276: “A alegria é a passagem para um estado mais potente do próprio ser.” ― Baruch Espinosa
Ativador: A definir
Data: 31/05/2018    Local: Tenda Saúde Fazendo Arte    Horário: 15:30 - 17:30
ID Título do Trabalho/Autores
3805 Sublimação por meio da arte
Sonia Monego, Marcia Moreno, Marcia Moreno

Sublimação por meio da arte

Autores: Sonia Monego, Marcia Moreno, Marcia Moreno

Muitos artistas tem usado a arte como uma forma de sublimar suas pulsões de dor, sofrimento, entre tantos outro sentimentos. Com este trabalho pretendemos provocar reflexões sobre o trabalho “Gênesis uma tentativa de criação”, da artista plástica de Chapecó, Santa Catarina, Márcia Moreno. Ela é uma artista que está constantemente pesquisando, inovando e surpreendendo. Seus trabalhos apresentam uma potência poética que como um vulcão pode entrar em erupção a qualquer momento, liberando uma imensidade de emoções que como pulsões eclodem do inconsciente, dando espaços para a sublimação de seus desejos mais íntimos. Em seu trabalho denominado “Genesis: uma tentativa de criação”, a artista expõe na tela seus desejos, de maneira a provocar certo desconforto no observador ao mesmo tempo em que instiga a reflexão. Genesis é a origem de tudo e partindo deste contexto, podemos perceber que na obra pulsa o desejo por uma nova vida. A representação sobre o ventre deixa claro o desejo de gerar um novo ser, o desejo de ser mãe, mas que por algum motivo este sonho foi interrompido, ficando assim a dor, o corpo sofre a perda. Segundo Lacan, nos construímos nas nossas perdas, quando perdemos algo que muito desejamos, perdemos também um pouco de nós, e esse pouco é exatamente aquilo que me identifica no outro. Sobre a pele a artista deixa emergir seus desejos mais íntimos, seus sonhos e desilusões. Através da arte faz uma escritura que dura e perdura nas suas perdas. Em seu corpo há a representação de um corpo fragmentado pela pulsão. Ao utilizar à arte a artista libera suas emoções interiores e divide com o observador seus sentimentos mais profundos, como uma espécie de desabafo e compartilhamento do seu sofrimento, desta forma, parece ser mais suportável o sentimento de dor. Seguindo o pensamento de Lacan, nos construímos a partir do outro, a imagem do eu se constrói orientada por um significante do outro, desta forma, podemos perceber que Márcia se coloca, se despe, se mostra de uma forma nua e crua, cabe a cada um fazer sua leitura desta escritura. Diante a obra da artista, fica evidente o olhar questionador do observador, uma vez que o trabalho exposto mexe com seus sentimentos, atingindo assim, o objetivo de provocar reflexões no público. Partindo desta observação e análise, podemos dizer que a arte apresenta um papel fundamental no cotidiano das pessoas, e no caso da artista Márcia Moreno é por meio da arte que ela libera seus sonhos, desejos, tristeza e compartilha com os outros seus sentimentos mais íntimos.

2132 Experiência de formação com o curso EDPOPSUS II: Partilhando nossas artesanias e produções de linguagens na educação popular em saúde
Luís Giorgis Dias, Conrado Alencastro Bueno, Fernanda Bernardo Vargas

Experiência de formação com o curso EDPOPSUS II: Partilhando nossas artesanias e produções de linguagens na educação popular em saúde

Autores: Luís Giorgis Dias, Conrado Alencastro Bueno, Fernanda Bernardo Vargas

Trata-se de um relato de experiência sobre o processo de formação na relação educadores-educandos durante o curso de aperfeiçoamento em educação popular em saúde em uma das turmas que ocorreram no município de Porto Alegre no ano de 2017. Foram utilizadas diferentes ferramentas pedagógicas para construção compartilhada de conhecimento, abrindo espaço para formas diversas de expressão e produção autêntica de linguagens. Através da construção compartilhada, produziram-se também afetos que compuseram e atravessaram todos os participantes do curso, com impactos em suas vidas pessoais e profissionais, em sua mescla, nos respectivos corpos e seus cotidianos existenciais. A integração entre esses profissionais-educandos (em sua maioria agentes comunitários de saúde) possibilitou o enaltecimento e produção de narrativas profissionais através da partilha de experiências nos territórios. Fotos, vídeos, canções, poesias, filmagens, lençóis, colchas de retalhos, blogs e sites, materializaram essa nossa vivência ao mesmo tempo em que afirmaram o movimento artístico de artesania em composição com as novas tecnologias informacionais e comunicacionais como possibilidades de re-existência em tempos difíceis, e que são canais de diálogo para a aproximação dos integrantes que participaram da formação em específico. Dada a riqueza de nossa experiência coletiva e inspirada em Paulo Freire, pretendemos trazer ela para partilhar e manter a construção de um sistema único de saúde de qualidade e popular.

2915 Escola, arte e saúde mental: diálogos com adolescentes do IFSP a partir do cinema
Jessica Felix Nicacio Martinez, Regiani Zornetta, Rafael A. de Sousa Barberino Rodrigues, Beatriz Haddad, Mirella Soares

Escola, arte e saúde mental: diálogos com adolescentes do IFSP a partir do cinema

Autores: Jessica Felix Nicacio Martinez, Regiani Zornetta, Rafael A. de Sousa Barberino Rodrigues, Beatriz Haddad, Mirella Soares

Instituiu-se na contemporaneidade uma constante exigência social pelo bem estar da vida. Tal obrigatoriedade nega aos indivíduos as possibilidades de se compreender o sofrimento e a dor como formas inerentes ao desenvolvimento humano e aprendizados fundamentais à existência social. A manifestação de transtornos mentais apresenta-se, assim, na atualidade, como uma “doença” que deve ser tratada e “curada”, retirando dessa construção social e humana sua complexidade e multidimensionalidade. No âmbito geracional da criança e do adolescente, enfrentamos um processo crescente de medicalização da infância e da naturalização do uso de fármacos no ambiente educacional. Considerando esse contexto, desenvolvemos, durante o ano de 2017, o projeto interdisciplinar: “Quem tem medo do lobo mau: a questão da saúde mental entre adolescentes na contemporaneidade”. O objetivo foi produzir um espaço de debate e reflexão, dentro do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo –campus Itapetininga, sobre as questões associadas aos processos humanos de passagem da infância para a vida adulta, contribuindo, com isso, para reduzir o sofrimento percebido entre os alunos do primeiro ano dos cursos de ensino médio integrado diante das tensões próprias da existência e da condição humana. Tal atividade foi proposta em decorrência de uma demanda desencadeada pelos próprios discentes, que no início do ano letivo demonstraram um nível elevado de questões associadas à ansiedade, depressão, transtornos da aprendizagem, bipolaridade e uso contínuo de medicamentos. Ademais, buscamos abordar o tema da saúde mental de um ângulo diferenciado, utilizando-se de ferramentas pedagógicas não tradicionais, pela abordagem cinematográfica, como um meio - através da arte e da cultura - de tornar o tema da saúde mental mais adequada ao universo dos adolescentes. Como resultados, observamos que o projeto contribuiu para criar na escola um espaço de debate e discussões sobre o sofrimento mental dos adolescentes sendo capaz de dar voz aos alunos em um processo de construção dos aprendizados a partir da realidade por eles vivida. O projeto também contribuiu para superar pré-conceitos relacionados à saúde mental que antes eram conhecidos superficialmente pelos alunos, como a questão da loucura, do tratamento manicomial, das drogas etc. De outro modo, também notamos que a estratégia do uso dos filmes para fomentar debates não foi amplamente aceita pelos discentes. Desconfiamos fortemente que a raiz desta rejeição inicial esteja na forma ainda parcial com a qual eles, em geral, lidam com as artes. O cinema, muito especialmente, é reduzido ao mero entretenimento. Porquanto, filmes que pretendam provocar a reflexão, que demandem uma apropriação crítica dessa forma de arte, sejam taxados como “filmes de velhos”. Essa foi uma expressão usada por uma aluna em nossa primeira sessão. Consideramos, contudo que, de maneira geral, o projeto conseguiu proporcionar um espaço fecundo de discussão, debate e do reconhecimento do sofrimento como uma dimensão da existência humana e não só como uma patologia.

2973 IMAGENS DE DENTRO PRA FORA DE MIM - mini-doc | curta-metragem
Patrícia Casqueiro Gois, Rogerio da Silva Ferreira

IMAGENS DE DENTRO PRA FORA DE MIM - mini-doc | curta-metragem

Autores: Patrícia Casqueiro Gois, Rogerio da Silva Ferreira

A presente proposta trata da produção de Imagens de Dentro Pra Fora de Mim, obra cinematográfica de registro, do gênero documentário (mini-doc), com finalização de curta-metragem, em sistema digital de alta definição, no formato 1920 x 1080 - 16:9. O filme com duração aproximadamente de 10’, documenta a exposição plástica Imagens de Dentro: Tornar visível o invisível é tornar dizível o indizível, e traça um panorama do Ateliê de Composições em Colagem, atendimento de grupo em Arteterapia, que é o ponto central dos processos psicológicos criativos que culminam na reunião dos trabalhos componentes da exposição documentada. Esta experiência se passa no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas – CAPS AD III Antônio Carlos Mussum, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O roteiro de Imagens de Dentro Pra Fora de Mim se desenvolve nas imediações da unidade de Saúde Mental, em especial nos corredores principais do serviço, que foram transformados em modestas galerias de arte, onde se encontram os trabalhos expostos; bem como fotografa instantes do atendimento no Ateliê de Composições em Colagem, e depoimentos das pessoas atendidas por este método arteterapêutico, que expuseram seus processos íntimos na exposição. O CAPS AD, locação principal deste filme, funciona num casarão reformado, que outrora foi parte de um violento complexo manicomial, décadas atrás. Portanto, a experiência de cuidado na política antimanicomial deste CAPS, nestas dependências carregadas de memórias, e a experiência estética que causa uma exposição plástica permanente neste espaço, encontram-se afirmativamente na garantia de uma assistência em Saúde Mental, que acredita na humanização como a máxima que orienta sua práxis. A intenção desse registro é o que move a câmera quadro a quadro. O filme parte da apreciação da experiência estética que usuárias e usuários do CAPS AD Mussum estão podendo viver, deste diálogo mais íntimo com a linguagem e o formato de trabalho artístico semelhante aos que são desenvolvidos em museus e galerias de arte, para a raiz desse processo de criação, para as camadas profundas que originam as produções: mulheres e homens que defrontam-se consigo mesmas(os) nos atendimentos de Arteterapia com suas histórias e questões importantes de suas existências. Por essa documentação se pretende acrescentar elementos para discussão no debate aceso em torno das práticas psicossociais em Saúde Mental, por meio da Arteterapia e da Arte em si, e seus desdobramentos tanto clínicos quanto culturais, e de caráter afirmativo na árdua Reforma Psiquiátrica engajada pela Luta Antimanicomial.

2745 A Incluão de Pessoas com Necessidades Especiais nas Artes Circenses
jefferson dornelas jacinto

A Incluão de Pessoas com Necessidades Especiais nas Artes Circenses

Autores: jefferson dornelas jacinto

EIXO 5: SAÚDE, CULTURA E ARTE.A INCLUSÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NAS ARTES CIRCENSES.RESUMO:Este artigo visa mostrar que a inclusão de pessoas com necessidades especiais, podem estar juntos com o circo, e em outros ambientes também, em uma expressão milenar em que encanta na linguagem popular cultural brasileira das artes, da saude e educação pessoal e na sociedade atual moderna e até cultural passando pela tecnologia também, buscando unir a arte. Pretende – se refletir sobre papel do circo na formação, na apresentação destes usuários no meio social, cultural da sociedade, e também da família, com sua linguagem de espaço tradicional, moderno  e contemporâneo, sendo desenvolvido dentro de cada realidades e características físicas, mentais e  emocionais, e então poderemos dizer que todos podem, dentro das suas habilidades na questão da saúde, mais também de  ser um artista diferenciado mais com profissionalismo e grande potencial na qualidade de levar alegria e diversão junto com muito amor e dedicação sempre em harmonia. Neste artigo optou - se pelos seguintes procedimentos metodológicos, nos quais o método escolhido foi positivismo, com tudo o presente estudo trata-se de uma pesquisa de carácter qualitativa, descritiva, onde tem por investigar o desenvolvimento e as habilidades sociais, pois serão analisadas como instrumentos, como uma pesquisa bibliográfica, como fundamento para esta pesquisa, observando as pessoas de sexos feminino e masculino,  deve ser analisadas individualmente, a partir da delimitação, para coleta de dados, iniciamos o estudo com pesquisas com o tema. E com os objetivos;• Conhecer a importância do circo como ferramenta de socialização e inclusão no meio artístico circense.• Analisar os resultados do desenvolvimento social e cultural das pessoas com deficiência que terão.• Verificar a capacidades físicas, mentais e emocionais desenvolvida através da arte circense. Pois conhecer a importância do circo como ferramenta de socialização da inclusão no meio artístico circense, desenvolvendo um fator relevante para a cultura brasileira, pois antes eles as vezes iam ver os espetáculos, isto quando saiam de casa, quando suas famílias os levavam, hoje com a mudança de paradigmas, e conquistas de direitos através das leis, eles já se apresentam no meio da sociedade e até dos números circenses, em alguns lugares por este Brasil. Analisando os resultados do desenvolvimento social e cultural das pessoas com deficiência, nós veremos, uma grande expectativas de vida na auto estima para as famílias e na sociedade. Então podemos verificar que as capacidades físicas, mentais e emocionais desenvolvida através da arte circense estarão na flor da pele, em querer dar seu o melhor, fazendo e transmitindo leveza e dedicação sempre. Vamos ainda reconhecer a formação artística, na sua superação das atividades desenvolvidas, com superação de conhecimentos usando metodologias diferentes e apropriadas para cada um nível de dificuldade mais com mesmo conteúdo para todos. O palhaço é  um personagem de flexibilidade, pois ele quebra todas as normas e incorpora a feiura, e faz criticas a tudo, no social, no cultural, e na politica, ele não é levado muito a sério explorando bastante o seu corpo, através dos movimentos bruscos a partir do ridículo mostrando momentos únicos. Tenho um personagem que faz esta ligação entre a arte e o publico, que é o palhaço medico o Dr. Sabí Tòdú da Alegria, onde faço algumas intervenções artísticas com ele, em hospitais visitando os pacientes, em escolas, igrejas, ações sociais, feiras, conferências, fórum etc., sempre atuando dentro dos temas abordados ao evento de uma forma lúdica e participativa com muita alegria. A risoterapia através da linguagem do meu personagem nos hospitais com improvisos e atitudes concretas, faz em cada paciente, sensação diferente, pois o riso leva a cada um esquecer um pouquinho daquele ambiente nada agradável,  falo sempre é o melhor remédio, e já existem pesquisas que comprovam, o riso ativa o emocional, e outros músculos faciais, etc., trazendo grandes benefícios. Muitas crianças e adultos adoram a figura do palhaço, mas muitas vezes ele, sempre paga mico em suas brincadeiras ou nas apresentações, com suas roupas coloridas e cara pintada, chamando muita atenção por onde passa, sempre alegrando, divertindo, e transmite muitas informações e conhecimentos através das interpretações, trabalhando com o corpo, a mente, elementos artísticos e pedagógicos e os espaços do ambiente, fazendo todos rirem de seus gestos com suas palhaçadas no picadeiro, nas praças escolas hospitais e tanto outros espaços onde é permitido a palhaçaria.RESULTADOS E DISCURSSÕES:O artista circense transmite toda emoção ao se apresentar para uma plateia em diferentes lugares e situações e estas experiências tem reações totalmente diversas pois o receptor é comunicativo e mostrando o resultado na apresentação com a melhor maneira possível para agradar ao publico que foi assistir e se divertir em uma comunicação da cultura circense entre si e também com a sociedade, em momentos de muita alegria aplausos, risos, suspense a cada espetáculos, em cada ambiente tanto na escolas hospitais etc., e a figura do palhaço e mais encantados neste mundo fantástico. Além do espaço escolar, podemos analisar algumas situações que ajuda as pessoas com necessidades especiais, isto se dá através do corpo na ação do momento, sendo pelos números acrobáticos, pelos bailarinos, uma forma suave e linda, com oficinas com os palhaços entre outros. Pois o corpo em movimento expressa superação, movimento, expressão, atitudes, linguagem, interpretação e muitos outros benefícios para saúde que serão apresentados no futuro por cada um, etc., todos tem seus limites físicos, mais o próprio corpo responde aos estímulos provocados para que ele entre em sintonia com o meio ambiente daquele espetáculo ou apresentação pois ele passa sentimentos e emoções, através do corpo que fala mesmo sem que pronunciar nenhuma fala, superação das pessoas com deficiência em aprender a arte do circo, com as atividades propostas, dentro de seus limites. Sendo assim todas as pessoal com qualquer necessidades especiais podem entrar neste universo e alcançar uma visão de mundo de uma interpretação no picadeiro ou espaço adequado, vencendo seus próprios limites, e se transformando e vencendo a cada aula, e em uma linguagem nova e bonita perante ao publico que vai assistir ao espetáculo.CONSIDERAÇÕES FINAIS:A arte circense mostra que há uma integração social, cultural e na vivência da sociedade junto a inclusão das pessoas com necessidade especiais, neste ambiente mágico, lúdico e encantador. O número de pessoas com necessidades especiais está aumentando a cada dia, e todas elas tem suas características próprias, e todas podem, basta ter meios de adequação para cada área possa se adaptar, pois sabemos que existem várias limitações físicas, mentais ou psíquicas, sendo um processo de ensino e aprendizado diferenciado e concreto, onde podemos usar as práticas inclusivas por meio da arte do circo, por meio social, por meio da convivência na sociedade, por meio da cultura, isto nos desperta sempre, ficando bem claro através dos ensaios, com a alegria e do prazer do se que se faz, alcançando altas qualidades tanto internas e quanto externas na expressão de cada indivíduo. Ainda falta muitos passos em nosso pais para que as politicas culturais, os gestores, os governantes e a sociedade em geral, possa abranger de uma forma mais eficaz para que a cultura e a inclusão das pessoas com necessidades especiais tenha seu devido direito e deveres realmente incluso, sem preconceitos e com muita dignidade.