354: PET-Saúde Interprofissionalidade: experiências, potências e desafios
Debatedor: Simone Graziele Silva Cunha
Data: 31/10/2020    Local: Sala 02 - Rodas de Conversa    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
9306 GRUPO EM SAÚDE PET: EXPERIMENTANDO A INTERPROFISSIONALIDADE EM SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA
Raissa Hirle Krettle, Samya Lievore Zanotelli, Silvia Patricia Delgado Servián, Maitée Silva Oliveira Garcia, Lorena Rocha Ayres, Carolina Dutra Degli Esposti, Vívian Cerqueira de Souza Viana, Letícia Pires Dias

GRUPO EM SAÚDE PET: EXPERIMENTANDO A INTERPROFISSIONALIDADE EM SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA

Autores: Raissa Hirle Krettle, Samya Lievore Zanotelli, Silvia Patricia Delgado Servián, Maitée Silva Oliveira Garcia, Lorena Rocha Ayres, Carolina Dutra Degli Esposti, Vívian Cerqueira de Souza Viana, Letícia Pires Dias

Apresentação: O Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde/Interprofissionalidade (PET-Saúde EIP) foi implementado pela parceria entre Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e a Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) de Vitória (ES), e tem por objetivo fomentar grupos de aprendizagem tutorial no âmbito do apoio matricial, que tem como eixo central a estratégia baseada na educação interprofissional e na prática colaborativa. Este projeto PET-Saúde EIP viabiliza aos estudantes de diferentes cursos de graduação a inserção em cinco Unidades de Saúde da Família (USF) e a vivência compartilhada em atividades nas quais poderão compartilhar aspectos teóricos e práticos de suas áreas, além de construir uma mentalidade de colaboração e integralidade na atenção básica. O grupo interprofissional PET iniciou suas atividades na USF de Maruípe, Vitória (ES), em abril de 2019 e, desde então, a equipe identificou uma sobrecarga do serviço de psicologia devido ao elevado número de munícipes com variados tipos de sofrimentos psíquicos, em especial, depressão e ansiedade, principalmente relacionada ao público adulto, em seu território. De acordo com os dados da Rede Bem Estar (sistema de eletrônico de prontuários do município), em relação à USF de Maruípe, em agosto de 2019, foram registrados 381 casos de usuários referidos como tendo transtornos mentais leves e moderados, graves e por álcool e outras drogas, ou seja, 4,7% dos usuários assistidos neste território. Além disso, segundo relatório sobre os munícipes do território que fazem uso de medicamento psicotrópicos - indicativo da presença de algum tipo de transtorno mental realizado em agosto de 2019 pela farmacêutica que atua nesta USF, 2.366 (29,32%) usuários faziam uso de antipsicótico, anticonvulsivante, benzodiazepínicos ou antidepressivos. Diante desta realidade, percebeu-se a necessidade de ampliação das ações em saúde mental, com práticas competentes e criativas que proporcionem mudança na forma de enfrentamento do sofrimento e na melhoria da qualidade de vida do usuário, e que possam ser aplicadas de forma interprofissional, a fim de buscar uma abordagem integral de cuidado e promoção à saúde. Uma das estratégias que vêm sendo utilizadas na atenção básica com essa finalidade é o desenvolvimento de trabalho com grupos, uma prática que potencializa as trocas dialógicas, o compartilhamento de experiências e a melhoria na adaptação ao modo de vida individual e coletivo. Portanto, a partir da observação da demanda local e considerando o processo grupal como importante estratégia de promoção à saúde mental, a equipe do PET-Saúde EIP da USF Maruípe propôs-se a pensar ações para ampliar a atenção à saúde mental neste território, baseando-se na oferta de um Grupo de Atividades em Saúde, de caráter interprofissional, a fim de promover espaço de acolhimento, compartilhamento de ideias e fortalecimento do vínculo usuário-rede e impactar positivamente no cotidiano dos usuários e na dinâmica do serviço. Desenvolvimento: Inicialmente foram selecionados usuários da USF Maruípe de ambos os sexos, com idade entre 23 e 65 anos, que haviam sido encaminhados para o cuidado ampliado em Saúde Mental da equipe NASF-AB por médicos da família e clínicos da USF, bem como por especialistas do SUS. Os usuários foram convidados a participar do grupo em saúde e alguns deles foram entrevistados para identificação das necessidades e preferências de temas e horários. O grupo teve início no dia 25/09/19 e ocorreram quinzenalmente até dezembro de 2019, totalizando cinco encontros, realizados no auditório da Unidade e em uma sala da clínica escola da UFES. Os encontros foram planejados e conduzidos pelas estudantes da equipe do PET- Saúde EIP Grupo Maruípe, dos cursos Medicina, Psicologia, Terapia Ocupacional e Odontologia, juntamente com os preceptores das áreas da Psicologia, Farmácia, Enfermagem e Odontologia e tutores dos cursos de Farmácia e Odontologia. Tal planejamento foi realizado levando em conta as demandas que foram surgindo ao longo dos grupos, pelos usuários participantes. Cada encontro apresentou duração de 1h30 e teve um tema base cujas atividades propostas foram conduzidas a esse objetivo. Os temas gerais foram: apresentação do grupo e usuários; timidez; exploração de potencialidades e características próprias; autocuidado; psicofármacos; e práticas integrativas e complementares (PICs) no contexto do SUS e na rede de atenção em Vitória. Para abordagem de tais temas foram realizadas as seguintes atividades: rodas de conversa (sobre timidez, autocuidado, aromaterapia, psicofármacos); práticas corporais (relaxamento, meditação, alongamento, automassagem, respiração, oficina de movimento com música, análise bioenergética e medicina tradicional Chinesa - Xiang Gong) e atividades expressivas (confecção de vasos de argila, escalda-pés e desenho - somagrama). Nos encontros foram oferecidos chás ou café, bolo, biscoitos e frutas, dependendo do efeito que se queria buscar com temática do dia, seja calmante ou estimulante, por exemplo. Ao final de cada grupo, houve um momento de compartilhamento sobre a impressão e o efeito das atividades em cada um e uma avaliação com recursos de carinhas, na qual os participantes classificaram a infraestrutura do local da atividade, grupo, conteúdo e coordenação como bom, razoável ou ruim. Resultado: A avaliação realizada pelos usuários mostrou que 84% consideraram o local onde foram realizadas as atividades como bom e 16% regular, 100% acharam o grupo no geral bom, 92% apontaram o conteúdo abordado como bom e 8% como regular e por fim, 100% avaliaram a coordenação como boa. A maioria dos usuários classificou os encontros como “muito bom”, “esclarecedor e didático” e “relaxante”. Alguns deles reclamaram de atividades que envolviam interação social ou que foram mais teóricas, e alguns se surpreenderam positivamente por gostarem de atividades que nunca haviam experimentado, “nunca mexi com argila, gostei muito de fazer essa atividade”. Uma das participantes relatou ter usado uma técnica de respiração aprendida no grupo que a ajudou a relaxar e controlar uma crise de ansiedade em seu dia a dia. Outra participante afirmou que durante as atividades propostas no dia se esqueceu de coçar suas lesões dermatológicas cuja ansiedade causava compulsão por coçá-las. Por meio dos depoimentos e feedbacks dos usuários foi possível perceber que o grupo teve importância no fortalecimento do vínculo usuário/USF e na inclusão dos munícipes em ambiente de apoio e de bem-estar, por meio do qual puderam receber informações e reflexões que reproduziram em suas vidas. Além do benefício aos usuários, a experiência também foi enriquecedora para os membros da equipe PET-EIP que puderam vivenciar os benefícios da colaboração entre as áreas da saúde para um atendimento mais integral e humanizado na atenção básica, sobretudo na saúde mental. Por fim, embora todos os aspectos positivos supracitados, o grupo apresentou dificuldades devido à baixa adesão dos usuários, com uma média de três usuários por encontro, diminuindo com a proximidade com o fim do ano. Acredita-se que isso pode ter ocorrido devido a alguma falha na comunicação com usuários, ao grupo ter sido realizado em horário comercial, às fortes chuvas ocorridas na região no fim do ano, à proximidade com férias e a pouca familiaridade dos munícipes com o tipo de proposta. Considerações finais: O Grupo de Saúde – PET-EIP apresentou-se como um espaço coletivo de cuidado, acolhimento e protagonismo de usuários com sofrimento psíquico da USF Maruípe. Além disso, contribuiu para o fortalecimento de práticas colaborativas em equipe, especialmente por meio do matriciamento e da educação interprofissional. No entanto, a baixa adesão constatada no projeto parece indicar motivos que valem ser considerados para melhorias nos próximos encontros.

9327 DIA MUNDIAL DO ALEITAMENTO MATERNO: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE AÇÃO INTERPROFISSIONAL PET-SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA
SAMYA LIEVORE ZANOTELLI, Anna Carolina Di Francesco Pereira, Raissa Hirle Krettle, Sabrina Teixeira Brito, Lorena Rocha Ayres, Carolina Dutra Degli Esposti, Marília Cardoso Souza Bernardo, Vívian Cerqueira de Souza Viana

DIA MUNDIAL DO ALEITAMENTO MATERNO: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE AÇÃO INTERPROFISSIONAL PET-SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA

Autores: SAMYA LIEVORE ZANOTELLI, Anna Carolina Di Francesco Pereira, Raissa Hirle Krettle, Sabrina Teixeira Brito, Lorena Rocha Ayres, Carolina Dutra Degli Esposti, Marília Cardoso Souza Bernardo, Vívian Cerqueira de Souza Viana

Apresentação: O aleitamento materno (AM) é considerado uma das principais estratégias para a diminuição da morbimortalidade infantil em todo o mundo. Vários estudos apontam a significativa contribuição da amamentação para a saúde da criança e da mãe, envolvendo a prevenção de doenças e agravos em ambos, como prevenção do câncer de mama e de ovário na mãe e redução do risco de diabetes e melhor desenvolvimento infantil, bem como alto valor nutricional do leite materno, aumento do vínculo entre mãe e filho, dentre outros aspectos de saúde, econômicos e sociais. O debate mundial sobre este assunto, em construção há décadas, culminou na formulação de acordos internacionais, como a “Declaração de Innocenti”, e na elaboração de iniciativas públicas em diversos países. No Brasil, uma série de políticas, programas e ações estatais apontam para a importância da promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, considerando a pertinência de um cuidado integral, humanizado, compartilhado pelos diversos atores, intersetorial e interprofissional,  nas redes de atenção à saúde (RAS) do sistema de saúde público; e, em especial, na Atenção Básica. Dessa forma, a divulgação do Dia Mundial de Aleitamento Materno - e da Semana de mesmo nome -, embora seja uma iniciativa internacional, envolvendo aproximadamente 120 países, é de grande interesse para a sociedade brasileira e faz parte do leque de ações (co)coordenadas pelo Ministério da Saúde, o qual apoia a divulgação dos benefícios dessa prática. O Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde/Interprofissionalidade (PET-Saúde EIP), por sua vez, é uma iniciativa do Ministério da Saúde que visa o fomento de grupos de aprendizagem tutorial baseados na Educação Interprofissional e nas Práticas Colaborativas em Saúde. No município de Vitória, o programa contemplou proposta de parceria entre a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e a Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS), envolvendo o trabalho colaborativo de equipes de estudantes, docentes de graduação e profissionais de diferentes cursos em cinco Unidades de Saúde da Família (USF) da capital. Este trabalho busca relatar a experiência da realização de ação interprofissional sobre o Dia Mundial do Aleitamento Materno, organizada por equipe PET da USF de Maruípe, a fim de promover um encontro com gestantes do território. Também participaram profissional de Educação Física da USF e profissionais de Enfermagem e Nutrição representantes do Banco de Leite do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (HUCAM). Os cursos contemplados nesse grupo PET são Enfermagem, Medicina, Odontologia, Nutrição, Psicologia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Farmácia e Fisioterapia. Desenvolvimento: Acordou-se a realização do evento, tendo em vista o Dia Mundial do Aleitamento Materno. A equipe PET da USF Maruípe se reuniu em alguns momentos para a elaboração e produção das atividades previstas para este dia. Foi feito um levantamento prévio com 25 gestantes usuárias desta USF, as quais foram convidadas, via ligações telefônicas e convites impressos enviados pelos agentes comunitários de saúde (ACS). O evento foi realizado no dia 07 de agosto de 2019, com duração de três horas, no auditório da USF Maruípe, contando com a presença de estudantes, profissionais da USF e profissionais convidados externos. O encontro iniciou com uma roda de conversa, com participação das profissionais de Enfermagem e Nutrição responsáveis pelo banco de leite do HUCAM e de profissionais e acadêmica de Odontologia. No primeiro momento, foram feitas colocações acerca da importância nutricional, imunológica e emocional da amamentação para o bebê, assim como os benefícios para a mãe, como, por exemplo, o aumento do vínculo mãe/bebê. Além disso, com o auxílio de material didático (mama de pelúcia e modelo anatômico de recém nascido), as participantes receberam algumas orientações práticas acerca da pega adequada, massagem para facilitar o fluxo de leite, bem como formas confortáveis e funcionais de segurar e amamentar o bebê. Foram sanadas dúvidas sobre o que fazer em caso de fissuras, empedramento, mastite ou qualquer variável que possa dificultar a amamentação. Também foi apresentado o funcionamento do banco de leite, seu serviço à comunidade, seu papel como instituição parceira das mães, assim como o papel da própria USF -  apoiando em momentos de dificuldade e incentivando a amamentação - e a possibilidade de doação de leite para ajudar a outras mães ou reserva de leite materno excedente. O valor nutricional do leite materno foi explicado e comparado ao de outros alimentos, assim como mitos e verdades quanto à alimentação da mãe e à cólica no lactente foram discutidos. Antes de finalizar a roda de conversa, foram apresentados alguns cuidados orais com o recém nascido, com auxílio de folders. Após esse momento de caráter mais informativo, foi realizada uma pausa para lanche, quando houve maior aproximação entre os profissionais da USF, as acadêmicas e as gestantes. Logo após, foi realizada oficina de pinturas nas barrigas das gestantes com tinta guache, personalizando-as com o nome do bebê e algumas decorações. Finalizadas as pinturas, foram feitos registros fotográficos das barrigas, utilizando recurso visual de moldura produzida artesanalmente pelas estudantes do PET Saúde/EIP. As fotos foram reveladas posteriormente e entregues às mães como lembrança do encontro. Em seguida, foi realizada uma sessão de meditação guiada com as gestantes, baseada em exercícios de respiração e conexão com o bebê, orientada pela educadora física da Unidade. Ao fim deste momento, alguns presentes foram sorteados e as participantes puderam avaliar o encontro, finalizando, logo em seguida, o evento. Resultado: A atividade alcançou diretamente 5 gestantes (média de faixa etária: 35 anos), primíparas e multíparas, com idade gestacional de 21 a 36 semanas. Apesar de 15 gestantes confirmarem presença, apenas 5 foram ao evento. Acredita-se que este número possa ser explicado pela chuva forte que caiu no dia da ação, inviabilizando o comparecimento de algumas gestantes à USF. A avaliação final das gestantes foi muito positiva, tendo elas demonstrado contentamento com o momento coletivo de informação, diálogo, lazer, relaxamento e conexão com o bebê. Na roda de conversa, as gestantes compartilharam experiências prévias com o banco de leite e com a USF, bem como sanaram suas dúvidas com as profissionais presentes. Tais falas parecem confirmar a importância desta rede de apoio (banco de leite e USF) para as mães nos desafios da amamentação. Os momentos de pintura e fotos das barrigas, assim como a meditação guiada, mostraram-se importantes como forma de lazer e relaxamento, mas principalmente como forte exercício de conexão entre mãe e bebê, envolvendo também outros filhos presentes, os quais, por esse motivo, foram incluídos nas atividades. Foi possível perceber a emoção das mães nas lágrimas e nos sorrisos. Considerações finais: O evento do dia mundial do aleitamento materno demonstrou-se como momento lúdico, informativo e dialógico muito importante. As mães do território da USF de Maruípe puderam entender os benefícios da amamentação, refletir sobre possíveis dificuldades da prática e modos de lidar com elas, bem como conversar sobre a rede de apoio disponível a elas, formada pela USF e o Banco de Leite do HUCAM - rede que visa apoiar, fortalecer e incentivar as mulheres no período puerperal e de amamentação, fase de importância crucial para o desenvolvimento do bebê, mas comumente marcada pelo surgimento de fragilidades e obstáculos para a mãe. O trabalho colaborativo da equipe PET, por sua vez, favoreceu o exercício da interprofissionalidade, contribuindo para uma maior sensibilidade das estudantes e demais profissionais com relação a essa proposta de se produzir saúde.

9360 DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA ADOLESCÊNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PET-SAÚDE EM UMA ESCOLA
Débora Leão Alves, Sarah de Oliveira Sousa, Igor Orlando Pereira de Sousa, Matheus Barreira Silva, Vivaldo Logrado Júnior, Maria Alice Alves Pereira Farias, Erminiana Damiani de Mendonça Pereira, Juliana Bastoni da Silva

DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA ADOLESCÊNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PET-SAÚDE EM UMA ESCOLA

Autores: Débora Leão Alves, Sarah de Oliveira Sousa, Igor Orlando Pereira de Sousa, Matheus Barreira Silva, Vivaldo Logrado Júnior, Maria Alice Alves Pereira Farias, Erminiana Damiani de Mendonça Pereira, Juliana Bastoni da Silva

Apresentação: A inserção dos acadêmicos da área da saúde no Sistema Único de Saúde torna-se possível por meio de iniciativas como o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET – Saúde) Interprofissionalidade, que contribui para a formação de acadêmicos mais comprometidos com as necessidades da população. Objetivo: apresentar um relato de experiência acerca dos ‘desafios e possibilidades da adolescência’ realizado com alunos do 7° ano e vivenciado pelos participantes do PET-Saúde das Universidades Federal do Tocantins (UFT) e Estadual do Tocantins (UNITINS) e do Município de Miracema do Tocantins. Método: relato de experiência de atividade realizada em uma escola Estadual em Miracema do Tocantins durante o mês de novembro de 2019, com alunos do 7° ano, com idade de 14 a 17 anos, que seguiu os seguintes passos: conversa com os profissionais de saúde, que sugeriram como público alvo, os adolescentes, considerados ‘difíceis de lidar’ no contexto da saúde. A escolha da instituição para realizar este trabalho, se deu a partir da necessidade de desenvolver um projeto com adolescentes para envolvê-los no cenário integral de cuidado, criar espaços de interação entre eles e apresentar a Rede de Atenção à Saúde do município de Miracema do Tocantins. Desta forma, foram realizadas visitas à diretoria de educação do município e visitas à escola onde a ação foi realizada, para conhecer seu espaço físico, bem como os representantes da instituição. Após aprovada nossa entrada na escola, o grupo do PET-Saúde, constituído por profissionais e graduandos de Educação Física, Enfermagem, Medicina, Nutrição, Psicologia e Serviço Social realizou visitas à escola para levantar temas de interesse dos adolescentes, o que foi feito por escrito e de forma anônima. Com os temas em mãos, o grupo PET-Saúde passou a construir o projeto para a intervenção na escola. Como foram vários os temas sugeridos – depressão, sexualidade, automutilação, relacionamentos, dentre outros, considerou-se a frequência das sugestões e construiu-se um encontro baseado na abordagem dos ‘desafios e possibilidades da adolescência’, em que os adolescentes pudessem se envolver no processo de construção da atividade. As estratégias de intervenção, de forma sucinta, foram: divisão em pequenos grupos de conversa e reflexão, que foram posteriormente compartilhadas entre todos os participantes, alunos do 7º ano e integrantes do PET-Saúde. Resultado: Os adolescentes participaram ativamente das atividades e como desafios da adolescência foram elencadas as mudanças físicas e de papel social, bullying, ansiedade, problemas familiares e financeiros e o tempo ocioso. Em relação às possibilidades da adolescência e as formas de lidar com problemas, os adolescentes e o grupo PET-Saúde discutiram sobre a necessidade de buscar apoio de profissionais de saúde, a importância dos estudos, da prática de esportes, da alimentação e vida saudável, dentre outras. Considerações finais: esta intervenção na escola possibilitou a comunicação dos atores envolvidos, que pertencem a diferentes áreas da saúde e contribuiu para melhorar a colaboração interprofissional e a atuação de forma integrada, com o intuito de alcançar melhores resultados nos serviços de saúde.

9389 TRAJETÓRIA DO PRIMEIRO ANO DO PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDADE EM UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Kaliana Ferreira Martins, Andreza Lopes Maia

TRAJETÓRIA DO PRIMEIRO ANO DO PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDADE EM UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Kaliana Ferreira Martins, Andreza Lopes Maia

Apresentação: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) foi instituído em 03 de março de 2010, no âmbito do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação através das Portarias GM/MS nº 421 e nº422. O PET-Saúde tem como pressuposto a educação pelo trabalho pretendendo promover e qualificar a integração ensino-serviço-comunidade, articuladas à educação permanente, envolvendo docentes, estudantes de graduação e profissionais da área saúde de forma que as necessidades dos serviços sejam fonte de produção de conhecimento. Assim sendo, este trabalho tem como objetivo, relatar as vivências do primeiro ano de execução do PET-Saúde interprofissionalidade, de uma instituição privada da região metropolitana de Belém-Pa. O Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ) foi uma das 120 IES que tiveram seus projetos aprovados no 9º edital do programa, destacando-se por ser uma das duas IES privadas do estado do Pará a lograr êxito em seu projeto, obtendo assim a aprovação para desenvolver, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SESMA), atividades que se utilizem dos pressupostos teóricos e metodológicos da Educação Interprofissional em saúde para a integração ensino-serviço-comunidade no distrito administrativo em saúde do Benguí (DABEN), área de atuação da instituição. Com o resultado dos projetos selecionados, a UNIFAMAZ deu início ao processo seletivo na instituição para formar a equipe integrante do projeto. Desta forma foram selecionados 60 discentes (bolsistas e voluntários), 14 tutores e 20 preceptores, sendo organizados em seis grupos (dos quais destaca-se o grupo Alfa) para atuar com os profissionais das ESF’s  (incluindo os grupos NASF). Cada grupo recebeu um nome fictício e uma cor, visando facilitar a organização da coordenação. O desafio até o final do primeiro semestre, para os discentes selecionados, fora conhecer seus parceiros de equipe, tutores, preceptores e fazer o reconhecimento do território onde iriam realizar suas atividades, assim como explicar o que é e em que consiste o PET-Saúde expondo como iriam construir esse percurso para os demais profissionais que atuam nas unidades, por exemplo, os ACS’s e assim construir vínculos. O grupo Alfa é formado por 21 integrantes, sendo uma coordenadora-tutora, uma tutora, quatro preceptores e quinze graduandos, dos seis cursos que a instituição dispõe, sendo alocados em duas ESF’s: Cristo Redentor e Panorama XXI, disponibilizando, oito horas semanais para as atividades relacionadas ao PET-Saúde, como solicita o edital. Uma parcela dos componentes do grupo ficou estupefata ao se deparar com a realidade da saúde que se apresentava, pois as ESF’s refletiam claramente o descaso da prefeitura de Belém para com a saúde da população. As duas ESF’s funcionam em imóveis alugados, “adaptados” para prestar serviços de saúde, fugindo totalmente dos padrões recomendados pelo Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde, do MS. A ESF Cristo Redentor funciona em uma residência de dois pavimentos, com pouca iluminação, úmida e sem acessibilidade para pessoas com limitações de locomoção, ademais o local é deveras quente e apenas uma sala possui refrigeração. Outrossim, não há sequer suporte (armário) para guardar os registros da população [1], não há local adequado para o descarte do lixo hospitalar e a residência escolhida para funcionar a ESF fica fora do território[2] que a mesma cobre e não foi possível fazer o recadastramento da população o que ocasionou uma série de consequências. Ainda em Abril/2018 conhecemos a ESF Panorama XXI que, no que tange a estrutura física, é parcialmente melhor que a ESF Cristo Redentor diferenciando-se desta pelo número reduzido de ACS’S e por possuir sala de vacinação em funcionamento, além de contar com um assistente administrativo. Como a equipe Alfa é relativamente grande, convencionou-se subdividir o grupo para que cada um atuasse em uma ESF. Após o período de ambientação e estreitamento dos laços com a equipe da ESF Cristo Redentor, acompanhamos a rotina de trabalho desenvolvida pelos profissionais, como consultas (mulheres, idosos e crianças), visitas domiciliares, além de compreender a organização da unidade, com o objetivo de identificar os problemas que circundam a ESF, no intuito de formular e buscar resolubilidade para os mesmos, o que ocorreu por meio de planejamento estratégico, utilizando o método Altair de planejamento popular, adaptado em planilha com 10 itens[3] a serem preenchidos e cumpridos no decorrer do programa; debatidos em diversas reuniões com tutores, preceptores e discentes. Ao final do semestre, houve uma ação social em saúde, promovida pela ESF Cristo Redentor em que foi solicitado aos discentes do grupo Alfa que desenvolvessem uma atividade. Levando em consideração o perfil do público que os ACS afirmaram que iriam comparecer, os discentes decidiram falar sobre saúde bucal, diabetes, hipertensão BPC e a rede de serviços. Na ocasião o grupo conseguiu interagir bem com a população e ouviu, ao final, sugestões de temas que os mesmos gostariam que fossem abordados na ESF. No segundo semestre houve uma reorganização nos grupos. Ficou acordado que todos os discentes deveriam conhecer e vivenciar as experiências advindas do NASF, assim sendo foram escolhidos, via sorteio, dois discentes de cada grupo, para formar uma nova equipe e acompanhar uma das três equipes NASF do distrito DABEN, quais sejam: NASF Cabanagem, NASF Benguí e NASF Tapanã. A experiência do novo grupo deu-se no NASF Cabanagem, que cobre as ESF Cristo Redentor, ESF Panorama XXI, ESF Una, além da Unidade Municipal de Saúde. A equipe PET/NASF-Cabanagem é composta por três discentes e uma preceptora, assistente social do NASF. Durante o segundo semestre as discentes conheceram todas as unidades a quem o NASF Cabanagem presta suporte. Na ESF Panorama XXI as integrantes do PET/NASF participaram, em conjunto com os alunos PET da unidade, da construção do levantamento de problemática da unidade, realizada com os profissionais da ESF, onde foram apontados problemas relacionados à estrutura, serviço e saúde. Esse mesmo movimento foi realizado na ESF Cristo Redentor, sendo esta realizada tanto com a equipe da unidade, quanto com a população usuária dos serviços ali ofertados. No NASF foi possível também acompanhar e participar do “Grupo Cegonha”, programa pensado, planejado e desenvolvido pelo NASF cabanagem, atuando com as gestantes das unidades anteriormente mencionadas. Um dos impactos percebidos no decorrer de 2019 foi que programas como o PET-Saúde contribuem para o estreitamento entre as universidades e os serviços de saúde, a comunidade e os discentes, que mesmo com as adversidades presentes, mostraram ser possível construir ações de maneira interprofissional e escreveram sobre suas vivências, publicando em congressos e demais eventos científicos disponíveis. No final do semestre letivo houve uma reunião com todos os integrantes do PET-Saúde da instituição para que cada grupo apresentasse os problemas identificados nas ESF’s de atuação e demonstrassem, por meio da matriz de planejamento, como pretendem minimizar e quiçá solucionar os problemas apontados, constituindo assim o desafio para 2020.

9463 INCORPORAÇÃO DE COMPETÊNCIAS INTERPROFISSIONAL E COLABORATIVAS NOS CURRÍCULOS: A EXPERIÊNCIA NA FORMAÇÃO EM SAÚDE, CEILÂNDIA-DF
Luana Fernandes, Ana Paula Braga, Ane Monique Carvalho, Beatriz Gonçalves, Bruna Vasconcelos, Clélia Parreira, Patrícia Escalda, Paula Martins

INCORPORAÇÃO DE COMPETÊNCIAS INTERPROFISSIONAL E COLABORATIVAS NOS CURRÍCULOS: A EXPERIÊNCIA NA FORMAÇÃO EM SAÚDE, CEILÂNDIA-DF

Autores: Luana Fernandes, Ana Paula Braga, Ane Monique Carvalho, Beatriz Gonçalves, Bruna Vasconcelos, Clélia Parreira, Patrícia Escalda, Paula Martins

Apresentação: A Faculdade de Ceilândia (FCE/UnB), desde a sua criação, possui um desenho curricular modular, de caráter interprofissional, que busca preparar um contingente de novos profissionais em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais. A literatura internacional tem sinalizado para o fato de que se grupos de estudantes e de profissionais de saúde tiverem oportunidades para estarem juntos, eles tenderão a se tornarem conscientes das capacidades e das competências uns dos outros e a desenvolverem práticas mais colaborativas. Palavras chave: EIP; interprofissionalidade; trabalho colaborativo; competências colaborativas. Desenvolvimento: A despeito de conteúdos curriculares e da estrutura modular em que os diferentes cursos participam conjuntamente de diferentes modalidades formativas, projetos e ações em que são desafiados a trabalharem  juntos de forma integrada e desde uma perspectiva interprofissional, também é oferecida uma disciplina, denominada Seminários Integrativos, que é obrigatória para seus seis cursos e participam, simultânea e semestralmente, cerca de 1500 estudantes regularmente matriculados. A dinâmica da disciplina segue ao edital que indica dois temas relevantes, que passam por um processo de escolha por parte dos discentes. Para a discussão e apresentação dos trabalhos há a exigência do uso de linguagem artística (nas modalidades de vídeos, poesia, música e desenho) para a discussão e apresentação dos trabalhos. Essa disciplina é coordenada por um grupo de 12 professores possuidores de profissões variadas, cuja tarefa é planejar e conduzir, coletivamente, desde a definição dos temas que vão para a votação dos estudantes até a orientação e avaliação dos trabalhos e apresentação dos resultados. Resultado: O Grupo Tutorial 3 do “PET Interprofissionalidade: Produzindo Saberes e Saúde em Ceilândia/Distrito Federal” adotará, como orientação para as ações a serem realizadas, o desenvolvimento das competências interprofissionais e colaborativas relacionadas a estas dimensões: (1) Cuidado centrado no paciente; (2) Funcionamento da equipe e liderança colaborativa; (3) Comunicação interprofissional e resolução de conflito e (4) Esclarecimento sobre papéis e responsabilidades profissionais. Para tanto já foram realizados encontros sistemáticos com aprofundamento teórico, observações nas UBS, sistematização dos resultados das observações, apresentação de casos resultantes das observações e a preparação metodológica para a simulação dos casos, visando oportunizar discussões acerca de questões e realidades relativas à atenção integral ao paciente, no que diz respeito à EIP e à prática colaborativa. Considerações finais: O desenvolvimento das competências indicadas durante a ocorrência da disciplina de seminários sinalizarão tanto nas propostas de mudanças curriculares, de integração ensino-serviço-comunidade, quanto nas de desenvolvimento da docência e da preceptoria em saúde.

9697 CONTRIBUIÇÕES DA ABORDAGEM SOCIOCLÍNICA INSTITUCIONAL PARA A FORMAÇÃO INTERPROFISSIONAL NO PET INTERPROFISSIONALIDADE
Miller alvarenga oliveira, lucia cardoso mourão, ana clementina vieira de almeida, samara messias de amorim, ronye de lourdes pinheiro de souza faraco

CONTRIBUIÇÕES DA ABORDAGEM SOCIOCLÍNICA INSTITUCIONAL PARA A FORMAÇÃO INTERPROFISSIONAL NO PET INTERPROFISSIONALIDADE

Autores: Miller alvarenga oliveira, lucia cardoso mourão, ana clementina vieira de almeida, samara messias de amorim, ronye de lourdes pinheiro de souza faraco

Apresentação: O programa PET-interprofissionalidade está distribuído em diversos serviços do município da cidade de Niterói (RJ) participando do mesmo preceptores, professores tutores e acadêmicos de diversas áreas da saúde. Seu objetivo é a introdução do aluno nos serviços de saúde desde o início da graduação, favorecendo a aprendizagem teórica e prática na realidade onde as pessoas vivem, possibilitando assim, a articulação de saberes dos profissionais  com os da comunidade. No entanto o que se observa, é ainda uma formação por disciplinas, que gera uma prática fragmentada de cuidado, onde um profissional medica, outro faz orientações, outro fala dos sofrimentos mentais, sem que tenham um momento de reflexão conjunta de maneira a elaborar um projeto terapêutico para indivíduos, família e comunidade. Diante desta problemática e atuando na equipe do PET- interprofissinalidade, o primeiro autor trazia algumas inquietações: a primeira decorrente dos desafios que enfrentava com outros profissionais, em realizar a prática educativa no processo de ensino interprofissional. A segunda, trazida de sua experiência como participante do grupo de pesquisa Análise Institucional, onde tinha como pressuposto que a realização de encontros socioclínicos institucionais poderiam promover a reflexão crítica de preceptores, profissionais e acadêmicos sobre o processo de ensino interprofissional. Objetivo:Analisar o processo de ensino desenvolvido no grupo de educação em saúde para a formação interprofissional dos acadêmicos de diferentes áreas da saúde.  Como objetivos específicos busca-se: descrever a dinâmica da prática de ensino interprofissional realizada através do grupo educativo; analisar as implicações dos participantes da pesquisa com a prática de ensino interprofissional e, propor a elaboração de um produto com estratégias trazidas pelo coletivo, favorecedoras do processo ensino aprendizagem na prática. Método: A Análise Institucional (AI) que envolve o profissional/pesquisador no seu campo de análise, é o referencial teórico-metodológico escolhido para este estudo, por provocar possíveis mudanças nas organizações, a partir das práticas e discursos dos sujeitos nelas envolvidas. Para tanto, escolheu-se a pesquisa intervenção com abordagem qualitativa, utilizando os pressupostos da socioclinica institucional. A intervenção socioclínica institucional, busca entender as dinâmicas sociais, levando os participantes a refletirem sobre as situações vividas no seu cotidiano, colocando em análise as implicações com as instituições família, religião, saúde, educação, política, dentre outras que atravessam as respectivas práticas. As oito características propostas que conformam esta abordagem, não são percebidas como obstáculos, tomadas em sequência ou como condição inicial do trabalho, mas como material necessário para organizar a análise dos dados obtidos nas intervenções, facilitando o conhecimento das contradições inerentes as instituições que atravessam as organizações e os coletivos. O cenário escolhido foi um módulo da PMF, em um território onde habitam aproximadamente seis mil pessoas, sendo assistidas por três equipes de saúde da família. Os participantes do estudo serão: 01acadêmico de enfermagem, 01 de odontologia, 01 de nutrição e 01 de serviço social, todos da Universidade Federal Fluminense. Também serão participantes 02 preceptores do PET-Interprofissionalidade, os profissionais integrantes das equipes do PMF e moradores que participam dos grupos. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa respeitando-se as Resoluções do Conselho Nacional de Saúde nº 466/2012 e nº 510/2016. Como dispositivos para a coleta de dados vem sendo utilizado um diário para análise das implicações do primeiro autor com o ensino na formação interprofissional. O diário foi iniciado desde o início do mestrado, com anotações relativas aos grupos. Também constituem-se em dispositivos, os encontros socioclínicos institucionais objetivando discutir experiências vivenciadas pelos sujeitos; refletir sobre as práticas de ensino interprofissional e, buscar alternativas para a superação dos desafios. Nos encontros será utilizado um roteiro de discussão, considerando-se que nesta proposta metodológica, a condução do processo de intervenção deve atender às demandas postas pelo próprio grupo e sendo assim, o roteiro nem sempre é utilizado em sua totalidade. A partir do segundo encontro, uma fase de restituição das discussões anteriores será realizada, e precederá os debates a fim de recuperar as análises. Os dados produzidos, nos encontros e registrados no diário serão transcritos e sua análise será realizada a partir de várias leituras. Este processo vai permitir que os depoimentos sejam cuidadosamente analisados à luz das oito características da socioclínica institucional. Com este exercício pretende-se uma aproximação dos aspectos mais debatidos pelos participantes evidenciando as contradições das instituições que atravessam o cotidiano das práticas de ensino analisadas, podendo se constituir em eixos de análise. Resultado: parciais: Destacamos aqui, os resultados da análise das implicações do primeiro autor e dos participantes, retirada das anotações do diário de pesquisa. Para os teóricos da análise institucional, a implicação é toda atividade de conhecimento do pesquisador e dos participantes da pesquisa advinda de sua práxis, história familiar, fatores libidinais e percepções histórico-sociais. Ao analisar o diário do pesquisador foi possível observar suas implicações afetivas, profissionais e ideológicas com a instituição formação interprofissional e com os grupos educativos. Isto fica claro quando o primeiro autor relata que o grupo sobre dor crônica, vem favorecendo a troca de saberes, o diálogo, a problematização e a reflexão sobre a integração corpo e mente. Destaca que o espaço do grupo é potente no sentido de se conhecer os indivíduos portadores de dores e suas histórias e destaca que o grupo traz nuances favorecedoras do aprendizado por constitui-se em um local onde é possível que os alunos entendam o cuidado em sua totalidade começando a ampliar a percepção da integralidade do cuidado. Assim como o primeiro autor trás suas implicações com sua prática profissional, os acadêmicos também analisam o que trazem de suas experiências individuais e contribuem em suas análises para a compreensão do processo de formação profissional. A este respeito, refere o primeiro autor que desde o primeiro encontro, os preceptores recomendam que os alunos elaborem seus portfólios ou diários de campo, de maneira a trazer à tona suas individualidades, particularidades e isso, muitas vezes, toca em questões íntimas e dolorosas. Relata o primeiro autor, que à medida que avançam nesse processo reflexivo, os estudantes são atravessados por afetos e emoções que os capacitam a olhar humanos com humanidade. Em sua percepção é o grupo que fortalece as interrelações humanas possibilitando que mudanças sejam pensadas nas práticas de preceptores e alunos. Refere ainda que “em muitos momentos ressignificamos nossas concepções clínicas através de outros saberes que emergem nos encontros entre realidades díspares e ao mesmo tempo humana que cada profissional, estudante ou membro da população nos aporta”. Considerações: Pudemos constatar nestes resultados parciais que a dinâmica dos encontros é pontuada por intervenções dos profissionais de saúde, bem como de acadêmicos e demais pessoas presentes, o que permite aprofundar os debates e a análise de suas implicações. Considera também que os grupos educativos promovem a integração da equipe de saúde e o aprendizado prático dos estudantes, realizando tanto a formação acadêmica como a educação permanente em saúde de todos os profissionais da equipe local. Enfatiza que os resultados futuros que vão ser produzidos nos encontros socioclinicos institucionais, vão se somar aos resultados da análise do diário do pesquisador que apontam para questões relacionadas a humanização do cuidados e as subjetividades que envolvem a prática e o ensino dos profissionais de saúde no campo da saúde coletiva.

9831 PET-SAÚDE E EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL – OS DESAFIOS DE IMPLANTAR E PRATICAR
Mariana Arcuri

PET-SAÚDE E EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL – OS DESAFIOS DE IMPLANTAR E PRATICAR

Autores: Mariana Arcuri

Apresentação: O PET-SAÚDE 2018 tem a Educação Interprofissional(EIP) como foco e 120 projetos em todo o território nacional que devem ser desenvolvidos a partir dos marcos teórico-metodológicos da EIP. No Rio de Janeiro, 10 projetos foram contemplados, dentre os quais o de Teresópolis. Neste trabalho é apresentada reflexão crítico-teórica sobre o tema acompanhada de revisão bibliográfica dos marcos teóricos da EIP. Intitulado “PET-SAÚDE Teresópolis – integração ensino-trabalho-cidadania: integrando vidas”, este tem como focos centrais o desenvolvimento da educação interprofissional nos cursos da área da saúde do UNIFESO e a atuação na Fazenda Ermitage como campo de ressignificação das práticas e do cuidado, em consonância com a demanda da gestão municipal. O complexo Fazenda Ermitage foi construído para atender a 1600 famílias deste município vítimas da catástrofe natural ocorrida em e que até então carecem de cuidados especiais e atenção. Observadas as metas propostas e aprovadas no PET-SAÚDE, os desafios são muitos. Em especial a implantação e a prática da Educação Interprofissional tanto na escola quanto no próprio município. Tem sido um compromisso permanente reservar espaços de discussão e identificação de desafios para a realização do PET. Formativos por natureza, estes momentos permitem pensar a própria prática da escola, os princípios de formação de profissionais e colocar em questão a qualidade dos serviços prestados no SUS, pelo município – sim, tem-se enfrentado incômodos causados pelo que o PET pretende discutir. Partindo do diagnóstico de que as ações de saúde estão enfraquecidas na sua dimensão cuidadora e, que, apesar dos contínuos avanços científicos, elas têm perdido potência e eficácia, é veemente a necessidade de ser defensor de uma formação crítica e reflexiva. Formação esta que aconteça em uma escola que considere e (re)conheça o mundo do trabalho como preferencial formador – onde a vida acontece, onde efetivamente se aprende a ser profissional de saúde. As diretrizes curriculares nacionais para os cursos da área da saúde indicam a necessidade de formação de profissional capaz de atuar em equipe, de estabelecer vínculos com as pessoas e com a comunidade, bem como, capaz de atuar na promoção da saúde dos indivíduos e da coletividade. Essa proposta de formação aposta na mudança do atendimento em saúde capaz de colocar a necessidade das pessoas no centro, articulando os avanços tecnológicos com o acolhimento, a melhoria dos ambientes de cuidado com o investimento nas condições de trabalho, além das ações de vigilância como principal estratégia reveladora das situações de saúde e reorientadora do trabalho em saúde. Logo, a formação de profissionais de saúde deve acontecer no binômio ensino-trabalho em uma concepção de interação que leve em conta as esferas e os atores do ensino, do trabalho, da gestão, das comunidades, no desenvolvimento da cidadania. Insistir nesta expressão algébrica complexa como mistura necessária ao ato de ensinar a ser profissional da saúde significa considerar as realidades, disputas e desejos de cada um desses territórios na construção do cuidar. Considerado este contexto de formação de profissionais, fica clara a opção pela Integração Ensino Trabalho Cidadania (IETC) como eixo horizontal norteador de todos os cursos da área da saúde e do PET-SAÚDE. Aposta-se também em estratégia incubadora das iniciativas de Educação Interprofissional para a transformação do ensino e do trabalho. A IETC é central no PET-SAÚDE inclusive pois, como princípio (filosófico), promove a efetiva interAção e integração de estudantes, preceptores e professores das diferentes profissões da saúde, promovendo encontros. Soma-se ainda, sua importância “prática”, por operacionalizar e propor as atividades a partir do chamado do mundo do trabalho, do gestor público, do território. Angustia saber, entretanto, que inserir a IETC em todos os currículos da área da saúde não garante a transformação das práticas do ensinar e tampouco do cuidar. Tampouco garante no PET-SAÚDE. Este projeto é recheado de desafios que envolvem a operacionalização e a sensibilização de seus protagonistas – estudantes, professores, preceptores e gestores da IES e do poder público. A mudança das práticas nos serviços, no ensino e na formação dos profissionais a partir dos encontros interprofissionais, efetivos, precisam ser sustentados por atividades sistematizadas de Educação Permanente fundamentais para transformação de todos os atores. Das reuniões de educação permanente tem surgido as principais questões e desafios da implantação do PET-SAÚDE: (1) como trabalhar na lógica da IETC sem repetir ações desidratadas de assistencialismo? (2) como observar o território do outro com olhos de ver? (3) como perguntar sobre o outro com ouvidos de escutar? (4) como trabalhar com o outro – e não apesar do outro? Consideramos possível que uma diretriz comum e um projeto único de IETC para todos os cursos da área da saúde no PET, induza a produção dos encontros que poderão permitir o desabrochar dos princípios da Interprofissionalidade – seja nas vivencias ou apreendidos, tomados para si por nossos profissionais em formação, fortalecendo assim o cumprimento das DCN gerais para a formação dos profissionais de saúde. A Educação Interprofissional em Saúde é o segundo eixo central do PET, tomada neste projeto desde o seu planejamento estratégico, seu desenvolvimento e acompanhamento, até as estratégias de avaliação escolhidas. Entende-se que a EIP é método para formar profissionais de saúde aptos, verdadeiramente, para o enfrentamento da realidade atual dos serviços de saúde e para aproximar suas práticas do conceito ampliado de cuidado e sua integralidade. É a partir da vivência interprofissional de estudantes, professores e profissionais da rede que será possível rever práticas cristalizadas e não “vivas” em nosso Município bem como e, não menos importante, formar profissionais de saúde que respeitem e considerem fundamental o trabalho em equipe e a interlocução entre as profissões da saúde como elo da prática do cuidado. Fazemos o exercício de ressignificar nossas concepções de educação com o PET - tanto no ensino – onde as constantes buscas por novos métodos de ensino-aprendizagem nos levam a considerar o duplo protagonismo estudante-professor, bem como no conceito de saúde e nas apostas que fazemos para “forçar” vivências transformadoras durante a formação, centradas no rompimento dos muros da universidade, colocando como centro do trabalho investigativo do profissional em formação o cuidado ampliado do sujeito em seu contexto biopsicossocial e a sua responsabilidade social. Sendo assim, coloca-se em questão constantemente, durante as reuniões dos coordenadores do PET-SAÚDE, as etapas planejadas para o primeiro ano de ação e os desafios que surgem no caminho. O desenvolvimento de ações interprofissionais é um deles. Em teoria pode ser alcançado tomando o conceito de IETC e a proposta de interação entre cursos, planejando a inserção em conjunto operando equipes multiprofissionais. Assim pode-se forçar a construção de linhas e redes de cuidado que considerem o acolhimento, o vínculo, a qualidade de acesso e de atendimento, a tomada de decisão compartilhada e o respeito pelo saber do outro. Percebe-se o potencial de transformação na formação profissional e no trabalho em saúde, entretanto não é possível evidenciá-lo na prática, espontaneamente. As atividades práticas, quando operadas a partir dos princípios da IETC exigem dos estudantes o desenvolvimento de competências que ultrapassam os atributos cognitivos e específicos de suas profissões. Eles necessitam desenvolver novas habilidades e atitudes. Precisam ouvir as pessoas, captar suas demandas, analisar os espaços e os recursos, produzir planos de intervenção mais integrais, humanísticos e criativos. Precisam passar a considerar a autonomia das pessoas e sentir-se coprotagonistas do cuidado que produzem.

9885 PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDADE EM PARNAÍBA-PI: CONTRIBUIÇÕES PARA A INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE
Andreia Ferreira dos Santos, Eneida Anjos Paiva, Lucélia Soares da Silva, Amanda Azevedo Torres

PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDADE EM PARNAÍBA-PI: CONTRIBUIÇÕES PARA A INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE

Autores: Andreia Ferreira dos Santos, Eneida Anjos Paiva, Lucélia Soares da Silva, Amanda Azevedo Torres

Apresentação: No contexto da formação em saúde, as iniciativas que aproximam o ensino da realidade dos serviços das redes de atenção, conforme preconizam as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) dos cursos de graduação na saúde, são fundamentais para o alinhamento da futura prática profissional com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse sentido, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) surge como estratégia potente de integração entre estudantes e profissionais nos cenários de vivência do agir em saúde. Este trabalho pretende, assim, apresentar uma experiência relativa ao programa na cidade de Parnaíba-PI. Desenvolvimento: Diante da conjuntura de segmentação do processo de trabalho, realidade que compromete a oferta de um cuidado integral, o foco do PET-Saúde vigente é a interprofissionalidade. Sendo assim, a proposta do programa de integrar participantes de diferentes formações acadêmicas potencializa a produção de saberes e práticas. A experiência relatada conta com estudantes dos cursos de Fisioterapia, Medicina e Psicologia, docentes e profissionais dos serviços de saúde locais. A coordenação local do projeto optou pela divisão dos grupos em três “árvores”, cada qual com seu respectivo tema norteador dos caminhos a serem trilhados: Hanseníase, Infecções Sexualmente Transmissíveis e Saúde Mental. São realizadas reuniões semanais ou quinzenais por árvore e encontros gerais mensais, além da participação ativa nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), serviços de atenção secundária e rede intersetorial afins aos temas nos quais se produzem e promovem atividades de prevenção de agravos e promoção da saúde. Essa vivência possibilita uma troca constante tanto com profissionais dos serviços de saúde quanto com seus usuários. Resultado: O contato dos acadêmicos com outros sujeitos – estudantes e docentes de outros cursos, profissionais da saúde de diversas áreas e com contribuições diferentes – tem permitido o compartilhamento de experiências que ampliam o entendimento de cada um sobre o sistema de saúde e o processo de trabalho. Dessa forma, nota-se que os participantes transformam, enquanto vivem o programa, os próprios conceitos e também a realidade dos serviços nos quais são inseridos, numa perspectiva rizomática. O PET-Saúde Parnaíba tem possibilitado uma vivência em educação interprofissional, a qual considera as competências específicas de cada área de formação, potencializa as competências comuns e impulsiona o desenvolvimento de competências colaborativas, destacando-se o planejamento e a tomada de decisões compartilhadas, contribuindo para a inversão da lógica fragmentada da formação e do cuidado em saúde. Soma-se a essa contribuição a aproximação dos grupos com as singularidades das redes de atenção da cidade, realidade que potencializa a cooperação entre universidade, serviço e comunidade: os saberes são produzidos e vivenciados para além dos limites da graduação. Considerações finais: O PET-Saúde Interprofissionalidade aparece, portanto, como importante reforço tanto ao ensino em saúde quanto aos caminhos trilhados e almejados pelo SUS. A experiência aqui descrita tem sido potencialmente tensionadora e transformadora quanto a ultrapassar as convencionalidades da formação acadêmica atual e a integrá-la com os cenários de prática que compõem a realidade, além de aperfeiçoar questões interpessoais e interdisciplinares entre os envolvidos.

10062 A INTERPROFISSIONALIDADE DO PET-SAÚDE VIVENCIADA EM UMA AÇÃO EM ALUSÃO AO "OUTUBRO ROSA"
EMANUELLE DA SILVA TAVARES, ERIKA DANIELLE RIBEIRO DOURADO, FABRÍCIO BERNARDO COLARES, GABRIELA ROCHA REIS, ADRYA CHARONE

A INTERPROFISSIONALIDADE DO PET-SAÚDE VIVENCIADA EM UMA AÇÃO EM ALUSÃO AO "OUTUBRO ROSA"

Autores: EMANUELLE DA SILVA TAVARES, ERIKA DANIELLE RIBEIRO DOURADO, FABRÍCIO BERNARDO COLARES, GABRIELA ROCHA REIS, ADRYA CHARONE

Apresentação: O Câncer de mama é o mais comum entre as mulheres,  sendo também a neoplasia maligna com maior registro no número de óbitos no Brasil, tornando-se portanto um relevante problema de saúde pública. Diante desse cenário, faz-se necessário estratégias para a prevenção, controle, rastreamento e diagnóstico precosse. Em conformidade com as Diretrizes do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), o PET-Saúde/Interprofissionalidade tem como finalidade estabelecer a lógica da colaboração entre acadêmicos de cursos da saúde, na dinâmica do trabalho. Assim,  direciona a formação dos graduandos de acordo com as necessidades existentes nos serviços de saúde. Portanto, o objetivo desse trabalho é relatar a vivência de acadêmicos em uma ação do Outubro Rosa, mês alusivo à campanha nacional de prevenção do câncer de mama. Desenvolvimento: O presente trabalho consiste em um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, construído a partir de uma ação realizada em uma Unidade Municipal de Saúde (UMS) em um bairro periférico de Belém do Pará. A referida ação foi realizada por acadêmicos da Universidade do Estado do Pará, participantes do PET-Saúde. Além dos discentes, estavam presentes o preceptor, os profissionais de saúde do turno, bem como, graduandos de outras instituições de ensino superior. Foram convidados a participar da ação de educação em saúde os usuários que estavam presentes no local. O momento foi marcado por um espaço de conversa entre graduandos, profissionais e ursuários, onde foi exposto a temática sobre o câncer de mama, partindo da explicação do que se trata, fatores de risco, sinais e sintomas, auto-exame das mamas, diagnóstico e tratamento. Em seguida a esse momento, houve uma dinâmica com ginástica laboral e exercícios de respiração, conduzida pelo educador físico e preceptor do PET-Saúde. Resultado: A partir da ação realizada, resultados satisfatórios foram alcançados com a participação ativa dos usuários, os quais não foram apenas mulheres. Reafirmando a importância da prevenção e diagnóstico precoce, incentivando o acompanhamento e realização de exames com frequência. Considerando esse aspecto, o momento de exposição dialogada proporcionou oportunidade para indagações feitas por participantes, ressaltando dúvidas ainda pressentes, as quais foram esclarecidas, no que se refere aos fatores de risco e auto-exame das mamas. Sendo assim, a demonstração em uma “mama amiga” foi fundamental para ilustração e melhor compreensão de como proceder. Além disso, foram feitas orientações acerca dos serviços a serem procurados em casos de sinais e sintomas. Considerações finais: O momento aqui referido, torna-se de extrema importância para a formação dos graduandos, os quais são estimulados pela lógica da interprofissionalidade, aprendendo uns com os outros e sobre a profissão do outro, tornando-se capazes de trabalhar em equipe. Sendo assim, foi possível a criação de vínculo com os usuários a partir da inserção dos discentes na realidade dos serviços de saúde, criando, portanto, uma visão crítica e reflexiva em questões de grande relevância como a prevenção do câncer de mama.

10299 AÇÕES DO PET-SAÚDE/INTERPROFISSIONALIDADE EM UMA UAPS/ESF DE UM MUNICÍPIO DO LESTE DE MINAS GERAIS.
Larissa de Freitas Bonomo, Diego Vieira Gusmão, Daniela Geber de Melo, Rafaela Caires Santos, Beatriz Souza Silva, Janaina Cristina Gomes, Nizia Araújo Vieira Almeida

AÇÕES DO PET-SAÚDE/INTERPROFISSIONALIDADE EM UMA UAPS/ESF DE UM MUNICÍPIO DO LESTE DE MINAS GERAIS.

Autores: Larissa de Freitas Bonomo, Diego Vieira Gusmão, Daniela Geber de Melo, Rafaela Caires Santos, Beatriz Souza Silva, Janaina Cristina Gomes, Nizia Araújo Vieira Almeida

Apresentação: O programa PET-Saúde/Interprofissionalidade tem como um dos seus eixos norteadores, a capacitação permanente dos profissionais de saúde e a conscientização da formação de futuros profissionais preparados para atuação no Sistema único de Saúde (SUS), assim como também é preconizado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) dos cursos da área da saúde. Essa política pública vem ao encontro da necessidade de formação em saúde para o trabalho em equipe em todos os níveis de atenção, promovendo assim a integralidade do cuidado com foco no desenvolvimento do SUS e nas necessidades de saúde do território, usuários, famílias e comunidade. Este trabalho tem como objetivo descrever o relato das experiências vividas por uma equipe tutorial do PET-Saúde/Interprofissionalidade da UFJF-GV/SMS-GV em uma Unidade de Atenção Primária à Saúde/Estratégia Saúde da Família (UAPS/ESF) SIR I, localizada no município de Governador Valadares-MG. Desenvolvimento: A UAPS/ESF SIR I fica localizada no bairro Sir, no centro de sua área de abrangência, em um prédio recém construído de acordo com as normas estabelecidas para a infraestrutura das UAPS do município. Ela está situada na mesma unidade de saúde onde também funciona a ESF SIR II, sendo assim constituído um estabelecimento de saúde em que duas equipes de saúde trabalham em um mesmo espaço físico. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (referentes ao ano de 2019), estão cadastrados 818 domicílios na área de abrangência das ESF SIR I. Uma equipe do PET-Saúde/Interprofissionalidade composta por uma tutora coordenadora, duas tutoras de acompanhamento na ponta, um preceptor, um preceptor interlocutor (gestão), e dois discentes de cursos da área de saúde desenvolveram atividades na referida unidade de saúde no período de abril de 2019 até o presente momento, com previsão de término em março de 2020. Dentre as atividades realizadas de abril a setembro de 2019 citam-se o reconhecimento do território, o diagnóstico situacional e o Planejamento Estratégico Situacional (PES). As experiências foram concretizadas por meio de conversas e entrevistas com os profissionais de saúde e usuários, visitas domiciliares sob acompanhamento dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), observação participante dos serviços prestados na unidade, como salas de espera, grupos operativos e rodas de conversa e oficinas de trabalho. Após realizadas as atividades de reconhecimento do território e diagnóstico situacional, a equipe planejou e construiu oficinas de PES, contando com a participação dos profissionais de saúde, integrantes do conselho local, representantes dos usuários e integrantes do PET para que fossem abordados todos os momentos do planejamento, o momento explicativo, o momento normativo, o momento estratégico e o momento táticooperacional. Foram elencados os principais problemas enfrentados na unidade de saúde com a participação colaborativa de todos os atores envolvidos. Na primeira oficina foram elencados os problemas observados na unidade sob a perspectiva dos participantes, os quais foram posteriormente pontuados e classificados quanto à magnitude, transcendência (interesse em resolver), vulnerabilidade (facilidade em resolver em caso de ter o recurso), urgência (possibilidade de agravamento da situação em caso de não intervir no problema) e factibilidade (existência de recursos disponíveis). O problema mais pontuado e, portanto, priorizado, na ESF SIR I foi “não adesão ao tratamento pelos usuários”. Em seguida à priorização do problema, construiu-se a matriz explicativa por meio do diagrama de causa e efeito chamado diagrama “espinha de peixe”. Os descritores selecionados para o problema priorizado foram: pacientes não comparecem às consultas agendadas, pacientes não participam dos grupos operativos, pacientes não recebem as ACS na residência e não marcam as consultas de retorno. Na oficina desenvolvida para realizar o momento explicativo do PES, também foram elencadas as causas e consequências do problema priorizado e como estas convergem entre si. Como causa convergente apontou-se a “má gestão em saúde” e como consequência convergente “ineficácia na resolução dos problemas de saúde do usuário”. Como imagem-objetivo, os integrantes definiram a melhoria da gestão em saúde e sensibilização do usuário quanto à importância da adesão ao tratamento, caracterizando assim, o objetivo a ser alcançado frente à resolução do problema priorizado. No período de outubro de 2019 a março de 2020, a equipe previu planejar e desenvolver ações de intervenção para a resolução do problema, dividindo o objetivo principal em objetivos específicos para os quais foram delineadas as ações e operações específicas. Os objetivos específicos foram: capacitar as equipes de saúde do serviço sobre a necessidade de incorporarem nos grupos e salas de espera metodologias interativas e, também desenvolverem habilidades de comunicação com o usuário; elaborar um sistema de comunicação entre o usuário e a unidade de saúde com o intuito de disponibilizar informações da ESF; estabelecer parcerias com instituições (escolas, igrejas, comércio) para ampliar a participação dos usuários nos grupos. Para alcançar os objetivos propostos, os participantes pensaram de maneira conjunta com a equipe de saúde e com os usuários, na oficina do momento normativo do PES, as seguintes ações: criar cronogramas de reunião de capacitação (estabelecimento de assuntos para debate e busca de metodologias ativas em equipes interprofissionais); agendar ciclos integradores em saúde pública (com representantes da gestão, profissionais de saúde, representantes da IES) pela melhoria do SUS; planejar a criação de um aplicativo para integrar a comunicação entre o usuário e a ESF; criar uma rede social da ESF para disponibilização de informações; elaborar panfletos informativos para realização de ações de educação em saúde; e participar e promover reuniões com lideranças comunitárias locais. As ações estão sendo executadas ao longo desse semestre. Resultado: O PET-Saúde/Interprofissionalidade possibilita a vivência do estudante em cenários práticos do SUS, promovendo a integração entre o ensino, o serviço e a comunidade e também possibilitando maior compreensão referente ao funcionamento do sistema público de saúde. Além disso, possibilita o desenvolvimento de habilidades que fundamentam o trabalho em uma equipe interprofissional. Percebe-se ainda o impacto que as ações desenvolvidas têm no âmbito da saúde e que merecem ser destacadas: maior compreensão pelos profissionais quanto à organização da equipe e do fluxo de atendimentos, os usuários podem vivenciar um atendimento por profissionais mais capacitados para o trabalho em equipe, o que culminará na melhoria no cuidado, a unidade de saúde poderá dispor de uma nova forma de divulgar os serviços ofertados para a comunidade, o usuário adquire melhor compreensão dos serviços ofertados, além de permitir uma maior aproximação do serviço de saúde com a comunidade. Considerações finais: Os participantes das atividades realizadas por essa equipe observaram que ao longo do percurso, e durante o planejamento e execução das ações propostas, puderam desenvolver habilidades colaborativas necessárias para o verdadeiro trabalho de uma equipe interprofissional, tais como resolução de conflitos interprofissionais, clareza dos papéis, comunicação interprofissional, funcionamento da equipe, liderança colaborativa e atenção centrada no usuário/paciente.

10483 A IMPORTÂNCIA DA INTERPROFISSIONALIDADE NA PERSPECTIVA DE ALUNOS DO PET-SAÚDE/INTERPROFISSIONALIDADE EM MACAÉ
Victoria Guitton Renaud Baptista de Oliveira, Juliana Lourenço Barbosa, Elenice Sales da Costa, Naiara Sperandio, Beatriz Guitton Renaud Baptista de Oliveira, Isabela Barbosa da Silva Tavares Amaral

A IMPORTÂNCIA DA INTERPROFISSIONALIDADE NA PERSPECTIVA DE ALUNOS DO PET-SAÚDE/INTERPROFISSIONALIDADE EM MACAÉ

Autores: Victoria Guitton Renaud Baptista de Oliveira, Juliana Lourenço Barbosa, Elenice Sales da Costa, Naiara Sperandio, Beatriz Guitton Renaud Baptista de Oliveira, Isabela Barbosa da Silva Tavares Amaral

Apresentação: A Educação interprofissional começou a ser discutida na década de 1980, porém, sua gênese aconteceu em 1860 no Reino Unido quando professores chamaram atenção para necessidade de mudar o pensamento dos profissionais de saúde. Propondo um primeiro contato com outras profissões precocemente, ainda na academia, modernizando-a com a aproximação entre estudantes de diferentes cursos da área da saúde no aprendizado do cuidado em equipe. Objetivo: relatar experiência vivenciada por alunos do grupo PET Saúde/Interprofissionalidade, abordando a formação interprofissional na academia e as ações interprofissionais da rede de serviços públicos de saúde de um município do RJ. Objetivo: específicos: apontar as possibilidades e os desafios percebidos na universidade e no serviço de saúde ao desenvolvimento de atividade interprofissional; propor estratégias para favorecer a interprofissionalidade durante a formação acadêmica e o exercício profissional. Desenvolvimento: O PET Saúde/Interprofissionalidade compõe um conjunto de ações do plano de educação interprofissional, para realização de iniciativas que poderão promover o desenvolvimento de práticas colaborativas. O trabalho desenvolvido pelo grupo abarca duas etapas: uma refere-se ao diagnóstico local da Rede de Atenção à Saúde através de visitas guiadas a serviços da atenção primária, secundária, terciária, da gestão e reuniões do Conselho Municipal de Saúde. As visitas guiadas são as principais responsáveis pela imersão dos alunos na Rede sob um olhar singular. Além da perspectiva do gestor ou coordenador da unidade, que relata o funcionamento e entraves da unidade. A outra refere-se às reuniões para discussão das questões envolvendo o trabalho interprofissional e a rede observadas pelos alunos, levantando as facilidades e os desafios a serem enfrentados para surgimento de métodos interprofissionais. Resultado: A partir da imersão na Rede em Macaé, os alunos conheceram desde a atenção primária como a Estratégia Saúde da Família, até a atenção terciária ao visitar o Hospital Público Municipal de Macaé. Após acompanhar o funcionamento desses setores, o primeiro desafio foi observar a realidade sob a perspectiva do gestor ou profissional de saúde em busca de melhorias ao Sistema e, consequentemente, ao usuário. Dentre as possibilidades/facilidades destaca-se a otimização da assistência oferecida, troca de informações, o compartilhamento do conhecimento científico e a percepção de que a Rede só funciona plenamente quando existe uma conexão sem barreiras entre as diversas categorias profissionais. As fragilidades relacionadas à academia referem-se aos diferentes horários dos cursos da área da saúde e a distância física entre os campus. Além disso, sabe-se que educação interprofissional não é realidade em grande parte das graduações. Nesse âmbito, as estratégias para favorecer a interprofissionalidade devem atender os aspectos macros envolvendo políticas públicas e os micros envolvendo a participação direta dos profissionais. Considerações finais: A imersão nos campos de prática sob a perspectiva do trabalho interprofissional possibilita a identificação dos pontos que fortalecem o trabalho e aprendizado interprofissional e aqueles que limitam sua prática, buscando soluções que promovam a universalidade e equidade na saúde defendida pela Constituição e sustentada pelo Sistema Único de Saúde.

10515 RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE UM GRUPO DE GESTANTES DESENVOLVIDO NO PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDADE EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM VITÓRIA-ES
CAROLINA IZOTON SADOVSKY, Ana Caroline Zeferino Botacin, Cláudio de Britto da Silva, Kamilla Venturini Machado, Maria Carolina Pereira e Silva, Francine Alves Gratival Raposo, Ivony Bubach Fontes

RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE UM GRUPO DE GESTANTES DESENVOLVIDO NO PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDADE EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM VITÓRIA-ES

Autores: CAROLINA IZOTON SADOVSKY, Ana Caroline Zeferino Botacin, Cláudio de Britto da Silva, Kamilla Venturini Machado, Maria Carolina Pereira e Silva, Francine Alves Gratival Raposo, Ivony Bubach Fontes

Apresentação: O Programa de Educação Pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) se trata de um projeto ofertado pelo Ministério da Saúde e Educação do Brasil que visa qualificar os profissionais da saúde. Este programa também pretende oferecer aos estudantes de graduação contato com os serviços de saúde e experiência relacionada à interprofissionalidade, pois envolve acadêmicos de enfermagem, medicina, serviço social e fisioterapia, bem como o preceptor, servidor da Unidade de Saúde, que acolhe e supervisiona o trabalho dos alunos. A atual versão do PET-Saúde tem como foco o binômio mãe-bebê, principalmente relacionado à educação em saúde fornecida pela atenção básica durante a gestação. Esse trabalho objetiva relatar a experiência de acadêmicos frente a um grupo de gestantes desenvolvido em uma Unidade de Saúde da Família de Vitória, no Espírito Santo. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência da vivência dos acadêmicos de enfermagem, medicina, fisioterapia e serviço social, integrantes do Projeto de Educação pelo Trabalho PET-Saúde. Os acadêmicos em conjunto dos preceptores desenvolveram e ministraram um grupo de gestantes no decorrer do ano de 2019, os encontros eram mensais, nestes eram abordados temas como: cuidados com o bebê, direitos legais, sinais e sintomas da gravidez, exercícios para gestação e para o trabalho de parto, puerpério e amamentação. Resultado: Durante os encontros, além de ser um momento de educação em saúde com temas relevantes para compreensão do processo gestacional, as gestantes tinham a oportunidade de trocar experiências e tirar suas dúvidas relacionadas as temáticas abordadas e também sobre gestação no geral. Sendo assim um momento proveitoso para criação de vínculo entre o serviço de saúde, profissionais e pacientes, o que traz diversos benefícios para a assistência prestada, principalmente quando o paciente é abordado e acolhido de forma interprofissional. Para os acadêmicos o grupo de gestantes impactou de forma que puderam aprender na prática, não só como acolher de forma que forneça uma relação horizontal entre profissional e usuário, mas também aprenderam à valorizar o saber do outro profissional e o trabalho em equipe, fatores esses essenciais para a boa prática do profissional de saúde. Considerações finais: O grupo de gestantes realizado pelo PET-Saúde foi de extrema importância para agregar trabalho na Unidade de Saúde, para ampliar os conhecimentos frente à atenção básica, e o mais importante, para vivenciar a interprofissionalidade. Além disso, foi essencial para educação em saúde das gestantes alcançadas nos encontros em grupo.

10630 PET-SAÚDE: O IMPACTO DA VIVÊNCIA INTERPROFISSIONAL NA FORMAÇÃO DE ACADÊMICOS DA ÁREA DA SAÚDE – RELATO DE EXPERIÊNCIA
Gabriel Silva da Rocha, Yan Nogueira Leite de Freitas, Ana Paula Queiroz Herkrath, Ana Victoria Costa Freitas, Anne dos Santos Saul, Clara Melissa Natário Martins, Leonardo de Carvalho Brandão, Tiótrefis Gomes Fernandes

PET-SAÚDE: O IMPACTO DA VIVÊNCIA INTERPROFISSIONAL NA FORMAÇÃO DE ACADÊMICOS DA ÁREA DA SAÚDE – RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Gabriel Silva da Rocha, Yan Nogueira Leite de Freitas, Ana Paula Queiroz Herkrath, Ana Victoria Costa Freitas, Anne dos Santos Saul, Clara Melissa Natário Martins, Leonardo de Carvalho Brandão, Tiótrefis Gomes Fernandes

Apresentação: Atualmente, o processo de formação de profissionais da saúde é extremamente uniprofissional, tal fragilidade é refletida na ausência de estágios, disciplinas e projetos que integram diferentes cursos. A Educação Interprofissional consiste no processo em que dois ou mais estudantes aprendem juntos sobre os outros e sobre si mesmos, e é requerida para minimizar as consequências deste tipo de formação. Diante desta necessidade na Universidade Federal do Amazonas, o Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-Saúde/Interprofissionalidade) visa incentivar a mudança na formação dos profissionais de saúde com base na prática interprofissional, por meio de atividades que integram ensino-serviço. O objetivo deste relato é descrever as experiências vividas por acadêmicos participantes deste programa. Desenvolvimento: Os acadêmicos foram introduzidos ao ambiente de trabalho da Unidade Básica de Saúde acompanhando atividades da rotina de cada setor, assim como visitas domiciliares, escolares e outros ambientes externos, os levando a um contato direto com profissionais de todas as áreas do serviço. A metodologia do programa de divisão de grupos possibilitou a interação entre acadêmicos de diversos cursos da área da saúde como medicina, odontologia, fisioterapia, enfermagem e educação física. Os acadêmicos puderam aprofundar seus conhecimentos a partir do incentivo à pesquisa e leitura sobre o tema. Houve o planejamento de atividades de intervenção baseadas em um prévio diagnóstico situacional realizado na unidade, bem como estratégias para melhorias de interprofissionalidade desenvolvidas em conjunto. Resultado: A partir deste projeto, os participantes puderam adquirir uma percepção crítica acerca da fragilidade das matrizes curriculares ainda vigentes, no que diz respeito a essa temática. Além disso, as vivências possibilitaram a inserção dos acadêmicos na realidade da atenção primária à saúde, assim como o aprendizado mútuo entre alunos, profissionais e comunidade, ressaltando a importância da prática interdisciplinar. Os acadêmicos puderam aprender conceitos e desenvolver estratégias para que a interprofissionalidade aconteça no serviço. O contato com acadêmicos de diferentes cursos da área da saúde possibilitou a construção de uma visão de trabalho em equipe, desenvolvendo habilidades colaborativas entre seus membros, reconhecendo os limites da própria área e as competências das outras. Resultado: Posto isso, foi possível caracterizar a experiência como significativa para o processo de formação. Muitos acadêmicos relatam que o curso escolhido tem um caráter em sua maioria tecnicista, o que limita a visão sobre o cuidado integral ao paciente. Além disso, é possível perceber que o contato entre os acadêmicos favorece a prática da comunicação interprofissional, estimulando a receptividade a novas ideias e diferentes opiniões, os permitindo conhecer mais sobre o outro e sobre si mesmo, alinhando conceitos sobre o tema entre diversas áreas, o que é vital na prática profissional uma vez que há deficiência na comunicação no serviço.  

10667 PET-SAÚDE: ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO PARA O EMPREGO DA INTERPROFISSIONALIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE – RELATO DE EXPERIÊNCIA
Clara Melissa Natário, Bahiyyeh Ahmadpour, Ana Paula Queiroz Herkrath, Ana Victoria Costa Freitas, Anne dos Santos Saul, Gabriel Silva da Rocha, Leonardo de Carvalho Brandão, Tiótrefis Gomes Fernandes

PET-SAÚDE: ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO PARA O EMPREGO DA INTERPROFISSIONALIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE – RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Clara Melissa Natário, Bahiyyeh Ahmadpour, Ana Paula Queiroz Herkrath, Ana Victoria Costa Freitas, Anne dos Santos Saul, Gabriel Silva da Rocha, Leonardo de Carvalho Brandão, Tiótrefis Gomes Fernandes

Apresentação: Os recentes moldes do trabalho baseados na fragmentação dos serviços que, de certa maneira, tendem à individualização cada vez mais sistemática dos diferentes profissionais envolvidos na assistência em saúde, encontram-se visivelmente ultrapassados no que se refere a resolutividade alcançada. Nesse sentido, o conceito de Educação Interprofissional (EIP) adquire notável importância, trata-se de um espectro de alternativas que visam incentivar maior interação entre diversas áreas técnicas, de forma a alinhar diferentes conhecimentos com o fim da resolutividade do serviço, trabalhando as práticas colaborativas entre os profissionais da saúde. O Programa de Educação pelo Trabalho para a saúde (PET Saúde/Interprofissionalidade) um programa do Ministério da Saúde em parceria com a Universidade Federal do Amazonas, surge exatamente com esse propósito, ao incentivar mudanças na formação dos profissionais de saúde com base na prática interprofissional, através de projetos que visam a integração do ensino e serviço. Apesar da extensiva área de atuação de tal programa, destaca-se, por ora, um subgrupo de participantes encarregados de traçar alternativas que visassem a melhoria da interprofissionalidade de uma Unidade Básica de Saúde da cidade de Manaus, através da exortação da educação interprofissional entre seus servidores, para tal, descobrindo métodos efetivos para traçar um real diagnóstico do nível de interprofissionalidade observado na unidade, desenvolvendo em seguida, estratégias para mudanças na dinâmica de produção do cuidado em saúde, ainda baseado na lógica individualizada e fragmentada, e por fim, de certa forma, tentando intervir nessa dinâmica vigente. Objetiva-se, portanto, relatar os nuances da intervenção proposta, além dos resultados adquiridos e, sobretudo, relatar as percepções obtidas com tal atividade. Desenvolvimento: O processo de construção da EIP teve início a partir da observação sobre a vivência realizada na unidade, assim como a aplicação da Escala Jefferson de Atitudes Relacionadas à Colaboração Interprofissional (EJARCI) com o intuito de sondar a interprofissionalidade no território, em que se estabeleceu um diagnóstico situacional frente às demandas referentes à rotina de trabalho do ambiente em questão. Neste método observacional proposto sobre a realidade encontrada foi possível identificar as necessidades que trouxeram o foco ao emprego adequado da interprofissionalidade no serviço. Uma delas pode ser transcrita pela falta de comunicação existente no processo de trabalho, que culmina na perda de informações relevantes para o aumento da resolutividade do atendimento prestado, além do consumo maior do tempo requerido para realização da tarefa, quando comparado a uma prática que busca integrar os setores. Outro ponto observado foi a existência de atividades multiprofissionais, que se mostraram saudáveis para o emprego das funções profissionais, porém destaca-se que o mesmo ocorreu de forma isolada, onde os servidores não conheciam verdadeiramente as competências de cada um, visto que a interprofissionalidade ocorre quando há a presença das categorias profissionais atuando em conjunto para alcançar o objetivo de contemplar as singularidades sobre a necessidade dos pacientes atendidos. Um outro aspecto obtido foi o da resistência de alguns servidores quanto à sua adesão aos conceitos e às práticas interprofissionais. Entretanto, acredita-se que isso se deve ao modelo de formação tradicional cujos profissionais foram graduados, o que ressalta a importância da presença da interprofissionalidade dentro da academia, sendo disseminada ao longo de espaços para a discussão que leva à comunicação interprofissional desde a base. Frente à análise do perfil encontrado, o programa propôs uma gincana como estratégia de enfrentamento para a criação de caminhos que levam à inserção da interprofissionalidade no dia a dia de uma unidade básica de saúde. A sua metodologia consistiu em utilizar 4 encontros estabelecidos pela Educação Permanente, um por semana, para criar um sistema de aprendizado mais didático acerca do tema, buscando abordar as competências interprofissionais a cada dia, sendo elas, a clarificação dos papéis, o cuidado centrado no paciente; a comunicação; a liderança colaborativa; o funcionamento em equipe; e a resolução interprofissinal de conflitos. As atividades propostas a cada etapa buscavam utilizar métodos como discussão de casos clínicos, diálogo, dinâmicas de liderança, e apresentação oral, para consolidar o objetivo de construir um ambiente integrado de educação interprofissional em que todos se sentissem acolhidos para o trabalho. Resultado: A metodologia aplicada desempenhou um papel importante para fomentar a interprofissionalidade no ambiente. A educação permanente realizada na unidade foi essencial para abrir caminhos e avançar na temática. Os profissionais puderam compreender o conceito de interprofissionalidade assim como as competências necessárias para que esta se faça presente. A devolução dos resultados obtidos com a sondagem feita anteriormente gerou um debate sobre os motivos que provocam a realidade de pouca comunicação e desconhecimento das atribuições de outros profissionais na unidade. O debate foi essencial para a construção de uma proposta de intervenção pelos participantes do PET. A proposta destrinchou competências como comunicação interprofissional, clarificação de papeis, cuidado centrado no paciente, liderança colaborativa e trabalho em equipe. Ao final de cada intervenção os profissionais puderam externar suas considerações acerca do tema. A respeito da competência comunicação, os profissionais mencionaram como eles percebem que esta é uma enorme fragilidade não apenas da unidade, mas da maior parte das instituições de saúde. Caracterizaram essa como essencial para a promoção do cuidado integral. Sobre clarificação dos papeis, os participantes julgaram a intervenção como produtiva, tendo em vista que muitos não tinham conhecimento das atribuições de alguns profissionais do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), utilizando esse momento para esclarecer dúvidas e expor suas próprias atribuições como profissional na atenção primária. No que se refere à liderança colaborativa e trabalho em equipe, as considerações se deram acerca de como essas competências são fundamentais para a promoção de saúde e como a falta dela interfere no desenvolvimento desse processo. Foi possível perceber que há o desejo dos profissionais de experienciar e aprender mais sobre o tema, porém a falta de meios para isso dificulta o processo. O projeto terapêutico singular foi o a possibilidade de ação sugerida para impulsionar a interprofissionalidade na unidade, estimulando as práticas conjuntas e o exercício das competências interprofissionais. Considerações finais: Os resultados das intervenções realizadas na UBS confirmam o interesse e o reconhecimento da importância da interprofissinalidade no cotidiano dos serviços oferecidos na rede de Atenção Primária do Sistema Único de Saúde (SUS) pelos próprios profissionais que já atuam no mesmo, dessa forma pode-se afirmar que a iniciativa de inserir esse tema de forma dinâmica nas discussões realizadas no horário protegido da unidade a partir de um conhecimento prévio descrito no diagnóstico situacional é uma das estratégias de enfrentamento para as fragilidades acima citadas decorrentes da fragmentação do cuidado que apresentam resultados concretos e favoráveis para iniciar o movimento de mudanças na atuação da equipe, incentivando comportamentos que fortalecem as práticas colaborativas entre profissionais de diferentes vertentes da área da saúde.

10942 UM RELATO DE CASO DOS BOLSISTAS DO PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDADE UNIVALI EM UM AMBULATÓRIO ESCOLA DE PSIQUIATRIA
Jamilly Katielen Machado Floriano, Anna Paula Genoeffa Macarinni, Aline Wust, Ana Paula Capeleto, João Gabriel Bernardo Bueno, Larissa Aguiar, Milena Slaviero, Roberta Borgetthi Alves

UM RELATO DE CASO DOS BOLSISTAS DO PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDADE UNIVALI EM UM AMBULATÓRIO ESCOLA DE PSIQUIATRIA

Autores: Jamilly Katielen Machado Floriano, Anna Paula Genoeffa Macarinni, Aline Wust, Ana Paula Capeleto, João Gabriel Bernardo Bueno, Larissa Aguiar, Milena Slaviero, Roberta Borgetthi Alves

Apresentação: Como consequência da mudança no modo de atuação em saúde, o PET-Saúde Interprofissionalidade, se define como importante política indutora de processos de transformação em distintas áreas estratégicas da formação em saúde, tais como: incorporação de iniciativas de aprendizagem compartilhada entre os diferentes cursos de saúde, desenvolvimento docente para a Educação Interprofissional (EIP), integração ensino-serviço-comunidade, valorização da interdisciplinaridade, intersetorialidade e trabalho em rede e nas atividades de Educação Permanente em Saúde. A reforma na saúde mental acarretou diversas conquistas na atenção à saúde mental no Brasil, como a descentralização do atendimento, ainda assim faz-se necessário o aprimoramento desses serviços que devido a múltiplos fatores, desde falta de profissionais, falta de investimento, encaminhamentos inadequados, entre outros, acabam por replicar práticas fragmentadas e biomédicas do arcaico modelo manicomial. Sendo assim, procura-se aplicar o trabalho interprofissional no ambulatório escola de psiquiatria da UNIVALI, visando em uma lógica de atendimento na atenção básica. Este resumo tem como objetivo relatar um estudo de caso ocorrido no ambulatório escola de psiquiatria por meio da educação interprofissional, juntamente à prática colaborativa dos bolsistas do PET-Saúde Interprofissionalidade dos cursos de fonoaudiologia e psicologia. Os bolsistas acompanharam uma paciente com 40 anos de idade, diagnosticada com Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), que é assistida pelo ambulatório há aproximadamente 10 anos e que está com seu quadro estabilizado mediante ao uso das medicações. Para que ocorresse uma possível alta, entrou-se em contato com e Unidade Básica da mesma e foi sugerido o matriciamento da Estratégia de Saúde da Família (ESF) para que eles  pudessem monitorar a paciente e renovar suas medicações, bem como inseri-la em atendimentos de psicologia e atividades de promoção de saúde realizadas na unidade básica. A partir dessas ações, foi possível desenvolver aspectos como comunicação interprofissional, clareza nos papéis, resolução de conflitos, liderança colaborativa, funcionamento da equipe, atenção centrada no usuário e comunicação com a rede. No decorrer da prática uma das fragilidades encontradas foi que, considerando que o ambulatório de psiquiatria é uma clínica escola, não está integrado junto à rede de atenção secundária, sendo assim, a rede de saúde do município encontra dificuldades para compreender seu fluxo de funcionamento, desde o perfil do usuário a ser encaminhado, quanto para encaminhá-lo ao ambulatório. Portanto, as práticas colaborativas nas ações interprofissionais implicam na mudança da formação em saúde, contribuindo para melhores soluções frente às fragilidades atuais do serviço, bem como o fortalecimento do Sistema Único de Saúde, promovendo atendimento de qualidade centrado no usuário

10943 INTERPROFISSIONALIDADE E AS FRONTEIRAS ENTRE ENSINO E PRÁTICA EM SAÚDE NA AMAZÔNIA: UMA ABORDAGEM SOB OLHAR DO PROGRAMA PET-SAÚDE
Viviane Siqueira Magalhães Rebelo, Priscilla Picanço Horta, Gabrielly Da Silva Amorim, Daniel Teixeira De Amorim, Henrique Gomes Martins, Karla Ferreira De Lima, Esron Soares Carvalho Rocha, Renato Campos Freire Junior

INTERPROFISSIONALIDADE E AS FRONTEIRAS ENTRE ENSINO E PRÁTICA EM SAÚDE NA AMAZÔNIA: UMA ABORDAGEM SOB OLHAR DO PROGRAMA PET-SAÚDE

Autores: Viviane Siqueira Magalhães Rebelo, Priscilla Picanço Horta, Gabrielly Da Silva Amorim, Daniel Teixeira De Amorim, Henrique Gomes Martins, Karla Ferreira De Lima, Esron Soares Carvalho Rocha, Renato Campos Freire Junior

Apresentação: Abordagens sobre a interprofissionalidade e práticas colaborativas no processo de trabalho em saúde, vêm ganhado destaque na atualidade. Contudo, esse olhar diferenciado de configurações de trabalho ainda enfrenta desafios no contexto Amazônico, onde a tematização ainda se confunde com as conexões multiprofissionais e interdisciplinares, e a formação profissional orientada nas Universidades locais, denota de caráter uniprofissional. A educação interprofissional, entendida como um processo que ocorre quando dois ou mais profissionais aprendem com e sobre um ao outro para melhorar a colaboração e a qualidade do cuidado, é uma estratégia discutida pela Organização Mundial de saúde como caminho para formação de profissionais de saúde incorporados à interprofissionalidade. Nessa perspectiva, Ações como o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), do Ministério da Saúde, têm proporcionado a alunos de diversos cursos e períodos da Universidade Federal do Amazonas-UFAM, bem como, Unidades Básicas de Saúde (UBS) e trabalhadores da saúde envolvidos no projeto, a possibilidade de aliar teoria e prática a partir de um modelo de compreensão/saberes que preconizem a interprofissionalidade e sua distinção na rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, este trabalho tem como objetivo refletir acerca da experiência das práticas da educação interprofissional na Atenção Primária da Região Amazônica, orientadas pelo PET-Saúde. No primeiro ano de trabalho da equipe do PET-Saúde, formada por acadêmicos e professores dos cursos de saúde da Universidade Federal do Amazonas, além dos profissionais da rede de Atenção primária de Manaus, foram realizados relatórios de vivência interprofissional, com a contribuição das vivências Petianas para inserção de debates, rodas de conversas, e ações na Atenção Primária do Distrito Norte do Estado Amazonas, assim como participação nos centro acadêmicos e núcleo Docente Estruturante, buscando participar das discussões e debates sobre a estruturação dos cursos da saúde. Constatou-se através das vivências, os desafios e fragilidades atrelados a zona de conforto dos saberes profissionais, e a preocupação no compartilhar dentro da configuração de trabalho. Da mesma forma, propiciou-se novas perspectivas quanto a relação ensino -aprendizagem das Instituições de Ensino Superior (IES) locais sobre a temática interprofissional. Como colaboração fundamental, destaca-se a problematização de maior capacitação e debates nas UBS sobre práticas colaborativas e interprofissionalidade, e como esse conhecimento pode contribuir para qualidade do serviço em saúde regional, desmistificando a ideia de práticas profissionais isoladas.

11024 O PET-SAÚDE/INTERPROFISSIONALIDADE NA FORMAÇÃO ACADÊMICA DE SERVIÇO SOCIAL: CONTRIBUIÇÕES E PERSPECTIVAS.
Fernanda Barreto Gangorra Alho, Isabela Karime de Souza Gonçalves, Raimunda Silvia Gatti Norte

O PET-SAÚDE/INTERPROFISSIONALIDADE NA FORMAÇÃO ACADÊMICA DE SERVIÇO SOCIAL: CONTRIBUIÇÕES E PERSPECTIVAS.

Autores: Fernanda Barreto Gangorra Alho, Isabela Karime de Souza Gonçalves, Raimunda Silvia Gatti Norte

Apresentação: Este estudo apresenta a trajetória de acadêmicas de Serviço Social do Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ) no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) em 2019. O cotidiano universitário requer mergulhos e saltos que vão para além da perspectiva física, numérica e utópica, necessita-se de aprofundamentos de reflexões e ações com embasamento, comprometimento e conhecimento crítico. Sendo assim, o período de inserção no PET-Saúde foi primordial e diversas atividades realizadas de educação em saúde com usuários de uma Estratégia Saúde da Família (ESF) juntamente com  alunas, tutoras acadêmicas, preceptoras, fomentando ensino, pesquisa e extensão de alunas no campo da saúde.Apresentação: O PET-Saúde/Interprofissionalidade faz parte do conjunto de ações do Plano para a Implementação da Educação Interprofissional (EIP) no Brasil, conforme chamado realizado pela Organização Pan Americana da Saúde (OPAS / OMS) no ano de 2016. O desenvolvimento acadêmico é primordial para obter leitura de realidade, base teórica crítica, observar os sujeitos sociais envolvidos – professores, coordenadores, supervisores de estágio, sociedade e o curso de Serviço Social tem diversas disciplinas referentes a Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, Sistema Único de Assistência Social (SUAS), Política Nacional de Assistência Social (PNAS) e respectivamente sobre o Sistema Único de Saúde necessita-se cada vez mais fomentar debates intelectuais e proporcionar suporte teórico em ensino, pesquisa e extensão para discentes, por isso  a inserção no PET-Saúde agregou conhecimentos primordiais no campo da saúde, aproximando-se da realidade dos serviços proporcionados em Estratégias de Saúde da Família, o engajamento, contribuição crítica de outros profissionais de saúde e do sistema que estão inseridos. Objetivo: O trabalho em questão é um relato de experiência de caráter descritivo de acadêmicas do curso de Serviço Social do Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ), atividades descritas foram desenvolvidas na Atenção Primária à Saúde, envolvendo uma equipe da Estratégia Saúde da Família da Rede de Atenção à Saúde do município de Belém (PA). As atividades acadêmicas desenvolvidas no Programa compreenderam estratégias e metodologias ativas de ensino-aprendizagem. Método: Descrever um relato de experiência de uma vivência no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), desenvolvendo atividades a partir da observação, salas de esperas para prevenção do câncer de colo de útero, procedimentos de testes rápidos, prevenção ao sarampo, palestras de educação sexual com jovens e adolescentes no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Resultado: Foi notório a importância do processo de ensino-aprendizagem no PET-Saúde percebendo a potencialidade e necessidade de prezar pelos serviços proporcionados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo a humanização, acolhimento, conhecimento da operacionalização da Atenção Primária à Saúde (APS) através de programas, estratégias como Rede Cegonha e entre outras em prol dos usuários. Desde os acolhimentos realizados na sala de espera, palestras, roda de conversas enfatizando o princípio do sigilo e as reuniões realizadas na Instituição de Ensino Superior priorizando a organização de estudos, planejamentos estratégicos, dinâmicas educativas e web conferências. Considerações finais: Observou-se a  relevância social do Programa PET-Saúde, as contribuições para formação acadêmica fomentaram a aprendizagem no campo da saúde, prevenção, promoção na área da saúde, expansão da Política Nacional de Humanização, com ensino, pesquisa e extensão, consciência da importância da educação sexual em espaços sócio ocupacionais com adolescentes, jovens, idosos, mulheres e homens.

11446 DESAFIOS E POSSIBILIDADES NO EXERCÍCIO DA DISCÊNCIA NO PET-SAÚDE / INTERPROFISSIONALIDADE
Oziane Guimarães Braga, Ana Caroline Alves da Silva, Ândrea Cardoso de Souza, Ana Paula Alves Gregório, Francine Ramos de Oliveira Moura Autonomo

DESAFIOS E POSSIBILIDADES NO EXERCÍCIO DA DISCÊNCIA NO PET-SAÚDE / INTERPROFISSIONALIDADE

Autores: Oziane Guimarães Braga, Ana Caroline Alves da Silva, Ândrea Cardoso de Souza, Ana Paula Alves Gregório, Francine Ramos de Oliveira Moura Autonomo

Apresentação: O presente trabalho tem por objetivo relatar a experiência de duas alunas, graduandas dos cursos de psicologia e odontologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), que são participantes do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde / Interprofissionalidade). Trata-se de um programa de parceria entre os Ministérios da Saúde e da Educação, e tem como propósito a educação pelo trabalho, sendo um importante instrumento voltado para o fortalecimento das ações que compõem ensino-serviço-comunidade, com a participação de profissionais, alunos da graduação e docentes da área da saúde. Nos diversos serviços de saúde, a colaboração e o engajamento entre os profissionais são características fundamentais para o cuidado integral do usuário. Todavia, a formação dos mesmos ainda é pautada na uniprofissionalidade, caracterizando o pouco conhecimento sobre os papéis desempenhados pelos demais profissionais da área da saúde, bem como suas respectivas responsabilidades, acarretando na formação de estereótipos, tais como um dentista que só deveria se preocupar com a saúde bucal e um farmacêutico que só prescreve receitas. Em agosto de 2018, inseridas num cenário onde a produção do conhecimento ainda acontece de forma fragmentada, com pouco diálogo entre a universidade e serviços, entre os diferentes cursos e inclusive entre as disciplinas de um mesmo curso, nos deparamos com a abertura do processo seletivo do PET-Saúde cujo tema para a edição atual é a interprofissionalidade. Na busca pelo aprendizado compartilhado e pela experiência no cotidiano dos serviços desde o início da graduação, nos vimos motivadas a participar desse processo. Em virtude disso, tivemos necessidade em obter mais conhecimento e busca por informações sobre o programa na internet, nos despertando para as carências existentes nos nossos cursos a respeito das práticas colaborativas que são necessárias para a formação de um profissional da saúde. Estávamos no 2º período de psicologia e no 3º de odontologia, quando fizemos nossas inscrições e fomos convocadas para uma entrevista com profissionais e professores específicos de cada curso. Durante as entrevistas, questões como área de interesse, conhecimentos gerais sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e as motivações que nos levaram a fazer a inscrição no programa nos foram feitas e a partir disso houve uma classificação dos candidatos, seguida da divulgação dos aprovados contemplados com bolsa e voluntários. Em janeiro de 2019, fomos convocadas para a primeira reunião oficial do PET-Saúde com todos os participantes da edição (alunos, professores e profissionais da saúde da rede pública de saúde municipal). Nesta mesma reunião pudemos nos aprofundar quanto aos objetivos, metas e resultados a serem alcançados, bem como conhecer o grupo que integraríamos, tal como nossos preceptores, professores orientadores, alunos de cursos distintos e o local em que atuaríamos. Nossas atividades foram direcionadas para a Clínica da Família Drº Antônio Peçanha, tendo como preceptoras uma enfermeira e uma dentista que já atuavam na clínica e quatro alunos (nós das graduações de psicologia e odontologia, além de um aluno da farmácia e uma aluna do serviço social). Em nosso período de adaptação foi proposto pelas nossas preceptoras uma etapa de atividade sombra com todos os profissionais da clínica, seguida de uma etapa de observação participante, a fim de conhecer o serviço em que fomos inseridos. Durante este período, o maior desafio enfrentado foi a formação do vínculo com os profissionais que também desconheciam as propostas do PET-Saúde e se sentiam desconfortáveis com a presença dos alunos. No final de fevereiro de 2019 fomos surpreendidos com a notícia do não cadastramento de 70% dos projetos no sistema FormSUS diante da nova coordenação do PET de Brasília. Desta forma, nossas atividades foram pausadas por duas semanas e, em seguida, retomadas, contudo, em horário reduzido. Com a instabilidade que vivíamos e a dúvida quanto à sobrevivência do programa, dois alunos que compunham nosso grupo, das graduações de serviço social e farmácia, desistiram de suas participações. Em abril de 2019, nossas atividades já estavam normalizadas e, a partir de então, nossas bolsas foram sendo contabilizadas. Retornamos com nossas tarefas, participando de visitas domiciliares, acompanhando consultas, realização de procedimentos e, paralelo a isso, buscando possíveis linhas de pesquisa de acordo com as necessidades da clínica por nós observadas. No mês de julho, após a participação em reuniões de módulo e de equipe, pudemos perceber certas lacunas na realização das reuniões que ocorriam na unidade: reunião de equipe que não aconteciam com a frequência que deveriam e que nem todos profissionais participam, espaço  que se configura como um momento de informes e não como um dispositivo de discussão de casos, definição de Projetos Terapêuticos Singulares, assim como não eram tomadas como espaço para pensar a gestão e planejamento das ações e do serviço. Tais fatores tornou este um dos temas relevantes para nossas possíveis pesquisas. Um outro fator que nos instigou após o trabalho proposto pelo PET na unidade foi a sobrecarga da supervisora de saúde mental frente à alta demanda de casos na clínica, acarretando na necessidade de um apoio matricial fortalecido. Entretanto, o cuidado ao portador de transtorno mental ainda é um tema de complexa abordagem dentro dos serviços de saúde, devido a falta de capacitação dos profissionais, estigmas do indivíduo com sofrimento psíquico e a precária comunicação entre os serviços de saúde. Percebíamos que alguma coisa precisava ser feito tendo em vista que os profissionais da Atenção Básica sozinhos não dariam conta de acompanhar esses usuários por vários motivos, seja pela falta de qualificação dos profissionais, pela complexidade que este cuidado envolve, pelo estigma atrelado a loucura que também permeia a prática dos profissionais de saúde, mas não sabíamos exatamente o que poderia auxiliar a resolver esta problemática. Foi aí que nos encontramos com o conceito de matriciamento — conceito que ainda não tínhamos estudado na graduação, mas que nos pareceu interessante. Nesse sentido, demos início à construção de um pré-projeto voltado para a compreensão da percepção dos trabalhadores da clínica sobre a importância das reuniões de equipe e seus efeitos práticos no cotidiano do serviço. Como parte da metodologia, foi realizada  coleta de dados através de entrevista gravada com todos os profissionais da clínica para posterior transcrição. Até o momento da escrita deste resumo nos encontramos na fase de transcrição das entrevistas que serão futuramente analisadas. Durante esse período, também observamos outro tema de grande relevância no serviço: a utilização do Projeto Terapêutico Singular (PTS) como dispositivo potencializador da prática interprofissional em saúde. Iniciamos, assim,  a elaboração de um constructo teórico da nossa pesquisa que será de natureza qualitativa através de estudo de casos com observação direta e análise de conteúdo. Utilizaremos também interconsultas como espaço de cuidado e ferramenta para práticas colaborativas. Esperamos por meio desses estudos, que os profissionais da clínica estejam mais engajados com os diversos dispositivos fortalecedores das práticas interprofissionais, utilizando de momentos específicos, como as reuniões de equipe e de módulo, e do cotidiano dos serviços, como espaços para exercerem condutas que potencializem  a troca de vivências e saberes, proporcionando melhorias não só no convívio entre os profissionais como também no vínculo usuário-clínica. Acreditamos que toda a vivência proporcionada pelo PET-Saúde  já esteja nos tornando, ainda que como acadêmicas, futuras profissionais engajadas com o tema da interprofissionalidade, vendo nesse viés um instrumento imprescindível para nossa formação não quanto apenas futuras psicóloga ou dentista, mas sim como futuras profissionais de saúde.

12261 ABORDAGEM INTERPROFISSIONAL EM AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM CRIANÇAS EM BELÉM (PA): UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PET- SAÚDE
Alannys Bianca Queiroz, Alice Garcia de Oliveira, Alice Garcia de Oliveira, Alice Garcia de Oliveira, Simone de La Rocque Cardoso, Nayara Nunes de Alcântara, Cleber Leonardo de Souza Campos, Nayara Nunes de Alcântara, Margarete Feio Boulhosa, Margarete Feio Boulhosa, Alice Garcia de Oliveira, Alice Garcia de Oliveira, Cleber Leonardo de Souza Campos, Simone de La Rocque Cardoso, Nayara Nunes de Alcântara, Cleber Leonardo de Souza Campos, Alice Garcia de Oliveira, Alice Garcia de Oliveira, Nayara Nunes de Alcântara, Margarete Feio Boulhosa, Cleber Leonardo de Souza Campos, Simone de La Rocque Cardoso, Simone de La Rocque Cardoso, Simone de La Rocque Cardoso, Nayara Nunes de Alcântara, Margarete Feio Boulhosa, Cleber Leonardo de Souza Campos, Margarete Feio Boulhosa, Alice Garcia de Oliveira, Margarete Feio Boulhosa, Nayara Nunes de Alcântara, Nayara Nunes de Alcântara, Simone de La Rocque Cardoso, Cleber Leonardo de Souza Campos, Alice Garcia de Oliveira, Cleber Leonardo de Souza Campos, Nayara Nunes de Alcântara, Cleber Leonardo de Souza Campos, Simone de La Rocque Cardoso, Margarete Feio Boulhosa, Nayara Nunes de Alcântara, Alice Garcia de Oliveira, Simone de La Rocque Cardoso, Alice Garcia de Oliveira, Alice Garcia de Oliveira, Margarete Feio Boulhosa, Cleber Leonardo de Souza Campos, Nayara Nunes de Alcântara, Margarete Feio Boulhosa, Cleber Leonardo de Souza Campos, Nayara Nunes de Alcântara, Simone de La Rocque Cardoso, Simone de La Rocque Cardoso, Nayara Nunes de Alcântara, Margarete Feio Boulhosa, Cleber Leonardo de Souza Campos, Cleber Leonardo de Souza Campos, Simone de La Rocque Cardoso, Simone de La Rocque Cardoso, Margarete Feio Boulhosa, Margarete Feio Boulhosa

ABORDAGEM INTERPROFISSIONAL EM AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM CRIANÇAS EM BELÉM (PA): UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PET- SAÚDE

Autores: Alannys Bianca Queiroz, Alice Garcia de Oliveira, Alice Garcia de Oliveira, Alice Garcia de Oliveira, Simone de La Rocque Cardoso, Nayara Nunes de Alcântara, Cleber Leonardo de Souza Campos, Nayara Nunes de Alcântara, Margarete Feio Boulhosa, Margarete Feio Boulhosa, Alice Garcia de Oliveira, Alice Garcia de Oliveira, Cleber Leonardo de Souza Campos, Simone de La Rocque Cardoso, Nayara Nunes de Alcântara, Cleber Leonardo de Souza Campos, Alice Garcia de Oliveira, Alice Garcia de Oliveira, Nayara Nunes de Alcântara, Margarete Feio Boulhosa, Cleber Leonardo de Souza Campos, Simone de La Rocque Cardoso, Simone de La Rocque Cardoso, Simone de La Rocque Cardoso, Nayara Nunes de Alcântara, Margarete Feio Boulhosa, Cleber Leonardo de Souza Campos, Margarete Feio Boulhosa, Alice Garcia de Oliveira, Margarete Feio Boulhosa, Nayara Nunes de Alcântara, Nayara Nunes de Alcântara, Simone de La Rocque Cardoso, Cleber Leonardo de Souza Campos, Alice Garcia de Oliveira, Cleber Leonardo de Souza Campos, Nayara Nunes de Alcântara, Cleber Leonardo de Souza Campos, Simone de La Rocque Cardoso, Margarete Feio Boulhosa, Nayara Nunes de Alcântara, Alice Garcia de Oliveira, Simone de La Rocque Cardoso, Alice Garcia de Oliveira, Alice Garcia de Oliveira, Margarete Feio Boulhosa, Cleber Leonardo de Souza Campos, Nayara Nunes de Alcântara, Margarete Feio Boulhosa, Cleber Leonardo de Souza Campos, Nayara Nunes de Alcântara, Simone de La Rocque Cardoso, Simone de La Rocque Cardoso, Nayara Nunes de Alcântara, Margarete Feio Boulhosa, Cleber Leonardo de Souza Campos, Cleber Leonardo de Souza Campos, Simone de La Rocque Cardoso, Simone de La Rocque Cardoso, Margarete Feio Boulhosa, Margarete Feio Boulhosa

Apresentação: A complexidade do campo da Saúde Coletiva se deve ao fato dos cuidados direcionados ao processo saúde-doença com base na Atenção exigem múltiplos olhares para atingir os diferentes setores voltados família e comunidade. Para  atender e utilizar a interdisciplinaridade, pressupõe-se a atuação conjunta de diferentes áreas do saber e o entrelaçamento desses saberes e o desafio de trabalhar as várias áreas do conhecimento a especificidade das profissões em congruência de uma ação coletiva. Diante dessa necessidade de trabalhar juntos e da execução de várias dinâmicas, com o envolvimento das crianças para o desenvolvimento de saberes para a comunidade, incluindo-se a infância, que as práticas educativas, ao utilizar metodologias ativas e a transformações no processo de educação em saúde como recurso formidável para a melhoria da qualidade de vida da população, ao apoio à promoção da saúde base dos preceitos do Sistema Único de Saúde. É importante  ressaltar que ao iniciar a proposta de trabalho interprofissional direcionado ao público infantil, faz-se necessário o cuidado com base ao diálogo entre os participantes do estudo e elaboração de informações de acordo com a escolaridade das crianças matriculadas na escola no desenvolvimento das atividades programadas precisam ser  compreendidas pelo grupo de maneira que esteja acessível, mediante a adequação de linguagem, e  da utilização do lúdico por exemplo o brincar, a musicalidade e a pintura levou ao envolvimento dos participantes. A linguagem do brincar, pode então vir a ser estabelecida através de um vínculo entre o participantes (aluno ou criança) e o profissional, proporcionando resultados mais eficazes. Além disso, faz-se necessário também a preparação de um ambiente que permita o bem-estar e a segurança das crianças, para assim haver uma troca e interação dos envolvidos. Sob esse viés, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde/Interprofissionalidade), o qual tem como objetivo estimular o autocuidado e a autonomia da população, a partir do olhar da interprofissionalidade desenvolveu o plano de trabalho “autocuidado na infância”. Objetivo: Apresentar, sob o olhar da interprofissionalidade, as experiências e as atividades idealizadas e concretizadas por discentes de diferentes cursos de graduação da Universidade do Estado do Pará durante as Atividades do PET- Saúde em uma escola pública da cidade de Belém (PA)rá. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo qualitativo do tipo relato de experiência, o qual descreve a abordagem da interprofissionalidade na realização de ações em educação em saúde durante a prática do PET-Saúde/interprofissionalidade que ocorreram ao longo do segundo semestre de 2019 por discentes de enfermagem, terapia ocupacional e medicina da Universidade do Estado do Pará (UEPA), em parceria com os coordenadores, tutores, preceptores do projeto formados pelos estudantes dos cursos de Terapia ocupacional, Enfermagem, Medicina, Fisioterapia e Educação Física. A atividade foi realizada na escola pública localizada no Distrito Administrativo da Sacramenta (DASAC), onde os serviços da rede de atenção a Saúde, o qual pertence como prática e estágio  aos estudantes da Universidade do Estado do Pará, dos vários cursos das ciências da saúde (Enfermagem, Terapia Ocupacional, Educação Física, Fisioterapia, Biomedicina e Medicina) em Belém (PA) e teve como público alvo crianças de 6 a 10 anos de idade com 102 estudantes matriculados na 1ª,2ª  e 3ª série do ensino Fundamental que frequentam a escola pelo turno da tarde. Tendo conhecido a realidade das crianças que participariam, o grupo chegou ao tema “auto cuidado na infância”. A equipe então discutiu sobre formas de abordagem dos temas na escola. Levando em conta o ponto de vista das diferentes áreas de formação dos envolvidos no projeto, estes foram divididos em duas atividades diferentes: “alimentação saudável” e “higienização das mãos”.

11670 IMPASSES NA INTEGRAÇÃO ENTRE AS REDES DE SAÚDE DE NITERÓI NA PERSPECTIVA DE UMA ALUNA BOLSISTA DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO PET- SAÚDE
Hosana dos Santos Souza, Ândrea Cardoso de Souza

IMPASSES NA INTEGRAÇÃO ENTRE AS REDES DE SAÚDE DE NITERÓI NA PERSPECTIVA DE UMA ALUNA BOLSISTA DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO PET- SAÚDE

Autores: Hosana dos Santos Souza, Ândrea Cardoso de Souza

Apresentação:  Este trabalho consiste num relato de experiência de uma aluna de graduação do curso de Enfermagem vinculado a Universidade Federal Fluminense do grupo PET-SAÚDE Interprofissionalidade  no Centro de Atenção Psicossocial  AD do município de Niterói. Esta consiste numa narrativa para compartilhar uma situação no mínimo não compreendida, ‘bizarra’ vivenciada numa unidade de saúde. No dia 30/01/2020 a paciente M. P. O chegou ao CAPS AD Alameda e informou a equipe que estava com “dores abdominais, menarca por cerca de três meses e que acreditava estar grávida, além disso a mesma estava chorosa e muito angustiada. Diante deste contexto, eu a psicóloga, referência da usuária na unidade, optamos por acompanhá-la até uma maternidade de um hospital público estadual, optou-se por este serviço em virtude da proximidade do CAPS AD, para que a origem da dor, a qual a usuária referia ser intensa, pudesse ser verificada e seu tratamento viabilizado. Nesta maternidade fomos orientadas a passar na emergência ao lado e não nos identificarmos como sendo da equipe do CAPS, não mencionarmos que éramos da área da saúde. Eis aí uma questão: por quais motivos teríamos para proceder de tal maneira? Não seria interessante contar na rede de saúde com profissionais que tem disponibilidade de acompanhar os usuários nos diferentes pontos de cuidado da rede? Não seria interessante contar com profissionais e estagiários que tecem a rede junto aos usuários? Que ao invés de encaminhamento ‘morto’ operam na lógica de encaminhamento ‘vivo’? Após um longo período de espera a usuária foi chamada pela médica. No entanto, não foi escutada, tendo sido liberada logo na porta do consultório após a médica identificar que não havia trauma. Antes da paciente ser chamada não havíamos nos identificado como fomos orientadas a fazer, após a paciente ser recusada, identificamos para a médica como sendo a equipe de saúde que acompanhava. E aí sou tomada por outro questionamento: ‘quais emergências são acolhidas pelo serviço de emergência deste hospital público’? Optamos por voltar insistir junto ao serviço da maternidade pelo atendimento. Nos identificamos e falamos da preocupação com a usuária e nesse momento a mesma já estava com um comportamento mais agitado e já estava gritando pelas dores e deitando nas cadeiras da sala de espera, eu pedia que ela aguentasse a dor enquanto não era chamada para atendimento. Mais um questionamento se coloca: a usuária foi atendida após a equipe da maternidade saber que a mesma era do CAPS e que já apresentava com alteração de comportamento? Essa situação evidenciou uma dificuldade de articulação das redes de cuidado em saúde no município de Niterói. Foi identificado obstáculos para o funcionamento em rede, o que é preconizado pelo Sistema Único de Saúde. Algumas outras questões são levantadas: seria negado, ainda nos tempos atuais, o cuidado aos usuários dos serviços de saúde mental? Seria esses usuários desprovidos do direito constitucional de acesso aos serviços de saúde dos necessitam? E isso tudo porque a usuária estava acompanhada por uma acadêmica de enfermagem e uma psicóloga!  

7745 DIAGNOSTICANDO AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE EM MACAÉ: UMA EXPERIÊNCIA DO PET-SAÚDE
Isabela Barboza da Silva Tavares Amaral, Naiara Sperandio, Diego Lima de Oliveira, Beatrz Dassie Carminate, Nathalia Soares Argemil, Bianca Araújo de Almeida

DIAGNOSTICANDO AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE EM MACAÉ: UMA EXPERIÊNCIA DO PET-SAÚDE

Autores: Isabela Barboza da Silva Tavares Amaral, Naiara Sperandio, Diego Lima de Oliveira, Beatrz Dassie Carminate, Nathalia Soares Argemil, Bianca Araújo de Almeida

Apresentação: O presente estudo é um relato de experiência que pretende descrever o processo de trabalho de um dos grupos vinculados ao Programa de Educação pelo Trabalho (PET)- Saúde/Interprofissionalidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro do Campus de Macaé, que deu origem a um projeto de pesquisa. Desenvolvimento: Este programa tem desenvolvido diversas ações voltadas a fomentar a capilarização da interprofissionalidade na universidade e nos cenários de práticas do SUS, através da composição heterogênea de seus grupos de trabalho que integram alunos de graduação e docentes dos cursos de enfermagem, farmácia, medicina e nutrição, além de profissionais da rede municipal de saúde. Um dos grupos de trabalho iniciou suas atividades em abril de 2019 com aprofundamento teórico acerca dos conceitos de interprofissionalidade e processo de trabalho nas Redes de Atenção à Saúde no SUS. Paralelamente às leituras foram organizadas visitas guiadas às unidades públicas de assistência à saúde em Macaé, aos espaços relacionados à Gestão da saúde como Secretaria Municipal de Saúde, Conselho Municipal de Saúde e reuniões de comitês específicos, onde normalmente não se tem campo prático ou estágios ao longo da graduação. A partir dessa imersão no sistema municipal de saúde, foram produzidos pelos alunos, diários de campo que subsidiavam as discussões tecidas em cada reunião pós-visita guiada. Identificou-se nos relatos dos alunos, questões como por exemplo falhas de comunicação entre gestão e assistência e falta de integração dos níveis de atenção. Resultado: Uma vez identificada essa necessidade de ter um diagnóstico que pudesse traduzir o grau de integração das Redes de Atenção à Saúde, foi submetido um projeto de pesquisa com esse objetivo, para que uma vez estabelecido o diagnóstico local, pudesse ser viabilizado um plano que promova melhoria do nível de integração das Redes. Para isso, foi selecionado um instrumento de diagnóstico de Rede chamado: “Avaliação das Redes de Atenção à Saúde”, cujas dimensões envolvem questões acerca da população, da Atenção Primária à saúde, dos pontos de atenção secundários e terciários, dos sistemas de apoio, dos sistemas logísticos, dos sistemas de governança da Rede e do modelo de atenção à saúde proposto por Eugênio Vilaça Mendes. O projeto de pesquisa foi aprovado no comitê de ética em agosto de 2019. Destaca-se que a abordagem da interprofissionalidade no sentido da formação para o SUS em atividades acadêmicas como esta aqui descrita é capaz de promover resultados que possam de fato ser geradores de reflexão e (re)construção de práticas e sentidos do que fazemos nos espaços de formação, gestão e cuidado em saúde. Considerações finais: Conclui-se que é preciso valorizar a prerrogativa constitucional do SUS em reordenar a formação dos trabalhadores da área da saúde, a formação profissional voltada para o trabalho que contribua para o desenvolvimento social, e principalmente para integração ensino-serviço-gestão-comunidade, de forma a promover inserção dos estudantes nos cenários  de  práticas  do  SUS  e  outros equipamentos sociais desde o início da formação, integrando a educação e o trabalho em saúde.

7803 EXPERIÊNCIA PET-SAÚDE/INTERPROFISSIONALIDADE EM MACAÉ: INTEGRANDO A UNIVERSIDADE, A GESTÃO E OS SERVIÇOS
Isabela Barboza da Silva Tavares Amaral, Naiara Sperandio, Bianca Araújo de Almeida, Nathália Soares Argemil, Beatriz Dassie Carminate, Diego Lima de Oliveira

EXPERIÊNCIA PET-SAÚDE/INTERPROFISSIONALIDADE EM MACAÉ: INTEGRANDO A UNIVERSIDADE, A GESTÃO E OS SERVIÇOS

Autores: Isabela Barboza da Silva Tavares Amaral, Naiara Sperandio, Bianca Araújo de Almeida, Nathália Soares Argemil, Beatriz Dassie Carminate, Diego Lima de Oliveira

Apresentação: O Sistema Único de Saúde ratifica a importância da formação profissional voltada para o trabalho e a relevância da integração ensino-serviço-gestão-comunidade. Diante disso, o presente trabalho objetiva relatar uma experiência de atividade de extensão promovida por um dos grupos de trabalho do Programa de Educação pelo Trabalho (PET)- Saúde/Interprofissionalidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) do Campus Macaé Professor Aloísio Teixeira. Desenvolvimento: A atividade retratada é fruto do Projeto de Extensão: “Interprofissionalidade na Saúde- Macaé: integrando a Universidade, a gestão e os serviços” vinculado às atividades do grupo de trabalho em questão. O projeto de extensão foi submetido e aprovado de modo a fomentar ampliação das atividades pertinentes aos objetivos do grupo. Este viés extensionista de trabalho do referido grupo, busca a transformação do trabalho em saúde, com ênfase no desenvolvimento de práticas dialógicas e colaborativas através do desenvolvimento de Seminários e Oficinas que integrem discentes e docentes dos cursos da área da saúde da UFRJ- Macaé (farmácia, enfermagem e obstetrícia, nutrição e medicina), gestão local dos serviços de saúde em Macaé, o Conselho Municipal de Saúde e profissionais ligados diretamente à prestação dos serviços.  A metodologia de trabalho do grupo envolveu duas etapas principais: a primeira consistiu no diagnóstico situacional da Rede de Atenção à Saúde em Macaé, que se deu através de visitas guiadas a serviços da atenção primária, secundária, terciária, da gestão e às reuniões do Conselho Municipal de Saúde, além da produção de diários de campo pelos alunos. Após as visitas foram realizadas reuniões para definição de temas prioritários que direcionariam o planejamento das atividades de extensão. Na segunda etapa, o grupo planejou e o desenvolveu o primeiro seminário, que ocorreu em outubro de 2019, e teve como tema emergido da primeira etapa; a Regionalização, na perspectiva de facilitação do entendimento do funcionamento das Redes de Atenção à saúde. Foram enviadas cartas-convite ao Conselho municipal de saúde, às diversas coordenações da secretaria municipal de saúde, estimulando também a presença dos profissionais da assistência e o convite também foi divulgado aos diversos cursos da área da saúde da UFRJ-Macaé. Resultado: Totalizou-se 152 pessoas presentes entre profissionais dos serviços de saúde, gestores, e a comunidade acadêmica. A mesa foi composta por um membro da Comissão Intergestores Regional, um membro da secretaria municipal de saúde e um discente que compartilhou o seu olhar acadêmico sobre o tema proposto. Distribuíram-se filipetas para que os participantes pudessem registrar anonimamente se o conteúdo debatido no evento foi relevante em sua perspectiva e se contribuiu para sua compreensão do que é Regionalização. 77 filipetas foram preenchidas e todas sinalizaram a relevância do evento e a importância da discussão do conteúdo. Considerações finais: Espera-se que o projeto possa contribuir para qualificar o trabalho em saúde além de promover a posteriori um espaço institucionalizado permanente de diálogo e trocas entre ensino-serviço-gestão-comunidade, na perspectiva de apontar soluções coletivas de modo a tornar a Rede municipal e a formação em saúde cada vez mais integrada e coerente com as necessidades do território.