188: Conversando sobre urgência e emergência: diálogos possíveis
Debatedor: A definir
Data: 02/06/2018    Local: ICB Sala 06 - Cunha-Porangã    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
651 A IMPORTÂNCIA DE CONHECIMENTOS SOBRE PRIMEIROS SOCORROS PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE E DE PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL DE BLUMENAU-SC.
Carolina Bevervanço Veiga, Luiz Guilherme Seibel, Isabela De Luca, Wesley Mees, Bruno Antunes Wiethorn, Alexandra Zamboni Borges, Arthur Mandalis Sônego, Daniela Priscila Oliveira do Vale Tafner

A IMPORTÂNCIA DE CONHECIMENTOS SOBRE PRIMEIROS SOCORROS PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE E DE PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL DE BLUMENAU-SC.

Autores: Carolina Bevervanço Veiga, Luiz Guilherme Seibel, Isabela De Luca, Wesley Mees, Bruno Antunes Wiethorn, Alexandra Zamboni Borges, Arthur Mandalis Sônego, Daniela Priscila Oliveira do Vale Tafner

Apresentação: Dentre os deveres da educação em saúde estão a orientação da população em relação ao seu bem-estar e encaminhamento para o tratamento, por meio dos agentes comunitários de saúde (ACS). Aliado a isso, ações desenvolvidas pelo Programa Saúde na Escola (PSE) tem com intuito fomentar atividades de prevenção de doenças e promoção de saúde tendo como mediadores os professores no ambiente escolar. Dessa maneira, fica evidente a importância de intervenções para auxiliar professores e ACS nesse processo, assim como a capacitação realizada sobre primeiros socorros em setembro de 2017 na CEI Oswaldo Deschamps e na ESF Armando Odebrecht pelos estudantes de medicina da 3ª fase da Universidade Regional de Blumenau (FURB). Neste trabalho propõe-se demonstrar a importância da propagação de saúde para a população, tanto através de agentes promotores de saúde (ACS), quanto para profissionais da educação (professores). Além disso, busca-se evidenciar a relevância dos primeiros socorros para o cotidiano dos trabalhadores. Descrição da experiência: a organização prévia foi baseada em um planejamento estratégico por meio de um encontro entre os estudantes e os profissionais do 3º Batalhão de Bombeiros Militar – SC, no qual foram discutidas problemáticas referentes ao atendimento inicial em casos de fraturas, hemorragias, paradas cardiorrespiratórias e obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE). A partir disso, os alunos já capacitados tornaram-se intermediários dessas informações, filtrando, assim, os conhecimentos específicos tendo como finalidade visar uma aproximação maior com a realidade cotidiana de cada profissional. Para a realização das intervenções foram utilizados manequins de treinamento (adultos e infantis), banner informativo sobre os primeiros socorros produzidos pelos próprios estudantes e um reanimador manual (ambu), sendo estes disponibilizados pela FURB. As atividades consistiram em uma explanação inicial sobre condutas emergenciais, em que os alunos demonstraram situações comuns do dia-a-dia que podem ser evitadas com apenas informações básicas de atendimento. Por último, o público alvo das palestras realizou dinâmicas que simulavam engasgamento e parada cardiorrespiratória utilizando os materiais supracitados. Resultados e ou impactos: Através das ações, houve uma repercussão positiva por parte dos profissionais que se encontraram participativos e interessados no tema, demonstrando reconhecer que tais saberes possuem relevância em sua área de atuação. Houve, também, um compartilhamento de experiências pessoais e como essas poderiam ter sido melhores manejadas caso tivessem essa explicação anteriormente. Além de afirmarem que iriam intervir caso presenciassem uma situação de contratempo no local de trabalho, seja na escola ou na comunidade. Demonstrando, assim, reconhecer que tais saberes possuem relevância em sua área de atuação. Considerações finais: Portanto, é notável a demanda de maiores instruções sobre primeiros socorros por parte das ACS e dos professores da rede municipal de Blumenau, que mesmo tendo seu papel na saúde, sendo este direto ou indireto, não recebem a devida qualificação para tal finalidade, a qual poderia complementar a formação dos mesmos e possivelmente impactar na vidas das pessoas que os circundam.

1184 Educação Permanente dos Profissionais da Rede de Atenção às Urgências na região madeira – Mamoré no estado de Rondônia: um relato de experiência Linha de Cuidado: Acidente Vascular Cerebral
Carina Luna, JORGE FILHO, VALENTINA BARBOSA, CRISTIANE LAMARÃO, JULIANA MARQUES DOS SANTOS, ALDRIN DE SOUZA PINHEIRO, GILBERTO TADEU REIS

Educação Permanente dos Profissionais da Rede de Atenção às Urgências na região madeira – Mamoré no estado de Rondônia: um relato de experiência Linha de Cuidado: Acidente Vascular Cerebral

Autores: Carina Luna, JORGE FILHO, VALENTINA BARBOSA, CRISTIANE LAMARÃO, JULIANA MARQUES DOS SANTOS, ALDRIN DE SOUZA PINHEIRO, GILBERTO TADEU REIS

Apresentação: Trata-se do relato de experiência do processo de formação-ação do  Projeto Gestão para Educação Permanente dos Profissionais da Rede de Atenção às Urgências que teve como produto final um projeto de intervenção. O objetivo foi construir a Linha de Cuidado do Acidente Vascular Cerebral nas unidades de saúde da região Madeira Mamoré do Estado de Rondônia. A referida região abrange os municípios de Porto Velho, Itapuã do Oeste, Candeias do Jamari, Nova Mamoré e Guajará Mirim. Desenvolvimento: A formação ação iniciou no mês outubro de 2016 a abril de 2017, pela Secretaria do Estado de Rondônia em parceria com o Hospital Alemão Osvaldo Cruz. Foram ofertadas 120 vagas para a equipe multiprofissional da saúde, sendo que participaram 75 profissionais. A metodologia utilizada foi com base na construção do conhecimento considerando as situações da realidade do cotidiano dos profissionais, com a formação  de grupos de trabalho para a problematizar e refletir as práticas diárias dos profissionais. Os facilitadores eram profissionais da rede de saúde de Rondônia e professores da Universidade Federal de Rondônia que participaram de formação de mediadores, acompanhada por especialistas que eram responsáveis por cada região do território brasileiro, onde a formação foi ofertada. Os grupos de trabalho foram compostos por profissionais que atuavam na rede de saúde do Estado de Rondônia, dentre a atenção básica, gestão, regulação, média e alta complexidade, estes grupos eram denominados grupos de Rede. A pluralidade dos grupos proporcionou uma ampla discussão dos modelos de saúde que são ofertados nos serviços. Foram realizados estudos sobre as Redes de Atenção a saúde que existem no território da Região Madeira Mamoré e foram propostas várias ações de intervenção, com a finalidade de mudar a realidade. Para construção e consolidação da linha de cuidado do AVC, foi necessária à criação de um Núcleo de Educação Permanente em Urgências - NEU, com a finalidade de garantir o conhecimento dos profissionais em suas respectivas áreas de atuação para desta forma obter resultados positivos na intervenção ao usuário. As principais metas a serem alcançadas foram: implementar a linha de cuidado e criar o NEU para os trabalhadores, melhorando o desempenho dos mesmos em suas respectivas áreas de atuação e consequentemente sensibilizar os profissionais para uma prática de  educação permanente que promovam além de capacitações pontuais, uma forma problematizadora das situações vivenciadas pelos trabalhadores no cotidiano das organizações de saúde,  visando transformar os processos de trabalho. Trabalhando através de situações conflituosas que acontecem no cotidiano desses profissionais, mostrando-lhes que a promoção da saúde do usuário do SUS depende diretamente da atuação destes profissionais. Impactos e Resultados: Observamos em nossa região de saúde Madeira Mamoré que a baixa resolutividade da atenção básica na prevenção dos fatores de risco para as urgências cerebrovasculares, tem sido relevante e reflete negativamente, havendo um aumento dos custos hospitalares no tratamento destas urgências, devido à longa permanência do usuário na internação. Diante desse cenário a articulação das redes de atenção à saúde é de fundamental importância para a eficácia dos serviços oferecidos. Os impactos durante a vivência neste curso de aperfeiçoamento, bem como nos momentos destinados para a elaboração da linha de cuidado do AVC, foram significativos, haja vista que de acordo com as análises reflexivas feitas sobre como poderíamos mudar a realidade no que se refere aos atendimentos de usuários do SUS acometidos com AVC foi muito impactante.  Também não podemos deixar de citar as ações de educação em saúde voltadas à população em geral também deve ser vista como ator importante para que desta forma as pessoas possam entender a necessidade de prevenção do AVC bem como saber identificar precocemente quaisquer sinais que possam indicar que a doença esta se manifestando. No que diz respeito à capacitação, habilitação e educação continuada dos trabalhadores, observa-se ainda a fragmentação e o baixo aproveitamento do processo educativo tradicional e a insuficiência dos conteúdos curriculares na qualificação de profissionais para as urgências, principalmente nas urgências cerebrovasculares. Em consequência disso, a atuação de grande parte desses profissionais se torna insatisfatória comprometendo a qualidade da assistência prestada ao usuário. Com base nisso se faz necessário implementar estratégias que favoreçam e estimulem a participação dos profissionais para que os mesmos sintam-se inseridos no processos bem como sabendo da sua importância para obtenção de resultados positivos. Com a implantação da linha de cuidado do AVC, podemos citar que o usuário seria atendido em tempo hábil, respeitando os direitos humanos do cidadão, minimizando desta forma os altos índices de permanência hospitalar. Que a rede de urgência e emergência estaria articulada garantindo desta forma o atendimento ao usuário de forma eficaz atendendo as necessidades de saúde de cada cidadão. Considerações Finais: As buscas para a implantação da linha de cuidados do AVC mostrou que existem altas taxas de internações por condições sensíveis à atenção primária em uma população, que podem indicar sérios problemas de acesso ao sistema de saúde. O excesso de hospitalizações representa um sinal de alerta, sinalizam para a necessidade de análise e busca de explicações para a sua ocorrência. Com base nesse contexto, a elaboração de linha de cuidado do AVC, contribui para que a qualidade da assistência prestada ao usuário seja eficaz, promovendo articulação entre as redes de assistência a saúde, facilitando desta forma o acesso a todos os níveis de atenção a saúde do usuário acometido pelo AVC. Durante o processo de formação ação foi possível analisar com os demais profissionais a falta de formação suficiente e a pouca ou inexistente educação permanente aos trabalhadores das urgências. Foi de fundamental importância a discussão do fortalecimento de estruturas capazes de problematizar a realidade dos serviços e estabelecer o nexo entre trabalho e educação, de forma a resgatar o processo de formação dentro dos serviços de saúde. A formação com a equipe multiprofissional proporcionou um momento de integração da rede de serviços, dentre os serviços de saúde, bem como o ensino.   A permanência deste processo poderá potencializar a autonomia dos profissionais e sensibilizar para a resolução dos diversos problemas vivenciados, promovendo desta forma mais resolutividade no atendimento aos usuários do SUS. Concordamos também que os profissionais que foram envolvidos nesse curso de aperfeiçoamento, são profissionais que podem contribuir para as mudanças das práticas de saúde, os mesmos tem expetativas de transformação para melhoria do serviço, potencial de autoanálise para a atuação e buscando um serviço de excelência e que cada vez mais fortaleça o SUS.

1595 HUMANIZAÇÃO COMO EXPRESSÃO ÉTICA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)
Mayane Silva Lopes, Adriana Lorena Sena de Lima, Diogo Seiichi Umbelino Okawa, Jéssyca Silva do Nascimento, Larissa Lima Figueira Freire, Mônica de Cássia Pinheiro Costa, Victória Karolina Santos Santana, Sávio Felipe Dias Santos

HUMANIZAÇÃO COMO EXPRESSÃO ÉTICA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)

Autores: Mayane Silva Lopes, Adriana Lorena Sena de Lima, Diogo Seiichi Umbelino Okawa, Jéssyca Silva do Nascimento, Larissa Lima Figueira Freire, Mônica de Cássia Pinheiro Costa, Victória Karolina Santos Santana, Sávio Felipe Dias Santos

Apresentação: Em virtude da intensa rotina que caracteriza as unidades de terapias intensivas e do acelerado processo técnico- científico o respeito à vida e a dignidade humana têm sido, frequentemente, relegado a um segundo plano. Desse modo, perceber o outro requer o reconhecimento e promoção da humanização à luz dos princípios e/ou valores éticos que norteiam a prática profissional dentro das UTI’s. Nesse sentido, este trabalho tem por objetivo sensibilizar os profissionais de enfermagem sobre a importância da humanização como expressão ética na unidade de terapia intensiva. Descrição da experiência: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo do tipo relato de experiência, realizado em um hospital público da região metropolitana de Belém-PA, referência em urgência e emergência em traumas e queimados para o norte do Brasil, no período de 04 a 25 de setembro de 2017, baseado na metodologia do Arco de Maguerez, composto pelas seguintes etapas: observação da realidade do campo, a fim de obter um olhar atento e crítico para a identificação dos problemas; levantamento dos principais pontos-chaves a serem estudados e discutidos; teorização; hipóteses de soluções e por fim aplicação à realidade que aconteceu a partir da socialização da tecnologia educativa, em forma de folder, desenvolvida pelos acadêmicos de enfermagem do 4º ano da Universidade Estadual do Pará (UEPA), com os profissionais de enfermagem das unidades intensivas, atuantes no período da manhã, do referido hospital. A estruturação do folder baseou-se nos seguintes pontos: “você sabe o que é Ética?”, “o que vem a ser humanização?”, “qual a importância do atendimento humanizado na UTI?” e “ações diárias que fortalecem a humanização”. Resultados: A socialização da tecnologia obteve boa aceitação pelos profissionais, que durante a abordagem individual, sentiram- se à vontade para esclarecer dúvidas e expor opiniões. Assim, relataram perceber a relevância de discutir a humanização e o comportamento ético no ambiente de trabalho, além de, também, ressaltarem a importância do compartilhamento sobre a temática, com a equipe multiprofissional. Considerações finais: Portanto, a aplicação à realidade mostrou-se efetiva, no que tange o reconhecimento e sensibilização dos profissionais de enfermagem para a importância de promover a humanização como expressão ética na UTI. Pois, é por meio do exercício ético da profissão, que os todos os profissionais envolvidos, direta ou indiretamente, poderão contribuir para o processo de humanização nas unidades de terapias intensivas. Desta maneira, corroborando para um serviço público de saúde de qualidade.

2060 AÇÕES DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO BÁSICA PARA DIMINUIÇÃO DAS INTERNAÇÕES EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
Antonio Henrique Vasconcellos da Rosa, Paulo Sérgio da Silva, Ingrid Tavares Cardoso, Fabiana Gonçalves da Silva

AÇÕES DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO BÁSICA PARA DIMINUIÇÃO DAS INTERNAÇÕES EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA

Autores: Antonio Henrique Vasconcellos da Rosa, Paulo Sérgio da Silva, Ingrid Tavares Cardoso, Fabiana Gonçalves da Silva

Observamos que nos dias atuais o número de pessoas que necessitam de uma vaga em setores de alta complexidade, tem aumento absurdamente, dessa forma levantamos um questionamento: Qual motivo leva um paciente a dar entrada diretamente a esses setores muitas das vezes entre a vida e a morte? Será que como enfermeiros poderíamos mudar esses números, ou melhorar a qualidade de vida dessas pessoas evitando assim a necessidade de internação nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e ou Centro de Terapia Intensiva (CTI)? Segundo Souza (2016), em matéria publicada no Jornal O Globo, o número de leitos de internação, voltados para pacientes que ficam por mais de 24 horas no hospital, vem caindo desde 2010 no Brasil. Mas entre as unidades de terapia intensiva (UTIs), dedicadas a tratamentos mais complexos, ocorre justamente o oposto, com um crescimento na quantidade de leitos no mesmo período. As UTis foram criadas a partir da necessidade de atendimento do cliente cujo estado crítico exigia assistência e observação continua de médicos e enfermeiros. Esta preocupação iniciou-se com Florence Nightingale, durante a guerra da Criméia no século XIX, que procurou selecionar indivíduos mais graves, acomodando-os de forma a favorecer o cuidado imediato (LINO; SILVA,2001). Objeto: Causas de internação em CTI. Objetivo Geral: Identificar a partir dos prontuários dos pacientes internados no CTI as doenças de base que levaram a internação. Objetivo Específico: Identificar como o Enfermeiro da Atenção Básica pode intervir na assistência a população para diminuir o número de internação no CTI.  Marco Teórico: Os setores de alta complexidade apresentam características peculiares como, os ruídos desde as vozes dos profissionais até os sons da aparelhagem, apresenta também um odor específico, por ser um setor fechado acaba que todo cheiro produzido ganha uma proporção bem maior tornando-se enjoativo e muitas das vezes causando desconforto para os profissionais e pacientes que se encontram lúcidos e orientados, o ambiente é muito claro, frio geralmente a temperatura é mantida por aparelhos de ar condicionado central, possui as janelas sempre fechadas e recobertas por um filtro, de forma que não é possível ver a luz do dia. Metodologia: Este estudo teve o método qualitativo com abordagem descritiva exploratória, pois teve como objetivo Identificar a partir dos prontuários dos pacientes internados no CTI as doenças de base que levou a internação. Os dados da pesquisa será obtido através das analises dos prontuário dos pacientes internados na Unidade de Terapia intensiva de um Hospital Escola da Região serrana do Estado do Rio de Janeiro. Conclu-se que: nos prontuários foi observado pouco ou nenhum dados sobre o histórico das condições de saúde dos pacientes, pois sempre eram evidenciado a causa que fez com que aquele paciente fosse hospitalizado, essa situação contribui para a demora na recuperação dos paciente, visto que seu histórico pregresso patológico pode interferir no processo terapêutico, mesmo com poucos dados percebemos que várias internações poderiam ser evitadas se houvesse um saúde preventiva que atendesse os princípios da integralidade do SUS.

2081 AVALIAÇÃO DA DOR NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: OBSERVAÇÕES ADVINDAS DOS CRITÉRIOS DE CUIDAR REALIZADOS POR ENFERMEIROS
Claudia Cristina Dias Granito Marques, AMANDA DA CRUZ DO AMARAL

AVALIAÇÃO DA DOR NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: OBSERVAÇÕES ADVINDAS DOS CRITÉRIOS DE CUIDAR REALIZADOS POR ENFERMEIROS

Autores: Claudia Cristina Dias Granito Marques, AMANDA DA CRUZ DO AMARAL

INTRODUÇÃO: Devido à incapacidade dos recém-nascidos de verbalizarem a dor, a identificação e avaliação da mesma é um processo complexo, já que se deve empregar a observação rigorosa aliada as técnicas, para que se possa atingir ao menos parte da compreensão das necessidades deste paciente. Ao longo dos anos, novas técnicas e tecnologias surgiram para auxiliar aos profissionais de saúde na identificação da dor, levando ao aprimoramento dos conhecimentos que possuímos na atualidade e sendo possível estar mais próximo da compreensão das necessidades dos neonatos, formando uma comunicação imperceptível, mas fundamental entre os recém-nascidos e a equipe de enfermagem, o que facilita a construção de um diagnóstico preciso e logo, do cuidado adequado. Devido às novas informações que surgem todos os dias através dos diferentes tipos de publicações científicas juntamente dos compilados de experiências que são adquiridas através da vivência profissional, os conhecimentos acerca da identificação da dor no neonato são diversos e muitas vezes particulares e diferenciados para cada profissional, como em alguns casos, o uso de escalas para mensurar a dor, que se baseiam principalmente nos sinais apresentados pelo recém-nascido como suas expressões faciais, o choro, sua respiração, sua relação corporal e o estado de consciência. O uso destas escalas permite uma comunicação mais eficaz entre o recém-nato e a equipe de enfermagem, auxiliando na compreensão de suas necessidades e tornando possível a quantificação de seu desconforto e dor, além da padronização do atendimento. Baseado nessas acepções emerge o seguinte objetivo desta investigação: discutir a importância do uso de métodos disponíveis na literatura que podem ser empregados pelos enfermeiros para uma avaliação eficaz e precisa da dor no recém-nascido. MATERAIS E MÉTODOS: Este estudo foi desenvolvido por meio da técnica de Revisão Bibliográfica, a partir da busca do que já foi escrito e publicado sobre ao tema: Avaliação da dor no recém-nascido. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa. A seleção do estudo constitui em pesquisa nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e PubMed, onde foram identificados 13 artigos com o uso de descritores: enfermagem, avaliação da dor e neonatologia. Destes foram filtrados 05 artigos, dentre os critérios de inclusão: artigos publicados em língua portuguesa, artigos que apresentarem em seus conteúdos os descritores citados acima e que condizem com a temática. Os critérios de exclusão foram: artigos em outros idiomas e artigos repetidos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após a leitura dos artigos selecionados, foram definidas três categorias para maior compreensão desta pesquisa. A primeira categoria versa sobre a evolução histórica dos conhecimentos acerca da dor neonatal: o feto e as crianças desde o nascimento experienciam a dor. Porém, por um longo tempo, cultivou-se a crença de que por não serem capazes de expressar em palavras seu desconforto, esse grupo de indivíduos também não possuía a capacidade de sentir e assimilar estímulos dolorosos. Isso também era reforçado pela ideia de que os recém-nascidos eram neurologicamente imaturos, portanto a localização ou percepção da dor não ocorria e não havia memória das experiências dolorosas, o que foi uma grande convicção até meados dos anos de 1970. Hoje, porém, muitos estudos mostram que estes eram argumentos equivocados, já que mesmo antes do nascimento, as principais conexões nas vias nociceptivas se formam. Um recém-nascido possui a mielinização incompleta fazendo com que a velocidade de condução seja lentificada, porém isso não resulta na ausência de função, já que a distância que deve ser percorrida pelos potenciais de ação dos neurônios é menor. Não somente os recém-natos sentem dor, como alguns estudos também mostram que esse grupo é mais sensível a ela, já que a funcionalidade dos sistemas inibitórios rostrocaudais do tronco encefálico só tem início após as primeiras semanas de vida pós-natal. A segunda categoria versa sobre a avaliação da dor com ênfase nas escalas de avaliação neonatais: diante da dificuldade em avaliar e quantificar a dor do recém-nascido surgiram diversas escalas, com focos específicos para cada grupo neonatal. Estes instrumentos são grandes aliados na avaliação da dor do recém-nascido, auxiliando também no tratamento adequado da dor, fato extremamente necessário quando levamos em conta principalmente, que em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal um recém-nato pode ser submetido a uma média de 100 procedimentos potencialmente dolorosos por dia. A literatura registra várias escalas de avaliação da dor neonatal, porém as escalas mais usadas são: a Escala Perfil de Dor do Prematuro (Premature Infant Pain Profile – PIPP), que possui sua base em indicadores que se adaptam melhor aos recém-nascidos prematuros, já que usa como referência as alterações próprias desse grupo; a Escala de Sedação COMFORT, que é comumente empregada em recém-nascidos submetidos à ventilação mecânica, para avaliar o grau de sedação; a Escala de Dor no Recém-Nascido e no Lactente (Neonatal Infant Pain Scale – NIPS), que deve ter sua avaliação realizada em intervalos de um minuto antes, durante e após o procedimento agressivo, sendo indicada para neonatos a termo e prematuros; o Sistema de Codificação da Atividade Facial Neonatal (Neonatal Facial Coding System – NFCS), que avalia as respostas de dor através do movimento facial do recém-nato, sendo indicada para neonatos a termo e prematuros; a Escala Objetiva de Dor Hannallah, que possibilita a avaliação através da linguagem corporal, também sendo indicada para neonatos a termo e prematuros; e a Escala para avaliação da dor pós-operatória CRIES, onde os indicadores devem ser avaliados a cada duas horas, nas primeiras vinte e quatro horas após o procedimento doloroso, e a cada quatro horas, após mais um ou dois dias. E a terceira e última categoria versa sobre a recuperação do recém-nascido, relacionando os meios de prevenção e intervenção na dor neonatal: Quando a dor no recém-nato é negligenciada, não é identificada e tratada adequadamente, acarreta em diversas consequências que podem afetar o sistema imunológico desta criança. A intervenção da dor no RN pode ser realizada através de métodos não farmacológicos, que tem o objetivo de minimizar a agressão de procedimentos dolorosos, e prevenir maior desconforto ao RN. Entre eles a redução de estímulos ambientais, a sucção não nutritiva, posicionamento do RN, massagem corporal, banho, aleitamento materno, método canguru e a diminuição de estímulos táteis. A intervenção também pode ser feita com uso dos métodos farmacológicos através dos analgésicos opioides, não opioides e sedativos. O tratamento deve ser feito de maneira exclusiva para cada paciente, mantendo uma dose fixa da medicação, com a administração de doses suplementares quando necessário. É importante que a administração da medicação seja feita com o máximo de cuidado possível para não causar dor adicional ao RN, e garantir seu bem-estar tanto quanto possível durante o procedimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A prevenção ou diagnostico rápido e eficaz da dor, que leve a um tratamento adequado da mesma, pode minimizar diversas consequências à saúde do recém-nascido, além de auxiliar em sua recuperação. Diante disso, faz-se necessário a realização de outras pesquisas que contribuam com essa área do conhecimento, que demonstrem a importância do uso das escalas de dor para o recém-nascido nos serviços de saúde, da constante capacitação da equipe de enfermagem e de novas pesquisas acerca de medicamentos seguros para tratá-la adequadamente.

4254 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE INTERNADO NO CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA EM PÓS-OPERATÓRIO DE DERIVAÇÃO BILIODIGESTIVA POR LITÍASE BILIAR E SEPSE
TAIS PEREIRA DA COSTA, Juliette Nobre dos Santos Silva, Lethissa Mendes Carvalho, Esleane Vilela Vasconcelos

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE INTERNADO NO CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA EM PÓS-OPERATÓRIO DE DERIVAÇÃO BILIODIGESTIVA POR LITÍASE BILIAR E SEPSE

Autores: TAIS PEREIRA DA COSTA, Juliette Nobre dos Santos Silva, Lethissa Mendes Carvalho, Esleane Vilela Vasconcelos

APRESENTAÇÃO: O trabalho ou exercício profissional é determinante do espaço social das profissões, as quais se inserem na multidimensionalidade desse espaço social que é complexo e, por vezes, exigente. A enfermagem atua como uma profissão crucial para a construção de uma assistência qualificada à saúde, cuja metodologia de trabalho deve ser clara, prática e coerente com a realidade local. A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é o modelo metodológico ideal para o enfermeiro aplicar seus conhecimentos técnico-científicos na prática assistencial, favorecendo o cuidado e a organização das condições necessárias para que ele seja realizado. Na era do conhecimento torna-se importante a busca de novas competências nos modos de organizar o trabalho, nas atitudes profissionais integradas aos sistemas sociais de relações e interações múltiplas, em suas diversas dimensões, abrangências e especificidades. A litíase vesicular é das doenças mais comuns e de tratamento mais dispendioso do aparelho digestivo. Os cálculos biliares humanos são classificados química e morfologicamente em duas categorias: cálculos de colesterol (amarelo-esbranquiçados) puros ou mistos e cálculos pigmentares (pretos e marrons). Os defeitos metabólicos e da secreção de lipídios biliares, a disfunção da vesícula biliar e a precipitação de colesterol e sais de cálcio são fatores envolvidos na formação dos cálculos biliares. Os cálculos biliares podem ocasionar a obstrução dos ductos biliares, impedindo a passagem do fluxo da bile. Os dutos biliares conduzem a bile a partir do fígado e da vesícula biliar através do pâncreas até o intestino delgado (o duodeno). A cirurgia de derivação biliodigestiva é realizada em situações que necessitem desviar o fluxo de bile do fígado diretamente para o intestino sem passar pelo canal principal biliar (colédoco), geralmente decorrentes de obstruções ou por lesões inadivertidas da via biliar como durante colecistectomia. A cirurgia consiste em criar uma anastomose entre os canais biliares dentro do fígado e o intestino (geralmente o jejuno). A sepse é uma causa importante de hospitalização e a principal causa de morte em unidades de terapia intensiva (UTI). Trata-se de um conjunto de reações inflamatórias, neurais, hormonais e metabólicas, conhecidas como Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS) resultante de uma complexa interação entre o microorganismo infectante e a resposta imune, pró-inflamatória e pró-coagulante do hospedeiro. A SIRS é definida pela presença de pelo menos duas das seguintes evidências clínicas: temperatura acima de 38°C ou abaixo de 36°C, taquicardia com frequência cardíaca acima de 90 batimentos por minuto, taquipnéia com frequência respiratória acima de 20 movimentos respiratórios por minuto ou hiperventilação com PaCO2 abaixo de 32 mmHg, leucocitose acima de 12.000/mm3, leucopenia abaixo de 4.000/mm3 ou mais de 10% de formas jovens de neutrófilos (bastões). A concomitância de dois critérios de SIRS com um foco infeccioso presumido ou evidente confirma o diagnóstico de sepse. A associação de sepse com disfunção orgânica e distúrbio na perfusão tecidual caracteriza a sepse grave. Desta forma, objetiva-se relatar a experiência da aplicação da SAE ao paciente internado no centro de terapia intensiva em pós-operatório de derivação biliodigestiva por litíase biliar e sepse. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, requisito avaliativo da atividade curricular Enfermagem em centro de terapia intensiva da universidade Federal do Pará. O local do estudo foi um hospital, referência no tratamento de doenças infectocontagiosas e parasitarias, em Belém do Pará, realizada nos dias 10 a 31 de janeiro de 2017. Para desenvolver o relato de experiência, aplicou-se o processo de enfermagem. Os dados coletados foram analisados e posteriormente foram identificados os diagnósticos de enfermagem e implementada as intervenções necessárias e verificado os resultados esperados, utilizando-se a taxonomia da NANDA, NIC e NOC. O paciente foi selecionado de forma aleatória para o estudo. Inicialmente, foram coletadas as informações sobre o seu estado atual Posteriormente consultamos o prontuário, para identificar o histórico do paciente, condições de chegada, motivo da internação, tratamento realizado e evolução do quadro clinico. RESULTADOS: Na primeira avaliação observou-se que o paciente encontrava-se consciente, sonolento, atendendo aos comandos verbais com períodos de desorientação, Glasgow 14, respirando espontaneamente por auxílio de cateter nasal monitorizado em múltiplos parâmetros. Evoluiu com descência de ferida operatória mais evisceração, sendo o mesmo reoperado. Nas avaliações posteriores, encontrava-se sedado em Ramsay 6, intubado em ventilação mecânica assistido controlada por pressão, em anasarca. Entre os problemas, foram identificadas: Ferida Operatória, Dreno tubolaminar e Cateter Venoso Central; Edema generalizado; Sonda nasogástrica; Dispneia. A partir dos problemas encontrados foram elaborados os seguintes diagnósticos de enfermagem: Risco de aspiração relacionada à presença de tubo orotraqueal e sonda nasogástrica; Integridade da pele prejudicada, relacionado a fatores mecânicos e caracterizado por rompimento da superfície da pele; Risco para infecção, relacionado a procedimentos invasivos; Nutrição desequilibrada menos que as necessidades corporais, relacionada à capacidade prejudicada de ingerir os alimentos, caracterizada pela Incapacidade percebida de ingerir comida; Volume de líquidos excessivo relacionado à mecanismos reguladores comprometidos, caracterizado por anasarca; Ventilação espontânea Prejudicada, relacionado à  fadiga muscular respiratória e fatores metabólicos, caracterizado por  dispneia e uso aumentado da musculatura acessória. A partir das intervenções espera-se alcançar os seguintes resultados: paciente não apresentará aspiração; Cicatrização de feridas por primeira intenção; o paciente não desenvolva outras infecções; Controle nutricional; Equilíbrio dos eletrólitos e não eletrólitos dos compartimentos intracelular e extracelular do organismo; haja troca alveolar de co2 e o2 para manter as concentrações gasosas arterial, trocas alveolares e perfusão tissular obtidas através de ventilação mecânica. As intervenções implementadas para os diagnósticos elaborados foram: realizar aspiração diariamente e/ou sempre que necessário, monitorar a condição de oxigenação do paciente (sao2, FC) imediatamente antes, durante e após a aspiração, realizar e monitorar a insuflação do balonete, verificar o posicionamento da sonda; realizar curativos 1x/ dia ou quando necessário, monitorar e cuidar das lesões, monitorar e cuidar do local da incisão, supervisionar a pele; lavar as mãos antes e depois do contato com o cliente, monitorar a temperatura a cada 4h, monitorar o local da ferida a cada 24h, documentar achados anormais, realizar curativo protetor para contaminação, oferecer ingesta proteica e calórica adequada para a cicatrização; Supervisionar e controlar administração da NPP em bomba de infusão, monitorar os sinais vitais; Realizar balanço hídrico a cada 2h, monitorar e registrar eliminação urinaria; Aspirar TOT e vias aéreas, fixar vias aéreas artificiais e trocar nastro, monitorar sinais vitais, supervisionar ventilação mecânica e Realizar ausculta pulmonar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O desenvolvimento deste estudo a partir do relato de experiência possibilitou o aprofundamento do conhecimento a cerca da Sistematização de Enfermagem a um paciente crítico com derivação biliodigestiva por litíase biliar e sepse, bem como do Processo de Enfermagem como uma ferramenta de importante utilização para aplicação da Teoria das Necessidades Humanas Básicas, ao qual compreende o ser humano em sua totalidade. O Enfermeiro na unidade de terapia intensiva deve desenvolver além do cuidado humanizado um olhar atento às mínimas alterações e desvios fisiológicos do paciente, para que sejam corrigidas e implementadas as devidas ações e cuidados, e para isto este profissional deve ser capacitado. O paciente crítico requer uma demanda de cuidados altamente específicos e qualificados, sendo a Enfermagem juntamente com toda a equipe o ponto crítico para um bom prognóstico do mesmo.

4323 ESTUDO SOBRE O ÍNDICE DE ACIDENTES DE TRANSITO ATENDIDOS PELO SAMU DE SANTARÉM - PARÁ ENTRE OS ANOS DE 2013 A 2016
Itamara Rodrigues Moura, Gabriel Sousa de Paiva, Railany Pereira Silva Benoá, Samaroni Brelaz Feitosa

ESTUDO SOBRE O ÍNDICE DE ACIDENTES DE TRANSITO ATENDIDOS PELO SAMU DE SANTARÉM - PARÁ ENTRE OS ANOS DE 2013 A 2016

Autores: Itamara Rodrigues Moura, Gabriel Sousa de Paiva, Railany Pereira Silva Benoá, Samaroni Brelaz Feitosa

Apresentação: No Brasil, os acidentes de trânsito (AT) encontram-se entre as dez principais causas de morte, e também é responsável por grande número de sequelas aos acometidos, o que acarreta sofrimento a vítima e sua família. Considerado como uma epidemia, os traumas causados por acidentes são responsáveis por altos custos aos cofres públicos, e demanda excessiva aos hospitais. O AT é caracterizado por ser um evento evitável, principalmente quando precedem de atitudes que aumentam os risco de um acidente, como o uso de álcool, alta velocidade, e outros fatores de risco. Quando ocorre um acidente com vítimas, um dos serviços de saúde acionado é o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que tem o papel de realizar o atendimento pré-hospitalar as vítimas de lesões traumáticas e de urgências clinicas. Diante disso, o objetivo desse estudo é mostrar o índice de acidentes de trânsitos atendidos pelo SAMU do município de Santarém, e com fomentar discussões sobre a necessidade de possíveis estratégias para a diminuição do número de acidentes. Desenvolvimento do trabalho: esse estudo é do tipo retrospectivo, descritivo, com abordagem qualitativa. No estudo retrospectivo as informações de interesse estão contidas em registros anteriores, como arquivos de dados e prontuários hospitalares. Os dados dessa pesquisa foram coletados das Fichas de Regulação Médica do SAMU de Santarém, município localizado no oeste do Pará. A amostra para essa pesquisa foi composta por todos os registros de atendimentos a acidentes de trânsitos no período de 1 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2016. Resultados e/ou impactos: Em Santarém, entre os anos de 2013 a 2016, o SAMU atendeu 11.381 ocorrências por acidentes de trânsito. Sendo o ano de 2016, caracterizado pelo maior número de registros, com 3.052 ocorrências. Seguido pelos anos de 2015 (2.918), 2014 (2.744) e 2013 (2.667). Ao analisar os dados é possível notar um aumento médio de 4,6 % a cada ano que se passa, no entanto o ano de 2015 teve um crescimento que superou a média, num total de 6,34% acima do ano anterior. Esses números elevados estar em consonância com outros estudos feitos em municípios brasileiros, onde percebe-se o constante aumento de pacientes internados nos hospitais vítimas de lesões traumáticas ocasionadas por AT, levando comumente a superlotação das alas de emergências dos hospitais públicos. Considerações finais: O estudo a partir das fichas do SAMU foi importante para demonstrar a realidade da violência no transito do município de Santarém e criar espaço para realizar discussões acerca da necessidade da implementação de estratégias pelos órgãos de trânsito e saúde para a prevenção de lesões traumáticas. É fato que os acidentes são eventos evitáveis, porém muitos condutores deixam de seguir as regras e orientações que possibilitam um trânsito seguro. Por isso é relevante lembrar a importância fiscalizações contínuas e atividades voltadas para educação no trânsito por partes dos órgãos de segurança. Ao contrário disso, caso não sejam adotadas medidas eficazes, o volume de acidentes e as consequências negativas continuarão.

4342 VISITA FAMILIAR EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: perspectivas dos visitantes.
GISLENE HOLANDA DE FREITAS, IGOR CORDEIRO MENDES, DANIELE VASCONCELOS FERNANDES VIEIRA, KARÉN MARIA BORGES DO NASCIMENTO, SUIANY SALDANHA SANTOS, GERLANE HOLANDA DE FREITAS

VISITA FAMILIAR EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: perspectivas dos visitantes.

Autores: GISLENE HOLANDA DE FREITAS, IGOR CORDEIRO MENDES, DANIELE VASCONCELOS FERNANDES VIEIRA, KARÉN MARIA BORGES DO NASCIMENTO, SUIANY SALDANHA SANTOS, GERLANE HOLANDA DE FREITAS

INTRODUÇÃO Este estudo versa sobre a visita domiciliar em uma Unidade de Terapia Intensiva, com o objetivo de elucidar as perspectivas dos visitantes. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um ambiente hospitalar destinado a pacientes graves, porém, que apresentem um quadro clínico recuperável.       Para muitos familiares, a UTI ainda é local que remete medo, pela falta de conhecimento do aparato tecnológico que contextualiza o espaço, e também, por ser um ambiente que carrega um estigma antigo de ser um lugar de morte. Por este motivo, faz-se necessário uma atenção maior às pessoas que estão neste espaço como pacientes, familiares e profissionais de saúde. O Ministério da Saúde (MS) instituiu o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) em 2001, visando o acolhimento dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), através da Política Nacional de Humanização (PNH) que tem como objetivo principal aprimorar as relações dos profissionais da saúde, com os usuários, na busca do atendimento às suas necessidades. A família também é citada no que preconiza a assistência humanizada ao paciente crítico pela Política Nacional de Atenção ao Paciente Crítico, reconhecendo a necessidade de inserir a família como parte do cuidado ao paciente crítico, preconizando ainda que as visitas sejam em número mínimo de 03 por dia, assim como sejam fornecidos 03 boletins médicos por dia. Repensar e reorganizar novas estratégias de trabalho cujas ações ainda estão centradas no modelo tecnicista, voltado para a doença, desconsiderando o seu familiar, é um trabalho árduo e um desafio para a enfermagem, em especial a que atua em unidades de alta complexidade, como as UTIs.   CAMINHO METODOLÓGICO Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa, que traz em seus resultados a descrição de como ocorre a visita familiar na UTI e a percepção dos visitantes coletada durante a pesquisa. A investigação foi realizada com visitantes de uma UTI de um hospital quaternário da cidade de Fortaleza-Ceará nos meses de maio e junho de 2017. Para a coleta de dados foi realizada uma pesquisa de campo, com a observação participante, assistemática, registrando as informações em um diário de campo como instrumento de coleta de dados da pesquisa. Além da pesquisa de campo, foi realizada uma entrevista individual, com um roteiro semiestruturado. O material coletado foi analisado de forma reflexiva, trazendo uma investigação crítica para os resultados. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo de Bardin, seguindo as etapas exigidas pelo método. Após o tratamento dos dados, foi feita a composição das categorias pré-definidas: 1.Perspectivas da unidade de terapia intensiva; 2.Perspectivas do acolhimento da unidade e 3.Perspectivas de melhorar o momento da visita familiar, estando expostas neste presente resumo apenas a primeira categoria. RESULTADOS E DISCUSSÕES PERSPECTIVAS DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Alguns visitantes relataram que ficaram assustados no seu primeiro dia de visita, sem compreender todo o aparato tecnológico que estava sobre seus entes e o estado clínico em que se encontravam. Após a primeira visita relataram que ficaram menos apreensivos. Alguns deles chegaram a imaginar que encontrariam mais aparelhos do que o que viram, e isso também ajudou a mudar a concepção de UTI que tinham. Essa mudança de concepção também pode vir acompanhada de alguns aspectos positivos, que traz o enfrentamento e superação dos medos em relação a esse processo que vivenciaram, crescimento pessoal, bem como o crescimento espiritual. Desta forma, é um fator a ser considerado neste contexto de hospitalização e superação, em que pode haver um crescimento individual e familiar. Diante de tantos estigmas e a própria tensão de estar com um familiar em estado crítico, acaba por levar os visitantes a imaginarem aspectos negativos que poderiam encontrar na UTI, podemos perceber isto em alguns relatos dos visitantes que ficaram surpresos, pois não esperavam um ambiente tranquilo da unidade. Eu só idealizava a uti como nos filmes. Como eu sempre passei somente pela emergência e enfermaria e ter só a noção de uti, só aquela relacionada a filmes, então pessoalmente, eu acho bem melhor do que a de filmes. (...) Eu sabia que era uma coisa... é... tipo... mais limpa e reservada, mas não a tanto do que eu vi pessoalmente (V1). Eu imaginava um monte de aparelhos, eu imaginava assim...hoje eu vi que tem bem menos aparelhos do que eu imaginava. Eu pensava assim que ia encontrar um monte de sondas e um monte de acessos que fazem no paciente, aí eu pensava que por ser um hospital público... assim.. que os leitos não eram tão bonitos como são, tão organizados (V15). Alguns visitantes imaginam a unidade com aspecto tão fechado, com muitas restrições, que levam essa impressão de fechamento para o relacionamento com os profissionais, imaginando que não podem conversar muito, tirar dúvidas ou manter uma relação cordial. A única ideia que eu tinha era só um local com as máquinas, mas não passava pela minha cabeça a questão da educação e o profissionalismo, do relacionamento(...). Pelo atendimento, a educação das enfermeiras, a atenção dos médicos, tratamento, higienização, limpeza, o profissionalismo, tô super surpreso pelo que eu achava que era.  (V1). A confiança na unidade foi relatada por alguns familiares, que afirmaram ajudar nesse processo difícil que é ter um ente internado em estado crítico, trazendo uma possível reflexão para a necessidade do cuidado e da sensibilidade dos profissionais junto aos visitantes que já vivem esse processo doloroso, sendo possível amenizar e gerar conforto para eles, criando esses laços de confiança, fazendo-os confortar ainda os demais membros da família.   Eu não imaginava que seria a tanto. Eu não imaginava. Eu realmente tô surpreso, muito satisfeito, porque me passa uma grande confiança, até mesmo no meu repouso durante a noite, porque a gente saber que um parente seu, no caso o meu pai tá num local, na situação que ele tá, e.. é .. a gente não poder tá perto, e só a gente saber do acolhimento que ele tem, o cuidado que todos os profissionais têm, isso me dá um sono pleno(V1).   É possível inferir que quando os profissionais se fazem atenciosos e próximos dos familiares durante a visita, eles se sentem um pouco mais aliviados, como quem divide um momento difícil com alguém que entende o que se passa naquele momento. Quando eles recebem informações de como o paciente passou o dia, é como se quebrassem as barreiras da distância, fazendo com que eles se sintam mais perto do seu familiar. CONSIDERAÇÕES FINAIS A relação entre profissionais e visitantes ficou explícita como um dos fatores mais relevantes para a visita familiar, em que muito vem dessa relação, seja as boas percepções como as percepções negativas. Conclui-se que a figura do profissional para os visitantes reflete o serviço como um todo, que muitas vezes, se não há uma boa relação da equipe com o familiar, eles se sentem desamparados pela unidade, e passam a olhar as faltas, deixando de perceber o que está sendo feito pelo seu ente.  

4348 ESTUDO SOBRE ACIDENTES DE TRÂNSITO ENVOLVENDO MOTOCICLETAS ATENDIDOS PELO SAMU DE SANTARÉM-PARÁ ENTRE OS ANOS DE 2013 A 2016
Itamara Rodrigues Moura, Gabriel Sousa de Paiva, Railany Pereira Silva Benoá, Samaroni Brelaz Feitosa

ESTUDO SOBRE ACIDENTES DE TRÂNSITO ENVOLVENDO MOTOCICLETAS ATENDIDOS PELO SAMU DE SANTARÉM-PARÁ ENTRE OS ANOS DE 2013 A 2016

Autores: Itamara Rodrigues Moura, Gabriel Sousa de Paiva, Railany Pereira Silva Benoá, Samaroni Brelaz Feitosa

Apresentação: Com os sistemas de transportes públicos cada vez mais deficientes, a necessidade de transportar pessoas e cargas cada vez mais rápido, juntamente com a facilidade de adquirir uma moto, são uns dos fatores que faz com que a produção de motocicletas e a sua frota no trânsito aumente cada vez mais. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), 2016 alcançou a marca de 24 milhões de unidades de motocicletas no país. Essa constante entrada desse tipo de veículo nas ruas brasileiras afetam diretamente na dinâmica segura do trânsito, ocasionando diversos problemas para saúde pública, como mortes, invalidez, e sufocando os serviços de atendimento, e também para economia, impossibilitando a produtividade das vítimas. O objetivo deste estudo é mostrar os números de acidentes envolvendo motocicletas na cidade de Santarém – Pará, entre os anos de 2013 a 2016, entender as principais causas, e através disso abrir espaço para discussão e criação de métodos de prevenção de acidentes. Desenvolvimento do Trabalho: Trata-se de uma pesquisa retrospectiva, descritiva, e com caráter qualitativo. Foi usado como objeto de estudo as Fichas de Regulação Médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Santarém, município do oeste do Pará. Foram selecionados apenas os registro que envolviam acidentes com motocicletas, como colisões entre carros e motos, moto e moto, e quedas que aconteceram no período de 1 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2016. Resultados e/ou impactos: Durante os anos de 2013 a 2016, o SAMU registrou 8.913 atendimentos a vítimas envolvidas em acidentes de moto em Santarém. Ordenando de uma forma crescente, o ano que menos teve acidente envolvendo motos foi 2014 com 2.120 registros, seguido pelos anos de 2013 (2.142), 2016 (2.187) e 2015 (2.464). Ao analisar os dados percebe-se uma certa conformidade entre 2013, 2014 e 2016, no entanto, 2015 teve um índice muito superior aos outros, demonstrando uma maior violência no trânsito nesse ano. Além do excesso de veículos transitando pelas ruas e estradas brasileiras, os órgãos de segurança relacionam a grande quantidade de acidentes principalmente com a falta de educação e atenção de condutores em geral. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) aponta as violações das leis de trânsito, como dirigir sob efeito do álcool e desobediência a sinalização, como fatores que mais causam acidentes fatais envolvendo motocicletas nas rodovias brasileiras. Considerações Finais: Pelo fato de a cada ano aumentar a presença de motocicletas na ruas, e consequentemente os índices de acidentes, é importante primeiramente criar formas de diminuir o uso de veículos em geral, criando opções de locomoção coletiva, acessíveis e eficazes. Também e necessário melhorar a educação dos condutores, investir no processo de aprendizagem desde a autoescola, e na reciclagem desses condutores após sua formação. É valido ressaltar os métodos de repreensão para quem deixa de seguir a leis, os órgãos de trânsito devem insistir em ações de fiscalizações e punir com mais rigor quem contraria as normas, e põem em risco a segurança de terceiros.

4351 Prevalência de critério qSOFA positivo entre os atendimentos clínicos do Serviço de Atendimento móvel de Urgência (SAMU) de Porto Alegre/RS
Priscila Schmidt Lora, Rosane Mortari Ciconet, Carine Fonseca Machado, Mônica Marczak Figueiredo, Janaína Furtado Rodrigues, Vania Celina Dezoti Micheletti, Denise Antunes de Azambuja Zocche

Prevalência de critério qSOFA positivo entre os atendimentos clínicos do Serviço de Atendimento móvel de Urgência (SAMU) de Porto Alegre/RS

Autores: Priscila Schmidt Lora, Rosane Mortari Ciconet, Carine Fonseca Machado, Mônica Marczak Figueiredo, Janaína Furtado Rodrigues, Vania Celina Dezoti Micheletti, Denise Antunes de Azambuja Zocche

APRESENTAÇÃO: O escore qSOFA é um indicador de beira de leito que pode identificar pacientes com suspeita de infecção, que estão em maior risco de desenvolver sepse fora da unidade de terapia intensiva. Pode ser uma ferramenta útil para serviços de urgência e emergência por utilizar poucos parâmetros, de fácil aferição, como pressão arterial, frequência respiratória e nível de consciência. Nesses serviços, o diagnóstico precoce da sepse é um grande desafio. O enfermeiro desempenha um papel fundamental para este fim, pois esse profissional é responsável pela triagem dos pacientes. DESENVOLVIMENTO: O estudo tem delineamento do tipo transversal. A amostragem foi consecutiva e intencional, foram avaliados todos os atendimentos clínicos do ano de 2016. Foram excluídos da análise os atendimentos que não possuíam dados de pressão arterial sistólica, frequência respiratória e Escala de Coma de Glasgow (ECG). O qSOFA foi calculado pelas seguintes variáveis, utilizando-se a respectiva pontuação: (a) hipotensão, medida pela pressão arterial sistólica inferior a 100 mmHg (1 ponto); (b) frequência respiratória superior a 22 movimentos por minuto (1 ponto); (c) alteração mental, medida por ECG inferior a 15 (1 ponto). Foi considerado qSOFA positivo a soma de dois ou três pontos e foram considerados pacientes com risco de sepse aqueles que possuíam qSOFA positivo e risco de infecção. Os dados foram extraídos de relatórios de produção do serviço e analisados no software SPSS v.22, por estatística descritiva. RESULTADOS: O serviço avaliado realizou 2.254 atendimentos clínicos no ano de 2016. Do total de atendimentos, 883 (39,17%) foram excluídos por não possuírem todos os registros necessários, finalizando uma amostra de 1.371 atendimentos. A pressão arterial sistólica média foi de 130mmHg (DP 29), a frequência respiratória média 20mpm (DP 5), ECG média 15 (DP 1,7). O escore qSOFA foi positivo em 9,2% dos atendimentos (208/1.371). Neste grupo, 41 pacientes foram classificados como tendo suspeita de infecção. Sendo assim, os pacientes que estavam sobre risco de desenvolver sepse foram 3,0% (41/1.371) dos atendimentos clínicos realizados pelo SAMU. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dentre os atendimentos avaliados, foram identificados pacientes com risco de desenvolver sepse. Recente estudo publicado na revista New England Journal of Medicine apresenta que, em média, incluir o paciente em até uma hora no protocolo de tratamento de sepse, reduz em 3% a mortalidade. Cada instituição é responsável por implementar meios que identifiquem sinais e sintomas de sepse ou choque séptico, o mais precocemente possível, e assim fazer os devidos encaminhamentos. O tratamento precoce previne disfunção orgânica e complicações tardias. Por fim, ressalta-se que 39,17 % dos atendimentos não possuíam os dados para o cálculo do escore qSOFA, cuja ausência pode indicar uma falha no registro do atendimento, o que compromete a avaliação dos pacientes e do serviço.

4354 ATROPELAMENTOS ATENDIDOS PELO SAMU DE SANTARÉM- PARÁ NO ANO DE 2016
Itamara Rodrigues Moura, Gabriel Sousa de Paiva, Railany Pereira Silva Benoá, Samaroni Brelaz Feitosa

ATROPELAMENTOS ATENDIDOS PELO SAMU DE SANTARÉM- PARÁ NO ANO DE 2016

Autores: Itamara Rodrigues Moura, Gabriel Sousa de Paiva, Railany Pereira Silva Benoá, Samaroni Brelaz Feitosa

Apresentação: O Brasil exprime dados alarmantes de acidentes envolvendo veículos e pedestres, todos os anos são milhares de mortes que ocorrem pela imprudência, negligencia ou imperícia no trânsito. Segundo o boletim estatístico da Seguradora Líder, que administra o Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT), o número de pedestres vítimas fatais em 2016 foi de 8.662, entre as vítimas de invalidez encontram-se 106.831 casos, os pedestres registram a segunda maior incidência de vítimas por acidentes fatais no ano, sendo 26%, e de acidentes com invalidez permanente, 31%. Outro órgão que registra esses casos é o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), capaz de identificar as vítimas do trânsito através do número ocorrências, sendo este um dos principais motivos do acionamento do serviço, esses dados possuem diferenças em relação as regiões do país e aos períodos do ano, o município de Santarém, tem reflexo com a situação do trânsito brasileiro, somente no ano de 2016 o SAMU prestou atendimento para 3.052 acidentes envolvendo pedestres, ciclistas e veículos automotores, e os dados demostram também que o segundo maior grupo de vítimas são pedestres. A pesquisa objetiva mostrar os dados registrados e analisar as possíveis causas que interferem no número de ocorrências no decorrer do ano. Desenvolvimento do trabalho: O presente estudo trata-se de uma pesquisa retrospectiva, descritiva e qualitativa, que obteve as Fichas de Regulação Médica do SAMU de Santarém como instrumento para coleta de dados, utilizando de amostra para o estudo os registros de atropelamentos atendidos no ano de 2016. Resultados e/ou impactos: O SAMU apontou 174 atendimentos envolvendo atropelamentos, em janeiro, foram 20 atendimentos, devido as festividades de início de ano a um grande aumento dos riscos de acidentes, no mês seguinte, o número foi de 11 atendimentos, uma redução considerável, demonstrando um indício da fiscalização mais rigorosa dos órgãos responsáveis nas principais vias da cidade, março registrou 12 assistências, em abril forma 15 atendimentos, o mês de maio 14, em junho o número registrado foi de 11 assistências, julho teve 11 casos, demostrando que mesmo com um grande fluxo o mês demostrou um número de casos relativamente baixo, também com a associação ao reforço na fiscalização, em agosto houveram 8 atendimentos, setembro teve o maior registro do ano, com 45 atendimentos, o fluxo de pedestres e veículos nas vias da cidade é potencializado devido um festa cultural da cidade, essa característica pode ter interferência com o índice elevado de atropelamentos mostrados esse mês, o mês com o menor número de atendimentos foi outubro registando 5 casos, nos dois últimos meses do ano foram listadas 11 ocorrências por mês. Considerações finais: A pesquisa aponta registros que precisam de atenção, pois os acidentes possuem antecedentes como a falta de habilidade, responsabilidade e direção defensiva por parte dos condutores, além na falta de educação e disputa pela via entre pedestres e condutores, os dados também procuram levantar a importância dos órgãos competentes, porque ineficácia ou ausência de fiscalização influencia completamente no número de vítimas.

5159 A Enfermagem no Suporte familiar como estratégia de cuidado em unidades de terapia intensiva: uma revisão integrativa
Kenia Caceres Souza, Maria Betina Leite de Lima, Plyscilla Seeymour Barbier Naide, Bruna de Moraes Quintana, Thauane de Oliveira Silva, Marlize da Rosa Oliveira, Michele Ribeiro de Oliveira

A Enfermagem no Suporte familiar como estratégia de cuidado em unidades de terapia intensiva: uma revisão integrativa

Autores: Kenia Caceres Souza, Maria Betina Leite de Lima, Plyscilla Seeymour Barbier Naide, Bruna de Moraes Quintana, Thauane de Oliveira Silva, Marlize da Rosa Oliveira, Michele Ribeiro de Oliveira

Apresentação: Durante o processo de hospitalização, as famílias passam por diversas alterações na sua estrutura organizacional. A internação do ente querido nas Unidades de Terapia Intensiva acarreta em alterações emocionais e estruturais na família que, exige dos profissionais de enfermagem uma abordagem mais ampla. O trabalho tem por objetivo caracterizar o suporte familiar prestado pela equipe de enfermagem nas Unidades de Terapia Intensiva. Método: O estudo trata-se de uma revisão integrativa a partir da busca online nas bases de dados contidas no sítio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) utilizando os seguintes descritores: Humanização da Assistência; Unidades de Terapia Intensiva; Relações profissional-família. Incluiu-se na pesquisa, os artigos intimamente relacionados ao tema, excluindo teses e relatos de experiência. A pesquisa foi realizada em cinco etapas a ser consideradas: identificação do tema e elaboração do problema; coleta de dados; categorização dos dados encontrados; análise dos dados coletados; apresentação da revisão. Resultados: 29 artigos foram analisados e a partir disso concluiu-se que a inclusão da família é de grande importância para promoção da saúde e bem-estar do paciente. Considerações finais: Foi possível evidenciar que as estratégias baseadas na humanização como acolhimento, comunicação, aproximação maior paciente-família, as principais medidas para a minimização do sofrimento decorrente da hospitalização, repercutindo positivamente para enfrentamento da situação pela família bem como para o trabalho da equipe de enfermagem.

733 A humanização da assistência de enfermagem nos serviços de urgência e emergência
Louise Constancia de Melo Alves, Josilayne Medeiros da Silva, Thuanny Nayara do Nascimento Dantas, Naryllenne Maciel de Araujo, Rodrigo Assis Neves Dantas, Daniele Vieira Dantas

A humanização da assistência de enfermagem nos serviços de urgência e emergência

Autores: Louise Constancia de Melo Alves, Josilayne Medeiros da Silva, Thuanny Nayara do Nascimento Dantas, Naryllenne Maciel de Araujo, Rodrigo Assis Neves Dantas, Daniele Vieira Dantas

A humanização do atendimento na área da saúde consiste na reflexão dos valores que norteiam a prática profissional, visando não somente o tratamento, mas um cuidado acolhedor. A Política Nacional de Humanização (PNH), instituída no Brasil em 2003, tem como característica uma construção coletiva, através da elaboração e troca de saberes multidisciplinar, que identifica as necessidades e interesses dos envolvidos, reconhecendo gestores, trabalhadores e usuários como ativos nas ações de saúde. Assim, busca colocar em prática os princípios do SUS no cotidiano do serviço, incluindo diferentes níveis de complexidade do atendimento. Em 2011, o Ministério da Saúde instituiu a Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) no SUS, com o propósito de assegurar ao usuário o conjunto de ações e serviços em situações de urgência e emergência com rapidez e resolutividade. Uma das diretrizes traz a humanização da atenção, efetivando um modelo centrado no usuário e nas suas necessidades de saúde. As unidades de urgência e emergência proporcionam serviços de alta complexidade a pacientes que encontram-se em situação de risco iminente de vida, com tecnologias avançadas. Desse modo, como parte da equipe, a enfermagem deve estar preparada para atuar nas situações com agilidade e conhecimento científico, tornando o atendimento humanizado um desafio nesse contexto. Objetiva-se abordar a humanização no cotidiano da Enfermagem nos serviços de Urgência e Emergência, bem como suas dificuldades para colocar em prática um atendimento humanizado. Trata-se de uma revisão integrativa realizada em outubro de 2017 com buscas nas bases de dados SciElo, Lilacs e Google Acadêmico, utilizando-se dos descritores “Humanização”, “Assistência de Enfermagem”, “Serviços de Emergência”, separados pelo operador booleano AND. Foram incluídos no trabalho artigos dos últimos 10 anos (2007-2017), completos nas bases de dados e que se enquadram na temática; e excluídos aqueles que não possuem a mesma temática, não estavam disponíveis para acesso e que foram publicados antes de 2007. A literatura mostra o enfermeiro como capaz de oferecer escuta qualificada, permitindo que o paciente mostre suas necessidades de saúde e/ou doença, mesmo nos serviços de Urgência e Emergência, os quais exigem rapidez, humanização aos pacientes e aos familiares. Não é exclusivo dos profissionais, mas da gestão, implementar as diretrizes da RUE. No entanto, há dificuldades como as próprias condições de trabalho inadequadas, tensão no ambiente de trabalho ocasionada pela necessidade de ganho de tempo e precisão da intervenção/atenção, elevada demanda de atendimentos e experiências diárias de morte. Motivados pelo medo do desconhecido e pela carência de políticas públicas, ainda há agressividade física e verbal por parte dos usuários. Além disso, as tecnologias avançadas não asseguram a qualidade da assistência, pois possuem influência de fatores relacionados ao objeto e à força de trabalho. A PNH favoreceu o protagonismo dos usuários nos serviços, os quais são responsáveis pelas suas ações e escolhas. Os achados evidenciam a capacidade da enfermagem na assistência acolhedora, a sobrecarga de trabalho, as condições de estrutura e enfrentamento das vivências diárias no ambiente de trabalho que influenciam a qualidade da assistência prestada.Humanização; Serviços de Emergência; Assistência de enfermagem.

2065 PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE MENTAL UM DESAFIO PARA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
Antonio Henrique Vasconcellos da Rosa, Ana Carolina Alves da silva, Paulo Sergio da Silva, Ingrid Tavares Cardoso

PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE MENTAL UM DESAFIO PARA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL

Autores: Antonio Henrique Vasconcellos da Rosa, Ana Carolina Alves da silva, Paulo Sergio da Silva, Ingrid Tavares Cardoso

O Processo de Trabalho em Saúde mental é fundamental em todas as áreas da saúde, com isso o serviço se torna prático e coeso, favorecendo o atendimento de qualidade aos pacientes. Objetivos: Relatar as fortalezas a fragilidades encontradas na assistência ao portador de transtorno mental após a implantação da lei federal 10.216. Descrever se os profissionais de saúde atendem as necessidades humanas básicas dos pacientes com transtorno mental. Identificar o processo de trabalho do Enfermeiro no CAPS. Portanto esse estudo justifica-se pela necessidade capacitação de toda a equipe de saúde da unidade, principalmente do enfermeiro, que por sua vez terá papel fundamental nesta gestão. O Marco Teórico foi dividido em três partes, sendo a primeira, o processo de adaptação do sistema de saúde após a reforma psiquiátrica, a segunda é baseada em instrumentos norteadores que descrevem e garantem o atendimento de qualidade ao portador de transtornos mentais, e por último o enfermeiro como integrante da equipe multiprofissional do CAPs, colocando em prática o conhecimento, para garantir o atendimento de qualidade aos pacientes conforme previsto. O método escolhido foi um estudo de abordagem qualitativa, que busca a visualização das teorias e práticas de gerenciamento. Os participantes foram cinco membros da equipe multidisciplinar do CAPS situado na região Serrana do Estado do Rio de Janeiro. Para o processamento da pesquisa foi solicitado autorização ao Secretário Municipal de Saúde do Município. O projeto de pesquisa foi encaminhado para o Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universiário Serra dos Órgãos – UNIFESO e obteve aprovação com número CAAE: 68842717.4.0000.5247. Foi entregue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido a fim de respeitar a autonomia e a vulnerabilidade dos envolvidos diante das respostas no instrumento de coleta de dados, como prevê a Resolução 466/12, que envolve os preceitos éticos de pesquisa com seres humanos e a coleta de dados ocorreu através de uma entrevista semiestruturada, composta de oito questões. Houve a gravação em áudio das entrevistas e, posteriormente, a pesquisadora transcreveu as falas na integra. Todos os dados sofreram análise de conteúdo segundo a técnica de Bardin. Resultados e Discussão dos Dados: os resultados foram divididos em três categorias, I – RAPS insuficiente: a dificuldade de referenciar e contra referenciar o paciente na Rede de Atenção Psicossocial, II – Distanciamento teórico-prático da legislação e políticas públicas de saúde mental no processo de trabalho desenvolvido pela equipe multiprofissional e III – O enfermeiro: profissional fundamental na equipe multiprofissional. Considerações finais: Podemos perceber as fragilidades no processo de trabalho em saúde mental, relacionadas com a inaplicabilidade das leis e das políticas públicas. E compreender a importância do enfermeiro para a equipe multiprofissional e para os pacientes.

4355 VACINA CONTRA PAPILOMAVÍRUS HUMANO UMA ATRIBUIÇÃO DO ENFERMEIRO DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Antonio Henrique Vasconcellos da Rosa, Ana Clara Ornelas Fontes, Camila Oliveira Rezende, Ingrid Tavares Cardoso, Paulo Sérgio da Silva, Graciele Alves dos Santos, Isabelle Willian Pachu

VACINA CONTRA PAPILOMAVÍRUS HUMANO UMA ATRIBUIÇÃO DO ENFERMEIRO DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Autores: Antonio Henrique Vasconcellos da Rosa, Ana Clara Ornelas Fontes, Camila Oliveira Rezende, Ingrid Tavares Cardoso, Paulo Sérgio da Silva, Graciele Alves dos Santos, Isabelle Willian Pachu

A imunização pode ser considerada uma das grandes invenções do homem pois se trata de uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças. É muito melhor e mais fácil prevenir uma doença do que tratá-la, e é isso que as vacinas fazem. Cerca de 231 mil mulheres no mundo morrem devido ao câncer do colo do útero causado pelo Papilomavírus Humano (HPV) que pode ser evitado com a pratica do uso de preservativos, com realização de exames preventivos principalmente o colpocitológico como forma de diagnostico, e atualmente com a vacinação das adolescentes sendo que uma pratica não substitui a outra. Essa pesquisa tem como objeto: Saberes e práticas dos Enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família quanto as atribuições da vacinação contra o HPV. Objetivo geral: Identificar os saberes e práticas dos Enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família quanto as atribuições da vacinação contra o HPV. Este estudo teve uma abordagem qualitativa o cenário de estudo foi as unidades de Estratégia de Saúde da Família do Município de Teresópolis e os depoentes foram os Enfermeiros que compõe estas equipes que assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido em acordo com a Resolução nº466\2012 sobre pesquisas com seres humanos. Conclui-se que por se tratar de uma vacina recém-disponibilizada na rede do SUS, faz-se necessário que os profissionais envolvidos com a vacinação tenham a capacitação necessária para cumprir o calendário vacinal, cabe o enfermeiro buscar conhecimento sobre as técnicas de administração do imunobiológicos bem com suas reações adversas.