26: Ressignificando a formação nos encontros com o serviço
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: FCA 01 Sala 04 - Bacuri    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
2804 Vivências de Acadêmicos de Enfermagem no Acolhimento e Classificação de Risco em uma Unidade de Pronto Atendimento
Sávio Felipe Dias Santos, Claudiane Santana Silveira Amorim, Fernanda Cruz de Oliveira, Ruth Carolina Leão Costa, Vaneska Tainá Pinto Barbosa, Larissa Lima Figueira Freire, Mayane Silva Lopes, Maicon de Araújo Nogueira

Vivências de Acadêmicos de Enfermagem no Acolhimento e Classificação de Risco em uma Unidade de Pronto Atendimento

Autores: Sávio Felipe Dias Santos, Claudiane Santana Silveira Amorim, Fernanda Cruz de Oliveira, Ruth Carolina Leão Costa, Vaneska Tainá Pinto Barbosa, Larissa Lima Figueira Freire, Mayane Silva Lopes, Maicon de Araújo Nogueira

 APRESENTAÇÃO: Os serviços de urgência e emergência apresentam-se como um ambiente bastante dinâmico e baseado em decisões objetivas e rápidas para que haja uma resolutividade eficiente diante do quadro que determinado usuário apresenta, nesse sentindo, o Sistema Único de Saúde detém um instrumento que organiza, direciona e facilita o acesso e a adesão desse ser humano no atendimento de urgência e emergência, denominado de Acolhimento com Classificação de Risco. Esse dispositivo tem como finalidade observar e mensurar o grau de urgência, a partir das queixas do usuário, dos sinais e sintomas visíveis e do embasamento teórico dos protocolos vigentes, a fim de que possa direcionar o atendimento em ordem de prioridade de urgência e não no modelo tradicional de chegada. No atual cenário, destaca-se a sobrecarga do serviço e em muitos casos esse fenômeno ocorre por inúmeros fatores, como por exemplo, aumento do número de casos de doenças cardiovasculares, acidentes ocasionados por fatores externos, envelhecimento populacional e o próprio desconhecimento dos usuários sobre os serviços que o cercam, fazendo com que a procura por atendimento inicie em um ambiente totalmente diferente para a resolutividade do seu problema, ou seja, existe um grande número de usuários que apresentam problemáticas que podem ser solucionadas em outros níveis de atenção, porém procuram os serviços de urgência e emergência com a justificativa de que a assistência ocorre de forma mais rápida nesse ambiente. O Acolhimento com Classificação de Risco surge com o objetivo de direcionar todos os grupos que compõe este ambiente, desde gestores, coordenadores e profissionais até os usuários que necessitam desse serviço, a partir da criação da Política Nacional de Humanização projeto que busca desde 2000 conscientizar os servidores e clientela sobre a relevância de tornar o Sistema Único de Saúde mais humanizado e responsivo a sociedade, buscando uma ampla eficiência de seus serviços e a qualidade na assistência em todos os aspectos que cercam o ser social, além desse fato, o Acolhimento com Classificação de Risco busca organizar o fluxo no atendimento seja ele mediato ou imediato, orientar e ordenar os profissionais presentes nesse serviço e garantir um atendimento rápido e eficiente. Na perspectiva do enfermeiro, a resolução do Conselho Federal de Enfermagem número 159/93, direciona esse profissional com uma importante função na construção desse serviço e na utilização do instrumento de classificação, pois se apresenta com as competências e habilidades necessárias para acolher e avaliar o usuário, além de organizar o fluxo de atendimento estabelecido a partir do instrumento criado pela Política Nacional de Humanização. Desse modo, o estudo propõe descrever a experiência vivenciada pelos discentes de enfermagem sobre a classificação de risco utilizada em uma Unidade de Pronto Atendimento e refletir sobre a relevância desse procedimento no serviço à saúde da população. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Este estudo foi embasado em um relato de experiência vivenciado por acadêmicos de enfermagem do 4º ano da Universidade do Estado do Pará (UEPA), dentro das práticas de Enfermagem em Urgência e Emergência, em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) localizada na região metropolitana de Belém do Pará, durante o mês de setembro de 2017. Durante esse período, o grupo de discentes foi ambientado a Unidade de Pronto Atendimento, foram apresentados a todos os profissionais de enfermagem do serviço e discutiram sobre as funções que cada um deles detinha naquele ambiente. A unidade apresenta dois Postos de Enfermagem, o primeiro voltado a administração de medicamentos e o segundo voltado a observação dos usuários, uma Unidade de Reanimação e dois Consultórios de Enfermagem onde ocorre o Acolhimento e a Classificação de Risco. Enquanto o grupo observava como funcionava o ambiente de acolhimento e classificação, puderam perceber a responsabilidade do profissional de enfermagem nesse serviço desde acolher o usuário que adentra o consultório até a capacitação que este profissional necessita frente a protocolos para adequá-los a cada usuário que recebe para classificá-lo de forma objetiva, correta e organizada. A partir disso, o grupo discutiu e decidiu descrever sobre as vivências neste ambiente assim como dissertar sobre a temática a fim de aprofunda-se nesse contexto e compreender a atuação do profissional de enfermagem nesse serviço de Acolhimento e a Classificação de Risco e a relevância desse atendimento. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: As prática na Unidade de Pronto Atendimento possibilitaram que o grupo  pudesse observar as consultas de enfermagem na Classificação de Risco resultando no reconhecimento de que os usuários desconhecem o fluxograma dos serviços de saúde, destaca-se neste sentido os usuários que apresentavam problemáticas referentes à Unidade Básica de Saúde ou Estratégia Saúde da Família, porém buscavam atendimento naquele ambiente por ser mais rápido, tornando o fluxo do atendimento mais lento e com superlotações diárias que resultavam na impaciência dos usuários e tensão dos profissionais com a situação. Destaca-se a partir desse contexto, a conduta do enfermeiro que apesar dos problemas externos, preocupavam-se em atender e classificar quem adentrava no consultório de forma competente, principalmente nas abordagens de cunho explicativo, sendo solícitos a discorrer sobre onde cada usuário deveria recorrer caso tais sinais e sintomas voltassem a surgir e referenciando o atendimento daqueles que se encaixavam na classificação. Está ótica, possibilitou aos acadêmicos de enfermagem que devesse compreender e introduzir no ambiente de trabalho, principalmente na atenção primária, a lógica de educar os usuários para que conheçam os serviços que os cercam e que possam procurá-los de forma coerente com o intuito de que sejam atendidos de forma objetiva. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O cenário de urgência e emergência associado ao instrumento institucionalizado pela Política Nacional de Humanização, o Acolhimento e Classificação de Risco, apresenta-se como o resultado de obstáculos e complicações de uma orientação erronia sobre os serviços que cercam a clientela e desorganização por parte dos gestores em divulgar essa informação. Nesse sentido, o grupo de discentes de enfermagem pode perceber durante as práticas na Unidade de Pronto Atendimento a relevância do profissional de enfermagem nas condutas tomadas para assistir à população que adentra nesse ambiente, independentemente, se o caso for ou não caracterizados nos parâmetros das classificações descritas nos protocolos. Além disso, os acadêmicos puderam compreender e adquirir habilidades e competências do profissional de enfermagem no âmbito da urgência e emergência, principalmente quanto a utilização da classificação de forma eficiente e do acolhimento que deve ocorrer de forma equânime e objetiva ao bem-estar do usuário.

2819 Morte: a influência do morrer na formação médica
Rebeca Patrícia Quereza e Silva Faria, Raquel Patrícia Quereza e Silva Faria

Morte: a influência do morrer na formação médica

Autores: Rebeca Patrícia Quereza e Silva Faria, Raquel Patrícia Quereza e Silva Faria

O tema morte é extremamente dramático e, no geral, bastante desafiador para grande parte das pessoas. Falar de morte é algo intrinsecamente complexo, pois envolve crença, religião,  costume, valor, estado emocional. Além disso, deve-se atentar ao fato de que a morte envolve múltiplos fatores, incluindo-se não apenas o paciente terminal, mas também a todo o seu contexto, seja familiar, profissional ou social. O que pouco se enfoca é que até mesmo aquele indivíduo que está se formando para futuramente enfrentar essa possibilidade também está inserido nesse grupo. Cada pessoa lida de forma diferente em relação à morte, umas aprendem a aceitar mais cedo, outras nem cogitam comentar sobre o assunto. O fato de haver a possibilidade do morrer pode gerar angústia, dor, aumentar o sofrimento e, ao mesmo tempo, trazer a sensação de impotência. Todos esses fatores devem ser levados em consideração também em relação  aos profissionais da saúde. A grande maioria das grades curriculares das faculdades de Medicina, não preparam os profissionais dessa área para lidar com o impacto da morte e as consequências que podem causar. Esse trabalho visa relatar uma experiência de acadêmicos de medicina relacionada à morte, onde foi feita uma visita a um cemitério, local onde, através do esforço do preceptor, foi proporcionada uma interação maior dos seus alunos com a medicina, mostrando as várias faces do morrer. Foi utilizado no debate literaturas específicas ao que estava sendo tratado e  experiências próprias do preceptor e dos alunos a quem encorajou que se pronunciassem sobre casos próximos; tentando passar aos discentes a ideia de que a morte será algo comum ao seu ato profissional, não escapando-lhes a responsabilidade sobre o paciente e, dessa forma, preparando-os para o que poderiam enfrentar nesse âmbito. A abordagem de tal tema é de suma importância para a formação de profissionais médicos e também de grande parte dos demais profissionais da saúde, tendo em vista que lidar com essa situação é desconfortável, porém necessária. Na medicina, o maior alvo é a salvação de vidas de todos os pacientes possíveis, portanto observa-se que dar um atestado de óbito é algo incômodo para muitos médicos. Ainda que existam leis que o protejam para fazê-lo, muitas vezes a incerteza permeia o coração dos médicos, tendo em vista sua carga emocional, formação pessoal e profissional nem sempre serem concordantes sendo acusadores de sua capacidade profissional. Tratar desse assunto nos primeiros períodos de um curso que exige tanto de seus aprendizes, como é a Medicina, é de suma importância, visto que na preparação para a carreira médica, o não saber encarar a morte causa aflição e até mesmo desespero. Alinhar um acadêmico para não apenas conseguir salvar os pacientes, mas também manter-se firme mesmo com a morte de um ou outro paciente, é de fundamental importância, visto que sua capacidade profissional não deve ser medida quanto a esses parâmetros.

2863 RELATO DE EXPERIÊNCIA: A PRÁTICA HOSPITALAR E A INTERAÇÃO ENSINO/SERVIÇO
Thalia Mendonça Cardoso, Sulyane Ferreira Silva, Thalita Dias Pessoa, Riany Oliveira Santos, Sheila Silva Lima, Tallynne Oliveira Rocha, Jacqueline Almeida Gonçalves Sachett

RELATO DE EXPERIÊNCIA: A PRÁTICA HOSPITALAR E A INTERAÇÃO ENSINO/SERVIÇO

Autores: Thalia Mendonça Cardoso, Sulyane Ferreira Silva, Thalita Dias Pessoa, Riany Oliveira Santos, Sheila Silva Lima, Tallynne Oliveira Rocha, Jacqueline Almeida Gonçalves Sachett

INTRODUÇÃO A enfermagem apresenta-se não só como uma assistência sistematizada, mas também como um cuidado baseado em técnicas científicas e edificadas, proporcionando um auxílio completo a comunidade em sua coletividade e individualidade. O Curso de Bacharelado em Enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas, possui em seu quadro de estrutura curricular a disciplina de Enfermagem Clínica no processo de cuidar da Saúde do adulto e idoso. A disciplina enquadra uma correlação entre a teoria e a prática que possibilita ao acadêmico o aprendizado e a aplicação de conhecimentos e habilidades para assistência sistematizada de enfermagem ao indivíduo, na promoção, proteção, diagnóstico, tratamento e reabilitação da saúde do adulto e do idoso. Neste sentido, permite a autonomia de planejar, avaliar e executar a assistência de enfermagem a adultos e idosos com as mais diversas patologias clínicas agudas e crônicas, visando o atendimento ambulatorial e hospitalar. O relato de experiência estar além de uma simples descrição de um acontecimento e ou atividade, possibilitando a leitura, reconhecimento e discussão acerca de práticas vivenciadas, em diferentes contextos e cenários, viabilizando a interação ensino e serviço. Com isso a experiência justifica-se por incentivar e instigar a discussão sobre a temática, e produção de novas pesquisas, possibilitando um leque de informações e subsídios para o aprimoramento de novos trabalhos. Desta forma, objetivou-se descrever a relação ensino-serviço na prática de enfermagem clínica na percepção do discente. MÉTODO Trata-se de um relato de experiência, o qual busca refletir de forma crítica e construtiva acerca de uma situação vivenciada no âmbito profissional da área da saúde para acréscimo na comunidade científica. Este relato foi realizado com base nas experiências de um grupo de acadêmicas durante a disciplina de Enfermagem Clínica no Processo de Cuidar na Saúde do Adulto e Idoso, composto por 6 acadêmicas do 6º período de Enfermagem da Universidade do Estado do Amazonas que desenvolveram suas atividades teórico-práticas no período de agosto até início de novembro de 2017. No âmbito da disciplina de Enfermagem Clínica no Processo de Cuidar na Saúde do Adulto e Idoso, a disciplina possui a carga horário total de 150 horas, a qual 90 horas são destinadas as aulas teóricas e 60 horas destinadas a prática no campo hospitalar, com o objetivo principal de desenvolver as competências e habilidades relacionadas ao cuidado do adulto e do idoso, utilizando a Sistematização da Assistência de Enfermagem nas diferentes condições clínicas. Logo, as atividades efetuaram-se de duas formas: no primeiro momento, ocorreram as aulas teóricas acerca da Sistematização da Assistência de Enfermagem aos clientes acometidos de doenças clinicamente variadas com ênfase nos aspectos preventivos, terapêuticos e de reabilitação, controle de infecções relacionadas a Assistência à Saúde (IRAs) em paciente clínico e a segurança do paciente; e o segundo momento, a prática em campo hospitalar, onde foram realizados exames físicos, análise de prontuários correlacionando com a análise de exames de imagens e laboratoriais, realização de curativos com suas devidas coberturas, visualização, auxílio e assistência de procedimentos invasivos (ex. toracocentese), SAE e orientação de planos de alta ou hospitalar sob supervisão da preceptora. RESULTADOS Experiência Vivenciada A carga horária da disciplina destinada a prática hospitalar para o grupo em questão deste relato, vivenciou a prática na Clínica Médica da Fundação Hospital Adriano Jorge, sob supervisão da Professora Doutora Jacqueline Sachett. O estágio proporcionado por essa disciplina nessa unidade de saúde possibilitou, principalmente, a aplicação do conteúdo teórico nas diversas situações cotidianas enfrentadas pela equipe de enfermagem, tais como: leitura de exames e análises de raio-x para uma melhor compreensão do quadro clínico do paciente, avaliação e prognóstico, detecção dos diagnósticos de enfermagem, comunicação com outros profissionais visando a integração de conhecimentos, realização do exame físico direcionado para o quadro patológico, aprazamento de medicações e cuidados, realização de técnicas simples como punção, controle de glicemia, aferição de pressão arterial; manejo e curativo de lesões por pressão, e julgamento de decisões a partir das condições do paciente. Como alunas, obtivemos incentivo para não somente interpretar os exames (como gasometria, por exemplo), mas para correlacionar estes com a clínica, com o histórico, doença atual e pregressa e com os próprios relatos dos pacientes a respeito de si mesmos, desenvolvendo dessa forma um raciocínio clínico, uma visão crítica que compreende a razão dos cuidados prestados e a manifestação dos sinais e sintomas, assim como o grau de complexidade em que se encontra cada indivíduo, ponto esse proposto pela disciplina, visando a construção de uma assistência de enfermagem mais capacitada e não somente tecnicista. A Clínica Médica ofereceu um leque de oportunidades de aprendizado, uma vez que era dividida por especialidades: Cardiologia, Neurologia, Pneumologia, Gastroenterologia e Endocrinologia; dessa forma foi possível observar inúmeras doenças, tais como: Síndrome de Guillain Barré, Insulinoma, Derrame pleural, Câncer no mediastino, Pneumonia, dentre outras. A partir dos diagnósticos médicos o grupo era incitado pela preceptora a pesquisar a respeito da fisiopatologia e a respeito dos cuidados de enfermagem ou plano de alta referente a determinado quadro; e cada paciente era visitado por uma dupla que inteirava-se completamente do seu contexto específico; após o levantamento de todos os dados e aspectos necessários era realizado o registro do caso daquele paciente e identificado os diagnósticos assim como as devidas prescrições. Um ponto considerado relevante por esta equipe é o cenário sob a ótica do acompanhante do paciente, uma vez que é possível inferir que todos os acompanhantes apresentavam-se tão necessitados de cuidados quanto os próprios moribundos; o que acabava por encaixar-se também como uma demanda da equipe profissional de enfermagem. O âmbito hospitalar favoreceu uma melhor percepção das atribuições do enfermeiro e como ele está inserido em praticamente todos os processos realizados em prol do paciente, o que demonstra a indispensabilidade de um aprendizado eficaz para os acadêmicos. CONCLUSÃO Diante disso, é evidente que o objetivo da disciplina foi alcançado, uma vez que a teoria e a prática andaram em sincronia, de maneira que o conteúdo apresentado em sala foi amplamente visto, aplicado e discutido durante a prática hospitalar. Outro ponto positivo e de extrema importância é o crescimento do nosso grupo enquanto acadêmicas; o contato com a equipe multidisciplinar do hospital, a discussão dos casos entre alunas e professora, a aplicação do conhecimento durante a realização de procedimentos técnicos, culminaram em um estímulo para buscar mais informações a respeito das patologias e dos cuidados de enfermagem que eram necessários em cada caso. Dessa forma, fica evidente a importância da disciplina e o quanto ela pode ser enriquecedora quando teoria e prática são integradas, contribuindo no acréscimo cognitivo e revelando os desafios da profissão, uma vez que proporciona uma visão panorâmica do âmbito hospitalar e do profissional de enfermagem nele inserido, tornando assim os acadêmicos mais preparados para a futura atuação profissional.  

2851 ABORDAGEM SOCIOEDUCATIVA DA EXPLORAÇÃO SEXUAL: UM OLHAR DIFERENTE PARA AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Lara Monteiro Cardoso, Antonia Irisley da Silva Blandes, Cristiano Gonçalves Morais, Herman Ascenção Silva Nunes, Renan Fróis Santana, Andreza Dantas Ribeiro, Brenda dos Santos Coutinho, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

ABORDAGEM SOCIOEDUCATIVA DA EXPLORAÇÃO SEXUAL: UM OLHAR DIFERENTE PARA AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Autores: Lara Monteiro Cardoso, Antonia Irisley da Silva Blandes, Cristiano Gonçalves Morais, Herman Ascenção Silva Nunes, Renan Fróis Santana, Andreza Dantas Ribeiro, Brenda dos Santos Coutinho, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

Apresentação: A exploração sexual e o abuso sexual de crianças e adolescentes são assuntos que tem ganhado maior visibilidade nos últimos anos, principalmente no que condiz ao incentivo de ações com finalidade de sessar e coibir este tipo de ato. Com relação a isto, este trabalho teve por objetivo relatar a experiência de docentes e discentes de enfermagem durante a aplicação de uma ação socioeducativa acerca do tema exploração sexual, com a observação voltada para a percepção dos beneficiados com a atividade, os estudantes da modalidade regular de ensino e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado por discentes e docentes de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Campus XII, em maio de 2017, durante ação socioeducativa em uma escola de ensino fundamental do município de Santarém, estado do Pará, com alunos da modalidade regular de ensino e EJA. A respectiva instituição de ensino está localizada na região de planalto e a ação foi desenvolvida em parceria com uma empresa agrícola associada ao programa “Na mão certa”. A abordagem junto aos participantes dividiu-se em dois momentos, no primeiro momento foi realizada uma palestra a respeito do tema exploração sexual para os alunos e, em seguida houve o debate sobre o tema em roda de conversa. Resultados e/ou impactos: Participaram da palestra e da roda de conversa, 52 alunos com faixa etária entre 14 e 48 anos de idade, de ambos os sexos. Para nortear e dinamizar as conversas foram empregadas quatro perguntas norteadoras, sendo elas: “O que eles entendiam por exploração e abuso sexual?”, “O que seria prostituição infanto-juvenil?”, “Já viram ou foram aliciados por alguém?” e “O que fazer diante de uma situação desse tipo?” Observou-se que a maioria dos estudantes já tinha ouvido falar do tema em questão, no entanto não sabiam diferenciar abuso sexual de exploração sexual. Outro ponto que mereceu destaque durante a conversa foi a respeito do que eles entendiam sobre o termo “prostituição”, pois embora soubessem o significado literal da palavra, não sabiam a aplicabilidade deste termo, quando se trata de crianças e adolescentes. Em relação à questão se já viram ou se já foram aliciados, a maioria disse que já viram ou conheceram alguém que recebeu o “convite”. A respeito do que deve ser feito diante de uma situação desse tipo, grande parte não sabia informar para quem deveria ser notificada a situação. Considerações finais: Foi possível observar dificuldades no entendimento de conceitos pertinentes ao tema por grande parte dos jovens, acerca disto quando se trata de qualquer tipo de abuso que envolva crianças e adolescentes torna-se fundamental o esclarecimento dentro das escolas como método de prevenir que este tipo de crime aconteça, através da sensibilização da vítima, para que a mesma não possua medo e denuncie.  

2872 A RELEVÂNCIA DO PROCESSO DE ENFERMAGEM NA TERAPÊUTICA DE PACIENTES PORTADORES DE ESPASTICIDADE: UMA EXPERIÊNCIA REALIZADA EM UM CENTRO ESCOLA
Beatriz Duarte de Oliveira, Ruhan da Conceição Sacramento, Alicia Laura Lobo Modesto, Larissa Renata Bittencourt Pantoja, Bianca Leão Pimentel, Cleide Mara Fonseca Paracampos

A RELEVÂNCIA DO PROCESSO DE ENFERMAGEM NA TERAPÊUTICA DE PACIENTES PORTADORES DE ESPASTICIDADE: UMA EXPERIÊNCIA REALIZADA EM UM CENTRO ESCOLA

Autores: Beatriz Duarte de Oliveira, Ruhan da Conceição Sacramento, Alicia Laura Lobo Modesto, Larissa Renata Bittencourt Pantoja, Bianca Leão Pimentel, Cleide Mara Fonseca Paracampos

APRESENTAÇÃO: O processo de Enfermagem (PE) pode ser caracterizado como um instrumento tecnológico e metodológico da profissão, deste modo, auxilia o enfermeiro na tomada de decisões, assim como, prediz e avalia o cuidado, satisfazendo a necessidade dos indivíduos de maneira holística e eficaz.  O processo de Enfermagem é capaz de organizar de forma sistemática as atribuições da enfermagem, sendo a espasticidade um distúrbio motor caracterizado pelo aumento do tônus muscular, acarretando a diminuição da capacidade funcional de membros afetados, é essencial um instrumento metodológico capaz de suprir os anseios biopsicossociais do paciente portador da mesma. Em uma conjuntura assistencial, a equipe de enfermagem mostra-se imprescindível, pois possui fundamentos técnicos-científicos para praticar etapas do Processo de Enfermagem, perpassando desde a investigação até aos devidos cuidados e medidas de reabilitação. Objetivos: Relatar a vivência de Acadêmicos alicerçada nas etapas do processo de enfermagem durante as atividades de estágio extracurricular em um Ambulatório de Neurologia Métodos: Trata-se de um estudo descritivo qualitativo, do tipo relato de experiência, o qual é realizado no Centro de Saúde e Escola do Marco (CSEM). O ambulatório conta com uma equipe multiprofissional composta por dois médicos neurologistas, uma fisioterapeuta e a equipe de Enfermagem – 6 acadêmicos e uma docente –. A enfermagem atua realizando o acolhimento dos pacientes praticando as etapas preconizadas no processo de Enfermagem, tais como: Investigação, coleta de dados que subsidiam o histórico do paciente; Prescrições de Enfermagem, realização de orientações pertinentes aos pacientes e Avaliação de Enfermagem, efetuada cerca de um mês após o tratamento indicado pelo médico. Além disso, atua de modo a garantir a segurança dos pacientes por meio da organização dos prontuários, gerenciamento de documentações para liberação do agente terapêutico utilizado pelo médico responsável, conforme diretrizes do Ministério da Saúde. Resultados: Por meio da referida experiência, os acadêmicos demonstram autonomia dentro do complexo contexto ambulatorial, praticando sistematicamente as fases do PE e atuando assim,  diretamente na constante capacitação profissional dos mesmos ao colocarem em prática os fundamentos teórico-práticos adquiridos na academia, resultando na inserção ao cenário multiprofissional de atenção à saúde; bem como a devolução dos conhecimentos obtidos à população, corroborando com os preceitos do Centro Escola. Ademais, é importante ressaltar a eficácia do tratamento médico aliado as prescrições de enfermagem onde observa-se que cerca de 95% dos pacientes apresentam melhora na motricidade e na qualidade de vida.  Conclusão: Portanto, destaca-se a importância e a relevância da atuação da enfermagem aliada a sua ciência, frente ao tratamento de pacientes espasticos, pois a mesma desempenha um papel fundamental nos processos gerenciais, de assistência e humanização. Esse fato oferece subsídios para a capacitação de acadêmicos de enfermagem no âmbito multiprofissional que por si, contribui para uma assistência qualificada ao usuário do serviço. 

2897 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM CÂNCER DE PULMÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Beatriz Duarte de Oliveira, Ruhan da Conceição Sacramento, Larissa Renata Bittencourt Pantoja, Alícia Laura Lobo Modesto, Stephany Siqueira Braga, Tatiana Noronha Panzetti

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM CÂNCER DE PULMÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Beatriz Duarte de Oliveira, Ruhan da Conceição Sacramento, Larissa Renata Bittencourt Pantoja, Alícia Laura Lobo Modesto, Stephany Siqueira Braga, Tatiana Noronha Panzetti

APRESENTAÇÃO: A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) constitui um modelo privativo de trabalho, por meio do qual é possível delinear a prestação de serviços diante do contexto cliente-enfermeiro assim como enfermeiro-equipe de enfermagem. Desse modo, tal sistematização mostra-se imprescindível para a conjuntura que norteia o exercício da profissão. A assistência de enfermagem destaca-se como uma das funções primordiais no cotidiano do enfermeiro, visando a excelência da qualidade na atenção à saúde oferecida ao paciente, a família e a coletividade com intervenção no processo saúde-doença. Com a implementação da SAE é possível proporcionar cuidados de cunho mais especifico, de acordo com as necessidades de cada paciente propulsionando avanços na qualidade da assistência. Nesse contexto, sabe-se que o câncer é uma importante causa de doença e morte no Brasil, pois desde 2003, as neoplasias malignas perfazem a segunda causa de mortalidade da população. Assim, compreende-se que o câncer ainda é uma das doenças mais temidas e estigmatizadas, representando um dos grandes problemas de saúde pública no Brasil. Dos vários tipos de câncer os mais incidentes foram os de pulmão, mama, cólon e reto, sendo destes o de pulmão considerado como a principal causa de morte. A SAE ao paciente oncológico, por meio do Processo de Enfermagem, é um importante instrumento que norteia e viabiliza o trabalho da equipe de enfermagem, pois, sua implementação, pode refletir na melhoria da qualidade dos cuidados prestados, além de possibilitar autonomia e reconhecimento da profissão. Para a assistência de enfermagem ao paciente com câncer de pulmão, leva-se em consideração as necessidades fisiológicas e psicológicas do indivíduo. É importante ressaltar que os problemas fisiológicos se devem principalmente às manifestações respiratórias da doença. Desse modo, os cuidados de enfermagem incluem estratégias que assegurem o alívio dor e do desconforto, assim como evitar complicações decorrentes. Desse modo, o presente trabalho visa como objetivo relatar a experiência de acadêmicos de Enfermagem na elaboração e implementação da SAE ao paciente com câncer de pulmão em um hospital de referência localizado em Belém do Pará, conforme a taxonomia presente no NANDA, NIC e NOC.  DESENVOLVIMENTO: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência, desenvolvido durante as aulas prática do componente curricular Enfermagem Clinica e Cirúrgica em um hospital da rede pública de referência em oncologia localizado em Belém do Pará. O estudo se desenvolveu durante os meses de setembro a outubro de 2017 onde os discentes obtiveram o caso de um paciente hospitalizado com diagnóstico médico de câncer de pulmão em pós-operatório de retoracotomia e decorticação pulmonar direita. A experiência se deu em etapas, sendo a fase inicial a avalição do histórico de admissão do paciente na clínica. Após isso, houve o contato com o paciente, por meio da visita de enfermagem, onde foi possível a prestação de alguns cuidados, bem como de uma investigação mais detalhada sobre o histórico do paciente. Após isso foi realizado o estudo do caso em bases teóricas, como artigos e livros pertinentes, a fim de alicerçar os cuidados de enfermagem as individualidades do paciente. Por fim, realizou-se a elaboração do plano de cuidados conforme os diagnósticos de enfermagem traçados de acordo com os preceitos presentes no NANDA, intervenções e resultados de enfermagem com base no NIC e NOC, respectivamente e, posteriormente, a implementação dos cuidados propostos por meio da visita de enfermagem. RESULTADOS: Por meio da elaboração do plano de cuidados, foi possível estabelecer os principais Diagnósticos de Enfermagem referentes ao paciente, sendo eles a) Nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais relacionada à diminuição do apetite evidenciada pela ingesta inferior à quantidade adequada. Sendo os resultados esperados a ingestão da dieta de acordo com as suas necessidades metabólicas e as intervenções de enfermagem: encaminhar para avaliação nutricional, explicar ao paciente a importância da nutrição adequada, organizar as refeições de forma que os nutrientes com mais proteínas/calorias sejam servidos quando o paciente sentir mais apetite; b) Padrão de sono prejudicado relacionado à dor, evidenciado por procedimento cirúrgico. Com resultado esperado de Regularização do padrão de sono e intervenções: diminuir ruídos no ambiente, administrar analgésico previamente prescrito pelo médico, utilizar terapias alternativas para alívio da dor e relaxamento, investigar com o paciente ou acompanhante sua rotina habitual para dormir; c) Integridade tissular prejudicada relacionada ao procedimento cirúrgico, evidenciada por incisão cirúrgica. Tendo como resultado esperado a Cicatrização progressiva do tecido e como cuidados de enfermagem: avaliar a situação da ferida cirúrgica, cobrir a área com curativo, estimular a ingesta de proteína e carboidratos a fim de manter um equilíbrio positivo do nitrogênio, encaminhar para o serviço de enfermagem comunitária se for necessária a assistência adicional em casa; d) Dor aguda relacionada ao traumatismo tissular, secundário ao procedimento cirúrgico e ao câncer, evidenciada por autorrelato de dor, expressão facial de dor e taquicardia. O resultado esperado sendo o controle e alívio da dor e os cuidados: controlar e administrar analgésico previamente prescrito pelo médico, avaliar a eficácia do analgésico após 30 minutos, utilizar terapias alternativas para alívio da dor; e) Risco de integridade da pele prejudicada evidenciado por mobilidade física prejudicada e cisalhamento. Resultado esperado sendo manter a derme e epiderme íntegra e livre de úlceras de pressão e como intervenções: estimular a deambulação e a troca de decúbito, utilizar coxins, realizar massagens para estimular a circulação sanguínea; f) Risco de infecção evidenciado por presença de dreno torácico, AVC na veia jugular, ferida cirúrgica, permanência prolongada no hospital e câncer. O controle do risco de infecção se destaca como resultado esperado e as intervenções: Lavar as mãos utilizando a técnica asséptica antes de realizar procedimentos invasivos, realizar e controla antibioticoterapia previamente prescrita pelo médico, observar possíveis manifestações clínicas de infecção.  Por meio da implementação da SAE no cotidiano de cuidados prestados ao paciente, percebeu-se a melhora do quadro clinico do mesmo, bem como a recuperação adequada diante dos cuidados no pós-operatório. Tais fatos são comprovados diante da posterior alta do paciente recebida conforme avalição da equipe multiprofissional.  CONSIDERAÇÕES FINAIS: A aplicação da SAE neste estudo possibilitou aos acadêmicos e profissionais de enfermagem o desenvolvimento de uma assistência pautada na humanização e no conhecimento científico com a utilização da NANDA, NIC e NOC, pois propiciaram a elaboração de um modelo que contemplou as necessidades biológicas mais afetadas. O desenvolvimento e a aplicação dessa tecnologia de enfermagem ajuda a desenvolver o conhecimento, favorecendo uma prática efetiva e eficaz, minimizando barreiras referentes aos cuidados necessários. Dessa maneira, a utilização da SAE durante o trabalho do enfermeiro na clínica, destaca-se pelo favorecimento do retorno do paciente ao seu contexto familiar o mais precocemente possível, bem como permite credibilidade do trabalho de enfermagem em suas diversas vertentes, como o caso especifico deste trabalho sendo a sistematização ao paciente com câncer de pulmão.

2926 QUALIDADE DE VIDA DE UM PACIENTE PORTADOR DE ADENOCARCINOMA INVASOR NO CÓLON: experiências de acadêmicos de enfermagem
Elciane Calandrino Martins, Suanne Pinheiro, Anderson Júnior dos Santos Aragão, Camila Stefany Silva de Souza, Denise Nascimento da Costa, Elizama Nascimento Pastana, Ellen Christiane Côrrea Pinho, Emilly Melo Amoras

QUALIDADE DE VIDA DE UM PACIENTE PORTADOR DE ADENOCARCINOMA INVASOR NO CÓLON: experiências de acadêmicos de enfermagem

Autores: Elciane Calandrino Martins, Suanne Pinheiro, Anderson Júnior dos Santos Aragão, Camila Stefany Silva de Souza, Denise Nascimento da Costa, Elizama Nascimento Pastana, Ellen Christiane Côrrea Pinho, Emilly Melo Amoras

Apresentação: O câncer é um importante problema de saúde pública, sendo a causa de mais de seis milhões de óbitos a cada ano, o que representa cerca de 12% de todas as causas de morte no mundo. O câncer de cólon e reto, particularmente, permanece como uma das neoplasias de maior incidência, sendo que os adenocarcinomas correspondem a 90% das neoplasias de intestino grosso. Atualmente se acredita que os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal sejam genéticos (poliposes e histórico familiar) e ambientais (idade, hábitos e estilo de vida, antecedentes pessoais e doença inflamatória intestinal). As neoplasias de colón podem permanecer assintomáticas durante anos, sendo que os sintomas surgem de modo insidioso e variam segundo a localização da lesão. Os que mais sugerem câncer de colón são sangramento retal, emagrecimento, dor e mudança de hábito intestinal. As neoplasias do cólon proximal são geralmente ulceradas e, portanto, causam sangramento retal crônico e diarreia, enquanto as neoplasias de cólon distal levam a obstipação intestinal por obstrução da luz. Tumores no reto causam hematoquesia, tenesmo, evacuação incompleta e estreitamento do calibre das fezes.  Por se tratar de uma doença crônico-degenerativa, o impacto da hipótese diagnóstica, a confirmação da doença e o tratamento do câncer, certamente influenciarão diretamente no estilo e na qualidade de vida do indivíduo. A enfermagem tem um importante papel na avaliação clínica do tratamento. A monitorização dos sintomas da doença e dos efeitos colaterais da terapêutica é um aspecto importante que influencia na qualidade de vida dos sobreviventes do câncer. O interesse pelo tema proposto é de suma importância para a expansão do saber voltado ao câncer de cólon, os fatores que propiciam seu desenvolvimento e onde se encontram os maiores focos da doença.  Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência, apresentado como Trabalho de conclusão de atividade curricular a Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Pará/Belém, como requisito avaliativo da Atividade Curricular Introdução à Enfermagem. O local de realização foi a clínica cirúrgica de um hospital referência em oncologia situado na região metropolitana de Belém do Pará, durante o mês de julho de 2016, com um paciente diagnosticado com Adenocarcinoma Invasor no Cólon. A proposta deste trabalho foi descrever como se comporta a doença e suas etapas, bem como os tipos de tratamento e a intervenção do profissional de enfermagem. Desse modo, foram analisados a interferência da doença na qualidade de vida do paciente e o processo de enfermagem como contribuinte para a recuperação e garantia da saúde do cliente. A coleta de dados ocorreu através do prontuário do paciente, seguida pela entrevista e exame físico, ação fundamentada na Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta por meio de um questionário semiestruturado. O exame físico realizado na paciente foi do tipo céfalo-podálico, na qual podemos identificar os principais problemas relacionados à saúde e assim implementar os diagnósticos de enfermagem com suas possíveis intervenções e resultados. Resultados: Paciente, do sexo feminino, 53 anos, casada, doméstica, católica, apresentou episódios de dor abdominal e devido a isso deu entrada no hospital referido. Iniciou acompanhamento médico e foi diagnosticada através de tomografia computadorizada o caso de adenocarcinoma invasor localizado no cólon, informação essa omitida da cliente a pedido de seus familiares. Durante a coleta de dados a cliente estava em pré-operatório, e utilizando omeprazol 40 mg, dipirona, metoclopramida e lozartana, este último já utilizara anteriormente a internação devido seu quadro de hipertensão. A cliente relatou não ser fumante, entretanto era etilista social, sendo que parou de ingerir álcool a aproximadamente 4 meses devido a hospitalização. Referente ao padrão de nutrição, apresenta uma dieta hipossódica, apetite diminuído, perda de 5 kg nos últimos 6 meses. Em relação ao padrão de eliminação intestinal, esta encontrava-se presente e espontânea, todavia parcialmente prejudicada devido a fisiopatologia do câncer. Hábitos urinários estavam dentro dos limites normais. Quanto ao padrão de sono e repouso estavam alterados devido episódio de dor. Durante a coleta de dados, a cliente encontrava-se consciente, orientada, deambulando, comunicativa e com capacidade de compreensão preservada. Ao ser questionada a respeito de sua ansiedade quanto a espera pelo procedimento cirúrgico relatou estar levemente ansiosa e que não há preocupação relacionadas a sua hospitalização procurando sempre manter a calma. Sua visão do futuro, está voltada para o seu retorno a sua vida normal. Ao exame físico, apresentava pele e mucosas, hipocoradas e ictéricas, acuidade visual diminuída, utilizava óculos e prótese dentária, padrão de oxigenação preservado, coração rítmico, abdome plano e indolor a palpação, entretanto apresenta estrias e manchas escurecidas. MMSS e MMII demostram sensibilidade e força motora preservadas em todas as extremidades. Sinais vitais, normotérmica, normocárdica, com pulso filiforme e arrítmico, normopneica e hipertensa (140 x 110 mmHg).   Desse modo, ao analisarmos a situação em que nossa cliente se encontra, como alterações em algumas Necesssidades Humanas Básicas, foi desenvolvido um plano de cuidados de enfermagem com o intuito de melhorar a qualidade de vida da mesma, assim como proporcionar uma melhor estadia da paciente enquanto estiver internada para os cuidados de pré e pós-operatório. Esse plano de cuidados tinha como diagnóstico: Nutrição prejudicada, Sono e repouso prejudicados e conforto prejudicado, relacionados a alterações fisiológicas decorrentes do câncer, a hospitalização e  a dor abdominal; a partir disso foram traçadas as seguintes intervenções: instruir a respeito da importância da alimentação; informar sobre a sintomatologia da doença e possíveis efeitos colaterais dos medicamentos utilizados para o tratamento; administração de medicamentos analgésicos, proporcionando ausência da dor na hora de dormir, bem como aliviar o estresse através da escuta ativa; instruir sobre a mudança de decúbito em um determinado intervalo de tempo e ajustar o ambiente. Diante disso, esperamos os seguintes resultados: nutrição adequada, paciente se mostrará mais disposta e descansada; paciente utilizando analgésicos, exercícios e técnicas de manejo de dor, para aliviar a dor sentida. Considerações finais: O câncer é um desafio tanto para o paciente como para todas as pessoas que o cercam, pois gera mudanças severas que interferem na qualidade de vida principalmente do paciente, devido à própria doença e também aos efeitos do tratamento, que ocasionam uma série de alterações no seu bem-estar biológico, social e espiritual, muitas vezes acarretando a debilidade do mesmo que opta por abandonar o tratamento. Dentro desse contexto o enfermeiro tem papel importantíssimo, desde a prevenção até o enfrentamento do tratamento, pois age em todas as etapas do processo de tratamento do cliente, com ênfase no controle dos efeitos adversos e nas consequências do tratamento sobre o desempenho biológico, psicológico e social, isso por meio do processo de enfermagem. Como acadêmicos, esse trabalho nos possibilitou uma experiência enriquecedora em relação a patologia oncológica em questão, exercitando nosso olhar holístico e humanizado, preparando-nos para a realidade a ser vivenciada no futuro.

2946 VISITA DOMICILIAR E SEU CONTEXTO MULTIDISCIPLINAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Karollayny de Macêdo Oliveira, Marcus Léon de Jesus Gomes, Carolline Damas de Andrade Oliveira, Rebeka Daiany Duarte Dantas, Andrea Lopes Ramires Kairala

VISITA DOMICILIAR E SEU CONTEXTO MULTIDISCIPLINAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Karollayny de Macêdo Oliveira, Marcus Léon de Jesus Gomes, Carolline Damas de Andrade Oliveira, Rebeka Daiany Duarte Dantas, Andrea Lopes Ramires Kairala

APRESENTAÇÃO: O relato trata de uma experiência de estudantes de medicina em uma visita domiciliar, dispositivo da Estratégia Saúde da Família (ESF), no qual é abordado os aspectos sociais, econômicos, psicológicos e emocionais de uma família. Demonstrando que um nível de atenção pouco valorizado à época da visão positivista/mecanicista do fazer médico; que distanciava o médico do paciente, e impossibilitava a análise de diversos agravos que poderiam ser percebidos na investigação do paciente como um todo, atualmente abordado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, é de extrema relevância no contexto da promoção e educação em saúde. O estudo tem como objetivos: entender a importância de um projeto pedagógico interdisciplinar e interligado com os diferentes componentes curriculares acadêmicos do curso de medicina; compreender a importância da participação de estudantes de medicina na Atenção Primária à Saúde (APS); relatar a experiência no processo inicial de comunicação e educação em saúde; entender as necessidades prioritárias do paciente e analisar ao final o impacto no âmbito social, econômico, psicológico e emocional das orientações e do projeto terapêutico realizados na família em questão. DESENVOLVIMENTO: a atividade foi realizada por acadêmicos de medicina de uma Instituição de Ensino Superior privada na cidade de Brasília-DF, entre os meses de agosto e novembro do ano de 2017, tendo como território de realização da atividade a Unidade Básica de Saúde vinculado à Secretaria de Saúde do DF. O grupo era formado por 4 estudantes, todos do 3º semestre do curso de medicina, sendo acompanhados por um Agente Comunitário de Saúde e um docente com formação na área de saúde. A visita realizada à família foi no período matutino; utilizou como base um questionário previamente elaborado, assim como um roteiro de anamnese clínica constituída por todos os tópicos de relevância médica, abrangendo os aspectos clínicos, sociais e emocionais, de modo a possibilitar o conhecimento da família como um todo, isto é, seus hábitos, seu estilo de vida, suas fragilidades e fatores de risco, seus conflitos, suas crenças, seus valores e como isso era traduzido no seu modo de vida e de cuidado à saúde. Sendo possível, assim, a compreensão do processo saúde e doença e reafirmando os laços de vínculo com a família, a fim de orientar projetos de intervenção com intuito de promover educação em saúde e fortalecer o vínculo entre o profissional de saúde e o paciente. Assim, foi realizada uma reunião para apresentação resumida da família que seria visitada e em seguida foi feito o deslocamento até o domicílio familiar. Foram colhidas informações para a elaboração da abordagem familiar, tais como ecomapa, genograma e ciclo de vida, e aplicados os conhecimentos de anamnese e exame físico, além de orientações dos componentes verbais e não verbais de relevância no atendimento domiciliar. Sobre a análise das fragilidades familiares, foi utilizada a escala de risco familiar de Coelho-Savassi, que aborda os seguintes aspectos: a presença de acamados no domicílio, de deficientes físicos, deficientes mentais, as condições de saneamento e higiene, os casos de desnutrição, de drogadição (lícita e/ou ilícita), de desemprego, o analfabetismo, a presença de indivíduo menor que 6 meses, de indivíduo maior que 70 anos, membros do grupo familiar portadores de hipertensão arterial sistêmica, de diabetes mellitus e a relação de moradores por cômodo. Dessa forma, cada sentinela de risco é pontuada com um valor quantitativo, o qual é realizada a soma e é gerado um escore de risco em 3 diferentes níveis: risco menor, médio e máximo. Sobre os dados clínicos, vale ressaltar a normalidade e conformidade das medidas antropométricas e dos marcos de desenvolvimento neuropsicomotor com a Caderneta de Saúde da Criança. Na data da primeira consulta, que ocorreu em agosto, o RN apresentava 16 dias de vida, estava em amamentação exclusiva, os exames físicos constavam normais, entretanto, havia de forma perceptível a presença de um sopro cardíaco na área pulmonar, já diagnosticado pela junta médica do hospital, o qual foi auscultado e apreendido por todos os componentes da equipe por meio do uso de estetoscópio. Após toda a abordagem familiar, a equipe seguiu para aUBS. Dessa forma, foi realizada uma discussão minuciosa do caso em questão, aplicado o escore de classificação de risco familiar e formulado uma proposta de intervenção e de orientações em saúde para a família e para a criança. No segundo encontro, no mês de novembro, o bebê já apresentava cerca de 3 meses de vida, os parâmetros familiares permaneceram constantes, e a ausculta cardíaca demonstrava nítida diminuição do ruído cardíaco, a ponto de ser imperceptível pela equipe, sendo a mesma afirmativa elucidada pelo cardiologista pediátrico que há 2 dias da visita houvera feito o exame do bebê. Dessa forma, realizou-se a apresentação das propostas de intervenção, com orientações sobre a alimentação do bebê, da importância do processo de amamentação como substrato de inúmeros fatores imunológicos, do beneficiamento psicológico e do caráter econômico que o aleitamento materno proporciona, sobre a natureza de um sopro cardíaco fisiológico e orientações voltadas para toda a família, em especial sobre o estímulo da volta aos estudos por parte da mãe, a qual interrompeu devido a gravidez. RESULTADOS: De acordo com a diretrizes curriculares brasileiras, o trabalho em equipe e a atenção integral à saúde servem como pilares para a formação dos profissionais médicos e entendimento do ser como um todo, ou seja, em seu componente biopsicossocial. Dessa maneira, a atividade prática supervisionada é o cenário ideal para o desenvolvimento dessas habilidades. Assim, em análise sobre o processo de metodologias ativas da respectiva instituição de ensino superior, a qual se baseia na Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL), nota–se que a integração interdisciplinar do projeto pedagógico dos diferentes componentes curriculares, como a dinâmica do Tutorial, o qual abordou os principais aspectos da saúde da criança e o seu desenvolvimento. Os elementos que se associavam à disciplina de Habilidades Médicas, que desenvolveram capacidades de expressão ao paciente, o uso de trajes adequados, o cuidado ao invadir a privacidade das pessoas, de demonstrar interesse em ajudar, a disponibilidade para escutar, a capacidade de compreender, sem julgar, a situação pela qual determinada família está transpondo, a observação das posturas corporais, dos silêncios, da busca em si de seus significados e a compreensão das dificuldades do contato real com pacientes, como a sensação de impotência. A disciplina de Morfofuncional, que agrega a anatomia e aspectos embriológicos desse desenvolvimento. Além do componente de Programa de Integração Saúde Serviço Comunidade (PISSCO), que tem como alvo a disponibilização dos cenários em APS. Portanto, esse plano pedagógico leva por propiciar um amplo desenvolvimento da capacidade de atuação em equipe, isto é, a quebra do paradigma hierarquizado e individualista do anterior modelo de atenção à saúde, o desenvolvimento da compreensão do ser como um todo, em uma atenção integral e envolvida na educação e promoção da saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pode-se deduzir que as atividades em níveis de atenção básica, como atributos do plano pedagógico, propiciam a formação de profissionais mais críticos e conscientes, mais humanizados e desenvolvedores de atividades de prevenção, promoção e educação em saúde, o que contribui para uma melhor formação dos profissionais médicos.

2960 EXPERIENCE REPORT: EDUCATIONAL ACTIVITY ABOUT CANCER OF THE CERVIX, VALUING SPACES
Pablo Stephano Lopes da Silva, Rebeka Santos da Fonseca, Gabriela Oliveira de Nazaré, Adalgisa Azevedo Lima, Maria Mônica Machado de Aguiar, Yara Macambira Santana Lima

EXPERIENCE REPORT: EDUCATIONAL ACTIVITY ABOUT CANCER OF THE CERVIX, VALUING SPACES

Autores: Pablo Stephano Lopes da Silva, Rebeka Santos da Fonseca, Gabriela Oliveira de Nazaré, Adalgisa Azevedo Lima, Maria Mônica Machado de Aguiar, Yara Macambira Santana Lima

Presentation: Cervical cancer is associated with human papillomavirus (HPV) infection in 99% of cases. This mainly affects the age group of 20 to 29 years with its risk of incidence increased from 60 years of age. Considered among the neoplasias that most cause mortality in women, especially in developing countries, losing only to breast cancer when it comes to Brazil, it has become a public health problem. Its main prevention consists in the precocious detection of precursor lesions of cervical cancer through Pap smears. The aim of this study is to describe the advantages of health education in cervical cancer. Development: The present study consists of an experience report of the teachers and nursing students that took place on November 17 and 24, 2017 in a public health institution in the city of Santarém-PA during the practical session of gynecological nursing, with activity involving 19 women. In order to carry out health education, the academics had the help of a banner from the institution, which provided information about the signs and symptoms, epidemiology, risk factors, diagnosis and prevention of cervical cancer. the most dynamic and interactive moment. Results: Uterine cervix cancer is a disease feared by women; however, the lack of information from many women because they feel that the examination requires a patient to feel sick or have a gynecological symptom, it becomes an important barrier for the accomplishment of the Papanicolau examination, this implies that the accomplishment of this examination is not sufficient for the prevention of the cancer of the uterine cervix and for that, it is necessary educational actions that make clear the importance of the early diagnosis, increasing the probability of cure. Thus, health education is an easily implemented educational technology that can be carried out in various settings, such as schools, churches, community centers, hospitals and basic health units. It is considered an extremely valuable tool for the strategy of primary prevention of cervical cancer by promoting women self-awareness, awareness of the need to perform the Pap test, motivating it for self-care and for adopting healthy behaviors. Health education has shown to be an interactive methodology that promotes the approach of the professional with the user by promoting an ideal moment to discuss the means of prevention of the disease and its risk factors such as the stimulus to safer sex and decrease of the exposure to tobacco, besides identifying the woman with greater risk situation. Final Considerations: Health education has a combination of opportunities that it is this use in which the woman attends the health unit and the professionals perform it providing greater awareness and care of the women for the gynecological preventive exam. and consequently promote and maintain health.

2867 Atenção secundária: Condições dos recém-nascidos avaliados na consulta puerperal
Géssica Rodrigues Silveira, Cristiano Gonçalves Morais, Antonia Irisley da Silva Blandes, Gisele Ferreira de Sousa, Simone Aguiar da Silva Figueira, Ilma Pastana Ferreira

Atenção secundária: Condições dos recém-nascidos avaliados na consulta puerperal

Autores: Géssica Rodrigues Silveira, Cristiano Gonçalves Morais, Antonia Irisley da Silva Blandes, Gisele Ferreira de Sousa, Simone Aguiar da Silva Figueira, Ilma Pastana Ferreira

Apresentação: A assistência de enfermagem é fundamental na detecção e intervenção de agravos ou fatores de risco a saúde nos primeiros dias de vida, dada a importância desta avaliação, se faz necessário profissionais capacitados aptos a avaliar as condições dos recém-nascidos. Objetivo: Descrever as condições dos recém-nascidos verificado na consulta puerperal. Desenvolvimento: Este estudo documental, descritivo, retrospectivo de abordagem quantitativa. Foi desenvolvido em uma unidade de referência de saúde para gestação de alto risco do município de Santarém. Foram avaliados 104 prontuários no mês de julho de 2016. O critério de exclusão adotado envolveu a retirada de prontuários que não estivessem na unidade no período do estudo, além disso foram avaliados os documentos de gestantes que retornaram para a consulta na unidade que tivessem iniciado o pré-natal na mesma. A análise de dados foi realizada no software Excel 2016. Resultados e/ou impactos: A análise de dados apontou que cerca de 27% dos recém-nascidos eram do sexo feminino, 26% masculino e 47% não informaram informações referentes ao sexo na consulta puerperal. Com relação ao tipo de parto 18% informaram parto cesariano, 36% parto vaginal e 46% não informaram. Com relação a idade gestacional do parto cerca de 83% dos recém-nascidos nasceram a termo, 15% pré-termo e 2% pós termo. Acerca do APGAR no primeiro e quinto minuto foram predominantes de 7 a 9 e 8 e 9 com respectivos 14% e 16%. Com relação a peso cerca de 2% dos bebês apresentaram peso superior a 4 000 gramas, cerca de 49% apresentaram peso variando entre 2, 500 e 3, 900 gramas e 1% dos bebês apresentaram peso inferior a 2,500 gramas. Com relação a vacinação 26% foram vacinados, cerca de 27% realizaram o teste do pezinho e 15% informaram queda do cordão umbilical. Considerações finais: Observou-se que a maioria dos recém-nascidos evoluíram para parto normal sem complicações ou agravos, fato positivo a deve ser ressaltado tendo em vista que se tratam de bebês de gestantes que fazem acompanhamento especializado na atenção secundária por estarem em condições de risco à saúde de ambos.

2837 Atenção primária em saúde e vivências acadêmicas dos discentes do curso de Enfermagem no setor de imunização
Géssica Rodrigues Silveira, Cristiano Gonçalves Morais, Antonia Irisley da Silva Blandes, Gisele Ferreira de Sousa, Franciane de Paula Fernandes, Claudia Costa Nascimento

Atenção primária em saúde e vivências acadêmicas dos discentes do curso de Enfermagem no setor de imunização

Autores: Géssica Rodrigues Silveira, Cristiano Gonçalves Morais, Antonia Irisley da Silva Blandes, Gisele Ferreira de Sousa, Franciane de Paula Fernandes, Claudia Costa Nascimento

Apresentação: A diminuição dos casos de morbimortalidade no Brasil por doenças imunopreveníveis está diretamente relacionada a implementação de políticas públicas voltadas para imunização, sua efetividade depende das ações implementadas para a manutenção da qualidade dos materiais/insumos e as ações executadas pelo profissional de enfermagem capacitado que devem atuar no controle do esquema vacinal e dos recursos utilizados na sala de vacina. Objetivo: Descrever a experiência dos discentes do curso de Enfermagem na sala de vacina em unidades básicas de saúde. Desenvolvimento: Este estudo descritivo, do tipo relato de experiência, foi realizado durante o período de estágio supervisionado dos discentes do curso de Enfermagem, no período de abril a maio de 2017. Os dados deste trabalho representam informações que foram adquiridos nas salas de vacinas nos locais de estágio na atenção primária em saúde de duas unidades básica de saúde localizadas nos respectivos bairros de Aparecida/Caranazal e Santo André no município de Santarém-Pará. Resultados e/ou impactos: Foi possível observar no período deste estudo as dificuldades e limitações das ações dos profissionais de enfermagem atuantes nas salas de vacinas, principalmente no que condiz a falta de recursos como imunobiológicos e materiais educativos para população. Além disso, houve dificuldades na conscientização da população referente mudanças no esquema vacinal da febre amarela, compreendida em sua maioria, pelas pessoas atendidas, como falta de engajamento ou omissão do profissional atendente na prestação de serviços de saúde. Observou-se a falta de adesão ao esquema vacinal representado por atrasos e pela perda da carteira com o histórico individual de vacinas. Considerações finais: A vacinação é um dos meios eficazes e de baixo custo de prevenção de doenças inumoprevenidas. Assim, é um local de atuação e atribuição do profissional de enfermagem que desempenha papel na sua realização junto à comunidade, apesar da sua eficácia este método sofre com dificuldades para a sua manutenção seja pela falta de materiais ou pelas condições adequadas de trabalho, estudos voltados para a rotina de vacinação são necessários pois servem para caracterizar e evidenciar as fragilidades no Sistema Único de Saúde, que possam servir de base para a elaboração de ações de  modo a melhorar os indicadores de saúde.

2865 Saúde coletiva e simulação realística: experiência prática em imunização.
Amanda Morais Polati, Vanessa de Souza Amaral, Deíse Moura de Oliveira, Gian Batista do Carmo, Pamela Brustolini Oliveira Rena, Nayara Rodrigues Carvalho

Saúde coletiva e simulação realística: experiência prática em imunização.

Autores: Amanda Morais Polati, Vanessa de Souza Amaral, Deíse Moura de Oliveira, Gian Batista do Carmo, Pamela Brustolini Oliveira Rena, Nayara Rodrigues Carvalho

Apresentação: O estágio em ensino é uma disciplina frequentemente ofertada nos cursos de pós-graduação stricto sensu como uma forma de capacitar os alunos para que possam exercer a profissão de educadores em ensino superior no Brasil. O objetivo da disciplina é uma troca de saberes e práticas entre o educador, aluno da pós graduação e alunos da graduação para que possa vivenciar/experienciar o contexto sala de aula. Com o atual questionamento das metodologias tradicionais de ensino e as novas exigências de mudança deste padrão, as metodologias ativas de ensino-aprendizagem vêm tomando conta do cenário do educar. A simulação realística é uma estratégia utilizada como norteadora de união da situação real, raciocínio clínico e pautada na busca para a resolução do problema. Unindo o estágio em ensino como ferramenta de formação profissional e a simulação realística como possibilidade de intervenção, alunos do mestrado profissional em ciências da saúde desenvolveram uma prática com a temática, “imunização em saúde”, com o objetivo de promover o ensino/aprendizagem para alunos que cursaram a disciplina Saúde Coletiva II em uma universidade pública do interior de Minas Gerais. Objetivo: promover ensino sobre imunização tendo como eixo norteador a metodologia ativa - simulação realística. Desenvolvimento do trabalho: A intervenção foi planejada para ser aplicada em aula prática com a temática “imunização em saúde”, contemplando graduandos em enfermagem do sexto período. Após a explanação em aula teórica sobre a temática, ocorreu em dias diferentes, seguindo a sequência, aula teórica e depois aula prática. A disciplina contou com 42 alunos no total, sendo divididos em 4 grupos de 10 a 12 alunos por prática ,a mesma efetivou-se em um laboratório de simulação perfazendo uma carga horária de 04 horas por prática. O grupo de elaboração desta simulação contou com duas professoras da fraduação e três alunos cursando a disciplina de estágio em ensino na pós-graduação. Dividida em três momentos distintos, porém interligados onde cada momento ocorria em um ambiente denominado “estação prática”. O primeiro momento abordou a temática “rede de frios”, o segundo “conferência e registo de cartão vacinal” e o terceiro “administração de imunobiológico”. Com as três áreas temáticas foram possíveis à abordagem dos principais eixos de armazenamento e condicionamento de imunobiológico; calendário vacinal (checagem e registro) e preparo/administração de um imunobiológico. A primeira estação apresentou como deve ser o correto armazenamento e condicionamento de um imunobiológico (vacinas) em uma geladeira em rotina de uma sala de imunização, seguindo o manual de normas e procedimentos em imunização do Ministério da Saúde de 2014. Metade do grupo (seis alunos) deparavam se com uma geladeira e numa bancada os recipientes de vacinas (frasco, ampola, bisnaga – ambos simulados) com pelo menos uma amostra para cada vacina, conforme preconizado pelo calendário vacinal atualizado (2017), termômetro de geladeira, gelox, caixas térmicas e recipientes para dispor os frascos. O grupo foi convidado a montar uma geladeira e uma caixa de transporte de condicionamento de vacinas, conforme as normas nacionais, durante essa montagem recebiam a visita de um ator - fiscal da vigilancia sanitária- que cobrava a regulamentção da mesma. Foram distribuídos 40 minutos no total, 25 para a montagem e 15 para a discussão e fechamento. Após o termino, o condutor da intervenção discutiu junto ao grupo, a correta forma de montagem, dialogava sobre as dúvidas que surgiram durante o processo. Finalizado o primeiro momento, este grupo se encaminhou para a segunda estação, enquanto a outra metade iniciava o primeiro momento (rodizio). A segunda estação teve o objetivo trabalhar o calendário vacinal na perspectiva da conferência do cartão e registro vacinal. Foram formulados cinco casos clínicos distintos para que os alunos fossem convidados a refletir sobre o atual estado vacinal do cliente e quais condutas seriam tomadas, contemplavam a simulação do cartão de uma criança, um adolescente, um adulto, um idoso e uma gestante. Para cada caso, uma problemática foi criada e os alunos eram indagados sobre a situação vacinal atual, quais vacinas poderiam ser administradas, como seria realizado, o registro da vacina atual , do agendamento das próximas vacinas, via cartão e outas indagações pensando na problematização da realidade. Neste momento, os alunos se sentaram em círculos, após a leitura, o grupo analisava e pautava qual intervenção, com base na melhor tomada de decisão. O tempo foi 60 minutos para discussão dos casos e propostas de cuidado prescritas. Ao passar pela terceira estação, cada dupla de alunos que compõem o grupo, escolheu um caso para preparar e administrar a vacina que foi abordado pelo momento anterior. O objetivo foi trabalhar o preparo de um imunobiológico e sua administração. O laboratório onde aconteceu a intervenção possuía manequins humanos para simulação (homem, mulher, idoso, criança e recém-nascido) para que os alunos pudessem delimitar o local correto e realizar a técnica de aplicação conforme preconizado. Também no laboratório, uma bancada com seringas e agulhas diversas, álcool 70%, algodão, descarpax e luvas foi montada para que todo o processo realístico pudesse ocorrer. Cada dupla, baseado no caso escolhido, selecionou os materiais necessários para a imunização, o imunobiológico na caixa térmica conforme preparado no primeiro momento e então realizava a no manequim humano disponível. Resultados e discussões: Ao final dos três momentos, os alunos experiênciaram o cotidiano básico de uma sala de imunização e puderam não somente visualizar, mas também, práticar todo o seu processo, perpassando pelo armazenamento e condicionamento; conferência e registo; preparo e administração de um imunobiológico. Ao experenciar esse processo, a simulação realistíca permite aprendizagem de competências técnicas e comportamentais, pois vivenciam situações de liderança, autonomia, proatividade, avalia conhecimento, reforça pontos fortes e identifica oportunidade de melhorias, oportunizando assim ao processo formativo corrigir falhas e dúvidas de forma segura e eficiente. A partir do processo de construção desta estratégia de intervenção em ensino, foi compreendida que a metodologia ativa de ensino-aprendizagem é uma alternativa viável, potente e inovadora, pois a simulação realística aproxima o aluno da realidade e faz com que sua prática seja tecida de forma palpável, factual e legítima com o cotidiano.  Considerações finais: Ao observar a construção desta intervenção é possível mencionar a dificuldade em encontrar na literatura nacional, modelos que pudessem auxiliar na modelagem desta prática e o atual modelo estrutural de nossas universidades públicas, que muitas vezes não possuem professores suficientes (quantitativamente e qualitativamente) para este tipo de intervenção, além das estruturas físicas que não propriciam espaços amplos que favorecam. Podemos salientar como ponto forte desta prática, que o protagonizar experiências dessa natureza no processo formativo estimula o raciocínio do ensinar sob uma nova prespectiva de (re) modelagem do ensino. Os desafios encontrados na literatura, na estrutura e na efetivação do plano de aula, fez com que muitas nuances emergissem sobre o processo de ensinar a aprender e aprender a ensinar, tornando a disciplina de estágio em ensino, um espaço de construção, desconstrução e reconstrução do Ser educador.

2763 VISITA DOMICILIAR DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EM RELAÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Lara Monteiro Cardoso, Herman Ascenção Silva Nunes, Tatiane Lima da Silva, Thais Chrystinna Guimarães Lima, Maria da Conceição Cavalcante Farias, João Augusto Castro de Oliveira

VISITA DOMICILIAR DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EM RELAÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Lara Monteiro Cardoso, Herman Ascenção Silva Nunes, Tatiane Lima da Silva, Thais Chrystinna Guimarães Lima, Maria da Conceição Cavalcante Farias, João Augusto Castro de Oliveira

Apresentação: A Atenção Primária a Saúde, também conhecida como Atenção Básica possui como característica principal o desenvolvimento de um conjunto de ações de proteção e promoção à saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde. Dentre os diversos programas de atenção à saúde desenvolvidos na Atenção Básica, um é voltado para a criança, especialmente com relação ao acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Para a efetivação de cada programa é necessário a atuação multiprofissional que inclui a figura do Agente Comunitário de Saúde (ACS) que desempenha um papel muito importante no contexto da atenção básica, por ser membro da comunidade e conhecedor da realidade populacional, acabando por tornar-se articulador do processo de trabalho favorecendo a relação entre a população e a equipe de saúde. Com relação à saúde da criança, o papel do ACS é perceber o meio social a qual a criança está inserida, observar os fatores de risco que podem estar expostas, a convivência familiar, também fatores nutricionais e acesso à saúde e educação. O presente estudo teve como objetivo conferir o cumprimento das atribuições designadas aos Agentes Comunitários de Saúde durante a visita domiciliar (VD) voltada a Saúde da Criança em uma Estratégia Saúde da Família (ESF) do município de Santarém/PA. Desenvolvimento do Trabalho: Trata-se de um estudo de observação direta do tipo relato de experiência, o qual foi vivenciado por acadêmicos do sexto semestre do curso de graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Pará, em VD acompanhando 7 de 8 ACS’s que compõe o quadro funcional da UBS, em 38 visitas domiciliares  no município de Santarém, no estado do Pará. A coleta de dados abrangeu de o período 17 e 18 do mês de novembro, do ano de 2016, constituindo-se de observação realizada pelos acadêmicos, sem qualquer tipo de intervenção. Posteriormente, com base nas observações responderam um questionário baseado nas atribuições dos Agentes Comunitários de Saúde segundo o Manual de Atribuições do ACS do Ministério da Saúde em relação à Saúde da Criança. Resultados: Este relato é dividido em duas partes referentes às observações feitas durante as VD com os ACS da respectiva UBS e nos tópicos elencados no questionário, sendo eles, Atribuições dos Agentes Comunitários de saúde para crianças de 0 á 28 dias e Atribuições dos Agentes Comunitários de saúde para crianças de 29 dias á 5 anos. Quanto as atribuições dos ACS’s para a saúde da criança de 0 a 28 dias, os resultados obtidos foram: 75% dos ACS’s verificam os dados de identificação do nascimento por meio da caderneta da criança; 100% fazem a verificação das vacinas que devem ser realizadas ao nascer – BCG e hepatite B, entretanto, os agentes de saúde não verificam as etapas de cicatrização da pele após a aplicação da vacina BCG e nem orientam a mãe sobre as fases da cicatrização; 100% dos ACS’s não investigam se a criança já evacuou ou está evacuando regularmente, também não observam os cuidados com o coto umbilical, não analisam presença de sinais comuns em recém-nascidos, como regurgitação, soluços, espirros e nem fazem as orientações necessárias a respeito disso, não verificam a higiene do corpo, da boca, presença de assaduras e frequência das trocas de fraldas; 75% dos ACS’s não verificam como está sendo a alimentação, se a mãe está oferecendo Aleitamento Materno Exclusivo (AME) ou outro tipo de alimentação e apenas 25% fazem incentivo ao AME; 100% dos ACS’s não fazem agendamento da consulta de acompanhamento na Unidade Básica de Saúde (UBS); Quanto as atribuições dos ACS’s para crianças de 29 dias á 5 anos: 100% não observam o relacionamento da mãe, dos pais ou da pessoa que cuida da criança e não avaliam os cuidados realizados no banho, alimentação e as trocas de fralda; 57% dos ACS’s não solicitam a certidão de nascimento da criança, documento essencial para a realização dos primeiros cadastros nos programas voltados a saúde da criança; Somente 14,29% verificam o grau de escolaridade da mãe; Em relação à caderneta da criança, o esquema de vacinação e o crescimento e desenvolvimento, 85,71% dos ACS’s os averiguam; Apenas 14,29% observam os sinais de risco para as crianças, fato necessário para garantir o cuidado mais intensivo às crianças de risco que têm maior probabilidade de adoecer e morrer; 100% não analisam sinais indicativos de violência, sendo papel do agente comunitário de saúde estar atento às várias manifestações que possam indicar suspeita de violência familiar; Quanto ao reforço das orientações feitas na UBS, 57,14% não o fazem; 71,43% não conferem se a família está inscrita no Programa Bolsa-Família, fato que deveria estar presente, pois as famílias beneficiárias devem cumprir algumas ações na área da saúde e educação; 85,71% dos agentes comunitários de saúde fazem incentivo ao cumprimento do calendário vacina;  Somente 14,29% fazem busca ativa dos faltosos nas atividades programadas e agendam nova consulta; 100% dos ACS’s não fazem orientações quanto à prevenção de acidentes na infância, sendo que os acidentes estão entre as cinco principais causas de morte na infância e podem comprometer o futuro e o desenvolvimento da criança. Considerações Finais: A partir do acompanhamento das visitas domiciliares podemos constatar que os cumprimentos das atribuições designadas aos ACS’s voltadas para a saúde da criança estão falhando, devido diversos fatores como, grande número de famílias para cada ACS, priorização de atendimento a determinados grupos (Hiperdia), rejeição do ACS por parte de algumas famílias e sobrecarga de atividades a serem exercidas por estes profissionais. Fatores que fazem o exercício das atividades dos ACS’s ser voltado para programas específicos ou de maior publico dentro da ESF, desencadeando uma carência de atendimento para outros. É necessário que a gestão da UBS avalie a situação, oriente os ACS’s quanto à importância do cumprimento das atribuições necessárias para o programa Saúde da Criança e desenvolva junto com os mesmos métodos mais eficientes para operá-las, de forma que cada programa tenha sua prioridade e atenção suprida. Principalmente quando falamos do acompanhamento do programa de crescimento e desenvolvimento infantil, pois uma falha que ocorra nos primeiros dias de vida extrauterino pode desencadear problemas graves ou crônicos com sequelas para toda vida.