227: Gerindo vidas: do normal ao 'patológico'
Ativador: A definir
Data: 31/05/2018    Local: CCA - Andiroba    Horário: 15:30 - 17:30
ID Título do Trabalho/Autores
640 SOFRIMENTO MORAL DECORRENTE DE PROBLEMAS ÉTICOS VIVENCIADOS NO CONTEXTO DA PRÁTICA FARMACÊUTICA NA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE
Leandro Ribeiro Molina, Mirelle Finker

SOFRIMENTO MORAL DECORRENTE DE PROBLEMAS ÉTICOS VIVENCIADOS NO CONTEXTO DA PRÁTICA FARMACÊUTICA NA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE

Autores: Leandro Ribeiro Molina, Mirelle Finker

APRESENTAÇÃO: A ocorrência de sofrimento moral na prática farmacêutica é pouco abordada na literatura. A temática tem sido trabalhada principalmente por autores no âmbito da profissão de enfermagem, prevalecendo o entendimento de sofrimento moral como decorrente de situações em que um indivíduo sabe qual é a ação moralmente correta a ser realizada, mas se sente impedido ou incapaz de realizá-la devido a restrições organizacionais relativas ao seu contexto de trabalho. Adotando esta concepção, este trabalho apresenta indícios de sofrimento moral encontrados em uma pesquisa que procurou compreender os problemas éticos enfrentados por farmacêuticos integrados aos serviços de Atenção Básica à Saúde de um município de médio porte da região sul do Brasil. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, que contou com a participação de 19 farmacêuticos (parecer CEPSH/UFSC n° 1.249.348). Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e analisados pelo método de Análise Temática de Conteúdo, à luz dos referenciais teóricos da Bioética Social e da Bioética da Responsabilidade de Diego Gracia. RESULTADOS: No total foram identificados 31 problemas éticos subdivididos em três categorias: problemas éticos nas relações com os usuários (12), problemas éticos na relação com outros profissionais de saúde e equipes (9), e problemas éticos na relação com a organização e o sistema de saúde (10). Surgiram com muita ênfase situações relacionadas à dispensação de medicamentos (como problemas envolvendo conflitos com exigências legais, suspeita de erros de prescrição e/ou discordância da conduta do prescritor), falta de privacidade no atendimento, bem como problemas que se apresentam por deficiências na estrutura dos serviços e com processos de gestão e organização do trabalho. Tratam-se de situações corriqueiras que ocupam a maior parte do tempo destes profissionais. Por serem muito frequentes, alguns deste problemas trazem grande impacto para o cotidiano dos farmacêuticos e para a qualidade do processo de assistência à saúde dos usuários. Algumas falas chamaram atenção para uma carga de sofrimento moral vivenciada, indicando que esta dimensão do sofrimento no trabalho do farmacêutico não pode mais ser ignorada. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Considerando que esta temática é praticamente inexplorada na área da Farmácia, é importante que outras pesquisas possam se dedicar a estudá-la, bem como seus efeitos no cotidiano da prática farmacêutica, especialmente na Atenção Básica à Saúde. Por fim, é essencial que estratégias de enfrentamento a estas questões sejam planejadas coletivamente no âmbito dos serviços e instituições, com destaque para políticas de educação permanente e atenção à saúde do trabalhador.

834 A UTILIZAÇÃO DA METODOLOGIA ATIVA NA CONSTRUÇÃO DE UM GUIA DE VIGILÂNCIA DO ÓBITO RELACIONADO AO TRABALHO
Iracema Viterbo Silva, Cátia Andrade Silva de Andrade, Ana Carina Dunham Monteiro, Kamile Miranda Lacerda Serravalle

A UTILIZAÇÃO DA METODOLOGIA ATIVA NA CONSTRUÇÃO DE UM GUIA DE VIGILÂNCIA DO ÓBITO RELACIONADO AO TRABALHO

Autores: Iracema Viterbo Silva, Cátia Andrade Silva de Andrade, Ana Carina Dunham Monteiro, Kamile Miranda Lacerda Serravalle

O presente estudo trata-se de um relato de experiência, que objetiva demonstrar e analisar a utilização das metodologias ativas na construção de um guia de vigilância do óbito, por causas externas, potencialmente relacionadas ao trabalho. A relevância deste estudo fica evidente, na medida em que se observa na prática de saúde, a necessidade de se planejar e construir produtos oriundos de conhecimentos coletivos que, indubitavelmente, favoreçam a participação de todos os envolvidos, como protagonistas e responsáveis pela criação de estratégias/instrumentos que serão utilizados para intervenção em sua própria realidade laboral. Nesse contexto salienta-se que, especificamente, no que tange a vigilância dos óbitos relacionados ao trabalho, as metodologias ativas configuraram-se como excelentes ferramentas, tendo em vista que muitos dos profissionais envolvidos já possuíam suas próprias estratégias de intervenção, contudo sem um consenso que estruturasse as estratégias de forma a torná-las coerentes e eficazes no alcance do desfecho: óbito decorrente de acidente de trabalho típico ou de percurso. A opção na utilização dessas metodologias como base de fundamentação e orientação para construção do guia de vigilância, ocorreu lastreada no entendimento de que a metodologia ativa possibilita uma maior interação entre os participantes, bem como permite a participação coletiva de todos os envolvidos, de modo que todos possam contribuir na medida de suas potencialidades/habilidades e de forma equânime, com a formação do produto objetivado. Nesse sentido, faz-se precípuo esclarecer a compreensão que o grupo de trabalho (GT) possui a cerca da metodologia ativa, entendida como uma concepção educacional que reposiciona os envolvidos como agentes responsáveis pela condução do próprio processo de construção dos saberes. Constata-se, que a mesma é amplamente utilizada em processos educacionais e de trabalho, porque permite a participação, o exercício da autonomia, e o estímulo a critica e a reflexão. Destaca-se, que existem inúmeras vantagens na utilização dessas metodologias, que se estendem além dos ambientes educacionais alcançando os espaços de trabalho, elas são centradas no estimulo a colaboração e a parceria, no respeito às opiniões diversas, no exercício ao alcance do consenso, no fomento a construção de soluções em equipe, na legitimação do produto da construção coletiva como objeto de pertença, que será mais facilmente incorporado ao ambiente de trabalho para o qual foi pensado como nova tecnologia.  Para elaboração do guia, foram seguidas as etapas: formação de um grupo de estudo composto por profissionais de saúde da área de saúde do trabalhador; planejamento estratégico situacional; construção do guia; construção do instrumento de investigação; e validação do guia e do instrumento. As metodologias ativas utilizadas para construção do guia foram: dinâmica para identificação de problemas; dinâmica para priorização de problemas (árvore de problemas); montagem de matriz decisórias (problema, valor, interesse, magnitude, vulnerabilidade e atribuição de nota de 0-10); matriz de mapeamento de atores sociais (ator social, valor e interesse); dinâmica para a construção da árvore explicativa (problema, causas, descritores, nós críticos e conseqüências); dinâmica para a construção das intervenções (plano de ações simplificado: local do problema, problema, nó crítico, resultado esperado, ações e atividades, responsáveis, parceiros/eventuais opositores, indicadores estatísticos/qualitativos para avaliação, recursos necessários e prazos); dinâmica para a construção de viabilidade para o plano de ação (ações conflitivas do plano, recursos necessários, recursos que temos e não temos, viabilidade, e estratégia para aumentar a viabilidade); dinâmica para a gestão do plano (ação em ordem de precedência, situação, resultados, dificuldades, e novas ações e/ou ajustes); construção da planilha orçamentária (ações, data inicial, data final, despesas de custeio, despesas de investimento e custo total). Após a construção do guia e do instrumento para investigação do óbito relacionado ao trabalho, criou-se novo GT com a integração de profissionais de saúde da Rede Nacional de Saúde do Trabalhador do Estado da Bahia (RENAST/BA), para revisar e ajustar o produto para validação. Em seguida, ocorreu a validação em oficinas baseadas em exposição dialogada, estudos de caso, e casos de óbitos para investigação prévia, com a participação de técnicos de saúde dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) e técnicos de saúde da vigilância em saúde do Estado da Bahia. Concluiu-se, ao final de todo o processo de planejamento e construção do guia e do instrumento de investigação, que o uso das metodologias ativas possibilitou a identificação dos problemas, a problematização das situações com carência de intervenção e a produção coletiva e legitimada de documentos que serão utilizados pelos próprios atores sociais envolvidos, por fim, possibilitou a transformação dos conteúdos e do próprio processo de conhecimento no sentido da construção do saber significativo.

3529 Construindo um novo normal para o hospital contemporâneo
Daniel Gomes Monteiro Beltrammi, Ademar Arthur Chioro dos Reis

Construindo um novo normal para o hospital contemporâneo

Autores: Daniel Gomes Monteiro Beltrammi, Ademar Arthur Chioro dos Reis

Apresentação: produzir um novo normal pode parecer especialmente ambicioso ante aos desafios do hospital contemporâneo. Isolado; autocentrado; encarcerado por dilemas quanto a sua suficiência de ofertas, que por vezes não reconhece como seus; desconectado dos atores e das cadeias produtoras de cuidado e provido de perfis mais afeitos às necessidades de suas corporações profissionais, do que dos indivíduos e coletivos dos quais deveria cuidar. Talvez possa parecer sombrio, mas difícil não reconhecer os hospitais brasileiros neste relato, sejam eles públicos ou privados. Colocar pacientes no centro e no foco, de forma a produzir e gerenciar cuidado para atender suas necessidades. Um conjunto de militantes do SUS no ABC Paulista assumiram para si este objetivo e o relato desta experiência propõe-se a analisar os elementos estruturantes desta estratégia com vistas a subsidiar debates quanto a atenção hospitalar. Desenvolvimento do trabalho: assumir a gestão do cuidado como eixo estruturante deste serviço hospitalar contemporâneo desde sua concepção configurou-se como aposta bastante desafiadora, uma vez que nenhum processo meio (tecnologias duras e seu magnetismo), ou relação de força (tecnologias leve-duras dos saberes corporativos) ocuparia lugar central nesta estratégia como premissa. Logo houve a conformação de dispositivos e arranjos de gestão da clínica que pudessem ocupar as rotinas e ambientes hospitalares de forma efetiva e comprometida com melhores resultados em saúde. Para além disso organizou-se a estrutura de liderança e de tomada de decisão privilegiando-se a estratégia definida. A partir da organização das linhas de cuidado prioritárias para a rede de atenção tornou-se fundamental produzir conexões destas tanto com a entrada (caminhos de acesso), quanto com saída do hospital garantindo-se de forma inegociável e o quanto possível a realização de transferências seguras e da continuidade de cuidado privilegiando-se a mediação destes momentos junto à atenção básica. Para isto o cotidiano hospitalar precisou ser inundado de outras formas de produzir cuidado. Estratégias mais produtoras de autonomia como a formação e o desenvolvimento das lideranças clínicas das unidades de cuidado emancipando profissionais até então coadjuvantes tornando-os protagonistas de equipes de referência. A estruturação de processos de gestão do cuidado para a produção de uma melhor decisão clínica como o Kanban e suas interessantes conexões produzidas no hospital e deste com o território. A produção de uma regulação interna promotora de acesso universal e equitativo real. A organização de uma atenção domiciliar arrojada e capaz de conectar o domicilio com as estratégias de cuidado definidas. A viabilização do programa de apoio em rede auxiliando a ampliação da compreensão e da capacidade do hospital quanto a extensão da sua de atuação. Resultados: ampliação da capacidade de reconhecer pacientes e suas necessidades como a mais absoluta prioridade; produção de maior autonomia responsável dos profissionais de saúde; produção de maior integração entre unidades hospitalares e expansão da compreensão quanto a seu papel na rede de atenção à saúde. Considerações finais: o novo normal parece representar uma ressignificação do serviço hospitalar de forma a ampliar sua compreensão quanto a suas “fronteiras”, compromissos e capacidade de intervenção.

1631 O GERENCIAMENTO EM ENFERMAGEM COMO FERRAMENTA PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UMA COMUNIDADE QUILOMBOLA
Thais Chrystinna Guimarães Lima, Andreza Dantas Ribeiro, Brenda dos Santos Coutinho, Renan Fróis Santana, Alda Lima Lemos, Maria Mônica Machado de Aguiar Lima

O GERENCIAMENTO EM ENFERMAGEM COMO FERRAMENTA PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UMA COMUNIDADE QUILOMBOLA

Autores: Thais Chrystinna Guimarães Lima, Andreza Dantas Ribeiro, Brenda dos Santos Coutinho, Renan Fróis Santana, Alda Lima Lemos, Maria Mônica Machado de Aguiar Lima

Apresentação: A prática profissional da enfermagem permeia diversas áreas, pois está sempre ligada aos variados ramos do conhecimento, a exemplo da ciência da administração, que contribui, principalmente na organização da equipe de enfermagem, mas também permeia a atuação de outros profissionais. A liderança é uma estratégia inclusa na gestão em enfermagem que visa descobrir e eliminar falhas na assistência; incentivar o trabalho da equipe e a participação efetiva das pessoas; ajudar na realização pessoal e profissional; preparar novas lideranças; fortalecer os processos de tomada de decisão; facilitar a descentralização do comando; gerar comprometimento com as soluções escolhidas e resolver problemas que não podem ser resolvidos individualmente. Para isso, exige-se do enfermeiro competências de caráter educativo, assistencial, administrativo e político, todas engajadas no compartilhamento de informações e conhecimento que o enfermeiro tem do processo de gestão em saúde. Em vista disso, o estudo objetivou analisar o emprego da gestão e gerenciamento em enfermagem para a aplicação de uma ação em saúde em uma comunidade quilombola, no município de Santarém, estado do Pará. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. O estudo foi desenvolvido de acordo com a metodologia da problematização, no qual consta de etapas, sendo: 1 (observação da realidade); 2 (reflexão, hipótese e discussão sobre o problema); 3 (leitura e teorização); 4 (hipótese de solução) e 5 (ação-reflexão-ação). A investigação foi realizada em uma comunidade quilombola do município de Santarém, estado do Pará, tendo como a Unidade Básica de Saúde (UBS) da localidade, o meio de efetivação. A pesquisa foi efetivada por acadêmicos do 8º período de enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA) – Campus XII, Tapajós, bem como pela docente responsável pela disciplina de enfermagem e às populações tradicionais da Amazônia e por acadêmicos e um docente do curso de medicina da mesma instituição de ensino superior (IES). Além disso, para a concretização da atividade houve a participação ativa da enfermeira da UBS, bem como do representante da comunidade, sendo estes essenciais para a compreensão da realidade da comunidade e visualização de problemáticas relacionadas à saúde dessa população tradicional da Amazônia. A primeira visita à unidade ocorreu no dia 19 de setembro de 2017 e o retorno ocorreu no dia 01 de dezembro de 2017. Para o desenvolvimento de todas as atividades foi necessária organização, no embasamento da gestão e gerenciamento de enfermagem, sendo este essencial para organização dos serviços em saúde, equipe de enfermagem e é inerente à prática de educação em saúde. Dessa forma, como plano de ação foi utilizado à ferramenta 5W2H, que serviu como apoio para o planejamento das atividades. Tal ferramenta consiste em passos, sendo: What (O que será feito?); Who (Quem fará?); When (Quando será feito); Where (Onde será feito); Why (Por que será feito?); How (como será feito?) e how much (quanto custará?). A análise ocorreu a partir do planejamento e observação sistemática das atividades práticas. Resultados e/ou impactos: Em virtude da oferta da disciplina de enfermagem e às populações tradicionais da Amazônia no respectivo período do curso houve o interesse em conhecer a realidade dessas populações, sendo, desse modo estipulada uma data e efetuada uma visita com o intuito de reconhecer as especificidades de uma comunidade quilombola, bem como identificar suas fragilidades no contexto da saúde. Desse modo, foi realizada a primeira visita, onde foi constatado em conjunto com o diálogo estabelecido com a enfermeira da unidade, o desconhecimento dos remanescentes de quilombo acerca de sua predisposição para o desenvolvimento de doenças falciformes e da existência da doença em si, sendo esta conhecida apenas por quem tinha histórico familiar da doença, além disso, foi observado que durante o pré-natal, as gestantes da comunidade não tinham conhecimento sobre a existência de um exame laboratorial destinado a detecção dessas patologias, a eletroforese de hemoglobina. Sendo outra problemática a localidade da comunidade, o que dificulta o acesso a exames bioquímicos. Este exame no pré-natal deve ser solicitado caso a gestante seja negra, possua antecedentes familiares ou apresente histórico de anemia crônica, visto que este detecta tanto a doença quanto os traços da doença, sendo importantes para a orientação genética. A partir disso, o problema encontrado foi debatido entre os discentes e docentes de enfermagem, sendo realizado um estudo teórico acerca da doença e seu traço, dessa forma, foi estipulado o que seria feito e por que seria feito, respondendo dois W da ferramenta. Em vista disso, como hipótese de solução foi organizada uma equipe multidisciplinar com o objetivo de atender ao problema, assim, foi acordado que seria oferecido as gestantes e os parceiros destas o exame de eletroforese de hemoglobina, sendo realizada a coleta do material biológico na UBS para posterior envio ao laboratório de suporte, além disso, seria ofertada a comunidade, a educação em saúde acerca das doenças falciformes, com enfoque para a anemia falciforme e seu traço, colocando em pauta os fatores de predisposição para o desenvolvimento destas, respondendo a outro passo da ferramenta 5W2H. Com o retorno à comunidade, as atividades de educação em saúde foram realizadas por um docente e acadêmicos do curso de medicina da universidade e a recepção, orientação quanto ao exame e sua finalidade foram explanadas por uma docente e acadêmicos de enfermagem.  A partir disso, compareceram para a realização das atividades 23 membros da comunidade, dentre estes, 9 gestantes e 2 parceiros, sendo que haviam 15 gestantes cadastradas no programa de pré-natal da unidade, no momento, de acordo com as informações prestadas pela enfermeira da UBS. Observou-se uma baixa adesão dos parceiros das gestantes a atividade, o que é visualizado nas consultas de pré-natal em si, visto que o homem, em geral, está envolvido com atividades laborais no momento da consulta, ou considera desnecessária sua presença em consultas ou atividades voltadas ao pré-natal, visão esta que deve ser modificada. A coleta do material biológico foi realizada por dois técnicos de analises clínicas. A ordem das atividades foi anteriormente programada, como se segue: 1. Educação em saúde; 2. Triagem e orientação acerca do exame e 3 coleta do material biológico. No que concerne à realização da coleta do material biológico, foi realizado um projeto de pesquisa, apresentado a Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) do município, obtendo-se o consentimento desta, bem como da liderança da comunidade quilombola. Para a efetivação dos objetivos propostos na comunidade foi elaborado um orçamento dos materiais necessários à coleta de material biológico, impressos e demais materiais. Como transporte para o local, foi utilizado o micro- ônibus da universidade em ambas as viagens, bem como os materiais de apoio (projetor, balança antropométrica, esfigmomanômetro, dentre outros) que foram solicitados na instituição, com a devida antecedência para que pudesse ser utilizado no dia da atividade. Considerações finais: Observou-se que a gestão e o gerenciamento de enfermagem são indissociáveis do processo de educação em saúde, sendo este componente primordial na atuação do profissional enfermeiro, além disso, percebeu-se a eficácia do uso da metodologia da problematização como requisito para formação de graduandos e futuros profissionais críticos e a ferramenta 5W2H como norteadora dos passos essenciais para o sucesso de uma atividade em saúde.