264: A pesquisa e o trabalho: as evidências que modelam os serviços de saúde
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: ICB Sala 16 - Cauxi    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
758 PAPEL DA ENFERMAGEM FRENTE A PACIENTE PORTADOR DE ANEMIA FALCIFORMEA
Lília Maria Nobre Mendonça de Aguiar, Vanessa Higinia Bezerra Cesario Tapajós, Raissa Mayara Pereira Machado

PAPEL DA ENFERMAGEM FRENTE A PACIENTE PORTADOR DE ANEMIA FALCIFORMEA

Autores: Lília Maria Nobre Mendonça de Aguiar, Vanessa Higinia Bezerra Cesario Tapajós, Raissa Mayara Pereira Machado

INTRODUÇÃO: A anemia falciforme é uma doença hemolítica de caráter autossômico recessivo, presente em indivíduos homozigoticos para HbS ( hemoglobina S). É originada por uma mutação na posição 6 da extremidade N – terminal do cromossomo 11, onde ocorre a substituição de um ácido glutâmico pela valina. A HbS é responsável pela proliferação dos eritrócitos em condições de hipóxia, fazendo com que esses assumam o formato de foice. Esses polímeros podem lesar a estrutura da membrana eritrocítica, causando hemólise. A diminuição do número de eritrócitos pela hemólise associada a alta destruição das hemácias pelo baço, causam o quadro de anemia comum em pacientes falciformes. As manifestações da anemia falciforme resultam da obstrução causada pelos eritrócitos falcizados e pela destruição aumentada desta célula aumentada dessas células anormais. Nessa situação ocorre um bloqueio intermitente na microcirculação devido o emaranhamento de células falciformes rígidas, provocando assim a vaso-oclusão. Em consequência disso, a ausência de fluxo sanguíneo para os tecidos adjacentes provocando hipóxia local, resultando em isquemia tecidual e infarto celular¹. OBJETIVO: Descrever a importância da atuação do enfermeiro no tratamento da anemia falciforme. Relatando as principais complicações da anemia falciforme, enfatizando a importância dos cuidados prestados pelo enfermeiro na detecção precoce das complicações da anemia falciforme. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica fundamenta-se na análise de artigos na base de dados como SCIELO, LILACS. RESULTADOS: Como ciência do cuidar do bem estado físico e mental do paciente, a enfermagem deve esta atenta com meios que minimizem o desconforto da dor que e gerada pelas complicações que decorrente da anemia falciforme. O conhecimento da patologia e dos fatores desencadeantes das crises deve ser compreendido pelo enfermeiro e sua equipe de forma que produza efeito positivo, pois esses conhecimentos são essenciais para garantir uma assistência de enfermagem com qualidade a estes pacientes e suas peculiaridades. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nas informações o presente estudo mostra relevante e agrega conhecimentos, contribuído para melhor embasamento dos profissionais da Enfermagem no que desrespeito à assistência prestada a estes pacientes portadores da AF, deste modo oferecendo um tratamento mais eficaz e individualizado, melhorando assim, a qualidade de vida e bem estar dos mesmos.

815 CONSUMO DE PRODUTOS TRANSGÊNICOS PELA POPULAÇÃO BRASILEIRA E O CRESCENTE NÚMERO CASOS DE HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR, NO PERÍODO DE 2000 A 2016.
Caroline Ferraz Silva, CAROLINE FERRAZ SILVA, CRISTIANE MAIA SILVA, JESSICA SILVA SOUZA

CONSUMO DE PRODUTOS TRANSGÊNICOS PELA POPULAÇÃO BRASILEIRA E O CRESCENTE NÚMERO CASOS DE HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR, NO PERÍODO DE 2000 A 2016.

Autores: Caroline Ferraz Silva, CAROLINE FERRAZ SILVA, CRISTIANE MAIA SILVA, JESSICA SILVA SOUZA

Os organismos geneticamente modificados (OGM), também chamados de transgênicos, são definidos como todo material biológico cujo código genético foi alterado por meio de técnicas de laboratório a biotecnologia e engenharia genética. O desenvolvimento de produtos transgênicos vem crescendo desde a década de 70 com o avanço da medicina através das técnicas biotecnológicas e chegaram ao ramo da agricultura, com a variedade de alimentos transgênicos e falta de informação para a população. A partir disso, levantou-se questionamentos quanto ao consumo excessivo de alimentos submetidos à esta técnica e sua relação ao aumento dos casos de alergia alimentar. Trata-se de um estudo de revisão de literatura  realizada de  fevereiro a maio de 2016 com consulta de artigos, revistas e vídeos nos idiomas inglês, português e espanhol, publicados entre 2000 e 2016 .As palavras chaves utilizados foram: alergias, segurança alimentar, soja e trangênicos. Buscou-se avaliar e informar à população brasileira sobre o aumento de casos de hipersensibilidade alimentar e sua relação com o consumo de alimentos transgênicos, no período de 16 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, o consumo de OGMs pode ocasionar o aumento do risco das alergias, pois quando se insere um gene de um ser em outro, novos compostos podem ser formados. Muitos dos genes utilizados em transgênicos podem ser de bactérias utilizadas na fabricação de antibióticos. Os genes transferidos podem produzir novas substâncias tóxicas ou ter seu efeito tóxico aumentado, provocando assim, o aumento das substancias tóxicas nos alimentos. O presente trabalho tem finalidade de desmistificar alguns mitos referentes aos benefícios com o consumo de alimentos transgênicos e esclarecer indagações quanto á sua procedência e os possíveis riscos á saúde da população brasileira.

865 Perfil epidemiológico dos neonatos internados na unidade de terapia intensiva neonatal de um hospital público no interior da Amazônia
Isolina de Fátima Barros Valente, Ellen Caroline Santos Navarro, Antonia Regiane Pereira Duarte, Thais Nathale Miranda Pagno

Perfil epidemiológico dos neonatos internados na unidade de terapia intensiva neonatal de um hospital público no interior da Amazônia

Autores: Isolina de Fátima Barros Valente, Ellen Caroline Santos Navarro, Antonia Regiane Pereira Duarte, Thais Nathale Miranda Pagno

A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é um ambiente tecnológico de alta complexidade, destinado a receber Recém-nascidos (RN) que necessitam de cuidados especiais. Para oferecer suporte de vida a essas crianças, faz-se necessário uma equipe multidisciplinar capacitada, espaço físico adequado, materiais e equipamentos disponíveis e em funcionamento. Dessa forma, o RN permanece num ambiente que, embora imprescindível pela tecnologia sofisticada que lhe assegura a vida, é também hostil pela agressividade das técnicas e procedimentos invasivos aos quais são submetidos. Apesar de todos os programas voltados para a saúde da mãe e do RN ainda se observa uma grande ocupação nas unidades de terapia intensiva neonatal, acarretando com isso longas esperas por um leito nestas unidades, o que leva por vezes ao óbito de neonatos vítimas de alguma disfunção orgânica uma vez que estes necessitam de uma assistência mais especializada. Diante desta problemática, questiona-se: qual o Perfil epidemiológico dos neonatos internados na unidade de terapia intensiva neonatal de um hospital público no interior da Amazônia. O estudo se mostra importante uma vez que se conhecendo o perfil desses neonatos adquire-se indicadores  que direcionem um melhor  planejamento de políticas públicas na tentativa de reduzir os óbitos neonatais, bem como poderá vir a incentivar a sociedade acadêmica a desenvolver novos projetos sobre a área neonatal, sanando dúvidas e melhorando a assistência prestada a esta clientela. Dentre os objetivos do estudo buscou-se: identificar quais os motivos que geraram a internação e qual o desfecho desta; identificar qual a via de parto do nascimento dos RNs; apontar qual a rede assistencial de referência. Trata-se de uma pesquisa de campo transversal, descritiva, quantitativa e documental, realizada em um hospital público de Santarém, que é referência no atendimento de alta e média complexidade. A amostra do estudo foi calculada por todos os RNs admitidos na UTIN no período de 2014 e 2015, utilizando 40% destes internados constituiu-se um total de 137 prontuários, porém, 15 foram excluídos em virtude de não possuírem todas as variáveis selecionadas para realização do estudo. Com isto, analisaram-se 122 prontuários dos neonatos que foram internados na UTIN no referente período da pesquisa. Para o alcance dos objetivos, utilizou-se como método a coleta de dados através de um formulário com questões diretas sobre as seguintes variáveis: sexo, idade gestacional, tipo de parto, peso, faixa etária, motivo da internação, procedência, dieta mais utilizada para ganho ponderal e motivo da alta. A coleta de dados realizou-se nos meses de agosto e setembro de 2016, junto ao Serviço de Prontuário do Paciente (SPP). Os resultados mostram que em 2015 o índice de internações foi mais elevado, uma vez que neste ano houve 79 internações frente as 43 do ano anterior. Evidencia ainda que o sexo masculino manteve um equilíbrio em sua demanda pois, no ano de 2014 foram registrados 27 RNs, e em 2015 apresentou registro de 29 neonatos. Em contrapartida observa-se um grande acréscimo dos atendimentos ao sexo feminino no ano de 2015, com 50 internações, já no ano anterior foram atendidas somente 16 recém-nascidas. Na procura de fatores que levaram à internação na UTIN, buscou-se conhecer o peso dos neonatos ao nascimento, visto que o peso ao nascer, a idade gestacional e a faixa etária são variáveis diretamente relacionadas com baixa vitalidade do RN. Em relação a esse quesito constata-se que a maioria dos recém-nascidos internados na UTIN do município estudado obtiveram um percentual de 37,70% de nascimento com baixo peso variando de 1.500 a 2.499 kg, retrata ainda que 31,96% dos neonatos admitidos na unidade pesaram em seu nascimento mais de 2.500 kg, estando dentro dos parâmetros normais de peso, enquanto que, os recém-nascidos com baixo peso extremo contabilizaram o percentual de 30,32%. Correlacionando a idade gestacional aos dados analisados comprovou-se que o período de maior internação se deu entre a 33ª e a 36ª semana com 51 registros, observou-se tambem que a maioria dos partos dos RNs internados na UTIN são prematuros. Em uma escala decrescente pode-se observar que 31 recém-nascidos conseguiram chegar ao final da gestação, 30 nasceram entre 29 à 32 semanas, enquanto que entre 25 a 28 semanas, 9 neonatos nasceram com prematuridade extrema e apenas um caso apresentou idade gestacional acima de 40 semanas. Apesar dos dados apresentarem que a via de parto mais prevalente foi o parto via vaginal, ainda se detecta o índice elevado de cesariana, visto que dos 122 partos registrados, 59 destes aconteceram com o auxílio de tal procedimento. A pesquisa mostra que a maior incidência de cesariana ocorreu na idade gestacional entre 33 a 36 semanas, onde constatou-se que de 51 partos realizados 25 aconteceram a partir desta conduta médica. No que tange a faixa etária dos RNs admitidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal  observa-se que os maiores índices de internações ocorreram na faixa de 0 a 10 dias de nascido com 83,60% das admissões, tais dados reforçam a hipótese de que durante o trabalho de parto e logo após o nascimento os RNs  tendem a apresentar maior intercorrências, e que se essas não forem detectadas e atendidas em tempo hábil poderá levar esse neonato a necessitar de terapia intensiva o que pode o deixar ainda mais vulnerável a riscos.  Evidencia-se ainda que a faixa etária que menos demandou internações na UTIN foram os RNS entre 21 a 28 dias, demonstrando que com o amadurecimento orgânico estes adquirem melhor imunidade, logo menos adoecimento. Em relação à procedência, o estudo demonstrou que um número expressivo (69,87%) dos neonatos que necessitaram de terapia intensiva devido problemas no nascimento eram provenientes do Município de Santarém e encaminhados da rede pública, constatou-se que 9,83% tiveram sua procedência de uma rede privada, foi possível constatar ainda que 20,49% destes neonatos adentram a UTIN através da solicitação do Tratamento Fora do Domicílio (TFD). Diante da análise dos dados, pode-se constatar que os RNS muitas vezes apresentaram mais de uma causa de internação totalizando uma frequência de 17 patologias na UTIN no período referente a pesquisa, porém destas, 03 destacaram-se com maior prevalência: Prematuridade com uma taxa de 64 casos, Sepse com 28 eventos e Insuficiência respiratória apresentando 31 ocorrências. A assistência de qualidade prestada ao RN influencia diretamente em sua melhora. Assim, sobre este item, o estudo favoreceu constatar que no município em estudo a assistência ao RN mostra-se eficaz uma vez que 80,32% dos neonatos internados na UTIN receberam alta por cura, sendo que apenas 18,85% dos pacientes internados necessitaram ser transferidos para outros centros, e somente 0, 81 % evoluíram a óbito. Apesar dos avanços da perinatologia nos últimos anos, a prematuridade continua sendo a principal causa de morbidade e mortalidade neonatal, representando um dos maiores desafios para o fornecimento de uma assistência profissional de qualidade. Acredita-se que a pesquisa epidemiológica consiste em alicerce para avanços no cuidado da saúde. Nacionalmente, os estudos sobre caracterização de diferentes populações não são frequentes, principalmente no que concerne aos neonatos. Com isto, conclui-se que todos os esforços devem ser direcionados ao controle do nascimento prematuro e, na ampliação de serviços especializados com tecnologia adequada e recursos humanos capacitados para oferecer um atendimento qualificado.

1161 PESQUISA SOBRE USO DE DROGAS EM ADOLESCENTES - TAUÁ (CE)
FRANCISCO HELDER SALES MOTA, Ingrid Noronha Caracas Castelo Guedes, Maria Ivone Loiola Meneguelo, Sandro Helbe Meneguelo, Antonia Paloma Sena Almeida, Antonio Charles Oliveira Nogueira, Aldenora Gonçalves Pereira

PESQUISA SOBRE USO DE DROGAS EM ADOLESCENTES - TAUÁ (CE)

Autores: FRANCISCO HELDER SALES MOTA, Ingrid Noronha Caracas Castelo Guedes, Maria Ivone Loiola Meneguelo, Sandro Helbe Meneguelo, Antonia Paloma Sena Almeida, Antonio Charles Oliveira Nogueira, Aldenora Gonçalves Pereira

• No ano de 2015 iniciou-se por uma Equipe multiprofissional do Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Outras Drogas (CAPS AD) em parceria diretiva com o Programa Saúde na Escola (PSE) uma pesquisa relacionada a descobrir o perfil de adolescentes quanto ao uso indevido de álcool e outras drogas. Essa pesquisa vinha sendo suscitada pelo Psicopedagogo do CAPS AD, Francisco Helder Sales Mota. Inicialmente  lançou-se a campanha “Eu curto a vida, não curto drogas”, dentre outras finalidades está o acompanhamento mais proximal da realidade do uso indevido de drogas por parte da adolescência, em especial alunos da rede municipal e estadual de ensino no município de Tauá - Ceará. Muitos estudos demonstram o crescimento alarmante do uso de drogas entre os adolescentes e jovens, de modo que este se desvela enquanto um importante problema social. Pela complexidade do fenômeno, seu enfrentamento requer programas de prevenção e combate bem articulados com vários seguimentos da sociedade. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa e quantitativa, com o objetivo de diagnosticar o envolvimento de adolescentes e jovens com drogas na cidade de Tauá. Ressaltamos que a partir do 2º semestre de 2016, lançou-se a  proposta de intervenção nestas escolas pesquisas (um cronograma de ações interventivas serão lançadas). Contamos com o apoio da Assessoria de Políticas sobre Drogas, CRAS, CREAS, Secretaria de Educação, Residentes e Assistência Social. No Brasil foram criados, nos últimos anos, serviços voltados para prevenção de dependência e combate ao tráfico de drogas ilícitas, a exemplo da aprovação da Lei número 11.343/2006 que entre outras ações institui o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas, que tem por finalidade articular, integrar, organizar e coordenar as atividades de prevenção, tratamento e reinserção social de usuários e dependentes de drogas, bem como as de repressão ao tráfico das mesmas (SENAD). O resultado das pesquisas realizadas nas escolas teve por base de dados a aplicação de questionários anônimos aplicados entre Junho a Novembro de 2015 com um total de 1.356 alunos. Continuamos essa pesquisa nos anos de 2016 e 2017 com mais 600 (aproximadamente, dados ainda fechados). Vale ressaltar que temos os gráficos dos resultados por escolas, contemplado perguntas de forma anônima como: Quem usou ou não o álcool e outras drogas Após abordagens dinamizadas com alunos sobre drogas e em seguida aplicado um Questionário anônimo não obrigatório a ser respondido com os referidos alunos (analisado previamente pela psicóloga do CAPS AD – Ingrid Noronha, pela Enfermeira – Ivone Meneguelo e o Psicopedagogo – Prof. Helder Sales), explanado de uma forma bem clara e voluntária para todos, e notou-se não haver constrangimentos por parte dos alunos, vale ressaltar a inclusão da pergunta preventiva sobre o suicídio (ações do “Setembro Amarelo” realizado em setembro/2015, 2016 e 2017). A faixa etária pesquisada foi entre 12 a 16 anos em sua maioria, mas com algumas exceções de 17 a 19 anos.

1392 SEGREGAÇÃO DE RESÍDUOS EM SAÚDE: O CONHECIMENTO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE
Letícia Ivylla Nunes da Silva, Mônica Bianca Brasil Xavier da Silva, Sislândio Costa Bohry, Antonia Regiane Pereira Duarte

SEGREGAÇÃO DE RESÍDUOS EM SAÚDE: O CONHECIMENTO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE

Autores: Letícia Ivylla Nunes da Silva, Mônica Bianca Brasil Xavier da Silva, Sislândio Costa Bohry, Antonia Regiane Pereira Duarte

INTRODUÇÃO: A segregação de resíduos em saúde ainda é um assunto pouco conhecido por muitos profissionais do âmbito da saúde, por isso se faz relevante que sejam desenvolvidas mais pesquisas nesta temática, este tema se faz relevante, pois possui como abordagem principal a Segregação dos Resíduos em saúde, visando o conhecimento do profissional em saúde. Mesmo com a implantação de políticas e medidas de controle para facilitar o tratamento dos resíduos gerados ainda é notável o déficit que as instituições de saúde encontram como barreira para desenvolver de forma correta este processo de segregação de resíduos. Os profissionais de saúde são os principais geradores de resíduos em saúde e o motivo de serem os maiores geradores destes resíduos é a falta de conhecimento do manejo adequado, ou seja, descarte e acondicionamento incorreto destes. As instituições de saúde devem oferecer educação continuada sobre o gerenciamento de resíduos aos seus colaboradores, assim como, devem implantar o Plano de Gerenciamento de Resíduos em Saúde, que deve estar disposto em um manual que esteja ao alcance de todos os funcionários em caso de dúvidas sobre o processo de gerenciamento. OBJETIVO: Analisar o conhecimento do profissional em saúde acerca da segregação de resíduos em saúde. METODLOGIA: trata-se de um estudo de natureza descritiva, com análise quantitativa. Realizado em um Hospital Público, no Município de Santarém, no Estado do Pará, a coleta dos dados ocorreu no período de 11 a 30 de Novembro, do ano de 2017. O público alvo do estudo foram profissionais de enfermagem atuantes no setor de Unidade de Terapia Intensiva, totalizando uma amostra de 16 colaboradores, de um universo de 20. Os dados foram coletados através de um questionário semiestruturado com perguntas direcionadas ao tema proposto. RESULTADOS: mostram que a instituição estudada não possui como foco a política da educação permanente sobre as formas de gerenciar os resíduos em saúde, constatou-se ainda que os profissionais abordados desconheçam a etapa de segregação dos resíduos bem como formas de gerenciar esse processo. CONCLUSÃO: que a instituição avaliada necessita da implementação do Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde, tal medida contribuirá com maior qualidade na saúde dos profissionais envolvidos na assistência de forma direta e indireta, bem como diminuirá de forma considerável o afastamento de profissionais decorridos de acidentes de trabalho, minimizando assim os custos institucionais.

1418 PERFIL HÁBITUAL DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
Alex dos Santos Carvalho

PERFIL HÁBITUAL DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE

Autores: Alex dos Santos Carvalho

É possível visitar a literatura atual para encontrar vários estudos relacionados a perfil, indicadores de pressão arterial, doenças crônicas não transmissíveis, dentre outros (OLIVEIRA et. al. 2015; LIMA et. al. 2016; OLIVEIRA et. al. 2013; COLOMBO e DERQUIN, 2008; FERRAZ e AERTS, 2005). Porém, ainda não se tem muita informação sobre esses dados em profissionais da área da saúde, principalmente nos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), pessoas estas que lidam diariamente com vários tipos de doenças, sejam elas transmissíveis e não transmissíveis, são estes trabalhadores quem realmente tem o contato diário com esse público, tanto nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), quanto dirigindo-se em suas casas, nas visitas domiciliares. No estudo de Porto et. al. (2016), foram identificados achados que sugerem que estes indivíduos reconhecem os riscos à sua saúde, sobretudo a partir dos indicadores morfológicos, mas ignoram a importância de manter valores relacionados a pressão arterial adequados e de ter uma prática regular de Atividade Física (AF) com o intuito de postergar o surgimento de alguma condição crônica, maléficas ao organismo, o que poderá influenciar na sua autopercepção da saúde num futuro não muito distante. Contudo, devemos lançar um olhar profundo nesta população, pois, além de darem instruções de saúde à população, eles também deveriam cuidar de sua própria saúde, e em muitos casos vemos que isto não vem ocorrendo. Com este estudo, pretendemos encontrar um norte para este paradigma, onde os ACS poderão através dos resultados obtidos, conhecer a sua aptidão física, bem como, noções básicas para a melhora de seu estilo de vida. Ainda assim, esperamos que através deste estudo os próprios ACS comecem hábitos de vida saudáveis através da prática de AF e uma boa alimentação, para evitar futuras doenças, e ter uma melhora na sua qualidade de vida. Deste modo, o objetivo geral deste estudo foi identificar o perfil antropométrico e pressórico de agentes comunitários de saúde do município de Uruguaiana-RS. Esta é uma pesquisa quantitativa de caráter descritivo e transversal. Quantitativa: Pois ela traduz em números as opiniões e informações adquiridas para serem classificadas e analisadas no referido estudo. Utilizam-se de técnicas estatísticas (RODRIGUES, 2007). Descritiva: Pois, segundo Gaya (2008) a pesquisa descritiva tem por finalidade observar, registrar e analisar os fenômenos sem, entretanto, entrar no mérito de seu conteúdo. Na pesquisa descritiva não há interferência do investigador, que apenas procura perceber, com o necessário cuidado, a frequência com que o fenômeno acontece. A População da pesquisa segundo a Secretaria de Saúde do município de Uruguaiana é de 105 ACS que encontram-se em atividade atualmente no 2º semestre de 2017, e a amostra foi composta por 61 ACS trabalhadores nas ESFs do município de Uruguaiana-RS, totalizando 58% da população geral, dando mais veracidade e validade aos nossos dados. Os demais ACS não demonstraram interesse em participar, ou não se encontravam presentes nas EFSs no momento da coleta dos dados. Para explicar os procedimentos avaliativos e pedir a autorização dos avaliados foi encaminhado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), onde foi detalhado todos os procedimentos que seriam adotados, bem como, dados gerais da pesquisa, informações relevantes. Para o recolhimento dos dados dos avaliados, foi usado um questionário semi-estruturado, criado pelos próprios pesquisadores, passado pela aprovação do comite ético da URCAMP/alegrete, com questões fechadas e semi-abertas, referente à: Nome; idade; sexo; escolaridade, estado cível, etc. Também constou com outras questões norteadoras, para a identificação do perfil desta população. Através deste questionário adaptado, observamos que 90% da amostra são do sexo feminino e apenas 10% são do sexo masculino. Alguns autores atribuem o progressivo aumento de mulheres que atuam como ACS ao fato de elas desempenharem, instintivamente, o papel de cuidador na sociedade (BEZERRA, et al., 2005; FERRAZ e AERTS, 2005). A amostra possui um ponto que os difere muito, a idade cronológica, pois temos idades entre 20 e 63 anos, uma diferença significativa que não interfere no sentido da pesquisa, pois os sujeitos foram avaliados e os resultados de cada instrumento se apresentam de acordo com a individualidade de cada um, onde observamos que a maioria, 65,58% da amostra esta na faixa etária de 30 a 49 de idade, 19,67% tem idade de 20 a 29 anos e apenas 14,75% tem idade acima dos 49 anos. Resultados semelhantes foram encontrados no estudo de Vasconsellos e Costa-Val (2008), com ACS, onde observou-se que 96,7% eram mulheres e apenas 3,3% eram homens, sendo a média das idades de 33 anos (18 anos a 57 anos; ±11 anos). A grande maioria possuía 2º grau completo (78,3%), 10% incompleto, 10% relataram ter cursado o 1º grau, sendo 6,7% de forma completa e 3,3% incompleta. Apenas 1,7% dos ACS relataram terem curso superior. Em relação ao estado civil, podemos destacar que 50,82% da amostra são casados ou tem união estável, 36,07% são solteiros e apenas 13,12% são viúvos, divorciados ou separados. Em relação aos dependentes, a maioria 54,10% tem de 1 a 2  filhos e apenas 14,75% da amostra relataram não ter filhos, 24,59% relatam ter 3 filhos e 6,56% da amostra tem 04 ou mais filhos. Vasconsellos e Costa-Val (2008), referente ao estado civil, verificou-se que 41,6% eram solteiros, 40% casados, 6,7% viviam como casados e 5% eram divorciados ou separados, o que não os difere muito de nossos resultados. Na investigação de Chaves et. al. (2015) a maioria dos participantes era casada ou vivia em união estável (54,7%). Em relação aos dependentes foi observado no estudo de Ferraz e Aerts (2005), que 13% não tem filhos, 30% tem de 1 a 2 filhos e 36% tem 3 filhos ou mais.

1722 TERAPIA OCUPACIONAL E AVALIAÇÕES DE FUNCIONALIDADE PARA PORTADORES DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Noelle Pedroza Silva, Thais dos Santos Barbosa Fonseca, Thauana Dos Santos Fernandes, Angela Maria Bittencourt Fernandes da Silva, José Roberto Lapa e Silva

TERAPIA OCUPACIONAL E AVALIAÇÕES DE FUNCIONALIDADE PARA PORTADORES DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

Autores: Noelle Pedroza Silva, Thais dos Santos Barbosa Fonseca, Thauana Dos Santos Fernandes, Angela Maria Bittencourt Fernandes da Silva, José Roberto Lapa e Silva

Apresentação: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença respiratória crônica, caracterizada pela obstrução não totalmente reversível das vias aéreas, com consequente limitação ao fluxo aéreo e dispneia, de alta mortalidade e com grande impacto sobre a população. Adicionalmente, a DPOC tem sido recentemente descrita como uma doença com consequências sistêmicas, como a perda progressiva do condicionamento físico e da força muscular. Os sintomas da DPOC são tosse, expectoração, e dispneia. A progressão da doença apresenta manifestações sistêmicas importantes que determinam o declínio progressivo da capacidade de exercício e, consequentemente, da capacidade funcional afetando diversas áreas do desempenho ocupacional do cliente. A DPOC associa-se a uma série de comorbidades como doença cardiovascular, disfunção musculoesquelética levando a intolerância ao exercício, síndrome metabólica, osteoporose, depressão e câncer de pulmão em diversos estágios da doença. O tratamento não farmacológico da DPOC inclui o programa de reabilitação pulmonar (PRP), e uma intervenção terapêutica multiprofissional baseada em evidências de cuidados aos clientes que habitualmente têm limitação para realizar atividades da vida diária (AVD) e atividade instrumentais da vida diária (AIVD), alterações fisiológicas, e psicológicas. Devido às altas taxas comorbidades, considera-se importante avaliação a capacidade funcional desses clientes pela identificação dos comprometimentos no desempenho nas AVD e das AIVD, uma vez que as mesmas podem resultar em benefícios à saúde pública. Existem diversos questionários adaptados ou especificamente desenhados para a avaliação do status funcional do cliente com DPOC, são ferramentas que permitem ampla utilização no contexto clínico. A partir dessas questões a cerca do comprometimento emocional, físico e cognitivo que afetam o cliente com DPOC, surgiram questões sobre o quanto e quais as atividades da vida diária e instrumentais são mais afetadas pelo DPOC. Este trabalho objetiva a criação de um protocolo de avaliação em Terapia Ocupacional para o Portador de DPOC, selecionando testes que identificam quais as áreas do desempenho ocupacional são mais afetadas pela DPOC. Desenvolvimento: Na literatura científica internacional há uma diversidade de avaliações desenvolvidas especificamente para avaliação das limitações nas AVD de clientes com DPOC. Inicialmente foi realizada uma pesquisa sistemática quanto aos testes e avaliações disponíveis para clientes com DPOC e que estes abortassem as diversas áreas do desempenho ocupacional a fim de analisar o comprometimento emocional, cognitivo, e nas AVDs e AIVDs. Foram selecionadas seis (6) avaliações: a escala London Chest Activity of Daily Living (LCADL), Duke Activity status Index (DASI), Perfil de Atividade Humana (PAH), Avaliação Cognitiva Montreal (MoCA), Pulmonary Functional Status and Dysnea Questionnaire- Modified version (PFSDQ-M), e o Inventário de depressão de Beck, a fim de mensurar os comprometimentos decorrentes da DPOC. A escala LCADL apresenta 15 perguntas contempladas em quatro domínios: cuidados pessoais, atividades domésticas, atividades físicas e atividades de lazer. Cada item dos domínios recebe um escore, apontado pelo cliente, que vai de 0 a 5, sendo que o maior valor representa a incapacidade máxima de realização das AVD. O DASI é um questionário válido e adaptado culturalmente para a população brasileira que avalia capacidade funcional percebida, por meio de 12 itens que representam atividades cotidianas (cuidados pessoais, deambulação, trabalhos domésticos, função sexual e lazer). O PAH é um instrumento validado e destinado a avaliar o nível funcional e de atividade física. É composto por 94 itens, para cada item existem três possibilidades de resposta: “ainda faço”, “parei de fazer” ou “nunca fiz”. O PFSDQ-M é composto por três domínios: influência da dispnéia nas AVD, influência da fadiga  nas AVD (5 itens gerais e 10 específicos para cada domínio) e mudança nas AVD  em comparação ao período anterior à doença (10 itens específicos). O cliente relata o quanto a dispnéia e a fadiga interferem nos 10 itens específicos de AVD, escolhendo para cada atividade um valor entre 0 e 10: 0 (nenhuma interferência), 1-3 (leve), 4-6 (moderada), 7-9 (grave) e 10 (muito grave). No terceiro domínio, o cliente relata o quanto foi a mudança nas AVDs em comparação ao período anterior à doença, escolhendo para cada atividade um valor entre 0 e 10: 0 (tão ativo como sempre em relação a essa atividade), 1-3 (pequena mudança), 4-6 (mudança moderada), 7-9 (mudança extrema) e 10 (não faz mais essa atividade). Um escore parcial é calculado, variando de 0 a 100 para cada um dos três domínios (dispnéia, fadiga e mudança nas AVD), e um escore total é formado pela soma dos escores parciais. Valores mais altos na escala indicam maior limitação nas AVD.  A Avaliação Cognitiva Montreal tem a finalidade de mensurar o nível cognitivo dos participantes, sendo esta desenvolvida como instrumento breve de rastreio para deficiência cognitiva leve. E para o aspecto emocional, foi selecionado o inventário de depressão de Beck que consiste em um questionário de autorrelato com 21 itens, referentes ao atual momento do sujeito que são quantificadas em uma escala de 4 pontos de intensidade (0 á 3). O propósito desta escala é avaliar a medida da depressão, pois ela é uma condição frequente, de curso crônico e recorrente, usualmente associada à incapacitação funcional e comprometimento significativo no desempenho das atividades diárias. Foi criado, também um questionário com a finalidade de coletar dados sociodemográficos, culturais, emocionais, e sociais deste público para poder avaliar quais escalas deveria fazer parte deste protocolo. Resultados: Trata-se de resultados preliminares do estudo de mestrado em clínica médica na área de pneumologia que visa criar um protocolo de avaliação da terapeuta ocupacional para atender portadores de DPOC, na atenção básica. Este trabalho visou à seleção dos testes a serem inseridos no protocolo. Participaram deste estudo preliminar 10 portadores de DPOC, com idade variada entre 50 a 70 anos, em ambos os sexos, e destes 70% com ensino médio completo. No decorrer da aplicação dos testes foi observada a exaustão quanto ao preenchimento de alguns deles como o PAH, que consiste de 94 questões, no qual foi observado a repetência de questões, não atingindo o objetivo da sua aplicabilidade em um quantitativo maior de participantes, sendo o mesmo excluído do protocolo. O DASI, PAH e PFSDQ-M, além de causar uma exaustão descrita pelos participantes, estas avaliações são compostas de questões semelhantes entre os testes, tornando-os repetitivos. O MoCA, LCADL, o Inventário de Beck, e o questionário sociodemográfico foram as avaliações que mais abrangeram as áreas do desempenho ocupacional, e também os que menos causaram fadiga ao grupo, por se tratar de escalas pequenas, o que favoreceu respostas mais efetivas, sendo inseridas no protocolo. Desta forma o protocolo ficou vinculado aos aspectos cognitivos, emocional e dos componentes do desempenho ocupacional. Considerações finais: De forma geral, houve altas e significantes correlações entre os domínios dos testes PFSDQ-M, DASI, PAH, e LCADL, demonstrando a validade destes instrumentos quanto à aplicabilidade para avaliar a funcionalidade em portadores de DPOC. O presente estudo mostrou que os testes MoCA, LCADL, o Inventário de Beck, e o questionário sociodemográfico foram mais completos quanto a avaliação da funcionalidade quanto as AVDs e AIVDs. O protocolo será encaminhado para o Comitê de Ética e Pesquisa da HUCFF. Os clientes do estudo serão informados quanto aos procedimentos, após a leitura e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido e estudo aprovado pelo CEP.

3006 Puerpério imediato: Análise da percepção de puérperas quanto à assistência de enfermagem recebida no Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz, Maranhão
Mariana Borges Sodré Lopes, Ilaíse Brilhante Batista, Tatiane Rodrigues Lopes, Marcela de Oliveira Feitosa, Iolanda Graepp Fontoura, Floriacy Stabnow Santos, Luzimar Sodré da Silva Santos, Fernando Luiz Affonso Fonseca

Puerpério imediato: Análise da percepção de puérperas quanto à assistência de enfermagem recebida no Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz, Maranhão

Autores: Mariana Borges Sodré Lopes, Ilaíse Brilhante Batista, Tatiane Rodrigues Lopes, Marcela de Oliveira Feitosa, Iolanda Graepp Fontoura, Floriacy Stabnow Santos, Luzimar Sodré da Silva Santos, Fernando Luiz Affonso Fonseca

Introdução: A gestação, parto e puerpério constituem uma experiência humana das mais significativas, com forte potencial positivo e enriquecedor para todos que dela participam. Assim, destaca-se que a assistência de enfermagem é fundamental durante o ciclo gravídico e puerperal, pelo fato da mulher vivenciar nessa fase um conjunto de reações que podem interferir ativamente nos aspectos físico, psicológico, emocional e social, e, portanto, compete a este profissional desenvolver ações que possam proporcionar o bem-estar do binômio mãe-filho, ao oferecer-lhe orientações, e proporcionar segurança, afetividade e acolhimento, que contribuem significativamente com o processo de recuperação. Objetivo: Analisar os cuidados de enfermagem prestados a parturiente no puerpério imediato atendida no Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz – MA. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório de abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada no Hospital Regional Materno Infantil da rede publica do estado em Imperatriz-MA, onde ocorre cerca de 600 partos por mês e 20 partos por dia aproximadamente. O estudo tem como alicerce o projeto de pesquisa “AVALIÇÃO DA ASSISTENCIA HUMANIZADA O PARTO E NASCIMENO NA SALA DE PRE-PARTO E PARTO IMEDIATO NUM HOSPITAL PUBLICO DE IMPERATRIZ, MARANHAO BRASIL” realizado pela Universidade Federal do Maranhão, aprovado pelo Comitê de ética sobre o parecer de número 940.948.  A população do estudo foi composta por mulheres no puerpério imediato assistidas pelo hospital supracitado e que atenderam os critérios de inclusão do estudo, e a coleta de dados foi realizada entre fevereiro a maio de 2015. Resultados e Discussão: Com a realização da pesquisa, constatou-se que cerca de 50% das puérperas se encontravam na faixa de 21-30 anos, 35% tiveram apenas um filho até o momento, 45% afirmam ter moradia própria, 55% são donas de casa, 50% solteiras, 40% têm ensino médio completo, 90% realizaram pré-natal, 60% afirmaram ter feito parto normal, 55% classificaram como “bom” o atendimento no hospital, 100% receberam orientação sobre aleitamento materno, 90% dos partos ocorreram conforme a expectativa da puérpera, 75% gostaram da estrutura do hospital, 65% acharam úteis as informações fornecidas durante o parto e 100% acreditaram que a assistência de enfermagem é importante para sua recuperação e afirmaram ter atendido as suas necessidades. Conclusão: A equipe de enfermagem do Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz tem atuado com qualidade, pois as participantes do estudo demonstraram satisfação quanto ao atendimento recebido, na qual foram orientadas sobre a importância da amamentação, cuidado e atenção. Assim, em outras palavras pode-se dizer que, a equipe de enfermagem tem oferecido um atendimento humanizado. Neste sentido, por haver contentamento com o atendimento ofertado pelo hospital pesquisado, muitas informantes garantiram que retornariam a mesma unidade para ter outro filho, por ter a convicção que a equipe é qualificada e preparada para atender a demanda de maneira adequada, correspondendo com as suas necessidades como um todo: mulher, família e o bebê.

3279 PERFIL SÓCIO – DEMOGRÁFICO DE CUIDADORES DOMICILIARES DE PESSOAS DEPENDENTES: ESTRATÉGIA PARA O CONHECIMENTO DE PRÁTICAS E ATITUDES
Kelle Caroline Filgueira da Silva, NADJA maria SANTOS, NADJA maria SANTOS, Emilly Vitória Macedo Lima, Emilly Vitória Macedo Lima, Hiandra Isabela Silva Nogueira, Hiandra Isabela Silva Nogueira, Maiana Silva Santana, Maiana Silva Santana, Raquel Oliveira Xavier, Raquel Oliveira Xavier, Luciana Pessoa Maciel Diniz, Luciana Pessoa Maciel Diniz, Priscylla Helena Alencar Falcão Sobral, Priscylla Helena Alencar Falcão Sobral

PERFIL SÓCIO – DEMOGRÁFICO DE CUIDADORES DOMICILIARES DE PESSOAS DEPENDENTES: ESTRATÉGIA PARA O CONHECIMENTO DE PRÁTICAS E ATITUDES

Autores: Kelle Caroline Filgueira da Silva, NADJA maria SANTOS, NADJA maria SANTOS, Emilly Vitória Macedo Lima, Emilly Vitória Macedo Lima, Hiandra Isabela Silva Nogueira, Hiandra Isabela Silva Nogueira, Maiana Silva Santana, Maiana Silva Santana, Raquel Oliveira Xavier, Raquel Oliveira Xavier, Luciana Pessoa Maciel Diniz, Luciana Pessoa Maciel Diniz, Priscylla Helena Alencar Falcão Sobral, Priscylla Helena Alencar Falcão Sobral

Apresentação: O ato de cuidar é inerente às relações humanas, é a maneira pela qual o ser pode ter a preservação da sua integridade física e psíquica através de ações de autocuidado ou, quando essa vertente não mais está presente nas possibilidades individuais, por meio das ações de outras pessoas. Nesse universo do cuidado, pessoas, sejam profissionais ou não, emergem como promotores de ações que visam a implementação do cuidar centrado não em um modelo biológico, mecanicista e pautado nas respostas orgânicas, mas, em um modelo cujo cuidado converge para a valorização do outro enquanto um ser detentor de padrões e respostas relativos ao seu processo de adoecimento, no qual se almeja a implementação de ações de promoção para a recuperação e reinserção da pessoa no convívio social. Tão importante quanto cuidar e promover esse cuidado é a garantia da continuidade da implementação de tais ações. É no contexto domiciliar onde será implementado e continuado um determinado plano de cuidados para o restabelecimento físico e psíquico do ser dependente. Neste contexto o cuidador domiciliar, desponta como agente decisivo na recuperação e otimização da qualidade de vida de pessoas dependentes, tornando-se, assim, promotor da implementação e continuação de cuidados que serão decisivos para a saúde do indivíduo que necessita provisório ou permanentemente dos cuidados do outro. Neste contexto, conhecer o perfil sócio e demográfico do cuidador domiciliar, participante ativo de todo o processo do cuidado, poderá contribuir para a elucidação de suas práticas e atitudes, fato que pode melhorar ou promover a qualidade de vida da pessoa dependente. Nessa perspectiva, o estudo teve como objetivo conhecer as características, saberes, práticas e limitações dos cuidadores domiciliares residentes na área de abrangência de uma Unidade de Saúde da Família na cidade de Petrolina – PE. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quanti – qualitativa. Os participantes do estudo foram 63 cuidadores domiciliares de pessoas dependentes (pacientes com restrições provisórias ou permanentes para desempenhar seu próprio cuidado), sendo esses remunerados ou não, os quais assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE da pesquisa. Esses cuidadores foram identificados a partir da colaboração do Agente Comunitário de Saúde – ACS, da micro – área correspondente. A coleta ocorreu entre os meses de janeiro a julho de 2017, sendo utilizado como instrumento um questionário contendo quesitos objetivos os quais abordaram as variáveis sócio – culturais e demográficas dos cuidadores, tendo sido aplicado no ambiente em que o cuidador exerce suas funções o que facilitou a observação do seu trabalho por parte dos pesquisadores. Os dados foram digitalizados e categorizados em planilha do Excell versão 2007, e para a análise estatística utilizou-se o software GRETL v. 1.9.1 de 24 de junho de 2010. Este estudo foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade de Pernambuco e obedeceu aos preceitos estabelecidos na Resolução Nº. 466, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde tendo sido aprovado com CAAE n° 58944316.6.0000.5207. Resultados: Os achados nesse estudo com um total de 63 cuidadores domiciliares revelaram que a condição de ser cuidador implica em sobrecarga de trabalho, geralmente associada a situações de conflitos familiares e à falta de informações necessárias ao desempenho do cuidado. Esta situação remete para a necessidade de atenção e suporte a essas pessoas, representando novos desafios para o sistema de saúde do Brasil, visto que os cuidadores domiciliares são os responsáveis pela continuidade do cuidado. A idade de todos os cuidadores variou entre 28 e 85 anos, com média de 56 anos, sendo que oito tinham mais que 75 anos. Quanto ao sexo, cinquenta e sete deles eram mulheres, tendo a presença de apenas seis cuidadores do sexo masculino.  A maioria dos cuidadores se declarou de raça branca (vinte e sete), vinte e cinco eram pardas, dez eram negros e uma se declarava índia. Quanto ao parentesco ou vínculos, dezesseis tinham vinculo conjugal com o paciente, trinta eram filhos, três eram irmãos, quatro eram sobrinhos, uma era mãe e uma era nora; seis dos cuidadores não possuíam nenhum parentesco com o indivíduo no qual prestava cuidados. Numa correlação entre parentesco e remuneração, pôde ser percebido que apenas seis cuidadores, que não possuíam nenhum vínculo com o paciente, eram remunerados e cinquenta e sete não. Com relação ao estado civil, trinta e um eram casados, vinte e três eram solteiros, oito eram viúvas e uma estava em uma relação estável. A maioria dos cuidadores (dezesseis) tinham o primeiro grau completo, quinze tinham o segundo grau incompleto, nove tinham o terceiro grau, oito o segundo grau completo, oito o primeiro grau incompleto, quatro só sabiam assinar o nome e três eram analfabetos.  Quanto ao tempo de trabalho como cuidador, esse variava entre 1 mês e 50 anos, a média era de 10 anos como cuidadores. Observou-se que a maioria dos cuidadores tem uma renda de dois salários (vinte e oito), vinte e três tem de mais de dois salários e doze tem apenas um salário. Em relação a trabalho extra ao de cuidador a maioria dos cuidadores não tem (cinquenta), apenas treze conseguem trabalhar e assumir outra função além da de cuidador.  Quanto o porquê de a pessoa ser o cuidador principal do paciente, trinta e um cuidadores afirmam que é por sua própria vontade, dezoito porque é sua obrigação e quatorze porque ninguém mais quis cuidar daquele indivíduo. Constatou-se que sessenta cuidadores gostam de cuidar daquele que emana a dependência e que três cuidadores não se sentem satisfeitos com os cuidados prestados. Considerações finais: Conhecer os cuidadores domiciliares é fundamental para garantia de uma assistência de qualidade ao paciente, pois são estes os responsáveis por colocar em pratica todo o plano assistencial elaborado pela equipe de saúde. Mediante a análise de conteúdo foi possível compreender a caracterização do perfil dos cuidadores domiciliares de pessoas dependentes, as características sócio – demográficas e suas compreensões sobre os cuidados desempenhados, permitindo a identificação de um grupo de pessoas que são primordiais na continuidade dos cuidados prestados e que se encontram em contato permanente com o paciente. A pesquisa também evidencia algumas dificuldades e particularidades de familiares de cuidadores, a caracterização de gênero, tendo a predominância de mulheres cuidadoras e o desejo de serem auxiliados na prestação dos cuidados exercidos por eles.

3413 ESTADO DA ARTE DAS ENDEMIAS AMAZÔNICAS NAS POPULAÇÕES RIBEIRINHAS: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Alcemira Bandeira de Oliveira

ESTADO DA ARTE DAS ENDEMIAS AMAZÔNICAS NAS POPULAÇÕES RIBEIRINHAS: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Autores: Alcemira Bandeira de Oliveira

ESTADO DA ARTE DAS ENDEMIAS AMAZÔNICAS NAS POPULAÇÕES RIBEIRINHAS: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA Alcemira de Oliveira Bandeira1 Noeli das Neves Toledo 2 Arinete Fontes Veras 3 Ana Carolina Scarpel Moncaio4   RESUMO Introdução: A Amazônia Brasileira tem uma extensa área territorial, com uma ampla biodiversidade, possuindo um grupo populacional de diferentes raças, etnias e níveis socioculturais, caracterizado por suas crenças e costumes. Dentre estes, se destacam a população ribeirinha que faz parte do grupo de populações do campo e da floresta, tem sua maneira ímpar de viver e de lidar com a natureza e, são vulneráveis às endemias provenientes da degradação do meio ambiente. A incidência das doenças endêmicas é relativamente constante, levando à variação sazonal do comportamento esperado das doenças, que na maioria estão relacionadas a dois aspectos: geográfico e ecológico.  A extensa área aquática colabora com as doenças de veiculação hídrica e a proliferação de insetos, uma vez que a Amazônia tem uma imensa flora que abriga uma diversidade de espécies, que por sua vez desfavorece um controle adequado, contribuindo assim, com a disseminação de diversas enfermidades, tais como malária, leishmaniose, dengue, febre amarela, febre tifoide e arboviroses. Outra situação agravante para a população é a via de acesso, em que na maioria das vezes é fluvial, e suas localidades são distantes levando ainda mais à precariedade da assistência à saúde nesta região, ainda que o governo venha expandindo as estratégias para o atendimento a esta população, por meio da implantação dos diversos programas como o Programa de Saúde da Família Fluvial e o Programa de Saúde da Família Ribeirinha. Por se tratar de uma população que ao longo de décadas vem sofrendo com diversas doenças endêmicas, a relevância do presente estudo consiste na síntese do conhecimento das principais doenças que acometem os ribeirinhos no século XXI, levando a intensificação de possíveis medidas educativas direcionadas para esta população por parte dos gestores da área de saúde, além de apresentar à comunidade científica as possíveis lacunas de saberes sobre a temática abordada. Diante do exposto, formulamos a seguinte questão de pesquisa: quais as produções científicas sobre as principais doenças endêmicas que acometem a população ribeirinha no contexto da Amazônia Brasileira nos últimos 10 anos? Objetivo: identificar por meio das publicações científicas as principais doenças endêmicas que acometeram a população ribeirinha nos últimos 10 anos no contexto Amazônico brasileiro. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que proporciona a síntese de estudos relevantes que tenham sido publicados mundialmente na comunidade científica, possibilitando subsídios para o progresso da assistência à saúde. Este método de estudo viabiliza sintetizar um tema de uma determinada área do conhecimento mediante uma pesquisa organizada e bem planejada, realizada seguindo uma estrutura de seis fases, em que primeiramente realiza a elaboração de uma pergunta norteadora; em segundo lugar faz se a busca das produções científicas; a terceira etapa é onde ocorre a coleta de dados; em quarto realiza-se uma análise crítica dos estudos incluídos; a quinta fase o autor faz a discussão dos resultados e na sexta  tem-se a apresentação da revisão integrativa. Por meio destas fases, as buscas foram realizadas nas bases de dados: PubMed, LILACS, SCOPUS e MEDLINE, por meio do descritor “doenças endêmicas” e das palavras chave: “Amazônia Brasileira” e “população ribeirinha”, nos idiomas português, inglês e espanhol. As palavras chave e o descritor foram combinados de diferentes maneiras com uso do operador booleano “and” para a ocorrência simultânea de assunto. A busca foi realizada nos meses de abril a junho de 2017, utilizando como critério de inclusão, estudos com abordagem sobre a temática, nos idiomas português, inglês e espanhol, com acesso livre, disponíveis na íntegra e publicados em 2008 a 2017. Foram desconsiderados aqueles que, apesar de aparecerem nos resultados da busca, não abordavam o assunto sob o foco da pesquisa, os artigos repetidos (apenas aqueles que surgiram na primeira base de buscas foram aproveitados), os de revisões, teses ou dissertações e os de fora do âmbito nacional. A análise dos dados da pesquisa partiu da leitura do título e resumo de todos os estudos primários, seguindo os critérios de inclusão e exclusão. Os estudos selecionados foram lidos na íntegra, primeiro uma leitura flutuante, seguida de uma leitura exaustiva. Resultados: a amostra inicial deste estudo foi constituída de 59 artigos científicos publicados em duas bases de dados, sendo 58 na PubMed e um na SCOPUS no período 2008 a 2017. Após a leitura dos títulos e resumos, obteve-se 45 artigos, destes, após leitura na íntegra e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram eliminados um total de 38 estudos, sendo um por duplicidade, três por constituírem-se de revisões, 12 por abordar outros países e 22 por não corresponder à questão norteadora. Destes, sete estudos incluídos nesta revisão todos foram publicados em inglês, com pesquisa realizada no Brasil. Da amostra apresentada, 90% foram publicados em periódicos internacionais e 10% nacionais, quanto ao ano de publicação, a maioria dos estudos foi publicada entre os anos de 2012 e 2017, tendo uma publicação em 2009 e uma em 2010. Para análise e avaliação dos estudos utilizou-se um roteiro em formato de tabela definindo as seguintes informações de forma consolidada: título do artigo, autores, periódico, procedência, ano e país de publicação. Conclusão: Os estudos desta revisão apresentaram uma análise dos trabalhos revisados nos últimos cinco anos e, pode-se observar, que a população ribeirinha da Amazônia Brasileira nos últimos dez anos, vem sendo acometida por doenças causadas por microbactérias como a tuberculose, hanseníase, as quais os estudos demonstraram que são doenças controladas, apesar das poucas publicações sobre as mesmas e, no entanto, as doenças causadas por vetores são as que mais acometem a população ribeirinha. A filariose mostrou uma prevalência nos ribeirinhos do rio Purus e Solimões,  a leishmaniose com maior incidência no estado do Acre, a dengue, que apesar de ser bastante endêmica na região amazônica, não foi apresentada em muitos estudos relevantes com a população ribeirinha, a malária se mostrou uma doença endêmica de maior prevalência, principalmente no estado de Rondônia, devido ao desenvolvimento de grandes projetos para o crescimento econômico da região  levando às alterações do meio ambiente, favorecendo as doenças endêmica nas populações ribeirinhas e as demais populações tradicionais que vivem na Amazônia Brasileira, que continuam sendo vítimas de doenças transmissíveis por diversos vetores. Apesar de todo esforço desenvolvido por parte do governo em torno deste ciclo de enfermidades, ainda são doenças endêmicas com necessidade de um melhor controle epidemiológico. O presente estudo mostrou os principais agravos que acometem essa população por meio das evidências científicas e ainda denotou a escassez de estudos nos últimos dez anos nesta temática, sugerindo assim à comunidade científica o preenchimento desta lacuna por meio de novos estudos.   Palavras chave: População Ribeirinha. Doenças endêmicas. Amazônia Brasileira.  

3749 A INCIDÊNCIA DA HEPATITE C NA REGIÃO DO BAIXO AMAZONAS DO ESTADO DO PARÁ DE 2014 A SETEMBRO DE 2017
Alice Né Pedrosa, Ana Lúcia Pinheiro Cardoso, Darclei Queiroz de Sousa, Mirlane Costa Frois, Sara Cristina Pimentel Baía, Victória Pereira de Almeida, Albino Luciano Portela de Sousa .

A INCIDÊNCIA DA HEPATITE C NA REGIÃO DO BAIXO AMAZONAS DO ESTADO DO PARÁ DE 2014 A SETEMBRO DE 2017

Autores: Alice Né Pedrosa, Ana Lúcia Pinheiro Cardoso, Darclei Queiroz de Sousa, Mirlane Costa Frois, Sara Cristina Pimentel Baía, Victória Pereira de Almeida, Albino Luciano Portela de Sousa .

Apresentação: Este artigo tem como objetivo central analisar a incidência de hepatite C, através de casos confirmados no boletim epidemiológico, disponível através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), nos municípios da região do Baixo Amazonas do estado do Pará no período de 2014 a setembro de 2017, sendo esses municípios: Alenquer, Almeirim, Belterra, Curuá, Juruti, Mojuí dos Campos, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Placas, Prainha e Santarém. Desenvolvimento do trabalho: a pesquisa se realizou através do método de análise descritiva de documentos, com abordagem quantitativa de casos confirmados no boletim epidemiológico disponível no SINAN. Foram ainda utilizados para tabulação e interpretação dos dados os programas Tabnet, Tabwin, Microsoft Excel 2016 e Microsoft Word 2016. Resultados: de acordo com a análise dos dados do SINAN referentes ao número de casos de hepatite C por município de residência na região do Baixo Amazonas do estado do Pará, a população da região apresentou 51 casos em 2014, 40 casos em 2015, 65 casos em 2016 e 50 casos em 2017, no período de janeiro a setembro. Considerações finais: verificou-se, neste estudo, uma estabilidade nas taxas de incidência de hepatite C na região do Baixo Amazonas nos anos de 2014, 2016 e 2017 (janeiro a setembro) e um decréscimo no ano de 2015. Evidenciando a necessidade de ações voltadas para a prevenção e controle do HCV, principalmente no município de Santarém e Alenquer, que apresentaram a maior taxa de incidência do Baixo Amazonas.

629 REDE DE DESCANSO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: IMPACTOS FISIOLÓGICOS E COMPORTAMENTAIS EM PREMATUROS.
Sâmia Marques Lopes Cardoso, Paloma Rodrigues de Sousa, Vanessa Higinioa Bezerra Cesario Tapajós, Ruth Sabrina Miranda

REDE DE DESCANSO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: IMPACTOS FISIOLÓGICOS E COMPORTAMENTAIS EM PREMATUROS.

Autores: Sâmia Marques Lopes Cardoso, Paloma Rodrigues de Sousa, Vanessa Higinioa Bezerra Cesario Tapajós, Ruth Sabrina Miranda

O presente trabalho tem a intenção de expor os impactos fisiológicos e comportamentais ao recém-nascido prematuro, ocasionados pelo uso de redes de descanso na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), uma vez que, mediante seus diversos estímulos, como a exposição à luz, ruído intenso e intervenções estressantes podem interferir no desenvolvimento cognitivo e comportamental do prematuro. Tem como objetivos analisar os efeitos do uso de redes de descanso sobre as variáveis fisiológicas e comportamentais do prematuro. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica com informações obtidas de artigos científicos e revistas de saúde. Estudos demonstram que o tratamento inadequado em procedimentos estressantes e/ou dolorosos podem provocar alterações nos parâmetros comportamentais e fisiológicos nos prematuros. Estudos recentes vêm utilizando medidas não farmacológicas para minimizar possíveis danos. Portanto, mais intervenções são necessárias a fim de minimizar os prejuízos desencadeados pela exposição ao estresse do prematuro e para promoção do seu conforto. Um estudo teve como objetivo determinar se o uso da redinha afeta a maturidade neuromuscular e estabilidade clínica do prematuro. O estudo contemplou uma amostra de 20 prematuros randomizados em dois grupos: um em redinha na posição supina e outro em ninho na posição prona, sendo que cada um permanecia nestas posições durante sessões de 3 horas, em 10 dias consecutivos. Os resultados demonstram que a redinha foi bem tolerada pelos prematuros e não trouxe efeitos colaterais como: apneia, bradicardia ou queda na saturação do oxigênio. Quando comparado intergrupos, os prematuros da redinha tiveram melhores resultados quanto à frequência cardíaca, à frequência respiratória e quanto à escala de maturidade neuromuscular. Quanto á postura, o subsistema motor é o menos desenvolvido do prematuro e a ação da gravidade torna mais difícil a manutenção da postura flexora, porém, o uso de rede favoreceu a postura flexora, da postura flexora,porém, o uso da promovendo melhor organização do bebê. Em outro estudo evidenciou-se que a utilização da rede mostrou-se como importante método de conforto para diminuir o estresse do bebê, superando inclusive o efeito do ninho neste aspecto. Autores recomendam que o uso da rede de descanso seja utilizado nas UTINs como estratégia de humanização, em razão de seus benefícios para o recém-nascido prematuro e por não prejudicar sua situação clínica. No entanto, alguns bebês podem não adaptarem-se à rede, ressalta-se a necessidade de o cuidador, ao fazer a intervenção, levar em conta a individualidade de cada paciente, observando sua aceitação através dos sinais fisiológicos e comportamentais emitidos pelo bebê.