo de seis trabalhadores, da atenção primária de saúde, no interior de São Paulo, que estavam com desordem energética. Foi realizado análise de dados, através do teste de Lipp (ISS) e também da Escala Beck. Após a aplicação da auriculoterapia em um período de quatro meses (14 de setembro de 2019 a 14 de janeiro de 2020), onde foram realizadas sessões semanais, com sementes de mostarda e micropore, em pavilhão auricular bilateral, demonstraram a redução no estresse e ansiedade, além da melhora no processo de trabalho da equipe. Conclui-se que as práticas integrativas em saúde têm papel importante na assistência aos usuários e trabalhadores e sugere-se a realização de novos estudos clínicos mais aprofundados a cerca do tema.

9932 PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES: A EFICÁCIA DA AURICULOTERAPIA EM USUÁRIOS DO SUS EM UM CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO NO MUNICÍPIO DE TEFÉ – AMAZONAS – RELATO DE CASO
Heloíse Terezinha Alves Guimarães, Maria Adriana Moreira, Thaís Lorena Mouzinho de Brito

PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES: A EFICÁCIA DA AURICULOTERAPIA EM USUÁRIOS DO SUS EM UM CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO NO MUNICÍPIO DE TEFÉ – AMAZONAS – RELATO DE CASO

Autores: Heloíse Terezinha Alves Guimarães, Maria Adriana Moreira, Thaís Lorena Mouzinho de Brito

Apresentação: O Centro Especializado em Reabilitação (CER) é um ponto de atenção ambulatorial de fisioterapia que realiza avaliação, diagnóstico, orientação, estimulação precoce e atendimento especializado em reabilitação. Com o intuito de ampliar, melhorar e fortalecer atenção à saúde nas mais variadas áreas, sobretudo, buscando a prevenção, promoção e manutenção da saúde baseada em um modelo de atenção humani­zada e centrada na integralidade do indiví­duo. O Ministério da Saúde publicou a portaria de nº 971/2006 que aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares – PNPIC totalizando 29 Práticas Integrativas, e entre essas práticas é ofertadas no Centro Especializado em Reabilitação – CER a auriculoterapia que é uma técnica terapêutica da Medicina Tradicional Chinesa onde promove a regulação psíquicoorgânica do indivíduo por meio de estímulos nos pontos energéticos localizados na orelha. Objetivo: O objetivo deste trabalho é analisar a eficácia da auriculoterapia como parte das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde – PICS em usuários do SUS no Município de Tefé no Estado do Amazonas. Método: O projeto de Integração das PICS no ponto de atenção ambulatorial CER foi desenvolvida por profissionais da Atenção Básica, no Município de Tefé – Amazonas, no qual tem como público alvo os usuários do Sistema Único de Saúde – SUS com as principais afecções físicas, mentais e emocionais. O projeto foi iniciado em julho de 2019 para atendimento ao público em geral, no qual o usuário é direcionado ao auriculoterapeuta, e assim então é realizada uma avaliação através de uma ficha, e conversa com o profissional, o paciente relata qual a sua queixa principal, se é uma dor física, há quanto tempo esta com essa dor, fala sobre o seu cotidiano, as questões emocionais, se sofre com insônia, ansiedade, se faz algum outro tipo de acompanhamento, se pratica alguma atividade física, se toma medicamentos e se é receitado pelo médico ou por conta própria. O nível de dor é avaliada através da Escala Visual Analógica – EVA que avalia de forma subjetiva a dor do paciente antes e após cada atendimento. Após a avaliação, é montado um protocolo para aplicação da auriculoterapia conforme a necessidade relatada pelo paciente. Os atendimentos acontecem uma vez por semana, todas as quintas-feiras no CER. Os pacientes são direcionados ao atendimento pelos profissionais da saúde, fisioterapeutas, enfermeiros, médicos, nutricionistas, entre outros, que acompanham os pacientes e verificam a necessidade para essa terapia complementar na qual é realizada por profissionais qualificados para a aplicação dessa técnica. Resultado: alcançados: Podemos observar a grande procura dos usuários para esse tipo de atendimento, a boa aceitação da técnica, no qual relatam melhora na qualidade de vida, redução da dor, insônia, ansiedade, cefaleia e na diminuição de analgésicos. Considerações finais: Visando a importância da integração dessa técnica terapêutica que a Secretaria Municipal da Saúde de Tefé está ofertando à população, evidenciando, assim, o impacto positivo que teve aos usuários, e a importância da implementação das práticas integrativas, com a intenção de fazer com que outras práticas sejam incluídas e expandidas para as demais Unidades Básicas de Saúde.

9965 O USO DE FITOTERÁPICOS NA ATENÇÃO BÁSICA: IMPLICÂNCIAS SOCIOCULTURAIS
Hector Lourinho da Silva, Elizângela Fonseca de Mendonça

O USO DE FITOTERÁPICOS NA ATENÇÃO BÁSICA: IMPLICÂNCIAS SOCIOCULTURAIS

Autores: Hector Lourinho da Silva, Elizângela Fonseca de Mendonça

Apresentação: Sabendo que nossa cultura é miscigenada e rica de diversos tipos de conhecimentos empíricos acerca do uso de ervas para tratar/remediar diversos sinais e sintomas de várias patologias surge a necessidade de associar e dissociar estas informações corretas ou incorretas dentro da assistência, ou seja moldar um plano informativo sobre o uso das mesmas e seus reais efeitos, assim será promovido um cuidado aos interessados em ofertar ou adotar o uso seguro de medicamentos fitoterápicos para sua comunidade. A partir desta análise, percebemos o déficit deste conhecimento na formação dos profissionais prescritores – médicos, enfermeiros, odontólogos - o objetivo deste resumo é identificar o grau de conhecimento e interesse por parte dos prescritores (médicos e enfermeiros) de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), em relação à utilização de plantas medicinais como uma forma de tratamento. Realizou-se uma busca bibliográfica exploratória nas bases de dados indexadas Literatura LatinoAmericana em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO ), bem como em livros, dissertações e teses, e os descritores utilizados foram: Fitoterápicos, fitoterapia na UBS Desenvolvimento Mesmo sabendo que as plantas medicinais sempre fizeram parte da cultura popular, nas últimas décadas o interesse pela fitoterapia teve um aumento considerável entre usuários, pesquisadores e serviços de saúde. Na Declaração de Alma-Ata, em 1978, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece que 80% da população dos países em desenvolvimento utilizam práticas tradicionais nos seus cuidados básicos de saúde e 85% usam plantas ou preparações destas. Desde então, a OMS tem expressado a sua posição a respeito da necessidade de valorizar a utilização de plantas medicinais no âmbito sanitário e na atenção básica à saúde. A publicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS), Portaria nº 97114, de 3 de maio de 2006, foi fruto de anos de ensaios referentes a este tema. A política de caráter nacional recomenda a implantação e a implementação de ações e de serviços no Sistema Único de Saúde (SUS), o que inclui a fitoterapia, com o objetivo de garantir a prevenção de agravos, a promoção e a recuperação da saúde com ênfase na atenção básica à saúde. Além de propor o cuidado continuado, humanizado e integral em saúde, visa contribuir para o aumento da resolubilidade do sistema com qualidade, eficácia, eficiência, segurança, sustentabilidade, controle e participação social. No caso da utilização da fitoterapia. As ações e os conceitos praticados pelos profissionais da saúde são regularmente interpretados pelo povo como legítimos e adquirem caráter de “verdade”. É, nesse sentido, considerando os valores culturais, que o posicionamento da equipe como um todo em relação ao uso de fitoterápicos é aspecto de fundamental importância para a compreensão da utilização de fitoterapia na atenção básica à saúde. Esse modelo, de caráter cognitivo, contribui para a compreensão da propensão dos profissionais em prescrever fitoterápicos no âmbito da atenção básica. Nesse sentido, o presente estudo observacional e de caráter exploratório objetivou conhecer as representações e a utilização da fitoterapia por parte das equipes que atuam na atenção básica e os fatores relacionados à intenção de uso dessa terapia. Resultado: e impactos Deve-se enfatizar que a realidade de grande parte da população brasileira é marcada pela precariedade e desigualdade no que diz respeito ao acesso aos medicamentos e tratamentos médicos necessários, característica predominante nos usuários da Atenção Básica e população amazônica. Por esse motivo a comunidade tem buscado terapias alternativas, entre as quais se destacam o uso de plantas medicinais e fitoterápicos, afim de alcançar melhor qualidade de saúde. De maneira geral, observa-se a falta de prescrição por parte dos profissionais das UBS e de orientação quanto ao uso correto, provavelmente devido ao pouco conhecimento dos profissionais da área de saúde. Isso traz prejuízos à população, uma vez que poderiam utilizar recursos eficazes e acessíveis com maior frequência e com maior segurança. Sabendo que muitas ervas são cultivadas em casa pela comunidade, podemos observar também que há uma crença nas terapias ditas “naturais” e no conhecimento adquirido ao longo dos anos pelas pessoas mais idosas, que é passado de geração a geração. As PICS objetivam estimular a implantação de  novos  programas  no  SUS,  com  melhoria  do acesso da população a produtos e serviços seguros e de qualidade; sensibilizar e orientar gestores e profissionais de saúde na formulação e implantação de políticas, programas e projetos; e estruturar e fortalecer a Atenção Básica em fitoterapia, com ênfase na Atenção Básica/Saúde da Família. É de grande importância que toda a equipe  tenha  conhecimento  sobre  a  fitoterapia para  que  possa  orientar  de  uma  forma  clara os benefícios e os malefícios da utilização do medicamento, além de informar aos usuários sobre o uso correto. Considerações finais: O conhecimento empírico acerca das ervas medicinais é um fenômeno cultural e já reconhecido no meio científico e devem ser integradas, porém de maneira a ser vinculadas à assistência à saúde como um todo. Adotar a fitoterapia na abordagem de saúde deve incorporar um conjunto de atitudes, valores e crenças que constituem uma filosofia de vida, e não se estabelecer uma distribuição de medicamentos. Esta observação nos revela a importância da capacitação dos profissionais e do investimento em programas de educação permanente, com vistas a proporcionar sucesso nessa iniciativa. O desenvolvimento de material técnico, incluindo os estudos pré-clínicos e clínicos e a validade de uso das plantas medicinais e/ou medicamentos fitoterápicos selecionados para compor um programa, contribuirá para amenizar a preocupação expressada pelos médicos com os critérios científicos contemporâneos dessa terapia. As especificidades do atendimento a saúde são de inteira conveniência acadêmica, socioeconômica e cultural, sendo assim, a aplicação das plantas medicinais e fitoterápicas é um possível meio de ampliação da área de trabalho dos profissionais de saúde que ainda estão pouco informados e preparados para lidar com esses recursos alternativos que predominam na região de sua atuação. Para que os profissionais conheçam melhor essas práticas e possam aplicá-las de maneira coerente no serviço público de saúde se faz importante à inclusão destes conhecimentos nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. O uso da fitoterapia na atenção básica à saúde pode representar mais que uma diminuição de custos, pois implica a aceitação do saber do outro, do usuário. Implica o vínculo e o respeito por valores culturais e condições de vida da região amazônica.

10022 AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES INSERIDAS NA SAÚDE PRISIONAL
Denise Anjos

AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES INSERIDAS NA SAÚDE PRISIONAL

Autores: Denise Anjos

A qualidade de vidas das pessoas é influenciada diretamente por sono adequado, pessoas com insônia procuram mais os serviços de saúde do que a população em geral, têm alta incidência de queixas médicas, e costumam apresentar: irritabilidade, alteração da concentração e memória, redução do desempenho, fadiga, e estudos apontam para o risco de mortalidade associado à insônia. O meio farmacológico é uma das formas de tratamento para a insônia, dentre os medicamentos usados nesses casos está o Diazepam, cuja função é de depressor do sistema nervoso central (SNC), utilizado como hipnóticos, ansiolíticos, anticonvulsivantes e miorrelaxantes. No entanto, existem efeitos colaterais relacionados ao uso desse medicamento, além do uso crônico levar ao desenvolvimento de abstinência física e a descontinuação do tratamento poder ser acompanhada de sintomas de abstinência. A insônia é um dos sintomas mais comuns de sofrimento mental em pessoas privadas de liberdade, logo torna-se comum o uso de drogas psicoativas para amenizar esses efeitos deletérios, levando à supermedicalização dessa população, deixando a mesma exposta aos efeitos colaterais do uso desse fármaco. O presente trabalho tem por objetivo o relato de experiência da atividade coletiva envolvendo Práticas Integrativas e Complementares (PICs) executado pela autora em sua prática profissional enquanto Fisioterapeuta da Cadeia Pública Inspetor Luís Fernandes Bandeira Duarte, situada no Município de Resende (RJ), fazendo parte da Equipe de Atenção Primária Prisional. A atividade objetiva oportunizar a possibilidade da redução do uso de Diazepam para fins de insônia nos internos da unidade, assim como evitar o uso àqueles que referem dificuldade de dormir. As atividades acontecem duas vezes por semana, e tem a duração de 40 a 60 minutos por encontro, onde são realizadas atividades envolvendo aromaterapia e meditação, 2 dos 29 procedimentos de PICs disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). O público alvo são internos que fazem uso de Diazepam de forma isolada e para fins de insônia, e internos que relatam dificuldades para dormir, visando que não necessitem iniciar o uso do medicamento para esse fim. Os usuários participam do grupo até sentirem melhora na condição de insônia, e/ou redução no uso de Diazepam. Observou-se, mesmo em pouco tempo, uma boa aceitação por partes dos usuários que relataram o início da tentativa de não fazer mais uso do medicamento, também o relato de que a atividade proporciona um efeito calmante, que pode levar à melhora nas relações interpessoais com a equipe e entre os próprios internos.

10171 VIVÊNCIA E EXPERIÊNCIA EM UM AMBULATÓRIO DE AURICULOTERAPIA
João Victor Nascimento Rueda

VIVÊNCIA E EXPERIÊNCIA EM UM AMBULATÓRIO DE AURICULOTERAPIA

Autores: João Victor Nascimento Rueda

Apresentação: A Auriculoterapia é uma Prática Integrativa e Complementar que pode ser utilizada de forma terapêutica em diversas sintomatologias. É realizada pelo estimulo de pontos no pavilhão auricular, com o intuito de reequilibrar o corpo para trazer bem-estar, alívio de dores, melhora da saúde mental e emocional. Na auriculoterapia é necessário conhecimentos básicos sobre a MTC para que intervir corretamente com o que observamos na orelha. Com a intenção de se ampliar essa forma de terapia, foi aberto pela Profª Drª Dalvani Marques um projeto de extensão que ensina os alunos da UNICAMP a Auriculoterapia, para trazer Promoção a Saúde dentro da população local. Os alunos que fizeram o projeto podem participar de um ambulatório que ocorre na Faculdade de Enfermagem (FEnf) durante a semana ou atender pessoalmente os pacientes. Este trabalho tem como finalidade apresentar a vivencia dentro deste ambulatório de auriculoterapia e apresentar quais foram os impactos causados por ele. Desenvolvimento: Antes do ambulatório ser iniciado, os alunos realizam um projeto de extensão capacitando-os a realizar a auriculoterapia de forma eficaz e humanizada, desta forma o ambulatório foi iniciado no início do ano letivo de 2019 e desde o começo houve uma procura pelos estudantes da universidade, a maior parte dos pacientes vinham com queixas de ansiedade, exaustão e frustração, ocasionadas pela vida acadêmica, com o passar das sessões os pacientes retornavam e recomendavam para outras pessoas virem também e participarem do ambulatório, dizendo que suas queixas melhoraram. Durante as sessões realizadas, os pacientes chegavam com certo receio, sem ter certeza do que era a Auriculoterapia, seu funcionamento e como fazer, por isso antes da primeira sessão de cada paciente é importante explicar o que é esta terapia e como ela funciona. Os materiais necessários para as sessões foram oferecidos pela Profª Drª Dalvani Marques, para que pudéssemos atender com os pacientes. Com o crescimento do ambulatório, foram criadas mais turmas do projeto de extensão para que crescesse o número de alunos capacitados para ajudar no ambulatório e no fim do 2° semestre de 2019 foram atendidas quase 200 pessoas em uma semana. Resultado: O ambulatório e os alunos capacitados começaram a ser cada vez mais procurados e hoje muitos pacientes tratam sintomas físicos e emocionais pela Auriculoterapia, uma via de promoção a saúde pouco diversificada nos serviços de saúde do Brasil e uma forma inovadora de trazer bem-estar para os pacientes. As Práticas Integrativas e Complementares são hoje uma oportunidade de acesso a saúde que deve ser mais expandida e divulgada. Considerações finais: As Práticas Integrativas e Complementares (PICs), são na atualidade muito rebatidas por não seguirem o tradicional modelo biomédico, mas sua eficácia de tratamento é alta e esta deve estar disponível para a população de maneira que todos tenham acesso a  um serviço de saúde mais humanizado, rápido e eficaz, mesmo que dentro de uma visão holística. Observando assim que o Ambulatório de Auriculoterapia da Faculdade de Enfermagem é uma oportunidade para que este acesso a saúde seja facilitado.

10222 A AURICULOTERAPIA APLICADA AOS COLABORADORES DA REDE DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE BORBA, AMAZONAS.
Ananda Miranda de Lima

A AURICULOTERAPIA APLICADA AOS COLABORADORES DA REDE DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE BORBA, AMAZONAS.

Autores: Ananda Miranda de Lima

Apresentação: A prática da auriculoterapia tem sido realizada ao público de colaboradores da rede de saúde do município de Borba. O resumo relata os resultados alcançados através do acesso a Prática Integrativa Complementar em Auriculoterapia. Avaliou-se os dados do mês de novembro de 2019 a janeiro de 2020 por ter sido o período que implantou-se o serviço. Analisando os meses, foram realizados 119 atendimentos aos colaboradores da rede de saúde do município de Borba, dentre as ocupações foram atendidos: agentes comunitários de saúde, enfermeiros, auxiliares administrativos, serviços gerais e serviço social. A principal queixa foi de lombalgias. Todos realizaram no mínimo cinco sessões toda quarta-feira. Para aplicação alternou-se os lados do pavilhão auricular e utilizou-se de sementes de mostarda. Observou-se que na quinta sessão 100% dos colaboradores retornavam apresentando melhora dos sintomas de lombalgias. Desenvolver atividades voltadas à saúde do trabalhador é um compromisso da secretaria municipal de saúde e a Auriculoterapia veio agregar uma Política inovadora e que amplia-se um serviço pioneiro aos colaboradores no município a fim de garantir melhora física e mental. A auriculoterapia é bem aceita e trás benefícios satisfatórios.

10363 AURICULOTERAPIA COMO FERRAMENTA DE CUIDADO UTILIZADO PELO NASF NO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
Janainny Magalhães Fernandes, Vinicius Santos Sanches, Shyrlei Estefânia Dias, Michele Ribeiro Alexandre Nunes, Ivonete de Cássia Barbosa, Caroline Amorim Mesquita de Oliveira

AURICULOTERAPIA COMO FERRAMENTA DE CUIDADO UTILIZADO PELO NASF NO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

Autores: Janainny Magalhães Fernandes, Vinicius Santos Sanches, Shyrlei Estefânia Dias, Michele Ribeiro Alexandre Nunes, Ivonete de Cássia Barbosa, Caroline Amorim Mesquita de Oliveira

Apresentação: A auriculoterapia é uma prática integrativa e complementar (PIC) que aborda de modo integral e dinâmico o processo saúde-doença, usada isolada ou integrada com outros recursos terapêuticos. É uma vertente da acupuntura, tendo baixo custo e alto benefício para o cuidado. O uso das PICs, em geral, na Atenção Básica (AB) ainda têm sido incipiente, porém apresentado resultados positivos à saúde e percepção dos usuários e profissionais. O Caderno n.39 de AB traz a possibilidade do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) em realizar as PICs na comunidade. No intuito de ampliar a oferta destas práticas, o grupo de trabalho em PICs de São Bernardo do Campo (SBC) realizou capacitações e educação permanente em PICs aos profissionais do NASF. Objetivo: Apresentar experiências da prática da Auriculoterapia pelos profissionais do NASF que tiveram capacitação pelo município de SBC. Método: A primeira formação em Auriculoterapia foi realizada para 17 profissionais do NASF. Destes, 15 finalizaram o curso. Cada e-NASF recebeu um kit de auriculoterapia para uso nos territórios, financiado pelo município. A primeira formação ocorreu em 2018. Em 2019, foram coletados dados com os profissionais que fizeram a formação para levantarmos as experiências e uso da auriculoterapia no cotidiano do trabalho do NASF. Resultado: Dos 15 profissionais que finalizaram o curso, 10 (66,66%) fazem uso da auriculoterapia no cotidiano do serviço, 3 (20%) não responderam ao questionário e 2 (13,33%) não atuam mais na rede. Com relação ao uso da Auriculoterapia, a maioria utiliza em grupos (80%), sendo grupo para cuidados em dor crônica o mais utilizado (50%), seguido por grupo de cessação de tabagismo (40%), grupo de Saúde Mental e/ou Insônia (30%), Grupo de Crianças (20%), grupos de Alimentação e Nutrição (20%), e demais grupos específicos (20%). Para atendimentos individuais, 60% relatam fazer uso da auriculoterapia como terapia complementar em atendimentos de usuários com condições de saúde multifatoriais ou em Projetos Terapêuticos Singulares, sendo as doenças psicossomáticas e situações de saúde mental as mais utilizadas nestes casos (a exemplo de psoríase, transtorno do espectro autista, obesidade mórbida, fibromialgia, insônia, depressão, transtorno de ansiedade). Ademais, 50% dos profissionais relatam fazer uso da Auriculoterapia na Saúde do Trabalhador, realizando nas Unidades para seus colegas de trabalho. Um profissional relatou ter utilizado auriculoterapia em situações específicas de Visita Domiciliar. Os profissionais relatam melhorias nas condições dos usuários, sendo mais notável a redução dos quadros de ansiedade, insônia e dor crônica, respectivamente. A média de uso da auriculoterapia pelos profissionais do NASF é de 3 vezes por semana. CONSIDERAÇÕES: O uso da Auriculoterapia por profissionais do NASF tem ampliado a oferta de cuidado para os usuários da Atenção Básica, principalmente em situações complexas. A auriculoterapia tem sido uma ferramenta para desmedicalização, redução de sintomas relacionados à doenças crônicas e condições de saúde mental, ampliando a resolutividade do cuidado longitudinal realizado pelo NASF. A capacitação em Auriculoterapia para profissionais do NASF se mostrou efetiva para ampliar a caixa de ferramentas do cuidado, a integralidade e o leque de oferta para a população.

10384 A PRÁTICA DE YOGA COMO DISPOSITIVO NO CUIDADO EM SAÚDE: cartografando experiências na atenção básica
Fernanda Pastori, Sabrina Helena Ferigato

A PRÁTICA DE YOGA COMO DISPOSITIVO NO CUIDADO EM SAÚDE: cartografando experiências na atenção básica

Autores: Fernanda Pastori, Sabrina Helena Ferigato

Apresentação: Dentro do contexto das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) no SUS, podemos destacar a prática de yoga como um dispositivo no cuidado em saúde. O presente estudo tem por objetivo acompanhar os processos de produção do cuidado em saúde e subjetivação, a partir do encontro com o dispositivo da prática de yoga em dois serviços de saúde da rede do município de Campinas-SP, e as implicações dessa produção em quem a pratica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo pesquisa intervenção, que utilizará como instrumentos metodológicos, a observação participante, entrevistas e diários de campo. Como critério de participação na pesquisa, os sujeitos serão as pessoas que frequentam os grupos de yoga, há pelo menos seis meses, nos dois serviços pesquisados. O referencial teórico metodológico utilizado será a cartografia. A partir da análise dos dados, identificamos os impactos da prática de yoga na produção do cuidado em saúde e na subjetividade de quem a pratica, entendendo-a como um dispositivo, que produz encontros e corpos potentes, sujeitos autônomos, emancipação e cuidado de si, a partir de, pelo menos cinco modos de ativação: Ativação do corpo; ativação da percepção de si e das relações consigo; ativação de novas formas de se relacionar com o sintoma e a doença; produção de cuidado das relações interpessoais externas ao grupo e adjetivação de experiências e gratidão. Conclui-se ainda que a yoga em grupo, ao tornar-se algo pulsante no cotidiano do SUS, pode contribuir para superar as cisões entre práticas de promoção, prevenção e tratamento em saúde; bem como a dicotomia entre espaço de tratamento e experiências da vida cotidiana, colaborando para a desmistificação e deselitização do yoga, que em muitos aspectos pode ser também capturada por forças e ações de disciplinarização de corpos individuais e coletivos.

10400 ACUPUNTURA AURICULAR NO SUS COMO PRÁTICA DE INTERVENÇÃO: PROMOVENDO O CUIDADO DE USUÁRIOS COM SEQUELAS DE CHIKUNGUNYA
JESSICA PINHEIRO CARNAÚBA, ERIKA RACHEL PEREIRA DE SOUZA, ANA KAREN PEREIRA DE SOUZA, HIPÁCIA FAYAME CLARES ALVES, LUCENIR MENDES FURTADO MEDEIROS, MAGNA GEANE PEREIRA DE SOUSA, KÁTIA RANGELLY ALVES DE OLIVEIRA, BRENDA PINHEIRO EVANGELISTA, LUANA DA SILVA VIANA

ACUPUNTURA AURICULAR NO SUS COMO PRÁTICA DE INTERVENÇÃO: PROMOVENDO O CUIDADO DE USUÁRIOS COM SEQUELAS DE CHIKUNGUNYA

Autores: JESSICA PINHEIRO CARNAÚBA, ERIKA RACHEL PEREIRA DE SOUZA, ANA KAREN PEREIRA DE SOUZA, HIPÁCIA FAYAME CLARES ALVES, LUCENIR MENDES FURTADO MEDEIROS, MAGNA GEANE PEREIRA DE SOUSA, KÁTIA RANGELLY ALVES DE OLIVEIRA, BRENDA PINHEIRO EVANGELISTA, LUANA DA SILVA VIANA

Apresentação: No contexto da Saúde Publica Brasileira, dentre as doenças infecciosas, podem ser citadas as arboviroses enquanto importante desafio, sendo necessário desenvolver estratégias de enfrentamento intersetoriais.  Entre as arboviroses mais prevalentes está a chikungunya, que devido as suas particularidades tem gerado muitas preocupações para o setor saúde. Nesse sentido, a chikungunya apresenta como característica peculiar a artralgia, que costuma afetar cerca de 80% dos usuários e pode durante permanecer por meses e até anos, alem de manifestações reumáticas e musculoesqueléticas, com persistência da dor e até artrite reumatóide. Nesse caso, a dor é considerada uma das mais importantes causas de sofrimento, capaz de gerar incapacidades para o trabalho e de importantes consequências negativas no âmbito econômico, social e psíquico. Lidar com tais sintomatologias por parte dos profissionais da saúde consiste ainda em uma grande dificuldade. Uma importante estratégia a ser considerada, consiste na acupuntura auricular, um método de acupuntura cujos objetivos diagnósticos e terapêuticos tem sido valorizados na atualidade. No contexto da acupuntura auricular, o pavilhão auricular passa a ser concebido enquanto um dos microssistemas do ser humano. Nesse sentido, a acupuntura auricular trata-se de ações reflexas a partir da estimulação de pontos na orelha, capazes de prevenir doenças, aliviar sinais e sintomas e até mesmo curar doenças através da harmonização do organismo. Além disso, é considerada uma técnica bem aceitável por parte dos usuários, quase nenhum efeito colateral e é considerada como um método simples. Por esse motivo, o presente estudo busca relatar uma estratégia utilizada para o cuidado dos portadores de chikungunya em reabilitação, a partir do uso da acupuntura auricular realizadas no município de Acopiara, como parte integrante das ações desenvolvidas pela Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade da Escola de Saúde Publica do Ceará. Desenvolvimento: Em Maio de 2017, os residentes em Saúde da Família realizaram a territorialização de duas Equipes de Saúde da Família do qual os residentes desenvolveriam suas ações no referido município. Como parte inicial da residência, o reconhecimento do território é parte indispensável do processo de imersão dos residentes. Nesse momento foi realizado o diagnóstico situacional da região sendo pontuados os “nós críticos” e elencadas as maiores necessidades de intervenções. Dentre essas necessidades, mereceu destaque o elevado número de usuários com chikungunya em fase crônica. A situação identificada corroborou com os dados do Município de Acopiara, Ceará, que desvelou o alto índice de casos de dengue, zika e chikungunya no qual vivenciou o panorama de alerta ocasionado pela iminência de uma epidemia de chikungunya. Em busca de intervir positivamente nas condições de saúde dessa população, os residentes do núcleo de enfermagem e fisioterapia realizaram a implantação de um grupo de práticas integrativas e complementares, com vistas a reabilitação e o autocuidado dos usuários afetados. Para captação desses usuários foi realizado em primeiro lugar, a apresentação do projeto aos funcionários das Unidades Básicas de Saúde de cobertura e em seguida os Agentes Comunitários de Saúde realizaram a busca ativa de usuários que se enquadravam nos critérios: ter apresentados sinais e sintomas de dengue, zika ou chikungunya com o desenvolvimento de sequelas. Foi realizado a divulgado no inicio do grupo também pela rádio local e pelas redes sociais do município. Resultado: As ações se deram no período de Maio de 2017 a Fevereiro de 2019. O primeiro encontro foi realizado na quadra do Liceu com a Fisioterapeuta e a Enfermeira, sendo realizada de inicio, um momento de acolhimento e escuta, em busca de conhecer o publico presente e apresentar a proposta da ação, que se daria com grupos semanais, com a frequência de duas vezes realizando movimentos terapêuticos, pilates, dança e atendimentos ambulatoriais de acupuntura auricular uma vez na semana com a enfermeira nas Unidades Básicas de Saúde. O publico para os atendimentos da Acupuntura Auricular consistiu de 20 usuários semanais, as terça-feira e quarta-feira nos turnos da manhã e da tarde. Os atendimentos ocorriam pelo período de 20 a 30 minutos. Somente mulheres tiveram o interesse no atendimento. Sendo realizada anamnese e selecionados os pontos de puntura. Foram identificadas, nessa fase, que as queixas mais prevalentes eram dores articulares, insônia e ansiedade. Para a prática da acupuntura as sementes e agulhas eram distribuídas em pontos dos meridianos de acupuntura, de acordo com a medicina chinesa, e orientações quanto alimentação. Como material para a realização da Acupuntura Auricular, foram utilizadas sementes de mostarda e moxabustão. Para os casos com sintomas intensos, foram usadas agulhas intradérmica e rabo de porco. No inicio de cada atendimento após a anamnese também realizou-se a massagem auricular. O ambiente era previamente preparado para a prática, com o uso dos aromatizantes com essência de capim santo e a utilização de música relaxante. Foi percebido, desde o inicio, durante o primeiro retorno dos usuários, relatos de melhora do quadro da queixa principal do primeiro atendimento, e nos atendimentos subsequentes, surgiam outras queixas ainda não descritas inicialmente ou, até mesmo, redução da escala de dor para as dores articulares oriundas das sequelas da chikungunya. Quanto a permanência nos atendimentos, foi evidenciado que quando havia melhora significativa da queixa principal, os usuários se afastavam dos atendimentos e após algumas semanas sem o comparecimento, retornavam com relatos de piora do quadro de dor, insônia, ansiedade e outros. No ultimo atendimento, realizados na última semana de fevereiro, por motivo de finalização do período da residência, foi realizado o atendimento individual e logo após em roda de conversa a avaliação de todo processo de atendimento utilizamos como perguntas norteadoras, QUE BOM? QUE PENA? QUE TAL? As vinte participantes no geral responderam no quadro do QUE BOM: os atendimentos foram qualificados como efetivos, proporcionaram melhor qualidade de vida e redução do uso de medicamentos; que aconteciam na Unidade Básica de Saúde próxima de suas residências; eram atendimentos agendados, não sendo necessário entrar em filas para pegar ficha para os atendimentos. O serviço de Acupuntura Auricular também era oferecido pela Secretaria de Saúde diariamente, porém, a cada atendimento, o usuário necessitava chegar cedo, ficar em fila e pegar uma ficha no dia, não havendo o agendamento prévio ou o retorno agendado. Para a classificação no QUE PENA, todas evidenciaram que o atendimento acabaria com a partida dos residentes e os sintomas e queixas que apresentavam, retornariam, não sendo acolhidas pelos profissionais remanescentes nos serviços. Para a categoria QUE TAL, para as usuárias, era importante que permanecesse os atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde, com agendamento prévio. No geral as participantes relataram o quanto se sentiam aliviadas em relação as dores nas articulares, cefaléias, e o quanto passaram a apresentar sono tranquilo, redução da ansiedade e melhoria na qualidade de vida. Considerações finais: A partir da implementação desse grupo, foi possível compreender como os profissionais da Atenção Primária podem ser capazes de traçar estratégias para a melhoria do cuidado dos usuários. Foi possível compreender a utilização da Acupuntura Auricular enquanto importante pratica para a redução da dor e melhoria da qualidade de vida dos usuários, sendo esta uma importante prática que necessita ser divulgada. Nesse sentido, sugere-se novas pesquisas com o uso da Acupuntura Auricular, para que a mesma possa ser amplamente difundida e compreendida enquanto importante prática para a qualidade de vida dos usuários.

10480 PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE E TECNOLOGIAS DIGITAIS: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Juliana Cezário Ferreira da Silva Lino, Helena Maria Scherlowski Leal David

PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE E TECNOLOGIAS DIGITAIS: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Autores: Juliana Cezário Ferreira da Silva Lino, Helena Maria Scherlowski Leal David

Apresentação: Baseado na iniciativa da Organização Mundial de Saúde de incentivar seus estados-membros a produzirem e efetivarem políticas públicas para o uso racional e integrado de Medicina Tradicional e Medicina Complementar-Alternativa, publicou-se no Brasil, em 2006, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Pensando no acesso e na integralidade e considerando o advento da tecnologia, percebem-se novos meios de divulgação das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS); tendo como finalidade a ampliação e garantia do trânsito de informações amplas e seguras ao usuário, que lhes permita decidir sobre suas opções de tratamento e cuidado. Então, pesquisar sobre o que já foi publicado na literatura científica sobre as PICS inseridas no contexto da saúde digital se faz necessário, visto que tecnologia caminha a largos passos, rumo à inovação e ao desconhecido. Nesse sentido, elaborou-se a seguinte questão de pesquisa: como as práticas integrativas e complementares em saúde estão inseridas no cenário da saúde digital? Objetivo: >identificar estudos sobre PICS que fazem uso de tecnologias digitais para o cuidado em saúde na literatura científica. Materiais e método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a partir da questão norteadora: “Quais práticas integrativas e complementares em saúde que se utilizam dos recursos das tecnologias digitais estão descritas na literatura?” Realizou-se a busca nas seguintes bases de dados: MEDLINE, LILACS, IBECS, CUMED, HomeoIndex, Index Psi Revistas Técnico-científicas, PAHO-IRIS, BDENF, MOSAICO, e  Biblioteca Virtual em Saúde em Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas (BVS-MTCI). Resultado: Foram encontrados 1941 artigos. Ao aplicar o teste de relevância 1, restaram 293 trabalhos. Ao utilizar o teste de relevância 2, restaram 25 pesquisas a serem analisadas no presente artigo. Dos artigos selecionados, 92% estavam disponíveis em inglês, 4% em português e 4% em espanhol. Com relação ao de publicação dos artigos, 8% em 2019, 20% em 2018, 28% em 2017, 12% em 2016, 16% em 2015, 12% em 2014 e 4% em 2012. Com relação a PICS abordada nos artigos, percebeu-se as seguintes práticas mencionadas: meditação 52%, yoga 12%, Medicina Tradicional Chinesa 16%, quiropraxia 4%, musicoterapia 4%, fitoterapia 12%. Os temas citados foram: esclerose múltipla  8%, DPOC e ICC 4%, lesão na medula espinhal e dor neuropática 4%, câncer 12%, dor menstrual 4%, diagnóstico de pulso 4%, cessação de fumo 12%, melhoria na saúde 8%, acidente vascular encefálico 4%, saúde mental 20%,  ensino 12%, alívio de zumbido 4%, tratamento de feridas 4%. As tecnologias utilizadas foram: programa online 8%, videoconferência 8% (2), curso Online 20%, software multimídia 8%, aplicativo móvel 48%, telerreabilitação 4%, jogo 4%. Discussão: A maioria dos estudos se refere ao uso da meditação e faz uso de aplicativos móveis. Poucos estudos são feitos no Brasil. Os artigos analisados são unânimes quanto aos benefícios do uso da tecnologia digital associados as diferentes terapias complementares em saúde. Considerações finais: Percebe-se um interesse crescente pela tecnologia associada as PICS, em âmbito mundial, ao decorrer dos anos. O Brasil precisa acompanhar esse movimento global e intensificar estudos originais sobre essas temáticas tão atuais.  

10539 HORTO COMUNITÁRIO COMO UMA PRÁTICA INTEGRATIVA EM SAÚDE MENTAL
BIANKA ANDRESSA DE OLIVEIRA MEDEIROS, MARIA BIANCA BRASIL FREIRE, CAMILA MESQUITA SOARES, FERNANDA MARIANY DE ALMEIDA MENEZES FREIRE, ANTÔNIA SUELLEN FERNANDES DANTAS

HORTO COMUNITÁRIO COMO UMA PRÁTICA INTEGRATIVA EM SAÚDE MENTAL

Autores: BIANKA ANDRESSA DE OLIVEIRA MEDEIROS, MARIA BIANCA BRASIL FREIRE, CAMILA MESQUITA SOARES, FERNANDA MARIANY DE ALMEIDA MENEZES FREIRE, ANTÔNIA SUELLEN FERNANDES DANTAS

Apresentação: A estratégia saúde da família, fundamentada para reorganização da atenção básica, tornou-se fundamental para a atenção das pessoas com transtornos mentais, sendo este trabalho organizado e orientado por meio de ações comunitárias que fundamentam os princípios do SUS e da reforma psiquiátrica, a qual visa a desinstitucionalização e pressupõe a manutenção das pessoas com transtornos mentais em seu território. O que muito tem se visto é o auto índice de medicalização voltada para esses pacientes como forma de cuidado, não oferecendo atividades que promovam a inclusão social destas no território. Pensando nisso, o objetivo deste trabalho é relatar a experiência vivenciada com um usuário de saúde mental experimentada pela equipe de residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica/Saúde da Família e Comunidade da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte em parceria com a prefeitura municipal de Mossoró (RN), na UBS Dr Cid Salem Duarte localizada no bairro abolição IV do referido município. No que se refere à saúde mental, sabe-se que existem os níveis de atenção primária, secundária e terciária, no qual cada usuário por meio de sua demanda, é encaminhado e acolhido dentro de cada especificidade nos respectivos níveis de atenção. Um comunitário procurou a UBS relatando que gostaria de ser atendido e acompanhado pela psicóloga da unidade, que por meio da avaliação do caso constatou que este precisaria ser encaminhado para o CAPS AD, o qual não foi aceito por ele, tendo em vista o relato de que se fosse sofreria recaídas. Com esse usuário em específico a equipe da UBS precisou de um olhar diferenciado, sem o mecanicismo do dia a dia, tendo em vista que o mesmo se recusava aceitar o encaminhamento. Diante disso, o usuário passou a frequentar todos os dias a Unidade Básica de Saúde, onde nós profissionais nos revezávamos a fazer o acolhimento, sempre disponíveis a ouvir suas demandas. Com o passar do tempo ele passou a cuidar do canteiro de mudas na unidade de saúde, no qual passou a sempre regar as plantas, e cuidar delas com muita dedicação. Foi notório que com este fazer, o mesmo começou a relatar em como se sentia acolhido, em como o cuidar das plantas era terapêutico para ele e em como a população do território tinha passado a aceitá-lo, tendo em vista o grande estigma que o acompanhava. O que nos faz refletir sobre a importância das práticas comunitárias, evidenciando aqui o uso das plantas medicinais como meio de conexão com as origens e com a cultura. Cabe enfatizar que o uso do horto comunitário foi potencializador no vínculo com o usuário, promovendo o contato deste, não só com os profissionais, mas com a comunidade. Entretanto, sabe-se que muito ainda precisa ser feito já que a demanda em saúde mental ainda é persistente cabendo a implementação do Projeto Terapêutico Singular (PTS) e o Matriciamento em saúde mental.

10887 GRUPOS DE MUSICOTERAPIA AMPLIANDO POSSIBILIDADES DE CUIDADO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Roseane Vargas Rohr, Leila Brito Bergold, Neide Aparecida Titonelli Alvim

GRUPOS DE MUSICOTERAPIA AMPLIANDO POSSIBILIDADES DE CUIDADO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores: Roseane Vargas Rohr, Leila Brito Bergold, Neide Aparecida Titonelli Alvim

Apresentação: A inclusão da musicoterapia na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde do Sistema Único de Saúde-SUS  amplia possibilidades de acesso da população a esse atendimento nas unidades básicas de saúde, considerando que atualmente a oferta desse serviço no âmbito do SUS está mais presente na rede de atenção psicossocial. O cuidado às condições crônicas representa um desafio para as equipes de saúde,  pois implica em  mudança de foco da doença para a pessoa e família. A musicoterapia abre possibilidades para o fortalecimento desse olhar, considerando que utiliza a música e seus elementos, e permite deslocar o foco da doença para a pessoa. O objetivo deste trabalho é descrever resultados de pesquisa com grupos de musicoterapia formados por pessoas com hipertensão arterial (HA) e diabetes mellitus (DM) e Desenvolvimento: estudo multicêntrico utilizando o método convergente assistencial, realizado em instituições da rede básica das secretarias de saúde de Macaé (RJ) e Vitória (ES). Os grupos de musicoterapia foram estruturados em 5 encontros, voltados para 15 adultos com DM e HA, de ambos os sexos, idade de 41 a 72 anos, em instituições municipais da rede básica das secretarias de saúde de Macaé (RJ) e Vitória (ES). São apresentados resultados do quinto encontro, quando foram realizadas as avaliações do processo. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ, parecer nº 905.372. Resultado: Os participantes avaliaram os grupos de  musicoterapia de forma positiva para a saúde e qualidade de vida,  promovendo redução da ansiedade pelo esquecimento das preocupações e redução do medo; reflexões sobre a saúde e a vida; percepção de comportamentos e vivências semelhantes no grupo, que promoveu maior conhecimento sobre o outro e sobre a saúde; perseverança para continuar o tratamento; melhor aceitação da doença; troca e união entre os participantes, criando vínculos; expressão de sentimentos como medo, ansiedade, incapacidade, preocupação e aceitação; vivência de momento alegre por meio das músicas, o que melhora a saúde; o brincar, conversar e distrair também melhora a pressão; refletir sobre a necessidade de ser mais ‘suave’ e descontrair. A síntese dos encontros foi desvelada por meio da composição de duas paródias, evidenciando os sentimentos evocados pelos participantes durante os encontros musicoterápicos. Considerações finais: grupos de musicoterapia podem contribuir com o cuidado às condições crônicas, somando-se ao trabalho da equipe interdisciplinar que atua na atenção primária.

11060 OZONIOTERAPIA COMO PRÁTICA INTEGRATIVA E ALTERNATIVA NO TRATAMENTO DA OSTEOARTROSE E CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS, NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Rafaela Roque dá Silva, Ariane Lopes Bastos, Larissa Rodrigues Santos, Patricia Vieira Xavier, Taynara Carvalho de Oliveira, Juliana Cedro de Souza, Juliana de Moraes Baldan Abreu

OZONIOTERAPIA COMO PRÁTICA INTEGRATIVA E ALTERNATIVA NO TRATAMENTO DA OSTEOARTROSE E CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS, NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores: Rafaela Roque dá Silva, Ariane Lopes Bastos, Larissa Rodrigues Santos, Patricia Vieira Xavier, Taynara Carvalho de Oliveira, Juliana Cedro de Souza, Juliana de Moraes Baldan Abreu

Apresentação: A ozonioterapia consiste em um processo de administração do gás ozônio, em determinadas concentrações e por vias específicas, no organismo humano, com o intuito de tratar diversos problemas de saúde, sendo totalmente proibida sua inalação ou aplicação por via respiratória. Esse gás é composto por três átomos de oxigênio e possui importantes propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e anti-sépticas, além de um efeito de melhora na oxigenação dos tecidos e um fortalecimento do sistema imune. Trata-se de uma técnica reconhecida e valorizada pela Atenção Primária à Saúde (APS) e abordada pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). Pelo fato da ozonioterapia ser considerada um tratamento complementar promissor, minimamente invasivo, de baixo custo e com bons resultados terapêuticos, tornou-se um método de abordagem do cuidado na Estratégia de Saúde da Família, pois estes profissionais são fundamentais na promoção de saúde. Além disso, é uma técnica que também abrange os demais níveis de atenção à saúde, dentro da APS. As pesquisas científicas na área da medicina que levam em conta a abordagem da ozonioterapia mostram que essa prática possui benefícios que podem também se tornar  preventivos, pois a partir da utilização do ozônio por intervenção percutânea para tratamento de um órgão ou algum tipo de tecido no organismo, ocorre a diminuição das dores e infecções, além do retardo de cirurgias de grande complexidade e de alta letalidade. Com isso, o objetivo desse trabalho é demonstrar a eficácia da ozonioterapia, como abordagem de cuidado, através do tratamento complementar da osteoartrose e da cicatrização de feridas. Desenvolvimento: Foi realizada uma revisão de literatura para conceitos gerais sobre ozonioterapia em bases de dados, tais como: SciELO, PubMed,  LILACS, MEDLINE e BMJ Best Practice, utilizando as seguintes palavras-chave: Ozônio, Osteoartrose, Terapias Complementares, Cicatrização, Feridas, Medicina Integrativa, Atenção Primária à Saúde. Para o aprofundamento do estudo relacionado ao tratamento de doenças e cicatrização de feridas, foram selecionados artigos científicos relevantes no tema, desenvolvidos entre os anos de 2010 e 2020. Por fim, para a discussão do uso da técnica como prática integrativa e alternativa, foi utilizada como base de dados a Biblioteca Virtual em Saúde. Resultado: A osteoartrose é uma doença articular degenerativa que afeta principalmente a população idosa acima de 75 anos e pelo fato da prevalência dessa doença ser de 85%, tornou-se alvo de interesse da saúde pública brasileira. No que tange ao tratamento da osteoartrose, o ozônio utilizado em uma concentração acima de 20µg/mL conduz a ativação do metabolismo celular, induzindo a síntese de enzimas antioxidantes, as quais, por sua vez, inibem o estresse oxidativo e aumentam o suprimento de oxigênio no tecido alvo da terapia. Esse processo desencadeia a diminuição da inflamação na osteoartrose e consequentemente a diminuição da dor no indivíduo afetado. Em outra abordagem, o alto poder antioxidante do ozônio proporciona propriedades bactericidas e fungicidas, o que garante a aplicabilidade no tratamento de lesões e feridas, entretanto, para esse procedimento são eficazes aplicações em concentrações menores (cerca de 10µg/mL), volume esse suficiente para induzir a neovascularização e a proliferação tecidual. Utiliza-se duas vias para o tratamento de feridas crônicas: via subcutânea e tópica, sendo a segunda por meio do óleo ozonizado e água ozonizada. O óleo ozonizado é classificado como bactericida, visto que promove ação tóxica sobre as proteínas de membranas bacterianas. A água ozonizada, por sua vez, auxilia no alívio da dor, devido sua ação anti-inflamatória, além de permitir comportamento asséptico. Diante dos fatores expostos, é possível a cicatrização de feridas corporais. A ozonioterapia, por proporcionar benefícios pelos resultados positivos em tratamentos e por sua acessibilidade permitida devido a custos inferiores, é integrada ao Sistema Único de Saúde (SUS), obtendo diretrizes norteadoras junto à Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Homeopatia, Plantas Medicinais e Fitoterapia, Medicina Antroposófica e Termalismo Social/Crenoterapia. A ozonioterapia, caracterizada pela prática integrativa no tratamento, faz parte do SUS desde 2018 e foi aceita pelo seu baixo custo e pelos bons resultados obtidos em algumas áreas como a odontologia, neurologia e a oncologia, entre outras. Desde 2018, ocorreu a ampliação das práticas integrativas no SUS, principalmente em estabelecimentos como Academia da Saúde, Centros de Apoio à Saúde da Família, Centros de Saúde/ESF, Hospitais Gerais e Especializados e até mesmo consultórios privados, mostrando dessa forma a importância de se utilizar inovações em prol da melhoria da qualidade de vida da população, principalmente em setores de saúde primária. Considerações finais: A ozonioterapia é de fato uma alternativa de tratamento para doenças com o desígnio de tratar dores e evitar procedimentos de alta complexidade. No caso da osteoartrose, ela representa uma alternativa terapêutica integrativa, podendo ser implantada na APS, tendo em vista a grande prevalência da doença e visto que o ozônio produz benefícios clinicamente relevantes que apoiam seu uso para efeito analgésico, alívio da dor, da rigidez, da incapacidade física, diminuição da inflamação nas articulações e melhora da qualidade de vida em pacientes com osteoartrose. Além disso, o uso da ozonioterapia para cicatrização de feridas também pode ser considerada uma terapia complementar, que tem auxiliado em muitos tratamentos, promovendo a melhora de feridas extensas e proporcionando também uma melhor qualidade de vida aos pacientes, devido à melhora da oxigenação tecidual, imunomodulação e propriedades bactericidas e fungicidas. Em diversos países, a ozonioterapia é regulada como prática médica, com redução de custos que atingem até 80%, quando comparado a outros tratamentos, e com evidência de efeitos de melhora. No Brasil, a utilização terapêutica do ozônio ainda é reduzida. Para o Conselho Federal de Medicina (CFM), o volume de trabalhos científicos sobre a ozonioterapia ainda é incipiente e não oferece aos médicos a total certeza de que esse tipo de prática é eficaz e segura. Dessa forma, vale ressaltar que a ozonioterapia, por mais que seja caracterizada como uma prática promissora na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, requer mais estudos de padronização (concentração de ozônio, frequência de aplicação e tempo de tratamento) e o acompanhamento dos pacientes em longo prazo para avaliar sua evolução e a segurança deste tratamento complementar.

11107 AURICULOTERAPIA NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA ESTRATÉGIA DE CUIDADO PARA PACIENTES COM OBESIDADE
Antônia Suellen Fernandes Dantas, Fernanda Mariany de Almeida Menezes Freire, Bianka Andressa de Oliveira Medeiros, Camila Mesquita Soares, Maria Bianca Brasil Freire, Rita de Cássia da Silva Medeiros, Isabel Cristina Amaral de Sousa Rosso Nelson

AURICULOTERAPIA NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA ESTRATÉGIA DE CUIDADO PARA PACIENTES COM OBESIDADE

Autores: Antônia Suellen Fernandes Dantas, Fernanda Mariany de Almeida Menezes Freire, Bianka Andressa de Oliveira Medeiros, Camila Mesquita Soares, Maria Bianca Brasil Freire, Rita de Cássia da Silva Medeiros, Isabel Cristina Amaral de Sousa Rosso Nelson

Apresentação: A obesidade é caracterizada pelo excesso de gordura em relação a massa magra, sua prevalência vem aumentando cada vez mais, suas causas são multifatoriais podendo ser genética, fatores ambientais, alimentação, estilo de vida, ansiedade e aspectos psicológicos. A Organização Mundial de Saúde (OMS), define a obesidade como o acúmulo excessivo de gordura no organismo que pode levar a um comprometimento da saúde e sua causa é o desequilíbrio energético entre as calorias consumidas e as calorias gastas. Para a Medicina Tradicional Chinesa, o desequilíbrio energético é consequência de fatores relacionados ao tipo e à quantidade dos alimentos consumidos, à regularidade da alimentação e ao estado emocional durante o processo de alimentação. O tratamento baseia-se na possibilidade do resgate da essência e da vitalidade, busca-se o equilíbrio do estado emocional que resultará na perda de peso, bem-estar e melhora da qualidade de vida. Nesse contexto, considerando a obesidade uma enfermidade complexa, o presente trabalho teve como objetivo relatar a experiência de um grupo de apoio multidisciplinar ao emagrecimento, acompanhado de exercício físico, reeducação alimentar e uso de auriculoterapia, desenvolvido dentro do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica, Saúde da Família e Comunidade na Universidade Estadual do RioGrande do Norte (UERN), localizado na cidade de Mossoró (RN), por meio da educação em saúde e do atendimento multiprofissional. A equipe é composta por nutricionista, enfermeira, assistente social, psicóloga e fisioterapeuta, visando desse modo um atendimento de qualidade, pautado na integralidade dos usuários. A Atenção Básica à Saúde coordena o cuidado integral e contínuo da população e representa a principal porta de entrada para a organização do cuidado. Dessa forma, consiste em um espaço privilegiado para serem desenvolvidas ações de incentivo e apoio à adoção de hábitos alimentares saudáveis e à prática regular de atividade física. Participaram das atividades os usuários com idades entre 20 e 60 anos, com diagnóstico de obesidade. As ações realizadas aconteceram durante os meses de abril a novembro de 2019, no Centro de Convivência do Idoso José Sarney (CCI), no bairro Abolição IV, todas as terças-feiras, no turno vespertino, com duração média de 1 hora. As aplicações de auriculoterapia aconteceram 01 vez por mês, durante 04 semanas, sendo utilizado sementes de mostarda. Durante os encontros foram abordadas diversas temáticas, como: efeitos da auriculoterapia para reduzir a compulsão e a ansiedade, nutrição e saúde, enfatizando sempre a relação entre hábitos e estilo de vida saudável, consciência e flexibilidade alimentar. Além disso, tais reuniões propiciavam um espaço para socialização, trocas de experiência e esclarecimentos de dúvidas, configurando assim um trabalho de educação alimentar. Observou-se que entre os fatores que dificultam a adesão ao tratamento da obesidade, estavam os problemas pessoais, a ausência de apoio familiar, a falta de motivação, depressão, ansiedade e estresse. A intervenção voltou-se para o prazer com a comida, a responsabilidade das escolhas, e o autocontrole. As estratégias de intervenção nutricional, a prática de exercícios físicos e o uso da auriculoterapia foram capazes de influenciar positivamente na redução do peso, no comportamento e nos hábitos alimentares dos participantes.

11435 A AURICULOTERAPIA COMO PROMOTORA DO CUIDADO INTEGRAL À SAÚDE: PRÁTICA INTEGRATIVA DESENVOLVIDA POR UMA RESIDENTE NA ATENÇÃO BÁSICA
Glaucia Dias dos Santos, Sthefany Riella Santos

A AURICULOTERAPIA COMO PROMOTORA DO CUIDADO INTEGRAL À SAÚDE: PRÁTICA INTEGRATIVA DESENVOLVIDA POR UMA RESIDENTE NA ATENÇÃO BÁSICA

Autores: Glaucia Dias dos Santos, Sthefany Riella Santos

Apresentação: O uso das Práticas Integrativas e Complementares (PICS), têm sido utilizadas no mundo, e sua importância vem sendo comprovada através de estudos. No Brasil, sua prática é incentivada e fortalecida a partir da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS), a qual foi aprovada e publicada em maio de 2006. Inicialmente foram incluídas a Homeopatia, Plantas medicinais/Fitoterapia, Acupuntura/Medicina Chinesa e Termalismo social/crenoterapia. A auriculoterapia formam um grupo de serviços, saberes e técnicas agrupados pela característica comum de não pertencerem aos saberes da medicina convencional, mas se apoiarem mais nos conceitos da Medicina Tradicional Chinesa. Sua forma de tratamento baseada em microssistema, em que a orelha tem representações de todas as outras partes do corpo. O microssistema auricular tem locais definidos de projeção de todos os órgãos e estruturas corporais. Pode ser utilizada como complementação no tratamento para diversas doenças e  agravos. Este trabalho objetiva relatar a relevância da auriculoterapia como promotora do cuidado integral à saúde, realizadas por uma Fisioterapeuta residente do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica/ Saúde da Família da UNIVALI. A partir das experiências vivenciadas na aplicação de auriculoterapia no tratamento de agravos, observo que a técnica favorecem a ampliação do cuidado integral, estimulando os usuários a serem protagonistas do seu cuidado. As práticas ampliam as possibilidades diagnósticas e terapêuticas por considerarem questões de dimensões psicossociais, espirituais, emocionais e subjetivas. Na prática favorece uma boa relação terapeuta-usuário, permitindo maior adesão ao tratamento proposto, possibilitando uma conduta eficaz e integral. A auriculoterapia contribui para a ressignificação da percepção do cuidado em saúde, permitindo um cuidado holístico, tornando o cuidado mais abrangente, evidenciando as necessidades biológicas, emocionais, sociais e espirituais. Assim flexibilizando dos conceitos de saúde e doença e uma maior consideração da subjetividade do sujeito.

12303 A MÚSICA COMO TERAPIA COMPLEMENTAR NO CUIDADO AO IDOSO EM INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA (ILPI)7
Vera Sampaio Barboza, Eliseu Lemos Nogueira Leal, Fatima do Espírito Santo

A MÚSICA COMO TERAPIA COMPLEMENTAR NO CUIDADO AO IDOSO EM INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA (ILPI)7

Autores: Vera Sampaio Barboza, Eliseu Lemos Nogueira Leal, Fatima do Espírito Santo

Apresentação: Este estudo tem como objetivo geral discutir os efeitos da música como terapia complementar no cuidado a idosos residentes em Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI). Trata-se de um ensaio clínico com delineamento de séries temporais, usando abordagem mista, realizado no período de agosto a outubro de 2018 com 14 residentes de uma ILPI no município de Niterói tendo como critérios de inclusão os idosos com idade igual ou superior a 60 anos, residentes em ILPI e, como critérios de exclusão Idosos com perdas auditivas severas ou que entrem nos critérios de descontinuidade (falecimento, internação ou ter uma perda auditiva severa). A produção de dados ocorreu em três momentos, no primeiro foi realizada avaliação inicial de enfermagem utilizando formulário de identificação, escalas de avaliação geriátrica (Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e Escala de Katz) e questões para identificar as preferências musicais de cada idoso, compondo um acervo digital individual, valorizando suas escolhas e opiniões. No segundo momento foram realizadas quatro sessões musicais, uma por semana, usando as músicas selecionadas no primeiro momento e reproduzindo-as em aparelho de headfone e, em seguida o idoso respondia uma entrevista semiestruturada, no início e final de cada consulta foram verificados os Sinais Vitais e aplicada a escala EMADOR e durante as sessões musicais era registrado em diário de campo todas as reações apresentadas pelos participantes. No terceiro momento foram aplicadas, novamente, as escalas de avaliação geriátrica, estas feitas no final da quarta sessão musical. Na análise, por meio da triangulação dos dados, foram associados os resultados quantitativos e os qualitativos de cada participante do estudo, com uma visão micro e, no total dos resultados, com uma visão macro, dos resultados obtidos. A pesquisa foi submetida ao CEP sob o CAAE 79953017600005243 e aprovado sob parecer n°2.548.033. Os resultados mostraram que o uso da música aliada ao cuidado de enfermagem de idosos possui efeitos significativos na cognição dos idosos além de favorecer o acolhimento e a convivência social dos mesmos no ambiente de ILPI, além de apresentar diminuição nos relatos de dor e diminuição significativa no valor da pressão arterial sistólica e diastólica (p 0,5), podendo ser usada como estratégia no cotidiano do cuidar da enfermagem, considerando-se que, como o cuidado, ela favorece a construção de subjetividades inerentes ao afeto e à criatividade e colabora tanto para criação de um ambiente terapêutico quanto favorece a expressividade do idoso e melhora sua socialização no grupo.

11951 PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES DESENVOLVIDAS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA E O CUIDADO CLÍNICO DO ENFERMEIRO – UMA REFLEXÃO COM MAPA CONCEITUAL
Mirna Neyara Alexandre de Sá Barreto Marinho, Maria Rocineide Ferreira da Silva, Ana Karoline Bastos Bezerra, Andre Ribeiro de Castro Júnior, Olga Maria de Alencar

PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES DESENVOLVIDAS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA E O CUIDADO CLÍNICO DO ENFERMEIRO – UMA REFLEXÃO COM MAPA CONCEITUAL

Autores: Mirna Neyara Alexandre de Sá Barreto Marinho, Maria Rocineide Ferreira da Silva, Ana Karoline Bastos Bezerra, Andre Ribeiro de Castro Júnior, Olga Maria de Alencar

Apresentação: A inserção das Práticas Integrativas e Complementares (PIC) no Sistema Único de Saúde (SUS) se configura como estratégia de ampliação de acesso e qualificação dos serviços na busca pela integralidade da atenção à saúde. A Estratégia Saúde da Família (ESF) é apontada como eixo estruturante da atenção primária no sistema, constituindo-se como uma estratégia para a expansão dessas práticas, que podem ser usadas em conjunto com a abordagem convencional ou de maneira isolada, a depender de cada situação, e em sua aplicação no cuidado clínico do enfermeiro, deve-se contemplar o processo de enfermagem. Pesquisas têm apontado uma escassez do número de enfermeiros que desenvolvem essas práticas, mesmo na ESF, cenário onde elas mais têm sido utilizadas, e, também, que destaquem as contribuições destas no cuidado clínico desenvolvido pelos enfermeiros. Objetivou-se para tanto refletir sobre as contribuições das PIC no cuidado clínico do enfermeiro que atua na ESF utilizando-se de um Mapa Conceitual (MC). Trata-se de estudo reflexivo realizado em janeiro de 2020 com o auxílio do software Cmap Tools® em sua versão 6.03 a partir de busca assistemática na literatura. Nesse direcionamento, a elaboração do MC e o embasamento da literatura possibilitou o reconhecimento das PIC no processo de trabalho dos enfermeiros, potencializando seu fazer e ressignificando suas práticas. Essas práticas, pela autonomia que proporciona também aos usuários, vem de encontro ao que se pretende o cuidado clínico do enfermeiro na ESF, trazendo uma perspectiva humanística, emancipatória e do cuidado ampliado em saúde, consolidando a proposta que a própria ESF traz de diálogo, participação e construção coletiva, favorecendo o empoderamento de usuários e profissionais à medida que vai se tendo uma maior liberdade com relação ao modelo biomédico. A possibilidade de incluir MC em estudos dessa natureza amplia o entendimento sobre a temática, proporcionando sentido à aprendizagem em curso. Na enfermagem, essas ferramentas além de serem consideradas didáticas, elucidam também a crítica no que compete o ser e o fazer do enfermeiro e, com as práticas integrativas e complementares, esse binômio se traduz em um direcionamento ético e científico.

10635 RODAS DE TERAPIA COMUNITÁRIA NO PROGRAMA MÉDICO DE FAMÍLIA DO VIÇOSO JARDIM, EM NITERÓI (RJ): PROTAGONISMO POPULAR E REDES PSIQUICAMENTE PROTETORAS.
Ana Maria Thomé, Nilza Rodrigues Martins, Julia Viana Leonardo, Andréa Thomé Rosa

RODAS DE TERAPIA COMUNITÁRIA NO PROGRAMA MÉDICO DE FAMÍLIA DO VIÇOSO JARDIM, EM NITERÓI (RJ): PROTAGONISMO POPULAR E REDES PSIQUICAMENTE PROTETORAS.

Autores: Ana Maria Thomé, Nilza Rodrigues Martins, Julia Viana Leonardo, Andréa Thomé Rosa

Apresentação: A Terapia Comunitária é uma estratégia com capacidade para acolher e organizar o cuidado em saúde mental na comunidade. Combinado à Estratégia de Saúde da Família, dispositivo da Atenção Primária em Saúde (APS) responsável por promover o acompanhamento longitudinal da população brasileira, a Terapia Comunitária é uma prática brasileira de intervenção em saúde mental que vale-se do conhecimento popular na atuação sobre o sofrimento psíquico, a partir de uma ação transformadora gestada nos vínculos comunitários que parte do princípio do respeito à sabedoria popular combinada ao conhecimento técnico-acadêmico. O processo de implantação de um grupo de Terapia Comunitária com frequência quinzenal no PMF Viçoso Jardim, na região do Fonseca, iniciado no segundo semestre de 2019 e contando com a coordenação das rodas por uma Terapeuta Comunitária (técnica de enfermagem na unidade de saúde) e uma Psicóloga (Supervisora de Saúde Mental da Região de Saúde Norte I) tem apresentado resultados encorajadores de acompanhamento e manejo aos casos leves e moderados de sofrimento psíquico. Valendo-se da sabedoria popular afetivamente expressa em poesias, orações, cantigas, histórias, entre outras expressões, combinada aos laços de afeto presentes entre os participantes das rodas, usuários acompanhados na unidade manejam as situações de sofrimento emocional através do apoio comunitário e fortalecimento social baseado na solidariedade. O impacto das rodas de Terapia Comunitária no PMF Viçoso Jardim tem permitido às equipes de saúde da família contar com uma estratégia regular, acessível e eficaz de manejo aos casos leves e moderados de saúde mental.