385: Assistência e cuidados de enfermagem às doenças crônicas não transmissíveis
Debatedor: Letícia Penna Braga
Data: 31/10/2020    Local: Sala 11 - Rodas de Conversa    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
7682 O USO DA TEORIA DE WANDA HORTA NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM PIELONEFRITE
Alessandra da Silva Carvalho, Andreina Maciel Sena dos Santos, Amanda da Silva Melo, Cliviane Farias Cordeiro, Elisson Gonçalves da Silva, Gezebel Vasconcelos da Costa, Brenner Kássio Ferreira de Oliveira, Maxwell Arouca da Silva

O USO DA TEORIA DE WANDA HORTA NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM PIELONEFRITE

Autores: Alessandra da Silva Carvalho, Andreina Maciel Sena dos Santos, Amanda da Silva Melo, Cliviane Farias Cordeiro, Elisson Gonçalves da Silva, Gezebel Vasconcelos da Costa, Brenner Kássio Ferreira de Oliveira, Maxwell Arouca da Silva

Apresentação: As teorias de enfermagem correspondem a um conjunto de conceitos unânimes inter-relacionados, que proporciona ao profissional enfermeiro uma visão humanizada e holística diante do cliente, independente do seu diagnóstico clínico. Desta forma, a teoria das Necessidades Humanas Básicas (NHB) de Wanda Aguiar Horta por ser classificada em necessidade de nível psicobiológico, psicossocial e psicoespiritual, é uma teoria com visão ampliada e muito referenciada no processo de enfermagem pois leva o profissional a olhar o paciente como ser biopsicossocioespiritual e não apenas a fisiopatologia que acomete. Assim, utilizou-se essa teoria para subsidiar a assistência de enfermagem a uma paciente internada, objetivando uma prática baseada em evidência científica para nortear o profissional quanto à tomada de decisão em relação aos cuidados prestados. Objetivo: Relatar o uso da Teoria de Wanda Horta na Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) ao paciente com pielonefrite aguda. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado durante as aulas práticas na disciplina de Semiologia e Semiotécnica II do curso de Enfermagem no Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB) da Universidade Federal do Amazonas no Hospital Regional de Coari, no período de Junho de 2019. Resultado: Na prática hospitalar observou-se a importância da aplicação da teoria das NHB à paciente com pielonefrite aguda a qual queixava-se de fortes dores e consequentemente sentia-se impossibilitada a realizar atividades e cuidados que antes fazia parte de sua rotina normal. Frente a realidade da paciente, a teoria NHB permitiu o profissional fazer análise crítica do indivíduo, tomar decisões, planejar o cuidado, intervir, definir os resultados esperados e avaliar a eficácia dela, com base na melhora do cliente. Além disso, a assistência prestada através da SAE contribuiu de maneira benéfica para que os cuidados fossem mais organizados e direcionados, diante dos diagnósticos de enfermagem: mobilidade física prejudicada e risco para baixa autoestima situacional, as metas de enfermagem foram: estimular o paciente a deambulação conforme conseguisse e demonstrar melhor capacidade de comunicar-se, levando em consideração a prática da teoria. Após os cuidados cabíveis, a paciente apresentou melhoras significativas tanto no seu quadro clínico como psicológico, recebendo alta dias depois. Considerações finais: Dessa forma, é imprescindível aplicação das teorias de enfermagem na prática hospitalar como base para o profissional no cuidado a prestar ao paciente com pielonefrite aguda. Além disso, tal ensino é valioso na formação profissional do indivíduo, pois contribui de maneira benéfica para um aprendizado libertador e transformador, visto que corrobora a reflexão de práticas integrativas mais éticas, solidárias e humanas. Este processo é imprescindível para a enfermagem, posicionando o discente desde a academia a ter um olhar humanizado e holístico, no intuito de que no futuro execute com empatia e responsabilidade seu trabalho.

7724 LIMITAÇÕES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA COMO INDICADOR DE QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA NOS SETORES DE CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA: IMPACTO NA PRODUÇÃO DO CUIDADO.
Caroline Nascimento de Souza, Laís Lopes Gonçalves, Alessandra Aparecida Saldes, Lícia Gobeti Pianissoli, Diana Ramlow Coelho Lopes, Vinícius Mengal

LIMITAÇÕES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA COMO INDICADOR DE QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA NOS SETORES DE CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA: IMPACTO NA PRODUÇÃO DO CUIDADO.

Autores: Caroline Nascimento de Souza, Laís Lopes Gonçalves, Alessandra Aparecida Saldes, Lícia Gobeti Pianissoli, Diana Ramlow Coelho Lopes, Vinícius Mengal

Apresentação: A Parada Cardiorrespiratória (PCR) pode ser definida pela interrupção súbita da atividade ventricular cardíaca e circulatória associada com a interrupção da funcionalidade do sistema respiratório, evidenciado pela ausência de sinais de circulação, sendo esse, um agravamento clínico de caráter emergencial que possui grande potencial de óbito. Os profissionais de saúde que prestam assistência à pacientes graves, devem estar preparados para lidar com as situações de emergência, sendo assim, é imprescindível que esse profissional tenha habilidade e destreza para executar suas funções, visando oferecer uma assistência de qualidade. Conforme a lei 7.498/86 do exercício profissional de enfermagem, os enfermeiros são responsáveis pela assistência direta aos pacientes graves com risco de vida e pelas práticas que exijam maior complexidade, conhecimentos científicos e capacidade de tomar decisões imediatas. Diante disso, o enfermeiro como membro da equipe de saúde e líder da equipe de enfermagem possui papel substancial no atendimento a uma PCR, pois a harmonia da equipe é essencial para que a qualidade e eficiência da assistência sejam preservadas. É importante considerar que o prognóstico do paciente está diretamente associado à rapidez e eficácia das intervenções realizadas, haja vista que, a falta de conhecimento do enfermeiro o torna incompetente para executar as ações necessárias durante a condução de uma Ressuscitação Cardiopulmonar Externa (RCE), acarretando assim, uma série de consequências, entre elas, danos na assistência prestada e diminuição na expectativa de sobrevida do paciente. O enfermeiro deve estar ciente de seu papel e executa-lo de forma a promover um cuidado de excelência, principalmente no que diz respeito, a responsabilidade de nortear as ações de enfermagem para a prestação de uma assistência especializada ao paciente durante a reanimação cardiopulmonar (RCE), uma vez que, as intervenções e os cuidados prestados ao indivíduo possuem um impacto relevante no tratamento e prognóstico do cliente pós PCR. Tendo em vista a gravidade da parada cardiorrespiratória, e as repercussões que tal condição clínica traz para o paciente, esse estudo tem por objetivo analisar as intervenções precoce realizadas pela equipe de enfermagem ao paciente em PCR, associando a conduta desses profissionais com o indicador de qualidade da assistência nos setores de clínica médica e cirúrgica, no que se refere ao impacto na produção do cuidado. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo de campo do tipo descritivo desenvolvido a partir de abordagem quantitativa desenvolvido em um hospital da Serra – ES. Os participantes do estudo serão profissionais de enfermagem de nível médio e superior que compõem a equipe de profissionais dos setores de clínica médica e cirúrgica. A coleta de dados será realizada de forma aleatória no período proposto para aplicação do questionário semiestruturado. Os dados coletados serão digitados em planilha eletrônica no Excel, sendo que os scores serão avaliados quanto aos profissionais técnicos e de nível superior isoladamente. Para associação das variáveis será utilizado teste exato de Fisher sendo adotado o nível de significância p 0,05. O projeto foi previamente aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa, sob número de protocolo: 2.285.016. Resultado: Percebe-se que os profissionais de enfermagem estão totalmente despreparados para realizarem uma assistência de qualidade ao paciente em parada cardiorrespiratória, durante a análise dos questionários respondidos foi possível identificar alguns déficits que favorecem para a ineficiência do cuidado ofertado,  entre eles, a falta de coordenação da equipe; não adesão da instituição para o desenvolvimento de capacitações e treinamentos; falta de estrutura material para realização das intervenções necessárias à ressuscitação cardiopulmonar externa; medo de alguns profissionais da equipe de enfermagem de errar os procedimentos realizados ao paciente em parada cardiorrespiratória; inexperiência e imperícia na implementação do protocolo de atendimento à PCR. Além disso, foi perceptível, a falta de liderança durante a aplicação das manobras de ressuscitação cardiopulmonar externa. Dentro do ambiente hospitalar, o enfermeiro possui algumas atribuições privativas, entre elas, esse profissional precisa estar na linha de frente, na condução e intervenção a parada cardiorrespiratória. Sendo assim, o enfermeiro oferece subsídios técnico e científico à sua equipe, seja trabalhando no gerenciamento e provisão de recursos materiais, seja proporcionando a qualificação dos recursos humanos, a fim de ofertar um atendimento primoroso aos pacientes em qualquer âmbito hospitalar e em qualquer nível de assistência. A falta de habilidade do enfermeiro e da equipe de enfermagem constitui um fator de risco para os pacientes, uma vez que estes profissionais, muitas vezes desconhecem condutas básicas como, a relação compressão-ventilação, medicações mais usadas na ressuscitação cardiopulmonar externa, e não possuem expertise técnica para utilizar os desfibriladores e monitores. Além disso, detêm pouco domínio prático necessário para atender um paciente em parada cardiorrespiratória. Esses déficits apresentados decorrem de várias falhas, como por exemplo, uma formação técnica pouco acurada durante a graduação, o desinteresse dos profissionais em participarem de cursos de atualização. Muitos profissionais demonstraram que desconhecem as ações indicadas pelos protocolos nacionais e internacionais que regem às condutas de atendimentos à parada cardiorrespiratória, isso implica em dizer que, se no ambiente intra-hospitalar não existem profissionais capacitados e atualizados para intervir em situações de emergência, a probabilidade dos paciente virem a óbitos por falha na assistência prestada é grande. Observou-se também  um desgaste físico e emocional dos profissionais da equipe de enfermagem, uma vez que, muitos deles possuem jornada dupla de trabalho, pelo fato de serem o provedor da casa, ou terem uma família grande para sustentar, ou por estar guardando dinheiro para realizar objetivos pessoais, entre outros. Com isso, percebemos um complexo cenário entre prática assistencial e dificuldades e limitações para o desenvolvimento da mesma. Considerações finais: Desta forma, é crucial que a equipe de enfermagem compreenda sua importância frente às condutas destinadas a reanimação cardiopulmonar, e para isso é necessário que o profissional de saúde esteja em constante atualização e aperfeiçoamento profissional para suprir o déficit presente na assistência atualmente ofertada, visando sempre exercer um cuidado de qualidade, contemplando o paciente de forma ampla, proporcionando um cuidado singular e de qualidade. Espera-se que a equipe de enfermagem repense acerca da qualidade do cuidado prestado, e a partir disso, remodele um novo cuidado, com embasamento teórico e científico consolidado, a fim de transformar a realidade da assistência ofertada, impactando de forma positiva na prestação do cuidado, tendo como meta o desenvolvimento de uma linha de cuidado que promova cura, bem-estar, e qualidade de vida ao paciente hospitalizado.

7809 A CONSULTA DE ENFERMAGEM AO CLIENTE ONCOLÓGICO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ENFERMEIROS DO AMBULATÓRIO DE QUIMIOTERAPIA.
maria De Fátima reis, Maria Beatriz Veiga, Shirlei Da silva Ferreira, MARLI DA LUZ, Rafael Cordeiro Almeida

A CONSULTA DE ENFERMAGEM AO CLIENTE ONCOLÓGICO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ENFERMEIROS DO AMBULATÓRIO DE QUIMIOTERAPIA.

Autores: maria De Fátima reis, Maria Beatriz Veiga, Shirlei Da silva Ferreira, MARLI DA LUZ, Rafael Cordeiro Almeida

Apresentação: Estima-se que nos anos de 2018 e 2019, no Brasil, ocorreram 12000 mil novos casos de câncer. Muitos esforços são dedicados a sua prevenção, contudo o tratamento do câncer envolve terapêutica complexa, e dentre estas modalidades destaca-se a quimioterapia. A administração de quimioterápicos requer uma assistência qualificada e individualizada, em que o enfermeiro, junto a equipe interdisciplinar atua de forma a garantir o sucesso do tratamento. As infusões das medicações antineoplásicas requerem conhecimento da sua ação especifica, assim como dos seus efeitos colaterais e complicações. A interação profissional-paciente, assim como a orientação deste último quanto ao seu tratamento são fundamentais para eficácia terapêutica. Objetivo: Relatar a experiência de enfermeiros lotados no ambulatório de quimioterapia de um Hospital Universitário Estadual, localizado na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, quanto a implementação da consulta de enfermagem ao cliente oncológico submetido a administração de quimioterápicos. Desenvolvimento: O contato diário com os pacientes submetidos a infusão de quimioterapia, evidenciou a importância da anamnese e exame físico prévios a sua administração, por isso além da consulta de enfermagem aos pacientes de primeira vez, que na pratica assistencial já é realizada a alguns anos. Optou-se por implementar a consulta de enfermagem nas infusões subsequentes, até o termino do tratamento. A consulta de enfermagem é uma atividade privativa do enfermeiro, que possibilita a detecção precoce de problemas de saúde e a estabelecer ações para sua resolução. O enfermeiro pode ser o elo entre o cuidado, o conforto e a integração da equipe de saúde, vislumbrando-se assim uma assistência interdisciplinar qualificada a este público. Resultado: Foi observada que a anamnese e o exame físico na pré-infusão de quimioterápicos, garante a detecção de anormalidades e intercorrências que possam contraindicar nova infusão ou inicio de um novo ciclo, a realização das consultas de enfermagem garantiram o contato enfermeiro-paciente e possibilitou diminuir fatores de estresse e ansiedade, assim promoveu a discussão de casos entre a equipe de saúde. Considerações finais: A experiência de implementar as consultas subsequentes, realizadas previamente a administração de quimioterápicos, favoreceu a interação entre o profissional e o paciente, a identificação precoce de possíveis complicações durante as infusões, e ainda contribuiu para qualificar a assistência de enfermagem a esta clientela especifica, fortalecendo assim o atendimento e dialogo interdisciplinar.

8210 TERAPIA DE NUTRIÇÃO ENTERAL: CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES CRÍTICOS
Izaildo Tavares Luna, Maria do Socorro Silva do Vale, Maria Adriana da Silva, Elizamar Regina da Rocha Mendes, Reagan Nzundu Boigny

TERAPIA DE NUTRIÇÃO ENTERAL: CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES CRÍTICOS

Autores: Izaildo Tavares Luna, Maria do Socorro Silva do Vale, Maria Adriana da Silva, Elizamar Regina da Rocha Mendes, Reagan Nzundu Boigny

Apresentação: Entende-se por Nutrição Enteral o alimento para fins especiais, com ingesta equilibrada de nutrientes, na forma isolada e combinada de composição definida ou apreciada, especialmente planejada e produzida para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizado exclusiva ou parcial para permutar ou complementar a alimentação oral. Diante disso, objetivou-se identificar os cuidados de enfermagem em terapia de nutrição enteral aos pacientes críticos descritos nas publicações científicas. Método: Trata-se de Revisão Integrativa realizada entre os meses de março a novembro de 2019, no repositório SciELO (Scientific Electronic Library Online), nas bases LILACS (Literatura Latino-Americana em ciências da saúde) e MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) e com publicações nacionais, de 1999 a 2017. Para a realização dessa revisão foi delimitada a questão norteadora: Quais os cuidados de enfermagem aos pacientes críticos na terapia de nutrição enteral? Empregaram-se os descritores “Enfermagem”, “Cuidado de Enfermagem”, “Nutrição Enteral” e “Unidade de Terapia Intensiva” dos Descritores em Ciências da Saúde. Fez-se uso dos operadores Booleano: “and” e “or”. Os critérios de inclusão foram estudos disponíveis na íntegra e gratuitamente, nos idiomas português, inglês ou espanhol, com distinção de período de publicação compreendendo entre os anos de 1999 a 2017. Como critério de exclusão foi considerado os artigos repetidos e que não se relacionavam com à questão norteadora. Inicialmente foram cruzados os descritores “nutrição enteral” e “cuidados de enfermagem”, surgindo apenas 05 artigos. Depois se fez o cruzamento de “nutrição enteral”, “Unidade de Terapia Intensiva”, surgindo um total de 61 artigos, cruzando os descritores “nutrição enteral” e “Unidade de Terapia Intensiva” e “Enfermagem”, totalizou 12 artigos, perfazendo ao final um total de 78 estudos. Após a busca, foi realizada leitura dos resumos e houve redução do total dos estudos selecionados, ficando um número de 49. A seguir, realizou-se leitura detalhada destes artigos, ficando apenas 9 estudos amostrais. Resultado: Os achados apontam a necessidade de alguns cuidados durante a utilização da Terapia de Nutrição Enteral, são eles: a elevação da cabeceira do leito até pelo menos 45º, durante uma hora após a administração da TNE para evitar a pneumonia por broncoaspiração e o refluxo gástrico a fim de proporcionar conforto ao paciente; interrupção da infusão da dieta antes da realização de procedimentos que possibilitem regurgitação; interrupção durante a aspiração a fim de evitar vômitos e broncoaspiração; confirmação do posicionamento da sonda; utilização do equipo adequado para prevenir a instalação da dieta em vias inadequadas; confirmação da identificação do paciente no rótulo da dieta; desinfecção do frasco e da extremidade distal da sonda; desinfecção da tampa do frasco com álcool a 70% antes da conexão; afixação correta da sonda; phmetria do aspirado para confirmação do posicionamento da sonda à beira do leito. Considerações finais: Essa revisão reforça a necessidade de que os profissionais da enfermagem que atuam na administração de terapia de nutrição enteral aos pacientes críticos precisam de constante aprimoramento sobre os cuidados, as complicações e fatores impeditivos da nutrição enteral a fim de prestar assistência com qualidade e segurança.

8267 A MUSICOTERAPIA COMO ALIADA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM PARA PROMOVER O BEM ESTAR AOS PACIENTES COM CÂNCER: REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA
Catarina Cristina Fraga da Silva, Isadora do Nascimento Ribeiro, Suellen Karoline de Lima Pinheiro, Susany dos Santos Tenório, Daniely da Silva Sena, Elian Coimbra Fontinelli Tavares

A MUSICOTERAPIA COMO ALIADA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM PARA PROMOVER O BEM ESTAR AOS PACIENTES COM CÂNCER: REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA

Autores: Catarina Cristina Fraga da Silva, Isadora do Nascimento Ribeiro, Suellen Karoline de Lima Pinheiro, Susany dos Santos Tenório, Daniely da Silva Sena, Elian Coimbra Fontinelli Tavares

Apresentação: O câncer se refere a um conjunto de doenças que correspondem ao crescimento desordenado de células, as quais invadem tecidos e órgãos determinando a formação de tumores. A quimioterapia tem como principal objetivo eliminar essas células, todavia, os medicamentos utilizados, na maior parte dos casos, atingem tanto às células que formam o tumor quanto às células sadias, o que resulta no aparecimento de efeitos colaterais que podem se manifestar tanto física quanto emocionalmente. Nesse âmbito, o interesse da enfermagem em utilizar a musicoterapia tem aumentado, pois essa técnica estuda as reações do indivíduo diante de estímulos sonoro-musicais e tem por objetivo favorecer o desenvolvimento emocional e afetivo, contribuindo para o conforto do doente e sua família, importante no enfrentamento da doença e na humanização do cuidado. Objetivo: Identificar as produções científicas publicadas sobre a utilização da musicoterapia como instrumento de enfermagem no cuidado aos pacientes com câncer. Método do estudo: Trata-se de um estudo descritivo do tipo Revisão Integrativa de Literatura (RIL), à cerca do uso de música pelos profissionais de enfermagem como terapia aos pacientes oncológicos, desenvolvida em janeiro de 2020. A busca para realização deste estudo ocorreu nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Base de Dados em Enfermagem (BDENF). Foram critérios de inclusão no estudo: artigos na íntegra indexados nos bancos de dados dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): (musicoterapia, cuidados de enfermagem e enfermagem oncológica) e artigos publicados em português. Foram critérios de exclusão do estudo: artigos não relacionados, outro idioma, revisão integrativa e não disponível em texto completo. Resultado: Foram encontrados nove artigos, mas foram selecionados e analisados à luz da discussão temática quatro produções, que se adequavam nos critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos. Destes, dois foram encontrados na base de dados LILACS e os outros dois na BDENF. Ademais, o estudo permitiu identificar o êxito dessa técnica para portadores de câncer, pois no ambiente de pessoas que convivem com a doença, constatou-se que a música aviva sensações agradáveis, sentimentos de alegria e contribui para o conforto e bem-estar do paciente e sua família, dando sentido aos seus dias e, tornando os pacientes mais comunicativos. Representa um suporte de apoio psicossocioespiritual que desperta força e coragem para o enfrentamento da doença além de contribuir para a redução de náusea, vômito e ansiedade, resultando no aumento da sua qualidade de vida. Considerações finais: Diante dos aspectos tratados nessa revisão integrativa, conclui-se que os pacientes que tem acesso à musicoterapia apresentam melhora na sua qualidade de vida, convivendo melhor com a doença e o tratamento. Todavia, ainda existem poucas pesquisas encontradas principalmente com pacientes oncológicos, necessitando de mais trabalhos nessa área. Dessa forma, há necessidade de ampliar o uso dessa técnica nas diversas áreas da saúde, pois se mostrou benéfica em várias circunstâncias além de ser reconhecida pelos profissionais como ferramenta de humanização.

8304 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTE COM DOENÇA RENAL CRÔNICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Ana Lucia Pinheiro Cardoso, Milena Beatriz de Sousa Santos, Ana Dirce Ferreira de Jesus

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTE COM DOENÇA RENAL CRÔNICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Ana Lucia Pinheiro Cardoso, Milena Beatriz de Sousa Santos, Ana Dirce Ferreira de Jesus

Apresentação: A Doença Renal Crônica (DRC) caracteriza-se por modificações clínicas e laboratoriais ocasionadas devido a acometimentos aos rins, sendo esta doença considerada um problema de saúde pública no mundo. Vale ressaltar que o profissional enfermeiro possui papel essencial na assistência aos portadores de DRC, estando voltada desde a presença nas sessões de hemodiálise, até o desenvolvimento de atividades e informações para a família. Assim, este resumo tem como objetivo relatar o caso de uma paciente diagnosticada com Doença Renal Crônica (DRC). Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, com observação direta, indireta e participativa. Foi vivenciado por discentes durante a aula prática na clínica médica, em um hospital público no interior do Pará, no mês de abril de 2019. Essa disciplina é ofertada no 5° semestre do curso de enfermagem da Universidade Estadual do Pará – campus Santarém. Resultado: A paciente relatou que durante o trabalho não costumava tomar água e não realizava as necessidades fisiológicas regularmente, ingeria líquido no café da manhã, almoço e jantar, em poucas quantidades, urinava apenas duas vezes ao dia, nos dias chuvosos a quantidade de líquido ingerida era menor. Com dores na região lombar, procurou a Unidade Básica de Saúde do seu bairro para consultar-se com o médico, o qual solicitou alguns exames e lhe encaminhou para o Hospital do Município, onde fez exames mais específicos e foi diagnosticada com DRC, Diabetes mellitus tipo 2, Hipertensão Arterial Sistêmica e Insuficiência Cardíaca Aguda. Dentre os diagnósticos encontrados, destacam-se: fadiga e sobrecarga de estresse, frente a eles as intervenções foram massagens de conforto, momentos de relaxamento como musicoterapia, e controle do ambiente. Considerações finais: Portanto, é fundamental a importância do enfermeiro com orientações aos pacientes e familiares sobre as mudanças que afetam o dia a dia desta doença, pois o apoio familiar é tão importante quanto o cuidado hospitalar.

8428 A ASSISTÊNCIA E OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PACIENTE COM ASCITE ASSOCIADA A INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Thalissa Thaina Santos de Souza, Alessandra Carla Ferreira, samily Guimarães Rocha, Samir Felipe Barros Amoras, Victória Caroliny do Nascimento Leal, Regiana Loureiro Medeiros

A ASSISTÊNCIA E OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PACIENTE COM ASCITE ASSOCIADA A INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Autores: Thalissa Thaina Santos de Souza, Alessandra Carla Ferreira, samily Guimarães Rocha, Samir Felipe Barros Amoras, Victória Caroliny do Nascimento Leal, Regiana Loureiro Medeiros

Apresentação: A Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica complexa, onde o coração é impossibilitado de bombear sangue de forma a atender às necessidades metabólicas tissulares, ou pode fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento. Tal síndrome pode ser causada por alterações estruturais ou funcionais cardíacas e caracteriza-se por sinais e sintomas típicos, que resultam da redução no débito cardíaco e das elevadas pressões de enchimento no repouso ou no esforço. Geralmente, os sinais da insuficiência cardíaca começam devagar. Mas, com o passar do tempo, falta de diagnóstico e tratamento corretos, os sinais começam a ficar explícitos e o paciente nota com mais facilidade as dificuldades para respirar. Dentre os sintomas relacionados a insuficiência cardíaca incluem a falta de ar, diminuição da concentração, palpitações, fadiga, fraqueza e desmaios, náuseas e vômitos, pulso irregular ou rápido, perda de apetite e inchaço nos tornozelos e no abdômen. Em decorrência dessa incapacidade do coração, outros problemas podem surgir em consequência do fluxo anormal de sangue, o que pode trazer vários desconfortos para a pessoa portadora dessa insuficiência, um desses problemas tem-se a ascite. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da IC são história familiar, diabetes mellitus (DM), hipertensão arterial sistêmica (HA), etilismo, tabagismo e dislipidemia. Durante a vivência no estágio obrigatório atendemos uma paciente de apenas 27 anos que foi admitida na clínica médica com diagnóstico de insuficiência ventricular esquerda com apresentação de ascite em decorrência do seu problema cardíaco. Percebemos que o enfermeiro possui mais contato com o tratamento e o cuidado a esse cliente, ajudando diretamente na sua recuperação. Diante disso, a escolha do tema deu-se mediante a percepção do longo período de internação hospitalar da paciente e a relevância de nortear a assistência de enfermagem para melhoria do quadro clínico Objetivo: relatar a assistência e os cuidados de enfermagem a uma paciente com IC. Método: Trata-se de um estudo descritivo de natureza relato de experiência, requisito avaliativo de estágio obrigatório supervisionado em enfermagem na Universidade da Amazônia para discentes do décimo semestre, realizado através da vivência no hospital Beneficente Portuguesa localizado em Belém do Pará, sob supervisão de uma enfermeira durante o mês de março de 2019. Para desenvolver esse relato, observou-se o atendimento da paciente na enfermaria de clínica médica, onde foi possível realizar o levantamento de dados clínicos, através do prontuário, visitas e realizações de evoluções rotineiras, além da utilização da base de dados Biblioteca Virtual em Saúde para o levantamento sobre a patologia, sinais e sintomas, diagnósticos, tratamento. Resultado: Durante o período de prática presenciamos diversos sentimentos, em um misto de ansiedade, dor e alivio ao presenciar o acompanhamento da paciente com diagnóstico de Insuficiência Cardíaca, sendo o caso que mais marcou o grupo pela idade da paciente e pela evolução do quadro clínico da mesma. Na realização de anamnese colhemos que a paciente possuía 27 anos e era proveniente da cidade de Viseu, Município do estado do Pará, não possuía HAS, embora estatísticas pontuem a HAS como fator mais predisponente para o surgimento de IC. Em concordância a esse argumento Sousa et al. (2017) nortearam em um estudo sobre a associação das condições sociais e clínicas à qualidade de vida de pacientes com insuficiência cardíaca que a HAS é a comorbidade que está mais associada ao surgimento de IC, seguido da Diabetes Melitus, Obesidade e arritmias. Na primeira visita a paciente se apresentava orientada, consciente, contactuante em repouso no leito. Dispneica moderada, afebril, bradicardia. Acesso venoso periférico através de jelco em membro superior esquerdo aceitava dieta oferecida, apresentava abdome distendido e ascético, doloroso a palpação e edema em MMII, relatando sono e repouso prejudicado. Diante as queixas e os sinais, demos orientações para a família sobre não fechar a porta do banheiro com chave e estimular a paciente a elevar os membros inferiores. Sete dias após a primeira visita a paciente encontrava-se mais debilitada, com anasarca, sinal de cacifo de quatro cruzes verificado na região do maléolo e respirando com auxílio de oxigenoterapia ofertada por cânula nasal, dispositivo que deveria ser verificado constantemente pela equipe de enfermagem para que a paciente não desenvolvesse lesão por pressão, devido o edema aumentar a cada dia que passava. Nove dias após a primeira visita, a paciente só deambulava com ajuda, não aceitava a dieta oferecida, estava com as mucosas ictéricas, apresentava tosse seca, sensibilidade na pele, dor na região sacral e epigástrica, além de sinais flogísticos no acesso venoso periférico e fazia uso de diurético. Durante um plantão divergente ao horário do estágio a paciente piorou seu quadro clínico e foi para unidade de emergência da instituição, agravando mais ainda seu quadro. Através das buscas no sistema de informação do hospital por MV foi possível encontrarmos que a mesma realizou um procedimento cirúrgico para drenagem de líquido e logo foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital. O tratamento para pacientes com IC varia de acordo com a gravidade do paciente, podendo ser realizadas intervenções de controle alimentar, limitando a ingestão de sal e de líquidos, utilização de medicamentos com prescrição e em alguns casos, pode ser realizada a intervenção cirúrgica com ponte de safena ou implante de desfibrilador ou marca-passo. Mediante os dados do histórico da paciente e as visitas rotineiras o grupo traçou através dos achados de enfermagem os seguintes diagnósticos de enfermagem: Padrão respiratório ineficaz relacionado a dispneia; risco de úlcera por pressão relacionada a edema, atrito em superfície e doença vascular; risco de volume de líquido excessivo evidenciado por anasarca e fadiga relacionada à privação de sono e condição fisiológica evidenciada por sonolência e cansaço. Baseado nos diagnósticos elaboramos estratégias que promovessem mais conforto a paciente, atuando no alivio da dor e demais desconfortos focando nos riscos para o agravo do quadro como cuidados com a pele; orientando a paciente e os familiares a utilizarem hidratante; ausculta de sons respiratórios, monitoramento a ocorrência de inquietação e ansiedade, controle hídrico, mudança de decúbito para prevenção de lesão por pressão, motivação a deambulação mesmo com ajuda e sinalização da necessidade de oxigenoterapia. Considerações finais: A insuficiência cardíaca requer tratamento especial dependendo da gravidade, onde a enfermagem deve proporcionar cuidados e orientações para promover conforto e prevenir que o quadro clínico não evolua de maneira negativa. A experiência no campo de prática nos acrescentou com relação a essa patologia, até então não presenciada por nós. Obtivemos a oportunidade de observar de maneira mais detalhada os sinais e sintomas da insuficiência cardíaca e como ela interfere no bem estar do paciente. Foi possível visualizar mais de perto a debilidade causada pela patologia, fomentando a relevância das ações de enfermagem para promoção do conforto para o paciente, uma vez que até mesmo em uma breve conversa é perceptível que o paciente se sinta mais acalentado. A experiência nos foi oportuna durante o estágio supervisionado, pois permitiu presenciar a realidade de uma paciente com insuficiência cardíaca, tornando os sinais e sintomas da doença mais compreensíveis e perceptíveis para nós discentes. Para mais, esperamos estar preparados futuramente para solucionar e promover cuidados viáveis aos pacientes, realizando estratégias que lhes tragam o maior conforto, e assim nos tornando profissionais mais humanizados, por meio das experiências vividas hoje, para com as experiências que estão por vir, consequentemente solucioná-las com maior segurança e excelência.

8519 QUALIDADE DE VIDA DOS ADOLESCENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: CONTRIBUIÇÕES PARA A ENFERMAGEM.
Mayara da Silva Bazílio, Raquel Barrientos de Oliveira Costa, Inez Silva de Almeida, Andreia Jorge da Costa, Ariana de Sousa Chami, Karine do Espirito Santo Machado

QUALIDADE DE VIDA DOS ADOLESCENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: CONTRIBUIÇÕES PARA A ENFERMAGEM.

Autores: Mayara da Silva Bazílio, Raquel Barrientos de Oliveira Costa, Inez Silva de Almeida, Andreia Jorge da Costa, Ariana de Sousa Chami, Karine do Espirito Santo Machado

Apresentação: O presente estudo tem como objeto de pesquisa a qualidade de vida dos adolescentes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). Esta afecção crônica de saúde é uma doença rara inflamatória, que incide principalmente em mulheres jovens, caracterizada por períodos de remissão e exacerbação. O lúpus é uma patologia rara que pode, ainda, atingir vários órgãos e causar dano tecidual. As manifestações mais comuns são: eritema malar, emagrecimento, inapetência, febre baixa, fadiga e adinamia. Por ser uma doença caracterizada por momentos de remissão e exacerbação  dos sintomas, o apoio social recebido por seus familiares e pelos profissionais enfermeiros pode interferir no modo como o adolescente encara seu processo de adoecer. Nesse momento, o apoio oferecido pela equipe de saúde é de suma importância, principalmente no que se refere à enfermagem que disponibiliza em seu tempo a escuta atentiva e o acolhimento da pessoa, auxiliando na elaboração dos significados atribuídos ao processo saúde-doença, na adesão terapêutica e em sua qualidade de vida. A hipótese dessa pesquisa é que os adolescentes portadores de LES apresentam baixa qualidade de vida devido à doença crônica. O termo qualidade de vida corresponde ao nível que a pessoa percebe perante a sua posição na vida. Como objetivos, essa investigação científica buscará identificar o perfil dos adolescentes com LES e avaliar a qualidade de vida desses adolescentes. Método: Trata-se de um estudo descritivo-exploratório, com abordagem quantitativa. A fase de coleta de dados teve início em novembro de 2019. Foram convidados a participar, os jovens na faixa etária de 12 a 18 anos, tendo como cenário um ambulatório de atenção secundária. O instrumento de pesquisa é o questionário KIDSCREEN-52. Os dados foram tabulados e analisados conforme estatística descritiva simples, frequência relativa e absoluta através de planilha do Microsoft Excel. Resultado: A pesquisa identificou que a qualidade de vida dos adolescentes portadores de lúpus baseada nos critérios do instrumento KIDSCREEN-52 indicaram que as dimensões: saúde e atividade física, bem-estar psicológico, estado de humor geral e autopercepção estão relacionadas diretamente ao vínculo com os familiares e profissionais de saúde que os atendem bem como da adesão terapêutica e medicamentosa. Já o tempo livre, autonomia, família, amigos, aprendizagem, questões econômicas e provocação (bullying) vão depender do estágio e evolução da doença do número de recidivas e internações por conta do quadro clínico. Considerações finais: Através deste estudo pode-se verificar a efetividade do instrumento KIDSCREEN-52 como importante ferramenta em nível de investigação científica a fim de avaliar a qualidade de vida dos adolescentes que convivem com lúpus. É pertinente considerar que a promoção da qualidade de vida é fator essencial e decorre fundamentalmente da prevenção de agravos causados pela patologia. A mudança do estilo de vida, a interação do indivíduo com o seu contexto e o respeito a unicidade do adolescente vão resultar em melhoria na qualidade de vida e consequentemente melhoria da saúde.

8005 UMA PROPOSTA DE (RE)ESTRUTURAÇÃO DAS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Marcelo Melo Silva, Ramony Zanotti de Assis Pereira, Daniele Knopp Ribeiro, Denise Barbosa de Castro Friedrich, Geovana Brandão Santana Almeida, Donizete Vago Daher

UMA PROPOSTA DE (RE)ESTRUTURAÇÃO DAS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores: Marcelo Melo Silva, Ramony Zanotti de Assis Pereira, Daniele Knopp Ribeiro, Denise Barbosa de Castro Friedrich, Geovana Brandão Santana Almeida, Donizete Vago Daher

Apresentação: Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) ocorreu um fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS), que é uma estratégia de organização dos serviços de saúde, devendo ser a principal porta de acesso dos usuários ao sistema. A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) indica a ampliação do papel do enfermeiro para uma qualificação da APS, considerando esse profissional como chave para a obtenção de acesso e cobertura universal de saúde, uma vez que quando possuem habilidades e conhecimentos científicos, qualificam a promoção da saúde e a prevenção e controle de doenças. Logo, a atuação do enfermeiro na APS deve ser constituída por um modelo assistencial que visa o cuidado em sua integralidade. Esse trabalho tem o objetivo de revisar e qualificar as práticas de enfermagem na APS do município de Juiz de Fora, no Estado de Minas Gerais. A população será constituída por gestores locais, enfermeiros e técnicos de enfermagem das unidades de Estratégias de Saúde da Família. A metodologia segue a Abordagem da Pesquisa Ação Participativa em Saúde (PaPS) que é considerada um meio de alcance de transformação positiva na sociedade em relação a saúde das pessoas, auxiliando em como são concebidas as políticas públicas de saúde. Serão utilizadas diferentes técnicas de coleta de dados a partir do levantamento dos diagnósticos: social; epidemiológico; comportamental e ambiental; educacional e organizacional; político e administrativo. A partir da construção coletiva da (re)estruturação das práticas espera-se os seguintes Resultado: para os profissionais uma instrumentalização e atualização das práticas de enfermagem propiciando otimização e prazer no trabalho; para os usuários uma melhoria da qualidade da assistência e para os serviços uma otimização com práticas mais dinâmicas e resolutivas. Com isso, espera-se que a reestruturação das práticas assistenciais na APS seja considerada uma estratégia facilitadora e estimuladora do processo de inovação, amplie intervenções, proporcione um novo modo de pensar e agir, bem como permita novas possibilidades de ações assistenciais, centradas na educação, promoção e proteção da saúde. 

8575 PAPEL DO ENFERMEIRO NO DIAGNÓSTICO E NO TRATAMENTO DA SEPSE EM AMBIENTE INTENSIVO: REVISÃO INTEGRATIVA
Natália da Costa Prazeres, Carla Elizabete Morais Costa, Maria Gisele Sousa de Sousa, Christiane do Socorro Sousa Assumpção, Joyce Souza Lima, Vitória Nascimento Marques da Luz, Alessandra Maria de Melo Cardoso, Jéssica Figueira Anjos Barros

PAPEL DO ENFERMEIRO NO DIAGNÓSTICO E NO TRATAMENTO DA SEPSE EM AMBIENTE INTENSIVO: REVISÃO INTEGRATIVA

Autores: Natália da Costa Prazeres, Carla Elizabete Morais Costa, Maria Gisele Sousa de Sousa, Christiane do Socorro Sousa Assumpção, Joyce Souza Lima, Vitória Nascimento Marques da Luz, Alessandra Maria de Melo Cardoso, Jéssica Figueira Anjos Barros

Apresentação: A sepse, o choque séptico e a disfunção de múltiplos órgãos são os principais agravos que acometem pacientes sob cuidados intensivos, sendo que essas complicações são as maiores causas de morte no ambiente de terapia intensiva. Diante de todas essas complicações, a sepse apresenta a maior mortalidade e chega a 65% dos casos de óbitos no país. Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da sepse, tem-se o tempo prolongado de internação, presença de doenças neurodegenerativas como o diabetes e a hipertensão, assim como as neoplasias, a multirresistência aos antibióticos e a idade acima de 65 anos. Objetivo: Analisar na literatura atual o papel do enfermeiro no diagnóstico e no tratamento da sepse em pacientes internados em unidades intensivas. Método: Estudo de revisão integrativa a partir dos estudos publicados nas bases de dados Internet of Science, LILACS e SciELO, entre os anos de 2014 a 2019. A busca seguiu os seis passos para a elaboração de uma revisão integrativa, ao fim da busca foram selecionados sete estudos completos. Os critérios de inclusão foram estudos completos, publicados em português, inglês e espanhol e que abordavam a temática em questão. Quanto aos critérios de exclusão, foram apostilas, cartas, editoriais, revisões, estudo/relato de caso, dissertações, teses, livros e documentos. Ademais, a fim de garantir melhor compreensão dos resultados, criou-se duas categorias empíricas: Conhecimento do enfermeiro acerca dos aspectos que estão presentes no paciente com sepse; Práticas e atitudes do enfermeiro frente ao paciente séptico. Resultado: Os resultados apontam que os enfermeiros possuem dificuldades para identificar e para tratar, de forma precoce, as alterações sistêmicas causadas pela sepse grave, sendo que essas alterações são hemodinâmicas, neurológicas, respiratórias, renais e nutricionais, ou seja, é imprescindível que o enfermeiro seja capaz de identificar e de intervir de forma rápida e eficiente no controle e no tratamento do paciente séptico. Ademais, os estudos analisados identificaram que essas dificuldades estão relacionadas a falta de treinamento e de protocolos estabelecidos pelas instituições com o objetivo de educar e treinar a equipe de saúde a respeito dos sinais e sintomas, tratamento e diagnóstico da sepse no ambiente intensivo. Considerações finais: Os resultados identificam lacunas importantes no conhecimento e na prática de enfermeiros intensivista acerca do manejo correto do paciente com sepse. Portanto, medidas educativas devem ser realizadas, a fim melhorar a acurácia dos profissionais que lindam diariamente com pacientes intensivos e com sepse.

9075 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: POPULAÇÕES RIBEIRINHAS
Maria Adriana Moreira, Thayana Oliveira Miranda, Fabiana Mânica

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: POPULAÇÕES RIBEIRINHAS

Autores: Maria Adriana Moreira, Thayana Oliveira Miranda, Fabiana Mânica

Apresentação: O presente trabalho propõe a descrição do processo de cuidados de enfermagem para a população ribeirinha em Tefé (AM). A região Amazônica, especialmente nas comunidades ribeirinhas, apresenta muitos desafios para promover a saúde e efetivar as políticas públicas, devido às características geográficas, culturais e sociais. No Brasil, para se atingir a universalidade da assistência e o cumprimento do direito à saúde, existem inúmeras dificuldades, como a falta de profissionais da saúde, as precárias condições de saneamento, as longas distâncias, as dificuldades de transporte e a comunicação. Na perspectiva de superar esses desafios de promover acesso à saúde na Amazônia brasileira, especialmente nos locais de difícil acesso, a Política Nacional de Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (SUS) tem trabalhado com a implantação e implementação das equipes de saúde da família ribeirinha (eSFR) e equipes de saúde fluviais ampliadas (eSFF). Desenvolvimento: No Município de Tefé (AM), desde a implantação da política, as equipes de enfermagem no cenário ribeirinho vêm se ampliando devido à importância desses profissionais na efetivação das ações de prevenção, promoção, cuidado e reabilitação da saúde. No ano de 2017 o município contava com 04 equipes de saúde da família ribeirinhas, com uma equipe formada por 04 enfermeiros e 04 técnicos de enfermagem, com serviços de saúde e cuidado em barcos de apoio para realizar viagens às comunidades. A eSFR prestava assistência em embarcações fretadas, seu objetivo era o transporte da equipe até as comunidades. Esses “barcos da saúde”, como eram chamados, faziam o transporte da equipe esporadicamente e o atendimento à população acontecia em espaços comunitários improvisados, como: igrejas, escolas, centros sociais. Essa logística de acesso e as especificidades do território somadas ao número pequeno de equipes saúde da família para cobrir as 131 comunidades com mais de 11 mil pessoas era um desafio para a gestão e para os profissionais. Como consequência, as famílias tinham ações de saúde pontuais, modelo campanhista com ações específicas, havia certa demora na entrada das equipes até as comunidades. Além do mais, nos atendimentos médicos e de enfermagem não havia privacidade no momento da consulta. Mulheres e profissionais não dispunham de espaço adequado para coleta de preventivo, ou então, na consulta e realização de procedimentos odontológicos não havia disponibilidade de equipamentos adequados para realização dos procedimentos, não se dispunha de laboratório e, a equipe e tripulação não possuíam acomodações adequadas para pernoite na embarcação. Resultado: Desde o ano de 2018 vem se ampliando o acesso a saúde para os povos ribeirinhos e da floresta, por uma gestão comprometida com métodos inovadores preconizados pela política nacional de atenção básica com equipes ampliadas de saúde ribeirinha e fluvial, com a Unidade Básica de Saúde Fluvial “Vila de Ega” e pontos de apoio e a sistematização do cuidado através da educação permanente em saúde, pulsante no processo de trabalho das equipes. No ano de 2020 estamos com 100 % da cobertura das populações ribeirinhas pelas 05 equipes ampliadas, fazendo saúde às margens dos rios, lagos e igarapés, contando com assistência de enfermagem integral, com 10 enfermeiros e 56 técnicos de enfermagem como parte integrante de uma equipe de saúde ampliada, e 73 agentes comunitários de saúde (ACS). Entende-se que a prática de enfermagem é essencial para promoção de saúde dentro das equipes ribeirinhas, as equipes são lideradas e coordenadas por enfermeiros que fazem papel de coordenador da gestão do cuidado. O enfermeiro é responsável pela equipe como um todo, planeja junto à equipe as ações, programa junto aos técnicos a assistência e acompanha os agentes comunitários de saúde que vivem o cotidiano das comunidades e promovem saúde na comunidade. Desenvolver saúde no território líquido não é uma escolha e sim um direito para uma necessidade de garantia ao acesso aos serviços de saúde. Esta população é sensível às dificuldades, possuem características próprias, e a assistência de enfermagem é eixo norteador da promoção à saúde nos diversos ciclos de vida, na prevenção de agravos e na reabilitação da saúde. A enfermagem faz saúde em qualquer espaço, porém, ofertar essas ações e serviços com boa estrutura como na Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF), levando o acesso na porta do usuário na comunidade, sem dúvidas aumenta e proporciona o cuidado integral com dignidade baseados nas necessidades humanas básicas. Além do mais, cumpre o princípio do acesso universal à saúde para todos, preconizado na Constituição Federal Brasileira. Pode-se ilustrar uma ação do cuidado a saúde ribeirinha que melhorou muito com atenção do enfermeiro é a oferta do exame de rastreamento para o câncer do colo do útero. Hoje com a equipe ribeirinha e com o profissional enfermeiro capacitado num ambiente que proporcione a oferta do serviço com respeito às necessidades, como privacidade, que facilita o acesso. Outra ação que podemos demonstrar é a homogeneização da cobertura vacinal que vem sendo alcançada nos territórios líquidos. No ano de 2017, a cobertura vacinal era defasada, os indicadores não eram alcançados, com investimento da gestação com ampliação das equipes ribeirinhas, implantação dos pontos de apoio e o monitoramento do enfermeiro nos territórios, os indicadores começaram apresentar resultados significantes, hoje conseguimos atingir 100 % dos indicadores, além de garantir a prevenção dos agravos imunopreviníveis. O reflexo de investir em tecnologias e comprometimento do fazer saúde por meio da equipe de enfermagem é demonstrado nos números de consultas e acompanhamentos que aumentaram de forma significante, o número de consultas de enfermagem era muito pequeno, média de 100 atendimentos, hoje com ampliação das equipes e com garantia de recursos humanos e insumos, o número de consultas de enfermagem no mês passou de 150 para uma média de 1.322 no mês, nos programas como: saúde da mulher, com rastreamento de câncer de colo do útero, assistência ao pré-natal e planejamento familiar, assistencial e acompanhamento integral à saúde da criança por meio da puericultura, implantação e monitoramento in loco do programa Primeira Infância Ribeirinha (PIR). Uma tecnologia social importantíssima para o acompanhamento do desenvolvimento voltada à primeira infância, hoje acompanhamos 10.101 crianças cadastradas no PIR, destas 30% estão na área ribeirinha. Assistência à saúde do idoso com promoção do autocuidado no seu modo de vida, acompanhamento dos doentes crônicos, ampliação da cobertura vacinal e monitoramento do processo de trabalho do ACS na comunidade, onde em 2017 tínhamos 508 indivíduos cadastrados, hoje na base de dados do E-SUS temos 11.365 indivíduos cadastrados, com cobertura de 100 % das famílias ribeirinhas, onde se destaca que o papel do enfermeiro na ampliação dos serviços é relevante. Considerações finais: Para além de ofertar os serviços de saúde, na perspectiva de garantir a organização e o monitoramento das ações, bem como atingir os resultados esperados é necessário um instrumento que contribua na gestão dos indicadores. Assim, foi pensado por uma equipe de gestão compartilhada, em um caderno de monitoramento dos indicadores de saúde. Trata-se de uma ferramenta de gestão que proporciona um olhar amplo dos programas, que viabiliza a transformação dos dados em informações passíveis de estratégias pensadas no coletivo, que direciona o processo de trabalho, principalmente do enfermeiro, que desenvolve o papel de gestor do cuidado. Além da auto avaliação das equipes, visando um cuidado direcionado ao perfil dos usuários. 

9095 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM CRISE ASMÁTICA GRAVE EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO 24 HORAS
TAINAN FABRICIO DA SILVA, PAULA ANDREZA VIANA LIMA, RAFAELA BARROS DOS SANTOS, MARTA LENISE DO PRADO, NICOLE CRISTINA C. DA SILVA, ADRIANA PATRICIA BRELAZ L. GOMES, MARIANA PAULA DA SILVA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM CRISE ASMÁTICA GRAVE EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO 24 HORAS

Autores: TAINAN FABRICIO DA SILVA, PAULA ANDREZA VIANA LIMA, RAFAELA BARROS DOS SANTOS, MARTA LENISE DO PRADO, NICOLE CRISTINA C. DA SILVA, ADRIANA PATRICIA BRELAZ L. GOMES, MARIANA PAULA DA SILVA

Apresentação: A UPA 24h é uma Unidade de Pronto Atendimento e, como sugere o próprio nome, funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. É um dos componentes da Política Nacional de Atenção às Urgências e uma das prioridades do Ministério da Saúde na tentativa de imprimir resolutividade na atenção às urgências, bem como diminuir a superlotação das portas de emergências dos grandes hospitais. A Unidade de Pronto Atendimento possui o objetivo de garantir o acolhimento aos pacientes, intervir em sua condição clínica e contrarreferenciá-los para os demais pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde, para os serviços da Atenção Básica ou especializada ou para internação hospitalar, proporcionando a continuidade do tratamento com impacto positivo no quadro de saúde individual e coletivo da população Na Unidade de Pronto Atendimento 24 horas, os pacientes são acolhidos e atendidos com agilidade e resolutividade. A equipe de enfermagem está inserida nesse serviço, fazendo parte da equipe que acolhe, assiste e participa do processo de referência e contrarreferência dos pacientes. Dos casos atendidos por esse serviço de urgência e emergência temos os pacientes acometidos por asma grave, no qual as crianças menores de 10 anos são as principais acometidas por essa patologia. A asma é definida pelo II Consenso Brasileiro no Manejo da Asma como uma doença crônica das vias aéreas caraterizada por obstrução ao fluxo aéreo reversível espontaneamente ou com tratamento e/ou aumento da reatividade das vias aéreas a uma variedade de estímulos, onde há episódios recidivantes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite. Caracteriza-se como uma emergência em saúde, principalmente em crianças, onde é necessária uma abordagem rápida, eficaz, assertiva e resoluta, principalmente pela equipe de enfermagem, no qual realiza o primeiro atendimento a esse usuário. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido pela equipe de enfermagem de uma Unidade de Pronto Atendimento 24 horas da cidade de Manaus, Estado do Amazonas, a partir de um caso atendido e vivenciado na instituição de saúde, relacionado à crise asmática grave em uma criança do sexo masculino. O atendimento foi realizado na unidade pela equipe de enfermagem, durante o plantão noturno, no segundo semestre de 2019. A criança deu entrada na sala de emergência da unidade, nos braços de seu genitor, apresentando dispnéia intensa, tiragem intercostal, batimento de asa de nariz e com os primeiros sinais de cianose periférica. Ao ser monitorizado pela equipe de enfermagem, verificou-se que a criança possuía uma saturação de oxigênio de 89%. Enquanto a equipe médica pediátrica era acionada, a equipe de enfermagem presente na sala de emergência realizou acesso venoso periférico na criança, além de colocá-la em oxigênio por meio de máscara não reinalante, numa vasão de 03 litros por minuto. Após a avaliação médica, realizou-se 03 fases de inalação contendo 05 ml de soro fisiológico 0,9% e 0,5 ml de adrenalina, sendo que as fases foram feitas uma seguida da outra, sem intervalo de tempo. Realizou-se também a administração de metilprednisolona 1 a 2 mg/kg. Enquanto isso, era realizado juntamente com o genitor da criança o histórico de saúde da mesma, com o intuito de saber alergias, frequência de crises e tratamento realizado anteriormente. Após a primeira hora de atendimento, realizando os cuidados necessários, a criança começou a apresentar uma leve melhora no quadro, com uma saturação de oxigênio de 92%. Após essa primeira hora, as nebulizações com soro fisiológico, brometo de ipratrópio e bromidrato de fenoterol começaram a ficar espaçadas, com intervalo de 20 minutos entre uma e outra, além de continuar com a monitorização contínua. Importante salientar que a equipe de enfermagem permitiu que o genitor ficasse ao lado do filho, o que gera certa segurança na criança, além de acalmar a criança com atividades lúdicas permitindo que a criança utilizasse brinquedos no leito enquanto realizava o tratamento. Após a segunda hora de atendimento, a criança apresentou melhora clínica, saturando 98% em ar ambiente e recebeu alta hospitalar. Nessa hora, o profissional enfermeiro elaborou o plano de alta juntamente com o pediatra plantonista e apresentou e explicou os cuidados necessários a serem realizados em domicilio pelos cuidadores do pequeno usuário, cuidados como: uso correto das medicações e dose; o aparecimento de pequenos efeitos colaterais; observação dos sintomas da crise, como chiado no peito, dificuldade em falar ou respirar e cianose de lábios e unhas e se atentar a fatores agravantes da crise. Resultado: Sabendo-se que a asma não é uma doença de causa única, o conhecimento dos fatores desencadeantes e/ou agravantes a ela relacionados permitirá que medidas eficazes de controle possam ser instituídas, e, em associação ao tratamento farmacológico adequado, se ofereçam melhores controle da doença e qualidade de vida a esses pacientes. A asma é uma doença crônica, mas o seu comportamento altera de pessoa para pessoa, e esta, causa impactos diferentes no individuo, sociedade e família. Embora ainda não tenha cura, o tratamento adequado proporciona um bom controle dos sintomas da doença. Ainda que haja as crises mais graves, é imprescindível uma abordagem profissional capacitada e empoderada para oferecer um atendimento precoce e eficaz. É importante também a educação do paciente asmático para evitar ou reduzir as crises, bem como propicie uma boa adesão à terapêutica. Na educação do doente asmático é essencial que toda a equipe de saúde esteja envolvida e devidamente esclarecida, atualizada, treinada, e motivada para que haja uma boa comunicação entre usuário e serviço. Quanto melhor for a qualidade do que quer se passar e o modo simples e perceptível de sua transmissão, maior será a receptividade e motivação para uma adesão aos comportamentos pretendidos e posterior controle da doença. Considerações finais: O atendimento de urgência ao paciente com crise asmática grave deve seguir um protocolo padronizado. Entretanto, as peculiaridades de cada paciente devem ser observadas, individualizando-se seu tratamento. Com o atendimento desse caso vivenciado em uma unidade de pronto atendimento pela equipe de enfermagem observou-se que uma abordagem adequada por parte dos profissionais influencia diretamente no bom desfecho desse atendimento. Uma vez que, minimiza agravos à criança e diminui o tempo de internação dela em uma unidade hospitalar.

9708 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTE DIAGNOSTICADA COM APLASIA MEDULAR
Ágatha Cappella Dias, Mellissa Barreto Oliveira da Silva, Patrícia Claro dos Santos Fuly

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTE DIAGNOSTICADA COM APLASIA MEDULAR

Autores: Ágatha Cappella Dias, Mellissa Barreto Oliveira da Silva, Patrícia Claro dos Santos Fuly

Apresentação: A anemia aplástica (AA) ou aplasia de medula óssea é uma doença rara, caracterizada por pancitopenia moderada a grave no sangue periférico e hipocelularidade acentuada na medula óssea, sendo a mais frequente das síndromes de falência medular. A etiologia precisa da anemia aplásica não é conhecida; no entanto, há a hipótese de que as células T do corpo medeiam um ataque inapropriado contra a medula óssea, resultando em aplasia (ou seja, acentuada redução da hematopoese). Os pacientes diagnosticados com AA apresentam queda dos valores hematimétricos, principalmente dos eritrócitos, neutrófilos e plaquetas; ocorrem manifestações hemorrágicas secundárias à trombocitopenia, como petéquias na pele e sangramento de gengiva, além de sintomas como fadiga, palidez e dispneia. O tratamento de AA varia de acordo com a gravidade da doença e com a idade do paciente. Nos casos moderados, estão indicados somente tratamento de suporte, com transfusões de concentrado de hemácias e plaquetas conforme indicações clínicas, e tratamento com antibióticos em casos de infecção. Se houver necessidade transfusional significativa ou uso frequente de antibióticos, pode-se considerar a indicação de terapia imunossupressora combinada. Já nos casos graves e muito graves, indica-se o transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) alogênico ou terapia imunossupressora combinada. Os medicamentos atualmente utilizados no tratamento imunossupressor de AA são ciclosporina (CSA) combinada com imunoglobulina antitimócito (GAT). Esta abordagem demanda cuidados multiprofissionais especializados e uma abordagem interdisciplinar para o cuidado à essa clientela. Objetivo: Relatar a experiência das acadêmicas de enfermagem na assistência à paciente diagnosticada com aplasia medular e descrever os diagnósticos, intervenções e resultados de enfermagem durante o Ensino Teórico-Prático (ETP). Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, realizada no setor de Hematologia do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), localizado no município de Niterói (RJ), em agosto de 2019. O relato foi baseado na experiência das acadêmicas do 6º período de enfermagem da Universidade Federal Fluminense, durante o curso da  disciplina Enfermagem na Saúde do Adulto e do Idoso I, com a supervisão dos professores no período de assistência. A partir da coleta de dados, como anotações do prontuário, entrevista, exame físico, prescrição médica e exames complementares, foi possível desenvolver um plano assistencial baseado na integração NANDA-NIC-NOC. Resultado: Paciente S. C. S, sexo feminino, 20 anos, foi diagnosticada com anemia aplástica no início de junho de 2019 e admitida no HUAP no dia 26 de agosto de 2019. Na anamnese, relatou episódios de fadiga em atividades habituais. Deambula sem auxílio, entretanto necessita ser monitorada durante as suas atividades porque as suas taxas de hemoglobina, plaquetas e leucócitos estão abaixo dos valores de referência, tendo uma suscetibilidade a infecções e sangramentos. Durante os três dias de acompanhamento, a paciente não apresentou hematomas em nenhum dos membros, embora seja um sintoma comum em pacientes hematológicos. Como não houve um doador compatível para um TCTH, a paciente foi submetida à terapia imunossupressora agressiva com Timoglobulina e Ciclosporina A no dia 28 de agosto, apresentando episódios de náuseas e fraqueza durante a tarde e noite e cefaleia pela manhã do dia 29; efeitos colaterais característicos do tratamento imunossupressor. Diante do quadro, foram selecionados os diagnósticos: Proteção ineficaz relacionada aos distúrbios imunológicos, caracterizada pela alteração de coagulação e fadiga, tendo como resultados esperados o controle de riscos, e como intervenções monitorar atentamente sinais de sintomas de sangramento e manter o repouso no leito; Risco de sangramento relacionado com a plaquetopenia, tendo como resultado esperado a coagulação sanguínea, e como intervenção orientar o paciente e familiares sobre os sinais de sangramento e ações apropriadas se ocorrer o sangramento; Risco de infecção relacionado com a diminuição de hemoglobina e leucopenia, tendo como resultados esperados o controle de infecção, e como intervenção monitorar os valores de neutrófilos e sinais de infecção, como febre; Fadiga caracterizada por cansaço, tendo como resultado esperado a conservação de energia, e como intervenção manter repouso no leito. Devido ao início recente do tratamento com imunossupressores e seus efeitos adversos, foram adotados três diagnósticos de prevenção, sendo eles: O efeito adverso de diminuição da saturação de oxigênio pode ocasionar um quadro de Intolerância à atividade caracterizada pela fadiga e relacionada ao desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio, tendo como resultados esperados a melhora da função respiratória e da aptidão aeróbia, e como intervenção monitorar frequência, ritmo, profundidade e esforço das respirações; Os efeitos adversos de hipotensão e mal-estar podem resultar no diagnóstico de Risco de quedas associado à anemia, tendo como resultados esperados o controle da inquietação, e como intervenções pedir ao paciente que se atente à percepção de equilíbrio e identificar as características do ambiente que podem aumentar o potencial de quedas (assoalhos escorregadios); A diminuição do nível de linfócitos T no sangue através da lise e apoptose provocadas pela Timoglobulina e inibição realizada pela Ciclosporina pode ocasionar o diagnóstico de Risco de lesão associado à disfunção imune, tendo como resultados esperados o atendimento às precauções recomendadas e a monitoração dos efeitos secundários do tratamento, e como intervenções determinar riscos à saúde do paciente, escolher índices adequados do paciente para monitoramento contínuo, com base na condição deste e perguntar sobre sinais, sintomas ou problemas recentes. O monitoramento se manteve constante no decorrer das atividades habituais da paciente nos dias de acompanhamento, como ida e volta ao banheiro, durante o banho de aspersão e nas refeições para confirmar a aceitação total dos alimentos oferecidos pelo hospital. Foram realizadas orientações à paciente sobre o repouso no leito devido à pancitopenia comprovada pelos seus exames de sangue, objetivando a prevenção das chances de quedas e síncopes provocadas pelo seu quadro de saúde. A paciente foi orientada sobre o cuidado ao caminhar, evitar movimentos bruscos e durante a escovação dos dentes, com o propósito de prevenir o risco de lesões, porque, em decorrência do quadro de plaquetopenia, há o risco de hemorragia. Os sinais vitais foram monitorados durante os dias de acompanhamento, principalmente a temperatura, pois a paciente se encontra em situação de suscetibilidade a infecções, devido ao baixo nível de leucócitos e ao tratamento com imunossupressores. Resultado: A aplasia medular é uma condição hematológica muito rara que resulta em vulnerabilidades, as quais muitas vezes não são perceptíveis e, sem uma assistência adequada, podem levar o paciente a uma síncope. Portanto, baseado na experiência das acadêmicas de enfermagem, foi observada a importância dos diagnósticos de prevenção, concomitantemente ao início do tratamento imunossupressor, para que haja intervenções preparadas em casos de efeitos severos da terapia medicamentosa. Nesse caso, torna-se essencial que a equipe de enfermagem responsável pelos cuidados de uma paciente diagnosticada com anemia aplástica tenha conhecimento tanto dos sinais imperceptíveis acerca da doença quanto das repercussões do tratamento de imunossupressão, além de outros tratamentos em que o paciente poderá ser submetido.

9982 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO CUIDADO AS PESSOAS PRIVADAS DE LIBERDADE
RAFAELA BRAGA PEREIRA VELOSO

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO CUIDADO AS PESSOAS PRIVADAS DE LIBERDADE

Autores: RAFAELA BRAGA PEREIRA VELOSO

Apresentação: A assistência de enfermagem a pessoas privadas de liberdade é de suma importância para essa população. O desafio que permeia esse contexto é a superação das dificuldades impostas pela própria condição de confinamento, que dificulta o acesso às ações e serviços de saúde de forma integral e efetiva. Com intuito da oferta a saúde integral, o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), instituída pela Portaria Interministerial nº 1, de 2 de janeiro de 2014, com o objetivo de ampliar as ações de saúde do Sistema Único de Saúde para a população privada de liberdade, fazendo com que cada unidade básica de saúde prisional passasse a ser visualizada como ponto de atenção da Rede de Atenção à Saúde. O objetivo deste trabalho foi relatar a experiência de enfermeira na assistência de enfermagem no cuidado as pessoas privadas de liberdade. Desenvolvimento: Relato de experiência de enfermeira na assistência de enfermagem no cuidado as pessoas privadas de liberdade no ano de 2019, em unidade de saúde do sistema penitenciário federal na região centro-oeste do Brasil. Resultado: e Implicações: A assistência de enfermagem em unidade de saúde prisional federal vivenciada ocorre através de realização de consultas de enfermagem, triagem e escuta qualificada, realização de exames admissionais, ações de promoção da saúde e também ações de prevenção de doenças como a oferta de imunização. Nesse contexto também é possível contar com uma equipe multiprofissional composta por: 2 psicólogas, 2 farmacêuticos, 1 odontólogo, 1 auxiliar de consultório dentário e 2 técnicos de enfermagem. Nessa vivência também destacamos a necessidade da parceria diária com os trabalhadores da segurança para que possamos realizar nosso trabalho de forma efetiva e segura. Considerações finais: A assistência de enfermagem a pessoas privadas de liberdade é desafiadora, e consiste sobretudo no direito presente na lei de execução penal que garante o acesso à saúde a esta população. Diante da vulnerabilidade a que esse público está exposto, merece especial atenção no que tange à saúde de modo a evitar a propagação de doenças intra e extramuros.

10021 CONSULTA DE ENFERMAGEM NO CENTRO DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA DO TRAUMA DO ESPORTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Letícia Aparecida Marincolo Domenis, Donizete Vago Daher, Juliane de Macedo Antunes, Maria Fernanda Muniz Ferrari, Hermes Candido de Paula, Barbara Stohler Sabenca de Almeida

CONSULTA DE ENFERMAGEM NO CENTRO DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA DO TRAUMA DO ESPORTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Letícia Aparecida Marincolo Domenis, Donizete Vago Daher, Juliane de Macedo Antunes, Maria Fernanda Muniz Ferrari, Hermes Candido de Paula, Barbara Stohler Sabenca de Almeida

Apresentação: O Centro de Atenção Especializado no Trauma do Esporte (CAETE) foi criado em fevereiro de 2017, no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO-RJ), atendendo atletas e paratletas com lesões musculoesqueléticas. Os usuários são abrangidos particularmente e vinculados à equipe multiprofissional pelas diretrizes da Política de Humanização. O enfermeiro desenvolve atividades singulares junto aos atletas usuários do serviço durante todo tratamento de saúde, através das consultas de enfermagem e visitas assistenciais na enfermaria.  Objetivo: Relatar a experiência da dinâmica das consultas desenvolvidas pelo enfermeiro no CAETE. Método:Trata-se da experiência da atuação diária do enfermeiro durante as consultas de enfermagem realizadas no CAETE desde fevereiro de 2017, quando o serviço foi criado. Resultado: O enfermeiro é responsável por gerenciar o cuidado aos atletas e paratletas, desde o acolhimento, inclusão no CAETE até a alta terapêutica. Desenvolve atividades educativas, assistenciais e administrativas nas fases: pré-internação (primeira consulta, pré-operatório), internação (visitas pré/pós-operatórias) e seguimento ambulatorial (revisão cirúrgica, retorno). Durante as consultas de enfermagem que realiza este profissional trabalha na perspectiva da integralidade, visando atender as necessidades individuais de cada usuário. Na primeira consulta de enfermagem o usuário é acolhido e orientado sobre as condutas iniciais propostas pela equipe multiprofissional e as rotinas de atendimento na instituição. Com a indicação de procedimento cirúrgico o usuário passa por uma consulta de pré-internação, onde é novamente avaliado, orientado sobre os cuidados necessários no período pré-operatório e traçado um plano terapêutico individualizado. Na consulta de pós operatório suas necessidades biopsicossociais são avaliadas, seu curativo é realizado a avaliação de sua ferida operatória, sua analgesia proposta e suas respostas são avaliadas, enquanto é monitorada a repercussão à terapêutica medicamentosa, o uso de compressa fria, o estímulo à mobilidade precoce, a deambulação e avaliação da adaptação às órteses. O enfermeiro ao longo de todos os períodos de atendimento nas consultas ao usuário e seus familiares realiza a estratégia de escuta terapêutica, estabelecendo vínculo entre profissional e usuário, gerando nele um empoderamento para prosseguir seu autocuidado e proposta terapêutica. Considerações finais: As atividades desenvolvidas nas consultas de enfermagem subsidiaram a um benéfico aprendizado sobre o gerenciamento dos cuidados dos usuários submetidos a cirurgia ortopédica. Com a complexidade dos procedimentos cirúrgicos, a especificidade dos cuidados pré e pós-operatórios, o desempenho característico a cada esporte e retorno às competições, é necessária a assistência de enfermagem especializada no manejo da dor e demais atribuições do cuidado, pois o enfermeiro constrói um elo colaborativo, reforçando a anuência ao tratamento.  A atuação com competência técnica, autonomia e foco na integralidade do cuidado e individualidade do usuário, demonstram a essencialidade das consultas de enfermagem durante todo o processo terapêutico.

10245 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO AUTOCUIDADO AO PACIENTE COLOSTOMIZADO
Camila Mendonça de Almeida Senna, Daiana Do Nascimento Pereira, Selma Vaz Vidal

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO AUTOCUIDADO AO PACIENTE COLOSTOMIZADO

Autores: Camila Mendonça de Almeida Senna, Daiana Do Nascimento Pereira, Selma Vaz Vidal

Apresentação: A colostomia é um procedimento cirúrgico o qual realiza a exteriorização do cólon intestinal, para drenagem fecal, a fim de corrigir alterações intestinais. O paciente com colostomia apresenta necessidades humanas básicas alteradas, sendo estas físicas e psicológicas causadas pelo impacto do estoma, modificação da imagem corporal, sentimento de constrangimento e o incômodo causado pelo vazamento das fezes e o mal odor exalado pela bolsa de colostomia que é um desafio para o paciente colostomizado, comportamentos diferentes daqueles que apresentava antes do estoma. Desenvolvimento: O enfermeiro tem um papel fundamental na assistência, orientação e reabilitação, auxiliando o paciente na  adaptação das rotinas diárias, na educação em saúde e na capacitação do indivíduo quanto ao autocuidado e  suas atividades sociais e interpessoais, proporcionando uma melhor qualidade de vida, reduzindo impactos causados perante a sociedade, sua baixa autoestima  devido sua nova experiência de vida. Foi utilizada abordagem qualitativa do tipo descritiva, exploratória utilizando dados da Revista Brasileira de Enfermagem e dados  da Scielo (Scientific Electronic Library). Resultado: Estima-se que cerca de 400 mil pessoas tenham ostomia no Brasil, e que após a colostomia enfrentam a discriminação da sociedade, diminuem as atividades fora do lar devido ao constrangimento de odores e sons proveniente da bolsa de colostomia causando o isolamento. Tais dificuldades enfrentadas por pacientes são descritas na  literatura, além do déficit de instrução dos profissionais da enfermagem quanto a sistematização da assistência ao indivíduo com ostomia, incluindo a orientação dos cuidados necessários tanto ao próprio paciente quanto à sua família, bem como o encaminhamento ao programa de ostomizados, estimulando assim, sua autonomia. Considerações finais: Foi possível analisar por meio deste estudo, a necessidade do paciente colostomizado, e seus sentimentos de medo, vergonha, insegurança que refletem na sua vida, social e pessoal, e enfatizar a relação paciente e profissional de enfermagem, afim de construir um sentimento de confiança para obter um suporte na assistência e orientação ao autocuidado, sendo o enfermeiro um facilitador neste processo.

10757 A IMPORTÂNCIA DA AUTONOMIA DO ENFERMEIRO NEFROLOGISTA NA HEMODIALISE INTRA-HOSPITALAR A BEIRA LEITO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Karine Higino Ferreira, Beatriz de Lima Bessa Ballesteros, Elaine Antunes Cortez, Gabryella Vencionek Barbosa Rodrigues, Elida Gabriela Serra Valença Abrantes, Jessica do Nascimento Rezende, Vanessa Teles Luz Stephan Galvão, Simone Costa da Matta Xavier

A IMPORTÂNCIA DA AUTONOMIA DO ENFERMEIRO NEFROLOGISTA NA HEMODIALISE INTRA-HOSPITALAR A BEIRA LEITO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Karine Higino Ferreira, Beatriz de Lima Bessa Ballesteros, Elaine Antunes Cortez, Gabryella Vencionek Barbosa Rodrigues, Elida Gabriela Serra Valença Abrantes, Jessica do Nascimento Rezende, Vanessa Teles Luz Stephan Galvão, Simone Costa da Matta Xavier

Apresentação: A importância da autonomia do enfermeiro nefrologista na hemodialise intra-hospitalar a beira leito: Relato de ExperiênciaApresentação: A autonomia do profissinal enfermeiro na assistência a beira do leito é um assunto complexo, visto que atuamos em um ambiente que foge de nossa governabilidade, em comparação a assistência em uma clínica de hemodiálise. Contudo, temos que prestar assistência de acordo com os protocolos e rotinas da unidade, levando-se em conta as questões socioculturais, psicossociais e ambientais. O objetivo deste relato é introduzir na prática assistencial a autonomia do enfermeiro nefrologista durante a hemodiálise intra hospitalar.Apresentação: O profissional de enfermagem do serviço de hemodiálise intra-hospitalar costuma ser o que mais participa e atua no tratamento a beira do leito. Uma vez que o médico faz a avaliação diária, é o enfermeiro que atua junto com a equipe técnica nas intercorrências pré, trans e pós hemodiálise, bem como na orientação, capacitação, supervisão e coordenação de equipe, sendo fundamental a comunicação efetiva entre as partes. O enfermeiro diante da escasses de normas e legislação vigentes faz uma dupla jornada em sua atuação tendo que retirar da normas e rotinas da hemodiálise ambulatorial para adequar na intra-hospitalar. Sendo assim, fica claro que sua atuação e autonomia é essencial na qualidade da assistência prestada no serviço de nefrologia a beira do leito. Método Relato de experiência realizado nas unidades hospitalares de hemodiálise intra-hospitalar na beira do leito, fora da unidade de diálise. Resultado: Os profissionais enfermeiros do serviços de hemodiálise a beira do leito em unidades intra-hospitalar devem estar sempre se atualizando para enfrentar os obstáculos diários vivenciados na assistência, uma vez que lidamos com fatores como falta de apoio das instituições, desde de falta de equipamentos internos a falta de depósito adequado para o armazenamento dos equipamentos de acordo com a legislação vigente. Considerações finais: A autonomia do enfermeiro nefrologista, pode trazer uma ação em conjunto com as equipes como a importância da comunicaçao efetiva, mostrando uma perspectiva na transformação das equipes, nos setores e até mesmo para os gestores dentro das unidades, mostrando cada vez mais a importância da relação interpessoal no cuidado prestado ao paciente agudizado.

10868 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM LOBOMICOSE E CARCINOMA ESPINOCELULAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Viviane Albuquerque Farias, Tais dos Passos Sagica, Vanessa de Oliveira Freitas, Jessica Fernanda Galdino, Ana Sofia Resque Gonçalves

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM LOBOMICOSE E CARCINOMA ESPINOCELULAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Viviane Albuquerque Farias, Tais dos Passos Sagica, Vanessa de Oliveira Freitas, Jessica Fernanda Galdino, Ana Sofia Resque Gonçalves

Apresentação: A lobomicose trata-se de uma patologia rara e crônica, causada pelo fungo Lacazia loboi, ainda não cultivado in-vitro, que supostamente refere-se a um saprófito encontrado no solo, vegetação e água1. Este instala-se na pele e tecido celular subcutâneo de humanos e membros da família Delphinidae (golfinhos), sendo caracterizado pelo surgimento de lesões de aspecto majoritariamente queloideano, localizadas, sobretudo, nas extremidades. A doença foi primeiramente descrita em 1930, pelo dermatologista brasileiro Jorge Lobo, em um doente do Vale do Amazonas, por isso esta também é conhecida como Doença ou micose de Jorge Lobo. A predominância dos casos descritos em humanos é restrita as regiões silvestres, com clima quente e úmido e elevada pluviosidade, como a região Amazônica, ocorrendo, todavia, casos isolados em outros locais. Esta é mais incidente em homens com idade de 20 a 45 anos, cujas atividades profissionais envolvam traumatismos repetidos, tais como os agricultores. Visto que, apesar do meio de transmissão ainda ser pouco conhecido, admite-se que se ocorra pela inoculação do fungo através das soluções de continuidade da pele, sendo que, não existem registos de contágio inter-humano. A resposta imune no local da infecção é caracterizada histologicamente pela presença de granulomas pouco organizados constituídos, predominantemente, por histiócitos (CD68), denominados células de Langerhans e células gigantes multinucleadas. As lesões cutâneas são inicialmente imperceptíveis, indolores ou pruriginosas, aumentando ao longo de meses ou anos, alterando não apenas sua dimensão, como a coloração e distribuição. Os fatores que favorecem sua disseminação ainda são desconhecidos, haja vista que, existem pacientes que permanecem por muito tempo com as formas isoladas ou localizadas da infecção, enquanto em outros há disseminação precoce. O diagnóstico deve ser feito a partir do exame direto da lesão cutânea (por escarificação, raspagem ou curetagem), através de exames histopatológicos, reações imunológicas e por meio de alguns exames complementares. A terapêutica varia de acordo com a extensão das lesões, as localizadas, podem ser tratadas com eletrocoagulação, crioterapia ou exérese cirúrgica. No entanto, as recorrências são frequentes. No caso de lesões disseminadas, pode-se utilizar itraconazol e/ou clofazimina com destaque para o fármaco Anfotericina-B. O tratamento clínico ainda pode ser complementado pela excisão cirúrgica seriada de algumas lesões. Não existem registos de mortes associadas à infecção por L. loboi, entretanto em casos raros a Lobomicose pode desencadear o Carcinoma Espinocelular que é um tipo de neoplasia incidente em lesões cutâneas de longa evolução, além de cicatrizes de queimadura e úlceras crônicas de etiologia variada. Todavia, é raro em pacientes com lobomicose. A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma ferramenta primordial que norteia o Processo de Enfermagem, uma vez que, contempla uma gama de ações, que incluem a comunicação, a interação e a articulação das dimensões gerenciais e assistenciais. De modo a contribuir para assegurar a qualidade da assistência, sendo essencial na prestação de cuidados individualizados ao paciente com Lobomicose e Carcinoma Espinocelular. Devido à complexidade do quadro clínico. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada por acadêmicos de Enfermagem da Universidade Federal do Pará, a partir da utilização da Sistematização da Assistência de Enfermagem a um paciente com Lobomicose e Carcinoma Espinocelular, correlacionando esta com a humanização do cuidado prestado. Desenvolvimento: O presente estudo é um relato de experiência vivenciado por acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal do Pará. O local do estudo foi um hospital universitário, referência em doenças infectocontagiosas e parasitárias. O paciente aceitou participar espontaneamente do estudo. Este foi realizado no mês de janeiro de 2018. No qual aplicou-se o Processo de Enfermagem. Inicialmente foi consultado o prontuário do paciente, para identificação do Histórico de Enfermagem, este apresentava as condições de chegada, motivo da internação, tratamento realizado e evolução do quadro clinico. Os dados coletados foram analisados, em seguida os acadêmicos realizaram a aferição dos sinais vitais, ao exame físico o paciente apresentava-se: Consciente, orientado em tempo e espaço, contactuante. Higiene corporal adequada. Deambulando sem dificuldade, em ar ambiente. Referiu sono e repouso preservados. Queixou-se de prurido e dificuldades na micção. SSVV: normotérmico, normocárdico, eupnéico, normotenso. Presença de lesões disseminadas com cicatrização tardia do tipo queloidiana, sobretudo em extremidades. Couro cabeludo íntegro com abaulamentos, olhos simétricos, esclerótica normocorada, conjuntiva hipocorada, mobilidade ocular e acuidade preservadas, cavidade oral com higiene inadequada, língua saborreica, dentição superior e inferior incompletas, mucosa desidratada. Tórax simétrico com MV diminuídos em base direita e esquerda, sem RA; BCNF/2T RR e SS. Abdome escavado, flácido. RHA+, ausência de dor a palpação. MMSS: simétricos, apresenta curativo em terceiro quirodáctilo esquerdo, AVP em MSD limpo e seco externamente. MMII: simétricos, apresenta dreno inserido em região proximal da coxa drenando secreção seropurulenta (300ml), ferida cirúrgica limpa em coxa esquerda decorrente de exérese de lesão queloideana carcinogênica. Referiu evacuações preservadas, espontâneas e ressecadas; eliminações urinárias prejudicadas. Posterior a esta avaliação, foram identificados os Diagnósticos de Enfermagem, e possíveis Intervenções de Enfermagem necessárias, embasados nas abordagens taxonômicas do NANDA (North American Nursing Diagnosis Association) 2015-2017, NIC (Nursing Interventions Classifications) e NOC (Nursing Outcomes Classification). Resultado: Após análise foram identificados os seguintes problemas: desidratação, dano a integridade da pele, higiene oral inadequada, prurido nas lesões, risco de problemas na cicatrização cirúrgica e problemas urinários.  Para estes foram designados os seguintes Diagnósticos de Enfermagem, respectivamente: 1) Volume de Líquido deficiente relacionado à mecanismo regulador comprometido evidenciado por diminuição do turgor da pele e débito urinário. 2) Integridade da pele prejudicada relacionada à agentes lesivos evidenciada por alterações da integridade da pele. 3) Mucosa oral prejudicada relacionada à higiene oral inadequada evidenciada por língua saburrosa. 4) Conforto prejudicado relacionado à sintomas relativos à doença evidenciado por prurido. 5) Risco de recuperação cirúrgica retardada evidenciado por história de atraso em cicatrização de ferida. 6) Eliminação urinária prejudicada relacionada à múltiplas causas evidenciada por retenção urinária. Para cada diagnóstico foram traçadas as seguintes Intervenções de Enfermagem. 1) Orientar o aumento da ingesta hídrica; orientar quanto ao uso de sabonetes líquidos; Indicar Hidratante corporal. 2) Orientar mudança de decúbito; orientar ou posicionar o paciente para um melhor fluxo circulatório; observar e registar sinais e sintomas de infecção. Promover a saúde oral através do fornecimento de orientações detalhadas sobre esta; encorajar o paciente quanto à melhora no autocuidado oral. Aplicar compressas frias nas lesões; orientar sobre prurido; instruir sobre a manutenção de unhas limpas e curtas. 5) Realizar a limpeza diária da ferida operatória; realizar curativo com a medicação tópica adequada conforme prescrição médica; observar e registar presença de sinais e sintomas flogisticos e de infecção. 6) Monitorar débito urinário (quantidade e característica); observar e registrar controle hidroeletrolítico; fornecer líquidos dentro das restrições prescritas. Considerações finais: O paciente demonstrou-se necessitado dos cuidados de Enfermagem em virtude do condicionamento físico e cognição, evidenciando seu grau de vulnerabilidade. Sendo este acometido por uma doença que causa deformações que gera transtornos físicos e psíquicos. A experiência compartilhada demonstrou a importância da SAE, visto que esta possibilita ao enfermeiro garantir uma melhor efetividade quanto às implementações realizadas. Uma vez que, norteia os achados de maneira holística, buscando reestabelecer o equilíbrio homeostático e psicológico, a partir de procedimentos e condutas que visam identificar precocemente as necessidades do paciente hospitalizado. A SAE amplifica também a compreensão dos acadêmicos de enfermagem ao identificar os fatores de saúde-doença, agregando conhecimentos gerais e específicos e evidenciando a importância do cuidado humanizado.

7098 ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL À PESSOA TRANSGÊNERA POR MEIO DA AURICULOTERAPIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Francisca Elaine de Souza França, Diego Sousa Teixeira, Natasha Bruna Soares Barros, Marianne dos Santos Florêncio, Angela Maria Alves e Souza

ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL À PESSOA TRANSGÊNERA POR MEIO DA AURICULOTERAPIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Francisca Elaine de Souza França, Diego Sousa Teixeira, Natasha Bruna Soares Barros, Marianne dos Santos Florêncio, Angela Maria Alves e Souza

Apresentação: Ser transgênero é, algum nível, quebrar a trivial dicotomia de gênero. Assim, sob diferentes perspectivas: biológica, social ou política, o termo carrega fenômenos negativos que orbitam em torno do preconceito às minorias e ao desconhecido. Embora, o processo evolutivo tenha caminhado a favor da integração destas pessoas à sociedade, há ainda violência, discriminação e marginalização dentro da realidade daqueles que se não encontram sinergia com a categoria que os classificaram. Por esta razão, situações de sofrimento psíquico surgem e passam a interferir grandemente o cotidiano deste perfil de ser humano. Então, emerge-se a necessidade de cuidado mental, possível por meio de uma técnica que vêm ganhando espaço no âmbito da saúde: a Auriculoterapia, originada na Medicina Tradicional Chinesa. Objetiva-se relatar a experiência como acadêmicos de Enfermagem no que se refere à abordagem terapêutica com Auriculoterapia diante das demandas psíquicas do indivíduo transgênero. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência. Durante outubro e novembro de 2019, apresentou-se um homem transgênero em um grupo terapêutico realizado em espaço acadêmico público. Este foi convidado a ser cuidado com a técnica da Terapia Auricular, após ser explanado sobre o que consistia, como funcionava, quais os possíveis efeitos adversos, tempo de duração – 4 semanas, no mínimo, com consultas semanais, material utilizado – sementes de mostarda sob adesivo hipoalergênico e cuidados necessários. A abordagem terapêutica foi aceita durante 8 semanas, a cada aplicação os pontos eram adequados à demanda. Resultado: A priori, foi possível notar certa dúvida acerca da abordagem terapêutica, no entanto, ele aceitou as aplicações durante 8 semanas, de forma assídua. Entre os incômodos em sua vida estavam insônia, tristeza, angústia, fadiga, falta de vontade de viver: havia tentado o suicídio há pouco tempo, baixo apetite, redução da autoestima, tensão e dor na região torácica da coluna e no ombro. Em sua maioria, estas questões estavam associadas à incompreensão familiar, desemprego, violência sexual, conflitos amorosos por preconceito, segundo o jovem, devido à condição de transgênero. Diante destes aspectos, foram utilizados os pontos de sono, alegria, antidepressivo, neurastenia, fome, occipital, coluna torácica, articulação do ombro e shenmen. Além de relatar que à medida em que os resultados positivos eram sentidos, o cliente indicava outras pessoas ao consultório. Considerações finais: A experiência proporcionou aos acadêmicos em Enfermagem a oportunidade de aprimorar a ética, o respeito, a humanização do cuidado e empatia além de exercer o principio da integralidade, tornando- se assim profissionais mais preparados a atender aos mais diversos públicos, não reproduzindo a violência e discriminação que a pessoa transgênera enfrenta diariamente por dogmas impostos pela sociedade.

11363 ENFERMAGEM INTERCULTURAL: O CUIDADO EM HEIDEGGER APLICADO A SINGELA ROTINA DO SERTANEJO
Matheus Marques Ferreira, Marcela Pimenta Guimarães Muniz

ENFERMAGEM INTERCULTURAL: O CUIDADO EM HEIDEGGER APLICADO A SINGELA ROTINA DO SERTANEJO

Autores: Matheus Marques Ferreira, Marcela Pimenta Guimarães Muniz

Apresentação: O objetivo deste trabalho é apresentar de forma reflexiva o cuidado integral em saúde ao paciente que vive sob o bioma da Caatinga, apresentando diferenças sócio-bio-culturais entre os sertões do Piauí e Bahia que apontem para diferentes estratégias de cuidar em saúde a partir do real entendimento do ser social e subjetivo no mundo produzindo educação permanente em saúde. A vivência ocorreu nas cidades de Pimenteiras-PI em julho de 2017 e Taboca dos Brejos-BA em fevereiro de 2018. Em um contexto histórico, desde sua concepção em meados de 1854 a Enfermagem, na figura da precursora Florence Nightingale, destaca-se pela integralidade no cuidado ao paciente que é dependente de atenção. Florence nos deixou como legado para a profissão: enxergar o ser humano de forma holística, ou seja, como um ser biopsico-sócio-espiritual que transcende o aspecto físico (Nightingale, 1989). Em um salto histórico, entre as décadas de cinquenta e setenta do século passado, com a inserção da Enfermagem como ciência, surgem as suas Teorias que reforçam a visão holística de cuidado ao ser humano. Cuidado é a totalidade das estruturas ontológicas do “desein” (ser-aí) como ser-no-mundo: em outros termos, compreende todas as possibilidades da existência que estejam vinculadas às coisas e aos outros. Cuidado, portanto, configura uma situação que não se limita apenas a um sentido ôntico, mas também ontológico, ou seja, o cuidado extrapola a vertente teórico/prática e considera o seu ser em plenitude e consonância com a realidade, conforme explica Heidegger, 1927. Aplicar este conceito e visão de cuidado integral em um público que vive sob a eterna incerteza e dependência da natureza, pela atividade de subsistência, do clima semiárido que ocorre, principalmente, na Região Nordeste, com menos de 800mm de precipitação por ano. Somado ao conceito de educação permanente em saúde que é um conjunto de práticas pedagógicas de caráter participativo e emancipatório, que perpassa vários campos de atuação e tem como objetivo sensibilizar, conscientizar e mobilizar para o enfrentamento de situações individuais e coletivas que interferem na qualidade de vida (Ministério da Saúde, 2009), o presente artigo traz a reflexão para o real desafio da atenção integral à saúde do sertanejo pelo fato de este padecer com o clima enfrentando escassez de chuvas e, consequentemente, de água potável há mais de dois anos tendo que adaptar-se a extrema sequidão, viver a cerca de quatro horas do mais próximo posto de saúde sofrendo com a distância e a inviabilidade de locomoção até o centro de saúde, pois não recebem assistência ao transporte, e precisar aprender a ler e interpretar o mundo de sua própria forma, devido ao grande índice de analfabetos e analfabetos funcionais; o que explica, talvez, o abandono político-social. Por fim, o relato evidencia a difícil inserção que o enfermeiro do Centro-Sul possui ao adentrar na cultura e vivência nordestina, pelo fato de, precisar abster-se de sua rotina, paradigmas, conceitos e linguagem objetivando resultados permanentes na população foco do relato.

12027 O ENFERMEIRO COMO PROTAGONISTA NO TRATAMENTO DE LESÕES POR PRESSÃO: ESTUDO DE CASO
Michele da Silva, Catia Pereira de Souza Silva, Clarissa Eudoxio da Silva de Araújo, Leila Massaroni, Maria Edla de Oliveira Bringuente, Thiago Nascimento do Prado, Walckiria Garcia Romero Sipolatti

O ENFERMEIRO COMO PROTAGONISTA NO TRATAMENTO DE LESÕES POR PRESSÃO: ESTUDO DE CASO

Autores: Michele da Silva, Catia Pereira de Souza Silva, Clarissa Eudoxio da Silva de Araújo, Leila Massaroni, Maria Edla de Oliveira Bringuente, Thiago Nascimento do Prado, Walckiria Garcia Romero Sipolatti

Apresentação: A lesão por pressão é definida como dano ou alteração na pele e tecidos moles, resultante da pressão contínua e prolongada sobre proeminências ósseas, também pode estar relacionada ao uso de dispositivos e artefatos. Apresenta-se em pele íntegra ou úlcera aberta, podendo ser dolorosa. Decorrem de fatores extrínsecos e intrínsecos como, pressão, fricção, cisalhamento, umidade, idade, doenças crônicas como hipertensão arterial sistêmica ou diabetes, inconsciência, imobilidade, perda de sensibilidade, perda de função motora, incontinência urinária ou fecal, temperatura corporal elevada, uso de alguns medicamentos, edema, alterações nutricionais e doenças circulatórias podem afetar a tolerância do tecido mole ao cisalhamento e a pressão ocasionando o desenvolvimento de lesão por pressão. As lesões por pressão tem sido motivo de enorme preocupação para os serviços de saúde, pois sua ocorrência, impacta pacientes e familiares, causam danos consideráveis como dor, dificultam a recuperação funcional, aumentam o risco de infecções graves podendo evoluir para sepse e mortalidade. Impactam, também, o próprio sistema de saúde, pois prolonga as internações, aumentando custos e outros agravos evitáveis. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi relatar a importância da atuação do enfermeiro como protagonista no tratamento adequado de lesão por pressão. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo de caso descritivo de natureza qualitativa, desenvolvido num hospital de médio porte localizado na região sudeste do Brasil. Foram coletados dados de um paciente internado no setor de clínica médica, no mês de julho de 2019, com lesão por pressão em região sacral e perineal. Resultado: No 1º dia de internação hospitalar: S. S, 39 anos, sexo masculino, solteiro, possui 02 filhos com idades 17 e 20 anos, reside sozinho, renda mensal de um salário mínimo. Relatou acidente por projétil de arma de fogo há 15 anos, resultando em paraplegia e amputação de membro inferior direito em terço proximal devido quadro de osteomielite. Desenvolveu lesão por pressão há aproximadamente cinco anos e desde então procura atendimento em unidades básicas de saúde, pronto atendimentos e hospitais, no entanto, sem resolutividade e tratamento adequado. Relata ser o responsável pela realização de seu curativo em domicílio devido dificuldade em conseguir transporte até a unidade de saúde de seu município, porém apresenta fragilidades na execução do procedimento já que não possui recursos financeiros para a compra de materiais e produtos adequados. Exame físico: Evolui em bom estado geral, lúcido, normocorado, hidratado, anictérico, acianótico, febril na admissão (38,5 °C), relatou episódios de febre há cerca de uma semana, abdômen plano, flácido, indolor a palpação, eliminações intestinais diárias, apresentando diarreia líquida amarelada, incontinência urinária em uso de fralda, com odor característico, coloração amarelada, em grande quantidade, ausência de edema em membros inferiores e superiores. Presença de lesão por pressão estágio IV em região sacral e perineal, medindo aproximadamente 20x07 centímetros, com 04 cm de profundidade, com bordas irregulares, tecido desvitalizado, presença de esfacelo no leito da lesão e necrose tecidual em borda superior direita, presença de odor fétido, drenando secreção purulenta em quantidade moderada. Na data da admissão, foi avaliado pela comissão de lesões cutâneas do hospital, iniciado antibioticoterapia, realizado debridamento instrumental pelo enfermeiro para remoção da necrose tecidual e curativo com cobertura de placa de alginato de cálcio com prata prescrito e realizado pelo enfermeiro, programada realização de troca da placa do curativo a cada cinco dias. No entanto, devido ao quadro de diarréia apresentada pelo paciente, sempre que evacuava contaminava a lesão com fezes, sendo necessária a troca do curativo. Por esse motivo, foi solicitado parecer da equipe de proctologia, que avaliou e indicou realização de colostomia, sendo então realizada colostomia em flanco direito. Após a realização da colostomia, a troca da placa de curativo foi realizada a cada cinco dias, durante quinze dias, totalizando três trocas de placa consecutivas. Após o uso da placa de alginato de cálcio com prata, houve redução significativa da quantidade de esfacelo e secreção, optando – se assim, pela instalação do curativo com pressão negativa. O paciente fez uso deste curativo durante 20 dias, sendo realizada troca do mesmo, a cada cinco dias, totalizando quatro trocas. Após o período de tratamento, as lesões apresentaram uma evolução com regressão do quadro de forma significativa, do tamanho de aproximadamente 20x07cm, com 04 cm de profundidade, para 10x03 cm e 02 cm de profundidade, remoção completa de esfacelo, ausência de secreção e odor, presença de tecido de granulação em toda superfície da lesão, sendo indicada a realização de procedimento de aproximação completa das bordas e reconstrução cirúrgica da lesão por pressão, procedimento realizado pela equipe de cirurgia plástica, com sucesso. Sete dias após a reconstrução cirúrgica da lesão por pressão, o paciente recebeu alta hospitalar com orientações de cuidados domiciliares voltados para a lesão, sendo recomendada a importância de medidas preventivas para evitar o desenvolvimento de novas lesões e cuidados relacionados ao estoma intestinal de higienização e troca da bolsa. O paciente foi encaminhado para unidade básica de saúde, mediante contato prévio e recomendações a equipe de saúde, uma vez que os cuidados a esse paciente persistem, necessita de acompanhamento e realização de curativo diariamente e cuidados em relação à colostomia. Feito agendamento de retorno ao ambulatório do hospital em quinze dias, para acompanhamento da lesão e avaliação da reversão da colostomia, após completa cicatrização da lesão. Considerações finais: Este estudo de caso demonstrou a importância do enfermeiro como protagonista na avaliação e tomadas de decisões sobre o tratamento adequado aos pacientes portadores de lesões por pressão. É imprescindível que o enfermeiro possua conhecimento e atue com competência e autonomia, realizando atendimento com eficácia e resolutividade, visando atendimento integral que proporcione não apenas a melhora ou cura da lesão, mas também ações que visem à continuidade do tratamento em nível ambulatorial. Além disso, torna-se de grande importância a realização de ações preventivas voltadas para a educação em saúde, que contribuam para uma melhor qualidade de vida, capazes de transformar a realidade do paciente. Por se tratar de lesões de difícil cicatrização, demandantes de cuidado e causadoras de grande impacto na vida do portador, familiares e cuidadores, é importante considerar, não apenas o aspecto biológico, mas também o contexto social e a rede de assistência em saúde em que o paciente esteja inserido, uma vez que além da dificuldade técnica, existem as dificuldades socioeconômicas, de acesso a materiais adequados para realização do curativo e de continuidade do tratamento na rede básica de saúde.