337: A produção do Cuidado no Saúde na Escola
Debatedor: Maria Estela Diniz Machado
Data: 30/10/2020    Local: Sala 01 - Rodas de Conversa    Horário: 16:00 - 18:00
ID Título do Trabalho/Autores
5942 SOBREPESO E OBESIDADE EM UMA COMUNIDADE ESCOLAR NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM (PA): IDENTIFICAÇÃO E ORIENTAÇÃO QUANTO A FATORES DE RISCO
Amanda melyna Graneiro

SOBREPESO E OBESIDADE EM UMA COMUNIDADE ESCOLAR NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM (PA): IDENTIFICAÇÃO E ORIENTAÇÃO QUANTO A FATORES DE RISCO

Autores: Amanda melyna Graneiro

Apresentação: Obesidade é o acumulo anormal de gordura corporal que pode atingir graus prejudiciais á saúde, considerada uma doença crônica degenerativa podendo desencadear agravos como a diabetes, hipertensão e insuficiência cardíaca. o objetivo deste estudo foi identificar a ocorrência de sobrepeso e obesidade, assim como seus fatores de risco, entre adultos atendidos na Ação Integrada da Saúde (AIS), em uma escola municipal na cidade de Santarém-Pará no dia 04 de maio de 2019. Trata-se de um pesquisa descritiva de abordagem quantitativa realizada através do arco de MAGUEREZ, divididas em cinco etapas: observação da realidade, pontos-chave, teorização, hipótese de solução e aplicação á realidade. Os dados foram obtidos através da avaliação antropométrica para o cálculo do IMC (índice de massa corporal) e aplicação de questionário sociodemográfico, com uma amostra de 20 pessoas, entre as quais professores, funcionários, membros da comunidade escolar e moradores da região se fizeram presentes. Sendo assim, os resultados apontam que 9 pessoas estão com sobrepeso, 6 apresentam obesidade e 5 estão com níveis normais de peso. A partir dessa análise, desataca-se a importância de atividades físicas, alimentação adequada e o controle de possíveis doenças que podem surgir devido o excesso de peso e a obesidade. verifica-se também a necessidade de mais abordagens referentes à temática para o público alvo, com o intuito de colaborar e orientar na redução dos altos índices de obesidade e sobrepeso encontrados entre os pesquisadores.

6193 UMA EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO CURRICULAR NA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA SOCIAL E SAÚDE COLETIVA EM UM ESTABELECIMENTO EDUCACIONAL DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DE DIVINÓPOLIS
ANA RITA CASTRO TRAJANO, JÚLIA ALVARENGA DE SOUSA SANTOS, THIAGO OLIVEIRA SILVA

UMA EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO CURRICULAR NA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA SOCIAL E SAÚDE COLETIVA EM UM ESTABELECIMENTO EDUCACIONAL DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DE DIVINÓPOLIS

Autores: ANA RITA CASTRO TRAJANO, JÚLIA ALVARENGA DE SOUSA SANTOS, THIAGO OLIVEIRA SILVA

Apresentação: Trata-se de uma proposta de estágio curricular, na perspectiva da Psicologia Social e Saúde Coletiva, que busca criar oportunidades de experiências de intervenção psicossocial em escolas da rede pública de educação básica, contrapondo-se às intervenções na área da Psicologia Escolar com foco no indivíduo ou em grupos no sentido de atender aos chamados “alunos-problema” e amenizar conflitos. No decorrer dos trabalhos, foram realizadas discussões sobre possibilidades de intervenções psicossociais, em diálogo com o Serviço Social, como uma das estratégias de promoção de saúde e prevenção de violências no cotidiano escolar de crianças e adolescentes, o que ganhou força com a aprovação da Lei Nº 13.935, de 11 de Dezembro de 2019, que “dispõe sobre a prestação de serviços de psicologia e de serviço social nas redes públicas de educação básica”. Buscou-se articular conceitos-experiência da Análise Institucional e do Grupo Operativo, entendendo-se que este não se constitui como ‘terapia de grupo’, mas como um grupo de aprendizagem e troca de saberes / experiências, que procura abordar questões subjetivas na medida em que estas interferem na realização da tarefa e, nesta perspectiva, tende a produzir efeito terapêutico e transformações. Seguiu-se roteiro-padrão de uma Análise Institucional, ressaltando-se a criação de espaços de fala e trocas entre estudantes da turma considerada como “turma-problema”. Foi proposto que pensassem sobre uma “escola ideal” em oposição à “escola real” em que estudavam, quando emergiram propostas de ações inovadoras no cotidiano escolar. O tema emergente foi definido, a partir daí, como “novas práticas na escola”. Pode-se concluir que foi alcançada uma maior compreensão da escola como parte da instituição da educação, que prescreve, por meio de leis, normas e pautas, como se deve socializar as crianças e adolescentes, aspirantes a membros da sociedade vigente, para que possam se integrar a esta. As formas de expressão agressivas diminuíram consideravelmente e os espaços de diálogo se tornaram recorrentes. Outro ponto importante a ser ressaltado refere-se à oportunidade de modificar a relação do corpo docente e direção com essa turma, rompendo-se preconceitos para uma postura mais respeitosa, na qual se é possível escutar a fala do outro e prevenir violências.

6526 SAÚDE NA ESCOLA E O USO DA METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
ADJANNY ESTELA SANTOS DE SOUZA, JOSE ALMIR MORAES DA ROCHA, CASSIANO JÚNIOR SSATKAMP, LÍGIA AMARAL FILGUEIRAS, CHRISTIAN DINIZ LIMA E SILVA, PRISCILA CASTRO TEIXEIRA, ELCINEIDE SOUSA VIANA, ANA CELY DE SOUSA COELHO

SAÚDE NA ESCOLA E O USO DA METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: ADJANNY ESTELA SANTOS DE SOUZA, JOSE ALMIR MORAES DA ROCHA, CASSIANO JÚNIOR SSATKAMP, LÍGIA AMARAL FILGUEIRAS, CHRISTIAN DINIZ LIMA E SILVA, PRISCILA CASTRO TEIXEIRA, ELCINEIDE SOUSA VIANA, ANA CELY DE SOUSA COELHO

Apresentação: O curso de Enfermagem da UEPA (Universidade do Estado do Pará), vem buscando a adoção de metodologias inovadoras no processo ensino-aprendizagem. Dentre as atividades acadêmicas destaca-se a Atividade Integrada de Saúde (AIS), desenvolvida a partir de um tema ou problema, em cenários reais, que possibilitam a construção do conhecimento por meio das experiências dos discentes. Este trabalho consiste em um relato de experiência na coordenação da AIS. Desenvolvimento: No segundo semestre de 2019, o tema escolhido para o desenvolvimento da AIS foi saúde na escola, e o objetivo foi identificar os principais problemas relacionados à saúde no ambiente escolar, utilizando a metodologia da problematização por meio do Arco de Maguerez. A execução da atividade se deu em cinco etapas: 1ª Etapa: observação da realidade, a turma de Enfermagem 2019 da UEPA fez a primeira visita em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental em Tempo Integral do Campo, instituição de ensino pré-escolar ao fundamental que atende cerca de 189 alunos de 4 comunidades rurais e 1distrito, pertencentes ao município de Santarém-Pará. A visita à escola foi realizada com o intuito de se conhecer o ambiente e fazer um levantamento de problemas. 2ª Etapa: pontos chave, correspondeu a identificação, priorização e discussão sobre os problemas que necessitavam de solução, bem como a busca por fatores associados. Depois da discussão e consenso dos professores e discentes, definiu-se seis problemas: 1. alimentação; 2. saúde mental; 3. drogas; 4. primeiros socorros; 5. higiene e lixo; e 6. sexualidade. Cada grupo ficou responsável por estudar um dos problemas identificados, sob a orientação de um professor. 3ª Etapa: teorização, os alunos foram orientados a realizar pesquisa bibliográfica, para fundamentação teórica dos problemas identificados, na busca de apropriação de conhecimento sobre o tema e fatores associados. 4ª Etapa: hipótese de solução, ocorreu por meio de discussão para encontrar alternativas para minimizar os problemas identificados. 5ª. Etapa: aplicação à realidade, correspondeu ao retorno à escola, consistindo em uma ação de intervenção, de forma a beneficiar os membros da instituição com esclarecimentos sobre os problemas identificados, suas formas de prevenção e controle. As ações desenvolvidas pelos grupos foram: Grupo de Saúde Mental – no espaço denominado sala aberta, com as turmas do oitavo ao nono ano, a ação se deu em dois momentos: no primeiro momento houve uma palestra com uma psicóloga abordando assuntos relacionados à saúde mental destacando a importância do equilíbrio da saúde mental, além de orientar possíveis causas e problemáticas relacionadas com o tema. No segundo momento ocorreu uma dinâmica lúdica denominada “Dinâmica da Amizade”, com objetivo de promover interação entre os alunos, juntamente com a distribuição de pequenos brindes com frases motivacionais. Esta dinâmica possibilitou a participação de todos, ressaltando suas qualidades, foi possível tornar a relação harmônica entre os estudantes, e também repassar orientações sobre o quão é prejudicial o bullying, e a sua capacidade de levar a um quadro de transtorno mental; Grupo alimentação - foi realizada avaliação antropométrica e a entrega um cartão que informava o peso, estatura e “condição corporal” de cada aluno. Em seguida foi realizada uma palestra com as turmas pré I e II, 1°, 2°, 3° e 4° ano, com total de 76 alunos. Após, sucedeu-se a atividade educativa sobre alimentação saudável, com o jogo da memória composto por 12 pares de alimentos, entre alimentos saudáveis e não saudáveis. No decorrer da brincadeira, foi explicado sobre os benefícios de consumir alimentos saudáveis e os prejuízos de consumir alimentos não saudáveis; Grupo sexualidade - foi realizada uma palestra sobre: puberdade; início precoce da vida sexual; gravidez na adolescência e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Em seguida, foi passada uma caixa na qual os alunos poderiam colocar, anonimamente, suas principais dúvidas. Em seguida, foi aplicada uma dinâmica chamada “fato ou fake”, na qual os alunos foram divididos em grupos e ficaram com uma placa onde estava escrito fato/fake, que deveriam ser levantadas após às perguntas feitas pelos acadêmicos. Posteriormente, foi aplicada uma dinâmica chamada "O que é o que é?", na qual foi apresentada uma caixa vedada com objetos que tinham relação com o tema abordado. Os alunos teriam que, de olhos vendados, retirar um objeto e identificar o mesmo e associá-lo com os temas abordados; Grupo drogas - inicialmente foi realizada a dinâmica do balão, na qual os participantes ficaram organizados em círculo, em seguida cada um recebeu um balão e um palito de dente, eles deveriam encher o balão e permanecer com ele cheio. Após isso, realizou-se uma pequena interação, na qual perguntava-se quais eram os seus sonhos. Posteriormente, foi explicado que o balão representava os sonhos e, cada um, deveria cuidar e proteger. Um estudante estourou o balão do seu colega, os demais estudantes começaram a estourar o balão do colega mais próximo, até que todos os balões foram estourados. O objetivo da dinâmica era levá-los a refletir sobre o fato de ser influenciado por alguém. Em seguida, iniciou-se uma palestra interativa sobre o alcoolismo, tabagismo e o consumo de maconha; Grupo higiene e lixo – a ação se deu em dois momentos: no primeiro momento foi ministrada uma palestra para os alunos, na qual foi mostrada a forma correta de fazer a lavagem das mãos, a forma adequada de fazer a escovação dos dentes e como e onde fazer o descarte apropriado de resíduos sólidos, sempre reforçando a importância disso na prevenção de doenças e infecções decorrentes de práticas inadequadas de higienização; no segundo momento, ocorreu o jogo de perguntas e respostas relacionadas ao lixo, como reciclagem, os quatro R’s (repensar, reduzir, reutilizar, reciclar), e sobre as cores das lixeiras da coleta seletiva. As perguntas voltadas para higiene abordavam a importância de escovar os dentes após as refeições e de lavar os alimentos antes de levá-los a boca, além de enfatizar a necessidade de lavar as mãos; Grupo Primeiros socorros –  o público alvo da ação foram os professores e funcionários da escola e ocorreu por meio de uma palestra repassando informações sobre primeiros socorros e discutindo temas específicos como: engasgos, cortes superficiais e profundos, desmaios, convulsões, acidentes com animais peçonhentos e parada cardiorrespiratória. Foram apresentados vídeos, imagens e encenações, mostrando os procedimentos. Em seguida foi feita uma roda de conversa, para tirar dúvidas e relatar experiências. Considerações finais: O desconhecimento e a ausência de espaços para discussão sobre os problemas identificados (higiene e lixo, alimentação, sexualidade, drogas, saúde mental e primeiros socorros), pode gerar inúmeros agravos a saúde com consequências biopsicossocial para a comunidade escolar. O uso da Metodologia da Problematização com o Arco de Maguerez mostrou-se significativo, pois oportunizou um contato direto com a realidade, permitiu a detecção de problemas, reflexão e ação sobre as formas de solução ou atenuação, além de promover a interligação entre teoria e prática, o exercício da construção coletiva do conhecimento e o estímulo à criatividade e ao pensamento crítico, colocando o estudante como agente principal do conhecimento e transformador do meio em que vive, contribuindo com a formação de profissionais com uma visão crítica, reflexiva e transformadora da realidade.

6757 EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE VIOLÊNCIA INFANTIL REALIZADA EM UMA ESCOLA COBERTA PELO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA (PSE): UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Jennifer Karen Ferreira Macena, Késsia Ailly Santos Hayase, Marcela Rodrigues Cardoso

EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE VIOLÊNCIA INFANTIL REALIZADA EM UMA ESCOLA COBERTA PELO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA (PSE): UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Jennifer Karen Ferreira Macena, Késsia Ailly Santos Hayase, Marcela Rodrigues Cardoso

Apresentação: A violência pode ser considerada de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) como o uso intencional da força física ou do poder, em ameaça ou na prática, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou comunidade, que resulte ou exista a chance de resultar em lesão, morte, dano psicológico, malformação ou privação. Entre os diferentes tipos, a violência contra a criança é uma preocupação constante, decorrente de seus casos crescentes e a sua injustificável ocorrência, visto que as condições de desenvolvimento dessas crianças os colocam em extrema dependência de seus familiares, cuidadores, do poder público e da sociedade. A violência infantil é classificada em quatro tipos: abuso físico, sexual, psicológico e negligência. Sendo estes causadores de danos físicos e psicológicos irreversíveis, além do prejuízo ao crescimento e desenvolvimento desses cidadãos. No Brasil, entre o período de 2011 a 2017 foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 219.717 casos de violência contra crianças (15,0%) e 372.014 (25,5%) contra adolescentes. Nesse mesmo período, foram notificados 184.524 casos de violência sexual, sendo 58.037 (31,5%) contra crianças e 83.068 (45,0%) contra adolescentes. Notando um aumento geral de 64,6% e 83,2% nas notificações de violência sexual contra crianças e adolescentes, comparando-se os anos de 2011 e 2017. O aumento de números de casos de violência sexual contra criança segundo os dados expostos, mostra o quão é necessário demandar intervenções para controle dessa realidade, através de condutas preventivas realizadas tanto pelos conselhos tutelares, como também, pelos profissionais da saúde e setores sociais envolvidos. Nesse contexto, destaca-se a Estratégia de Saúde da Família (ESF) como ferramenta valiosa para a identificação e intervenções precoces, assim como, para a disseminação de informações a respeito desse tema, através da educação em saúde. Sendo o Programa Saúde na Escola (PSE) um entre vários programas que tem como objetivo a melhoria da qualidade de vida da população brasileira, e tem como importante visão, a integração e articulação permanente da educação e da saúde. Características essas que tornam um programa essencial para o fortalecimento das ações de promoção e prevenção às crianças e adolescentes vulneráveis a todos os tipos de violências. O PSE mostra-se de relevante importância para essa realidade, visto que inclui os cuidados oferecidos dos profissionais da saúde com o cenário escolar, sendo um ambiente privilegiado, contendo espaço para convivência social e o estabelecimento de relações favoráveis à promoção da saúde através da educação. Considerando a relevante temática e a necessidade constante de ações para controle da atual e agravante realidade que essas crianças estão expostas, notou-se a importância da realização de ações educativas para esse público, com o propósito de fortalecer e disseminar o conhecimento a essas crianças para que possam ter a capacidade de reconhecer os sinais de perigos e para que consigam se defender na medida do possível. Diante disso, o presente trabalho tem por objetivo relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem frente a uma ação educativa sobre violência infantil em uma escola coberta pelo PSE. Desenvolvimento: A ação educativa realizada pelas acadêmicas de enfermagem, psicologia e nutrição durante a vivência no projeto de extensão “Multicampi” da Universidade Federal do Pará, no município de Abaetetuba-Pará teve como propósito abordar a problemática da violência contra a criança com enfoque maior na violência sexual. Com a finalidade de atingir um maior quantitativo de pessoas, optou-se por realizá-la na escola que faz parte da área coberta pela ESF e do PSE, assim, o público-alvo dessa atividade foi as crianças do 4° ano da educação infantil. O período no qual realizou-se foi no mês de dezembro de 2019. Inicialmente, realizou-se um momento de criação de vínculo, onde cada pessoa se apresentou. Logo após, começou-se a indagar as crianças, procurando mensurar o conhecimento que elas já tinham em relação ao tema e buscando fortalecer a participação e interação das mesmas. Em seguida, dividiu-se a turma em duas equipes e solicitou-se que se atentassem ao vídeo que seria exposto. O material abordava de forma lúdica - desenho animado - uma situação de violência sexual no ambiente domiciliar. Antes do desfecho, as acadêmicas pausaram o vídeo e fizeram algumas perguntas de múltipla escolha para as equipes, tais como, “o que a personagem do filme deveria fazer? ”, “só o vizinho pode fazer isso (violentar)? ”, “isso só acontece em lugares distantes? ”, “como fugir dessa situação? ”. Após cada equipe escolher uma alternativa referente às perguntas realizadas, era discutida a resposta correta e depois seguiu-se a finalização do vídeo. Resultado: Observa-se que os resultados condizem com os objetivos traçados, de forma que foi alcançado um quantitativo de aproximadamente 50 crianças e a maioria teve uma interatividade muito boa, participando ativamente durante toda a dinâmica. Verificou-se pleno interesse das crianças pelo tema, assim como, um repertório vasto de conhecimentos sobre violência (sexual e física, principalmente). Nota-se que a ação agregou informações valiosas para o aprendizado das crianças a respeito dos tipos de violência, sinais de perigo e de como agir nessas situações, visto que a maioria das respostas sobre o vídeo estavam certas, e ainda, houveram diversos relatos dos escolares a respeito de situações semelhantes que foram vivenciadas por eles e/ou pessoas próximas. Destaca-se também a importância de trabalhar essa temática no ambiente escolar pois fomenta-se uma rede de apoio fora do contexto familiar, pois este é, muitas vezes, palco dessas situações de violência. Em outro aspecto, atividades como essa, fomentam a capacidade das crianças para o enfrentamento desses episódios, de maneira que possam agir de forma preventiva e saber onde buscar ajuda quando necessário. Considerações finais: Dessa forma, observa-se que a ação desenvolvida trouxe diversas contribuições, tanto para a escola/alunos quanto para a unidade/equipe, de maneira que propiciou uma rica troca de conhecimentos em via de mão dupla. Ademais, possibilitou a criação de vínculo entre as crianças e a equipe de saúde o que favorece uma maior liberdade na interação usuário-profissional. Agregado a isso, a equipe pôde tomar conhecimento de situações de risco, relatados pelas crianças e, assim, realizar uma possível intervenção ou ficar em alerta para quaisquer sinais de violência. Nesse contexto, ressalta-se a relevância do PSE ao fazer o elo entre educação e saúde, aspecto que o torna essencial no combate à violência contra a criança.

8489 RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESCOLA: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E HIGIENE PESSOAL
Luanna Barci Dutra da Costa, Jordana Jacira Ignácio, João Victor Manço Resende, Gabriele Nascimento Silva, Jorge Luiz Lima da Silva

RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESCOLA: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E HIGIENE PESSOAL

Autores: Luanna Barci Dutra da Costa, Jordana Jacira Ignácio, João Victor Manço Resende, Gabriele Nascimento Silva, Jorge Luiz Lima da Silva

Apresentação: A educação em saúde é uma área primordial na atuação do enfermeiro, principalmente, quando inserido no cenário de saúde coletiva, a conduzir informações ao indivíduo, família e comunidade. Objetivo: Descrever as vivências dos acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal Fluminense, na aplicação do ensino teórico-prático da disciplina de Saúde Coletiva, realizada no Colégio Universitário Geraldo Reis e expor a importância de abordar as temáticas sobre alimentação saudável e higiene pessoal aos escolares. Método: Trata-se de um estudo qualitativo do tipo relato de experiência, relacionado aplicação de educação em saúde com metodologias ativas na escola, com quadro interativo e gincana, sobre alimentação saudável e higiene pessoal. O público alvo foram crianças de oito a doze anos. As atividades ocorreram no primeiro trimestre de 2019 em três etapas. A primeira, voltada para ambientação no cenário escolar, além de reuniões externas para a elaboração do material apresentado às crianças. Já as duas últimas, foram visitas ao colégio universitário, destinados para a aplicação das atividades. Resultado: Na atividade de alimentação, os estagiários puderam identificar o nível de conhecimento sobre hábitos saudáveis das crianças e, ainda, o que esses gostariam de comer no colégio. Com a atividade de higiene pessoal, foi perceptível que os alunos durante a gincana demonstraram interesse e tiraram as dúvidas sobre o tema. Considerações finais: A educação em saúde no cenário escolar é fundamental orientar e contribuir para a autonomia, nas etapas iniciais de desenvolvimento humano, sobre as questões de saúde. Portanto, é preciso integrar ainda mais a família, a rede de saúde e as escolas para assim, contribuir com o desenvolver uma reflexão crítica, desde a infância, sobre as questões de saúde.

12244 AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO MECANISMO PROMOTOR DO CONTROLE EMOCIONAL DE ESTUDANTES PRÉ-UNIVERSITÁRIOS: INTERVENÇÃO PARA A PROVA E PARA A VIDA
Nilo Cesar Raiol de Lima, Rodrigo Alex de sousa Galdino, Luanna Moreira Silva, Gabriel sá Sastre, Geraldo Mendes de Araújo Junior, Ana Clara Matos Costa, Davi Gabriel Barbosa

AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO MECANISMO PROMOTOR DO CONTROLE EMOCIONAL DE ESTUDANTES PRÉ-UNIVERSITÁRIOS: INTERVENÇÃO PARA A PROVA E PARA A VIDA

Autores: Nilo Cesar Raiol de Lima, Rodrigo Alex de sousa Galdino, Luanna Moreira Silva, Gabriel sá Sastre, Geraldo Mendes de Araújo Junior, Ana Clara Matos Costa, Davi Gabriel Barbosa

Apresentação: A realidade pré-universitária é uma questão envolvida por diversos agentes estressores da saúde mental estudantil. Nesse sentido, pode-se destacar a pressão social e familiar sobre a necessidade de ingresso no ensino superior. Nesse contexto, é possível observar o desenvolvimento de transtornos comportamentais por estudantes na fase pré-vestibular, a exemplo do Transtorno de Ansiedade (TA), o qual está presente em 9,3% da população brasileira, sendo o Brasil o país com o maior número de casos de ansiedade entre todos os países do mundo. Além disso, há outros aspectos de suma importância no âmbito dos transtornos desenvolvidos em decorrência do vestibular como a depressão e o suicídio. Assim, estima-se que cerca de 85% dos pessoas com depressão também apresentam sintomas significativos de ansiedade. Da mesma forma, os sintomas de depressão ocorrem em até 90% dos pessoas com ansiedade, sendo que estas condições associadas aumentam o risco de suicídio. Esse aspecto pode ser demonstrado pelos dados de um relatório de 2019 divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) o qual informa que, a cada 40 segundos, uma pessoa suicida-se no mundo, totalizando 880 mil casos anuais, dos quais, uma parte significativa relaciona-se com o fator educacional e de formação profissional, incluindo, dessa forma, os pré-universitários em tal índice. Desta forma, é de suma importância o debate sobre formas de se prevenir o autocídio entre jovens pré-universitários. Desse modo, a ação “Relaxa Enem!” surgiu como iniciativa de promover a saúde entre estudantes do 3º ano do ensino médio de uma escola pública no município de Ananindeua no estado do Pará. Essa promoção foi realizada por meio de palestras educativas e dinâmicas que visaram ajudar esses estudantes a minimizarem os sentimentos de nervosismos e incitem na divulgação de quais locais eles podem procurar ajuda em caso de alguma crise de ansiedade ou de qualquer caráter psicológico, já que nessa fase pré-vestibular envolve vários agentes estressores que acometem a saúde mental estudantil. Com isso, prevê-se com esta ação que os participantes se sintam acolhidos, aprendam técnicas de controle emocional e sejam conscientizados sobre a normalidade e importância de se buscar ajuda com profissionais que possam intervir sobre a doença e assim promover a saúde mental. Desenvolvimento: Foi realizada uma aula para os coordenadores sobre métodos de relaxamento e meditação, técnicas de respiração e controle emocional com um profissional de yoga Tunga Vydia no dia 23 de setembro de 2019, com duração de duas horas, com o objetivo de capacita-los para transmitir esse conhecimento durante a ação. O local da ação foi na escola EEEM Dr. Agostinho Monteiro em Ananindeua. O público desta ação foram alunos do terceiro ano do ensino médio dessa escola e ocorreu em seu respectivo auditório. A divulgação da ação para esse público foi feita na escola, por meio de cartazes feitos pelo Time de Representatividade Local, com o intuito de convidar os alunos a participarem. A ação ocorreu no dia 24 de setembro de 2019, no período da tarde e teve a duração de 4 horas e foi dividida em 4 momentos: 1 – Palestra sobre controle emocional e inteligência emocional, repassando por temas como depressão, suicídio, ansiedade e a pressão do período pré-vestibular; palestra esta realizada pelos coordenadores, em que serão também divulgadas informações sobre onde os estudantes podem encontrar ajuda especializada caso necessitem. Este momento terá duração de uma hora. 2 – Dinâmica do “corredor do afeto": nesse momento os alunos serão convidados a se levantarem e se posicionarem em fila, com o objetivo de formarem corredores e cada aluno deverá passar por estes corredores com os olhos vendados com pedaços de tecido TNT; durante essa passagem os alunos que estiverem formando o corredor deverão dizer palavras de carinho e motivação e poderão até fazer gestos como abraçar. Este momento terá duração de trinta minutos. 3 – Sessão de relaxamento: os coordenadores, devidamente capacitados, ensinarão aos alunos as técnicas de relaxamento, respiração e meditação; e farão uma breve prática dessas técnicas. Este momento durará uma hora e meia. 4 – Orientações sobre o Enem: os coordenadores passarão aos alunos um pouco da sua experiência vividas durante a fase do vestibular e farão recomendações sobre como utilizar as técnicas aprendidas no antes e durante o momento da prova. Este momento durará trinta minutos. 5 – Avaliação qualitativa da ação, por meio de um questionário oral feito em grupo, pelos coordenadores. A avaliação de impacto da ação estará centrada em dois aspectos, quantitativo e qualitativo, que ocorrerão em momentos distintos. A abordagem quantitativa ocorrerá por meio de perguntas feitas durante a palestra sobre controle emocional e inteligência emocional que direcionarão os alunos a responderem “sim" ou “não” sobre os questionamentos abordados, possibilitando a contagem estatística. Por sua vez, a abordagem qualitativa será feita por intermédio de um questionário que será repassado pelos coordenadores aos alunos, de forma oral, no momento final da ação, com o intuito de qualificar as mudanças referidas em relação à conscientização e ao entendimento a certa do tema abordado. Os coordenadores dividirão a turma em grupos, para que cada um possa expor, de forma mais clara, as perguntas. Resultado: Logo após a palestra, rodas de conversas e dinâmica de meditação foi feita a avaliação de impacto com os alunos da escola sobre os assuntos que foram abordados em essas atividades. Ao todo participaram 33 estudantes e, nessa etapa da ação, eles tinham que julgar com assertivas de “sim” ou “não” sobre o que lhes eram perguntados. A primeira pergunta lhes questionava sobre os seus conhecimentos quanto a ansiedade, a grande maioria afirmou que eles foram expandidos, enquanto a segunda pergunta queria saber se os conhecimentos quanto a depressão foi expandida, e a grande maioria também respondeu de forma afirmativa. A terceira pergunta se relacionava quanto ao nível de conhecimento em relação ao suicídio e a maioria respondeu que foram aumentados. A quarta pergunta veio avaliar as práticas integrativas em si, e se elas eram eficazes para a melhoria de problemas como depressão, suicídio e ansiedade, todos os participantes concordaram que sim. A última pergunta buscou avaliar se cada participante procuraria usar os conhecimentos obtidos nas dinâmicas para obter uma melhor qualidade de vida, e a grande maioria afirmou que sim, se utilizaria desses novos conhecimentos para se melhorar a sua qualidade de vida. Considerações finais: A ação foi realizada com o intuito de que os participantes se sentissem acolhidos e buscassem minimizar o nervosismo durante os dias que antecedem a prova, assim como no dia da realização do exame. Além disso, buscou-se que eles aprendessem e disseminassem tais informações acerca dos locais, sobretudo públicos, onde podem procurar ajuda para crises de ansiedade ou qualquer outra de caráter psicológico, de forma a conscientizar sobre a normalidade em buscar ajuda e que existem profissionais que podem intervir sobre a doença e assim promover a vida. Ademais, a ação foi realizada com a finalidade de tornar os estudantes capazes de aplicar as técnicas de respiração e meditação nas mais diversas situações da vida, e, consequentemente, reduzir sintomas de ansiedade, melhorar a concentração e a qualidade de vida.

5833 RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE E VACINAÇÃO CONTRA O HPV EM ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA ESTADUAL DE BELÉM (PA)
Marília Martins Santos, Jullyanna Barbara Silva da Silva, Priscila Rodrigues Tavares, Ana carolina Campos Corrêa, Caroline Martins Melo, Paulo Elias Gotardelo Audebert Delage, Aluísio Ferreira Celestino Junior, Eliseth Costa Oliveira De Matos

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE E VACINAÇÃO CONTRA O HPV EM ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA ESTADUAL DE BELÉM (PA)

Autores: Marília Martins Santos, Jullyanna Barbara Silva da Silva, Priscila Rodrigues Tavares, Ana carolina Campos Corrêa, Caroline Martins Melo, Paulo Elias Gotardelo Audebert Delage, Aluísio Ferreira Celestino Junior, Eliseth Costa Oliveira De Matos

Apresentação: No Brasil, 75% dos jovens e adultos entre 15 a 49 anos de idade já se infectaram com o papilomavírus humano (HPV). Este é um relato de experiência baseado na metodologia da problematização de Berbel em que foi feita uma ação de vacinação em uma escola estadual da periferia de Belém, com a temática relacionada à prevenção do HPV em escolas públicas de Belém, mostrando a importância da prevenção em adolescentes contra o HPV. Este relato de experiência visa informar as etapas realizadas pelo grupo pesquisador mostrando as vivencias do grupo no âmbito escolar. Na observação da realidade foi analisada a rotina dos alunos do 6º ano da escola. Na etapa seguinte, foram identificados os problemas existentes na escola. A etapa de teorização consistiu em pesquisas por literaturas acerca do HPV. Na seguinte etapa buscaram-se hipóteses de solução para o problema. Na aplicação à realidade foram apresentadas às crianças, as consequências que este vírus pode causar, em seguida houve a vacinação dos alunos. Constatou-se que, 62% dos alunos não tomaram a vacina ou não sabiam se foram vacinados, tal fato implicou na elaboração de um plano de imunização desses alunos. Durante a ação, notou-se que os pré-adolescentes conseguiram identificar os males ocasionados nas pessoas ao serem infectadas. Foram vacinadas 100 crianças e adolescentes. O trabalho permitiu o desenvolvimento dos discentes, amadurecendo seu olhar problematizador. O conhecimento obtido em sala de aula e colocado em prática contribuiu para a formação acadêmica aplicando a educação em saúde no âmbito escolar.

6000 SAÚDE MENTAL NA ESCOLA: O QUE OS ESTUDANTES DEVEM SABER
Joyce nascimento Dergan, Blendon Queiroz Da Silva, Deyvila Layse Silva Varao, Giovanna Livia Paternostro Lopes, Juliano Duarte Campos, Luiz Eduardo Silveira Correa, Adjanny Estela Santos de Souza, Priscila Castro Teixeira

SAÚDE MENTAL NA ESCOLA: O QUE OS ESTUDANTES DEVEM SABER

Autores: Joyce nascimento Dergan, Blendon Queiroz Da Silva, Deyvila Layse Silva Varao, Giovanna Livia Paternostro Lopes, Juliano Duarte Campos, Luiz Eduardo Silveira Correa, Adjanny Estela Santos de Souza, Priscila Castro Teixeira

Apresentação: A saúde mental é definida como um conjunto de comportamentos emocionais que se equilibram em prol de um convívio pessoal e social saudável com a sociedade. O objetivo desse trabalho foi abordar a saúde mental numa instituição de ensino fundamental de Santarém, com o propósito de esclarecer as principais dúvidas do público-alvo. A trajetória metodológica se deu através da Metodologia da Problematização com o Arco de Maguerez, tem como ponto de partida a realidade que, observada sob diversos ângulos, permite ao pesquisador extrair e identificar os problemas existentes e contempla cinco etapas: observação da realidade; pontos-chave; teorização; hipóteses de solução e aplicação à realidade. Foi realizada a aplicação de um questionário para verificar o conhecimento sobre tema saúde mental. O questionário foi aplicado para 15 alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, na faixa etária de 11 a 17 anos de idade, sendo 9 meninos (60%) e 6 meninas (40%). Os resultados apontam que o tema “saúde mental” não é tão reconhecido, uma vez que 8 alunos (53,33%) não sabiam o significado. Foi realizada uma ação de Educação em saúde com palestra ministrada por uma psicóloga abordando assuntos relacionados a saúde mental, em seguida, foi realizada uma dinâmica lúdica denominada “dinâmica da amizade” com o objetivo de promover interação entre os alunos. Nesta dinâmica os participantes são orientados a formar um círculo e escrever um bilhete sobre pontos positivos da pessoa ao lado, possibilitando a participação e interação de todos. Por meio dessa ação foi possível repassar informações e orientar os alunos sobre possíveis causas e consequências relacionadas com o tema. Diante da problemática tratada no decorrer deste trabalho, pôde-se observar que as complicações relacionadas à saúde mental de crianças e adolescentes vem crescendo nos últimos anos. Destaca-se a importância de discutir esse assunto com os jovens, pois somente assim será possível ajudá-los na identificação e no tratamento de doenças relacionadas à saúde da mente.

6149 O PAPEL DA ATIVIDADE LÚDICA EM EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NO ÂMBITO ESCOLAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA BASEADO NO ARCO DE MAGUEREZ
Felipe Macedo Vale, Amanda Louise Rodrigues Oliveira, Gabriela Pixuna Dias, Shirley Regina Cardoso Mendes, Hector Brenno da Silva Cagni, Alodia Brasil, Paulo Elias Gotardelo Audebert Delage

O PAPEL DA ATIVIDADE LÚDICA EM EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NO ÂMBITO ESCOLAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA BASEADO NO ARCO DE MAGUEREZ

Autores: Felipe Macedo Vale, Amanda Louise Rodrigues Oliveira, Gabriela Pixuna Dias, Shirley Regina Cardoso Mendes, Hector Brenno da Silva Cagni, Alodia Brasil, Paulo Elias Gotardelo Audebert Delage

Apresentação: Na adolescência, o estado nutricional e os hábitos alimentares são fatores cruciais para a qualidade de vida na fase adulta. Dessa maneira, a educação alimentar e nutricional é uma estratégia muito importante que visa a explicitação da importância da nutrição para manutenção da saúde e a adoção de hábitos alimentares saudáveis. O ambiente escolar é um lugar propício para disseminação de informações acerca da educação alimentar, além de ser oportuno para a promoção de ações educativas e intervenções nutricionais, que para melhor eficácia podem ser trabalhadas de formas lúdicas. A realização da educação nutricional de forma lúdica favorece o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da socialização e da iniciativa, possibilitando a adesão de práticas alimentares mais saudáveis. Assim, o objetivo deste trabalho é relatar a experiência vivenciada por acadêmicos do curso de graduação em enfermagem da Universidade do Estado do Pará acerca das práticas alimentares entre adolescentes de uma escola pública de Belém. Desenvolvimento: Para o desenvolvimento do trabalho foi utilizado o método de problematização aplicado ao Arco de Maguerez, que consiste em cinco etapas: observação da realidade, levantamento de pontos chaves, teorização, hipóteses de solução e retorno à realidade. Na primeira etapa, foi feita uma visita à uma escola da periferia de Belém para detectar problemas no cotidiano dos adolescentes. Após a detecção dos problemas, iniciou-se a etapa do levantamento de pontos-chave, analisando e sintetizando os pontos essenciais dos problemas até a definição da temática específica para se trabalhar nas etapas seguintes. Na teorização, ocorreu o levantamento de literatura pertinente acerca do tema, reforçando o embasamento teórico necessário para a quarta etapa do arco. Com isso, foram pensadas hipóteses de solução para o problema definido. Dentre estas hipóteses, se destacou as atividades lúdicas como melhor forma para abordar o tema e apresentar soluções. Assim, optou-se por trabalhar com uma dinâmica baseada na pirâmide alimentar, na qual os alunos deveriam montar a pirâmide. No retorno à realidade, foi aplicada a atividade lúdica que utilizou três estruturas triangulares para representar a pirâmide alimentar. Elas deveriam ser preenchidas pelos adolescentes com figuras representativas dos alimentos pertencentes aos diferentes grupos alimentares, sendo uma preenchida com os alimentos na frequência com que os adolescentes consomem e outras duas montada por dois grupos baseada no conhecimento prévio da pirâmide alimentar. No fim da ação, houve comparação entre os hábitos dos alunos e os hábitos saudáveis em uma roda de conversa explanando a importância de uma alimentação saudável e em seguida a distribuição de lanches saudáveis. Resultado: A ação evidenciou a importância das atividades lúdicas na educação em saúde, pois a interação entre os pesquisadores e os adolescentes por meio da dinâmica, facilitou o compartilhamento das informações. Considerações finais: O trabalho possibilitou aos acadêmicos de enfermagem uma melhor compreensão acerca do conhecimento que os adolescentes têm a respeito dos alimentos e seu consumo. Assim, por meio da atividade lúdica e roda de conversa, foi evidenciado e entendido os malefícios que as más práticas alimentares podem trazer à saúde dos pré-adolescentes.

6185 CONHECIMENTO SOBRE TRANSMISSÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM ESCOLAS PÚBLICAS EM SANTARÉM (PA)
Alana Carla Sousa Carvalho, Matheus Sallys Oliveira Silva, Tiago Sousa da Costa, Carlos Eduardo Amaral Paiva, Ana Gabriela Chagas dos Santos, Rayssa Araújo Carvalho, Adjanny Estela Santos de Souza

CONHECIMENTO SOBRE TRANSMISSÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM ESCOLAS PÚBLICAS EM SANTARÉM (PA)

Autores: Alana Carla Sousa Carvalho, Matheus Sallys Oliveira Silva, Tiago Sousa da Costa, Carlos Eduardo Amaral Paiva, Ana Gabriela Chagas dos Santos, Rayssa Araújo Carvalho, Adjanny Estela Santos de Souza

Apresentação: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), são causadas por microrganismo, como vírus, bactérias, fungos e protozoários. A via mais importante, epidemiologicamente, de transmissão é a sexual, mediante o contato no ato sexual sem o uso de preservativo com um indivíduo infectado. Outros meios, como na gestação, parto, amamentação, parenteral e contato da mucosa com secreções contaminadas, embora não sejam comuns, estes também oferecem grande risco de transmissão de ISTs. A lista nacional de notificação compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública, inclui apenas quatro ISTs com as suas subdivisões, sendo elas: sífilis (adquirida, em gestante e congênita), hepatite (B e C), Acquired Immune Deficiency Syndrome (AIDS) e Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) (gestante, parturiente e criança exposta ao risco de transmissão vertical). As demais infecções sexuais são inclusas conforme necessidade do Estado ou município. Vale ressaltar que, as infecções citadas na lista nacional de notificação compulsória são as utilizadas no estudo, visto que são as mais presentes na população brasileira. Além dessas, o estudo inclui a gonorreia que é a segunda infecção sexual mais comum mundialmente. A presente pesquisa possui o objetivo de verificar o conhecimento de estudantes sobre a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis em instituições públicas de ensino no município de Santarém – Pará. Desenvolvimento: O estudo caracteriza-se por ser do tipo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado em 3 instituições públicas de ensino de SANTARÉM (PA). A amostra foi constituída por 126 alunos do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e ensino médio regular. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) conforme parecer: 3.648.154 CAAE 20368919.7.0000.5168. A pesquisa ocorreu inicialmente com a aplicação de um questionário adaptado do inquérito Conhecimento, Atitude e Prática, desenvolvido pelo Ministério da Saúde, para avaliar o conhecimento sobre as ISTs. Posteriormente, ocorreu uma palestra sobre a temática e em seguida, reaplicação do questionário e aplicação de dinâmicas lúdicas para fixação do conhecimento. Resultado: O estudo foi realizado com 126 discentes, o delineamento dessa amostra resultou em 50% do sexo masculino, 48,41% feminino e 1,59% não preencheram esse item;  faixa etária entre 15 a 60 anos, com média de idade de 21 anos; 23,01% vivem com companheiro, 64,28% consideram-se pardos e 15,07% são pretos(as). Quanto ao primeiro questionário aplicado, 61,11% dos estudantes sabem o que são as IST e 38.89% não sabem ou deixaram em branco a assertiva. Evidencia-se que os números analisados anterior a palestra foram discrepantes em relação à etiologia das doenças citadas, visto que boa parte da amostra desconhece as ISTs. Posteriormente, ao analisar as questões sobre formas transmissão de ISTs, os discentes foram questionados quanto a disseminação de doenças por meio de picada de inseto, 41,26% selecionaram gonorreia, 9,52% hepatite, 7,93% AIDS e 3,17% sífilis. Vale destacar que a gonorreia é ocasionada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae e esta pode ser disseminada pela via sexual e por meio de objetos infectados. A maioria da amostra desconhece a doença, principalmente os meios de disseminação. Em adição, ao serem questionados sobre a transmissão por objetos perfurocortantes, 76,98% selecionaram AIDS, 23,80% sífilis, 26,98% hepatite e 4,76% gonorreia. Vale ressaltar, das ISTs abordadas no questionário, apenas a gonorreia não é disseminada por perfurocortantes, visto que ela precisa do contato com a área infectada, o canal vaginal e o pênis, assim, justificam-se a baixa porcentagem na seleção da gonorreia nesse item. É importante salientar, que a AIDS possuiu a maior porcentagem nessa questão, uma vez que é a infecção com maior divulgação de sua etiologia nas mídias, desde a década de 90. Em seguida, notou-se que a maioria dos discentes (77,77%) sabem que é possível adquirir Infecções nas relações sexuais e foram questionados quanto a falta do preservativo influenciar na transmissão de ISTs, deste 85,71% responderam que ocorre disseminação de AIDS, 46,03% Sífilis, 38,09% Gonorreia e 9,52% Hepatite. Nota-se que os discentes possuem um conhecimento prévio sobre métodos preventivos, em virtude de o método mais conhecido para a prevenção de ISTs é a utilização de preservativos, feminino ou masculino, no ato sexual, seja ele oral, vaginal e anal. Os discentes demonstraram alto conhecimento acerca da AIDS. Entretanto, no que tange a sífilis, gonorreia e hepatite os números foram menos da metade, evidencia-se que os discentes sabem mais sobre as infecções mais divulgadas, demonstrando a necessidade de informações sobre outras IST serem difundidas. Vale ressaltar, a transmissão por meio de objetos pessoais, compartilhados ou coletivos são menos comuns, já que precisam do contato com a secreção contaminada para ocorrer a disseminação. Quanto a essa questão, poucos discentes afirmaram a transmissão de IST através de talheres (24,60%), copo (19,84%) e toalha de banho (16,66%). Tal achado encontra-se com baixas porcentagens, pois no questionário não foi associado a esses objetos a contaminação. Além disso, no que tange a utilização de banheiro público, 25% associaram esse meio para transmissão de AIDS e Sífilis, 19,04% Hepatite e 43,65% para Gonorreia. No meio cientifico não se encontra a transmissão dessas ITS relacionadas a banheiros públicos, esta questão é apenas uma crença bastante disseminada. Por conseguinte, após a palestra ocorreu a reaplicação do mesmo questionário, notou-se um alto índice de dados ignorados e/ou em branco, o que leva ao risco de possível atenuação de algumas questões, como a que se refere ao uso de preservativos, objetos pessoais e compartilhados. Contudo, algumas questões foram possíveis a análise, assim, em relação a transmissão de ISTs via picada de inseto ocorreu uma diminuição drástica ao relacionarem a disseminação de gonorreia (1,58%) e hepatite (4,76%). Outrossim, as porcentagens da questão sobre transmissão por meio de objetos perfurocortantes obtiveram um razoável crescimento para sífilis (34,12%), hepatite (27,77%) e as demais doenças do item não foram preenchidos adequadamente, dificultando a análise da amostra. Além disso, no que tange a utilização de banheiros públicos para transmissão de ISTs, apenas a porcentagem para a gonorreia diminuiu para 30,15% e as demais mantiveram constantes. Diante do exposto, observa-se mudanças após palestra e a eficácia da atividade. Considerações finais: A presente pesquisa delineou o perfil desses discentes, sendo 50% do sexo masculino e 48,41% do sexo feminino, média de 21 anos, são solteiros, consideram-se pardos e 61,11% sabem o que são IST. Em relação ao questionário, os discentes apresentaram elevado conhecimento acerca da AIDS e baixo sobre as outras IST citadas na pesquisa. Após a palestra, notou-se um impacto positivo das atividades realizadas, ocasionando mudanças no conhecimento prévio dos discentes. Vale ressalvar que atividades, como a palestra e a dinâmica aplicada, são fundamentais para prevenção das IST, por meio da disseminação de informações sobre as doenças e podendo gerar percepções de risco e mudança de hábitos dos discentes.

6282 OCORRÊNCIA DE POSITIVIDADE PARA HIV E SÍFILIS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE SANTARÉM (PA)
Alana Carla Sousa Carvalho, Tiago Sousa da Costa, Matheus Sallys Oliveira Silva, Carlos Eduardo Amaral Paiva, Ana Gabriela Chagas dos Santos, Rayssa Araújo Carvalho, Adjanny Estela Santos de Souza

OCORRÊNCIA DE POSITIVIDADE PARA HIV E SÍFILIS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE SANTARÉM (PA)

Autores: Alana Carla Sousa Carvalho, Tiago Sousa da Costa, Matheus Sallys Oliveira Silva, Carlos Eduardo Amaral Paiva, Ana Gabriela Chagas dos Santos, Rayssa Araújo Carvalho, Adjanny Estela Santos de Souza

Apresentação: As infecções sexualmente transmissíveis (IST) afetam milhares de pessoas em todo o mundo, dentre estas destacam-se as infecções pelo HIV que vem passando nos últimos anos por um processo de pauperização, interiorização, juvenilização e feminilização. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima em mais de 1 milhão de casos novos de ISTs por dia no mundo, sendo que a população jovem, com idade entre 15 a 26 anos é a mais acometida. Este estudo teve como objetivo verificar a ocorrência de IST`s (HIV e Sífilis) em uma escola pública do município de Santarém – Pará. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado em uma Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio de Santarém – PA, no ano de 2019. A constituição da amostra foram alunos da 3ª. e 4ª etapa do Programa de Educação de Jovens e Adultos Fundamental (EJA) e EJA Médio, 1º e 2º etapa. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) conforme parecer: 3.648.154 CAAE 20368919.7.0000.5168. Foi realizada a coleta de dados pessoais e material biológico pelos profissionais do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA-Estadual) para diagnóstico de ISTs (HIV e Sífilis). Resultado: A amostra foi constituída por 123 indivíduos, dentre alunos e funcionários da escola que encontram-se na faixa etária de 14 a 55 anos, cuja média de idade foi 23 anos, constatou-se que 59 são do sexo feminino correspondendo a 47,9% e 64 do sexo masculino correspondendo a 52,1% da amostra. A partir da análise da ficha de identificação e do material biológico foi possível obter os seguintes Resultado: dos 123 (100%) participante da pesquisar, 6 (4,8%) dos participantes tiveram diagnóstico positivo para IST. 5 (4,0%) casos obtiveram resultado positivo para Sífilis, sendo que três eram do sexo feminino cuja a média de idade foi 29 anos, e dois do sexo masculino com media idade de 20 anos. 1 (0,8%) indivíduo teve resultado positivo para HIV, sendo esse do sexo masculino com idade de 15 anos. Considerações finais: A ocorrência de IST na escola foi notório, obtendo resultados positivos tanto para a Sífilis como para HIV. Além disso, constatamos que os dados estão dentro das estimativas atuais de ocorrência no Brasil, corroborando assim com achados do presente estudo. Vale ressaltar que o estudo apresentou dados parecidos ao de outros estudos, onde a faixa etária ficou entre 15 a 29 anos, sendo esse o grupo de maior incidência de ISTs segundo a OMS. Dessa forma o presente estudo realça a importância das políticas públicas de saúde destinada especificamente para essa população, tendo em vista que se trata de um público susceptível. Sendo assim, a ocorrência de IST no ambiente escolar tornasse evidente a necessidade de atividades de educação em saúde com propósito de reduzir a ocorrência destas ISTs.  

6350 A PROMOÇÃO E A PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM ADOLESCENTES NO AMBIENTE ESCOLAR
Emília Gallindo Cursino, Eduarda Nunes Seidel, Paula Mendes Marinho, Dayane Chaves Limongi Vita, Lewi Soares de Souza, Gabriel Moura Mello, Maria Estela Diniz Machado, Luciana Rodrigues da Silva

A PROMOÇÃO E A PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM ADOLESCENTES NO AMBIENTE ESCOLAR

Autores: Emília Gallindo Cursino, Eduarda Nunes Seidel, Paula Mendes Marinho, Dayane Chaves Limongi Vita, Lewi Soares de Souza, Gabriel Moura Mello, Maria Estela Diniz Machado, Luciana Rodrigues da Silva

Apresentação: no contexto da promoção de saúde e na prevenção de doenças do adolescente evidencia-se a escola, cenário importante para a construção da cultura de saúde, que pode fortalecer as capacidades individuais e coletivas e a criação de ambientes saudáveis. Objetivo: descrever a experiência de  estudantes de enfermagem do 8º período em atividade de educação em saúde na escola, durante o estágio curricular, do ensino de graduação de uma universidade pública do Estado do Rio de Janeiro. Resultado: estudo descritivo tipo relato de experiência realizada com adolescentes do segundo e terceiro ano do ensino médio em uma escola privada, no período de  setembro a outubro de 2019. No primeiro momento foi demonstrada a dinâmica do “repolho roxo” que permitiu a reflexão sobre os riscos de adquirir Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Após foi realizada a dinâmica da “batatinha quente” com balões coloridos contendo dúvidas dos adolescentes, a partir de uma “caixa de perguntas” deixadas na escola. A seguir foi apresentado slides com o tema. Finalizando  foi feito demonstração sobre o uso do preservativo na prevenção das ISTs. Considerações finais: A socialização dos conteúdos expressos nas dinâmicas utilizadas, promoveu uma maior interação entre os envolvidos, fato evidenciado pela participação dos adolescentes e pelas indagações deles em relação ao tema. A experiência conferiu aos estudantes de enfermagem a apropriação de conhecimentos e habilidades exigidas para a formação profissional do enfermeiro educador em saúde e seu papel na promoção da saúde na adolescência. Destaca-se a importância do enfermeiro, no ambiente escolar, para promover uma maior interação da escola.

6359 PROMOÇÃO DE SAÚDE EM AMBIENTE ESCOLAR COM ADOLESCENTES: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pamela Farias Santos, Solinho Ansberto Coutinho Junior, Milena Moura Moreira Da Silva, Juliana Pacheco Leão Costa, Ricardo Luiz Saldanha Da Silva, Ana Luísa Lemos Bezerra, Kawê Guilhermy Andrade Cardoso, Hellen de Jesus Silva Pimentel

PROMOÇÃO DE SAÚDE EM AMBIENTE ESCOLAR COM ADOLESCENTES: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Pamela Farias Santos, Solinho Ansberto Coutinho Junior, Milena Moura Moreira Da Silva, Juliana Pacheco Leão Costa, Ricardo Luiz Saldanha Da Silva, Ana Luísa Lemos Bezerra, Kawê Guilhermy Andrade Cardoso, Hellen de Jesus Silva Pimentel

Apresentação: As importantes mudanças que ocorrem no corpo durante a adolescência caracterizam-se como uma fase de transformações fisiológicas decorrentes da puberdade e por ser um período de vulnerabilidade social, psicológica e física com alterações complexas no processo de desenvolvimento do ser humano, diante do seu modo de agir, pensar e no desempenho dos papéis sociais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A adolescência é definida pelo período entre a infância e a idade adulta, delimitado cronologicamente dos 10 aos 19 anos. Sendo que O Ministério da Saúde (MS) considera esses mesmos limites, enquanto o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) adota como critério a faixa etária de 12 a 19 anos. As atividades de promoção de saúde voltadas à população adolescente devem contemplar as ações de prevenção de doenças e o fortalecimento de fatores de proteção. E tais atividades promovem maior efetividade quando desenvolvidas a partir de uma abordagem educativo-preventiva no ambiente escolar. Além de a escola assumir uma função pedagógica específica, também exerce a função social e política voltada à transformação da sociedade, relacionada ao acesso de oportunidades, aprendizagem e de desenvolvimento. Objetivo: o presente estudo teve como objetivo apresentar o relato de experiência sobre a promoção à saúde do adolescente realiza­da pela equipe multiprofissional de acadêmicos da área da saúde. Método: Este estudo trata-se de um relato de experiência da atividade de educação em saúde com natureza descritiva. Resultado: As atividades de educação em saúde foram desenvolvidas numa escola estadual, localizada em um bairro especifico na cidade de Belém do Pará, na qual se destacam as atividades de promoção em saúde como: abordagem sobre as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), realização de testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites. Apresentando como proposta o fornecimento de informações e esclarecimentos, sobre os cuidado individualizado no ambiente em que vivem. Inicialmente foi realizado o acolhimento dos alunos, em seguida os mesmos eram colocados na roda onde acontecia a dinâmica desenvolvida pelos acadêmicos, a mesma era realizada com a ajuda de um dado o qual continha temas de maior relevância para o grupo, logo em seguida eram feitas perguntas para os alunos de acordo com o tema o qual foi sorteado, e logo depois as acadêmicas juntamente com a enfermeira sanavam as duvidas as quais os mesmos tinham. Resultado: De modo geral, a aceitação da atividade proposta foi muito positiva, visto que as pessoas ali presentes participaram ativamente dos espaços, a experiência com o grupo proporcionou o desenvolvimento de es­tratégias para incluir os adolescentes nas ações de promoção da saúde. Portanto, fica cada vez mais evidente a necessidade de adoção de práticas educativas de caráter dialógico, capazes de promover a ativa participação dos adolescentes para que estes se sintam protagonistas, corresponsáveis por sua saúde e melhoria, em meio as variadas técnicas de ensino-aprendizagem aplicada na roda de conversa, enquanto profissionais de saúde e promotor de saúde.

6711 EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM ADOLESCENTES NA ESCOLA: A UTILIZAÇÃO DE METODOLOGIAS ATIVA DE APRENDIZAGEM.
Emília Gallindo Cursino, Paula Mendes Marinho, Eduarda Nunes Seidel, Dayane Chaves Limongi Vita, Lewi Soares de Souza, Gabriel Moura Mello, Maria Estela Diniz Machado, Luciana Rodrigues da Silva

EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM ADOLESCENTES NA ESCOLA: A UTILIZAÇÃO DE METODOLOGIAS ATIVA DE APRENDIZAGEM.

Autores: Emília Gallindo Cursino, Paula Mendes Marinho, Eduarda Nunes Seidel, Dayane Chaves Limongi Vita, Lewi Soares de Souza, Gabriel Moura Mello, Maria Estela Diniz Machado, Luciana Rodrigues da Silva

Apresentação: Relato de experiência acerca da vivência de 03 docentes e 5 discentes do Curso de Graduação  em Enfermagem, de uma Universidade Pública Federal do Estado do Rio de Janeiro durante atividades de educação em saúde sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis  para adolescentes em uma escola privada. Esta ação integra o Projeto de Ensino: Educação em Saúde: estratégia para o cuidado de enfermagem junto à criança, adolescente e família. Objetivo: descrever as etapas para a realização de encontros educativos com adolescentes sobre saúde sexual: promoção e prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). O público alvo foi 40 alunos do 2º e 30 alunos do 3º ano do Ensino Médio, com idade entre 15 e 19 anos.  Foi desenvolvida em quatro  etapas para uma maior apropriação da temática e planejamento das ações e execução:1) três reuniões com a coordenadora pedagógica para definição das temáticas a partir da demanda da referida escola; 2) uma primeira aproximação com os adolescentes em sala de aula, quando foi levado uma caixa fechada contendo uma abertura e foi solicitado que os mesmos colocassem perguntas por escrito sobre saúde sexual; 3) foram definidas as dinâmicas a serem desenvolvidas e a composição dos recursos didáticos; 4) as atividades educativas foram realizadas em dois momentos distintos com duração de 2 horas, sendo um dia com os adolescentes do 2º ano e outro dia com os do 3º ano. A interpretação do conteúdo contido nos slides,  dinâmicas, demonstrações, diálogos estabelecidos manifesta que os adolescentes atuaram como agentes ativos no processo de ensino-aprendizagem.

6657 EDUCAÇÃO SEXUAL PARA UM PÚBLICO DE JOVENS E ADULTOS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE ENSINO MÉDIO DE UM MUNICÍPIO NO INTERIOR DO PARÁ
Mirlane da Costa Fróis, Alice Né Pedrosa, Ana Lúcia Pinheiro Cardoso, Marcelo Silva de Paula, Milena Beatriz de Sousa Santos, Sara Cristina Pimentel Baia

EDUCAÇÃO SEXUAL PARA UM PÚBLICO DE JOVENS E ADULTOS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE ENSINO MÉDIO DE UM MUNICÍPIO NO INTERIOR DO PARÁ

Autores: Mirlane da Costa Fróis, Alice Né Pedrosa, Ana Lúcia Pinheiro Cardoso, Marcelo Silva de Paula, Milena Beatriz de Sousa Santos, Sara Cristina Pimentel Baia

Apresentação: A adolescência é o período de transformações físicas e mudanças comportamentais e psicossociais, que representa o progresso do adolescente em busca de escolhas individuais para vida e no contexto sexual, levando aos riscos de contaminação por Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), bem como a gravidez precoce. Diante do exposto, proporcionar informações aos jovens em relação as formas de transmissão e prevenção das ISTs, bem como prevenção de gravidez indesejada, podem favorecer a adoção de estratégias mais eficazes para o controle e prevenção dessas infecções e seus agravos. As ISTs são disseminadas por meio do contato sexual sem proteção, compartilhamento de seringas e objetos perfurocortantes contaminados e transfusão sanguínea com indivíduo infectado, são causadas por microrganismos como vírus e bactérias. Nesse contexto as ISTs e seus agravos retratam grave problema de saúde pública, uma vez que o número de casos e a prevalência vêm aumentando consideravelmente, assim como as consequências psicossociais e econômicas, pois a população mais atingida são pessoas em idade reprodutiva. Desse modo, é evidente que o agente determinante para o risco de suscetibilidade às ISTs e a gravidez na adolescência é a carência de informações sobre vida sexual, e as práticas sexuais que iniciam na adolescência de forma precoce. Nesse sentido, a gravidez na adolescência pode acarretar problemas na saúde da mãe e do bebê, além de problemas sociais, econômicos psicológicos e educacionais. Visto que esse tipo de gravidez geralmente é indesejada, concebida em meio a relacionamentos sem estabilidade. Além do mais, a gravidez na adolescência é resultante da falta de conhecimento dos métodos preventivos e de quanto mais precoce for iniciada as práticas sexuais, mais vulneráveis à concepção as adolescentes estarão. Diante disso, há a necessidade de ações de educação em saúde com jovens, visto que a vida sexual se inicia precocemente e o adolescente, muita das vezes, não possui conhecimento suficiente acerca da vida sexual. Desse modo, a escola é um ambiente favorável para a implantação de políticas preventivas e educativas relacionadas à educação sexual, possibilitando a comunicação entre estudantes, professores e demais profissionais da área da educação e saúde, com a finalidade de informar e orientar sobre os riscos que o jovem está exposto. Pelo exposto, o objetivo desse trabalho é relatar a experiência mediada por acadêmicos de enfermagem voltada a uma abordagem educativa para um público de jovens e adultos acerca das ISTs e gravidez na adolescência. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, vivenciada por discentes do curso de graduação em Enfermagem  da Universidade do Estado do Pará, Campus XII, contemplando uma Atividade Integrada em Saúde (AIS). A atividade educativa ocorreu na cidade de Santarém – Pará, no primeiro semestre de 2019, em duas turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) de uma escola pública de ensino médio. A ação educativa contou com um público total de 48 estudantes, sendo 30 da primeira turma e 18 da segunda turma, a dinâmica educativa durou cerca de 40 minutos em cada turma. Inicialmente foi ministrada a palestra pelas acadêmicas acerca dos temas ISTs gravidez na adolescência. Após as palestras, os alunos foram convidados e orientados sobre a dinâmica a ser realizada, que tinha o objetivo de verificar a capacidade dos estudantes em identificar mitos e verdades sobre o tema abordado. Resultado: A socialização na primeira turma iniciou com a apresentação das acadêmicas sobre o que seria abordado na classe composta por 30 alunos, no primeiro momento as acadêmicas expuseram informações por meio de uma palestra sobre ISTs e gravidez na adolescência. Logo no primeiro momento foi possível notar a falta de interesse nas informações e orientações passadas, de forma que houve muitas interrupções no momento da palestra e nenhuma contribuição ou pedido de esclarecimento de dúvidas ao final. Já na etapa da dinâmica, pudemos verificar que os estudantes acertaram a maioria das afirmativas, porém no momento em que seria repassada a correção acerca de algum erro cometido pelos mesmos, a atenção deles era rapidamente desviada para brincadeiras e conversas paralelas. Já na segunda turma, de 40 alunos apenas 18 compareceram. Ao contrário do primeiro grupo, os alunos presentes na segunda sala foram mais solícitos, de forma que dispensaram atenção às informações prestadas e contribuíram com experiências de vida acerca da temática. Ao realizar a dinâmica, assim como o grupo anterior, acertaram a maioria das questões, porém seguiram a forma como a atividade foi proposta, interagindo como equipe e respeitando o momento de tirar as dúvidas dos colegas que não acertaram as respostas. Analisando a experiência e o conhecimento dos alunos de forma geral em relação ao conteúdo abordado, eles demonstraram-se bem informados acerca da do uso de preservativos como forma de prevenção de infecções e da gravidez. Porém quando questionados sobre sinais e sintomas, gravidade das doenças e métodos contraceptivos, manifestaram diversos equívocos e dúvidas, como por exemplo, em relação as formas de transmissão das ISTs, os adolescentes demonstraram maior conhecimento sobre a AIDS, no entanto, sobre as demais ISTs como sífilis, gonorreia, HPV, Hepatite B e C, eles demonstraram pouca informação, uma vez que quando questionados sobre a transmissão do vírus da hepatite, a maioria respondeu que não era possível infectar-se com o vírus usando banheiros públicos e  compartilhamento de seringas. Além disso com relação a perguntas sobre a prevenção da gravidez, a maioria respondeu que a pílula do dia seguinte era usada como método contraceptivo, sendo que na verdade a pílula do dia seguinte é usada em casos de emergência e não podem ser utilizadas mais que três vezes por ano. Entretanto, com a evasão de alunos e a falta de colaboração da maioria, essas questões não puderam ser devidamente esclarecidas para todo o público. Considerações finais: As atividades em grupo fornecem um aprimoramento do aprendizado, assim, com a atividade lúdico-educativa proposta, foi possível a socialização de informações sobre ISTs e gravidez na adolescência, de modo a perceber alguns conhecimentos equivocados e que precisavam ser desconstruídos e reconstruídos, bem como a falta de interesse de alguns estudantes sobre o tema, pois grande parte destes não socializou durante a dinâmica aplicada. Diante da situação, fica evidente a necessidade de educação em saúde na escola, onde o enfermeiro e sua equipe de saúde em parceria com as escolas, professores e comunidade possam levar informações aos jovens e adolescentes, acerca da temática abordada. Diante disso, a realização desses eventos tem como objetivo a promoção e prevenção da saúde, para que os jovens compreendam a importância da prevenção e sejam multiplicadores de informações corretas e sem equívocos sobre os métodos preventivos e contraceptivos para uma relação sexual saudável e segura. Dessa forma, é de extrema importância fomentar discussões acerca dessa temática, priorizando a educação em saúde como aliada principal na promoção e prevenção de possíveis agravos a comunidade escolar.

7941 INFECÇÃO PELO HPV E RISCOS DE CÂNCER: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA CAMPANHA DE VACINAÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE INFANTOJUVENIL
Breno Pereira Martins, Carla Camilly Pontes dos Santos, Laura Caroline de Sena Miranda, Manuela Cristina Gouveia do Amaral, Aluísio Celestino Júnior, Paulo Elias Gotardelo Audebert Delage

INFECÇÃO PELO HPV E RISCOS DE CÂNCER: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA CAMPANHA DE VACINAÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE INFANTOJUVENIL

Autores: Breno Pereira Martins, Carla Camilly Pontes dos Santos, Laura Caroline de Sena Miranda, Manuela Cristina Gouveia do Amaral, Aluísio Celestino Júnior, Paulo Elias Gotardelo Audebert Delage

Apresentação: A presente experiência foi vivenciada pela discente do segundo semestre do curso de graduação em enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA) em uma escola pública de grande porte da periferia de Belém no ano de 2018, embasado na Metodologia da Problematização através do Arco de Maguerez. Durante a observação da realidade e levantamento dos pontos-chave, os autores definiram o tema, visto a carência de conhecimento dos alunos da escola acerca do HPV, sua prevalência, variabilidade do vírus e da sua correlação com o desenvolvimento de verrugas e neoplasias malignas. Observou-se também, certa resistência de pais/responsáveis e da escola em abordar tal assunto, o que contribuiu para a escolha deste tema, pois a ausência de diálogo e a falta de esclarecimentos prejudicam a formação dos infantes, visto a inconsistência de informações acerca do tema e até desconhecimento total sobre o HPV. Dessa forma, tem-se como objetivo descrever a experiência de realizar uma ação de vacinação e educação em saúde sobre o HPV em uma escola pública da periferia de Belém. Desenvolvimento: Foram realizadas duas visitas iniciais para identificação dos problemas e levantamentos das demandas a respeito da vacinação por meio de um questionário. Posteriormente, houve o retorno à escola, quando foi realizada uma campanha de vacinação e uma gincana para promoção da educação em saúde. Resultado: O acesso ao conhecimento por meio da gincana proposta propiciou maior interesse dos alunos, pois sanou suas dúvidas de maneira didática e adequada à realidade, possibilitando, também, a multiplicação desse conhecimento aos seus responsáveis, o que possibilita a sensibilização acerca, principalmente, da saúde e autocuidado. Dessa forma, obteve-se a adesão da totalidade do público alvo durante a campanha de vacinação. Considerações finais: Ao promover atividades de educação e saúde para a comunidade escolar e orientar pais e responsáveis pelos estudantes, além de vacinar o público alvo, o estudo contempla em parte significativa o papel da enfermagem como promotora de saúde. Tais ações, de fato, compõem o contexto que se iniciou a observação e planejamento e teve como desfecho a intervenção sistematizada de benefícios importantes na vida de muitas pessoas, tais como o conhecimento compartilhado e a imunização contra um patógeno que é causa importante de câncer no mundo inteiro.

7980 CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS E DE SAÚDE EM ADOLESCENTES DE ESCOLAS DA REGIÃO NORTE DO BRASIL: IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NAS ESCOLAS
Mayara Suelirta Costa, Bruno Mendes Tavares, Jayne Cardoso Barros, Clara Cabral Fernandes Vieira, Rosiele Neves Felix, Mileide Silva Santana, Karen Palmeira Figueiredo, Taísa Gomes de Andrade Oliveira

CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS E DE SAÚDE EM ADOLESCENTES DE ESCOLAS DA REGIÃO NORTE DO BRASIL: IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NAS ESCOLAS

Autores: Mayara Suelirta Costa, Bruno Mendes Tavares, Jayne Cardoso Barros, Clara Cabral Fernandes Vieira, Rosiele Neves Felix, Mileide Silva Santana, Karen Palmeira Figueiredo, Taísa Gomes de Andrade Oliveira

Apresentação: As escolas são importantes espaços sociais que possibilitam o desenvolvimento e aprendizagem de crianças, jovens, adultos e idosos, imprescindíveis para o bem-estar das pessoas e das sociedades. É especialmente na faixa etária escolar que ocorre grande parte do desenvolvimento integral humano, que influencia diretamente o estado de saúde das populações, tornando-se fundamental a presença do Sistema Único de Saúde (SUS) e da educação em saúde nesse espaço. Com isso, o objetivo do presente trabalho foi verificar as características sociodemográficas e de saúde de adolescentes escolares da Região Norte do Brasil, para assim refletir sobre a importância da educação em saúde nas escolas. Desenvolvimento: Este trabalho faz parte de um estudo maior denominado “Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes” (ERICA), estudo multicêntrico seccional nacional de base escolar, realizado entre 2013 e 2014. A amostra foi composta por 7.041 adolescentes de 12 a 17 anos que frequentavam escolas públicas e privadas de 10 cidades da Região Norte do Brasil com mais de 100 mil habitantes, a amostra do ERICA é complexa e representativa para municípios de médio e grande porte (100 mil habitantes) em âmbito nacional, regional e para as capitais brasileiras. Foram coletadas informações sociodemográficas, hábitos de vida, medidas antropométricas, pressão arterial e exames bioquímicos. Nas análises descritivas, variáveis quantitativas foram descritas em prevalência com intervalo de confiança, e qualitativas em frequências, a comparação entre escolares de rede pública e privada foi feita pelo teste Qui-quadrado, considerando o valor de p 0,05 para significância estatística. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do IESC/UFRJ em 2008 (processo/protocolo nº 45/2008) e pelo CEP da UFAM em 2013 (CAAE: 05185212.2.2002.5020) Resultado: Foram avaliados 7.041 adolescentes escolares da Região Norte do Brasil, 55,8% entre 12 a 14 anos e 44,2% entre 15 a 17 anos, no que refere-se ao tipo de escola, 86,4% estudavam em escolas públicas e 13,6% em escolas privadas, quanto as características sociodemográficas a maioria dos adolescentes eram da cor parda (64,1%), ao compararmos a cor da pele quanto o tipo de escola, em escolas públicas eram mais prevalentes a cor parda (65,5% versus 55,0%) e preta (6,8% versus 2,6%), enquanto em escolas privadas a cor branca (37,0% versus 20,3%). Com relação a escolaridade da mãe, 25% tinham ensino médio completo, sendo que os adolescentes das escolas públicas tinham maiores prevalências de mães com menor escolaridade, enquanto adolescentes das escolas privadas tinham maiores prevalências de mães com maior escolaridade. Ao verificarmos a classe econômica, 46,4% encontravam-se na classe B, enquanto 2,4% na D, sendo que mais adolescentes de escolas privadas eram das classes A e B (43,9% versus 4,0%; 49,4% versus 45,1%, respectivamente), enquanto mais adolescentes de escolas públicas eram das classes C e D (47,4% versus 6,5%; 2,8% versus 0,1%, respectivamente). As características sociodemográficas mostram grandes diferenças entre os adolescentes escolares da rede pública e os da rede privada, enfatizando diferenças sociais existentes entre os dois grupos, que podem afetar diretamente a saúde. Assim, é importante destacar que a abordagem realizada pela educação em saúde nas escolas deve levar em consideração essas diferenças sociodemográficas existentes. Em relação a hábitos de vida, apenas 1,4% dos adolescentes fumavam, porém, 11,9% faziam uso de bebida alcoólica, sendo que a prevalência de consumo era quase duas vezes maior pelos adolescentes da rede privada, quando comparados com os da rede pública (19,9% versus 10,6%). O consumo de bebida alcoólica, principalmente na adolescência é preocupante, sendo um assunto importante a ser tratado pela educação em saúde nas escolas. Verificou-se também que os adolescentes de escolas públicas eram mais ativos fisicamente (50,9% versus 46,7%), quando comparados a adolescentes de escolas privadas. A atividade física é fundamental para saúde e deve ser incentivada tanto em escolas públicas, quanto em escolas privadas, atividades de educação em saúde nas escolas de forma multiprofissional podem trazer resultados positivos, assim também como é importante que essas atividades sejam realizadas de forma atraente para o público alvo, para assim gerar mais efeito. Ao analisarmos as variáveis relacionadas a saúde, 16,0% dos adolescentes escolares da Região Norte do Brasil encontravam-se com sobrepeso e 7,0% com obesidade, sendo que as escolas públicas tinham maiores prevalências de adolescentes com baixo peso e peso adequado (2,9% versus 1,4%; 75,8% versus 64,2%, respectivamente) e nas escolas privadas maiores prevalências de adolescentes com sobrepeso e obesidade (22,9% % versus 14,9%; 11,4% versus 6,4%, respectivamente). O excesso de peso no Brasil é uma realidade alarmante, e na fase da adolescência é preocupante, o fato dos adolescentes de escolas privadas possuírem maior poder aquisitivo do que os de escolas públicas pode facilitar o acesso dos mesmos a alimentos não saudáveis, como industrializados, fast foods e guloseimas, assim como permite a alimentação em cantinas terceirizadas em escolas, que, visando o lucro vendem todo tipo de alimento, afetando assim diretamente a saúde dos mesmos. Esses dados enfatizam mais ainda a importância da educação em saúde nas escolas, de forma ativa para que as escolas se tornem também espaços de promoção de saúde e prevenção de doenças. Com relação à hemoglobina glicosilada, a prevalência de níveis elevados foi maior em adolescentes de escolas privadas (0,7% versus 0,1%). Ao analisar o perfil lipídico, adolescentes de escolas privadas também apresentaram maiores prevalências de colesterol total elevado (23,9% versus 15,0%) e colesterol LDL elevado (5,0% versus 2,3%), contudo, apresentavam maior prevalência de colesterol HDL desejável (5,0% versus 2,3%) quando comparados a adolescentes de escolas públicas, diante desses resultados, a prevalência de síndrome metabólica também foi maior em adolescentes escolares da rede de ensino privada (3,6% versus 2,1%), nos mostrando que adolescentes escolares da rede privada apresentam um pior perfil de saúde do que os adolescentes da rede pública, evidências que devem ser levada em consideração nas atividades de educação em saúde nas escolas, assim como também a necessidade de discutir saúde em escolas da rede privada também. Considerações finais: O presente trabalho apresenta as características sociodemográficas, de hábitos de vida e saúde de adolescentes escolares da Região Norte do Brasil e mostra diferenças significativas entre escolares da rede privada e da rede pública, evidenciando um pior perfil de saúde em adolescentes da rede privada. Os dados mostram também que de forma geral é fundamental fazer da escola um lugar para educação em saúde, com atividades de promoção e prevenção, sendo um espaço importante que deve ser ocupado pelo SUS.

8417 JOGO DA VIDA NA PREVENÇÃO AO BULLYING, DEPRESSÃO E SUICÍDIO DE ADOLESCENTES EM UMA ESCOLA MUNICIPAL
Juliana Guimarães Dantas, Larissa Rangel Lira da Silva, Andressa Pedreira Moraes, Nathália da Costa Melo de Andrade, Wini de Moura Miguel, Juliana Pereira Domingues, Rosilene Rocha Palasson, Andreza Rodrigues Nakano

JOGO DA VIDA NA PREVENÇÃO AO BULLYING, DEPRESSÃO E SUICÍDIO DE ADOLESCENTES EM UMA ESCOLA MUNICIPAL

Autores: Juliana Guimarães Dantas, Larissa Rangel Lira da Silva, Andressa Pedreira Moraes, Nathália da Costa Melo de Andrade, Wini de Moura Miguel, Juliana Pereira Domingues, Rosilene Rocha Palasson, Andreza Rodrigues Nakano

Apresentação: A ação educativa é fundamental na Estratégia Saúde da Família, sendo uma oportunidade de diálogo, compartilhamento de saberes e escuta, principalmente na prevenção de agravos de saúde de adolescentes. Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência dos acadêmicos de enfermagem do quarto período de uma universidade pública sobre uma ação educativa focada na prevenção ao bullying, depressão e suicídio de adolescentes realizada em uma escola municipal do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência realizado em uma escola da rede municipal do Rio de Janeiro, do território de abrangência de um Centro Municipal de Saúde (CMS), em outubro de 2018. Participaram da atividade três acadêmicos de enfermagem acompanhados pela professora de enfermagem e um agente comunitário de saúde. O público alvo da ação foi de adolescentes, na faixa etária de 10 a 14 anos. A intervenção para a elaboração desta atividade educativa foi solicitada pela diretora do colégio, através do relato de uma aluna da turma se automutilar e, também, por alunos que se mantinham isolados do resto dos colegas. A ação educativa consistiu na elaboração de um jogo de tabuleiro, chamado de Jogo da Vida. Esse jogo possui um caminho feito por casas e um pino, que avançava as casas de acordo com o número sorteado cada vez que o dado era jogado para o alto. Algumas casas possuíam tarefas que permitiam a interação dos estudantes, como dizer um sentimento, elogiar algum colega de turma, estourar um balão que continha frases motivacionais, observar fotos que possuíam adolescentes de diferentes raças, limitações físicas e outras características com o objetivo de mostrar que todos são iguais e merecem ser respeitados, pois além de influenciar em diversos âmbitos da vida pessoal, o desrespeito também pode afetar a saúde emocional do indivíduo. Ao final do caminho, os alunos encontravam a frase “Todo final é chance para um novo recomeço”, que também foi debatida com o público alvo. Ao longo da ação pudemos identificar alunos que precisavam de uma possível avaliação de um profissional de saúde, pois além do visível isolamento social, as respostas durante a dinâmica nos chamaram atenção, como dizer que um sentimento frequente era raiva. É muito importante o desenvolvimento de estratégias que permitam a equipe de saúde estar mais presente nos ambientes escolares, atendendo solicitações e observando o cotidiano dos alunos, para que assim possa intervir no momento correto, sem que haja maiores prejuízos emocionais aos alunos, colegas, familiares e profissionais que atuam no ambiente escolar. Dessa maneira, conclui-se que a atividade foi uma oportunidade ímpar para a interação de toda a turma, de modo que eles pudessem compreender a importância da valorização de todas as vidas. Além disso, a realização da atividade, a qual faz parte do Programa de Saúde na Escola (PSE) contribuiu para fortalecer o vínculo entre o CMS e os estudantes.

9050 JOGOS EDUCATIVOS: UMA ESTRATÉGIA PARA A PROMOÇÃO DE EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO PROMOVIDA POR UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA NO PARÁ
Luciana Pereira Colares Leitão, Pedro Henrique Lucas Morgilia, Thais Cristina Costa Barbosa, Christian de Sousa Araújo, Mikaelle Claro Costa Silva Ferraz, Isabella Piassi Dias Godói

JOGOS EDUCATIVOS: UMA ESTRATÉGIA PARA A PROMOÇÃO DE EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO PROMOVIDA POR UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA NO PARÁ

Autores: Luciana Pereira Colares Leitão, Pedro Henrique Lucas Morgilia, Thais Cristina Costa Barbosa, Christian de Sousa Araújo, Mikaelle Claro Costa Silva Ferraz, Isabella Piassi Dias Godói

Apresentação: O presente trabalho surgiu a partir do projeto de extensão “Educação Mais Trânsito”, idealizado para promoção de ações sobre educação no trânsito nas escolas do município de Marabá-PA, bem como no âmbito acadêmico a partir da interdisciplinaridade entre os discentes do curso de saúde coletiva, pedagogia e geografia  da Universidade do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), com o intuito de contribuir para prevenção dos acidentes de trânsito. O presente trabalho tem como objetivo caracterizar as atividades educativas desenvolvidas através da abordagem metodologica de jogos educativos direcionada a diferentes públicos sobre educação no trânsito. Desenvolvimento: As ações do proejto foram desenvolvidas em quatro escolas, entre particulares e públicas, abarcando todos os níveis de ensino e diferentes áreas urbanas. As visitas às escolas consistiam na apresentação da palestra educativa, seguida de teatro educativo e, para finalizar, os jogos educativos adaptados a cada público-alvo. As atividades foram finalizadas com a realização do I Simpósio Educação no trânsito, que contou com a presença da comunidade acadêmica e externa, órgãos fiscalizadores do trânsito e da saúde do município. Resultado: As ações nas escolas possibilitaram aos estudantes o acesso a informações e debate sobre importantes conceitos e regras aplicadas ao trânsito, a partir da participação destes em jogos educativos que envolviam situações reais do cotidiano de pedestres e condutores como: as simulações promovidas pelo jogo “InteraEdu”; as questões referentes ao trânsito e legislação, abordadas em jogos como o “Quiz”, “Corrida maluca” e “Trilha”, e o “Jogo da memória”, associando a memorização às cartas de placas de trânsito. Uma média de 500 alunos, de diferentes faixas etárias participaram,  possibilitando a estes o aprendizado por meio da interação interpessoal e lúdica, sendo notável a curiosidade e o interesse em aprender, relatar as experiências de situações reais vivenciadas e opinar criticamente sobre o fato. Dentre as dificuldades encontradas destacam-se o trabalho com elevado número de alunos por turmas, os espaços e  tempo reduzido para a realização de todas as atividades. Contudo, adequações e ajustes foram devidamente conduzidas, que contribuíram para o melhor desenvolvimento  das atividades propostas. Considerações finais: Conclui-se que as atividades desenvolvidas pelo projeto ultrapassam os muros da universidade agregando interdisciplinarmente entre os cursos, professores e estudantes com um trabalho de qualidade, utilizando-se de jogos para atingir o público visando assim o aprendizado em educação para o trânsito por meio da ludicidade. Apesar dos desafios, os jogos como prática pedagógica são instrumentos democráticos de aprendizado. Adicionalmente, o projeto contribuiu com formação dos discentes envolvidos frente a importância da realização de atividades com foco no binômio universidade/comunidade, fortalecendo o tripé ensino, pesquisa e extensão, aplicada a um tema relevante e, principalmente, pela possibilidade de formação de multiplicadores de boas práticas no trânsito.

11920 A SOCIOPOÉTICA E SUA POSSIBILIDADE DE CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EMOCIONAIS
Thainá Oliveira Lima, Cláudia Mara de Melo Tavares

A SOCIOPOÉTICA E SUA POSSIBILIDADE DE CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EMOCIONAIS

Autores: Thainá Oliveira Lima, Cláudia Mara de Melo Tavares

Apresentação: A investigação sobre as emoções no cuidar, na enfermagem, revela que o trabalho com as emoções é essencial na relação com o paciente. É uma dimensão da atividade prática dos enfermeiros, para que consigam mostrar sensibilidade afetiva e compreensão pelo outro e lidar, simultaneamente, com a influência das emoções em si mesmos. Ressalta-se que o desempenho do desenvolvimento das competências socioemocionais em enfermagem incorpora ações inscritas no processo de cuidado com perspectivas afetivo-emocionais, que visam transformar positivamente as vivências dos sujeitos envolvidos nos cuidados, na intenção da promoção do bem-estar global Objetivo do estudo: analisar como a abordagem sociopoética através das experimentações estéticas pode auxiliar no desenvolvimento das competências socioemocionais na formação do enfermeiro. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, na perspectiva sociopoética. O cenário é a Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense, e os participantes são os estudantes dos cursos de graduação. A produção dos dados será realizada por meio do dispositivo do grupo-pesquisador. O tratamento dos dados se valerá da contra-análise, própria da sociopoética e análise temática de conteúdo. Resultado: espera-se com esta pesquisa traçar e programar estratégias de desenvolvimento da dimensão socioemocional no curso de graduação de enfermagem da Universidade Federal Fluminense, possibilitando o desenvolvimento das competências socioemocionais dos estudantes. Considerações finais: considera-se que estudos como este contribuem para uma análise ampliada das questões que envolvem a formação do enfermeiro. Acredita-se ser possível com esta pesquisa, contribuir com parâmetros que norteiem o processo ensino-aprendizagem das emoções em saúde, o que pode ser considerado uma inovação neste processo.