325: Saúde na Escola: promoção da saúde em foco
Debatedor: Jéssica Soares
Data: 29/10/2020    Local: Sala 02 - Rodas de Conversa    Horário: 08:00 - 10:00
ID Título do Trabalho/Autores
7650 ESTUDO SOBRE A OBESIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA VIVENCIADO PELO PET – SAÚDE/ INTERPROFISSIONALIDADE
Dayane Abreu Ribeiro, Kátia Fernanda Alves Moreira, Cleson Oliveira de Moura, Rosimari de Souza Garcia, André Lucas Santana Barbosa, Lerissa Nauana Ferreira, Marcos Antônio Sales Rodrigues, Arlindo Gonzaga Branco Junior

ESTUDO SOBRE A OBESIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA VIVENCIADO PELO PET – SAÚDE/ INTERPROFISSIONALIDADE

Autores: Dayane Abreu Ribeiro, Kátia Fernanda Alves Moreira, Cleson Oliveira de Moura, Rosimari de Souza Garcia, André Lucas Santana Barbosa, Lerissa Nauana Ferreira, Marcos Antônio Sales Rodrigues, Arlindo Gonzaga Branco Junior

Apresentação: No Brasil o aumento expressivo do sobrepeso e da obesidade vem ocorrendo em todas as faixas etárias, onde se mostra que o excesso de peso acomete um em cada dois adultos e uma em cada três crianças brasileiras, de acordo com o Informe situacional sobre os programas de alimentação e nutrição e de promoção da saúde na atenção básica de 2017. Em razão disso, o governo promove estratégias que visam qualificar a atenção à saúde, para que seja fornecido um cuidado integral e continuo, a Educação Interprofissional em Saúde é uma das formas de atingir este objetivo, pautada no trabalho em equipe de maneira colaborativa. O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET - Saúde/ Interprofissionalidade) criado pelo Ministério da Saúde em conjunto com a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), possui o intuito de integrar a comunidade acadêmica e os profissionais atuantes do Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente na Atenção Básica, de modo a promover e refletir sobre a Educação Interprofissional e as Práticas Colaborativas em Saúde. Através desta oportunidade, o presente estudo tem como objetivo descrever as reflexões sobre as vivências dos acadêmicos do curso de Enfermagem, bolsista-participantes do PET - Saúde/ Interprofissionalidade inseridos no Departamento de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde da cidade de Porto Velho - RO. Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência com abordagem qualitativa, desenvolvido no PET - Saúde/ Interprofissionalidade no decorrer do primeiro semestre de 2019. Houve encontros semanais no período diurno com duração de quatro horas, no Departamento de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde do municípios de Porto Velho (SEMUSA). Durante os encontros, estavam presentes dois acadêmicos de Enfermagem e a preceptora do grupo, a qual é nutricionista e responsável pela coordenação da Saúde da Criança da cidade, juntamente com uma médica. Ao longo dos encontros a preceptora optou por realizar reuniões para conversar sobre questões envolvidas a problemática da obesidade infantil e leitura do material fornecido. Resultado: Durante os encontros foram compartilhados materiais para estudo e reflexão como, o Guia Alimentar Para Crianças Brasileiras Menores de Dois Anos e as pesquisas de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) e Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE). Em relação à obesidade infantil, o ponto principal abordado foi o aleitamento materno, sendo que esta prática auxilia na prevenção da obesidade, na promoção da saúde da criança e da mãe e reduz a mortalidade materna-infantil. Dessa forma, o Ministério da Saúde recomenda que o aleitamento materno exclusivo (AME) ocorra durante os primeiros seis meses de vida da criança, e dos seis meses aos dois anos que mantenha a amamentação, porém com introdução de alimentos de forma gradativa. O município de Porto Velho desenvolve atividades em duas datas alusivas que possuem o objetivo de promover o aleitamento materno, sendo elas o ‘agosto dourado’ e o Dia Nacional da Doação de Leite Humano, 19 de maio. O município possui o Banco de Leite Santa Ágata, localizado no Hospital de Base Ary Pinheiro e o Posto de Coleta de Leite Humano (PCLH), o qual funciona na Unidade de Saúde da Família Ernandes Índio. Os acadêmicos receberam folhetos sobre as funções do posto de coleta e do banco de leite, assim como a forma de coleta e armazenamento do leite para doação. Estes folhetos foram produzidos pela SEMUSA com a finalidade forma de difusão de informação e ficam disponíveis nas Unidades Básicas do município. A Atenção Primária à Saúde possui a responsabilidade de promover o aleitamento materno e incentivar a doação de leite humano, visto que os profissionais desta esfera tentem a possuir maior proximidade e vínculo com os usuários. O trabalho da equipe Estratégia Saúde da Família é fundamental no processo de manutenção e fortalecimento da amamentação, uma vez que é composta por uma equipe multiprofissional e possibilita a troca de experiência além do fornecimento de um cuidado integral e individualizado. Foi observada a importância das pesquisas realizadas com a finalidade de monitoramento de fatores de risco, visto que a partir das conclusões dessas são formuladas políticas de prevenção e promoção. Notou-se que as pesquisas VIGITEL e PeNSE coletam dados sobre os denominados fatores de riscos para monitoramento, como sedentarismo e atividade física, os quais determinam uma predisposição para o desenvolvimento de algumas doenças crônicas não transmissíveis, como a obesidade.  Ao decorrer do estudo do grupo foi encontrada uma pesquisa que esta em andamento, o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI),  sob a coordenação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Fundação Oswaldo Cruz, cujo financiador é o Ministério da Saúde por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Este tem como objetivo avaliar crianças menores de cinco anos de todo território brasileiro, sobre questões como hábitos alimentares, estado nutricional e deficiências de micronutrientes. O ENANI tem como finalidade mapear a situação de saúde e nutrição de crianças em todo o país, pois a partir dos resultados obtidos será possível fornecer informações detalhadas sobre crescimento e desenvolvimento das crianças, auxiliando na construção de políticas públicas e estratégicas de promoção da saúde e avaliação de intervenções realizadas. Considerações finais: O grupo de estudo do PET - Saúde/ Interprofissionalidade é composto por discentes do curso de Enfermagem, Medicina e Psicologia, porém há um desencontro nos horários livres disponíveis entre os cursos para desenvolvimento de atividades extracurriculares, o que gera dificuldades na construção de um trabalho interprofissional. Entretanto, os tutores do grupo possibilitaram a ocorrência de reuniões com todos os membros do programa para que houvesse compartilhamento de experiência. A partir das vivências do grupo, oportunizadas pelo PET - Saúde/ Interprofissionalidade, foi possível a construção de conhecimento e pensamento crítico por meio do estudo e da troca de experiências, além da aproximação do setor de gestão do serviço de saúde, o que contribuiu para a formação profissional. As reflexões acerca da Educação Interprofissional em Saúde e promoção à saúde, estimulou o grupo a valorizar as práticas colaborativas em saúde e interdisciplinares. Em relação a obesidade, é fundamental que os profissionais de saúde atuem de forma interprofissional para estabelecimento de um plano de cuidados com a finalidade qualificar a assistência de forma continuada e pautada em uma atenção integral e Interprofissional ao ser humano.

10510 GASTROPLASTIA COMBINANDO VIDEOLAPAROSCOPIA E ENDOSCOPIA POR MEIO DO BARICLIP
Raimundo Nonato Silva Gomes, Igor Eduardo Dias Cestari, Vânia Thais Silva Gomes, Felipe Santana e Silva, Maria Silva Gomes, Claudia Regina Dias Cestari

GASTROPLASTIA COMBINANDO VIDEOLAPAROSCOPIA E ENDOSCOPIA POR MEIO DO BARICLIP

Autores: Raimundo Nonato Silva Gomes, Igor Eduardo Dias Cestari, Vânia Thais Silva Gomes, Felipe Santana e Silva, Maria Silva Gomes, Claudia Regina Dias Cestari

Apresentação: Muitas pessoas obesas não podem manter perda de peso suficiente para melhorar sua saúde somente com orientações médicas convencionais do seu estilo de vida, dessa forma, tem-se a gastroplastia redutora como opção terapêutica. A intervenção cirúrgica no tratamento da obesidade teve seus primeiros estudos na década de 50. As primeiras técnicas consistiam em criar um grande efeito disabsortivo, efetuando a exclusão de grande parte do intestino delgado. Em 1986, Mathias Fobi propôs um bypass gástrico utilizando anel de silicone sem incisões no estômago, sendo o anel utilizado como elemento de limitação de distensão da bolsa. Na década de 1990, Capella propôs uma operação similar à de Fobi a qual realizava uma gastroplastia associada a um bypass gastrointestinal. Tais procedimentos vêm trazendo dimensões menores ao reservatório. E são essas modificações no bypass gástrico, realizadas por Fobi e Capella, consideradas hoje o “padrão ouro” da cirurgia bariátrica. A gastroplastia redutora tem indicação bem estabelecida nos casos de IMC gt; 40 kg/m2 ou IMC gt; 35 kg/m2 com comorbidades. A cirurgia fornece relevante e duradoura perda de peso e melhora as comorbidades relacionadas à obesidade em percentagem relevante de pessoas. Os procedimentos bariátricos atuais comuns existem e incluem, mas não se limitam à banda gástrica ajustável, circulação gástrica e gastrectomia vertical. Embora benéficos para pacientes obesos mórbidos, eles também alteram a anatomia do paciente e envolvem ressecções, ou requerem manutenção. A gastroplastia por via endoscópica é um procedimento menos invasivo e estar em pleno desenvolvimento para controle da obesidade, uma vez que a recuperação no pós-operatório de cirurgias endoscópicas é significativamente mais rápida. Já a cirúrgica por videolaparoscopia está relacionada a uma menor permanência hospitalar no pós-cirúrgico, a um retorno mais rápido às atividades normais e ao trabalho com menor incidência de complicações. A combinação videolaparoscopia e endoscopia por meio do BARICLIP é uma técnica nova, ainda experimental no Brasil e vem apresentando resultado significativos nos últimos estudos. O BARICLIP já é realizado no mundo há mais de 5 anos com cerca de 250 pacientes na Espanha, Croácia e Chile. O tratamento objetiva proporcionar uma redução de 20-25% do peso total com uma técnica significativamente menos invasiva. O clipe permanecerá inserido no estômago do paciente por até 2 anos. Por isso, além da perda de peso garantida pelo procedimento é necessário o acompanhamento nutricional e psicológico dos pacientes. No entanto a cirurgia enquanto tratamento da obesidade só deve ser cogitada em pacientes que já tiveram diversas tentativas de tratamento convencional, mas não atingiram redução satisfatória e sustentada de peso. Objetivo: Descrever os benefícios da gastroplastia combinando videolaparoscopia e endoscopia por meio do BARICLIP. Material e Método: Este estudo consiste em uma revisão integrativa, que visou reunir e sintetizar informações já publicadas em periódicos científicos. Para a sua elaboração foram realizadas as seguintes etapas: estabelecimento das hipóteses e objetivos da revisão; estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão de artigos; definição das informações a serem extraídas dos artigos selecionados; análise dos resultados; discussão e apresentação dos resultados. A pergunta norteadora para a construção desta revisão integrativa foi: quais os benefícios da gastroplastia combinando videolaparoscopia e endoscopia por meio do BARICLIP no tratamento da obesidade? Para a seleção dos estudos, utilizou-se as seguintes bases de dados eletrônicas: SciELO (Scientific Electronic Library Online), IBECS (Indice Bibliográfico Español de Ciencias de la Salud), LILACS (Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde) e MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online). Na busca pelos estudos, foram usados os descritores padronizados pelo DeCS (Descritores em Ciências da Saúde), que são: gastroplastia; laparoscopia; endoscopia; obesidade. O levantamento dos estudos foi realizado no período de janeiro a fevereiro de 2020. A escolha das publicações seguiu os seguintes critérios de inclusão: artigos completos disponíveis eletronicamente; estudos de revisão; estudos focados no tema da pesquisa, estudos publicados no recorte temporal entre 2010 a 2020; estar escrito nos idiomas português, espanhol ou inglês; ter sido publicado na modalidade artigo de pesquisa, relato de caso e/ou estudo de caso. Como critérios de exclusão, usou-se: estudos em formatos de editoriais, dissertações, teses e comentários. Antes da aplicação dos critérios de inclusão identificou-se 30 estudos relacionados às palavras-chaves, sendo 10 na base de dados MEDLINE, 05 no LILACS, 05 no IBECS e 10 no SciELO , entretanto, havia artigos idênticos nas três bases de dados. Dessa forma, após os critérios empregados e a leitura dos resumos foram selecionados para amostra deste estudo 02 artigos da base de dados MEDLINE, 02 na LILACS, 01 no SciELO e 01 no IBECS, resultando em um total de 06 estudos. Resultado: Os estudos envolvendo as duas técnicas (videolaparoscopia e endoscopia) foram encontrados apenas na descrição de procedimentos cirúrgicos no tratamento de neoplasias. Nenhum estudo foi encontrado descrevendo especificamente a gastroplastia combinando a videolaparoscopia e endoscopia por meio de BARICLIP. No entanto, para fins de descrição deste estudo analisou-se os benefícios de cada técnica individualmente. Assim, na última década, várias técnicas surgiram e mudaram as tendências da cirurgia bariátricas. Um novo procedimento bariátrico proposto é a gastroplastia videolaparoscópica vertical, que imita o princípio da gastrectomia laparoscópica da manga, mas com um mecanismo completamente reversível, que é a inserção de um BARICLIP. Apenas 02 estudoa descreveu especificamente a gastroplastia videolaparoscópica vertical com colocação de clipe e concluiu que 100% dos participantes tiveram excelente perda de peso e nenhum participante apresentou complicação no pós-operatória. O clipe é colocado sem a necessidade de grampeamento, ressecção, alteração na anatomia ou manutenção do por meio de novo procedimento. Considerações finais: A gastroplastia combinando videolaparoscopia e endoscopia por meio do BARICLIP representa um novo procedimento bariátrico que imita o princípio da gastrectomia vertical, mas com um mecanismo completamente reversível. O procedimento consiste na inserção de um clipe não ajustável que é colocado verticalmente paralelo à menor curvatura e apresentou resultado favoráveis nos estudos descritos. Os benefícios da técnica estão relacionados à capacidade de preservação da morfologia e fisiologia do estômago, podendo ser revertida. Além disso, o tempo de recuperação foi recorde em todos os procedimentos realizados pela equipe de cirurgia. No entanto, para que o procedimento seja realizado com maior segurança sugere-se que a técnica passe por mais estudo científicos afim de garantir a acurácia do método.

6892 PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS (PANCS) E APROVEITAMENTO INTEGRAL DOS ALIMENTOS PARA AUXILIAR NA CONDUTA NUTRICIONAL EM PACIENTES PORTADORES DE TUBERCULOSE
Ana Paula Silva Simões, Ida Oliveira de Almeida, Danielle Brandão de Melo, Rosana Freitas de Assis, Tamires dos Reis Santos Pereira

PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS (PANCS) E APROVEITAMENTO INTEGRAL DOS ALIMENTOS PARA AUXILIAR NA CONDUTA NUTRICIONAL EM PACIENTES PORTADORES DE TUBERCULOSE

Autores: Ana Paula Silva Simões, Ida Oliveira de Almeida, Danielle Brandão de Melo, Rosana Freitas de Assis, Tamires dos Reis Santos Pereira

Apresentação: A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges, e tem como principal agente causador a bactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK). Dentre os principais os sinais e sintomas mais frequentemente descritos estão falta de apetite e emagrecimento acentuado, tornando  a TB uma doença altamente consumptiva, afetando diretamente o estado nutricional. O objetivo dessa intervenção foi abordar as plantas alimentícias não convencionais, assim como o aproveitamento integral dos alimentos, como elementos que podem auxiliar na conduta nutricional em pacientes portadores de tuberculose. O público alvo da intervenção  foram os profissionais de saúde de nutrição e enfermagem de um  Distrito Sanitário de Saúde em Salvador, que participaram da roda de conversa sobre tuberculose. A intervenção foi conduzida pela estagiária de nutrição do Distrito Sanitário. O paciente portador de tuberculose, fica com o estado nutricional debilitado e desta forma, ocorre a desnutrição energético proteica e de nutrientes. Sendo assim, para auxiliar na conduta e enriquecimento das refeições, foi realizada esse evento. É importante destacar o papel das PANCS como alimentos funcionais no organismo (microssistema) por  meio de vitaminas essenciais, antioxidantes, fibras, sais minerais, que nem sempre são encontradas em outros alimentos. m. No que tange o aproveitamento integral das partes comestíveis dos alimentos, as partes não aproveitáveis dos alimentos podem ser utilizadas enfatizando o enriquecimento alimentar, diminuindo o desperdício e aumentando o valor nutricional das refeições, pois talos e folhas podem ser mais nutritivos do que a parte nobre do vegetal. Cascas, talos e folhas são boas fontes de fibras e lipídios, tendo-se como exemplos as sementes de abóbora; talos de brócolis, de couve, de espinafre; cascas de banana, de laranja, de limão, de rabanete e folhas de brócolis. Para degustação na intervenção, foi servido bolinho de arroz com ora-pro-nóbis, casca de banana empanada e doce da entrecasca de  melancia e coco. Considera-se que a nutrição tem papel extremamente relevante no tratamento de qualquer pessoa, inclusive em pacientes portadores de tuberculose e que cada vez mais deve ser valorizado e encorajado junto à equipe o uso de plantas alimentícias não convencionais, assim como, o aproveitamento integral do alimento, para utilização pelos pacientes.

6926 RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O ESTÁGIO DE NUTRIÇÃO EM UMA MATERNIDADE EM SALVADOR (BA)
Ida Oliveira de Almeida, Danielle Brandão de Melo, Ana Paula Silva Simões, Rosana Freitas de Assis, Tamires Dos Reis Santos Pereira

RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O ESTÁGIO DE NUTRIÇÃO EM UMA MATERNIDADE EM SALVADOR (BA)

Autores: Ida Oliveira de Almeida, Danielle Brandão de Melo, Ana Paula Silva Simões, Rosana Freitas de Assis, Tamires Dos Reis Santos Pereira

Apresentação: A instituição na qual foi realizada o estágio, localiza- sem Salvador, é uma instituição hospitalar especializada no atendimento de urgência, emergência e ambulatório, porte II, 100% credenciada ao SUS, com abrangência microrregional, sendo referência para três distritos sanitários de acordo com a territorialização, e em gestação de alto risco tipo I. Quanto ao perfil da unidade, é referência em atendimento à saúde da mulher e do recém nascido, especializado para atender nas áreas de pré-natal de alto risco tipo I, ultrassonografia, serviço social, ouvidoria SUS, enfermagem, psicologia. Na área hospitalar, atende urgência e emergência obstétrica/ginecológica e neonatal (egressos da unidade). Atende demanda espontânea com centro cirúrgico/obstétrico e unidade de cuidado intermediário neonatal convencional (UCINCO) e canguru. Tem Capacidade instalada de 88 leitos cadastrados no CNES, assim distribuídos: 57 de obstetrícia (sendo 04 leitos GAR), 04 ginecologia, 11 neonatologia, 12 unidades de cuidados intermediários neonatais convencionais (UCINCO), 04 unidades de cuidados intermediários canguru (UCINCA). Além disso, oferece serviço de apoio como: patologia clínica, Raio-X, ultrassonografia obstétrica e ginecológica, ultrassonografia neonatal e transfontonela, ultrassonografia de abdômen total e mama (pacientes internados), ACCR, exame do olhinho, exame da orelhinha, mapeamento ocular, teste do coraçãozinho, teste da linguinha. Em relação a ensino e pesquisa, apesar de não ser credenciado pelo MEC como hospital ensino, acolhe residentes de medicina e enfermagem. Mantém um compromisso com o desenvolvimento de atividades docentes assistencial e reconhecido como polo de formação profissional através de parcerias em curso técnico, graduação e pós-graduação. Este relato tem como objetivo descrever algumas ações desenvolvidas na maternidade, pela estagiária. Cujo objetivo é estimular ações à serem desenvolvidas por outros profissionais, assim como, ressaltar a importância de um estagiário, nessa instituição. Foi realizada durante o período de vigência do estágio, a confecção de uma planilha sobre a composição nutricional do leite materno e fórmula infantil, para subsidiar na escolha da melhor fórmula para os recém nascidos da maternidade, na impossibilidade de uso do leite materno. Foi realizada a revisão do manual do lactário, segundo as normas atualizadas da ANVISA. Atualização do protocolo sobre a alimentação, que é fornecida por uma empresa terceirizada. Foi realizada uma sessão cientifica sobre suplementos nutricionais. Foi realizada uma pesquisa sobre leite materno e leite artificial, utilizados na UCI da maternidade. Além disso, foi realizada uma sessão cientifica sobre antropometria no adulto e o trabalho final do estágio, foi realizada a pesquisa sobre o principal tipo de aleitamento utilizado na maternidade, durante dois meses. Considera- se de suma importância a atuação de estagiário na área de nutrição, na instituição, tanto como experiência para o indivíduo, assim como a devolução para a sociedade, através da prática clínica, pesquisas e intervenções que podem ser realizadas pelo mesmo.

6992 ARRANJO MATRICIAL: INTERNATO DE NUTRIÇÃO EM SAÚDE COLETIVA COMO APOIO ÀS AÇÕES NUMA CLÍNICA DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
Juliana Pereira Casemiro, Cristiane Marques Seixas, Alessandra Dias Ferreira, Anne Marcelle Marques Coelho, Cláudia Valéria Cardim

ARRANJO MATRICIAL: INTERNATO DE NUTRIÇÃO EM SAÚDE COLETIVA COMO APOIO ÀS AÇÕES NUMA CLÍNICA DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

Autores: Juliana Pereira Casemiro, Cristiane Marques Seixas, Alessandra Dias Ferreira, Anne Marcelle Marques Coelho, Cláudia Valéria Cardim

Apresentação: A Clínica da Família Pedro Ernesto pertence a área de planejamento em saúde 2.2 do município do Rio de Janeiro, território onde se insere a UERJ, em Vila Isabel. Este território ainda não é acompanhado por nenhuma equipe de NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família), portanto equipes de professores e acadêmicos vêm organizando-se para atuação aos moldes do que chamamos de “Arranjo Matricial” neste serviço. Este trabalho objetiva descrever a experiência de atuação dos internos do curso de graduação em Nutrição da UERJ no apoio matricial às equipes de saúde na Clínica da Família Pedro Ernesto. A cada semestre, discentes em fase final da formação optam por um aprofundamento através da vivência em Saúde Coletiva in loco. Através de um processo seletivo vivencial, são selecionados seis bolsistas que se dividem em duplas para atuar nas frentes de trabalho da Clínica, na lógica do apoio matricial através da inserção em atividades coletivas, discussão de casos com as equipes, atendimento compartilhado e individual sob tutoria dos professores e dos profissionais preceptores. Dentre as atividades destacam-se: grupos de promoção a saúde (diabéticos, hipertensos e obesos), Salas de Espera, Visitas domiciliares, apoio ao IUBAAM – Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação e ao Programa Saúde na Escola. O Internato de Nutrição em Saúde Coletiva (INSC) é uma opção de estágio curricular e um projeto de extensão universitária do Curso de Graduação em Nutrição. Trata-se de um grande desafio que reafirma o papel da Universidade Pública como coprodutora de conhecimento no momento em que torna a práxis das funções estratégicas do apoio matricial nas suas dimensões clinico-assistencial e técnico-pedagógica. A metodologia de imersão proporcionada através dessa prática, tem fomentado o protagonismo discente numa real perspectiva de inserção profissional no campo da saúde coletiva. O contato proximal com os profissionais da equipe de Saúde da Família tem contribuído para uma formação pautada na realidade do serviço ao passo que a unidade se beneficia de um apoio qualificado e de uma relação estreita com a universidade oportunizando a prática docente-assistencial.

7094 EXPERIÊNCIAS INTERPROFISSIONAIS DE UMA ACADÊMICA DE NUTRIÇÃO DO PET – SAÚDE NO GRUPO SABER VIVER
Camila Alves de Azevedo Monteiro Jardim, Fernanda do Monte Pinto, Matheus Lyra Romero

EXPERIÊNCIAS INTERPROFISSIONAIS DE UMA ACADÊMICA DE NUTRIÇÃO DO PET – SAÚDE NO GRUPO SABER VIVER

Autores: Camila Alves de Azevedo Monteiro Jardim, Fernanda do Monte Pinto, Matheus Lyra Romero

Apresentação: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde/ Interprofissionalidade PET - Saúde desenvolve em conjunto com a Universidade Federal Fluminense UFF e unidades do Sistema Único de Saúde SUS ações de ensino, extensão e pesquisa  com preceptoria de profissionais e acadêmicos de diversas áreas. No âmbito da Policlínica Carlos Antônio da Silva, unidade da saúde do SUS escolhida, a assistente social Fernando Pinto e o médico Gladston Santos elaboraram o projeto Saber Viver. Este consiste num grupo de idosos formado pela equipe interprofissional composta por geriatra, assistente social, psicólogas, técnica de enfermagem, terapeuta ocupacional, residentes de enfermagem estagiários de serviço social e bolsistas do PET -  Saúde. O grupo atua em duas vertentes: estímulo e convivência de idosos a partir do uso de metodologias ativas, visitas culturais, orientações de profissionais da saúde buscando o desenvolvimento cognitivo e melhora das relações sociais dos idosos com as pessoas a sua volta. A partir disso, demonstrar como essas atividades impactam na vida do usuário em curto prazo sobre a perspectiva da interprofissionalidade e pequenas participações dos acadêmicos contribuem para o grupo. O grupo de idosos acontece toda quarta feira a tarde na Policlínica Carlos Antônio da Silva numa sala onde recebe os usuários e seus acompanhantes começando com a discussão sobre como foram a semana deles, em seguida a apresentação da atividade que será realizada e seu propósito, os profissionais vão se complementando a explicação a parte de seu ponto de vista técnico para o entendimento do usuário e como aquilo vai estimular o idoso ao decorrer das ações. As atividades são inspiradas em metodologias ativas para dinamizar o grupo e explorar o indivíduo como um todo (corpo e mente), exemplos realizados como dança sênior, roda de conversa e oficina de culinária. Algumas dinâmicas são elaboradas pelos acadêmicos do PET como a conscientização do câncer de próstata no mês de novembro, nele os alunos de medicina e nutrição explicam como a doença se desenvolve, como identificar os sintomas, exames de rotina que devem ser feitos, alimentos que podem auxiliar na prevenção e na promoção da saúde no formato de roda de conversa para tirar dúvidas e informar sobre a doença; sobre a preceptoria da assistente social Fernanda para mediar a roda e dar embaçamento as informações. Essa dinâmica tem a interprofissionalidade sendo usada como forma de entrelaçar as áreas distintas da saúde e somar as informações de forma completa e didática. As atividades são frutos de inúmeras reuniões de equipe que acontecem depois que os idosos vão embora e após a visita à Sala Leila Diniz, onde ocorre apresentações musicais do Programa Jovem Aprendiz que são acompanhadas pelo grupo na última quarta-feira do mês, essa experiência cultural extrapola o âmbito da saúde e permite diversificar a atenção ao usuário em outros ambientes sociais com a participação de profissionais de áreas como a administração do evento, artistas convidados  e professores de músicas além das pessoas que assistem as apresentações; o que contempla a interprofissionaldade em diversos campos sociais. Nas reuniões de equipe os profissionais abordam os usuários que não estão frequentando o grupo, o impacto das atividades para os idosos, questionamentos sobre a abordagem técnica de algum profissional da equipe frente ao usuário que, em alguns casos, geram conflitos devido aos pontos de vistas diferenciados de cada área; está é uma das vertentes da interprofissionalidade sobre como trabalhar de forma concisa com tantas diferenças técnicas e pessoais sobre a promoção de saúde. Além das trocas de experiências dos trabalhos já feitos pela equipe, também extrapolando o âmbito da saúde, discutindo casos sociais da população de Niterói, como são abordados casos de violências, educação do ponto de vista do serviço social, pois o PET na Policlínica Carlos Antônio da Silva está sobre a preceptoria da assistência social Fernanda. A experiência no grupo Saber Viver possibilitou nesses 6 meses um novo ponto de vista sobre o que é ser profissional de saúde, indo muito além de sua atuação técnica e ler artigos científicos é saber ouvir o usuário além das demandas fisiológicas; dar atenção também aos acompanhantes; ter uma equipe interprofissional porque sozinho não é possível propostas e independe da área de atuação; trocar experiências e ouvir os pontos de vistas permitem ver a situação de uma forma distinta (reuniões de equipe que são fundamentais); extrapolar a área da saúde e levar para o âmbito social, cultural para entender e expandir dinâmicas e ações; saber que mesmo que tudo estando coeso ainda vão existir problemas e com muita paciência e persistência as soluções vão aparecendo. Os impactos a curto prazo desse grupo são expostos na forma como os idosos vem dividir as melhoras no bem estar a partir da modificação de alguns aspectos no seu cotidiano como disposição física por estar praticando alguma atividade física; melhorando a alimentação baseados nas informações passadas nas palestras dadas pelos profissionais e a acadêmica de nutrição sobre o assunto; a falta que o grupo faz na vida dos usuários quando eles deixam de comparecer; entre outros relatos. Do ponto de vista dos acadêmicos na experiência interprofissional no Saber Viver é exposta quando eles passam a contribuir nas ideias durante as reuniões de equipe, o engajamento durante as dinâmicas, a relação mais próxima com o usuário e a busca por mais informações sobre a rede pública de saúde e a população do território. A interprofissionalidade permite um atendimento de qualidade diferenciado ao usuário do SUS. Contudo, diversos problemas surgem e a partir disso são necessárias tolerância e compreensão para a execução de um trabalho efetivo e de qualidade, sem esquecer de exercer sua especialidade na equipe. As experiências vivenciadas no grupo Saber Viver ampliam o saber técnico-científico, as relações interpessoais e enriquecem o conhecimento sociocultural extrapolando o tema educação e saúde pública.

7865 UMA TRAJETÓRIA DE INTEGRAÇÃO EM PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO: NÚCLEO DE ESTUDOS SOBRE SAÚDE E NUTRIÇÃO NA ESCOLA (NESANE)
Luana Silva Monteiro, Ana Eliza Port Lourenço, Naiara Sperandio, Priscila Vieira Pontes

UMA TRAJETÓRIA DE INTEGRAÇÃO EM PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO: NÚCLEO DE ESTUDOS SOBRE SAÚDE E NUTRIÇÃO NA ESCOLA (NESANE)

Autores: Luana Silva Monteiro, Ana Eliza Port Lourenço, Naiara Sperandio, Priscila Vieira Pontes

Apresentação: A concretização prática do tripé universitário é um desafio, sobretudo num contexto de expansão e interiorização como o do Campus UFRJ-Macaé Professor Aloísio Teixeira. A construção de núcleos de estudos consiste em um caminho para favorecer a integração ensino-pesquisa-extensão, propiciando apoio mútuo entre projetos, docentes e discentes, tanto em termos logísticos quanto ao uso de dados e da realização conjunta de ações. Buscou-se relatar a experiência do Núcleo de Estudos sobre Saúde e Nutrição na Escola (NESANE) com a integração entre pesquisa, ensino e extensão no Campus UFRJ-Macaé. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência das professoras do Curso de Nutrição que conceberam o NESANE e de nutricionistas da Coordenação de Nutrição da Secretaria Municipal de Educação de Macaé (SEMED). Desde 2016, o NESANE desenvolve atividades integradas de pesquisa, ensino e extensão acerca da temática da saúde e nutrição em escolas públicas de Macaé. O grupo realiza estudos e seminários de formação da equipe interna e do público externo, além de pesquisas e ações extensionistas em quatro linhas principais: diagnóstico nutricional da comunidade escolar e do ambiente alimentar; educação alimentar e nutricional e promoção da alimentação saudável; avaliação da alimentação escolar no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar; e promoção da saúde dos professores das escolas. As ações do NESANE incluem a participação da rede de educação do município, via a Coordenação de Nutrição da SEMED, tendo como destaque a indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão, a partir da perspectiva crítica, problematizadora e horizontalizada, inspiradas no referencial freiriano. Resultado: /Reflexões: A articulação entre as linhas permite contemplar diferentes dimensões da nutrição e da alimentação saudável no contexto escolar. Desenvolvem-se ações robustas, coesas, continuadas, com elevada contribuição ao desenvolvimento local/regional e consequente transformação social, fortalecendo as parcerias com o município. Destacamos ainda os benefícios do NESANE à formação dos universitários, especialmente no aprendizado oriundo do trabalho em equipe interdisciplinar. Destaca-se também que a relação entre ensino e extensão conduz a mudanças no processo pedagógico, pois discentes e docentes constituem-se sujeitos do ato de aprender, uma vez que participam como instrutores nas atividades desenvolvidas pelo núcleo. Ao mesmo tempo em que a extensão possibilita a popularização do saber, esta experiência retorna à universidade, complementado pelo saber popular. A relação entre pesquisa e extensão se dá na contribuição que o conhecimento traz para a transformação da sociedade. As atividades do NESANE, como via de interação entre universidade e sociedade, constituem-se em elementos capazes de concretizar a relação entre teoria e prática, além de novos conhecimentos e sua disseminação, contribuindo para o fortalecimento das vertentes que compõem o conhecimento (socialização, produção e diálogo com a sociedade). Considerações finais: Espera-se com o NESANE contribuir para o fortalecimento do ensino, da pesquisa e da extensão no Campus UFRJ-Macaé. Adicionalmente, o NESANE busca contribuir com o desenvolvimento da melhor trajetória a ser traçada pelos discentes para a construção do profissional em sua vida acadêmica, visando ser um futuro profissional de saúde-educador mais humanizado, autônomo e com responsabilidade social.

10194 EDUCAÇÃO PERMANENTE DE PROFISSIONAIS DE NUTRIÇÃO DA REDE BÁSICA DE SAÚDE DE NITERÓI
Katia Ayres Monteiro, Enilce de Oliveira Fonseca Sally, Amina Chain Costa, Lorena Bernardes Liberti, Maria Luiza de Sá Bezerra, Rayanne Borges Frazão

EDUCAÇÃO PERMANENTE DE PROFISSIONAIS DE NUTRIÇÃO DA REDE BÁSICA DE SAÚDE DE NITERÓI

Autores: Katia Ayres Monteiro, Enilce de Oliveira Fonseca Sally, Amina Chain Costa, Lorena Bernardes Liberti, Maria Luiza de Sá Bezerra, Rayanne Borges Frazão

Apresentação: Na década de 1980, década de reformulação das políticas sociais emergiram propostas de articulação entre instituições formadoras e instituições públicas de atendimento à saúde da população. Novos rumos foram dados à extensão, reconhecendo-se como imprescindível o contato das universidades com os serviços públicos e comunidade, para a construção de maior articulação entre a academia e a vida cotidiana. A formação na área da saúde deve objetivar a transformação das práticas profissionais, da organização do trabalho, a partir da problematização do processo de trabalho e sua capacidade de acolher e cuidar nas várias dimensões e necessidades de saúde da população. Cabe ao Sistema Único de Saúde (SUS) e às instituições formadoras coletar, sistematizar, analisar e interpretar informações da realidade, do trabalho e das organizações de saúde e de ensino, e construir significados e práticas com orientação social, mediante participação ativa dos gestores, formadores, usuários e estudantes. A política de educação para o SUS envolve investimento nos profissionais, nos estudantes, docentes, pesquisadores e gestores de ensino. Para o Ministério da Saúde (MS) só há mudança no cuidar, tratar e acompanhar a saúde quando transformações ocorrem também nos modos de ensinar e aprender. A Universidade em consonância com as diretrizes do SUS: universalidade, equidade, descentralização e democratização dos serviços, tem papel concreto na formação dos profissionais, na prática realizada nos serviços ou no conjunto de suas investigações. Ao pensar o SUS destaca-se, como indispensáveis a qualidade do cuidado e dos trabalhadores em saúde. Estes são sujeitos com habilidades, conhecimentos, papéis, funções, aspirações, desejos e necessidades. Nesse sentido, a educação permanente é estratégia fundamental de transformações do trabalho para que seja um lugar de atuação crítica, reflexiva, propositiva, compromissada e tecnicamente competente. Cabe à academia dialogar com os serviços de saúde, propiciar espaços de discussão e análise das práticas cotidianas para um novo modelo de formação e cuidado à saúde. Este trabalho tem com objetivo relatar a experiência de um projeto de educação permanente realizado desde 1999, por docentes da Faculdade de Nutrição Emília de Jesus Ferreiro da Universidade Federal Fluminense (UFF) em parceria com a Fundação Municipal de Saúde de Niterói (FMS), destinado aos nutricionistas da rede básica da FMS e discentes por meio de Oficinas que abordam temas de saúde e nutrição. As atividades ao compartilhamento de conhecimentos e vivências entre estes atores e o fortalecimento dos laços institucionais e entre os participantes. A aproximação teoria/prática da nutrição na rede de saúde pode oferecer uma análise da realidade da população e uma visão dos aspectos biológicos, econômicos e sociais, relacionados às questões de saúde da população. O Projeto tem como premissa que a abordagem dos temas seja dinâmica, propiciando maior interação entre os participantes e destes com os mediadores das Oficinas. O debate, a problematização das políticas públicas e dos temas atuais da saúde e da sociedade, tem contribuído na melhoria da qualidade da formação e do cuidado a saúde dirigida à população. À universidade cabe fomentar e manter um processo de construção e socialização do conhecimento, devendo acompanhar as dinâmicas dos movimentos sociais, investigar e propor soluções aos principais problemas da realidade. A integração universidade-serviço, através do Projeto de Extensão aqui destacado, se dá a partir da realização de Oficinas bimestrais, envolvendo docentes do setor de saúde pública da Faculdade, estudantes da disciplina Estágio Supervisionado em Saúde Pública e nutricionistas da atenção básica de saúde da FMS de Niterói. Os temas abordados são relacionados à nutrição, à saúde coletiva, as políticas e aos programas implementados na rede pública. Estes são trabalhados e discutidos à luz da “problematização”. As Oficinas são desenvolvidas através de metodologia participativa e ativa. Cada encontro proporciona a reflexão e atualização dos temas a partir da troca de experiências e vivências, de dinâmicas de grupo e/ou exposição oral dialogada, evitando-se, ao máximo, o uso da forma tradicional de ensino. Com a utilização de metodologia ativa, acredita-se que o conhecimento compartilhado seja mais rico e melhor apreendido por todos os participantes. Os temas têm sido coordenados e apresentados tanto por docentes quanto por convidados, incluindo os nutricionistas participantes do Projeto. A cada Oficina os participantes fazem avaliação, em formulário próprio. Na última Oficina do ano é realizada mais uma avaliação, de todo o processo e nela os participantes apontam expectativas para os encontros do ano seguinte, baseados nas suas experiências cotidianas, na troca entre os participantes, no confronto entre teoria e prática, com vistas à construção do conhecimento através de temas 'atuais', 'novos' e 'polêmicos'. Desde 2005, são realizadas vivências culinárias em consonância com as temáticas com vistas à promoção de alimentação saudável dirigidas à população. Estas vivências objetivam ser facilmente reproduzidas pelos participantes em seus locais de prática e pelos usuários dos serviços. Para a escolha das vivências foram adotados os critérios: facilidade e simplicidade no preparo, baixo custo, utilização de alimentos da safra e de fácil acesso e possibilidade de uso integral dos alimentos escolhidos. A participação efetiva dos estudantes nas Oficinas foi importante para sua formação, devido ao contato com as nutricionistas. Identificou-se uma importante integração entre nutricionistas e graduandos, bem como na prática profissional dos mesmos, com a comunidade atendida. Destaca-se que vários dos nutricionistas são preceptores de estágio. Todos os temas abordados foram relevantes tanto para a atualização dos nutricionistas, quanto para a formação de futuros nutricionistas. A realização das Oficinas e vivências culinárias possibilitou o debate sobre alimentação, comida, culinária, prazer e saúde. Os conceitos reconstruídos pela troca de experiências, integração do grupo, quebra de mitos e aprendizado de novas receitas e preparações, permitiram uma visão mais ampliada da alimentação e nutrição, possibilitando a promoção da alimentação saudável à população respeitando seu modo de vida e sua cultura. A troca entre os participantes possibilitou reflexão entre o pensar e o fazer, o estímulo à leitura crítica da realidade, a revisão de condutas e o fortalecimento de vínculos. O momento de degustação das vivências culinárias foi também de aprender, de compartilhar e experimentar, pela empolgação coletiva, curiosidade e novidade. Algumas vivências puderam ser reproduzidas junto aos usuários assim como subsidiaram a elaboração de impressos com receitas saudáveis, pela FMS de Niterói em parceria com a Faculdade de Nutrição, que são utilizados nas consultas individuais e grupos. Foram utilizadas receitas práticas, criativas, saudáveis e econômicas, valorizando a cultura, respeitando os hábitos, e que traziam novidades nos ingredientes ou na forma de preparo. As Oficinas tornaram-se um espaço de formação, renovação e reavaliação de práticas e propiciam aos participantes uma postura mais ativa no processo ensino-aprendizagem. Os docentes se colocaram também em uma posição de aprendizes incorporando novas dimensões na formação e no cuidado em saúde e nutrição. Esta experiência indica que o contato com a realidade dos serviços e a interseção da teoria com a prática na rede pública de saúde pode oferecer ao aluno, ao docente e ao profissional uma visão mais ampla possibilitando mudanças na prática profissional e pessoal.    

8512 1o WORKSHOP ALIMENTAÇÃO EM FOCO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Gaby Maria Carvalho de Freitas Azevedo, lara maria taumaturgo dias correia, Anny Reziery Fernandes da Silva Queiroz, LYLIAN KAROLINE ROSA BARROS DE OLIVEIRA

1o WORKSHOP ALIMENTAÇÃO EM FOCO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Gaby Maria Carvalho de Freitas Azevedo, lara maria taumaturgo dias correia, Anny Reziery Fernandes da Silva Queiroz, LYLIAN KAROLINE ROSA BARROS DE OLIVEIRA

Apresentação: A obesidade é um agravo multifatorial originado, na maioria dos casos, pelo desequilíbrio energético, quando o indivíduo consome mais do que gasta. Resultante da interação de genes, ambiente, estilos de vida e fatores emocionais. Os hábitos alimentares e o sedentarismo exercem forte influência sobre a obesidade, mas não podem ser considerados como os únicos fatores. Nesse sentido, a prevenção e o controle da obesidade devem prever a oferta de um escopo amplo de ações que apoiem os indivíduos na adoção de modos de vida saudáveis que permita a manutenção ou a recuperação do peso saudável. Objetivo: Discutir a temática alimentação saudável no controle de peso à luz da Educação Permanente em Saúde na Unidade Básica de Saúde Dr. José Holanda Cavalcante no Município de Mossoró- RN. Método: O público alvo foi todos os profissionais de Saúde que trabalham na UBS. Foram ministrados minicursos expositivo-participativo (workshop s). A ação foi realizada em 4 encontros. Em cada encontro foi discutido um nutriente essencial da alimentação, foi elaborado e realizado uma receita com baixas calorias, rica em nutrientes específicos, e os profissionais de saúde participaram da produção dessa receita. Foi disponibilizado um material didático em forma de caderno de receitas digital. Resultado: Ao final de nossos encontros foi possível observar que muitos trabalhadores da UBS começaram a levar os bons hábitos alimentares para casa, e compartilhar as receitas trabalhadas entre seus ciclos de amizade. Além do aumento da integração entre esses trabalhadores devido a interatividade e dinâmica dos encontros. Foi sugerido pelos participantes uma segunda edição do Projeto para o ano de 2020, incluindo novos temas e receitas alimentares com a inclusão de uma oficina de bem-estar com inclusão de exercícios laborais e práticas recreativas. Considerações finais: A intervenção interferiu na saúde do trabalhador de forma positiva e continuada, de modo que novas propostas de educação permanente foram sugeridas.  

9001 SAÚDE NA PRAÇA: A PRODUÇÃO DO CUIDADO PELO PROJETO TEFÉ ATIVA E SAUDÁVEL
Robson Souza Silva, Adriano Araújo Fernandes, Bruno Henrique Figueiredo Cortezão, Heloíse Terezinha Alves Guimarães, Lidiana Cordeiro Dias, Maria Adriana Moreira

SAÚDE NA PRAÇA: A PRODUÇÃO DO CUIDADO PELO PROJETO TEFÉ ATIVA E SAUDÁVEL

Autores: Robson Souza Silva, Adriano Araújo Fernandes, Bruno Henrique Figueiredo Cortezão, Heloíse Terezinha Alves Guimarães, Lidiana Cordeiro Dias, Maria Adriana Moreira

Apresentação: Devido o alto índice de pessoas que convivem com doenças crônicas como obesidade, diabetes, hipertensão arterial e também pessoas que apresentam sintomas depressivos inclusive com diversos casos de suicídios, surgiu à necessidade de realizar ações que venham enfrentar de forma prazerosa e eficaz esses reais problemas que também estão presentes na população de Tefé, município de aproximadamente 60.154 habitantes, localizado no Estado do Amazonas.  Dessa maneira, este texto tem a finalidade de relatar a experiência com o Projeto Tefé Ativa e Saudável (PTAS), realizado por uma equipe multiprofissional do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) e coordenado por um profissional de Educação Física. O PTAS tem como objetivo promover práticas corporais e atividade física à população tefeense, auxiliando na perda de peso corporal, na diminuição e regulação dos níveis de açúcar no sangue, na regulação da pressão arterial e diminuição dos níveis de ansiedade e consequentemente promovendo a saúde mental das pessoas. Desenvolvimento: Na cidade de Tefé existe a Praça da Saúde, local destinado a diversas práticas de lazer, atividade física e esportes, é nesta Praça onde carrega saúde no nome que o PTAS foi lançado em julho de 2019 e está em pleno funcionamento, este é realizado, cinco vezes na semana, oferecido a toda população de Tefé, Amazonas. As atividades têm duração de 2 horas e meia, divididas em quatro momentos: Primeiramente é feito vinte minutos para alongamento e aquecimento, na sequência são realizados trinta minutos com treinamento físico funcional e exercícios utilizando o peso do próprio corpo. Depois temos mais trinta minutos de ginástica com ritmos variados e por fim, vinte minutos de relaxamento, respeitando os intervalos de descanso. Os participantes do PTAS foram motivados a escreverem uma carta, compartilhando suas experiências, vivências e possíveis benefícios alcançados durante seus 06 (seis) meses de participação no projeto e para nossa surpresa recebemos mais de 120 cartas com mais diversos resultados. Resultado: Após lerem as cartas dos participantes, a equipe multiprofissional pôde observar diversos resultados tais como: perda de peso corporal na maioria dos participantes, melhora do sono, diminuição do açúcar no sangue, melhora do humor, pressão arterial estabilizada, menos isolamento social, melhoria da auto-estima, menos estresse, melhora no relacionamento conjugal e até desistência de suicídio foi relatado. Considerações finais: Portanto, podemos perceber o quanto as práticas de atividades físicas contribuem de forma eficaz, para o alcance dos diversos benefícios supracitados e, sobretudo como prevenção, aos diversos agravos crônicos e principalmente para promoção de saúde e qualidade de vida, mais do que isso, revela o quanto esse modo de produzir cuidado usando das tecnologias leves fora dos muros dos estabelecimentos de saúde é potente e produz diversas conexões com as pessoas que usam o território.

10252 BULLYING NA ESCOLA: CONSEQUÊNCIAS E DESAFIOS PARA A SAÚDE MENTAL NA PRÉ-ADOLESCÊNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Rayane Franklin Mourão Cardoso, Clícia Marina Damasceno Santana, Willgner Quaresma Santana, Evelyn Rafaela de Almeida dos Santos

BULLYING NA ESCOLA: CONSEQUÊNCIAS E DESAFIOS PARA A SAÚDE MENTAL NA PRÉ-ADOLESCÊNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Rayane Franklin Mourão Cardoso, Clícia Marina Damasceno Santana, Willgner Quaresma Santana, Evelyn Rafaela de Almeida dos Santos

Apresentação: O bullying pode causar impactos a longo prazo, com depressão e estresse, que são condições que quebram a harmonia e prejudicam o bom funcionamento do cérebro. Desta forma, este trabalho teve como objetivo atuar na promoção da saúde básica dos pré-adolescentes alunos do 7º ano de uma escola pública que fica localizada na periferia do município de Belém do Pará onde foi trabalhado a questão de como o bullying influência no rendimento físico e psicológico, para que estas viessem a repensar sua rotina diária com mais qualidade de vida. O objetivo principal foi sensibilizar as crianças, a partir de uma didática educativa e informacional, sobre os riscos da prática do bullying contra seus colegas, e como isso afeta o organismo de um pré-adolescente. De forma mais específica, apresentando aos alunos situações de bullying e como está relacionada com o condicionamento psicológico. Desenvolvimento: Para a realização deste trabalho foi empregada a metodologia da problematização de Berbel (1999) com o auxílio do Arco de Maguerez, que consiste em cinco etapas: observação da realidade, pontos chaves, teorização, hipóteses de solução e aplicação a realidade. A partir da metodologia escolhida, em relação aos cinco pontos principais de pesquisa, obtiveram-se os seguintes resultados em relação a Observação da Realidade: foi observado a grande quantidade da prática de bullying entre os alunos, seja através de palavras ou até mesmo por frases espalhadas pelas paredes da escola; Levantamento dos Pontos-Chave: onde os acadêmicos agruparam tudo o que foi observado para decidir o tema específico a ser trabalhado; Teorização: onde, após observar-se que os alunos fazem uso destes recursos rotineiramente, houve a pesquisa para explicar a problemática e como agir em relação a isso; Propostas de Solução: concluiu-se a importância do diálogo e interação entre estes alunos, gerando assim, o lema apresentado ao público, “Não faça bullying, faça amigos; E, finalmente, a Aplicação à Realidade: onde foi apresentado um teatro cômico apresentando um malefício do bullying (distúrbio alimentar), como também uma pequena palestra discorrendo sobre seus malefícios e medidas a se tomar quando se é uma vítima do bullying, após isso houve uma gincana a fim de promover uma interação através da distribuição de placas contendo elogios -onde uns deveriam oferecer aos outros. Resultado: Durante a ação efetiva na escola pública, notou-se que os pré-adolescentes apresentavam dois tipos de reações, um grupo reagiu bem e outro, em menor porcentagem, reagia com olhar triste na primeira dinâmica dos acadêmicos. Na segunda dinâmica propostas pelos acadêmicos, eles reagiram bem e interagiram, escolhendo a quem cada um iria entregar placas com elogios, o que resultou em abraços e visível conscientização após a gincana. Considerações finais: O trabalho permitiu o desenvolvimento dos discentes, no âmbito acadêmico, amadurecendo seu olhar problematizador em busca de alcançar a saúde da comunidade. Foi notória a importância de se trabalhar a saúde mental de crianças e pré-adolescentes em situação de vulnerabilidade e foi possível se ter um retorno positivo dos participantes desta experiência.

8539 AÇÃO DE COMBATE À PRÁTICA DE BULLYING EM UMA ESCOLA PÚBLICA NO ESTADO DO PARÁ: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA PET-SAÚDE INTERPROFISSIONAL
Flávia Martins Moreira Alves, Silvana Freitas Silva, Jamila Johana Martins Gatinho, Bruna Gerrits Mattos, Leonardo Souza Louzardo, Bruno Mateus Viana Lima

AÇÃO DE COMBATE À PRÁTICA DE BULLYING EM UMA ESCOLA PÚBLICA NO ESTADO DO PARÁ: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA PET-SAÚDE INTERPROFISSIONAL

Autores: Flávia Martins Moreira Alves, Silvana Freitas Silva, Jamila Johana Martins Gatinho, Bruna Gerrits Mattos, Leonardo Souza Louzardo, Bruno Mateus Viana Lima

Apresentação: O Programa Saúde na Escola (PSE) possui o objetivo de unir saúde e educação por meio de atividades que efetivem a promoção e a prevenção da saúde, com enfoque em estudantes da rede pública de ensino. Para sua efetivação, a equipe do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde/Interprofissionalidade) atuante na rede de atenção básica com viés colaborativo em grupo multidisciplinar busca realizar ações educativas sobre temas pré-estabelecidos de acordo com a necessidade local. A discussão sobre o bullying ganha destaque na atualidade principalmente pelo aumento da violência dentro das escolas públicas brasileiras, apesar das políticas de criminalização para combater essa prática. A ação educativa sobre o assunto busca discutir questões sobre o tema utilizando abordagem lúdica e linguagem acessível. Desenvolvimento: A atividade se deu a partir de turmas de ensino infantil e fundamental, as quais foram conduzidas para a quadra de esportes da escola e participaram de uma ação educativa elaborada pela equipe do Pet-Saúde Interprofissionalidade. A atividade foi realizada em dois turnos (manhã e tarde) e contou com a participação de 290 crianças, sendo dividida em cinco momentos. No primeiro momento, foi encenada uma prática de bullying, em que foram simuladas situações de aversão, empurrões e desprezo. Em seguida, os alunos foram questionados sobre que tipo de situação estava acontecendo naquele momento. No terceiro momento, para gerar troca de experiência, foi perguntado se os estudantes já tinham presenciado ou passado por uma experiência de bullying. No quarto período, os acadêmicos explicaram sobre os problemas do bullying, frisaram como essas ações devem ser combatidas, instruíram aos alunos formas de como lidar com a violência e esclareceram a necessidade de buscar ajuda dos pais, responsáveis, professores e diretores. No fim da ação, cada estudante recebeu uma pomba branca de papel e um chocolate, simbolizando a paz e a felicidade, respectivamente. Resultado: Alguns alunos relataram que as situações encenadas eram “brincadeiras”, contudo, a maioria foi capaz de reconhecer e denominar o problema, o bullying, evidenciando o conhecimento dos estudantes sobre o tema. Certos alunos também relataram situações de bullying que haviam sofrido dentro da escola, porém também alegaram não contar sempre para os seus professores e responsáveis por sentirem medo. No fim, após o diálogo com os acadêmicos, os alunos afirmaram que iriam começar a praticar a gentileza, cultivar a paz na escola e evitar o bullying informando os professores, pais e responsáveis ao presenciarem alguma situação de violência, verbal ou física. Considerações finais: O Programa Saúde na Escola é essencial para a prática profissional com o público infantil usando dinâmicas lúdicas e participativas, transforma-se o processo de ensino-aprendizado deixando-o mais atrativo, desse modo, controlando a agitação do público infantil. O bullying ainda é um problema persistente nas escolas brasileiras e o trabalho de combatê-lo deve ser executado de forma conjunta entre equipes de saúde multidisciplinares, docentes, discentes, pais e responsáveis.

9618 PERCEPÇÃO DE ADOLESCENTES SOBRE O BULLYING: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Amanda Anne de Abreu Vieira, Márcia Matos Sa Ottoni Letro, Isabela de Souza Santana, Laís de Souza Miranda, Nayara Rodrigues Carvalho

PERCEPÇÃO DE ADOLESCENTES SOBRE O BULLYING: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Amanda Anne de Abreu Vieira, Márcia Matos Sa Ottoni Letro, Isabela de Souza Santana, Laís de Souza Miranda, Nayara Rodrigues Carvalho

Apresentação: A adolescência é um período da vida marcado por profundas transformações fisiológicas, psicológicas, intelectuais, sociais, dentre outros. E é neste período que cada indivíduo se desenvolve de maneira diferente, construindo a sua identidade. Assim, a exposição de adolescentes ao fenômeno do bullying tem impactado diretamente na formação do indivíduo e também na maneira que ele vê e se relaciona com o mundo ao seu redor. O objetivo do trabalho é relatar a experiência de acadêmicos do curso de enfermagem sobre a realização de uma atividade educativa desenvolvida com adolescentes acerca da temática bullying. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência a respeito da atividade desenvolvida durante a disciplina Enfermagem, Saúde e Sociedade II do curso de enfermagem da Universidade Federal de Viçosa. A atividade foi realizada em novembro de 2018, com duração de 40 minutos. Participaram 14 alunos do 6° ano do ensino fundamental público de uma escola de Viçosa, interior de Minas Gerais. A problematização sobre o bullying foi estruturada em duas etapas. A primeira etapa teve como referência o filme “Escritores da liberdade” e consistiu em posicionar uma fita adesiva transparente no centro da sala e duas fitas coloridas paralelas. Após os participantes foram divididos em dois grupos e posicionados ao lado das fitas paralelas. Em seguida eram enunciadas afirmativas aos alunos e conforme se identificavam com o que era dito eles se deslocavam em direção à fita central, caso não se identificassem ficariam no mesmo lugar. Depois de cada afirmativa os organizadores disponibilizavam oportunidade para discussão e compartilhamento de experiências. As afirmativas enunciadas eram “eu já me senti ofendido com alguma brincadeira do meu amigo”, “eu já fiz alguma brincadeira que deixou meu amigo triste”, “eu conto para um adulto quando isso acontece”, “eu sei o que é bullying”, “eu sei as consequências que o bullying pode causar ao outro”. Na segunda etapa foi entregue aos participantes duas maçãs, na qual uma deveria ser elogiada e a outra, insultada. Foi dada a instrução que os xingamentos feitos a uma das maçãs deveriam ser insultos que os mesmos já tivessem sofrido. Anteriormente à atividade os discentes já haviam injetado na maçã que recebeu os xingamentos tinta guache preta com uma seringa e agulha. Em seguida, as maçãs foram partidas ao meio de modo que a maçã xingada estava manchada de tinta, representando o estrago que o bullying faz dentro das pessoas. Resultado: A metodologia possibilitou que os participantes pensassem de maneira crítica-reflexiva sobre o tema proposto. Os alunos demonstraram ter conhecimentos prévios sobre o bullying e suas consequências no dia a dia. Entretanto, muitos relataram ter passado por esta situação em algum momento no período escolar. Considerações finais: A troca de experiência e interação na aplicação da atividade educativa possibilitou compreender e sensibilizar os adolescentes sobre esta temática, tal como, a identificação das vulnerabilidades presentes. Portanto, torna-se evidente ampliar as discussões sobre este tema com este público alvo principalmente na fase escolar.

11481 REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA INSERIDO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
MAGALE KONRATH

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA INSERIDO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE

Autores: MAGALE KONRATH

Apresentação: Muito se tem discutido acerca de medidas preventivas de saúde para a população. Políticas públicas de saúde cada vez mais apontam e abrem espaço para a atuação dos diversos profissionais no atendimento ao cidadão. Dentre os profissionais citados, encontra-se o profissional de Educação Física que, até então, tinha uma formação e atuação mais direcionada para o esporte, a performance, o fitness e a área escolar, sempre com o indivíduo “saudável”. A inserção deste profissional junto às UBS’s (Unidades Básicas de Saúde) ou aos NASF’s (Núcleo de Apoio à Saúde da Família), ainda causa estranhamento ao usuário do sistema de saúde. Acostumados ao modelo tradicional, embasado no assistencialismo médico e alopático, aos poucos a população começa a aceitar a atuação de outros profissionais numa perspectiva tanto de tratamento quanto de prevenção. Dessa forma, a inclusão do profissional de Educação Física no Sistema Único de Saúde vem atender a um direito do cidadão: o direito ao acesso à orientação de um profissional capaz de guiá-lo numa prática físico/corporal em busca da melhoria da saúde. Outro espaço de inserção é nas Academias de Saúde, instituídas pela Portaria nº 719/2011, tem sua proposta vinculada à Estratégia de Saúde da Família e NASF e objetivam contribuir para a promoção da saúde com a orientação de práticas corporais/atividade física e lazer, apoiados em modos de vida saudável. Método: O estudo procura evidenciar o debate sobre as políticas públicas de saúde, nas quais estão previstas a participação do profissional de Educação Física, a partir da compreensão das representações sociais sobre sua inserção neste universo. Como procedimentos metodológicos adotados, do ponto de vista da forma da abordagem do problema, optou-se pelo paradigma qualitativo; quanto aos seus objetivos, a pesquisa possui uma proposta explicativa e, como procedimento técnico, foi adotada a pesquisa de campo. Para analisar os depoimentos colhidos a partir dos fundamentos da Teoria das Representações Sociais utilizaram-se os principais pressupostos do método da análise temática. Após o levantamento inicial realizado junto às Secretarias de Saúde da região do Vale dos Sinos e Grande Porto Alegre, identificou-se que políticas públicas de saúde envolvendo a atuação do profissional de Educação Física ainda são incipientes. O corpus de dados do estudo foi construído junto aos profissionais de Educação Física em três municípios da região metropolitana de Porto Alegre (RS). Utilizamos a entrevista semiestruturada, partindo de um roteiro básico, além da observação participante e análise documental dos programas desenvolvidos nos municípios. A análise temática ocorreu a partir dos elementos dados pelo grupo pesquisado e resultou na seguinte categoria: Imagem do Profissional de Educação Física com atuação nas políticas públicas de saúde. Resultado: Como principais resultados, encontramos Representações Sociais que reforçam que o próprio profissional de Educação Física é muito autocrítico na construção da sua imagem, principalmente no que diz respeito ao conhecimento e o estranhamento que o profissional possui em atuar na saúde pública. Ao construir sua autoimagem, o profissional carrega consigo a própria experiência e a imagem que vê refletida no seu semelhante. Além disso, os pré-conceitos elaborados pela sociedade o colocam em conflito nesta elaboração. Falar da imagem que se tem de um profissional é trazer implícita e/ou explícita a construção feita por diferentes indivíduos através de suas experiências, sejam positivas ou negativas. Na relação com o profissional médico ou os demais profissionais da equipe, o profissional de Educação Física muitas vezes se coloca num patamar inferior. Há que se considerar os diferentes saberes, a atuação interdisciplinar. Cada profissional tem um saber especializado, que vem a agregar e a complementar. Os entrevistados reforçam a importância da atuação nesta área, pois a ênfase na prevenção e o trabalho direcionado à qualidade de vida contribuem para a valorização do profissional de Educação Física e desmistificam a visão tradicional de academia, de fitness e da atuação apenas com indivíduos saudáveis, que buscam aprimorar a forma física e a estética corporal. Questionados sobre a questão da relação médico X profissional de Educação Física, a resposta é que ainda há a resistência médica. Isso resulta da desinformação acerca das atribuições e trabalho desenvolvido pelos profissionais da área da Educação Física que, sabedores da patologia e limitações do indivíduo, possuem condições de prescrever a melhor atividade que se adapta à situação. O “embate” com os médicos, que resistem em aceitar a atuação do profissional de Educação Física, apresenta uma longa data. Nas várias situações nas quais há discordâncias médicas pelo trabalho realizado, para o usuário/paciente, o que prevalece é a opinião do médico pelo entendimento que ele é o detentor maior de conhecimento. A questão da valorização do profissional ainda impacta na visão que as pessoas têm do professor de Educação Física, daquele que atua na Escola Básica, recebe baixos salários, desmotivado e que “larga a bola” sem se preocupar com o fazer pedagógico. Essa imagem acaba passando para a população que generaliza. Se o estranhamento na atuação em saúde pública ocorre entre os profissionais da categoria, como esperar algo diferente dos demais que não conhecem nossa área de atuação? Interessante é o olhar apresentado pelo profissional que atua em equipe multidisciplinar no NASF ao fazer uma crítica à área da Educação Física, afirmando que a imagem que tem é de profissional formado para o mercado privado de trabalho, que privilegia as classes favorecidas, de quem tem a possibilidade de pagar pela atividade física numa lógica medicalizante. Há uma busca de igualdade com os profissionais médicos, no que diz respeito à prescrição, porém em níveis diferenciados, já que “o remédio” é prescrever prática corporal. A visão do profissional de Educação Física “por ele mesmo” surge num tom de autocrítica e a certeza de que muito se tem por fazer, tanto para se sentir capaz, quanto para ser respeitado frente as demais profissões da área da saúde. A profissão regulamentada em 01/09/1998 é um marco legal importante, porém ainda se encontra em processo de legitimação por parte da sociedade e demais categorias profissionais. A ruptura de um modelo tradicional, medicamentalizado, e a substituição pelo novo paradigma não é uma tarefa fácil a ser realizada em curto prazo. Considerações finais: Na perspectiva das Representações Sociais, temos como ênfase o papel ativo dos sujeitos enquanto atores sociais na sua produção e transformação. Dessa forma, o profissional tem importante parcela de contribuição para esta visão equivocada, seja atuando de forma displicente ou por não demonstrar e argumentar o quão complexa é sua área de atuação. Não podemos esquecer que isso também é fruto de um sistema complexo de interações do saber-poder médico e da própria história da profissão. Atuar com recuperação em saúde, e/ou indivíduos com limitações físicas e patologias, é um tanto quanto difícil e novo. Mostrar competências, habilidades e conhecimento para discutir com os demais de forma convicta e apoiada em bases teóricas, é mais do que uma necessidade e se faz urgente de ser realizada.

10001 EDUCAÇÃO PELO TRABALHO: POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÕES DOS ESTUDANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA COM EQUIPES INTERDISCIPLINARES
Diogo G S Oliveira, Giannina Espírito-Santo, Silvia Lüdorf, Alexandre Palma

EDUCAÇÃO PELO TRABALHO: POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÕES DOS ESTUDANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA COM EQUIPES INTERDISCIPLINARES

Autores: Diogo G S Oliveira, Giannina Espírito-Santo, Silvia Lüdorf, Alexandre Palma

Apresentação: A presente dissertação foi constituída por dois estudos e tem como objetivo geral avaliar o trabalho compartilhado para o cuidado integral, no modelo de Saúde da Família, desenvolvido entre os estudantes pertencentes ao projeto Exercitando na Atenção Básica, com as equipes de Saúde da Família de um Centro Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e as implicações sobre a articulação ensino/serviço/comunidade na formação dos graduandos. O primeiro estudo trata-se de uma revisão sistemática, cujo propósito é analisar de que forma os temas referentes à Educação Física têm sido incorporados aos estudos sobre a atenção primária à saúde nos modelos do Sistema Único de Saúde. Para tanto foi adotada, como dinâmica para análise dos estudos, a localização paradigmática a partir da abordagem proposta por Boaventura de Sousa Santos e a perspectiva utilizada da Promoção da Saúde (tendo como referência central a Nova Promoção da Saúde). Percebe-se que os estudos analisados (n=25) encontram-se localizados na crise do paradigma dominante, visto que ainda as pesquisas se encontram com ações limitadas nos trabalhos desenvolvidos, principalmente, nesta esfera de atenção básica à saúde, em que se percebe, de forma ainda tímida, que há um movimento de reflexão e crítica para melhorar a atuação neste setor. No segundo estudo, de natureza original, foram analisadas as percepções de 32 estudantes de Educação Física em atuação na Estratégia Saúde da Família. O presente estudo é qualiquanti, em que a quantitativa será abordada por meio do Núcleo Central das Representações Sociais pelas associações livres de ideias, e na qualitativa fez-se uso do referencial teórico-metodológico das Representações Sociais por meio da abordagem processual. As percepções dos estudantes de Educação Física em atuação na Estratégia Saúde da Família no que tange à abordagem quantitativa do estudo apresentam os significados para o exercício físico associação de forma restrita e simplista entre exercício físico e saúde. Para a saúde pública, uma visão negativa que pode estar atrelada às suas experiências de vida e pouco contato com o sistema público de saúde durante a graduação. Entretanto, para o cuidado, as enunciações têm similitude ao que é proposto pelas práticas corporais no campo da saúde. Os mesmos demonstram interesse em participar do projeto por ser uma nova área para atuar e mencionam de forma positiva o trabalho (inter/multi) disciplinar com a Estratégia Saúde da Família. Desta forma, a presente dissertação avalia que este projeto de extensão se apresenta como uma boa estratégia na formação dos estudantes de Educação Física no cuidado integral e compartilhado, pois a articulação entre ensino/serviço/comunidade contribuiu para a aproximação destes graduandos ao convívio de uma unidade básica de saúde e a participação do profissional de Educação Física neste cenário.

11987 O PET SAÚDE NA VIVÊNCIA ESCOLAR: A EXPERIÊNCIA DE UM LICENCIANDO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Darley Severino Cardoso, José Victor De Freitas Cruz, Ieda Beatriz Dos Santos Peixoto, Luana Cristina Da Silva, Aline Vieira Da Silva, Simara Lopes Cruz Damázio, Ana Wládia Silva De Lima, Karla Patricia De Sousa Barbosa Teixeira

O PET SAÚDE NA VIVÊNCIA ESCOLAR: A EXPERIÊNCIA DE UM LICENCIANDO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Autores: Darley Severino Cardoso, José Victor De Freitas Cruz, Ieda Beatriz Dos Santos Peixoto, Luana Cristina Da Silva, Aline Vieira Da Silva, Simara Lopes Cruz Damázio, Ana Wládia Silva De Lima, Karla Patricia De Sousa Barbosa Teixeira

Apresentação: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde - Interprofissionalidade), constitui iniciativa do Ministério da Saúde e Educação para qualificação dos profissionais da saúde, em conjunto com a formação de estudantes de graduação em ações de práticas de iniciação ao trabalho. Os Projetos PET do CAV/UFPE buscam articular todos os cursos do Campus de forma a promover uma integração ampliada entre saúde e educação, e compreende que as ações em saúde podem e devem ser articuladas com a escola, por este motivo vem envolvendo os cursos de Licenciatura para integrar as equipes interprofissionais vinculando as ações de educação em saúde no Programa de Saúde da Escola (PSE). Desenvolvimento: Este Programa é realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Município de Vitória de Santo Antão-PE e Centro Acadêmico de Vitória (CAV) - Universidade Federal de Pernambuco. Com intuito de promover a educação interprofissional, cada equipe do projeto tem uma formação multiprofissional composta por 1 graduando de cada curso (Educação Física, Enfermagem, Nutrição, Saúde Coletiva e Ciências Biológicas), 1 preceptor (profissional da saúde do Município) e 2 tutores (docentes do CAV – UFPE). Resultado: As ações foram realizadas no segundo semestre de 2019, em uma turma de Ensino de Jovens e Adultos da Escola Municipal CAIC Diogo de Braga, localizado no bairro CAIC em Vitória de Santo Antão – PE. Os temas escolhidos para intervenções estão relacionados as ações de educação em saúde, com objetivo de enfrentar as vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento dos jovens da rede pública de ensino daquela localidade. Foram abordadas quatro temáticas que estavam com relação direta a realidade local daqueles alunos, sendo elas: métodos contraceptivos, infecções sexualmente transmissíveis, alimentação saudável e drogas. Para execução de cada temática, foi pensado em dinâmicas para promover a participação integral dos alunos, entretanto, a participação nas atividades era facultativa. Dessa forma, constatamos que a participação dos alunos foi considerada como satisfatória, visto que as dinâmicas oferecidas conseguiam alcançar o objetivo de fazê-los integrar as atividades. A avaliação das ações foi realizada em uma roda de conversa sobre todas as vivências que foram proporcionadas aos alunos, resultando em mais um momento marcante na vida dos acadêmicos, que contribuíram na evolução e estimulo para que aqueles alunos tracem novos objetivos de vida. Considerações finais: A experiência que o PET – Saúde traz é indescritível, são vivências que ficarão marcadas na vida de cada um dos profissionais atuantes. Proporcionar atividades na escola acompanhado de profissionais da saúde evidencia o quão eficiente é a educação interprofissional. Dessa forma, a vivência com outras profissões é importante para o professor em formação, visto que muitas temáticas relacionadas a saúde concernem aos conteúdos transversais da educação física.

6630 ATIVIDADES DE INTEGRAÇÃO ENSINO/SERVIÇO COMO ESTRATÉGIA DE FORMAÇÃO DE FISIOTERAPEUTAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO CURSO DE FISIOTERAPIA DA PUC MINAS BETIM.
Márcia Colamarco Ferreira Resende, Sabrina Oliveira Viana Balbi, Patrícia Lemos Bueno Fontes, Gisele do Carmo Leite Machado Diniz

ATIVIDADES DE INTEGRAÇÃO ENSINO/SERVIÇO COMO ESTRATÉGIA DE FORMAÇÃO DE FISIOTERAPEUTAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO CURSO DE FISIOTERAPIA DA PUC MINAS BETIM.

Autores: Márcia Colamarco Ferreira Resende, Sabrina Oliveira Viana Balbi, Patrícia Lemos Bueno Fontes, Gisele do Carmo Leite Machado Diniz

Apresentação: O projeto pedagógico do curso de fisioterapia da PUC Minas Betim prevê quatro disciplinas intituladas “Atividades de Integração”, que têm como objetivos promover a integração ensino/serviço e proporcionar a formação generalista do fisioterapeuta através da inserção precoce do aluno  nos diversos equipamentos da rede de saúde pública em todos os  níveis de atenção à saúde do município de Betim (MG). Cada disciplina está relacionada à diferentes cenários de atuação do fisioterapeuta: atenção primária à saúde (segundo período), centro de referência em reabilitação (terceiro período), equipamentos da rede de atenção secundária à saúde (quarto período) e atendimento hospitalar e de urgência (quinto período). Desenvolvimento: As quatro disciplinas seguem uma metodologia ativa semelhante, onde os alunos são protagonistas nas ações propostas. Assim, os alunos são divididos em grupos, cada grupo fica responsável por um aspecto/característica do serviço a ser visitado. Para elaboração de um roteiro de visita, inicialmente, cada grupo faz uma revisão bibliográfica sobre a rede de atenção a saúde do município, a organização dos serviços, as responsabilidades e atividades ofertadas. Após a construção desse roteiro, cada grupo realiza uma visita técnica ao respectivo serviço, para conhecer o local e interagir com os profissionais e a comunidade assistida. Em seguida, os alunos elaboram um diagnóstico e um relatório técnico narrativo para serem apresentados ao restante da turma, no formato de seminário. Dessa forma, neste momento de discussão, todos conseguem ter uma visão completa dos serviços estudados/visitados, pois os alunos expressam e compartilham as experiências vivenciadas durante as visitas técnicas. Resultado: Eles relatam que, antes de estudarem e visitarem a Rede, eles desconheciam parcial ou totalmente os serviços ofertados, os fluxos e contra fluxos e, até mesmo, as possibilidades de inserção do fisioterapeuta na regulação e gestão da saúde pública. Essas disciplinas foram implantadas em janeiro de 2017, sendo que até dezembro de 2019 sete turmas já as cursaram, todas com relatos muito positivos sobre a experiência. Um aluno do 4º período fez o seguinte relato “Acho que se não fosse essa disciplina eu nunca saberia que existe um Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) e o quê o fisioterapeuta faz lá”. Considerações finais: A metodologia usada e a integração ensino/serviço promovidas pelas disciplinas de Atividade de Integração favorecem maior autonomia e implicação dos alunos com as atividades desempenhadas, além de oportunizarem uma experiência inovadora e extremamente positiva para os futuros fisioterapeutas. Mas ainda é necessário estabelecer estratégias para um maior envolvimento dos trabalhadores dos serviços acompanhados.

7031 ALIMENTOS DIGHT E LIGHT: INDICAÇÕES E CONTROVÉRSIAS
Danielle Brandão de Melo, América Carolina Brandão de Melo Sodré, Ida Oliveira de Almeida, Rosana Freitas de Assis, Tamires dos Reis Santos pereira

ALIMENTOS DIGHT E LIGHT: INDICAÇÕES E CONTROVÉRSIAS

Autores: Danielle Brandão de Melo, América Carolina Brandão de Melo Sodré, Ida Oliveira de Almeida, Rosana Freitas de Assis, Tamires dos Reis Santos pereira

Apresentação: Alimentos dietéticos (Dight) são aqueles especialmente formulados ou padronizados para que sua composição atenda às necessidades dietoterápicas especiais de pessoas com exigências físicas, metabólicas, fisiológicas e até patológicas particulares. São comumente utilizados em dietas restritivas, devendo ter a total ausência de um dado ingrediente, como glicídios (sacarose), proteína, gordura ou sódio. Já o alimento light diz respeito aquele cuja formulação é reduzida no percentual de vinte e cinco por cento de qualquer nutriente. O Ministério da Saúde alerta que tais alimentos devem ser evitados e se possível substituídos por alimentos in natura, pouco processados e preparados em casa, assim é possível controlar a adição de açúcar, gordura e sal. O objetivo deste trabalho foi diferenciar alimentos dight e light de modo a esclarecer suas indicações e orientar acerca das controvérsias passíveis de gerar riscos à saúde dos consumidores. Trata-se de uma revisão sistemática com base em  artigos e dissertações de mestrado, datados de 2015 à 2019, nos idiomas português, inglês ou espanhol, disponíveis no Google acadêmico e na Biblioteca Eletrônica Científica Online (SciELO). Os alimentos diet e light vêm ganhando cada vez mais espaço na mesa do consumidor, seja por motivos estéticos ou pela necessidade de alguma restrição alimentar, como no caso dos diabéticos, obesos e hipertensos. Contudo, a suposição de que tais alimentos são plenamente saudáveis e não engordam, levam ao exagero no consumo desses insumos, que preocupantemente compreendem alimentos processados, contendo aditivos alimentares controversos, em sua maioria, a fim de melhorar a palatabilidade. Nessa perspectiva, nem todo insumo dight é reduzido em calorias, desmistificando o senso comum de que todo alimento dight é indicado para quem busca a perda de peso; da mesma forma que a depender da composição, ele também poderá não ser indicado para diabéticos ou hipertensos. Enquanto os insumos light seguem a mesma lógica, porém é reduzido em algum nutriente em um percentual definido de 25%, sendo bastante corriqueiro seu consumo por indivíduos que idealizam uma alimentação mais equilibrada, visando a perda de peso, outrossim a prevenção de agravos à saúde de forma mais prática. Contudo tanto alimentos dight como light podem conter edulcorantes, cujo excesso está associado a efeitos colaterais, como cefaléia, mal-estar, alterações de humor e diarreia. Além disso, estudos experimentais, realizados em animais, revelam o potencial de determinados adoçantes artificiais, como o aspartame, ciclamato de sódio e sacarina sódica, para desenvolvimento de cânceres. Conclui-se que é preciso atentar-se a leitura dos rótulos para saber qual tipo de nutriente está isento ou reduzido no alimento, bem como assegurar que o composto reduzido ou totalmente retirado não foi substituído por outro mais prejudicial à saúde. Portanto, fica evidente a importância do médico ou nutricionista orientar seus pacientes acerca das diferenças, riscos e reais indicações desses alimentos, principalmente no caso de portadores de doenças crônicas não transmissíveis, além de avaliar se de fato há a necessidade da inserção de tais alimentos na dieta dos pacientes.

7045 ALIMENTOS COM AGROTÓXICOS VERSUS ORGÂNICOS: UMA REVISÃO
Danielle Brandão de Melo, Ida Oliveira de Almeida, Tamires dos Reis Santos pereira, Rosana Freitas de Assis

ALIMENTOS COM AGROTÓXICOS VERSUS ORGÂNICOS: UMA REVISÃO

Autores: Danielle Brandão de Melo, Ida Oliveira de Almeida, Tamires dos Reis Santos pereira, Rosana Freitas de Assis

Apresentação: Alimentos orgânicos são aqueles produzidos com métodos que não utilizam agrotóxicos sintéticos, transgênicos ou fertilizantes químicos. As técnicas usadas no processo de produção respeitam o meio ambiente e visam manter a qualidade do alimento. Nesta perspectiva, torna-se crescente a busca por alimentos desse tipo em detrimento dos alimentos com agrotóxicos pela preocupação por parte do consumidor com a saúde e o meio ambiente. O objetivo deste trabalho foi estabelecer as diferenças descritas na literatura entre os alimentos com agrotóxicos e os alimentos orgânicos. Foi realizada uma revisão sistemática acerca dessa temática, nas principais bases de dados nacionais e internacionais, dentre elas a Internet of Science e Scientific Electronic Library, cuja data compreendesse o período de 2014 a 2019, nos idiomas português e inglês. O Brasil é o país que mais utiliza agrotóxicos no mundo em números absolutos, totalizando 262 pesticidas em 2019, sendo 43% dos defensivos liberados para o mercado altamente ou extremamente tóxicos e 31% não são permitidos na União Europeia, dentre eles o glifosato, o mais utilizado no país atualmente, atrelado a distúrbios em humanos como cânceres, autismo e infertilidade. Adicionalmente, estudos comprovam uma redução significativa da capacidade nutricional em alimentos contaminados com pesticidas, principalmente de micronutrientes, isto é, vitaminas e sais minerais. O meio ambiente sofre impacto, uma vez que o solo retém uma parcela expressiva dos contaminantes, mudando suas características físicas e químicas com o tempo, tornando-o menos fértil, além de contaminar os rios. Outrossim, microrganismos relevantes à homeostase da vegetação local são impactados com o solo mais ácido. Os alimentos orgânicos têm maior valor nutricional, configurando ainda numa alternativa mais segura para o consumo humano bem como o meio ambiente quando comparados com os alimentos contendo pesticidas. Todavia, o Brasil, por interesses econômicos internos, vai na contramão dos países  da União Europeia e América do Norte em relação a liberação de agrotóxicos, setor no qual o Ministério da Agricultura vem dando pareceres indiscriminados, que colocam em risco não só a saúde da população e do meio ambiente, mas também o mercado internacional dos insumos alimentícios nacionais.

8346 ADESÃO A ALIMENTAÇÃO ESCOLAR POR ESTUDANTES DE ENSINO FUNDAMENTAL E FATORES ASSOCIADOS
Gabriele Welber rutkowski, Camila Fonseca Andrade, Patrícia Henriques, Roseane Moreira Sampaio Barbosa, Daniele Mendonça Ferreira, Daniele Silva Bastos Soares, Patrícia Camacho Dias

ADESÃO A ALIMENTAÇÃO ESCOLAR POR ESTUDANTES DE ENSINO FUNDAMENTAL E FATORES ASSOCIADOS

Autores: Gabriele Welber rutkowski, Camila Fonseca Andrade, Patrícia Henriques, Roseane Moreira Sampaio Barbosa, Daniele Mendonça Ferreira, Daniele Silva Bastos Soares, Patrícia Camacho Dias

Apresentação: A escola é considerada um local oportuno para implementação de ações de promoção da alimentação saudável pela sua contribuição para a conquista da autonomia e para adoção de hábitos alimentares saudáveis. A alimentação escolar pode contribuir para a melhoria das condições nutricionais de crianças e adolescentes, diminuindo deficiências nutricionais e outros agravos relacionados ao consumo alimentar inadequado, protegendo e melhorando significativamente o desempenho escolar e, favorecendo o crescimento e desenvolvimento adequados. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é o mais antigo programa do governo brasileiro na área de alimentação escolar, sendo considerado um dos maiores e mais abrangentes do mundo no que se refere ao atendimento universal aos escolares. Esta política pública atende a todos os alunos matriculados na educação básica das escolas públicas, federais, filantrópicas, comunitárias e confessionais do país, segundo os princípios do Direito Humano à Alimentação Adequada. Desde a sua criação o PNAE vem sofrendo modificações em seu escopo com vistas a ampliar o seu alcance e qualificar suas ações. Este programa tem como objetivo contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de práticas alimentares saudáveis dos alunos, por meio de ações de educação alimentar e nutricional e da oferta de refeições que cubram as suas necessidades nutricionais durante o período letivo. A alimentação oferecida no âmbito do PNAE contempla os alimentos na sua forma natural, constituindo uma refeição adequada e saudável. Contudo, a presença de cantinas no interior das próprias escolas e o comércio ambulante em seus arredores oferecem, por vezes, alimentos de baixo valor nutricional, geralmente ricos em energia, gorduras, açúcar e sal, concorrendo para a promoção de hábitos alimentares inadequados. Estes estabelecimentos podem reduzir a adesão à alimentação escolar e inviabilizar a garantia do atendimento aos objetivos do PNAE, dificultando a efetivação da política de Segurança Alimentar e Nutricional. Diante do exposto, os objetivos deste estudo foram determinar a adesão a alimentação escolar por estudantes de ensino fundamental, matriculados em escolas públicas de Niterói-RJ e identificar fatores que podem interferir na adesão. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo transversal de caráter quantitativo e qualitativo que integra o projeto de pesquisa intitulado “Análise de programas de alimentação, nutrição e saúde no contexto escolar” desenvolvido pelo Grupo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Alimentação e Saúde do Escolar – GEPASE, da Faculdade de Nutrição Emília de Jesus Ferreiro, da Universidade Federal Fluminense. A Rede Municipal de Educação de Niterói possui sete polos regionais, nos quais estão distribuídas as suas unidades escolares. O universo amostral foi composto por todas as 12 unidades escolares de Ensino Fundamental II que atende escolares, do 6º ao 9º ano de ambos os sexos. Porém, três escolas foram excluídas por estarem localizadas em áreas consideradas de risco. A amostra final do estudo totalizou nove escolas municipais, das quais foram selecionadas, aleatoriamente, uma turma de cada ano escolar (6º, 7º, 8º e 9º ano) de cada uma das escolas participantes, totalizando 36 turmas. Os dados relativos à adesão foram obtidos através do relato dos estudantes que deveriam indicar se consomem e quantas vezes por semana consomem a refeição oferecida pela escola. A frequência semanal de consumo da alimentação escolar foi classificada em não adesão (quando não há consumo), adesão parcial (quando esse consumo for de uma a três vezes na semana) e adesão efetiva (quando esse consumo for de quatro a cinco vezes na semana). O índice de adesão foi calculado pela razão entre o número de estudantes que consomem a refeição e o número de estudantes participantes. De acordo com os pontos de corte adotados pelo PNAE, os percentuais foram classificados em quatro categorias: alto (acima de 70%), médio (50 a 70%), baixo (30 a 50%) e muito baixo (menor que 30%). A adesão foi classificada de acordo com a frequência de dias por semana em que a alimentação é consumida pelos estudantes participantes, sendo adesão parcial quando o consumo se dá de 1 a 3 dias na semana e adesão efetiva quando o consumo ocorre de 4 a 5 dias na semana. Para identificação de cantinas escolares foi realizada observação direta durante a visita às escolas e, para verificação do comércio alimentar do entorno escolar considerou-se, todo estabelecimento comercial (formal e informal) localizado em um raio de 500 metros do portão principal de acesso à escola. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense sob o número do parecer 2.949.264. A coleta de dados foi realizada entre agosto a novembro de 2019. A inclusão dos participantes no estudo foi condicionada a concordância e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE Resultado: Participaram do estudo 787 alunos, sendo 382 (48,54%) do sexo masculino e 405 (51,46%) do sexo feminino. A média de idade foi de 12,8 anos (DP = 1,12). A adesão foi confirmada por 519 (65,95%) dos estudantes, que declararam consumir a alimentação escolar. Destes, 352 (44,73%) declararam adesão efetiva, ou seja, o consumo durante 4 a 5 dias na semana. A média de dias de consumo foi de 2,696 dias (DP = 1,94). Em relação aos fatores que podem interferir na alimentação escolar, verificou-se que apenas uma escola possui cantina e outras duas possuem comercio informal (barraquinha de lanches) ao lado do portão da escola, sendo que em uma destas os alunos conseguem adquirir os lanches pela grade, no período de permanência na escola. A adesão dos alunos à alimentação escolar apresenta-se abaixo do que o PNAE determina, possivelmente devido a fatores como oferta de alimentos preteridos pelos escolares e a qualidade do serviço oferecido, considerando a temperatura da refeição ofertada, a porção servida, o ambiente, os utensílios e o tempo para consumir a refeição que reduz o tempo disponível para as brincadeiras do recreio. Considerações finais: Os resultados demonstraram que a adesão a alimentação escolar pelos estudantes de ensino fundamental do Município de Niterói foi média, e que, além da presença de alimentos competitivos em cantinas e no entorno escolar, outros fatores podem interferir na adesão, como os hábitos alimentares dos pais e a publicidade de alimentos. Faz-se necessário que a alimentação escolar seja reconhecida pelos alunos, seus responsáveis e pela comunidade escolar como fundamental para auxiliar no aprendizado, no crescimento e na manutenção da saúde, para garantir maior adesão.