271: Faz escuro mas eu canto,(...)Vem ver comigo,companheiro, mundo mudar. Tiago de Mello
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: Tenda Saúde Fazendo Arte    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
2056 Bordando Saúde
christina silva, Margarida Bicalho, Gabriela Campanha, Roberta Magalhaes, Sheyla Romaniello, Artur Mendes

Bordando Saúde

Autores: christina silva, Margarida Bicalho, Gabriela Campanha, Roberta Magalhaes, Sheyla Romaniello, Artur Mendes

Apresentação: do que trata o trabalho e o objetivo; Como uma nova forma de abordagem e produção de cuidado para a população idosa do Centro de Saúde Marco Antônio de Menezes, como via de promoção em saúde,  optou se por desenvolver oficinas de bordado visando contribuir para a melhoria das condições gerais de saúde da população idosa local. O projeto foi criado inicialmente com um grupo de idosas e se fortaleceu com suporte da equipe que garantiu a manutenção ao longo dos anos Desenvolvimento do trabalho: descrição da experiência ou método do estudo; O projeto Bordando Saúde vem sendo desenvolvido desde 2011 na Unidade Básica de Saúde da Atenção Primária do munícipio de Belo  Horizonte, numa parceria entre Equipe de Saúde da Família/ Equipe de Apoio e as idosas do projeto.  A proposta tem como base os princípios ideológicos do SUS e da Estratégia de Saúde da Família, que ampliam para além do tratamento curativo as ações de saúde desenvolvidas por acreditar no impacto positivo das ações de promoção e prevenção nas condições gerais de saúde da população idosa.  A oficina de bordado acontece toda  sexta feira no horário de 15 às 18 horas durante todo o ano, tem como instrutoras as próprias idosas participantes. O local de realização das oficinas   acontece no próprio espaço físico da Unidade Básica de Saúde.  Os produtos confeccionados pelas idosas da oficina são expostos e vendidos na própria UBS através de uma exposição anual. Atualmente o grupo conta com a participação de dez 10 idosas, a composição do grupo é original desde sua fundação e ao longo de sua trajetória aconteceram diversas atividades extra grupo, a saber: visitas em museus, cinemas e teatros.   Resultados e/ou impactos: os efeitos percebidos decorrentes da experiência ou resultados encontrados na pesquisa; Segundo nossa analíse e avaliação o impacto das ações de prevenção e promoção de saúde através das oficinas de bordado tem estimulado o potencial criativo, “Os bordados estão indo muito bem cada um mais lindo que o outro, chegam ideias a todo momento, a descontração e liberdade de expressão rola solta, são risos, brincadeira e muita animação, da gosto de ficar com elas. Isso é tudo de bom para gente” (Fala extraída do caderno de ata) . Contribui para o desenvolvimento íntimo e pessoal de forma prazerosa e exitosa, incitando o a co-responsabilidade no auto cuidado com a saúde resgatando e fortalecendo auto estima, reconhecer a saúde como um direito a cidadania e expressão da qualidade de vida, reconstrução da própria identidade cultural e social. “ Para finalizar Dra Lucia conta estórias para tranquilizar e emocionar nossas vidas”       Considerações finais. Sabemos que participação das idosas no grupo contribuiu  para o resgate do processo de socialização, melhoria da auto estima e valorização pessoal do indivíduo e propiciou a incorporação de novos conceitos e melhoria da qualidade de vida..  

3083 Oficina de trabalhos manuais "Fadas em treinamento":resultados esperados e inesperados.
Cristina Desirée Spielmann Foss

Oficina de trabalhos manuais "Fadas em treinamento":resultados esperados e inesperados.

Autores: Cristina Desirée Spielmann Foss

A oficina é um espaço onde os usuários da USF Bela Vista e proficionais da saúde interagem e promovem informações, saúde e bem estar.Na oficina são utilizados materiais simples como: jornais, garafas, tecidos, EVA, entre outros para criar objetos de decoração e utilidades do lar. Os encontros são semanais e visam orientar e acompanhar mais de perto a população com diabetes, hipertenção e que estão passando por algum sofrimento psicossocial.Em 2017 as mulheres que participavam desta oficina começaram a se autodenominar "Fadas em treinamento" e começaram a participar de forma efetiva das promoções de saúde e atividades coletivas na USF Bela Vista, bem como participam ativamente do conselho local de saúde. As usuárias participaram de atividades relacionadas ao projeto "Escolinhas do sorriso" confeccionando fantasias e cenário. Para a vigilância em saúde do município confeccinaram flores que foram distribuídas no dia 1 de dezembro, dia mundial de combate a AIDES no centro da cidade. confeccinaram sacolas ecológicas para a conferência e dia de luta contra a violência infantil.Em 2017 foram 36 encontros com 10 usuárias onde foram abordados vários assuntos relacinados à saúde como o controle da dengue, saúde da mulher, cuidados com doenças crônicas entre outros. E entre os resultados esperados constatamos o aumento da cobretura vacinal emtre adultos, aumento da coleta de preventivo de câncer de colo do útero, diminuição da procura por consultas médicas e o acompanhamento com melhor qualidade para usuárias portadoras de diabetes e hipertenção. Porém, resultados que não eram esperados em um primeiromomento foram observados como: a participação das usuárias em eventos relacionados a saúde, participação atuante no conselho local de saúde, usuárias voluntárias em atividades como, por exemplo, marcação de exames, caminhadas e eventos de conscientisação.As "Fadas" pretendem ajudar a Unidade de Saúde da Família Bela Vista com eventos e conscientisação da população. A equipe que aconpanha a ficina é composta por uma técnica em enfermagem e uma agente comunitária de saúde.

4994 Arte, Terapia e Saúde com puérperas albergadas na Maternidade Ana Braga.
Matheus Jun de Paula FUGITA, Bianca Frota Farias de França, Maiara Magri Pereira Olenchi, Matheus de Souza Cerveira Pereira, José Paulo Guedes Saint Clair, Aline Mariana Silva Cândido, Fernada Helena Oliveira Fecury da Gama, Bahyyieh Ahmadpour Furtado

Arte, Terapia e Saúde com puérperas albergadas na Maternidade Ana Braga.

Autores: Matheus Jun de Paula FUGITA, Bianca Frota Farias de França, Maiara Magri Pereira Olenchi, Matheus de Souza Cerveira Pereira, José Paulo Guedes Saint Clair, Aline Mariana Silva Cândido, Fernada Helena Oliveira Fecury da Gama, Bahyyieh Ahmadpour Furtado

Apresentação: o projeto é uma atividade de extensão de acadêmicos de Medicina de Manaus auxiliados por profissionais de Enfermagem e Psicologia. Seu objetivo é ajudar, na maternidade Ana Braga, com arterapia e sessões psicológicas, as mães em puerpério durante a difícil e estressante fase que é a maternidade pós-parto.Desenvolvimento do trabalho: essa atividade tem sido realizada desde Fevereiro de 2016 com intensa pesquisa teórica, viabilizando visitas na maternidade para que os alunos entrassem em contato com as puérperas todas as segundas-feiras e soubessem os melhores métodos de abordagem humanizada. Nessas ocasiões, os alunos e seus orientadores apresentavam temas relacionados à maternagem, saúde feminina, planejamento familiar e maternidade através de atividades lúdico-artísticas e sessões de terapia psicológica, alternando-se as propostas de ensino e terapia semanalmente. Dessa forma, em uma visita semanal, fazia-se a roda de conversa para falar dos sentimentos das mães na presença de profissionais da psicologia, em outra, ministravam-se lições práticas para as mães através de atividades interativas. Podem-se citar, entre essas atividades, a musicoterapia, ensino de corte e costura e diversas formas de arte artesanal.  Resultados: as visitas foram sempre muito bem frequentadas e recebidas pelas mães desde os primeiros momentos. Estima-se que, pelo menos, 200 mães foram assistidas no projeto. Muitas delas relatavam sentimentos depressivos, de abandono, stress e angústia ou por serem pouco acudidas pela família, ou por terem filhos com complicações médicas, ou por inexperiência e baixa idade na maternagem. Verdade é que, na maioria dos casos, a rotina delas se resume a amamentar o filho e esperar em seu leito até outro momento de amamentação. Essa repetição, ócio e isolamento causam as mais diversas reações negativas nas mães. No entanto, ao se depararem com nossas visitas, os relatos de alívio, agradecimento e melhoria multiplicarem-se pela maternidade. Mães que chegaram a relatar sentimentos suicidas durante as sessões psicológicas, sentiram-se melhor após as atividades do projeto. Muitas mães criaram vínculos entre si em decorrência das atividades interativas, o que gerou clima de amistosidade e companheirismo que, antes, era ausente nos dormitórios. Considerações finais: a experiência que o grupo de acadêmicos adquiriu durante o projeto foi, sem dúvidas, de intenso valor tanto social e humanizador quanto técnico, pois exigiu que se unissem o conhecimento médico à inteligência emocional e à prática artística. Esses três elementos juntos puderam proporcionar oportunidades que, numa graduação comum, não existiriam, mas que, por intermédio da extensão, vieram a ocorrer. A equipe recomenda esse tipo de abordagem a todos os alunos da área da saúde.

479 O CUIDADO EM SAÚDE ATRAVÉS DAS CANTIGAS DE RODA: EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA JUNTO A IDOSOS MORADORES DE UM BAIRRO DA PERIFERIA BELENENSE
tiago de nazaré das chagas e chagas, Thais regina Alencar Fonseca, Kessia Karoline Dos Santos Botelho, Ingrid Raiane Renê Cordeiro, Sandra Helena Isse Polaro

O CUIDADO EM SAÚDE ATRAVÉS DAS CANTIGAS DE RODA: EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA JUNTO A IDOSOS MORADORES DE UM BAIRRO DA PERIFERIA BELENENSE

Autores: tiago de nazaré das chagas e chagas, Thais regina Alencar Fonseca, Kessia Karoline Dos Santos Botelho, Ingrid Raiane Renê Cordeiro, Sandra Helena Isse Polaro

APRESENTAÇÃO: Participação e conhecimento são chaves na promoção da saúde (PS), tal como reconhecido de diversas formas na Política Nacional de Promoção da Saúde – PnaPS (BRASIL,2014). Segundo Porto et al (2016), a participação e conhecimento, são assumidos pela PNaPS como estratégicos para a transformação da realidade, o que é explicitado pelo conceito de determinantes sociais, já que a PS deve olhar para além dos muros do setor saúde e incidir sobre as condições de vida das populações. Para tanto é necessário enfrentar as desigualdades sistemáticas, injustas e evitáveis que continuam a marcar sociedades como a brasileira no tocante às inúmeras diferenças.Assim, a produção de saúde e cuidado, deve manter íntima relação entre saúde, participação e produção de conhecimento, o que na prática, representa incorporar o tema na lógica de redes que favoreçam práticas de cuidado humanizadas, pautadas nas necessidades locais, de modo que reforcem a ação comunitária, a participação e o controle social e que promovam o reconhecimento e o diálogo entre as diversas formas do saber (populares, tradicionais e científicos), construindo práticas pautadas na integralidade do cuidado e da saúde (Brasil, 2014).  Desta forma, o programa de extensão “Vivendo e Aprendendo a Envelhecer com Qualidade”, levando em consideração a definição de envelhecimento ativo fornecido pela Organização Mundial de Saúde - OMS (2005), como “o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas”, visa oportunizar que os idosos atendidos pelos serviços da Unidade Municipal de Saúde (UMS) do bairro do Guamá, possam vivenciar uma experiência exitosa ao envelhecer, no que tange as múltiplas faces do cuidar em saúde, melhorando o diálogo entre serviço e usuário, bem  Esta metodologia foi escolhida, com base nos escritos de Martins (2003), onde as cantigas de roda são poesias e poemas cantados em que a linguagem verbal (o texto), e a música (o som), se fundem numa única atividade lúdica, sendo capazes de despertar para o melhor entendimento de temas outrora considerados de difícil compreensão. RESULTADOS E DISCUSSÕES como propiciar a integração entre ensino, serviço e população, colaborando não somente para a melhoria da prática educativa e promoção de saúde, mas também para uma extensão universitária popular, construída de fato em parceria com a sociedade. Tomando como direcionamento a Política Nacional de Educação Popular em Saúde – PNEPS (2012), as atividades realizadas por este programa de extensão, visam promover saúde utilizando-se de uma abordagem problematizadora e horizontal, objetivando a construção de uma consciência crítica, superação das desigualdades sociais e de todas as formas de discriminação, violência e opressão, valorizando a diversidade de saberes e culturas integrando os saberes populares ao cotidiano dos serviços de saúde. Diante desse contexto, objetivou-se neste estudo realizar uma intervenção educativa tendo como público alvo os idosos participantes de um grupo de convivência atuante na UMS do bairro do Guamá, utilizando para isto as cantigas de roda como forma de potencializar o aprendizado sobre o cuidado em saúde. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de um relato de experiência, o que segundo Teixeira (2010), significa uma narrativa enriquecida pela fundamentação teórica com a vivência profissional ou pessoal do autor o que proporciona um ressignificado em comparação a textos analíticos. O cenário desta experiência foi a UMS localizada no bairro do Guamá,bairro este, que possui uma população de 94.610 (IBGE, 2012), e surgiu a partir de um processo histórico de higienização de metrópoles, o que culminou em um local marcado por problemas estruturais e sociais, sendo também considerados um dos bairros mais violentos da capital paraense. Possui várias demandas, dentre elas as do setor da saúde. A UMS- Guamá, conta com cerca de 25.300 usuários matriculados, atende a várias especialidades médicas tais como clínica geral, pediatria, ginecologia, dermatologia e pneumologia e oferece aos usuários os programas de diagnóstico etratamento de tuberculose e hanseníase, programa de saúde mental; pré-natal e saúde da criança, controle do tabagismo, e ainda o Programa Hiperdia.  A intervenção educativa consistiu no uso de cantigas de roda, que abordassem o tema “cuidado”, assim, estas cantigas extraídas do seio da cultura popular, abordavam temas como “autocuidado”, “cuidado de si”, e o “cuidar do outro”, onde em ciranda, os idosos e o bolsista do programa, cantavam de forma descontraída e alegre tais cantigas. Ao fim de cada música, era feito uma rodada de interpretação, onde o bolsista atuava como ativador dos processos reflexivos, e os idosos tinham a oportunidade de se questionar e questionar o outro sobre as indagações surgidas durante a atividade. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: Participaram 40 idosos, sendo a maioria do sexo feminino (cerca de 35 pessoas), estas pessoas participam do grupo de convivência que exerce suas atividades na UMS do Guamá.  Os idosos participaram de forma satisfatória da atividade, sempre muito amistosas e alegres, foi possível perceber sentimentos de alegria diante das cantigas entoadas pelo grupo, e do movimentar do corpo. As cantigas de roda também são uma forma de expressão e socialização, são uma arte viva e o retrato da cultura popular da oralidade. Ao fim da atividade, foi feita uma rodada de discussão sobre os temas abordados, e dentre as falas, foi possível observar a essência do que vinha sendo cantado, pois dentre os pontos principais estavam: “saber escutar o outro”, “cuidar faz bem”, e” cuidar do ambiente é cuidar também de mim”, que são trechos das cantigas trabalhadas. O som é universal e a música é um tipo especial de som, uma linguagem usada em ritos de passagem, parte integrante da natureza e dos seres humanos. A música possui notável poder para motivar grupos e comunidades (Trezza et al,2007).CONSIDERAÇÕES FINAIS:O processo de educar em saúde é parte essencial do trabalho de cuidar da enfermagem, e pode ser entendido como um diálogo que se trava entre as pessoas com o objetivo de mobilizar forças e a motivação para mudanças, seja de comportamento, atitude ou adaptações às novas situações de vida. Dentre as finalidades do Programa de Saúde da Pessoa Idosa, destacam-se: recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim, em consonância com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (Silva et al,2007). Do ponto de vista acadêmico, esta atividade proporciona uma experiência sem precedentes para o graduando em enfermagem, pois permite vislumbrar um cuidado centrado na prevenção e promoção da saúde, utilizando mecanismos simples e eficazes para isso, uma vez que a valorização da cultura e do saber popular são de fundamental importância para a aproximação de idosos aos serviços de saúde, podendo acompanhar de perto os resultados que as ações educativas surtem na vida do usuário e na comunidade.

2069 Traços Identitários e Confluências da Culinária Amazonense
Jullyani Nunes

Traços Identitários e Confluências da Culinária Amazonense

Autores: Jullyani Nunes

O trabalho, fruto de um dos resultados parciais de projeto de pesquisa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, visa identificar os traços significativos de construção das tradições alimentares do estado do Amazonas. A culinária é uma das mais importantes vertentes culturais de formação de um povo, através dela é possível caracterizar social, econômica, geográfica e antropologicamente os aspectos de determinada cultura. Através da análise do sistema alimentar torna-se possível a compreensão de sua identidade, permitindo conhecer as principais dissonâncias e convergências da composição dos hábitos alimentares e uma tematização sobre essa prática. Nesse sentido, objetiva-se identificar os traços essenciais que compõem a culinária amazonense, as intercorrências e interferências externas e internas da constituição de uma culinária própria e ponderar, a partir da diversidade dessa região, a existência de uma caracterização cultural-alimentar própria, que se utiliza de maneira comum de elementos como a mandioca, o açaí, a castanha do Brasil, o cupuaçu, além do alto consumo de peixes entre outros. Trata-se de um estudo de revisão que demonstra as potencialidades alimentares do estado, compondo um misto de técnicas de preparo, alimentos e costumes alimentares, que pressupõe uma dinamicidade fruto da miscigenação no desenvolvimento da região. Para tal, analisa-se a diversidade da cozinha amazonense a partir da compreensão da herança dos povos Indígenas aliados aos africanos, europeus e árabes, como resultado direto da exploração durante a colonização, da incursão dos jesuítas até a segunda metade do século XVIII, do povo nordestino atraído pela atividade do látex no século XIX e finalmente da abertura dos eixos rodoviários que possibilitaram novos fluxos migratórios. Toda essa convergência, se por um lado contaminou os hábitos culturais dos povos indígenas, do outro lado fomentou a construção de uma cultura alimentar própria do Estado.

1025 PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA COM O USO DA DANÇA CIRCULAR NO ÂMBITO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Bianca Calheiros Cardoso, Soraya Maria de Medeiros, Nayara Cristina da Silva Bento, Márcia Laélia de Oliveira Silva, Fillipi André dos Santos Silva, Marília Souto de Araújo, Jordana de Oliveira Freire, Anderson Felipe de Souza

PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA COM O USO DA DANÇA CIRCULAR NO ÂMBITO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores: Bianca Calheiros Cardoso, Soraya Maria de Medeiros, Nayara Cristina da Silva Bento, Márcia Laélia de Oliveira Silva, Fillipi André dos Santos Silva, Marília Souto de Araújo, Jordana de Oliveira Freire, Anderson Felipe de Souza

A Organização Mundial de Saúde entende que a qualidade de vida pode ser definida como a percepção que o indivíduo possui de sua posição na vida, em diversos contextos, dentre eles o da cultura, valores e relações com as suas metas, expectativas e responsabilidades. Nesse sentido, o sujeito pode ser compreendido como o protagonista de sua própria avaliação de qualidade de vida e pensando nessa realidade, a dança circular é uma estratégia que proporciona essa autoavaliação. Além disso, contribuem no favorecimento de atividade física, relaxamento, convívio social, concentração e autopercepção, promovendo o bem-estar. A dança circular é conduzida por um focalizador, no qual seu papel é estimular a interação e realização dos passos coletivamente, independente do ritmo da música, sendo ela regional, meditativa ou contemporânea. Com isso, objetiva-se relatar a experiência da prática de dança circular com os usuários de uma Unidade Básica de Saúde. Trata-se de um relato de experiência vivenciado em uma UBS do Distrito Sul de Natal/RN envolvendo discentes de graduação em enfermagem pela mediação do referencial teórico sobre a temática. A dança circular proporciona mais do que um simples exercício físico ou coreografias, mas também a possibilidade de aprender sobre outras culturas, autoconhecimento, liberdade, sensibilidade, prazer, emoção e espiritualidade. Além disso, essa prática coletiva feita em roda, onde os integrantes dão as mãos, se olham e se tocam, estimula a aceitação e respeito às diversidades, promovendo afeto e reflexões que perpassam o individual, promovendo a sociabilidade. Podem-se observar as vantagens advindas das práticas realizadas pelos usuários da Unidade Básica, como diminuição da ansiedade, maior adesão e convívio social com momentos de confraternização e motivação, favorecendo a criação de vínculos e ao exercício das identidades dos sujeitos sociais envolvidos no processo. Foi constatado que a dança circular visa atingir algo além do olhar biomédico, pois considera aspectos psicológicos, sociais e culturais que também são necessários para a promoção de saúde, podendo ser realizada em qualquer espaço de convivência, com o mais variado público. O aprendizado para os alunos significou acima de tudo a ampliação da visão sobre as formas de cuidado em saúde e a atuação dos enfermeiros nesses processos e que pra isso, faz-se necessário inicialmente, uma abertura para a incorporação dessas práticas no processo de trabalho do enfermeiro, assim como a constatação da necessidade de aprofundamento teórico-prático para o seu desenvolvimento com qualidade e responsabilidade técnico-científica e ético-política. Foi constatado também que a orientação madura de docentes e enfermeiros dos serviços, possibilitando o contato e a vivência dos alunos com essas práticas é fundamental para a incorporação futura das mesmas por parte dos futuros enfermeiros.

3645 Dança: movimento, música, descontração e saúde
Ana Paula Cappellari, Ayane Pontes Machado, Jéssica Hilário de Lima, Luciano Ferreira dos Santos

Dança: movimento, música, descontração e saúde

Autores: Ana Paula Cappellari, Ayane Pontes Machado, Jéssica Hilário de Lima, Luciano Ferreira dos Santos

A Dança é uma forma de exercício para que as pessoas de todas as idades possam manter a forma além de se divertirem e ter muitos benefícios positivos para a saúde. Este relato tem como objetivo descrever a experiência da concepção de um grupo de Dança em uma unidade de Saúde de Porto Alegre-RS.Desenvolvimento do trabalho:descrição da experiência ou método do estudoO grupo teve início no final de 2016 a partir de uma experiência com alunos de uma disciplina do curso de Educação Física da UFRGS, na Unidade de Saúde Santa Tereza. Após o término do projeto da universidade o grupo solicitou que as atividades tivessem continuidade na unidade de saúde. Então, um Agente Comunitários de Saúde (ACS), assumiu o grupo como coordenador e assim passou a ensaiar coreografias e repassá-las aos participantes. O repertório é diversificado, do ponto de vista de ritmos, coreografias e complexidade de movimentos. A dança é realizada semanalmente, no Salão da Capela anexa a Unidade de Saúde e tem duração de uma hora e trinta minutos, iniciando sempre com um leve aquecimento e embalada por música boa e diversão dos participantes. Demanda dos participantes movimentos amplos, variados, coordenados e ritmados, acompanhando a marcação do coordenador e do grupo.ResultadosO grupo de dança tem estimulado usuários de idades variadas a participarem das aulas - desde crianças a idosos..Além disso, o ACS que coordena o grupo tem sido convidado a participar de atividades em outros espaços e outras unidades possibilitando a integração da equipe da Unidade Santa Tereza com outras equipes e grupos. O contrário também acontece com a recepção de outros grupos na unidade como danças circulares e outros projetos.Considerações finais A Atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde. Quando pensamos em ações inovadoras de cuidado em saúde podemos relacionar com ações de promoção de saúde e, então concluir, que o Grupo de Dança é uma potente ferramenta para alcançar o bem estar dos participantes. A dança, além de possibilitar a melhoria da qualidade de vida e da saúde das pessoas, também auxilia na prevenção de doenças e especialmente na Saúde Mental das pessoas que a praticam. Também melhora a autoestima e a integração entre os participantes que, de maneira descontraída, fazem os movimentos corporais que auxiliam no equilíbrio e na coordenação corporal. Ainda, as relações e vínculos são ampliados, proporcionando a formação de outras relações de convivência e estimulando ações que refletem no território e na comunidade.

1172 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO GLOBAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NTELECTUAL APÓS UMA INTERVENÇÃO DE ATIVIDADES NO MEIO LÍQUIDO
Lucas de Souza Nascimento, Minerva Leopoldina de Castro Amorim, Kathya Augusta Thomé Lopes

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO GLOBAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NTELECTUAL APÓS UMA INTERVENÇÃO DE ATIVIDADES NO MEIO LÍQUIDO

Autores: Lucas de Souza Nascimento, Minerva Leopoldina de Castro Amorim, Kathya Augusta Thomé Lopes

INTRODUÇÃO A atividade no meio líquido é considerada a melhor de todas as formas de exercício, pode ser feita através de recreações e/ou terapias, atendendo então uma diversa população de pessoas com ou sem deficiência. Ela precisa ser repassada e aprendida de forma natural para com a sua familiarização. Podendo ser através da natação ou por conceitos aquáticos. O conceito Halliwick foi desenvolvido em 1949 a partir da vontade de pessoas com deficiência física quererem entrar na piscina e não terem estabilidade no meio líquido. Com o conhecimento de hidrostática e hidrodinâmica foi-se possível compreender os problemas de equilíbrio e movimentos enfrentados por pessoas com deficiências profundas dentro da água, as pessoas com deficiência são caracterizadas como “nadadores”, onde cada nadador precisa de um instrutor para lhe acompanhar nas atividades estabelecidas até completar total independência no meio líquido, obtendo estabilidade, equilíbrio e até mesmo realizando movimentos específicos da natação. O Método utilizado como atividade aquática funcional fornece estrutura ao processo de aprendizagem, lógica e progressiva, com abordagem para ensinar a todas as pessoas, em particular as com deficiência física e/ou intelectual. A pessoa com deficiência intelectual (DI) apresenta mais dificuldade na progressão de certos movimentos, onde devem ser abordados em seu próprio nível, na qual seu aprendizado é reforçado se for mostrado pormenorizadamente tal ação, onde através dos métodos utilizados através do Conceito Halliwick de forma progressiva, podem desenvolver suas potencialidades. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho global de pessoas com DI após uma intervenção de atividades no meio líquido.   METODOLOGIA O presente estudo aborda uma pesquisa descritiva e comparativa com dados de análise quantitativo. A amostra foi composta por 13 adolescentes de ambos os gêneros, diagnosticados com deficiência intelectual participantes do Programa de Atividade Motoras para Deficientes – PROAMDE, tendo autorização dos pais ou responsáveis, por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). As avaliações foram realizadas em dois momentos (inicial e final), compostas por avaliações anexadas em uma ficha individualizada onde são descritas as progressões e/ou até mesmo regressões por meio do Programa de dez pontos, sendo eles:   Tabela 01: Pontos do Conceito Halliwick   Adaptação mental Controle da respiração; medo; ansiedade; contato físico Desligamento Perca de contato físico; apoios; realização da atividade Rotação transversal Rotação feita sobre o eixo fronto-transversal Rotação sagital Rotação no eixo sagital transversal (anteroposterior) Rotação longitudinal Rotação feita sobre o eixo sagito-frontal (longo do corpo) Rotação combinada Controlar as rotações dos pontos anteriores Empuxo Controle da respiração para afundar e ser empurrado Equilíbrio e mobilidade Capacidade de manter sua posição enquanto flutua Deslize em turbulência Capacidade de controlar qualquer tendência ao rodar Nado básico Estilos de nados adaptados ou não (braçada, pernada) Fonte: Adaptação do Halliwick Association of Swimming Therapy Desta forma foi desenvolvida uma ficha de avaliação com a finalidade de avaliar o desempenho motor em meio aquático, assim como sua adaptação ao mesmo, sendo esta: Tabela 02: Ficha de avaliação Classificação Pontuação Ponto do Halliwick Observação Realiza (R) 3 Ajustamento mental   Realiza com Dificuldade (RD) 2 Recuperação do equilíbrio   Não Realiza (NR) 1 Inibição de movimento   Total Fonte: Fichas do PROAMDE   RESULTADOS Os resultados apresentados fazem uma comparação entre as avaliações seguindo o programa dos dez pontos. Tabela 03: Avaliação inicial e final Pontos Avaliação Inicial Avaliação Final   R RD NR R RD NR Adaptação mental 70% 30% 0% 100% 0% 0% Desligamento 30% 70% 0% 100% 0% 0% Rotação transversal 10% 75% 15% 30% 60% 10% Rotação sagital 10% 30% 60% 20% 60% 20% Rotação longitudinal 0% 35% 65% 20% 45% 35% Rotação combinada 0% 35% 65% 30% 70% 0% Empuxo 15% 25% 60% 15% 60% 25% Equilíbrio e mobilidade 0% 30% 70% 45% 55% 0% Deslize em turbulência 0% 25% 75% 40% 60% 0% Nados básicos 15% 30% 55% 25% 30% 45%   O nadador deve sentir-se confortável ao mover-se na água, sem medo de molhar o cabelo, a face e as orelhas, de forma progressiva para que os mesmos aconteçam. Assim os trabalhos são realizados conforme o movimento rítmico alternado, cujo exige subir-descer, expirar ao submergir e inspirar ao emergir. O nadador deve aprender a soltar o ar de forma contínua e prolongada embaixo da água de modo que leve menos tempo para inspirar assim que retirar a cabeça da água. Trás benefícios como o aumento do diafragma em até 04 cm, capacidade de maior inspiração, melhoria na quantidade da taxa respiratória de repouso, entre 15 a 18 respirações. O controle da respiração tem efeitos sobre o relaxamento e equilíbrio do nadador, no qual está intimamente relacionada com as posições adequadas e seguras para se executar dentro da água, exigindo total segurança do mesmo. A importância da prática regular, a reabilitação e a integração das pessoas com deficiência predem-se em: maior independência em atividades rotineiras, aceitação de suas limitações, melhora a qualidade de vida, autoestima mais elevado, reforça a aproximação para com os demais integrantes do grupo. O Conceito Halliwick como forma inicial tem boa transição para aprendizagem e independência do nadador ao meio aquático, tendo por si este objetivo. Onde ele possa desenvolver-se com os demais, integrar-se. Tendo como princípios da hidrodinâmica essenciais, sendo como base para qualquer instrução de iniciação aos programas de natação instrucionais.   CONCLUSÃO As pessoas que praticam o método (deficientes), os instrutores/pais/acompanhantes (pessoas ao redor), a luminosidade, sonoridade são fatores que contribuem para a progressão ou regressão do nadador, assim como se deve ser facilitada a metodologia do instrutor, na qual deve respeitar o desenvolvimento do aluno conforme sua potencialidade, seja no equilíbrio, nos movimentos ativos, na fala, no ritmo e na estabilidade, no qual também são contribuintes que podem ser levados também para o ambiente terrestre por toda a sua vida, havendo o aumento da aptidão física, uma melhor postura corporal com apoio mínimo de instrutores, tendo aumento do controle muscular e, até mesmo a gordura corporal podendo ser reduzida através das atividades funcionais em meio aquático, nas quais são os principais benefícios do Conceito Halliwick para aqueles que a praticam, sendo um processo longo e que ocorre de forma gradativa.

1327 GUARAITUBA NA ATIVA! A REDE DE PROTEÇÃO COMO PROMOTORA DE CULTURA, ARTE E LAZER
Danielle Cherbiski, Adriana Adell, Janine Aparecida Cardoso, Andrea de Espindola, Josmar Lima Amaral, José Nilo Lenzi, Fernanda Guskow Cardoso, Doroteia Hofelmann

GUARAITUBA NA ATIVA! A REDE DE PROTEÇÃO COMO PROMOTORA DE CULTURA, ARTE E LAZER

Autores: Danielle Cherbiski, Adriana Adell, Janine Aparecida Cardoso, Andrea de Espindola, Josmar Lima Amaral, José Nilo Lenzi, Fernanda Guskow Cardoso, Doroteia Hofelmann

APRESENTAÇÃO: O presente projeto trata-se da promoção de evento cultural em um antigo ginásio de esportes conhecido como Centro Social ou Social Plaza, atualmente a deriva de cuidados municipais e estaduais, na região metropolitana de Curitiba. Realizado pela Rede de Proteção Guaraituba em parceria com a Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Universidade Federal do Paraná em Novembro de 2017. Contou também com a colaboração da Associação dos Skatistas de Colombo (ASC). O objetivo principal do evento foi dar enfoque a um espaço com grande potencial para a promoção de lazer e saúde, devido a sua extensa área verde, quadras de basquete, futsal e pista de skate. Localizado em uma região da cidade qual não constam parques, praças, ginásios de esporte, espaços de lazer ao ar livre e academias gratuitas. Encontra-se sendo utilizado como ponto de tráfico de drogas e uso de substâncias ilícitas e é considerado foco de endemias devido ao acúmulo de água parada, entulhos, lixo e excremento de aves. Objetivou-se também a união dos membros da rede por uma causa em comum, e a divulgação da existência da rede e seu trabalho para a comunidade. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: O planejamento da ação iniciou-se em setembro de 2017 em reunião da Rede de Proteção Guaraituba, a qual atualmente conta com a participação de 14 equipamentos sociais. O público alvo definido para o evento foram crianças e adolescentes do bairro e levantou-se quais atividades poderiam ser realizadas e atribuiu-se ao evento o nome “Guaraituba na Ativa”. A segunda reunião ocorreu em outubro de 2017. Nesta foram definidas as atrações culturais do evento, ações necessárias para organização estrutural do local e firmou-se parceria com a Associação dos Skatistas de Colombo. Junto à Associação e com duas diretoras dos colégios estaduais e municipais da região, foi possível realizar um levantamento das atividades em que os jovens poderiam interessar-se, decidindo então promover uma apresentação de rap, uma banda a qual contava com ex-alunos das escolas, oficina de skate disponibilizada pela ASC e caminhada pelo bairro oferecida pelo grupo de atletismo do Colégio estadual. Os meios de divulgação das atividades incluíram cartazes e redes sociais. O evento foi realizado em Novembro de 2017, no período da manhã e iniciou-se com a caminhada pelo bairro, realizada com os jovens e a diretora do Colégio estadual. Após a caminhada os participantes retornaram para o local do evento. Na sequência os skatistas da ASC conversaram com os jovens sobre a importância da prática de esportes e a história do skate, qual sempre esteve associada a marginalização. Após, emprestaram skates para que os participantes pudessem praticar e os auxiliaram nas atividades. Durante o período no qual os interessados na oficina de skate praticavam, o Rapper Curitibano Caxarias realizou sua apresentação, cantando algumas músicas de autoria própria e praticando a técnica conhecida como freestyle, qual compõe-se uma música a partir de temas geradores. Para encerrar o evento, contou-se com a participação da banda Marmita Brasileira, reproduzindo músicas brasileiras de diversas gerações. RESULTADOS: Considera-se que o evento atingiu o público alvo, contando com a participação de em média 50 crianças e adolescentes do bairro. As atividades desenvolvidas tiveram boa adesão dos participantes e foram consideradas adequadas para as faixas etárias. O relato ao final do evento dos participantes foi de que gostaram do evento e já aguardam uma próxima edição. A caminhada pode promover a prática de exercício físico e a divulgação do grupo de Atletismo, oferecido gratuitamente no Colégio Estadual. Ao longo da explanação da ASC sobre a história do skate, percebeu-se que esta sempre esteve associada a uma marginalização, geradora de discriminação e preconceito, erroneamente atribuída. No próprio bairro a prática do skate é muito popular. Diversos praticantes locais se profissionalizaram na área, recebendo prêmios e ganhando campeonatos nacionais e internacionais. As letras das músicas do Rapper tiveram como tema gerador o trabalho infantil e a perspectiva de futuro dos jovens. A área em questão encontra-se com grandes índices de evasão escolar na adolescência, sendo o principal motivo associado à necessidade de trabalhar para contribuir com o sustento da família e a gestação na adolescência. O encerramento com a banda Marmita Brasileira trouxe a valorização da cultura musical brasileira, em diversos gêneros e estilos, e também contribuiu como inspiração para os jovens que desejam estudar instrumentos, sendo disponibilizadas aulas e cursos no projeto de criação e fortalecimento de vínculo do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do bairro. O evento também contou com a presença da mídia local e a presença do Vice Prefeito do município, a matéria foi publicada no jornal impresso e virtual . CONSIDERAÇÕES FINAIS: A percepção dos e das participantes do evento foi muito positiva em relação a organização e as atrações culturais. Ocorreram diversos questionamentos sobre a possibilidade da realização de uma próxima edição. Considerou-se as atrações adequadas, pois todas trouxeram temas do cotidiano e da realidade daquela comunidade. Entre os organizadores e organizadoras da ação, evidenciou-se a percepção da possibilidade da ocupação dos espaços em desuso visando a transformação social. Também notou-se maior união e melhora de relacionamento interpessoal entre os membros da Rede que participaram ativamente da construção do evento, efetivando um dos objetivos do evento. Atribui-se grande importância do trabalho em rede, e em parceria com a comunidade, pois dessa forma foi possível encontrar os temas geradores de interesse do público alvo e suporte com os órgãos públicos para a realização da ação. Considerou-se os resultados relacionados à necessidade de melhorias e enfoque do local do evento satisfatória, devido a divulgação do evento em meios de comunicação midiáticos e presença do vice prefeito do município. Enfatiza-se a necessidade de continuidade dessas ações, em prol da transformação social local e da criação de vínculo dos equipamentos sociais com a comunidade. Atribui-se como limitação da ação a divulgação do evento, qual poderia ter sido mais abrangente, o número de participantes a baixo do esperado e a realização do evento em período matutino. Apesar de não ter sido viável a contabilização dos indivíduos presentes, reconhece-se o potencial de maior adesão do público alvo. Compreende-se que existiu resistência dos pais e mães na participação dos filhos devido ao local ser conhecido como ponto de tráfico e uso de drogas ilícitas. Almeja-se para os próximos eventos a superação das limitações citadas, principalmente por meio de maior contato com a população e identificação de temas que gerem interesse. Busca-se também maior abrangência do público alvo, visando a participação de toda a família na vivência das atividades culturais no próprio bairro.

632 QUAL A SUA LUTA? MOSTRA DE FOTOS SOBRE A LUTA ANTIMANICOMIAL E A HOMOFOBIA
Sara Ingrid de Rezende Ferreira, Bianca Cristina Ciccone Giacon, Priscila Maria Marcheti Fiorin, Taiana Gabriella Barbosa de Souza, Mahara Carvalho

QUAL A SUA LUTA? MOSTRA DE FOTOS SOBRE A LUTA ANTIMANICOMIAL E A HOMOFOBIA

Autores: Sara Ingrid de Rezende Ferreira, Bianca Cristina Ciccone Giacon, Priscila Maria Marcheti Fiorin, Taiana Gabriella Barbosa de Souza, Mahara Carvalho

Introdução: Durante muito tempo, a maneira de tratar pessoas acometidas por transtornos mentais era isolar os indivíduos em hospitais psiquiátricos, assim como pessoas que possuíssem condições sexuais diferentes das impostas pela sociedade, uma vez identificados esses indivíduos de comportamento taxado como ‘‘anormal’’, eram trancafiados em manicômios como modo de punição. A Luta Antimanicomial teve o lema: “Por uma sociedade sem manicômios” e luta pelos direitos de pessoas com sofrimento mental. No dia 18 de maio comemora-se o Dia Nacional da Luta Antimanicomial e no dia 17 de maio o Dia Internacional da Luta contra a Homofobia. Objetivo: a mostra teve o objetivo de sensibilizar os universitários sobre a luta de pessoas acometidas por transtornos mentais e homofobia. Metodologia: Este é um relato de experiência de uma mostra de fotos realizado pela Liga Acadêmica em Saúde Mental em Enfermagem (LASME). Ocorreu no dia 18 de maio de 2017 nos Campus da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), cidade de Campo Grande e Coxim no estado do Mato Grosso do Sul. Além das fotos, foi utilizado um móbile interativo com a pergunta: “Qual é a sua luta?” e a camiseta usada pelos ligantes com a frase: We are all human. Resultados: As fotos foram expostas na frente do Restaurante Universitário (RU) da UFMS e a ação atingiu cerca de 600 alunos. Esta atividade permitiu que houvesse comunicação e envolvimento por todos além de propagar conhecimento acerca da trajetória e a evolução da reforma psiquiátrica que muitos desconheciam. Ao responder a pergunta e participar do móbile, percebemos que muitos universitários lutam com sofrimento psíquico como ansiedade e depressão, outros com problemas relacionado ao estresses e cobrança nos estudos. Considerações finais: Os universitários foram sensibilizados pelas fotos expostas, proporcionando discussões sobre os preconceitos relacionados a pessoa com transtornos mentais e a homossexualidade. Também foi percebido um sofrimento psíquico dos universitários e um desconhecimento dos sobre o apoio das redes de atenção psicossociais atuais.

644 EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM CRIANÇAS DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DE BELÉM SOBRE A IMPORTÂNCIA DA SEPARAÇÃO DO LIXO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Mônica Costa

EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM CRIANÇAS DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DE BELÉM SOBRE A IMPORTÂNCIA DA SEPARAÇÃO DO LIXO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Mônica Costa

Introdução: A importância da separação do lixo é um assunto de saúde pública que está diretamente relacionado ao desenvolvimento de doenças, e deve ser iniciado desde a infância com ações lúdicas de educação, a fim de formar cidadãos conscientes sobre a relevância dessa prática para prevenção de doenças e melhoria das condições de saúde da população que estão inseridos, além do papel disseminador que elas apresentam. Objetivos: Promover educação ambiental por meio de ações lúdicas como forma de divulgar os benefícios para saúde com a prática de separação adequada de lixo. Descrição da experiência: Trata-se de um relato de experiência de um grupo de discentes do curso de graduação de enfermagem da Universidade do Estado do Pará, como parte do trabalho de conclusão semestral proposto pela instituição, em uma escola municipal de ensino fundamental de Belém do Pará, com alunos de 5 a 6 anos. Sendo primeiramente realizada a visita ao local para observar a realidade do ambiente e elencar uma problemática para ser trabalhada, tendo como tema escolhido a separação do lixo. Posteriormente os discentes reuniram-se para desenvolver uma atividade lúdica para atrair e ensinar sobre o tema para as crianças e por fim a aplicação dessa atividade. Resultado: Foi observado o grande interesse das crianças pelo tema e atividade lúdica realizada, onde elas participaram ativamente e relataram que iriam ensinar aos seus pais como separar o lixo adequadamente e o quanto é importante para a saúde coletiva. Dessa forma, os resultados mostraram-se muito satisfatórios. Considerações finais: Durante a aplicação dessa ação foi possível perceber a carência de atividades voltadas para essa problemática e a efetividade da ludicidade no desenvolvimento de ações de educação em saúde com crianças, atingindo assim o objetivo esperado.

1098 atividades lúdicas em idosos institucionalizados: um relato de experiência
pedro de brito prestes júnior

atividades lúdicas em idosos institucionalizados: um relato de experiência

Autores: pedro de brito prestes júnior

INTRODUÇÃO: O envelhecimento traz consigo a necessidade de se enquadrar à novas vivências, não cabe para os dias atuais, pensar no idoso como alguém que vive apenas de afazeres domésticos e descansos. Hoje, pela busca da melhor qualidade de vida, os idosos institucionalizados se envolvem com a educação, acompanhando o desenvolvimento tecnológico, gozando e participando da vida social. A prática das atividades lúdicas é um dos meios pelos quais as pessoas podem se sentir aptos e, talvez, mais dispostas para realizarem as atividades do cotidiano, contudo, não deve ser vista apenas como algo engraçado, e sim, eficaz no processo de aprendizado. OBJETIVO: Descrever a experiência de acadêmicos de enfermagem na realização de atividades lúdicas. METODOLOGIA: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência implementado durante a disciplina de Prática de Ensino Clínico l, ofertada pelo curso de graduação em enfermagem do Centro Universitário São Lucas. Foram realizadas atividades lúdicas de enfermagem em educação e promoção da saúde com idosos residentes em uma instituição de longa permanência, no município de Porto Velho–RO, durante o período de 21 a 23 de março de 2017. Os participantes do estudo foram 43 idosos, na faixa etária de 53 a 99 anos. As atividades desenvolvidas aconteceram de forma abrangedora onde contos de histórias infantis, pinturas, bingos e danças, tiveram um papel importante para promover desenvolvimento pessoal, satisfação e bem estar integral. RESULTADOS: Inicialmente foi necessário realizar um diagnóstico situacional, na qual foi observado que a convivência entre os idosos residentes se davam de forma monótona e distante. As atividades lúdicas de enfermagem foram selecionadas de acordo com os objetivos do plano de aula do professor preceptor. Ficaram evidenciados o interesse, a disposição e a satisfação dos participantes, tanto nas atividades desenvolvidas como nas propostas para o dia seguinte. CONCLUSÃO: O lúdico é uma ferramenta importante para que profissionais de saúde envolvidos no cuidado aos idosos, minimizem os efeitos da institucionalização, buscando alcançar alegria, descontração e formação de um ambiente mais agradável, além de favorecer interação entre o profissional e o idoso institucionalizado. DESCRITORES: ludoterapia, Idosos, Enfermagem. REFERENCIAS: DIAS, M. P. A importância do lúdico e auto cuidado na terceira idade (Monografia). Faculdade Cenecista de Capivari. Capivari, São Paulo, 2014.