383: Tecnologias do Cuidado às Doenças Não Transmissíveis
Debatedor: Luiz André da Luz Silva Alves
Data: 30/10/2020    Local: Sala 10 - Rodas de Conversa    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
5921 A EFETIVIDADE DA PAPAÍNA EM PÓ EM DIVERSAS CONCENTRAÇÕES NA CICATRIZAÇÃO DE ÚLCERA VENOSA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Ana Paula Silvestre dos Santos Azevedo, Deyse Carvalho do Nascimento, Nadja Maria Queiroz de Albuquerque, Andressa de Souza Tavares, Matheus de Albuquerque Santos, Bruna da Silva Argolo

A EFETIVIDADE DA PAPAÍNA EM PÓ EM DIVERSAS CONCENTRAÇÕES NA CICATRIZAÇÃO DE ÚLCERA VENOSA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Ana Paula Silvestre dos Santos Azevedo, Deyse Carvalho do Nascimento, Nadja Maria Queiroz de Albuquerque, Andressa de Souza Tavares, Matheus de Albuquerque Santos, Bruna da Silva Argolo

Apresentação: Trata-se de um relato de experiência, no qual um grupo de enfermeiros implementaram como conduta o uso da papaína em pó nas concentrações 15%, 10%, 6%, 4% e 2% para o cuidado de uma paciente acometida por uma úlcera venosa. Objetivo: Demonstrar a efetividade da papaína em pó em diversas concentrações na cicatrização da úlcera venosa. Objetivo: Demonstrar a efetividade da papaína em pó em diversas concentrações na cicatrização da úlcera venosa.  Desenvolvimento: A úlcera venosa é uma complicação decorrente da insuficiência venosa, com prevalência de 0,5 a 2% na população mundial, com a sua incidência variando entre 2 e 5 casos novos ao ano, atingindo adultos de todas as idades. Considerada um problema mundial que causa grande prejuízo ao setor de saúde pública devido a sua complexidade e cronicidade.  Atualmente há diversos produtos tópicos utilizados para o tratamento e cicatrização das úlceras venosas, dentre eles existe a papaína, uma enzima extraída do látex do mamão verde (carica papaya). O estudo foi desenvolvido em uma unidade de internação de um hospital universitário localizado no município do Rio de Janeiro. Para o desenvolvimento desse estudo foram respeitados todos os preceitos éticos de pesquisa, com o termo de consentimento livre e esclarecido assinado pela participante do estudo. A participante do estudo é do sexo feminino, 48 anos de idade, admitida na unidade no dia 05/05/19 em pré-operatório de discectomia toraco-lombar-sacra, apresentando úlcera venosa em maléolo medial esquerdo medindo: 6 cm x 6 cm, tecido de esfacelo em todo o leito da lesão, exsudato em média quantidade e bordas maceradas. Resultado: A úlcera venosa foi tratada com papaína em pó que é produzida pela farmácia do hospital onde o estudo foi conduzido. Inicialmente foi implementado como conduta a utilização da papaína 15% com o objetivo de debridamento enzimático, após 10 dias já foi possível a redução da concentração para 10%, com redução gradual do esfacelo e predominância do tecido de granulação a concentração foi reduzida para 6%, depois 4%, até chegar na concentração atual de 2%. Considerações finais: O uso da papaína para o tratamento da úlcera venosa mostrou-se satisfatório uma vez que a concentração da papaína foi diminuída conforme a evolução satisfatória da lesão. Cabe ressaltar que a indicação e preparação da papaína deve ser feita por enfermeiros treinados, como foi feito nesse caso, o que corroborou para o resultado.

5950 PERFIL COMPARATIVO DE PACIENTES E DA ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM DOIS CENTROS DE REFERÊNCIA EM QUEIMADURAS
Isabelle Gadiolli Verzola, Glenda Pereira Lima Oliveira, Gracielle Pampolim

PERFIL COMPARATIVO DE PACIENTES E DA ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM DOIS CENTROS DE REFERÊNCIA EM QUEIMADURAS

Autores: Isabelle Gadiolli Verzola, Glenda Pereira Lima Oliveira, Gracielle Pampolim

Apresentação: Queimaduras são lesões traumáticas que acometem a principal barreira mecânica do corpo, provocando danos metabólicos, e até mesmo evoluindo para infecções e sepse. O cuidado hospitalar é, na grande maioria dos casos, urgente, necessitando de uma equipe multiprofissional centrada na atenção das complicações a curto e longo prazo. A atuação fisioterapêutica se insere na linha de cuidados imediatos, uma vez que ela tende a implementar exercícios e condutas com a finalidade de acelerar a recuperação funcional do paciente. Com isso, esse trabalho objetiva comparar o perfil de pacientes queimados e a atuação da fisioterapia admitidos em Centros de Referência Estadual localizados em Vitória, no Espírito Santo e em Goiânia, em Goiás. Desenvolvimento: Estudo realizado nos centros de referência em Goiânia, o Instituto Nelson Piccolo, responsável pelo Núcleo de Proteção aos Queimados; e do Espírito Santo, o Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, centrado para população adulta da ala de queimados. Foi realizado um estudo transversal com dados de prontuário de 27 pacientes, onde foram extraídas as variáveis: idade, sexo, características do acidente, da lesão, do tratamento e da internação, bem como, aspectos fisioterapêuticos. Trata-se de um estudo observacional, de abordagem quantitativa e que, por incompletude de algumas variáveis independentes nos prontuários, não foi possível alcançar uma amostra mais homogênea. Foi realizada análise descritiva com medidas de frequência e porcentagem das variáveis propostas. Resultado: No tocante ao perfil do Instituto Nelson Piccolo, temos indivíduos na faixa etária entre 20 a 59 anos (73,7%), sexo masculino (68,4%), queimadura de circunstância acidental (89,5%), classificada em 2° grau (57,9%), ocorrida no ambiente domiciliar (73,7%), os pacientes não utilizaram malha compressiva (78,9%) e foram internados na UTI (100%). A análise dos dados do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, contou com uma população adulta jovem (62,5%), sexo feminino (62,5%), queimadura causada acidentalmente (100%), identificada como 2° grau (62,5%), em domicílio (87,5%), os pacientes fizeram uso da malha compressiva (87,5%) e foram internados na enfermaria (62,5%). Em relação à fisioterapia pode-se observar que os pacientes internados no Instituto Nelson Piccolo realizaram a fisioterapia motora (100%) e respiratória (90%), entre elas o posicionamento (73,7%), alongamento (63,2%), cinesioterapia global (73,7), exercícios metabólicos (90%) e padrões ventilatórios (78,9%). No Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, os pacientes também usufruíram da fisioterapia motora (100%) e respiratória (75%), e as condutas mais adotadas foram posicionamento (62,5%), cinesioterapia global (87,5%) e terapia de expansão pulmonar (62,5%). Considerações finais: Percebeu-se uma diferença de gênero entre os hospitais estudados, o que pode ser justificado pelo elevada porcentagem de mulheres que compõem a população capixaba. Outra diferença foi em relação ao uso de malha compressiva, setor de internação e condutas fisioterapêuticas, todavia em ambos os hospitais foram empregadas as técnicas de cinesioterapia e posicionamento funcional. As diferenças encontradas entre os hospitais podem ser resultado dos diversos protocolos existentes para tratamento de pacientes queimados, que variam de local para local. Entendemos que seja importante haver uma uniformização nos protocolos de atendimento, todavia, características locais específicas podem influenciar na diferenciação destes.

6029 DO COMEÇO AO FIM, CAMINHOS QUE SEGUI: ITINERAÇÕES NO CUIDADO PALIATIVO ONCOLÓGICO
DAYSE MARIA DE VASCONCELOS RODRIGUES

DO COMEÇO AO FIM, CAMINHOS QUE SEGUI: ITINERAÇÕES NO CUIDADO PALIATIVO ONCOLÓGICO

Autores: DAYSE MARIA DE VASCONCELOS RODRIGUES

Apresentação: Objetivou-se compreender o itinerário terapêutico dos usuários com câncer, contemplando suspeita diagnóstica, tratamento curativo, transição para cuidado paliativo oncológico. Tratou-se do caminhar na Rede de Atenção à Saúde, demonstrando esforços empreendidos para acessar serviços de saúde e possíveis escolhas efetuadas, a partir de narrativas de vida desses usuários e familiares. Pesquisa qualitativa, utilizado análise temática de conteúdo, para compreender narrativas dos usuários e familiares. Surgindo três categorias (Caminhos pelo cuidado oncológico; Cuidados paliativos: do mito à realidade; Autonomia e Apoio social). Evidenciou-se intensa peregrinação em busca de cuidado, dificuldade de acesso, descaso e sofrimento vivenciados nos serviços de saúde. Verificou-se que o caminhar não seguiu os trajetos previamente definidos pelos gestores do sistema de saúde levando-os a novos itinerários. Além disso, foi identificada a necessidade de estabelecer uma comunicação clara e efetiva com esses sujeitos, esforçando-se na desmistificação do câncer e dos cuidados paliativos. Portanto, devemos olhar essas trajetórias a partir da história de vida e adoecimento, tentando compreender como a rede o absorve, o que pode ser melhorado ou modificado, falando de alguém com câncer sem possibilidade de cura em cuidado paliativo e seus familiares, e como foram capazes de lidar com adoecimento e a finitude. Devendo então, sempre tentar fazer o movimento de aprender a olhar para esses sujeitos de forma a ultrapassar seu corpo adoecido, enxergando-os como pessoas reais, com seus desejos, sentidos, protagonismos, e capacidade de ressignificar a sua própria existência e a sua forma de se perceber e se posicionar perante o mundo.

6060 RELATO DE EXPERIÊNCIA: IMPLANTAÇÃO DE ESTRATÉGIA PREVENTIVA À LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES ACAMADOS
Ingrid da Silva Nogueira

RELATO DE EXPERIÊNCIA: IMPLANTAÇÃO DE ESTRATÉGIA PREVENTIVA À LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES ACAMADOS

Autores: Ingrid da Silva Nogueira

Apresentação: Contextualizando o problema: “Lesão por pressão é um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato.” (Associação Brasileira de Estomaterapia - SOBEST e Associação Brasileira de Enfermagem em Dermatologia- SOBENDE., 2016). O sistema de classificação da lesão por pressão (LPP) é realizado pela NPUAP em Estágio 1, 2, 3, 4, não classificável e tissular profunda. Considerando a Portaria GM/MS nº 529/2013 e a RDC nº 36/2013 que são, respectivamente, a instituição do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) e a instituição das ações para a segurança do paciente em serviços de saúde, é visto a necessidade da implantação de estratégia preventiva à LPP em pacientes acamados. Objetivo: Esse trabalho objetiva mostrar um projeto de implantação de estratégia preventiva à LPP em pacientes acamados no Hospital Maternidade Santa Theresinha em São José do Vale do Rio Preto (RJ) em consenso com a RDC nº 36/2013 Art 3º. Desenvolvimento: Para esse trabalho, a metodologia utilizada foi relato de experiência, iniciado por pesquisa de Leis, Decretos e Resoluções em vigor, juntamente às normas da unidade hospitalar em questão e autorização da direção geral do hospital e da direção do serviço de enfermagem para posterior implantação do projeto no setor da Clínica Médica Feminina e Masculina (CMF e CMM) - totalizando 13 leitos - com mini protocolo de segurança do paciente, com identificação de leito de forma individual e visível a todos, a ser realizado pelo enfermeiro plantonista após a evolução de enfermagem do paciente, onde existe um relógio dividindo cada 02 (duas) horas, com 3 disposições de cores e legenda (Decúbito Lateral Direito; Decúbito Dorsal; Decúbito Lateral Esquerdo) para mudança de decúbito do paciente, proporcionando menor risco de LPP ao mesmo. Resultado: Uma vez que pacientes acamados inspiram cuidados e são mais susceptíveis à lesões, foi implantado um método preventivo à lesão por pressão, que consiste na troca de decúbito do paciente a cada 02 horas indicado no leito, justificado por ser mais eficiente e favorável aos profissionais e pacientes a troca de decúbito do que a troca de um curativo pelo tempo decorrido para a realização de cada um desses. Em dois meses de implantação, já se vê redução expressiva da quantidade de pacientes com LPP.

6171 DESFECHO CLÍNICO DE PACIENTES EM URGÊNCIA DIALÍTICA UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Yury Gomes, Remo Rodrigues Carneiro, Daniela Nantes Boução, Rayssa Maués Santos, Willame Ribeiro Junior

DESFECHO CLÍNICO DE PACIENTES EM URGÊNCIA DIALÍTICA UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Autores: Yury Gomes, Remo Rodrigues Carneiro, Daniela Nantes Boução, Rayssa Maués Santos, Willame Ribeiro Junior

Apresentação: As insuficiências renais, tanto aguda, quanto crônica, tem crescido de forma acentuada no mundo todo e muitos dos pacientes com tal situação patológica necessitam de uma terapia de substituição renal, muitas vezes, de forma urgente, constituindo-se, assim, a chamada urgência dialítica, onde a pessoa necessita de algum mecanismos para a substituição da função dos seus rins. O presente estudo tem como objetivo avaliar qual o desfecho clínico de pacientes em urgência dialítica, os quais acessam a alta complexidade de saúde necessitando de substituição renal de urgência. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura a qual busca a investigação do conhecimento já produzido sobre determinada temática. O presente estudo mostrou que a maioria dos desfechos clínicos que estão em urgência dialítica é o óbito, pessoas do sexo masculino, com média de idade de sessenta anos e portadores de doenças crônicas como diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica, mostrando, também, que há muita dificuldade em se diagnosticar a insuficiência renal em âmbito da atenção básica de saúde, fazendo com que muitos pacientes evoluam rapidamente para a falência renal, pois os sinais e sintomas da doença renal aparecem, somente, basicamente, quando os rins já estão com sua função deteriorada com mais de sessenta por cento. Conclui-se que o desfecho clínico de pacientes em urgência dialítica ainda é um tema de poucos estudos, embora este seja de grande relevância para o serviço de saúde. Saber quais os fatores que levam a emergência de hemodiálise, assim como analisar quais foram seus respectivos desfechos podem dar subsídios para políticas públicas que possam modificar o atual modelo de atenção as doenças renais.

6178 RISCO DE INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO NO PERIOPERATÓRIO DE CIRURGIAS CARDÍACAS
Manuella Reis de Almeida Holovaty, Paula Vanessa Peclat Flores

RISCO DE INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO NO PERIOPERATÓRIO DE CIRURGIAS CARDÍACAS

Autores: Manuella Reis de Almeida Holovaty, Paula Vanessa Peclat Flores

Apresentação: A infecção do Sítio Cirúrgico (ISC) permanece nos dias atuais como um dos principais riscos à segurança dos pacientes nos serviços de saúde do Brasil. De acordo com estudos nacionais a ocorrência das ISC ocupa o terceiro lugar entre as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde, compreendendo de 14% a 16% daquelas encontradas em pacientes hospitalizados. São complicações mais comuns decorrentes do ato cirúrgico, que ocorrem no pós-operatório em cerca de 3 a 20% dos procedimentos, tendo impacto significativo na morbimortalidade do paciente. As ISC são consideradas eventos adversos frequentes, decorrente da assistência à saúde, que pode resultar em dano físico, social e/ou psicológico do indivíduo, sendo uma ameaça à segurança do paciente. A cirurgia constitui um procedimento de risco por si só, devido ao rompimento da barreira epitelial, desencadeando uma série de reações sistêmicas no organismo e facilitando a ocorrência do processo infeccioso. Neste cenário, a cirurgia cardíaca apresenta uma porcentagem significativa, de 3% a 10,4%, para o surgimento da ISC, sendo ainda maior de acordo com os números de fatores de risco presentes. O enfermeiro lida diretamente com a ISC e seus fatores de risco durante todo o período perioperatório buscando em sua assistência elaborar os melhores diagnósticos, intervenções e resultados em busca da prevenção/controle/tratamento desta comorbidade em pacientes cirúrgicos. Nesse contexto, a Associação Norte-Americana de Diagnósticos de Enfermagem- NANDA INTERNACIONAL- 2018-2020 apresenta o principal diagnóstico de enfermagem para Infecção do Sítio Cirúrgico, sendo ele: Risco de Infecção no Sítio Cirúrgico que tem por definição: Suscetibilidade à invasão de organismos patogênicos no sítio cirúrgico que pode comprometer a saúde. Com isso, a identificação dos fatores de risco a partir da literatura, baseados em evidências científicas, visa promover melhor organização do processo de trabalho do enfermeiro para prevenir o quadro através de um protocolo assistencial. O trabalho tem por objetivo geral: desenvolver um protocolo assistencial para a prevenção de Infecção do Sítio cirúrgico em pacientes no perioperatório cirúrgico cardíaco e como objetivos específicos: Identificar fatores de risco para infecção do sítio cirúrgico em pacientes no perioperatório de cirurgias cardíacas; Elaborar protocolo assistencial para prevenção de Infecção de sítio cirúrgico em pacientes no perioperatório cirúrgico cardíaco; Avaliar o protocolo elaborado perante um comitê de experts na área estudada. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo metodológico para uma proposta de intervenção, estruturado em três etapas sequenciais. A pesquisa será realizada no Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), após ter aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. A primeira etapa deste estudo consiste em uma revisão integrativa da literatura para identificação dos principais fatores de risco do pré/trans/pós-operatório para infecção do sítio cirúrgico em pacientes cirúrgicos cardíacos, utilizando como base o método PRISMA. A busca será realizada nas principais bases de dados- PubMed, CINAHL e BVS- incluindo artigos e teses que respondam a pergunta de pesquisa “Quais são os principais fatores de risco perioperatório que o enfermeiro precisa acompanhar para prevenir/reduzir o risco de infecção do sítio cirúrgico em cirurgias cardíacas ?’’. Para seleção dos artigos e teses será utilizada a estratégia PICo que será adaptada a este projeto de pesquisa, sendo classificado como: “P’’ corresponde aos pacientes submetidos à cirurgias cardíacas; “I’’ corresponde aos cuidados de enfermagem; “Co’’ corresponde ao risco de infecção do sítio cirúrgico. Inicialmente os artigos e teses serão analisados por três avaliadores de forma independente, aqueles que respondem a pergunta de pesquisa e/ou apresentam fatores de risco relevantes para pesquisa serão incluídos, os demais excluídos. A segunda etapa deste estudo metodológico aborda a elaboração do protocolo assistencial organizado a partir das evidências encontradas na revisão de literatura, que estruturará o atendimento aos pacientes que serão submetidos a cirurgia cardíaca no Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP),  desde seu pré-operatório até 30 dias pós alta com o emprego do protocolo por meio de consulta telefônica. O protocolo será elaborado na forma de checklist, em etapas sequenciais, com os fatores de risco separados de acordo com os períodos pré, trans e pós-operatório. A terceira etapa deste estudo tem por finalidade a avaliação do protocolo elaborado perante um comitê de experts na área estudada, tendo como base para a seleção dos peritos o critério proposto por Fehring. Para a realização desta fase, será estabelecido os seguintes critérios para a seleção: Enfermeiros que consentirem formalmente sua participação no estudo por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE); Que tiverem experiência prática em Cardiologia; Que tiverem experiência prática em Centro de Controle de Infecção Hospitalar- CCIH; Que alcancem uma pontuação mínima de cinco pontos de acordo com os critérios de Fehring. A avaliação será realizada de forma que ambos os instrumentos possuirão um espaço, a fim de que os peritos possam indicar a melhor proposta que representa os fatores de risco em estudo, seguindo a avaliação dos critérios: Clareza: conteúdo fácil de entender, compreensível, sem deixar dúvidas; Precisão: adequado, útil para pacientes em perioperatório de cirurgia cardíaca; Relevância: importante, pertinente para o uso com pacientes da área proposta pelo estudo. Os critérios destacados serão  pontuados através de uma escala do tipo Likert. Para cada fator de risco a pontuação consistirá em: 1- Discordo totalmente; 2- Discordo Parcialmente; 3- Concordo Parcialmente; e 4- Concordo Plenamente. Ao final de cada item, de ambas as etapas, terá  um espaço de comentário caso o perito julgue pertinente. Resultado: esperados: Presume -se que os fatores de risco encontrados nesta pesquisa possam ser selecionados pelo comitê de experts na área estudada para que o protocolo assistencial elaborado possa estruturar o atendimento dos pacientes cirúrgicos cardíacos em busca do melhor traçado diagnóstico de enfermagem, intervenção e tratamento. Considerações finais: A ISC é uma das mais temidas complicações decorrentes do procedimento cirúrgico, pois se destaca como um episódio grave, de alto custo, associado ao aumento da morbidade e mortalidade assim como a readmissão hospitalar. Tratando-se de pacientes cardíacos a incidência de doenças cardiovasculares que necessitam de intervenção cirúrgica, como doença arterial coronariana, vem crescendo a cada ano. Dentre as ISC decorrente do processo cirúrgico cardíaco a mediastinite representa uma das mais graves provocando uma limitação e grande impacto na vida social dos pacientes que sobrevivem. Na perspectiva do processo perioperatório de um paciente cirúrgico cardíaco, visando a identificação dos fatores de risco endógenos e exógenos pelo enfermeiro durante sua atuação, o uso de protocolos tende a aprimorar a assistência de enfermagem, favorecer o uso de práticas cientificamente sustentadas, minimizar a variabilidade das informações e condutas entre os membros da equipe tornando-se de extrema importância no tratamento, visando melhor recuperação pós-operatória, evitando o surgimento da infecção, seus custos e transtornos assim como a reinternação hospitalar.

6332 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM LESÃO POR PRESSÃO NA REGIÃO SACRAL
Sara Cristina Pimentel Baia, Alice Né Pedrosa, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício, Mirlane da Costa Fróis

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM LESÃO POR PRESSÃO NA REGIÃO SACRAL

Autores: Sara Cristina Pimentel Baia, Alice Né Pedrosa, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício, Mirlane da Costa Fróis

Apresentação: A lesão por pressão é definida por uma área danificada da pele, tecido ou estrutura subjacente, geralmente proeminências ósseas, podendo ser superficial ou profunda. Além disso, possui etiologia isquêmica, ou seja, pode ser causada por pressão, cisalhamento ou fricção, podendo resultar em necrose tecidual. Além do mais, ocorre geralmente em indivíduos que ficam em longos períodos de repouso no leito, que interfere de forma direta na circulação sanguínea, impedindo a boa irrigação dos tecidos na região, sendo as áreas isquiática, sacral, trocânter, e calcânea as mais atingidas. Portanto, o estudo tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem na assistência prestada ao paciente com lesão por pressão na região sacral. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, vivenciado por acadêmicos do curso de graduação em enfermagem da Universidade do Estado do Pará, Campus XII, durante as aulas práticas de clínica cirúrgica, realizadas em um hospital público no município de Santarém – Pará, ocorrido no primeiro semestre de 2019. A análise ocorreu a partir da observação sistemática e dirigida do cliente e a implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), seguindo a taxonomia North American Nursing Diagnosis Association (NANDA-I). Resultado: Paciente, submetido ao procedimento cirúrgico de debridamento de escara sacral, pós-operatório tardio, consciente, orientado temporoespacial, respirando ar ambiente, eupneico, normocárdio, restrito ao leito, queixando-se de dor na região lesionada, insônia e dificuldade para evacuar. Com isso, a partir da anamnese e exame físico, com base nas etapas da SAE, foi possível identificar os seguintes diagnósticos de enfermagem: dor aguda evidenciada pelo relato verbal de dor na região lesionada; distúrbio no padrão do sono evidenciado pela dificuldade para dormir; constipação intestinal evidenciada pela dificuldade para evacuar; mobilidade física prejudicada evidenciada pela lesão na região sacral ser profunda e causar dor;  risco de infecção relacionado à exposição do tecido muscular; integridade da pele prejudicada evidenciada pelo comprometimento do tecido da região sacral; e conforto prejudicado evidenciado pelo relato de dor na região lesionada e alteração no padrão do sono. Ademais, foram realizadas intervenções de enfermagem como mudança de decúbito a cada duas horas, orientação quanto à alimentação e ingesta hídrica, administração de analgésicos prescritos para o alívio da dor, curativo na região lesionada a fim de reduzir o risco de infecção, e adequação do ambiente com o intuito de melhora no padrão do sono. Considerações finais: A experiência vivenciada pelos acadêmicos foi de fundamental importância, uma vez que puderam por em prática seus conhecimentos teórico-práticos, nos cuidados realizados com o paciente, no qual os possibilitou organizar e planejar uma assistência de qualidade, proporcionando o atendimento individualizado, com o intuito de ajudar na recuperação do paciente. Além disso, a experiência vivenciada contribuiu de forma significativa na formação profissional dos acadêmicos, uma vez que estes exercem um pensamento crítico-reflexivo no momento de planejar os cuidados prestados.

6357 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE ACIDENTE OFÍDICO EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE SANTARÉM (PA)
Victória Pereira de Almeida, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE ACIDENTE OFÍDICO EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE SANTARÉM (PA)

Autores: Victória Pereira de Almeida, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

Apresentação: O acidente ofídico ou ofidismo é um quadro de envenenamento decorrente da injeção de peçonha através do aparelho inoculador da serpente. Este representa um sério problema de saúde pública devido sua alta incidência e as elevadas taxas de morbimortalidade significativas que ocasiona na maioria dos países tropicais, o qual pode ocorrer em circunstâncias adversas, mesmo nos centros urbanos. Desse modo, o objetivo do presente trabalho é descrever a experiência da aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem prestada a um paciente com diagnóstico de acidente ofídico em um hospital público no interior do Pará. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, vivenciado em um hospital público do município de SANTARÉM (PA), durante as aulas teórico-práticas da disciplina de Enfermagem Clínica e Cirúrgica, ofertada no Curso de graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Pará- Campus XII, no primeiro semestre de 2019. Para coleta de dados, utilizou-se da observação sistemática e participativa ao cliente durante a aplicação da SAE, seguindo a taxonomia North American Nursing Diagnosis Association. Resultado: Após construção do histórico de enfermagem do paciente, propôs-se os diagnósticos em conformidade a taxonomia de NANDA, traçando o plano de assistência a partir dos seguintes diagnósticos de enfermagem: Retenção urinária evidenciada por oligúria; proteção ineficaz evidenciada por exposição de tecido muscular do membro inferior direito; conforto prejudicado evidenciado por alteração no padrão de sono e relato verbal de dor e desconforto; deambulação prejudicada evidenciada por dificuldade do paciente em movimentar o membro acometido; distúrbio no padrão do sono evidenciado por dificuldade para iniciar o sono a noite e sonolência ao dia; integridade da pele prejudicada evidenciada por alteração em epiderme e derme; nutrição desequilibrada evidenciada por alimentação inadequada e perda de peso; dor aguda evidenciada por relato verbal de dor; hipertermia evidenciada pela curva térmica em prontuário; e risco de infecção relacionada ao tecido muscular exposto. Diante isso, pôde-se traçar intervenções tais como estimulação do reflexo da bexiga aplicando compressas frias sobre o abdome, para ajuda na retenção urinária, bem como fornecimento de cuidado apropriado da pele, para proteção ineficaz, entre outras intervenções voltadas aos demais diagnósticos. Em contrapartida, não foi possível acompanhar o paciente até sua alta, mas no que se refere ao tempo da experiência, este demonstrou uma progressiva melhora, além de relatar satisfação com o atendimento fornecido. Considerações finais: A experiência vivenciada mostrou-se relevante para o processo de aprendizagem prática e teórica, bem como enfatizou a importância do conhecimento do enfermeiro em formação acerca da temática em questão, o qual possibilita organizar e planejar uma assistência de enfermagem com qualidade. Percebe-se que através da SAE, a partir do plano de cuidado individualizado, é possível ter êxito na recuperação do cliente/paciente, visando evitar possíveis complicações e melhorar o padrão de cuidado prestado.

6379 MORBIMORTALIDADE PÓS-OPERATÓRIA CIRURGIA BARIÁTRICA: ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL COMO FATOR DE QUALIDADE ASSISTENCIAL
Alice Damasceno Abreu, Erika Luci Pires de Vasconcelos, Claudia Cristina Dias Granito, Eduardo Felipe Barbosa de Oliveira

MORBIMORTALIDADE PÓS-OPERATÓRIA CIRURGIA BARIÁTRICA: ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL COMO FATOR DE QUALIDADE ASSISTENCIAL

Autores: Alice Damasceno Abreu, Erika Luci Pires de Vasconcelos, Claudia Cristina Dias Granito, Eduardo Felipe Barbosa de Oliveira

Apresentação: A obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo. Com o insucesso de métodos conservadores de tratamento, a cirurgia bariátrica tem se tornado uma valiosa alternativa para auxiliar no emagrecimento, principalmente na obesidade grau II com comorbidades e grau III. Estudos comprovam a sua eficácia no que se refere à redução do peso corporal e melhora de comorbidades provenientes da obesidade. O tratamento inicial para pacientes que sofrem de obesidade deve ser mudanças no estilo de vida, que incluem terapia direcionada e combinada, com foco em mudanças na dieta,  atividade física e mudanças comportamentais. Existem várias diretrizes que descrevem a elegibilidade para cirurgia bariátrica, a maioria semelhante. O Instituto Nacional de Saúde, Federação Internacional de Diabetes, e outros, emitiram declarações de consenso identificando a cirurgia bariátrica como a única opção eficaz comprovada para a sustentável perda e controle do peso, induzindo benéfico resultados clínicos na obesidade grave. Todas as diretrizes enfatizaram uma indicação geral de que todos os candidatos devem ter tentado, e falhado, medidas não cirúrgicas apropriadas para perda de peso. Objetivo: Compreender a complexidade pós- operatória da cirurgia bariátrica, identificando as principais causas de morbimortalidade associadas a mudança de rotina do paciente e apresentar a importância da equipe multidisciplinar no controle dessas questões. Desenvolvimento: Trata-se de uma revisão da literatura a partir de artigos selecionados das bases de dados virtual (BVS), com os descritores: Cirurgia Bariátrica; Cuidados Perioperatórios; Mortalidade; Morbidade. Foram encontrados 15 artigos, de acordo com o objetivo proposto. Resultado: A revisão mostrou que as expectativas e frustrações que envolvem o individuo obeso, e a busca de uma melhor qualidade de vida, acabam por fazer com que ele opte por submeter-se à cirurgia bariátrica. A vida após o procedimento impõe diversos desafios, como a completa readaptação psicossocial e metabólica. Percebeu-se que mesmo com a perda de peso e melhora das comorbidades após a cirurgia bariátrica, indivíduos com obesidade grave apresentaram o suicídio como importante causa de óbito. Problemas de imagem corporal e depressão presentes no pré-operatório que, em geral, melhoram nos primeiros meses de pós-operatório podem readquirir maior gravidade ao longo do tempo e contribuir para maior risco de suicídios. Codireções finais: A cirurgia bariátrica tornou-se cada vez mais frequente sendo considerado um tratamento eficiente no combate à obesidade e suas comorbidades. Contudo, para esta estratégia terapêutica se tornar eficiente exige a atuação interdisciplinar, permeada pelo olhar integrado e sincronizado de profissionais éticos e qualificados para o período pré, trans e pós-operatório. A cirurgia pode ser vista como uma oportunidade para melhorar a vida do indivíduo obeso, contudo é necessário deixar evidente que é uma alternativa que exigirá, por um longo período de tempo, muito empenho da pessoa em questão, desde o acompanhamento médico periódico bem como profissionais para à prestação de cuidados de enfermagem, de psicologia e de nutrição específicas. Sendo importante neste momento a inclusão da família  nesse processo.  

6381 A PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO EM PACIENTES NEUROCIRÚRGICOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Caio Demetrius de Lima Meireles, Ingrid Bentes Lima, Jessica Suene Andrade do Nascimento, Thany Elly Vanzeler Pereira, Victoria Maria Barile Sobral, Livia Felix de Oliveira

A PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO EM PACIENTES NEUROCIRÚRGICOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Caio Demetrius de Lima Meireles, Ingrid Bentes Lima, Jessica Suene Andrade do Nascimento, Thany Elly Vanzeler Pereira, Victoria Maria Barile Sobral, Livia Felix de Oliveira

Apresentação: O cérebro é responsável pela nossa atividade intelectual e cognitiva, entretanto déficits neurais podem comprometer a funcionalidade do órgão, a partir disso a Enfermagem tem como perspectiva trabalhar a teoria do autocuidado para promover o bem estar destes indivíduos. Objetivo: Relatar a criação e implantação de tecnologia educativa como instrumento de orientações sobre autocuidado. Método: Trata-se de um relato de experiência dos discentes de enfermagem, na aplicação da teoria do autocuidado, em um Hospital de referência em Belém. Esse estudo tem como público alvo pacientes submetidos a neurocirurgia e a equipe de Enfermagem da instituição. É fundamentado no Arco de Maguerez, em que foi desenvolvida uma tecnologia educativa direcionada a pacientes neurocirúrgicos. Resultado: A necessidade de atenção para recuperação da saúde de um paciente, após diagnostico da patologia, necessita de ações que visem promover sua recuperação. Dentre essas ações está a participação ativa do paciente em seu processo de restauração. Essa tecnologia instiga o paciente a ser ativo na sua recuperação, contribuindo para o conhecimento do autocuidado. Considerações finais: É imprescindível o preparo da equipe de enfermagem nos cuidados do pré e pós-operatório de pacientes com problemas neurológicos, sendo a tecnologia educativa a estratégia adequada às necessidades do paciente. Contribuições para a enfermagem: De acordo com a avaliação da equipe de enfermagem, o instrumento oferece aplicabilidade e utilidade na assistência. Logo as tecnologias educativas devem fazer parte da assistência da equipe de enfermagem, uma vez que desenvolve as potencialidades das orientações e atuam como catalisadores de informações entre pacientes, acompanhantes e a equipe de enfermagem. Para tanto, a iniciativa de exercer a educação em saúde deve partir da enfermagem, a fim de facilitar a comunicação em sua assistência.

6393 ANÁLISE DO TEMPO QUE A EQUIPE DE ENFERMAGEM LEVA PARA PREPARAR UM PACIENTE COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO PARA INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA NA EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL NO NORTE DO BRASIL
Eduardo Pastana Cardoso, Andrezza ozela Vilhena, Renata Gomes Martins, Tárcio Sadraque Gomes Amoras, Cristielaine Venzel Zaninotto, Paulo Fernando Lauria Fonseca, Francileni Carvalho Monteiro, Thaís Alaíde Reis Meireles

ANÁLISE DO TEMPO QUE A EQUIPE DE ENFERMAGEM LEVA PARA PREPARAR UM PACIENTE COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO PARA INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA NA EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL NO NORTE DO BRASIL

Autores: Eduardo Pastana Cardoso, Andrezza ozela Vilhena, Renata Gomes Martins, Tárcio Sadraque Gomes Amoras, Cristielaine Venzel Zaninotto, Paulo Fernando Lauria Fonseca, Francileni Carvalho Monteiro, Thaís Alaíde Reis Meireles

Apresentação: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), é uma doença do aparelho circulatório ocasionada pela obstrução trombótica total ou parcial de vasos coronários que causa diminuição do fluxo sanguíneo coronário epicárdico, acarretando isquemia e necrose do miocárdio. A assistência de enfermagem prestada a pacientes infartados com supradesnivelamento do segmento ST, consiste em prepará-lo para ser submetido à intervenção coronária percutânea (ICP), sendo necessário mantê-lo monitorizado, administrar medicamentos conforme prescrição médica, realizar tricotomia do antebraço, perna e região genital. Objetivo: Analisar o tempo que a equipe de enfermagem leva para preparar um paciente com IAM com supra ST para ICP na emergência de um hospital público no norte do Brasil. Método: Trata-se de pesquisa do tipo descritiva, observacional com abordagem quantitativa, realizada no Serviço de Emergência Cardiológica (SERC) da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Viana (FHGCV). Submetido ao Comitê de Ética da FHCGV e aprovado CAAE  24998219.7.0000.0016. A FHCGV é uma instituição do Governo do Estado do Pará em Belém. A população foi constituída pela análise de prontuários de 572 pacientes que deram entrada no SERC no período de maio de 2017 a abril de 2019. A coleta de dados ocorreu no mês de dezembro de 2019, quando foi mensurado o tempo gasto pela equipe de enfermagem do SERC para preparar o paciente vítima de IAM com supra ST à ICP. O tempo para a execução do preparo do paciente foi avaliado através dos dados contidos na ficha de “indicadores de tempo porta-balão dos pacientes com IAM com supra ST” que é preenchida na sala de emergência assim que confirmado o diagnóstico. Resultado: Foi possível inferir que o tempo médio gasto pela equipe de enfermagem do SERC/FHCGV para preparar o paciente à ICP teve uma mediana de 10 minutos no período de maio de 2017 a abril de 2019, no decorrer dos meses analisados houve uma redução de 28% no tempo de preparo. O estudo destacou que o tempo de preparo não interferiu no TPB, que permaneceu acima do preconizado em 7 dos 8 períodos analisados, mas ainda assim este apresentou uma redução de 10%. Estes dados permitem que seja realizado um feedback do serviço prestado, já que a FHCGV participa do programa de Boas Práticas Clínicas em Cardiologia (BPC). Em 2019 a FHCGV recebeu pelo segundo ano consecutivo, o Selo de Excelência Máxima do BPC. A premiação coloca a FHCGV entre os quatro melhores do Brasil em sua categoria. Considerações finais: Que este estudo estimule melhorias que visem o constante aperfeiçoamento de um ambiente propício à realização de uma assistência de qualidade, pois a revisão regular de protocolos assistenciais é uma forma de qualificar o atendimento, melhorando, também, o processo de reabilitação dos pacientes e diminuição de custos.

6460 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE HEMATOMA SUBDURAL
Ana Lúcia Pinheiro Cardoso, Alice Né Pedrosa, Irineia de Oliveira Bacelar Simplício, Mirlane da Costa Fróis, Sara Cristina Pimentel Baia

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE HEMATOMA SUBDURAL

Autores: Ana Lúcia Pinheiro Cardoso, Alice Né Pedrosa, Irineia de Oliveira Bacelar Simplício, Mirlane da Costa Fróis, Sara Cristina Pimentel Baia

Apresentação: Hematoma Subdural Traumático é uma lesão constituída pelo acumulo de sangue entre as camadas dura-máter e aracnoide. Sua ocorrência é maior em indivíduos na faixa etária entre 50 a 70 anos, devido a sua relação com as coagulopatias e quedas. Classifica-se em hematoma subdural agudo, subagudo e crônico a depender do período de manifestação clínica pós trauma. Desse modo, o objetivo é relatar experiência na aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem em um paciente com diagnostico hematoma subdural. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, desenvolvido por discente e docente do curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade Estadual do Pará - Campus XII, durante as aulas teórico-práticas da disciplina Enfermagem em clínica médica e cirúrgica, ofertada no primeiro semestre de 2019, realizado em um hospital público no interior da Amazônia. A coleta de dados se deu através da observação sistemática dirigida e participativa, durante a implementação da sistematização da assistência de enfermagem, seguindo a taxonomia North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), a análise deu-se de forma crítica e reflexiva. Resultado: Paciente 79 anos, masculino, casado, aposentado. Deu entrada na unidade hospitalar em março de 2019, após ter sofrido uma queda de rede, referindo cefaleia intensa, lipotimia, náusea, vomito e disartria, após realização de exames de imagem, foi diagnosticado com hematoma subdural, sendo submetido a procedimento cirúrgico. No pós-operatório imediato, consciente, orientado no tempo e espaço, respirando ar ambiente, eupnéico, normocárdio, normotenso, afebril. Após construção do histórico de enfermagem, identificou-se possíveis diagnósticos de enfermagem como:  dor e alterações no padrão do sono relacionado ao procedimento cirúrgico; mobilidade física prejudicada relacionada ao comprometimento cerebral; riscos de infecção relacionado a acesso venoso e presença de dreno de sucção. Assim, as principais intervenções foram: Para o controle da dor,  administração de analgésicos prescritos e monitoração do nível de desconforto do paciente; para melhora do sono, restrição das  abordagens terapêuticas, aplicando-as somente as indispensáveis, adequação do ambiente e monitoração do padrão de sono; ao posicionamento, manutenção do Fowler em 30°, monitoração de proeminências ósseas e mudança de decúbito a cada 2 horas para prevenção de lesões por pressão; proteção a infecção, inspeção da pele e mucosas quanto aos sinais flogísticos em locais de inserção de cateter e dreno, assim como, ferida cirúrgica, execução de curativos assépticos e acompanhamento do processo de cicatrização. Considerações finais: Observou-se que, as necessidades básicas do paciente foram atendidas pois obteve melhora de seu quadro clinico, com o uso da assistência sistematizada de enfermagem durante o período de internação, cumprindo o seu papel na promoção, recuperação e reabilitação do paciente, assim, o seu uso configura-se como uma ferramenta indispensável ao enfermeiro em formação na prestação do cuidado, por possibilitar um atendimento individualizado e de alta qualidade ao usuário.

6550 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA (ICC)
Julianne De Figueiredo da Costa, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício, Greice Nivea Viana dos Santos

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA (ICC)

Autores: Julianne De Figueiredo da Costa, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício, Greice Nivea Viana dos Santos

Apresentação: A insuficiência cardíaca congestiva (ICC) é definida como a inaptidão do coração de oferecer oxigênio e nutrientes para os tecidos. Isso acontece quando o paciente desenvolve uma situação de sobrecarga hídrica podendo ou não ser provocada pela insuficiência cardíaca. A etiologia da ICC está relacionada à sobrecarga de volume e pressão, diminuição da contratilidade esquerda e direita. Esta afecção pode retratar as anormalidades tanto na sístole quanto na diástole ou pode influenciar nas duas simultaneamente. Os achados clínicos da ICC são expressados pela ineptidão de manter perfusão sistêmica e/ou aumento das pressões em área venosa. A ocorrência de um estágio congestivo avançado abrange a ortopneia, dispneia paroxística noturna e tosse seca durante a noite. Essas manifestações são resultantes da reabsorção gradativa do edema intersticial nos membros inferiores, tendo como consequência o aumento tanto no volume intravascular como no retorno venoso ao coração e pulmões. Outros sintomas incluem a sonolência, confusão mental e diminuição do volume urinário relacionados à redução do débito cardíaco. A fraqueza e a fadiga são um dos sintomas e estão relacionadas à perfusão muscular ineficaz. Com o intuito de compensar a redução do débito cardíaco, é preciso a demanda de diversos mecanismos. Primeiramente, acontece um aumento do volume da contratilidade e do relaxamento e há uma elevação na pressão exercida sobre as paredes ventriculares no momento da diástole. Para tentar compensar, o ventrículo aumenta sua capacidade contrátil. Simultâneo a isso, o sistema nervoso simpático é ativado por meio de barorreceptores ocasionando um aumento da contratilidade e da frequência cardíaca. Essa ativação do sistema nervoso e a distensão da parede ventricular contribuem para o desenvolvimento do estresse sobre a parede do ventrículo no momento do relaxamento, podendo alterar a estrutura ventricular e ampliar o consumo energético. Desse modo, há um controle refinado da resposta compensatória para tentar impedir que hajam reações adversas. O aumento do estresse diastólico pode induzir protoncogenes específicos que promovem a síntese de miofibrilas e estimulam barorreceptores que dificultam o influxo simpático do centro vasomotor. Ademais, propicia a liberação de peptídeo atrial natriurético que veta a liberação de noradrenalina, desempenha papel vasodilatador direto e favorece a natriurese, limitando a sobrecarga hemodinâmica do coração. Portanto, os mecanismos redutores do estresse têm um papel fundamental de reduzir, quando usados de forma simultânea, a dilatação ventricular e o início da sintomatologia. A distensão demorada da parede ventricular ocasiona um adelgaçamento, necrose e fibrose. Por outro lado, a distensão atrial demorada acarreta uma alteração nas terminações nervosas causando uma redução da capacidade dos barorreceptores inibirem o influxo simpático. Dessa forma, o sistema nervoso simpático passa a ficar permanentemente ativado, causando a dilatação ventricular. Assim, dá-se início a falência miocárdica. À medida que os mecanismos compensatórios se perdem, o coração passa a ficar mais sujeito ao seu inotropismo para permanecer funcionando corretamente. Conforme o tempo, o débito cardíaco se reduz de forma progressiva e a perfusão periférica é mantida por ação de vasoconstrição e de retenção de sódio e água. Diante de um caso de ICC, faz-se necessário um acompanhamento sistemático a esse paciente, afim de promover uma melhora do quadro. Sendo assim, a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) proporciona ao profissional enfermeiro a oportunidade de trabalhar o cuidado sistematizado com os pacientes. A SAE oferece ao enfermeiro autonomia, organização, humanização, qualidade e integralidade aos trabalhos prestados, possibilitando um tratamento individual e subjetivo. O objetivo deste trabalho foi realizar a SAE e os planos de cuidado de um paciente com insuficiência cardíaca congestiva internado em um hospital publico. Desenvolvimento: trata-se de um estudo de caso realizado em um Hospital Público em Santarém- Pará durante as aulas práticas da disciplina Clínica médica de discentes da Universidade do Estado do Pará – UEPA, Campus XII, realizado durante o período de maio de 2019, foi utilizado a Sistematização da assistência de Enfermagem propondo diagnósticos de enfermagem, de acordo com a taxonomia da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), bem como as intervenções de enfermagem (NIC) relacionadas. A coleta de informações ocorreu através de diálogo com o paciente, exame físico e investigação do quadro por meio do prontuário. Resultado: O paciente escolhido para este relato possui 51 anos, do sexo masculino, pardo, natural de Santarém -PA, casado, lavrador. Deu entrada no Hospital Municipal de Santarém no dia 01 de abril de 2019 com diagnóstico médico de Insuficiência cardíaca congestiva. Antecedentes familiares (Mãe) falecida por infarto agudo do miocárdio. Paciente sedentário, nega tabagismo, etilismo e uso de outras drogas ilícitas. Bem como, nega alergia à medicação e alimentação, Diabetes Melito e Hipertensão Arterial. Paciente relata já haver realizado duas cirurgias de válvula cardíaca, a primeira realizada no dia 05 de setembro de 2001 e, posteriormente, no dia 14 de setembro de 2010. Paciente informa história de 1 ano de evolução dos sintomas como fraqueza muscular e dispneia. Desde então, apresentou vários episódios semelhantes e, há uma semana perda de apetite. No momento do exame físico encontrava-se no leito, em decúbito dorsal, consciente, comunicativo, respirando ar ambiente, orientando no tempo e espaço, com expressão facial tranquila, regular estado geral. Afebril, normocárdio, taquipneico, normotenso, couro cabeludo com presença de oleosidade e caspa. Tórax: simétrico, com pouca expansibilidade bilateral, presença de cicatriz cirúrgica e ictus cordis. Ausculta pulmonar: presença de murmúrios vesiculares, sem ruídos adventícios. Ausculta cardíaca: bulhas cardíacas hiperfonéticas rítmicas em 2 tempos, sem sopro. Abdome: globoso, distendido, ruídos hidroaéreos presentes. Membros inferiores com presença de edema, sinal de cacifo (++++/++++), hiperemia, indolor à palpação. As condutas de enfermagem diante desse quadro se basearam em diagnósticos NANDA como ansiedade, conforto prejudicado, deambulação prejudicada, fadiga, integridade da pele prejudicada, padrão respiratório ineficaz, processos familiares disfuncionais, risco de sentimento de impotência, intolerância a atividade, volume de líquidos excessivo, risco de infecção, débito cardíaco diminuído, risco de baixa autoestima. Foram listadas algumas intervenções NIC para cada NANDA respectivamente as intervenções são apoio emocional, controle da dor, terapia com exercício: Deambulação, Oxigenoterapia, controle hidroeletrolítico, assistência ventilatória, manutenção do processo familiar, intervenção na crise, ensino: exercício prescrito, controle hídrico, identificação de risco, cuidados cardíacos: reabilitação e apoio familiar. Considerações finais: Por meio deste estudo, pode-se perceber o quanto é necessário o desenvolvimento de mais pesquisas sobre ICC. A experiência vivenciada em campo de estágio, mostrou-se relevante, visto que a prática hospitalar é diferente da vivência dentro da universidade, por isso contribui de forma significativa para o aprendizado do acadêmico. Além disso, o desenvolvimento da SAE como uma conduta mais individualizada e holística a um paciente com ICC, minimiza efetivamente seus impactos promovendo uma melhora do quadro clínico.

6560 OS ENTRAVES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA
Sabrina De Lucas Ramos Necy, Atilio Rodrigues Brito, Rosália Cardoso da Silva, José Antonio Cavallero de Macedo Fonteles Júnior, Nathasha Caroline Souza Gimenes, Suzana Elyse Araújo Mac- Culloch, Jessica Maria Lins da Silva, Ingrid Magali de Souza Pimentel

OS ENTRAVES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA

Autores: Sabrina De Lucas Ramos Necy, Atilio Rodrigues Brito, Rosália Cardoso da Silva, José Antonio Cavallero de Macedo Fonteles Júnior, Nathasha Caroline Souza Gimenes, Suzana Elyse Araújo Mac- Culloch, Jessica Maria Lins da Silva, Ingrid Magali de Souza Pimentel

Apresentação: A sistematização da assistência de enfermagem perioperatoria, foi criada como modelo assistencial para a atuação do enfermeiro em centro cirúrgico, com o objetivo de promover a assistência integral, contínua, participativa, individualizada, documentada e avaliada, no qual o paciente é singular e a assistência de enfermagem é uma intervenção conjunta que promove a continuidade do cuidado, além de proporcionar a participação da família do paciente e possibilitar a avaliação da assistência prestada Objetivo: descrever a assistência de enfermagem perioperatoria em pacientes com câncer gástrico submetidos a cirurgia de gastrectomia. Método: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por acadêmicos de enfermagem do terceiro ano, durante o estágio da disciplina Enfermagem em Centro Cirúrgico em hospital de referência materno- infantil, durante o mês de junho/2019. Resultado: Foi observado que os enfermeiros tem muitos entraves para a implementação da SAEP, tais quais a sobrecarga das atividades administrativas e o pouco número de enfermeiros, nota-se que um enfermeiro por turno tem que desenvolver as atividades administrativas e assistenciais, fazendo com que o enfermeiro tenha que priorizar as atividades para atender as exigências legais e institucionais. Somado a isso, tem-se a falta de interesse por parte da equipe em utilizar essa ferramenta ou cumprir as prescrições de enfermagem, sabe-se que o enfermeiro coordenador da clínica médica-cirúrgica, necessita gerir os diferentes profissionais que atuam na unidade, e estar atento as individualidades de cada profissional e partir disto administrar as funções e situações conflitantes entre a equipe, para ampliar a satisfação dos profissionais, com repercussões positivas na assistência do paciente. Por ultimo foi observada, a dificuldade no preenchimento do formulário, por falta de conhecimento a respeito da ferramenta, e o desconhecimento do protocolo. Resultado: Em razão disso, torna-se profícuo que o agir do profissional de enfermagem, se ajuste a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) e que esta, se possível, seja informatizado. Posto que, fica evidente tanto a obrigatoriedade quanto o benefício advindo do cuidado balizado em uma teoria, que oriente o processo de enfermagem dentro da SAE; bem como a informatização deste processo, o qual viabiliza o aproveitamento do tempo de trabalho, traz uma satisfação em sua utilização, além de proporcionar que o profissional esteja em constante aprendizagem, posto que há a possibilidade de adquirir novos saberes, ao incorporar tecnologias, em suas várias vertentes, dentro do atendimento clínico-cirúrgico.

6589 PROMOÇÃO DO DIÁLOGO E SOCIALIZAÇÃO COMO TERAPÊUTICA EM UM CENTRO DE DIÁLISE
Karolliny Correa Barauna, Rodrigo Andrade de Lima, Neyde Alegre de Souza Cavalcante

PROMOÇÃO DO DIÁLOGO E SOCIALIZAÇÃO COMO TERAPÊUTICA EM UM CENTRO DE DIÁLISE

Autores: Karolliny Correa Barauna, Rodrigo Andrade de Lima, Neyde Alegre de Souza Cavalcante

Apresentação: A terapêutica no contexto do procedimento de hemodiálise mostra-se desafiadora visto que a mesma despende dos pacientes não apenas o tempo para a realização do procedimento, mas também aspectos psicológicos e sociais. A socialização apresenta-se como uma das facetas para o tratamento adequado e humanizado dos pacientes dialíticos, posto que, considerar os aspectos biopsicossociais como um todo se traduz em uma melhoria da qualidade de vida desses pacientes. Objetivo: relatar experiência em terapêutica adequada aos pacientes dialíticos através da promoção do contato intersocial entre os mesmos. Relato de Experiência: as atividades foram realizadas com pacientes dialíticos de um centro de diálise em Manaus (AM) em convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS), ocorridas de segunda-feira a sábado em diferentes horários. Sabendo-se que a maioria dos pacientes que ali estão para o procedimento de diálise possui doença crônica e que isso os afeta não apenas pela doença em si, mas por todas as dificuldades que envolvem sua terapêutica como aceitar o diagnóstico, ter compromisso com o tratamento, despender tempo para o tratamento, entre outras questões individuais, foram executados meios, com a colaboração de toda a equipe interdisciplinar do centro de diálise, para promover diálogos com os pacientes, identificando-se vivências e preferências em comum dos mesmos e a partir de então promovendo a socialização dos pares. Em algumas ocasiões, também eram realizadas pequenas apresentações informativas sobre promoção de saúde e qualidade de vida, permitindo que aos pacientes sanar suas dúvidas sobre os temas. Além disso, a disposição das poltronas, de forma intencional, ordena-se lado a lado e também frente a frente, facilitando e estimulando o diálogo dos pares de forma ampla e aberta. Assim, principiando uma boa relação e convivência com todas as pessoas que atuam do centro de diálise, os pacientes sentem-se mais confortáveis para expressar suas vivências, preocupações, dificuldades, entre outras questões. Essa construção de linguagem é um índice de grande valia na elaboração de planejamento de uma intervenção terapêutica adequada em todos os níveis que definem o que é saúde bem como uma melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Resultado: As atividades desenvolvidas no centro de diálise revelaram-se altamente efetivas, visto que se conseguiu, a partir delas, obter um diálogo mais amplo tanto entre profissionais e pacientes dialíticos como entre seus pares e ajudar na terapêutica através do mesmo. Vale ressaltar que os pacientes apresentaram abertura comunicacional satisfatória na realização das atividades, transparecendo resultado efetivo ao diálogo construído e desenvolvendo importante vínculo com os profissionais e estagiários que participaram das atividades. Considerações finais: O presente trabalho manifesta a oportunidade de adequar meios terapêuticos às necessidades individuais e coletivas de pacientes dialíticos em um centro de diálise, além de mostrar que muito se pode contribuir através de um estabelecimento adequado de diálogo com os pacientes em questão.

6678 PICTOGRAMA: UMA FERRAMENTA PEDAGÓGICA NA ASSISTÊNCIA DA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO DE TERESÓPOLIS (RJ)
Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco, Alice Damasceno Abreu, Érika Luci Pires Vasconcelos, Jaci José de Souza Junior, Claudia Cristina Dias Granito

PICTOGRAMA: UMA FERRAMENTA PEDAGÓGICA NA ASSISTÊNCIA DA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO DE TERESÓPOLIS (RJ)

Autores: Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco, Alice Damasceno Abreu, Érika Luci Pires Vasconcelos, Jaci José de Souza Junior, Claudia Cristina Dias Granito

Apresentação: O uso indevido de fármacos é uma realidade em todo o mundo resultando prejuízos à saúde dos usuários e aos cofres públicos. Um dos principais fatores responsáveis ​​por esse problema é a carência de orientações fornecidas aos pacientes sobre os medicamentos que utilizam. A adesão ao tratamento é frequentemente comprometida por condições inadequadas de Letramento Funcional em Saúde (LFS), sendo esse fenômeno resultante do processo de aprender a ler e escrever adquirido após ter se apropriado desse aprendizado. No Brasil, as dificuldades socioeconômicas são fatores predominantes. Os alunos saem precocemente da escola para entrar no mercado de trabalho, com objetivo de ajudar o núcleo familiar, fortalecendo a dificuldade de compreensão de informações. Assim, os pictogramas, recursos gráficos que objetivam transmitir informações com clareza, surgem como estratégia sugerida para solucionar a problemática. Figuras e elementos gráficos são uma forma de linguagem universal que ilustram e descrevem a informação, facilitando a comunicação em saúde. Uma das contribuições dos pictogramas para a Educação em Saúde esta relacionada com a capacidade de centralizar a atenção dos usuários e familiares para a utilização dos medicamentos, além de estimular a permanência da atenção às orientações. O presente trabalho visa ilustrar e descrever as instruções pertinentes ao uso correto de medicamentos através de pictogramas anexados às prescrições médicas. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo bibliográfico com objetivo explicativo/analítico que propõe identificar os fatores determinantes para a ocorrência desses acontecimentos, sendo um método observacional, desenvolvido na Unidade de Pronto Atendimento do município de Teresópolis na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro. IMPACTO: O uso de pictogramas é portanto uma alternativa valiosa, tendo em vista que este processo constitui uma linguagem mais acessível para os diversos perfis de pacientes, principalmente aqueles com baixa escolaridade, facilitando também o atendimento do profissional de saúde para promover o uso correto dos medicamentos. Considerações finais: Os pictogramas podem beneficiar principalmente idosos, portadores de doenças crônicas e indivíduos de baixa escolaridade, ainda que seu uso deva ser precedido de orientação médica. Essa ferramenta pedagógica visa garantir a segurança e boa qualidade na assistência ao paciente, além dos profissionais apresentarem uma relação positiva com o trabalho desenvolvido, contribuindo para fortalecer os programas de aprimoramento dentro do Sistema Único de Saúde.  

6780 A TRAJETÓRIA DE UM TRAUMA ORTOPÉDICO ENTRE O ACIDENTE E A CIRURGIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Milena Beatriz de Sousa Santos, Ana Lúcia Pinheiro Cardoso, Mônica Karla Vojta Miranda

A TRAJETÓRIA DE UM TRAUMA ORTOPÉDICO ENTRE O ACIDENTE E A CIRURGIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Milena Beatriz de Sousa Santos, Ana Lúcia Pinheiro Cardoso, Mônica Karla Vojta Miranda

Apresentação: O trauma ortopédico consiste em alterações da estrutura do indivíduo causadas por alguma eventualidade como acidentes automobilísticos, quedas, acidentes de trabalho, entre outros. Pode acometer qualquer parte do corpo, ter gravidades variadas, assim como ser passível de soluções simples ou não, como escoriações ou fraturas expostas. 80% das vítimas são homens entre 18 e 38 anos de idade, geralmente, nos traumas por acidentes de trânsito, os membros inferiores são os mais lesionados, e consequente às suas características como: suporte de todo o peso do corpo, vascularização arterial terminal, dificultoso retorno venoso, pouco tecido subcutâneo e pele com pouca elasticidade, a sua reconstrução pode ser mais difícil. No primeiro atendimento pós-trauma, levando em conta que o socorro seja prestado de imediato, alguns tecidos menos traumatizados podem ser limpos e reposicionados, quando a assistência demora a ser prestada os tecidos podem evoluir para necrose, e consequentemente uma reparação mais lenta, pois são necessários desbridamentos e o aguardo da recuperação da ferida que se tornou mais complexa com a morte dos tecidos. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é discorrer sobre dificuldades vivenciadas por um paciente do sexo masculino com fratura fechada de rótula e fratura exposta de tíbia direita em receber atendimento de qualidade em tempo hábil. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, que aborda a vivência de acadêmicas do 5º semestre do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA) - Campus XII durante as aulas práticas de clínica cirúrgica em um hospital público no município de Santarém - PA, no período de maio a junho de 2019. A coleta dos dados para o relato se deu através de diálogos com o paciente e sua acompanhante, e observação direta e participativa durante as aulas práticas. Resultado: Durante a prática na Clínica Cirúrgica foram realizados diálogos com o paciente e sua esposa, que relataram a trajetória percorrida até a chegada ao hospital para realização do procedimento cirúrgico. Paciente de 54 anos, internado há 9 dias, vítima acidente de motocicleta ocorrido por volta das 18h do dia 28 de maio de 2019, na comunidade de Crepurizinho no município de Itaituba - PA. Procurou atendimento na Unidade Básica da mesma comunidade, onde só foi realizada imobilização do membro inferior direito (MID). Por volta das 10h30 do dia seguinte, foi encaminhado para o município de Moraes Almeida - PA onde apenas foi encaminhado de ambulância para o hospital municipal de Itaituba – PA, e foram realizados os exames de radiografia, administrados medicamentos para dor e antibiótico, sutura em pequena laceração na região frontal do rosto, limpeza e uma nova imobilização no MID, o mesmo relata que os profissionais que estavam na unidade orientaram-no a ir para casa e retornar após 15 dias para avaliação com médico ortopedista, então ele e a esposa recusaram, pois não tinham onde ficar no município. Então, por volta das 16h30 um médico foi até a unidade, avaliou a radiografia e diagnosticou que aquela era uma fratura exposta da tíbia com infecção e que também havia uma fratura fechada na rótula direita, só a partir de então foi dado início aos trâmites para que o paciente fosse transferido para Santarém - PA para realização de procedimento cirúrgico. Às 21h do dia 01 de junho de 2019, após 4 dias do acidente, foi internado no Hospital Municipal de Santarém (HMS), no dia seguinte por volta das 13h foi encaminhado ao centro cirúrgico para realização de desbridamento e colocação de fixador externo na perna. Atualmente, o paciente encontra-se internado na Clínica Cirúrgica do HMS, realiza sessões diárias de fisioterapia, aguardando a recuperação dos tecidos para que seja feita colocação de placa. Houve comprometimento vascular e o paciente correu risco de perder a perna devido a falta de vascularização. Tem evoluído muito bem ao tratamento, está realizando antibioticoterapia e diariamente a equipe de enfermagem é responsável por trocar seu curativo, através desse momento é possível observar a evolução e reparação dos tecidos. O mesmo também relata que desde o segundo dia de pós-operatório mediato voltou a sentir o pé direito. Tolera bem a alimentação proposta, se hidrata e tem as eliminações vesico intestinais sem alterações. Como relatado pelo paciente, houve uma demora muito grande em receber o socorro devido a localização em que ocorreu o acidente, a falta de um profissional que realizasse um diagnóstico preciso para identificar a devida urgência encaminhando-o para uma unidade onde houvesse o suporte necessário tanto para a realização do procedimento cirúrgico quanto para a recuperação após a mesma. Consequentemente a essa demora e sem a devida assistência a lesão infeccionou e o tecido entrou em processo de necrose, havendo a necessidade da realização do desbridamento para retirar o tecido morto e dar lugar a regeneração, assim deixando o processo de recuperação mais lento, pois é preciso que o tecido se recupere para que possa ser realizada a colocação da placa e posteriormente o paciente venha a receber alta hospitalar. Durante os dias de aula prática, o paciente perguntou várias vezes por quantos dias iria continuar ali, pois precisava trabalhar para sustentar seus filhos, buscava sempre orientações do que podia fazer para melhorar o seu estado e sempre quis informações sobre o avanço do seu caso. Dentre as consequências do trauma, a dor é considerada um dos principais sintomas, geralmente está associada à lesão e ao processo infeccioso que ocorreu nos tecidos traumatizados. A infecção é uma frequente e grave complicação nesses casos, pode ser iniciada a partir de mecanismos no local e momento do acidente e/ou no momento de transporte até a unidade de saúde mais próxima, porém também pode ser iniciada dentro do ambiente hospitalar. A partir da situação encontrada e dos relatos diários do paciente, foi possível realizar diagnósticos de enfermagem com base na Sistematização da Assistência de Enfermagem, e os principais deles são: dor aguda relacionada ao trauma e à infecção, integridade da pele prejudicada relacionada à lesão, mobilidade física prejudicada relacionada ao trauma, medo relacionado à preocupação com o sustento dos filhos. Para esses diagnósticos foram realizadas intervenções, como: administração de medicamentos prescritos para o controle da dor, administração de antibióticos, realização da troca diária do curativo onde era observada a recuperação dos tecidos e informado ao paciente a melhora da lesão, e orientações à sua acompanhante sobre o uso de cremes hidratantes nos membros para melhorar a integridade da pele e também para que ela continue o auxiliando a deambular até o banheiro, visto que o mesmo não pode apoiar o pé direito no chão. Considerações finais: Mesmo com a demora no atendimento inicial, o quadro do paciente está tendo uma boa evolução, e mesmo com a sua preocupação referente aos filhos, ele mantém bom humor e sempre demonstra uma bom animo referente à sua recuperação. A equipe multiprofissional capacitada foi e é essencial para essa evolução, tanto na melhora do humor e aumento da visão positiva do paciente acerca da sua situação, quanto à regeneração dos tecidos, as orientações passadas ao paciente e sua acompanhante também vêm a colaborar com a melhora do quadro.

6939 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CRÍTICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Manuela Almeida Seidel, Sarah da Silva e Silva, Marley Valéria de Andrade Barata, Esleane Vilela Vasconcelos

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CRÍTICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Manuela Almeida Seidel, Sarah da Silva e Silva, Marley Valéria de Andrade Barata, Esleane Vilela Vasconcelos

Apresentação: Na organização dos serviços de saúde, em seus níveis de complexidade, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou Centro de Terapia Intensiva (CTI) situa-se no nível de mais alta complexidade de atenção hospitalar. Dentro dessas unidades, é necessário que haja o envolvimento de uma equipe multidisciplinar que proporcione cuidados e procedimentos que visem o restabelecimento de saúde. Na gestão do cuidado, o enfermeiro e sua equipe de enfermagem precisam estar aptos para utilizar as inúmeras tecnologias e desenvolver a assistência satisfatoriamente. Como embasamento científico, o profissional de enfermagem possui as teorias de enfermagem que visam ratificar a sua prática baseada em evidências. Além disso, foi instituída a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), regulamentada pelo Conselho Federal de Enfermagem, uma atividade privativa do enfermeiro, constituída por uma estrutura que objetiva promover a continuidade do cuidado e da qualidade da assistência de enfermagem, composta por instrumentos que auxiliam na tomada de decisão para execução de cuidado científico, holístico e constante. O Processo de Enfermagem constitui esse instrumento, dividido em cinco etapas inter-relacionadas: Histórico de Enfermagem, Diagnóstico de Enfermagem, Planejamento de Enfermagem, Implementação de Enfermagem e Avaliação de Enfermagem. A assistência de enfermagem dentro de um CTI constitui na execução dessas ações da SAE voltadas ao paciente crítico, o qual se encontra em risco iminente de vida, perda de funções ou condições clínicas decorrentes de traumas. Um dos indicadores que podem levar o paciente a progredir ao estado de criticidade são as neoplasias malignas. Segundo o INCA, a estimativa de casos no Brasil no biênio 2018-2019 é de 600 mil casos por ano, sendo mais incidente em homens que em mulheres. Dentre as neoplasias em homens, o câncer de esôfago é o sexto mais frequente, com estimativa de 8.240 novos casos. Independente da causa da criticidade, é indispensável que ocorra o manuseio e cuidados do paciente de forma que englobe o contexto de trabalho multiprofissional, interligando os conhecimentos das áreas envolvidas. Portanto, dentro da enfermagem a SAE é um instrumento que garante a autonomia do profissional de enfermagem e sua implementação é indispensável para qualificar a assistência ao paciente além de valorizar e diferenciar os profissionais de enfermagem. Objetivo: Relatar experiência de acadêmicas de enfermagem na sistematização da assistência ao paciente crítico. Desenvolvimento: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado por acadêmicas de enfermagem da Universidade Federal do Pará. Essa atividade faz parte das atividades práticas realizadas no sexto semestre do curso de enfermagem na Atividade Curricular Enfermagem em Centro de Terapia Intensiva. A coleta de dados foi realizada por meio de uma visita de enfermagem, no dia 27 de setembro de 2019, em um Hospital de Ensino no município de Belém. A partir do prontuário, exame físico e avaliação neurológica, identificou-se como principais problemas a propensão a infecções, a broncoaspiração e ao desenvolvimento de úlceras por pressão; padrão respiratório deficiente, necessitando de ventilação mecânica e autocuidado deficiente. Considerando os achados, observa-se a necessidade de intervenções da equipe do CTI. Nas competências do enfermeiro, cabe a ele realizar a organização de sua equipe além de ter o poder de decisão de procedimentos ou condutas visando o cuidado ao paciente. Baseado nos problemas identificados, sugeriu-se alguns diagnósticos de enfermagem, como: autonegligência, relacionada à incapacidade para manter o controle, evidenciada por higiene pessoal insuficiente; padrão respiratório ineficaz, relacionado à fadiga da musculatura respiratória, evidenciado por ventilação-minuto diminuída; risco de aspiração, relacionado à nível de consciência diminuído; risco de infecção, relacionado à procedimento invasivo; e risco para integridade da pele prejudicada, relacionada à circulação prejudicada. Entre as intervenções de enfermagem estão: assistência no autocuidado; controle de vias aéreas artificiais, controle da ventilação mecânica invasiva; aspiração de vias aéreas, precauções contra aspiração, monitorização respiratória, posicionamento e controle do vômito; cuidados com o local de incisão, controle de infecção, terapia nutricional, cuidados com sondas: urinário; prevenção de lesões por pressão, banho, cuidados com o local de incisão, controle de infecção, prevenções circulatórias, controle hidroeletrolítico. Os diagnósticos de enfermagem foram baseados na taxonomia da NANDA 2018-2020 e as intervenções de enfermagem baseadas no livro Ligações NANDA NOC - NIC. Tais diagnósticos, inseridos na SAE, contribuem para a qualidade do cuidado de enfermagem de forma individualizada e sistematizada, com a criação de um plano de cuidados baseados em teorias científicas. Resultado: Observando o elevado grau de complexidade ao qual o paciente crítico está submetido em um CTI e suas necessidades emergentes, compreende-se o papel da enfermagem como fundamental, para assistência e gestão do cuidar, em seu processo de trabalho e suas competências privativas, como a SAE e a implementação do Processo de Enfermagem, tendo estes funções como a de organizar o ambiente e melhorar a qualidade do serviço. O desenvolvimento e a efetivação da SAE com pacientes de alta dependência, de modo eficaz, possibilitam a otimização de mão de obra, bem como de materiais, além da diminuição de índices como o de infecção hospitalar e absenteísmo por sobrecarga de trabalho, melhorando o desempenho da equipe de enfermagem e, consequentemente, a prestação de serviços ao cliente. Adendo a isto, o enfermeiro, baseado em seus conhecimentos técnicos-científicos e humanos, utilizando a SAE, pode proporcionar uma prática profissional holística, colaborando com a equipe multidisciplinar, o usuário e os familiares envolvidos no processo de trabalho. Apesar das inúmeras vantagens da realização da SAE, ainda são encontradas dificuldades para desenvolvê-la como, por exemplo, deficiências de embasamento teórico, falta de tempo a ser dedicado para esta função, desmotivação, a falta de liderança e a de comprometimento, acarretando possíveis prejuízos à equipe e ao cliente. Considerações finais: Em suma, a SAE é uma ferramenta imprescindível para a atuação do profissional enfermeiro, sendo fundamental em terapia intensiva, onde se encontra o nível máximo de complexidade e o cuidado é voltado para o paciente crítico, de alta dependência, que apresenta um quadro clínico de maior instabilidade e risco de agravamento ou morte. O processo de Enfermagem, se implementado de forma eficaz em suas 5 etapas, irá nortear o plano de cuidados individualizados dos clientes e possibilitará, ao enfermeiro e sua equipe, uma visão mais ampla e holística do mesmo, conseguindo agir sobre os problemas já identificados e prevenir que outros possam vir a ocorrer. No mais, a SAE colabora diretamente no auxílio ao manejo deste paciente, podendo ter influência direta em seu prognóstico. Como função privativa desse profissional, sua utilização possibilita a correlação direta entre o saber teórico-científico e a prática, proporcionando melhora na prestação de serviço e controle sobre sua execução.

6974 RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO EM PROJETO DE EXTENSÃO MULTIDISCIPLINAR EM SAÚDE CONTRA MIGRÂNEA PROMOVIDO PELA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
Danielle Brandão de Melo, Ida Oliveira de Almeida, Ana Paula Silva Simões, Rosana Freitas de Assis, Aníbal de Freitas Santos Júnior, Ana Patrícia Paschoal Queiroz, Tamires dos Reis Santos Pereira

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO EM PROJETO DE EXTENSÃO MULTIDISCIPLINAR EM SAÚDE CONTRA MIGRÂNEA PROMOVIDO PELA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

Autores: Danielle Brandão de Melo, Ida Oliveira de Almeida, Ana Paula Silva Simões, Rosana Freitas de Assis, Aníbal de Freitas Santos Júnior, Ana Patrícia Paschoal Queiroz, Tamires dos Reis Santos Pereira

Apresentação: O projeto “Livre da enxaqueca” possui uma equipe multidisciplinar em saúde, composta por quatro Farmacêuticos, um Nutricionista, uma fisioterapeuta, uma psicóloga e duas estagiárias de Farmácia até os tempos atuais. inicialmente alocado no serviço médico da Universidade do Estado da Bahia, e a partir de 2016 fincado no prédio da Farmácia escola da mesma instituição, teve início em 2011, tendo como áreas de concentração predominante a farmácia clínica e atenção farmacêutica. O objetivo do projeto é proporcionar uma terapêutica medicamentosa racional, cuidados paliativos em saúde e aumento da qualidade de vida de indivíduos diagnosticados com migrânea. A migrânea é uma cefaleia primária episódica e crônica, caracterizada pela presença de dor intensa em um dos lados da cabeça, normalmente pulsátil, com aura, isto é, acompanhada de fotofobia, sensibilidade a sons, náuseas, êmese, tontura, visão turva e percepção de luzes oscilantes; ou sem aura. Figura um problema de saúde pública por afetar majoritariamente mulheres em idade produtiva, ocasionando faltas no trabalho com respectivo impacto na economia. A doença pode perdurar durante toda a vida ou cessar com o passar dos anos, principalmente na senescência, por motivos ainda pouco elucidados. Trata-se de uma enfermidade multifatorial, que pode ter como gatilhos oscilações hormonais, alimentos e bebidas como queijo, café, chocolate, alimentos embutidos, etanol, molhos, além de estresse, insônia, exposição solar, tensão pré-menstrual e exercícios físicos de endurance, que causam disfunções em neurotransmissores como serotonina, dopamina, noradrenalina e glutamato. O diagnóstico é dado por médico cefaliátra, psiquiatra ou neurologista, sendo a prerrogativa para a inclusão do paciente no projeto em questão. Este relato diz respeito ao período de 2012 à 2013, em que foi feito um estágio voluntário em Farmácia clínica, no qual competia, dentre outros encargos, atuação como assistente dos demais profissionais, realizando marcações de consultas, assistindo aos atendimentos (quando possível), pontuando os avanços outrossim os resultados da terapêutica medicamentosa com analgésicos não opioides, como ácido acetilsalicílico, dipirona e paracetamol, e anti-inflamatórios não estereoidais, a exemplo do ibuprofeno, naproxeno sódico e ácido tolfenâmico, somado a terapêuticas não medicamentosas pilates, reeducação alimentar, acupuntura, psicoterapia e mudança de estilo de vida, na migrânea sem aura. Na migrânea com aura, recomendava-se, além das medidas citadas no tratamento sem aura, a inserção de derivados ergóticos (tartarato de ergotamina ou mesilato de di-hidro-ergotamina) ou triptanos.Indicava-se utilizar gastrocinéticos e antieméticos, exceto com o uso de triptanos. Uma condição que chamou atenção foram relatos de enxaqueca de rebote pelo abuso de analgésicos, reduzindo endorfinas no cérebro, com consequente dor aguda de alta intensidade nos pacientes, que ocasionou o internamento hospitalar dos mesmos antes de participarem do projeto. Logo, foi observada uma resposta positiva nos participantes do programa, tendo, na maioria dos casos, acabado com as crises após ajustes nas doses terapêuticas dos analgésicos, alteração do fármaco, mudança de estilo de vida e hábitos alimentares, com a retirada gradual dos fatores de gatilho.