214: Aprendizagem ativa e produção de conhecimentos no cotidiano do trabalho: expandindo limites da atuação profissional
Ativador: A definir
Data: 02/06/2018    Local: FCA 02 Sala 02 - Bodó    Horário: 10:30 - 12:30
ID Título do Trabalho/Autores
809 Algumas possibilidades para Análise das Políticas para Atenção Integral aos Usuários de Álcool e Outras Drogas
Maria Alice Bastos Silva

Algumas possibilidades para Análise das Políticas para Atenção Integral aos Usuários de Álcool e Outras Drogas

Autores: Maria Alice Bastos Silva

Objetivos: Este trabalho tem por objetivo compartilhar o processo de pesquisa da Análise Microvetorial da Política de Atenção Integral a usuários de álcool e outras drogas, CAAE: 64851417.8.0000.5243. A pesquisa em andamento faz parte do escopo da linha de investigação desenvolvida pelo “Observatório Microvetorial de Políticas Públicas em Saúde e Educação em Saúde”, localizado na Universidade Federal Fluminense, Niterói, Estado do Rio de Janeiro. O pesquisador responsável compõe o grupo do Núcleo de Pesquisa Gestão e Trabalho em Saúde (NUPGES) com ênfase na integração ensino e serviço. Também participa dos encontros do coletivo Micropolítica do Trabalho e o Cuidado em Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Este resumo visa trazer para cena as dificuldades e os desafios para escolha dos caminhos possíveis para análise de políticas. Desafio maior é optar por modos de fazer pesquisa em que os referenciais teóricos são fontes e modos de produção de conhecimento no campo do contra método. O que neste contexto se entende como modos de se realizar a análise sobre políticas utilizando caminhos menos, clássicos, partindo de outras perspectivas que implicam reconhecer as diferentes possibilidades sobre a construção de políticas, que não se limite por regras metodológicas obvia. Método:O contra método significa não estar limitado pelo modo cartesiano e racionalista da produção de conhecimento, consiste em tencionar a produção de verdades. Uma investigação que se imprime nas disputas, nos valores e nas forças que constituem a produção de políticas. Neste contexto algumas perguntas nos auxiliam nessa produção como, de onde vem o interesse por pesquisar a política? É necessário se reportar a Reforma Psiquiátrica (RF), nos últimos 26 anos, para responder esta questão. A RF como um movimento, se constituiu com diversas correntes que formaram este cenário, com algumas particularidades e que provocaram tensões entre si. A força desses movimentos, em pleno processo de democratização do Brasil no final de 80 e início de 90, teve como resposta a criação de instrumentos como: leis, portarias e regulamentações, criadas no campo da política pública, que passaram a ser material de analise no campo de produção do conhecimento. Oportuno lembrar que um dos objetivos que levaram à criação das políticas públicas a partir de 2001 foi dar forma ao campo da assistência para os usuários de álcool e outras drogas, respaldadas também nas diretrizes do Sistema Único de Saúde. A partir do levantamento sobre pesquisas no campo de álcool e outras drogas verifica-se que esses estudos reafirmam a relevância dessa pesquisa, pois é evidente a lacuna no campo do conhecimento a respeito das políticas e seus efeitos na produção de cuidado na atenção para usuários de álcool e outras drogas no SUS. Os estudos se limitam em apontar as possibilidades e fragilidades das políticas que reproduzem modelos de cuidado proibicionista e a exclusão social. Verifica-se a ausência de alternativas de cuidado que atinge de forma histórica e contínua aqueles que sofrem de transtornos mentais devidos o uso de álcool e outras drogas. Como aponta a literatura, existe uma demanda mundial com vasta discussão e produção de evidências científicas. Os estudos do Ministério da Saúde (MS) acrescentam informações, como: das dez doenças mais incapacitantes em todo o mundo, cinco são de origem psiquiátrica. No Brasil, o MS, a partir dessas evidências e, principalmente, na produção dos estudos no campo de álcool e drogas, destaca a necessidade de mais estudos que contribuam para transformação do processo de cuidado. Com a produção da genealogia na perspectiva da analise das políticas públicas, que não se restringe ao campo da saúde mental, se tem a expectativa de contribuir de forma diferenciada. A experiência no campo da atenção em saúde mental e o diálogo com estudiosos do campo das políticas públicas de saúde contribuem na delimitação do problema de pesquisa. Isto porque como profissional de saúde, com percurso no campo da assistência em saúde mental, desde 1993, percebe-se a importância da realização dessa pesquisa para prosseguir a formação e contribuir para o campo da produção de cuidado. Como se constituiu esta proposta dessa pesquisa? A pesquisa em andamento baseia-se na ideia que a política é um efeito de muitas negociações entre vários atores, no processo de constituição dos atos políticos, das normativas e das diretrizes. A implementação da política também produz efeitos e transformações nas experiências e no processo de cuidado. Como exemplo, nos centros de atenção psicossocial, que no dia a dia se verifica que os resultados estão distantes do que as políticas recomendam. O que sugere ter como uma das perspectivas as contribuições de Michel Foucault para se pensar os agentes no campo como sujeitos produtores de conhecimento implicados nas práticas sociais, na produção de subjetividade no processo de cuidado, na utilização da ciência política no processo de controle e produção de governamentalidade. Como também, optar pela análise microvetorial como instrumento metodológico para produção de conhecimento processando fontes como as leis, utilizando a genealogia  e tendo o entendimento que é na micropolítica, nos diferentes cenários que se produz política, nas relações entre os diferentes atores, no processo de cuidado. Considerações:Deste modo, o que se torna um estranhamento, a produção de exclusão, provoca determinação em analisar o processo de constituição das políticas, a implementação e os efeitos das mesmas. Em um primeiro momento iniciou-se o mapeamento dos atos normativos e análise dos dados, leis, portarias, decretos e diretrizes do campo de álcool e outras drogas, no intervalo de tempo entre 2000 a 2015, tendo por base o diário oficial e relatórios do ministério da saúde. Nesse caminhar a sombra da genealogia percebeu-se que se trata de construir uma perspectiva abrindo mão de uma estrutura linear da historia e a origem do processo. Para isto, foi necessário ampliar o campo da pesquisa, dos atos normativos para a produção discursiva de diferentes atores que processaram a constituição dos atos normativos e as forças que se reafirmam de diferentes modos sobre estes atores. Nessa perspectiva o pesquisador, durante o mapeamento, é levado a participar de espaços de conversas, atividades cujo o tema álcool e outras drogas sejam as pautas e as políticas pertinentes as discussões. A partir desse primeiro mapeamento esta sendo proposto  algumas entrevistas abertas, individuais com gestores que atuaram na constituição e na implementação das políticas. O diário de campo está sendo um importante instrumento de registro do mapeamento dos atos normativos entre outros documentos como as narrativas produzidas a partir das entrevistas. Espera-se captar o agir e intencionalidade dos atores quando se movem no jogo social, na produção subjetivas e na produção de cuidado através da constituição das políticas públicas e estas como efeito em diferentes perspectivas. A análise do material produzido e registrado no diário de campo será posteriormente categorizada e fonte para a produção de analisadores. Finalmente será produzida uma narrativa final que irá formar  uma “colcha de retalho”, e junto ao referencial teórico constituir a narrativa do pesquisador na conclusão da pesquisa. Na realidade pretende-se criar conexões e produzir novos interesses na produção de conhecimento. Entende-se a mesma como um movimento de permanente construção de subjetividades e que impulsiona a escolha de ser um pesquisador, mas também um profissional da saúde

1130 Metodologias ativas: um novo olhar para as práticas pedagógicas
ROSIMARY DA SILVA BARBOSA, GEÓRGIA DE MENDONÇA NUNES LEONARDO, LÍGIA LUCENA GONÇALVES MEDINA, TEREZA EMANUELLE DA SILVA COSTA, OLGA MARIA DE ALENCAR, THAYZA MIRANDA PEREIRA, PATRÍCIA AMANDA PEREIRA VIEIRA

Metodologias ativas: um novo olhar para as práticas pedagógicas

Autores: ROSIMARY DA SILVA BARBOSA, GEÓRGIA DE MENDONÇA NUNES LEONARDO, LÍGIA LUCENA GONÇALVES MEDINA, TEREZA EMANUELLE DA SILVA COSTA, OLGA MARIA DE ALENCAR, THAYZA MIRANDA PEREIRA, PATRÍCIA AMANDA PEREIRA VIEIRA

Apresentação:Este trabalho trata-se do relato de experiência do curso de práticas docentes na saúde ofertado pelo Centro de Educação Permanente em Vigilância da Saúde - CEVIG, integrante da Diretoria de Pós-Graduação em Saúde - DIPSA, da Escola de Saúde Pública do Ceará – ESP/CE, no período de fevereiro a julho de 2017. O curso surgiu da necessidade de qualificação dos profissionais docentes dos cursos de pós-graduação lato sensu em vigilância sanitária e em saúde pública, ambos ofertados pelo CEVIG, no que se refere aos processos pedagógicos e formativos que envolvem o campo da Vigilância em Saúde, com vistas à implementação de ações que melhor respondam às necessidades sociais e de desenvolvimento e melhoria da qualidade do sistema de saúde.Desenvolvimento do trabalho: A partir das vivências em sala de aula nos cursos livres e de pós-graduação lato sensu, percebeu-se a importância e a necessidade de um alinhamento metodológico da docência no âmbito da saúde, utilizando metodologias ativas de ensino aprendizagem com vistas ao fortalecimento de práticas educacionais emancipatórias. Os modelos de educação em saúde têm como raiz inspiradora as ideias de Paulo Freire, ao considerar que a educação é a matriz da transformação sociopolítica e extrapola os muros dos conhecimentos formais, envolvendo a todos, pois vê o homem como um ser rico em conhecimentos formais, envolvendo a todos, em conhecimentos próprios adquiridos pela experiência no mundo, inacabado, mas em busca de ser mais, capaz de transcender, de levantar hipóteses e assim modificar sua realidade. Para a efetivação dessa prática, será necessário mudança na conduta profissional com o intuito de refletir sobre os saberes do outro e assumir uma postura de que o educando e o educador tem conhecimentos diferentes. É sabido a importância destas práticas para uma educação permanente com novas possibilidades metodológicas de atuação. Esta maneira de tornar o sujeito ser ativo e crítico, diante da completitude do saber científico,possibilitando uma visão reflexiva sobre a realidade, podem-se refletir possibilidades de ampliação de maneiras de cuidar e de atuar, embasadas na premissa de que todas as ações de saúde devem ser consideradas pelos acontecimentos dos fatos no cenário, ou seja, no contexto da saúde. O perfil de competência utilizado como referência no curso de práticas docentes na saúde foi resultado da vivência no curso de práticas docentes em sala de vacina, também desenvolvido pelo CEVIG, tendo como base a avaliação do desempenho dos facilitadores do curso. Surgiu também da necessidade apontada pelos professores visitantes que atuam nos cursos livres e de pós-graduação lato sensu do CEVIG, que, em sua maioria, não apresenta experiência no uso de metodologias ativas de ensino-aprendizagem. Para o perfil de competência do facilitador de aprendizagem dos cursos, foram identificadas três áreas de competência: facilitação de processos educacionais, gestão educacional e avaliação. A competência é aqui compreendida como sendo a capacidade de mobilizar diferentes recursos para solucionar, com pertinência e sucesso, os problemas da prática profissional em diferentes contextos. Assim, a combinação das capacidades cognitivas, atitudinais e psicomotoras mobilizadas para a realização de uma ação foi traduzida em competência que refletem a qualidade da prática profissional do facilitador. Atuar como professor significa encaminhar os educandos a se responsabilizar pelo próprio conhecimento, a partir da competência técnica e compromisso éticopolítico em relação à análise, seleção e interpretação e avaliação de conteúdos. Caso contrário, o professor/facilitador agirá contra os interesses sociais e, acima de tudo, não contribuirá para a formação de indivíduos autônomos, responsáveis e participantes, conscientes de sua função social. O desenho do curso foi estruturado em atividades teórico práticas presenciais (44 horas/aula) e em atividade prática, constando de vivência educacional em cenário de prática (16 horas/aula), perfazendo uma carga horária total de 60 horas. Resultados e/ou impactos: (os efeitos percebidos decorrentes da experiência ou resultados encontrados na pesquisa) No primeiro semestre de 2017 foram ofertadas duas turmas, sendo uma para os docentes dos cursos da área de Vigilância Sanitária e outra para os docentes atuantes como facilitadores da especialização em Saúde Pública, ambas realizadas no âmbito da ESP/CE. A primeira turma aconteceu no período de 20 de fevereiro a 05 e abril de 2017, contando com a participação de quinze profissionais/docentes em Vigilância Sanitária, oriundos de instituições diversificadas: Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará – HEMOCE; Núcleo de Vigilância Sanitária do Ceará – NUVIS, da Secretaria de Saúde do Ceará – SESA; Núcleo de Controle de Vetores do Ceará – NUVET, da SESA; Escola de Saúde Pública do Ceará -ESP/CE; Célula de Vigilância Sanitária – CEVISA, da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza - SMS; Agência de Fiscalização de Fortaleza – AGEFIS; Hospital Geral Dr. Waldemar de Alcântara; Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes e Centro Regional de Saúde do Trabalhador – CEREST. A segunda turma ocorreu no período de 01 de fevereiro a 10 de julho de 2017, com a participação de seis profissionais/docentes atuantes como facilitadores da especialização em Saúde Pública, todos vinculados à ESP/CE. Durante as estratégias educacionais utilizadas, houve o entendimento dos fundamentos históricos, sociológicos, filosóficos e pedagógicos presentes no ensino na saúde, de modo a favorecer a identificação das concepções que subsidiam as práticas docentes, promovendo uma reflexão crítica sobre as mesmas. O curso propôs aos discentes a identificação das concepções de educação permanente existentes nas histórias de vida dos participantes e o que elas significam para uma prática de educação atual em saúde; reflexão crítica sobre o processo ensino aprendizagem proposto no cotidiano de trabalho dos participantes; Identificação de metodologias utilizadas na construção do fazer pedagógico; desenvolvimento de ações educacionais baseadas nas necessidades de aprendizagem identificados no cenário de práticas; conhecimento das tipologias de avaliação educacional; e, utilização de instrumentos e ferramentas de avaliação de modo ético e respeitoso.Considerações finais: Em uma nova configuração, a partir das necessidades estabelecidas para a educação investida na formação e qualificação do ser facilitador, o curso de práticas docentes na saúde contribuiu na ressignificação dos conteúdos em diferentes contextos, bem como o aprimoramento das metodologias pedagógicas que possibilitem a articulação interdisciplinar para a concretude desse novo facilitador da socialização. É na ação que o professor demonstra suas capacidades, técnicas e habilidades na atualização das potencialidades, revelando, no fazer, o domínio dos saberes e o compromisso com o que é realmente necessário.

1299 REFLEXÃO SOBRE UMA METODOLOGIA INOVADORA DE FORMAÇÃO MÉDICA PARA O SUS: SIMULAÇÃO DE MESA DE NEGOCIAÇÃO EM SAÚDE
Roqueline Bárbara de Jesus Damasceno, Italo Ramon Bessa Holanda, Ítalo Ricardo S Aleluia, Ângelo Augusto Passos Aragão

REFLEXÃO SOBRE UMA METODOLOGIA INOVADORA DE FORMAÇÃO MÉDICA PARA O SUS: SIMULAÇÃO DE MESA DE NEGOCIAÇÃO EM SAÚDE

Autores: Roqueline Bárbara de Jesus Damasceno, Italo Ramon Bessa Holanda, Ítalo Ricardo S Aleluia, Ângelo Augusto Passos Aragão

APRESENTAÇÃO O processo de trabalho no SUS envolve relações técnicas, sociais e políticas, que exigem metodologias de reorientação formativa para habilidades e competências relativas ao agir e pensar estratégicos, na tomada de decisão compartilhada, negociação e construção de consensos, reconhecimento de conflitos, entre outras. Esse trabalho visa relatar a experiência da utilização de um cenário simulado (Mesa de Negociação em Saúde), como metodologia inovadora na formação médica para o SUS.   DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA A experiência ocorreu na disciplina “Gestão do Trabalho em Saúde”, do curso de Medicina da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB). Construiu-se, em classe, um cenário simulado de Mesa de Negociação em Saúde, com a intencionalidade de problematizar capacidades de decisão, negociação, corresponsabilização, trabalho em equipe, de enfrentamento de conflitos e análise estratégica de momentos políticos. A atividade foi precedida de leituras pré-classe de textos sobre negociação e gestão de conflitos em saúde, sendo operacionalizada nas seguintes etapas: (1) divisão da classe em quatro grupos que representaram atores sociais da mesa - usuário, secretário de saúde, profissional e coordenador de atenção básica; (2) apresentação de contexto disparador com problemas de gestão do trabalho de ordem financeira, estrutural e organizacional; (3) a partir do disparador os atores incorporavam seu lugar de fala e iniciavam a negociação com o objetivo de pactuar elementos para uma melhor gestão do trabalho em saúde, baseados na situação de partida; e (4) ao final, os negociadores deveriam sistematizar os pactos realizados. O desenvolvimento da atividade foi coordenado pelo docente facilitador e os atores representados pelos discentes revezavam rodadas de negociação com a menor solução de continuidade possível. Cada grupo tinha a responsabilidade de decidir estrategicamente os componentes que revezariam a rodada de negociação e quem a concluiria. Ao todo foram realizadas 10 rodadas de negociação de cinco minutos cada. A organização do cenário priorizou com que os participantes dos grupos ficassem próximos entre si e do seu representante na mesa de negociação.   IMPACTOS Foi evidente o quão complexo é exercitar a abertura e tolerância a diferentes valores e ideias entre os participantes, o que ratifica a escuta como essencial na construção de acordos e pactos. A experiência se constituiu como uma potente estratégia construtiva de ensino e permitiu exercitar a argumentação de ideias, explicações, construção de consensos e decisões compartilhadas. Os discentes puderam perceber a importância do trabalho em equipe e das relações de poder que permeiam a construção de acordos entre os atores do sistema de saúde. Isso foi fundamental para compreender a mesa de negociação como um dispositivo de gestão do SUS, na mediação de conflitos e alinhamento de interesses, em grande parte, divergentes.   CONSIDERAÇÕES FINAIS As dificuldades evidenciadas para construção de acordos foram diretamente proporcionais à flutuação de argumentos que divergiam e convergiam, desencadeando novas problemáticas que retrocediam os consensos conquistados anteriormente. Todavia, a simulação teve um efeito didático positivo para ativação pensamento estratégico em saúde, uma vez que o contexto abordado combinou fatos com distintas situações de governabilidade e necessidades de cada ator.

2603 RELATO DE EXPERIÊNCIA: A INICIAÇÃO CIENTÍFICA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A GRADUAÇÃO
Camila Soares Santos, Paulo Philip de Abreu Gonzaga, Beatriz Graça de Araújo, Ester Alves de Oliveira, Victor Nei Vaconcelos Monteiro, Marcos Lima do Nascimento, Iracema da Silva Nogueira, Lucivana Prata de Souza Mourão

RELATO DE EXPERIÊNCIA: A INICIAÇÃO CIENTÍFICA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A GRADUAÇÃO

Autores: Camila Soares Santos, Paulo Philip de Abreu Gonzaga, Beatriz Graça de Araújo, Ester Alves de Oliveira, Victor Nei Vaconcelos Monteiro, Marcos Lima do Nascimento, Iracema da Silva Nogueira, Lucivana Prata de Souza Mourão

Introdução: A Universidade do Estado do Amazonas, tem como eixo indissociável ensino, pesquisa e extensão.  Com o objetivo de tornar a academia fonte de incentivo para a busca do conhecimento científico é proporcionado aos discentes a oportunidade de participar do Programa de Apoio à Iniciação Científica (PAIC). Assim sendo, essa é uma forma de inserção de acadêmicos de graduação no ambiente de pesquisa e produção científica, despertando nesse jovem universitário, vocações para se tornar futuro pesquisador. Objetivo: Relatar a experiência adquirida através da participação no Programa de Apoio À Iniciação Científica da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Metodologia: Refere-se a um relato de experiência, no qual implementou-se um projeto de pesquisa intitulado: Levantamento dos fatores ambientais de risco e de suscetibilidade para Diabetes Mellitus Tipo 2 em uma amostra na cidade de Manaus, desenvolvido no ano de 2017 e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do Amazonas (FAPEAM), por uma acadêmica do Curso de Enfermagem da referida Universidade. Trata-se de um recorte de um macroprojeto intitulado: Perfil Bioquímico e Análise do Polimorfismo nos Genes Irs1 e Irs2 Envolvidos na Resistência À Insulina em Indivíduos com Diabetes Mellitus Tipo 2 em Manaus, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UEA, sob o CAAE 60172416.8.0000.5020. Resultados: As atividades previstas no cronograma incluíram, inicialmente, a elaboração do projeto de pesquisa referente ao recorte do macroprojeto. Para isso, realizou-se revisão de literatura que se constitui em uma atividade que dá sustentação teórica à pesquisa e permeará todo o percurso para execução da mesma. A coleta de dados ocorreu no mês de setembro de 2017, e esses dados empíricos estão em fase de tratamento estatístico. É imprescindível destacar que durante a pesquisa, a bolsista participou do IX Congresso Interno de Iniciação Científica e Tecnológica da ESA, promovido pelo referido Programa com o objetivo de acolher e orientar os participantes. Uma das exigências do Programa, consiste na entrega de relatórios mensais referentes as atividades previstas no cronograma do projeto de pesquisa. A apresentação de resultados parciais junto ao Comitê Científico deverá ocorrer no primeiro semestre e o término da pesquisa está previsto para agosto de 2018, ocasião em que será elaborado o relatório final e resumo para publicação nos Anais do PAIC. A participação na análise dos dados obtidos, juntamente com as orientadoras, tem possibilitado a compreensão de fatores que contribuíram positivamente ou negativamente. É inegável que a participação no Programa gerou novos pensamentos críticos acerca da Diabetes Mellitus Tipo 2, apontando para necessidade de empreender futuros estudos nessa área da genética. Conclusão: A experiência na produção científica, demonstrou que houve reflexão sobre o controle da Diabetes Mellitus Tipo 2 em Manaus. Foi perceptível a ampliação do conhecimento, pois, possibilitou maior domínio, no que diz respeito à Metodologia Científica, principalmente quanto à elaboração de projetos de pesquisas, busca bibliográfica, leitura proveitosa, fichamento de artigos científicos, procedimentos de coleta, tratamento de dados, dentre outras atividades inerentes à pesquisa científica.