187: Um fazer saúde peculiar - as vozes dos territórios
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: ICB Sala 09 - Maloca    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
949 A dificuldade do acesso ao serviço de saúde do SUS: um relato de experiência
Frandison Gean Souza Soares, Ananda Motta Cavalcante, Rangele Nunes Valente, Graciane Fábio da Silva, Gécica do Socorro Pereira dos Santos, Mylena Caroline Farias de Paula

A dificuldade do acesso ao serviço de saúde do SUS: um relato de experiência

Autores: Frandison Gean Souza Soares, Ananda Motta Cavalcante, Rangele Nunes Valente, Graciane Fábio da Silva, Gécica do Socorro Pereira dos Santos, Mylena Caroline Farias de Paula

Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) composto por três níveis de atenção, a primária, secundária e terciária de modo a proporcionar assistência desde os problemas básicos até os mais complexos agravos de saúde, atualmente, é o sistema de saúde vigente no Brasil e o mais conhecido no mundo todo. A atenção básica (primária) por sua vez, fica encarregada de realizar assistência em todos os aspectos que interferem no processo saúde-doença, sendo eles promoção e proteção da saúde, prevenção de doenças, diagnóstico, tratamento, reabilitação e redução de danos. Nesse sentido, o SUS deve, obrigatoriamente, funcionar como uma rede integrada, de forma que o indivíduo possa dispor de atendimento nos três graus de atenção sem que haja interrupção no seu acompanhamento. No entanto, desde a sua criação, com a ampliação dos serviços, avanço tecnológico e aumento na demanda de profissionais, o acesso aos serviços de saúde ainda é um desafio a ser vencido. Para alguns autores, o acesso aos serviços de saúde depende de dois determinantes principais, o primeiro seria a disposição do usuário à procura pelos serviços, o que depende basicamente de suas crenças, estruturas sociais e perfil demográfico, e o segundo seria a presença ou ausência de fatores que permitem ou impedem o acesso, como exemplo, podem ser citados a distância dos centros de saúde, questões de renda e seguro de saúde, e por fim, não menos importante, o tempo de espera e a disponibilidade desses serviços. Este último é o que mais se percebe nos dias atuas como um fator contribuinte para a aquisição de complicações de saúde da população agregadas às questões de autocuidado dos indivíduos. Apesar da evidência, é importante destacar que, como consequência desse problema, o índice de morbimortalidade aumenta gradativamente pela demora ao atendimento. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada no que se refere à referência e contra-referência dentro do atendimento na atenção primária à saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência realizado no estágio curricular supervisionado I em enfermagem no módulo de Enfermagem no Processo de Cuidar da Saúde da Família e da Coletividade da Universidade do Estado do Amazonas na Unidade Básica de Saúde (UBS) Leonor de Freitas. A paciente estudada deu entrada na referida UBS para realizar consulta subsequente de pré-natal, se encontrava com 36 semanas de gestação, queixando-se de corrimento e prurido vaginal intensos, disúria e “sensação de queimadura na vagina” (SIC). Esta foi submetida ao exame ginecológico, utilizando espéculo para visualização da vagina. As paredes da vagina apresentavam bastante hiperemia, corrimento branco e espesso, em grande quantidade, além da presença de verrugas genitais na parede posterior. Posteriormente deu-se continuidade a consulta, onde foram realizadas orientações e sanados questionamentos feitos pela paciente. Em seguida, foi prescrito tratamento farmacológico de uso tópico para o corrimento vaginal, já que se tratava de gestante. Pelo fato de a vagina ser uma região sensível, estar hiperemiada e a paciente grávida, resolveu-se encaminhar a mesma para uma unidade especializada em Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) para tratar as verrugas genitais. Foi preenchida a ficha de encaminhamento, entregue a gestante e a mesma orientada a procurar a unidade a designada o mais precocemente possível, e após atendimento, retornar a UBS. Resultado: Essa vivência nos permitiu comprovar o quanto o sistema de saúde ainda é ofertado de forma fragmentada aos usuários. O serviço de contra-referência que deveria facilitar e dar agilidade ao serviço não tem sido oferecido de forma eficiente como se espera e nem resultando em um atendimento resolutivo ao paciente. A paciente em questão, que foi encaminhada a buscar atendimento especializado em outra unidade de referência na assistência, não conseguiu ter seu problema de saúde solucionado, mesmo com encaminhamento da UBS. Resultou em várias idas à procura do serviço, enfrentando filas, se expondo a riscos e desgastes que podem ser prejudiciais, principalmente nas semanas finais da gestação. Após ir à unidade a qual foi referenciada, e não conseguir ser atendida, a mesma retornou a UBS para informar os problemas enfrentados, assim como as suas frustrações e indignação quanto à falta de atendimento. Diante do que foi exposto pela paciente, a enfermeira da UBS a qual realizou o atendimento juntamente conosco compartilhou com a direção para que a mesma tentasse dialogar com a Unidade referenciada e assim tentar solucionar o problema da paciente. Não conseguimos acompanhar o desfecho do atendimento, devido ao término do estágio, mas foi possível perceber que existem falhas no serviço como um todo, porém observou-se o comprometimento da equipe da UBS Leonor de Freitas em tentar solucionar o problema da paciente. Considerações Finais: Esse resultado caracteriza um desrespeito ao princípio da integralidade das ações em saúde, previsto pelo SUS. Para respeitar os princípios defendidos pelo SUS – universalidade, integralidade e equidade – é preciso enfatizar o trabalho em equipe e englobar um conjunto de ações de caráter individual e coletivo, que envolvem promoção da saúde, prevenção de doenças, diagnóstico, tratamento e reabilitação. A integralidade tem um conceito amplo, que provoca a organização de novos serviços de saúde, e a revisão das atividades sanitárias e dos processos de trabalho, de modo que o atendimento integral prefira as atividades preventivas, sem negligenciar, no entanto, os serviços assistenciais. Na prática, verifica-se que o usuário do SUS depara-se com dificuldade de acesso aos serviços de referência e contra-referência para a realização de consultas e exames. Essa dificuldade de acesso aos serviços gera uma demora à assistência à saúde, fato que pode comprometer o diagnóstico, tratamento e reabilitação das doenças sob suspeita, contrariando o modelo de vigilância em saúde. Ademais, a dificuldade de acesso aos serviços de saúde, principalmente no que diz respeito à média e alta complexidade compromete a integralidade da atenção. De certo modo, a variedade de setores, atrapalha o trabalho de percepção de todos os funcionários envolvidos na assistência à saúde quanto à importância da contra-referência para a atenção primária à saúde - APS. Em virtude dos fatos mencionados os resultados demonstraram que a contra-referência não tem acontecido como preconizado e que isso fere o princípio de integralidade do Sistema Único de Saúde. Lamentavelmente não conseguimos acompanhar o desfecho desse atendimento, devido ao término do estágio.

1290 VISITA DOMICILIAR COMO FERRAMENTA NO CUIDADO AO PRESO NO PATRONATO PENINTENCIÁRIO DE PERNAMBUCO
Reviane Santos Bernardo

VISITA DOMICILIAR COMO FERRAMENTA NO CUIDADO AO PRESO NO PATRONATO PENINTENCIÁRIO DE PERNAMBUCO

Autores: Reviane Santos Bernardo

Reviane Santos Bernardo, Suely Mascarenhas, Adriana Rosmaninho Caldeira de Oliveira Introdução O presente trabalho busca apresentar um programa de visita domiciliar, realizado no Patronato Penitenciário de Pernambuco, no período de fevereiro a julho de 2015 através de uma parceria entre a Secretaria de justiça e Direitos Humanos (SEJUDH e o Patronato Penitenciário de Pernambuco. Reconhecido como uma ferramenta importante de atenção à saúde mental, a visita domiciliar possibilita a partir do conhecimento da realidade do indivíduo e sua família, fortalecer os vínculos da pessoa privada de liberdade, do profissional e da instituição na promoção de saúde, prevenção e reabilitação tanto da doença como do crime. O programa demonstrou uma importância diante de uma visão sistêmica, consistindo no entendimento do preso na sua integralidade, como parte de um sistema orgânico e mutável, que sofre influência de diversos fatores internos e externos a prisão. Esse trabalho justifica-se pela importância de ter um programa de reinserção social no momento que o preso sai da prisão e ingressa na sociedade, tendo em vista o elevado nível de vulnerabilidade e preconceito que o acompanha nesse processo. O objetivo do programa visita domiciliar foi diminuir a distância entre a pessoa privada de liberdade, a família, a instituição e a sociedade através de ações de saúde e educação como direitos do cidadão brasileiro. Da Liberdade condicional Nos termos da legislação brasileira, egresso é a situação jurídica de todos aqueles que obtêm o livramento condicional, durante o período de prova, o liberado definitivo, pelo prazo de um ano a contar da saída do estabelecimento penal. Nos dois casos citados, a pessoa encontra-se solta, mas ainda está sob a custódia do Estado que o puniu. Com o benefício do livramento condicional o sujeito tem a permissão para terminar de cumprir a pena em liberdade. O livramento condicional é última etapa do sistema penitenciário progressivo que funciona como um substitutivo penal, que se coloca de novo no convívio social o criminoso que já apresenta índice suficiente de regeneração, permitindo-se que complete o tempo da pena em liberdade. É a concessão da liberdade antecipada do preso, mediante o cumprimento de certos requisitos legais. A concessão do livramento condicional no Estado do Pernambuco acontece no Conselho Penitenciário, com a realização de uma cerimônia solene, impondo algumas condições. O artigo 137 da Lei de Execução Penal orienta que as condições devem ser lidas na presença dos egressos, Sendo advertidos que  o descumprimento de qualquer uma delas pode ensejar a revogação do benefício e até mesmo a regressão para o regime mais rigoroso, sendo as seguintes regras 1) Residir no endereço declarado; 2) Recolher-se em sua residência até as 23:00 horas, salvo caso fortuito ou força maior; 3) Não mudar de endereço sem prévia comunicação ao juiz nem se ausentar da comarca sem autorização; 4) Comparecer ao setor interdisciplinar penal, determinado pelo juiz; 5) Exercer trabalho honesto e comportamento exemplar na sociedade; 6) Atender com rapidez e boa vontade as solicitações das autoridades judiciárias e policiais, e fornecer todas as informações requisitadas pelos órgãos de fiscalização destas condições;7) conduzir documento identidade, cópia deste termo de audiência e carta de livramento, para exibi-lo s quando necessários;8)  não frequentar locais de má fama, não in gerir bebidas alcoólicas, não portar armas, e nem se fazer acompanhar de pessoas de maus costumes; 9) recomenda-se participar de a atividades religiosas de formação cristã. Embora a liberdade condicional seja uma das últimas etapas que o preso cumpre antes de conseguir a liberdade definitiva essa etapa acaba sendo muito difícil, pela falta de apoio dos órgãos competentes pelo tratamento pós-prisão. Pois muitos retornarão à sociedade, “despreparados” e “estigmatizados”, como criminosos e marginais convivendo com todo tipo de exclusão. O estigma enfrentado pelos presos é “um atributo que o torna diferente dos outros deixamos de considerá-lo criatura comum e total, reduzindo-o a uma pessoa estranha e diminuída sem direito ao exercício da sua cidadania plena. Metodologia O projeto foi realizado no período de 10 de fevereiro a 31 de julho de 2015, foram realizadas 836 visitas domiciliar aos egressos  no endereço fornecido pelo mesmo no momento do acolhimento no Patronato Penitenciário,  as visitas foram distribuídas em  três áreas integradas de segurança com o maior índice de violência e reincidência criminal, computando 23 bairros  da grande Recife  por uma equipe  composta de 02 psicólogas , 02 assistentes sociais 1 pedagoga e 1 enfermeira durante 04 dias  na semana e 08 visitas diárias. O procedimento referente ao projeto foi organizado da seguinte forma: Ao chegar na residência era preenchido um formulário onde todos os dados individuais, histórico familiar, problemas de saúde, interesse pelos estudos, aptidão por algum tipo de trabalho que pudesse facilitar sua ressocialização. Caso fosse necessário o egresso e seus familiares eram encaminhados para receber os devidos acompanhamentos`: psicológico, social, orientação jurídica, e avaliação em saúde mental e demais serviços disponíveis. Das 836 visitas que foram efetuadas, neste período, faz-se imperioso registrar que 83 reeducandos não foram localizados, na primeira visita. Nesse caso, foram tomadas as seguintes providências: a)     Foi anexado, nas fichas de assinaturas, um formulário próprio, acusando uma advertência, onde todos os reeducandos que se encontravam na situação supracitada, deviam trazer um comprovante de residência atualizado, para poderem, assim, cumprir as suas obrigações legais; b)     As famílias dos reeducandos, em apreço, foram contatadas, através de ligações telefônicas, onde foram solicitadas informações acerca da localização de tais reeducandos. Resultados esperados As visitas possibilitaram um contato mais próximo com os familiares dos presos, onde as suas histórias de vida foram capazes de nos revelar aspectos sociais relevantes e que necessitavam de um apoio efetivo e encaminhamentos imediatos; Em alguns casos onde não foram encontrados. As visitas provocaram a reação da família que logo informaram onde eles estavam. E outros quando chegaram a suas residências, foram informados pelos colegas sobre a visita que o Patronato realizou. A par dessa informação, eles se apresentaram ao Patronato Penitenciário, imediatamente, motivados pela preocupação com a sua situação jurídica e o motivo da visita. Considerações finais Tendo em vista os aspectos observados na pesquisa, como já se era esperado, acusamos que as visitas domiciliares, repercutiram de forma positiva no funcionamento das atividades do Patronato Penitenciário, possibilitando um contato mais próximo com os egressos e  seus familiares, criando um espaço onde ambos assumiram um maior compromisso com a instituição no cumprimento da pena, proporcionando para toda a equipe do  patronato à plena satisfação de um cumprimento efetivo de suas finalidades institucionais, legalmente previstas, concretizando, ao fim, o escopo que todos almejamos: a maior pacificação social possível e ampliação das oportunidades de exercício da cidadania. Seria oportuno ampliar as pesquisas neste domínio, no sentido de identificar a necessidade de políticas públicas afirmativas de inserção socioeconômica dos envolvidos de modo a lhes favorecer a geração de renda, exercício da cidadania e realização pessoal, ampliando suas possibilidades de bem-estar psicológico e saúde mental plena.

1423 DIÁLOGOS ACERCA DO ACESSO À SAÚDE NAS COMUNIDADES RIBEIRINHAS DA AMAZÔNIA
Fabiana Mânica Martins, Kátia Helena Schweickardt, Kátia Helena Schweickardt, Júlio César Schweickardt, Júlio César Schweickardt

DIÁLOGOS ACERCA DO ACESSO À SAÚDE NAS COMUNIDADES RIBEIRINHAS DA AMAZÔNIA

Autores: Fabiana Mânica Martins, Kátia Helena Schweickardt, Kátia Helena Schweickardt, Júlio César Schweickardt, Júlio César Schweickardt

APRESENTAÇÃO: Trata-se de um trabalho de pesquisa de doutorado, em andamento, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia- PPGCASA/UFAM, cujo objetivo é analisar a implantação da política de UBSF na relação ao acesso das comunidades ribeirinhas aos serviços de saúde no Estado do Amazonas. Acredita-se que as condições de acesso das comunidades ribeirinhas aos serviços de saúde ocorrem em espaços complexos na Amazônia, neste território as Unidades Básicas Fluviais (UBSF) têm diminuído as iniquidades no cuidado à saúde. O estudo está em fase inicial, mas gostaríamos de compartilhar a experiência do processo de pesquisa, nesse sentido partimos do posicionamento político de Boaventura Sousa Santos (2007), quando afirma que é necessário promover a sociologia e epistemologia das ausências, no movimento de valorizar e promover a presença daqueles objetos e sujeitos que foram invisibilizados na produção do conhecimento científico hegemônico. Entendemos que essa postura teórico-política implica em dizer que há conhecimentos reconhecidos como verdades e possuem autoridade no mundo do cuidado. Temos o desafio de buscar uma prática científica que cria solidariedade tanto da sociedade quanto da natureza. O estudo terá como fundamentação quatro pilares: faremos uma produção acerca da das políticas públicas de saúde; no momento adentraremos no conceito de comunidade, em específico as comunidades ribeirinhas; no terceiro momento discorreremos sobre o conceito de Espaço, Sustentabilidade, Ambiente e Território Vivo e Líquido; e, por fim trataremos do Cuidado à saúde no campo da Saúde Coletiva a complexidade de produção de saúde neste território líquido numa Unidade Básica de Saúde Fluvial. DESENVOLVIMENTO/METODOLOGIA: Contextualizando brevemente nosso objeto de estudo, a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é implantada e implementada em todo país em 2006 e, para a região da Amazônia e Pantanal somente em 2011 (na segunda edição da PNAB) recebe um olhar diferenciado na perspectiva do cuidado com as Unidades Básicas Fluviais (UBSF) e Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas (eSFR). Consideramos que essa conquista se deve por reinvindicações do Norte do País (o primeiro projeto nasceu em Borba/AM e tem se espalhado nos demais estados). Entretanto ainda não se tem um instrumento de avaliação dessa política para as comunidades ribeirinhas, que avalie o custo, as ações/trabalho da equipe, continuidade das ações, efetividade da própria política. Mais do que isso, ainda não temos visibilidade no país e no mundo dessa prática de cuidar específica na Amazônia. Nesse sentido, adotamos o conceito de ‘pesquisador in-mundo’, segundo Gomes e Merhy (2014), não para se distanciar metodologicamente, mas para se inmundizar na produção do conhecimento, mergulhar com aqueles que aparentemente poderiam ser objetos passivos do conhecimento ou que não teriam conhecimento válido e legítimo. Segundo Graciano e Magro: “Toda teoria, científica ou não, também tem pressupostos e implicações éticas, ainda que a cultura ocidental insista na neutralidade das reflexões acadêmicas. Dizer-se neutro é só uma maneira de se isentar da responsabilidade do mundo que configuramos em nosso viver na linguagem com outros seres humanos” (GRACIANO; MAGRO, 2002, p. 17). Por isso, o pesquisador in-mundo pressupõe o convite para o outro com todas as implicações epistêmicas que isso significa. Segundo Maturana (2002), a percepção não precisa de uma explicação ou formulação da experiência, seja objetiva ou subjetiva, para se constituir num saber com estatuto de verdade. A explicação é sempre uma reformulação da experiência, sendo aceita pelo observador ou pela comunidade de observadores através de critérios de validação. Graciano e Magro apresentando a obra de Maturana dizem que: “Enquanto observadores, somos seres humanos vivendo na linguagem e enquanto seres humanos, somos seres vivos. Por isso, ele [Maturana] afirma que, para compreendermos o fazer científico, é necessário antes de tudo compreendermos o observar e com ele o viver” (2002, p. 20). Portanto, o conhecer não pode estar dissociado do viver, pois é na vida que nos colocamos como sujeitos sociais. “A validade da ciência está em sua conexão com a vida cotidiana” (MATURANA, 2001, p. 31). O cotidiano se constitui em saber, que tem práticas e pensamentos que organizam a lógica da vida e produzem vida. Outra dimensão importante na lógica de conhecer é que os que observam também são observados, relativizando o pressuposto de um observador privilegiado que faz os juízos corretos da realidade para se transformar também em objeto-sujeito de observação. No encontro de diferentes, surge a riqueza da produção de conhecimentos múltiplos que vão para além do metodologicamente instituído a priori e guiado pelo caminho “verdadeiro” da razão científica. O encontro dos saberes se faz na possibilidade de troca e de convívio, considerando o outro como efetivamente sabedor das coisas e não simplesmente como um informante de coisas para um eu-que-sabe. Por isso, consideramos que os encontros produzidos na pesquisa são potentes na produção de um conhecimento significativo. Utilizaremos o registro através do uso do Diário cartográfico, proposto por Mehry (2014), que não se trata do método da investigação, de interpretar uma realidade como se tivesse um sentido em si mesma a ser desvelada, mas uma criação singular de sentidos para a realidade vivida e experienciada. O diário contribuiu no processo de construção do trabalho na perspectiva do encontro, captando as afecções neles produzidas. É uma possibilidade de produção de visibilidades e dizibilidades para os acontecimentos e afecções que se estabeleciam na produção da vida, dos afetos e das práticas nos territórios. Queremos trazer para a cena a comunidade e o conceito das redes vivas, proposto por Mehry (2014), que aborda para as potencialidades na comunidade na produção do cuidado. Do mesmo modo aprofundaremos o conceito de comunidade tradicional e sustentabilidade regional para a análise, bem como o conceito de territórios vivos e líquidos proposto por Schweickardt (2016), logo dialogaremos com o autor para falar de um lugar específico da Amazônia. Análise será feita no MAXQDA*, é possível a criação de mapas analíticos, análises quanti dos indicadores. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: Queremos neste trabalho, produzir algumas respostas e/ou diálogos acerca da: descrição dos desafios relacionados ao acesso na atenção Básica na Amazônia, bem como produzir um mapeamento dos territórios e ambientes socioambientais das comunidades ribeirinhas atendidas pelas UBSFs; Trazer para a cena uma análise dos indicadores de saúde nas comunidades atendidas pela UBSF e, a partir de um estudo de caso, a produção de saúde na comunidade e sua relação com a política pública de saúde. O processo de levantamento teórico (em andamento) acerca das categorias de análise: conhecimento tradicional, populações da floresta, saúde, políticas públicas, sustentabilidade tem produzido inúmeras indagações acerca do objeto de tese. Entretanto, acreditamos que tem extrema relevância na produção do conhecimento para a área das Ciências da Saúde do Ambiente e Sustentabilidade. Vislumbramos como resultados a proposição de políticas públicas, instrumentos de avaliação, ferramentas ou tecnologias que contribuam na e para a Amazônia.

1643 A ATUAÇÃO DA SAÚDE PRIMÁRIA NO INTERIOR DO AMAZONAS POR MEIO DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE FLUVIAL
Rayane Thaise Neri

A ATUAÇÃO DA SAÚDE PRIMÁRIA NO INTERIOR DO AMAZONAS POR MEIO DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE FLUVIAL

Autores: Rayane Thaise Neri

No que condiz à saúde primária no Brasil, a Unidade Básica de Saúde (UBS) é a principal porta de entrada para os usuários e promove importantes impactos na prevenção de doenças e proteção à saúde. Todavia, essa proposta possui peculiaridades em cada região brasileira, visto que no interior da capital Amazonense, há um sistema de Unidade Básica de Saúde  Fluvial  para atender as calamidades dos ribeirinhos. Esse trabalho tem como objetivo explanar as atividades dos profissionais da saúde primária que atuam na UBS fluvial e analisar os principais entraves desse funcionamento. Nesse sentido, atuei no Barco Catuiara localizado no Rodway de Manaus,  juntamente com a turma 96 de Medicina da Universidade Federal do Amazonas, sob supervisão da professora Thaís Tibery e da Enfermeira Ana Lúcia na apresentação estrutural do barco e a capacitação para o atendimento em cada especialidade do profissional da saúde. Ao decorrer da apresentação, foram exibidos os departamentos de saúde , entre as quais pode-se citar a sala de odontologia, a farmácia e a sala de procedimento, e elucidado como cada técnico deveria atuar. Para tal, é necessário por parte deste último um conhecimento sobre o interior em questão, pois assim haveria uma dimensão das doenças endêmicas e os medicamentos mais solicitados para procedimentos e distribuição. Ademais, esses profissionais não só deveriam lidar com a distância  dos municípios como também compreender os costumes e tradições da população ribeirinha, pois o vínculo com esses pacientes é de extrema importância para a manutenção da saúde e diagnósticos. No que diz respeito a logística e ao investimento para a UBS fluvial , há muito para progredir, visto a distribuição é desigual para os locais que recebem atendimento e por isso  muitas pessoas deixam de ser atendidas. Nessa análise, foi possível perceber a importância dessa execução no cenário da saúde no interior Amazonense , principalmente para pessoas que irão trabalhar e lidar com esse cenário. 

1778 Atenção Programática em área rural de Manaus
MARIA LAURA REZENDE PUCCIARELLI, MARIA LUIZA GARNELO PEREIRA

Atenção Programática em área rural de Manaus

Autores: MARIA LAURA REZENDE PUCCIARELLI, MARIA LUIZA GARNELO PEREIRA

Apresentação: As populações rurais, no estado do Amazonas, no geral, não dispõem de atendimento regular e adequado às suas necessidades de saúde. A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) de 2012, propôs um conjunto de ações que busca atender necessidades específicas dessas populações com a implantação de Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF).  Equipes de saúde da família ofertam atenção primária à saúde para populações ribeirinhas, provendo serviços de saúde diretamente no território ocupado por essas. Entretanto, as condições de operacionalização das unidades fluviais exigem adaptações em rotinas de atuação. Objetivo: O presente resumo tem por objetivo descrever o fluxo do cuidado em saúde realizado pela equipe de saúde da família da UBSF Catuiara no programa Hiperdia. Desenvolvimento: O trabalho foi desenvolvido através de observação sistemática realizada durante o período de viagem da UBSF. Foram acompanhados os fluxos de atendimento de pacientes já inscritos no programa Hiperdia, bem como de novos pacientes. Foi acompanhado o trajeto do usuário na busca do cuidado para essas patologias durante o período de estadia do barco em cada comunidade. Resultados: O fluxo de atenção tem início com a consulta médica, caso confirmada a condição de hipertensão e/ou diabetes. O médico faz a prescrição da medicação e o paciente é encaminhado para a enfermagem para inscrição no Hiperdia. A consulta de enfermagem levanta e registra informações adicionais relativas à condição clínica, rotinas alimentares e da vida diária, esclarecendo também eventuais dúvidas. Na sequência o paciente é encaminhado para a farmácia para que receba a medicação já prescrita. A atenção farmacêutica fornece, não apenas informações relacionadas à medicação, mas provê também um cadastro de paciente que auxilia no monitoramento de sua condição, caso necessário. Em área urbana esse cadastro costuma ser realizado pela enfermagem, porém no fluxo da unidade móvel, o farmacêutico absorve tais tarefas, liberando a enfermagem para outras atribuições junto ao grande número de usuários que as esperam. O monitoramento do paciente é complementado por um impresso próprio da unidade com as informações sobre medicação utilizada, esquema de uso e informação sobre a evolução do caso e outras informações de interesse. O retorno com enfermagem e farmacêutico é mensal e a consulta médica realizada trimestralmente, exceto se houver intercorrências. Tais medidas facilitam a adesão e prosseguimento do tratamento.  Considerações finais: Percebe-se na área rural descentralização do papel do médico nas rotinas de atendimento do Hiperdia, com grande protagonismo da enfermagem e do farmacêutico. Essa centralidade do farmacêutico, que assume responsabilidades mais amplas que aquelas observadas na área urbana, onde a maioria das unidades sequer conta com assistência farmacêutica.

2146 A TERRITORIALIZAÇÃO NA SAÚDE
Narhla Kelvia Costa Silva, BRUNA HELLEN VAZ PIRES, Jonkácio Almeida Melo, Stefane Ferreira Souza

A TERRITORIALIZAÇÃO NA SAÚDE

Autores: Narhla Kelvia Costa Silva, BRUNA HELLEN VAZ PIRES, Jonkácio Almeida Melo, Stefane Ferreira Souza

O mapeamento de um território possibilita conhecer as características da população ali presente, bem como planejar um melhor atendimento de saúde. A utilização da ficha A no território facilita o levantamento de dados sobre a população e seus problemas de saúde em um espaço delimitado. A territorialização tem como objetivo facilitar a abrangência da oferta dos serviços de saúde na atenção primária. Diante disso buscou-se conhecer o território da equipe saúde da família 1.8 do Centro de Saúde Olenka Macellaro Thomé Vieira, localizada no estado de Roraima, e mapeá-lo o que possibilitou descrever o perfil epidemiológico da hipertensão arterial (HA) e diabetes (DIA) na área de abrangência 1.8 e suas respectivas micro áreas. Para desenvolver o projeto, foi realizado levantamento bibliográfico em livros e artigos científicos. Realizou-se recadastramento das famílias pertencentes à área de abrangência 1.8 por meio da ficha A. O procedimento foi desenvolvido em conjunto aos agentes comunitários de saúde (ACS) e a Enfermeira do Centro de Saúde em questão. Ao fim do processo de recadastramento, efetuou-se o mapeamento da área de interesse utilizando dados contidos nas Fichas e montou-se um mapa do território coberto por ACS. Para um efeito ilustrativo e didático, utilizou-se alfinetes de cores distintas para representar doenças, condições e ponto comercial. Com os dados obtidos, foi possível descrever o perfil epidemiológico de HA e DIA. Utilizar a Ficha “A” para cadastramento familiar, é a principal ferramenta de trabalho do ACS, pois engloba parâmetros de análise que envolvem informações básicas e dados pessoais dos integrantes de cada família, assim como os tipos de doenças e/ou condição de saúde em que a pessoa se encontra. O funcionamento da atenção básica de saúde depende de vários fatores, como a estratégia de saúde que atua dentro de um território delimitado, onde é necessário a atuação e o envolvimento dos ACS inseridos no processo de mapeamento do seu território. A elaboração do mapa da área de abrangência foi de fundamental importância para a organização das micro áreas de interesse, com ele foi possível traçar um perfil epidemiológico da população coberta pelo ACS em um território definido.

2156 O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM COMO AGENTE TRANSFORMADOR, NO ATENDIMENTO A POPULAÇÃO RIBEIRINHA DO ARQUIPÉLAGO AMAZÔNICO.
Erika Rêgo da Cruz, Amanda Sthefpanie Ferreira Dantas, Elielson Paiva Sousa, João Enivaldo Soares de Melo Júnior, Jayme Renato Maia Abreu Cordeiro, Francisca Dayse Martins de Sousa

O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM COMO AGENTE TRANSFORMADOR, NO ATENDIMENTO A POPULAÇÃO RIBEIRINHA DO ARQUIPÉLAGO AMAZÔNICO.

Autores: Erika Rêgo da Cruz, Amanda Sthefpanie Ferreira Dantas, Elielson Paiva Sousa, João Enivaldo Soares de Melo Júnior, Jayme Renato Maia Abreu Cordeiro, Francisca Dayse Martins de Sousa

Apresentação: As instituições de ensino superior obrigatoriamente oferecem atividades na perspectiva de três pilares para o desenvolvimento da formação profissional: o ensino, pesquisa e a extensão. Nesse sentido, os programas de extensão têm por objetivo principal, unir o conhecimento adquirido em sala de aula e aplicá-lo no desenvolvimento da comunidade, ou seja, estes projetos possuem uma via de intensa interação entre a universidade mediante ações para a sociedade, capaz de operacionalizar a relação entre teoria e prática. Sendo que, os ribeirinhos da Amazônia são por vezes, isolados e com diversos tipos de carências, estando entre os grupos em situação de maior vulnerabilidade no que concerne a assistência à saúde devido às iniquidades presentes neste setor. Em vista disto, o projeto de extensão “Luz na Amazônia” foi elaborado com foco na população ribeirinha do arquipélago amazônico, com o intuito de prestar apoio regular a esse público, por meio da utilização de um barco no qual navega sobre a bacia amazônica, disponibilizando assistência para as comunidades dessa região.  Em face do exposto, esse projeto social juntamente com a Universidade Federal do Pará, através de seus programas de extensão, possui grande importância diante das necessidades de saúde da população ribeirinha, por mérito do impacto transformador no qual afeta a realidade social na localidade. E ao ponderar essa relevância, consideramos os resultados da sua efetividade tanto a médio quanto a longo prazo, pois disponibilizam atendimento com profissionais da saúde (médicos, enfermeiros e odontólogos), juntamente com auxílio de estudantes universitários da área, assim como oferecem a realização de alguns exames clínicos e laboratoriais, dentre outros serviços ofertados. Resultando desse modo, na diminuição da espera por consultas, auxiliam no diagnóstico precoce das doenças e desse modo, agilizam na detecção de possíveis agravos patológicos, acarretando início do tratamento adequado, com probabilidade maior a cura, além de atuar na educação em saúde. É valido ressaltar também, que estas populações ribeirinhas possuem diferentes concepções, baseadas e transmitidas principalmente pelo senso comum, por isso o profissional da saúde precisa se adequar a esta realidade, com a finalidade de prestar-lhe a devida assistência, independentemente da sua cultura. Nesse sentido, faz-se necessário o desenvolvimento de ações de promoção e prevenção da saúde diferenciadas para estas populações, destaca-se a atuação direta da enfermagem como agente educador em saúde, prestando um cuidado holístico e compreensivo, visando uma assistência adequada à bagagem cultural deste povo dentro da diversidade de identidade e valores. Nesta conjuntura, o objetivo deste é compartilhar a experiência vivenciada em comunidade ribeirinha, para persuadir profissionais de saúde no estimulo a população, quanto a reflexão sobre o autocuidado com a saúde, além de práticas preventivas a doenças. Desenvolvimento do trabalho: A ação foi vivenciada pelos acadêmicos do 2º e 8° semestre do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Pará (UFPA), sob orientação e supervisão dos docentes da referida universidade. Foi realizada no dia 08/11/2016, em uma ilha ribeirinha, próximo a região metropolitana do município de Belém, Pará, Brasil, tendo como público alvo a população residente que dispunha de alguma necessidade de assistência à saúde. A ação foi realizada através de uma parceria da Universidade Federal do Pará juntamente com o “Projeto Luz na Amazônia”, que presta há 51 anos atendimento a essas populações ribeirinhas; o projeto disponibilizou o barco, para os atendimentos e para o transporte (dos acadêmicos e docentes), além da alimentação.  Os discentes foram divididos em grupos, para ocuparem funções distintas. Foram recebidos públicos variados, dentre eles: crianças, adolescentes, adultos e idosos para realização de exames a saber: hemograma, exame preventivo do câncer de colo uterino (PCCU); foram oferecidas orientações de enfermagem relacionadas às doenças mais recorrentes na comunidade. Além disso, ouve assistência de enfermagem durantes as consultas realizadas, estas consistiam na aferição de sinais vitais, verificação de índice glicêmico e prestação de esclarecimentos as dúvidas e/ou curiosidades da população sobre algumas outras temáticas. No momento da ação alguns grupos ocuparam o andar de cima do barco para o acolhimento, orientações, tratamento e profilaxia das doenças mais incidentes na comunidade local, sendo desde infectocontagiosas, parasitárias até sexualmente transmissíveis; além da triagem dos pacientes, que foram sendo direcionados para os atendimentos disponíveis. Outros grupos ficaram responsáveis pela coleta de sangue e PCCU. Resultados e/ou impactos: A ação obteve excelentes resultados, que satisfizeram os objetivos propostos pela mesma, pois o público-alvo foi bastante participativo e ativo, durante as orientações, nos cuidados com a saúde, esclareceram dúvidas e receberam de bom grado os serviços prestados. Em relação ao acolhimento foi perceptível a interação de todos, pois entenderam o intuito da ação e do projeto. Ademais, alguns demonstraram resultados alterados em relação aos padrões de normalidade dos sinais vitais, mesmo não sendo diagnosticados com determinadas patologias, estes receberam orientações importantes de enfermagem sobre aderir hábitos de vida saudáveis, prevenção de doenças e início imediato do tratamento daqueles com diagnósticos patológicos, para garantirem uma qualidade de vida. Durante as palestras das patologias houve um entendimento eficiente por parte da população, haja vista o envolvimento em participar por meio de perguntas e informações acrescentadas baseadas nos conhecimentos culturais dos ouvintes, conhecimentos empíricos estes, que foram acolhidos e respeitados pelo corpo acadêmico. Houve um número significativo de pacientes que compareceram para a coleta de sangue, entre crianças e adultos, que buscavam através do hemograma obter um diagnóstico patológico, em sua maioria, bem como o público que buscou pelo exame de PCCU, com idade que variavam desde os 14 até os 65 anos, estas buscaram o atendimento também por motivos de sintomatologia sugestiva de uma patologia, sendo a maioria diagnosticada com algum processo inflamatório, o que mostra que ainda é preciso realizar intervenções educativas para falar sobre os cuidados preventivos na atenção primária, pois  as condições de vida desfavoráveis e a falta de suporte assistencial a saúde são os elementos que têm maior impacto negativo na saúde das pessoas ao longo da vida. O que mostra o papel fundamental e diferencial dos profissionais de saúde ao traçar estratégias voltadas para o aspecto educativo além de proporcionar atenção integral à saúde com ênfase na promoção e prevenção de doenças, que são as bases do sistema único de saúde (SUS). Foi perceptível também a importância de se realizar ações dessa natureza, que possibilitam valiosas experiências e aprendizados aos discentes, além de favorecer a população carente de assistência à saúde e que certamente podem impactar positivamente na qualidade de vida destas. Considerações Finais: Desse modo a experiência vivenciada durante a ação, nos possibilitou um entendimento maior a cerca do papel primordial exercido pelo profissional de enfermagem, na medida que esse por ter um contato maior com seu cliente e buscar compreender o meio ao qual está inserido, torna-se um agente transformador, buscando sempre por soluções que se adequem aos diferentes públicos e seus meios de convivência. Ressalta-se ainda a necessidade de maiores investimentos em atividades que promovam a prevenção em saúde das populações ribeirinhas, bem como a importância, de ações de extensão, na formação dos acadêmicos de enfermagem e demais profissionais de saúde contribuindo para torna-los profissionais competentes, capacitados para atuar nas mais diversas situações, além de gerar nestes profissionais um conhecimento que possa viabilizar uma relação inovadora entre a Universidade e a sociedade.

3166 Projeto de assistência à saúde em uma área de ocupação no município de Santarém, Pará
Davi Emmanuel Malcher de Carvalho, Ana Flávia Ribeiro Nascimento, Emanuel Roberto Figueiredo da Silva, Pedro Bruno Paixão Ribeiro, Gabriel Tavares de oliveira Silva, Vivaldo Gemaque de Almeida

Projeto de assistência à saúde em uma área de ocupação no município de Santarém, Pará

Autores: Davi Emmanuel Malcher de Carvalho, Ana Flávia Ribeiro Nascimento, Emanuel Roberto Figueiredo da Silva, Pedro Bruno Paixão Ribeiro, Gabriel Tavares de oliveira Silva, Vivaldo Gemaque de Almeida

APRESENTAÇÃO: A Amazônia brasileira possui imensos desafios quanto à atenção à saúde. Percebe-se a união de profissionais da saúde, gestores e movimentos sociais para a reivindicação de melhorias neste quesito. Ações que permitam a aproximação entre as instituições de ensino e a comunidade estão em sintonia com esta necessidade, dado que cursos de graduação em saúde necessitam capacitar seus egressos para atuação nos espaços do Sistema Único de Saúde e nos variados espaços comunitários. Nesse sentido, a medicina de família e comunidade estimula o contato do profissional de saúde ou estudantes de graduação com as diversas realidades de um território. Este trabalho objetivou a realização de atendimentos em saúde por acadêmicos de medicina participantes da Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade (LAMFAC) em uma área de ocupação do município de Santarém. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de uma pesquisa descritiva, do tipo relato de experiência, estando inserida nas atividades dos discentes do curso de Medicina da Universidade do Estado do Pará, campus Santarém. As ações em saúde foram desenvolvidas na Comunidade Vista Alegre do Juá, cujo contexto está fortemente marcado por dificuldades físicas e socioeconômicas. Com os atendimentos, foi possível o contato da população com o profissional médico, possibilitando o suprimento de suas necessidades em saúde provenientes da dificuldade de acesso. Primeiramente, a equipe fez reconhecimento da estrutura e do funcionamento local em uma visita, com informações colhidas da liderança local. Verificou-se que a comunidade tem população diversificada proveniente de diversos bairros periféricos. Posteriormente, foram realizados 11 dias de consultas médicas, sempre contando com suporte do MTLM (Movimento dos Trabalhadores em Luta pela Moradia), que ficou responsável pela divulgação, marcação das consultas e por ceder espaço físico – um barracão. RESULTADOS: Foram atendidas em média 25 pessoas por dia. Durante as ações, os alunos eram divididos em mesas, sozinhos ou em duplas, realizando anamnese e exame físico do paciente (feito em espaço privativo). Condutas só eram tomadas após avaliação do preceptor. A liderança local descreveu o movimento não como uma invasão desregrada, mas como uma ocupação regularizada, amparada por diversos profissionais qualificados, preocupada com os impactos ambientais e ciente da necessidade de promover espaço organizado para receber escola, espaço lúdico e igreja. Nas consultas, foram recorrentes a queixa da dificuldade de acesso à assistência à saúde e também a gratidão à ação realizada. Foram encontradas queixas de diversas gravidades, desde resfriado a suspeitas de câncer, além de patologias relacionadas à falta de saneamento do local, como gastroenterites e dermatites. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A região amazônica é carente em muitos aspectos de acesso adequado à saúde, padecendo de patologias evitáveis por medidas preventivas, aproximação do profissional de saúde e superação de distanciamentos sociais e geográficos. Ações que almejem essa aproximação devem ser incentivadas e difundidas, em uma espécie de adequação ao princípio de universalidade do SUS no contexto da Amazônia brasileira. A vivência dos acadêmicos de saúde reforça sua intenção ao realizar atividades na comunidade, pautados na própria fundamentação da Medicina da Família: de visualizar o paciente no contexto em que está inserido.

3894 A produção do cuidado na visão da equipes de Saúde da Família do território da Rocinha, Rio de Janeiro.
Simone Mendes Carvalho, Regina Cavalcante Agonigi, Mary Ann Menezes Freire

A produção do cuidado na visão da equipes de Saúde da Família do território da Rocinha, Rio de Janeiro.

Autores: Simone Mendes Carvalho, Regina Cavalcante Agonigi, Mary Ann Menezes Freire

O cuidado em saúde é um encontro entre os profissionais e os usuários dos serviços de saúde que acontece de forma individualizada baseada em tecnologias leves. Esse encontro como um acontecimento e expressão da produção do cuidado, não acontece só na estrutura física da unidade de saúde, mas no território onde esse usuário está inserido, com toda sua historicidade e multiplicidades de conceitos. O objetivo do estudo foi analisar o entendimento das equipes de saúde da família da Rocinha, sobre a produção do cuidado. Trata-se de um recorte da dissertação de mestrado do Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Pesquisa com abordagem qualitativa que se fundamenta nas especificidades inerentes à pesquisa social, compatível com a temática. O grupo focal foi à técnica utilizada para produção dos dados. O cenário do estudo foi o bairro Rocinha, localizado no Rio de Janeiro, que ainda apresenta um dos principais focos de tuberculose do país, corroborando com discussões ampliadas dos conceitos de saúde e cuidado. Os sujeitos do estudo foram os profissionais de saúde que atuam na Estratégia Saúde da Família em três unidades do território da Rocinha. O total de participantes foi de quarenta e cinco profissionais das seis diferentes equipes. Para a análise dos dados, utilizou-se a proposta de Attride-Stirling, especificada como rede de temas. Os dados foram organizados de acordo com os temas que surgiram nos grupos focais e obedeceram seis passos Os resultados apontaram para a rede de temas “Conceito de Cuidado”, composta pelos temas: escuta, acompanhamento, corresponsabilidade no processo de cuidar, prevenção, olhar holístico e questões sociais.  O cuidado é um ato significativo para os profissionais das equipes de Atenção Básica sendo evidente a importância que os atos cuidadores têm e a responsabilidade que possuem perante seus usuários. Os participantes da pesquisa expressaram de maneira enfática o esforço de se estabelecer a produção do cuidado mesmo em um território com inúmeras discrepâncias sociais como a Rocinha. Os profissionais destacaram a importância que do território de atuação  e como esse influencia no processo de cuidar, sendo necessário que a atuação das equipes de saúde ocorra para além dos muros da unidade.

5208 Atenção à Saúde Bucal em Populações Rurais de Manaus: uma avaliação por meio da produção ambulatorial
Jhonatan Kanarski, Ana Paula Herkrath, Fernando Jose Herkrath

Atenção à Saúde Bucal em Populações Rurais de Manaus: uma avaliação por meio da produção ambulatorial

Autores: Jhonatan Kanarski, Ana Paula Herkrath, Fernando Jose Herkrath

A realidade brasileira, em especial a amazônica, revela grandes iniquidades sociais nas condições de saúde e no acesso aos serviços, incluindo a saúde bucal, com uma concentração dos mesmos nos maiores centros urbanos. Em geral, as populações rurais, além de enfrentarem barreiras geográficas e territoriais, vivem em condição de maior vulnerabilidade social. O objetivo do estudo foi avaliar a atenção primária em saúde bucal nas populações rurais de Manaus por meio da sua produção ambulatorial, buscando definir o perfil de atenção à saúde bucal ofertado nas unidades de saúde. Foi realizado um estudo descritivo, utilizando dados secundários do Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde dos estabelecimentos localizados ou atuantes na zona rural do município de Manaus, Amazonas. A produção ambulatorial mensal de cada estabelecimento de saúde, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2016, foi tabulada e organizada por meio do programa TabWin. Os resultados foram apresentados de maneira descritiva segundo grupos de procedimentos odontológicos e os perfis de estabelecimentos avaliados. A análise dos dados evidenciou que uma cesta restrita de serviços odontológicos é ofertada, sugerindo que a população é contemplada com uma atenção primária seletiva. Considerando que as populações rurais apresentam maior vulnerabilidade social e elevadas necessidades em saúde bucal, o perfil de procedimentos odontológicos ofertados para as comunidades rurais de Manaus sugere uma baixa resolutividade do cuidado.

5299 Os impactos na saúde da população ribeirinha de Borba com aquisição da primeira Unidade Básica de Saúde Fluvial Igaraçu no período de 2011 a 2015– Relato de uma enfermeira
Valdelanda Paula Alves

Os impactos na saúde da população ribeirinha de Borba com aquisição da primeira Unidade Básica de Saúde Fluvial Igaraçu no período de 2011 a 2015– Relato de uma enfermeira

Autores: Valdelanda Paula Alves

Apresentação: do que trata o trabalho e o objetivo Borba é um município do Amazonas, região norte do país, localiza-se a sul de Manaus, capital de estado, distando destes cerca de 208 quilômetros. O trabalho trata-se de um relato de uma enfermeira em relação aos atendimentos as populações ribeirinhas nas calhas dos rios dos rios Madeira e Altaz Açu no município de Borba, cobrindo uma área muito extensa em termo de território, a uma população de 3.500 pessoas. Sempre foi um dos grandes desafios tanto para os gestores quanto para os trabalhadores, principalmente pelas peculiaridades geográficas da região amazônica. Os atendimentos são realizados a população ribeirinha pela UBSF Igaraçu que aconteciam de maneira improvisada nas escolas e centros sociais de 2006 nos períodos das campanhas de vacinação, a partir de 2011 os atendimentos passaram a ser realizados a cada quarenta dias como preconiza o MS. O que mudou radicalmente com a disponibilidade da UBSF Igaraçu, com uma estrutura adequada e totalmente equipada na porta dos ribeirinhos. Desenvolvimento do trabalho: descrição da experiência ou método do estudo Os atendimentos eram realizados de maneira improvisados em escolas e centros sociais, sem privacidade nas consultas, o alojamento e o transporte dos profissionais eram realizados em barco alugado pela prefeitura com infraestrutura impropria. Passávamos em média de 13 a 20 dias em área a depender das cheias e vazantes dos rios. Havia atendimentos em todos os programas assistências voltadas para estratégia saúde da família, mas ainda permanecíamos com baixa adesão devido à falta de privacidades nas consultas, principalmente quando os atendimentos eram realizados nos centros sociais. Em 2013 com aquisição da UBSF Igaraçu com uma estrutura de 18 ambientes, dentre eles três consultórios totalmente equipado, o que facilitou a adesão aos programas de saúde e melhorou os indicadores na área. Resultados e/ou impactos: os efeitos percebidos decorrentes da experiência ou resultados encontrados no estudo Os atendimentos eram denominados de mutirões antes de 2011, o que caracteriza uma assistência fragmentada, sem continuidades. Então buscamos implantar prontuários nas 40 comunidades, separados por número de família e por programas. E para tal atividade os agentes comunitários de saúde tiveram um papel fundamental, pois os mesmos residem nas comunidades. Previamente foram capacitados pelos membros da equipe (médico, enfermeiro e dentista). O segundo passo foi cadastrar toda a população e tirarmos o cartão SUS. Em seguida iniciamos o trabalho de monitoramento através de instrumentos de gestão já utilizados na área urbana do município.  Havia baixa adesão em todos os programas e um número expressivo de adolescentes gravidas. Então a cada viagem para os atendimentos, a equipe se reunia após o atendimento do dia para discutirmos as necessidades de cada comunidade. E mais uma vez sentimos a necessidade de capacitar os ACS, e isso virou rotina, mensalmente os agentes ao ir entregar da produção na área urbana de Borba, também passava por treinamentos   voltados para dentro dos programas mais fragilizados, dentro eles, podemos destacar: Pré-natal e Puericultura, além da baixíssima adesão do exame citopatologico do colo do útero. Havia também uma demanda alta para o dentista voltado para extração. Em 2013 foi inaugurado no município a Unidade Básica de Saúde Fluvial Igaraçu o que fomentou o sucesso de todo um trabalho que já vinha sendo galgado, pois a privacidade nas consultas com espaço adequado para os atendimentos, realização de exames na própria Unidade favoreceu agilidade nos processos de trabalhos. E através de todo um trabalho de uma equipe conquistamos muitos avanços, e podemos relatar o aumento substancial das consultas pré-natais com média de sete consultas nas 40 comunidades e  pelo menos uma amostra de todos exames realizados; ainda no âmbito da saúde da mulher, chegamos realizar 100 exames citopatologico do colo do útero por viagem, acompanhar e encaminhar mulheres com alterações ao centro especializado do Estado, podemos também destacar  uma melhor adesão as consultas de puericulturas e manutenção do quadro vacinal atualizado, sendo acompanhado pelo censo. A valorização do trabalho e do trabalhador foi outro ponto positivo com a aquisição desta Unidade Fluvial, temos alojamentos climatizados, banheiros para funcionários, área de lazer, ambientes adequados para realizamos às atividades laborais. Considerações finais: Houve consideravelmente o aumento pelos atendimentos médicos, de enfermagem e odontologia e vacinação; o aumento no número de consultas pré-natais, cuja média era de 3consultas, redução de gravidez na adolescência e aumento pela procura para cadastro no planejamento familiar. Contudo, a equipe foi uma grande promotora nos avanços alcançados quanto aos indicadores de saúde, pois se propuseram a uma doação e planejamento das ações frente as fragilidades do sistema de saúde que a população ribeirinha está sujeita, devido está restrita a áreas as vezes inóspita, onde a equipe de saúde precisa olha-los com um dos princípios dos Sus de maior relevância dentro deste contexto que é a equidades.                        

5360 Acesso ao Exame Papanicolau às Mulheres Residentes nas Comunidades Rurais do Município de Parintins
Tito Marcos Mendonça Reis, Altair Seabra de Farias, Mayara Soares Gonzaga, Ghedria Loyanna Martins Batista, Glauber Farias da Silva Junior, Valdir Soares da Costa Neto, Sued Medeiros Leite

Acesso ao Exame Papanicolau às Mulheres Residentes nas Comunidades Rurais do Município de Parintins

Autores: Tito Marcos Mendonça Reis, Altair Seabra de Farias, Mayara Soares Gonzaga, Ghedria Loyanna Martins Batista, Glauber Farias da Silva Junior, Valdir Soares da Costa Neto, Sued Medeiros Leite

Este estudo objetivou observar possíveis variáveis que poderiam ser fatores de risco para o câncer de colo uterino em mulheres de três comunidades ribeirinhas do município de Parintins. Apresenta a adversidade e logística da área de várzea, discute a repercussão da ausência dos serviços de saúde direcionados às mulheres sobretudo no que se refere ao acesso ao exame Papanicolaou, haja visto que, a realização do exame é o meio mais eficaz de detectar e combater precocemente as formas mais agressivas do câncer de colo uterino. O câncer de colo de útero é a segunda causa de neoplasia que mais acomete mulheres no Brasil, na região Norte é a primeira, essa ocorrência está relacionada com exposição a diversos fatores de risco.  Nesse contexto, é importante destacar que realizar a coleta de dados em uma área de difícil acesso, requer disponibilidade, tempo e paciência, e contando apenas com a colaboração e o árduo trabalho de um Agente Comunitário de Saúde (ACS) no que tange à saúde dentro de suas atribuições. A metodologia utilizada trata de um estudo transversal, descritivo com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados através de questionário acerca de aspectos sócio demográficos, hábitos de vida, características reprodutivas, adesão ao exame, fatores institucionais e antecedentes familiares de câncer de colo de útero e outros, mediante assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A quantidade de amostra individual foram 30 mulheres com idade entre 22 e 63 anos, com média de idade 37,83 anos (± 12,34). Os critérios para inclusão, foram mulheres de 18 a 69 anos com vida sexual ativa. Os critérios para exclusão foram mulheres abaixo da faixa etária 18 e maior que 69 anos, embora tivessem vida sexual ativa. Após coleta, os dados obtidos foram digitados em planilha do Microsoft Excel e analisados em banco de dados do software estatístico SPSS, versão 21. Foi gerado uma frequência com os seguintes resultados, mulheres distribuídas em três comunidades: Araçatuba, 37 famílias cadastradas, conforme dados contidos no SIAB. Detectou-se que havia apenas 18 famílias cadastradas de acordo com o ACS local, as demais já teriam deixado suas propriedades por conta do período sazonal e continha somente os nomes no livro Ata da comunidade para garantia de recursos, 7 mulheres participaram do estudo. Comunidade de Nova Olinda – Borralho, 24 famílias cadastradas, encontrado somente 14 famílias no cadastro do ACS e dessas famílias, 7 mulheres participaram do estudo. Apenas a Comunidade do Saracura, encontrava-se com os dados conforme as informações do SIAB, total de 34 famílias cadastradas. Como a cheia do rio predominava o restante da sua população se encontrava em áreas de terra firme, e somente 16 mulheres participaram do estudo. Todas mulheres que participaram deste estudo tinham em média 5,7 filhos (± 3,45), onde o menor quantitativo é igual a 1 e o maior quantitativo 13 filhos. Deste quantitativo 12 mulheres, respectivamente (40%) possuem ensino fundamental incompleto, 15 que corresponde a (50%), casadas e outras viviam em união estável, com renda familiar menor ou igual a 1 salário mínimo, (96,7%) pertenciam à religião católica. Moravam na mesma casa 2 a 12 pessoas, sendo que 4 (20%), 5 (16,7%), 6 (13,3%), 7 (13,3%) e 8 (13,3%), foram os quantitativos com mais prevalência dentre essas famílias. Dedicavam 6,8 horas (± 1,47) às atividades de casa e não tinham atividades com remuneração. Realizaram o preventivo 9 (30%) há 1 ano ou menos, 5 (16,7%) realizaram entre 2 e 3 anos, 8 (26,7%) 4 anos e mais, 4 (13,3%) fizeram, mas não lembravam a data e 4 (13,3%) nunca fizeram; Motivo para realização do exame nos últimos 3 anos: 14 mulheres (46,7%) responderam que é para prevenir o câncer de colo do útero e 14 (46,7%) não fizeram o exame nos últimos 3 anos; Motivo para a não realização do exame nos últimos três anos ou nunca ter feito: 17 (56,7%) não fizeram o preventivo por conta da distância da unidade de saúde disponível. Tinham como referência uma (01) Unidade de Saúde, dessas, 23,4% utilizavam até 02 unidades como referência. Idade da menarca: 1 mulher (3,3%) aos 10 anos, 3 (10%) aos 11 anos, 4 (13,3%) aos 12 anos, 16 (53,3%) aos 16 anos, 5 (16,7%) aos 14 anos e 1 (3,3%) aos 15 anos, média de 12,8 anos de idade entre elas (±1,06). Dessas, 3 (10%) tiveram sua primeira relação sexual aos 13 anos, 7 (23,3%) aos 14 anos, 9 (30%) aos 15 anos, 2 (6,7%) aos 17 anos e 3 (10%) aos 18, com média de idade de 15,2 anos (±1,42). Todas se consideravam heterossexual. Quantidade de parceiros desde o início da vida sexual: 9 (30%) tiveram apenas 1 parceiro, 7 (23,3%) tiveram 2 parceiros, 13 (43,3%) tiveram 3 parceiros e apenas 1 (uma) mulher (3,3%) teve 5 parceiros sexuais, média de 2,23 parceiros sexuais (± 1,00) por mulher. Parceiros sexuais que tiveram nos últimos 3 meses: 28 mulheres (93,3%) responderam que tiveram apenas 1 parceiro, 2 (6,7%) tiveram 2 parceiros. Queixa relacionada à atividade sexual: 1 mulher (3,3%) queixou sentir dor ou desconforto durante o ato sexual e 1 (3,3%) tinha problema relacionado a diminuição ou perda de libido. Uso de contraceptivos: 18 mulheres (60%) usavam algum método contraceptivo e 12 (40%) não, 8 (26,7%), 7 (23,3%) utilizavam preservativo e 4 (13,3%) fizeram laqueadura. Quanto a frequência do uso de preservativo: 17 mulheres (56,7%) não gostavam de utilizar preservativo. Realização do exame preventivo: 27 mulheres (90%) responderam que fizeram o preventivo alguma vez na vida. 1 mulher (3,3%) tinha realizado o primeiro preventivo aos 17 anos, 4 (13,3%) aos 18 anos, 3 (10%) aos 20 anos, 3 (10%) aos 24 anos, 2 (6,7%) aos 25 anos, 1 (3,3%) aos 28anos, 1 (3,3%) aos 29 anos, 1 (3,3%) aos 30 anos, 1 (3,3%) aos 38 anos, 2 (6,7%) aos 40 anos, 1 (3,3%) aos 43 anos, 1 (3,3%) aos 45 anos, 1 (3,3%) aos 47 anos, 5 (16,7%) não lembravam a idade da realização do exame, mas afirmavam que tinham feito e 3 (10%) não fizeram. Motivo para a realização do exame: 12 mulheres (40%) responderam que fizeram por recomendação do médico ou enfermeiro, 10 (33,3%) fizeram por conta própria, 3 (10%) não fizeram e 5 (16%) por recomendação de outros (ACS). Relacionado à doença sexualmente transmissível: 100% responderam que não tiveram, ou não souberam se tiveram. História de Patologias em familiares: 16 mulheres (53,3%) responderam que existia histórico de alguma patologia na família: câncer de mama 1 (uma) mulher (3,3%); câncer de útero 3 (10%); câncer de colo de útero 3 (10%); outros tipos de câncer 6 (20%); hipertensão arterial crônica: 12 (40%); diabetes mellitus 11 (36,7%); tuberculose 2 (6,7%); infecção do trato urinário 16 mulheres (53,3%); doenças reais crônicas 2 (6,7%) e outros tipos de patologias 5 (16,7%). Conclui-se que a distância para se ter acesso a uma unidade de saúde para atendimento, contribui significativamente para a não adesão das mulheres ao exame Papanicolaou e se considera também um fator de risco para incidência de neoplasia.  

2517 TRANSFORMANDO SORRISOS: EXPERIÊNCIA EXITOSA EM CRIANÇAS ACOMPANHADAS PELA UBSF IGARAÇU EM BORBA/AM
GENICE SILVA E SILVA, BRUNA MARIA SOUZA DE OLIVEIRA, ALBERT ANTUNES SOUZA CAMPOS

TRANSFORMANDO SORRISOS: EXPERIÊNCIA EXITOSA EM CRIANÇAS ACOMPANHADAS PELA UBSF IGARAÇU EM BORBA/AM

Autores: GENICE SILVA E SILVA, BRUNA MARIA SOUZA DE OLIVEIRA, ALBERT ANTUNES SOUZA CAMPOS

O Projeto Transformando Sorrisos é realizado no município de Borba/Amazonas, pela Equipe de Saúde Bucal da UBSF Igaraçu, que atende uma população de 3.308 ribeirinhos. Visa não somente a promoção e prevenção da saúde bucal, mas tratamento curativo das crianças  de 0 a 6 anos com a doença cárie já instalada. Além das crianças é voltado ainda às grávidas acompanhadas pela UBSF. Em 2013, quando começaram os atendimentos na Igaraçu, a maior parte do público infantil procurava a equipe odontológica por motivo de dor de dente. Uma população com mais de 480 crianças, que na sua maioria faziam sua própria higiene bucal, tiveram como conseqüência um percentual elevado da doença cárie, fazendo da demanda do atendimento odontológico um desafio a ser vencido no início da trajetória Igaraçu. Com o elevado índice de cárie encontrado nessas crianças, percebeu-se a necessidade de se intervir tão precocemente fosse possível; e em uma área remota onde o incomum parecia normal, só seria possível se essa intervenção começasse junto às mães desde a gravidez fazendo da “obrigação” da higiene bucal um hábito, para não só diminuir esse percentual, mas desmistificar o que antes lhes parecia normal. Todas as grávidas cadastradas a partir daquele ano foram encaminhadas a realizarem o pré-natal odontológico. Após nascimento, as crianças começaram a ser acompanhadas em consultas periódicas bem antes dos primeiros dentes. Após erupção dos primeiros dentes, a orientação voltada para escovação, prevenção de hábitos deletérios e introdução do método de aplicação tópica de flúor nas consultas; As crianças que já estavam com a doença cárie instalada, começaram a ser acompanhadas periodicamente com tratamento especifico a cada necessidade. Após 4 anos do início do projeto, os resultados são perceptíveis nos sorrisos das crianças acompanhadas. Das crianças que nasceram a partir 2º semestre de 2013, que tiveram suas mães tratadas e orientadas através do pré-natal odontológico, e que começaram seus acompanhamentos mesmo antes dos primeiros dentes, com consultas periódicas para prevenção, a maioria estão com a higiene bucal adequada e sem o acometimento da doença cárie, sendo que no início do projeto, crianças na mesma faixa etária já estavam com processo carioso instalado. Das crianças que já estavam acometidas com a doença, que foram devidamente tratadas e acompanhadas, com orientações inclusive aos seus responsáveis, o índice de cárie diminui consideravelmente. A consolidação dessas mudanças na realidade difícil da população ribeirinha, através de programas de promoção e prevenção de saúde bucal em crianças desde antes do nascimento, aconteceram como alternativa para diminuir as desigualdades entre população com fácil acesso aos serviços de saúde e aqueles que as recebem somente quando a logística permite. O sucesso de um projeto voltado à promoção e prevenção em saúde bucal de uma população, onde o acesso aos serviços de saúde é mais difícil, nos mostra que é possível não só a transformação e a mudança de uma realidade precária, como também o rompimento de antigas formas de trabalhar com o processo saúde-doença.

5205 Atenção Primária em Saúde: Promoção e prevenção em comunidades rurais do interior da Amazônia
Monica Karla Vojta Miranda, Antonia Irisley da Silva Blandes, Cristiano Gonçalves Morais, Géssica Rodrigues Silveira, Gisele Ferreira de Sousa, Lays Oliveira Bezerra, Jéssica Samara dos Santos Oliveira, Franciane de Paula Fernandes

Atenção Primária em Saúde: Promoção e prevenção em comunidades rurais do interior da Amazônia

Autores: Monica Karla Vojta Miranda, Antonia Irisley da Silva Blandes, Cristiano Gonçalves Morais, Géssica Rodrigues Silveira, Gisele Ferreira de Sousa, Lays Oliveira Bezerra, Jéssica Samara dos Santos Oliveira, Franciane de Paula Fernandes

Apresentação: O fortalecimento da atenção primária em saúde é um dos focos das políticas públicas direcionada a diversos fins como a prevenção, rastreamento e acompanhamento. Nesse sentido, partir da década de 1980 através dos movimentos sociais em prol de melhorias e acesso a saúde para toda a população foi ganhando maior notoriedade e adesão da sociedade. Assim, diante dessa conjuntura em 1990, o governo através da lei 8.080 criou o sistema único de saúde (SUS), um sistema público que passou a garantir à assistência à saúde de todos os brasileiros em todo o território nacional. No entanto, devido as dimensões continentais do Brasil alguns locais apresentam dificuldade de acesso como é o caso do território amazônico. Outrossim, essas regiões por apresentarem tamanha dificuldade de acesso, a assistência à saúde para a população é um tanto dispendiosa, e além disso, há escassez de profissionais que desejam trabalhar nessas áreas, devido as longas distancias. Concomitantemente, fatores como: estrutura física e materiais inadequados, ademais nessas áreas também é notório a falta de recursos humanos, uma vez que nas unidades de saúde nessas áreas apresentam apenas dois profissionais, sendo um técnico e um enfermeiro ocasionando a sobrecarga do profissional que acaba não realizando uma assistência com qualidade. Diante disso, observa-se que  uma grande parcela da população acaba desassistida, implicando em consequências graves para a saúde do indivíduo posteriormente, assim como a oneração do atendimento emergencial de média e alta complexidade, haja vista que parte dos moradores dessas áreas nunca foi em uma consulta medica ou realizou exames fundamentais como é o caso do exames citológico  para o diagnóstico precoce de câncer de útero, glicose capilar e aferição da pressão arterial como método de rastreamento e prevenção do diabetes e doenças cardiovasculares. Considerando isto torna-se essencial compreender a realidade dessa parte da população para traçar medidas que viabilizem a assistência à saúde nessas áreas ponderando suas peculiaridades. Desse modo, este estudo tem por objetivo relatar ações de serviço em saúde realizada em comunidades rurais por instituições de ensino superior. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo de campo, descritivo, transversal de cunho quantitativo. Foi realizado em abril de 2017, pelos discentes e docentes do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará, em uma comunidade localizada na região do eixo forte nas proximidades do município de Santarém, Pará. No decorrer da ação foram ofertados serviços em prol da saúde das pessoas desta comunidade no período da manhã, dentre os serviços ofertados realizou-se aferição de pressão arterial, glicemia e índice de massa corpórea, além do levantamento de informações referentes ao histórico clínico do paciente foram implementadas ações de educação em saúde com base nos dados adquiridos e nas necessidades observadas. Os parâmetros de avaliação da glicose capilar foram aplicados de acordo com as condições de cada participante de acordo com a ingesta ou não de alimentos. Quanto a aferição da pressão arterial esta foi realizada após vinte minutos da chegada da pessoa ao local de triagem com finalidade de evitar resultados alterados erroneamente. A coleta de dados se deu através de uma ficha elaborada para os fins deste trabalho, os dados foram coletados com o consentimento dos participantes, sendo a analise realizada através do software Excel 2016. Resultados e/ou impactos: A análise dos dados permitiu observar que 86% dos participantes apresentaram idade entre 18 a 58 anos de idade. Neste estudo foi avaliado o índice de massa corpórea (IMC) dos 72 participantes foram obtidos escores que foram classificados em 54% normal, 15% obesidade, sobrepeso 28% sobrepeso e 3% baixo peso. Foram avaliados dados referentes aos sinais clínicos dos participantes, a pressão arterial foram um destes dados 63% dos participantes apresentaram pressão arterial normal e 37% dos participantes apresentaram alteração na pressão arterial. Foram realizadas 61 aferições de glicemia em meio as ações, destes 87% apresentaram glicemia capilar entre os valores avaliados como normais e 13% apresentaram valores alterados. Foi realizado o levantamento do histórico clínico dos pacientes averiguando a presença de morbidades através disto foi possível observar que cerca de 13% se auto referiram como hipertensos, 100% dos participantes auto referiram-se como não sendo diabéticos e 1% dos participantes informaram ter hipotireoidismo. Correlacionado estes dados foi observado que 25% dos participantes que informaram não ser hipertensos apresentaram alterações nos níveis de pressão arterial e 13% dos participantes que informaram não ser diabéticos apresentaram alteração na glicemia capilar. Cerca de 22% dos participantes deste estudo que apresentaram alterações na pressão arterial apresentaram índice de massa corpórea alterados, cerca de 8% dos participantes que apresentaram alterações a glicemia capilar alterada avaliou-se índice de massa corpórea alterada. Após a avaliação dos dados clínicos foi realizada com os resultados averiguados educação em saúde, de forma individualizada, englobando temáticas como o controle de peso e da dieta, prática regulares de atividades físicas. Ressalta-se que este tipo de orientação direcionada foi vivenciada pela primeira vez por 90% dos participantes. Considerações finais: A inserção dos acadêmicos de enfermagem em meio a realidade de comunidades rurais distantes, oportuniza o aprimorando das técnicas básicas de avaliação de saúde e possibilita a vivência e a troca de experiências com a população, isto é essencial para a formação destes futuros profissionais que serão inseridos no sistema de saúde, este estudo averiguou a presença de fatores de risco a saúde como o sobrepeso e baixo peso em uma quantidade expressiva de participantes, além disso foi possível observar valores anormais no que refere a glicose capilar e pressão arterial, em pessoas que auto referiram não possuir nem hipertensão arterial nem diabetes mellitus, estes indicadores podem ser justificados pela carência da população estudada no acesso a serviços de saúde que possam rastrear e diagnosticar estas doenças. Esta conjuntura de carência ao acesso de serviços de saúde e lacunas presentes quanto a informação de saúde favorece o cenário para o surgimento de morbidades e comorbidades, por isto práticas voltadas para a difusão de serviços e ações de saúde em comunidades distantes por acadêmicos e docentes das universidades devem ser incentivadas visto que proporcionam o seu aprimoramento e disponibiliza população serviços e ações que favorecem o rastreamento de condições de risco e sensibilizam a população quanto a importância do autocuidado em saúde.

3104 A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE DE SAÚDE NO ATENDIMENTO EM COMUNIDADES RIBEIRINHAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Rafaela Victoria Camara Soares, Ana Eliza Ferreira Pinto, Fabiana Santarém Duarte, Rebeka Santos da Fonseca, Simone Aguiar da Silva Figueira, Eulália Cecília Pantoja Ramos

A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE DE SAÚDE NO ATENDIMENTO EM COMUNIDADES RIBEIRINHAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Rafaela Victoria Camara Soares, Ana Eliza Ferreira Pinto, Fabiana Santarém Duarte, Rebeka Santos da Fonseca, Simone Aguiar da Silva Figueira, Eulália Cecília Pantoja Ramos

Apresentação: As comunidades ribeirinhas são situadas as margens dos rios, e essa distância geográfica em relação aos serviços de saúde, torna-se uma das principais problemáticas que dificultam o acesso de ribeirinhos à saúde na Amazônia, assim como dos profissionais da área da saúde para atender a essa população. Existem fatores que interferem na promoção e prevenção em saúde dessa população, dentre eles: o único meio de transporte que é o fluvial e os períodos de enchente e vazante. A partir disso, o presente relato de experiência tem como objetivo expor a importância da equipe de saúde em comunidades ribeirinhas. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência decorrente da aula prática de enfermagem comunitária II, realizado pelas acadêmicas do  quinto semestre do Curso de Graduação em Enfermagem, no dia 24/02/2017 sob supervisão da preceptora, na comunidade Piracãuera de Baixo, no município de Santarém-PA. Resultados: No dia 24/02/2017 saímos de Santarém de barco com destino a comunidade de Piracãuera de Baixo que faz parte da estratégia de agentes comunitários da Unidade Básica de Saúde (UBS) São Ciríaco que é pólo da região, a viagem teve a duração de duas horas e meia. Contou com uma equipe multiprofissional composta por massoterapeuta, médico, enfermeiros, técnicos de enfermagem, técnico de saúde bucal, uma equipe de beleza para atender adultos e crianças da comunidade, assim como um Professor Doutor em Pedagogia que ministrou palestra para a comunidade sobre a importância da educação. Os serviços ofertados foram triagem, verificação de pressão arterial, teste de glicemia, emissão do cartão do SUS, consulta de enfermagem, vacinação, Coleta do preventivo do colo do útero (PCCU), orientação sobre a importância da higiene bucal, aplicação de flúor e distribuição de escovas de dente e creme dental para as crianças, consulta médica e atendimento com massoterapeuta. Durante a ação, as acadêmicas realizaram a triagem de enfermagem, verificação de pressão arterial e teste de glicemia, encaminhando e orientando os comunitários para os locais de atendimentos oferecidos, assim obtendo experiências de atendimento com crianças, grávidas, mulheres, homens e idosos. No decorrer da triagem, foi ofertado orientação sobre os valores normais de PA (Pressão Arterial) e glicemia, assim como a importância de adotar hábitos saudáveis para controle dessas variáveis, sendo notado grande aceitação dos comunitários em vista que não demonstraram preconceito ou recusa por ainda serem graduandas. Após o término da triagem, as acadêmicas observaram as consultas de enfermagem, e quais as condutas adotadas durante os atendimentos. Considerações finais: A distância da UBS São Ciríaco, que é o polo no atendimento à comunidade, reflete a fragilidade da atenção primária que prejudica os comunitários usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, as equipes multiprofissionais através das ações de saúde trabalham para preencher essas lacunas, desenvolvendo estratégias de prevenção e promoção de saúde que possibilitam mais qualidade de vida aos ribeirinhos, sendo este serviço imprescidivel nesse cenário amazônida.