163: Fazer e não-fazer: a dialética do cuidado nos processos saúde-doença
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: ICB Sala 13 - Ajuri    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
1463 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA CONSCIENTIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO PRECOCE DE LEUCEMIAS EM CRIANÇAS.
Camila Almeida Bonfim, Everton Luis Freitas Wanzeler, Margareth Maria Braun Guimaraes Imbiriba, Eliana Cristina Alves de Oliveira, Luciana Alves Barbosa, Márcia dos Santos Ribeiro, Regiane Maciel dos Santos Correa, Marinalda Leandro da Costa

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA CONSCIENTIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO PRECOCE DE LEUCEMIAS EM CRIANÇAS.

Autores: Camila Almeida Bonfim, Everton Luis Freitas Wanzeler, Margareth Maria Braun Guimaraes Imbiriba, Eliana Cristina Alves de Oliveira, Luciana Alves Barbosa, Márcia dos Santos Ribeiro, Regiane Maciel dos Santos Correa, Marinalda Leandro da Costa

Apresentação: O estudo tem como foco a atuação do enfermeiro na conscientização e diagnóstico precoce de Leucemia Linfoide Aguda - LLA em crianças, a fim de ampliar o conhecimento acerca da temática, no contexto de uma elaboração adequada aos cuidados em saúde. Objetivo: Caracterizar e descrever através da literatura científica a atuação do enfermeiro diante do diagnóstico precoce de leucemia linfoide aguda – LLA em crianças na faixa etária de 0 a 10 anos. Método: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica desenvolvida por meio do método da Revisão Integrativa da Literatura que se baseou em publicações científicas brasileiras, na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), indexadas na base de dados LILACS e SCIELO, com os seguintes descritores: Câncer, Leucemia linfoide aguda e Enfermagem entre os anos de 2007 a 2016. Resultados: A revisão foi constituída por 10 artigos publicados em periódicos com qualis de classificação máxima, logo, conclui-se que as pesquisas realizadas estão sendo de boa qualidade. Quanto ao local observa-se equivalência entre as regiões Sudeste e Sul Nordeste e Centro-oeste. Isto reflete à concentração de cursos de pós-graduação nessas regiões e o fato das enfermeiras residentes nesses locais demonstrarem uma preocupação maior em pesquisar sobre o tema. Em oncologia, entre os diferentes propósitos da metodologia qualitativa, está o de descrever, explorar e explicar o fenômeno do câncer, ou melhor, interpretar o fenômeno sob o ponto de vista daqueles que o vivenciam. O contexto dos estudos nos artigos analisados em nível de atenção a saúde foram à média e alta complexidade, onde se justifica que a oncologia é um serviço especializado e que necessita de cuidados mais complexos por parte dos profissionais de saúde. Em síntese, os artigos revisados enfatizavam a importância da assistência do profissional de enfermagem aos pacientes acometidos por esta neoplasia, visando o aumento da qualidade de vida de todas as crianças que se encontram sob seus cuidados. Considerações finais: Os artigos incluídos neste estudo abordam a temática da leucemia linfoide ou do câncer, enfatizam a importância do enfermeiro na assistência para com a criança e sua família. Muitas são as alternativas do cuidado e cabe ao enfermeiro escolher qual a melhor opção que promoverá conforto ao paciente e melhora do prognóstico e redução de possíveis complicações. Cabe ao enfermeiro também fazer parte do processo de diagnóstico e assistência ao tratamento, assim como ser o elo entre o serviço de saúde e às vezes sendo a alicerce para a família. Destaca-se a importância desta pesquisa em sistematizar as produções científicas nacionais na temática da atuação do enfermeiro na conscientização e diagnóstico precoce de leucemias em criança bem como apresentar suas características de natureza clínico-epidemiológica e sociocultural e de tendência curativa.  

828 A DESAFIOS DA FISIOTERAPIA NA ARTRALGIA RESIDUAL DECORRENTE DA CHIKUNGUNYA: UM RELATO DE EXPERIENCIA
RENATO RAFAEL LIMA, MONIKE DEL VECCHIO BARROS, JOSÉ EVALDO JUNIOR

A DESAFIOS DA FISIOTERAPIA NA ARTRALGIA RESIDUAL DECORRENTE DA CHIKUNGUNYA: UM RELATO DE EXPERIENCIA

Autores: RENATO RAFAEL LIMA, MONIKE DEL VECCHIO BARROS, JOSÉ EVALDO JUNIOR

INTRODUÇÃO: No arsenal das doenças infecciosas emergentes e reemergentes, as arboviroses transmitidas por mosquitos como a dengue (DENV) e chikungunya (CHIKV), são caracterizadas com um importante desafio para a saúde pública. Desses tipos de vírus, o gênero denominado Alfavírus e suas derivadas espécies causam doenças que variam em alto grau de morbidade e apresentações clinicas variáveis. Epilepsia é um transtorno neurológico crônico em que o paciente apresenta crises epilépticas recorrentes sem a pronta identificação de fatores causais como febre, distúrbios hidroeletrolíticos, intoxicações, AVC, TCE, meningite e anoxia. Atualmente, a fisioterapia utiliza técnicas reabilitadoras que atuam tanto em âmbito preventivo quanto no tratamento do quadro sintomatológico decorrente dessa enfermidade. Para isso, utiliza uma diversidade de recursos e técnicas. OBJETIVO: Utilização de recursos terapêuticos para minimizar o quadro sintomatológico de pacientes. METODOLOGIA: Esse estudo foi realizado no Centro Integrado de Saúde da Faculdade Ateneu – CISA – no município de Fortaleza, no período de outubro a novembro de 2017. Para avaliação foram utilizados instrumentos como goniômetro e fita métrica (goniometria e perimetria) e prova de função muscular para avaliar o nível cinético funcional. Para diminuir o quadro de dor, foram utilizados eletroterapia de baixa freqüência, alongamentos ativos para melhorar amplitude de movimento, técnicas de liberação miofascial e técnicas para liberação articular. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Ao decorrer do tratamento observou se uma atenuação dos fenômenos  álgicos diminuição gradativo do edema residual, ganho da amplitude do movimento.com utilização de técnicas de eletroterapia com TENS em períodos de agudização da sintomatologia. uso de exercícios de isometria para ganho de força muscular, exercícios proprioceptivos para um melhor recrutamento neural. técnicas de atrocimenatica para liberara as articulações comprometidas, utilização de movimentos osteocinemáticos para readequar o aspecto cinético funcional do usuário .CONCLUSÃO: As técnicas fisioterapêuticas utilizadas reduziram as alterações cinéticos funcionais do usario com ganho de força e atenuação do quadro álgico e edematoso.

860 O ENFRENTAMENTO DA TERAPIA FARMACOLÓGICA PARA HANSENÍASE EM PACIENTES NA TERCEIRA IDADE: Relato de experiência.
FÁBIO MANOEL GOMES DA SILVA, LEONAM VICTOR SOARES PIRES, SERGIO VITOR RODRIGUES REIS, ANTÔNIO CARLOS DE FARIAS FILHO, YURE FERNANDO CORRÊA RAMOS, FRANCISCO SALES QUARESMA BARATA, SERGIO AUGUSTO ANTUNES RAMOS, RITA DO SOCORRO RIBEIRO QUARESMA OLIVEIRA

O ENFRENTAMENTO DA TERAPIA FARMACOLÓGICA PARA HANSENÍASE EM PACIENTES NA TERCEIRA IDADE: Relato de experiência.

Autores: FÁBIO MANOEL GOMES DA SILVA, LEONAM VICTOR SOARES PIRES, SERGIO VITOR RODRIGUES REIS, ANTÔNIO CARLOS DE FARIAS FILHO, YURE FERNANDO CORRÊA RAMOS, FRANCISCO SALES QUARESMA BARATA, SERGIO AUGUSTO ANTUNES RAMOS, RITA DO SOCORRO RIBEIRO QUARESMA OLIVEIRA

Apresentação: A pesquisa retrata a real situação dos pacientes idosos em seguir a terapêutica medicamentosa com associação de fármacos de outras enfermidades provenientes da terceira idade. Objetivo: Realizar a sensibilização perante pacientes na terceira idade acometidos por hanseníase do não abandono da terapia medicamentosa, visto que os mesmos na grande maioria se encontram com outras comorbidades ocasionadas por outras patologias crônicas não contagiosas como diabetes e hipertensão. Método: Trata-se de um estudo qualitativo viabilizando uma visão holística, realizado na Unidade Básica do bairro da Cremação da cidade Belém-Pará. Foram utilizadas abordagens com um dialogo claro sem redundância expondo os riscos da falha da terapia medicamentosa, não só para o paciente mais também para os seus familiares com um grau de instrução mais aguçado. Resultados: Dentre as doenças que influenciam o declínio funcional de idosos, destaca-se a hanseníase, que pode ter caráter incapacitante e causar deformidades físicas quando não adequadamente tratada (NOGUEIRA; MARQUES; COUTINHO, et al, 2017). Através desta analise podemos perceber que com apoio da equipe multiprofissional o idoso em questão conseguira de certa forma dar continuidade nas terapias nos quais fora acometido, principalmente o tratamento para hanseníase. Considerações finais: O estudo observou um resultado parcial devido o tratamento de a hanseníase ser uma terapia prolongada, mais notou se que os pacientes em que se encontrará seguindo a terapia medicamentosa corretamente, demonstraram uma melhora na qualidade de vida com outras perspectivas perante a sociedade.  

896 Sistematização da Assistência de Enfermagem à um paciente com Tuberculose
Ana Flavia de Oliveira Ribeiro, Paula Emannuele Santos do Amaral, Larissa dos Santos Almeida, Kethully Soares Vieira, Daniele Rodrigues Silva, Samantha Modesto de Almeida, Manoel Vitor Martins Marinho, Widson Davi Vaz de Matos

Sistematização da Assistência de Enfermagem à um paciente com Tuberculose

Autores: Ana Flavia de Oliveira Ribeiro, Paula Emannuele Santos do Amaral, Larissa dos Santos Almeida, Kethully Soares Vieira, Daniele Rodrigues Silva, Samantha Modesto de Almeida, Manoel Vitor Martins Marinho, Widson Davi Vaz de Matos

Apresentação: A Tuberculose é um problema de Saúde Pública que tem como agente etiológico o Bacilo de Koch, também conhecido como Mycobacterium tuberculosis. A doença ataca, em seu principal foco, o pulmão e atinge todas as faixas etárias, com maior predominância no grupo de indivíduos economicamente ativos (entre 15 e 54 anos). A cada ano são notificados aproximadamente 70 mil novos casos e ocorrem, cerca de 4,5 mil mortes por causa da doença. Devido a sua transmissão ser direta de pessoa a pessoa o fator aglomeração é um facilitante a transmissão, pois pelos atos de fala, tosse e espirro, aerossóis contendo o bacilo se espalham pelo ar alastrando a infecção que se dá pela pessoa acometida eliminando bacilos por não ter iniciado o tratamento, que após iniciado reduz o grau de transmissibilidade. O diagnóstico da tuberculose se dá por dois métodos. O primeiro é clínico através da análise dos sintomas, Anamnese e Exame Físico. Os sintomas frequentes de Tuberculose são: tosse seca contínua, depois a presença de secreção por pelo menos quatro semanas com pus ou sangue, cansaço excessivo, febre baixa, sudorese noturna, rouquidão, emagrecimento acentuado. Após detectar a tuberculose através do exame clínico parte-se para o diagnostico laboratorial com exames bacteriológicos como a baciloscopia de escarro, que é o método prioritário para detectar a presença de bacilos no indivíduo. A cultura de escarro também é muito utilizada para detecção da infecção, na qual se coletam duas amostras: a primeira amostra é coletada quando o sintomático respiratório procura o atendimento na unidade de saúde, para aproveitar a presença dele e garantir a realização do exame laboratorial. Não é necessário estar em jejum. Na segunda amostra, coleta-se na manhã do dia seguinte, assim que o paciente despertar. Essa amostra, em geral, tem uma quantidade maior de bacilos porque é composta da secreção acumulada na árvore brônquica por toda a noite. As unidades de saúde devem ter funcionários capacitados para orientar o paciente, mas além dessas podemos citar também exames radiológicos, tomografia computadorizada de tórax, broncoscopia e a prova tuberculínica, que é geralmente utilizada como método auxiliar no diagnóstico e tratamento da tuberculose. A tuberculose tem cura e seu tratamento é disponibilizado pelo Sistema único de Saúde (SUS). Ele realizado totalmente com antibióticos, o tratamento é ambulatorial e deve ser feito sob supervisão no serviço de saúde, antes de iniciar a quimioterapia é necessário orientar o paciente sobre o regime de tratamento, as drogas utilizadas nos regimes padronizados são: Rifampicina (R), Isoniazida (H), Pirazinamida (Z) e Etambutol (E) e no tratamento padronizado nós temos duas fases do tratamento, a primeira que é a chamada fase de ataque e a segunda fase também conhecida como a de manutenção. Diante da importância epidemiológica da doença e alto índice de morbimortalidade, este trabalho tem como objetivo descrever a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) à uma paciente acometida por Tuberculose. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado durante as aulas práticas do componente curricular enfermagem em doenças infecciosas e parasitárias no contexto hospitalar, em um hospital federal referência no tratamento da doença em Belém/PA, no período de setembro e outubro de 2017. A paciente encontrava-se internada na clínica de doenças infecciosas e parasitárias. Através da anamnese, exame físico e consulta ao prontuário do paciente, foi possível traçar um plano assistencial baseado nas diretrizes do North American Nursing Diagnostics Association (NANDA). Resultados e/ou impactos: A paciente apresentava o seguinte histórico de enfermagem: C. C. P., 38 anos, feminino, solteira, desempregada, moradora do município de Ananindeua, diagnosticada com SIDA há 10 anos e em tratamento de TB pulmonar há 1 mês, investigando a doença há 2 meses, faz tratamento de meningite há 4 meses. Nega Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes. Possui hábitos alimentares saudáveis, sem restrições relatadas. Fazendo uso de medicamentos anti retroviral. Consciente e orientada, deambulando com auxílio, respirando em ar ambiente, hipocorada, normotensa (111 x 80 mmHg), afebril (37, 3 ºC), normocárdica (80 bpm), taquipneica (31 rpm).  Relata episódios de insônia, apresentando dificuldade em conciliar o sono, passa grande parte do dia dormindo, eliminações: diurese e evacuações presentes e espontâneas. Ao exame físico: Bom estado geral, apresenta prótese dentária, boca seca, língua saburrosa. Tórax simétrico com diminuição da expansibilidade torácica. Ausculta Pulmonar: Murmúrios Vesiculares diminuídos bilateralmente. Ausculta Cardíaca: Ritmo sinusal. Bulhas Cardíacas Normo Fonéticas em 2 tempos sem sopros. Mamas assimétricas e com nódulos palpáveis, apresenta mama esquerda edemaciada. Abdome flácido, apresenta dor a palpação, Ruídos Hidroaéreos presentes e hiperativos. Apresenta diminuição dos movimentos e força na perna e mão direitas. Ausência de edemas em membros inferiores. Apresenta Acesso Venoso Periférico em Membro Superior Direito. Segue aos cuidados da equipe de enfermagem. Com isso, obteve-se os seguintes diagnósticos com suas respectivas intervenções: Disposição para autocontrole de saúde melhorado; Risco para infecção relacionado a procedimentos invasivos; Conforto prejudicado relacionado a sintomas relativos a doença evidenciado por lamento; Mobilidade física prejudicada relacionada à dor evidenciada por amplitude limitada de movimento; Eliminação urinária prejudicada relacionada à múltiplas causas evidenciada por retenção urinária; Padrão de sono prejudicado relacionado a barreira ambiental evidenciada por não se sentir descansado; Dor aguda relacionada a agente lesivo biológico evidenciada por comportamento expressivo; comunicar e registrar alterações; evoluir estado geral do paciente; observar manifestações gerais de infecção; verificar e registrar sinais vitais 8/8 h; trocar e identificar acesso venoso  periférico a cada 72h ou quando necessário; investigar o nível de ansiedade; proporcionar tranquilidade e conforto; intervenções que diminuam a ansiedade; dar ao cliente explicações claras e concisas sobre qualquer tratamento ou procedimento a ser realizado; atender as necessidades físicas da cliente, para tranquilizá-la e demonstrar que todas as suas necessidades continuarão sendo atendidas; registrar e observar queixas álgicas e adventícias; auxiliar na locomoção; auxiliar nos cuidados de higiene e pessoais; prestar cuidados rigorosos para evitar agravamento do comprometimento da função muscular; monitorar ingesta hídrica; observar presenças de edemas; realizar passagem de Sonda Vesical de Demora; observar e anotar débito urinário e queixas adventícias; auxiliar nas situações estressantes antes do horário de dormir; auxiliar o paciente no controle do sono diurno; proporcionar local calmo e tranquilo para o sono; observar as circunstâncias físicas - dor/desconforto; registrar e monitorar o padrão do sono e quantidade de horas dormidas - Observar e registrar local, intensidade e duração da dor; administrar medicação analgésica prescrita; observar relato verbal de melhora da dor. Considerações finais: O raciocínio diagnóstico é fundamental à assistência de Enfermagem verdadeiramente científica, permitindo melhor qualidade da atenção à saúde humana através da discriminação de problemas que demandem o cuidado pelo profissional habilitado. Com base na SAE, percebe-se a implementação da assistência humanizada, aproximando equipe de enfermagem e cliente, com o intuito de melhorar a adesão ao tratamento e promover a qualidade de vida dos pacientes. Conclui-se ainda que a educação fornecida na graduação de enfermagem possibilita aos acadêmicos do curso uma visão integrada e sistematizada da questão de Tuberculose.

1220 FUNCIONALIDADE EM PACIENTES COM TUBERCULOSE PULMONAR: Instrumento de avaliação em Terapia Ocupacional baseado na CIF
Thauana dos Santos Fernandes, Marcia Karolyne Garcia Quadros, Noelle Pedroza Silva, Thais dos Santos Barbosa, Ângela Maria Bittencourt Fernandes da Silva, José Roberto Lapa e Silva

FUNCIONALIDADE EM PACIENTES COM TUBERCULOSE PULMONAR: Instrumento de avaliação em Terapia Ocupacional baseado na CIF

Autores: Thauana dos Santos Fernandes, Marcia Karolyne Garcia Quadros, Noelle Pedroza Silva, Thais dos Santos Barbosa, Ângela Maria Bittencourt Fernandes da Silva, José Roberto Lapa e Silva

Introdução A tuberculose (TB) continua sendo um problema mundial de saúde pública. Em 2014, foi lançado o Plano Global pelo Fim da Tuberculose 2016-2020 e em paralelo, o Plano Regional pelo Fim da Tuberculose, desenvolvido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) que enfatiza as populações vulneráveis e os grupos de risco, e ainda contemplam os determinantes sociais da tuberculose, os desafios relacionados ao baixopercentual de cura e de testagem para o HIV, e os casos não diagnosticados da doença. Apesar de esforços globais e nacionais para reduzir a prevalência da tuberculose e taxas de mortalidade, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que o Brasil ocupa a 20ª posição na classificação de carga da doença com 82.676 casos notificados e 5,4 mil mortes em decorrência da doença no ano de 2016. [i] Segundo Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde (2016), o município do Rio de Janeiro apresenta dados alarmantes, o coeficiente de incidência da doença é de 61.2 /100 mil hab. e o coeficiente de mortalidade por tuberculose é de 5,0/100 mil hab., sendo que os maiores contingentes desujeitos residem na Zona Oeste do município. Diante disto o estado está longe de atingir meta estipulada pela OMS de redução do coeficiente de incidência de tuberculose para menos de 10 casos por 100 mil hab. Neste contexto, as estratégias de tratamento e acompanhamento devem, preferencialmente, ser desenvolvidas por equipe multiprofissional[ii] onde o terapeuta ocupacional se destaca como o profissional habilitado para intervir junto ao cliente crítico e a sua família, proporcionando acolhimento e esclarecimentos quanto ao prognóstico funcional, contribuindo para manutenção das capacidades remanescentes, estimulando a realização das Atividades de Vida Diária (AVDs), proporcionando independência, autonomia e qualidade de vida sempre que possível[iii] utilizando-se da  Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF), a qual determina a condição de funcionalidade a partir das componentes funções do corpo, estruturas do corpo, atividades como um instrumento de avaliação. Este estudo teve como objetivo avaliar os pacientes com tuberculose pulmonar durante o processo de intervenção ambulatorial utilizando-se da CIF como instrumento de avaliação para possíveis intervenções da terapia ocupacional. Metodologia Trata-se de um estudo descritivo realizado em três unidades de saúde do município do Rio de Janeiro, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e com diagnóstico de tuberculose pulmonar. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do Município do Rio de Janeiro sob o número do parecer: 927.737. Foram incluídos no estudo pacientes com tuberculose que independente de sexo, idade, etnia, credo, escolaridade, encontravam-se na faixa de 18 a 60 anos, conscientes e orientados no tempo e no espaço, comunicação oral preservada, no 2º mês de tratamento regular, mediante assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Para análise dos dados foi aplicado questionário referente aos dados sócios demográficos e culturais. Também foi realizada entrevista semi-estruturada abordando as atividades de vida diária (AVDs), atividades produtivas e de lazer conforme os domínios Estrutura e Funções do Corpo, Atividades e Participação e Fatores Ambientais da CIF visando identificar o perfil funcional dos pacientes com tuberculose pulmonar. Os dados foram submetidos ao IBM SPSS e para análise buscou-se uma correlação entre os resultados e as atividades comprometidas no domínio da CIF. Resultados Os dados analisados apontaram do total de 27 pacientes média de idade de 40,0 anos, 56% do sexo feminino, 83% etnia negra, 97% ensino fundamental incompleto e em condições socioeconômicas precárias. Em sua maioria 96% procedentes da zona oeste do Rio de Janeiro. Em relação ao estado civil, oito eram solteiros e dezenove casados, que para Moreira (2001: 19) representa que a família é uma instituição sustentadora do desenvolvimento (social, psicológico, cultural e econômico) do homem e que com o surgimento dessa enfermidade pode acarretar mudança na estrutura e inversão dos papéis familiares. Em relação ao vínculo empregatício, 20% se encontravam em auxílio doença pelo Instituo Nacional de Seguridade Social (INSS), 70% desempregados e 10% tinham vínculo empregatício, o que demonstra que apesar da TB, 90% deles não tinham vínculo de trabalho, favorecendo o desenvolvimento da enfermidade devido às alterações emocionais que podem acarretar baixa imunidade. Ao analisar os dados do questionário de funcionabilidade dos portadores de tuberculose, identificou-se que após avaliação terapêutica ocupacional segundo a CIF, o nível de dor descrito pelos clientes foi alto, se caracterizando como a principal queixa. Todos se encontravam afastado do trabalho em decorrência o tratamento, porém relataram piora dos sintomas no inicio do tratamento realizado nos postos de saúde. Alguns deles até verbalizaram que iriam deixar o mesmo pelo aumento das dores e das reações a medicação. Em relação às funções mentais gerais que se relacionam com a consciência, noção de tempo e espaço e as funções do sono, foi identificado que vinte dos vinte sete participantes apresentavam alterações graves, com prejuízo da qualidade do sono, o que acarretava aumento da irritabilidade. Em relação a funções mentais específicas, doze clientes referiram que a memória, atenção, cálculo, raciocínio lógico e a linguagem foram avaliados pelos participantes como grave. As funções sensoriais, mais comprometidas foram: proprioceptiva, vestibulares, olfativa, também foram consideradas graves pelos participantes.  Eles não sabem relatar o porquê dessas dificuldades, mas que as mesmas se encontram agravadas após o inicio do tratamento. Eles relataram problemas cardíacos, com hipertensão. Somente um deles já havia feito cirurgia cardíaca (ponte de safena), que somado a tuberculose, agravou o quadro, pela tosse e funções mentais o medo de piora, devido a TB. Em relação à mobilidade e o auto cuidado, a maioria deles relataram dificuldades para deambulação, permanência ortostática e fazer auto transferência. O maior obstáculo era transporte que exigem carregar objetos pesados, diziam que de todas; essa era a mais difícil, pois carregar carrinho de compras, subir morro ou escada, carregar o filho, vestir uma calça, higiene dos pés, levantar-se da cama permanecer sentado por longos períodos de tempo, era muitas das vezes só concluídas com auxilio de terceiros. Em relação às atividades domésticas que inclui preparar refeições, cuidar e realizar as tarefas domésticas, 98% (16), não as realizavam com presteza, principalmente as que envolvessem as grandes articulações como ombro, joelho e coxofemoral. Sendo questionados quais as mais difíceis de serem executadas, eles verbalizaram que era lavar roupa, estendê-las na corda, guardar compras, arrumar a cama, varrer e passar roupa. Considerações Finais Neste estudo, observou-se que a construção de um instrumento de avaliação em terapia ocupacional, baseado na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) para pacientes com tuberculose pulmonar permite identificar Analisar o paciente, suas dificuldades diárias, limitações, barreiras como também suas capacidades, potências e habilidades, por meio de uma avaliação funcional específica, oportuniza criar e planejar programa terapêutico de tratamento, onde a prática clínica da terapia ocupacional em tuberculose poderá desenvolver ações voltadas a pneumologia. [i]WHO. World Health Organization. Global tuberculosis report 2017. Geneva: WHO; 2017.   [ii] BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Plano nacional pelo fim da tuberculose. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.   [iii]DE CARLO.  MMRP; LUZO, MCM. Terapia ocupacional: reabilitação física e contextos hospitalares. São Paulo: Roca; 2004.

2208 A IMPORTÂNCIA DA ADESÃO AO TRATAMENTO DE TUBERCULOSE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Thamyres Silva Martins, Geovane Reis Valentino, Jordânia Guimarães Silva, Mayara Bogea dos Santos, Yara Nayá Lopes Goiabeira, Jairo Rodrigues Santana Nascimento, Anderson Gomes Nascimento Santana

A IMPORTÂNCIA DA ADESÃO AO TRATAMENTO DE TUBERCULOSE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

Autores: Thamyres Silva Martins, Geovane Reis Valentino, Jordânia Guimarães Silva, Mayara Bogea dos Santos, Yara Nayá Lopes Goiabeira, Jairo Rodrigues Santana Nascimento, Anderson Gomes Nascimento Santana

APRESENTAÇÃO: A tuberculose é uma doença que tem cura, no entanto se faz necessária que os pacientes entendam, que ela só acontece quando se mantém no tratamento até o final. O acompanhamento mais próximo e as orientações dadas a esse grupo são de fundamental importância, pois uma vez que estes estão inseridos em um contexto de cuidado a evasão torna-se cada vez menor. Em vista disso, procurou-se realizar um acompanhamento de uma paciente em tratamento e sua adesão. MATERIAIS E MÉTODOS: Consiste em um relato de caso, no qual foram realizadas duas visitas domiciliares para a coleta de dados, juntamente com a análise do prontuário do paciente. Utilizou-se também um roteiro semiestruturado com o objetivo de auxiliar na busca de informações. Foi desenvolvido em uma unidade básica de saúde do município de Imperatriz (MA), durante o mês de dezembro de 2017. RESULTADOS: Paciente do sexo feminino, 38 anos, em tratamento de Tuberculose Pulmonar está afastada das suas funções laborais há cerca de 5 meses, devido a situação de saúde. No início, sentiu sintomas como calor intenso mesmo em ambiente refrigerado, principalmente durante a noite, febre e calafrios, acompanhado de tosse persistente, porém a descoberta do quadro foi demorada, devido à dificuldade dos médicos em definir o diagnóstico. A paciente relatou as dificuldades enfrentadas desde o início, dentre elas a discriminação, desestabilização emocional, medo, insegurança, entre outras. Após a definição do diagnóstico, a mesma foi orientada a realizar exames na UBS do bairro, com isto, teve início o tratamento com a enfermeira e atualmente está no último mês de tratamento. Faz uso de Rifampicina (150mg) e Isoniazida (75mg). Afirmou ter recebido a medicação com o coordenador a UBS e o mesmo ficou de providenciar a guia de realização do exame de BAAR, mas ainda não o realizou. Os demais membros da família fizeram exames (PPD) para detecção do bacilo, tendo em vista que foram pessoas que tiveram contato com a paciente durante o período inicial. A paciente aguarda consulta com Pneumologista para avaliação, e alta do tratamento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dessa forma, percebe-se que, apesar de ser um tratamento longo, não são todos os pacientes que abandonam a terapia, persistindo assim no objetivo da cura. Muitos abandonam o tratamento assim que os sintomas são aliviados. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas pela paciente, a mesma não deixou se abalar e, com o apoio da família, essa etapa foi enfrentada. O abandono do tratamento se constitui uma prática arriscada, uma vez que, a doença pode se restabelecer.

2344 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Thaíssa Lís Brito Seixas, Maxwell Arouca da Silva, Brenner Kássio Ferreira de Oliveria, Rosimary Lima da Silva, Thainã Alencar de Lima

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Thaíssa Lís Brito Seixas, Maxwell Arouca da Silva, Brenner Kássio Ferreira de Oliveria, Rosimary Lima da Silva, Thainã Alencar de Lima

APRESENTAÇÃO: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica de caráter autoimune e etiologia desconhecida, sabendo apenas que ocorre a produção de vários auto-anticorpos devido um distúrbio do sistema imune. Seu desenvolvimento está ligado à predisposição genética e aos fatores ambientais, como luz ultravioleta e alguns medicamentos. Os aspectos clínicos envolvem múltiplos sistemas orgânicos como o musculoesquelético e nervoso. Objetivo: Descrever as experiências adquiridas a partir da vivência em estágio curricular, a fim de expandir o conhecimento técnico-cientifico sobre o tema, mostrando a importância da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) na recuperação de pacientes com LES. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado a partir de um estagio curricular do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas na Clínica Médica do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), na cidade de Manaus, estado Amazonas, no período de setembro a outubro de 2017.  RESULTADO: Os dados foram coletados e posteriormente analisados tomando como base, a entrevista, o exame físico completo, exame complementares, medicamentos e patogenia envolvida. Desta forma, foram obtidas as seguintes informações: L.F.S., 22 anos, feminina, parda, solteira, trabalhava como cantora noturna, natural de Manaus, com diagnóstico médico de LES a aproximadamente 1 mês. Ao exame físico verificou-se quadro alopecia, mucosas hipocoradas, abdome distendido, edema em membros inferiores, fraqueza, aceitava parcialmente a dieta oferecida, com episódios diarreicos, relatava possuir sono insatisfatório e encontrava-se sem acompanhante. Após a verificação dos achados clínicos realizou-se as prescrições dos seguintes diagnósticos de Enfermagem: Risco de desequilíbrio eletrolítico relacionado a episódio diarreico; Padrão do sono prejudicado relacionado à polaciúria evidenciado por interrupção do sono; Risco de infecção relacionada ao acesso venoso periférico em membro superior direito; Ansiedade relacionada ao desconhecimento de sua patogenia evidenciado por relato verbal; Controle familiar ineficaz do regime terapêutico relacionado a dificuldades econômicas, evidenciado por ausência de acompanhante, e as seguintes intervenções: dialogar com a paciente a respeito da importância da aceitação da dieta hospitalar; orientar a respeito dos horários de ingesta hídrica para a não intervenção do sono; verificar os sinais flogísticos no local de acesso venoso periférico realizando a troca a cada 72 horas; conversar com a paciente explanando sua patogenia e sanando quaisquer dúvidas apresentadas; verificar lesões e edemas nos membros e supervisionar o balaço hídrico. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por meio da SAE foi verificada a importância do cuidado minucioso desempenhado pela equipe de enfermagem para recuperação da paciente. Além disso, através da aplicação dos cuidados de enfermagem, foi possível observar melhora do quadro clínico geral da cliente; com redução de edema, diminuição dos episódios diarreicos, sono satisfatório, e a mesma passaram a aceitar bem a dieta oferecida. Assim, é preciso que a equipe de Enfermagem esteja atenta às queixas do paciente, ouvindo seus relatos para promover conforto e um tratamento clínico eficiente, através de uma visão holística.

2635 UMA EXPERIÊNCIA NO CUIDADO DE SEQUELA DE ERISIPELA EM PACIENTE ASSISTIDO PELO PROGRAMA MELHOR EM CASA NO CONTEXTO DE CLÍNICA AMPLIADA NO MUNICÍPIO DE CORUMBÁ.
Marcela Mariana Cárcano de BarrosPor Deus, Riad Alie Hamie, Riad Alie Hamie, Glace Kelly Leite Aranda, Glace Kelly Leite Aranda

UMA EXPERIÊNCIA NO CUIDADO DE SEQUELA DE ERISIPELA EM PACIENTE ASSISTIDO PELO PROGRAMA MELHOR EM CASA NO CONTEXTO DE CLÍNICA AMPLIADA NO MUNICÍPIO DE CORUMBÁ.

Autores: Marcela Mariana Cárcano de BarrosPor Deus, Riad Alie Hamie, Riad Alie Hamie, Glace Kelly Leite Aranda, Glace Kelly Leite Aranda

RESUMO A atenção domiciliar consiste numa modalidade de atenção à saúde substitutiva ou complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação. Prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde onde o ambiente domiciliar e as relações familiares aí instituídas, que diferem da relação estabelecida entre equipe de saúde e paciente, tendem a humanizar o cuidado, recolocando o usuário no lugar mais de sujeito do processo e menos de objeto de intervenção. Nesse contexto de atendimento domiciliar observamos que dentre aos agravos oportunos vimos às lesões teciduais de diversas naturezas, inclusive uma por sequela de erisipela de difícil assistência uma vez que não contamos com material de tratamento curativo tecnológico. Diante desse desafio de assistir com materiais curativos de baixa tecnologia, nos propusemos a fazer uma experiência com um paciente piloto para que possamos sensibilizar a gestão adquirir melhores materiais para assistência curativa diminuindo o tempo de permanência do usuário no programa e proporcionando um reestabelecimento, humanizando o cuidado num contexto de clínica ampliada.  APRESENTAÇÃO A Atenção Domiciliar tem como objetivo a reorganização do processo de trabalho das equipes que prestam cuidado domiciliar na atenção básica, ambulatorial, nos serviços de urgência e emergência e hospitalar, com vistas à redução da demanda por atendimento hospitalar e ou redução do período de permanência de usuários internados, a humanização da atenção, a de institucionalização e a ampliação da autonomia dos usuários. Nesse contexto o Programa Melhor em Casa atua com uma equipe multiprofissional e observamos um evento de lesão por sequela de erisipela que necessitava maior atenção e estudo de caso.  O material de curativo empregado na assistência às lesões diversas não é o mais ideal tendo em vista as novas tecnologias do contexto médico assistencial. Com a preocupação de empregar no cuidado materiais de melhor tecnologia curativa nesse caso em especial, conseguimos através de um laboratório amostras de um material que estamos usando em um paciente como experiência e assim proporcionar uma assistência de qualidade promovendo a recuperação da lesão e do cuidado humanizado, ampliado e tecnológico. Com o uso tópico de Hidrogel com Alginato na lesão em 07 dias pudemos observar uma melhora significativa na cicatrização e um restabelecimento do paciente em geral. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO A pele é o maior órgão do corpo, indispensável à vida humana e fundamental para o equilíbrio e conservação do organismo. Ela reflete condições físicas e psicológicas, idade, diferenças étnicas, culturais e sociais. Suas funções incluem proteção, termo regulação, excreção de água e eletrólitos e percepção sensitiva, além de representar a imagem corporal criando uma identidade singular. É formada pela epiderme e pela derme, possuindo uma extensa camada de tecido adiposo subjacente, também denominado hipoderme. Como qualquer outro órgão, está sujeita a agressões oriundas de fatores intrínsecos e extrínsecos, em situações múltiplas que o ser humano está exposto durante toda sua vida, e que podem levar a incapacidade funcional. O Programa Melhor em Casa no município conta com 10 pacientes assistidos com lesões por pressão, 01 paciente com lesão oncológica e 01 caso de lesão por sequela de erisipela com ampla área de exposição. A paciente possuí uma lesão extensa abrangendo a parte posterior do membro inferior esquerdo, iniciando na coxa até o terço inferior da perna com exposição do tecido muscular com suas fáscias e tendões. A paciente apresentava episódios de febrícula de origem desconhecida, quadro de anemia severa, inapetência e hipoproteinemia sendo necessária a internação hospitalar para transfusão de sangue permanecendo por 03 dias tendo a alta após esse período. Em domicílio a paciente volta a contar com o cuidado da equipe do Melhor em Casa onde é constatada novamente a febrícula, inapetência, palidez e mal estar geral e então solicitado novos exames constatando ainda a presença da anemia severa fazendo que seja solicitado uma nova internação e tentativa de investigação de todo sistema digestivo para que se descubra a origem dessa anemia. Fora detectado esofagite de erosiva, gastrite moderada, úlcera gástrica e angiodisplasia do sigmoide médio. Atualmente a paciente está sendo tratada em domicílio com medicamentos pertinentes ao diagnóstico, orientação alimentar e a troca do creme de sulfadiazina de prata (03 vezes ao dia, oferecido pela rede pública SUS) por Hidrogel com Alginato conseguido com uma parceria informal com um laboratório para essa experiência.  O curativo hoje é feito 01 vez ao dia, pela técnica de enfermagem, lavando com soro fisiológico a 0,9% abundantemente, então empregado clorexedina a 2%, novamente passado soro fisiológico, secando e aplicando o Hidrogel com Alginato. Um agravante observado na condução dos cuidados é a baixa condição social do paciente em termos gerais, moradia, alimentação e um frágil vínculo familiar. RESULTADOS Estamos no começo do experimento e com 07 dias já observamos uma melhora significativa da área afetada e da disposição do paciente sendo que a nossa expectativa é que em 60 dias recuperemos toda extensão se não houver mais intercorrência correlacionada e consigamos recuperar a sua saúde de modo geral. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nesse trabalho foi possível constatar que o programa de atendimento domiciliar foi imprescindível para a recuperação desse paciente que se encontrava perdido na rede de atenção, sem diagnósticos pertinentes. É necessário um investimento em materiais de maior tecnologia para abrandar o tempo de permanência do paciente no programa, diminuindo consequentemente os custos e dispêndio de tempo, e proporcionando melhor qualidade de vida ao indivíduo atendido.

2835 O Autocuidado como Mecanismo de Prevenção de Agravos em Portadores de Hanseníase
Elton Junio Sady Prates, Maria Luiza Sady Prates

O Autocuidado como Mecanismo de Prevenção de Agravos em Portadores de Hanseníase

Autores: Elton Junio Sady Prates, Maria Luiza Sady Prates

Apresentação: Apesar da melhora no controle da doença no país, o Brasil ainda é o país com maior número de casos de hanseníase no mundo e o único que não está em processo de eliminação dessa patologia, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Dentre as queixas relatadas pelos pacientes portadores de hanseníase, destaca-se os agravos relacionados a perda de sensibilidade, como também com o cuidado inadequado das regiões afetadas. O acompanhamento contínuo dos serviços de saúde, o seguimento de uma equipe interdisciplinar e o empoderamento desse cliente frente aos cuidados necessários a serem adotados, torna-se imprescindível para o cuidado pleno e adequado ao portador dessa patologia. Diante do exposto, objetiva-se relatar os principais cuidados que devem ser adotados pelos portadores de hanseníase para evitarem agravos. Descrição da experiência: Trata-se de um relato de experiências de dois graduandos em Enfermagem a partir da vivência com portadores de hanseníase, por meio de um estágio extracurricular supervisionado, em um núcleo de referência secundária dessa patologia no município de Passos, Minas Gerais. O estágio ocorreu durante os meses de março a julho de 2016. Resultados: Foi possível evidenciar a necessidade do uso de calçados fechados, a importância da checagem dos calçados no momento antes do uso para evitar lesões relacionadas a matérias externos como pedras e lascas de madeira, bem como a necessidade de evitar a utilização de calçados abertos fora do ambiente domiciliar. Recomenda-se a utilização predominante de meias de cores claras como forma de alertar o paciente caso surja alguma lesão ou sangramento, o cuidado com a higiene e hidratação da pele, principalmente da região palmar e plantar, por serem locais mais propensos para o surgimento de ressecamentos e lesões. Dessa forma, a adoção dessas práticas mostra-se fundamentais para evitar lesões decorrentes do ressecamento e do não cuidado adequado da pele. Ressalta-se que a atividade laboral deve ser estritamente evitada. Salienta-se que o monitoramento e a checagem constante da pele mostram-se como uma essencial medida para a prevenção de lesões cutâneas. Considerações finais: Considera-se, portanto, que diversos são os cuidados que devem ser adotados pelos portadores de hanseníase para que evitem a progressão e os agravos relacionados a patologia, sendo um desafio tanto para portador quanto para a saúde pública. Além disso, um acompanhamento de uma equipe interdisciplinar é imprescindível para que haja uma assistência qualificada e resolutiva ao portador de hanseníase, buscando a promoção da saúde e o fortalecimento do tripé saúde-doença-cuidado.

3091 PERCEPÇÕES DO ENFERMEIRO SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE EM HEMODIÁLISE.
Camila Almeida Bonfim, Everton Luis Freitas Wanzeler, Margareth Maria Braun Guimaraes Imbiriba, Josenilda dos Santos, Pâmela Gessica Brito Moraes, Rosineide Gonçalves Pacheco, Maria da Conceição Nascimento Freitas, Marinalda Leandro da Costa

PERCEPÇÕES DO ENFERMEIRO SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE EM HEMODIÁLISE.

Autores: Camila Almeida Bonfim, Everton Luis Freitas Wanzeler, Margareth Maria Braun Guimaraes Imbiriba, Josenilda dos Santos, Pâmela Gessica Brito Moraes, Rosineide Gonçalves Pacheco, Maria da Conceição Nascimento Freitas, Marinalda Leandro da Costa

Apresentação: O estudo têm como foco a percepção e atuação dos enfermeiros ao implementar e assegurar núcleos e planos de segurança frente à assistência e tratamento ao paciente hemodialítico. Objetivo: Descrever a percepção do enfermeiro sobre a segurança do paciente em hemodiálise. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo descritiva que se baseou em uma entrevista com os enfermeiros de uma clínica de hemodiálise seguindo o roteiro elaborado pelos próprios discentes. Resultados: Participaram da pesquisa cinco enfermeiros vinculados à clínica de hemodiálise, localizada no município de Belém-Pará. Constata-se média de experiência profissional de 9,1 anos entre os entrevistados, dessa forma, observa se que possuem experiência na área de nefrologia, ao qual possuem expertise em responder sobre o objeto de estudo. Foram destacados pelos participantes alguns parâmetros essenciais no cuidado ao paciente: Presença de educação permanente no intuito de desenvolver conhecimentos, habilidades e práticas, possibilitando um cuidado qualificado e seguro ao paciente; Orientação, treinamento de pessoal, e redução a um mínimo aceitável de erros e eventos adversos; e interesse pela qualificação em nível de pós-graduação a fim de atribuir competências relacionadas ao processo saúde/doença no âmbito da nefrologia. A partir da análise dos dados, resultou-se em cinco categorias que foram consideradas fundamentais para os enfermeiros entrevistados: Segurança do paciente; Segurança no processo da hemodiálise; Necessidade de atendimento a política nacional de segurança do paciente; Capacitação da equipe de enfermagem; e Dificuldades na implementação da política nacional de segurança do paciente. Considerações finais: A percepção de segurança do paciente entre os profissionais da equipe de enfermagem é bem clara para os mesmos, onde conceituaram com clareza e de forma concisa o que seria a segurança do paciente na assistência em clinicas hemodiáliticas e de alta complexidade. A capacitação dos profissionais sem dúvidas é de extrema importância nas discussões a respeito de segurança do paciente, pois o profissional bem treinado com conhecimento teórico e prático irá desenvolver uma assistência sistemática, contribuindo para a execução de protocolos de segurança. Portanto, as reflexões trazidas à luz neste texto contribuem para o avanço do cuidado em enfermagem em sua dimensão física, com repercussões psicossociais de pessoas em tratamento hemodiálitico, pautado em intervenções e no uso de ferramentas que promovam a uma assistência segura.

3336 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A HANSENÍASE PAUCIBALAR
Thamyres Silva Martins, Jordânia Guimarães Silva, Mayara Santos Bogea Sousa, Geovane Reis Valentino, Jairo Rodrigues Santana, Anderson Gomes Nascimento, Yara Lopes Nayá Andrade Goabeira

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A HANSENÍASE PAUCIBALAR

Autores: Thamyres Silva Martins, Jordânia Guimarães Silva, Mayara Santos Bogea Sousa, Geovane Reis Valentino, Jairo Rodrigues Santana, Anderson Gomes Nascimento, Yara Lopes Nayá Andrade Goabeira

APRESENTAÇÃO: A sistematização de enfermagem (SAE), é uma ação privativa do enfermeiro que consiste em assessorar o ser humano na sua integridade, por meio de ações específicas para promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do paciente, família e comunidade. Assim a assistência de enfermagem sistematizada, possibilitam reconhecer o problema, intervir e aconselha-lo, de forma a prestar uma assistência eficaz e melhorada. No que diz ao Mal de Hansen ou hanseníase, é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que tende a afetar os nervos periféricos e diminuindo a sensibilidade da pele (parastesia). Dessa forma, o cuidado da enfermagem deve aliar o alívio ao sofrimento humano, mantendo a dignidade do doente e facilitar os meios para manejar as crises e as experiências do viver e do morrer, fugindo de uma atitude meramente técnica que desvaloriza a dignidade do ser humano. O cuidado para o mal de Hansen assim irá desde os momentos ambulatórias como: consulta de enfermagem; exame físico; teste de sensibilidade, pedido de exames laboratoriais, notificação da doença, dose supervisionada, entrega da medicação para ser tomada em domicilio, marcando as próximas consulta, e como um dos fatores mais importantes para o tratamento de hanseníase temos a visita domiciliar pois nela é identificado os aspectos socioeconômicos, como é a residência do paciente, possíveis riscos físicos, alimentação, como anda o tratamento medicamentoso do paciente, a perspectiva do paciente sobre a cura e incentivo as visitas para as consultas e doses supervisionadas. OBJETIVO: Em que o objetivo dessa pesquisa e permitir que através dos diagnósticos e cuidados de enfermagem complementar a o tratamento medicamentoso do paciente com simples mudanças na rotina corriqueira do paciente suprindo assim as incapacidades geradas pela patologia. METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO CASO: A pesquisa tem características de estudo de caso descritivo em que o portador da patologia e seus familiares foram explicados os motivos da realização da pesquisa deixando claro que em nenhum momento seriam identificados os nomes e a partir disso a paciente autorizou verbalmente, paciente reside em um bairro fora dos limites de territorialização mas é acompanhado pela um Estratégia Saúde da Família que tem sua sede mais próxima do bairro do paciente, sendo realizado durante as atividades práticas do componente curricular no curso de enfermagem em uma Unidade Primaria de Saúde da cidade de Imperatriz- Ma, no período de novembro a dezembro de 2017. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Paciente Idoso com 55 anos, sexo masculino, carpinteiro, fumante, paciente com diagnóstico médico de hanseníase queixando-se de “queimação na garganta e boca” e “parestesia” na região plantar em membros inferiores”, sem histórico de alergia, se alimentando saudavelmente, mas em uma quantidade ineficaz, paciente com baixo peso identificado pelo Índice de Massa Corpórea de 17,47 tendo que fazer o tratamento com o esquema infantil devido ao peso (Rifampicina dose mensal supervisionada de 450mg, e doses diárias de 450 mg e 300mg; E Dpsona 50mg em dose supervisionada e dose diária de 50 mg)  e consumo de água não filtrada. Ao exame físico paciente apresentou-se afebril, taquicardíaco, hipertenso e normopneico; com teste a sensibilizada alterado na região mediana plantar e avaliação do tônus muscular contra resistência. Perante ao histórico do paciente e a visita domiciliar foi construído os seguintes diagnósticos de enfermagem: Psicológico prejudicado: Relacionado a imobilidade física. Evidenciada: pela lesão região plantar dos Membros inferiores (MMI) direito (D) e esquerdo (E) em que o paciente demostra uma enorme vontade para concluir o tratamento e exercer sua profissão plenamente. Os diagnósticos foram: Mobilidade prejudicada relacionada perda de sensibilidade em MMI (D) e (E) evidenciada por acidente de trabalho; motilidade gastrintestinal disfuncional relacionada a desnutrição evidenciando por regurgitação; Fadiga relacionada a condição física debilitada e desnutrida evidenciado por desempenho diminuído; Déficit no autocuidado para a alimentação relacionada a desconforto, evidenciado por incapacidade de ingerir alimentos em uma quantidade suficiente; Integridade da pele prejudicada relacionado a sensação evidenciada por fatores mecânicos; Náusea relacionada a irritação gástrica evidenciado por sensação de vomitar.  E perante os diagnósticos de enfermagem o plano de cuidado do paciente através desses diagnósticos foram: hidratar as pernas fazendo massagem pelo menos antes de dormir com Vaselina líquida para que assim melhore a circulação sanguínea; apoiar as pernas sobre outra cadeira ou eleva-las antes de dormir para melhorar o  retorno venoso; sempre andar bem calçado relacionado a alteração na sensibilidade do paciente fazendo com que ele não sinta dor ao se machucar; dar prioridade a comer alimentos secos principalmente de manhã pois o consumo desse alimentos até mesmo antes de escovar os dentes foi comprovado que diminui a náusea; comer em poucas quantidades só que agora irá ser a cada duas em duas horas evitando assim a  regurgitação e melhora da disfagia ; evitar frituras e comidas com muito tempero pois estas acabam por influenciar desconfortos gástricos com azia e sempre tomar água e se possível gelada e com canudo devido pois a hidratação sendo realizada em pequenas quantidades e em temperatura consideravelmente fria irá reduzir a sessão de náusea. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A implementação da SAE a pacientes portadores de hanseníase permiti concluir que, mesmo sendo está uma patologia crônica, de longo tratamento, e que pode provocar reações contrarias eventuais aos seus portadores, há como planejar uma assistência eficaz, de caráter individual e contínuo que permite aumentar a qualidade de vida do portador dessa doença. Partindo dessa premissa plano de cuidado domiciliar ao paicente deve ser montado de acordo com o sinais, sintomas e necessidades do paciente assim facilitando as atividades corriqueiras do paciente, no qual perante as necessidades do paciente descrita nesse estudo de caso foi estabelecido pela equipe de enfermagem perante ao histórico do paciente e a na visita domiciliar um plano de cuidados que visa a diminuição dos agravos causados pela patologia como também na melhora da nutrição do paciente através de mudanças na no cuidado com o corpo devido a alterações na região mediana dos MMII em sua alimentação tanto para que haja uma diminuição nos sintomas de náusea e disfagia como também melhorar a nutrição e consequentemente o ganho de peso do paciente.

794 DESAFIOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE AOS CASOS DE TUBERCULOSE NAS UNIDADES PRISIONAIS DE UM MUNICÍPIO PRIORITÁRIO DA REGIÃO NORTE
Melisane Regina Lima Ferreira, Rafaele Oliveira Bonfim, Tatiane Cabral Siqueira, Nilda de Oliveira Barros, Cleoni Alves Mendes de Lima, Nathalia Halax Orfão

DESAFIOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE AOS CASOS DE TUBERCULOSE NAS UNIDADES PRISIONAIS DE UM MUNICÍPIO PRIORITÁRIO DA REGIÃO NORTE

Autores: Melisane Regina Lima Ferreira, Rafaele Oliveira Bonfim, Tatiane Cabral Siqueira, Nilda de Oliveira Barros, Cleoni Alves Mendes de Lima, Nathalia Halax Orfão

A tuberculose (TB) é considerada endêmica nos ambientes prisionais, o que sugere uma atenção especial no que se refere às populações privadas de liberdade (PPL), principalmente pela enfermagem, que lida com o manejo desde a detecção dos sintomáticos respiratórios, diagnóstico precoce, tratamento até o desfecho dos casos. Neste sentido, este estudo buscou analisar os desafios da assistência de enfermagem frente aos casos de TB nas unidades prisionais no município de Porto Velho – RO, no período de 2012 a 2016. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, do tipo transversal e abordagem quantitativa. Os dados foram coletados no Sistema de Notificação de Agravos Nacional (SINAN) por meio de um levantamento das variáveis clínicas (ano da notificação, tempo entre o diagnóstico e início do tratamento, tempo de tratamento e encerramento dos casos) da PPL portadora de TB e analisadas por distribuição de frequência, após atendidos os preceitos éticos. Durante o período previamente selecionado, foram notificados 242 casos de TB entre a PPL, sendo crescente o número de notificações entre esta população (22 casos em 2014 e 128 casos em 2016). Além disso, a média de dias entre o tempo do diagnóstico até o início do tratamento foi de 9,6 dias (dp=± 42,8 dias), com uma média de 5,7 meses de tratamento (dp=± 2,9 meses). Quanto ao desfecho dos casos, foram encerrados como cura (71,5%), abandono (11%), transferência (6,2%) e óbito por não TB (0,1%). Tais achados demonstram desafios da assistência de enfermagem frente ao alto índice de casos notificados de TB entre a PPL no município, o que sugere a afirmação das causas que propiciam o atraso no diagnóstico da TB e início do tratamento, deficiência na busca ativa de sintomáticos respiratórios, tempo de tratamento menor que o preconizado de 6 meses pelo Ministério da Saúde e, consequentemente, os insucessos do desfecho. Estas fragilidades refletem no aumento da propagação da doença nestes ambientes, uma vez que o manejo do problema acaba não sendo efetivo.

2284 TUBERCULOSE E O ACESSO AOS SERVIÇOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
ALEXANDRE TADASHI INOMATA BRUCE, FELIPE LIMA DOS SANTOS, ANA CAROLINA SCARPEL MONCAIO

TUBERCULOSE E O ACESSO AOS SERVIÇOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores: ALEXANDRE TADASHI INOMATA BRUCE, FELIPE LIMA DOS SANTOS, ANA CAROLINA SCARPEL MONCAIO

INTRODUÇÃO: Os serviços de Atenção Primária à Saúde organizados com base em seus atributos proporcionam melhores indicadores de qualidade. O acesso é um desses atributos, sendo o seu conceito complexo e tem várias dimensões: organizacionais, sociais e geográficas que se inter-relacionam. Com a descentralização do acesso aos serviços da tuberculose, a Atenção Primária deve configurar-se como a porta de entrada ao sistema de saúde. O acesso é um importante indicador de impacto da Atenção Primária, podendo avaliar o controle da tuberculose, pois muitas vezes é a principal fragilidade do serviço de saúde e entrave para a controle da doença.  OBJETIVO: Analisar o que há produzido na literatura científica no âmbito da Atenção Primária à Saúde sobre o acesso aos serviços de saúde relacionado à tuberculose no Brasil. MÉTODOS DO ESTUDO: tratou-se de uma Revisão Integrativa da literatura, norteada pela questão: “qual a produção científica referente ao acesso ao serviço de saúde relacionados à tuberculose no âmbito da Atenção Primária à Saúde no Brasil?”. Sendo conduzida por seis etapas: definição da questão de investigação, estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão com busca na literatura, definição dos dados a serem extraídos, avaliação das pesquisas incluídas, interpretação dos resultados e síntese dos dados. Foram utilizadas as bases de dados: LILACS, MEDLINE e PubMed. Para a seleção dos artigos consultou-se os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS) e o Medical Subject Headings (MeSH), sendo utilizados: Atenção Primária à Saúde, Tuberculose e Acesso aos Serviços de Saúde e seus correspondentes no idioma inglês e espanhol, com o operador boleano “and”. Os critérios de inclusão foram artigos produzidos sobre o atributo da Atenção Primária à Saúde ‘acesso’ com a temática da tuberculose, nos idiomas português, inglês ou espanhol, publicados nos últimos 10 anos, os critérios de exclusão foram as publicações secundárias. Realizou-se uma análise dos artigos e finalizou-se com a síntese do conhecimento por meio de categorias temáticas. RESULTADOS: Aplicando os critérios de inclusão e exclusão, resultou-se em 19 artigos originais, sendo respectivamente, seis da base de dados LILACS, três da base MEDLINE e 10 da base PubMed. Sistematizando em categorias temáticas, obteve-se: Acesso geográfico e temporal (Acessibilidade), Acesso ao diagnóstico, Acesso ao tratamento, e Avaliação do serviço de saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Contemplar o atributo acesso/primeiro contato é fundamental para garantir o acesso ao diagnóstico e tratamento da tuberculose, pois com o desmonte do serviço público de saúde os resultados são as dificuldades de acesso a serviços essenciais como falhas na distribuição de medicamentos e falta de recursos humanos treinados para o diagnóstico, notificação e acompanhamento do paciente acometido pela doença, configurando obstáculos para o seu controle e espera-se que os serviços desse nível de atenção sejam acessíveis e resolutivos frente às principais necessidades de saúde enfrentadas pela população.  

827 A IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PROFISSIONAIS,SOBRE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO CONTROLE DAS INFECÇÕES HOSPITALARES: RELATO DE EXPERIÊNCIA
RENATO RAFAEL LIMA, MIKAELLE OLIVEIRA CAMPOS

A IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PROFISSIONAIS,SOBRE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO CONTROLE DAS INFECÇÕES HOSPITALARES: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: RENATO RAFAEL LIMA, MIKAELLE OLIVEIRA CAMPOS

Introdução: A Higienização das Mãos é a medida mais simples   e efetiva e de menor custo no controle das infecções relacionadas à assistência à saúde (1). O procedimento deve ocorrer antes e após o contato com o paciente, antes de calçar a luvas e após  retirá-la, entre um procedimento é outro que esteja em contato direto ou indireto com o paciente. Objetivo: O presente trabalho objetiva avaliar a qualidade e a prática dos profissionais atuantes de saúde quanto á higienização das mãos. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. Realizado em um Hospital localizado em Fortaleza-Ceará, em junho de 2017, durante o estágio da disciplina Processo de Cuidar da Saúde do Adulto. No qual o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) confeccionou  um método educativo para avaliar a eficácia do processo de Higienização das mãos uma Caixa Reveladora. A ação educativa teve cooperação dos Profissionais do Setor SCIH juntamente com participação dos Acadêmicos de Enfermagem, no qual cada profissional receber uma quantidade suficiente de um sabonete específico  para  higienizar suas  mãos e foi solicitado que higienizassem suas mãos como fazem em seu dia a dia, logo após as mãos eram posicionadas dentro da caixa. A luz negra auxiliou na identificação dos pontos que houve falha nas etapas de higienização, sendo que a mão deveria ficar toda iluminada pelo produto. Resultados: Participaram da Ação Educativa 60 profissionais de Saúde, dentre eles Médicos, Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem. Os participantes mostrou-se acolhedor ao convite da ação educativa e ficaram surpreso ao obter o resultado. Os profissionais da saúde considerava adequada a sua técnica de higienização, realizam de acordo  com sua necessidade e na maioria das vezes, inadequado, devido pelo esquecimento de algumas etapas desse procedimento pela sobrecarga do serviço. Conclusão: A higienização das mãos é um meio fundamental para prevenção e controle de infeções hospitalares, uma ação  simples e eficaz mais este hábito e de difícil modificação, porém é necessária uma educação permanente para obter a mudança do hábito comportamental proporcionando uma reflexão de seus atos.

897 Visita técnica à Estratégia de Saúde da Família (ESF) do Arquipélago do Combú/Belém-PA: relato de experiência
Ana Flavia de Oliveira Ribeiro, Aline Presley Pingarilho de Carvalho, William Dias Gomes, Bruno Thiago Gomes Baia, Kethully Soares Vieira, Paula Emannuele Santos do Amaral, Samantha Modesto de Almeida, Widson Davi Vaz de Matos

Visita técnica à Estratégia de Saúde da Família (ESF) do Arquipélago do Combú/Belém-PA: relato de experiência

Autores: Ana Flavia de Oliveira Ribeiro, Aline Presley Pingarilho de Carvalho, William Dias Gomes, Bruno Thiago Gomes Baia, Kethully Soares Vieira, Paula Emannuele Santos do Amaral, Samantha Modesto de Almeida, Widson Davi Vaz de Matos

Apresentação: As populações tradicionais são caracterizadas pelas suas especificidades, como seus hábitos de vida, meios de produção e reprodução social relacionada com o meio ambiente. Essas populações se diversificam em raças, etnias, povos, religiões, culturas, sistemas de trabalho e tecnologia, grupos sociais e econômicos, ecossistemas e de uma vasta biodiversidade. Considerando os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), a portaria nº 2.866 de 2011 instituiu a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta (PNSIPCF), visando à promoção e prevenção á saúde dessas comunidades através de ações considerando suas especificidades, objetivando maior acesso aos serviços de saúde reduzindo agravos e risco e a melhora da qualidade de vida dessas populações. Essa política baseou-se nas desigualdades e necessidades que as populações tradicionais (ribeirinhos, quilombolas, indígenas, rurais e florestais) apresentavam quando comparadas as populações urbanas que possuem maior acessibilidade aos serviços de saúde. Logo, o enfermeiro (a) precisa compreender o processo saúde e doença dessas populações, considerando suas particularidades, reconhecendo os principais riscos e danos, quais as doenças mais comuns, relacionadas com o campo, floresta e os rios, quais são os principais focos de endemias e suas possíveis causas realizando o diagnóstico situacional, para a criação de estratégias e ações em saúde que atendam a comunidade. Além disso, devem-se incluir aspectos étnico-culturais, as dificuldades presentes como o transporte e possíveis resistências da população, as questões de saneamento básico e higiene. Portanto, faz-se necessário sensibilizar os atores sociais para atuarem na atenção a saúde através da educação continuada, maior envolvimento nas questões dessas populações e a adoção de medidas de prevenção e promoção à saúde. Diante disso, este trabalho teve como objetivos: reconhecer as especificidades e as características das populações tradicionais; analisar o funcionamento da assistência à saúde dessas populações; conhecer as principais dificuldades de acessibilidade à saúde dessas regiões. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. Foi realizada uma visita técnica em agosto de 2017 à Estratégia de Saúde da Família (ESF) do arquipélago do Combú, que fica no município de Belém, no Estado do Pará. Foi possível conhecer e observar a estrutura física bem organizada, padronizada, com boas condições de iluminação, higiene; contando com a recepção e existência do arquivo; farmácia; sala para coleta do exame de PCCU; sala de pré-consulta; sala de imunização; sala de procedimentos; consultório de enfermagem; quatro consultórios médicos; sala de coleta; sala de esterilização; expurgo; consultório odontológico; sala de atividades coletivas; copa; banheiro masculino, feminino e para funcionários. Conta com um médico, uma enfermeira, cinco Agentes Comunitários de Saúde (ACS) para seis micro áreas, sendo a micro área número quatro descoberta; e um auxiliar de saúde bucal. Em conversa com uma das ACS, ela nos falou um pouco sobre as ilhas e o funcionamento dos serviços de Saúde. A área possui 184 famílias e 480 pessoas sendo, entre estas, 29 hipertensos, sete diabéticos, três gestantes e três com hanseníase; árvores em cima das casas dificultam a entrada do sol e consequentemente facilitam a umidificação do ambiente, facilitando a proliferação de organismos e transmissão aérea do agente causador da doença. Segundo a ACS a pobreza é muito grande nas ilhas e o não cumprimento das políticas públicas existentes dificulta os serviços de saúde. Ultimamente as famílias estão enfrentando dificuldades no acesso à ESF – bem como o serviço de visita domiciliar pelos ACS está suspenso temporariamente devido não ter condições adequadas de transporte (barco). A enfermeira nos relatou sobre os desafios enfrentados desde o início da criação da ESF. No começo as pessoas não entendiam o que era uma Estratégia de Saúde da Família e houve uma grande resistência da comunidade. Muitas famílias não deixavam os ACS entrarem em suas casas e as mulheres não gostavam de realizar o PCCU, pois não queriam se despir na frente de “estranhos”. Mas, através do compromisso, esforço e dedicação dos profissionais, foram realizadas várias conversas, atividades educativas e as mudanças foram ocorrendo aos poucos, em longo prazo. A enfermeira, assim como a ACS, também destacou a questão da pobreza nas ilhas. Alguns locais não contam com saneamento básico, a falta de higiene é bem notória e a utilização de água do rio sem tratamento ainda é rotina. Durante a conversa com a enfermeira, houve uma pequena contribuição do médico da ESF que nos falou um pouco da sua experiência e dos pontos já acima citados. Segundo a enfermeira e o médico o trabalho em equipe é uma das marcas da ESF. Todos os profissionais que compõem o serviço são valorizados; assim também como eles valorizam os saberes e práticas dos moradores sem impor qualquer tipo de situação, pois para eles seus conhecimentos não estão acima de nada e nem de ninguém, afinal o aprendizado e a troca de experiências entre os profissionais e a comunidade é muito relevante para uma assistência de qualidade, baseada na promoção e prevenção à saúde, bem como no respeito e dignidade. Relata ainda que atualmente a população está mais conscientizada do que nos primeiros anos; eles vão até a unidade para a realização de exames e consultas, participam das ações, o que para a equipe representa um progresso. Resultados e/ou impactos: Baseando-se no relato dos profissionais e observação da realidade da comunidade, levando em consideração suas especificidades como o ambiente, sua cultura, seus saberes e costumes, nota-se que devido a forma de habitação e a localização, os recursos necessários são mais escassos e as dificuldades são relativamente maiores quando comparadas aos serviços de saúde na população urbana. Além disso, o profissional precisa apresentar perfil e adequação para atuar nas comunidades, visando planejar estratégias que alcance a comunidade, reduzindo as desigualdades quanto à prevenção e tratamento de doenças, bem como a realização de ações de educação em saúde que objetivem sensibilizar esses atores sociais quanto à saúde, seus diretos e deveres desde as condições mais básica até as mais complexas, respeitando a autonomia e a cultura de cada um. Considerações finais: Logo, compreende-se que a saúde pública em populações ribeirinhas, precisa ser compreendida muito além da simples transposição das práticas em um território diferente, considerando a diversidade cultural e histórica que envolve essas comunidades. O conhecimento do cenário dinâmico das comunidades devem fazer parte do dia a dia da equipe de saúde local, tendo em vista as mudanças, tanto geográficas, quanto epidemiológicas, que acompanham o ritmo imposto pela natureza. O melhor acesso ao transporte possibilitaria o maior acesso à saúde de populações geograficamente isoladas e resolvendo, mesmo que parcialmente, o problema da fixação de profissionais de saúde nessas áreas. Portanto é de suma importância a persistência e a continuidade das ações e a inovação de estratégias que permitirá a construção e o acompanhamento de indicadores relacionados à saúde na área ribeirinha do Combú, e consequentemente a melhora dos indicadores sociais e de saúde dessa comunidade. Apesar dos inúmeros desafios que eles enfrentam por conta do não cumprimento das políticas públicas existentes, a prestação de uma assistência de qualidade não deixa de ser realizada. Mas é importante ressaltar que é necessário que o Estado se faça mais presente, pois mesmo com a melhoria já notada e relatada pelos profissionais, ainda há um grande índice de pobreza nas ilhas.