344: Múltiplos olhares sobre o envelhecimento
Debatedor: Amanda Maria Villas Bôas Ribeiro
Data: 29/10/2020    Local: Sala 10 - Rodas de Conversa    Horário: 08:00 - 10:00
ID Título do Trabalho/Autores
6619 FUNCIONALIDADE PARA ATIVIDADES BÁSICAS E INSTRUMENTAIS DE VIDA DIÁRIA E PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA DE IDOSOS COM SINTOMAS DEPRESSIVOS
Lara Bourguignon Lopes, Lilian Louise Dias, Gabriele Teixeira Braz de Souza, Isabelle Gadiolli Verzola, Alessandra Miranda Ferres, Luciana Carrupt Machado Sogame, Gracielle Pampolim

FUNCIONALIDADE PARA ATIVIDADES BÁSICAS E INSTRUMENTAIS DE VIDA DIÁRIA E PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA DE IDOSOS COM SINTOMAS DEPRESSIVOS

Autores: Lara Bourguignon Lopes, Lilian Louise Dias, Gabriele Teixeira Braz de Souza, Isabelle Gadiolli Verzola, Alessandra Miranda Ferres, Luciana Carrupt Machado Sogame, Gracielle Pampolim

Apresentação: O Brasil, atualmente, está avançando a níveis tecnológicos, econômicos e inovadores, e com isso, há o aumento da sobrevida e consequente incremento da população idosa. O avançar da idade é marcado por alterações morfofisiológicas, que podem levar ao desenvolvimento de morbidades, como a depressão e a incapacidade funcional. Estas, por sua vez, podem estar relacionadas a inatividade física e/ou social e outros fatores associados à redução da funcionalidade. O objetivo deste estudo foi analisar a funcionalidade e a prática de atividade física de idosos com sintomas depressivos de uma Unidade de Saúde da Família de Vitória (ES). Desenvolvimento: Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal de abordagem quantitativa com idosos de uma Unidade de Saúde da Família de Vitória, realizado entre abril e junho de 2018, com amostra aleatória composta por 59 idosos (≥60 anos) com sintomas depressivos, avaliados pela escala de Depressão Geriátrica – GDS-15, cujo ponto de corte foi 5/6 para ausência/presença de sintomas depressivos, respectivamente. A população estudada foi ainda submetida à entrevista semiestruturada, para caracterização do perfil sociodemográfico e hábitos de vida, Índice de Katz para análise da funcionalidade para as atividades básicas de vida diária e Índice de Lawton para avaliação da funcionalidade para as atividades instrumentais de vida diária. Os dados foram analisados de forma descritiva com medidas de frequência e porcentagem. Resultado: Em análise dos dados sociodemográficos verificou-se uma maior prevalência de idosos com idade entre 60 a 69 anos (45,8%), do sexo masculino (55,5%), de etnia branca (52,0%), analfabetos (81,0%) e, praticantes de atividade física (52,3%). Na interpretação do Índice Katz foi observado uma maior predominância de idosos dependentes em pelo menos uma função avaliada (39,0%), e quase 12% se mostraram dependentes para 5 ou mais funções. No Índice de Lawton a maioria apresentou dependência parcial (42,4%), seguido de perto pela dependência total (40,7%). Considerações finais: Foi possível perceber que, os idosos com sintomas depressivos, em sua maioria, relataram ser praticantes de atividade física, porém eram dependentes em certas atividades básicas e instrumentais de vida diária. Diante disto, acredita-se que seja necessário ações e mais estudos que promovam a independência funcional desta população, para que assim seja possível elevar a autoestima destes, bem como a qualidade de vida e consequentemente a funcionalidade em um aspecto amplo e integral.

8593 O BENEFÍCIO DAS TERAPIAS ALTERNATIVAS NA SAÚDE DO IDOSO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Dayane Vilhena Figueiró, Karoline Costa Silva, Brenda Almeida da Cruz, Erielson Pinto Machado, Ingridy Lobato Carvalho, Ailton Santos Rodrigues, Amanda Ouriques de Gouveia, Tania de Sousa Pinheiro Medeiros

O BENEFÍCIO DAS TERAPIAS ALTERNATIVAS NA SAÚDE DO IDOSO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Dayane Vilhena Figueiró, Karoline Costa Silva, Brenda Almeida da Cruz, Erielson Pinto Machado, Ingridy Lobato Carvalho, Ailton Santos Rodrigues, Amanda Ouriques de Gouveia, Tania de Sousa Pinheiro Medeiros

Apresentação: Envelhecer faz parte do processo fisiológico da vida humana, apesar de ser comum é algo que amedontra a grande maioria da população. É uma fase em que ocorrem mudanças físicas, psciquicas, emocionais e sociais e diante dessas mudanças o idoso vem se tornando frágil e, consequentemente, se torna alvo de preconceitos e estigmas que a sociedade impõe. Por outro lado, terapias alternativas podem ser definidas como um conjunto de diferentes atividades de caráter terapêutico, utilizados para a promoção, prevenção e reabilitação da saúde, em diversos cenários e com diversos públicos. Os idosos, em sua maioria, se sentem sozinhos e muitas vezes abandonados, diante disso, é essencial que profissionais da área da saúde e cuidadores adotem as práticas de terapiais alternativas no cotidiano desse público, uma vez que essas terapias promovem lazer e bem-estar. Diante disso, o presente trabalho tem por objetivo promover terapias alternativas visando o benefício na saúde de idosos frágeis. Desenvolvimento: A atividade ocorreu na casa dos idosos Lar São Vicente de Paula no município de Tucuruí, contando com 14 idosos. Foi utilizada a metodologia da problematização, empregando o arco de Maguerez, desenvolvido em cinco etapas. Realizou-se terapias alternativas como: massoterapia e a musicoterapia. Os materiais utilizados foram: bolas de massagem, óleo corporal, caixa de som, violão e músicas que foram escolhidas pelos idosos e seus cuidadores. Resultado: Na primeira etapa do acordo, compreendido pela observação da realidade, notou-se que os idosos se encontravam fragilizados e com déficit cognitivo e motor, sendo necessário intervenções que respeitassem suas limitações. Na segunda etapa realizou-se o levantamento dos pontos-chaves que foram a necessidade de atividades de interação social e de caráter terapêutico. A terceira etapa foi a teorização, caracterizado pelas pesquisas bibliográficas, reconhecendo assim que a saúde é um direito social de cada indivíduo, devendo esse direito ser garantido ao mesmo de forma a prevenir as comorbidades. Na quarta etapa, foram levantadas as hipóteses de solução e então foram escolhidas duas terapias para serem trabalhadas. Na ultima etapa, aplicação à realidade foi realizado musicoterapia com a finalidade de estimular e relembrar suas vivências, possibilitou ainda a diminuição do estresse e maior interação entre os mesmos, junto com a musicoterapia foi empregado a massoterapia como método no alívio das dores além de promover uma aproximação entre os idosos e pesquisadores. No decorrer das etapas notou-se que os idosos apesar de suas limitações se apresentaram receptivos as atividades escolhidas, de forma a interagir com os acadêmicos e entre eles, ao final da ação agiam de maneira mais descontraída em relação ao começo, confirmando assim, que a estratégia foi edificadora, comprovando que o momento das terapias produziu benefícios para os idosos. Considerações finais: Diante disso, conclui-se que ações voltadas para este público são indispensáveis bem como a adoção de terapias alternativas no cotidano dos mesmos, a fim de promover a qualidade de vida dos idosos.

10448 CONHECIMENTO DE IDOSOS SOBRE A SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA: REVISÃO INTEGRATIVA
Denise Miriam de Barros da Silva, Elizabeth Valente Barbosa, Natália da Costa Prazeres, Márcia Reis, Jessiane Vasconcelos, Angélica Silva, Patriane Gouvea, Suane Antunes

CONHECIMENTO DE IDOSOS SOBRE A SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA: REVISÃO INTEGRATIVA

Autores: Denise Miriam de Barros da Silva, Elizabeth Valente Barbosa, Natália da Costa Prazeres, Márcia Reis, Jessiane Vasconcelos, Angélica Silva, Patriane Gouvea, Suane Antunes

Apresentação: No Brasil, dados do boletim epidemiológico expressam que ocorreram 194.217 casos notificados de infecção pelo HIV entre os anos de 2007 a 2017. Entres os casos percentuais notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no mesmo período, para a população na faixa etária de 60 anos e mais, notificou-se 5.688 novos casos para cada 100.000 habitantes, sendo que 3.425 ocorreram no sexo masculino e 2.261 no sexo feminino. Portanto, a população idosa apresenta um número preocupante de novos casos de AIDS no Brasil. Objetivo: Analisar, por meio da literatura atual, o conhecimento de idosos sobre a síndrome da imunodeficiência adquirida. Método: Estudo de revisão integrativa, realizado por meio das bases de dados LILACS e SciELO, a busca seguiu os seis passos para a elaboração de uma revisão integrativa, ao fim da busca foram selecionados oito estudos completos publicados entre os anos de 2015 a 2019. Para a coleta de dados foi utilizado o instrumento validado por Ursi. Os critérios de inclusão foram artigos completos, grátis, publicados em português, inglês e espanhol e que abordavam a temática de forma individual ou em conjunto a outros assuntos. Os critérios de exclusão foram apostilas, cartas, editoriais, revisões, estudo/relato de caso, dissertações, teses, livros e documentos. Resultado: Observou-se que o conhecimento dos idosos sobre o HIV como causador da AIDS apresenta alto índice de acertos, assim como a questão que afirma que o vírus da AIDS é identificado através de exames laboratoriais. Por outro lado, a maioria dos estudos afirmaram que a pessoa com o vírus da AIDS sempre apresenta os sintomas da doença, tornando-se a questão com maior índice de erros. Em relação as questões sobre transmissibilidade, o destaque inclui o compartilhamento de seringa como fonte de transmissão da doença, nessa questão houve unanimidade de acertos. Em contrapartida, a afirmativa de que o vírus da AIDS pode ser transmitido por picada de “carapanã” apresentou alta prevalência de erro. Portanto, observa-se que o conhecimento de idosos sobre a AIDS requer intervenções educativas, já que ainda há deficiências significativas no conhecimento dessa população. Considerações finais: Diante desses resultados, é evidente, há existência de lacunas entre os idosos sobre a temática em questão, tornando-se indispensável o debate para que haja maior domínio e divulgação dos processos que envolvem o HIV/AIDS na terceira idade. Feito isso, de forma correta, haverá maior empoderamento e adesão ao autocuidado, assim como melhores resultados em pesquisas futuras nas sobre essas questões.

10889 OFICINA DE AUTOCUIDADO: UMA ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO À SAÚDE PARA INCENTIVAR O USO CONSCIENTE DE MEDICAMENTOS EM IDOSOS
Beatriz Fileme, Livia Malof Cardoso, Moema Guimarães Motta

OFICINA DE AUTOCUIDADO: UMA ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO À SAÚDE PARA INCENTIVAR O USO CONSCIENTE DE MEDICAMENTOS EM IDOSOS

Autores: Beatriz Fileme, Livia Malof Cardoso, Moema Guimarães Motta

Apresentação: O presente trabalho foi pensado como resultado do processo de construção de conhecimento sobre a atenção à saúde do idoso desenvolvido na ação extensionista “Envelhecimento ativo: uma proposta de intervenção interdisciplinar para a promoção da atenção integral da pessoa idosa”, voltado à promoção da saúde e qualidade de vida dos idosos residentes no bairro de Jurujuba/Niterói. A temática é relevante devido ao envelhecimento populacional, uma vez que a expectativa de vida do brasileiro tem apresentado aumento com a simultânea queda da taxa de natalidade, e a tendência é a continuidade desse comportamento demográfico, de modo que o Brasil pode chegar a quinta posição mundial em número de idosos nos próximos anos, revelando  a importância de ações voltadas para essa população e suas respectivas necessidades, configurando-se um desafio atual da saúde pública em implementar ações voltadas para o devido acolhimento dessa população, como iniciativas de prevenção e promoção da saúde, principalmente relacionados ao aumento da incidência dos agravos crônicos não transmissíveis. Nesse contexto, a partir de uma consulta prévia aos participantes das reuniões quinzenais do Grupo de Convivência Ativa Idade, a equipe propôs a oficina do autocuidado, realizada em quatro encontros que abordaram assuntos como violência e direitos dos idosos, higiene do sono, estimulação cognitiva e uso racional de medicamentos. Sendo esta última temática planejada e desenvolvida pelos membros discentes da equipe extensionista, graduandas de enfermagem e farmácia. Uma experiência que possibilitou a vivência de um trabalho interdisciplinar e permitiu a contribuição dos diferentes olhares sobre o trabalho na equipe de saúde. Objetivo principal Relatar as experiências vividas na construção e aplicação de uma estratégia educativa para idosos pelas discentes de Enfermagem e Farmácia através de uma oficina em um grupo de convivência Objetivos secundários Evidenciar a relevância da contribuição multidisciplinar em atividades de promoção à saúdeOportunizar a aproximação do ensino-pesquisa-serviço aos discentes interessados e contribuir com a sua formação com ênfase no trabalho em equipe na Saúde Coletiva. Contribuir com a melhoria da qualidade de vida da população atendida através de ações promotoras de saúde. Produzir conhecimentos junto à comunidade a fim de incentivar a autonomia, autoestima e a participação social. Descrição da experiência Uma questão observada no grupo, bem como abordada na literatura foi a dificuldade para o idoso administrar a polifarmácia indicada para uso cotidiano de todos os idosos frequentadores do Grupo de Convivência. Nesse contexto, os discentes solicitaram aos interessados que levassem todos os seus medicamentos em uso para prévia coleta de dados. A oficina contou com a participação de doze idosos. A graduanda de farmácia classificou os mesmos e organizou-os nas classes mais prevalentes de medicamentos e com o auxílio da colega da enfermagem trouxe informações básicas sobre farmacologia, tais como: apresentação, cinética, distribuição e excreção de medicamentos pautada nas alterações fisiológicas do idoso. Baseando-se no prévio conhecimento sobre a assistência farmacêutica no âmbito da saúde coletiva e a aplicação de metodologias ativas no processo de promoção da saúde, desenvolveram atividades lúdicas como o jogo de verdadeiro ou falso e apresentação de casos simulados de maneira que as dúvidas dos participantes fossem esclarecidas. Resultado: Ao total, doze idosos levaram seus respectivos medicamentos em uso. A partir disso verificou-se que todos os idosos faziam uso de ao menos um medicamento para controle da hipertensão, dentre os quais se destacaram as classes de bloqueadores de canais de cálcio (12%), inibidores da enzima conversora de angiotensina (16%), antagonistas do receptor da angiotensina II (20%), bloqueadores adrenérgicos (20%) e diuréticos (32%). Além disso, aproximadamente 55% utilizavam estatinas e cerca de 45% relataram o uso de antidiabéticos. Os seguintes dados confirmam as referências bibliográficas sobre a prevalência de doenças crônicas em idosos, representadas em sua maioria por diabetes, hipertensão e síndromes metabólicas. Algumas outras classes chamaram atenção tais como inibidores da bomba de prótons, antiagregantes plaquetários e suplementos alimentares, com ou sem recomendação médica, com cerca de 30% de uso concomitante aos medicamentos anti-hipertensivos, estatinas e hipoglicemiantes. A maior parte dos presentes apresentou dúvidas quanto às terapias utilizadas, forma correta de utilização e interações medicamentosas, questionamentos esses que foram trabalhados durante a dinâmica, além do interesse em conhecer termos médicos comuns nas prescrições. Um pedido acompanhado de comentários sobre a dificuldade de falar livremente com os médicos e do reconhecimento sobre o saber do farmacêutico. Inclusive tendo sido lembrado pelo grupo o costume de consultar um antigo farmacêutico do bairro. Entre outras práticas relatadas pelos participantes, o uso de chás, pomadas e unguentos a base de ervas, teve grande representatividade, com cerca de 90% utilizados no combate de sintomas corriqueiros como dores de cabeça, náuseas e tonturas. Entretanto, nenhum dos presentes que são adeptos a essa prática souberam informar as medidas utilizadas no seu respectivo preparo. Por essa razão, houve necessidade de um momento de sensibilização sobre o assunto, uma vez que muitas das vezes o uso de chás e suplementos podem ter ação farmacológica e que geralmente são associadas apenas a resultados benéficos. Sendo assim, foi realizada a orientação com vistas a uma prática mais segura, de forma cautelosa, uma vez que parte dessa prática se relaciona diretamente com as origens culturais dos mesmos. Ao término da atividade, foi solicitado aos participantes a avaliação do encontro e suas percepções a respeito do tema. Todos os integrantes participaram ativamente das discussões propostas e avaliaram positivamente o encontro quanto à efetividade da reflexão do uso racional de medicamentos e demonstraram interesse em obter cada vez mais informações sobre o tema, revelando a necessidade cada vez maior de aliar as práticas de educação em saúde com a multiprofissionalidade e metodologias inclusivas. Considerações finais: A experiência confirmou a importância da inclusão dos idosos em espaços de construção de conhecimento coletivo através dos grupos de convivência para incentivar o envelhecimento ativo e o reforço da autonomia no seu processo de cuidado, uma vez que este compõe um espaço de solidariedade e trocas entre indivíduos que compartilham uma realidade e o conhecimento do cuidado de si a partir do chamado “senso comum”. Ao mesmo tempo, aproximar os discentes em processo de formação de carreiras distintas e responsabilizá-los pelo planejamento e desenvolvimento do trabalho no campo da saúde coletiva mostrou ser uma estratégia positiva para a troca de conhecimentos e habilidades necessárias ao sucesso de um trabalho em equipe.

11170 ATUAÇÃO DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA FRENTE A PESSOA IDOSA: EVIDÊNCIA CIENTÍFICA DA LITERATURA
Rafael Brito Pamplona, Annarelly Morais Mendes, Francy Waltília Cruz Araújo, José Ricardo Fortes Sampaio

ATUAÇÃO DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA FRENTE A PESSOA IDOSA: EVIDÊNCIA CIENTÍFICA DA LITERATURA

Autores: Rafael Brito Pamplona, Annarelly Morais Mendes, Francy Waltília Cruz Araújo, José Ricardo Fortes Sampaio

Apresentação: Frente ao acelerado e ativo envelhecimento populacional brasileiro e a transcendência do sistema de saúde como determinante de saúde da população, a Estratégia de Saúde da Família (ESF) é responsável no processo de cuidado à população idosa. Em cinco anos, essa população cresceu 18% e, em 2017, havia 30,2 milhões de idosos no Brasil, o que condizia a 15,6% da população, aumentando-se demandas em saúde. Nesse contexto, destaca-se a necessária atuação dos profissionais de saúde que prestam assistência integral aos indivíduos e famílias em todas as fases de desenvolvimento humano e, em virtude da magnitude do envelhecimento populacional e seu respectivo manejo, a assistência aos idosos, cujos cuidados requerem especificidades maiores. Objetivou-se analisar a atuação da equipe da Estratégia de Saúde da Família acerca da pessoa idosa. Desenvolvimento: O presente estudo trata-se de uma pesquisa exploratória do tipo revisão de literatura. Para a obtenção dos artigos utilizou-se as bases de dados SciELO Scientific Electronic Library Online), LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e PubMed, com o recorte temporal de 2014 a 2020, onde se fez uma seleção criteriosa no que diz respeito aos estudos utilizados para o desenvolvimento desta revisão. Tendo como descritores: Saúde do Idoso, Profissionais de saúde e Estratégia de Saúde da Família. Critério de inclusão: artigos completos na Língua Portuguesa (Brasil) e inglesa que versam sobre a temática definida. Critérios de Exclusão: artigos que não atenderam a temática, artigos incompletos, artigos de revisão e que estavam fora do recorte temporal. Resultado: Dentro dessas buscas foram encontrados 256 artigos, porém, após a exclusão de achados duplicados e incompletos, e que não correspondia à linha de pesquisa, restringiram-se a 38 obras. Após leitura minuciosa dos manuscritos, teve-se como resultado 15 artigos que integram este estudo, onde possuíam os descritores inclusos no tema e/ou resumo e foram incluídos porque melhor se enquadraram no objetivo proposto. Baseado nos resultados encontrados, a Estratégia de Saúde da Família, possui total relevância e impacto frente à pessoa idosa, em contrapartida ainda apresenta uma falta de responsabilidade para com a pessoa idosa, falta de interação entre a ESF, paciente e família. Estudos revelaram que a falha da ESF em sua atuação frente à pessoa idosa neste nível de atenção, tem relação ao número de profissionais e demanda a falta de insumos (medicamentos e equipamentos), o absenteísmo de profissionais e inadequações nos consultórios da Atenção Primária a Saúde. Além disso, observou-se que profissionais, médicos e dentistas, não cumpriam a carga horária contratada e que muitos profissionais desta equipe possuíam despreparo no manejo do envelhecimento na Atenção Primaria à Saúde. Considerações finais: Diante disso, podemos afirmar que, a atuação dos profissionais da ESF, ainda possui déficits que pode prejudicar a população idosa aqui destacada, pois é dependente desses profissionais para melhor qualidade de vida. É importante que sejam realizados projetos e práticas de cunho organizacional em prol da qualidade da assistência a pessoa idosa, corroborando tanto para o cliente quanto para o profissional.

5885 ASSOCIAÇÃO DOS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE DE NÍVEL PROXIMAL COM A FUNCIONALIDADE PARA AS ATIVIDADES BÁSICAS DE VIDA DIÁRIA DE IDOSOS
Fabiana dos Santos Paixão, Jamilly de Cássia Boldrini Valiate, Lilian Louise Dias, Isabelle Gadiolli Verzola, Glenda Pereira Lima Oliveira, Luciana Sogame, Gracielle Pampolim

ASSOCIAÇÃO DOS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE DE NÍVEL PROXIMAL COM A FUNCIONALIDADE PARA AS ATIVIDADES BÁSICAS DE VIDA DIÁRIA DE IDOSOS

Autores: Fabiana dos Santos Paixão, Jamilly de Cássia Boldrini Valiate, Lilian Louise Dias, Isabelle Gadiolli Verzola, Glenda Pereira Lima Oliveira, Luciana Sogame, Gracielle Pampolim

Apresentação: O fenômeno do envelhecimento populacional vem se tornando cada vez mais representativo na sociedade. A partir disso, nota-se um incremento também da ocorrência de incapacidade funcional decorrente de alterações físicas e/ou sociais, que se diferencia de acordo com o seu nível social. Assim, o presente estudo objetivou verificar a influência dos determinantes sociais da saúde na funcionalidade de idosos, com enfoque na “camada” de nível proximal de acordo com os níveis de abrangência da determinação social, baseado no modelo de Dahlgren e Whitehead. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo observacional transversal e de abordagem quantitativa. A amostra deste estudo consiste em idosos, adscritos no território da Unidade de Saúde da Família, na cidade de Vitória, no Espírito Santo. A dependência funcional foi avaliada através Índice de Katz, que faz atribuição à seis atividades básicas de vida diária, tendo como classificação dependente idosos que não conseguem realizar pelo uma das atividades avaliadas. Entre as variáveis independentes temos sexo, faixa etária, etnia, situação conjugal, escolaridade e renda individual e familiar. A análise descritiva foi reportada através de tabela de frequência absoluta e relativa, e a associação entre a variável desfecho e as variáveis de exposição foram testadas através do Teste Qui-quadrado. Resultado: O perfil geral dos idosos consistiu em indivíduos majoritariamente do sexo feminino (61,4%), entre 60 a 69 anos (57,7%), autodeclarados negros e pardos (79,3%), casados (55,8%), com 0 a 4 anos de estudo (58,1%), renda individual de até 1 salário mínimo (51,9%) e renda familiar de 1,1 a 3 salários mínimos (60,5%). A análise entre os grupos de idosos dependentes e independentes, mostrou que, em relação às variáveis individuais e socioeconômicas, no grupo de idosos independentes, quando comparados aos dependentes, foi mais prevalente aqueles na faixa etária de 60 a 69 anos (p 0,001), do sexo masculino (p = 0,007) e com escolaridade de 5 a 11 anos de estudo (p = 0,040). Já em relação aos idosos dependentes, em comparação àqueles independentes, identificou-se maior prevalência de idosos com 80 anos ou mais (p 0,001), do sexo feminino (p = 0,007), viúvos (p = 0,037) e com escolaridade de 0 a 4 anos de estudos (p = 0,040). Considerações finais: O presente estudo demonstrou associações entre as características de nível proximal dos determinantes sociais da saúde e a funcionalidade de idosos, onde mulheres idosas, mais velhas, viúvas e com baixa escolaridade apresentaram mais frequentemente comprometimento funcional. Visto isso, é de suma importância que sejam realizadas mais ações educativas e governamentais com foco na redução das desigualdades sociais, econômicas e ambientais, para assim, a população ser beneficiada com aumento da qualidade de vida, culminando numa sociedade mais funcional física e mentalmente.

5890 NÍVEL DISTAL DOS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE E FUNCIONALIDADE DE IDOSOS DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DE VITÓRIA-ES
Fabiana dos Santos Paixão, Jamilly de Cássia Boldrini Valiate, Lilian Louise Dias, Isabelle Gadiolli Verzola, Glenda Pereira Lima Oliveira, Luciana Sogame, Gracielle Pampolim

NÍVEL DISTAL DOS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE E FUNCIONALIDADE DE IDOSOS DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DE VITÓRIA-ES

Autores: Fabiana dos Santos Paixão, Jamilly de Cássia Boldrini Valiate, Lilian Louise Dias, Isabelle Gadiolli Verzola, Glenda Pereira Lima Oliveira, Luciana Sogame, Gracielle Pampolim

Apresentação: O fenômeno do envelhecimento populacional implica em uma série de fatores sociais, culturais e epidemiológicos, principalmente em razão da elevada incidência de incapacidades funcionais com o avançar da idade, o que pode levar a isolamento social e redução da participação do indivíduo em atividades comunitárias e até ao convívio familiar. Logo, este estudo objetivou analisar a distribuição das prevalências das características da camada mais distal dos determinantes sociais da saúde, segundo modelo de Dahlgren e Whitehead, sobre a funcionalidade de idosos assistidos por uma Unidade de Saúde da Família. Desenvolvimento: Estudo transversal descritivo com uma amostra probabilística aleatória de 241 idosos assistidos por uma Unidade de Saúde da Família, em Vitória (ES). Para caracterização da dependência funcional em atividades básicas de vida diária foi utilizado Índice de Katz, que classifica em dependente o idoso que é incapaz de realizar pelo menos uma das seis tarefas avaliadas. As variáveis de exposição foram organizadas a nível distal, sendo elas, o morar sozinho, residência multigeracional, quantidade de moradores e percepção de apoio social. Os dados foram analisados de forma descritiva e reportados através de frequência e porcentagem. Resultado: A amostra de idosos estudada relatou, em sua maioria, não morar sozinho (76,8%), residir de forma multigeracional (54,4%) com até três pessoas na mesma residência (78,4%), e percebem ter apoio social (92,4%). Não foram encontradas diferenças nas análises entre os grupos de idosos dependentes e independentes. Considerações finais: Apesar de não ter sido encontrado diferença entre os grupos estudados, a literatura aponta que as características mais distais dos determinantes sociais da saúde influenciam, ainda que em menor grau, no processo de adoecimento da população. No caso da população idosa, vale chamar atenção para o suporte social, considerada de suma importância para a melhoras das condições de vida e saúde dessa população.

5940 ASSOCIAÇÃO DOS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE, A NÍVEL INTERMEDIÁRIO, SOBRE A FUNCIONALIDADE IDOSOS: UM ESTUDO EM UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Jamilly de Cássia Boldrini, Fabiana dos Santos Paixão, Lilian Louise Dias, Isabelle Gadiolli Verzola, Glenda Pereira Lima Oliveira, Luciana Sogame, Gracielle Pampolim

ASSOCIAÇÃO DOS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE, A NÍVEL INTERMEDIÁRIO, SOBRE A FUNCIONALIDADE IDOSOS: UM ESTUDO EM UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Autores: Jamilly de Cássia Boldrini, Fabiana dos Santos Paixão, Lilian Louise Dias, Isabelle Gadiolli Verzola, Glenda Pereira Lima Oliveira, Luciana Sogame, Gracielle Pampolim

Apresentação: O processo de envelhecimento implica em fatores sociais, culturais e epidemiológicos, uma vez que, nessa faixa etária, a prevalência de incapacidades e doenças são maiores, levando ao isolamento social e à diminuição na participação comunitária e, até mesmo, familiar. Com isso, faz-se necessário entender a influição direta dos determinantes sociais com essa prevalência de incapacidades. Assim, o estudo objetivou verificar a influência dos determinantes sociais da saúde na dependência funcional de idosos. Esses fatores foram organizados em “camadas” de acordo com os níveis de abrangência da determinação social, baseado no modelo de Dahlgren e Whitehead, ao qual será apresentado somente a “camada” intermediária. Desenvolvimento: Estudo observacional transversal e de abordagem quantitativa. A amostra consiste em 241 idosos, residentes do território da Unidade de Saúde da Família, em Vitória (ES). A dependência funcional foi avaliada por meio do Índice de Katz, possibilitando a categorização da amostra em indivíduos dependentes e independentes. As variáveis independentes dizem respeito às características comportamentais, no nível intermediário, onde estão contidas os hábitos tabágicos, alcoólicos, de atividade física, de lazer e religiosas, além da autoavaliação de saúde. A análise descritiva foi reportada através de tabela de frequência e a associação entre a variável dependente e as variáveis de exposição foram testadas através do teste Qui-quadrado. Resultado: No que concerne às características comportamentais, a maior parte dos longevos relataram não possuir hábitos tabágicos (87%) ou etílicos (77,9%) e não praticam atividade física (67,5%) ou participam de atividades oferecidas pela UBS (78,%), a maioria afirmou, ainda, praticar alguma atividade de lazer (62,1%) e/ou religiosa (66%), além de autoavaliarem sua saúde como positiva (53,5%). Na análise bivariada das características comportamentais, no grupo de idosos independentes, em comparação com os dependentes, houve maior prevalência de idosos etilistas (p = 0,001), que praticam atividade física (p 0,001), participam das atividades oferecidas pela unidade de saúde (p 0,001), e autoavaliam sua saúde de forma positiva (p 0,001). Com relação aos idosos dependentes, em comparação aos independentes, foi mais prevalente os idosos que não possuem hábito de fumar (p = 0,001), que não praticam atividade física (p 0,001) e não participam de atividades na unidade de saúde, e autoavaliam sua saúde de forma negativa (p 0,001). Considerações finais: Concluímos dessa forma que, no que tange ao perfil de idosos dependentes, há prevalência do tabagismo e sedentarismo, além de uma autoavaliação negativa de saúde. Advindo deste fato, vale ressaltar a repercussão negativa do estilo de vida não benéfico que acaba prejudicando as habilidades intelectuais e funcionais e, consequentemente, levando ao declínio o bem-estar que, por conseguinte, tem influência negativa na autopercepção de saúde dos longevos

5951 DEPENDÊNCIA FUNCIONAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS NO MEIO FAMILIAR EM IDOSOS ASSISTIDOS POR UMA UNIDADE DE SAÚDE EM VITÓRIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Isabelle Gadiolli Verzola, Alessandra Miranda Ferres, Talita Barbosa Moreira, Thayna dos Santos Batista, Gracielle Pampolim

DEPENDÊNCIA FUNCIONAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS NO MEIO FAMILIAR EM IDOSOS ASSISTIDOS POR UMA UNIDADE DE SAÚDE EM VITÓRIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Isabelle Gadiolli Verzola, Alessandra Miranda Ferres, Talita Barbosa Moreira, Thayna dos Santos Batista, Gracielle Pampolim

Apresentação: A dependência é caracterizada pela incapacidade de o indivíduo viver satisfatoriamente sem auxílio de outras pessoas. Sendo esta decorrente das alterações psicossociais, que podem comprometer sua qualidade de vida, bem como, afetar a vida de seus familiares. Com isso, temos como objetivo deste estudo descrever a experiência de alunas dos cursos de Medicina e Fisioterapia sobre a funcionalidade de idosos para realização de atividades básicas de vida diária - AVD’s e suas consequências no âmbito familiar. Desenvolvimento: A experiência aqui relatada ocorreu durante a realização da pesquisa de campo para coleta de dados para a Iniciação Científica das alunas em questão, que consistiu em avaliar de forma global a saúde e funcionalidade de idosos assistidos por uma unidade de saúde em Vitória (ES). Um dos instrumentos utilizados foi o índice de Katz, onde é avaliada a funcionalidade dos idosos em suas atividades básicas de vida diária, como: tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro, transferir-se e alimentar-se. A partir da sua aplicação, foi possível observar em diversos momentos do decorrer da avaliação, elevado grau de dependência dos idosos para com seus familiares e como isso pode afetar a saúde desses familiares que passam a ser cuidadores de seus entes idosos. Resultado: A partir dessa vivência percebemos a importância de que sejam ofertados momentos de educação em saúde para que os familiares que exercem o ofício de cuidar estejam cientes do nível de dependência do indivíduo, bem como, suas limitações e desejos. Outro ponto digno de nota, é a necessidade de momentos de vivência e lazer entre idosos e familiares para que o ato de cuidar deixe de ser um peso e passe a ser realizado de forma mais suave para ambas as partes. Considerações finais: O acompanhamento dos idosos na comunidade possibilitou uma visão de trabalho em equipe e da importância da promoção de saúde na comunidade. Além disso, permitiu-nos ver que são necessárias medidas para que o idoso e seu cuidador estejam em harmonia, como, passeios, arteterapia e conversas em grupo. Com isso, há uma diminuição da sobrecarga do cuidador/familiar e o idoso pode ser visto com outro olhar, além de dependente funcional.

6626 ASSOCIAÇÃO DAS CONDIÇÕES SOCIODEMOGRÁFICAS COM A QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS ASSISTIDOS POR UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE VITÓRIA-ES
Lara Bourguignon Lopes, Adriely Leite, Alaercia de Melo Recla, Rafaela Guio Suzana, Isabelle Gadiolli Verzola, Luciana Carrupt Machado Sogame, Gracielle Pampolim

ASSOCIAÇÃO DAS CONDIÇÕES SOCIODEMOGRÁFICAS COM A QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS ASSISTIDOS POR UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE VITÓRIA-ES

Autores: Lara Bourguignon Lopes, Adriely Leite, Alaercia de Melo Recla, Rafaela Guio Suzana, Isabelle Gadiolli Verzola, Luciana Carrupt Machado Sogame, Gracielle Pampolim

Apresentação: O aumento da expectativa de vida acarretou no crescimento do número de idosos em escala mundial. Aliado a isso, tem-se como finalidade assegurar que as condições de vida sejam as melhores possíveis. Entende-se que a condição sociodemográfica da população em que o idoso está inserido é uma das características que afeta diretamente o conceito de qualidade, por isso, é importante promover o bem estar individual e permitir uma convivência em grupo, reconstruindo assim o papel do idoso dentro da sociedade e concretizando sua autonomia. Portanto, o objetivo do estudo foi associar os aspectos sociodemográficos com a qualidade de vida (QV) de idosos assistidos por uma Unidade de Saúde da Família de Vitória ES. Desenvolvimento: Trata-se de estudo quantitativo do tipo transversal com idosos de uma Unidade de Saúde da Família de Vitória selecionados por uma amostra probabilística aleatória de 171 idosos (≥ 60 anos) submetidos a entrevista semiestruturada entre abril e junho 2018. Foram coletadas variáveis para caracterização das condições sociodemográficas e para mensurar a qualidade de vida foi utilizada a versão brasileira do Questionário de qualidade de vida SF-36, composto por oito dimensões, capacidade funcional, aspecto físico, dor, estado geral, de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. O resultado do questionário varia de 0 a 100 em cada conceito, sendo 0 a pontuação inferior e 100 a pontuação almejada referente a uma melhor qualidade de vida. Resultado: Da população entrevistada observou-se a prevalência de uma percepção negativa a respeito da qualidade de vida (56%), idosos majoritariamente mulheres (63%), se auto declararam pardos (46%), casados (47%), cursaram o até primário (44%), não apresentavam ocupação trabalhista (78%) e saíam sozinhos (71%). Possuíam também, até 1 salário mínimo de renda individual (53%) e de 1,1 a 3 salários mínimos de renda familiar (54%). Considerações finais: Em relação as condições sociodemográficas não houve diferenças estatísticas entre os grupos analisados. Contudo, diante do exposto, observou-se que essas condições podem afetar a qualidade de vida do idoso, visto que, a escolaridade, bem como, a condição financeira e o convívio social interferem diretamente na percepção do indivíduo sobre sua condição de vida, privando este de aprendizado diário e relações o qual o mesmo se beneficiaria de forma integral. Sendo assim, é necessário elaborar métodos para que o idoso se sinta inserido na sociedade, melhorando sua autonomia e além disso incentivar  a prática do relacionamento interpessoal e, assim, aprimorar o bem-estar psicossocial.

7260 HÁBITOS DE VIDA E RISCO DE QUEDA EM IDOSOS ASSISTIDOS POR UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE VITÓRIA-ES
Bruna Zanchetta de Queiroz, Maria Carolina Pereira, Lara Bourguignon Lopes, Gabriele Teixeira Braz de Souza, Thaina Oliveira Coelho, Luciana Sogame, Gracielle Pampolim

HÁBITOS DE VIDA E RISCO DE QUEDA EM IDOSOS ASSISTIDOS POR UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE VITÓRIA-ES

Autores: Bruna Zanchetta de Queiroz, Maria Carolina Pereira, Lara Bourguignon Lopes, Gabriele Teixeira Braz de Souza, Thaina Oliveira Coelho, Luciana Sogame, Gracielle Pampolim

Apresentação: O processo de envelhecimento é caracterizado por alterações funcionais que afetam o equilíbrio e a marcha, que prejudicam a capacidade de adaptação ao ambiente e consequentemente aumentam o risco de quedas. Além das alterações biológicas, os hábitos de vida também contribuem para esse cenário. Nesse contexto, o incentivo a vida saudável, torna-se necessário para a garantia do envelhecimento ativo e seguro. Dessa forma, este estudo teve como objetivo comparar os hábitos de vida com o nível de risco de quedas em idosos assistidos por uma Unidade de Saúde da Família de Vitória (ES). Desenvolvimento: Trata-se de um estudo transversal descritivo com amostra probabilística aleatória de 193 idosos que foi realizado em uma Unidade de Saúde da Família do município de Vitória – ES, onde os idosos foram submetidos a entrevistas e avaliações de saúde. Para a análise do risco de quedas foi utilizada a escala de avaliação da marcha e equilíbrio de Tinetti, onde a pontuação máxima é de 12 pontos para a marcha e de 16 para o equilíbrio, totalizando 28 pontos. A amostra foi dividida em dois grupos de acordo com a pontuação da escala, foram classificados como alto/moderado risco para queda, os idosos que apresentaram pontuação menor ou igual a 24 e baixo risco para quedas os que apresentaram pontuação maior ou igual a 25 pontos. As variáveis de análise entre os grupos foram etilismo, tabagismo, prática religiosa, prática de atividade física e atividades de lazer. Os dados foram analisados de forma descritiva e inferencial através do teste Qui-quadrado. Resultado: Dos 193 idosos entrevistados, 101 (52,3%) apresentaram baixo risco para quedas, e 92 (47,7%) apresentaram alto/moderado risco para quedas. Dos idosos que apresentaram baixo risco, a maior parte não era etilista (77,2%), não era tabagista (89,1%), eram praticantes de alguma religião (67,3%), não praticavam atividade física (61,4%) e realizavam atividades de lazer (62,4%). Dentre os idosos que apresentaram alto/moderado risco para quedas, 77,2% não eram etilistas, 87% não eram tabagistas, 66,3% praticavam alguma religião, 73,9% não praticavam atividade física e 58,7% realizavam atividade de lazer. Nas análises inferenciais não foram encontradas diferenças estatisticamente significante entre os grupos, porém observou-se uma tendência de contribuição da não prática de atividade física com um maior risco para quedas. Considerações finais: Foi visto que os idosos em sua maioria não possuem vícios como o tabagismo e o etilismo, são praticantes de alguma religião, realizam atividades de lazer e não praticam atividade física. Podemos concluir que os hábitos de vida, isoladamente, não contribuem para um maior risco de quedas, porém sabe-se que quando associado às comorbidades do processo de envelhecimento podem contribuir para um maior risco de quedas. Ressaltamos por tanto, a necessidade de novos estudos a serem realizado nessa temática, visando entender melhor a contribuição dos hábitos de vida, no contexto geral de saúde, para o risco de queda de idosos.

8031 OLHARES, VOZES E IMAGENS: NARRATIVA DE RE(EXISTÊNCIA) DE IDOSAS EM CONTEXTO DE VULNERABILIDADE
Tamires Viviane Aparecida Diehl, Vilma Constancia Fioravante dos Santos

OLHARES, VOZES E IMAGENS: NARRATIVA DE RE(EXISTÊNCIA) DE IDOSAS EM CONTEXTO DE VULNERABILIDADE

Autores: Tamires Viviane Aparecida Diehl, Vilma Constancia Fioravante dos Santos

Apresentação: Este resumo apresenta resultados de uma pesquisa fotoetnográfica voltada à análise da experiência do adoecimento crônico e a luta pela garantia de direitos vivenciada por mulheres idosas que (re)existem em território marginalizado em um município de pequeno porte do Rio Grande do Sul. Este tema se recobre de importância no atual contexto de austeridade e perda de direitos, momento no qual discutir o impacto desses prejuízos à saúde deve ser oportunizado, ainda, sabe-se que, o processo de trabalho em saúde enfrenta o desafio de implementar formas de cuidado que possam colaborar com a construção  de espaços públicos em saúde e lutas pelo direito à saúde, dimensões valiosas para o fazer em saúde em contextos de extrema vulnerabilidade social. Diante da diversidade de adoecimentos, aqueles que instigam a investigação científica neste estudo estão relacionados às condições crônicas, aquelas em que há sofrimento, mas que, entretanto, não se inscrevem nos padrões biomédicos. Assim, aponta-se para a necessária articulação de saberes e fazeres em saúde com a experiência de adoecimento do usuário, a partir de uma ótica que se faz sensível e legitimiza a experiência de adoecimento em seus diferentes contextos. No que tange a atenção em saúde, sabe-se que a necessidade de cuidado deve ser pensada a partir do cotidiano dos sujeitos. E, as formas e intensidades desses cuidados são variáveis em função das diferentes  vulnerabilidades a que se expõem as pessoas em cada fase de desenvolvimento do ser humano. Os sujeitos são desigualmente vulneráveis durante a fase adulta, devido a condições físicas, imposições de adoecimentos, e desigualdades nas condições materiais e de acesso a bens e serviços. Mas, invariavelmente, não é possível suspender a dependência de cuidados. As diferentes desigualdades pelas quais passam as pessoas que cuidam ou que precisam ser cuidadas, constituem problemas relacionados à democracia e acesso à direitos. Diante do exposto, considera-se que, o estudo das experiências de adoecimento crônico e cuidado, assim como a luta pela garantia de direitos é válido para os saberes e fazeres no campo da saúde. Desenvolvimento: Está-se empreendendo uma pesquisa de cunho fotoetnográfico, buscando o relato de trajetórias e vivências do adoecimento e cuidado, junto a duas mulheres idosas de um território de periferia de um dos Municípios do Rio Grande do Sul. A área empírica deste estudo é campo de aulas práticas de disciplinas da Instituição de Ensino Superior (IES) da qual fazem parte as pesquisadoras deste estudo. O território em questão se constituiu a partir da ocupação pelos moradores na década de 1980 de uma área verde e construíram as primeiras casas na localidade, o fornecimento de água por empresa pública se deu somente no início dos anos 2000, mas muitas famílias ainda utilizam água de poço para consumo humano, ainda não há rede de esgoto e poucas famílias possuem fossas sépticas. Atualmente, moram no território, aproximadamente, 100 famílias, não há linhas de transporte público, iluminação pública e calçamento. Os moradores possuem uma Equipe de Saúde da Família de referência, mas esta é afastada da comunidade em função de barreiras geográficas, como a distância geográfica, território acidentado e a inexistência de Agente Comunitário de Saúde que faça o atendimento local. A escolha das participantes se deu por conveniência em virtude da aproximação que se tinha anteriormente ao início do projeto em função das atividades práticas-assistenciais da IES. Os dados da pesquisa estão sendo gerados  com a realização de entrevistas semiestruturadas, registro em diário de campo e documentação fotográfica. A análise dos dados segue a orientação metodológica da análise temática e interpretação dos dados à luz de referenciais da fotoetnografia. O presente estudo está sendo realizado respeitando as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos no Brasil, tendo a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa das Faculdades Integradas de Taquara, com parecer n° 3.446.599. Resultado: Tem-se uma narrativa visual composta por fotografias margeadas pela experiência de vida e cuidado de duas mulheres idosas, cada qual com suas lutas.Uma delas é a Maria das Estrelas, mulher de 72 anos, mora com o companheiro e um dos filhos de criação. Atualmente, vive com uma ínfima parte de sua aposentadoria, se desdobrando para quitar as dívidas com a empresa de energia elétrica do município, em função de uma multa que se acumulou e hoje lhe traz grandes apreensões. A mulher que traz consigo traços de uma vida de extensas vivências, de muitas mulheres, de muitos nascimentos, dela e de outras gentes, foi parteira. Em sua trajetória, lidou com a desapropriação ilegal da moradia que era sua, quando a mesma precisou residir em outro bairro em decorrência do tráfico de drogas que acontecia na porta de casa, hoje o traficante, que é seu filho, faz ligações todos os finais de tarde da cadeia para saber notícias suas e da filha que ainda mora no mesmo terreno. Ainda, teve de lidar com a desvalorização do corpo, a perda de identidade enquanto mulher, “então eu não sou mais mulher quando não posso ter filho”, diz quando conta da experiência quando seu penúltimo companheiro a abandonou com os filhos há alguns anos. A outra mulher que faz parte desta pesquisa é Dandara. Ela está vivendo a fase mais feliz de sua vida. Redescobriu-se livre, depois de mais de 30 anos de casada. Após a morte do marido que agredia a ela e sua filha durante uma vida inteira, ela planeja construir uma casa nova, recriar sentidos e caminhos. Ela relata com orgulho sua trajetória no cuidado do esposo com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). A narrativa sobre a relação que andava entre o cuidado de quem encontra lugares onde ocupar afetos, e o conformismo de quem possui irrisórias alternativas diante de si e lida com o estigma e banalização da violência contra a mulher. Essa mulher que nasce diante da força de muitas dores, e as canta, é diarista, de uma fé irreparável, de uma independência conquistada depois de muitos anos de sofrimento. Considerações finais: Este estudo, a partir da narrativa visual que compõe, expressa as vozes das interlocutoras que existem e (re) existem em espaços onde antes não era possível se ocupar, e conduz-se a reflexão acerca de elementos como o estigma, marginalização, Estado, direito, acesso, qualidade de vida, gênero, classe social, controle social, luta e reconhecimento. Ao passo que dar novos sentidos a história pode ser um instrumento fundamental para novas representações sociais e outras lentes para se fazer saúde, para isso é importante que se olhe para narrativas acerca do espaço público e privado do cuidado, como está-se fazendo neste estudo.

8161 LUDICIDADE COMO ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO DO VÍNCULO FAMILIAR EM UM GRUPO DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS.
Julielen Larissa Alexandrino, Wanderson Santiago de Azevedo Júnior, Nathália Oliveira, Valéria Gabriele Caldas Nascimento, Dayane Sousa Fernandes

LUDICIDADE COMO ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO DO VÍNCULO FAMILIAR EM UM GRUPO DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS.

Autores: Julielen Larissa Alexandrino, Wanderson Santiago de Azevedo Júnior, Nathália Oliveira, Valéria Gabriele Caldas Nascimento, Dayane Sousa Fernandes

Apresentação: O uso da ludicidade é comum dentro das atividades de educação em saúde, uma vez que envolve o usuário dentro do seu processo de aprendizado, possibilitando uma melhor assimilação do tema abordado. O resumo tem por finalidade ressaltar a importância das atividades lúdicas como uma ferramenta de fortalecimento do vínculo familiar de idosos através de um estudo descritivo do tipo relato da experiência vivenciada por discentes extensionistas do projeto “Idoso Saudável” da Universidade Federal do Pará, durante um dos encontros mensais que ocorreu no mês de Maio em alusão ao dia das mães. Desenvolvimento: Durante a atividade, os discentes propiciaram, inicialmente, um momento onde os idosos ficavam livres para relatar um pouco sobre suas percepções acerca de suas relações familiares, notou-se que muitos, sumariamente mulheres, possuem uma relação conflituosa com filhos e netos, fator que, segundo os mesmos, deixa prejudicada a dinâmica familiar. A partir disso, desenvolveu-se uma dinâmica em que os participantes deveriam procurar pela sala “tesouros da família”, palavras escritas dentro de caixas, as quais representavam bons sentimentos que são propiciados com uma boa relação familiar. Para cada palavra encontrada, um verso de poesia com o significado daquele item no âmbito familiar era declamado. Com o nome sugestivo da dinâmica, os “tesouros” mencionados fomentam um ambiente familiar em que o idoso e seus familiares estejam confortáveis para estabelecerem um vínculo familiar saudável, estimulando-os à reflexão acerca das suas respectivas dinâmicas familiares. Resultado: Ao final, muitos idosos relataram que os conflitos em família os impedem de realizar atividades rotineiras e de lazer de forma eficiente, prazerosa e sem preocupações. Houveram, também, relatos de que a dinâmica os fez querer resolver seus problemas junto aos familiares para poder ter um processo de envelhecimento mais tranquilo, uma vez que esses conflitos os deixavam deprimidos e com sentimento de solidão. Considerações finais: Com o uso da ludicidade, é possível abordar diversas temáticas e com diversos públicos, considerando-a uma ferramenta eficaz no processo de educação em saúde. Sendo a insuficiência familiar uma síndrome geriátrica que abarca grandes impactos negativos na vida do idoso, o fortalecimento do vínculo familiar é uma forma de tentar suprir esses malefícios. Dessa forma, o Enfermeiro, deve estar atento ao desenvolvimento de atividades que possam estimular a preservação e/ou resgate de vínculos familiares prejudicados, uma vez que contribui diretamente para o envelhecimento saudável da pessoa idosa.

10507 A TARDE DE CONVIVÊNCIA NA ENTIDADE DE LONGA PERMANÊNCIA SANTO AGOSTINHO EM BARRA DO PIRAÍ: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Flavia Simplicio André Staneck

A TARDE DE CONVIVÊNCIA NA ENTIDADE DE LONGA PERMANÊNCIA SANTO AGOSTINHO EM BARRA DO PIRAÍ: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Flavia Simplicio André Staneck

Apresentação: O relato de experiência apresenta reflexões sobre o trabalho da equipe multiprofissional de Instituição de Longa Permanência para Idosos(ILPI) no município de Barra do Piraí, onde é realizada as “Tardes de Convivências” entre os idosos acolhidos e os idosos da comunidade que frequentam o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos(SCFV) que é promovido pela Secretaria Municipal de Assistência Social. Isso, acontece por meio da articulação interdisciplinar dos profissionais envolvidos: assistente social, enfermeiro, médico, dentre outros. A fim de estabelecer um convívio comunitário para os idosos participantes das rodas de conversas que são desenvolvidas na ILPI. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência de profissionais da saúde e da assistência social que trabalham de forma articulada com os objetivos de: promover o envelhecimento ativo e saudável; oferecer atenção integral, integrada à saúde da pessoa idosa; e, estimular às ações Intersetoriais, visando à integralidade da atenção ao idoso. As atividades acontecem toda última quinta – feira de cada mês, através de rodas de conversa com as temáticas sobre envelhecimento e educação em saúde, possibilitando um convívio comunitário entre os idosos participantes através de uma metodologia participativa. Outro ponto relevante é a troca intergeracional entre quem ministra a palestra e os idosos, evitando assim uma prática fragmentada e individual, onde apenas o palestrante tem o conhecimento, de forma verticalizada. Resultado: -resgate da memória social dos idosos participantes; convívio comunitário na ILPI; valorização da vivência compartilhada pelos idosos; troca intergeracional; e - trabalho interdisciplinar pautado nas diretrizes da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Considerações finais: O relato de experiência almeja divulgar a importância da organização de atividades lúdicas para os idosos, neste relato focamos nos idosos acolhidos em ILPI, pois a construção de um espaço coletivo para integração e discussão de temas relevantes, como: “Envelhecer com dignidade- valorização da vida” e “Prevenção de Quedas na terceira idade”, é fundamental frente aos desafios de envelhecer no tempo presente. 

11419 O USO DA EDUCAÇÃO POPULAR COMO PRÁTICA DIALÓGICA PARA O Desenvolvimento: DO CUIDADO EM SAÚDE DE IDOSOS
Alessandra Aniceto Ferreira de Figueirêdo, Thalmo da Costa Barros

O USO DA EDUCAÇÃO POPULAR COMO PRÁTICA DIALÓGICA PARA O Desenvolvimento: DO CUIDADO EM SAÚDE DE IDOSOS

Autores: Alessandra Aniceto Ferreira de Figueirêdo, Thalmo da Costa Barros

Apresentação: Este trabalho tem como objetivo descrever atividades de educação em saúde que foram realizadas com idosos na cidade de Itaporanga (PB), numa perspectiva da educação popular. Foram construídos grupos compostos por idosos entre 68 e 75 anos, sendo esses grupos desenvolvidos em espaços comunitários, próximos às unidades de saúde da família do território de referência desses usuários, como escolas, creches, quadras poliesportivas, dentre outros. As atividades foram feitas todas as quartas-feiras, durante os meses de março e abril de 2014, no período da manhã, contando com a participação de, aproximadamente, cinquenta idosos por grupo (durante os encontros em que se dialogou sobre a hipertensão) e vinte e cinco idosos por grupo (durante as conversas sobre diabetes). Tal ação fez com que os usuários dos serviços e os profissionais de saúde pudessem discutir a respeito dos temas: hipertensão e diabetes, mas também possibilitou uma reflexão sobre a vida desses sujeitos, contribuindo para uma implicação com o cuidado de si, através de uma postura dialógica, consciente e autônoma. Essa experiência abriu espaço para que outras práticas educativas em saúde fossem realizadas com grupos diversos (adolescentes, crianças, adultos jovens) no município de Itaporanga (PB), as quais também foram fundamentadas na perspectiva da educação popular. Desse modo, entendemos que, ao se trabalhar com o saber do outro, com a história de vida desse outro, passou-se a enxergar não apenas a doença ou o adoecer, mas o sujeito como um todo, num processo participativo. Nesse sentido, foi através da costura entre a educação popular e as ações em saúde que se tornou possível a construção de uma prática contextualizada “junto com” os sujeitos e não “apenas para” eles.

5912 O CUIDADO A PESSOA IDOSA COM DEFICIÊNCIA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE PESQUISA NO MESTRADO PROFISSIONAL EM ATENÇÃO PRIMÁRIA Á SAÚDE NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Aracely Gomes Pessanha, Clarissa Terenzi Seixas, Karla Santa Cruz Coelho

O CUIDADO A PESSOA IDOSA COM DEFICIÊNCIA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE PESQUISA NO MESTRADO PROFISSIONAL EM ATENÇÃO PRIMÁRIA Á SAÚDE NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Autores: Aracely Gomes Pessanha, Clarissa Terenzi Seixas, Karla Santa Cruz Coelho

Apresentação: No cotidiano de trabalho no programa de atenção integral à saúde do idoso em Macaé (RJ) foi possível perceber que a deficiência  marca um novo curso na trajetória do envelhecimento, surgindo  muitos conflitos na família e mobilizando as redes de serviço mais frequentemente. A partir desta vivência percebe-se a importância do processo de formação de pós-graduandos  ocasionado por este tipo de processo analítico, pelo potencial de desenvolver, na equipe envolvida, outros olhares sobre os desafios e as possibilidades da produção da continuidade do cuidado no território. Objetivo Compreender a produção do cuidado à pessoa idosa com deficiência na rede de atenção à saúde de Macaé (RJ). Método: Este projeto vem sendo desenvolvido no âmbito do Observatório de Políticas Públicas de Macaé e faz parte da Pesquisa “Análise da implantação da rede de cuidados à saúde das pessoas com deficiência - os usuários, trabalhadores e gestores como guias/ CNPQ” e já aprovada pelo Comitê de ética e pesquisa da UFRJ - Campus Macaé. Utilizaremos o método cartográfico que nos permitirá narrar as expressões produzidas nos encontros com o usuário, sua família e a rede de serviços, bem como afetar e ser afetado pela experiência de vida do outro. Resultado: No segundo semestre de 2019, participamos do curso de extensão Interprofissionalidade em Macaé que abordou em 5 encontros e o núcleo temático do Cuidado em Saúde. Pode-se apreender e aprofundar as ferramentas analisadoras da  Micropolítica em saúde e entender a importância de romper com as práticas já instituídas na rotina de trabalho e que reforçam o exercício de soberania do saber  profissional nos fluxos de atendimento e construir uma forma de cuidar onde todos construímos saberes, afetamos e somos afetados na relação com o outro. Considerações finais: A pesquisa desenvolvida no mestrado profissional em atenção primária em saúde possibilita romper com a anestesia produzida no cotidiano do processo de trabalho na saúde e despertar o olhar para o território de vida do outro e suas singularidades. Tem-se a pretensão de debater questões sobre a produção do cuidado às pessoas idosas com deficiência na cidade de Macaé  para além da rede formal instituída no SUS, na perspectiva de contribuir com novos saberes na área do cuidado e da reabilitação para o enfrentamento dos desafios e necessidades da população brasileira. 

6871 VIOLÊNCIA AUTOPROVOCADA EM IDOSOS DO ESPÍRITO SANTO: PREVALÊNCIA E CARACTERIZAÇÃO DOS IDOSOS
Karina Paiva, Gracielle Pampolim, Franciele Marabotti Costa Leite

VIOLÊNCIA AUTOPROVOCADA EM IDOSOS DO ESPÍRITO SANTO: PREVALÊNCIA E CARACTERIZAÇÃO DOS IDOSOS

Autores: Karina Paiva, Gracielle Pampolim, Franciele Marabotti Costa Leite

Apresentação: A lesão autoprovocada é definida como a violência infligida a si mesmo e pode ser dividida em comportamento suicida e autoagressão, que engloba ações de automutilação desde as formas mais leves como arranhadura, mordedura e cortes, também podendo chegar a formas mais severas como amputação de membros. A violência contra si mesmo surge a partir de um sofrimento emocional causado por frustração e sensação de incapacidade, comuns à terceira idade em razão, muitas vezes, das diversas doenças incapacitantes que prejudicam a autonomia e a funcionalidade do idoso. A violência entre os idosos é um fenômeno crescente, sendo de notificação compulsória, casos suspeitos e confirmados. As notificações contribuem para o conhecimento da magnitude do fenômeno neste grupo. Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo identificar a prevalência de violência autoprovocada em idosos e caracterizar a vítima e o agravo. Desenvolvimento: Estudo descritivo que analisou os dados notificados da violência autoprovocada praticada pelo idoso, registrados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação do Espírito Santo, entre 2011 e 2018. As variáveis foram compostas pelas características do idoso - faixa etária, sexo, raça/cor, escolaridade, situação conjugal; presença de deficiência/transtorno e uso de álcool; e características da agressão – zona, local e turno da ocorrência, histórico de repetição, meios de agressão e encaminhamentos. Os dados foram analisados de forma descritiva utilizando o programa Stata 13.0. Resultado: A prevalência de violência autoprovocada entre idosos, notificada no Espírito Santo, no período de 2011 a 2018, foi de 15,0%. Nota-se dentre os casos maior frequência de idosos entre 60 e 69 anos (72,0%), do sexo feminino (55,7%), brancos (56,4%), com até 4 anos de estudo (60,1%), sem companheiros (50,7%) e sem deficiência ou transtorno (59,9%). A autoagressão ocorreu mais frequentemente na zona urbana (84,4%), na residência (91,7%), no período noturno (38,7%), sem histórico de repetição (58,6%) ou de abuso de álcool (79,4%), tendo como principal meio de agressão o envenenamento (53,6%). A maioria dos casos não foi encaminhada para outros setores responsáveis (73,0%). Considerações finais: A violência autoprovocada em idosos tem se mostrado um agravo comum nessa população, tal fenômeno tem grande importância para o setor da saúde uma vez que a violência autoprovocada vai contra os esforços da saúde em garantir maior longevidade e qualidade de vida. Além disso, torna-se importante o conhecimento dos achados do presente estudo para o embasamento na elaboração de políticas públicas e prestação de cuidados a esse grupo especificamente.

6881 FATORES ASSOCIADOS À TENTATIVA DE SUICÍDIO ENTRE IDOSOS
Karina Paiva, Gracielle Pampolim, Franciele Marabotti Costa Leite

FATORES ASSOCIADOS À TENTATIVA DE SUICÍDIO ENTRE IDOSOS

Autores: Karina Paiva, Gracielle Pampolim, Franciele Marabotti Costa Leite

Apresentação: O processo de envelhecimento corresponde a uma fase de diversas mudanças biológicas e psicossociais na vida do ser humano. Com o passar do tempo podem ocorrer limitações físicas, aparecimento de enfermidades e perda da autonomia que podem gerar um sentimento de frustração, de perda da dignidade e da qualidade de vida. Neste contexto, as mudanças vivenciadas por esse extrato populacional, quando vivenciadas de forma negativa, podem culminar em pensamentos e tentativas de suicídio ou na efetivação do ato Porém, esta é uma face da violência contra a pessoa idosa que ainda não é muito explorada na literatura, e tendo em vista este fato, este trabalho tem como objetivo analisar os fatores associados à violência tentativa de suicídio entre idosos. Desenvolvimento: Estudo analítico transversal, que teve como base os dados notificados de violência contra a pessoa idosa, registrados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação do Espírito Santo, entre os anos de 2011 e 2018. Os dados foram analisados a partir da tentativa de suicídio (sim/não). As variáveis independentes foram compostas pelas características do idoso: faixa etária, sexo, raça/cor, escolaridade, situação conjugal, presença de deficiência/transtorno e uso de álcool, e da agressão: zona, local e turno da ocorrência, histórico de repetição, meios de agressão e encaminhamentos. Os dados foram analisados através do Qui-Quadrado, e as variáveis com p 0,20 foram inseridos no modelo da Regressão de Poisson, sendo os valores expressos em Razão de Prevalência. Resultado: A prevalência da tentativa de suicídio entre as notificações de violência autoprovocada por idosos foi de 78,9%. Além disso, após ajustes para os fatores de confusão, este agravo se mostrou 1,21 vezes mais prevalente entre idosos com idade de 80 anos ou mais, quando comparados àqueles com idade entre 60 a 79 anos e 26,0% mais prevalente entre os idosos com suspeita de uso de álcool. No que tange às características da ocorrência, a tentativa de suicídio foi 1,23 vezes mais prevalentes entre idosos com histórico de violência de repetição, e o objeto contundente/perfurocortante foi 25,0% mais frequentemente utilizado entre os meios de agressão notificados (p 0,05). Considerações finais: A tentativa de suicídio entre os idosos é um tipo de violência que tem se tornado muito presente entre a população idosa, muitas vezes resultante de experiências negativas como as mudanças biológicas e psicossociais presentes no processo de envelhecimento. Além disso, os resultados do presente estudo apontam certas características do idoso e da agressão que estão associadas à tentativa de suicídio entre os idosos estudados, acredita-se que tais características devam ser levadas em consideração para auxiliar na prevenção deste agravo e no rompimento do ciclo da violência.

7544 NUTRIÇÃO E ENVELHECIMENTO DA MULHER NO SEMIÁRIDO NORDESTINO
Sandy Hellen Rodrigues de Souza, Diana Êmily Mendes Guimarães, Elaine Santos da Silva, Cinoélia Leal de Souza, Alaides de Oliveira Souza, Jaqueline Lopes Prates, Gabriella Pimentel Marques, Anne Layse Araújo Lima

NUTRIÇÃO E ENVELHECIMENTO DA MULHER NO SEMIÁRIDO NORDESTINO

Autores: Sandy Hellen Rodrigues de Souza, Diana Êmily Mendes Guimarães, Elaine Santos da Silva, Cinoélia Leal de Souza, Alaides de Oliveira Souza, Jaqueline Lopes Prates, Gabriella Pimentel Marques, Anne Layse Araújo Lima

Apresentação: Envelhecer é um processo natural, que provoca mudanças fisiológicas, psicologias e sociais, que devem ser acompanhadas com dedicação específica pelo setor saúde, é importante considerar que o envelhecimento traz a necessidade de reorientação das políticas públicas, tanto nas questões sociais quanto previdenciárias, pois envelhecer muda a fisiologia do organismo, tornando o ser humano mais vulnerável às doenças, e dentre as alterações relacionadas ao envelhecimento, tem-se o estado nutricional, que está diretamente ligado à qualidade de vida do ser humano, o que não é diferente com a mulher idosa. Sendo assim, a alimentação assume uma parcela grande em relação aos múltiplos determinantes que estão associados ao estado nutricional de risco, baixo peso e excesso de peso, como os sociodemográficos, o estilo de vida, as relações sociais e as condições de saúde. Percebe-se que o processo de envelhecimento acompanha alguns desafios, que se tornam maiores em regiões carentes e marcadas pelas iniquidades sociais, perpetuadas pelas diferenças socioeconômicas ainda vivenciadas, como a Região Nordeste do Brasil, e isso repercute inevitavelmente na saúde da população antes e após o envelhecimento. Assim, as discussões inerentes a nutrição são importantes por se constituir como uma condição de atenção â pessoa idosa. É importante salientar, que a obesidade se consolidou como agravo nutricional associado à alta incidência de doenças, tais como doenças cardiovasculares, câncer, hipertensão arterial sistêmica e diabetes, influenciando, desta maneira, no perfil de morbimortalidade das populações e no estado geral da qualidade de vida. Por outro lado, a desnutrição apresenta-se fortemente associada ao aumento da incapacidade funcional, afetando a desmotivação social e o número de internações, maior susceptibilidade às infecções e, consequentemente, aumento da mortalidade. Devido a dificuldades financeiras, as famílias das idosas tem que contar com o apoio das avós, fazendo com que elas exerçam o papel de babás, o que faz com que elas deixarem de cuidar da própria saúde, o que está incluso o cuidado com a alimentação. No semiárido do Nordeste é muito comum famílias terem cultivo agrícola, vivenciando a dificuldade de manter esse cultivo pela escassez de chuva, outros fatos extremamente presentes na realidade do povo nordestino e firmado na qualidade da saúde nutricional das idosas, que nesta fase da vida necessitam de uma alimentação mais completa. Diferentemente do que possa ser questionado de que o idoso mude seus hábitos alimentares, normalmente, o padrão alimentar do idoso continua semelhante àquele estabelecido pelos hábitos da juventude e o estado nutricional continua não apropriado, mesmo nessa fase do processo da senilidade. Em relação a questões socioeconômicas, grande parcela das famílias brasileiras tem renda de apenas 1 a 2 salário mínimo, dentro dessas rendas se caracterizam as aposentadorias e pensões quando se trata da terceira idade, consequentemente a baixa condição socioeconômica pode estar vinculada a alterações do estado nutricional, como baixo peso ou excesso de peso, sobretudo, em regiões com acentuadas diferenças e desigualdades sociais. Nessa perspectiva, este estudo buscou analisar o estado nutricional da mulher idosa do semiárido nordestino bem como fatores de risco nutricional e discutir a importância do bem-estar deste grupo. Desenvolvimento: utilizou-se a abordagem quantitativa descritiva e de caráter transversal, no qual as participantes foram mulheres idosas residentes da cidade Guanambi - Bahia. O cálculo da amostra ocorreu através de amostragem probabilística simples, sem reposição, o que resultou em 485 idosas, considerando possíveis perdas, no final do estudo foram incluídas 550 idosas. Os critérios de inclusão foram: mulheres com idade maior ou igual a 60 anos e que aceitaram participar da pesquisa. A pesquisa foi realizada de acordo com a resolução n. 466 de 2012, do Conselho Nacional de Saúde. Aprovada pelo Comitê de ética e Pesquisa da Faculdade Independente do Nordeste, sob o protocolo: 50695415.5.0000.5578, e todas as participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultado: Observou-se nas idosas estudadas uma alimentação inadequada por vários fatores, desde a dificuldade de acesso ou a ausência de uma alimentação saudável, até a falta de tempo para o preparo dessa alimentação. Isso ocorre, pois muitas vezes se dedicarem mais a ajudar na criação dos netos do que cuidar da própria saúde, protelando dessa forma os cuidados das suas necessidades. As idosas relatam ter um estado nutricional bom, mesmo sendo este inadequado de acordo com o instrumento e se comparado aos cuidados e necessidades do envelhecimento e de patologias, sem dúvida as questões econômicas entram como principal fator para essa dificuldade de adequação alimentar. A maioria das idosas entrevistadas residia com familiares, muita das vezes a aposentadoria ou a pensão era a única renda da família, dificultando uma melhoria na qualidade nutricional. O acesso a uma alimentação saudável rica em nutrientes se torna difícil, muitas relataram não ter condições para comprar frutas e verduras, sendo estes alimentos de custo auto. De fato, a população brasileira vem enfrentando mudanças nutricionais desfavoráveis, visto que os alimentos naturais vêm sendo substituídos pelos alimentos industrializados, ricos em sódio, gorduras trans e substâncias químicas, compondo assim, um quadro paupérrimo de uma alimentação inadequada, que diminui a ingestão de nutrientes, visto que a população idosa em geral não fica de fora, infelizmente. Para que não ocorram desordens funcionais nas idosas principalmente que estão em fase de desequilíbrio hormonal fisiológico da idade e por consequência o surgimento das patologias, que estão presentes em grande parte as doenças crônicas degenerativas, as práticas alimentares saudáveis são fundamentais, para o equilíbrio na qualidade de vida. Pode-se observar também que a presença de doenças crônico degenerativas estão sendo as de maiores prevalências e foram encontradas de acordo com o estado nutricional dessas idosas e a baixa renda familiar. Considerações finais: nota-se a necessidade de estudar as circunstâncias e situação do estado nutricional da população idosa, especialmente da mulher mediante as condições e contextos que rodeiam não somente as questões sociais mais também as características familiares e individuais de cada pessoa. Somente a partir dessa compreensão que desses fatores determinantes do estado nutricional dessas idosas, que estão em sua maioria relacionados ao perfil epidemiológico, socioeconômico, de adoecimento e mortalidade, por interferir significativamente no comprometimento da qualidade de vida e da ausência da saúde. Vale ressaltar que o município oferece profissionais habilitados a analisar o estado nutricional dessas idosa, através da atenção básica, visto que as consequências do déficit na alimentação afetam a saúde delas e que uma qualidade no estado nutricional será de extrema importância para evitar as comorbidades das doenças crônicos degenerativas, que afetam essa parcela da população.