394: PICS: para além do cuidado tradicional
Debatedor: Alanna Gomes da Silva
Data: 29/10/2020    Local: Sala 13 - Rodas de Conversa    Horário: 08:00 - 10:00
ID Título do Trabalho/Autores
5846 MENTE SÃ, CORPO SÃO: CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA E ENFERMAGEM PARA A PREVENÇÃO DE DOENÇAS E A PROMOÇÃO DE SAÚDE DE ESTUDANTES DO IFAM
Raianne de Souza Rodrigues, Reidevandro Machado da Silva Pimentel

MENTE SÃ, CORPO SÃO: CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA E ENFERMAGEM PARA A PREVENÇÃO DE DOENÇAS E A PROMOÇÃO DE SAÚDE DE ESTUDANTES DO IFAM

Autores: Raianne de Souza Rodrigues, Reidevandro Machado da Silva Pimentel

Apresentação: Este trabalho é um relato de experiência da ação “Cuidar da Saúde faz bem para o corpo e a mente”, desenvolvida no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas – IFAM Campus Parintins, que possibilitou à comunidade escolar o acesso a consultas médicas e avaliações odontológicas, realização de exame preventivo de câncer de colo de útero, vacinação e aplicação de testagem rápida para rastreamento de HIV, Sífilis e Hepatites Virais, serviços esses ofertados por uma Unidade Básica de Saúde (UBS), que referencia a área de abrangência do instituto. A ação disponibilizou ainda orientações a respeito do funcionamento e da funcionalidade dos serviços de Psicologia e Enfermagem, disponíveis no Campus desde 2015, quando os respectivos profissionais tomarem posse de seus cargos públicos e passaram a prestar seus serviços aos estudantes, familiares, colegas de trabalho e outros. Os objetivos desta ação foram ofertar serviços da atenção básica de saúde a comunidade escolar do IFAM para fins de prevenção de doenças e promoção de saúde e elucidar a função dos serviços da Psicologia e Enfermagem no âmbito do Campus Parintins. Esta ação foi pensada a partir de relatos de estudantes trabalhadores a respeito da dificuldade de tempo em procurar os serviços de saúde ou até mesmo pela superlotação nas UBS, o que fragiliza o seu acesso a consultas e realização de outros procedimentos clínicos. Acrescenta-se a isto, problemas quanto a compreensão do funcionamento do SUS por parte desta população, que provavelmente também desconhece a funcionalidade e o funcionamento dos serviços da Psicologia e Enfermagem, mesmo sendo realizada orientações a este respeito no início (cursos técnicos Integrado e Subsequente) e meados (cursos técnicos Subsequente) de cada ano, quando iniciam as aulas das turmas. Cumpre ressaltar que a construção do SUS passou por muitos debates da sociedade civil organizada e movimentos da reforma sanitária, sendo a 8ª Conferência Nacional de Saúde um marco para a sua regulamentação através da Constituição Federal de 1988. O sistema foi desenvolvido sob os princípios da universalização, integralidade da assistência e descentralização oportunizando a milhares de brasileiros, pobres e desempregados o direito a saúde como um direito social e desse modo ampliando o seu acesso não somente a todos os brasileiros, mas também aos estrangeiros residentes no país. Esse acesso se dá por diferentes formas, sendo uma delas as UBS, que têm equipes de saúde compostas por diversos profissionais, como médicos, odontólogos, assistentes sociais, bioquímicos, agentes de saúde, psicólogos e enfermeiros. Nestes locais são ofertados vastas ações e serviços de saúde, destacando-se a aplicação de vacinação, realização de curativos, controle de doenças crônicas, atendimentos dos programas de saúde da mulher, homem, adolescente e idosos, estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Tais procedimentos são os responsáveis por resolver em torno de 80% dos problemas de saúde da população, sem que haja necessariamente encaminhamentos para serviços de urgência e emergência. No contexto escolar, o Serviço de Psicologia implementa ações de atenção à saúde e projetos integrais voltados a permanência e ao êxito dos estudantes e desenvolvidos de forma articulada com as atividades de ensino e numa perspectiva interdisciplinar. Além disso, realiza atendimento por demanda espontânea ou por encaminhamentos internos, orientação profissional, rodas de conversa sobre temas relacionados ao cotidiano dos estudantes, encaminhamentos ao SUS, visitas domiciliares conjuntamente com o Serviço Social e visitas institucionais para desenvolvimentos de parcerias. Já o Serviço de Enfermagem realiza consultas, curativos, imobilizações simples, retirada de pontos, administração de medicações orais e injetáveis mediante prescrição médica, imunização, aferição de pressão arterial e controle de glicemia, sendo as situações emergenciais em parte resolvidas no ambulatório e os casos com maior gravidade são referenciados para as emergências hospitalares. Acrescenta-se a isso, a realização de atividades de promoção da saúde por meio de projetos integrais articulados ao ensino, além de outros serviços em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, tais como: realização de teste rápido para rastreamento de HIV, Sífilis e Hepatites Virais, exames preventivos de câncer de colo de útero e mama, avaliações com odontólogos e posterior marcação de atendimento na unidade básica de saúde e realização de consulta médica e vacinação. Diante desse cenário, a ação oportunizou o acesso a serviços de saúde e a informações sobre as peculiaridades das supracitadas categorias profissionais, que compõem a equipe multiprofissional do Campus Parintins. Para tanto, foram adotados os seguintes procedimentos: visita a UBS pelo enfermeiro e pela psicóloga para sondar o interesse e disponibilidade de participação na ação; solicitação de apoio técnico à equipe gestora do Campus; formalização documental após o aceite da instituição de saúde; divulgação da ação nas salas de aula e espaços de convivência, bem como por meio de convites dispostos nos murais institucionais; agendamento para as consultas; identificação e organização dos locais de atendimento e do auditório para a realização das palestras de orientação. Participaram da ação, realizada em abril de 2017, duzentas e seis pessoas, incluindo estudantes dos cursos técnicos Integrado e Subsequente, familiares e servidores, que receberam atendimento médico (40), avaliação odontológica (50) e vacinação (60), assim como fizeram exame preventivo de câncer de colo de útero (06) e testagem rápida para rastreamento de HIV, Sífilis e Hepatites Virais (50). Diante desse cenário, observou-se a tímida participação da comunidade escolar nesta ação de saúde, se compararmos o quantitativo de participantes ao número total de estudantes matriculados naquele ano, setecentos e oitenta e oito, o que sugere contradição entre o discurso dos estudantes acerca da dificuldade no acesso aos serviços de saúde na rede municipal e a sua efetiva motivação ou necessidade para dispô-lo. Esse dado pode apontar ainda o quão é frágil a cultura da prevenção em nossa sociedade, demonstrando que a população procure os serviços de saúde somente quando efetivamente já estão adoecidas. Nesse sentido, ações como esta se fazem necessárias no espaço escolar para desmistificar questões relacionadas ao processo saúde-doença, enfatizando os conceitos de prevenção e promoção, como estratégias eficazes da atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS). Ademais, é recomendável que iniciativas como esta possam ser desenvolvidas com regularidade a fim de que se fortaleça o atendimento em rede, preconizado nas legislações que tratam da saúde, enquanto um direito social de todo cidadão. Entendemos, por fim, que ações de cunho preventivo e promotor fazem parte do Know-how de psicólogos e enfermeiros, especialmente daqueles que atuam solitariamente em institutos federais e enfrentam o desafio de fornecer assistência a todos, que fazem parte da comunidade escolar, lançando mão de estratégias de caráter coletivo para o alcance deste fim, pois de outra forma seria inviável, haja vista o quadro insuficiente de profissionais da área de saúde nos campi do interior do Amazonas em relação a demanda assistida.

5883 O RESGATE DO USO DAS PLANTAS MEDICINAIS COMO PRÁTICA DE SAÚDE E A REVITALIZAÇÃO DA HORTA COMUNITÁRIA DA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO ALAGOANO, VITÓRIA – ES
Fabiana dos Santos Paixão, Glenda Pereira Lima Oliveira, Isabelle Gadiolli Verzola, Paôla Danielly Uliana Peterle, Sara dos Santos Freitas, Gracielle Pampolim

O RESGATE DO USO DAS PLANTAS MEDICINAIS COMO PRÁTICA DE SAÚDE E A REVITALIZAÇÃO DA HORTA COMUNITÁRIA DA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO ALAGOANO, VITÓRIA – ES

Autores: Fabiana dos Santos Paixão, Glenda Pereira Lima Oliveira, Isabelle Gadiolli Verzola, Paôla Danielly Uliana Peterle, Sara dos Santos Freitas, Gracielle Pampolim

Apresentação: O Sistema Único de Saúde – SUS vem construindo dispositivos e serviços na atenção primária que buscam desenvolver ações de base comunitária, integrativas e alternativas ao modelo hegemônico de cuidado, meramente hospitalocêntrico. Essas experiências se intensificaram, após a construção da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares – PNPIC em 2006. Estudos mostram que o uso das plantas medicinais é capaz de promover saúde, prevenir desconfortos e recuperar o bem-estar e qualidade de vida. A Fitoterapia se apresenta como um recurso disponível no SUS, via medicamentos fitoterápicos industrializados disponíveis na rede de farmácia da Prefeitura Municipal de Vitória, bem como por meio das hortas comunitárias urbanas disponíveis nos equipamentos públicos da cidade e organizadas e implantadas com o suporte de profissionais da referência técnica em Práticas Integrativas Complementares – PICS no município. Além disso, a valorização cultural e popular do uso das plantas medicinais e fitoterapia possibilitou o tratamento de doenças e sintomas que atingem a comunidade, bem como a prevenção do adoecimento e a promoção e fortalecimento da saúde. Este relato, pretende expor a vivência das estudantes e preceptora do PET Saúde Interprofissionalidade em uma ação ampliada em PICS em uma Unidade de Saúde da Família - USF, bem como a importância das atividades propostas para a inserção da comunidade na compreensão do funcionamento das plantas medicinais e fitoterapia no SUS, como práticas integrativas de cuidado em saúde. Desenvolvimento: A USF, localizada em Vitória (ES), resgatou o espaço da horta de plantas medicinais, através de uma ação com as oficinas: Forma de preparo das plantas (chás, xaropes) uso e contraindicações; Preparo caseiro de difusor; Horta suspensa; e um mutirão com todos os participantes para o preparo de mudas e replantio da horta. Houve também a criação do “Dia da Horta”, uma ação semanal para a continuidade da manutenção da horta, com a sensibilização de “guardiões” para a manutenção do espaço e educação em saúde. Com o apoio da comunidade presente, o trabalho intersetorial e interprofissional, foi possível nessa ação, orientar a comunidade sobre a importância do uso correto de plantas medicinais, disponibilizando informações básicas sobre cultivo, preparação e o uso ampliando assim as opções terapêuticas da comunidade.   Além disso, inseriu a discussão sobre autocuidado e a possibilidade de tratamentos integrativos para os pacientes de saúde mental, no qual apresentaram-se como maioria no dia da ação. Resultado: Observamos uma resposta positiva da comunidade, que se mostrou envolvida e comprometida em cooperar na manutenção e cultivo da horta semanalmente. A interação e a troca de experiências entre os profissionais envolvidos e a comunidade, favoreceu a consolidação de uma rede colaborativa em práticas integrativas acessível a todos, proporcionando prevenção e promoção à saúde na atenção primária. Considerações finais: O processo de adoecimento requer um olhar humanizado em saúde bem como a oferta de cuidados ampliados e recursos terapêuticos integrativos, por meio de um ambiente acolhedor e humanizado, que leve em consideração os sentimentos dos usuários(as) e suas verdades sobre sua própria saúde.

6297 A INSERÇÃO DA AURICULOTERAPIA NA DINÂMICA DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Amanda Fernandes Maia Guimarães Carvalho, Mylena Caroso Melhem, Samara Neri de Souza

A INSERÇÃO DA AURICULOTERAPIA NA DINÂMICA DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Autores: Amanda Fernandes Maia Guimarães Carvalho, Mylena Caroso Melhem, Samara Neri de Souza

Apresentação: A Auriculoterapia se caracteriza como um recurso terapêutico que utiliza o pavilhão auricular como um microssistema para diagnosticar e tratar diversos tipos de disfunções no organismo, através da estimulação mecânica de pontos específicos que representam órgãos e funções do corpo. Essa estimulação pode ser realizada com sementes vegetais esféricas e adesivos que ficam fixadas em determinadas zonas da orelha, visando aliviar dores e/ou tratar problemas físicos e psíquicos. A sua maior difusão no Sistema Único de Saúde (SUS) se deu após a publicação da portaria 971/2006, que aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares e possibilitou a inclusão de práticas terapêuticas oriundas de outros saberes, dentre elas a Auriculoterapia. A capacitação para essa prática foi ampliada através do Curso de Formação em Auriculoterapia para profissionais da Atenção Básica, realizado pela Universidade de Santa Catarina. A partir desse contexto nacional, esse relato de experiência objetiva descrever a implantação da Auriculoterapia em uma Unidade de Saúde da Família (USF) no município de Camaçari-BA, discutindo-se como se deu sua inserção no processo de trabalho, bem como os benefícios dessa terapêutica para a população assistida. A experiência teve início a partir das discussões em reunião de equipe quanto à importância de diversificar as ofertas terapêuticas, para além da consulta, uma vez que o território trouxe uma diversidade e complexidade de condições de saúde para as quais o serviço precisava oferecer respostas adequadas. A equipe passou a incluir algumas práticas integrativas de acordo com a capacitação e saber prévio de seus componentes. A enfermeira, a dentista e a médica, que haviam realizado capacitação para Auriculoterapia, passaram a ofertar a prática nas consultas. A equipe observou que os principais motivos de procura pela Auriculoterapia eram relacionados a sofrimento mental e/ou dor cônica, e que a prática vinha se tornando uma oferta interessante no leque terapêutico dos pacientes, especialmente em um território como aquele, marcado por violência, pobreza e escassos recursos terapêuticos para além da USF. A auriculoterapia era divulgada no mural da USF, indicada nas consultas e incentivada pelos próprios usuários. Desse modo, logo a demanda por realizar a prática semanalmente cresceu por parte dos usuários e dos próprios trabalhadores da USF e de Escolas no bairro. Sem conseguir mais encaixar esses usuários na agenda, a equipe optou por estabelecer um turno somente para a prática na agenda da enfermeira, com demanda aberta, o que foi se tornando um atendimento coletivo, no auditório, espaço previamente preparado para a ação terapêutica. A médica e a dentista se mantiveram realizando a Auriculoterapia em algumas consultas, indicando o seguimento no atendimento coletivo.  As 3 profissionais planejam se alternar no turno de atendimento coletivo. A equipe tem observado que, para além da eficácia da prática por si só, reportada pelos usuários, a Auriculoterapia tem contribuído não como uma técnica isolada, mas inserida na construção diária, da equipe com os usuários, de modelo de atenção a saúde que enfatize a integralidade, a humanização e a qualidade da atenção.

6301 A SHANTALA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE PARA PROMOÇÃO DO CUIDADO INFANTIL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Douglas Rafael da Cruz Carneiro, Edilene Silva dos Santos, Gláucia da Paixão Leitão Oliveira, Lorena Nayara Alves Neves, Maria Rute de Souza Araújo

A SHANTALA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE PARA PROMOÇÃO DO CUIDADO INFANTIL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Douglas Rafael da Cruz Carneiro, Edilene Silva dos Santos, Gláucia da Paixão Leitão Oliveira, Lorena Nayara Alves Neves, Maria Rute de Souza Araújo

Apresentação: A Shantala é uma técnica indiana de massagem terapêutica, aplicada em crianças entre 0 a 6 meses. A utilização da técnica apresenta benefícios para a saúde infantil, pois propicia um melhor desenvolvimento fisiológico, psicomotor e comportamental, além de minimizar queixas comuns da idade, como insônia e cólica. A técnica é reconhecida como uma terapia da medicina tradicional e complementar chinesa, e seu uso apresenta impacto positivo para a saúde pública, pois contribui para redução da morbidade infantil. Este estudo tem como objetivo: descrever a experiência vivenciada por acadêmicos de enfermagem ao ministrar uma oficina de Shantala para mães e gestantes na atenção primária à saúde. Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência. Desenvolvimento: Foi aplicada uma oficina de Shantala para mães e gestantes presentes em uma Estratégia de Saúde da Família. Na ocasião, os acadêmicos apresentaram o conceito da técnica – surgimento, do que se trata, benefícios, e também houve a demonstração da técnica, onde foi ensinado o passo a passo com uso de uma boneca. Durante a execução, foi percebido um notório interesse do público pela técnica, que tornou a experiência mais satisfatória para todos. Ao final da atividade, foi entregue aos participantes um kit contendo um óleo de massagem, uma frauda e um folder informativo sobre a técnica, sua importância e passo a passo. Resultado: A atividade promoveu para a comunidade informações acerca do tema, pois desconheciam, a aceitação e adequação ao público foi positiva, visto o interesse pela atividade demonstrado pelos participantes. Considerações finais: A aplicação da técnica na atenção primária à saúde apresentou-se exitosa, pôde se trabalhar a efetivação das práticas integrativas e complementares e novas perspectivas para o cuidado à criança. A disseminação da técnica é relevante pois proporciona uma forma de cuidado simples, barata e plenamente eficaz, e promove um maior vínculo do usuário com os serviços de saúde. É necessário promover mais exemplos de aplicação de práticas integrativas e complementares para o cuidado infantil, para satisfazer a necessidade de publicações científicas sobre a Shantala na atenção primária à saúde.

6923 A UTILIZAÇÃO DA AURICULOTERAPIA NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E ANSIEDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Marcos José Risuenho Brito Silva, Carlos Henrique Pereira Sousa, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Ana Clara Lima Moreira, Lidiane Assunção de Vasconcelos

A UTILIZAÇÃO DA AURICULOTERAPIA NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E ANSIEDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Marcos José Risuenho Brito Silva, Carlos Henrique Pereira Sousa, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Ana Clara Lima Moreira, Lidiane Assunção de Vasconcelos

Apresentação: Nos últimos anos, a medicina tradicional chinesa vem ganhando cada vez mais espaço no ocidente. Sua principal representante é a acupuntura, a qual engloba diversas técnicas, como a: auriculoterapia, ventosaterapia, agulhamento, moxaterapia e outras. No âmbito do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), é reconhecido a atuação do enfermeiro com a acupuntura e as terapias complementares e integrativas em saúde. Nesse sentido, o enfermeiro pode dispor de diversas ferramentas na sua prática, inclusive a auriculoterapia, por ela ser um método que auxilia o tratamento de distúrbios físicos, emocionais e energéticos, por meio de estímulos em pontos reflexos na orelha. Sendo assim, é possível realizar o diagnóstico auricular e o tratamento para disfunções dolorosas, endocrinometabólicas, inflamatórias, crônica, agudas, psíquicas e outras. Portanto, o objetivo deste estudo é descrever a experiência de um enfermeiro na utilização da auriculoterapia em sua assistência a pacientes com hipertensão arterial sistêmica e ansiedade. Desenvolvimento: O presente estudo é um relato de experiência, com abordagem descritiva, realizado por um enfermeiro atendendo em Home Care, tendo como público-alvo 3 pacientes, nos quais a auriculoterapia foi empregada para auxiliar no tratamento da hipertensão arterial sistêmica e ansiedade. Nesses pacientes, foram aplicados os pontos auriculares: Shen men, rins, sistema nervoso autônomo, ponto da ansiedade, coração e ponto do ápice da orelha. Como material, utilizaram-se sementes de mostarda para gerar estímulo e os pacientes foram acompanhados semanalmente por 8 sessões. Resultado: Já na primeira sessão, 5 minutos após aplicar a auriculoterapia, percebeu-se a redução da pressão arterial. Com o seguimento das sessões, os pacientes relataram a redução de sintomas de ansiedade como: taquicardia, taquipnéia, tremores, insônia, formigamento e outros. Ao final das sessões, a pressão arterial manteve nos valores padrões de normalidade, e os pacientes continuaram relatando melhoras no quadro de ansiedade. Diante disso, percebeu-se que a auriculoterapia é uma prática de baixo custo e alta efetividade, podendo ser utilizada para diversos processos patológicos vivenciados no âmbito da assistência de enfermagem. Considerações finais: Neste estudo, foi possível descrever a utilização da auriculoterapia como ferramenta auxiliar do enfermeiro no tratamento da hipertensão arterial sistêmica e da ansiedade. Denota-se que, mesmo o tratamento da hipertensão e ansiedade, ocidentalmente, ser visto como centralizado na assistência médica e farmacológica, os enfermeiros podem contribuir em cuidados para melhoria dos sintomas de forma holística e até auxiliar no tratamento aliando sua assistência às terapias complementares integrativas em saúde e à medicina tradicional chinesa.  

7568 PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES COMO SUPORTE AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA DO RIO DE JANEIRO
Amanda Florentino de Souza Silva, Fatima Sueli Neto Ribeiro, Fernanda da Motta Afonso, Camila Ferreira, Maria Cristina Nascimento Barros, Esmeralda Vasconcelos Correa, Marcos Luis Pereira da Silva

PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES COMO SUPORTE AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA DO RIO DE JANEIRO

Autores: Amanda Florentino de Souza Silva, Fatima Sueli Neto Ribeiro, Fernanda da Motta Afonso, Camila Ferreira, Maria Cristina Nascimento Barros, Esmeralda Vasconcelos Correa, Marcos Luis Pereira da Silva

Apresentação: O crescimento substancial na utilização das Práticas Integrativas Complementares (PICS) a partir do ano 2000 é atribuído ao aumento da demanda decorrente das doenças crônicas; dos custos dos serviços de saúde levando à procura de outras formas de cuidado; à insatisfação com os serviços de saúde ofertados; o ressurgimento do interesse por um cuidado holístico e preventivo às doenças; No Brasil em 2006 foi aprovada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) para o Sistema Único de Saúde (SUS). A percepção que o ambiente e o processo de trabalho são capazes de adoecer as pessoas é evidente nas estatísticas brasileiras. Neste paradigma, diversos agravos clínicos e psicossomáticos vêm sendo tratados com as PICS. Muitas vezes o trabalhador não dispõe de tempo ou oportunidade para seu tratamento, mesmo trabalhando em unidades de saúde. Este paradoxo tem se colocado de forma ainda mais evidente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Os profissionais de saúde estão costumeiramente submetidos a limitações estruturais nos serviços, carência de recursos humanos e materiais, alta carga de estresse e exposição a violência urbana faz deste profissional sucumbir aos agravos psicossomáticos. Objetivo: Mostrar a experiência extensionista em PICS realizada junto aos profissionais de saúde da Atenção Básica. Desenvolvimento: O Projeto “"Práticas Integrativas e complementares como suporte à Saúde do trabalhador:". é uma proposta extensionista que surgiu da parceria do Instituto de Nutrição da UERJ, Área Técnica de PICS da Secretaria Municipal de Saúde (SMS RJ) e Coordenadoria de Atenção Primária (CAP 3.2). Desde 2017 são realizados no “Cuidando do Cuidador” atendimentos itinerantes em PICS (Auriculoterapia, Reiki, massagens e Reflexologia podal) aos profissionais de saúde das UBS da AP 3.2, representada por uma parte da zona Norte do município do Rio de Janeiro. Esses atendimentos são realizados por profissionais de saúde, professores, alunos bolsistas e voluntários terapeutas. Resultado: Foram realizados aproximadamente 2.000 atendimentos de Auriculoterapia, Reflexologia Podal, Massagem e Reiki aos profissionais de saúde. Evoluiu-se para realização de formação em Reiki para os profissionais de saúde e Reflexologia podal para alunos de graduação e profissionais. A gestão das unidades de saúde tem se mostrado mais receptiva às técnicas e uma unidade de referência municipal tem sido proposta. Impacto positivo foi observado nos relatos de ganho de qualidade nas práticas profissionais e ampliação da sensibilização a essas terapêuticas pelos profissionais, gestores, alunos e docentes da universidade. A participação dos estudantes favoreceu a desmistificação das PICS, localizando-a numa racionalidade científica distinta do modelo biomédico hegemônico, o que tem motivado a promoção de eventos e facilitação da implantação das PICS nos Serviços de Saúde. Considerações finais: O impacto pessoal e social dos profissionais que ministram e recebem alguma PICS se localiza no atendimento mais humanizado e integrativo. É importante ampliar as PICs para todas as UBS de forma cautelosa e responsável, com cursos de capacitação bem estruturados nas dimensões teórico-prático a fim de obter a excelência do atendimento dos usuários. As Universidades podem facilitar apoiando e internalizando o tema nos currículos.

7710 AS TRADIÇÕES REGIONAIS DO TRABALHO NOS AGRO ECOSSISTEMAS DA HINTERLÂNDIA AMAZÔNICA
Maria Isabel de Araújo, Silas Garcia Aquino de Sousa, Evandro de Morais Ramos

AS TRADIÇÕES REGIONAIS DO TRABALHO NOS AGRO ECOSSISTEMAS DA HINTERLÂNDIA AMAZÔNICA

Autores: Maria Isabel de Araújo, Silas Garcia Aquino de Sousa, Evandro de Morais Ramos

Apresentação: Os hábitos alimentares dos habitantes da hinterlândia amazônica revelam nas práticas agrícolas uma valorização da agricultura ecológica, relacionando-as aos saudáveis benefícios a saúde familiar e ao meio ambiente. Os agricultores familiares apontados neste estudo utilizam diversas espécies medicinais no combate às pragas e doenças nos processos produtivos das hortícolas nos quintais agro florestais, reveladas nas tecnologias agrícolas convencionais, constituídas ao longo do tempo na memória biocultural, rompendo o paradigma da biotecnologia transgênica e uso de agroquímicos, guiado por abordagens integradoras e interdisciplinares. Objetivou-se no presente estudo descrever as principais espécies de ervas medicinais cultivadas nos agro ecossistemas amazônico no controle de pragas, doenças na produção de hortícolas nos quintais agro florestais. Neste contexto a interdisciplinaridade enquanto objeto integrante da reflexão científica a partir de enfoques multifacetários, conduzida pela formação sociocultural histórica dos indivíduos, revelam diferentes atitudes relacionadas ao cuidado que preserve a saúde do trabalhador rural, legados da memória biocultural de cada indivíduo, saberes do senso comum repletos de singularidades associados aos valores culturais. A perspectiva metodológica oferece uma reflexão estruturada no método da pesquisa-ação etnográfica, com enfoque qualiquantitativo para complementar a bibliografia atual. Realizada com 8 (oito) famílias de agricultores familiares, residentes na comunidade de agricultores familiares Uberê, localizada na estrada Adolfo Ducke, coordenadas geográficas 02°56'52.2942" S 59°51'48.618" W, zona rural da cidade de Manaus (AM). A coleta de dados ocorreu no primeiro trimestre de 2019. Os dados transcritos foram mensurados através do método de análise hermenêutico-dialética. Vivencia-se na contemporaneidade, considerando os processos de trabalho agrícola da agricultura patronal (agronegócio) a construção de um novo paradigma em relação às condições laborais (uso de agroquímicos) no campo agrícola ocasionando lesões à saúde do homem e danos ambientais. De forma geral o comportamento alimentar do grupo em estudo está ligado ao sentido de identidade social, são filhos e netos de agricultores da hinterlândia amazônica, a média de idade dos participantes variou de 16 a 70 anos, quanto ao nível de escolaridade, somente um dos partícipes não concluiu o ensino médio. Com relação ao número de residentes na mesma casa, observa-se que 60% dos entrevistados somente 2 indivíduos residem na mesma casa, outro grupo possuíam três pessoas residentes (30%) e ainda os que possuem entre 4 e 6 indivíduos residindo na mesma casa (10%) e um grupo (10%) com apenas um residente na casa. O habitus (neste contexto segundo Pierre Bourdieu e Norbert Elias) alimentar, presente nos valores arraigados da cultura, nas tradições regionais no espaço dos roçados e nos quintais agro florestais, considerando que os saberes ancestrais, compreendidos no conhecimento empírico sobre a biodiversidade e a sociodiversidade dos ecossistemas amazônico, seja no desenvolvimento sustentável das florestas amazônicas, nas trocas de experiências e, nos conhecimentos interculturais sobre as espécies naturais e suas formas de utilização, reforçam a questão da interculturalidade, garantindo a segurança alimentar da família, com alto poder calórico através da variedade nutricional de carboidratos, como arroz, feijão mandioca, milho..., nas diversas espécies de frutas e verduras consumidas in natura, ricas em vitaminas e sais minerais, revelam a humana conditio, repassadas de geração a geração, princípios motivadores a produção agroecológica, alicerçados nos princípios da sustentabilidade, envolvendo os aspectos econômicos (redução da dependência de recursos externos), ambientais (mudança de paradigma no preparo do roçado, do corte e queima da capoeira para o corte sem queima) e sociais (absorção de mão de obra familiar). É neste contexto interdisciplinar (conhecimento local e a cultura) que os agricultores familiares apresentam uma variedade de espécies de plantas juntamente com culturas anuais e perenes e a criação de pequenos animais (aves, suínos) ao redor da casa, durante o ano todo (mesmo os habitantes da várzea que a época da cheia dos rios deslocam-se para terra firme) em seus quintais agro florestais. Nesses sistemas de cultivo conservam a estrutura do ecossistema, da paisagem e a estabilidade da diversidade das espécies (FAO, 1999) com redução de pragas e doenças. Dentre as práticas observadas in loco de uso fitossanitário o inventário etnobotânico revelou 18 famílias, as mais frequentes são: 30% família das Lamiaceae e Asteraceae; 10%, da família Asteraceae; 20% das espécies registradas são das famílias: Poaceae, Solanaceae e Apiaceae, com a ocorrência de duas espécies. As demais famílias – Acanthaceae, Brassicaceae, Chenopodiaceae, Euphorbiaceae, Lauraceae, Meliaceae, Rutaceae, Tropaeolaceae e Zingiberaceae apresentaram somente uma espécie com 40%. Essas espécies são cultivadas em consórcio com as plantas da horticultura tropical. Utilizam estas espécies para o controle fitossanitário, na preparação de comidas típicas e fins terapêuticos, além disso, comercializam nas feiras da cidade da de Manaus (AM). As espécies de uso fitossanitário no combate a diversas pragas e doenças das plantas cultivadas, principalmente em relação as pragas agrícolas: angolinhas, cigarrinha verde, cochonilhas, trips, vaquinhas..., foram a seguir identificadas pela família botânica, nome etnopopular (comum) e etnocientífico: Família Lamiaceae: alecrim (Rosmarinus officinalis), alfavaca (Ocimum basilicum), erva-cidreira (Melissa officinalis), hortelã (Mentha spicata), hortelãzinho (Mentha pulegium), losna/absinto (Artemisia absinthium), malvavisco (Althaea officinalis ), manjericão (Ocimum basilicum) e penicilina (Alternanthera brasiliana); Família Asteraceae: catinga-de-mulata (Tanacetum vulgare), cravo-de-defunto (Tagetes erecta), cosmos/picão-rosa (Cosmos bipinnatus); Família Liliaceae: alho – cipó (Allium sativum); Família Poaceae: capim-limão/santo (Cymbopogon), citronela (Cymbopogon citratus); Família Solanáceae: fumo (Nicotiana tabacum), sara-tudo (Justicia acuminatissima); Família Apiaceae: coentro (Coriandrum sativum), salsa (Petroselinum crispum); Família Acanthaceae: sálvia (Salvia officinalis); Família Asphodelaceae: babosa (Aloe vera); Família Brassicaceae:  agrião (asturtium officinale); Família  Chenopodiaceae: mastruz (Chenopodium ambrosioides); Família Crassulaceae: corama ou saião (Kalanchoe brasiliensis); Família Euphorbiaceae: merthiolate (Jatropha multifida L.); Família Fabaceae: trevo (Oxalis sp); Família Lauraceae: canfora/óleo-elétrico (Cinnamomum camphora); Família Meliaceae: nem/nim (Azadirachta indica); Família Tropaeolaceae: arruda (Ruta graveolens); Família Rutaceae: capuchinha (Tropaeolum majus); Família Zingiberaceae: açafrão/cúrcuma (Curcuma longa). Com a disponibilidade desse material na propriedade, aliado ao esterco dos pequenos animais, os agricultores familiares produzem fertilizantes, defensivos e inseticidas naturais - composto orgânico, adubação verde, biofertilizantes, comprovada pelos agricultores experimentadores, muito destes são validados pela academia. Essa mudança de visão no manejo dos recursos naturais estimula a utilização de substâncias naturais nos sistemas agrícolas, não são fáceis de serem realizadas, pois envolvem valores arraigados na cultura, nas tradições regionais e no espaço social alimentar diante das exigências cada vez mais da sociedade contemporânea de uma agricultura de baixo impacto ambiental, com produção de alimentos livres de agrotóxicos. Associado as noções de biodiversidade e de sociodiversidade, aliadas à práxis da educação científica, com viés sustentáveis, vem contribuindo para aproximar o conhecimento científico e o conhecimento popular, produzido ao longo dos séculos que abrangem desde a dimensão mágica e cosmológica até ao uso diversificado para alimentação, instrumentos, materiais de construção, farmacologia etc., a partir das espécies vegetais (e dos animais ligados a esses sistemas ecológicos), é possível concluir que as florestas, ao se constituírem, se transformam, na realidade, em imensos laboratórios de experimentação, sendo as agro florestas, portanto, naturais e sociais, envoltos em aspectos simbólicos de saberes tradicionais imprescindíveis nos hábitos alimentares de preservação da saúde dos agricultores familiares da hinterlândia amazônica.

7733 PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE PARA O BEM ESTAR DE PRÉ-VESTIBULANDOS DE UM CURSINHO POPULAR EM BELÉM (PA)
Ana Clara Lima Moreira, Eliza Paixão da Silva, Marcos José Risuenho Brito Silva, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Georgia Helena de Oliveira Sotirakis, Ricardo Luiz Saldanha da Silva, Carlos Henrique Pereira Sousa, Lígia Beatriz Pinho Chaves

PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE PARA O BEM ESTAR DE PRÉ-VESTIBULANDOS DE UM CURSINHO POPULAR EM BELÉM (PA)

Autores: Ana Clara Lima Moreira, Eliza Paixão da Silva, Marcos José Risuenho Brito Silva, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Georgia Helena de Oliveira Sotirakis, Ricardo Luiz Saldanha da Silva, Carlos Henrique Pereira Sousa, Lígia Beatriz Pinho Chaves

Apresentação: As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICs) consistem em abordagens que utilizam recursos terapêuticos oriundos da sabedoria tradicional. Elas contemplam sistemas médicos complexos, possuindo formas próprias de explicar, diagnosticar, tratar e prevenir doenças, gerando bem-estar. Atualmente, são preconizados 29 PICs pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como a acupuntura, reiki, aromaterapia, yoga, cromoterapia, homeopatia e outros. Tais práticas tem sua aplicação muito versátil, podendo ser utilizadas em diversos públicos, como os pré-vestibulandos, os quais possuem uma sobrecarga de fatores estressores, levando-os a sentirem ansiedade, dificuldade de concentração, relaxamento, problemas com o sono e repouso e outros. Nesse sentido, as PICs consistem em uma ferramenta interessante capaz de auxiliar na melhoria do bem estar dos pré-vestibulandos e no seu desempenho nos cursos preparatórios e processos seletivos. Portanto, o objetivo do presente estudo é relatar a experiência de uma ação de promoção de práticas integrativas e complementares em saúde para o bem estar de pré-vestibulandos em Belém - Pará. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência, realizado por acadêmicos de enfermagem com expertise em aplicação das PICs, em um cursinho popular preparatório para o vestibular no municípios de Belém - Pará. O público-alvo foram 15 pré-vestibulandos, tendo como foco as terapias: meditação, acupressão, massoterapia. Ação foi divida em 3 momentos, o primeiro consistiu em preparar o ambiente para receber os pré-vestibulandos, com o uso de óleo essencial de lavanda, rebaixamento da luz ambiente, utilização de luz azul e mantra como música de fundo. Após o público adentrar o ambiente, iniciou-se o segundo momento, com uma meditação guiada. E, no terceiro momento, foi realizada uma massagem relaxante e ensinado pontos da acupressão para a redução da ansiedade e alívio de tensões. Resultado: Com a ação foi possível proporcionar aos pré-vestibulandos um momento de relaxamento, alivio da ansiedade e do estresse anterior a prova do vestibular. O ambiente aconchegante favoreceu para que os participantes pudessem vivenciar as terapias com efetividade. A meditação, por trabalhar intensamente com exercício respiratório, reduziu os batimentos cardíacos, acalmando a mente, fato relatado pelos pré-vestibulandos. Por fim, a massagem junto com os pontos de acupressão chamou a atenção do público por auxiliar no relaxamento da musculatura. Como dificuldades da ação, pontua-se a atenção ao ensinar os pontos de acupressão, pois há uma base de anatomia palpatória de localização dos pontos que muitos pré-vestibulandos desconhecem. Considerações finais: O presente estudo descreveu uma experiência de realização de PICs em um cursinho popular. A ação obteve êxito, em virtude da boa adesão e interação do público-alvo, os quais sugeriram que mais ações com essa finalidade fossem realizadas, pois elas favorecem o processo de ensino e aprendizagem e auxiliam no bem estar. Com isso, a luz de que o campo de atuação do enfermeiro com as PICs é vasto, é importante disseminar o conhecimento dessas práticas a fim de que elas alcancem cada vez mais públicos.

7778 REGISTRO DO DESENVOLVIMENTO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE NO SUS: POSSIBILIDADES E LIMITES PARA FUNDAMENTAR O PROCESSO DE CUIDADO INTEGRATIVO
Leila Brito Bergold, Françaynne Soares Ferreira, Júlia Ferreira da Silva Serpa, Neide Aparecida Titonelli Alvim

REGISTRO DO DESENVOLVIMENTO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE NO SUS: POSSIBILIDADES E LIMITES PARA FUNDAMENTAR O PROCESSO DE CUIDADO INTEGRATIVO

Autores: Leila Brito Bergold, Françaynne Soares Ferreira, Júlia Ferreira da Silva Serpa, Neide Aparecida Titonelli Alvim

Apresentação: Esse resumo aborda uma pesquisa sobre a resposta das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) à queixa principal de usuários atendidos em instituição municipal em Macaé (RJ). A política Nacional de PICS está em vigor desde 2006, mas ainda são poucos os estudos que apontam as possibilidades de sua utilização no Sistema Único de Saúde (SUS). As PICS utilizam técnicas voltadas para a harmonização do organismo com o ambiente natural e social, e embora não excluam o tratamento convencional, existe resistência à sua utilização por profissionais vinculados ao modelo biomédico ocidental, sendo necessário divulgar e demonstrar sua efetividade e abrangência através de pesquisas. Objetivo: descrever as possibilidades e limites encontrados no processo de pesquisa de prontuários com registro de atendimentos com PICS.  Estudo descritivo, exploratório, do tipo transversal, visando avaliação do uso das PICS a partir das queixas principais de usuários de uma instituição de saúde do município de Macaé, através de dados dos prontuários. A pesquisa foi realizada no período de agosto de 2018 a junho de 2019, por três estudantes de Iniciação Científica do Curso de Medicina do Campus UFRJ-Macaé. Foram examinados 1498 prontuários e somente 431 atenderam ao critério de elegibilidade: faixa etária acima de 18 anos e conclusão de tratamento com PICS, devidamente registrada nos prontuários. Um dos aspectos que se destacou foi a dificuldade para obter dados dos prontuários: 199 estavam ilegíveis, 70 prontuários não foram encontrados e 609 prontuários estavam vazios ou não havia registro do atendimento com essas práticas. A falta de padronização dos registros resultou em grande número de prontuários não incluídos na pesquisa, o que limitou a análise da aplicabilidade das PICS aos usuários dessa instituição. Ao final, somente 48 prontuários puderam ser analisados, pois havia a descrição da prática utilizada e registro de finalização do tratamento. Desse total, 23 usuários tiveram melhora total, 21 melhora parcial e 4 não tiveram melhora dos sintomas, indicando melhora de 91,7% dos pacientes avaliados. O número de atendimentos por práticas registrado: acupuntura (185), homeopatia (166), auriculoterapia (106), floral (35), massoterapia (17), reflexologia (1) e reiki (1).  Foi observado que as principais queixas dos usuários foram: dores relacionadas à coluna (29,9%), dores nas articulações (18,9%), cefaleia (11,1%), dores generalizadas (5,4%), ansiedade (5,4%) e insônia (5,4%). Conclui-se que apesar do número restrito de prontuários analisados, esses indicam que houve melhora da queixa principal da maioria dos usuários atendidos por PICS, apontando efetividade do uso destas práticas no tratamento de dores de origem osteomusculares, principais queixas atendidas. Contudo, destaca-se que o processo de pesquisa foi limitado pelo sub-registro em prontuário dos atendimentos realizados, dificultando a obtenção de dados que poderiam ampliar o conhecimento sobre a aplicabilidade das PICS, fortalecendo sua inserção no SUS. Essas práticas possibilitam ampliação da integralidade da assistência, pois abrangem aspectos biopsicossociais, entretanto é necessário que os registros dos atendimentos sejam realizados de forma adequada para facilitar não somente pesquisas, mas também a avaliação da gestão, para fundamentar a implementação destas no SUS e fortalecer a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde.

8324 BRINCAR E AS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM PEDIÁTRICA: EDUCAÇÃO PERMANENTE PAUTADA NA PESQUISA CONVERGENTE ASSISTENCIAL
Maria Aparecida Bonelli, Maria Izabel Sartori Claus, Gabriele Petruccelli, Ana Izaura Basso de Oliveira, Bárbara de Souza Coelho Legnaro, Bruna Felisberto de Souza, Larissa Fernandes Franco, Monika Wernet

BRINCAR E AS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM PEDIÁTRICA: EDUCAÇÃO PERMANENTE PAUTADA NA PESQUISA CONVERGENTE ASSISTENCIAL

Autores: Maria Aparecida Bonelli, Maria Izabel Sartori Claus, Gabriele Petruccelli, Ana Izaura Basso de Oliveira, Bárbara de Souza Coelho Legnaro, Bruna Felisberto de Souza, Larissa Fernandes Franco, Monika Wernet

Apresentação: Os processos de trabalho de enfermeiros de unidades pediátricas seguem centrados nas rotinas de internação/tratamento médico e na doença da criança quando o brincar/brincadeira ficam deslocados em importância. Crianças denunciam a falta do brincar ao longo da hospitalização, com premência de transformação do lugar do brincar e do brinquedo na rotina assistencial de hospitais e da enfermagem. O presente estudo teve como objetivo descrever promotores e intervenientes do uso do brincar em unidade de internação pediátrica pela equipe de enfermagem e possibilidades para transformá-lo. Estudo qualitativo apoiado na pesquisa convergente assistencial, referencial com origem na Enfermagem e voltado a transformações das práticas. Ele toma questões emergentes da assistência em saúde e visa respostas produzidas por aqueles que a vivenciam. O estudo foi desenvolvido entre dezembro de 2018 e maio de 2019 junto à equipe de enfermagem de um hospital universitário do interior paulista, através de rodas de conversa. Dos resultados, as participantes reconhecem o brincar enquanto inerente à criança e benéfico na interação com esta, sobretudo hospitalizada e salientam a importância da ambiência nas unidades pediátricas. Desejam transformação da imagem negativa do profissional de enfermagem pela criança e reconhecem no brincar potência para isto. Percebem não apropriação do brincar estruturado em suas práticas, prospectam ampliação, porém identificam entraves associados à falta de apoio institucional. Dos desdobramentos, definiu-se capacitar a equipe de enfermagem para o uso do brincar estruturado e incorporá-lo enquanto filosofia da unidade. As considerações finais apontam que a inserção do brincar no hospital demanda ruptura com o modelo biomédico em saúde para transformação das práticas de cuidado e sua integralidade.

8331 A INSERÇÃO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA I SEMANA ACADÊMICA INTEGRADA DO CÂMPUS DE PALMAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS (UFT): ESPAÇO BEM ESTAR.
Naiara Mesquita Almeida, Maryana Zanon da Silva

A INSERÇÃO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA I SEMANA ACADÊMICA INTEGRADA DO CÂMPUS DE PALMAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS (UFT): ESPAÇO BEM ESTAR.

Autores: Naiara Mesquita Almeida, Maryana Zanon da Silva

Apresentação: As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) são consideradas ações terapêuticas que promovem o alívio dos sintomas de ordem física, psicológica e emocional. A busca pelas PICs está cada vez mais comum, pela oportunidade das pessoas terem outras possibilidades de cuidado em saúde. Em 2006 foi implantada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), institucionalizando as PICs no Sistema Único de Saúde (SUS). O presente trabalho tem por objetivo descrever a experiência de um Espaço Bem Estar, construído para estudantes universitários de uma Universidade Federal, no município de Palmas-TO. Desenvolvimento: O Espaço Bem Estar foi organizado pelo o Curso de Enfermagem da UFT. As PICs ofertadas neste espaço eram: auriculoterapia e reflexologia para os estudantes universitários. A vivência foi realizada no dia 30 de outubro de 2019, das 13 às 18 horas. As PICs eram ofertadas por enfermeiras, educadora física e voluntários. Cada profissional ofertava em torno de quinze atendimentos, com duração de 15 a 20 min, a fim de proporcionar o conhecimento e benefícios das PICs. Resultado: Assim, por meio dessa experiência, proporcionou aos estudantes universitários uma reflexão dirigida às suas necessidades emocionais naquele momento, possibilitando um espaço para o autoconhecimento, desconstrução ou reestruturação de saberes populares e tradicionais. Considerações finais: Desta forma, o espaço Bem Estar demonstrou-se em um importante espaço de interação e troca de conhecimentos e experiências acerca das PICs, entre profissionais de saúde e estudantes universitários de diversos cursos do Câmpus Palmas. Possibilitou aos estudantes univesitários ressignificar o modelo biomédico hegemônico e reconhecer outras formas de cuidado em saúde, minimizando a carga e o estresse da academia.

8350 PRODUÇÃO CIENTÍFICA DE EGRESSOS DE UM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM ENFERMAGEM: A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO E SEUS DESAFIOS
Germana Maria da Silveira, Gislanny Rodrigues Oliveira, Isabelly Costa Lima de Oliveira, Leidy Dayane Paiva de Abreu, Renata Késsia de Andrade Bezerra Coimbra, Samia Freitas Aire, Maria Lúcia Duarte Pereira

PRODUÇÃO CIENTÍFICA DE EGRESSOS DE UM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM ENFERMAGEM: A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO E SEUS DESAFIOS

Autores: Germana Maria da Silveira, Gislanny Rodrigues Oliveira, Isabelly Costa Lima de Oliveira, Leidy Dayane Paiva de Abreu, Renata Késsia de Andrade Bezerra Coimbra, Samia Freitas Aire, Maria Lúcia Duarte Pereira

Apresentação: O Programa de Pós-Graduação Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde - PPCCLIS, da Universidade Estadual do Ceará-UECE, responde à necessidade de formação de pesquisadores e aprofundamento de investigações na área dos cuidados clínicos em enfermagem. O programa estuda as práticas de cuidados clínicos em enfermagem e saúde, com base em concepções teórico-filosóficas metodológicas, políticas e gerenciais do cuidado clínico de enfermagem e saúde dirigidas ao ser humano, nas perspectivas individuais e coletivas, e do seu ciclo vital, compreendendo a enfermagem como uma profissão de prática social, científica, que produz tecnologia e inovação. Assim, o objetivo deste estudo foi identificar a produção científica dos egressos da 7ª turma do curso de mestrado acadêmico do PPCCLIS da UECE, que auxiliaram na construção do conhecimento na área. Desenvolvimento: foi realizado um estudo descritivo, documental e retrospectivo. A amostra foi constituída pelos dados contidos nos arquivos da Secretaria Acadêmica e na Plataforma Lattes de 23 enfermeiros egressos da 7ª turma do mestrado do PPCCLIS, stricto sensu, da UECE. A coleta de dados foi realizada durante o mês de abril a maio de 2017, por meio de um instrumento elaborado pelas pesquisadoras, abrangendo as seguintes informações referentes aos egressos: sexo, atuação profissional atual e produção bibliográfica. Na análise exploratória, foram calculadas as frequências e porcentagens para caracterização mais da população em estudo. Resultado: após análise dos dados descrevemos um perfil dos egressos. Observou-se que dos 23 enfermeiros egressos da 7° turma do PPCCLIS, 18 (78%) eram do sexo feminino. As temáticas das dissertações dessa turma tiveram predominância na área de Enfermagem Clínico-Cirúrgica (30,1%), seguidos pela Saúde Mental (17,2%) e Saúde da Criança e do Adolescente (17,2%). Em relação ao ano de defesa da dissertação da turma constatamos que 13 discentes defenderam no ano de 2012 (56,524%) e 8 discentes defenderam no ano 2013 (34,78%). Durante o mestrado 13 (56,5%) discentes tiveram vinculação a bolsas de estudos através das agências de fomento, e a maioria que obtiveram bolsas foram da CAPES 11 (47,8%). Destacamos que 08 (34,78%) discentes cursaram ou estão cursando o doutorado, onde quatro concluíram o doutorado no ano de 2016. Em análise da atuação profissional dos egressos, verificou-se que 13(43,47%) exerciam a docência; 13 (53,52%) trabalhavam como enfermeiros assistenciais. Verificamos ainda que 5 (19,23%) exerciam a docência e o trabalho assistencial, simultaneamente. Nos egressos atuantes na docência em instituições públicas apenas 3 estavam em uma universidade estadual (2) ou federal (1) do Ceará, os demais exerciam a docência em universidades estaduais ou federais de outros estados do Nordeste. Analisando a produção bibliográfica dos egressos, verificou-se que 80,7% possuíam artigos completos publicados em periódicos nos últimos 3 anos, totalizando 46 artigos. Dos artigos publicados, 8 discentes publicaram artigos com os orientadores, e 3 apresentaram artigos provenientes da dissertação.  Constata-se que ainda há uma predominância do sexo feminino na enfermagem que historicamente foi uma profissão desempenhada por mulheres. No entanto, cabe refletir que esse é um resultado que reforça a inserção da mulher na universidade e em programas de pós-graduação, espaço ocupado historicamente por homens. A Enfermagem representa, aproximadamente, 60% dos profissionais da área da saúde, no Sistema Único de Saúde do país, quase 1,3 milhões de trabalhadores da enfermagem, mostrando-se resolutiva e contributiva na atenção à saúde da população, mediante a construção de conhecimentos que contribuem para promover o ser/viver melhor e com melhor saúde no fenômeno do cuidado humano. A formação de mestres e doutores no Brasil é fortificada através da constituição e consolidação de Programas de Pós-Graduação e Grupos de Pesquisa, que refletem na produção do conhecimento científico, tecnológicos e inovadores das publicações em periódicos de impacto e em maior número de recursos humanos qualificados. Mesmo com os avanços alcançados, destacamos no estudo apenas 08 (34,78%) discentes cursaram ou estão cursando o doutorado, onde quatro concluíram o doutorado no ano de 2016. Apesar da maior oferta de cursos de doutorado no Brasil nos últimos anos, pôde-se observar no estudo que 15 egressos em questão não optaram pelo doutoramento logo após o mestrado. Observou-se também que a maioria seguiu carreira na assistência ou na docência, prevalecendo às práticas assistenciais com 11(47,8%), o que conduz à reflexão sobre a necessidade de integração entre o ensino e a atuação em serviço. Não se pode realizar uma prática criativa sem retorno constante à teoria, bem como não é possível fecundar a teoria sem seu confronto com a prática. A segunda área dos egressos foi a atuação na docência, confirmando assim um dos objetivos do Programa descrito pela CAPES, que estabelece como norma do seu funcionamento a formação, competência e o desempenho de docentes na produção científica e tecnológica, em termos de qualidade e produtividade. Vem crescendo em número de Programas e expansão de Cursos, assim como na qualidade da produção de conhecimentos científicos ou tecnológicos avançados, publicados em periódicos de impacto, e na formação de recursos humanos qualificados. São Programas estruturados com áreas de concentração, linhas de pesquisa, projetos de pesquisa e estrutura curricular pertinentes, relevantes, contributivas, de abrangência e profundidade, centradas na disciplina da enfermagem consolidada na sua unidade e especificidade de campo de conhecimento. Atualmente, conta com 41 Programas de Pós-Graduação stricto sensu em Enfermagem, credenciados pela CAPES, tendo 38 Cursos de Mestrado Acadêmico, 21 Cursos de Doutorado e 3 na modalidade de Mestrado Profissional. Através desta articulação haverá oportunidade de fortalecimento e reelaboração do cenário ensino-aprendizagem e que, por meio de sua produção intelectual, o pós-graduando contribuirá para alavancar o reconhecimento da enfermagem como ciência e profissão. Os egressos da 7ª turma do PPCCLIS apresentam suas produções científicas para a sociedade e a plataforma Lattes proporciona esta visibilidade, com 46 (80,7%) artigos completos publicados em periódicos nos últimos 3 anos. O incentivo à publicação configura-se como prioridade no contexto dos docentes da pós-graduação stricto sensu. Considerações finais: O relatório possibilitou conhecer o perfil dos alunos egressos da 7ª turma do mestrado do PPCLIS.  A análise proporcionou uma breve discussão que aponta a importância do desenvolvimento de estratégias necessárias para o fortalecimento e consolidação dos programas de pós-graduação. Os achados evidenciaram que a formação de recursos humanos capazes de atender às demandas da população por meio do ensino, pesquisa e extensão, se faz necessário. Frente a esta realidade, sugere-se uma maior participação dos enfermeiros em políticas públicas e institucionais que influenciam o ensino e a assistência em programas de pós-graduação. Alguns dos entraves observados durante a coleta de dados foram a falta de atualização curricular na base de dados da Plataforma Lattes, a dificuldade de encontrar contatos ou ainda quando conseguido estabelecer o contato, a falta de retorno dos egressos da turma. Algumas variáveis do estudo podem estar sendo subestimada, devido ausência dessas informações. De modo geral consideramos satisfatório o aproveitamento da 7º turma de mestrado, e que suas contribuições referentes á publicações tem fortalecido e propiciado o crescimento do PPCLIS.

8424 TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA: INSTRUMENTO DE CUIDADO AO TRABALHADOR DO SUS.
Tissiane Paula Zem Igeski, Milene Zanoni da Silva

TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA: INSTRUMENTO DE CUIDADO AO TRABALHADOR DO SUS.

Autores: Tissiane Paula Zem Igeski, Milene Zanoni da Silva

Apresentação: O cotidiano dos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) do município de Piraquara-PR, tem sido árduo, tendo em vista as mudanças no financiamento do SUS, a rotatividade e escassez de profissionais, ao desemprego e redução da renda da população, levando ao aumento da dependência da saúde pública. Esses fatores, além dos intrínsecos, corroboram para a redução da qualidade dos serviços prestados ao usuário, pela elevação da frequência de afastamentos dos trabalhadores no local de trabalho e à desvalorização profissional. Considerando essa situação, a gestão da Secretaria Municipal de Saúde de Piraquara desenvolveu o “Projeto Cuidando do servidor da saúde”, com o objetivo de oferecer ao trabalhador um espaço de cuidado por meio das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), como a Terapia Comunitária Integrativa (TCI), uma ferramenta que promove o acolhimento ao sofrimento humano pela escuta e partilha das inquietações e superações vivenciadas no cotidiano dos profissionais de saúde. Método: DO ESTUDO As rodas de TCI são realizadas pela fisioterapeuta do NASF-AB do município, ocorrem quinzenalmente, às sextas-feiras, no período da tarde atingindo: agentes comunitários de saúde, profissionais de nível superior, residentes, agentes operacionais e administrativos. O espaço para a atividade é anexo à secretaria de saúde, dispondo de área externa arborizada e espaço fechado. Chás e lanches são ofertados aos funcionários e o ambiente é preparado com música e aromaterapia, aprimorando o acolhimento e colaborando para dar continuidade à metodologia da TCI. Resultado: Na apreciação das rodas de TCI, percebeu-se que os temas mais abordados pelos participantes foram: ansiedade, depressão, cansaço/estresse, medo e situações de adoecimento. Os sentimentos de impotência e injustiça foram citados, além da preocupação com o futuro (aposentadoria e envelhecimento). Na etapa da problematização, as estratégias de enfrentamento mais citadas foram: a busca de ajuda religiosa/espiritual, o cuidado com o relacionamento familiar, a busca do autocuidado (valorizando os recursos culturais), a busca por redes solidárias (amigos, comunidade) e por ajuda profissional (serviços públicos). Na fase de encerramento, quando questionados o que estavam levando da Terapia Comunitária, os relatos foram significativos: “a força da fé”, “a importância da empatia”, “dar valor a mim mesma”, “olhar o outro com mais cuidado”, “cuidar mais de mim”, entre outros. Considerações finais: Considerando os resultados obtidos, é evidente que a promoção de espaços de cuidado e humanização aos trabalhadores da saúde é fundamental para estimular à valorização pessoal, o autocuidado, a resiliência, a empatia e a reflexão sobre a prática cotidiana. Possibilitar ao servidor o conhecimento e a vivência sobre a TCI, única prática integrativa brasileira, reflete em benefícios à população, por gerar ação sistêmica e potencializadora dos recursos e competências dos indivíduos. Seus efeitos os fazem perceber que as dificuldades que podem estar relacionadas ao contexto e interação social, formam uma teia de relações e resgatam as habilidades e aptidões para superação das adversidades através do aprimoramento dos seus recursos socioemocionais.  

8595 O CUIDADO À SAÚDE ATRAVÉS DA AURICULOTERAPIA NAS COMUNIDADES RIBEIRINHAS EM UMA ILHA NO MUNICÍPIO DE BELÉM DO PARÁ: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Caio Demetrius de Lima Meireles, Danilo Mercês Freitas, Ingrid Bentes Lima, Jessica Suene Andrade do Nascimento, Laís Braga Bentes

O CUIDADO À SAÚDE ATRAVÉS DA AURICULOTERAPIA NAS COMUNIDADES RIBEIRINHAS EM UMA ILHA NO MUNICÍPIO DE BELÉM DO PARÁ: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Caio Demetrius de Lima Meireles, Danilo Mercês Freitas, Ingrid Bentes Lima, Jessica Suene Andrade do Nascimento, Laís Braga Bentes

Apresentação: Nas últimas décadas do século XX, houve uma revalorização da medicina tradicional. Em 2006 foi aprovada pela OMS uma Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro, com o objetivo de melhorar a integralidade da assistência na atenção à saúde. A auriculoterapia, que o SUS categoriza como uma prática alternativa complementar, é uma técnica ancestral chinesa, na qual tem como função estimular pontos do pavilhão auditivo externo através de agulhas, sementes ou cristais. Objetivo: Relatar os resultados de uma ação proposta pelo projeto Saúde Sustentável. Método: Trata-se de um relato de experiência de um grupo multidisciplinar participantes de um projeto voluntário nomeado Saúde Sustentável, na qual houveram aulas teóricas e práticas, durante cinco dias em período integral. Posteriormente culminou em uma ação voltada para a aplicação da técnica de auriculoterapia em populações de comunidades ribeirinhas, no município de Belém. Foram atendidos em torno de 15 participantes, de ambos os sexos e de diversas faixas etárias. Na aplicação da técnica foram utilizados agulhas de acupuntura e cristais de prata. Resultado: De acordo com os cuidados de auriculoterapia realizados, observou-se o papel complementar da terapia no alívio aos sinais e sintomas físicos e psicológicos. De modo geral, o serviço teve boa aceitação entre os participantes, no momento inicial houve desconfiança pelo fato de a terapia ainda ser pouco conhecida, portanto, foi explicado a cada pessoa como funcionava, resultando na transmissão de confiança e credibilidade no método. Dentre os pacientes atendidos, houveram casos de melhora logo no momento da aplicação da agulha no ponto da orelha correspondente à lombar, sendo esse e o ShenMen os pontos mais usados. Houveram casos, também, de pessoas que sentiram conforto e relaxamento, instantaneamente. O presente estudo teve como limitação a dificuldade de reencontrar os pacientes em outros momentos para saber como ocorreu o tratamento com os cristais. Considerações finais: A experiência vivenciada permitiu aos aplicadores colocarem em prática os conhecimentos adquiridos, além de sugerir uma reflexão sobre a implantação da PNPIC no SUS, em consonância com os cuidados oriundos da medicina ocidental nos diferentes níveis de atenção da rede, permitindo uma maior conexão entre o biológico, espiritual, emocional e energético.

8674 ÓLEOS ESSENCIAIS E SEUS EFEITOS DE SACIEDADE NO COMBATE À DIABETES
Moema Monteiro Batista

ÓLEOS ESSENCIAIS E SEUS EFEITOS DE SACIEDADE NO COMBATE À DIABETES

Autores: Moema Monteiro Batista

Apresentação: Esse trabalho é a conclusão do curso livre de aromaterapia da escola Pratique Aromaterapia apresentado em 2019. Será relatado o uso da aromaterapia como prática de cuidado, essa terapia que já compõe as Práticas Integrativas Complementares (PICs) do SUS, no entanto, relatos de experiências e estudos científicos com o uso dessa terapia em pacientes aqui no Brasil, é escassa. Por isso é de fundamental importância considerar o olfato como uma via de administração fundamental para o equilíbrio da saúde. Quando nosso olfato é ativado, se tem efeitos conscientes e inconscientes: percepção de perigo, comida, amor, sexo e todas sensações primitivas inerentes de qualquer animal. O aroma desencadeia essas mensagens no sistema límbico, o cérebro emocional, onde está o nosso subconsciente, essa informação captada passa para a parte do córtex que é o local onde está grande parte do nosso consciente. Por isso a terapia que utiliza os benefícios desses efeitos, que se chama aromaterapia, tem resultado tão profundo e já conquistou vários adeptos no mundo todo desde a antiguidade. Os óleos essenciais são produzidos no sistema secundário da planta, ou seja, são responsáveis pelo controle do sistema primário (respiração e alimentação), também para defesa e comunicação das plantas com o meio. Através do avanço da neurologia e neurociências é possível estudar algumas modificações físicas e mentais no organismo que esses óleos provocam (alteração de níveis de serotonina com uso de óleo essencial de lavanda, diminuição de pressão), no entanto o efeito total (físico, emocional, mental), a sensação prazerosa e de cura em nível de um corpo sensível, apenas por observação. Assim durante a clínica de aromaterapia alguns desses efeitos e quebras de padrões comportamentais são notados: o excesso de raiva, a falta de apetite, roer unha, falar alto, falar muito e ouvir pouco, assim como os físicos: diminuição de infecções, sintomas de doenças crônicas e diminuição de dores. É um senso comum na aromaterapia dizer que o paciente determina seu tratamento escolhendo o óleo essencial que mais precisa e está disposto a trabalhar naquele momento. Com base nessa prática foram escolhidos os óleos essenciais responsáveis pela regulação da diabetes: Mentha spicata (hortelã verde), Piper nigrum (pimenta preta) e Syzygium aromaticum (cravo-da-índia), com o intuito de evitar a ingestão excessivs de massas, doces e outros carboidratos de absorção rápida. Todos esses óleos essenciais possuem ação antioxidante no organismo e ajudam a quebra de açúcar no organismo. Foi montada a seguinte metodologia, de acordo com a psicoaromaterapia que utiliza perfumes concentrados com óleos essenciais a 10%, nesse estudo eles foram diluídos em um volume de 5ml em óleo vegetal de semente de uva. Participaram do estudo três indivíduos adultos entre 29-34 anos, dois do sexo feminino (Amanda e Lívia) e um do sexo masculino (Pedro), ninguém tinha histórico de aumento de glicemia, mas Amanda tem mãe com diabetes, todos declararam que tinham predileção em comer doce e massa. Dessa forma foram distribuídos vidros roll-on para usar durante seis semanas, cada óleo essencial era usado de duas em duas semanas, entre a troca dos óleos havia um descanso olfativo de três dias. Todos os dias os pacientes inalavam o aroma dos óleos essenciais no intervalo de vinte minutos, passando no pulso. Foi feita uma coleta de dados qualitativos com um questionário semiestruturado: 1)Qual dos três óleos essenciais foram mais relaxante o uso?2) Qual dos três óleos essenciais você teve sensação de prazer?3) Qual dos três óleos essenciais deu sensação de alegria? 4) Qual dos três óleos essenciais você teve menos ansiedade? 5) Algum desses óleos diminuiu sua vontade em comer doce ou massa? 6) Qual óleo essencial você gostaria de continuar usando? Outros dados coletados foram de medidas antropométricas: peso, medida da circunferência da cintura, IMC, além de idade e outros dados como profissão que poderiam ser relevantes para detectar uma situação de estresse. Os resultados atingidos mostraram uma saciedade nos três participantes, a ponto das participantes Amanda e Lívia perderem peso, quanto a Pedro teve muito mais disposição e movimentação ao longo do estudo. Amanda, é casada e enfermeira, tem 33 anos trabalha como professora em um curso técnico, atravessou problemas emocionais fortes por questões familiares durante o estudo, mesmo sob forte estresse emagreceu 1,4 kg e diminuiu de circunferência 4 cm, relatou que antes dos óleos essenciais sentia dificuldade de emagrecer e se firmar na dieta e com a aromaterapia foi mais fácil atingir esse objetivo. O óleo essencial que mais gostou foi cravo-da-índia. A Lívia diferente da Amanda não procurava perder peso, apesar de gostar de doce estava diminuindo muito o consumo, mas a massa ainda era uma válvula de escape para estresse, o que durante o estudo o óleo essencial de hortelã verde ajudou a controlar. Ela é arquiteta, tem 34 anos, mora sozinha. Lívia perdeu 1,2kg durante o estudo e 1cm de cintura. Lívia tem diagnóstico de psoríase, que agrava muito quando em crises de ansiedade, manter a dieta regular é imprescindível para que os sintomas sejam controlados. Por isso há quase 2 anos pratica aromaterapia, homeopatia, florais de Bach, Medicina Tradicional Chinesa, yoga e meditação. Pedro tem 29 anos, é estudante de medicina, mora com amigos em república e vem tentando emagrecer há um ano, tenta comer em horários fixos, evita massas, mas relata que é seu prato favorito, ele no início do estudo é o que tinha maior circunferência 111cm e peso de 102kg, tem feito plantões em hospitais de 12h outro de 24h, quando está em casa tem tentado cozinhar. Pedro teve grande dificuldade em utilizar os óleos essenciais, o de hortelã e o de cravo, ele sentiu enjoo, o de pimenta foi o que ele teve mais preferência embora tenha sentido ansiedade: agitação e pulsação acelerada. Segundo Pedro, o óleo essencial de Piperita nigrum ou pimenta preta quando inalado ao acordar, dava disposição, energia, o que realmente é preconizado pela psicoaromaterapia desse óleo a busca da vitalidade. Sabe-se que o óleo essencial de pimenta negra tem grande ajuda na queima de calorias, ainda que de forma passiva. Cada voluntário escolheu um óleo essencial que condizia com emoções e sintomas, Pedro que precisa perder peso, escolheu pimenta negra, Amanda que sofreu com a saúde de familiares, escolheu cravo que segundo a psicoterapia ajuda a agir em momentos de grande tristeza, a Lívia escolheu hortelã verde, ela é muito tímida e está trabalhando melhor sua autoestima, o hortelã verde é um óleo essencial que ajuda a pessoa a acreditar mais em si. Todos os óleos essenciais usados no estudo ajudam na digestão, então apenas o benefício de utilizar, já favorecia o combate a uma provável glicemia, de todos os voluntários a saciedade se não de doces, mas de massas foi sentida.

9334 OFICINA DA BELEZA: A ESTÉTICA NO RESGATE À SAÚDE
Thayná Pontes Pereira, Adriana Herculano Pereira, Laressa Barbosa Silva

OFICINA DA BELEZA: A ESTÉTICA NO RESGATE À SAÚDE

Autores: Thayná Pontes Pereira, Adriana Herculano Pereira, Laressa Barbosa Silva

Apresentação: Contextualização do problema: O adoecimento pode resultar em disfunções biopsicossociais tornando o indivíduo vulnerável ao desequilíbrio emocional e ao surgimento de sintomas psicopatológicos. Sendo assim, a assistência precisa ser integral, de modo que, todas as áreas sejam amparadas, incluindo a autoimagem do paciente que muitas vezes não é sequer identificada pelos profissionais de saúde. Horta afirmava que, as necessidades básicas do ser humano compreendem a área psicobiologia, social e espiritual, com isso, a aparência está classificada no estado psicossocial. Assim longas internações podem gerar fatores como frustrações e ansiedade ocasionando conflitos intrapsíquicos e inadequação dos mecanismos de defesa, perda de sentimento de autoestima, a alteração da imagem corporal, e ruptura do ciclo sono-vigília, e até mesmo o isolamento social. A autoestima é um dos principais conceitos da personalidade, está fundamentada na imagem que a pessoa construiu de si mesma, em como ela se sente e reage com comentários de outros, aceitando ou rejeitando as informações recebidas. Assim em pacientes institucionalizados o autocuidado e vaidade acabam sendo deixados de lado tendo enfoque somente as necessidades físicas inerentes a internação. Objetivo: Refletir acerca da importância do cuidado holístico, atendendo o paciente de forma integral em âmbito biopsicossocial. Desenvolvimento: A pesquisa trata de um relato de experiência decorrente de uma visita médica no Instituição HCTCO. Nessa visita após anamnese com um paciente internada a 53 dias, a mesma relatou sentimento de tristeza e desleixo em relação a sua aparência, pois se encontrava com unhas frágeis e cabelos despenteados e assim se sentia constrangida e deprimida. Resultado: Pode-se notar que a estética voltada para a saúde e o bem-estar tem se inserido no mundo da patologia de forma suscita, sendo em forma de terapias, relaxamento, ou embelezamento do paciente, abrangendo aspectos positivos não somente com o físico, mas também com o emocional. Dessa forma os acadêmicos de Medicina e Enfermagem sentiram a necessidade de se engajar em uma campanha social realizada nos Hospitais, foram realizadas atividades conversativas, onde as pacientes puderam se expor em relação ao sentimento de tristeza e ansiedade e de como as mesmas se sentiam após longos períodos de internação, e a partir de tal, podemos inserir cuidados com os cabelos, as unhas, creme hidratantes e massagens. Considerações finais: Após toda experiência o resultado esperado foi além de uma melhora clínica, mas a expressão de felicidade e gratidão nas pacientes. Podemos observar que cuidados tão simples tem um grande impacto para aqueles que o recebem. Assim o profissional precisa ter consciência da importância da imagem pessoal e de como ela afeta o senso de identidade das pessoas. Uma adequação nessa imagem, a partir de recursos como visagismo, pode fazer com que o indivíduo finalmente se reconheça no espelho. De forma a ajudar os pacientes em tratamento ou até mesmo aqueles no fim de vida.

9489 TERAPIA ALTERNATIVA COMPLEMENTAR NA ATENÇÃO BÁSICA: A UTILIZAÇÃO DA ACUPUNTURA COMO MÉTODO ALTERNATIVO DE TRABALHO
Kelly Albuquerque de Oliveira, Elvis Neves Souza, Jaylaine Santos, Josefa Taynara Varjão

TERAPIA ALTERNATIVA COMPLEMENTAR NA ATENÇÃO BÁSICA: A UTILIZAÇÃO DA ACUPUNTURA COMO MÉTODO ALTERNATIVO DE TRABALHO

Autores: Kelly Albuquerque de Oliveira, Elvis Neves Souza, Jaylaine Santos, Josefa Taynara Varjão

Apresentação: As Práticas Integrativas e Complementares (PIC) no âmbito da saúde são definidas como mecanismos terapêuticos alternativos embasados pela harmonia, utilizando os recursos de forma natural a fim de prevenir enfermidades, acarretando na promoção e difusão das concepções estabelecidos como saúde, isto é, um completo bem-estar, envolvendo as variáveis biopsicossocial. Sua origem enquanto método terapêutico alternativo é milenar, tendo seu ponto de partida no oriente, sendo posteriormente disposta para o ocidente através do processo inicial da globalização e aldeias globais. Diversos são os relatos de sua utilização em povos e culturas como meio de cuidado à saúde. Sua aceitação para além da comunidade basicamente se atrela aos efeitos resolutivos e efetivos durante sua aplicação e sua fundamentação é pautada no processo cultural e de costumes arraigados na sociedade. No que tange a implantação em território brasileiro é preciso compreender os principais marcos para a sua consolidação, o primeiro faz menção a Oitava Conferência Nacional de Saúde em 1986, a qual fomentou a inclusão das práticas Integrativas como mais um mecanismo alternativo e assistencial para os serviços de saúde. O segundo parte da elaboração e criação das Políticas Nacionais de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS em 2003; e por fim, o terceiro marco se deu pela edição e publicação da Política Nacional das Práticas Integrativas Complementares (PNPIC) em 2006, como medida de atualização das ações e legibilidades atribuídas à atenção primária a saúde, assim como implantação direta das PIC, inclusive da acupuntura tradicional e auricular, enquanto subgrupos da mesmas. De posse disso, percebe-se que dentre as PIC mais difundidas no Brasil estão: o Reik, massoterapia, fitoterapia, florais de Bach, homeopatia, Termalismo social/creno terapia e a acupuntura. No tocante a isso, a mesma ainda vem demonstrando diversos efeitos benéficos no tratamento alternativo para doenças gastrointestinais como: refluxo gastresofágico, gastrite e ulceras gástricas, oriundas de processos avançados de gastrite, tendo em vista que a mesma atua como antagonicamente à colecistocinina, cadeia de aminoácido responsável por estimular a produção e liberação de ácido clorídrico no estômago. Para isso, esse estudo tem como objetivo conhecer a importância das práticas de acupuntura como terapia alternativa complementar na atenção básica e seus efeitos na população. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo bibliográfico do tipo revisão integrativa, realizado através de dados secundários disponíveis das seguintes bases: Scientific Electronic Library Online (SciELO ), Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line (Medline), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados da Enfermagem (BDENF) e o Google Acadêmico, a partir dos descritores: “Terapia Complementares”, “Terapias Alternativas” ,“Políticas Públicas”, AND “Terapias com Acupunturas”. Adotou-se como critérios de inclusão: textos completos, realizados no período de 2011 a 2018, nos idiomas português e inglês. Já para os critérios de exclusão adotou-se artigos inferiores ao ano de 2011, que não respeitassem os preceitos éticos e que não se enquadrassem as variáveis dispostas no quadro análise. Ao todo foram encontrados 18 artigos de acordo com os critérios de elegibilidade, mas durante a análise crítica dos mesmos foram selecionados apenas 5 artigos para o desenvolvimento do estudo. Os artigos selecionados foram dispostos em um quadro síntese adotando-se como variáveis: autor, revista com o ano, título do artigo, métodos e objetivo geral do estudo. Posteriormente as temáticas foram agrupadas conforme semelhança de conteúdo para serem discutidas em seguida. Resultado: A acupuntura consiste na introdução de agulhas rígidas e muito finas em pontos específicos da superfície corporal, tendo como objetivo estabelecer o equilíbrio energético e consequente a homeostase do organismo, isto é, através dos 200 pontos no corpo é possível interligar estes canais e meridianos do sistema corpóreo proporcionando um bem-estar aos pacientes submetidos. Diante das análises dos artigos, evidencia que as práticas de acupuntura, assim como as outras terapias complementares à saúde estão presentes em diversos municípios principalmente no âmbito da atenção primária, enriquecendo o leque de recursos a serem oferecidos a população, trazendo benefícios naturais a população e legislativo aos setores que os adotam. Os estudos demonstraram a alta eficácia da acupuntura no tratamento a ansiedade, difundindo suas ações como medida a ser oferecida pela atenção primária, fomentando os preceitos deliberados por suas resoluções. Frisando que no Brasil, uso de terapia complementares está relacionado às diferentes raízes culturais das populações que aqui residiam durante os três primeiros séculos da colonização. E que atualmente os motivos mais frequentemente alegados para utilização de Terapias Complementares (TC) são por ter fé na cura através das TC, experiência anteriores positivas com TC, necessidade de fazer alguma coisa para ajudar o filho, auxiliar a terapia convencional, evitar terapias agressivas, insatisfação com o tratamento convencional, dificuldades financeiras para compra de medicamentos, recomendação médica, testar a terapia e morar longe do centro médico.   Vale ressaltar, a relevância para integração do serviço de PIC com a APS visa potencializar a promoção da saúde, já que abrange o cuidado e prevenção de doenças. Visa também romper a excessiva fragmentação na abordagem processo saúde-adoecimento, fortalecendo as articulações intersetoriais e promovendo o cuidado integral. Para tanto, sustentam-se nos princípios as concepções holísticas, intersetorialidade, empoderamento, participação social, equidade, ação multe estratégicas e sustentabilidade, o que as tornam essências suas inclusões na Atenção Primária a Saúde. Todavia que, o ser humano é um ser complexo, que não se traduz e não preenche sua visa somente com subsídios matérias, precisa ser contemplado nas esferas de sua existência, ser nutrido com o alimento, com os relacionamentos, com os projetos expondo qualidade de vida que expresse sua saúde. Considerações finais: Diante da análise dos resultados, é perceptível que as PIC, tem por objetivo fomentar medidas alternativas e naturais no controle a certas enfermidades, enaltecendo as questões referentes ao cuidado ideal e humanizado, indo de encontro as formas milenares e culturais, embasadas por conhecimentos científicos que enaltecem o processo de cuidar e a enfermagem baseada em evidências. Além de proporcionar estes efeitos, a mesma ainda visa a diminuição de medicamentos para controle de algumas situações específicas, atingindo os ideais propostos pelo sistema único de saúde, no que tange a promoção e prevenção do sujeito frente aos processos patológicos. Assim, o uso da acupuntura como recurso de terapias complementares na prática profissional acaba se tornando uma inovação no que diz respeito ao cuidar, pois apesar do tempo de instalação em território brasileiro, a mesma ainda não é bastante difundida pelos profissionais da atenção básica. O que acaba se tornando um retrocesso nas evidências, pois a acupuntura pactua de uma credibilidade embasada por seu efeito no alívio da dor, oriunda de vários fatores, como demonstrado na discussão. Para melhor propagação das informações propostas pela atenção básica é necessário que o enfermeiro tenha conhecimento das medidas alternativas para tratamento, não ficando preso apenas aos protocolos deliberados para tratamentos medicamentosos, para isso, é imprescindível capacitações e educação permanente dos profissionais de saúde sobre essa temática.

9522 GESTÃO DO REGIME TERAPÊUTICO E DA QUALIDADE POR INTERMÉDIO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO CUIDADO DE CIATALGIA
Fabio Ricardo Dutra Lamego, Fátima Helena do Espírito Santo, Fabiana Lopes Joaquim, Almir Campos Pimenta, Luciana Nagato, Lunik de Paula Ribeiro, Danielle Rachel Coelho Bezerra, Suzete Cóllo Rosseto

GESTÃO DO REGIME TERAPÊUTICO E DA QUALIDADE POR INTERMÉDIO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO CUIDADO DE CIATALGIA

Autores: Fabio Ricardo Dutra Lamego, Fátima Helena do Espírito Santo, Fabiana Lopes Joaquim, Almir Campos Pimenta, Luciana Nagato, Lunik de Paula Ribeiro, Danielle Rachel Coelho Bezerra, Suzete Cóllo Rosseto

Apresentação: Os efeitos colaterais de tratamentos médicos convencionais, a predominância de condutas que prezam pela valorização do modelo biomédico e a ausência de cura de algumas patologias tem resultado em desagrado sobre as ações empreendidas pela medicina tradicional o que tem gerado a busca por práticas integrativas e complementares de saúde (PICS). De acordo com o Ministério da Saúde as PICS são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais com vistas a prevenir doenças como, por exemplo, depressão e hipertensão, bem como podem ser usadas em tratamentos paliativos em algumas doenças crônicas. As PICS buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por intermédio de tecnologias eficazes e seguras, enfatizando condutas como: escuta acolhedora, vínculo terapêutico e integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. Frente o exposto, as adoções das PICS tornam-se cada vez mais comuns em quadros clínicos como a ciatalgia que se refere a dor que irradia ao longo do trajeto do nervo ciático e que pode ter como causa primária o abaulamento discal na região lombossacral. Destarte, busca-se por intermédio das PICS fornecer aos pacientes que apresentam o referido quadro a promoção de bem-estar, baseada em escolhas conscientes na qual o indivíduo escolhe e vai a busca da conduta terapêutica. Deste modo, a gestão do regime terapêutico é vislumbrada pelos profissionais de saúde como um comportamento de adesão a terapêutica de cuidado, visto que esta modalidade de gestão busca que o programa de ações definidas para a patologia e suas complicações seja seguido buscando-se atingir objetivos específicos que foram traçados no que tange a tratamento e prevenção, sendo as PICS importantes aliadas na ampliação do leque terapêutico. Ante o exposto, as PICS quando adotadas para a gestão do regime terapêutico em quadros de ciatalgia promovem a gestão da qualidade assistencial, visto as práticas adotadas e escolhidas vão de encontro as demandas da pessoa assistida, promovendo deste modo o aumento do seu grau de satisfação. Objetivo: relatar a eficácia da gestão terapêutica e gestão da qualidade por intermédio de práticas integrativas e complementares no cuidado de ciatalgia ocasionada por abaulamento discal na região lombossacral. Método: trata-se de um relato de experiência sobre a gestão terapêutica e gestão da qualidade por intermédio de práticas integrativas e complementares no cuidado de ciatalgia ocasionada por abaulamento discal na região lombossacral. A experiência ocorreu um centro de práticas integrativas e complementares na cidade de Mesquita-RJ, durante o mês de março de 2018. Resultado: A experiência com PICS tem demonstrado efetividade no atendimento junto a pacientes com fortes dores que irradiam da cintura pélvica para a parte posterior da perna que provocavam dificuldades de deambulação e sem resposta aos tratamentos convencionais, evoluindo para indicação cirúrgica. Na referida unidade os quadros de ciatalgia aguda tem o tratamento iniciado por intermédio da acupuntura com o objetivo de cessar o quadro álgico que é a queixa principal dos indivíduos assistidos. Após a terceira cessão, se não há a involução das dores recomenda-se que o paciente volte ao consultório do seu médico com a solicitação de que seja realizado exame de imagem da região lombar, com vistas a identificar a causa da ciatalgia. Após o retorno do paciente ao centro de práticas integrativas e complementares com o resultado do exame, se há presença de abaulamento discal em região lombosacra o tratamento é redirecionado, tratando-se a causa da dor, na região lombosacra. Assim, é proposto ao paciente a associação de terapias envolvendo massagem local com Gua Sha (acessório de acupuntura utilizado para realizar raspagem e fricção local causando rubor na pele aumentando o fluxo sanguíneo) e pontos locais chamados de Huato (pontos extras de acupuntura localizado na borda lateral da coluna vertebral) e quiropraxia. Após a explicação da terapêutica que será adotada e mediante o consentimento do paciente as sessões são realizadas, seguindo-se o seguinte protocolo: massagem, acupuntura local e sistêmica (seguindo esta ordem de aplicação) duas vezes na semana, com intervalo de 3 dias nas 4 primeiras sessões e na 5° e 6° sessão o intervalo foi de 7 dias, totalizando 6 sessões de massagem e acupuntura. A quiropraxia é realizada em apenas 2 sessões com intervalos de 15 dias, sendo executada nos intervalos das sessões da prática integrativa da acupuntura por outro terapeuta. A cada sessão de prática integrativa e complementar o paciente é reavaliado sobre a redução ou melhoras no quadro da dor. Ao finalizar a terapêutica proposta, o paciente retorna ao médico, sendo evidenciado casos de suspensão da cirurgia e retomada das atividades físicas que anteriormente eram desaconselhadas e suspensas pelos médicos. Considerações finais: As PICS quando adotadas seguindo um protocolo pautado na queixa do paciente que possui a total gestão do regime terapêutico tende a promover a gestão da qualidade da assistência de saúde prestada, por intermédio de ações que prezam pela redução e melhora dos sinais e sintomas clínicos inerentes do abaulamento discal em região lombosacra, promovendo satisfação do paciente sobre a conduta de cuidado prestada. Recomenda-se que as PICS sejam utilizadas não apenas quando há relatos de crises de ciatalgia, mas como medida preventiva aos quadros relatados neste estudo. Na gestão da saúde, as PICS adotadas neste relato (massagem, acupuntura e quiropraxia) têm apresentado implicações positivas sobre a qualidade assistencial, fazendo com que os pacientes se tornem assíduos aos agendamentos e escolham outras práticas integrativas para promoção, prevenção e reabilitação de problemas de saúde. As utilizações das PICS também têm proporcionado mediante avaliação e acompanhamento médico a redução do consumo de medicamentos, redução de cirurgias visto que há quadros clínicos que conseguem ter a solicitação reavaliada pelo médico responsável, promove a melhora da qualidade de vida e bem-estar social em decorrência da redução de dor e devolução da funcionalidade corporal do indivíduo. Pelo exposto, é possível inferir que a formação continuada de profissionais da saúde nesta área de conhecimento pode baratear gastos públicos e privados através da prevenção e do não uso de materiais de alto custo para possíveis tratamentos, visto que técnicas como auriculoterapia, moxabustão, massagem, shiatsu, reflexologia, acupuntura, quiropraxia e muitas outras técnicas, apresentam baixo custo de sua implantação e alta eficácia quando comparadas a outras condutas terapêuticas.

9674 SAÚDE COM CRIATIVIDADE, INCLUSÃO E SUPORTE SOCIAL
Maria Catarina Salvador da Motta, Carlos Jose Peçanha Junior, Andreza Rodrigues Nakano, Gean Mascarenhas Gomes, Mariana Ferreira, Julia Campos, Jessica Silva Cavalcante, Anna Carolina Oliveira

SAÚDE COM CRIATIVIDADE, INCLUSÃO E SUPORTE SOCIAL

Autores: Maria Catarina Salvador da Motta, Carlos Jose Peçanha Junior, Andreza Rodrigues Nakano, Gean Mascarenhas Gomes, Mariana Ferreira, Julia Campos, Jessica Silva Cavalcante, Anna Carolina Oliveira

Apresentação: Este trabalho tem por objetivo apresentar resultados da primeira etapa da pesquisa “Acesso das pessoas com tuberculose e suas famílias às iniciativas governamentais ou não governamentais de suporte social”, que compreende o processo de construção do logotipo e e a idealização por trás de cada proposta ilustrativa de logo para o projeto de pesquisa. Desenvolvimento: Os alinhamentos teóricos,  metodológicos e de práticas têm sido a base do trabalho e culmina na construção um projeto de pesquisa, cuja primeira fase foi a elaboração do logotipo do projeto. A construção de uma imagem representativa é comum ao campo do marketing e comunicação,  no entanto, o campo da saúde também se vale desse instrumento, em especial como estratégia de alinhar os valores, as diretrizes, as competências de determinada área de saber que está sendo representada. Os norteadores estratégicos para a criação destes logos são: Acolhimento, de modo a representar o apoio a pessoa com tuberculose; Integralidade, fazendo com que o sujeito do cuidado não seja a doença ou uma parte do corpo, e sim o sujeito como um todo; e Representatividade, para representar a diversidade da população. O amparo metodológico ao processo se baseia no que Howard Becker denomina de construção do percurso ao se percorrer o caminho - na “feitura da pesquisa”- onde os passos se apóiam em bases consistentes mas não rígidas ou limitantes, permitindo o processo criativo no desenvolvimento da pesquisa. Resultado: A ilustração digital 1 apresentada, segue uma tendência recente para logos, no qual se busca representar o minimalista através do “Flat design”. A ilustração digital 2 traz traços minimalistas e pintura sem detalhamento, porém, com traços mais robustos, que são responsáveis por trazer uma sensação lúdica a ilustração. A ilustração 3 é uma proposta de logo que traz uma tendência mais antiga e outro estilo de pintura, uma pintura com mais detalhes, conhecido como “Gloss design” ou estilo brilhoso, caracterizado pelo maior uso de recursos de pintura para um efeito tridimensional de luz e sombra. Resultado: foi escolhida pela equipe a ilustração com o estilo representativo do Flat design, pois expressou os valores e princípios da pesquisa compartilhado pela equipe, como o acolhimento, integralidade, cuidado e proteção, e que daqui em diante são o esteio para o desenvolvimento de novas etapas da pesquisa. Considerações finais: Esta imersão em outras áreas de conhecimento para além da Saúde nos permitiu, na busca destes conhecimentos novos, entender que o cuidado em saúde ao envolver a criatividade, torna todos parte do processo.

10447 AÇÕES DE UM PROGRAMA MUNICIPAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Leandra Sousa, Júlio José Cunha

AÇÕES DE UM PROGRAMA MUNICIPAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Autores: Leandra Sousa, Júlio José Cunha

Apresentação: A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) é reconhecida pelo seu potencial de fortalecimento da Atenção Primária à Saúde e do coeficiente de integralidade em saúde. Esta política insere as Práticas Integrativas e Complementares (PIC) no Sistema Único de Saúde (SUS) sinalizando a ampliação do acesso e a pluralidade terapêutica. Nessa direção, este trabalho visa compartilhar as experiências acerca da produção de estratégias e ações de implantação e implementação dessas abordagens terapêuticas junto à coordenação de um programa de PIC, profissionais e equipes de saúde, em um município do interior de São Paulo. Inserida no campo das práticas e políticas de saúde no âmbito do SUS, as atividades têm sido desenvolvidas em uma perspectiva participativa e de cogestão, cuja finalidade é contribuir para a organização e transformação significativa do modelo de atenção vigente. Como resultados assinala-se a atualização da lei municipal de PIC, a produção de fluxos de atendimento na rede de atenção à saúde, a inserção de ações voltadas às PIC no plano municipal de saúde, atividades de educação permanente em saúde, atualização do mapeamento e planejamento do monitoramento das ações que estão sendo realizadas pelos profissionais das PIC nos diferentes serviços de saúde do SUS na esfera municipal. Vale ressaltar a relevância da oferta das PIC na Atenção Primária à Saúde no alcance do acesso e da integralidade da atenção. Nessa perspectiva, o compromisso e envolvimento de profissionais dos diferentes departamentos da secretaria de saúde com as ações do programa e de diferentes serviços de saúde têm sido fundamentais para a realização das atividades voltadas para as PIC. Tendo em vista a ampliação da oferta das PIC e os diversos serviços da rede de atenção que ofertam estas abordagens terapêuticas, assinala-se o desafio de se efetivar a gestão compartilhada, o monitoramento e avaliação das ações.