322: Educação em saúde e a produção do cuidado às doenças crônicas
Debatedor: Sara da Silva Meneses
Data: 28/10/2020    Local: Sala 02 - Rodas de Conversa    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
11231 AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA ÓSSEA EM PACIENTES DIABÉTICOS
Igor Eduardo Dias Cestari, Claudia Regina Dias Cestari, Raimundo Nonato Silva Gomes

AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA ÓSSEA EM PACIENTES DIABÉTICOS

Autores: Igor Eduardo Dias Cestari, Claudia Regina Dias Cestari, Raimundo Nonato Silva Gomes

Apresentação: Cada vez mais busca-se melhorar a qualidade de vida de pacientes com Diabetes Mellitus (DM), que é um problema de saúde pública mundial, pois, afeta um grande número de pessoas, bem como, têm altos custos envolvidos no controle e tratamento de suas complicações. Esse estudo avaliou o índice da presença de alterações na remodelação óssea de pacientes com DM. Há evidências de que idosos diabéticos têm um risco elevado para fraturas clínicas, especialmente em populações de afro-americanos e latinos. A este respeito, uma meta-análise demonstrou um risco relativo (RR) de fratura de 1,2 (IC de 95% 1,0 a 1,5) em pacientes com DM2. Tanto os casos recém diagnosticados quanto os tardios, apresentam alto índice de fraturas. Acredita-se que o aumento do risco seja devido tanto a um aumento da frequência de quedas (resultado de complicações da doença, como retinopatia e polineuropatia) quanto à resistência óssea reduzida. Projeções indicaram uma prevalência de diabetes no país de 5,9% da população, o equivalente hoje à 11 milhões de pessoas, sendo que, 50% são subdiagnosticadas. Além de ser importante para a captação da glicose pelas células, a insulina também tem efeito anabólico, é responsável pelo crescimento de diferentes tecidos do nosso organismo. Sabe-se que na DM1 a deficiência de insulina é absoluta, dessa forma, crianças com diabetes acabam tendo um pico de massa óssea menor, o que propicia o surgimento de osteopenia ou osteoporose em idade mais precoce. Já na DM2, principalmente no início da doença, o pâncreas tentar vencer a resistência à ação deste hormônio, provocando um aumento de sua secreção. Logo, podem ter massa óssea aumentada, no entanto, apesar de parecer mais denso, na realidade é mais frágil. Sendo assim, os dois tipos interferem nos mecanismos de remodelamento ósseo e na formação da matriz de colágeno, comprometendo o osso intimamente. Sem contar que o simples uso de alguns medicamentos, durante o tratamento, amplia o risco de fraturas. A prevenção e o tratamento são importantes para manter os ossos intactos, portanto, recomenda-se uma alimentação saudável e a prática de atividade física. O paciente deve manter a glicemia adequada controlada e suplementar com cálcio e vitamina D, se necessário. Conclui-se, portanto, que a DM e o metabolismo ósseo têm íntima relação. Um retardo de suas complicações, conseguido através de um melhor controle da glicose, pode ajudar a diminuir o risco de fraturas, bem como, reduzir todos os outros fatores de risco, como tabagismo, sedentarismo e deficiência de vitamina D.

11635 PREVENÇÃO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL, DIABETES E PROMOÇÃO DE HÁBITOS SAÚDÁVEIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE UM INSTITUTO FEDERAL DO AMAZONAS.
karla brandao de araújo, Erika Oliveira Abinader, maria de nazaré de souza ribeiro, victor hugo da silva xisto, Karem de Souza Brandão

PREVENÇÃO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL, DIABETES E PROMOÇÃO DE HÁBITOS SAÚDÁVEIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE UM INSTITUTO FEDERAL DO AMAZONAS.

Autores: karla brandao de araújo, Erika Oliveira Abinader, maria de nazaré de souza ribeiro, victor hugo da silva xisto, Karem de Souza Brandão

Apresentação: Estratégias que estimulem a promoção da saúde são relevantes para o desenvolvimento de hábitos que fortaleçam uma vida saudável. Este trabalho relata a experiência da equipe multiprofissional do Instituto Federal de Ciência, Educação e Tecnologia do Amazonas campus Distrito Industrial (IFAM/ CMDI) que objetivou proporcionar ações de rastreamento da Hipertensão Arterial (HA) e Diabetes Mellitus (DM), bem como promover orientações sobre hábitos alimentares saudáveis aos funcionários terceirizados da instituição. Desenvolvimento parte da equipe multiprofissional do IFAM/CMDI (médica, enfermeira, técnico de enfermagem e nutricionista) organizou, nos dias 01 e 04 de novembro de 2019, ação de rastreamento para doenças crônicas. A motivação pela temática e escolha do público alvo foram definidos a partir dos registros de prevalência da procura pelos serviços da equipe, por parte dos terceirizados, decorrentes de doenças crônicas pré- existentes e/ou alterações pontuais na pressão arterial e glicemia capilar. A ação foi desenvolvida em dois turnos: matutino e vespertino para que pudéssemos atingir 100% do público alvo. O fluxo da ação teve início com acolhimento através da consulta de enfermagem utilizando-se da escuta ativa para anamnese, incluindo a triagem com mensuração dos sinais vitais e glicemia capilar pós-prandial. Em seguida, eram encaminhados para consulta com nutricionista tendo as medidas antropométricas tomadas para cálculo do índice de massa corpórea onde receberam as devidas orientações quanto aos hábitos alimentares saudáveis, sempre considerando a realidade objetiva de cada indivíduo. O fluxo findava com a consulta médica onde alguns casos foram orientados à realização da Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA), exames laboratoriais, prescrição de fármacos e encaminhamento à especialistas. Resultado: embora tenhamos realizado ampla divulgação, obtivemos apenas 12 participantes que corresponde a 40% do total do público alvo. Desses, 05 se declararam hipertensos referindo uso sistêmico de anti-hipertensivo, 02 afirmaram possuir DM tipo 2 em uso de antiglicemico oral. Não houve relato de prática de atividade física, todos afirmaram que se alimentam de forma saudável evitando comidas gordurosas e dando preferência as frutas, verduras e proteínas. Considerações finais: A baixa procura pela intervenção, evidenciou que a cultura de promoção da saúde é algo incipiente nos indivíduos sendo necessário seu fortalecimento para evitar que a procura por assistência só ocorra quando da instalação de enfermidades.

11917 CRIAÇÃO DE UMA TECNOLOGIA EDUCACIONAL PARA MEDIAR A PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES AOS PÉS DA PESSOA DIABÉTICA
Oriana Karolina Corrêa Moraes, Daniela Lima Sampaio, Mykéy Monteiro Lobo, João Paulo Saldanha Rodrigues, Pedro Felipe Lima de Oliveira, Pedro Felipe Lima de Oliveira

CRIAÇÃO DE UMA TECNOLOGIA EDUCACIONAL PARA MEDIAR A PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES AOS PÉS DA PESSOA DIABÉTICA

Autores: Oriana Karolina Corrêa Moraes, Daniela Lima Sampaio, Mykéy Monteiro Lobo, João Paulo Saldanha Rodrigues, Pedro Felipe Lima de Oliveira, Pedro Felipe Lima de Oliveira

Apresentação: O diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade desta exercer adequadamente seus efeitos. Tratamento correto do DM significa em manter uma vida saudável, evitando diversas complicações como: Retinopatia diabética; neuropatia diabética; nefropatia diabética; risco de infecções e o pé diabético. É motivo de preocupação para a saúde pública tendo em vista os crescentes números de pacientes diabéticos submetidos a procedimentos cirúrgicos de amputação de membros inferiores. É essencial investir na prevenção não só para garantir a qualidade de vida como também para evitar a hospitalização e os consequentes gastos principalmente quando se considera o alto grau de sofisticação tecnologia da medicina moderna¹. É o local ideal para acompanhamento integral da pessoa com DM, ela é o nível de atenção mais próximo na população e é responsável pelo cuidado longitudinal. A Atenção Básica é capaz de resolver mais de 80% dos problemas da população, devendo por isso ser porta de entrada preferencial, do indivíduo no sistema de saúde, para que alcance uma alta resolutividade a mesma deve incorporar na sua rotina entre várias outras ações, os cuidados com os pés das pessoas com DM. Observasse que muito é debatido e pensado sobre o tema, que por sinal é algo importante, principalmente para elucidar aspectos relevantes acerca da patologia em questão, entretanto, permanecer somente no campo das ideias não se mostra eficazmente suficiente sendo necessário implementar novas metodologias e técnicas para a articulação do vasto conhecimento existente com a prática assistencial de saúde². Objetivo: Criar uma tecnologia educacional para mediar à prevenção de complicações aos pés da pessoa diabética. Método: O presente trabalho foi realizado nos preceitos metodológicos da teoria da problematização. Este método é empregado em 5 etapas (Observação da realidade, problema; Postos-chaves; Teorização; Hipóteses de solução; Aplicação à realidade), começam e terminam na realidade, descrevendo a sequência em um arco³. O estudo foi realizado coma vivência nas práticas de ensino clínico da disciplina de saúde coletiva contemplados na grade curricular do curso de enfermagem da Faculdade Integrada Brasil Amazônia (FIBRA). O local do estudo foi a Unidade Municipal de Saúde em Belém, no polo de saúde do idoso onde funciona o programa do hiperdia. Resultado: O problema foi evidenciado com a vivencia nas práticas de ensino clínico da graduação, observou-se o grande número de diabéticos que desencadeiam diversas complicações relacionadas ao pé diabéticas, comprovando para o aumento de amputações de MMII destes. Evidenciaram-se fatores que contribuem para esta problemática como: Precariedade na assistência à saúde desta população; Falhas no processo de educação em saúde e a não utilização de materiais educativos ao realizar orientações a esta clientela. A teorização foi realizada através de uma revisão da literatura nas bases de dados da saúde (MEDÇINE, LILACS E BDENF-ENFERMAGEM), com auxílio dos descritores: “Riscos ocupacionais”, “Saúde ocupacional” e “Equipe de enfermagem”, utilizando o operador booleano “AND”. Foram encontrados 60 estudos, sendo apenas 30 em texto completo, após a filtragem com os critérios de inclusão: Texto completo, artigos, idioma português e estudos publicados entre 2013 a 2019, obteve-se 4 estudos. Ao serem analisadas as obras notou-se que apenas 3 estudos se enquadravam para compor a construção da TE. Os conhecimentos que a literatura retrata a respeito das complicações que acometem pessoas diabéticas, o pé diabético é um dos agravante mais citado e o que contribui para os grandes índices de amputações de MMII. Os diabéticos são mais vulneráveis a amputação de membros inferiores, pois o Diabetes Mellitus é uma doença metabólica crônica e se caracteriza por uma variedade de complicações, entre as quais se destaca o pé diabético, considerado um problema grave e com consequências muitas vezes devastadoras diante dos resultados das ulcerações, que podem implicar em amputação de dedos, pés ou pernas. A proposta para uma solução do problema baseou-se na elaboração de uma tecnologia educacional, que viabilize uma melhor transmissão de informações este grupo em questão, alertando sobre os cuidados a serem tomados para alçar uma boa saúde e minimizar futuras complicações como o pé diabético ou a ocorrência de amputações em MMII. A tecnologia educacional foi criada com base nas etapas anteriores citadas na metodologia do arco (Observação da realidade, problema; Postos-chaves; Teorização), utilizou-se os 3 estudos encontrados na teorização, onde foi realizado uma síntese desse conhecimento, dando base para os temas geradores para construção da TE. Aplicação foi realizada com o público de idosos com DM na Unidade de saúde de Belém (PA), no programa hiperdia, obtendo um bom feedback dos usuários. Considerações finais: Na decorrência do planejamento e elaboração do presente trabalho, foi claramente evidenciado a absoluta importância do trabalho do enfermeiro na atenção primária de saúde, levando em consideração o atendimento prestado aos usuários diabéticos, observou-se a dificuldade por parte destes profissionais em executarem atividades que tenham intuito de fornecer orientações que visem a prevenção das complicações relacionados ao pé diabético e que estimulem o auto cuidado, sendo primordial a implementação de ferramentas que auxiliem na prestação de cuidados e orientações a esta clientela. Observou-se que a utilização de ferramentas educativas facilita o processo de educação e saúde e corroboram para a prevenção de futuras complicações a esta clientela. Nota-se a grande contribuição do uso de tecnologias na enfermagem para uma melhoria na qualidade da assistência e a saúde da população.

7015 O ENSINO DO FUTURO PROFISSIONAL DE SAÚDE PARA A PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO NO DIABETES MELLITUS: UMA ABORDAGEM SOCIOCLÍNICA INSTITUCIONAL
Patricia Ribeiro da Silva Maia Teixeira, Ana Clementina Vieira de Almeida, Lúcia Cardoso Mourão, Ana Paula Brandão Fried, Camila Castilho Machado Rosa

O ENSINO DO FUTURO PROFISSIONAL DE SAÚDE PARA A PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO NO DIABETES MELLITUS: UMA ABORDAGEM SOCIOCLÍNICA INSTITUCIONAL

Autores: Patricia Ribeiro da Silva Maia Teixeira, Ana Clementina Vieira de Almeida, Lúcia Cardoso Mourão, Ana Paula Brandão Fried, Camila Castilho Machado Rosa

Apresentação: Este trabalho traz como objeto a formação dos profissionais de saúde em relação às atividades de promoção do autocuidado do diabético. O diabetes mellitus constitui o grupo das doenças crônicas responsável pelas principais causas de morte no mundo e é considerado um dos problemas de saúde de grande magnitude. A capacidade de promover o autocuidado, na interação entre o indivíduo e o profissional de saúde, é uma dimensão significativa do projeto terapêutico que os futuros profissionais precisam adquirir em seu aprendizado clínico junto aos preceptores nos campos de prática da Atenção Básica. Objetivo: Analisar o processo formativo nos campos de prática dos futuros profissionais de saúde em relação à promoção do autocuidado de indivíduos diabéticos na Atenção Básica Objetivos específicos: Investigar de que maneira foi abordada a promoção do autocuidado do diabético durante a formação dos profissionais de saúde que atuam como preceptores; identificar as estratégias por eles utilizadas para o desenvolvimento no processo formativo das habilidades discentes sobre o autocuidado no controle do DM; contribuir para a elaboração conjunta de um produto pedagógico capaz de intensificar a habilidade dos profissionais do SUS em capacitar os alunos de graduação para a promoção do autocuidado do diabético na Atenção Básica. Método: Estudo com abordagem qualitativa, realizado de 2018 a 2020, utilizando como referencial teórico-metodológico a Análise Institucional, na vertente Socioclínica Institucional. São participantes profissionais do SUS que atuam como preceptores dos futuros profissionais de saúde (graduandos), em atividades junto a pessoas com DM em uma unidade do Programa Médico de Família de Niterói (RJ). Como dispositivos de coleta de dados utiliza o diário do pesquisador e encontros socioclínicos institucionais. Os dados foram coletados após aprovação pelo CEP (CAAE: 14351519.0.0000.5243) e Secretaria Municipal de Saúde de Niterói. Resultado: parciais: após diversas leituras dos depoimentos do primeiro encontro e do diário do pesquisador foi possível elaborar dois eixos: 1. As características da Socioclínica Institucional se fazem presentes nos debates sobre o autocuidado e a formação; 2. O Ser e o Fazer: dilemas dos profissionais de saúde na efetivação do autocuidado na assistência e na formação/preceptoria. Os eixos revelaram que os participantes não tiveram formação para promoção do autocuidado e nem tampouco para atuar como preceptores. No cenário estudado, começam a ser percebidas práticas profissionais favorecedoras do autocuidado de diabéticos e também do processo ensino aprendizado desenvolvido com os alunos de graduação como preconizado nos documentos do SUS e nas diretrizes curriculares. Para alcançar o último objetivo estamos desenvolvendo como produto pedagógico encontros socioclínicos institucionais na Atenção Básica: debates sobre o autocuidado do diabético com profissionais do SUS que atuam como preceptores. Considerações finais: Este trabalho contribuiu para: ampliar o conhecimento sobre a metodologia de intervenção - Socioclínica Institucional; que cada participante contextualizasse sua realidade e nela se inserisse como sujeito crítico e ativo; melhorar as práticas dos profissionais de saúde e aproximar a academia dos serviços; reafirmar o papel dos participantes enquanto educador em saúde; debater sobre o trabalho em equipe; evidenciar que a confiança mútua e a comunicação eficaz são favorecedoras do autocuidado.

6857 EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE HIPERTENSÃO E DIABETES EM UM POSTO DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Fabian Elery Teixeira da Rocha, Francisca Elaine de Souza França, Isabelle Barros Sousa, Sthefani Damasceno de Oliveira Tostes Pereira, Richardson Lopes Bezerra, Jênifa Cavalcante dos Santos Santiago

EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE HIPERTENSÃO E DIABETES EM UM POSTO DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Fabian Elery Teixeira da Rocha, Francisca Elaine de Souza França, Isabelle Barros Sousa, Sthefani Damasceno de Oliveira Tostes Pereira, Richardson Lopes Bezerra, Jênifa Cavalcante dos Santos Santiago

Apresentação: A hipertensão arterial atinge cerca de um bilhão de pessoas no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ademais, segundo o International Diabetes Federation (IDF), o Brasil é o quarto país com maior número de diabéticos do mundo. Diante deste cenário, estratégias de promoção da saúde e detecção de grupos de risco para intervenções preventivas com foco na hipertensão e diabetes são essenciais para, assim, tentar reduzir tais números alarmantes. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de Enfermagem na prática de educação em saúde sobre hipertensão arterial e diabetes. Trata-se de um relato de experiência sobre a  realização de educação em saúde desenvolvida por estudantes de enfermagem de uma universidade federal em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), com o público de 20 pessoas, em novembro de 2019. Primeiro, explanou-se sobre os sinais e sintomas da hipertensão e diabetes, como é possível evitá-las, como detectá-las, suas consequências e importância do autocuidado. Em seguida, por meio de um banner com a pirâmide alimentar, explicitou-se a necessidade de uma alimentação saudável e de exercícios físicos. Além disso, junto com os pacientes foram pensados modos de trocar alimentos calóricos por alimentos mais saudáveis e de exercícios físicos como a caminhada e o uso dos aparelhos oferecidos pela prefeitura nas praças. Após isso, diversas dúvidas foram tiradas e os participantes mostraram-se atentos e buscaram fazer questionamentos, a fim de dirimir as dúvidas e evitar o acometimento por comorbidades. Conclui-se que  ações como essa são imprescindíveis, pois ainda há dúvidas em relação às temáticas, logo é essencial a sua aplicação, uma vez que permite uma maior interação e resolução de dúvidas. ANAHP. Brasil é o quarto país com o maior número de diabéticos do mundo.

8186 COMUNICAÇÃO EM SAÚDE: DIALOGANDO COM JOVENS ESCOLARES SOBRE DIABETES MELLITUS
Leidy Dayane Paiva de Abreu, Raimundo Augusto Martins Torres, Karlla da Conceição Bezerra Brito Veras, Ítala Alencar Braga Victor, Ana Rosa Braga de Souza, Isabela Gonçalves Costa, Luna Morgana de Oliveira Moraes

COMUNICAÇÃO EM SAÚDE: DIALOGANDO COM JOVENS ESCOLARES SOBRE DIABETES MELLITUS

Autores: Leidy Dayane Paiva de Abreu, Raimundo Augusto Martins Torres, Karlla da Conceição Bezerra Brito Veras, Ítala Alencar Braga Victor, Ana Rosa Braga de Souza, Isabela Gonçalves Costa, Luna Morgana de Oliveira Moraes

Apresentação: O Diabetes Mellitus (DM) corresponde a um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia resultante de defeitos na secreção de insulina, na ação da insulina ou em ambas. Os jovens escolares, em geral, têm mais dificuldades para aceitar a doença, quando comparados a crianças, pois, enquanto estas ainda dependem dos cuidados dos pais ou responsáveis, os escolares são convocados a responsabilizar-se pela própria saúde. Ressalta-se, ainda que o atendimento em saúde dos jovens escolares geralmente se limita a hospitais e Unidades Básicas de Saúde (UBS), dificultando a assistência dessa população e principalmente sua continuidade, consequentemente há falhas frente à realização de educação em saúde. Logo, a escola se torna um local acurado para possibilitar esta promoção de educação em saúde, já que se espera que os escolares que estão neste local se tornam uma demanda muitas vezes reprimida dos serviços de saúde, e possibilita a orientação em larga escala. É imprescindível que a assistência à saúde transcenda os limites ditos hospitalares e relacionados à saúde, podendo assim abranger outros setores/locais da sociedade. Por isso, é de extrema importância obter integração e parcerias com organizações sociais e instituições, e por meio destas, realizar diagnóstico situacional direcionando as atividades necessárias para o público, ofertando à assistência de forma acertada com a sociedade. Logo, a inserção das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) no cenário escolar torna possível a realização de atividades interativas, troca de conhecimentos e experiências. Aliar o uso destas tecnologias à educação e a saúde tem levado pensar numa nova atenção, promoção e prevenção de agravos e doenças como Diabetes, que é uma condição crônica. Com isso, o uso das TDIC voltadas ao cuidado de jovens escolares, vem estimulando no cenário escolar a apropriação e disseminação de novos saberes e práticas em saúde no cotidiano entre pares. Nesse cenário que surge a internet Rádio AJIR, um canal digital que apresenta o Programa em Sintonia com a Saúde, com foco em temas da saúde coletiva junto aos escolares do Estado do Ceará. Tendo em vista a importância das TDIC para reduzir as vulnerabilidades de jovens escolares relacionada a doença crônica Diabetes Mellitus, a pesquisa apresentou as seguintes questões problematizadoras: como são os saberes e dizeres dos jovens de escolas públicas sobre  Diabetes Mellitus? Quais são seus entendimentos sobre este tema? Existem dúvidas em relação a Diabetes Mellitus? Dessa forma, o estudo teve como objetivo analisar os discursos dos jovens escolares cadastrados no Programa Em Sintonia com a Saúde sobre Diabetes Mellitus por meio da ferramenta pedagógica de diálogo web rádio. Uma vez que é importante a participação da juventude escolar, que se expressem a respeito das temáticas que desejam ser abordadas, de acordo com sua realidade e suas necessidades. Desenvolvimento: estudo documental exploratório, com abordagem qualitativa, desenvolvido por estudantes de enfermagem, mestrandos e doutorandos em enfermagem da Universidade Estadual do Ceará (UECE), integrantes do projeto internet Rádio AJIR da Pró-Reitoria de Extensão e UECE, mais especificamente do O programa “Em Sintonia com Saúde – S@S”. O Programa em “Sintonia com a Saúde” e transmitido todas as quartas-feiras no período da tarde entre o horário de 16 às 17h ao vivo direto da capital do estado cearense Fortaleza através da internet Rádio AJIR. Optou-se adotar os termos jovens e juventudes ao invés de adolescentes e adolescências, uma vez que podem não se referir estritamente a uma faixa etária específica ou a uma série de comportamentos reconhecidos biologicamente. A escolha do termo jovem decorre do fato desse público estar imerso em cenários culturais diversos, produzindo suas vidas mediadas pelos cotidianos de suas experimentações e vivências em grupos e em outros territórios. O estudo aconteceu em agosto de 2019, no município de Sobral, com a participação de três escolas públicas, com um total de sessenta e sete (67) estudantes. A temática escolhida foi: Diabetes Mellitus (DM). Foram realizadas perguntas-discurso, extraídos por meio de diário de campo na interação entre as juventudes e entrevistados, por meio do link: www.ajir.com.br ou www.uece.ajir.com.br e dos seus demais canais digitais, Facebook e WhatsApp. Utilizou-se análise de discurso Foucault. A pesquisa é registrada sob o Nº 3.478.945/2019 do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará, preservando o anonimato dos participantes. Resultado: O processo interativo entre os jovens escolares e convidado-debatedor iniciou de forma online através do acesso ao site da web rádio. Durante o programa vinte e sete escolares enviaram perguntas-discursos e questionamentos sobre o tema. As discussões foram voltadas em relação às formas de prevenção, tratamento, riscos, problemas psicológicos, cirurgias, amputações, dúvidas e curiosidades. Muitas perguntas forma feitas, como por exemplo: o uso de adoçantes ao invés do açúcar diminui o risco de diabetes? Porque diabéticos não podem doar sangue? Quais as melhores maneiras de prevenir os riscos de diabetes? E qual tratamento? Quais os casos que são necessárias cirurgias? Qual seria o tratamento básico para quem possui hipoglicemia? É possível cura? Porque o ferimento de uma pessoa com Diabetes se cura de forma tardia? Porque ocorre da pessoa no qual diagnosticada com Diabetes tem problemas psicológicos ou então quando é revelado que é necessário ocorrer uma amputação de algum membro do corpo? Os estudantes mencionaram dúvidas sobre quais profissionais e serviços devem procurar para orientação sobre temática, as formas de prevenção. Também foi possível perceber que escolares citaram exemplos de familiares, vizinhos, amigos e colegas de escola que vivenciam algum tipo de problema relacionado a temática. Percebeu-se que o canal do programa apresenta um poder de mobilização, ocorrendo a provocação de discussões, questionamentos e a problematização dessa temática. Assim a análise das perguntas demonstram que os jovens veem a internet Rádio um meio para esclarecer dúvidas que muitas vezes passam despercebidas na escola, no dia a dia e na sua convivência familiar. Considerações finais: O estudo resultou em uma melhor compreensão dos escolares sobre a complexidade da doença. Conclui-se, portanto, que a interação entre jovens através de uma TDIC, como a web rádio, configurou-se como uma ferramenta pedagógica para a produção e disseminação do conhecimento científico sobre Diabetes Mellitus, possibilitando a formação de jovens críticos, reflexivos e humanistas.

8878 AÇÃO EDUCATIVA DE PROMOÇÃO A SAÚDE PARA COMUNIDADE NA PREVENÇÃO E AUTOCUIDADO DA DIABETES: RELATO DE EXPERIÊNCIA
DANIELE FERREIRA BEZERRA, Adriana de Sá Pinheiro, Hennã Cardoso de Lima, Jackeline do Socoorro Braga Figueiredo, Laydiane Martins Pinto, Lorena Santos Soares, Gabrielle Reis de Nazaré, Angélica do Socorro Lopes da Silva

AÇÃO EDUCATIVA DE PROMOÇÃO A SAÚDE PARA COMUNIDADE NA PREVENÇÃO E AUTOCUIDADO DA DIABETES: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: DANIELE FERREIRA BEZERRA, Adriana de Sá Pinheiro, Hennã Cardoso de Lima, Jackeline do Socoorro Braga Figueiredo, Laydiane Martins Pinto, Lorena Santos Soares, Gabrielle Reis de Nazaré, Angélica do Socorro Lopes da Silva

Apresentação: Doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por 70% dos óbitos no mundo, como a diabetes e a hipertensão arterial sistêmica que são responsáveis por levar à comprometimentos e a incapacidades. Diante disso, um estudo realizado em 2016 demonstrou que os índices de diabetes vêm aumentando no Brasil devido a diminuição na qualidade de vida da população, uma vez que o tabagismo, o sedentarismo, o uso excessivo de álcool e a má alimentação são os principais percussores para o aumento desses índices. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos da saúde de uma instituição de ensino superior em uma ação social. Método: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido durante uma ação social em uma escola municipal para a comunidade, no município de Belém no estado do Pará, Brasil. Essa atividade foi realizada durante o mês de novembro de 2019, a qual ocorre em formato de mutirão anual e multidisciplinar. Durante seis horas o projeto ofereceu serviços como aferição de pressão arterial não invasiva, verificação de glicemia capilar, antropometria, atendimento nutricional, físico e médico. Além disso, foram realizadas orientações sobre a hipertensão arterial, diabetes e o autocuidado, informações que foram repassadas mediante folders e banners. Resultado: Em média, foram realizados 300 atendimentos, todos os participantes tiveram acesso as atividades desenvolvidas na ação que oportunizou as atividades voltadas à promoção da saúde, de tal forma a atender à população que era constituída por homens e mulheres de diferentes faixas etárias. Essa atividade estimulou a inquietação do público para a realização da prevenção do diabetes, para o engajamento e para a participação populacional, em assuntos relacionados à saúde e a qualidade de vida. Considerações finais: Notou-se na avaliação, por meio das observações dos acadêmicos que a ação educativa pautada na prevenção e nos cuidados do público-alvo provocaram mudanças significativas e positivas para o desenvolvimento crítico-reflexivo dos participantes. Observou-se ainda que a ação de cunho social é capaz de sensibilizar a comunidade quanto a importância de realizar o autocuidado. Logo, essas atitudes demonstram a importância da ação educativa nas comunidades e, assim, devem ser incentivadas nas instituições de ensino, pois serviços como esses revelam a importância de políticas públicas voltadas à promoção da saúde.

12063 A EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA DE PREVENÇÃO E REDUÇÃO DE DANOS PARA HIPERTENSÃO E DIABETES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Luanna Moreira Silva, Davi Gabriel Barbosa, Rodrigo Alex De Souza Galdino, Társis Da Silva Sousa, Luiz Fernando Leite Da Silva Neto, Letícia Lima Branco, Gabriel De Sá Sastre, Daniel Oliveira Da Costa

A EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA DE PREVENÇÃO E REDUÇÃO DE DANOS PARA HIPERTENSÃO E DIABETES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Luanna Moreira Silva, Davi Gabriel Barbosa, Rodrigo Alex De Souza Galdino, Társis Da Silva Sousa, Luiz Fernando Leite Da Silva Neto, Letícia Lima Branco, Gabriel De Sá Sastre, Daniel Oliveira Da Costa

Apresentação: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) constituem um dos maiores e mais desafiadores problemas de saúde pública e têm correspondido a um elevado número de mortes prematuras, perda de qualidade de vida e incapacidades para realizar atividades da vida diária, além do impacto econômico para as sociedades e sistemas de saúde. No Pará, segundo o DATASUS, de 2011 a 2013 a prevalência de hipertensão e diabetes era de 27.160 e 4.391 casos, respectivamente. Apesar dos serviços e programas disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como o HIPERDIA, muitos pacientes portadores de diabetes e hipertensão ainda não compreendem a fisiopatologia básica da doença e isso, por vezes, prejudica na adesão ao tratamento ou acabam gerando seu futuro abandono. O objetivo desse trabalho é relatar a experiência vivida por acadêmicos de medicina em uma ação com pacientes do HIPERDIA em uma Unidade Municipal de Saúde (UMS) em Belém, Pará. Desenvolvimento: o presente estudo diz respeito a um relato de experiência de acadêmicos de medicina baseado na vivência de uma ação de educação em saúde direcionada a pacientes cadastrados no HIPERDIA em uma UMS. Primeiramente, os acadêmicos fizeram uma pesquisa na literatura sobre a fisiopatologia de ambas as doenças, assim como medidas de prevenção e medidas de redução de danos para as pessoas já diagnosticadas com a doença. Em seguida, foram elaborados cartazes os quais ilustravam didaticamente os tópicos supracitados, além de uma dinâmica denominada “mito ou verdade” a qual premissas verdadeiras e falsas foram colocadas em balões e os pacientes que os estouravam deveriam tentar responder com base na explanação dada anteriormente. Resultado: Os pacientes que participaram mostraram-se bastante engajados e atentos durante a explanação. Durante a dinâmica, os pacientes não mostraram resistência para participar e responderam a maioria das perguntas corretamente, contudo, eles afirmaram que só acertaram devido a explicação dos acadêmicos, pois não sabiam a resposta anteriormente. Além disso, ao final da ação muitos deles foram até ao acadêmicos e fizeram mais perguntas sobre o tema, seja algo que eles não haviam entendido no momento da explicação, seja uma pergunta a qual não tivesse sido abordada durante a ação. Outra coisa que chamou a atenção dos acadêmicos foi o relato de muitos pacientes que diziam sobre o tratamento impessoal/ rápido dos médicos durante as consultas e que durante todo o tempo de tratamento ainda não haviam explicados a eles sobre a fisiopatologia de suas doenças. Considerações finais: diante disso, é imprescindível a maior atuação do médico durante as consultas ou por meio de mais educações em saúde sobre a abordagem da fisiopatologia, meios de prevenção e medidas de redução de danos da hipertensão e do diabetes, visto que se não controladas, corroboram para o surgimento de comorbidades até mesmo fatais. Ademais, destacou-se a compreensão de que ações de educação em saúde são fundamentais para potencializar a efetividade dos serviços públicos de saúde presentes no país.

6658 ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL COMO ESTRATÉGIA DO CONTROLE GLICÊMICO EM PACIENTES DIABÉTICOS DE UMA ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL RELATO DE EXPERIÊNCIA BASEADO NO ARCO DE MAGUEREZ
EMANUELLE DA SILVA TAVARES, BRUNA LARISSA PINTO RODRIGUES, GABRIELA ROCHA REIS, ELAINE RODRIGUES PINHEIRO, ALESSANDRA SILVA PANTOJA, ISABEL CRISTINA SILVA DAGUER

ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL COMO ESTRATÉGIA DO CONTROLE GLICÊMICO EM PACIENTES DIABÉTICOS DE UMA ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL RELATO DE EXPERIÊNCIA BASEADO NO ARCO DE MAGUEREZ

Autores: EMANUELLE DA SILVA TAVARES, BRUNA LARISSA PINTO RODRIGUES, GABRIELA ROCHA REIS, ELAINE RODRIGUES PINHEIRO, ALESSANDRA SILVA PANTOJA, ISABEL CRISTINA SILVA DAGUER

Apresentação: O Diabetes mellitus (DM) é um distúrbio metabólico decorrente de um desequilíbrio entre a disponibilidade e a necessidade de insulina, que possui como característica principal a hiperglicemia. Seu desenvolvimento pode ocorrer por fatores genéticos e ambientais, além do estilo de vida inadequado no que diz respeito à alimentação e ausência da prática de exercícios físicos. Tal temática foi escolhida levando em consideração fatores socioculturais e epidemiológicos, como hábitos alimentares. Diante disso, foi realizada a aplicação do Arco de Maguerez em uma organização não governamental de apoio aos usuários com DM. Portanto, o objetivo deste trabalho é esclarecer e informar os pacientes com Diabetes mellitus sobre a questão da dieta balanceada e adequada ao seu tipo de síndrome e os benefícios que serão alcançados com adoção de hábitos alimentares saudáveis. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência vivenciada por discentes do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA), em uma instituição não governamental, localizada no município de Belém. A partir das etapas do Arco, foi realizada a observação da realidade, levantamento dos pontos-chave e a teorização. A quarta etapa foi marcada pelo planejamento da ação de intervenção na realidade, com foco na educação em saúde. Por fim, a última etapa, que consistiu no retorno à instituição e realização das atividades. Após apresentação dos objetivos da ação, a um público de 47 pessoas, que incluíam os usuários e seus acompanhantes, foram distribuídos folders informativos que destacavam a importância do planejamento alimentar pelo nutricionista, continham também duas receitas simples adaptadas às restrições dos usuários. Feito isso, foi realizada uma dinâmica de perguntas e, portanto receberam  placas com opções de respostas, que se baseava na identificação de mitos ou fatos acerca da alimentação recomendada aos diabéticos. Resultado: A partir da captação da realidade, constatou-se pouca adesão à dietoterapia, além de dúvidas. Ademais, vale ressaltar que a dinâmica foi uma importante forma de incentivo a adesão à dietoterapia, a partir da desconstrução de ideias pré-estabelecidas. Assim, foi possível demonstrar os benefícios de um plano alimentar controlado e individualizado, de forma a atender as demandas nutricionais de cada pessoa. Além disso, resultados satisfatórios foram alcançados no tocante a distribuição dos folders, tendo em vista que ambas as atividades foram indispensáveis na consolidação de informações e desenvolvimento de autonomia na escolha de hábitos alimentares adequados, favorecendo a minimização de agravos e possibilitando uma melhor qualidade de vida. Considerações finais: A integração do estudante ao âmbito da assistência básica torna-se trivial para a construção do vínculo de responsabilidade do futuro profissional com a comunidade e suas necessidades, enriquecendo seus conhecimentos de forma crítica e emancipatória. Nessa perspectiva, a metodologia da problematização reforça a inclusão dos discentes no contexto da realidade do sistema de saúde, ampliando suas vivências e permitindo a aplicação de intervenções educativas, a fim de aperfeiçoar suas atuações e contribuir para melhoria da qualidade da assistência. 

9387 EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PERSPECTIVA LÚDICA COM HIPERTENSOS E DIABÉTICOS NUM CENTRO DE ATENÇÃO SECUNDÁRIO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Thais Bitencourt Faria, Lara Lelis Dias, Débora Mol Mendes, Daniel Reis Correia, Laís Sousa da Silva, Renata Oliveira Caetano, Ana Clara Reis Cruz, Erica Toledo de Mendonça

EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PERSPECTIVA LÚDICA COM HIPERTENSOS E DIABÉTICOS NUM CENTRO DE ATENÇÃO SECUNDÁRIO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Thais Bitencourt Faria, Lara Lelis Dias, Débora Mol Mendes, Daniel Reis Correia, Laís Sousa da Silva, Renata Oliveira Caetano, Ana Clara Reis Cruz, Erica Toledo de Mendonça

Apresentação: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) tem como características serem silenciosas, lentas, e de longa duração, podendo prejudicar a qualidade de vida e as atividades diárias dos seus portadores, caso não seja feito seu adequado manejo. Dentre as mais comuns, o diabetes mellitus e hipertensão arterial continuam sendo causas de complicações graves, como problemas cardiovasculares e neuropatias, gerando incapacidades e mortalidade elevada no Brasil e no mundo. Fatores de risco como sedentarismo, tabagismo, alimentação inadequada, estresse, sobrepeso e obesidade, condições genéticas e outros hábitos de vida inadequados, estão associados ao surgimento e agravamento destas doenças, e necessitam ser abordados pelos profissionais de saúde visando seu controle. Dessa maneira, ressalta-se a importância de se trabalhar educação em saúde coletivamente com indivíduos que convivem com alguma doença crônica, pois o conhecimento, quando compartilhado, especialmente se abordado de forma lúdica, pode contribuir para o controle e adoção de hábitos de vida mais saudáveis, com minimização dos agravos e complicações. Assim, durante aulas práticas da Disciplina Enfermagem, Saúde e Sociedade, estudantes do curso de Enfermagem responsáveis pela organização e execução de uma atividade de educação em saúde para adultos, traçou o propósito de unir a educação, a saúde e o lúdico como forma de viabilizar uma aprendizagem dialógica e participativa de um grupo de hipertensos e diabéticos que frequentam um centro de atenção secundário de um município da zona da mata mineira, trabalhando com o tema dos agravos da hipertensão e diabetes, com o foco no Acidente Vascular Encefálico (AVE). Objetivo: relatar a experiência de realização de uma atividade educativa lúdica junto a hipertensos e diabéticos atendidos num centro de atenção secundário. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência de estudantes do segundo período do curso de Enfermagem de uma universidade pública federal. Inicialmente o grupo conheceu o serviço, os pacientes participantes do grupo educativo semanal, já existente e consolidado, a fim de compreender como o mesmo funcionava e como forma de criação de vínculo com os usuários do serviço. Após diálogo com a enfermeira do centro, o tema mais demandado para ser abordado na prática educativa foi hipertensão arterial, com foco na complicação do AVE e as práticas de promoção da qualidade de vida. O planejamento e realização da atividade educativa ocorreu com envolvimento da equipe multidisciplinar, contou com a participação de 12 pessoas e teve a duração de duas horas, tendo ocorrido da seguinte maneira: num primeiro momento foi feita uma breve introdução a respeito do tema hipertensão, de maneira dialogada, como forma de inserir os participantes do grupo em uma roda de conversa e identificar os conhecimentos prévios que os mesmos tinham acerca do tema. Em um segundo momento foi realizado um teatro que representava um AVE, e consistiu em uma senhora hipertensa que fazia o mal uso dos remédios para o controle da hipertensão, que, após um dia fumando e fazendo o consumo de alimentos gordurosos e salgados, chegou à unidade de saúde relatando indisposição, cansaço e dores na nuca. Imediatamente foi atendida por uma enfermeira que, após realizar o atendimento clínico inicial, explicou detalhadamente à paciente os mecanismos fisiológicos que ocorriam no corpo com a ingestão correta e errada do medicamento, de forma lúdica, que foi encenado por estudantes que se vestiram de “sangue”. Nesse momento do teatro, entraram duas estudantes representando as “Irmãs sangue”, vestidas de túnicas vermelhas, e ilustravam o que ocorria quando o sangue passava por um vaso sanguíneo (feito de papel vermelho). Assim, a cena transcorria demonstrando que quando a paciente não tomava o remédio, o vaso sanguíneo ficava em vasoconstrição e mais “apertado”, fazendo com que o sangue tivesse muita dificuldade de passar; enquanto isso, as irmãs sangue tentavam passar pelo vaso sanguíneo de menor diâmetro até que o vaso feito de papel se rasgou. No momento em que o vaso se rompeu a enfermeira explicou que aquele ato simbolizava o derrame (AVE). Logo após, em uma segunda cena, a enfermeira esclareceu para a senhora que quando o remédio é ingerido da maneira correta, o vaso sanguíneo aumenta de tamanho, fazendo a vasodilatação, e o sangue consegue passar sem rompe-lo. E, assim, as irmãs sangue, com um vaso de diâmetro muito maior, conseguiram passar livremente. O teatro enfatizou os efeitos do uso irregular dos medicamentos que controlam a hipertensão, e como esse mau uso pode causar o AVE, que pode ser conceituado como o rompimento de artérias do encéfalo, e foi encenado de maneira lúdica e totalmente narrado, tendo em vista que uma das participantes do grupo era deficiente visual, sendo de suma importância que todos estivessem integrados e compreendendo o que estava acontecendo. Em um terceiro momento foi realizado um bingo educativo, com a finalidade de promover a saúde dos integrantes do grupo, no qual a cada número sorteado, uma frase de promoção de saúde como “Pratique atividades físicas” era dita, no intuito de motivar os participantes a adquirirem hábitos saudáveis que prevenissem o AVE. Após o bingo, a fisioterapeuta do serviço realizou exercícios de alongamento com os participantes, e o grupo foi encerrado com um lanche saudável orientado pela nutricionista do serviço. Resultado: As atividades desenvolvidas evidenciaram que os pacientes possuíam conhecimentos sobre o tema e que o grupo se envolveu nas atividades, participando de todos os momentos com entusiasmo, alegria e desejo de aprender. As atividades desenvolvidas foram promotoras de práticas de autocuidado, por abordar a promoção da saúde e a prevenção de agravos de forma lúdica, participativa, com linguagem simples, dialógica e adaptada para a realidade dos pacientes. Enquanto estudantes, foi muito significativo ter experimentado um pouco do papel do enfermeiro na educação em saúde, o trabalho em equipe multidisciplinar (psicóloga, enfermeira, nutricionista, fisioterapeuta) e o aprendizado com os pacientes. Considerações finais: ressalta-se a importância da realização de atividades de educação em saúde longitudinais e contínuas junto a indivíduos com doenças crônicas no formato lúdico e participativo, transformando o ambiente de ensino em saúde em algo interativo, com troca de conhecimentos entre os estudantes e os participantes do grupo, o que contribui para uma melhor (con)vivencia com a condição crônica, promovendo a saúde e o autocuidado.  

10597 Promoção de práticas educativas com pessoas diabéticas e sua influencia na prevenção de complicações renais
Rayza Venina Bezerra Santana, Maria de Nazaré De Souza Ribeiro, Selma Barboza Perdomo, Cleisiane Xavier Diniz, Bruna da Silva Simões

Promoção de práticas educativas com pessoas diabéticas e sua influencia na prevenção de complicações renais

Autores: Rayza Venina Bezerra Santana, Maria de Nazaré De Souza Ribeiro, Selma Barboza Perdomo, Cleisiane Xavier Diniz, Bruna da Silva Simões

Apresentação: Indivíduos que possuem o Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), muitas das vezes desconhecem que  podem ser determinantes no processo de melhora de sua situação clínica e que também podem prevenir complicações oriundas da mesma, dessa forma buscou-se identificar como a promoção de práticas educativas implementadas em um grupo de diabéticos influenciaram na prevenção de complicações renais. Desenvolvimento: Estudo quantitativo, longitudinal, prospectivo e descritivo. A amostra foi de 28 indivíduos com DM2, que aceitaram participaram de rodas de conversas no período de 1 ano em uma comunidade da zona sul da cidade de Manaus (AM), sendo desenvolvidos temas de interesse do grupo e troca de experiências. A análise da função renal foi realizada a partir de três exames laboratoriais. Considerou-se para avaliação da função renal, os estágios da Doença Renal Crônica (DRC) estimada pela Taxa de Filtração Glomerular (TFG) em mL/min/1,73m², calculada pela fórmula CKP-EPI. Resultado: Foram realizadas atividades educativas quinzenais, por profissionais enfermeiros e psicólogos, intermediadas por rodas de conversa, com debates de temas envoltos a 04 linhas de ação: manutenção do tratamento medicamentoso com hipoglicemiante; incentivo à atividade física e manutenção do peso adequado; alimentação adequada; e manutenção de boas relações sociais/familiares. Dentro destes temas, diversas dinâmicas foram implementadas tais como oficinas, palestras com a participação de diferentes profissionais;  troca de experiências; aconselhamentos individuais e coletivos; e  avaliação física, psicológica, social e laboratorial. Na avaliação da TFG as médias encontradas nos 3 exames foram: 106,  106 e 114mL/min/1,73m², indicando que o grupo manteve-se no estágio 1, TFG (≥ 90). Considerações finais: A promoção de práticas educativas implementadas no grupo geraram resultados positivos na manutenção da função renal de pessoas com DM2. As ações de saúde devem basear-se na realidade do individuo, auxiliando e estimulando no processo do cuidado, com ênfase nas mudanças do estilo de vida.

11774 INTERVENÇÕES EDUCATIVAS PARA A ADESÃO AO AUTOCUIDADO ENTRE DIABÉTICOS: REVISÃO INTEGRATIVA
GABRIELLE REIS, Márcia Reis, Denise Silva, Bianca Lima, Cíntia Gomes, Elineide Nascimento, Suane Antunes

INTERVENÇÕES EDUCATIVAS PARA A ADESÃO AO AUTOCUIDADO ENTRE DIABÉTICOS: REVISÃO INTEGRATIVA

Autores: GABRIELLE REIS, Márcia Reis, Denise Silva, Bianca Lima, Cíntia Gomes, Elineide Nascimento, Suane Antunes

Apresentação: O Diabetes Mellitus é um grupo etiológico heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresenta em comum à hiperglicemia e os distúrbios no metabolismo de carboidratos, de proteínas e de gorduras, resultante de defeitos na ação e/ou na secreção da insulina. Objetivo: Analisar, por meio da literatura, as intervenções educativas realizadas por profissionais da saúde da atenção primária para a melhoria do conhecimento e para a adesão ao autocuidado entre usuários com Diabetes Mellitus tipo 2. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada por meio das bases de dados LILACS e SciELO, a busca seguiu os seis passos para a elaboração de uma revisão integrativa, ao final da busca foram selecionados dez estudos completos publicados entre os anos de 2015 a 2019. Os dados coletados foram submetidos à técnica de análise de conteúdo e para a coleta de dados foi utilizado o instrumento validado por Ursi. Os critérios de inclusão foram artigos completos, grátis, publicados em português, inglês e espanhol e que abordavam a temática de forma individual ou em conjunto a outros assuntos. Os critérios de exclusão foram apostilas, cartas, editoriais, revisões, estudo/relato de caso, dissertações, teses, livros e documentos. Ademais, a fim de garantir melhor compreensão dos resultados, criou-se três categorias empíricas. Resultado: Os resultados expressam que as opiniões e as percepções de usuários diabéticos, a respeito das estratégias educativas aplicadas pela equipe de saúde das unidades básicas do Brasil, assim como sobre os sentimentos vivenciados diante da doença e suas complicações, são eficientes e devem ser utilizadas como indicadores de qualidade para melhoria da assistência. Além disso, as intervenções educativas realizadas pelos profissionais mostram-se eficiente para o empoderamento e para a adesão ao autocuidado, assim como melhoram o conhecimento e o autogerenciamento e provocam redução nos níveis de hemoglobina glicada, fato que indica melhora no controle metabólico. Considerações finais: Por fim, destaca-se que os estudos analisados comprovam a eficácia das intervenções educativas para a melhoria da qualidade de vida entre diabéticos, portanto, essas iniciativas devem ser realizadas periodicamente para manutenção do conhecimento, para o controle da doença e para a prevenção de agravos.

11947 A EXPERIÊNCIA DO USO DO FLIP CARDS EM UMA CONSULTA DE ENFERMAGEM AO HIPERTENSO E DIABÉTICO
Elizabeth Crystina Silva Silveira, Dra. Mayenne Myrcea Quintino Pereira Valente

A EXPERIÊNCIA DO USO DO FLIP CARDS EM UMA CONSULTA DE ENFERMAGEM AO HIPERTENSO E DIABÉTICO

Autores: Elizabeth Crystina Silva Silveira, Dra. Mayenne Myrcea Quintino Pereira Valente

Apresentação: Realizar uma boa Consulta de Enfermagem implica transmitir de forma eficiente e eficaz aos pacientes de diversos segmentos, em especial a pacientes hipertensos e diabéticos, uma comunicação efetiva entre emissor (Enfermeiro) e receptor (paciente), as orientações de prevenção de agravos das doenças e de promoção à saúde. Trazendo à luz equipamentos de baixo custo, como os Flip cards, em que há a visualização de imagens ilustrativas acerca de tomadas de posturas adequadas para o segmento de sucesso dos tratamentos farmacológicos e não farmacológicos que envolvem a hipertensão e o diabetes. O enfermeiro durante a realização da consulta de enfermagem ao hipertenso e diabético, deve-se utilizar de recursos, como flip cards, que o ajuda a nortear a consulta e facilita a compreensão das informações realizadas aos pacientes. Este estudo teve como objetivo relatar a experiência do uso de Flip Cards em uma Consulta de Enfermagem ao diabético e hipertenso. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência que utilizou flip cards, como recurso facilitador durante a realização da consulta de enfermagem. O estudo foi desenvolvido no período de agosto de 2019 em um Centro Especializado ao Diabético e Hipertenso (CEAD) presente em uma Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS) no município de Fortaleza, Ceará. Resultado: A avaliação do uso de Flip Cards foi feita durante as Consultas de Enfermagem a pacientes desses segmentos. Enquanto havia a orientação verbal a eles, foi apresentado imagens sobre a classe de alimentos que devem ser consumidos e os que devem ser evitados, sobre a quantidade ideal de substâncias, primordialmente as que devem ser reduzidas (a exemplo: sal), sobre a exclusão do tabagismo e do etilismo. Também foram expostos, concomitante a fala, ilustrações de pessoas praticando exercício físico, de cuidados ao pé diabético e de uso de produtos que previnam complicações da doença crônica, como os tipos de hidratante corporal que são de baixo custo e acessíveis ao público. Constatou-se que o conhecimento dos pacientes sobre suas condutas e ações ficou mais clara. Além da diminuição das fácies de dúvida, observou-se que eles apresentaram mais segurança em suas falas quando perguntados sobre o que havia sido explicado, trazendo um feedbak positivo da informação. Acrescendo-se a isso, esse mecanismo – a saber Flip Cards – são de especial agregação ao contexto de Atenção Primária à Saúde devido à facilidade de serem produzidos, a seu baixo custo de produção e a seu assertivo valor de compreensão. Considerações finais: Com isso, percebeu-se que a associação verbal e não verbal com os Flip Cards em uma orientação à saúde a clientes hipertensos e diabéticos é de grande relevância para uma Consulta de Enfermagem eficiente e eficaz. Ademais, mecanismos como esses são de baixo custo e favorecem ainda mais a qualidade da Assistência à Saúde.

11910 A CONSTRUÇÃO COMPARTILHADA DE UM DISPOSITIVO DE CUIDADO ÀS PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS
DANIELY QUINTÃO FAGUNDES, TULIO BATISTA FRANCO, MIRIAN RIBEIRO CONCEIÇÃO, STEFANO SIMONI

A CONSTRUÇÃO COMPARTILHADA DE UM DISPOSITIVO DE CUIDADO ÀS PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS

Autores: DANIELY QUINTÃO FAGUNDES, TULIO BATISTA FRANCO, MIRIAN RIBEIRO CONCEIÇÃO, STEFANO SIMONI

Apresentação: Há em curso um projeto de cooperação internacional entre a Região da Emilia Romagna na Itália e o Sistema Único de Saúde para a implantação de uma Unidade de Cuidados Intermediários dedicada à prevenção da exacerbação das condições crônicas e garantia da continuidade do cuidado dos pacientes que recebem alta hospitalar, em especial, idosos, que ainda necessitam de um processo de reabilitação, a fim de se garantir autonomia, e condições para o retorno ao domicilio de modo assistido. Para o desenvolvimento pleno do cuidado às condições crônicas de saúde dentro de uma linha de cuidados integral, este deve se inserir em dialogos constantes com a rede formal e informal na qual está inserido, promovendo processos participativos que garantam o protagonismo de seus trabalhadores e usuários. O objetivo desse trabalho é debater a construção compartilhada de propostas para o funcionameno da unidade de cuidados intermediários junto à lideranças comunitárias e Agentes Comunitários de Saúde. Trata-se de um estudo qualitativo caracterizado como pesquisa emancipatória. Para a realização da pesquisa, o grupo acadêmico de pesquisadores se reuniu inicialmente com oito lideranças comunitárias, além da coordenadora dos agentes comunitários de saúde de Niterói para programar um curso de formação em pesquisa emancipatória que envolvesse tais pessoas, por serem reconhecidamente as que estão mais próximas das realidades das comunidades. Foram então selecionados, a partir do critério da intencionalidade, 17 agentes e 13 conselheiros de saúde, que num encontro subsequente compareceram após convite para um primeiro dia de curso. Nesse dia, foi proposto para o grupo um processo educativo dialógico em que eles seriam protagonistas. Problemas vivenciados por eles em suas comunidades foram levantados sob a forma de temas geradores, que seriam o impulso para as atividades a serem realizadas em campo: conversar com pessoas relacionadas aos problemas em seus locais de trabalho. O grupo deveria então trazer em outros encontros suas reflexões para juntos montarem uma árvore de problemas e discutirem soluções inserindo a unidade de cuidados intermediários neste escopo. Deste modo, foram contratualizados entre os participantes a realização de seis encontros que culminaram na elaboração de propostas que foram acatadas pela equipe de implantação da unidade de cuidados intermediários. A construção compartilhada de propostas em saúde pública é uma opção que permite mais do que a oferta de serviços alinhados a necessidade dos seus usuários, mas é um instrumento potente que permite aos seus envolvidos se empoderarem de problemas que exigem engajamento e elaboração de soluções-respostas, tornando-se um exercício pedagógico de libertação e desenvolvimento social fundamental à saúde e à democracia.

6128 PET-SAÚDE ATENÇÃO À SAÚDE NA DIABETES E HIPERTENSÃO: PERFIL DOS USUÁRIOS E MONITORAMENTO EM SAÚDE
Beatriz Silveira, Camila de Andrade Tintel, Davi José Barreto Vasconcelos de Paiva, Fernanda Alencar de Souza, Gabriela Esteves Preuss, Maria Alice Costa Veiga, Mira Wengert, Lilian Dias Bernardo

PET-SAÚDE ATENÇÃO À SAÚDE NA DIABETES E HIPERTENSÃO: PERFIL DOS USUÁRIOS E MONITORAMENTO EM SAÚDE

Autores: Beatriz Silveira, Camila de Andrade Tintel, Davi José Barreto Vasconcelos de Paiva, Fernanda Alencar de Souza, Gabriela Esteves Preuss, Maria Alice Costa Veiga, Mira Wengert, Lilian Dias Bernardo

Apresentação: O Diabetes Mellitus (DM) e a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) são doenças crônicas não transmissíveis, que estão entre as prioridades da saúde pública por serem consideradas uma epidemia mundial. Alguns fatores, de forma associada, contribuem para a crescente incidência e prevalência do DM e da HAS no mundo, em que se destacam os hábitos de vida dos indivíduos, representados pela má alimentação e a ausência de prática de exercícios físicos. Essas condições de saúde podem ser acompanhadas de forma resolutiva na atenção primária à saúde. Nesse âmbito, para o acompanhamento dos usuários utilizam-se ações que englobam a promoção, prevenção e a reabilitação da saúde, com vistas a evitar complicações agudas e crônicas destas patologias, além de manter e/ou promover a capacidade funcional, independência e autonomia dos usuários. Objetivo: Apresentar o perfil de usuários acompanhados pelo grupo do PET-Saúde/Interprofissionalidade “Atenção à saúde na diabetes e hipertensão ” (parecer favorável do CEP-IFRJ CAAE no 20801019.5.0000.5268) e descrever os resultados alcançados por meio de monitoramento da saúde. Método: Foi realizado um estudo longitudinal, com 40 usuários com diabetes e/ou hipertensão arterial, acompanhados na Clínica da Família Olímpia Esteves. Os dados foram coletados entre os meses de maio e novembro de 2019 por meio de um questionário sobre o perfil dos usuários, uso de medicamentos, monitoramento de glicemia e pressão arterial e resultado negativo associado à medicação (RNM). A análise do RNM foi feita pela metodologia Dáder e o restante dos dados, por estatística descritiva. Resultado: A maioria dos usuários eram idosos (90%) e mulheres (75%). Em relação à doença, 31 pessoas eram diabéticas e hipertensas, seis eram apenas hipertensos e três indivíduos eram apenas diabéticos. Ao investigar a existência de polifarmácia, 42.5% dos usuários relataram utilizar cinco ou mais medicamentos. De forma positiva, 70% dos usuários afirmaram conhecer sobre a finalidade de cada medicamento e saber como gerenciá-los. Semanalmente eram feitas as análises dos RNM. Dos 25 usuários que apresentaram RNM, 48.7% apresentaram inefetividade não quantitativa, ou seja, não eram identificados os motivos para alteração de glicemia e pressão arterial. Todos os usuários tiveram acompanhamento da taxa glicêmica e pressão arterial durante os encontros semanais e eram feitas orientações em saúde para o controle das taxas. Na análise longitudinal do valor médio glicêmico, houve redução de 60,7% no valor da glicemia do primeiro ao último encontro (décimo quinto). Ademais, também foi traçada a curva da pressão arterial média e observou-se uma redução de 52.5% do valor da pressão arterial média no mesmo intervalo de tempo. Considerações finais: Conhecer o perfil dos usuários e acompanhar a glicemia e pressão arterial parecem ser estratégias efetivas para um plano de educação em saúde centrado nas necessidades dos usuários.

7933 BENEFÍCIOS DA INTERPROFISSIONALIDADE NA ATENÇÃO ÀS PESSOAS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES MELLITUS
Fabrício Gonçalves Ferreira, Nunila Ferreira de Oliveira, Gabriela Ferreira Mendes, Ana Carolina Silva Busse, Renata Alessandra Evangelista, Leiliane de Souza Marques, Leomar Cardoso Arruda

BENEFÍCIOS DA INTERPROFISSIONALIDADE NA ATENÇÃO ÀS PESSOAS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES MELLITUS

Autores: Fabrício Gonçalves Ferreira, Nunila Ferreira de Oliveira, Gabriela Ferreira Mendes, Ana Carolina Silva Busse, Renata Alessandra Evangelista, Leiliane de Souza Marques, Leomar Cardoso Arruda

Apresentação: O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica de incidência mundial, que tem sua prevalência aumentada e alinhada ao envelhecimento populacional no Brasil. É um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e renais. Em consonância, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), caracterizada por níveis elevados e contínuos de Pressão Arterial, tem operado como catalisador nas causas de morbimortalidade, sendo doença base para graves complicações como Acidente Vascular Encefálico e Infarto Agudo do Miocárdio. Juntas, essas condições configuram maior recorrência na Atenção Primária à Saúde (APS), com cerca de 80% dos casos passíveis de assistência neste nível de atenção. A Educação Interprofissional (EIP), proposta realizada por pessoas de diferentes áreas do conhecimento de forma conjunta, pensa nas possibilidades de cuidado integral e humanizado ante as complexidades encontradas no Sistema Único de Saúde (SUS). A EIP, nesse sentido, intenciona o diálogo entre as potencialidades de cada área visando a procura de estratégias de cuidado das pessoas na Rede de Atenção à Saúde (RAS). Nesse sentido, o relato objetiva descrever aspectos da experiência interprofissional à luz da EIP, desenvolvido em um Grupo Tutorial voltado ao cuidado das pessoas com DM e HAS, vinculado ao Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde/Interprofissionalidade) de Catalão (GO). O Programa foi lançado pela Organização Pan-Americana da Saúde, aliado ao Ministério da Saúde, Universidades e Secretarias Municipais de Saúde, visando práticas de integração que envolvam ensino, pesquisa, extensão e participação social. Desenvolvimento: Na tentativa de reduzir o número de hospitalizações e atingir acompanhamento adequado na APS, em 2001 foi elaborado no Brasil um conjunto de estratégias, dentre elas o Plano de Reorganização da Atenção à HAS e ao DM, com propósito de cadastrar os usuários no sistema DATASUS-HIPERDIA, fazer investigação de fatores de risco para complicações, monitorar taxas glicêmicas e comorbidades, além de fornecer medicamentos. Essa iniciativa possibilitou o diagnóstico da complexidade das doenças crônicas, mas não garantiu resolutividade às ações diretas de cuidado e acompanhamento, haja vista a multidimensionalidade do problema para os sistemas de saúde. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, em 2015, havia 14,3 milhões de adultos com diabetes no Brasil e destes, 5,7 milhões não eram diagnosticados. Nesse mesmo ano, 13.000 pessoas morreram no país devido às complicações relacionadas ao diabetes. Similarmente, conforme a Sociedade Brasileira de Cardiologia, no Brasil, a HAS atinge 36 milhões de indivíduos adultos, mais de 60% dos idosos, contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes por doença cardiovascular. Nesse sentido, é importante considerar que as diretrizes existentes são limitadas, condiciona uma assistência não efetiva e contraria os princípios de equidade e integralidade do SUS. Tendo em vista que a interdisciplinaridade representa a soma de todos os saberes, a interprofissionalidade representará a soma de todos os "fazeres". Sua inclusão na estruturação da APS favorece a construção de um cuidado fundamentado na integralidade, com a capacidade de perceber as necessidades globais do indivíduo, família/comunidade e norteado pela diretriz de equidade, compondo um cuidado centralizado nas necessidades percebidas e assistido pela integração das práticas em reflexões conjuntas. O PET-Saúde Catalão (GO) possui cinco Grupos Tutoriais, dos quais um deles, denominado HIPERDIA: Interprofissionalidade no fortalecimento da atenção às pessoas com Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, volta-se ao apoio de ações do Programa HIPERDIA no município. Esse grupo é composto por 08 estudantes, 03 professores/tutores e 05 profissionais da RAS/preceptores, das seguintes áreas: educação física, nutrição, enfermagem, psicologia, medicina e serviço social. O grupo desenvolve ações em equipe, organizadas por reuniões semanais (administrativas, de estudos e discussão de casos), na busca por aprimorar práticas para o cuidado do seu público alvo. As ações são vinculadas a uma Estratégia Saúde da Família (ESF), e conta com: grupo de caminhada semanal, cadastro no Programa Hiperdia com formulário específico (construído com objetivo de contemplar avaliação interprofissional), acompanhamento de parâmetros clínicos (triagem/acolhimento) dos usuários da ESF para sensibilização quanto às doenças crônicas, identificação de casos complexos mediante a estratificação de risco e, convite para participar das ações individuais e coletivas do Programa Hiperdia. As atividades buscam aprimorar habilidades e estratégias para o desenvolvimento de práticas colaborativas, que apesar de incipientes indicam resultados positivos na avaliação e cuidado às pessoas com DM e HAS. Resultado: Desde o início do projeto, em abril de 2019, foram realizadas 29 reuniões de equipe; 25 atividades do Grupo de Caminhada; reuniões com a gestão municipal para alinhar propostas do PET às demandas da RAS; atividades de capacitação individuais e coletivas, presenciais e on-line. As reuniões semanais do grupo propiciam estudos mais aprofundados sobre as temáticas da área da saúde, auxiliam no planejamento das ações, fomentam debates e parcerias entre os membros da equipe, além de fortalecer o exercício da interprofissionalidade. A partir das ações desenvolvidas, houve um crescimento do diálogo e desempenho de práticas colaborativas entre os integrantes do PET-Saúde e profissionais da RAS. Perante o acompanhamento na ESF, houve aproximação do trabalho desenvolvido na APS, com o alinhamento às demandas da população. Concomitantemente, foi observado o desenvolvimento de vínculo com os usuários, os quais aderiram com muita veemência a atividade de caminhada semanal. Ademais, houve melhora no condicionamento físico e de resultados verificados em exames clínicos. Na proposta da caminhada, todo final de semestre é organizada uma confraternização com os membros na tentativa de promover um momento de descontração e festejar os avanços alcançados. Os participantes compartilham resultados positivos após a inserção nas atividades, onde relatam significativa melhora na condição clínica, maior preocupação com a manutenção de parâmetros clínicos em níveis requeridos, redução de dores osteomusculares e melhora na capacidade de movimentação. Nesse contexto, os serviços, nos diferentes pontos da RAS, devem organizar a assistência conforme às necessidades de saúde da população adscrita e, assim, traçar metas que viabilizem a prevenção, promoção, recuperação e reabilitação da saúde. Sinteticamente, a interprofissionalidade fomenta que as ações sejam centradas no paciente e potencializa a adesão ao tratamento e continuidade no cuidado. Considerações finais: O PET-Saúde Catalão (GO) está previsto até março/2021, nesse sentido, podemos considerar positivos os resultados parciais das ações do GT voltado para o fortalecimento do cuidado às pessoas com DM e HAS, a observar pelo desenvolvimento contínuo de práticas dialógicas e colaborativas; inclusão da educação interprofissional como ferramenta de qualificação da formação profissional dos estudantes participantes e também, educação permanente dos professores e trabalhadores da RAS; qualificação do cuidado das pessoas com HAS e DM em uma ESF (projeto piloto, com experiência a ser compartilhada aos demais serviços da RAS), identificação de casos complexos e encaminhamentos mediados pela abordagem ampliada da multiplicidade, proporcionada pela articulação interprofissional; além do delineamento de fluxos de cuidado que propiciam maior foco no usuário e suas necessidades específicas. Dessa forma, é pertinente destacar que o PET-Saúde é uma potente política indutora de mudanças nas práticas de trabalho, formação em saúde e cuidado à população com DM e HAS, pois colabora para o enfrentamento da problemática do avanço das doenças crônicas. Além disso, o Programa materializa o conceito de interprofissionalidade junto ao ensino, serviço e comunidade como resultado de ações interdisciplinares que se complementam na oferta de um cuidado integral. Assim, a continuidade desse processo está garantida nos resultados alcançados pelo empoderamento da comunidade, na satisfação dos trabalhadores e usuários dos serviços de saúde e nos valores agregados à formação dos estudantes/docentes envolvidos.

12240 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES MELITTUS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Maryanna Santos Bezerra, Nayara Lourenço Rocha, Lucas da Silva Alves, Lídia Jamille da Costa Silva, Larissa Rodruigues Silva, Maria Caroline Silva Barreira, Pedro Henrique Vale Alves, Mayenne Myrcea Quintino Pereira Valente

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES MELITTUS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Maryanna Santos Bezerra, Nayara Lourenço Rocha, Lucas da Silva Alves, Lídia Jamille da Costa Silva, Larissa Rodruigues Silva, Maria Caroline Silva Barreira, Pedro Henrique Vale Alves, Mayenne Myrcea Quintino Pereira Valente

Apresentação: A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma atividade privativa do enfermeiro e a sua implementação deve ser realizada em toda instituição de saúde pública e privada organizando o trabalho profissional, a fim de obter resultados positivos. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, o Diabetes Mellitus (DM) é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia resultante de defeitos na secreção e/ou ação da insulina. Já a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial. O enfermeiro ao realizar a consulta de enfermagem utiliza-se da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), instrumento privativo do processo de trabalho do enfermeiro, a qual possibilita o desenvolvimento de ações que modificam o estado do processo de vida e de saúde-doença dos indivíduos. Portanto, a SAE permite que se alcance resultados pelos quais o enfermeiro é responsável. Este estudo teve como objetivo relatar a experiência da aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem em uma unidade de atenção básica em paciente portadora de diabetes mellitus e hipertensão arterial. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência, realizado em uma Unidade de Atenção Primária à Saúde do município de Fortaleza, Ceará. O estudo desenvolveu-se durante o mês de maio de 2019. Resultado: Com a realização da anamnese e exame físico foram feitos diagnósticos importantes sobre a doença atual do paciente e logo se foi aplicada a sistematização de enfermagem, juntamente com algumas intervenções de enfermagem com o objetivo de melhorar seu estado de saúde geral. Considerações finais: Concluímos que a SAE é um instrumento muito importante para a assistência adequada do paciente e a melhora da sua saúde. Este estudo foi fundamental para a avaliação do estado de saúde de uma portadora de doenças crônicas com risco para doenças cardiovasculares. Ao analisar os resultados é possível observar a melhoria da sua qualidade de vida e a importância da intervenção de enfermagem no processo de saúde

6723 TOMADA DE DECISÕES IMEDIATA E TARDIA DE DIABÉTICOS E/OU HIPERTENSOS: UM ESTUDO DE CASO POR USUÁRIOS EM ACOMPANHAMENTO PELO PET-SAÚDE/INTERPROFISSIONALIDADE
Mery Anne Epifânio Pereira, Camila de Andrade Tintel, Letícia Gabriella Pereira Carvalho de Sousa, Lilian Dias Bernardo, Mira Wengert

TOMADA DE DECISÕES IMEDIATA E TARDIA DE DIABÉTICOS E/OU HIPERTENSOS: UM ESTUDO DE CASO POR USUÁRIOS EM ACOMPANHAMENTO PELO PET-SAÚDE/INTERPROFISSIONALIDADE

Autores: Mery Anne Epifânio Pereira, Camila de Andrade Tintel, Letícia Gabriella Pereira Carvalho de Sousa, Lilian Dias Bernardo, Mira Wengert

Apresentação: As doenças crônicas não transmissíveis, como a diabetes mellitus (DM) e a hipertensão arterial sistêmica (HAS), são condições clínicas de alta incidência e prevalência na população brasileira, que as tornaram prioridades na saúde pública. As pessoas com diabetes e/ou hipertensão, comumente, fazem o acompanhamento clínico na rede de atenção primária à saúde, com resultados eficazes e resolutivos. Muitos desses usuários, de forma complementar, realizam o monitoramento de suas condições de saúde em seus domicílios. A aquisição das tecnologias portáteis facilita o gerenciamento da saúde, pois os usuários que possuem o monitor digital/manual de pressão arterial ou o glicosímetro, por exemplo, podem acompanhar as taxas de glicemia ou pressão arterial sem precisar frequentar diariamente os serviços públicos de saúde. Com a inserção facilitada dessas tecnologias, impõe-se uma mudança no modelo de assistência prestado, uma vez que é necessário valorizar a autonomia dos sujeitos e estimular a autoatenção e o autocuidado apoiado. Nesse aspecto, exige-se que os usuários tenham competências para as tomadas de decisões diante dos resultados obtidos nas medidas de glicemia e/ou pressão arterial, evidenciando a sua corresponsabilidade e o seu papel ativo no processo de saúde e doença. O autogerenciamento em saúde possibilita que os usuários exerçam sua capacidade de ação, encontrem soluções e validem os seus próprios saberes. Objetivo: Identificar as tomadas de decisões dos usuários diabéticos e/ou hipertensos durante o autogerenciamento da saúde, em seus domicílios. Método: Foi realizado um estudo de caso com 14 usuários diabéticos e/ou hipertensos, que são acompanhados pelo PET-Saúde/Interprofissionalidade, no projeto “Atenção à saúde na diabetes e hipertensão: uma estratégia interprofissional de promoção e educação em saúde”, na Clínica da Família Olímpia Esteves, localizada no bairro de Padre Miguel, no município do Rio de Janeiro. Estes usuários monitoravam a glicemia e/ou pressão arterial em seus domicílios por auxílios de tecnologias portáteis. A coleta de dados foi realizada por meio do questionário denominado “Tomada de decisões imediata e tardia”, elaborado pelas autoras dessa pesquisa e com base no estudo de Bernardes e Castro (2018). Para o questionamento das tomadas de decisões, eram lidas situações hipotéticas, em que os usuários se deparavam com alterações nos valores de referência para glicemia ou pressão arterial e buscava compreender quais eram as atitudes que eles tomavam assim que se deparavam com a situação-problema (tomada de decisões imediata) e após 24 horas de não normalização dos dados clínicos (tomada de decisões tardia). A análise dos dados foi obtida por estatística descritiva. Resultado: A análise do perfil dos usuários demonstrou que 12 (86%) dos entrevistados eram do sexo feminino, sendo estes 14 (86%) idosos e dois (14%) adultos com idades variando entre 50 e 60 anos. Destes usuários, muitos possuíam ensino fundamental incompleto (36%) ou fundamental completo (36%), seguido por ensino médio completo (21%) e ensino superior completo (7%). Ao serem questionados sobre os tipos de tecnologias portáteis utilizadas para o monitoramento em saúde, sete participantes relataram possuir o glicosímetro e o monitor digital de pressão arterial, quatro utilizavam somente o glicosímetro (n=4), dois usava o monitor digital de pressão arterial (n=2) e um participante fazia uso tanto o glicosímetro quanto o aparelho de pressão arterial manual. Na análise dos dados sobre a tomada de decisão imediata, a maioria dos participantes (42%) relatou que, em uma alteração imediata, administram a dosagem medicamentosa de acordo com a prescrição médica, pois consideram que necessitam da orientação médica (n=2), por ser o mais apropriado a fazer (n=2) ou por motivos diversos como, o familiar afere e administra a dosagem (n=1) e por fazer uso da insulina por orientação médica (n=1). Por sua vez, 35% utilizavam tratamento alternativo, porque já tiveram experiência prévia com o problema (n=2), por acreditar que essa estratégia sempre resolve as alterações dos dados clínicos (n=2) ou por ser a forma mais rápida de resolver o problema de saúde (n=1). Por outro lado, dois usuários pedem por ajuda médica porque consideram que necessitam que o médico fale o que precisa fazer (n=1) ou por outro motivo como, por estar sempre na unidade, o usuário recorre aos médicos da Clínica da Família (n=1). Somente um participante informa que pede por ajuda a pessoas próximas e/ou parentes porque tem medo de tomar decisões sobre a própria saúde. Ao persistir por 24 horas as alterações dos valores de referência, a maioria dos participantes (64%, n= 10) relatou que a tomada de decisão tardia era voltada para pedir por ajuda médica, com justificativa de ser o mais apropriado a fazer (n=6), por medo de decidir sozinho (n=1) ou por necessitar que o médico fale o que precisa fazer (n=1). Somente um participante da pesquisa acredita que o mais apropriado a fazer é administrar a dosagem medicamentosa de acordo com a prescrição médica, com a justificativa de ser o mais apropriado. Dois usuários solicitam ajuda a pessoas próximas e/ou parentes (n= 2), com justificativa de possuírem medo de tomar decisões sobre a própria saúde. À semelhança, um participante opta pelo tratamento alternativo e alega que essa estratégia sempre resolve. Considerações finais: O novo modelo assistencial de saúde prevê usuários que participem ativamente do monitoramento domiciliar, sendo estes os corresponsáveis pelo processo de saúde-doença. Caso haja manifestação de uma descompensação nos valores clínicos (abaixo ou acima dos referenciais), essas pessoas possuem autonomia para tomadas de decisões, seja imediata ou tardia. Essa pesquisa aponta que a maioria dos usuários tende a procurar soluções que resolvam as alterações clínicas rapidamente e, somente após a persistência do problema, tendem a procurar por ajuda médica. Esta pesquisa contribuiu para o conhecimento de como o paciente compreende suas situações de risco e como ele resolve seus problemas de saúde de forma imediata e tardia, aspectos estes que indicam a qualidade e o entendimento das orientações em saúde e que são considerados essenciais para o gerenciamento da saúde de forma eficaz. Em outras palavras, pode-se observar se as orientações dadas pelo profissional foram inteligíveis e os capacitaram para tomadas de decisões em saúde ou se o paciente prefere se pautar em saberes populares para resolver seus problemas de saúde. Destaca-se que as tomadas de decisões provenientes do automonitoramento em saúde necessitam de maior investimento em educação e informação acerca das condições clínicas HAS e DM, como também esclarecimentos sobre as tecnologias utilizadas pelos usuários.

6797 EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM HIPERTENSOS E DIABÉTICOS NO CENTRO ESTADUAL DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA DE VIÇOSA-MG: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Débora Mól Mendes, Daniel Reis Correia, Renata Oliveira Caetano, Laís Sousa da Silva, Amanda de Paula Nogueira, Vitória Beccari Gonçalves, Caroline de Freitas Silvas, Erica Toledo de Mendonça, Thais Bitencourt Faria

EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM HIPERTENSOS E DIABÉTICOS NO CENTRO ESTADUAL DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA DE VIÇOSA-MG: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Débora Mól Mendes, Daniel Reis Correia, Renata Oliveira Caetano, Laís Sousa da Silva, Amanda de Paula Nogueira, Vitória Beccari Gonçalves, Caroline de Freitas Silvas, Erica Toledo de Mendonça, Thais Bitencourt Faria

Apresentação: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são definidas como doenças de progressão lenta, consideradas silenciosas e com longa duração, podendo comprometer a qualidade de vida de quem as tem. Apesar de, em sua maioria, serem preveníveis e controláveis, ainda são a causa de grande parte das mortes de adultos e de idosos no país, tendo em vista que, segundo o Ministério da Saúde, foram responsáveis por 51,6% dos óbitos da população entre 30 e 69 anos em 2015. Os riscos à saúde são ainda maiores quando a pessoa apresenta duas das enfermidades, como diabetes e hipertensão, as quais se desenvolvem a partir de condições semelhantes e, segundo o Ministério da Saúde, vem crescendo consideravelmente - um em cada quatro brasileiros têm riscos subsequentes da pressão alta e 14 milhões convivem com o diabetes. Além disso, ter uma das doenças crônicas aumenta a chance de surgir ou agravar outra. Um exemplo disso é que indivíduos com diabetes tipo 2 têm a chance duplicada de desenvolver ou piorar a hipertensão, haja vista que dispõe de certas limitações, como níveis maiores de açúcar no sangue que podem endurecer as artérias e causar pressão alta. Também é comum que os enfermos não tenham tanto conhecimento das limitações e/ou dos cuidados diários que devem seguir, contribuindo para uma piora do quadro. Sendo assim, é notória a importância da educação em saúde para a população que convive com alguma doença crônica, pois com o conhecimento o mesmo evitará futuras complicações em sua saúde e, isto posto, a experiência na prática ministrada pela disciplina Enfermagem, Saúde e Sociedade II, teve o intuito de conhecer e procurar meios de trazer uma educação em saúde para os adultos hipertensos e diabéticos do Centro Estadual de Atenção Especializada de Viçosa-MG. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiências de estudantes do segundo período do curso de enfermagem, da Universidade Federal de Viçosa, que tiveram como propósito estudar temas complacentes e efetivos para  trabalhar com a promoção de saúde e educação em saúde com diabéticos e hipertensos. Foi abordado sobre higiene, com foco nos diabéticos, no dia 1 de novembro de 2019, pretendendo elaborar atividades que instigasse os indivíduos do grupo educativo a manter uma higiene bucal, corporal, ambiental e alimentar adequada. Posteriormente, foi aplicada uma atividade lúdica com palestra focado nos hipertensos, no dia 8 de novembro de 2019, com pauta no grande número populacional que possui a doença ou tende a possuí-la, apontando os agravamentos ou complicações e mostrando os métodos de prevenção. O propósito foi acrescentar algo positivo de modo que eles desenvolvessem o autocuidado a partir dos conhecimentos adquiridos. Assim sendo, para o primeiro dia planejou-se um diálogo para introduzir o tema e a gincana, trazendo as doenças causadas por falta de higiene como principal assunto, tendo em vista que as mesmas eram mais fáceis de contrair devido ao diabetes. Ademais, para evitar constrangimentos ou possíveis interpretações que deixasse o grupo ofendido, foi tomado o cuidado de ter uma comunicação aberta sobre a atividade  alcançando a finalidade de preveni-los. Na gincana foi compartilhada uma troca de experiências, colocadas em execução com atividades que tivessem relação com os quatro eixos de higiene (bucal, corporal, ambiental e alimentar), como exercício de demonstração, pergunta e resposta, jogo da memória e “ache os objetos”, nas quais os participantes mostraram o que trouxeram de higiene pessoal quando saíram de casa. Os materiais para a gincana foram os disponíveis no Departamento de Medicina e Enfermagem da UFV. Para finalizar, foi entregue um kit de higiene com escova de dentes, pasta de dentes, fio dental, toalhinha e sabonete. Já no segundo dia, foi abordado, inicialmente, uma pequena palestra introdutória, explicando sobre o tema hipertensão, e, em um segundo momento, o grupo trabalhou um teatro, nomeado “Irmãs Sangue” visando de maneira didática e lúdica, ilustrar o que de fato ocorre com o corpo da pessoa que é hipertensa, tendo a atenção de descrever o teatro, tendo em vista que o grupo contava com uma deficiente visual e era indispensável a participação e a compreensão do que estava sendo mostrado. Em um terceiro momento, houve um bingo com dicas a cada rodada, o qual permitiu que a promoção de saúde fosse estabelecida. Por derradeiro, foi realizado um lanche com comidas saudáveis que foram sugeridas por intermédio nutricional. Resultado: Os dois dias da atividade aconteceram como previsto, os indivíduos mostraram domínio do assunto, confirmando a eficiência do trabalho educativo realizado pela equipe multiprofissional da atenção secundária, haja vista que o grupo com o qual as atividades foram trabalhadas existe há três anos, logo, como os integrantes já foram expostos a muitos assuntos relacionados à promoção de saúde, era esperado um bom conhecimento dos assuntos trabalhados. Desta forma, o objetivo não foi uma intervenção que mudasse a vida desses indivíduos, mas, sim, que acontecesse uma abordagem longitudinal que fosse de compreensão geral e que fizesse sentido para eles. Com isso, a finalidade de contribuir de uma forma benéfica para o grupo foi atingida. Considerações finais: Com esse projeto, foi notado o quanto é imprescindível a disseminação de conhecimento por parte dos profissionais de saúde para os clientes que vivem com uma ou mais Doenças Crônicas Não Transmissíveis, podendo com isso, propagar um autocuidado, prática imprescindível para hipertensos e diabéticos que, com os cuidados corretos, podem conviver normalmente com sua condição, evitando piorá-la ou causar outros problemas. Durante as práticas, foi notado um grande interesse por parte do grupo, o qual estava à vontade para contar suas experiências, falar sobre dificuldades e fazer perguntas. Outrossim, o modo lúdico foi essencial para o sucesso do trabalho, considerando que o grupo submetido contava na sua maioria com idosos e adultos, não os prenderia tanto a atenção se usássemos palestras longas como meio de atingi-los, além de que com a forma lúdica, eles puderam participar da troca de informações. A partir disso, contamos com uma troca de conhecimento mútua e rica, pois sendo alunos do segundo período, muito do que foi observado ainda não era de conhecimento aprofundado dos estudantes, por isso foi preciso um trabalho em equipe com a professora para um estudo prévio. 

10592 AÇÃO EDUCATIVA SOBRE CONTROLE GLICÊMICO PARA DIABÉTICOS EM UNIDADE DE ATENÇÃO BÁSICA – RELATO DE EXPERIÊNCIA
GEOVANA Monteiro Oliveira, Caio Victor Fernandes de Oliveira, Andrezza Silvano Barreto, MYLENA OLIVEIRA PITITINGA LIMA, WANESSA PEREIRA CAVALCANTE, ANA JÉSSICA LOPES DIAS, FABIAN ELERY TEIXEIRA DA ROCHA

AÇÃO EDUCATIVA SOBRE CONTROLE GLICÊMICO PARA DIABÉTICOS EM UNIDADE DE ATENÇÃO BÁSICA – RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: GEOVANA Monteiro Oliveira, Caio Victor Fernandes de Oliveira, Andrezza Silvano Barreto, MYLENA OLIVEIRA PITITINGA LIMA, WANESSA PEREIRA CAVALCANTE, ANA JÉSSICA LOPES DIAS, FABIAN ELERY TEIXEIRA DA ROCHA

Apresentação: Diabetes Mellitus é uma doença metabólica caracterizada pelo excesso de glicose circulante no sangue, sendo a Diabetes tipo 2 caracterizada pela produção insuficiente de insulina ou pela incapacidade do organismo em utilizá-la de forma eficiente. O descontrole glicêmico pode ocasionar graves complicações para o diabético, sendo o controle da glicemia uma forma de reduzir significativamente a incidênca e a gravidade das complicações. Portanto, tornou-se relevante uma proposta de ação educativa que reforçasse formas de controle da glicemia para indivíduos atendidos por uma unidade básica de saúde. Este trabalho tem como objetivo Relatar a experiência da execução de uma ação sobre o controle glicêmico para diabéticos em uma unidade de atenção básica à saúde. Desenvolvimento: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência realizado por acadêmicos do curso de enfermagem da Universidade Federal do Ceará, em uma Unidade básica de Umirim (CE), no mês de Fevereiro de 2020, como parte das atividades de uma disciplina. A atividade foi realizada com 14 pacientes, onde foramabordados em uma sala de espera. Os acadêmicos fizeram a exposição de sintomas clássicos de hiperglicemia e de hipoglicemia, posteriormente mostraram aos pacientes imagens de situações que poderiam ou não desencadear descontrole glicêmico, e solicitado que os participantes dissessem se era verdadeiro ou falso quanto a essa possibilidade. Após as respostas dos pacientes, os acadêmicos responderam o gabarito das perguntas, revisaram conceitos e pediram uma avaliação da dinâmica. Essa atividade teve uma duração de 20 minutos Resultado: O público-alvo apresentou algum conhecimento acerca da temática abordada, relatando suas experiências com relação as diferentes situações abordadas. As principais dúvidas foram quanto a sintomas que podem relacionados a  hiperglicemia e hipoglicemia, como confusão mental e tontura. Os pacientes relataram a importância de ações como esta tanto para evitar hospitalizações em decorrência da condição quanto para promoção de qualidade de vida desses indivíduos. Quanto a perspectivados acadêmicos, encararam como positiva a oportunidade tanto de interação com o público, quanto de executar  estratégias diferenciadas de educação em saúde  no âmbito da atenção básica à saúde. Considerações finais: Percebe-se a necessidade de mais ações como esta, pois constatou-se que o conhecimento de diabéticos atendidos em uma unidade básica de saúde ainda foi insuficiente quanto aos sintomas que podem vivenciar devido à sua condição, e também  podem reduzir as  chances de complicações que o diabetes mellituscom teor glicêmico descontrolado pode ocasionar.

6476 AÇÃO DE SAÚDE PARA SENSIBILIZAÇÃO DE IDOSOS A RESPEITO DA DEPRESSÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Joici Carvalho Barata, Ariadna Fernandes Noronha, Carla Camilly Pontes dos Santos, Gisele de Brito Brasil, Laura Caroline de Sena Miranda

AÇÃO DE SAÚDE PARA SENSIBILIZAÇÃO DE IDOSOS A RESPEITO DA DEPRESSÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Joici Carvalho Barata, Ariadna Fernandes Noronha, Carla Camilly Pontes dos Santos, Gisele de Brito Brasil, Laura Caroline de Sena Miranda

Apresentação: Com o aumento da expectativa de vida do cidadão, o número de idosos vêm aumentando mundialmente, similarmente, a depressão se tornou um dos principais problemas de saúde pública, onde 154 milhões de pessoas são acometidas em âmbito mundial. A população idosa possui grande suscetibilidade para problemas de saúde e transtornos de humor, dentre eles, a depressão, com um percentual de 15% de prevalência para algum sintoma depressivo. Dessa forma, foi observado a necessidade de uma ação baseada em educação em saúde para o compartilhamento de conhecimentos a respeito da depressão na terceira idade, objetivando descrever uma experiência de ação de saúde para sensibilização de idosos a respeito da depressão. Desenvolvimento: A ação ocorreu como parte da prática da componente curricular enfermagem comunitária I de uma universidade pública em Belém (PA) O encontro com ocorreu no salão de uma igreja do bairro e foi baseada em uma dinâmica e interação com as participantes, sendo dividida em três momentos. primeiramente, iniciou-se com uma dinâmica, sendo distribuído balões para o grupo, após isso, foi pedido para que ambas enchessem seu balão, após os balões cheios, foi orientado para que todas os jogassem para cima, o objetivo da dinâmica era o grupo se ajudar para que nenhum balão caísse no chão, em seguida, foi explicado o quanto a vida de cada uma é importante e que deve se sentir valorizada, fazendo comparações à dinâmica ocorrida, já que se ambas não tivessem presentes e ajudassem ficaria um grande número de balões no chão. Posteriormente a esse momento, em que foi estimulado a autovalorização, foi explanado a importância do tratamento da depressão, deixando claro que depressão é uma doença e que deve ser tratada, foi explicado os sinais e sintomas de uma pessoa que pode estar passando por esse dilema e de como se pode ajudá-la, concluindo com uma fala da importância de encontros como esse, sentir-se inserido em um determinado grupo, contribuindo assim, para uma boa saúde mental. A finalização da ação, foi aberto um espaço para perguntas e experiências. Resultado: O encontro contou com cerca de 15 idosas durante a ação, foi perceptível o interesse das participantes, as idosas demonstraram vontade em participar da dinâmica e expressaram estar se divertindo durante a efetuação, quando se foi explicado a moral da dinâmica ambas entenderam a sua importância de estar lá e complementavam com comentários divertidos. No momento da explanação, as integrantes do grupo estavam atentas e participavam com contribuições e no último momento várias participantes relataram experiências vividas por elas e familiares a respeito de casos de depressão. Considerações finais: Ao se falar sobre depressão pode-se ofertar uma forma de envelhecimento saudável e ativo. Desta maneira, ficou evidente que a ação trouxe resultados satisfatórios, contribuindo de forma positiva para a vida de todos ali presente, assim, não só alcançando os que estavam lá, mas também a comunidade com que os mesmos têm contato, portanto, ressalta-se a importância de ações que venham contribuir para a maior propagação de conhecimentos relacionados a depressão.