177: Promovendo vida, olhares e possibilidades
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: ICB Sala 10 - Mungunzá    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
471 RODA DE CONVERSA NA UNIDADE PEDIÁTRICA: O USO DA METODOLOGIA PROBLEMATIZADORA
ADRIANE DAS NEVES SILVA, ANA MARIA BRAGA DE OLIVEIRA

RODA DE CONVERSA NA UNIDADE PEDIÁTRICA: O USO DA METODOLOGIA PROBLEMATIZADORA

Autores: ADRIANE DAS NEVES SILVA, ANA MARIA BRAGA DE OLIVEIRA

Apresentação: O projeto de intervenção resultante da pesquisa intitulada Institucionalização da Educação Permanente em Saúde: Vivências com o Uso de Metodologias ativas, que teve o intuito de sensibilizar gestores e profissionais para as contribuições da Política Nacional de Educação Permanente em saúde (PNEPS) como estratégia de promoção da integralidade das ações de saúde, com a utilização de situações reais ou simuladas do cotidiano de trabalho na saúde em uma unidade pediátrica no município de Duque de Caxias. A educação permanente em saúde (EPS) para fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), se baseia na problematização e na aprendizagem significativa. A problematização envolve a reflexão, isto é, pensar sobre determinadas situações e questioná-las de modo a compreender a maneira como os processos são desencadeados. Já a aprendizagem significativa acontece quando aprender uma novidade faz sentido para nós. Quando a novidade responde a uma pergunta/inquietação e/ou quando o conhecimento novo é construído a partir de um diálogo, o que difere da aprendizagem mecânica, é que retemos o conhecimento, acumulando e renovando experiências (BRASIL, 2005, p.8). Nesta perspectiva, o projeto busca provocar a reflexão dos trabalhadores frente ao seu processo de trabalho, a partir da incorporação do ensino e de práticas laborais que contemplem a problematização do próprio saber e, desperte no trabalhador sua autonomia, deixando de ser mero receptor das informações e tornando-se protagonistas e construtores de seus conhecimentos. Para Freire (1987), o homem precisa ter uma reflexão sobre a realidade e intervir (ação) em seu ambiente concreto. Na área de saúde, esse profissional é capaz de desvelar novos conhecimentos, novas soluções para os problemas que emergem no cotidiano do trabalho. Almejando alcanças o objetivo proposto, a roda de conversa contou com a participação de profissionais de saúde e gestores da saúde, docentes e discentes do curso de enfermagem da Universidade Augusto Mota – no Rio de Janeiro. Objetivo: relatar a experiência vivenciada durante uma ação educativa em saúde sobre situações do cotidiano de trabalho num complexo infantil da rede pública no município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Método: refere-se a um estudo do tipo relato de experiência, realizado com profissionais de saúde. Foi utilizado o recurso metodológico da roda de conversa com 36 participantes em duas rodas. A proposta visou mudanças no processo de trabalho que começa estimulando os sujeitos a refletir e dialogar sobre o trabalho em saúde, através da promoção de espaços de diálogo e troca de experiências, de forma crítica e reflexiva. As rodas foram realizadas em 03 momentos, a primeira em 20 de outubro de 2016, a segunda em 11 de novembro de 2016 e a terceira em 05 de abril de 2017 com carga horária de 6 horas. Resultados: durante a roda foram abordadas várias situações vivenciadas, que traziam o enfoque de alguns temas importantes, como a humanização do cuidado, uma demanda que cresce nas unidades de saúde. Outro tema destacado foi a relação entre usuários e profissionais de saúde, e o impacto da superlotação nessa relação e, o acolhimento dos profissionais de saúde com enfoque na qualidade de vida no trabalho. Verificamos que a participação dos profissionais de saúde foi efetiva ao que foi proposto. Problematizar as questões do cotidiano de trabalho nas rodas de conversa proporcionou aos participantes a oportunidade de expor suas experiencias e construir soluções para os problemas que eram enfrentados a cada novo dia na unidade de saúde. A atividade desenvolvida posteriormente foi avaliada, tendo resultado positivo por parte dos profissionais. A utilização da roda, com a problematização do cotidiano faz-se relevante, como ferramenta de cuidado, por discutir situações reais do cotidiano da unidade pediátrica, e valorizar os protagonismos, bem como a integração da equipe de saúde. Considerações finais: A utilização da roda de conversa surpreendeu os profissionais pois os mesmos não tinham o hábito de refletir o cotidiano de trabalho e construir ações de enfermagem a partir dessa reflexão para resolução de problemas. E para eles verificou-se a importância da relação dialógica e do envolvimento da equipe multiprofissional, a fim de minimizar os problemas que se repetem diariamente na unidade pediátrica. Referências Bibliográficas BRASIL. A Educação Permanente entra na roda: polos de educação permanente em saúde. Conceitos e caminhos a percorrer. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2005. 36 p. _______. Ministério da Saúde. Portaria Nº 198/GM/MS de 13 de fevereiro de 2004. Institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor e dá outras providências. Brasília: Ministério da Saúde, 2004c. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ª Edição. Rio de Janeiro: Ed. Paz e Terra, 1987.  

826 O uso do espaço universitário como campo para captação de doadores de sangue
Luciana Quagliane Ribeiro, Wanderson Patrick Nogueira, Fatima Cristina Araujo, Rodrigo Morais Torres, Juliane Pereira de Oliveira Corga

O uso do espaço universitário como campo para captação de doadores de sangue

Autores: Luciana Quagliane Ribeiro, Wanderson Patrick Nogueira, Fatima Cristina Araujo, Rodrigo Morais Torres, Juliane Pereira de Oliveira Corga

A inadequação da proporção entre o número de doadores e a necessidade de sangue da população é fonte de preocupação para os profissionais da área da saúde, familiares e pacientes que contam com doadores voluntários. O número reduzido de doadores pode estar associado a diversos fatores, entre eles: a falta de informação sobre a importância e a necessidade de doar; a falta de motivação; alguns mitos que envolvem o processo de doação de sangue; a ausência de cultura da doação regular; e a falta de conhecimento sobre o processo de doação por parte da população. Frente a isso, se faz necessário aumentar o número de doadores de sangue, e conscientizar estes doadores para a necessidade de doarem regularmente. Uma das maneiras possível é utilizar novos cenários como espaço para captação de doadores e estímulo a doação regular, tais como o espaço da universidade. Neste sentido, tem-se como objetivo relatar a experiência na organização e realização do evento: "Trote Solidário - sou sangue bom". A ação foi voltada para a captação de doadores de sangue para o Hemocentro Estadual do Rio de Janeiro. A atividade foi idealizada e coordenada por acadêmicos de enfermagem da UNESA, campus Nova Iguaçu. A primeira edição do trote deu-se em 2016.1, com reedição em 2016.2, 2017.1 e 2017.2. A comunidade acadêmica foi sensibilizada pelos estudantes de enfermagem que, além de faixas e banners, foram em todas as salas conscientizar sobre a importância da doação de sangue. Eles também atuaram realizando procedimentos específicos da profissão no processo de cadastro de doadores. Durante as edições do trote solidário foram cadastrados 961 doadores e doadas 709 bolsas de sangue. A comunidade acadêmica, incluindo os gestores do campus, aderiram a proposta e com isso o evento teve seus números de dias ampliados. A experiência do trote solidário além de contribuir para salvar vidas, fortaleceu a articulação entre ensino, serviço e comunidade, além de garantir o protagonismo dos acadêmicos de enfermagem, enriquecendo a formação profissional dos mesmos.

891 Projeto Unificar: assistência voluntária a jovens com limitações motoras e/ou cognitivas no Distrito Caeté-Açu, Palmeiras, BA
Nathália de Mattos Santos, Barbara Duarte López, Hugo Nilo Alecrim Pinheiro

Projeto Unificar: assistência voluntária a jovens com limitações motoras e/ou cognitivas no Distrito Caeté-Açu, Palmeiras, BA

Autores: Nathália de Mattos Santos, Barbara Duarte López, Hugo Nilo Alecrim Pinheiro

O Projeto Unificar foi idealizado por uma terapeuta ocupacional e concretizado com apoio da equipe da Unidade Básica de Saúde do Distrito Caeté-Açu (popularmente conhecido como Vale do Capão), situado no município de Palmeiras (BA), com o intuito de promover a inclusão social de jovens com limitações motoras e/ou cognitivas. As atividades são direcionadas para três grupos: os referidos jovens, através do estímulo ao desenvolvimento de autonomia; seus familiares, por meio da informação acerca dos direitos constitucionais e dos cuidados adequados; e a comunidade em geral, com palestras que ajudem a romper estigmas e preconceitos e instruam sobre como conviver com as diferenças. Inicialmente, foi realizado na UBS um mapeamento de crianças, adolescentes e adultos com algum tipo de deficiência que vivem na região e, em seguida, os responsáveis por eles foram contatados e convidados para uma reunião de apresentação do Projeto.  Com aqueles que manifestaram interesse em participar, foram coletadas informações importantes para a ficha de avaliação – base para o planejamento de atividades que considerem as peculiaridades de cada indivíduo (perfil ocupacional, rotina, interesses, valores). A partir disso, foram confeccionados, pela terapeuta ocupacional e estagiários da UBS, materiais reciclados e adaptados às condições cognitivas e motoras de cada um. Desse modo, as atividades com as pessoas assistidas pelo Projeto passaram a acontecer no salão da UBS, às segundas e quintas-feiras, contemplando estímulo à criatividade e à imaginação, prática de atividades rotineiras, exercícios sensoriais (aromaterapia, dança, expressão corporal e música) e saídas à comunidade. No primeiro mês, três adultos de 28, 30 e 34 anos estavam participando regularmente delas e a equipe responsável estava viabilizando junto a outras famílias a participação de seus entes que se encaixem na proposta. Já o trabalho educativo com a população local, acontece na sala de espera da UBS (por exemplo, uma dinâmica sobre os estigmas da loucura conduzida pelos estagiários), na escola municipal (como o combate ao bullying) e em outros espaços coletivos, com tema e metodologia extraídos a partir das queixas apresentadas nas reuniões mensais com os familiares. Com o desenvolvimento do Projeto Unificar, foi possível observar a progressiva superação de limitações dos assistidos, a capacitação da equipe de saúde, a reivindicação ao poder público por parte dos familiares para o suprimento necessidades básicas (cadeira de rodas, insumos, medicamentos etc) e a mudança de olhar dos moradores da região acerca da inclusão social – um exemplo disso é o fato de alguns deles contribuírem com o transporte dos assistidos até a UBS. Além disso, algumas responsáveis pelo Projeto, como reconhecimento da atuação, foram facilitadoras do eixo de Inclusão Social na 4ª Conferência Municipal de Saúde de Palmeiras, fomentando a elaboração de políticas públicas para todos os grupos em vulnerabilidade social.

1937 A RELEVÂNCIA DA AUTOESTIMA E DO AUTOCUIDADO: PROMOVENDO A SAÚDE DA MULHER
Emanuelly Martins, Bruna Hardt, Carolina Marostica, Gabriela Soares, Beatriz Bertoncello, Jeane Barros de Souza

A RELEVÂNCIA DA AUTOESTIMA E DO AUTOCUIDADO: PROMOVENDO A SAÚDE DA MULHER

Autores: Emanuelly Martins, Bruna Hardt, Carolina Marostica, Gabriela Soares, Beatriz Bertoncello, Jeane Barros de Souza

Com o passar dos anos, a promoção e prevenção da saúde vêm se destacando, trazendo consigo reflexões importantes sobre o viver saudável. Para estimular a promoção e prevenção da saúde, surgiram campanhas como o “Outubro Rosa”, realizada anualmente, com o intuito de conscientizar as mulheres sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama, assim como conscientizá-las quanto a importância de cuidarem de si e de sua saúde. Durante atividades teórico práticas, no 6º período de Enfermagem, da Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, numa Unidade Saúde da Família, surgiu a oportunidade de realizar uma ação educativa  com as mulheres do bairro Jardim América, no município de Chapecó-SC, para encerrar o mês da campanha contra o câncer de mama e promover a saúde das mulheres. Nesta perspectiva, tem-se como objetivo compartilhar a experiência de realizar atividade educativa acerca do viver saudável, com mulheres de uma comunidade do oeste catarinense, buscando refletir quanto à importância da autoestima e do autocuidado. Para tanto, as acadêmicas iniciaram o planejamento da educação em saúde, elencando temáticas relevantes a serem trabalhadas para uma vida saudável e o autocuidado. Foram confeccionados convites e entregues na comunidade com o apoio das agentes comunitárias de saúde do bairro. A atividade educativa foi realizada no mês de outubro de 2017, numa sala ampla da Unidade de Saúde, no período vespertino, contando com a participação de aproximadamente 20 mulheres. Foi possível realizar reflexões sobre uma vida saudável, envolvendo a autoestima, a promoção da saúde, uma dieta equilibrada e a realização de atividades físicas. As mulheres participantes foram instigadas a pensar sobre “Qual é o seu valor?”. A atividade proporcionou reflexão e conscientização do próprio cuidado para depois cuidar do próximo, incentivando as mulheres a ter um tempo para se cuidar, através de atividades físicas, alimentação saudável, criação de momentos de lazer, reforçando a importância da realização dos exames anuais para prevenção de doenças e tratamentos em fase inicial. Já na alimentação, o foco foi orientar sobre a importância de uma alimentação saudável através do compartilhar de receitas, sendo proporcionado um momento de degustação de cookies saudáveis e de suco de morango, preparados pelas acadêmicas de enfermagem, que foi aprovado por todas as mulheres participantes da atividade. Ao término, foi realizado um sorteio de brindes. Foram momentos significativos tanto para as participantes como para as acadêmicas envolvidas no processo, pois foi possível resgatar o que há de melhor dentro de cada uma, e todas evidenciaram a necessidade de olhar mais para si, de se autovalorizar e de se autocuidar.  A realização da atividade mostrou a importância do cuidado permanente, de que o bem estar físico, mental e social são necessários para o indivíduo estar completamente saudável. Todas as participantes participaram ativamente de todas as etapas da atividade educativa, ficando evidente a necessidade de continuidade de outras temáticas com o mesmo grupo de mulheres, que necessitam de assistência durante todo o ano, indo muito além do mês de outubro.

1944 A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE VAI AO CAMPO DE FUTEBOL.
Pettra Matos, Kellly Calderaro, Liliane Nascimento, Luciana Kruk, Andrea Marassi, Amanda Medeiros, Dimitra Castelo

A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE VAI AO CAMPO DE FUTEBOL.

Autores: Pettra Matos, Kellly Calderaro, Liliane Nascimento, Luciana Kruk, Andrea Marassi, Amanda Medeiros, Dimitra Castelo

Apresentação: Na atenção primária à Saúde, através da vivência observa-se que os homens, de forma geral, têm certa restrição em se dirigir à unidade de Saúde, demonstrando assim sua despreocupação com sua saúde, o que traz uma realidade bem típica do universo masculino, que é sua “certeza” que não está vulnerável ao acometimento de doenças. Com certo preconceito e falta de conhecimento, existe uma lacuna na prevenção e no autocuidado. Não existe procura para atendimento, deixando que a saúde chegue ao seu estado crítico, o que causa grave transtornos econômicos a si e ao sistema. São doenças e agravos que acontecem de forma desnecessária, e que são evitáveis, basta que ocorra conscientização, esclarecimento e disposição. Com isto, o que se observa estatisticamente é que as causas externassão as principais causas de mortalidade no sexo masculino, sendo este um desafio na atenção à saúde. Os homens são responsáveis por pelo menos seis de cada dez óbitos por doenças do aparelho circulatório.Por tais fatos foi criada a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, que tem como objetivo promover ações de saúde ao homem. E para este objetivo se concretizarsão necessárias estratégias de humanização, realização de ações e disponibilização de serviços. É uma forma de reconhecer que é necessário o cuidado com a saúde, especificamente do homem, pois seus agravos são crescentes, se tornando questão de saúde pública. Assim, imersos neste contexto, esta experiência teve como objetivos conscientizar o homem da responsabilidade com sua saúde e de seu protagonismo com seu próprio cuidado; esclarecer a diferença entre câncer de próstata e câncer de pênis e fatores graves relacionados a estas patologias; disponibilizar acesso a testes básicos fornecidos pela UBS, afim de quebrar possíveis preconceitos deste gênero com relação ao acesso à saúde. Desenvolvimento do trabalho: A experiência foi realizada na unidade básica de saúde Sarah Martins, no bairro Apeú, na cidade de Castanhal – PA/Brasil, com início em abril de 2017. Foi uma experiência dentro do novembro azul, programação prevista pelo Ministério da Saúde. Pela manhã, na unidade, foram realizadas palestras sobre o câncer de próstata e câncer de pênis. A equipe de saúde fez coleta de PSA, testes rápidos de glicemia, atendendo nesta manhã, aproximadamente, 100 homens. Contudo, os profissionais sentiram que era necessário ir além das paredes da unidade. Então, a tarde a experiência teve como objetivo ir ao encontro dos homens, visto que a problemática está justamente na dificuldade destes se dirigirem à unidade. Diante disto, a equipe da unidade programou a atividade em um campo de futebol, onde 100 homens jogam bola todas as sextas a tarde. Trata-se de uma associação, chamada Associação dos Veteranos do Apeú.  Eles toparam a proposta. Lá a médica fez a palestra de conscientização da necessidade de cuidar da saúde, as vulnerabilidades que todos temos em relação à vida e sobre a importância de exames para evitar o câncer. Foram realizados verificação de pressão, testes rápidos de glicemia e sobretudo, uma oportunidade de convivência com todos. Houve um momento de perguntas e respostas, para que eles pudessem tirar suas dúvidas. A coordenadora esclareceu que a unidade é da comunidade. Que todos podem chegar e ficar à vontade para cuidar de sua saúde. Colocou a equipe a disposição para que juntos pudessem ir eliminando a dificuldade de ir a unidade, cuidar da saúde sem esperar que o estado de sanidade ficasse crítico, como é observado atualmente. Resultados: Trata-se de uma experiência inovadora na unidade,pois é uma mudança de paradigmas onde todos fazem parte do processo.Entende-se que é desta forma que se promove a saúde.A experiência pela parte da manhã proporcionou a abertura da unidade a todos, quebrando o preconceito de que homem não vai a unidade. Foi fundamental a disposição da equipe para que eles se sentissem a vontade e saíssem conscientes que a unidade está de portas abertas e que a mesma é de cada um que faz parte desta comunidade. Como foi realizado um momento mais espontâneo, de café da manhã, toda a equipe, inclusive os estagiários puderam estar mais próximos dos homens presentes, e estabelecer um relacionamento que também possibilitou proximidade destes com a equipe de saúde.A segunda experiência, à tarde, foi uma surpresa pois não esperavam que a equipe estivesse tão disponível e acessível. Com a ida da unidade até eles, gerou um novo relacionamento. Este momento foi uma troca de experiências, por que a equipe também sentiu que seu escopo é assim delineado. A adesão à proposta das atividades antes do jogo foi aderida por todos. Após a execução das atividades previstas a equipe ficou no campo para prestigiar a partida, e os homens da equipe jogaram futebol com eles.  Não faz sentido estar em uma unidade, na ponta do atendimento, se não tem essa abertura à comunidade. Com esta experiência segue uma nova fase no bairro do Apeú, com crescente protagonismo, coparticipação e corresponsabilidade com a saúde.Passadas uma semana após este evento, vimos vários destes homens, que estiveram presentes no campo, presentes no campo, indo a unidade marcar consultas e exames, o que demonstra um resultado positivo e uma quebra de muros entre a unidade e a comunidade, aqui representada pelo homens.É mesmo uma quebra de paradigmas, pois no Apeú é muito evidente a despreocupação dos homens com sua saúde. Diariamente vemos na unidade que as mulheres estão sempre presentes, preocupadas com seus cuidados, e os homens, que estão em minoria, vão somente em momentos críticos de sua saúde. Considerações Finais: A coletividade é traduzida através de ações e seus resultados, sejam eles positivos ou negativos, pois todos são responsáveis pelo processo. No caso específico desta experiência, o principal e mais relevante fato foi a quebra de possíveis obstáculos que existiam ente a unidade e os homens que fazem parte desta. Foi uma renovação de relacionamento entre os profissionais de saúde e sua comunidade, o que está gerando uma corrente de cuidados antes não vistos na comunidade. São experiências como esta que fazem que a promoção em saúde se tornar uma realidade implementada no setor saúde, visando o bem comum, onde a coletividade deve ser prioridade.

2775 O BRINQUEDO TERAPÊUTICO COMO INSTRUMENTO PARA HUMANIZAÇÃO E GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Cléo Da Costa Araújo, Dhiuly Anne Fernandes Da Silva, Jackeline Chaves Fonseca, Erika Beatriz Borges Silva, Gicelda Pimentel Costa, Elaine Priscila Ângelo Zagalo

O BRINQUEDO TERAPÊUTICO COMO INSTRUMENTO PARA HUMANIZAÇÃO E GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Cléo Da Costa Araújo, Dhiuly Anne Fernandes Da Silva, Jackeline Chaves Fonseca, Erika Beatriz Borges Silva, Gicelda Pimentel Costa, Elaine Priscila Ângelo Zagalo

APRESENTAÇÃO: Desenvolver caminhos para humanização frente às ideologias biomédicas ainda presentes na acadêmica e nos hospitais, torna-se papel primordial para a contribuição no cuidado a saúde dos pacientes, é através do trabalho de sensibilização e humanização na formação da base, ou seja, graduação, que se conseguirá construir novos horizontes para na abordagem em saúde. O desafio de relatar essa experiência é discutir o brinquedo terapêutico como um processo de gestão do cuidado em saúde capaz de produzir impactos significativos na assistência à criança hospitalizada, e de formar estudantes sensibilizados quanto às estratégias lúdicas do cuidar a saúde do paciente pediátrico, e assim evidenciar significado a humanização no serviço de saúde, qualidade e bem-estar no serviço prestado a esses pacientes. O que se propõe nesse relato é um despertar para as evidencias cientificas da utilização do lúdico na prestação do cuidado, bem como transcender o modelo tradicionalista do cuidar da criança baseado na figura do adulto. Sendo assim, o objetivo desse trabalho é relatar experiência significativa na gestão do cuidado prestado por acadêmicos de enfermagem em pediatria a partir da utilização do brinquedo como ferramenta de assistência. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por estudantes do curso de graduação e licenciatura plena em Enfermagem, da Universidade Federal do Pará (UFPA), no período de 2017, durante semi-internato na atividade curricular de pediatria, no qual os discentes construíram uma estratégia didática com o boneco terapêutico para abordagem a criança hospitalizada. A experiência aconteceu em um hospital público do município de Belém, referencia em atendimento pediátrico, com 06 (seis) acadêmicos.  A didática ocorreu em quatro momentos, o primeiro momento “tentativa do dialogo com a criança e com o pai”, transcorreu a partir de uma tentativa prévia de diálogo e aproximação com a paciente e seu responsável, a partir da apresentação dos estudantes e os procedimentos que iriam ser realizados; no segundo momento “aproximação com a criança a partir de seus objetos de brincar”, nesse contexto os discentes recorreram a uma análise rápida dos pertences da criança, seu gosto e o brinquedo que mais gostava, para com isso conduzir a avaliação; terceiro momento “identificando achados clínicos a partir do objeto (boneco) escolhido”, nesse momento os estudantes a partir do zelo que a criança apresentava pela boneca escolhida, indagaram a forma como a criança cuidava dela, nesse sentido questionaram o estado da boneca, na percepção infantil, o estado dela naquele momento e sobre suas necessidades básicas humanas (NHB), após isso retornando a pergunta para a criança, dona e cuidadora da boneca, sobre sua condição de saúde naquele momento e suas NHB, estabelecendo assim uma relação de comunicação e vínculo a partir do brinquedo; no quarto momento “aplicação da assistência baseado no brincar”, os envolvidos induziram o protagonismo da criança naquele momento, contribuindo para diminuição dos seus medos e ansiedade, através da utilização da boneca da paciente, aplicando as técnicas do exame físico na paciente e solicitando sua ajuda para avaliar a boneca, induzindo-a a repetir os procedimentos realizados pelos estagiários na boneca, exemplificando e explicando os procedimentos e o motivo da sua realização, contribuindo assim no trabalho dos próximos profissionais nos dias seguintes. Ao quinto momento “ensino do autocuidado para a paciente pediatria a partir do cuidar do seu boneco”, os estudantes ensinaram hábitos do cuidar de si através dos ensinamentos orientados à criança quanto aos cuidados que ela deveria ter com relação a sua boneca no período de internação, e clarificando os mesmo cuidados deveriam ser voltados a ela, salientando a questão do cuidar é dar bons exemplos, então foi induzido à criança a dar bons exemplos de cuidado, através de suas atitudes, para a sua paciente (boneca) pudesse reproduzir o mesmo. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: Durante o período de semi-internado, observou-se a não utilização, pelos profissionais, de estratégias a colaborar na implementação do planejamento do seu cuidado, e principalmente, para a contribuição na redução de medos e ansiedades evidenciados na criança frente a sua internação. A partir da utilização do boneco como parte de seu instrumento de serviço, pelos estudantes, a assistência prestada pelos discentes demonstrou grade significância nas questões de gestão do cuidado, desenvolvimento neuropsicomotor e principalmente na humanização do serviço em saúde. A utilização do brinquedo e do brincar durante a assistência contribuiu na construção do vínculo com o paciente pediátrico e seu familiar, possibilitando assim uma maior avaliação do desenvolvimento e reabilitação, e na implementação dos procedimentos de cuidado prestados, bem como na sensibilização desses estudantes, futuro profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), para a prestação do cuidado humanizado, atendendo as necessidades de cada usuário do serviço conforme sua limitação e sua entrega aos cuidados planejados para sua melhora. A implementação da assistência, a partir do seu planejamento com a utilização do boneco terapêutico, foi condutor de uma aprendizagem significativa e problematizadora na formação desses futuros enfermeiros, envolvendo-os quanto às questões de humanização, do cuidar e do planejar a assistência, com isso, os acadêmicos de enfermagem sentiram-se envolvidos pela boa pratica na assistência a saúde da criança hospitalizada, e pela construção de estratégias simples e eficazes que venham a contribuir no planejamento da assistência. CONSIDERAÇÕES FINAS: A experiência do trabalho com o brinquedo demonstrou potencial instrumento a ser utilizada na gestão do cuidado a criança hospitalizada, por produzir vínculo entre os envolvidos, reduzir danos psicológicos ao paciente pediátrico, e principalmente pela prática da humanização no serviço de saúde como novas formas de se produzir bem-estar. Planejar o cuidado em saúde vai além de traçar estratégias frente ao paciente internado, é construir meios para que esse cuidado seja efetivo e significativo na saúde do ser em processo de cuidado, principalmente na criança imersa ao contexto hospitalar. Dessa forma, as estratégias lúdicas devem ser postas na grade curricular dos cursos da saúde como uma disciplina a contribuir na formação de estudantes competentes e habilidades a cuidar do paciente pediátrico. Sendo assim, discutir e protocolar novas formas de abordagem a esse público é um caminho a ser construído para a melhoria na gestão do cuidado e o compromisso dos profissionais na redução dos danos provocados pelo processo de hospitalização, haja vista nenhuma estratégia presente até o momento, orientando quanto às formas de assistir esses pacientes.

2790 GRUPO DE PRÁTICAS COMO ESPAÇO PARA PROMOÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOB A ATUAÇÃO DA FONOAUDIOLOGIA.
Marília Gabriela Santos Bezerra, Marília Gabriela Santos Bezerra, José Carlos Araújo Fontenele, Sanayla Maria Albuquerque Queiroz, Hanna Pontes Linhare, Patricia Thays Alves Pereira, Edine dias Pimentel Gomes, Jéssica Rodrigues Brito, Silvinha de Sousa Vasconcelos Costa

GRUPO DE PRÁTICAS COMO ESPAÇO PARA PROMOÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOB A ATUAÇÃO DA FONOAUDIOLOGIA.

Autores: Marília Gabriela Santos Bezerra, Marília Gabriela Santos Bezerra, José Carlos Araújo Fontenele, Sanayla Maria Albuquerque Queiroz, Hanna Pontes Linhare, Patricia Thays Alves Pereira, Edine dias Pimentel Gomes, Jéssica Rodrigues Brito, Silvinha de Sousa Vasconcelos Costa

A Perda Induzida por Ruído Ocupacional (PAIR) pode ser entendida como a diminuição gradual da audição decorrente a permanência prolongada e continua ao ruído, que podem ser provenientes e/ou agravadas por exposição à vibrações e produtos químicos como: metais, gases asfixiantes e solventes orgânicos. Todos os trabalhadores que se expõem diariamente ao trabalho em locais com ruídos (pedreiros, cabelereiros, mecânicos, dentistas, metalúrgicos, motoristas, operários, serralheiros entre outros) devem fazer o uso de forma adequada do Equipamento de Proteção Individual – EPI, realizar exames periódicos, participar de Programas de Conservação Auditiva – PCA, para prevenir e controlar o avanço da perda auditiva. Objetivando-se promover um melhor conhecimento acerca desse assunto dialogando em uma roda de conversa com usuárias do Grupo de Práticas do território do Centro de Saúde da Família Dr. Estevam Ferreira da Ponte, no município de Sobral, Ceará. Foi realizado um momento de educação em saúde para as participantes do grupo, como uma das atividades comemorativas do Dia do Fonoaudiólogo. A ação deu-se através de distribuição de um folder “O que os olhos não veem... a orelha sente”, que aborda a definição sobre PAIR, os principais fatores, os sinais e sintomas, os cuidados que devem ser tomados e uma tabela relacionando o tempo de exposição ao nível sonoro. Após a distribuição dessa cartilha realizamos uma roda de conversa para debater sobre o material educativo, tirando dúvidas, trazendo para os usuários lembretes e ressaltando a importância de utilizar os EPI’s, realizar os exames médicos e auditivos periodicamente. Notou-se que através dessa atividade é possível proporciona esclarecimento acerca da atividade do Fonoaudiólogo bem como o conhecimento sobre essa patologia tão comum porem ainda pouco conhecida.

2937 Vivencia de acadêmicos de enfermagem acerca da visita domiciliar utilizando o Modelo Calgary de Avaliação
Rosana Freitas de Assis, Ana Maria dos Santos Monteiro Neta, Lidiane Tavares Medeiros, Leudson de Oliveira Arinana, Nataly Barbosa Cavalcante, Leonardo Naves dos Reis

Vivencia de acadêmicos de enfermagem acerca da visita domiciliar utilizando o Modelo Calgary de Avaliação

Autores: Rosana Freitas de Assis, Ana Maria dos Santos Monteiro Neta, Lidiane Tavares Medeiros, Leudson de Oliveira Arinana, Nataly Barbosa Cavalcante, Leonardo Naves dos Reis

Apresentação: A regulamentação do Sistema Único de Saúde (SUS), efetivada em 1990, com a aprovação das leis 8.080 e 8.142, estabeleceu entre outros aspectos, o acesso universal de todos os cidadãos. Destaca-se como objetivos a assistência à população a partir de uma ótica de promoção da saúde. Estão incluídas também as ações de natureza preventiva, voltadas aos riscos e agravos à saúde, além das atividades de recuperação da saúde de forma a evitar mortes e sequelas (1). O SUS possui a Estratégia Saúde da Família (ESF) como uma das mais notáveis políticas de atenção básica, que contribui desde 1994 para o avanço da atenção básica em saúde, a partir da mudança do foco de atendimento individual, anteriormente fundamentado no modelo biomédico e curativo, para torna-se, coletivo, direcionado à prevenção primária e promoção de saúde (2). Neste sentido, o Modelo Calgary de Avaliação na Família (MCAF), tem como objetivo analisar a família como um sistema considerando suas relações internas e externas.  Avaliação da família é realizada por meio de genograma (desenho família) e o ecomapa (desenho das relações das famílias e grupos externos) (3).  E é por meio desse modelo que o enfermeiro pode analisar as necessidades de saúde considerando os diversos contextos da família como o perfil sociodemográfico, condições de saneamento, condições de saúde/ doença, relações entre familiares e da mesma com a comunidade. O objetivo desse estudo é relatar a experiência de ensino e aprendizagem vivenciada por acadêmicos de enfermagem durante visitas domiciliares utilizando o modelo Calgary de avaliação familiar. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. Que se deu de acordo com a experiência de discentes do curso de enfermagem do 9º semestre, no decorrer do estágio na disciplina  Estágio Supervisionado I, no modulo de  Enfermagem em Saúde Coletiva, que desenvolveram suas atividades de visitas domiciliares com famílias assistidas por uma Estratégia de Saúde da Família da Zona Norte do Município de Manaus/AM. O estudo surgiu da necessidade de descrever uma experiência que engloba conhecimentos teórico, científico  e práticos na consolidação de uma aprendizagem de qualidade assimilada no contexto da atenção à saúde da família. Durante as visitas utilizou-se como instrumento para a avaliar as famílias o modelo Calgary de Avaliação e Intervenção Familiar (MCAF), modelo esse que permite uma visão ampla da família, abrangendo suas relações internas e externas, vulnerabilidades e seguranças, tornando-se uma perspectiva de abordagem ampliada das circunstancias de vida das pessoas (4). Resultados e impactos: Antes de começar o estágio houve uma aula abordando de maneira bem dinâmica o modelo Calgary, foi explanado o conceito, as características e como era seu funcionamento, nessa aula foram esclarecidas as dúvidas que surgiram naquele momento, e com alguns dados fictícios desenvolveu-se o modelo, obtendo assim uma base de como seria realizado durante as visitas. Em seguida, já inseridos no campo de estágio, foi apresentado o local e o plano de atividade a ser desenvolvido, também foi disponibilizado um roteiro de entrevista e um modelo do genograma e ecomapa para facilitar o entendimento e desenvolvimento do MCAF. Dentre as atividades desenvolvidas no módulo de Saúde Coletiva, pertencente ao Estágio Supervisionado I, a visita domiciliar estava inserida entre as atividades a serem realizadas. Nas visitas a elaborou-se os genogramas e ecomapas das famílias. Identificou-se também as inconstâncias que existiam nessas famílias, dentre as quais podemos citar: HAS, DM, Alzheimer, CA de próstata, ulceras por pressão e automedicação e negligencias no uso dos medicamentos. No final da experiência foi possível conhecer o panorama das famílias visitadas utilizando o MCAIF, verificamos o perfil sociodemográfico, condições de saneamento, condições de saúde/ doença, relações entre familiares e da mesma com a comunidade. Permitiu- se identificar o cuidador e a pessoa que recebe os cuidados, as dificuldades e facilidades encontradas nesse processo do cuidado integral. Conhecemos a outra face da visita domiciliar, ou seja, a visão que a família tem sobre os profissionais que a realizam, foi unanime a aceitação dos serviços e avaliação positiva, mesmo diante de dificuldades de logística. Por fim realizou-se uma discussão sobre as visitas domiciliares utilizando o MCAF para avaliar as famílias de forma a identificar as suas interações internas e externas e os cuidados prestados aos pacientes no contexto familiar. Realizou-se também uma discussão do modulo de saúde coletiva, os prós e contras dos instrumentos utilizados para a avaliação e intervenção familiar. O processo ensino-aprendizagem na saúde, que acontece por meio do dialogo e da relação entre discente e docente, faz com que se estimule a criticidade da realidade e a postura ativa dos academicos e professores, de forma que ambos mudam durante  o processo da ação educativa e  aprendem enquanto ensinam, considerando que o contexto historico de vida se desenvolve em pratica independente, dessa maneira teremos profissionais capazes de assistir integralmente e humanizadamente aos pacientes, alem de profissionais com mais autonomia, que tenham habilidades para tomar decisões com olhar holístico e que saibam trabalhar em equipe (5-7). O modelo em si aponta caminhos de intervenção que acontecem no decorrer das entrevistas. Deixar a família se expressar, faz com que ela compartilhe seus problemas e esclarecer dúvidas que surgem durante o processo. Além do mais, ajuda a família a encontrar soluções para os problemas (8). O Modelo Calgary pode contribuir para o desenvolvimento de um olhar holístico no acadêmico de enfermagem, dessa forma as intervenções de enfermagem são mais efetivas como, por exemplo, em algumas famílias, podemos observar que os clientes possuíam dificuldade de locomoção, então através da visita domiciliar com base no modelo Calgary, pôde-se atentar melhor para certos princípios do SUS como a integralidade que proporciona conjunto de práticas desenvolvidas para o enfretamento de necessidades e problemas. Outro princípio do SUS é a equidade que por meio da visita domiciliar pôde-se oferecer assistência adequada, de forma mais personalizada, às famílias que possuem diferentes necessidades de cuidados e assim fornecer atendimento igualitário a todos (9). Considerações finais: A assistência de Enfermagem de forma humanizada na visita domiciliar na atenção primária de saúde, utilizando o MCAF, proporcionou avaliar de forma mais abrangente o perfil dos moradores da localidade em questão. Foi uma experiência muito significativa para o aprendizado, proporcionando a vivência das aflições e expectativas dos indivíduos em relação à promoção de saúde. Por meio do MCAF, pôde-se intervir com planos de cuidados mais específicos de forma individual e coletiva obedecendo as peculiaridades de cada família. Notou-se nas ações tanto institucional, quanto de profissionais, a existência do modelo biomédico, sendo preciso o rompimento com essa prática e fortalecimento da assistência voltada para a comunidade, família e indivíduo, fazendo com que os profissionais sejam participantes atuantes da sociedade. Se mostra necessário um cuidado familiar por meio da promoção à saúde e intervenção de cuidados mais personalizados, pautado nos pressupostos teóricos, afim de nortear a linha de cuidados das famílias na atenção básica, além da busca contínua de estudos e inovações científicas para manter-se atualizado enquanto profissional de enfermagem, para poder assistir à população de forma humanizada dentro dos princípios da equidade e da integralidade.

3235 Prevenção e controle das doenças cardiovasculares e da hipercolesterolemia para saúde da população
Kamilla Costa da Silva, Ivonete Vieira Pereira Peixoto

Prevenção e controle das doenças cardiovasculares e da hipercolesterolemia para saúde da população

Autores: Kamilla Costa da Silva, Ivonete Vieira Pereira Peixoto

Apresentação: A obesidade, segundo a organização mundial da saúde, já constitui uma epidemia mundial. Atinge a todas as camadas sociais, tanto nos países desenvolvidos como nos denominados em desenvolvimento. Evidências experimentais recentes assinalam que 35% da população brasileira tem sobrepeso. Este fato está associado ao aparecimento das enfermidades denominadas denegerativas, tais como hipertensão, enfermidades cardiovasculares, diabetes, câncer, etc., que têm um impacto prejudicial à saúde da população e à qualidade de vida. Dessa forma, apesar de todos os avanços da medicina no tratamento das doenças degenerativas principalmente as cardiovasculares e hipercolesterolemia, a prevenção destas doenças ainda deve ser encarada como uma medida importante para salvar vidas. A principal característica das doenças cardiovasculares é a presença da aterosclerose que é o acumulo de placas de gordura decorrente do colesterol alto nas artérias ao longo dos anos impedindo dessa forma a passagem do sangue. Objetivos: Discorrer sobre a importância de se adotar medidas de prevenção e controle dos fatores de risco que causam as doenças cardiovasculares e  hipercolesterolemia. Descrever a atuação da enfermagem na prevenção e controle melhorando a qualidade de vida da população. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo de natureza qualitativa com abordagem bibliográfica sobre o controle e prevenção de doenças cardiovasculares e hipercolesterolemia levantado através de arquivos disponíveis em sites: bireme, lilacs,scielo. Resultados e/ou impactos: Os hábitos da sociedade nos dias de hoje como, má alimentação, inatividade física, estresse, tabagismo e o alcoolismo facilitam no aparecimento de doenças cardiovasculares e da hipercolesterolemia. Mantendo o controle sobre os fatores de risco que levam a doenças cardiovasculares, a prevenção é a forma mais eficiente para as cardiopatias. Devido ao alto índice de mortalidade das doenças cardiovasculares, o ministério da saúde vem adotando medidas de promoção e prevenção dessas doenças, através do sistema único de saúde (sus), com programas como o hiperdia. Vale ressaltar que em virtude do alto índice de morbimortalidade das doenças cardiovasculares, o profissional de enfermagem deve atuar na abordagem das necessidades de uma política pública voltada para a promoção e prevenção dessas doenças, através do sistema único de saúde (sus). Considerações finais: É importante a população adquirir hábitos de praticar exercícios físicos regularmente, ter uma alimentação saudável rica em proteínas e vitaminas, evitar o tabagismo e possuir uma vida com menos estresse. È fundamental que toda equipe de enfermagem disponha informações e recursos necessários para levar para toda a comunidade envolvida, um programa de prevenção implementando-os nas unidades de  saúde através de estratégias e ações educativas de prevenção de doenças cardiovasculares e hipercolesterolemia. 

3246 PROJEÇÕES VISUAIS PARA SE VER (N)O OUTRO: PRODUÇÃO DO CUIDADO PELA LENTE DA SAÚDE
Tamires Viviane Aparecida Diehl, Vilma Constância Fioravante dos Santos

PROJEÇÕES VISUAIS PARA SE VER (N)O OUTRO: PRODUÇÃO DO CUIDADO PELA LENTE DA SAÚDE

Autores: Tamires Viviane Aparecida Diehl, Vilma Constância Fioravante dos Santos

APRESENTAÇÃO Este trabalho se propõe a compartilhar a experiência do fazer e promover de um projeto em andamento que congrega pesquisa, ensino e extensão universitária em um bairro da periferia de um Município do Sul do Brasil.  Partindo da necessária, mesmo que escassa,  indissociabilidade entre pesquisa, ensino e extensão, entende-se que, o processo de vivenciar a investigação científica, a partir de metodologias mais sensíveis, deixando-se sensibilizar pelo estar com o outro tem potência para sensibilizar estudantes do campo da saúde a serem mais críticos e ativos no papel que tem como profissionais e cidadãos. Deste modo, o projeto mencionado se alinha com os preceitos da educação popular em saúde e da extensão universitária. Para tanto, denota-se a importância da incorporação de práticas de ensino-pesquisa e extensão que trabalhem a subjetividade, demandando do pesquisador/acadêmico um olhar mais sensível.DESENVOLVIMENTO DO TRABALHOTrata-se de um projeto que se propõe a produzir cuidado com pessoas inseridas no território denominado “Morro da Cruz”, um dos bairros da periferia de um Município do Sul do Brasil que tem inserida uma Instituição de Ensino Comunitária. O fio condutor que aproxima o ensino, a pesquisa e a extensão são as disciplinas que envolvem imersão no contexto das práticas em saúde e enfermagem e o interesse em investigar a percepção dos sujeitos envolvidos neste contexto acerca da produção da saúde e da doença, inseridos em um Sistema formal de Saúde. O projeto se encontra em fase de construção teórico-metodológica, de formação de alianças entre a instituição de ensino e as pessoas que conformam o território, por meio de atividades de extensão universitária, apresentando a proposta do estudo e o interesse das pessoas em participar, assim que esta fase for finalizada o projeto será submetido a Plataforma Brasil. RESULTADOS E/OU IMPACTOSA partir da promoção de encontros e vivências no território descrito serão produzidas fotografias que possam dar espaço para o diálogo entre os sujeitos envolvidos com o fazer do projeto, ou seja, os moradores, estudantes e professores. A produção visual tem o interesse de, também, promover espaços de reflexão sobre a produção do cuidado em saúde de modo multidimensional, especialmente para possibilitar aos acadêmicos a construção de saberes mais sensíveis ao (re)conhecimento do outro e seus problemas, aproximando a saúde, educação, cultura e participação popular. CONSIDERAÇÕES FINAISEsta iniciativa, em andamento, contribui para a construção de práticas em saúde mais abrangentes e integrais, promovendo entrelaçamentos na formação universitária, desafiando o ensino estritamente disciplinar. O fazer, que é um constante ir e vir, está promovendo novas perspectivas de olhar para o trabalho em saúde. É preciso compreender como se dão as relações entre membros da comunidade, identificar atores sociais presentes, levantando a importância das conexões entre acadêmico/pesquisador e participante para que se possa construir um fazer saúde de forma a exercitar a alteridade e a sensibilidade, além de trabalhar os diferentes modos de ver o outro, evidenciando ferramentas que possibilitam dar voz aos sujeitos, como as imagens.

5015 Atividades de Promoção à Saúde junto a servidores públicos federais em Juiz de Fora - Minas Gerais.
Helda da Silva Moreira, Ludmila Silva Pinho

Atividades de Promoção à Saúde junto a servidores públicos federais em Juiz de Fora - Minas Gerais.

Autores: Helda da Silva Moreira, Ludmila Silva Pinho

O presente relato de experiência trata-se de um projeto que envolve ações em Promoção à Saúde realizadas em um instituto federal na cidade de Juiz de Fora - Minas Gerais. O conceito de Promoção de saúde utilizado no projeto é o mesmo da Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizada em Ottawa, no Canadá, em 1986 que estabeleceu o conceito de promoção da saúde, enquanto o “processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo maior participação no controle desse processo” (OMS, 1986). As atividades foram realizadas pela equipe da Coordenação de Assistência ao Servidor - CAS, composta por uma assistente social e duas psicólogas, que trabalham na Reitoria do IFSUDESTE MG, com a finalidade de proporcionar momentos de encontros entre servidores para apresentar orientações em saúde com diversos profissionais da saúde e após em seguida abrir espaço para a discussão e esclarecimentos de dúvidas dos participantes. Dentre os objetivos das atividades destacam-se o de promover a sensibilização dos cuidados individuais e coletivos com a saúde dos servidores. A metodologia utilizada foi convidar profissionais de outras instituições, em forma de parceria, para que conduzissem as atividades, sendo reservado um auditório no 12º andar com recursos audiovisuais para exposição de slides ou vídeos usados nas atividades. Após a explanação do profissional convidado, foi destinado um período para esclarecimentos de dúvidas e discussões com todos os participantes. Os servidores foram convidados, através de convites enviados por email institucional e pessoalmente pela equipe da CAS. Em 2017 aconteceram três atividades: Diálogos sobre Saúde Mental, com 40 participantes; Atividade educativa em saúde da mulher, com 34 participantes; e Atividade educativa em saúde do homem, com 31 participantes. Apesar de ser uma iniciativa nova na instituição houve uma boa adesão (participação) dos servidores, sendo que existem cerca de 100 servidores na unidade onde foram realizadas as atividades. Ao longo dos encontros foi possível observar a participação pró-ativa dos servidores na troca de experiências e discussões dos temas propostos, assim como na sugestão de temas para próximos encontros. Consideramos ter sido uma excelente iniciativa, devido à participação ativa dos servidores, uma vez que observamos que, com o desenvolvimento dessas atividades, os servidores têm buscado com maior frequência a CAS, solicitando intervenções, o que pode apontar para uma maior preocupação e consequente intensificação dos cuidados em saúde, fomentadas por esses espaços de diálogos. Acreditamos que através dessas ações em promoção/educação em saúde desenvolvidas pela equipe multiprofissional da CAS, em parceria com profissionais convidados e instituições, oportunizamos a (re) construção de percepções sobre saúde e bem-estar, o que culmina em processos de empoderamento e maior responsabilização/protagonismo em relação à saúde do servidor no ambiente de trabalho.  

5183 PROMOÇÃO DE SAÚDE COM PAIS E RESPONSÁVEIS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ATENDIDOS EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL EM IMPERATRIZ – MA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Mônica Oliveira Silva Barbosa, Aldo Lopes da Costa Júnior, Fernando Lobão Camelo Silva, Jackeline de Oliveira Castro, Rocilda Castro Pinho, Vanessa de Sousa Silva, Maricélia Tavares Borges Oliveira

PROMOÇÃO DE SAÚDE COM PAIS E RESPONSÁVEIS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ATENDIDOS EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL EM IMPERATRIZ – MA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Mônica Oliveira Silva Barbosa, Aldo Lopes da Costa Júnior, Fernando Lobão Camelo Silva, Jackeline de Oliveira Castro, Rocilda Castro Pinho, Vanessa de Sousa Silva, Maricélia Tavares Borges Oliveira

Introdução: O consumo de álcool, tabaco e outras drogas psicotrópicas tem se tornado um caso de saúde pública no mundo, onde cada vez mais cedo crianças e adolescentes têm feito uso das mesmas, em busca de prazer e satisfação pessoal. O uso dessas substâncias, principalmente a droga, provoca alterações no organismo de maneira a modificar a atividade dos órgãos ou o comportamento do indivíduo, causando no início uma sensação de prazer, mas com o tempo leva o indivíduo à tolerância, dependência física, dependência psicológica e déficit de aprendizagem. Nesse contexto o presente trabalho relata a experiência de promoção à saúde a um grupo de pais de crianças e adolescentes, trazendo orientações e alertas sobre essa temática. Objetivos: Proporcionar a interação e participação dos pais de jovens e adolescentes e orientá-los quanto aos fatores de risco, fatores de proteção, a importância do diálogo na família e os sinais de alerta para saber se o filho faz uso de drogas. Metodologia: Foi feita a aplicação de uma metodologia participativa, isto é, uma roda de conversa onde além da explanação dos acadêmicos, os pais também tinham voz e podiam compartilhar a experiência vivida e sanar dúvidas a respeito do tema. O estudo foi realizado no Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil no dia 11 outubro de 2017. Resultados: A promoção da saúde no contexto de orientação aos pais de crianças e adolescentes permitiram a estes o maior conhecimento acerca do assunto, de como usar estratégias para levar a abordagem para dentro de casa, orientando os seus filhos, conhecer os sinais de alerta e de como agir caso se deparem com a situação, sendo incentivados a orientar os filhos a recorrerem ao auxílio nas instituições responsáveis por tratar tais casos. Considerações Finais: O desenvolvimento do presente trabalho foi essencial para se repensar, por parte dos discentes, a importância de se levar a orientação aos pais de crianças e adolescentes propensos ao uso de drogas, e se verificar, com tal prática, as dúvidas, anseios, indagações e opiniões dos pais acerca da temática abordada.

1739 SAÚDE DE QUEM CUIDA: ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO E ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM UM GRUPO TERAPÊUTICO NA COMUNIDADE AMARANTINA DO CEARÁ
JOSÉ EDMILSON SILVA GOMES

SAÚDE DE QUEM CUIDA: ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO E ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM UM GRUPO TERAPÊUTICO NA COMUNIDADE AMARANTINA DO CEARÁ

Autores: JOSÉ EDMILSON SILVA GOMES

Apresentação: A estratégia de cuidado em saúde vem por meio de uma proposta de revitalização em grupo nos espaços naturais em comum da comunidade com práticas corporais em Medicina Tradicional Chinesa em interface com a Saúde do Trabalhador e Trabalhadora (público-alvo) e as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), preconizados nas políticas públicas de direito no Sistema Único de Saúde (SUS), porém, pouco utilizadas ou pesquisadas na Estratégia de Saúde da Família (ESF) como registrado pela literatura atual sobre a temática envolvida, visto uma série de dificuldades no contexto de ampliação do acesso as PICS, formação profissional e entendimento da comunidade sobre estas práticas, o que leva a pensar sobre as formas de cuidado tecnicistas e rígidas que ainda persistem no âmbito da saúde pública na contemporaneidade, o que gera desafios, mas com premissa de mudanças significativas dentro da micropolítica na área da saúde onde justifica-se a relevância deste estudo e prática profissional para comunidade social e meio científico, em novas configurações de vínculos e demandas de saúde para além do âmbito biomédico em questão. Uma iniciativa pelo processo político-pedagógico da prática profissional na modalidade de Residências em Saúde pelo qual o autor está inserido no programa da Residência Integrada em Saúde da Escola de Saúde Pública do Ceará (RIS – ESP/CE) com ênfase em Saúde da Família e Comunidade no município de São Gonçalo do Amarante, Ceará. O objetivo desta pesquisa é apresentar estratégias de promoção e assistência à saúde do grupo terapêutico ‘Saúde de Quem Cuida’ na comunidade amarantina do Ceará. Desenvolvimento do trabalho: O método utilizado consiste em um relato de experiência do grupo terapêutico ‘Saúde de Quem Cuida’ que surgiu a partir da demanda da Fisioterapia por afecções osteomioarticulares como as dores, encurtamentos musculares, osteoartroses comuns entre trabalhadores e trabalhadoras do município, onde este grupo em sua maioria faz parte das unidades básicas de saúde que a RIS ESP/CE faz parte dentro do território amarantino localizado na cidade de São Gonçalo do Amarante, Ceará. Para este estudo utilizou-se o gentílico “amarantino” pois abrange todo o território, a ideia é ampliar o acesso e não limitar por microáreas. Por ventura, foi criado o grupo terapêutico pelo autor em virtude da visão sanitarista em promoção e prevenção de saúde com estratégias de cuidados em saúde para a comunidade, o grupo iniciou no mês de junho de 2017 (ativo no momento) e já conta com mais de 10 encontros e no máximo de 36 pessoas associadas e em participação efetiva a cada grupo uma média 15 pessoas, o mesmo acontece quinzenalmente na Lagoa da Prejubaca (espaço aberto em campo natural) e nos intervalos semanais acontecem os atendimentos individuais (Unidade Básica de Saúde – Sede I) para os casos mais comprometidos dentro do próprio grupo, estes casos são mensurados através da fala dos mesmos após a finalização dos encontros, onde relatam para o facilitador suas demandas físico-emocionais, onde serão feitas avaliações cinesiológicas funcionais sobre o processo saúde-doença dessas pessoas trabalhadoras, individualmente. As principais atividades realizadas são técnicas de relaxamento muscular, atividades psicomotoras, dinâmicas de acolhimento em Educação Popular, alongamentos, movimentação harmônica, Lian Gong, técnicas de respiração, meditação guiada (mindfullness) e pilates no solo, sempre em supervisão e acompanhamento pelo profissional residente de Fisioterapia com experiência de atividades em grupos terapêuticos, tem duração de 50 minutos a uma hora cada encontro, o grupo terapêutico é organizado a partir de uma rede social, por meio de divulgação pessoal nas Salas de Espera em Unidades Básicas de Saúde, Secretaria de Saúde da cidade, para as equipes de referência e Núcleos de Apoio à Saúde da Família do município amarantino do Ceará (favorecendo aos que não tem acesso aos meios midiáticos), o grupo atualmente tem pessoas de diferentes faixas etárias, principalmente, frequentado por mulheres, algumas levam seus filhos e filhas, outros profissionais da saúde também estão participando, uma nutricionista, psicólogas, médico, dentista, agentes comunitárias de saúde, enfermeiro/enfermeira e usuários/usuárias do SUS. Resultados e/ou impactos: As experiências adquiridas tanto pelo facilitador/autor, no sentido de fortalecimento de vínculo no que cerne a ampliação do acesso e favorecimento do processo de articulação do grupo, quanto positivamente a comunidade tem demonstrado significativamente eficácia e poucos níveis de absenteísmo nos encontros, isso justifica-se pela contextualização das práticas a cada momento de práticas, propiciando aprendizagem mútua no entendimento, evolução do grupo, propriocepção, equilíbrio corporal e atenção plena, mensurados através dos momentos de finalização dos encontros que são facilitados espaços de falas para as vivências do grupo terapêutico. Em virtude dos métodos utilizados neste relato, o vínculo destaca-se como potencial facilitador e transformador das afecções que mais surgiram nos primeiros encontros, atualmente conseguimos perceber em grupo uma mitigação ou melhora nas disfunções relacionadas a socialização, encurtamentos musculares e dores musculares (pela fala das participantes nos momentos de trocas experienciais e os casos mais comprometidos, atendidos individualmente em consultório). Os maiores impactos são vistos pela oportunidade de acesso aos espaços gratuitos no território, eficácia das técnicas e abordagem diferenciada através do aprendizado significativo, e vínculo construído no grupo, os efeitos são diversos no discurso e sentimento prazeroso das pessoas após cada encontro, cada mensagem positiva nas redes sociais, no partilhamento dos ganhos físicos e mentais, além dos exercícios respiratórios para uso diário com diminuição do estresse proveniente dos processos trabalhistas. O espaço onde acontecem as práticas de cuidado em saúde são oferecidos em ambiente aberto para favorecer as práticas respiratórias e o contato simbólico e energético da abordagem em Medicina Tradicional Chinesa, uma paisagem natural entre o lago principal da cidade, com pôr do sol (o horário favorece as práticas para quem trabalha no turno comercial), entre os carnaubais e uma academia ao ar livre que já existia nas proximidades (iniciativa pública), desta forma criou-se uma identidade para o grupo, na perspectiva de revitalizar esse espaço para promoção de qualidade de vida dessas pessoas trabalhadoras e usuárias do SUS. Considerações finais: Considera-se que esta prática inovadora no território como proposta de cuidado em saúde trouxe diversas formas relevantes e simbólicas para Comunidade Amarantina do Ceará, no que condiz as principais demandas apresentadas pelas pessoas participantes, cumprido assim o papel sanitarista enquanto profissional residente na perspectiva da clínica ampliada durante sua experiência no grupo terapêutico ‘Saúde de Quem Cuida’.

1059 ESCOLA PARA PAIS E MÃES: “DESAFIOS DO AMOR FAMILIAR”
Maristela Barp, Maristela Barp

ESCOLA PARA PAIS E MÃES: “DESAFIOS DO AMOR FAMILIAR”

Autores: Maristela Barp, Maristela Barp

OBJETIVO PRINCIPAL Melhorar as relações interpessoais entre pais, mães, filhos e a comunidade. Espaço de acolhimento com o propósito de provocar reflexões acerca do cuidado e da dinâmica familiar; Importância do diálogo; Empatia; Acolhendo suas angústias; Buscando estratégias; Troca de experiências e Psicoterapia. OBJETIVOS EXPECÍFICOS Reconstruir laços afetivos nos diferentes contextos: familiar, comunitário e escolar. Reduzir o uso de medicamentos psicotrópicos e consultas com médico e psicólogo na unidade de saúde, bem como diminuir o número de internações em hospitais (alas psiquiátricas). DINÂMICA DE TRABALHO O Projeto caracteriza-se por um conjunto de ações, composto por encontros mensais com palestras reflexivas/educativas, ministradas por profissional Especialista em Terapia de Casais e Familia. CRONOGRAMA: 1º Encontro: A família na atualidade: função e funcionamento. 2º Encontro: Casal e estruturas de origem, adversidades na relação conjugal: Cultura, gênero e personalidade. 3º Encontro: A Família Faz Bem ou Mal a Saúde Mental? 4º Encontro: Família: como lidar com o dinheiro/Planejamento. 5º Encontro: A vida sexual e afetiva do casal, resolvendo conflitos na vida a dois. 6º Encontro: Aprendendo a conversar e o impacto das discussões conjugais no desempenho escolar dos filhos. 7º Encontro: A família e o uso e abuso de álcool e /ou outras drogas. 8º Encontro: Diferença entre pais e filhos hoje, sexo, dizendo não e estabelecendo limites. 9º Encontro: Conhecendo o outro, falando de mim e pedindo perdão. 10º Encontro: Fortalecendo laços familiares, Sorrindo em família. RESULTADOS E IMPACTOS O projeto vem de encontro com a forma de prevenção que auxilia na Atenção Básica, pois um ser humano bem psicologicamente e socialmente não adoece facilmente. Ações contínuas e articuladas no sentido da promoção, da proteção, da cura e da reabilitação. Integralidade: Ver o ser humano / famílias como um todo. Fortalecimento de vínculos destas famílias, bem como com a comunidade. (troca de saberes, incentivo para outras famílias). Diminuição do elevado número de atendimento com psicóloga, médicos, especialidades (psiquiatria), internações (alas psiquiátricas/ saúde mental), e de uso de medicamentos. CONCLUSÕES Tendo em vista que ações estratégicas de saúde pública são fundamentais para uma melhor qualidade de vida e bem estar dos pacientes dos serviços de saúde este trabalho justifica-se na necessidade de criar novas técnicas de intervenção, para assim, reforçar mudanças e ampliar o leque de programas de promoção, prevenção e reabilitação. O trabalho proposto perpassa o campo do cuidado com vistas a contribuir e fortalecer medidas de promoção de saúde por meio de ações conjuntas, tal certeza baseia-se na perspectiva de atenção integral a saúde e na interdisciplinaridade. “Politica pública voltada para as famílias = Solução de problemas / Resolução de conflitos = Mudanças de atitudes = Melhor qualidade de vida das famílias = Famílias mais saudáveis = RELACIONAMENTOS MAIS SAÚDAVEIS = Menos utilização dos serviços de saúde.