257: Espiritualidade
Ativador: A definir
Data: 02/06/2018    Local: CCA - Andiroba    Horário: 10:30 - 12:30
ID Título do Trabalho/Autores
3486 Percepção dos Budistas da linhagem Nitiren Daishonin sobre a influência de sua prática religiosa no processo saúde-doença
Matheus Pereira Martins, Oton Fernando Figueira da Silva, Ana Vitória Moreira de Souza, Tamires Pereira Martins, Teógenes Luiz Silva da Costa

Percepção dos Budistas da linhagem Nitiren Daishonin sobre a influência de sua prática religiosa no processo saúde-doença

Autores: Matheus Pereira Martins, Oton Fernando Figueira da Silva, Ana Vitória Moreira de Souza, Tamires Pereira Martins, Teógenes Luiz Silva da Costa

O presente texto apresenta ideias iniciais sobre uma pesquisa que possuí praticantes do budismo, da linhagem Nitiren Daishonin, como tema central. A pesquisa possuí caráter qualitativo descritivo, desenvolvida a partir da concepção da utilização de ferramentas religiosas como objeto de reorientação de comportamentos e perspectivas frente ao processo de saúde e doença. A investigação foi realizada no município de Santarém-PA, no ano de 2017 e teve como objetivo a compreensão das percepções que gravitam na órbita do binômio saúde-doença, advindas deste grupo religioso. Participaram 07 pessoas: entre homens e mulheres, com no mínimo um ano de prática. O instrumento utilizado para a coleta dedados foi um questionário com 04 perguntas relacionadas ao entendimento dos sujeitos pesquisados sobre o ideal de saúde e doença e como sua prática religiosa orienta seu comportamento diante deste processo: a) Para você, o que é uma pessoa saudável?; b) Para você, o que é uma pessoa doente?; c) Como o budismo orienta seus praticantes a cuidar da saúde?; d) Como o budismo orienta seus praticantes a tratar a doença?. Os resultados foram extraídos a partir da problematização dos dados, para o qual foi escolhida a Análise de Conteúdo, ferramenta metodológica que permite a exploração de comunicações por meio de procedimentos sistemáticos e objetivos que descrevem o conteúdo das mensagens. Enfatizou-se a análise temática que, por sua vez, utiliza o “tema” como conceito central e pode ser representada graficamente por meio de uma mensagem, problematizada através de unidades de registros (UR). Após a análise de conteúdo das respostas descritas pelos participantes, os relatos em comum e a aproximação com o objeto deste estudo, as Unidades de Registro (UR) intituladas foram as seguintes: UR1. Bem estar biopsicossocial, UR2. Desequilíbrio biológico e emocional, UR3. Prática da oração, UR4. Ajuda médica e fé. Na primeira UR (UR1), que diz respeito ao Bem estar biopsicossocial, percebeu-se que os praticantes de budismo possuem um conceito de saúde voltado para a existência de um equilíbrio nas esferas biológica, psicológica e social, contemplado na maior parte das falas. Ressaltando como indispensáveis hábitos de cuidado com o corpo e a mente. Sujeito 1. “ (...) é aquela que tem corpo e mente em perfeita sincronia”. Sujeito 2. “Aquela que mostra energia, bem estar e boa forma física. Estando também mentalmente preparado para conviver socialmente”. Sujeito 3. “(...) é aquela que está bem tanto física quanto psicologicamente”. Sujeito 7. “É uma pessoa que desenvolve atividades de cuidado Biopsicossocial e espiritual”. Na UR2, que se refere ao tema Desequilíbrio biológico e emocional, observou-se um conceito de doença relacionado tanto a questões biológicas quanto emocionais. Os sujeitos enfatizaram as questões emocionais, ou de aspectos de vida, como relevantes para o estado doentio em todas as suas respostas, remetendo-nos à presença de um conhecimento menos biologicista que concebe o processo de doença apartir de uma ótica mais “complexa”. Sujeito 1. “Uma pessoa doente é desordenada em tudo na sua vida. Não se limita somente a saúde do corpo.” Sujeito 3. “É aquela que está com problemas físicos e psicológicos.” Sujeito 4. “(...) seria alguém com frágil condição física, ou mesmo com uma psique instável”. Sujeito 5. “Uma pessoa que apresente alguma patologia, bem como a falta de disposição para as atividades diárias e alegria nos diversos aspectos da vida.” Sujeito 6. “Além de estar enfermo, são pessoas tristes, irritadas, com desânimo.” Sujeito 7. “É uma pessoa que encontrou desequilíbrio no aspecto Biopsicossocial e espiritual.” A UR3, que tematizou questões relacionadas à Prática da oração, trouxe dados relacionados aos cuidados com a saúde que os praticantes do budismo são orientados a seguir através de sua religião. Os sujeitos relataram que além das precauções preventivas com o corpo, como por exemplo, as consultas ao médico, a prática diária de “daimoku ” (mantra dos budistas Nitiren), é essencial para se ter uma vida saudável. Sujeito 2. “A prática do NAM MYOHO RENGE KYO é para nós a base de uma vida saudável. (...)”. Sujeito 3. “(...) se dedicar na prática diária da recitação do NAM MYOHORENGE KYO, pois a fé é muito importante”. Sujeito 4. “(...) reforçar o daimoku (NAM MYOHO RENGE KYO) quando necessário”. Na UR4, denominada Ajuda médica e fé, os participantes trouxeram dados correspondentes a como o budismo os orienta quanto ao tratamento de doenças. A busca por ajuda médica, no sentido curativo, foi bastante citada, além da fé e recitação de “daimoku” como indispensável no auxílio, resolução e enfrentamento do estado doentio. Sujeito 1. “Incentiva a procura da medicina para diagnóstico e cura além de enfatizar que a prática religiosa ajuda a proporcionar sabedoria nas futuras ações relacionadas aos cuidados da saúde debilitada”. Sujeito 2. “através de visitas ao médico (...), além da intensa prática da fé do NAM MYOHO RENGE KYO para que possamos ter forças e assim obter a melhora”. Sujeito 3. “Somos orientados a seguir as receitas médicas, e continuar recitando NAM MYOHO RENGE KYO (...)”. Sujeito 4. “(...) buscar ajuda profissional, mas mantendo a fé para criar as condições melhores de o profissional atuar”. Sujeito 5. “(...) a prática da fé deve andar lado a lado com o tratamento na medicina convencional”. Sujeito 6. “(...) recitamos daimoku (oração budista - Nam MyohoRengekyo) para manifestar o melhor de nós mesmos. (...).” Sujeito 7. “Além de recorremos aos sistemas convencionais de tratamento e recuperação da saúde, nos incentiva a imbuídos de fé, vencer o carma da doença e comprovar a vitória com a prática”. Por meio deste estudo podemos afirmar que a partir do ponto de vista dos praticantes, a prática religiosa dos budistas de “Nitiren Daishonin” influencia no processo saúde-doença na medida em que ela tem o potencial de ressignificar a experiência destes no mundo, transformando as dificuldades como oportunidades de realizar a “transformação humana”, a qual eles objetivam. Assim, compreendem a doença como oportunidade de transformar o carma e, também, como forma de conhecimento da vida. Para eles, a prática budista opera como uma terapia religiosa capaz de direcionar os indivíduos a determinadas atitudes ou estados, conduzindo-os a organizar-se em um novo contexto de relações. Aliar a oração aos cuidados médicos é de extrema importância para se chegar ao equilíbrio de saúde.

5054 ESPIRITUALIDADE NO TRATAMENTO HUMANIZADO À PACIENTE EM FINITUDE DE VIDA
Vanessa de Sousa Silva, Mônica Oliveira Silva Barbosa, Rocilda Castro Pinho, João Gabriel Soares de Araújo, Lourany Rego Pereira, Maricélia Tavares Borges Oliveira, José Humberto Gomes Oliveira

ESPIRITUALIDADE NO TRATAMENTO HUMANIZADO À PACIENTE EM FINITUDE DE VIDA

Autores: Vanessa de Sousa Silva, Mônica Oliveira Silva Barbosa, Rocilda Castro Pinho, João Gabriel Soares de Araújo, Lourany Rego Pereira, Maricélia Tavares Borges Oliveira, José Humberto Gomes Oliveira

Introdução: A finitude da vida é algo inerente ao ser humano e, cativa da sociedade e da área da saúde questionamentos sobre como amparar àquele paciente que vivencia os seus últimos momentos, isso fez com que a medicina se desenvolvesse para tratar melhor esses pacientes, desenvolvendo técnicas, cuidados e tratamentos. Desde os métodos mais avançados como às cirurgias, aos tratamentos menos invasivos fisicamente falando, como é o acompanhamento feito pelo profissional de Enfermagem durante o dia a dia do processo de saúde e doença de um paciente. Segundo Chernicharo, Silva e Ferreira (2014), a humanização na assistência, de acordo com os profissionais de Enfermagem é uma prática que deveria ser exercida por todos os profissionais que participam do processo de saúde e doença do cliente, pois está fortemente ligada a relação profissional e cliente, envolvendo características pessoais, necessidades, valores morais e éticos, questões subjetivas como amor, ódio, pensamentos. Fatores que podem influenciar para um quadro de melhoria ou até mesmo a piora do paciente. Watson (2015) destaca que a reflexão e alinhamento da prática assistencial, com as reais necessidades dos clientes, são de extrema importância, pois certamente, por muitas vezes a abordagem apenas da doença em si, acaba não contemplando totalmente tais carências. Para Hermes e Lamarca (2013), as inovações tecnológicas têm influenciado bastante no aumento da expectativa de vida. Assim, transformando a morte não como um “episódio” rápido, mas sim um processo que necessita de toda uma “preparação”, que às vezes é prolongado e acaba durando de anos a décadas, dependendo da doença e estado em que o enfermo se encontra. Essa preparação, quando exercida por profissionais da saúde denomina-se por cuidados paliativos. São diversos os métodos paliativos embasados cientificamente que podem ser utilizados em um paciente terminal, e um deles é a utilização da espiritualidade como meio para o enfrentamento situacional. Por isso a importância da perspectiva do profissional Enfermeiro quanto à humanização no processo de saúde, principalmente em relação ao paciente terminal, quanto à sua necessidade de um cuidado holístico, a partir da valorização de todas às suas necessidades pessoais, com ênfase nas suas crenças espirituais como método de enfrentamento da enfermidade e do fim de vida. Objetivo: Promover uma reflexão acerca da utilização da espiritualidade como um método humanístico, na assistência de Enfermagem à pacientes terminais. Metodologia: Trata-se de um estudo teórico reflexivo sobre utilização da espiritualidade, na assistência de pacientes terminais, utilizando-se de uma pesquisa bibliográfica sistemática em documentos em formato eletrônico como a Política Nacional de Humanização (PNH) elaborada pelo Ministério da Saúde onde propõe efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil, documentos presentes na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas seguintes bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Literatura Latino-americana e do Caribe em ciências da Saúde (Lilacs), e outros estudos que concluíssem a eficácia do conhecimento da pessoa humana de forma holística, para a promoção de um acolhimento humanizado e aplicação do processo de Enfermagem completo e eficaz. Resultados: Durante o processo de atendimento ao paciente, os profissionais de saúde por não entenderem o significado de adoecer e de percepção da doença para os enfermos, acabam por orientar ou desenvolver ações educativas segundo sua própria cultura e crença. A enfermagem em si deve passar a observar o indivíduo em todas as suas áreas, sua cultura, sua história e seus hábitos, como essas áreas e interações afetam a saúde do indivíduo e sua tomada de decisão quanto aos tratamentos oferecidos pela equipe de saúde, e é a partir do momento que esse processo é entendido, que pode se estabelecer técnicas em conjunto com o doente para viabilizar o tratamento e casualmente a melhora na saúde e qualidade de vida do mesmo. Reconhecer o valor da cultura do individuo é essencial para obter não apenas um vínculo profissional-paciente, mas para a própria melhora do mesmo, pois cada população tem sua maneira de reagir ao processo, por isso, vê-se a necessidade de aprofundar os estudos na área da saúde, para melhorar a comunicação e interação entre profissionais da saúde e paciente em questão. Então, ao utilizar-se de tal estudo durante o acolhimento do paciente o processo de saúde-doença seria mais desenvolvido, mais humanístico, visto que cada indivíduo é singular e tem sua própria necessidade de saúde, e um dos princípios do SUS (Sistema Único de Saúde) é proporcionar um atendimento humanizado, universal e integral, onde o usuário possa receber tratamento/educação e retorne com a informação diante do processo supracitado. É certo que os profissionais de saúde possuem uma autoridade sobre o paciente, onde visa proporcionar um melhor tratamento e cuidado para assim uma melhor saúde e sucessivamente uma melhor qualidade de vida do paciente, e seria essa autoridade a ser questionada durante um momento específico, que seriam os pacientes em fase terminal, onde uma saúde se resume em melhor proporcionar conforto durante o seu estado de vida, e é nesse sentido que o profissional de saúde deve procurar maneiras de atender o paciente em sua fase terminal, permitir que o ritual muitas vezes considerado como pagão, por conta de crenças do próprio profissional, ou inoportuno de ser realizado no ambiente hospitalar seja realizado, ou analisar a proposta de realizar tal prática, pois cada paciente é singular e possui necessidades individuais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com esse estudo teórico reflexivo, pode-se afirmar que a prática assistencial humanizada deve ser exercida por todos profissionais de saúde de acordo com as necessidades expostas pelos clientes, sobretudo os pacientes terminais. Os profissionais da saúde devem ter conhecimento suficiente para proporcionar um acolhimento holístico e humanizado, esse acolhimento torna-se essencial no âmbito da enfermagem, por ser uma ciência cujo objetivo é promover, manter e recuperar a saúde dos indivíduos. Para isso é necessário desenvolver uma assistência e um cuidado integral direcionado ao ser humano em todas as suas esferas, seja individual, familiar ou em comunidade. Depreender-se a importância da relação que a enfermagem exerce no processo de saúde e doença, quando o atendimento foca tudo que envolve o cliente, sem excluir, sobretudo, o fator social. Sob essa ótica torna-se possível compreender todos os aspectos que envolvem tanto os cuidados quanto a assistência de enfermagem. Nesse sentido, a enfermagem por ser uma ciência que observa o indivíduo de forma integral, acaba por contribuir significativamente para que haja uma maior percepção nas ações de enfermagem decorrentes do processo de saúde e doença. Assim, é possível conhecer as interações que afetam a saúde e oferecer um tratamento específico, com ações voltadas a cultura e crença de cada indivíduo, no caso de pacientes terminais, como abordado, os cuidados e assistência deverão ser feitos através de métodos paliativos, proporcionando um conforto diante da situação iminente e respeitando-o como ser social.

2640 Ligações entre a espiritualidade e o cuidado de enfermagem na estratégia saúde da família
Tayná Lívia Nascimento, Paulo Sérgio da Silva

Ligações entre a espiritualidade e o cuidado de enfermagem na estratégia saúde da família

Autores: Tayná Lívia Nascimento, Paulo Sérgio da Silva

Introdução: De saída, é oportuno afirmar que as ações de cuidar realizadas pela enfermagem na Estratégia Saúde da Família (ESF) envolvem impulsos de amor, prazer, alegria, fé, esperança, força de viver, devendo a saúde, ser a referência e não a doença. Nesta perspectiva somos impulsionados a pensar sobre o seguinte questionamento: Quais são as ligações estabelecidas nas práticas em saúde entre espiritualidade e cuidado de enfermagem na ESF? Em consonância definiu-se o seguinte objetivo deste ensaio investigativo: Analisar a expressão da espiritualidade no cuidado de enfermagem na ESF. Desenvolvimento do trabalho: Qualitativo com abordagem descritiva justificada por dar conta dos significados, desejos e aspirações das pessoas no interior de uma sociedade. Os participantes foram nove profissionais da equipe de enfermagem, que exercem atividades de cuidado em duas unidades básicas de saúde situadas na região serrana do Estado do Rio de Janeiro. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da referida instituição e obteve aprovação com o memorando número 1943429. O estudo esteve em consonância com a resolução 466/2012 que assegura os aspectos éticos em pesquisa com seres humanos. Nesse sentido, optou-se por garantir o anonimato dos participantes a partir da palavra identificadora “Entrevistado”. A produção dos achados ocorreu mediante aplicação de um roteiro de entrevista semiestruturada, composta por quatro questões, em que as respostas foram gravadas com uso de um MP3 player. Posteriormente os dados foram transcritos e analisados segundo a técnica de conteúdo disposta no referencial teórico de Bardin. Resultados: Os conteúdos foram organizados em uma categoria, intitulada: “Expressões concretas de espiritualidade no cuidado de enfermagem na atenção primária em saúde”. As análises apontam que a espiritualidade ganha forma nos corpos dos trabalhadores de enfermagem quando: Tocam, conversam, ouvem, falam e cantam junto aos clientes cuidados no interior da unidade de saúde. Sim, fala-se aqui de um olhar e ver, escutar e ouvir, tocar e sentir, que potencialize o cuidado de enfermagem diante das necessidades de saúde da pessoa e família cuidada. Todos esses achados sobre a espiritualidade no cuidado de enfermagem na atenção primária podem ser evidenciados ilustrativamente nos seguintes depoimentos: “[...] Ela se manifesta através de um toque, uma conversa [...] (Entrevistado 1)”, “[...] Eu procuro falar, conversar [...] (Entrevistado 2)”, “[...] Um toque, às vezes até num bom dia [...] (Entrevistado 3)” e “[...] O nosso falar e ouvir ajuda muito a pessoa [...] (Entrevistado 4)”. Considerações finais: Falar sobre espiritualidade no cuidado de enfermagem foi desafiador. No entanto, as suas expressões na ESF manifestou-se nos corpos dos profissionais de enfermagem por gestos que buscam: Trazer conforto, fazer o bem, respeitar, ser grato, amar e oferecer sempre o melhor ao cliente nas cenas de prevenção, promoção, recuperação e reabilitação das pessoas, das famílias e da comunidade nos níveis primários de assistência à saúde. Com a certeza do inacabado, esperamos que este ensaio investigativo que se (des)dobra no plano da subjetividade seja disparadora para novas pesquisas que envolvam a produção do cuidado em saúde em interface com o trabalho interdisciplinar realizado na ESF.

3380 Relação entre Religião e Saúde: Revisão Integrativa de Literatura
Thamy Conceição de Sá Lima, Sandra Greice Becker

Relação entre Religião e Saúde: Revisão Integrativa de Literatura

Autores: Thamy Conceição de Sá Lima, Sandra Greice Becker

RESUMO – Apresentação: O presente artigo trata da relação entre Religião e Saúde e como tem sido abordado essa temática em Teses e Dissertações da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - (BDTD-IBICT). Desenvolvimento: Religião é um conceito que influencia a saúde das pessoas ao longo da história da humanidade, nas mais diferentes culturas. Fazem parte de uma temática que vem sendo discutida em nível stricto sensu. Estudos desenvolvidos recentemente relacionam ao exercício da espiritualidade como ferramenta para o enfrentamento de doenças, promoção e a reabilitação da saúde. Muitas pessoas utilizam a religião como estratégia positiva de enfrentamento (“coping”) para lidar eficientemente com problemas, como as doenças. Objetivo: O objetivo desse estudo visa conhecer como a Religião tem sido abordada nas Teses e Dissertações em saúde no Brasil. Para atingir o objetivo desse estudo, optou-se pelo método da Revisão Integrativa de Literatura, na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD-IBICT), que consiste na construção de uma análise da literatura, facilitando as discussões sobre métodos e resultados de pesquisas, assim como reflexões sobre a realização de futuros estudos. Nesta, utilizou-se como descritores de busca os termos Religião e Saúde, obtendo um resultado de 13 Teses e Dissertações onde foram pré-definidas e coletadas as variáveis: Autor, Formação de Base, Ano de Formação do autor, ano da publicação, Programa de Pós-graduação vinculada, Título, se Dissertação ou Tese, instituição de Ensino Superior, Objetivo, Abordagem Metodológica, Tipo de Estudo, Objeto, Coleta de Dados, Análise, Religião e Resultados. Resultados: sob um corpus de análise de 12 Teses e Dissertações, identificaram-se que na maioria dos estudos foram dissertações com abordagem qualitativa. Em 9 dos estudos há uma relação direta entre Religião e Saúde. Analisou-se a partir da variável resultados, a importância da religião como ferramenta terapêutica em 3 dos estudos; como influência comportamental 7 refletindo diretamente na prevenção e na promoção da saúde. Considerações Finais: conclui-se que há evidências da relação direta entre Religião e Saúde. A Religião é utilizada como ferramenta para fortalecer a espiritualidade, a fim de apoiar as pessoas nos momentos de fragilidade emocional, como no processo saúde-doença. Apesar da religião ser um tema discutido no cuidado à saúde, não encontra igual ressonância na produção científica em nível stricto sensu, conforme evidenciou os resultados.  Existe ainda a necessidade de preparo profissional, elaboração de novas estratégias no cuidar e a realização de mais pesquisas que possibilitem uma melhor compreensão da temática. Desse modo, a melhor capacitação dos profissionais proporcionaria expor diversos meios pelos quais se pode trabalhar a espiritualidade. Prepararia os também para a solução de conflitos envolvendo práticas religiosas que influenciam diretamente na saúde.