347: Aprendizagens e Ensinos: Diálogos em Artes e Culturas
Debatedor: Eduardo Torres
Data: 30/10/2020    Local: Sala 07 - Rodas de Conversa    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
5815 A SAÚDE DO PRÉ-ADOLESCENTE NA ERA DIGITAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA BASEADO NO ARCO DE MAGUEREZ
Joaquim Gabriel Santos, Sarah Rodrigues Pinheiro, Victória Paiva Moraes, João Gabriel Gomes, Armando Penela, Flávio Carvalho, Rosa Reis

A SAÚDE DO PRÉ-ADOLESCENTE NA ERA DIGITAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA BASEADO NO ARCO DE MAGUEREZ

Autores: Joaquim Gabriel Santos, Sarah Rodrigues Pinheiro, Victória Paiva Moraes, João Gabriel Gomes, Armando Penela, Flávio Carvalho, Rosa Reis

Apresentação: A tecnologia, basicamente, consiste em um conjunto de atividades humanas, associadas a sistemas de símbolos, instrumentos e máquinas, capazes de grandes feitos como a construção de obras ou produtos que auxiliam na transposição dos limites humanos. De acordo com as novas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), as crianças devem passar menos tempo com as novas tecnologias e mais tempo brincando de maneira ativa. Entretanto, nos dias atuais o brincar foi deixado de lado e o uso da tecnologia é mais frequente na vida do pré-adolescente provocando doenças, sedentarismo etc. Objetivo: Descrever as experiências dos discentes em enfermagem na sensibilização de alunos em uma escola de nível fundamental e médio, sobre a importância das atividades lúdicas no cuidado do corpo e da mente na era digital. Método: Com base no Arco de Maguerez, inicialmente ocorreu uma visita à escola para levantar problemas da instituição e definir o tema, em seguida, realizou-se a coleta de dados. Após o levantamento de bibliográfico, ocorreu a escolha e o planejamento da ação; sendo que foi efetivada com 50 alunos do 6° ano do ensino fundamental. Sendo iniciado pela apresentação do tema e aplicação de 4 atividades lúdicas com o intuito de contornar a problemática encontrada, após estas atividades foi aplicado um questionário para identificação da relevância destas atividades. Resultado: Ao trabalhar o resgate de brincadeiras antigas que trabalham o corpo de maneira ativa, consideramos que a atividade foi um sucesso e que, a princípio, os alunos demonstraram-se acanhados à participar das atividades, dito brincadeiras, pois mostraram resistência ao saber que nossa ação se baseava simplesmente em brincar, no entanto, após o início, a resistência foi se extinguindo e pouco a pouco o brincar já fazia parte do ambiente, sendo que, muitos dos pequenos no momento das atividades nem se quer pensaram em pegar o celular e, aqueles que não conheciam as brincadeiras demonstraram interesse em continuar brincando posteriormente. Considerações finais: As ações em saúde são de suma importância para a comunidade escolar, pois são metodologias que edificam o conhecimento e transformam os envolvidos em protagonistas deste processo. Como no caso deste estudo, que buscou aplicar atividades lúdicas como meio de contorno aos prejuízos causados pelo uso excessivo do smartphones, e que, por isso, considera de fundamental importância a atuação de profissionais em saúde, ou de áreas afim, no estímulo destas atividades, além de maiores estudos acerca da importância do brincar, não somente na infância, mas nas divergentes fases da vida.

5939 OS IMPACTOS DA TECNOLOGIA NA SAÚDE FÍSICA E MENTAL DO PRÉ-ADOLESCENTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA BASEADO NO ARCO DE MAGUEREZ
Amanda Louise Rodrigues oliveira, Armando Sequeira Penela, Felipe Macedo Vale, Gabriela Pixuna Dias, Shirley Regina Cardoso Mendes

OS IMPACTOS DA TECNOLOGIA NA SAÚDE FÍSICA E MENTAL DO PRÉ-ADOLESCENTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA BASEADO NO ARCO DE MAGUEREZ

Autores: Amanda Louise Rodrigues oliveira, Armando Sequeira Penela, Felipe Macedo Vale, Gabriela Pixuna Dias, Shirley Regina Cardoso Mendes

Apresentação: O avanço da tecnologia e a facilidade de acesso à internet mudou a forma como as pessoas vivem e se relacionam. São inúmeros os recursos que a tecnologia traz para sociedade como a capacidade de comunicação de pessoas distantes geograficamente e como meio facilitador do processo ensino-aprendizagem, por meio de fontes de pesquisa e videoaulas. No entanto, o uso excessivo de algumas tecnologias, como aparelhos eletrônicos, pode acarretar danos à saúde do ser humano sobretudo em pré-adolescentes. Por tanto, o uso indevido das tecnologias deve ser evitado desde a adolescência, para isso, atividades de reflexão individual e coletiva devem ser executadas na rotina escolar para a melhor absorção dos impactos negativos que a tecnologia ocasiona. Assim, o objetivo deste trabalho é relatar a experiência de acadêmicos do curso de graduação em Enfermagem acerca do uso inadequado das tecnologias entre pré-adolescentes de uma escola pública de Belém do Pará. Desenvolvimento: Para realização da atividade foi utilizado a Metodologia da Problematização pelo Arco de Marguerez que consiste em cinco etapas: 1) Observação da realidade; 2) Levantamento dos pontos chaves; 3) Teorização; 4) Hipóteses de solução e 5) Retorno à realidade. Nas etapas iniciais foram feitas observações sistemáticas na instituição de ensino, com levantamento de pontos chaves para definir a problemática a ser trabalhada, que consistiu no uso frequente de tecnologias. Na etapa de teorização, buscou-se na literatura estudos sobre a temática em questão e a partir desta foi elaborada uma ação educativa como hipótese de solução, a qual foi realizada na última etapa do Arco, de retorno a realidade. No dia da ação, os graduandos de Enfermagem apresentaram uma palestra sobre alguns malefícios que o uso inadequado de aparelhos eletrônicos pode trazer à saúde física e mental dos pré-adolescentes, na qual puderam participar 24 alunos do 7º ano. Em seguida foi feita uma dinâmica, onde foram entregues aos participantes placas identificadas com as palavras “verdadeiro” e “falso” para que o público, por meio das plaquinhas, respondesse um questionário baseado no assunto da palestra, com o propósito de avaliar a fixação e entendimento do conteúdo ministrado. Ao final, foi feita uma roda de conversa sobre o assunto e entregue brindes para cada participante. Resultado: Os participantes ficaram atentos no momento da palestra e demonstraram interesse e euforia em participar da dinâmica e roda de conversa, sanaram dúvida e colaboraram com suas experiências, neste momento, observou-se certo desconhecimento por parte de alguns alunos sobre os malefícios no âmbito físico e mental do uso inadequado dos eletrônicos. Assim, os resultados da ação evidenciam a necessidade de atividades interativas na educação em saúde no ambiente escolar, visto que, a fixação de conteúdo e o interesse em dialogar foram estimulados por meio da dinâmica. Considerações finais: Esse trabalho possibilitou, por meio de palestra e de atividade lúdica, evidenciar aos alunos pré-adolescentes os malefícios na saúde e bem-estar do uso inadequado da tecnologia.

6142 ARTETERAPIA PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE ATUANTES EM UM SETOR OBSTÉTRICO DE UM HOSPITAL PÚBLICO NO INTERIOR DA AMAZÔNIA
Rafaela Victoria Camara Soares, Rebeka Santos da Fonseca, Sara Cristina Pimentel Baia, Julianne de Figueiredo da Costa, Emilly Ane da Mota Cardoso, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

ARTETERAPIA PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE ATUANTES EM UM SETOR OBSTÉTRICO DE UM HOSPITAL PÚBLICO NO INTERIOR DA AMAZÔNIA

Autores: Rafaela Victoria Camara Soares, Rebeka Santos da Fonseca, Sara Cristina Pimentel Baia, Julianne de Figueiredo da Costa, Emilly Ane da Mota Cardoso, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

Apresentação: O estresse ocupacional vem afetando cada vez mais profissionais da saúde, uma vez que, estes são expostos a sobrecarga de trabalho no ambiente hospitalar que por diversos autores é considerado um ambiente insalubre, e comumente apontado como fator de risco para geração de estresse aos profissionais de saúde. Por sua vez, a arteterapia como prática transdisciplinar, atuando como uma grande aliada como um processo terapêutico não verbal que ajuda o ser humano a alcançar novos sentidos em sua vida. O objetivo do presente estudo é relatar a experiência de discentes e docente de enfermagem sobre como a arteterapia pôde contribuir como terapêutica de relaxamento dos profissionais de um setor obstétrico de um hospital público no interior da Amazônia. Desenvolvimento: O estudo trata de um relato de experiência vivido durante a execução do projeto Educa-Art Saúde realizado por acadêmicos voluntários da Universidade do Estado do Pará – Campus XII, em parceria com o Pet-Saúde/interprofissionalidade.  Foi ofertado diversos atendimentos e atividades como massoterapia, aferição de pressão arterial, bioempedanciometria, consulta médica e atividades de relaxamento, onde o projeto Educa-Art em Saúde atuou realizando mandalas, uma técnica da arteterapia que utiliza fios coloridos e palitos, sendo executada por toda a equipe multiprofissional em saúde, onde puderam relaxar e cria-las com cores e trançados escolhidos pelos autores. Para coleta de dados utilizou-se da observação participativa e análise reflexiva. Resultado: Durante a execução da técnica da mandala, foi visível para as voluntárias a curiosidade não somente dos profissionais que seriam atendidos, mas também, dos participantes que estavam promovendo outras atividades no setor. Os primeiros a se aproximarem para conhecer o material e sua terapêutica foram discentes de fisioterapia e sua preceptora, que estavam realizando atendimento durante a ação. Esses foram incitados e estimulados por sua professora a aprenderem com as voluntárias a técnica, para realizarem a terapêutica em aulas práticas referente ao curso de formação. Para as idealizadoras do projeto é de grande satisfação que as percepções das pessoas são positivas quanto o desenvolvimento da arteterapia na saúde, uma vez que, essa ainda não é tão aceita por parte de alguns profissionais, por se tratar de uma terapia alternativa. Além disso, os profissionais da obstetrícia se envolveram bastante com a construção das mandalas, demonstrando muito deleite em realizar a atividade, ademais, exteriorizaram perseverança mesmo quando as primeiras tentativas de construção do artesanato não saíram como o esperado. Alguns levaram materiais para continuarem com a prática em casa, enfatizando o bem-estar que essa ofereceu naquele momento, demonstrando sua importância. Considerações finais: Notou-se que a arteterapia é uma alternativa eficaz para a redução do estresse causado pela rotina exaustiva dos trabalhadores de saúde em ambiente hospitalar. Dessa forma, salienta-se a importância de terapias alternativas no ambiente profissional, pois podem melhorar a qualidade de vida dos profissionais, bem como as atividades executadas pelos mesmos.

6265 A CURA DA AIDS PARA 2030 - PREVENÇÃO, TRATAMENTO E MEDICALIZAÇÃO: O REVÉS DA EPIDEMIA
Liney Maria Araujo, José Sávio dos Santos, Joseph Rodrigues de Rosa, Kamylla Cavalcante Taques dos Reis, Marcelo Picinin Bernuci, Rejane de Sousa Barros Campos, Stefânia Pinto Mota, Tania Maria Gomes da Silva

A CURA DA AIDS PARA 2030 - PREVENÇÃO, TRATAMENTO E MEDICALIZAÇÃO: O REVÉS DA EPIDEMIA

Autores: Liney Maria Araujo, José Sávio dos Santos, Joseph Rodrigues de Rosa, Kamylla Cavalcante Taques dos Reis, Marcelo Picinin Bernuci, Rejane de Sousa Barros Campos, Stefânia Pinto Mota, Tania Maria Gomes da Silva

Apresentação: Potencializar a nova realidade científica do HIV/AIDS, faz deste estudo significativo. Atualmente, começar a história da AIDS com o enunciado, que se espera “a sua cura para 2030”, ainda soa, para muitos, como insanidade mental ou no mínimo, surreal. Não se esquecendo que foi, nesse mesmo pensamento, que surgiu uma doença infecto contagiosa de alta letalidade e com uma rapidez inenarrável tornou-se uma pandemia. Mesmo porque não é com frequência que se assiste ao nascimento de uma pandemia, o que no ponto de vista da ciência, configura-se como um “privilégio”.  Na linha do tempo das pandemias infecciosas, a Gripe Espanhola, conhecida também como Influenza Espanhola que aconteceu no século XIX, foi a pandemia de maior número de vítimas fatais em um curto período de tempo (1918 a 1919). Rapidamente descobriu-se que sua forma de controle estava na prevenção, que consistia em medidas de saúde pública. No século XX, no início da década de 1980, eis que surge uma primeira doença infecto contagiosa de proporções globais e de alta letalidade, em que o indivíduo sucumbia antes mesmo do seu diagnóstico. Década em que, toda a atenção da ciência no planeta era para “nova doença”, aguçando a curiosidade dos cientistas e espalhando terror na sociedade. Era um quadro de adoecimento onde as pessoas reuniam sinais e sintomas que resultavam em uma falência imunológica súbita, motivo pelo qual os cientistas conceituaram a doença como Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida (do inglês: Acquired Immuno Deficiency Syndrome -AIDS).  A identificação do primeiro caso de AIDS aconteceu em 1981, nos Estados Unidos da América (EUA), descobrindo-se, dois anos depois, o seu agente etiológico, o Vírus Imuno Deficiência Humana (do inglês - Human Immunodeficiency Virus -HIV). A AIDS chegou com um dinamismo incontrolável e, em uma década de epidemia, registrou nos EUA em 1991, 200 mil pessoas contaminadas e 133 mil mortes. A situação da misteriosa doença infecciosa só se agravava e os dados apontavam que na metade da década de 90, aproximadamente 3,5 milhões de pessoas estavam adquirindo HIV a cada ano, tudo muito desesperador. O mundo científico ainda não tinha certeza por onde começar as medidas de contenção da pandemia, tinha-se apenas as evidências trazidas pelo mesmo grupo de pessoas que o “mal do século” vinha acometendo. De características totalmente atípicas às anteriores, a emergente pandemia da AIDS trazia sua peculiaridade na forma de prevenção, na transmissão e no controle, e foram exatamente essas particularidades pandêmicas que, a priori, “confundiu” e indignou cientistas, gestores e sociedade que buscavam freneticamente o controle da letal doença. O grupo de pessoas que primeiro apresentou os sinais e sintomas foram: os hemofílicos, os heroinômanos, os homossexuais (sexo masculino), os haitianos e as hookers (do inglês -  profissionais do sexo). Ante aos fatos e com o corroborar da mídia da época, providenciaram um rótulo para a epidemia, “doença dos 5Hs”. Desenvolvimento: Além das características de mortalidade em curto tempo de contaminação, a doença mostrava ser um paradoxo para as convenções sociais, pois “(re)mexia” diretamente com os diversos aspectos das relações humanas no tocante a sexualidade e sexo, matrimônio, morte e preconceito que, contudo, serviu de norte para as vindouras ações de controle da doença. De fato, na época havia um contexto social/político/psicológico e até religioso complexo e muito delicado, mas configurar o perfil epidemiológico daquele momento era necessário. Quanto mais se divulgavam os números de casos e estes estavam centrados nos homossexuais masculinos, mais a população se enchia de pânico e (in) conscientemente faziam a exclusão automática desse seguimento populacional. Em todos os aspectos em que se pensava a epidemia, os homossexuais eram o principal alvo de todos os questionamentos, e até culpa sobre a doença e isso gerava ações pejorativas e maledicentes de toda naturezas, culminando em todo tipo de exclusão moral/religioso/social e até familiar. Nas décadas de 1980 e 1990 as taxas de infecção subiram exponencialmente, sendo notificado o primeiro caso de AIDS em criança e, a partir desse registro, passou a se pensar na possível transmissão heterossexual. Ao final dos anos 90, o “mal do século XX” começa a mostrar-se plurifacetado, obrigando a ciência e a sociedade a repensar todos os conceitos de prevenção e transmissão ante essa linearidade do HIV/AIDS. Os dados epidemiológicos mostravam o aumento significativo de casos em mulheres e em algumas crianças com HIV/AIDS. Com esses dois seguimentos no âmago da epidemia, houve uma surpresa com esses novos dados, cujo acontecimento foi denominado de feminização da doença. Começa-se então a ser dividida a responsabilidade pela transmissão do vírus que provoca a AIDS com os heterossexuais.  São fatos de extrema importância, pois trouxe um repensar da ciência e da sociedade no contexto político-social, no discurso de sexualidade e, principalmente, na diversificação do grupo determinado no pretérito. É compreensível entender que no tocante a AIDS os fatos ocorridos são congêneres no mundo e, as particularidades, dentro de cada território nacional.  A década de 90 foi, literalmente, um diferencial na vida das pessoas com AIDS, iniciando-se no mundo o tratamento medicamentoso com várias drogas combinadas contra o HIV, usado tanto para adultos infectados como também para prevenção da transmissão materno fetal. O popular coquetel da AIDS. No Brasil o coquetel e as medicações para as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) eram totalmente custeadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por um motivo totalmente cientifico: a presença das IST poderiam aumentar em até 18 vezes o risco de transmissão do HIV. Resultado: A cada década que se passa a ciência se aproxima mais do HIV e se distancia da AIDS. Isso se deve a toda essa “comunhão” cientifica tecnológica no decorrer desses quase quarenta anos da epidemia do HIV/AIDS, tendo a ciência se calçada de uma tal forma que, com plena convicção, vocifera para o mundo a cura da AIDS para 2030. Nos meados de 2000 surgiram os testes rápidos para HIV na Rede SUS revelando diagnostico em trinta minutos, otimizando o seguimento precoce da Pessoas Vivendo com HIV/AIDS (PVHA) nos Serviços Especializados.  Na próxima década (2014), o que era devaneio para maioria das PVHA, tornou-se realidade, com a dispensa dos Terapia Antirretrovirais (TARV) para todos, independentemente de exames laboratoriais e ou condições clinicas. O propósito era, as PVHA em uso de TARV não replicarão o vírus, assim não desenvolverão o quadro de AIDS e a possibilidade de contaminação via sexual torna-se infinitamente pequena. Soma-se assim as três imperiosas metas universais para a cura da AIDS em 2030, que são: 90% das pessoas sexualmente ativas testadas para o HIV; 90% das pessoas testadas com resultado positivo usando TARV e 90% das pessoas em uso TARV, com a carga viral indetectável. Considerações finais: é notório a existência de uma horizontalidade na história cientifica/social/política do HIV/AIDS e todas as ações exitosas em torno da temática está imbuído da ciência que perpassa o puramente biológico, se entendendo as ciências exatas e humanas. Entende-se que o raciocínio da cura da AIDS em 2030 através da não circulação do vírus HIV é simplista. Mas não empírico.  Portanto, somente os leigos podem achar esse discurso utópico, aos demais cabe conhecer essas cascatas de cuidados propostas pelos órgãos internacionais em comunhão com o Brasil para cumprimento das metas 90, 90, 90.

6414 A ARTETERAPIA COMO MEIO DE RELAXAMENTO E INTERAÇÃO SOCIAL
Julianne de Figueirdo da Costa, Emilly Ane da Mota Cardoso, Françoíse Gisela Gato Lopes, Gustavo Emanuel Oliveira da Silveira, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício, Milena Beatriz de Sousa Santos, Rafaela Victoria Camara Soares, Vanessa Kemilly Gomes Lima

A ARTETERAPIA COMO MEIO DE RELAXAMENTO E INTERAÇÃO SOCIAL

Autores: Julianne de Figueirdo da Costa, Emilly Ane da Mota Cardoso, Françoíse Gisela Gato Lopes, Gustavo Emanuel Oliveira da Silveira, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício, Milena Beatriz de Sousa Santos, Rafaela Victoria Camara Soares, Vanessa Kemilly Gomes Lima

Apresentação: A palavra arteterapia vem do latim, arte (perfeição) e terapêutica do grego, que significa tratamento. Ou seja, tratamento com processo criativo. A arteterapia de forma polissensorial pode ser aplicada para um bem-estar mental, físico e tem finalidade diagnóstica, preventiva e curativa, podendo ser realizada em grupos ou individualmente de forma espontânea e/ou direcionada. A arteterapia pode ser desenvolvida por diversos grupos nos mais variados locais, utilizando a expressão artística como o processo terapêutico contribuindo com a qualidade de vida, além da melhora da saúde mental. O objetivo foi relatar à experiência de acadêmicos em uma ação comunitária ofertada a comunidade em geral com a criação de mandalas e como essa atua no relaxamento e redução do estresse. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, vivenciado por acadêmicos do curso de enfermagem voluntários do Projeto de extensão Educa-Art Saúde, durante uma ação comunitária realizada no dia 31 de maio de 2019. O projeto Educa-Art Saúde visa promover momentos de bem-estar físico e mental para a comunidade Santarena por meio da arte. Esta ação ocorreu na praça da matriz de Santarém - PA, foram ofertados variados tipos de atendimento em saúde como: medidas antropométricas, vacinação, teste de glicemia, aferição de pressão arterial, testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites B e C, atendimentos do CAPS. O projeto atuou utilizando a arteterapia, com a produção de mandalas. Para a elaboração destas, utilizou-se de palitos, fios coloridos, foram dispostos colchonetes que ficaram no chão e as pessoas puderam utilizar para se sentir mais confortáveis enquanto desenvolviam as atividades terapêuticas e interagiam uns com os outros. Resultado: A construção da mandala além de reduzir o estresse, também possibilita o uso da criatividade, e proporciona momentos de interação entre os participantes possibilitando diálogo entre eles, as mandalas prontas foram expostas despertando curiosidade e interesse de quem passava no local para aprender mais da técnica. Verificou-se que na construção da mandala podem ser utilizados fios de diversas cores tornando o trabalho mais bonito e atraente para quem observa. Para a construção é necessário que se usem as mãos suaves, nem muito leve e nem muito pesada, esse fato pôde ser observado e refletido e pode estar relacionada ao estresse presente, pois algumas pessoas encontraram dificuldade em produzi-las, porém eram sempre incentivadas a continuar tentando. Percebeu-se também que durante as confecções de mandala há a valorização das habilidades que os participantes já têm, muitas vezes esquecida por conta dos afazeres do trabalho e outras responsabilidades. Considerações finais: Foi observado que a metodologia utilizada pelo Educa-Art no que tange os trabalhos artísticos, e a integração de pessoas que passavam pelo local da ação, funcionou de forma significativa, pois os serviços ofertados pelo projeto, além de causar certa satisfação as pessoas, gerou também curiosidade no aprender a confeccionar mandalas, ajudando na redução do estresse causado pela rotina diária destes participantes. Dessa forma, a arteterapia proporcionou um momento de relaxamento aliada à interação social.

6438 A CONTRIBUIÇÃO DA ARTE PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO PROCESSO DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Lucrecia Aline Cabral Formigosa, Silvana Silva de Souza, Rennan Coelho Bastos, Samara Machado Castilho, Joana Dulce Cabral Formigosa, Jaqueline Dantas Neres Martins

A CONTRIBUIÇÃO DA ARTE PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO PROCESSO DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

Autores: Lucrecia Aline Cabral Formigosa, Silvana Silva de Souza, Rennan Coelho Bastos, Samara Machado Castilho, Joana Dulce Cabral Formigosa, Jaqueline Dantas Neres Martins

Apresentação: As doenças coreanas causam cegueira, podendo levar à grande perda econômica e social para o indivíduo e a sociedade. O transplante de córnea tem como finalidade a recuperação da visão e pode ser classificado como óptico, quando seu objetivo é melhorar a acuidade visual, ou tectônico, quando visa apenas restaurar a anatomia do globo ocular diante de graves alterações estruturais. No Brasil, o Sistema Nacional de Transplantes regula o processo de realização dos transplantes, contando 4.285 cirurgias para córnea realizadas no ano de 2018, destes apenas 130 no Pará. No entanto, não consegue atender às demandas de todos que necessitam de um transplante, uma vez que se encontram em fila de espera mais de 900 pacientes no Estado, os quais aguardam em média durante três anos pela cirurgia. Com intuito de sensibilizar a população local sobre a necessidade de doação de órgãos e tecidos, em especial a córnea, foi realizado no mês de setembro/2019, uma série de atividades focadas na educação em saúde sobre a temática voltadas aos usuários do nosocômio. Para que essa sensibilização seja alcançada, é necessário o uso de técnicas e métodos educativos que levem o indivíduo a reflexões, como, por exemplo, a arte. O conhecimento sobre si, seu ambiente, suas possibilidades e necessidades são um passo importante para entender o contexto em que o indivíduo vive, além de possibilitar reflexão, conscientização de sua atual situação de vida e tomada de decisão sobre o que realmente quer e precisa fazer. Neste sentido, as intervenções baseadas na arte, como estratégia educacional, podem propiciar a mudança de comportamento individual ao fornecer subsídios para reflexão e argumentação, inspirada na legitimação de experiências e emoções pessoais. Isto posto, o presente trabalho objetivou descrever as experiências de profissionais de enfermagem na intersecção entre saúde, educação e atividades artísticas, junto aos usuários de um hospital universitário. Desenvolvimento: Ao longo de todo o mês de Setembro/2019, foram realizadas ações voltadas à Campanha Setembro Verde, visando conscientizar a comunidade sobre a importância da doação de tecidos e órgãos. As atividades educativas e lúdicas foram desenvolvidas em um Hospital Universitário, localizado na cidade de Belém, no estado do Pará, pela equipe de enfermagem em parceira com alunos do Curso de Graduação de Enfermagem. A instituição é referência estadual para o tratamento de doenças oculares e foi primeiro hospital público federal da região norte do país a executar transplantes de córnea, em 2011. Desde então, vem realizando o cadastro de receptores para a realizar o procedimento. Os usuários e acompanhantes participaram da iniciativa organizada nas salas de espera do estabelecimento, denominadas Alas A, B, C, D e E. Apesar de não serem o público-alvo, servidores da unidade hospitalar também receberam orientação a respeito do assunto. Ao todo, foram alcançados mais de 300 pessoas com as práticas. Uma das metodologias escolhidas foi a de palestras dialogadas, abordando os seguintes tópicos: conceito, tipos de doadores, morte encefálica, órgãos que podem ser doados, processo de doação, captação e distribuição dos órgãos e tecidos, com o propósito de orientar e esclarecer dúvidas sobre a temática transplante de órgãos. Após, eram realizadas perguntas e respostas para avaliar se o conhecimento foi absorvido pelos participantes, a fim de permitir o envolvimento da comunidade e favorecer a integração entre os usuários e os profissionais de saúde, possibilitando, assim, o compartilhamento de informações e instigando a troca de opiniões, sendo o principal ponto positivo desse método de educação em saúde que evita a permanência de dúvidas. Outro fator que colaborou para o interesse da clientela foi a utilização de estratégia lúdica com a representação dos órgãos em bonecos, com a teatralização do assunto, bem como a distribuição de brindes para aqueles que respondessem corretamente às perguntas. Complementando essas ações, foi apresentada uma cantata, que se tornou o ponto alto do evento, com adaptação musical elaborada por uma das autoras da canção Como é grande o meu amor por você, de composição do cantor Roberto Carlos, para o tema da doação de órgãos, a qual foi transcrita e distribuída a todos, a fim de que pudessem acompanhar a música. A versão exibida foi a seguinte: “Eu quero tanto que um gesto seu; possa salvar um amor meu; tem muitas vidas precisando de você. E a gratidão de um novo irmão; se conquista com a doação, um gesto simples pode salvar um coração. Que o seu amor possa levantar, faça sorrir, faça dançar, alguém que espera a doação do amor seu. Não tenha medo, faça o bem sem olhar a quem; doe seus órgãos, a sua atitude traz esperança a alguém. Nunca se esqueça que muitas vidas podem ser salvas com seu amor, doe seus órgãos e seja um herói de alguém”. A música também foi exibida no I Fórum de Doação, Captação e Transplantes de Órgãos e Tecidos do Pará dada a repercussão notada na mobilização afetiva da equipe de saúde. Considerações finais: O emprego da metodologia mostrou-se de grande importância para o sucesso da ação. Torna-se notório o benefício da utilização das tecnologias em saúde, consideradas uma das formas de intervenções usadas para prevenção, promoção, diagnóstico e/ou tratamento de doenças, no intuito que, a partir de sua utilização articulada aos conhecimentos necessários, torna o aprendizado significativo a fim de consolidar a autonomia do cuidado. A experiência proporcionou outra maneira de alcançar o público, de modo que a utilização da arte como estratégia facilitadora permitiu um aprendizado significativo em prol da saúde individual e coletiva. Dessa forma, a aprendizagem significativa se consolida no momento em que os participantes questionam-se sobre o processo de doação de órgãos, em que momento, como e o que pode ser doado. Ademais, percebeu-se que o desconhecimento em relação ao transplante não acontece somente por parte da população em geral, mas também dos profissionais de saúde, requerendo uma maior sensibilização e diálogo no ambiente de trabalho e familiar. É importante destacar que no mês subsequente à campanha, observou-se um aumento significativo do número de ofertas de tecidos, com a realização de quinze transplantes de córnea a instituição, em um único mês. Destarte, a intervenção contribuiu com as práticas educativas, estimulando o maior número de doadores, com vistas ao enfrentamento desta enorme dificuldade no âmbito da Saúde Pública que representa o transplante de córnea, além de trazer a arte através da música para o ambiente hospitalar.

6767 A LUDICIDADE TERAPÊUTICA NA SAÚDE DO PORTADOR DE ALZHEIMER: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Alessandra Silva Pantoja, Amanda Beatriz Gomes Furtado, Jéssica Maria Lins da Silva, Tatiana Menezes Noronha Panzetti, Larissa Reis e Souza, Adrianne de Cássia Monteiro da Rocha, Neiva Maria dos Santos Soares, Nathália Cantuária Rodrigues

A LUDICIDADE TERAPÊUTICA NA SAÚDE DO PORTADOR DE ALZHEIMER: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Alessandra Silva Pantoja, Amanda Beatriz Gomes Furtado, Jéssica Maria Lins da Silva, Tatiana Menezes Noronha Panzetti, Larissa Reis e Souza, Adrianne de Cássia Monteiro da Rocha, Neiva Maria dos Santos Soares, Nathália Cantuária Rodrigues

Apresentação: A doença de Alzheimer caracteriza-se como a forma mais comum da demência, ocasionando ao longo de sua evolução clínica o comprometimento de diversos aspectos que envolvem a vida dos portadores. Dentre as principais problemáticas decorrentes da doença está a perca de autonomia, sendo comum encontrar essas pessoas com quadros associados de depressão. No contexto deste estudo, no qual os sujeitos foram idosas residentes de um abrigo para portadores de Alzheimer, notou-se que essas encontravam-se ociosas e desanimadas, por conta da rotina repetitiva e monótona do local. Desse modo, embasando-se no fato de que estímulos através de atividades lúdicas proporcionam o desenvolvimento sensório-cognitivo-motor, objetivou-se através deste estudo descrever uma ação com um grupo de 20 idosas com Alzheimer, que visou à promoção do bem-estar e de uma melhor qualidade de vida neste público.  Desenvolvimento: Este estudo caracteriza-se como um relato de experiência, como abordagem qualitativa. Deu-se a partir das etapas do Arco de Charles Maguerez, que se desenvolve em cinco etapas: observação da realidade, levantamento de pontos-chave, teorização, hipóteses de solução e retorno à realidade. Com base nisso, ocorreu uma visita inicial ao abrigo, localizado na região metropolitana de Belém, com coleta de informações a partir de diálogos estabelecidos com as idosas, que pediram alguns jogos e brincadeiras que gostariam de realizar. A partir disso, o grupo de discentes fez o levantamento dos pedidos e, em consonância com a direção do abrigo, escolheu as atividades que se adequassem ao público-alvo e que, ao mesmo tempo, conferissem auxílio terapêutico e promoção de bem-estar. Por conseguinte, ocorre a busca literária para fundamentar a prática e retorno para a aplicação das atividades planejadas. Resultado: Inicialmente, realizou-se uma roda de conversa na qual praticou-se a escuta ativa qualificada, neste fase inicial as idosas apresentaram-se muito entusiasmadas com as atividades que seriam desenvolvidas. Posteriormente, iniciou-se uma cantoria com músicas que foram pedidas por elas, com acompanhamento de um violão. Neste momento, muitas dançaram com os discentes presentes, funcionários do abrigo e familiares que estavam presentes na atividade. Concomitantemente a cantoria, algumas idosas recebiam massagens relaxantes nos pés, para promoção do alívio de dores. Ademais, foram montados quatro grupos para o início dos jogos, houve torneio de dominó, dama, xadrez, baralho e um bingo ao final, com a distribuição de brindes confeccionados pelos discentes. Ao término da atividade houve o agradecimento por parte do público-alvo, pela atividade realizada, bem como pedidos de retornos para promover a interação e entretenimento durante a estadia no local. Considerações finais: Através da observação dos aspectos descritos, enfatiza-se a importância do fomento de atividades lúdicas voltadas para pacientes em cuidados paliativos, em especial portadores da doença de Alzheimer. Espera-se que este trabalho embase pesquisas futuras, auxiliando no desenvolvimento de estratégias para a promoção da qualidade de vida a esses indivíduos.

6906 O TEATRO E A PROMOÇÃO DA SAÚDE NA ESCOLA: POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO SOCIOEDUCATIVA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Lucas Lima de Carvalho, Eduardo Alexander Júlio César Fonseca, Lucas Rodrigues Claro, Antonio Eduardo Vieira dos Santos, Amanda dos Santos Cabral, Regina Izabella Mendes da Costa, Marcela Pereira da Silva Mello, Bruna Liane Passos Lucas

O TEATRO E A PROMOÇÃO DA SAÚDE NA ESCOLA: POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO SOCIOEDUCATIVA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores: Lucas Lima de Carvalho, Eduardo Alexander Júlio César Fonseca, Lucas Rodrigues Claro, Antonio Eduardo Vieira dos Santos, Amanda dos Santos Cabral, Regina Izabella Mendes da Costa, Marcela Pereira da Silva Mello, Bruna Liane Passos Lucas

Apresentação: Este é um relato de experiência das atividades desenvolvidas no projeto “Teatro em Saúde”. O projeto possui duas interfaces: de extensão, voltada à educação popular em saúde, utilizando o teatro como ferramenta facilitadora da promoção da mesma; e de pesquisa, com objetivo de analisar os significados que os escolares atribuem às temáticas concernentes à promoção da saúde. Seu público-alvo são crianças de 6 a 12 anos, matriculadas em escolas de Ensino Fundamental I no Município do Rio de Janeiro. Atualmente, as atividades estão sendo desenvolvidas em parceria com as clínicas da família (CF’s) localizadas na CAP 3.1, estando inserido no Programa Saúde na Escola (PSE). Como objetivos gerais, visa desenvolver atividades de educação em saúde na modalidade lúdico-teatral e analisar os significados que as crianças atribuem à determinadas práticas de promoção da saúde. As apresentações teatrais consistem em musicais que variam de 15 à 60 minutos, que foram estruturadas a partir das temáticas, dos elementos conhecidos e das vivências prévias que despertassem o interesse do público-alvo: personagens do cotidiano das crianças e músicas conhecidas por elas. Além das músicas conhecidas pelas crianças, também foram elaboradas paródias que apresentam conceitos da temática abordada. Todas as dramatizações tem dois finais alternativos, previamente definidos pela equipe do projeto. Para favorecer o protagonismo infantil as crianças escolhem os finais de sua preferência durante a encenação por meio de votação. Os escolares participantes das atividades no primeiro semestre constituíram o grupo piloto para o aprimoramento dos pré-roteiros referente à realidade e necessidades dos escolares inseridos no projeto nos meses seguintes. Ressalta-se que as crianças participaram ativamente da construção dos pré-roteiros, uma vez que, selecionaram as personagens das dramatizações, os finais alternativos dos musicais para exibição durante as encenações e, puderam opinar livremente durante a execução das peças, guiando assim o processo de contar as histórias e de compartilhamento horizontal do conhecimento em saúde. As temáticas abordadas nas peças são: Bullying e Cultura da Paz; Reciclagem e Sustentabilidade Ambiental; Arboviroses; Importância da Higiene Corporal, incluindo a Higiene Bucal; Importância da Alimentação Saudável e Realização de Atividades Físicas; Prevenção de Acidentes na Infância; Vacinação; entre outros temas emergentes. A equipe executora dividiu seu cronograma entre as escolas vinculadas à CF, a próprio CF, e a demais escolas que solicitassem as atividades do projeto na comunidade escolar. As experiências acumuladas revelam que o escolar tem capacidade evidente de reflexão e crítica da realidade a despeito do que muitas pessoas imaginam. Isto se revela pelo seu interesse, mobilização e criatividade durante o desenvolvimento das ações extensionistas. O emprego de metodologias ativas favoreceu a construção de vínculos com os escolares, possibilitando a aproximação da equipe com o público-alvo, além do aprendizado com o mesmo, graças ao contato com suas crenças e realidade cotidiana. Assim se reforça a ideia de que o processo educativo é horizontal e bilateral (uma via de mão dupla). No decurso das apresentações, confirmou-se que a utilização de músicas e personagens conhecidos favoreceram a maior captação da atenção dos escolares, na medida que, facilitaram a inserção e participação ativa do público na história contada. Além disso, notou-se que a estratégia principal de estimular o protagonismo infantil, foi essencial para despertar o interesse dos escolares pela atividade e motivá-los como sujeitos do autocuidado. Pode-se inferir que para a escola o projeto contribui para a ampliação de estratégias que visam a incorporação da temática em saúde como eixo transversal do currículo à luz das Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. Os professores das escolas participaram ativamente do processo por meio da mobilização das crianças e participaram como autênticos apoiadores. Além disso, as atividades do projeto serviram como base educacional para as aulas futuras das turmas que participaram das peças. Para a equipe executora as experiências contribuíram sobretudo na formação acadêmica e profissional dos graduandos, o que possibilitou, dentre outros aspectos, avanços das seguintes competências: 1) desenvolvimento de habilidades de comunicação para aproximação com a cultura e os modos de vida da comunidade escolar; e, 2) aprofundamento de conhecimentos relativos à diversos assuntos que perpassam as práticas de promoção da saúde na escola, tais como: políticas públicas direcionadas ao empoderamento da população brasileira, paradigmas de assistência à saúde, conceitos, métodos e técnicas tradicionais e inovadoras no campo da educação popular em saúde. Com isso, foi possível para a equipe refletir sobre estratégias e instrumentos que possam favorecer a implementação de uma abordagem centrada no escolar, sua família e comunidade, com enfoque das práticas em saúde à luz da valorização da competência cultural no território. Torna-se importante destacar que o profissional de saúde e acadêmico tendem a adotar uma postura mais rígida e pragmática relacionada às práticas de promoção da saúde. Portanto, é necessário romper com o paradigma tradicional das práticas de promoção da saúde para possibilitar a potencialização do processo de educação popular em saúde numa perspectiva que englobe a participação ativa dos usuários nesse processo. O instrumento lúdico-teatral possibilitou aos participantes ampliar sua concepção de saúde, a partir da implementação de práticas educativas numa perspectiva sociocultural, e levando em consideração os determinantes e condicionantes da saúde. Salienta-se que um semestre após o encerramento das atividades, as crianças reconheceram os alunos do projeto e fizeram link como as personagens das peças teatrais, o que nos faz refletir sobre a possibilidade de criação de vínculo. No âmbito do território a ferramenta teatral viabilizou o trabalho comunitário em saúde o que proporcionou ao estudante de graduação a aproximação com a cultura da população local. Vale frisar que o presente projeto de extensão contribui para o fortalecimento do ensino da enfermagem pediátrica, tendo em vista sua interface com a multiprofissionalidade e interdisciplinaridade, mediante a interação da equipe do projeto com as professoras das escola e outros profissionais de saúde, e ao promover encontros da equipe executora com as crianças, o que implica em interação do estudante de graduação de enfermagem com a comunidade escolar e vice-versa. Além disso, possibilitou o esclarecimento das crianças sobre o papel da enfermagem e reforçou a importância do empoderamento desses sujeitos nas práticas de promoção da saúde na escola. Por fim, é importante ressaltar que a equipe do projeto tem como meta, para o ano de 2020, estender as atividades desenvolvidas para o restante da comunidade escolar, englobando, adolescentes, corpo docente, funcionários da escola e responsáveis, adequando a metodologia à cada público-alvo.

7030 ARTETERAPIA E EUTONIA: PROMOÇÃO DE AUTOCUIDADO E REDUÇÃO DE ESTRESSE EM ALUNOS PRÉ-VESTIBULANDOS
Gabriela Garcia de Carvalho laguna, isadora de Souza Barcelos, nívea Maria Silveira de Almeida

ARTETERAPIA E EUTONIA: PROMOÇÃO DE AUTOCUIDADO E REDUÇÃO DE ESTRESSE EM ALUNOS PRÉ-VESTIBULANDOS

Autores: Gabriela Garcia de Carvalho laguna, isadora de Souza Barcelos, nívea Maria Silveira de Almeida

Apresentação: Diante das Diretrizes Curriculares do curso de medicina, que preconizam a compreensão da integralidade do sujeito para formação, alunos de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Campus Anísio Teixeira, desenvolveram uma oficina baseada em práticas artísticas e de Eutonia. Essa iniciativa surgiu de uma percepção, pautada tanto em experiências próprias quanto em marcos teóricos relevantes, sobre o estresse e a tensão que permeiam o cotidiano pré-vestibular alinhada ao componente estruturado para que o conhecimento adquirido na universidade seja partilhado em outras ambiências. O presente relato busca compartilhar a perspectiva dos discentes sobre a experiência de promover saúde à comunidade local. Desenvolvimento: A atividade contemplou vivências para cerca de 30 estudantes, de vitória da conquista, em um período de uma hora. Inicialmente, os facilitadores apresentaram-se e indagam a respeito do bem-estar dos pré-vestibulandos, usado como parâmetro para um feedback inicial. Abriu-se um espaço de diálogo, os alunos revelaram estar cansados, sobrecarregados, nervosos, com medo, mal-estar, estresse físico e emocional. Realizou-se um quebra-gelo em que os alunos receberam uma folha e uma sequência de comandos iguais para obterem produtos diferentes, demonstrando que cada um experiencia o momento a seu modo. Em seguida,  estimulou-se que desenhassem memórias que moldam sua personalidade, com o propósito de gerar autoconhecimento. A atividade seguinte, por meio da aproximação aleatória de duplas de alunos, promoveu o reconhecimento e a identificação entre os envolvidos. Uma das pessoas da dupla era vendada e guiada pela outra, depois a situação se invertia. Depois, usou-se a música como ferramenta de relaxamento; os alunos, dançaram seguindo passos simples, ativando a musculatura corporal e perdendo a timidez frente aos colegas. Por fim, deixou-se uma atividade reproduzível de desestresse, através de uma oficina de técnicas de respiração, coerente e alternada, que exercitou táticas simples e eficazes de relaxamento, uteis para o autocuidado. Resultado: Quanto aos desenhos, aceitaram a proposta, mas ficaram receosos de relatar para a grande roda suas experiências. As poucas histórias compartilhadas, contudo, demonstraram a importância dessa experimentação, por evocar sentimentos profundos e reflexões elaboradas sobre intersecções que definem os sujeitos. A vivência em dupla demonstrou que a comunicação transcende a fala, o olhar promove confiança e o perceber do eu no olhar do outro promove reconhecimento e conexão.  Perceber a mudança dos alunos após as oficinas, quando o feedback final revelou descontração, calma e redução do estresse, foi essencial para o processo de formação médica. Esta abordagem contribuiu positivamente para o crescimento pessoal e profissional ao estimular o acolhimento, por meio de uma escuta ativa, e reforçar o valor de uma atuação integral, centrada na compreensão dos sujeitos enquanto seres biopsicossociais. Considerações finais: A oficina se mostrou satisfatória tanto para os estudantes de Medicina quanto para os pré-vestibulandos, cumprindo os objetivos de promover uma formação médica mais humanizada e reduzir o estresse dos pré-vestibulandos.

7389 DANÇA A SUBJETIVIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Luan Limoeiro Silva Hermogenes do Amaral, Nilceia Nascimento de Figueiredo, Valéria Ferreira Romano, Fernanda Pereira de Paula Freitas, Jorge Esteves teixeira Junior, Evelin Gomes Esperandio, Cesar Augusto Paro

DANÇA A SUBJETIVIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE

Autores: Luan Limoeiro Silva Hermogenes do Amaral, Nilceia Nascimento de Figueiredo, Valéria Ferreira Romano, Fernanda Pereira de Paula Freitas, Jorge Esteves teixeira Junior, Evelin Gomes Esperandio, Cesar Augusto Paro

Apresentação: Na formação em saúde, hegemonicamente aprendemos que, para a ciência ter validade, “observador"  e “objeto de estudo” tem locais bem distintos e, que quanto mais afastados estão um do outro, mais confiável é o resultado que se produz. Na prática, da relação do estudante da área da saúde com o usuário eclodem afetações originadas nas trocas intersubjetivas que acontecem como consequência inerente do encontro entre duas pessoas, demonstrando que ao se tratar de saúde, precisamos compreender que para além do corpo, existe um Ser, e que cuidar desse corpo nos obriga a olharmos cada vez mais de perto esse Ser que o possui. Assim, nos perguntamos: como poderemos aprender a lidar com a subjetividade, com o vínculo, com os afetos advindos desta relação? Como, na formação em saúde que é tão fortemente focada nos aspectos biológicos, poderemos valorizar a subjetividade no processo saúde doença? Nossa proposta de performance pretende estimular que o estudante da área da saúde se permita olhar para estas questões ou seja, que se sensibilize para lidar com a subjetividade e com o biológico em um mesmo patamar de importância; que possa lidar com o usuário não como um objeto de estudo, mas como uma pessoa em troca. Desta maneira propomos uma performance que utilize como fonte de inspiração narrativas escritas por estudantes da área da saúde, onde relatam suas vivencias com usuários que tenham atendido, seus olhares subjetivos sobre a singularidade de cada encontro destes, suas entradas na prática em saúde e como estas experiências podem reverberar em sua visão de mundo e saúde. Propomos uma performance corporal, onde uma narratividade não oral possa alcançar a sensibilidade para além da racionalidade biomédica. Esperamos alcançar, assim, um certo despertar para a importância de se debruçar sobre a subjetividade em saúde, propiciando um revelar de valiosas informações, sentidos e saberes a serem praticados.

7999 A DOAÇÃO DE SANGUE NA BRINCADEIRA DO BOI BUMBÁ DE PARINTINS
Daizes Caldeira Pimentel, Eliana Castro, Rívera Brandão

A DOAÇÃO DE SANGUE NA BRINCADEIRA DO BOI BUMBÁ DE PARINTINS

Autores: Daizes Caldeira Pimentel, Eliana Castro, Rívera Brandão

Apresentação: O relato ora apresentado é a experiência de um projeto de Captação de Doadores de Sangue elaborado pela Unidade de Coleta e Distribuição de Sangue “Amílcar Monte Rey”, em parceria com as Agremiações Folclóricas dos Bois Bumbás Garantido e Caprichoso durante o Festival Folclórico de Parintins (AM). O Banco de Sangue Parintins, realiza há três anos o Projeto “Capriche doando para Garantir a vida” que através da gravação de um vídeo que traz os itens dos Bois Garantido e Caprichoso, vem promovendo a visibilidade da doação de sangue e por consequência o crescimento do número de doadores. O projeto justifica-se pela proporção e força cultural que tem o Festival Folclórico de Parintins que acontece todos os anos no mês de junho, atraindo número expressivo de visitantes e reconhecimento a cidade de Parintins como a ilha da magia. A festa que apresenta a cultura amazônica nascida da miscigenação do branco, do índio, do negro e nordestino, fez deste evento, Patrimônio Histórico Cultural do Brasil. Os seus itens são membros que rivalizam na arena do Bumbódromo, espaço onde ocorre a competição entre os Bois Garantido da cor vermelha e branca e, o Caprichoso na cor azul e branca, possuindo assim, fãs e seguidores. Em outras palavras, suas vozes são vozes de representação e influência midiática. Reconhecendo nessa realidade, uma oportunidade, realizamos essa parceria que trouxe ao Banco de Sangue e à doação de sangue resultados extremamente positivos e um crescimento significativo de doadores de sangue, ganhando inclusive, durante a festa presença na exibição do vídeo em todos os canais comunicativos. Mediante o exposto e o vivenciado, nota-se que a saúde não é campo isolado de cuidado. A saúde promove e desenvolve todas as capacidades humanas e está ligada a tudo que envolve o homem e seus assuntos. É desta forma, que a cultura não somente enche os olhos com sua beleza, mas também alimenta o corpo e a alma, criando deste modo, iniciativas que salvam vidas.

8369 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA: A SÍNTESE DO POETIZAR, NO SENTIR, NO SORRIR E NO FALAR
Jadson Franco, Jéssica Araújo de Carvalho, Leidy Dayane Paiva de Abreu, Alba Maria Pinto Silva, Francivânia Brito de Matos, Katherine Alves Silva, Fabíola Monteiro de Castro, Maria Lourdes dos Santos

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA: A SÍNTESE DO POETIZAR, NO SENTIR, NO SORRIR E NO FALAR

Autores: Jadson Franco, Jéssica Araújo de Carvalho, Leidy Dayane Paiva de Abreu, Alba Maria Pinto Silva, Francivânia Brito de Matos, Katherine Alves Silva, Fabíola Monteiro de Castro, Maria Lourdes dos Santos

Apresentação: A síntese poética elaborada traz uma reflexão filosófica, científica e cultural do Projeto Político e Pedagógico - PPP, da Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues-ESP/CE, assumindo papel relevante, pois contribuiu para a apreensão dos múltiplos fatores que envolvem o ensino, trabalho, ciência e a cultura. Assim, a atualização do PPP , foi desenvolvido em oficinas, que aconteceram em seis etapas, constituídas de momento de discussão, seguido de um momento cultural, relacionado a discussão teórica do dia. O desenvolvimento da síntese poética objetiva promover uma reflexão por meio da descrição de uma experiência em versos sobre o PPP da Escola e o papel do Centro de Investigação Científica-CENIC, responsável pela sexta oficina de atualização do PPP, nesse espaço coletivo de forma dinâmica e lúdica. A síntese poética objetiva promover uma reflexão por meio da descrição de uma experiência em versos sobre o PPP da ESP/CE e o papel do CENIC nesse espaço coletivo de forma dinâmica e lúdica. Desenvolvimento: Apresentamos como traçar metodológico uma síntese poética recitada no grupo de trabalho responsável por discutir e construir a atualização do PPP da ESP/CE. Para tal, foram organizados encontros realizados em seis oficinas. Os encontros aconteceram mensalmente no ano de 2019. Com este propósito, buscou-se a construção de uma síntese poética baseada nas discussões durante o último encontro do ano realizada no mês de dezembro. Para o desenvolvimento da poesia, foi realizado um resgate do universo vocabular desse coletivo por meio de um diário de campo e, em seus parágrafos, era apresentada uma retrospectiva do referencial teórico, filosófico e cultural, bem como a temática do encontro. Para esse momento, a equipe escolheu a Zélia Rouquayrol e Raquel de Queiroz como referenciais em termos teóricos, filosóficos e culturais. Resultado: Para atualização do PPP, planejou-se cada oficina compondo-se de um momento teórico e um cultural. Na sexta e última oficina a temática foi relacionada as Linhas de Pesquisa. O momento foi dividido em acolhimento, desenvolvimento e avaliação. No acolhimento foram utilizadas imagens e frases usadas nas últimas cinco oficinas, através da construção de um varal com a sequência cronológica das oficinas. Na etapa de desenvolvimento foi apresentado pelos pesquisadores do CENIC a síntese poética. Descrever a história da construção do PPP focada especificamente nas linhas de pesquisa e vem numa caminhada apaixonante. Essa epopeia deixou marcas profundas com a escolha de Zélia Rouquayrol cientista epidemiológica e Raquel de Queiroz escritora, mulheres fortes da cultura e ciência nordestina. São as finalidades que estimulam o homem, enquanto ser social, e na realização de seus processos de trabalho, pesquisas no território a orientação suas descobertas, e um dos caminhos para o desenvolvimento deste trabalho pode ser encontrado no respaldo teórico na ciência filosófica, sempre na busca de retorno do que foi apreendido e construído para a sociedade. Em um processo constante de construção e reconstrução do conhecimento com uma finalidade consciente, além de instigar questionamentos sobre a atual situação da profissão estimulando participação ativa do coletivo. Na fase de avaliação, foi realizada os participantes expressaram quais as potencialidades e limitações do momento. O intuito da construção de uma poesia é poder repassá-la não somente para o ambiente acadêmico, mas apresentá-la para a comunidade, logo o trabalho científico é um trabalho social, serve sempre a um fim socialmente proposto. Considerações finais: Portanto, o intuito desta experiência poética não é apresentar as linhas de pesquisa, ou criar uma receita pronta para qual linha de pesquisa seguir, mas construir no coletivo as linhas que mais se adequam à realidade nos cursos ofertados na ESP/CE, além de indicar o caminho para uma compreensão filosófica e teórica apontando para a importância da construção coletiva do Projeto Politico Pedagógico. No sentir, no sorrir e no falar o time CENIC irá se apresentar A porteira vai se abrir No sentir, no falar e no sorrir Pode sentar no nosso alpendre e fique a vontade Aqui tem café e prosa boa de verdade. Desejamos a iluminação da cultura do Agreste Pedimos licença a Patativa e os demais repentistas do Nordeste Esses artistas que rimam como a água na lavoura A cultura que espalha nos campos uma semente vindoura, A espera do pão que brota da terra O artista se alimenta da vida, que canta de janela em janela. Por aqui já passou muita gente inteligente Meu amigo Freire e Belchior Gente igual a gente Filhos do Nordeste, Um povo cabra da peste Gente diferente e que também gosta de gente. Para além das terras do nordeste Desbravando de norte a sul, de leste a oeste E representando a cultura e a musicalidade brasileira Foram convidados Renato Russo, Marisa Monte e Gonzaguinha para alegrar nossas terças-feiras. Na ciência não é diferente Aqui veio muita gente, Filosofando no repente Cortella, Kanal e Montessore Com diálogo eficiente. Em nosas tardes culturais também não vamos esquecer Do teólogo e educador de diferente saber Rubem Alves com seu existencial conhecer Naquele dia, despontou também Milton Nascimento Carioca de talento, mas mineiro de emoção Disse que amigo é coisa pra se guardar dentro do coração. Então, O CENIC veio participar com OCÊ de um tal de PPP. Nesse espaço de saber Pras linhas de pesquisa CONHECER e ajudar a cultura s florescer. E representando a ciência e a arte brasileira O CENIC escolheu duas mulheres guerreiras Pra representar nossa tarde de prosa rimeira. A primeira vamos falar Nossa conterrânea, vinda do Ceará Raquel de Queiroz Do sertão para o Brasil desbravar Com seus versos em prosa Quixadaense tinhosa Escritora e jornalista Essa mulher ninguém perde de vista. E representando a ciência vem ai Maria Zélia Rouquayrol Uma linda flor de girassol Epidemiologista e referência nacional Saindo pesquisas na revista e no jornal Grande docente Uma mulher valente e diferente. As linhas de pesquisas são fortes e potentes Elas fazem parte da realidade da gente Tem Vigilância, Violências e Educação Popular Para o SUS representar Lutar e resistir Pra nunca esmorecer e procurar agir. Com as linhas pretendemos nos aproximar do cidadão Por meio da gestão, ensino, pesquisa, extensão e formação Juntos tecemos encontros de saberes De cuidado e atenção. São dos encontros e reencontros coletivos que nasce o saber-fazer em cada canto percorrido mostrando alegria de viver em uma rede de cuidados Fazendo a vida acontecer. Ah, repare ainda não acabou a prosa Tem café, tapioca e rapadura Tudo uma gostosura Pra prosear e confraternizar Um gostinho pra deixar com vontade de ficar. Mas antes de seguir pra merendar, Vamos participar de um varal popular Seguindo o texto, rememorando a história Vamos estender as roupas que ofertamos sem demora Pro modi reviver na memória a ordem das oficinas do PPP da Escola. Obrigada por podermos participar do PPP. Nesta troca de energia, nessa troca de Saber. Agora está dito.

8441 SENSIBILIZARTE: AS MÚLTIPLAS POSSIBILIDADES ARTÍSTICO-EXPRESSIVAS NA PROMOÇÃO DO CUIDADO
Flávia Marina da Silva Lopes, Alberto Durán González

SENSIBILIZARTE: AS MÚLTIPLAS POSSIBILIDADES ARTÍSTICO-EXPRESSIVAS NA PROMOÇÃO DO CUIDADO

Autores: Flávia Marina da Silva Lopes, Alberto Durán González

Apresentação: Este resumo se refere-se à um relato de experiência vivida no Sensibilizarte: Humanizar através da Arte, um Projeto de Extensão da Universidade Estadual de Londrina (UEL) desde 2017. O referencial teórico e prático  adotado é o HumanizaSUS – Política Nacional de Humanização, criada em 2003. O projeto tem como objetivo fazer a aproximação de pacientes e futuros profissionais da saúde por meio da arte,  promovendo encontros que engajam tais corpos a se sensibilizarem e promoverem uma relação de cuidado que rompa, por vezes, com o tecnicismo, pautando o sujeito em sua dimensão biopsicossocial. Desenvolvimento: Além disso, devido ao contato com a diversidade de cursos na área da saúde, o Sensibilizarte possibilita uma prática de interdisciplinaridade e intersetorialidade ainda na graduação, da mesma maneira que, por meios artístico-expressivo, ensina novas formas  de acolhimento possível aos usuários do serviço. O projeto originou-se em 2007 a partir de dois estudantes de medicina que, inspirados nos grupos que utilizavam expressões artísticas como uma outra maneira possível de se comunicar com os usuários, buscaram na palhaçaria uma forma de atuação no Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná (HU-UEL). No início, apenas os cursos de medicina e enfermagem participavam  como voluntários, em 2008 o projeto passou a abarcar outros cursos da área da saúde, atualmente os cursos que englobam o projeto são: Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Odontologia, Psicologia e Serviço Social. Devido à complexidade do tema que permeia o projeto, assim como, a diversidade de colaboradores, o Sensibilizarte passou a abarcar outras linguagens artísticas e, atualmente, conta com quatro frentes: Artesanato (no qual há a produção simbólica pelo artesanato produzido), Contação de Histórias (a imaginação promove o encontro), Música (melodia e letras chegam onde as palavras verbais não se fazem entender), Palhaço (onde o nariz vermelho ilumina o usuário para experiências). O amadurecimento do projeto contou, então, com a vinculação à International Federation of Medical Students Associations of Brasil (IFMSA- Brazil) pelo comitê de Saúde Pública e tal movimento serviu de inspiração para outros estudantes implantassem projetos semelhantes em suas universidades. Após 6 anos de projeto com gestão voluntaria, a formalização das atividades se mostrou necessária e, a partir disto, o Sensibilizarte passou a ser, oficialmente, um Projeto de Extensão da UEL. Atualmente, fazemos intervenções no HU-UEL, em outros hospitais locais, escolas, eventos beneficentes, centros de convivências, dentre outros espaços. Por muito tempo o sentimento de pertencimento ao projeto foi ligado somente a frente de participação e pouco se tinha de interação com os colaboradores de outras frentes, porém, nos últimos dois anos, tentamos ampliar esse conceito para nos tornarmos sensibilizartistas e proporcionar, pela via dos afetos e das diferentes formas de arte presente, experiências e aprendizados para além do que fazemos semanalmente. Resultado: Este relato diz respeito ao vinculo criado entre as frentes e como as artes podem se complementar e promover encontros ainda mais afetivos. No começo da trajetória vivida no projeto, percebi que, nas entradas conjuntas nos serviços de saúde, as frentes não sabiam como lidar umas com as outras, cada grupo tentava fazer o que era esperado e a falta de integração e interação entre as frentes causava desconforto e atrapalhava o rendimento, por exemplo, quando o artesanato e a música atuavam na mesma ala, era acordado qual entraria antes e qual depois, não havendo atividade conjunta. Como uma foram de melhorar a integração entre as frentes em 2018 surgiram pela primeira vez na história do projeto às “capacitações cruzadas”, que consistia na preparação compartilhada dos estudantes misturando-se as frentes, até então cada frente tinha sua capacitação sozinha, e a maioria das entradas também. Neste momento, começamos a ampliar nossa compreensão sobre o meio artístico de cada frente, além de outras possibilidades nos contextos em que estávamos. Como fruto deste novo sentimento de sensibilizartistas que estava se formando, foi possível perceber que a coincidência de uma entrada na pediatria, por exemplo, era a possibilidade de uma entrada conjunta entre o artesanato e a música. Chegamos cantando nos corredores e nos dividimos em pequenos grupos, o artesanato adentrava em um dos quartos com muita calma, falava com as crianças e mostrava como um dragão feito de rolo de papel higiênico e papel crepon funcionava, era lindo ver os olhos delas brilhando com um brinquedo novo dentro de um ambiente tão hostil, e a linguagem verbal se fazia muito presente. Quando o silêncio já não se sustentava mais, a música vinha como um consolo, como uma alegria, como uma despedida ou diversão, e todos cantavam juntos. Esta vivência fez perceber como as artes se potencializam juntas e complementam-se nas lacunas que, as vezes, estão abertas. Outra experiência marcante foi em um evento promovido pelo IFMSA-Brazil, que consistia em um bazar de doação de roupas para pessoas em situação de rua. Nós e vários outros participantes de projetos da UEL fomos convidados para intervenção. Estávamos em 16 colaboradores das diferentes frentes, cursos e conhecimentos. Elaboramos um cartaz escrito “escuto histórias grátis” e nos reunimos para fazer borboletas de origami. Muitos passavam e apenas pegavam o origami, outros contavam histórias para nós, alguns sentavam e aprendiam a fazer  as borboletas conosco. Emergia, neste fluxo de encontros, novas possibilidades de se relacionar. Destaco a vivência de um sujeito que, com sua câmera fotográfica antiga, tirou diversas fotos conosco e expressou múltiplas vezes que  sentia-se querido entre nós. Bem como, a de outro homem que sentou em nossa mesa e nos ensinou a fazer tsurus, outra modalidade de origami, que, de acordo com algumas crenças, traz sorte e prosperidade. Considerações finais: O aprendizado de que produzimos saberes locais em conjunto com a comunidade que atendemos, bem como, entre os profissionais, se evidencia como possibilidades para o cuidado em saúde. Não podemos pensar o Sistema Único de Saúde (SUS) separado dos atravessamentos que percorrem cada singularidade e cada contexto social que estamos inseridos, podemos pensar em um SUS que se constrói nos encontros. Nesta perspectiva, a arte, como criação e meio de conexão, é uma aliada para a área da saúde, bem como, para a vida e uma possibilidade de produzirmos redes de cuidado e relações mais sustentáveis afetivamente.

8585 ARTE DE CONSTRUIR VÍNCULOS: ROMPENDO AS BARREIRAS DO ISOLAMENTO EM SISTEMA SOCIOEDUCATIVO
ADRIANA DE SOUZA MEDEIROS BATISTA, Janaína Bastos dos Santos, Cordovil Neves de Souza, Inhana Olga Costa Souza, Michele de Souza Tavares, Edilson E. A. Lopes, Lauriza Maria Nunes Pinto, Elza Machado de Melo

ARTE DE CONSTRUIR VÍNCULOS: ROMPENDO AS BARREIRAS DO ISOLAMENTO EM SISTEMA SOCIOEDUCATIVO

Autores: ADRIANA DE SOUZA MEDEIROS BATISTA, Janaína Bastos dos Santos, Cordovil Neves de Souza, Inhana Olga Costa Souza, Michele de Souza Tavares, Edilson E. A. Lopes, Lauriza Maria Nunes Pinto, Elza Machado de Melo

Apresentação: O presente trabalho traz um relato de experiência de atuação da universidade em um Centro Socioeducativo na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, com vistas a compartilhar as metodologias de abordagem dos adolescentes sob o regime de internação. Trata-se de um estudo do sujeito e sua relação com a lei, com a sociedade e consigo enquanto identidade e cidadania. Por outro lado, as implicações para saúde física e mental de um sistema de confinamento, que, embora esteja em regime socioeducativo, guarda semelhanças com o sistema penitenciário. Como ação de extensão da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) o projeto pretende criar vínculos com os adolescentes para promoção de conhecimento entre as partes, possibilitando uma atuação posterior por parte da universidade em diversos âmbitos da vida dos adolescentes em confinamento, procurando promover saúde física, mental e o fortalecimento dos mesmos para o enfrentamento do encarceramento e, depois, da sua reinserção à sociedade. Como estratégica de fortalecimento da confiança entre as partes a metodologia escolhida foi o caminho da arte, atividades de colagem com posterior contação de história, compartilhamento de estilos de dança e letra de músicas. Os efeitos advindos das visitas e atividades foram percebidos através de observação participante, onde o entrosamento crescente, por adesão por parte dos adolescentes, tem encorajado a continuidade do processo. Atualmente em marcha, percebe-se melhora da aceitação dos adolescentes nas atividades propostas, embora o comportamento dos mesmos frente à internação não tenha ainda sofrido mudanças perceptíveis, no que se refere, por exemplo, expressões de agressividade frente ao confinamento.

9324 DIVERSIDADE E RIQUEZA DO DESENHO DA CASA DE ARTES PARA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA EM UM MUNICÍPIO DE FRONTEIRA
FATIMA MOUSTAFA ISSA, ADRIANA ZILLY

DIVERSIDADE E RIQUEZA DO DESENHO DA CASA DE ARTES PARA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA EM UM MUNICÍPIO DE FRONTEIRA

Autores: FATIMA MOUSTAFA ISSA, ADRIANA ZILLY

Apresentação: Com a implantação do CER IV de Foz do Iguaçu, a equipe técnica observou o quanto as atividades artísticas impactam positivamente na vida das pessoas com deficiência (PCD); assim iniciou-se o desenho da realização de um projeto para a construção da Casa de Artes para a PCD em Foz do Iguaçu/Paraná. Objetivo: Construir e implantar a Casa de Artes da PCD em Foz do Iguaçu e região, que contemple as quatro modalidades de reabilitação (Auditiva, Motora, Visual, Intelectual e Transtorno do Espectro Autismo), valorizando as diversidades étnicas e culturais da tríplice fronteira (Brasil-Paraguai-Argentina). Desenvolvimento: O Brasil tem avançado muito na implementação de ferramentas na política pública, necessárias ao pleno e efetivo exercício da capacidade legal por todas as pessoas com deficiência. A rede de cuidados a PCD, implantada pelo Governo Federal, busca os seguintes eixos: educação, saúde, inclusão social e acessibilidade. Porém, quando nos referimos a arte, percebemos a fragilidade dessa área. Não podemos nos amparar no mito de que ” todos somos iguais”, visto que só conseguiremos construir uma relação de aprendizagem, sem a massificação do outro pelas suas diferenças, se conhecermos e ouvirmos o outro antes de diagnosticá-lo. E nessa perspectiva do poder se calar para dar voz ao outro é que se buscou o entendimento das narrativas de todos os atores envolvidos – usuários, profissionais e familiares. E nos palcos das festividades do CER IV, onde os usuários participavam de toda preparação e confecção de enfeites, doces, danças, coral, jogos e divulgação para a comunidade, tornou-se claro os benefícios que a arte proporcionava as PCDs. Resultado: Em 2019, a proposta da construção da casa de artes da PCD, uma praça com jardim sensorial e brinquedos adaptados, anexa ao CER IV de Foz do Iguaçu foi apresentada ao gestor municipal, ao Rotary Club Três Fronteiras e a um parlamentar estadual. Os envolvidos mostraram-se entusiasmados com o propósito de firmar parceria para concretizar o Projeto em questão. Vale destacar que todos se comprometeram somar forças a fim de concretizar o Projeto. Considerações finais: Esse resumo buscou mostrar a importância da casa de artes para as pessoas com deficiência e o quanto ela poderá impactar na sociabilização, interagindo com a sociedade civil e usuários brasileiros residentes em países vizinhos. Desta forma espera-se aumentar a autoestima das PCDs e melhorar a autonomia e domínio de suas próprias vidas, cada um despertando e acreditando na sua melhor versão, para não padecer nas limitações, transformando as limitações em possibilidades, mesmo que ainda no papel, mas num futuro próximo será realidade e pode ser uma proposta factível para outras realidades brasileiras.  

9832 TERREIRADA DAS RESIDÊNCIAS EM SAÚDE
Cheila Pires Raquel, Amanda Cavalcante Frota, Luiz Odorico Monteiro Andrade, Ivana Cristina Holanda Cunha Barreto, Rafael Rolim Farias, Maria Verônica Almeida Oliveira, Odirene Braga Chaves Santos

TERREIRADA DAS RESIDÊNCIAS EM SAÚDE

Autores: Cheila Pires Raquel, Amanda Cavalcante Frota, Luiz Odorico Monteiro Andrade, Ivana Cristina Holanda Cunha Barreto, Rafael Rolim Farias, Maria Verônica Almeida Oliveira, Odirene Braga Chaves Santos

Apresentação: Com o propósito de refletir sobre as condições da ESF (Brasil/Nordeste/CE), seus desafios e perspectivas; pesquisadores, profissionais de saúde, estudantes e docentes do ensino técnico/superior, residentes/preceptores em saúde, gestores e membros dos conselhos de saúde realizaram o 1º Encontro Nordeste de Saúde da Família (IENESF) e a Feira de Soluções para a Saúde da Fiocruz/CE. O IENESF, realizado no período de 13 a 15 de junho de 2018 foi coordenado pela Secretaria Estadual da Saúde; Fundação Oswaldo Cruz e Conselho Estadual de Saúde do Ceará. A Feira de Soluções para a Saúde, realizada no período de 17 a 19 de outubro de 2020 foi coordenada pela FIOCRUZ/CE, SESA/CE e Associação dos Prefeitos do Estado do Ceará (APRECE). Ambos os eventos, realizados no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, foram construídos e implementados de forma colaborativa e interinstitucional e deles participaram: Prefeitura de Fortaleza, UFC, UECE, UNILAB, ABRASCO, Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia, Centro Universitário Christus, Prefeitura Municipal do Eusébio, COSEMS/CE e Associação dos Prefeitos do Estado do Ceará. Em ambos os eventos o coletivo de docentes e discentes das Residências Uni / Multiprofissionais em Saúde do Ceará, por meio de afetiva e política relação interinstitucional, deliberaram por inaugurar e instaurar no calendário da Educação Permanente em Saúde Cearense a Terreirada das Residências em Saúde, demarcando o papel da Educação Popular em Saúde, da Cultura, da Arte e das Práticas Integrativas e Complementares na Educação Permanente Interprofissional em Saúde do Estado. A Terreirada das Residências constituiu-se num espaço de experimentações do cuidado crítico-artístico-criativo (Cuidado CRI-CRI) composto pelas residências em saúde do estado. Objetivo: a) Reconhecer e vivenciar as práticas populares de cuidado, as práticas integrativas e complementares, a cultura e a arte na formação modalidade residência em saúde. b) Fortalecer o conceito de ‘Cuidado CRI-CRI’; c) Implementar a disseminação científica fomentada pelo Programa de Políticas Públicas e Modelos de Atenção e Gestão em Saúde (PMA – Fiocruz). Desenvolvimento: Reconhecendo a potência da cultura, da arte, das práticas populares de cuidado, das práticas integrativas e complementares e inspirados nas experiências das Tendas Paulo Freire, propomos a construção de um espaço de visibilidade dessas práticas contra hegemônicas na saúde. Marca registrada do movimento da Educação Popular em Saúde e presente em diversos encontros da área, congressos científicos e seminários, a Tenda Paulo Freire foi inspirada no Espaço de Saúde e Cultura (ESC), organizado primeiramente no Fórum Social Mundial/Acampamento Intercontinental da Juventude de 2005, em Porto Alegre. Nomeado de Espaço Che, esse primeiro ESC se constituiu num local de compartilhamento de práticas de Educação Popular em Saúde, respeitosa com a biodiversidade e em diálogo com a saúde dos povos. O nome, Terreirada das Residências, parte do reconhecimento da importância do resgate da ancestralidade e das práticas populares de cuidado silenciadas e tratadas com subalternidade ao longo de nossa história. A proposta foi oportunizar nos eventos um espaço de compartilhamento de práticas e saberes, oportunizando uma reflexão sobre uma concepção de saúde humanizada, integralizadora e em diálogo com a saúde dos povos. A organização coube a profissionais residentes e docentes que implementam a arte como fruição (Arte pela Arte), enquanto sujeitos brincantes e que desenvolvem práticas integrativas, complementares e populares no âmbito dos Programas de Residência em Saúde do Ceará. A programação foi composta por vivências, círculos de cultura, rodas de conversa, sessões de cinema, sessões de dança, espetáculos de teatro, oficinas, salas sensoriais, saraus e experimentações de PICS. As temáticas abordadas foram Reiki, Dança Circular, Auriculoterapia, Ventosaterapia, Musicalização, Saúde LGBTQIA+ no SUS,  Participação e Controle Social, socialização de práticas inovadoras e estratégias de cuidado em Saúde da Família e Saúde Mental Coletiva (calçada da risada, consultas itinerantes, ambulatório de adolescentes, produção de bonecas Abayomi), acolhimento e humanização como expressões da ‘Arte de Cuidar’, Saúde do Adolescente em privação de liberdade / medidas sócio educativas, vivência com plantas medicinais, Saúde em territórios do campo, da floresta e das águas, Luta Antimanicomial / ‘Manicômio nunca mais!’; Saúde da/na Favela, Saúde da Mulher, Saúde da População em Situação de Rua, Saúde Indígena na tradição indígena Anacé e a Arte do Bem Viver. Foram convidados e participaram como coletivos facilitadores: residentes e preceptores dos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade, Saúde Mental Coletiva e Cancerologia da Residência Integrada em Saúde do Ceará (RIS-ESP/CE) da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE); do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia de Sobral (EFSFS); do Programa de Residência Multiprofissional em Terapia Intensiva do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA); do Programa de Residência Multiprofissional em Urgência e Emergência da Santa Casa de Misericórdia de Sobral, do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva da Universidade Regional do Cariri (URCA) e do Programa de Medicina de Família e Comunidade da Universidade Federal do Ceará (UFC). Num processo de construção e colaboração interinstitucional, no apoio com traslado, logística e sessão de facilitadores-convidados, diversas instituições governamentais, não governamentais, movimentos sociais e coletivos organizados participaram:  Núcleo de pesquisadores da pesquisa Campo de Práticas Profissionais e Acesso ao Cuidado na Estratégia Saúde da Família (CAMPESF / Fiocruz (CE) / Programa de Políticas Públicas e Modelos de Atenção em Gestão em Saúde – PMA - Fiocruz), Horto Municipal da Prefeitura Municipal de Fortaleza, Fórum Cearense de Residências em Saúde, Fórum Cearense de Luta Antimanicomial, Fórum Nacional de Preceptores/Tutores de Residências em Saúde, Instituto Teias de Políticas Públicas, Instituto Compartilha Cirandas da Vida, Espaço Ekobé, Startup Aviscena, Instituto Nordeste Cidadania, Unidade Básica de Saúde Frei Tito de Alencar, URCA, UFC, EFSFS, Coletivo Médicos Populares, Coletivo Arruaça, Coletivo Brinquedo de Rua MST, Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil, Central Única das Favelas (CUFA), Povo Anacé da Terra Indígena / Aldeia Japuara e Núcleo de Arte, Educação e Cultura da Secretaria de Cultura do Eusébio (NAEC). Considerações finais: A Terreirada fortaleceu o conceito de ‘Cuidado CRI-CRI’ - Cuidado Crítico-Artístico-Criativo - uma vez que a imersão na cultura local oportuniza o protagonismo de sujeitos em formação na modalidade residência em saúde e os faz criar, vivenciar e fazer vivenciar o cuidado por meio da fruição oportunizada pela Cultura e pela Arte em suas diversas modalidades. Percebeu-se a necessidade de fortalecimento científico e político do papel das práticas integrativas e complementares, da Educação Popular em Saúde, da Cultura e da Arte na formação modalidade residência em saúde. A disseminação científica fomentada pelo PMA ocorreu pela experiência cultural e artística do encontro de saberes e sujeitos residentes, docentes, novos pesquisadores, profissionais, conselheiros, gestores e usuários. Como disseminação científica, há necessidade científica/política/cultural/artística de que a Terreirada das Residências componha os eventos em que estejam envolvidos os Programas de Residência em Saúde do Brasil. Oportunamente, recomenda-se a implementação da Terreirada Nacional das Residências em Saúde no 14º Congresso Rede Unida.

10122 CONSTRUÇÃO DE MÍDIAS PARA INFORMAÇÃO EM SAÚDE E PREVENÇÃO DO SARAMPO
Vitória¹; Rosana¹; Mercedes²; Axt; Azevedo; Neto

CONSTRUÇÃO DE MÍDIAS PARA INFORMAÇÃO EM SAÚDE E PREVENÇÃO DO SARAMPO

Autores: Vitória¹; Rosana¹; Mercedes²; Axt; Azevedo; Neto

Apresentação: Durante muitos anos o sarampo foi uma das principais causas de morbimortalidade na infância. No entanto, com o advento da vacina e quando, em 1986, ocorreu a maior epidemia da década, com notificação de 129.942 casos, o Brasil definiua extinção da doença como prioridade da sua política de saúde, implantando em 1992 o Plano Nacional de Eliminação do Sarampo. Como resultado das ações de imunização, em 2016, o país recebeu o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampopela OMS, declarando a região das Américas livre da doença e nenhum caso de sarampo foi registrado desde então. No entanto, em 2018, o país teve 10.326 casos confirmados da doença, e, somente no mês de fevereiro de 2019, registrou 28 casos. Estes casos levaram o país e perder este certificado e entrar com medidas sanitárias para prevenção deste agravo. O objetivo deste resumo é relatar a experiência extensionista na construção de mídias para prevenção do sarampo. Foram elaborados vídeos na temática dosarampo e sua reemergência, cartazes que contém frases e cores que despertam a curiosidade dos expectadores, com uma figura em QR-code que direciona o expectador direto às redes sociais do projeto, nas quais além dos vídeos e imagens da temática encontra-se outros assuntos relevantes. Os cartazes foram espalhados nos corredores, elevadores e quadros de aviso da faculdade e da universidade, onde foi observada a participação de pessoas que transitavam por esses espaços, interagindo com os cartazese tirando dúvidas. Ao desenvolver ações de educação em saúde por meio de representações culturais com expressões imagéticas e midiáticas nas situações de surtos, epidemias e ações de imunoprevenção, promove interação com um público mais jovem que possui interfaces tecnológicas. Além disso, a atividade extensionista permitiu que houvesse acesso rápido de informações sobre o sarampo pelos alunos, professores, funcionários e transeuntes durante o surto que o país estava vivenciando. A utilização deste método foi relevante e trouxe benefícios, mas é necessário utilizar outros métodos em conjunto para que pessoas que possam ter dificuldades com as redes sociais, ou que não tem acesso a internet, consigam chegar até as informações que previnem os riscos contra o sarampo.

10225 A ARTE E A LUDICIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR: A HIGIENE CORPORAL COMO FOCO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
LORRANE TEIXEIRA ARAÚJO, JÉSSICA MARIA LINS DA SILVA, TATIANA MENEZES NORONHA PANZETTI, AMANDA PINHO FERNANDES, FLÁVIA SAVANA RIBEIRO DE SALES, MARINARA DE NAZARÉ ARAÚJO LOBATO, MÁRCIA GEOVANNA ARAÚJO PAZ, FERNANDA FARIAS PAIVA

A ARTE E A LUDICIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR: A HIGIENE CORPORAL COMO FOCO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Autores: LORRANE TEIXEIRA ARAÚJO, JÉSSICA MARIA LINS DA SILVA, TATIANA MENEZES NORONHA PANZETTI, AMANDA PINHO FERNANDES, FLÁVIA SAVANA RIBEIRO DE SALES, MARINARA DE NAZARÉ ARAÚJO LOBATO, MÁRCIA GEOVANNA ARAÚJO PAZ, FERNANDA FARIAS PAIVA

Apresentação: É sabido que a má higiene corporal acarreta malefícios para o corpo humano, principalmente para o público infantojuvenil. Para alcançar um nível adequado de saúde, é necessário promover a sensibilização através das informações, promovendo uma autogestão eficaz e resolutiva, na qual o indivíduo possa identificar as principais necessidades corporais e as ações necessárias para supri-las. A educação em saúde contribui significativamente para que a obtenção de autonomia de maneiras variadas, sendo utilizada para promover a qualidade de vida, sendo altamente empregada nas ações de saúde. Diante disso, observou-se a necessidade de cativar o aprendizado de uma forma lúdica, portanto, neste estudo, objetivou-se descrever uma ação de educação em saúde voltada ao ensino da higienização corporal com pré-adolescentes escolares. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência realizado em uma escola estadual de Belém (PA). A ação ocorreu através do programa saúde nas escolas, durante as práticas da disciplina saúde comunitária II de acadêmicos de enfermagem da Universidade do Estado do Pará. A ação decorreu em dezembro de 2019. Utilizou-se a metodologia da problematização de Berbel para a identificação da problemática em questão. Posteriormente, planejou-se desenvolver esta ação de uma forma lúdica, sendo escolhido um teatro e uma dança para abordam o tema da higiene corporal. A educação em saúde aconteceu no ginásio desportivo da escola, com   uma breve conversa sobre a higienização corporal, apresentação teatral, músicas e uma dança com movimentos rítmicos. Para estimular o interesse no aprendizado, ao findar das apresentações, foram distribuídos brindes de incentivo ao banho. Resultado: Inicialmente, o público sentiu-se retraído por conta da temática abordar cuidados básicos que alguns referiram já possuir, entretanto, à medida que as explicações aconteceram, muitos alunos se manifestaram positivamente em relação ao proposto, compreendendo a necessidade do que estava sendo apresentado, tanto na fala inicial quanto no teatro. Posteriormente, no momento da dança, que reproduzia alguns movimentos realizados durante o banho, todos os presentes foram convidados a participar havendo uma adesão rápida e divertida do público. A relevância da dança para os mesmo foi o fator principal de entendimento sobre o tema abordado, ajudou também na situação interpessoal promovendo integração social entre o grupo de alunos. Considerações finais: Evidenciou-se que esta ação apresentou-se de fácil entendimento para o público, sendo eficaz posto que promoveu a interação dos alunos proporcionando uma abordagem criativa e divertida. Dessa forma, espera-se que este trabalho fomente ações com essa temática, voltada ao público abordado, em especial com a inclusão da arte lúdica, propagando os ensinamentos necessários para a educação em saúde.

10694 A ARTE COMO ESTRATÉGIA PARA A EDUCAÇÃO EM SAÚDE: A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NUMA TRIBO INDÍGENA DO ACRE
Claudia de Lima Rodrigues Souza, Kátia Carola Santos Silva, Brenda Fernanda Guedes, Hemelly Raially de Lira Silva, Helizanio José de Farias Lima, Maria Heloisa Moura de Oliveira, Ronald Pereira Cavalcanti, José Antônio dos Santos

A ARTE COMO ESTRATÉGIA PARA A EDUCAÇÃO EM SAÚDE: A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NUMA TRIBO INDÍGENA DO ACRE

Autores: Claudia de Lima Rodrigues Souza, Kátia Carola Santos Silva, Brenda Fernanda Guedes, Hemelly Raially de Lira Silva, Helizanio José de Farias Lima, Maria Heloisa Moura de Oliveira, Ronald Pereira Cavalcanti, José Antônio dos Santos

Apresentação: A arte de contar histórias pode ser uma aliada para inspirar, informar, encorajar e principalmente promover mudança na vida dos indivíduos. Histórias pedagógicas promovem a aquisição de novas habilidades, mas também transmite cultura, regras sociais e, quando relacionadas a fatos vivenciados diretamente pelo público, podem ajudar a aprender novos comportamentos. Na contação, o relato oral dá vida ao texto escrito, voz e expressão aos personagens, promovendo um elo entre o leitor, o ouvinte e a história. Objetivo: O objetivo deste relato é apresentar a experiência de uma oficina de contação de histórias realizada em uma tribo indígena da etnia Shanenawa no município de Feijó-AC, durante o decorrer do Projeto Rondon, realizada por estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Desenvolvimento: A oficina buscou discutir as temáticas de educação em sexualidade, gravidez na adolescência e planejamento familiar a partir de metodologia diferenciada, com o auxílio de intervenção artística junto aos moradores da tribo. A oficina foi ministrada por estudantes dos cursos de Enfermagem, Saúde Coletiva, Nutrição e Educação Física. Inicialmente foi realizada a apresentação do grupo através de uma conversa informal, guiada com indagações para sondar o conhecimento prévio sobre a temática. Posteriormente, a história de Camila (personagem norteador da trama) foi apresentada em blocos, intercalados com questionamentos e discussões pertinentes sobre sexualidade, planejamento familiar, métodos contraceptivos, doenças sexualmente transmissíveis e aborto. Após o término da história foram explanados conteúdos pertinentes, encerrando com a exemplificação do uso e a distribuição de preservativos e lubrificantes fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde do município de Feijó. Resultado: A escolha metodológica baseada na tradição oral possibilitou a aproximação entre os indígenas e os oficineiros. Foi possível a formação do vínculo, o acolhimento, o contato presencial e interação entre os contadores e os índios. Como resultado foi possível observar melhoria do entendimento sobre o tema e o desenvolvimento de aptidão no uso do preservativo. Os indígenas demonstraram interesse e concentração durante toda oficina, participando de forma ativa e bem humorada. Pode-se perceber a influência das histórias, tanto tradicionais como pessoais, no processo de aprendizagem, aprimorando as habilidades de expressão, conhecimento e comunicação entre os participantes. Considerações finais: A escassez do tema na literatura demonstra a necessidade de estudos nessa área, visto que a contação de história como ferramenta educacional estimula a imaginação, educa, instrui e potencializa a participação do indivíduo como corresponsável e atuante no cuidado de sua saúde e de seus familiares, além de possibilitar aos oficineiros  a perpetuação de ações de saúde inovadoras, levando a uma nova compreensão dos sujeitos, entendendo-os e resgatando o conhecimento social, cultural e pessoal, tornando uma ferramenta ímpar para o trabalho realizado com o público.